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Ser um idoso saudável depende principalmente de como você se cuida Conheça as médicas que gostam de emergências Prepare Hoje a Saúde de Amanhã VITA Volta Redonda na vigilância de medicamentos

Prepare Hoje a Saúde de Amanhã

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Publicação Interna da Rede VITA - Ano VIII - 4° Trimestre de 2008

Ser um idoso saudável depende principalmente de como você se cuida

Conheça as médicas que gostam

de emergências

Prepare Hoje a Saúde de Amanhã

VITA Volta Redonda na

vigilância de medicamentos

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ÍndiceÍndice

Capa Banco de Imagens Stockexpert

Opinião• Editorial: Ninguém é Substituível

Negócios em Saúde• Fim da Crise? Que Crise?

Saúde• Médicas que adoram Emergências• Stomaphyx dá nova chance ao obeso reincidente • Pais podem acompanhar os filhos na UTI Neonatal• Acidentes são principal causa de morte de crianças• Sobrecarga e estresse comprometem Saúde do Médico

Artigo Médico• Vida de Intensivista, por Eduardo Sampaio Diniz

Ping•Pong• Entrevista com Flávia Carvalho Franco, diretora executiva da Operação Sorriso Brasil

Gente• Primeiras fotos do Camarote de Natal em Curitiba, e a visita do médico Martin Eichelberger; participação do Hospital VITA Volta Redonda no VI Congresso Fluminense de Cardiologia, e a presença da Diretoria da Associação dos Aposentados de Volta Redonda.

Capa• Como desfrutar de uma Longevidade saudável e feliz

Em Rede• Grupo VITA renova seu Planejamento Estratégico

Túnel do Tempo• Série sobre médicos brasileiros traz a biografia de Adolfo Lutz

Em Rede• Hospital VITA Batel incentiva pesquisas com Ação Social• SIPAT reforça o compromisso de cada um com a segurança• Hospital VITA Volta Redonda participa da Rede Sentinela da ANVISA• A alegre e simpática Márcia Almeida está no Perfil desta edição • Batalha pela Acreditação começa no Hospital VITA Batel

Cida Bandeira• A colunista social que sabe de tudo e conta todas

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OpiniãoOpinião

VITAwww.redevita.com.br

Hospital VITA Batel(41) 3883-8482;[email protected]

Hospital VITA Curitiba(41) 3315-1900;[email protected]

Hospital VITA Volta Redonda(24) 2102-0001;[email protected]

Maternidade VITA Volta Redonda(24) 3344-3333;[email protected]

Grupo VITA(11) 3817-5544;[email protected]

Presidente:Edson SantosVice-Presidente Executivo:Francisco BalestrinDiretor Regional Rio de Janeiro:José Mauro RezendeDiretor Regional Curitiba:José Octavio LemeDiretor de Controladoria e Finanças:Ernesto FonsecaDiretora de Operações:Maria Lucia Ramalho MartinsSuperintendente Hospital VITA Batel:José Octavio Leme (Interino)Superintendente Hospital VITA Curitiba:Carla SoffiattiSuperintendente Hospital VITA Volta Redonda e Maternidade VITA Volta Redonda:Deumy Rabelo

VITAL é uma publicação interna da Rede VITA.Editor: Francisco BalestrinConselho Editorial: Maria Lucia Ramalho Martins, Ligia Piola, Josiane Fontana, Iana Adour e Hajla Haidar.Produção: Headline Publicações e Assessoria (11.3951-4478).Jornalista responsável: João Carlos de Brito Mtb 21.952. Direção de arte: Alex Franco. Revisão: Ligia Piola.Tiragem: 10.000 exemplares. Impressão Gráfica Josemar (11.3865-6308)Email: [email protected]ência: Av. Pedroso de Moraes 1788São Paulo SP Cep 05420-002

Ninguém é SubstituívelFrancisco Balestrin

“Não há vento favorável para quem não sabe aonde ir”Sêneca

Expediente

Através dos tempos, temos nos acostumado

a ouvir este aforismo de outra forma, ou

seja, quando alguém perde alguém por

algum motivo, normalmente, até com certa

dose de displicência ou conformismo diz

logo: “Ninguém é Insubstituível”. Aqui,

vamos tentar subverter um pouco este

sentido. Vimos, nós do Grupo VITA, cons-

truindo nosso caminho empresarial há 15

anos. Nada foi feito sem a contribuição de

muitos homens e mulheres que, de uma

forma ou de outra, colocaram o que tinham

de melhor na consolidação deste empre-

endimento. Quem não o fez, desperdiçou

uma excelente oportunidade de participar

de um belo projeto. Assim, considerando

que todos participaram com denodo e

dedicação nesta construção, nosso sen-

timento não poderia ser diferente. Isto é,

todos deixaram alguma coisa indelével

nos hospitais VITA. Seja uma opinião, uma

proposta, uma parede pintada, um manual

estruturado, um treinamento realizado, uma

decisão importante. E o principal, uma “mão

amiga” ou uma demonstração de carinho

pelo próximo em algum momento que,

certamente, irá marcá-lo pelo resto da vida.

Não importa se paciente, seu familiar ou

um colega de trabalho. Assim, não temos

dúvida desta nova assertiva: “Ninguém é

substituível”!

Mesmo aqueles que nos incomodaram

pela sua truculência ou soberba não serão

substituídos, e continuarão a ser pessoas

marcantes em nossas vidas. Espero termos

comprovado a tese e deixamos aqui um

abraço fraterno em todos os Josés, Marias,

Pedros, Luízes, Joões e Terezinhas que nos

ajudaram chegar até aqui. E que saibam

que muito do que somos devemos a eles.

Neste último exemplar da revista VITAL

deste ano, como sempre, procuramos trazer

assuntos que de alguma forma contribu-

íssem com o conhecimento de novidades

em nossos hospitais, e também fossem

matérias que prestassem um serviço aos

nossos leitores.

Nossa matéria de fundo retrata uma bela

jornada pela vida. Aprendemos neste

equilibrado e informativo texto a nos pre-

pararmos para a “melhor idade”, não com

a visão exclusiva da longevidade, ou seja,

viver mais, mas sim viver mais com quali-

dade. Em nosso “ping-pong” outra jornada.

Esta a favor do bem comum, do espírito de

humanidade e do prazer de servir através

do dom que Deus nos deu de usar nossas

habilidades. No caso a cirurgia reconstru-

tiva entre outras intervenções.

No mais, muitas matérias, depoimentos e

conhecimentos. Espero que gostem. Feliz

Natal, com paz e harmonia, e um 2009 sem

grandes sobressaltos.

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Negócios em SaúdeNegócios em Saúde

Para que faça sentido o que vou comentar a seguir, é importante constar que estou escreven-do este artigo no segundo dia de dezembro.

Ontem, li um editorial onde o autor listava uma série de razões políticas, técnicas e administra-tivas para justificar, senão o fim da cri-se econômica, o começo de sua solução. A maio-ria das justificati-vas estava baseada na transmissão do poder nos Estados Unidos, principal economia do mundo, e não por coincidência onde essa crise teve origem. Basicamente, o autor acredita que o novo Pre-sidente Barak Obama terá plenas condições de criar um ambiente e condições favoráveis para a redução gradual até o completo controle sobre a crise. Infelizmente, creio que faltou acuidade ou um pouco mais de “pé-no-chão” nessas conclusões.

Venho visitando os Estados Unidos desde 1972, e nesses 36 anos nunca vi a população tão pessimista. Tenho absoluta certeza de que a principal raiz dessa crise é a falta de con-fiança do povo em seus governantes, políticos e empresários.

Ano passado o Presidente Bush criou uma lei de emergência, devolvendo a todos os contribuintes uma parcela dos impostos pagos, contando com isso estimular o consumo no final de ano, época em que, tal como ocorre por aqui, os americanos vão às compras. Sabem o que aconteceu? Apenas 35% do valor devolvido se transformou em consumo. O restante foi para a poupança, o que mostra a desconfiança do cidadão com relação aos dias que estão por vir.

Esse mesmo cidadão vê o período de falsa riqueza se esvair, suas poupanças virarem pó e seu fundo de aposentaria quase desaparecer depois de anos e anos de fartura. Todos têm a sensação de que está ruim, mas vai piorar muito. Todos têm a sensação de que foram

roubados quando acompanham o governo anunciar um programa de 700 bilhões de dólares para salvar Bancos em dificuldades, quando a mídia publica que executivos desses mesmos bancos receberam até 300 milhões de dólares de bônus nos últimos anos, à custa da criação de resultados obtidos em operações de altíssimo risco.Contribui com essa sensação de quase desespero ir aos Shopping Centers e ver tradicionais lojas como Sharper Image, Cir-cuit City fechando toda a rede; ou como a Starbucks, maior empregadora dos Estados Unidos, fechando 600 lojas e demitindo 12 mil funcionários.

Notícias como a falência da General Motors, que só não ocorreu ainda porque o Governo resolveu ajudar a empresa (até quando, ninguém sabe ou quer dizer), e que o País já está oficialmente em recessão realmente só contribuem para aumentar o pessimismo.

Some-se a isso o fato que estarmos falando de um País que vem sustentando uma Guerra que já custou, até hoje, um pouco mais de 576 bilhões de dólares, ou seja, algo como 341 milhões de dólares por dia.

E como tudo isso nos afeta? Em escala menor do que está afetando os Estados Unidos, mas sem deixar de criar problemas para nossa Economia, tanto no aspecto macro quanto micro, pois se um de nossos principais parcei-ros está com problemas e os demais parceiros

Edson Santos

Fim do Ano. Fim da Crise? Que Crise?

também estão sofrendo as conseqüências, é normal

que a crise chegue até nós, como efetivamente já chegou. O investi-mento especulativo que move nossa Bolsa de

Valores foi embora, reduzindo o valor de Mercado de nossas Empresas; os exportadores estão vendo pe-didos serem can-celados e aqueles

que dependem de importação, sofrendo

um aumento de custo totalmente inesperado.

Mas é ano novo. Sempre temos a esperança de que a simples coincidência de encerrarmos um círculo completo em torno do Sol, que há séculos utilizamos para definir nosso conceito de ano, e iniciarmos uma nova órbita será um marco para que as coisas comecem a mudar.

Vamos torcer para que isso aconteça. Que as Empresas possam encerrar seus Balanços um pouco mais esperançosas em seu próprio trabalho, lembrando que aquelas que estão em maior dificuldade, ou que perderam mais dinheiro, são as mesmas que resolveram arris-car em operações financeiras totalmente fora de sua cadeia produtiva/comercial.

