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Poupanças na UE: os Europeus são capazes de pôr dinheiro de lado?

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‘Think...’ nº 7 – Fevereiro 2013

Poupanças na UE: os Europeus são capazes de pôr dinheiro de lado?

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Existem muitas razões para poupar dinheiro: desde o aparecimento de despesas inesperadas até à preparação da reforma, na ajuda aos filhos, etc. Mas de acordo com os Europeus, quão crucial é, ser-se capaz de poupar dinheiro? Será que os Europeus ainda podem poupar dinheiro na atual crise económica? Ou será que mudaram o seu comportamento de poupança? Estão a preparar-se para a sua reforma? Será que utilizam formas alternativas para poupar dinheiro?

Growth Insight

Para uma grande maioria dos Europeus, poupar dinheiro em cada mês é essencial: três quartos referem que é “absolutamente necessário” (40%) ou “necessário” (34%), de forma a que as pessoas tenham um nível de vida aceitável ou decente no seu país.

Em todos os Estados-Membros da UE uma maioria absoluta dos entrevistados acredita que poupar dinheiro todos os meses é necessário, em proporções que variam de 56% a 88%. Em nove países, excede os 80%: Hungria (88%), Grécia (87%), Malta (86%), Chipre (83%), Eslováquia (83%), Bélgica (81%), Espanha (80%), Lituânia (80%) e Portugal (80%). Com menor percentagem de concordância encontramos Áustria (69%), o Reino Unido(67%), a Holanda (66%), Suécia (61%) e Dinamarca (60%) – todos estes países sendo mais ricos que a média da UE. Um menor número de entrevistados na Letónia partilham esta visão: 56% pensam que é necessário poupar dinheiro todos os meses de forma a manter um estilo de vida aceitável.

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‘Think…’ lições para as empresas:

Saber quais os países da Europa onde os cidadãos da UE dão mais importância à poupança, pode ajudar as empresas Europeias a adaptar as suas estratégias a cada país. Por exemplo, na publicidade: em países onde é mais provável as pessoas considerarem necessário poupar dinheiro todos os meses, o ênfase deveria ser feita no preço. Em outros países, a qualidade deverá ser o argumento de venda mais importante. Bancos e empresas financeiras podem também utilizar estes resultados: um banco pode decidir dar maior ênfase aos seus produtos financeiros em países da UE onde as pessoas estão mais focadas em poupar dinheiro.

A importância que a população atribui a poupar dinheiro também desempenha um papel crucial para os Governos quando estabelecem políticas económicas, financeiras, monetárias e bancárias, como por exemplo, quando fixam as taxas de soluções financeiras de poupança, que, quando elevadas, poderão ser recebidas ainda de forma mais entusiástica pelos países que consideraram que poupar dinheiro é absolutamente necessário.

Fonte: Eurobarómetro Especial (EB) Pobreza e exclusão para a Comissão Europeia EB67.1, Fevereiro-Março 2007, conduzido pela TNS.

Para que uma pessoa tenha um estilo de vida decente (NO SEU PAÍS), por favor diga-me o quão necessário considera poupar dinheiro todos os meses.

Necessário Absolutamente necessário

Não Sabe Total

“Não é necessário” Total “Necessário”

UE 27

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Com o envelhecimento da população a tornar-se num problema real para a Europa, algumas pessoas estão a questionar-se sobre quem é que lhes vai pagar as suas futuras pensões. Estarão os Europeus a poupar (suficiente) dinheiro para as suas reformas?

Growth Insight

Os anos do boom pós-guerra, três décadas de prosperidade e de forte crescimento demográfico após a segunda Guerra Mundial, são agora uma memória distante. Desde a primeira crise do petróleo no inicio dos anos setenta, os Europeus têm enfrentado um aumento do desemprego e um aumento da incerteza económica.

Para além disso, o envelhecimento da população tem-se tornado num problema real na Europa. De acordo com os especialistas, a população Europeia irá atingir um pico em 2040 e depois irá começar a decrescer. A combinação destes dois fatores - incerteza económica e o envelhecimento da população - remete-nos para uma pergunta incómoda e preocupante: quem é que vai pagar as pensões daqueles que são as crianças de hoje?

