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Série Perfil de Projetos Posto de gasolina e álcool Vitória, Dezembro/1999

Posto de Gasolina e Alcool

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Série Perfil de Projetos

Posto de gasolina e álcool

Vitória, Dezembro/1999

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SUMÁRIO

Página 1- Apresentação 3 2- Introdução 4 3- Enquadramento Técnico do Negócio 5 4- Projeto 6 5- Mercado 9 6- Detalhamento dos Investimentos 11 7- Aspectos Econômicos e Financeiros 14 8- Resultados Operacionais 21 9- Incentivos e Fontes de Financiamento 24 10- Fontes de Referências 26

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1- APRESENTAÇÃO Iniciar uma atividade empresarial requer do investidor o pleno domínio da atividade que se propõe a iniciar. Neste sentido, tão importante quanto o conhecimento do ambiente econômico no qual está inserido, sua capacidade gerencial é um fator de fundamental relevância para o bom desempenho do negócio. A Série Perfil de Projetos tem como objetivo suprir de informações o empreendedor disposto a realizar um novo investimento. Trata-se de um instrumento de auxílio ao investidor na elaboração de um plano de negócios que deve ser adaptado para cada situação. E este é o objetivo do SEBRAE/ES: auxiliar as micro e pequenas empresas e dar as condições necessárias ao surgimento de novos empreendimentos que sejam bem estruturados e capazes de enfrentar os desafios do mercado. Este trabalho contém informações sobre o mercado, investimentos necessários à atividade, previsão de resultados operacionais, fontes de financiamento e diversas informações relevantes que, em conjunto com outras literaturas sobre o mercado que se pretende atuar, contribuirá com eficiência maior para uma tomada de decisão segura e com consideráveis perspectiva de sucesso.

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2- INTRODUÇÃO As oportunidades para se investir em um bom negócio não acontecem normalmente ao acaso. Elas podem ser buscadas ou mesmo construídas a partir de informações levantadas e conhecimentos adquiridos com o tempo. Sempre, no entanto, é necessário que o investidor faça os seus cálculos sobre o quanto ele vai distender – imobilizar – e sobre os resultados esperados do empreendimento. Mesmo no meio da incerteza que o cerca e conseqüentemente do risco do negócio, fazer cálculos sobre os ganhos esperados da aplicação dos recursos é tarefa indispensável. Esse exercício de prospecção de um negócio é chamado de projeto. Na verdade, um projeto procura sistematizar informações, trabalhá-las e analisá-las de tal forma a permitir concluir se determinada decisão de investimento é viável ou não. Enquanto tal, o projeto pode ser elaborado obedecendo diferentes níveis de complexidade e detalhamento. A idéia básica de perfil de projeto que servirá de orientação para o presente trabalho busca simplificar a tarefa de sistematização de informações e dos cálculos econômicos que servirão de subsídio à conclusão final sobre a viabilidade do investimento. O perfil aqui apresentado, um Posto de Gasolina, Álcool e Diesel, obedece os roteiros tradicionais de projeto, sem no entanto aprofundar em detalhes técnicos. Serve, dessa forma, como orientação metodológica e de gestão do processo de tomada de decisão. Há uma preocupação com os pré-requisitos necessários para um bom negócio, como alguns atributos do empreendedor, o conhecimento do mercado, a visão prospectiva, alguns aspectos dimensionais do negócio (tamanho, montante de recursos, etc.) e projeção de resultados. É bom deixar claro que os números refletem momentos, situações e locais específicos, o que permite afirmar que para cada local ou conjuntura, existiria um projeto. Isso não invalida o processo de cálculo e conclusões decorrentes. O perfil de projeto reflete uma situação e local genéricos. O tamanho, por exemplo, é definido pela quantidade mínima de venda necessária para viabilizar o investimento em um empreendimento Posto de Gasolina e Álcool, com as características técnicas e operacionais aqui definidas. O presente perfil tem por finalidade mostrar a viabilidade de se estruturar comercialmente um Posto de Gasolina, Álcool e Diesel, considerando-se os recursos necessários, condicionantes existentes e perspectiva de mercado. A primeira parte faz o enquadramento do negócio (dados gerais e conceito do projeto); em seguida é feita uma abordagem sobre o mercado potencial, principalmente em termos de orientação sobre quais variáveis ou fatores a serem analisados. Já a parte econômica e financeira centra atenção nos aspectos de receitas e custos. A viabilidade do projeto é definida pela taxa interna de retorno, tempo necessário para a amortização do investimento e o valor presente líquido do fluxo de caixa. Considerando os 16 municípios pesquisados na primeira fase, a indicação da necessidade de um Posto de Gasolina, Álcool e Diesel foi detectada com maior ênfase no município de São Domingos do Norte. Isso não invalida, no entanto, a adequabilidade do projeto para outros municípios ou localidades. As adaptações que porventura se fizerem necessárias ocorrerão por conta das especificidade de cada localidade.