Vamos torcer para que as Empresas saibam entender o momento, não se desesperem e te-nham consciência que nos momentos de crise é que realmente aparecem as oportunidades de crescer ou melhorar seus processos.

Lembro que um dos meus mais estimados professores sempre citava um provérbio por-tuguês: “conhece-se o marinheiro no meio da tempestade”. E já dizia Jimmy Deam: “eu não posso mudar a direção do vento, mas eu posso ajustar as minhas velas para sempre alcançar o meu destino”.

Fico por aqui. Já enfrentamos tantas crises que já nem posso mais enumerá-las. Sobrevivemos a todas elas e crescemos em cada uma delas. Mais uma... não nos assustará...

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SaúdeSaúdeDoutoras da EmergênciaCada vez mais mulheres atuam nos serviços de pronto atendimento dos hospitais, setor tradicionalmente ocupado apenas por homens

Juliana Varassin

Com uma participação feminina cada vez maior na profissão, certas especialidades da medicina, tradicionalmente reservadas aos homens, como ortopedia, neurologia e cirurgia cardíaca, têm uma parcela cada vez maior de doutoras. Agora elas conquistam a fronteira final do domínio masculino: o atendimento de emergência. Nos hospitais do grupo VITA já existem várias médicas atuando nesse setor, que atrai profissionais que gostam do ritmo e da adrenalina de trabalhar onde cada segundo pode fazer a diferença entre a vida e a morte.

O Pronto Atendimento do Hospital VITA Batel é um dos mais importantes de Curitiba, devido à sua localização central estratégica, à tecnolo-gia de que dispõe e ao alto nível dos médicos que fazem os plantões. Hoje, cerca de 40% da escala do pronto atendimento é coberto por médicas. “As mulheres estão cada vez mais presentes em todas as especialidades”, diz Juliana Varassin, médica com especialidade em clínica médica, medicina intensiva, medicina de urgência e nutrologia, e que atua como plantonista no Hospital VITA Batel. “Desde os tempos de residência médica (período de pre-paração prática do estudante, no final do curso de Medicina) sempre gostei de urgências e de trabalhar com o paciente grave, dos serviços de emergência em si”, conta Juliana.

“Sou formada há 20 anos e quase metade da minha turma já era composta por mulheres, de modo que o perfil da profissão já vem mudando há algum tempo”, diz Mauren Cor-vello Teixeira, pediatra do Pronto Atendimento do Hospital VITA Curitiba. “Mas na época as mulheres costumavam escolher especialidades como pediatria, ginecologia e dermatologia; e agora estamos em todas as áreas, inclusive na emergência, e conheço médicas que atuam até mesmo no resgate de acidentados”.

Bernadete Rachid, do Hospital VITA Volta Redonda, atua em emergência desde que se formou em medicina, em 1995; mas antes mesmo de concluir o curso já procurava trabalhar na emergência. “Eu gosto dessa área, é agitada, não tem aquela coisa de ficar no consultório, fechada o dia inteiro. Eu prefiro viver o dia a dia do hospital”, diz Bernadete. Para ela, a emergência é uma área que você ou ama ou odeia, “e quando você gosta se torna um verdadeiro vício:

quanto mais você faz pronto atendimento, mais você quer fazer. É uma adrenalina que acaba fazendo parte da sua vida”.

Empecilhos Culturais

Para as médicas da emergência, a maior dificuldade a ser vencida não é técnica , mas cultural: ainda hoje a maioria das pessoas associa a idéia de segurança à imagem masculina. Por isso quando um paciente ou seus familiares chegam ao pronto atendimento, eles podem se sentir mais seguros quando são atendidos por homens. “Isso é mais comum entre homens mais velhos, principalmente”, diz Juliana. “Há algum tempo um senhor chegou ao PS e não queria ser atendido por mim”.

O outro lado da moeda é que as mulheres costumam ter maior capacidade de envolvi-mento emocional, o que traz maior conforto para pacientes e familiares em momentos de sofrimento. “A vantagem, para nós, é que a mulher consegue conquistar mais o paciente pelo carinho e pela paciência, enquanto o homem costuma ser mais ob-jetivo”, diz Juliana, “principalmente no caso de pacientes fragilizados, que precisam de um afago, um apoio”.

Para Bernadete, hoje o preconceito contra as médicas diminuiu muito, e alguns pacientes até preferem ser atendidos por mulheres, porque acham que elas têm mais paciência para ouvir e dão mais carinho. “Nem todos que vêm ao pronto-socorro precisam de um atendimento de urgência”, conta Bernadete.

“Muitas vezes a pessoa está deprimida, com insônia, ansiosa e precisa de um apoio emocional; então a gente escuta a pessoa, orienta, eventualmente receita um calmante, caso a pessoa precise, e libera”.

No caso de Mauren, que trata com crianças, o fato de ser mãe lhe traz um grande diferencial no momento de atender uma mulher que traz seu filho enfermo ou acidentado. “Quando a mãe percebe que a médica a entende, conhece as dificuldades de lidar com uma criança, ela se sente mais confiante, mais segura, mais confortada”, diz Mauren. “Eu conquisto uma empatia maior com a crian-ça e com a mãe por ser mulher”. “No caso de crianças e adolescentes que chegam ao pronto atendimento, muitas vezes a fonte do sofrimento é emocional”, acrescenta Mauren. Ela ressalta, também, a segurança de traba-lhar no Hospital VITA com uma estrutura que lhe permite ter rapidamente os resultados de exames para fazer um diagnóstico mais preciso, além do apoio de UTI pediátrica, a qualquer momento.

Mauren Corvello Teixeira

Bernadete Rachid

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SaúdeSaúdeUma Nova Chance para os ObesosAparelho permite voltar a diminuir o volume do estômago de pessoas que passaram por cirurgia bariátrica

Cirurgias bariátricas nos parecem a solução definitiva para a obesidade: com a reduzida capacidade de receber alimentos, a pessoa sofre um processo drástico de emagrecimento e consegue manter mais facilmente o peso. Entretanto, alguns anos de história de cirurgias bariátricas têm mostrado que a compulsão alimentar conhece estratégias para burlar os efeitos emagrecedores e muitos obesos per-dem peso inicialmente, mas voltam a engordar. Já existe, felizmente, um tratamento para dar uma segunda chance de emagrecimento a essas pessoas.

Uma solução para esses casos é o aparelho Stomaphyx, utilizado por João Caetano Mar-chesini, cirurgião do aparelho digestivo do Hospital VITA Batel. Marchesini explica que o Stomaphyx é um procedimento por endoscopia

que permite colocar grampos no estômago operado, para voltar a diminuir seu volume. A intervenção demora cerca de meia hora e proporciona recuperação rápida.

Marchesini alerta que o Stomaphyx só pode ser utilizado em pacientes que já fizeram a cirurgia bariátrica. Ele ressalta, também, que o tratamen-to não é apenas cirúrgico, mas multidisciplinar: “temos de dar apoio psiquiátrico, psicológico e nutricional para ajudar esse paciente a não voltar a ganhar peso”, comenta. Segundo ele, essas pessoas consomem alimentos hiper-calóricos, como chocolates, leite condensado, massas úmidas e outros, o que acaba dilatando o estômago operado e permitindo que elas comam cada vez mais. “Conheci uma pessoa que chegava a comer duas barras de manteiga por dia”, conta Marchesini.

Segundo ele, são realizadas no Brasil aproxi-madamente 50 mil cirurgias bariátricas ao ano, mas 5 mil desses pacientes voltam a ganhar peso. Por exemplo, um destes pacientes, uma advogada de Curitiba, passou por uma cirurgia de redução de estômago há 8 anos, quando estava com 169 quilos. Com a cirurgia, seu peso caiu para 80 quilos, mas ela voltou a engordar aos poucos, devido a uma compulsão por doces, e chegou a 135 quilos. Ela foi uma das pacientes tratadas com o Stomaphyx, e considera o tratamento como uma nova chance de ter qualidade de vida, já que o peso lhe traz problemas nas articulações.

UTI Infantil Incentiva Presença dos PaisNo Hospital VITA Volta Redonda, a UTI adotou uma atitude humanizadora, que envolve os pais no tratamento e recuperação dos pequenos pacientes

Quando uma criança necessita da atenção de uma UTI, certamente os pais gostariam de ficar com ela o tempo todo, em um ambiente acolhe-dor, onde médicos, enfermeiros e demais fun-cionários os tratassem como seres humanos e não números. Na UTI Neonatal do Hospital VITA Volta Redonda, a presença dos pais não só é permitida como incentivada, para propiciar a recuperação dos pequenos pacientes, além de oferecer um elevado nível tecnológi-co e profissional. Nela, a humanização do tratamento de crianças e bebês está presente em todos os detalhes, passan-do pela decoração, controle de ruídos e,

principalmente, pelo envolvimento da família no tratamento, para dar apoio ao paciente infantil e favorecer sua recuperação.

A UTI Neonatal conta com seis leitos para crianças e 12 leitos neonatais. A equipe multidisciplinar inclui,

além de médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, também psicólogos e outros profis-sionais. O ambiente está adaptado para propor-cionar o maior conforto possível aos pequenos pacientes. Aos internados, a iluminação natural favorece um contato com o mundo exterior e lhes ajuda a manter seu relógio biológico ajustado às horas do dia; e até mesmo favorece o trabalho do médico, que pode avaliar com mais clareza o estado geral do paciente. À noite, as luzes são diminuídas, para não atrapalhar o repouso dos internados. A decoração, em tons suaves, tam-bém contribui para um rápido restabelecimento. Outro detalhe que não foi esquecido: o controle do nível de ruído, que é mantido reduzido, para evitar estressar os pacientes.

A proximidade e confiança da família são essenciais para a recuperação dos pequenos pacientes. “Nós procuramos diminuir a tensão dos familiares, apresentando o ambiente e os profissionais que vão cuidar dos seus filhos”,

explica Ivo Xavier, diretor da UTI Neo-natal. “Além disso, os pais podem ficar o tempo que desejarem junto ao leito de seus filhos, até mesmo 24 horas por dia”. Também são incentivadas as visitas dos avós, irmãos e outros parentes: “A presença dos familiares traz alívio ao paciente e favorece sua recuperação”, afirma.

João CaetanoMarchesini

A decoração traz temas amenos e tranqüilizadores; no destaque Ivo

Xavier, diretor clínico da UTI Neonatal

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SaúdeSaúde

VITA Curitiba Cria PS para Atendimento Infanto-JuvenilServiço de emergência para crianças e adolescentes funciona 24 horas, com presença constante de cirurgiões pediátricos

Acidentes são a principal causa de morte infantil no Brasil. As estatísticas mostram que em 2005, 6.800 crianças morreram no País por causas externas ou traumatismo. Para atender essa demanda na capital paranaense e região, o Hos-pital VITA Curitiba acaba de inaugurar um Pronto Socorro exclusivamente pediátrico, com presença de cirurgiões pediátricos 24 horas por dia.