Em alguns países Europeus, a maioria dos entrevistados não estão à espera de uma resposta política às suas preocupações relacionadas com as pensões. Eles já estão a tomar medidas para preparar a sua reforma, especialmente na Holanda (76%), Dinamarca (76%), Suíça (71%) e Bélgica (71%), onde mais de sete em dez inquiridos afirmam que já começaram a colocar dinheiro de lado em planos financeiros antes da reforma. Isto também se aplica a seis ou mais em cada dez entrevistados na Áustria (69%), Alemanha (67%), Suécia (62%) e no Reino Unido (60%).

No entanto, apenas uma minoria está a fazer o mesmo em Itália (44%), Espanha (43%), França (43%), Noruega (43%), Polónia (42%) e Finlândia (40%).

Muitos Europeus já estão a pôr algum dinheiro de lado de forma a alcançar a qualidade de vida desejada na reforma. Existem no entanto variações entre os países, refletindo provavelmente as diferenças dos níveis de vida bem como dos fatores culturais.

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‘Think…’ lições para as empresas:

Alguns especialistas acreditam que, dentro de 50 anos, 30% dos Europeus terão 65 anos ou mais, contra os 17% de hoje. Hoje em dia, os idosos são um target atrativo e interessante para as empresas - um fenómeno que irá aumentar num curto prazo.

Em alguns países, a grande maioria da população está já a poupar para melhorar a sua qualidade de vida quando se reformarem. Como consequência, irão provavelmente gastar mais em lazer, viagens e em artigos de luxo.

Esta informação é útil para as empresas Europeias, que conseguem assim antecipar onde é que os idosos irão consumir mais. Por outro lado, bancos e empresas financeiras podem decidir focar as suas ações em países que tenham menos pessoas a preparar a reforma– por exemplo, ao oferecer produtos de poupança para a ‘reforma’ ou lançando campanhas de comunicação que realcem a importância de ter dinheiro suficiente na reforma.

Pôr dinheiro de lado para preparar a reforma poderá demonstrar prudência e prevenção. Mas também poderá significar que as pessoas estão genuinamente preocupadas com o futuro. Os governos poderiam melhorar a sua imagem e popularidade ao ter estas preocupações em conta e ao tranquilizar o público, especialmente no que diz respeito ao pagamento futuro das suas pensões.

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Fonte: Inquérito Internacional, para a Fidelity, Worldwide Investment, Julho- Agosto 2011, conduzido pela TNS Sofres

De forma a complementar a sua pensão no futuro já começou a colocar algum dinheiro de parte, por via de planos financeiros (quer através de planos privados ou por via da sua empresa) para alcançar a qualidade de vida que deseja na sua reforma?

Sim, eu já coloquei em prática alguns planos financeiros

Média: 58%

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Despesa do agregado familiar – no que diz respeito a poupar energia, pelo menos três em cada quatro Europeus estão a tomar medidas

Growth Insight

Existem diferentes formas de poupar dinheiro: cortar nos gastos de energia é uma delas. Os Europeus sabem disto: a grande maioria deles fazem-no, especialmente com o aumento dos preços de combustível na atual crise económica.

Mais de oito em cada dez Europeus têm tomado medidas no último ano para poupar energia: uma maioria absoluta cortou em iluminação e aparelhos elétricos (55%), e 43% cortaram no aquecimento e/ou no ar condicionado. Cerca de um em cada cinco isolaram a sua casa (19%). O facto de o combustível ser a maior despesa para os Europeus é também evidente nas suas respostas: 19% utilizaram menos o seu carro, e 14% utilizaram mais os transportes públicos. 12% dos Europeus reduziram a velocidade de condução e 6% chegaram até a trocar de carro por um que utilizasse menor quantidade de combustível (14% fizeram-no na Suécia!).

Existem algumas diferenças entre os Estados-Membros da UE. Mas em todos, pelo menos três quartos da população tomou uma destas medidas para poupar energia. A proporção dos que disseram que não tomaram nenhuma destas medidas varia de 24% na Grécia a apenas 3% em Malta.

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‘Think…’ lições para as empresas

Como tomar medidas para poupar energia é agora um comportamento normal nos agregados familiares, isto significam verdadeiras oportunidades de negócio para as empresas Europeias.

As empresas devem focar-se nas qualidades de poupança de energia dos seus produtos. Os departamentos R&D precisam de continuar a desenvolver produtos com baixo consumo (equipamentos elétricos, lâmpadas, carros) ou que conservem energia (isolamento). As campanhas de publicidade devem também realçar a poupança de energia; por exemplo, um produto de baixo consumo de energia vai permitir ao comprador poupar dinheiro num curto prazo, o que pode justificar um preço de venda mais elevado.

