2
Partindo da pequena ermida da Giesteira, iniciamos o percurso pelo caminho que se abre por entre campos murados que, pouco a pouco, vão dando lugar a bouças e campos abandonados cuja vegetação autóctone proliferou de forma espontânea, para nos embrenharmos por completo no extenso carvalhal da Paisagem Protegida. Este bosque de folhosas constitui um óptimo habitat para inúmeras espécies da flora e do reino animal. Aqui, deveremos parar por um pouco para nos instruirmos com a sabedoria da mãe natureza. Esta floresta, antes classificada como Mata Nacional, resultou da plantação levada a cabo no período do Estado Novo, pela Junta de Colonização Interna, no seu polémico Plano Florestal a Norte do Tejo. As espécies arbóreas resultam desta plantação ou da regeneração, destacando-se o carvalho (Quercus robur), o vidoeiro (Betula alba), o castanheiro (Castanea sativa), a faia (Fagus sylvatica), o pilriteiro (Crataegus monogyna), o azevinho (Ilex aquifolium), entre muitas outras. Em tão rico e diversificado habitat, são inúmeros os animais que aqui encontram abrigo e alimento, destacando-se o lobo ibérico (Canis lúpus signatus), o corço (Capreolus capreolus), o esquilo-vermelho (Sciurus vulgaris), a toupeira-de-água (Gallemis pirennaicus), a águia de asa redonda (Buteo buteo). Para além das espécies do reino animal e do reino vegetal, também são de destacar, quer pela sua ampla variedade, quer pelo seu interesse gastronómico, as inúmeras variedades do reino dos fungos, conhecidas vulgarmente por cogumelos. Depois de uma obrigatória, mas apreciada e atenta paragem, continuamos caminho pelo estradão florestal até chegar a uma casa florestal abandonada, no lugar da Atalaia. Seguimos um caminho em terra por entre um bosque de cedros de Oregon, que nos conduzirá ao pitoresco e bucólico lugar de Túmio. Aqui podemos observar alguns exemplos da arquitectura popular, desde os simples espigueiros às típicas casas das comunidades de montanha do território de Coura. Igualmente, fazem parte deste património construído os campos de cultivo, trabalhados em socalcos, regados por água acumulada em “poças” e conduzida por levadas em terra, rodeados por escultóricos muros de pedra solta, bordajados por azevinho. Passado algum tempo alcançamos o local onde teve início este pequeno passeio pelo território do Corno de Bico, que possui um elevado interesse, não só pela sua biodiversidade, como também pelos jogos de luz e cores da paisagem envolvente. O TRILHO ALTO DOS MORRÕES é um percurso de Pequena Rota integrado na Rede Municipal de Percursos Pedestres de Paredes de Coura. Trata-se de um percurso marcado e sinalizado segundo as directrizes internacionais. Este percurso constitui um itinerário interpretativo do território da Paisagem Protegida do Corno de Bico e envolve dois povoados das freguesias de Vascões e Bico, respectivamente, os lugares de Giesteira e Túmio. PR TRILHO ALTO DOS MORRÕES PERCURSO PEDESTRE REDE MUNICIPAL DE PERCURSOS PEDESTRES DE PAREDES DE COURA 0 500 550 600 650 0 500 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000 3.500 4.000 4.500 DISTÂNCIA PERCORRIDA EM METROS ALTITUDE EM METROS 700 Portugal-Espanha Cooperação Transfronteiriça INTERREG III A Cooperación Transfronteriza España-Portugal INTERREG III A TEXTOS, FOTOS, LEVANTAMENTO, MARCAÇÃO E SINALIZAÇÃO: CLUBE CELTAS DO MINHO. ZEGRAFICDESIGN ABRIL 2005 REPRODUÇÃO INTERDITA UNIÃO EUROPEIA Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional Direcção-Geral do Desenvolvimento Regional Secretaria de Estado de Presupuestos y Gastos Direccion General de Fondos Comunitarios y Financiacion Territorial Carvalhal. Lobo Ibérico (Canis lúpus signatus). FOTO: GRUPO LOBO PR