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3- ENQUADRAMENTO TÉCNICO DO NEGÓCIO

3-1 TIPO DE NEGÓCIO Posto de Gasolina, Álcool e Diesel 3-2 SETOR DA ECONOMIA Terciário

3-3 RAMO DE ATIVIDADE

Comércio Varejista e Serviços

3-4 PRODUTOS E SERVIÇOS A SEREM OFERTADOS

Derivados de Petróleo, Álcool hidratado combustível, Óleos lubrificantes e troca de óleos.

3-5 INVESTIMENTO PREVISTO Investimento Total R$ 148.693,63 Investimento Fixo R$ 124.500,00 Capital de Giro R$ 17.112,98 Reserva Técnica R$ 7.080,65

3-6 FATURAMENTO ANUAL ESPERADO

R$ 860.272,00 (oitocentos e sessenta mil duzentos e setenta e dois reais)

3.7- ÍNDICES DE AVALIAÇÃO Ponto de Equilíbrio 15,99% Valor Presente Líquido (a 15%) R$262.735,92 Taxa Interna de Retorno (anual) 52,68% Pay-Back Time (anos) 2,39 Índice de Lucratividade das vendas 8%

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4- O PROJETO

4-1 OBJETIVO O objetivo do presente perfil de projeto é sistematizar e trabalhar um conjunto de informações que permita ao investidor potencial analisar a oportunidade de implantação de um Posto de Gasolina, Álcool e Diesel, destinado a abastecer veículos automotores. 4-2 REQUISITOS DO EMPREENDEDOR O empreendedor é geralmente um agente econômico especial, as vezes sonhador, que tem a capacidade de transformar boas idéias em um negócio rentável. É importante lembrar que ninguém nasce com todas as habilidades desejáveis de um empreendedor, ou seja, muitas das características pessoais positivas são adquiridas ou lapidadas com o passar do tempo, seja pela vivência, seja por estudo e observação daquilo que acontece no mundo em sua volta. No entanto, é sempre aconselhável que se disponha de um mínimo de conhecimentos gerenciais e técnicos para levar à frente um empreendimento. Dentre os aspectos fundamentais da personalidade desejados de um empreendedor destacam-se: - Criatividade : aceitar desafios e buscar soluções viáveis para o equacionamento de

problemas. - Liderança: capacidade de inspirar confiança, motivar, delegar responsabilidades,

formar equipe, criar um clima de moral elevado, saber compartilhar idéias, ouvir , aceitar opiniões, elogiar e criticar construtivamente pessoas.

- Perseverança: capacidade de manter-se firme num dado propósito, sem deixar de

enxergar os limites de sua possibilidade, buscar metas viáveis até mesmo em situações adversas.

- Flexibilidade: poder de controle dos seus impulsos para ajustar-se quando a

situação demandar mudanças, rever posições estar aberto para estudar e aprender sempre.

- Vontade de trabalhar: dedicação plena e entusiasmada ao seu negócio com tempo

e envolvimento pessoal, lembrando-se que um negócio é tocado com inspiração mas também com muita transpiração.

- Auto-motivação: vontade de encontrar a realização pessoal no trabalho e seus

resultados. - Formação permanente: capacidade de buscar um processo de permanente

atualização de informações sobre o mercado no qual ele se insere, tendências econômicas em todos os níveis, e atualização profissional sobre novas técnicas gerenciais.

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- Organização: compreender as relações internas para ordenar o processo produtivo e administrativo de forma lógica e racional , entender as alterações ocorridas no meio ambiente externo de forma a estruturar a empresa para melhor lidar com estas mudanças.

- Senso crítico: capacidade de se antecipar aos problemas principais, analisando-os

friamente através de questionamentos que levem a indicações de possíveis alternativas de solução.