O médico Marcelo Ribas, responsável pelo ser-viço de pronto atendimento pediátrico do hos-pital, estudou cirurgia pediátrica no Children’s National Medical Center, em Washington (EUA), considerado o hospital modelo mundial em trauma infantil. Segundo Ribas, o pronto atendimento do VITA Curitiba é o primeiro da cidade e vem suprir uma carência por esse tipo de atendimento, que re-

quer a presença de especialistas que conheçam o organismo infantil: “Crianças não são adultos em miniatura”, ressalta. O serviço conta com uma equipe multidisciplinar que inclui, além de 10 cirurgiões pediátricos, também ortope-distas, neurocirurgiões, psicólogos e outros profissionais, e suporte da UTI pediátrica do hospital.

Cerca de 30% dos acidentes com crianças estão relacionados ao trânsito: são atrope-lamentos, colisões de automóvel e bicicleta; em seguida vêm afogamentos, quedas, queimaduras, intoxicações e outros. Segun-

do Ribas, já houve casos de afogamento dentro de casa e até em baldes: “Três centímetros de profundi-dade são suficientes para

que uma criança se afogue”, alerta Ribas. Em qualquer situação, o ideal é chamar o socorro o mais rápido possível: “Quanto mais rápido o atendimento, melhores são as chances de uma boa recuperação”, explica.

Marcelo Ribas

Como Melhorar a Saúde do MédicoAgendas lotadas e estresse elevado comprometem a saúde dos médicos; entenda como a vida deles pode melhorar quando os pacientes confiarem mais nos hospitais

A maioria de nós imagina que médicos zelam cuidadosamente pela própria saúde, mas nem sempre é assim. São profissionais que convivem diariamente com uma agenda corrida e uma atividade altamente estressante, de respon-sabilidade sobre a vida de seus pacientes, e embora não existam estatísticas precisas sobre o assunto, os próprios médicos admitem que é uma minoria que mantém uma alimentação equilibrada, atividade física regular e exames preventivos, que são, aliás, as suas próprias indicações para uma vida saudável.

Para Luiz Fernando Kubrusly, cardiologista e diretor clínico do Hospital VITA Batel, as agendas superlotadas e o conseqüente descuido com a própria saúde têm muito a ver com a natureza da atividade do médico: “Na nossa profissão, o trabalho está diretamente ligado à nossa pre-sença física, no consultório, no hospital, junto ao paciente”. Além de clinicar, diagnosticar, receitar e operar, o médico também precisa visitar os doentes, falar com os familiares e atender as emergências, o que faz com que raramente tenha tempo para si próprio e freqüentemente tenha de desmarcar compromissos com a famí-lia, os amigos e a academia. “É muito difícil para as pessoas entenderem que o médico pode estar jogando tênis enquanto um parente está na UTI”, diz Kubrusly.

Para ele, a vida dos médicos melhora quando os pacientes passam a confiar mais nas insti-tuições de saúde do que em um determinado

profissional. “É uma tendência e isso já está acontecendo em alguns hospitais”, diz Kubrusly. “Ou seja, se o paciente confia no Hospital VITA, ele saberá que ali será bem atendido e acom-panhado, não importa se quem está de plantão é o doutor fulano ou sicrano”.

O cirurgião José Tarcísio Cavalieri, do Hospital VITA Volta Redonda, é um exemplo de quem conseguiu incluir entre os muitos compromis-sos uma bateria completa de exames para avaliar a saúde. Aos 68 anos, dos quais 44 em atividade dentro do hospital, ele teve a satisfação de receber resultados que lhe recomendam apenas aumentar a atividade física e algumas restrições alimentares leves. “Fiz os exames, com alguma relutância, e acho inclusive que deveria ter feito antes”, diz Cavalieri. “Mas depois fiquei mais tranqüilo. É como se eu estivesse iniciando um novo ciclo de vida, com novos hábitos”.

Luiz Fernando Kubrusly (esq.); José Tarcisio Cavalieri

PS Hospital VITA Curitibatel.: (41) 3315-1838Rodovia BR 116, Km 396, nº 4021Bairro Alto • Curitiba - PR

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Artigo MédicoArtigo Médico

Iniciei minha vida nos caminhos da terapia intensiva em fins de 1973, quando acadêmico terceiranista da Escola de Ciências Médicas de Volta Redonda, incentivado por um grande amigo, Guanair de Souza Hochst, que era pro-fessor da cadeira de Semiologia e se tornou o precursor da então nova especialidade no inte-rior do Rio de Janeiro, implantando o Centro de Tratamento Intensivo no Hospital da Companhia Siderúrgica Nacional, hoje Hospital VITA-VR.Por contato freqüente com grandes intensivis-tas da época, fui adquirindo gosto e me sentin-do cada vez mais à vontade nesse ambiente.Hoje, trinta e cinco anos passados, pensando na minha decisão de cuidar dos pacientes mais críticos, decido colocar a culpa em Ber-trand Russell, que muito contribuiu com seu texto: “Aquilo por que vivi”.Tal escrito vem me acompanhando desde os tempos de internato salesiano, pois “o anseio de amor, a busca incessante do conhecimen-to e a compaixão pelo sofrimento humano” nunca me deixaram desistir, mesmo nos momentos mais difíceis. Vejo, com felicidade, que os “cantos” antigos adaptados para tratar os pacientes mais gra-ves, em vários hospitais, transformaram-se em motivo de realização profissional. Os locais destinados ao atendimento de pa-cientes de risco elevado, onde a assistência médica é contínua, se sofisticou. Equipamentos próprios e precisos complemen-tam o trabalho médico em busca do grande resultado: devolver as pessoas acometidas de graves problemas de saúde ao convívio familiar e social. Falamos em protocolos e qualidade, medicina baseada em evidências e custos hospitalares; mas isto, em um espaço no qual seres huma-nos especializados, com acesso à alta tecno-

logia para diagnóstico e tratamento não perdem suas sensibilidades, como se poderia pensar. Que por serem humanos, já apresentam patologias relacionadas ao traba-lho em tais ambientes. Eles sentem os efeitos da tensão continuada, com intensidade tal que pode incapacitá-los. Foi publicado um inte-ressante trabalho original no Vol 20 – nº 3 – Julho / Outubro 2008, por um grupo de médicos de Sal-vador, da Revista Brasileira de Terapia Intensiva que apresenta fatores asso-

ciados à síndrome de Burnout – a reação de estresse excessivo relacionado ao trabalho que se apresenta em três dimensões: exaustão emocional, despersonalização e ineficácia. O resultado do referido trabalho encontrou presença de exaustão emocional em 47,5% da população estudada. A despersonalização e a ineficácia apareceram em 24,6% e 28,3%, respecti-vamente. Uma das dimensões, pelo menos, estava em 63,3% dos profissionais-alvo do estudo. Então, um centro de atividades médicas que gerava estresse em pacientes e familiares que, sabidamente, adoecem com seus parentes, passa, agora, a produzir os mesmos sentimen-tos nos profissionais que ali atuam.Claro que é preocupante, pois proliferam as UTI e se torna necessário que os médicos iniciantes na especialidade tenham vontade de nela permanecerem, visando a melhoria continuada, adquirindo a experiência funda-mental para a identificação e tratamento das patologias mais complexas e graves. O aprofundamento dos estudos para introdu-ção da terapia intensiva nas grades curricula-res das escolas de medicina, mesmo que em regime de internato, como módulo obrigatório, é muito importante. Pode significar a solução de uma distorção que torna cada dia mais grave a situação do profissional intensivista. Preocupante também, por conseqüência, é a introdução de médicos em atividade que exige conhecimento, rapidez em tomadas de deci-são e liderança de equipes sem a suficiente formação para tanto. É alto o nível de informalidade no preparo de intensivistas. Aprende-se apenas acompa-nhando qualquer profissional que seja, em qualquer UTI de algum lugar, tornando-se assim “capacitado“.Esta publicação mostra que fatores oriundos

da própria unidade de trabalho intensivo são causadores de estresse significativo. Como evitá-los?

O trabalho por nós anteriormente referido demonstra que os seguintes fatores produzem estresse:

Ruído excessivo na UTI 73,7% Possibilidade de complicação 64,5%Problemas administrativos 63,3%Lidar com sofrimento e morte 60,2%Lidar com diversas questões simultaneamente 58,9%Quantidade de pacientes por médicos 57,5% Ritmo acelerado das atividades profissionais 57,1% Falta de recursos materiais 54,6%Comprometimento da equipe 51,2%Relacionamento com a equipe 36,4%Cuidar do paciente terminal 36,1%Pressão para dar alta aos pacientes 35,3%

Percebe-se, então, que tudo é preocupante para o médico intensivista, pois apenas 9,2% dos entrevistados pretendem permanecer em UTI por mais de dez anos, e 75,8% referiram alguma queixa ou problema de saúde, embora sejam pessoas de baixa faixa etária (24 a 39 anos – 79,4%).A saída da situação atual passa por vontade que possa se transformar em necessidade das instituições hospitalares, órgãos repre-sentativos da classe médica e associação da especialidade. É importante a compreensão das entidades pagadoras. A qualidade traz benefícios reais para os pacien-tes e contribui para a redução significativa dos custos da prestação de serviços. Economia. Fala-se muito de humanização das UTI e os médicos, frente aos problemas de vida, distorcidos que são seus “scripts” pessoais para a realização pessoal através da atividade escolhida, desumanizam-se, passando pela experiência da desvalorização.É feliz o trabalho dos autores, pois evidencia o fato de que a realização e a satisfação estão com o time de especialistas titulados. São os que mais desejam acesso aos melhores postos e condições de trabalho. Também demonstra um curioso dado: dentre todas as especialidades que ocuparam as unidades de tratamento intensivo, apenas 2,5% da população entrevistada tem como atividade principal a terapia intensiva. É coisa para pensar!

Vida de Intensivista

Eduardo Sampaio Diniz é Gerente Médico do Hospital VITA Volta Redonda e Especialista em Terapia Intensiva pela Associação de Me-dicina Intensiva Brasileira

Eduardo Sampaio Diniz

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Entrevista

Como começou a Operation Smile?