Os governos da UE devem ter em mente o crescimento da preocupação do público em relação ao preço e à poupança de energia. Devem divulgar as ações tomadas para manter os custos de energia a um nível aceitável ou até mesmo impedir o aumento dos custos de energia – por exemplo, para agregados familiares mais pobres. No que diz respeito ao investimento, nacional e local, as autoridades públicas devem apoiar o setor energético e as empresas Europeias que desenvolvem produtos que permitem aos consumidores poupar energia– por exemplo, carros elétricos.

Medidas deste tipo são muito suscetíveis de serem bem recebidas, tendo em conta que existe agora uma forte procura pública destas políticas. Os governos podem também ter um papel importante para preservar a independência dos países Europeus face aos fornecedores de energia de outros países.

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Fonte: Eurobarómetro Especial (EB) para o Parlamento Europeu EB75.1, Fevereiro-Março 2011, conduzida pela TNS

Durante o último ano, fez alguma das seguintes ações para economizar energia?

Reduziu a iluminação e o uso de aparelhos elétricos domésticos

Reduzir no aquecimento e/ou ar condicionado

Reduziu o aquecimento e/ou ar condicionado

Isolou a sua casa (paredes, janelas, etc.)

Utilizou menos o seu carro

Utilizou mais os transportes públicos

Reduziu a velocidade na condução

Tomou iniciativas de poupar energia no local de trabalho

Trocou de carro por outro que consumisse menos combustível

Nenhuma

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Planos precisos para o crescimento

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Estratégia sob medida

As empresas Europeias devem adaptar as estratégias de Marketing de forma a que reflitam a importância da poupança para a população. Onde esta importância é mais elevada, o preço poderá ser o fator mais importante de salientar ao planear uma estratégia de marketing de um produto.

Oferecer produtos de poupança relevantes para a preparação da reforma

Nos países Europeus onde a minoria da população está a poupar dinheiro para a reforma, empresas financeiras e bancárias Europeias podem aumentar a sua gama de produtos dedicados a pessoas que se queiram preparar para a reforma. Podem também prever no futuro próximo, quais os países onde os idosos estarão mais confortáveis a nível financeiro.

Adaptar a estratégia internacional às necessidades dos cidadãos da EU

Reduzir o consumo de energia dos produtos irá aumentar a sua atratividade para os consumidores. Este aspeto também deverá ser promovido em campanhas de publicidade. É um bom argumento para justificar um preço um pouco mais elevado: “Está hesitante entre dois produtos? Seja inteligente, escolha aquele em que irá poupar o seu dinheiro amanhã”.

Mensagens para as Empresas Mensagens para os Governos

Adaptar as políticas bancárias

Saber a importância que o público atribui à poupança poderá ser útil para os governos – por exemplo, ao fixar as taxas de produtos de poupança.

Tomar medidas para assegurar as pensões futuras

Devido à atual crise económica e ao envelhecimento da população, muitos Europeus estão preocupados com as suas futuras pensões. Os governos devem tomar medidas para tranquilizar os seus cidadãos. Mostrar que estão a trabalhar em soluções, especialmente relacionadas com as pensões, irá aumentar a confiança do público.

Combater o aumento de preços da energia

Lutar contra o aumento dos custos de energia terá repercussões positivas nos governos, tendo em conta que existe uma procura do público por este tipo de medidas. Apoiar o setor de energia é também importante, visto que ajuda a reduzir a dependência dos fornecedores de energia estrangeiros.

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Insights precisos para o crescimento europeu

Sobre o Eurobarómetro Estudo da Comissão Europeia que acompanha a evolução da opinião pública nos Estados-Membros da União Europeia, com o objetivo de fornecer informações relevantes para tomar decisões e avaliar a perceção dos cidadãos em temas como: situação social, situação económica, saúde, cultura, tecnologias de informação, meio ambiente, etc. A TNS é a empresa que coordena o Eurobarómetro em todos os países da União Europeia, incluindo Portugal.

Sobre a TNS Com presença em mais de 80 países, a TNS aconselha os seus clientes em estratégias específicas de crescimento nas áreas de inovação e desenvolvimento de novos conceitos, produtos e/ou serviços, desenvolvimento de marca e comunicação, gestão de stakeholders e entrada em novos mercados.

Mais informações

Teresa Veloso Client Service Director e: [email protected] t: +351 21 843 7050 Ou o seu contacto habitual na TNS www.tns.pt

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