O empreendedor necessita possuir um visão global do negócio, que implica tanto o conhecimento do mercado fornecedor, quanto do mercado final, e das regras de convivência com o mundo dos negócios. É importante, que o futuro investidor não seja levado pelo excesso de otimismo e entusiasmo com expectativas de rápido retorno financeiro, deixando de lado a real necessidade de um aprofundamento básico do negócio que se quer atuar e principalmente sobre a concepção mais adequada para o desenvolvimento desse negócio, volume de investimento necessário e recursos humanos para sua operacionalização. 4-3 CONDICIONANTES LOCACIONAIS A viabilidade da implantação de um Posto de Gasolina, Álcool e Diesel, como de qualquer outro negócio, está condicionada a uma análise detalhada sobre os aspectos locacionais mais importantes para esta geolocalização. No caso específico da instalação de um Posto de Gasolina, Álcool e Diesel, sua localização é de fundamental importância para a viabilidade do empreendimento. Assim no que diz respeito a sua macrolocalização é importante dimensionar a quantidade e o fluxo de veículos na região; sua grandes vias de acesso que viabilizam os mercados intra e inter regionais; a existência, qualificação e quantificação de concorrentes; e a distância dos centros abastecedores, localização das distribuidoras. A chamada microlocalização, ou seja, o exato local onde se deseja montar um posto de combustível, deve ser um ponto em rodovia, preferencialmente em uma grande reta para facilitar a visualização das placas indicativas assim como, a entrada e saída de veículos, ou em um ponto urbano, em rua ou avenida de fácil acesso e de intensa circulação de veículos, preferencialmente em esquinas. Deve-se lembrar que quando o terreno para a instalação do posto tem localização estratégica, o interesse das distribuidoras em colocar a sua marca é relativamente maior, e quanto maior esse interesse maiores serão os benefício concedidos pelo distribuidor ao empreendedor. Outro aspecto importante a ser observado diz respeito às normas de controle de poluição ambiental. Nesse caso é fundamental a observância da lei de zoneamento municipal e normas de controle da Secretaria de meio ambiente. 4-4-2 O PROCESSO DE TRABALHO Normalmente as distribuidoras exigem de um posto de combustível um atendimento mínimo de segunda-feira a sábado, domingo opcional, das 06:00 as 20:00 horas. Para efeito do presente estudo optamos por estender o horário de atendimento para de 06:00 as 22:00 horas mantendo a folga aos domingos. Uma das razões para esse horário de

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funcionamento está ligado aos riscos de assaltos cuja maior ocorrência estão registrados após as 21:00 horas. A tendência dos postos de combustíveis nos grandes centros urbanos é operar junto com lojas de conveniência para melhorar a rentabilidade do empreendimento por desfrutar de economias externas. Todavia em função da região onde esta sendo estudada para a implantação desse empreendimento, e para minimizar os riscos dos investimentos iniciais optou-se por elaborar um estudo de um “posto seco”, isto é, aquele que faz somente abastecimento de combustível, venda e troca de óleo.