PR TRILHO ALTO DOS MORRÕES PERCURSO PEDESTRE · Partindo da pequena ermida da Giesteira, iniciamos o percurso pelo caminho que se abre por entre campos murados que, pouco a pouco,

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: PR TRILHO ALTO DOS MORRÕES PERCURSO PEDESTRE · Partindo da pequena ermida da Giesteira, iniciamos o percurso pelo caminho que se abre por entre campos murados que, pouco a pouco,

Partindo da pequena ermida daGiesteira, iniciamos o percurso pelocaminho que se abre por entrecampos murados que, pouco apouco, vão dando lugar a bouças ecampos abandonados cujavegetação autóctone proliferou deforma espontânea, para nosembrenharmos por completo noextenso carvalhal da PaisagemProtegida. Este bosque de folhosasconstitui um óptimo habitat parainúmeras espécies da flora e doreino animal. Aqui, deveremos pararpor um pouco para nos instruirmoscom a sabedoria da mãe natureza.Esta floresta, antes classificada comoMata Nacional, resultou daplantação levada a cabo no períododo Estado Novo, pela Junta deColonização Interna, no seupolémico Plano Florestal a Norte doTejo. As espécies arbóreas resultamdesta plantação ou da regeneração,destacando-se o carvalho (Quercus

robur), o vidoeiro (Betula alba), ocastanheiro (Castanea sativa), a faia(Fagus sylvatica), o pilriteiro(Crataegus monogyna), o azevinho(Ilex aquifolium), entre muitasoutras.

Em tão rico e diversificado habitat,são inúmeros os animais que aquiencontram abrigo e alimento,destacando-se o lobo ibérico (Canis

lúpus signatus), o corço (Capreolus

capreolus), o esquilo-vermelho(Sciurus vulgaris), a toupeira-de-água(Gallemis pirennaicus), a águia deasa redonda (Buteo buteo). Para alémdas espécies do reino animal e doreino vegetal, também são dedestacar, quer pela sua amplavariedade, quer pelo seu interessegastronómico, as inúmerasvariedades do reino dos fungos,conhecidas vulgarmente porcogumelos.

Depois de uma obrigatória, masapreciada e atenta paragem,continuamos caminho pelo estradãoflorestal até chegar a uma casaflorestal abandonada, no lugar daAtalaia.Seguimos um caminho em terra porentre um bosque de cedros deOregon, que nos conduzirá aopitoresco e bucólico lugar de Túmio.Aqui podemos observar algunsexemplos da arquitectura popular,desde os simples espigueiros àstípicas casas das comunidades demontanha do território de Coura.Igualmente, fazem parte destepatrimónio construído os camposde cultivo, trabalhados em socalcos,regados por água acumulada em“poças” e conduzida por levadasem terra, rodeados por escultóricosmuros de pedra solta, bordajadospor azevinho.Passado algum tempo alcançamoso local onde teve início este pequenopasseio pelo território do Corno deBico, que possui um elevadointeresse, não só pela suabiodiversidade, como também pelosjogos de luz e cores da paisagemenvolvente.

O TRILHO ALTO DOS MORRÕESé um percurso de Pequena Rotaintegrado na Rede Municipalde Percursos Pedestresde Paredes de Coura.Trata-se de um percurso marcadoe sinalizado segundo as directrizesinternacionais.Este percurso constitui um itineráriointerpretativo do território daPaisagem Protegida do Corno de Bicoe envolve dois povoados dasfreguesias de Vascões e Bico,respectivamente, os lugares deGiesteira e Túmio.

PR TRILHO ALTO DOS MORRÕESPERCURSO PEDESTREREDE MUNICIPALDE PERCURSOS PEDESTRESDE PAREDES DE COURA

0

500

550

600

650

0 500 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000 3.500 4.000 4.500

DISTÂNCIA PERCORRIDA EM METROS

ALT

ITU

DE

EM

ME

TR

OS

700

Portugal-EspanhaCooperação Transfronteiriça

INTERREG III ACooperación TransfronterizaEspaña-Portugal

INTERREG III A

TEXTOS, FOTOS, LEVANTAMENTO, MARCAÇÃO E SINALIZAÇÃO: CLUBE CELTAS DO MINHO.