Em 1982, o médico americano Bill Magee Jr e a esposa Kathleen, enfermeira e assistente social, foram às Filipinas, juntamente com uma pequena equipe, tratar um grupo de crianças com deformidades faciais. Eles só conseguiram atender cerca de 40, de um grupo de 300 que precisavam do tratamento. E saíram de lá com as mães pedindo que retornassem, porque não havia esperança de trata-mento para elas. Ao voltar para os EUA, ele conseguiu reunir voluntários, angariou fundos e retornou às Filipinas. Depois foi convidado para ir a outros países, e assim começou a Operation Smile.No Brasil, o primei-ro programa foi em 1997, em Fortaleza, porque o Ceará é um dos Estados com maior incidência de fenda palatina. Ti-vemos apoio da Se-cretaria Estadual de

Saúde e do Hospital Albert Sabin, que até hoje nos cede o local para o programa. Naquela primeira edição, a Secretaria achava que não haveria nem 100 pacientes no Estado, e apareceram 400, dos quais conseguimos operar 125.Esse primeiro programa foi muito difícil, eram todos médicos estrangeiros e duas toneladas de material importado, e quase não tínhamos apoio, quase ninguém sabia

o que estávamos fazendo. São neces-sárias autorizações dos conselhos regio-nais das especialida-des para que esses médicos atuem no Brasil , os equipa-mentos entram com documentação de importação tempo-rária, uma série de detalhes. Até hoje enfrentamos dificul-dades. Por exemplo: temos doação de equipamentos ame-r icanos , mas não conseguimos fazê-los ficar no Brasil sem pagar impostos.

Vocês ensinam a técnica aos médicos locais?

Sim, e também treinamos outras pessoas envolvi-das, porque para realizar uma ação dessas existe toda uma logística muito grande. Por exemplo: realizamos um programa em Fortaleza (CE), no final de setembro de 2008, em que foram opera-das 95 crianças em uma semana; e em agosto de 2008, no Rio de Janeiro, com 94 crianças atendidas. Para que isso aconteça é preciso trazer as crianças, os médicos, obter local, salas de cirurgia, hospedagem, material de consumo, uma série de fatores simultâneos para tornar tudo isso possível.

Como é feita a divulgação?

Trabalhamos em conjunto com as secretarias da Saúde, estaduais e municipais, distribuindo cartazes para municípios distantes, com o local e a data da seleção; fazemos divulgação por rádio ou da forma mais apropriada segundo o local, para atrair o maior número possível de pacientes. Temos um limite de cirurgias, mas buscamos atrair bastante gente, principalmente o paciente mais distante, que tem menos acesso a um tratamento. Estamos falando de uma popu-lação extremamente pobre, que não tem como fazer uma série de viagens para diagnosticar e tratar o problema. Às vezes, vemos adultos que

Uma Nova Face, Uma Nova VidaCertas crianças nascem perfeitas sob quase todos os aspectos, mas com defeitos que colocam em risco seu desenvolvimento, auto-estima e a própria vida: elas têm lábio fissurado e fenda palatina, problemas que podem ser resolvidos com uma rápida, porém complexa, cirurgia plás-tica. Normalmente, é um problema visível na face e torna a aparência da criança assustadora para a maioria das pessoas. Por isso elas muitas vezes são abandonadas ou ocultadas pela própria família e não recebem tratamento, especialmente se nascerem em famílias pobres. O sistema público de saúde não consegue atender nem metade das crianças que nascem com fissura - poucos hospitais públicos oferecem tratamento e, neles, as filas de espera são imensas. Para a maioria dessas crianças, a única esperança são as campanhas da Operação Sorriso Brasil (OSB - www.operacaosorriso.org.br), que realiza mutirões de tratamento em vários Estados e que já atendeu cerca de 2.500 crianças. A OSB é parte de uma organização global de fundações e associações sob a marca da Operation Smile, que tem escritórios em 27 países na Ásia, África, Europa Oriental, América Latina e Oriente Médio. A OSB é uma ins-tituição sem fins lucrativos, que se dedica a transformar a vida de crianças e jovens brasileiros portadores de deformidades faciais corrigíveis, com foco principal na correção das fissuras lá-bio-palatinas. Ela busca criar uma ponte entre o trabalho voluntário e o patrocínio de indivíduos e empresas socialmente responsáveis, visando ampliar a auto-suficiência no tratamento desse problema nas diversas regiões do Brasil. A associação é mantida por uma rede de parcei-ros, pessoas físicas e jurídicas, que colaboram com recursos materiais e financeiros. A OSB trabalha exclusivamente com profissionais da área de saúde (cirurgiões plásticos, anestesistas, pediatras, ortodontistas, fonoaudiólogos, psicólogos e enfermeiros) e não-médicos voluntários.Entrevistamos Flávia Carvalho Franco, diretora executiva da Operação Sorriso Brasil, que con-ta como surgiu a Operação Sorriso, como ela atua e como consegue trazer um futuro melhor para milhares de crianças.

Lábio fissurado e fenda palatina são aberturas no lábio, palato (céu da boca) ou tecido mole da parte posterior da boca. A causa exata do problema é desconhecida. São defeitos congênitos em uma etapa inicial do desenvolvimento do embrião. Cientistas acreditam que se trate de uma combinação de fatores genéticos e ambientais, como: enfermidades maternas, uso de medicamentos ou desnutrição. Além dos problemas estáticos, crianças que apresentam essas deformidades podem sofrer múltiplos problemas de saúde, incluindo: auditivos, infecções crônicas, má-nutrição, má-formação da dentição e dificuldades no desenvolvimento da fala. Freqüentemente, observa-se o abandono escolar e, com o passar dos anos, baixa auto-estima. A Organização Mundial de Saúde calcula que no Brasil exista uma criança com fissura para cada 650 nascidas, ou cerca de 280.000 pessoas com fissura lábio-palatal em todo o País.

Flávia Carvalho Franco, diretora executiva da Operação Sorriso Brasil

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passaram a vida toda sofrendo com esse problema porque vivem em um local onde não há atendimento. As histórias são dra-máticas, pacientes que dormem na porta do hospital, que vendem tudo que têm para procurar ajuda, e nós estamos sensíveis a essas dificuldades. Hoje, no Albert Sabin, em Fortaleza, há 7 cirurgiões plásticos capacitados para esse tratamento e eles realizam cerca de 40 cirurgias por mês; mas sabe-se que no Estado há aproximadamente 15 mil fissurados. Nesses dez anos nós conseguimos mostrar que o problema existe, e fizemos com que essas pessoas buscassem tratamento.Como existem outros problemas de saú-de graves no País, o fissurado nunca é prioridade. Ele disputa tempo, atenção, espaço, verba com pacientes que correm risco de morte, com câncer, ou que estão esperando um transplante. Então ele fica sempre em segundo plano.

Como é a seleção?

Cada candidato é examinado por oito espe-cialidades médicas, mais registro e foto. Ago-ra temos até geneticistas, para tentarmos chegar à origem genética do problema, em conjunto com o Genoma da Universidade de São Paulo. Verificamos a presença de infecções, de anemia, e descartamos quem não pode ser submetido a uma cirurgia. Normal-mente, os candidatos ficam o dia todo no hospital para seleção e procuramos apoio de empresas que possam fornecer um lanche, suco, frutas. Quando o paciente é do interior, ou ele vem de ônibus, ou a gente consegue que as secretarias municipais transportem o paciente com acom-panhante; é preciso conseguir abrigo para essas pessoas, porque elas não têm dinheiro para ficar hospedadas, não têm parentes ou conhecidos na cidade. Em Fortaleza, a hospedagem foi na Casa do Menino Jesus, um lugar maravilhoso.Mas nosso objetivo não é apenas fazer as operações, e sim desenvolver o atendimento ao fissurado naquele local. Não adianta ir a um local e operar cem pacientes, melhorar a vida desses e deixar os outros na mesma situação de antes. Queremos desenvolver esse serviço, buscar mais médicos que tenham interesse em aprender essa técnica e alertar para o problema.

A fissura é tratada por cirurgiões plásticos?

Sim, a Operation Smile desenvolveu uma técnica de tratamento da fissura e lábio. Uma cirurgia de lábio dura em média 45 minutos, e de palato, uma hora e meia. Mas não é uma técnica que se aprenda rapidamente. Os mé-dicos que levamos dominam o procedimento porque operam diariamente.

E como é o pós-operatório?

O paciente tem alta no dia seguinte, nor-malmente. O pós-operatório são visitas uma semana depois, seis meses e um ano depois. No caso dos pacientes do interior, eles perma-necem uma semana na cidade do programa para fazerem o primeiro exame pós-operatório, antes de voltarem para suas cidades; e nor-malmente o processo de cicatrização já está bem adiantado. A gente fornece tudo para a mãe, que leva uma cesta básica e um kit de produtos de higiene, antibiótico e pomada ci-catrizante, e ela é orientada sobre os cuidados. Alguns pacientes são operados de lábio num programa, e do palato um ano depois.

Qual é a realidade desse paciente, antes da cirurgia?

É importante ressaltar que qualquer pessoa pode ter um filho fissurado; a porcentagem é de um para cada 650 nascidos vivos no Brasil. Mas alguns fatores fazem com que a incidên-cia seja maior na população de baixa renda, como a má nutrição e a falta de pré-natal. Então, essa mãe pode estar no oitavo filho, não se alimentou direito, não fez pré-natal, não fez ultra-som, tem um choque psicológico depois do parto ao ver o problema e, muitas vezes, abandona a criança ou a trata como se fosse

uma aberração.Dependendo do tamanho da fissura, essa criança não consegue se alimentar e pode morrer de fome. Quando sobre-vive, tem muitas infecções, dos mais variados tipos. Não desenvolve a fala e pode ter perda auditiva. Hoje, sabe-se que cerca de 10% das crianças afetadas têm algum tipo de perda auditiva. Os problemas vão se agravando confor-me ela cresce. Quando chega aos oito anos, ao ir para a escola, começa a sentir o preconceito, receber apelidos e ser vítima de brincadeiras. Ela acaba aban-donando as aulas e os pais aceitam. Então, seu problema, que era tratável, passa a comprometer seu desenvolvi-mento escolar e social. Na adolescência, a auto-estima deles é muito baixa, são jovens que só falam com você tapando a boca e olhando por baixo, ou usam uma máscara para tapar o rosto. Tornam-se adultos que além do problema estético, não falam direito, são analfabetos e não conseguem um emprego. Então, aquele problema tratável de um bebê cria um adulto completamente dependente. É muito triste, a gente fala com jovens que reclamam que não conseguem um emprego, que não têm vida.Uma das coisas em que acreditamos é trazer essa realidade à tona, fazer com que a fissura palatal seja de notificação

compulsória, e que haja mais centros preparados para o tratamento. E o mais grave, em minha opinião, é que neurologicamente essa criança tem 100% de condições de se desenvolver, e a falta de tratamento pode comprometer todo o seu desenvolvimento, e criar um adulto cheio de problemas.