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5- O MERCADO 5-1 MERCADO OBJETO O processo de abertura de mercado da economia brasileira em vigor a pouco menos de uma década, aliado a um abrandamento das restrições à entrada de novos empreendimentos em mercados anteriormente controlados por licenças governamentais, como ocorreu com os revendedores de combustíveis, provocou um salutar crescimento da oferta de prestadores de serviços, acirrando sobremaneira a concorrência no mercado. Todavia, apesar do crescimento da rede física de postos de combustíveis, observamos também uma grande ampliação no consumo, seja pelo incremento dos veículos novos à frota existente, seja pela maior utilização desses mesmos veículos por uma relação de forte elasticidade renda desse produto. Uma das características deste negócio, além de exigir uma boa localização, é o atrelamento de seu sucesso comercial à qualidade dos serviços prestados, fundamental para conquistar e manter a fidelidade do cliente. Nesse contexto é importante salientar que a entrada de um novo prestador de serviços em um mercado, já de certa forma ocupado por concorrentes que vendem e prestam os mesmos tipos de serviços, vai requerer estratégias bem definidas e bem trabalhadas de vendas. Portanto, ter um serviço com características e qualidade pelo menos igual ou superior às já ofertadas no mercado é de fundamental importância, para a sobrevivência do empreendimento. No início do processo, com o intuito de atrair os clientes, ofertas de prazo de pagamento, utilização de cartões de crédito, sorteio de brindes, entre outros, são mecanismo que devem ser considerados na prática comercial inicial. Em segundo lugar, a concorrência nesses mercados em que os produtos e serviços não podem ter uma grande diversificação ou que, devido a sua pequena escala não suportariam um grande investimento em marketing, é inegavelmente realizada concentradamente pela via do preço. Neste caso, o conhecimento do mercado concorrente e principalmente das alternativas mercadológicas disponíveis para a diferenciação dos serviços é fundamental para a estruturação da forma operacional mais adequada, adaptando-a constantemente à realidade das transformações do mercado. Essas são condições essenciais para que se viabilize o lado mercadológico do empreendimento posto de combustível. 5-2 PERSPECTIVAS DO MERCADO A primeira pergunta que um potencial investidor precisa fazer a si próprio antes de entrar em qualquer mercado, e no ramo de distribuição de combustíveis especificamente, é para quem ele vai vender o seu produto, e principalmente quais as características, hábitos, e desejos destes consumidores. Assim, o mercado como sempre, é que irá determinar não só o tamanho inicial do empreendimento como também o tipo de produto e serviços a serem oferecidos e as formas de comercialização. A grande perspectiva do mercado para postos de gasolina, álcool, óleo diesel e lubrificantes, está na sua localização estratégica, assim como na capacidade do empreendedor de ofertar produtos e serviços qualitativamente superior e a preços mais baixos que os oferecidos pela concorrência. Nesse mercado de combustível, em que a concorrência é normalmente grande e é formado por empresas fortes o foco de atendimento direto ao pequeno cliente é fundamental. Esse é com certeza um bom nicho

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de mercado em que deve atuar o empreendedor de pequeno porte nesse ramo de negócio. 5-3 CLIENTES POTENCIAIS Os clientes potenciais para a comercialização de combustíveis para veículos automotores está concentrado em clientes individuais que normalmente mantém uma certa afinidade com o posto que lhe serve bem. Uma outra fatia de mercado importante é aquela formada por empresas que através de convênios ou acordos, passam a abastecer seus veículos concentradamente em um único lugar. Dependendo da localização do posto, pode-se esperar também clientes de passagem pela região, normalmente atraídos pela localização, comodidade e preço. Empresas públicas também podem se constituir em um importante segmento de mercado, mas deve-se estar bem atento à forma de pagamento e ao riscos de recebimento. 5-4 FORNECEDORES No ramo de combustíveis automotores o fornecedor é um só, distribuidor de porte que manterá com o posto de combustível um contrato de exclusividade, com diversas cláusulas importantes como financiamento parcial por parte da distribuidora dos investimentos físicos do negócio, prazos de pagamento do combustível, condições de entrega, cota mínima de venda por mês, entre outras. Tradicionalmente formado por grandes companhias distribuidoras como Petrobras, Shell, Texaco, Ipiranga, Atlantic, esse mercado vem também sofrendo mutações com a entrada de distribuidoras regionais, como a TA, e FRANNEL no Espírito Santo. Essa ampliação do número de distribuidoras alargou a margem de negociação do futuro proprietário de um posto de combustível na hora de estabelecer as cláusulas do contrato de fornecimento de combustível.

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6- DETALHAMENTO DOS INVESTIMENTOS 6-1 ESPECIFICAÇÃO DOS INVESTIMENTOS FIXOS O quadro 01 abaixo lista, quantifica e orçamenta o conjunto das obras civis, máquinas, equipamentos, móveis e utensílios necessários para a implementação de um Posto de Gasolina, Álcool Hidratado, Óleo Diesel. Deve-se atentar para o fato de que na hipótese do investidor já possuir alguns destes itens aqui listados, estes deveriam ser retirados para não influir nas análises de desembolso, ou pelo menos considerá-los ao preço de mercado para que não seja superestimado o valor do investimento total e conseqüentemente estes dados adicionais não reduzas os índices de rentabilidade apresentados.