ZEGRAFICDESIGN

ABRIL 2005

REPRODUÇÃO INTERDITA

UNIÃO EUROPEIA

Fundo Europeude Desenvolvimento Regional

Direcção-Geral do Desenvolvimento Regional

Secretaria de Estado dePresupuestos y Gastos

Direccion General deFondos Comunitarios yFinanciacion Territorial

Carvalhal.Lobo Ibérico (Canis lúpus signatus).FOTO: GRUPO LOBO

PR

Page 2: PR TRILHO ALTO DOS MORRÕES PERCURSO PEDESTRE · Partindo da pequena ermida da Giesteira, iniciamos o percurso pelo caminho que se abre por entre campos murados que, pouco a pouco,

INSALDE

FORMARIZ MOZELOS

PADORNELO

PARADA

CRISTELO

VASCÕES BICO

RESENDE

RUBIÃES

INFESTA

CASTANHEIRA

LINHARES

COSSOURADO

S. MARTINHO DE COURA

AGUALONGA

ROMARIGÃES

PAREDES DE COURA

PORREIRAS

FERREIRA

GALIZA

OCEANO ATLÂNTICO

PORTUGAL

CUNHARIO COURA

BRAGA

301

A3

550

201

301

101

303

13

Não saia do percurso marcado e sinalizado. Preste atenção às marcações.

Evite fazer ruídos e barulhos.

Respeite a propriedade privada. Feche portões e cancelas, não danifique as culturas.

Não abandone o lixo.

Cuidado com o gado. Não incomode os animais.

Deixe a Natureza intacta. Não recolha plantas, animais ou rochas.

Faça fogo apenas nos locais destinados para o efeito.

Evite andar sozinho na montanha.

Guarde o máximo cuidado nos dias de nevoeiro.

Utilize sempre botas de montanha, impermeável e um chapéu.

RE

GU

LAM

EN

TO

CÂMARA MUNICIPAL 251 780 100POSTO DE TURISMO 251 783 592PPCB 251 780 100MUSEU REGIONAL 251 780 122CENTRO CULTURAL 251 780 124PISCINAS 251 780 102BOMBEIROS 251 780 300CENTRO DE SAÚDE 251 780 320GNR 251 782 123PROTECÇÃO À FLORESTA 117SOS 112

Placa de indicação de início do Percurso.PR significa que se trata de um percurso pedestre de Pequena Rotada Rede Municipal de Percursos Pedestres de Paredes de Coura.

PRPERCURSO PEDESTRETRILHO ALTO DOS MORRÕES - 4,5 kmNÚCLEO RURAL DE TÚMIO - 4 km

CAMINHOERRADO

VIRARÀ ESQUERDA

VIRARÀ DIREITA

CAMINHOCERTO

NOME DO PERCURSO TRILHO ALTO DOS MORRÕES

ENTIDADE PROMOTORA MUNICÍPIO DE PAREDES DE COURA

TIPO DE PERCURSO PEQUENA ROTA

ÂMBITO DO PERCURSO ECOLÓGICO

PONTO DE PARTIDA GIESTEIRA - VASCÕES

DISTÂNCIA PERCORRIDA 4,5 km

DURAÇÃO DO PERCURSO 2 h 30 m

GRAU DE DIFICULDADE MUITO FÁCIL

COTA MÁXIMA ATINGIDA ALTO DOS MORRÕES 675 METROS

CARTA MILITAR Nº . 16INSTITUTO GEOGRÁFICO DO EXERCITOESCALA 1 :25 .000 INÍCIO DO PERCURSOPERCURSO

1 NÚC. RURAL DE GIESTEIRA2 CARVALHAL3 CASA DE GUARDA FLORESTAL DA ATALAIA

4 NÚC. RURAL DE TÚMIO

1

2

3

4