E como muda a vida dessas pessoas após a cirurgia?

Muda completamente. Esteticamente, a melho-ra é de 100%, ficando apenas uma pequena cicatriz. A relação com a família muda, a auto-estima cresce, ela começa a se sociabilizar, tudo melhora. Outros benefícios vão depender dos tratamentos complementares a que ela tenha acesso. Por exemplo: se a criança está numa idade em que a fala já foi afetada, depois da cirurgia ela vai continuar falando errado, e precisará de apoio de fonoaudiologia para reensiná-la a falar corretamente. Mas só a parte estética ajuda muito. A OSB não faz os tratamentos complementares, mas procuramos atuar dentro de hospitais onde o paciente pos-sa tê-los e envolver outros profissionais.

Para se tornar voluntário médico ou obter infor-mações sobre como fazer doações, visite o site www.operacaosorriso.org.br, ou telefone para (11) 3443-1709.

A menina Brena, completamente recuperada após a operação.

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GenteGente

O Natal do HSBC, no Palácio Avenida, é um dos mais conhecidos cartões postais de Curitiba; o Grupo VITA reúne os amigos em um camarote para apreciarem esse maravilhoso espetáculo, com estúdio para fazer fotos e reunindo doações de livros para o Lar André Valério Correa, de crianças carentes.

Camarote de Natal

Jackson Baduy, Luiz de Souza, Carla Soffiatti e Luiz Barbosa

Marco Aurélio De George, com a esposa Cintia e as filhas Caterine e Lygia.

Ed Marcelo Zaninelli e esposa Daniele Cristina

Fernando César Koleski e esposa Adriana

Luiz Ernani Maddalozzo com a esposa Adriana e o filho Miquelle

Visita Internacional - Em outubro, o Hospital VITA Curitiba recebeu a visita do médico Martin Eichelberger, chefe do serviço de trauma e

queimados do Hospital Children’s National Medical Center, da Universi-dade George Washington, e presidente da ONG Safe Kids, voltada para a prevenção de acidentes infantis. Ele se mostrou impressionado com o

nível dos serviços oferecidos e deu seu apoio ao projeto do PS Pediátrico do VITA Curitiba. Na foto, Osni Silvestri, gerente médico, Martin Eichel-

berger e José Octavio Leme, diretor regional.

Gassan Traya, Rodrigo Fontan, Alcides José Branco Filho e Rached Hajar Traya

Bruno Arnaldo Bonacin Moura e André Morais e Silva

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VITA no Congresso Fluminense de CardiologiaO Hospital VITA Volta Redonda participou do VI Congresso Fluminense de Cardiologia, que aconteceu de 16 a 18 de outubro, em Búzios (RJ). Estavam presentes no estande do Hospital VITA os cardiologistas Jorge Brandão, Valdeiliza de Souza e Leonardo Nogueira, e os cirurgiões cardíacos Demian Cândido, Jean Pierre Almeida e Amaury Viotti. Bran-dão participou da Comissão Científica do Congresso como moderador de Mesa Redonda sobre Insuficiência Cardíaca.

Leonardo Nogueira, Jéssica Figueiredo, Jorge Brandão Berta Brandão e Bruna Mendes

Talita Assis e Valdeliza de Souza

Jéssica, Berta Brandão, Jorge Brandão, Amaury Viotti, Raquel e Bruna

Talita Assis, Demian Cândido Ferreira, Helem e Jean Pierre Almeida

O Congresso teve cerca de 450 participantes

Estande do Hospital VITA Volta Redonda

Visita Especial – O Hospital VITA Volta Redonda recebeu em no-vembro uma visita muito agradável, da Diretoria da Associação dos

Aposentados de Volta Redonda, inclusive a vice-presidente Bergonsil de Oliveira Magalhães. A visita muito honrou ao hospital, pois além

de prestar serviços a milhares de associados há 35 anos, a entidade ainda realiza um importante papel social junto aos idosos na região.

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As estatísticas não deixam dúvidas: os brasi-leiros estão vivendo cada vez mais. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estima-se que entre 1991 e 2007 a expectativa de vida no Brasil passou de 67 para 72,5 anos, um aumento de 5,5 anos em menos de duas décadas.

É de cada um, entretanto, a responsabilidade de se preparar para viver bem essa vida longa. Um estudo publicado pela revista científica americana Archives of Internal Medicine mostra que um estilo de vida saudável durante os primeiros anos da idade madura é fator preponderante para aumentar a possibilidade de viver até os 90 anos. Segundo a pesquisa, aproximadamente 25% da longevidade hu-mana pode ser atribuída a fatores genéticos, enquanto 75% se deve a fatores de risco que podem ser modificados, inclusive controlar o peso, ter atividade física regular e não fumar. Em outras palavras, três quartos da responsa-bilidade pela longevidade são nossos.

“Acredito que a maioria de nós gostaria de viver até os 100 anos”, diz o geriatra Edélsio Alves Julio, do Hospital VITA Curitiba. “Mas com saúde, consciência e independência”. Edélsio, que atende dezenas de idosos, é um defensor da idéia de que é preciso se preparar desde cedo para a longevidade.

Preparar a longevidade

Segundo Edélsio, um envelhecimento saudável começa com a saúde dos pais e durante a gestação. “Tanto a mulher quanto o homem que planejam ter filhos devem cuidar da pró-pria saúde, que influencia o desenvolvimento do embrião”, diz Edélsio; “e a gestação deve ser tranqüila, saudável e acompanhada de exames pré-natais”. Na infância e juventude também é possível se preparar para viver bastante. “O estilo de vida atual não dá muitas oportunidades de exposição ao Sol, que é essencial para a pro-

dução de vitamina D, a qual contribui para o desenvolvimento do esqueleto”, explica Edélsio; “além disso, as crianças consomem muitos produtos que inibem a absorção do cálcio, como cafeína, trocam leite por refrigerantes, e vemos até crianças sofrendo fraturas devido a ossos frágeis”. Segundo Edélsio, os ossos são formados até os 30 anos, e a falta de exposição ao Sol, bem como o sedentarismo, são inimigos desse processo. Ele sustenta que, apesar de devermos nos proteger de excessos, é preciso expor pelo menos 25% do corpo ao Sol e caminhar para favorecer o desenvolvimento dos ossos. “A partir dos 30 anos, a tendência é de perda de massa óssea. Por isso é impor-tante chegar a essa idade com nossa ossatura plenamente desenvolvida, pois ela é muito importante para a longevidade”, explica.

Maria das Graças S. K. Gonçalves, médica do corpo clínico do Hospital VITA Volta Redonda, também atende idosos diariamente: “É preciso se cuidar desde já, para chegar inteiro à velhice e vivê-la bem”, afirma. Ela lamenta que muitos jovens vivam como se fossem imortais, se arris-cando a acidentes, bebendo, fumando, consu-

mindo drogas, dissipando seu próprio corpo. “O jovem não gosta de pensar que vai envelhecer”, diz Maria das Graças. “Mas sempre cito uma frase da atriz Tônia Carrero. Ela diz: envelhecer é chato, mas a outra opção é morrer”.

Segundo ela, muitas pessoas estão se pre-parando para a longevidade com uma vida

Prepare-se para viver MAISCom uma expectativa de vida cada vez mais elevada no Brasil, é importante preparar-se para chegar com saúde à velhice, uma fase da vida diferente da juventude, mas que pode ser igualmente prazerosa

Aprenda a evitar os dez principais fatores que podem comprometer uma longevidade saudável

• Cigarro• Stress• Alimentação desequilibrada• Sedentarismo• Não tratar de hipertensão e diabetes• Excesso de Sol• Álcool • Dislipidemias (alta taxa de lipídeos no sangue)• Sexo sem preservativo• Deficiência de vitaminas

Os Dez Maiores Vilões do Envelhecimento

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saudável, e quando chegam à velhice, a partir dos 65, levam uma vida feliz. “Existem casais com 90 anos de idade, que vêm por conta própria ao meu consultório, mantêm sua independência, sua vida”. Para ela, o envelheci-mento da população é muito positivo: “Quanto mais idosos, melhor; é sinal de boa saúde, de prevenção, de progresso do País”.

Nunca é tarde Você não se preparou para a velhice? Tem mais de 65 anos, sente dores e os movimentos já são difíceis? Felizmente, nada disso é desculpa para não começar a se cuidar. Procure a orien-tação de um geriatra e também, se possível, de um fisioterapeuta, para voltar a ter uma atividade física e recuperar sua independência. Sejam quais forem as suas limitações e a sua idade, a atividade física sempre lhe trará algo em termos de saúde, movimento e felicidade. “É claro que você não vai se tornar um atleta, mas certamente vai aumentar sua qualidade de vida”, diz Maria das Graças.

Segundo Edélsio, hoje muitos idosos são bem orientados, compreendem suas doenças e as tratam adequadamente. “Acredito que 80% de um tratamento são as mudanças de hábito, e 20% é a medicação”, diz Edélsio. “Idosos cons-

cientes evi-

tam o estresse e a depressão, adaptam suas casas para suas necessidades, se cuidam para não terem queda de pressão e assim por diante”. Para ele, não é feio que um idoso use terno e gravata calçando tênis, que lhe dará mais conforto e segurança.

Vencendo a preguiça

A fisioterapeuta Gisele Beckert, de Curiti-ba, auxilia diversos idosos a retomarem e manterem uma atividade física regu-lar. “Os exercícios ajudam a restituir a independência deles, para que voltem

a fazer as coisas que gostam de fazer”, diz Gisele. “Quem fica parado, começa

a morrer”.

A maioria dos idosos tem uma grande resistência a voltar a fazer exercícios, porque sente dores. “Para quem está co-meçando, é normal ter um pouquinho de dor, mas em duas semanas já vai sentir a diferença”, afirma Gisele. Ela

explica que a produção do líquido das articula-ções é estimulada pelo movimento, portanto, quanto menos uma pessoa se movimentar,

mais rígida e dolorida ela se torna. A recuperação dos

movimentos e da força muscular é gradativa, mas compensa: “A dife-rença que os idosos sentem com a

atividade física é enorme. Eles voltam a andar pela casa sem auxílio de ninguém, podem ir ao banheiro, tomar banho sozinhos”.