Quadro 01 Investimentos Fixos em R$1,00

6-2 ESTIMATIVA DO CAPITAL DE TRABALHO O Capital de Trabalho, também chamado de Capital de Giro ou Circulante, compreende o volume de recursos financeiros necessários para sustentar o processo de comercialização da gasolina, outros derivados do petróleo, assim como do álcool hidratado. É o oxigênio da empresa. Tecnicamente ele é calculado tendo como base premissas a respeito dos vários itens que geram necessidade de caixa e de outros que geram recursos, calculados para um período de 30 dias. Os cálculos dos valores do capital de giro necessário para o financiamento das vendas tem como base o custo total menos a depreciação. O Caixa Mínimo está estimado como sendo um volume de recurso suficiente para cobrir 1 (um) dia de faturamento. O processo de comercialização proposto para este empreendimento prevê um prazo médio de vendas de 10 dias. O estoque está estimado em: 7 dias para a gasolina e para o óleo diesel, e 15 dias para o álcool hidratado e os óleos lubrificantes. No processo operacional também são gerados recursos que podem ser assim considerados. A compra da gasolina e dos óleos lubrificantes deverá será feita com um prazo médio de 10 dias, enquanto a compra do óleo diesel e do álcool hidratado será

Item Discriminação Qtde Valor Unitário Valor Total1 Terreno (500m2) 1 30.000,00 30.000,00 2 Construção Civil (200m²) e instala 1 50.000,00 50.000,00 3 Bombas de Combustível 3 5.000,00 15.000,00 4 Tanques de 15.000 litros 3 5.000,00 15.000,00 5 Calibrador de pneus 1 2.000,00 2.000,00 6 Compressor 1 3.000,00 3.000,00 7 Bomba p/troca de óleo 1 2.000,00 2.000,00 8 Ferramentas 1 2.000,00 2.000,00 9 Equipamentos de escritório 1 3.500,00 3.500,00 10 Outros 1 2.000,00 2.000,00

Total 124.500,00

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realizada com 7 dias. A proposta básica para a operação deste negócio é a de se evitar o desconto de duplicatas para também fugir dos altos custos financeiros. Os itens Impostos, Energia, Mão de Obra e Encargos são pagos com um prazo médio de 15 dias - considerando que há utilização de mão de obra, energia, vendas, e conseqüentemente impostos, do dia primeiro até o dia 30, e que os desembolsos correspondentes a estes fluxos econômicos só ocorrem após esta data final. O valor estimado como Capital de Giro necessário para a boa operacionalidade do empreendimento nos moldes das políticas de Estoque, e Comercialização propostas é definido pela diferença entre o Subtotal Necessidades e o Subtotal Recursos, conforme Quadro 02 abaixo.

Quadro 02 Estimativa do Capital de Giro em R$1,00

6-3 ESTIMATIVA DA RESERVA TÉCNICA O presente perfil propõe que no cálculo dos Investimentos Totais, seja incluída uma Reserva Técnica, como garantia de qualquer eventualidade de sub-estimativa de necessidade de capital (seja de capital fixo ou de trabalho), equivalente a 2% da soma do Capital Fixo mais o Capital de Trabalho.

Item Discriminação Prazo Médio em dias Capital de Giro1 Necessidade1.1 Caixa Mínimo 1 2.389,64 1.2 Financiamento das Vendas 10 19.232,85 1.3 Estoque Gasolina 7 8.692,60

Estoque Óleo Diesel 7 1.946,70 1.5 Estoque Álcool Hidratado 15 2.464,80 1.6 Estoque Óleo Lubrificante 15 1.115,48

Sub- Total 35.842,07

2 Recursos2.1 Fornecedores2.1.1 Gasolina 10 12.418,00 2.1.2 Óleo Diesel 7 1.946,70 2.1.3 Álcool Hidratado 7 1.150,24 2.1.4 Óleo Lubrificante 10 743,65 2.2 Desconto de Duplicatas - 2.3 Outras Despesas 15 2.470,50

Sub-Total 18.729,09

3 Capital de Giro Adicional 17.112,98

Base de cálculo p/financiamento de venda 57.698,55

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6-4 QUADRO DE INVESTIMENTO TOTAL O Investimento Total necessário para a implantação deste negócio é estimado pela soma dos Investimentos em Capital Fixo, Capital de Giro mais a Reserva Técnica conforme apresentado no quadro 03 abaixo. É importante lembrar, que este investimento é um quase máximo, porém não representa necessariamente o desembolso pois na hipótese do empreendedor já possuir alguns destes bens os mesmos não serão obviamente adquiridos novamente.

Quadro 03

Estimativa do Investimento Total em R$1,00

Item Discriminação Valor Total1 Investimento Fixo 124.500,00 2 Capital de Giro 17.112,98 3 Reserva Técnica 7.080,65

Investimento Total 148.693,63

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7- ASPECTOS ECONÔMICOS E FINANCEIROS 7-1 PREVISÃO DOS CUSTOS A definição de custos trabalhada no presente perfil considera como tal a “remuneração de todos os recursos efetivamente utilizados no processo de comercialização”. Por outro lado, para efeito da classificação dos custos do empreendimento será utilizada a metodologia clássica da subdivisão dos custos em custos fixos e custos variáveis.

7-1-1 CUSTOS FIXOS

Serão classificados como custos fixos a remuneração dos recursos efetivamente utilizados no processo comercial, e que não dependam da quantidade efetivamente vendida. Como primeiro elemento de conformação dos custos fixos, derivado da remuneração legal dos investimentos fixos, temos a Depreciação, que é calculada de acordo com os percentuais anuais permitidos pela legislação fiscal. Estes valores aparecem no quadro 04 a seguir.

Quadro 04 Depreciação anual em R$1,00

O quadro 05, a seguir, apresenta de forma discriminada todos os itens que compõem os custos fixos mensais do empreendimento, a partir das propostas básicas de funcionamento do negócio.

Item DiscriminaçãoVida Útil

% Depreciação Valor Total

Depreciação Anual

1 Terreno (500m2) 0 30.000,00 - 2 Construção Civil (200m²) e instalações 25 4 50.000,00 2.000,00 3 Bombas de Combustível 10 10 15.000,00 1.500,00 4 Tanques de 15.000 litros 10 10 15.000,00 1.500,00 5 Calibrador de pneus 10 10 2.000,00 200,00 6 Compressor 10 10 3.000,00 300,00 7 Bomba para troca de óleo 10 10 2.000,00 200,00 8 Ferramentas 5 20 2.000,00 400,00 9 Equipamentos de escritório 5 20 3.500,00 700,00

10 Outros 5 20 2.000,00 400,00 Total 124.500,00 7.200,00

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Quadro 05 Custos Fixos Mensais em R$1,00

7-1-2 CUSTOS VARIÁVEIS

As premissas básicas do funcionamento deste negócio e os coeficientes técnicos utilizados para o estudo de determinação de seus custos variáveis serão demostrados a seguir no quadro 06. De acordo com esses dados a venda média mensal estimada desse posto será de 35.000 litros de gasolina, 15.000 litros de óleo diesel, 8.000 litros de álcool hidratado e 1.500 litros de óleo lubrificante. O regime de trabalho proposto para esse negócio é de seis dias por semana, ou seja uma média de 26 dias por mês.

Item Discriminação Valor Total1 Depreciação 600,00 2 Pessoal c/ encargos escrit. 480,00 3 Honorários Contador 270,00 4 Aluguel - 5 Energia Elétrica 100,00 6 Água 50,00 7 Telefone (aluguel e conta) 150,00 8 Manutenção 249,00 9 Retirada Proprietário 500,00 10 Despesas Administrativas 150,00

Total 2.549,00

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Quadro 06 Coeficientes técnicos da operação do posto de combustíveis

Os custos variáveis do processo de comercialização podem ser assim desagregados. Primeiro, pessoal (e seus respectivos encargos) que atende diretamente os setores da produção. Em segundo lugar, e item de maior expressão econômica, os combustíveis e lubrificantes derivado do petróleo e o álcool hidratado, representam juntos 94,6% dos custos variáveis por ano. Considerando um período de comercialização de vinte e seis dias por mês, teremos uma situação de custo variável mês conforme descrita no quadro 07.