Por se tornarem cada vez mais sedentários devido às dores nas articulações, principal-mente quadril e joelho, muitos idosos não têm uma reserva de massa muscular, o que dificulta bastante sua recuperação no caso de qualquer incidente que o deixe acamado. “Quem está fora de forma precisa de muita fisioterapia diária para se recuperar”, diz Gisele; “enquanto que quem tem reserva muscular se recupera muito mais rápido e não fica uma semana de cama por causa de uma gripe”. Outra vantagem de se ganhar força muscular é que isso reduz o risco de fraturas.

“Ensino aos meus pacientes: paciência, pala-vras cruzadas, usarem o computador, fazerem tai-chi, exercitarem a mente”, diz Maria das Graças. Uma mente ativa está menos sujeita ao declínio, como bem demonstra a perene criatividade do centenário Oscar Niemeyer.

Segundo Gisele, uma caminhada de meia hora, três vezes por semana, já traz resultados: “se você repete essa atividade por 90 dias, cria uma rotina que vai tornar a atividade física parte da sua vida”, diz Gisele. Tudo fica mais fácil com um pouco de ajuda profissional. Um especialista no trabalho com idosos, como Gisele, pode ensinar os exercícios certos, mesmo para pessoas que nunca fizeram gi-nástica na vida. “Eu sou uma personal trainer de avós, e acho muito gostoso trabalhar com eles”, brinca.

Gisele Beckert

Edélsio Alves Julio

Edélsio Alves Julio

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Moradora de Curitiba, a mineira Noemi de Vasconcelos Ferreira é uma mulher vaidosa, ativa e que vai à academia de ginástica três vezes por semana, para se manter em forma, e ainda cuida de tarefas domésticas. Muitas outras mulheres têm uma vida dinâmica como a de Noemi, mas ela se distingue por uma pequena peculiaridade: no seu próximo aniversário, em abril, Noemi completará 92 anos. VITAL entrevistou Noemi, que já tem quatro bisnetos, para tentar entender como é que ela conseguiu se manter tão ativa ao longo da vida.

Qual é o segredo de tanta energia?Acho que cuidar do espírito é o principal. Eu gosto de fazer muitas coisas, não fico parada, não fico à toa assistindo TV, faço tricô, crochê, costuro. Durante toda a vida trabalhei, e ainda hoje faço o serviço de casa; a empregada vem só de quinze em quinze dias para fazer uma limpeza geral. De manhã gosto de fazer tudo que tem para fazer, e à tarde vou à academia ou descanso.

Como é a sua atividade na academia?Eu vou à academia três vezes por semana, às segundas, quartas e sextas. Quando chego, faço esteira. Depois faço a musculação, a ginástica localizada e as abdominais. Ano passado, eu fazia mil abdominais, agora a professora reduziu para 400, porque as alunas novas não agüentam. Desde os tempos de ginásio eu gosto de esporte, sempre joguei vôlei, sempre fiz um pouco de ginástica, toda a vida tive atividade física.

Como a senhora cuida da saúde?Eu tenho meu médico e faço um acompanha-mento constante. Acho que todo idoso deve fazer isso. Sei que remédios tomar, o que tem de continuar e o que tem de parar. É muito impor-tante que o médico seja amigo do cliente.

A alimentação tem alguma coisa de especial?Como de tudo, e bem, só evito alimentos mais pesados, com muita gordura. Apesar de ser mineira e gostar de cozinhar com gordura, eu

Energia Inesgotável

hoje mudei, a muito custo, para óleo de milho, como muitas frutas e só bebo água de coco. Nunca gostei de beber água, então o jeito que eu encontrei foi beber água de coco engarra-fada, que eu gosto muito.

A senhora já sofreu uma fratura?Sim, há seis meses eu tive uma fratura na cabeça do fêmur, mas passei muito bem e a minha recuperação foi ótima. Eu estava saindo do carro carregando caixas de leite, caí e sofri essa fratura, uma dor horrível. Isso foi numa sexta-feira, operei no sábado e cinco dias depois eu saí. E quando eu cheguei em casa já comecei a andar pela casa inteira, com um andador. Doze dias depois eu tirei os pontos e comecei a usar uma bengala, que é muito boa, e que eu uso até hoje. Por exemplo, para ir para a academia, para atravessar a rua, geralmente eu uso a bengala, porque a calçada tem muitos altos e baixos. Vou e volto sozinha.

E a senhora acha que é a ginástica que lhe permitiu essa recuperação tão rápi-da, e chegar à sua idade tão bem?Sem dúvida foi a ginástica, e também a vontade de trabalhar, de produzir. Todo mundo que me conhece, fala: eu quero chegar à sua idade com a sua saúde, e eu respondo, ah, é só fazer o que eu faço, tem de ter força de vontade e não desistir.

Evite a depressão

Um grande inimigo do bem estar do idoso é a depressão. Por ser freqüentemente confun-dida com uma simples tristeza, a depressão no idoso na maioria das vezes não é tratada, o que prejudica amplamente sua qualidade de vida. “A depressão é uma patologia e tem cura”, diz Edélsio; “mas ainda é cercada de muitos preconceitos”. Deprimido, o idoso se isola, torna-se irritável e aflito, e muitas vezes se esconde pelos cantos da casa. A depressão faz surgirem várias doenças, inclusive quadros de demência e hipertensão.

Novamente, a atividade física regular é uma importante forma de prevenção, assim como tudo mais que traga satisfação. “É importante o idoso não se entregar ao desânimo, e buscar seu prazer, conviver com quem gosta, sonhar com alguma coisa que vai fazer, nem que seja tomar um chá com os amigos”, diz Maria das Graças.

Apreciar a paisagem, ver a natureza, manter bons relacionamentos sociais e ter uma ativi-dade sexual saudável, dentro dos seus limites e com segurança, são recomendações de Edélsio para evitar a depressão.

Aproveite a vida

A lista de cuidados que uma pessoa deve levar em conta para desfrutar de uma longevidade saudável é extensa. Inclui, também, cuidados com os olhos, os rins, diabetes, etc. Até mesmo a aposentadoria representa um risco, alerta Edélsio.

Em resumo, o recado dos especialistas é se cuidar, para que esta fase da vida seja de alegria e novas realizações. Esteja atento à sua saúde e ao seu estado de espírito, e não se acomode às dores e à tristeza, como se fossem coisas normais. Envelheça bem e aproveite a vida.

Maria das Graças S. K. Gonçalves

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Em RedeEm Rede

Sempre voltado ao aperfeiçoamento dos serviços que presta às comunida-des em que atua, o Grupo VITA acaba de rever seu planejamento estratégico, para se adaptar às mudanças das necessidades de seus pacientes e das condições de mercado, levando em consideração sua missão, visão e valores (veja box).

Os grandes condutores do planeja-mento estratégico em cada região que o Grupo VITA atua são os diretores Regionais: José Mauro Rezende, em Volta Redonda, e José Octavio Leme, em Curitiba. Nessa tarefa complexa, eles são auxiliados pelo Escritório da Qualidade, setor que fornece as “ferramentas” necessárias para o planejamento estratégico. “São instrumentos de administração já consolidados pelo mercado, como o sistema de Balanced Scorecard (BSC), análise SWOT e outros; e o Escritório da Qualidade dá o suporte para essa metodologia”, explica Vanuza Vitoreli, coordenadora do Escritório da Qualidade do Hospital VITA Volta Redonda.

Estratégias

Em Volta Redonda, sob o comando do diretor regional José Mauro Rezende, um dos principais objetivos é a expansão dos serviços críticos vol-tados para pacientes adultos, para corresponder à demanda por esse tipo de atendimento no município e cidades próximas. Outras áreas que receberão atenção extra: as atividades relacionadas à assistência social; diminuição do impacto ambiental, com projetos de gestão de energia e recursos hídricos; excelência dos serviços prestados, o que inclui a manutenção do certificado de Acreditação com Excelência da Organização Nacional de Acreditação (ONA Ní-

Planejamento Estratégico RenovadoAtentas às mudanças nas condições de mercado e necessidades dos pacientes, as Diretorias Regionais atualizaram os planos que definem a rota a ser seguida pela organização

vel 3); e, ainda, a conquista de um título interna-cional de acreditação, do Conselho Canadense de Acreditação em Serviços de Saúde.

Segundo o diretor regional de Curitiba, José Oc-tavio Leme, alguns dos objetivos estratégicos são comuns às duas regiões. Mas na capital paranaense também haverá foco em: intensi-ficar as sinergias entre as unidades e evitar a competição interna, ou seja, os hospitais VITA Curitiba e VITA Batel buscarão se tornar cada vez mais complementares e, ao mesmo tempo, se concentrarem em especialidades diferentes para melhor atendimento na região. Para ambos, o planejamento estratégico prevê foco nos serviços de alta complexidade e a criação de dois novos projetos: o VITA Corporate, que buscará expandir os serviços prestados para médias e grandes empresas; e o VITA Partners, um programa de parcerias com hospitais loca-lizados a até 150 km de Curitiba, para oferecer uma parceria em serviços de alta complexida-de de que eles não disponham.

Planejamento O Quê?

Tornando curta uma descrição longa, o pla-nejamento estratégico serve para determinar para onde uma organização está indo nos próximos anos, como pretende chegar lá e como saber se atingiu seus objetivos ou não. O tipo mais comum de planejamento estratégico é o baseado em objetivos, que começa com o foco na missão da organização, define metas para avançar na direção dessa missão, cria es-tratégias para atingir os objetivos e finalmente define as ações que irão concretizar na vida real tudo que foi planejado teoricamente.

Missão: Ser reconhecido internacionalmente por utilizar as melhores práticas e através da melhoria contínua alcançar a excelência na qualidade dos serviços prestados a todos os clientes.Visão: Ser a rede de serviços de saúde mais confiá-vel e da mais alta qualidade internacional.Valores: Qualidade, Sustentabilidade, Ética.