Processo operacionalFuncionamento diário em horas 16 Funcionamento semanal em dias 6 Funcionamento mensal em dias 26 Funcionamento anual em meses 12

Venda média mensal de Gasolina em litros 35.000 Venda média menasl de Óleo Diesel em litros 15.000 Venda média mensal de Álcool hidratado em litros 8.000 Venda média mensal de Óleo lubrificante em litros 1.500

Preço médio de compra de 1 litro de Gasolina em R$ 1,0644 Preço médio de compra de 1 litro de Óleo Diesel em R$ 0,5562 Preço médio de compra de 1 litro de Álcool Hidratado em 0,6162 Preço médio de compra de 1 litro de Óleo Lubrificante em 1,4873

Compra média mensal de Gasolina em R$ 37.254,00 Compra média mensal de Óleo Diesel em R$ 8.343,00 Compra média mensal de Álcool Hidratado em R$ 4.929,60 Compra média mensal de Óleo Lubrificante em R$ 2.230,95 Total das compras médias 52.757,55

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Quadro 07 Custos Variáveis mês em R$1,00

7-1-3 CUSTO TOTAL ANUAL E UNITÁRIO

O custo total mensal desse ramo comercial, assim como o custo unitário por produto comercializado está explicitado no quadro 08 pela soma dos custos fixos e dos custos variáveis. O cálculo do custo unitário foi realizado a partir das seguintes premissas. Preço de compra (custo variável parcial), mais demais componentes do custo variável, mais custo fixo médio, calculado como rateio do custo fixo total pelo valor das compras. Desta forma encontra-se o custo unitário por produto comercializado, somando-se os custos variáveis de cada produto com o custo fixo rateado.

Item Discriminação Pessoal QtdeSalário Unitário Custo Mensal

1 Frentista 6 240,00 1.440,00 2 Encargos Sociais(%) 80% 1.152,00 3 Energia 400,00

Pessoal Total 2.992,00

Discriminação Compras QtdeCusto

Unitário Custo p/ mês

1 - Gasolina (litros) 35000 1,0644 37.254,00 2- Óleo Diesel (litros) 15000 0,5562 8.343,00 3 - Álcool hidratante (litros) 8000 0,6162 4.929,60 4 - Óleo combustível (litros) 1500 1,4873 2.230,95 TOTAL 52.757,55

Custo Variável Total/mês em R$

DiscriminaçãoCusto Var.

TotalPessoal total 2.992,00 Despesas diretas 52.757,55 TOTAL 55.749,55

Custo Variável Unitário/mês em R$

DiscriminaçãoCusto Var.

Unitário1 - Gasolina (litro) 1,12 2- Óleo Diesel (litro) 0,59 3 - Álcool hidratante (litro) 0,65 4 - Óleo combustível (litro) 1,57

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Quadro 08 Custos Totais Anuais em R$1,00

7-2 PREVISÃO DA RECEITA

7-2-1 DETERMINAÇÃO DAS MARGENS DE VENDA

O quadro 09, a seguir, apresenta a composição da margem de venda, englobando as despesas tributárias – impostos federais, estaduais e municipais – as despesas de comercialização e a margem de lucro bruta esperada pelo empreendedor, considerando-se principalmente os preços praticados pelos concorrentes no mercado.

Item Discriminação Valor Total1 Custos Fixos 2.549,00 2 Custos Variáveis 55.749,55 3 Custo Totais Operacionais Mensais 58.298,55

Rateio do Custo Fixo (% custo compra mês)Gasolina 70,6%Óleo Diesel 15,8%Álcool Hidratado 9,3%Óleo Lubrificante 4,2%TOTAL 100,0%

Custo Unitário Médio (litro) = Custo Unitário Médio + Custo Fixo MédioGasolina 1,18 Óleo Diesel 0,61 Álcool Hidratado 0,68 Óleo Lubrificante 1,64

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Quadro 09 Margens de Comercialização

7-2-2 DETERMINAÇÃO DOS PREÇOS BÁSICOS DE VENDA Para o cálculo dos preços de venda dos produtos foram considerados os seguintes critérios: a- Os custos unitários, ou custos médios por litro de produto; b- A margem de venda definida no quadro 09 (mark-up); c- Preço de venda nos pontos finais de mercado de produtos semelhantes. Assim, o quadro 10 apresenta como sugestão os seguintes preços de venda para os combustíveis derivados de petróleo e demais produtos a serem comercializados pelo posto.