Missão, Visão e Valores da Rede VITA

José Octavio Leme José Mauro Rezende

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Túnel do Tempo

O pesquisador Adolfo Lutz nasceu em 18 de dezembro de 1855, no Rio de Janeiro. Terminou seus estudos de medicina na Suíça, de onde seus pais eram originários, em 1879. Enquanto estudava, Lutz já mostrava interesse pela bio-logia, área onde completou a formação com estudos na França, Alemanha e Inglaterra. Retornando ao Brasil, exerceu atividade clínica em Limeira (SP) por três anos, após o que se mudou para Hamburgo, Alemanha, para pros-seguir os estudos. Em 1887 retornou ao Brasil e se estabeleceu em São Paulo; mas logo em seguida, em 1889, é chamado a Campinas (SP) para ajudar no combate a uma epidemia de febre amarela. Nesse mesmo ano é convidado pelo governo inglês para dirigir o Hospital Kalihi, no Havaí (na época, o arquipélago ainda não era um estado americano), para investigar a le-pra, e posteriormente clinicou em São Francisco (EUA). Em 1893 retorna ao Brasil, para dirigir o Instituto Bacteriológico de São Paulo, hoje Instituto Adolfo Lutz. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1908, onde trabalhou no Instituto Oswaldo Cruz, dedicando-se plenamente à pesquisa, até a sua morte, em 1940

Lutz era um estudioso incansável e, durante toda a sua carreira, uniu a atividade profis-sional à pesquisa. Viajou numerosas vezes por todo o país, colhendo material para seus estudos. Pesquisou moscas das frutas, miíases do homem e dos animais (doenças causa-das pela infestação das larvas de insetos), artrópodes hematófagos e transmissores de doenças. Ele foi o principal incentivador do desenvolvimento da medicina tropical, com estudos sobre impaludismo, ancilostomose, leishmaniose e esquistossomose.

Durante sua estada no Havaí, de 1891 a 1892, Lutz concentrou-se no estudo da lepra. Mas, ao mesmo tempo, começou a dedicar atenção aos moluscos, o que viria a ser útil anos mais tarde em suas pesquisas sobre a esquistossomose no Brasil.

Lutz ficou conhecido pelas suas enormes contribuições à microbiologia. Entre outros achados, identificou surtos de cólera e peste; conseguiu determinar a natureza das “febres paulistas”; estudou a esporotricose, uma infec-

Lutz: o Médico Pesquisadordas Doenças TropicaisA partir desta edição, VITAL publica em Túnel do Tempo uma série sobre a vida dos mais destacados médicos brasileiros; nesta edição, a vida e obra de Adolfo Lutz, pioneiro da epidemiologia.

Instituto Adolfo Lutz, foto de 1954Instituto Adolfo Lutz, foto de 1954

ção causada pelo fungo Sporothrix schenckii; e identificou a blastomicose sul-americana, hoje conhecida como “doença de Lutz”, uma enfermidade pulmonar causada pelo fungo Paracoccidioides brasiliensis.

Em 1902, juntamente com um grupo de vo-luntários, Lutz participou de experiências sobre transmissão da febre amarela, submetendo-se às picadas de mosquitos procedentes da re-gião infectada. Lutz foi o primeiro cientista lati-no-americano a estudar e confirmar os meca-nismos de transmissão da febre amarela pelo Aedes aegypti.

Como diretor do Insti-tuto Bacteriológico de São Paulo, Lutz teve um papel importante na disseminação da Saúde Pública e da Epi-demiologia Moderna, imprimindo um caráter mais científico a uma atividade até então ba-seada na autoridade pessoal do profissional e em conceitos vagos. Suas pesquisas abran-geram principalmente a Epidemiologia e a Pa-rasitologia. Em 1940, o Instituto Bacteriológico se uniu ao Laboratório Bromatológico de São Paulo e a organização resultou no Instituto Adolfo Lutz.

Túnel do TempoTúnel do TempoTúnel do Tempo

Relatório de Adolfo Lutz de 1897, sobre Relatório de Adolfo Lutz de 1897, sobre higiene na região do Rio da Prata

Original do trabalho de Lutz sobre Original do trabalho de Lutz sobre a blastomicose sul-americana na publicação Brasil Médico, em 1908

Informações biográficas, documentos originais e imagens cedidos pelo Museu Histórico da Faculdade de Medicina da USP

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Para os hospitais da Rede VITA, é muito im-portante saber a opinião de seus pacientes sobre os serviços prestados, para poder se aperfeiçoar continuamente. Ao mesmo tempo, os hospitais se preocupam em manter ações sociais que beneficiem as comunidades pró-ximas e determinadas entidades assistenciais. No último trimestre, o Hospital VITA Batel reali-zou uma ação de marketing que uniu as duas coisas: cada pesquisa de opinião respondida correspondeu a uma doação do hospital para a AFECE, Associação Franciscana de Educação ao Cidadão Especial, de Curitiba.

A AFECE atende pessoas com deficiência intelectual grave e lhes proporciona educação para que possam exercer atividades básicas, como se alimentarem sozinhos, cuidarem de própria higiene, para ter mais independência e qualidade de vida. No momento, a entidade está arrecadando recursos para construir uma nova sede e ampliar sua capacidade de

Unindo o Útil ao SocialCampanha pelo aumento do número de respostas de pesquisas de satisfação gera doações para entidade beneficente

atendimento para 200 pessoas. Quem também quiser contribuir, pode entrar em contato com a AFECE pelo telefone (41) 3366-5212, ou pelo email [email protected].

A campanha no Hospital VITA Batel come-çou em 21 de agosto e teve duração de três meses. Os pacientes foram informados sobre a doação pessoalmente e por cartazes afixados no hospital, e responderam de forma muito positiva à ação. No período, o índice de questionários preenchidos cresceu 21%, passando de uma média de 30% de janeiro a agosto, para uma média de 51% durante a campanha. “A nossa meta era elevar o índice de retorno em 40% e superamos esse número em 11%, o que mostra que os nossos pacientes realmente ficaram sensibilizados pela possibilidade de contribuir para uma ação social ao responder a pesquisa”, diz Josiane Fontana, coordenadora de marketing dos Hospitais VITA Batel e VITA Curitiba.

Segundo Josiane, o projeto de incentivo social do preenchimento de questionários serviu como piloto para a ação, que pode ser esten-dida, em 2009, aos demais hospitais da Rede VITA, e assim beneficiar mais entidades. A cada dois meses, muda a entidade beneficiada, e atualmente os recursos são destinados à ONG Criança Segura, que se dedica à prevenção de acidentes com crianças.

Cartaz de divulgação da campanha

Unindo o Útil ao SocialUnindo o Útil ao SocialUnindo o Útil ao Social

Sempre Alerta Contra os AcidentesSIPAT na Rede VITA comemora queda no índice de acidentes e reforça a importância do uso de Equipamentos de Proteção Individual

A Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (SIPAT) deste ano, nos hospitais da Rede VITA, teve como destaque a utilização correta de equipamentos de proteção individual (EPIs). Com palestras, apresentações de teatro e outras ativi-dades, a SIPAT (que ocorreu de 29 de setembro a 3 de outubro) buscou reforçar a importância do uso dos equipamentos, em todas as funções e ocasiões em que são necessários.

Segundo Antonino Gomes Barbosa, coorde-nador de Recursos Humanos do Hospital VITA Volta Redonda, é essencial não descuidar da segurança, já que o trabalho com saúde envol-ve riscos físicos e biológicos. “Temos conseguido

Acima, contadores de histórias na SIPAT de Curitiba. Ao lado, palestra da SIPAT em Volta Redonda

reduzir o número de acidentes com materiais perfuro-cortantes, graças à conscientização dos funcionários, que têm tomado as precauções devidas nas suas atividades”, assegura Barbosa. Em Volta Redonda, vários palestrantes externos deram palestras sobre segurança durante a SI-PAT: a Guarda Municipal falou sobre segurança no trânsito, o laboratório Exipharma discorreu sobre responsabilidade social e a BR Metals deu

uma palestra sobre gestão de segurança. Si-multaneamente, aconteceu também a Semana Interna do Meio-Ambiente (SIMA), que buscou ressaltar a importância do gerenciamento de resíduos. “É importante se prevenir sempre”, diz Sandra Portella, gerente de enfermagem do Hospital VITA Volta Redonda. “Se você se expõe ao risco, em algum momento um acidente vai acabar acontecendo”.

De acordo com Cristina Ruoso, coordenadora de Recursos Humanos dos hospitais VITA Curitiba e VITA Batel, a SIPAT deste ano teve como tema “Qualidade de Vida no Trabalho”, com palestras sobre stress, doenças ocupacionais infecto-contagiosas, qualidade de vida no ambiente de trabalho e outras. As atividades incluíram também uma oficina de quick massage, ava-liação da massa corpórea e do nível de stress. No dia 27 de julho, dia Nacional de Prevenção de Acidentes, aconteceu nos dois hospitais o “Arrastão da Ergonomia”, com Ginástica Laboral em todos os setores; e a “Hora Do Conto”, com os profissionais da Casa do Contador de Curitiba, que encenaram histórias sobre o uso correto dos EPIs e sua importância na prevenção de acidentes de trabalho.

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Em RedeEm Rede

Imagine a seguinte situação: um hospital em Goiás recebe um lote de ampolas de um determinado medicamento de prescrição controlada, para ser utilizado em pacientes vítimas de problemas circulatórios. Ao abrirem as caixas, os farmacêuticos percebem que a coloração não é a costumeira e declaram: “Há algo de errado com o produto”. Antigamente, essa informação poderia ficar restrita apenas ao hospital ou cidade em que se notou o problema. Hoje, felizmente, uma rede de infor-mações chamada Rede Sentinela permite que hospitais do País todo troquem informações rapidamente e identifiquem problemas de qua-lidade de medicamentos e produtos de saúde, o que eleva a segurança para os pacientes e profissionais da área.

O Hospital VITA Volta Redonda (HVVR) é o único do Sul Fluminense a participar da Rede Senti-nela, que é coordenada pela ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária, ligada ao Mi-nistério da Saúde. Segundo a ANVISA, o objetivo é construir uma rede de serviços em todo o País, preparada para notificar eventos adversos e queixas técnicas de produtos de saúde; insumos, materiais e medicamentos, saneantes, kits para provas laboratoriais e equipamentos médico-hospitalares em uso no Brasil, para ampliar e sistematizar a vigilância de produtos utilizados em serviços de saúde. A rede é formada por cerca de 200 hospitais em todo o Brasil.

Notificação Imediata

Como membro do programa Rede Sentinela, o HVVR tem o compromisso de informar

quaisquer anomalias identificadas em medi-camentos e outros produtos de saúde. Para isso, o hospital tem acesso ao NOTIVISA - Sis-tema de Notificações em Vigilância Sanitária. Um grande benefício de ser participante da rede é que como membro, além de fornecer informações, o HVVR também recebe alertas constantemente, e é avisado sobre quais-quer anomalias identificadas pelos demais hospitais da rede. Felizmente, por selecionar fornecedores certificados, raramente o HVVR tem não-conformidades a informar.

Depois que é alertada por um dos hospitais da Rede Sentinela, a ANVISA alerta os demais para o problema e pede informações para saber se o mesmo problema foi identificado em outros lugares. “Qualquer não-confor-midade deve ser informada. Por exemplo: uma coloração diferente, uma mudança de densidade, um efeito adverso, tudo deve ser notificado, para que a ANVISA possa tomar medidas e alertar os demais hospitais”, diz Luciano da Silva Gonçalves, farmacêutico do HVVR. Com isso, a ANVISA reúne informações suficientes para entender se é um caso isolado ou um problema que afeta toda produção do medicamento, e pode até mesmo retirar o medicamento do mercado.

Gonçalves explica que os hospitais da Rede VITA têm rotinas de rastreabilidade de medi-camentos, o que facilitou muito para o HVVR se tornar um hospital sentinela: “Já tínhamos notificações de desvio de qualidade e de reação adversa, que são os dados de que a ANVISA necessita”.

Eventos Raros

A enfermeira Fernanda Felipe é chefe de serviço do Núcleo de Gestão e Segurança Assistencial (NGSA) do HVVR, responsável por monitorar a qualidade da assistência prestada ao paciente. O NGSA abriga o Núcleo de Controle de Infec-ção Hospitalar e o Núcleo de Epidemiologia, que apuram quais são as principais enfer-midades atendidas no hospital e o perfil dos pacientes. Além disso, também no NGSA são desenvolvidos os protocolos assistenciais, que são documentos que orientam o trabalho dos funcionários que atendem os pacientes.

O NGSA consolida as informações de assistência do hospital e informa qualquer anomalia ao Es-critório da Qualidade, que é o interlocutor do HVVR com a ANVISA. “Recebemos muito mais alertas do que enviamos”, diz Fernanda. “Como trabalhamos com fornecedores certificados, é raro termos problemas de não-conformidade dos materiais, e dos avisos que recebemos, em poucos casos nós utilizávamos o medicamento referido”.

Segundo ela, poucas instituições de saúde particulares se preocupam efetivamente com o gerenciamento de risco e dispõem de infor-mações para participar da Rede Sentinela. “A

rede sentinela é mais difundida nos hospitais universitários, que pela sua própria atividade de pesquisa coletam dados epidemiológicos e têm mais controle sobre medicamentos”, observa. De acordo com Fernanda, um dos fatores que trouxe a rotina de coleta de dados e rastreabilidade para o HVVR foi o processo de Acreditação. “Quando a gente implanta a gestão da qualidade, começa a perceber que precisa ter dados para poder melhorar”, diz Fernanda. Além da Rede Sentinela, o hospital também está no programa Melhores Práticas da ANAHP (Associação Nacional de Hospitais Particulares), que reúne e compara dados assistenciais dos hospitais filiados.

Fachada do Hospital VITA Volta Redonda

Mais Segurança Para MedicamentosO Hospital VITA Volta Redonda faz parte da Rede Sentinela, um programa nacional de vigilância sobre a qualidade de medicamentos e produtos de saúde

Fernanda Felipe e Luciano da Silva Gonçalves

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Em RedeEm Rede

O Hospital VITA Batel (HVBT) já está em pleno processo de Acreditação, para a conquista de uma certificação de qualidade como os outros Hospitais do Grupo VITA. A previsão é de que, até o final do primeiro semestre de 2009, deva ocorrer a auditoria para obtenção da Acreditação com nível de Excelência, o mais elevado.

Para obter a Acreditação, o VITA Batel precisa passar por auditorias para demonstrar que atende às exigências da Organização Nacio-nal de Acreditação (ONA), uma das entidades que podem emitir esse tipo de cer-tificado no Brasil. A certificação é como

um diploma, que mostra para pacientes, médicos, fornecedores e funcionários o nível de qualidade com que o hospital funciona no seu dia-a-dia.

Segundo Alexandre Raichert, coordenador do Escritório da Qualidade do HVBT, o processo de Acreditação começou na metade de 2007

e se apóia na experiência já vivida pelo Hospital VITA Curi-tiba (HVCT), que conquistou o certificado com nível de Excelência em dezembro de 2006. “Foi possível apro-

veitar boa parte do conhecimento acumulado no HVCT e adap-tá-la para a realidade do Batel”, ex-plica Rai-chert. Foram cria-

dos 16 grupos de trabalho no HVBT, sendo cada equipe responsável por estudar os processos de sua área para adequá-las às exigências da ONA. “Estamos muito voltados para a qualidade e segurança da assistência ao paciente, ou seja, para tornar o atendimento cada vez melhor”, acrescenta Raichert. Ele garante que todos os envolvidos estão entusiasmados com a idéia de conquistar a certificação, e a colaboração é plena para o sucesso do projeto.

No HVBT, o Grupo VITA está inovando o formato do Escritório da Qualidade, e colocou para atua-rem juntos: um especialista em Gestão da Quali-dade e uma profissional de serviços assistenciais, a enfermeira chefe da Qualidade Mariana Richter Reis. “É uma nova visão da qualidade, porque agora, além da enfermeira, que conhece os processos assistenciais, o escritório tem um admi-nistrador, o Raichert, que tem um conhecimento mais amplo de gestão”, diz Mariana.

Ela ressalta que a Acreditação é um componen-te do processo de qualidade, mas não o princi-pal objetivo: “Não é como estudar na véspera da prova, só para passar; nós estamos realmente incorporando uma cultura de qualidade e todos estão aderindo a ela”, assegura.

VITA Batel rumo à AcreditaçãoCom a adesão total dos funcionários e um novo modelo de Escritório da Qualidade, o hospital pode receber o certificado até a metade de 2009

Mariana Richter Reis e Alexandre Raichert

Bonita, alegre, extrovertida, sincera, Márcia Al-meida é uma das pessoas mais conhecidas do Hospital VITA Volta Redonda. Também, não é para menos: afinal as histórias da sua vida, do hospital e da Companhia Siderúrgica Nacional estão inti-mamente ligadas desde o seu nascimento. Seu pai, o Alvarenga, trabalhava no departamento de manutenção elétrica da CSN, e como bom siderúrgico, sonhava com um emprego para a filha na empresa mais importante da cidade. Dito e feito. Ainda adolescente Márcia realizou uma prova e obteve seu primeiro trabalho na Gerência de Serviços Gerais da CSN.

Mais tarde, Márcia obteve uma transferência para a Escola Técnica da empresa, e finalmente, para o Hospital da CSN, que posteriormente deu ori-gem ao Hospital VITA. Comunicativa, nada mais natural que ela procurasse uma profissão com o seu perfil: cursou Administração e Marketing pela

Faculdade Sul-Fluminense, em Volta Redonda.

Márcia aproveita a vida: faz ginástica quase diariamente, tem muitos amigos e adora a filha Bárbara, de 17 anos. “Nós somos muito próximas e saímos juntas, passeamos, vamos às compras”, conta Márcia. Também convive muito com a mãe, dona Ermelina, que mora perto e é muito ativa: “Minha mãe não é de ficar parada, não. Ela caminha, faz natação e está sempre viajando”, garante Márcia.

Sua grande paixão, confessa, é o Sol. “Até no inverno fico morena”, conta Márcia. “Aproveito qualquer oportunidade para pegar uma praia,

Márcia, Muito Sol e SaúdeSempre alegre e em forma, Márcia é conhecida por todos no Hospital VITA Volta Redonda pela sinceridade e pelos modelitos originais

no Rio, em Angra, em Vitória; mas as minhas preferidas são realmente

as de Cabo Frio”. Vaidosa, além de manter-se sempre bronzeada, Márcia busca vestir-se com um estilo original: “Gosto de roupas as mais exóticas possíveis, tenho até de tomar cuidado para não chocar as pessoas. Mas eu não ligo, adoro amarelo”, brinca.

Márcia AlmeidaSigno: PeixesPrato preferido: moqueca de peixe com molho de camarão (e chocolates)Sobremesa: FrutasHobbies: tomar Sol, ler, ginásticaFrase: Penso, logo existoMania: ficar explicando tudo nos mínimos detalhesQualidade/Defeito: Ser muito verdadeira

Perfil

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Caiu na Rede

Te Cuida, Angeli!Em Volta Redonda, o marketing agora conta com o auxílio do talentoso Igor Chiesse, cartunista, ilustrador, poeta, escritor entusiasta e estudante do 3º ano de comunicação, como ele próprio define. Até no exterior o Igor já teve trabalhos expostos. Veja nesta página um exemplo da sua criatividade.

The Super-Enfermeira

A Neidamar Fu-gaça, gerente de enfermagem do

Hospital VITA Batel, está ainda mais

poderosa, prepa-rada e absoluta:

ela acaba de re-ceber o título de Especialista em Gerenciamento

em Enfermagem, pela SOBRAGEN

(Sociedade Brasi-leira de Gerenciamento em Enferma-

gem). Neidamar foi aprovada após exame e avaliação do currículo.

Iana Adour, O RetornoA questão que mais intriga a huma-nidade é como o Hospital VITA Volta Redonda pôde sobreviver dez anos sem Iana Adour, que acaba de retornar para assumir a Assessoria de Comunicação do hospital. Psicóloga e Administradora de empresas, ela agora tem a missão de desenvolver a comunicação interna e externa.

Renovação em Dose DuplaEstas duas jovens acabam de che-gar para abrilhantar a equipe dos hos-pitais VITA Curitiba e VITA Batel. A Vitória (esq.), nova gerente financei-ra, é formada em Administração e

Engenharia Civil, com pós-graduação em Finanças e Plane-jamento. A publicitária Josiane Fontana (dir.) é quem ge-rencia a comunicação dos dois hospitais e ainda colabora intensamente na produção da revista VITAL.

Candidato a Maratonista O jovem atleta na foto, vestindo garbosamente a camiseta do Grupo VITA, é Gabriel Hidasy Rezende, em plena prova de 10 mil metros. A foto foi feita du-rante prova do Circuito Adi-das das Estações, na praia do Flamengo no Rio, dia 2 de novembro, da qual participaram cerca de 10 mil competidores. Gabriel completou a prova em 54 minutos e 5 segundos e foi o 11º na sua categoria.

Intensivistas Unidos Desde 1º de novembro, a UTI do Hospital VITA Curitiba está sob o co-mando do intensivista Hipolito Carra-ro Jr. Ele se orgulha da sua equipe, que atualmente é formada por oito médicos, todos igualmente intensivis-tas: “Somos médicos de UTI, não de consultório”, gaba-se Hipolito.

Pequena Petiz A pequena Louise de Oliveira Lima, filha de Lula de Oliveira Lima e Silva-na de Oliveira Lima, do Hospital VITA Volta Redonda, já mostra, aos qua-tro anos, diversos habilidades: faz aulas de balé, escreve as primeiras letras e começa a falar inglês. Os pais garantem que ela não só é talentosa, como também muito comunicativa e amorosa.

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