Quadro 10 Preço de Venda Sugerido

Gasolina Óleo Álcool Óleo Comum Diesel Hidratado Lubrificante

Item Discriminação Percentual Percentual Percentual Percentual1 Tributos 10,33% 10,33% 10,33% 11,29%

1.1 PIS 0,65% 0,65% 0,65% 0,65%1.2 CONFINS 3,00% 3,00% 3,00% 3,00%1.3 Cont. Social 1,44% 1,44% 1,44% 1,44%1.4 IRPJ 0,24% 0,24% 0,24% 1,20%1.5 ISS 5,00% 5,00% 5,00% 5,00%

2 Comercialização 0,00% 0,00% 1,00% 1,00%2.1 Comissões s/ vendas 0,00% 0,00% 0,50% 0,50%2.2 Publicidade 0,00% 0,00% 0,50% 0,50%

3 Margem de lucro 4,00% 4,00% 18,00% 40,00%Total 14,33% 14,33% 29,33% 52,29%

Item DiscriminaçãoCusto

Unitário Operacional

Mark-up Preço de

venda sugerido

1 Gasolina (litro) 1,18 0,857 1,372 Óleo Diesel (litro) 0,61 0,857 0,723 Álcool hidratado (litro) 0,68 0,707 0,964 Óleo combustível (litro) 1,64 0,477 3,44

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7-2-3 ESTIMATIVA DA RECEITA TOTAL A receita total, anual, foi calculada levando-se em consideração os preços definidos no quadro 10 e a venda anual de combustíveis e dos outros produtos comercializados pelo posto conforme quadro 06. A receita total operacional anual é então calculada pela multiplicação do volume vendido pelo preço médio de cada produto, conforme quadro 11.

Quadro 11 Receita Total Operacional Anual em R$1,00

Item DiscriminaçãoQuantidade

MensalPreço

UnitárioReceita Mensal

Receita Anual

1 Gasolina (litro) 35.000 1,37 48.053 576.632 2 Óleo Diesel (litro) 15.000 0,72 10.761 129.136 3 Álcool hidratado (litro) 8.000 0,96 7.708 92.498 4 Óleo combustível (litro) 1.500 3,44 5.167 62.006

Total 71.689 860.272

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8- RESULTADO OPERACIONAL ANUAL 8-1 QUADRO DE RESULTADO O resultado operacional do empreendimento aparece discriminado no quadro 12 abaixo. Deve-se também ressaltar que a capacidade de pagamento de um empreendimento é encontrada pela soma do resultado líquido operacional após os impostos adicionados ao valor da Depreciação, pois esta não representa saída de caixa.

Quadro 12

Resultado Operacional Anual em R$1,00

8-2 - FLUXO DE CAIXA DO EMPREENDIMENTO Os seguintes critérios foram utilizados para a elaboração do quadro 13, que apresenta o fluxo de caixa anual do empreendimento: a- Vida útil para a análise financeira de dez anos; b- O valor total do investimento inicial, dado pela soma dos investimentos fixos,

investimentos em capital de trabalho e a reserva técnica. c- Valor residual do investimento fixo ao final de 10 anos, considerando as taxas legais

de depreciação no quadro 04; d- Resultado líquido anual - capacidade de pagamento -, conforme quadro 12; e- Cálculo da venda anual levou em consideração, um processo operacional de 16

horas por dia, 6 dias por semana, 26 dias por mês e 12 meses por ano do ano 1 em diante;

f- O saldo líquido anual foi calculado tomando-se como base o resultado líquido mais o valor residual do investimento e menos o investimento total;

g- Os valores do fluxo de caixa descontado foram encontrados a partir da utilização de uma taxa de juros imputada de 15% ao ano, denominada custo de oportunidade.

Item Discriminação Valor Total1 Receita Operacional de Vendas 860.271,73

2 Custos Totais 788.448,67 2.1 Custos Fixos 30.588,00 2.2 Custos Variáveis 668.994,60 2.3 Custos de Comercialização - 2.4 Custos Tributários 88.866,07

3 Lucro Operacional antes IR 71.823,06 4 Imposto de Renda(SIMPLES)* -

5 Lucro Líquido 71.823,06 6 Depreciação 7.200,00 7 Resultado ou Capacidade de Pagamento 79.023,06

* Na opção pelo Simples, o Imposto de Renda está incluído nos custos tributários

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Quadro 13

Fluxo de Caixa do Empreendimento em R$1,00

8-3 ÍNDICES FINANCEIROS DO EMPREENDIMENTO 8-3-1 PONTO DE NIVELAMENTO O ponto de nivelamento é também chamado de ponto de equilíbrio e será aqui definido pelo nível de venda (ou de faturamento) mínimo para que a empresa comece a gerar lucros. Na formulação matemática este ponto é encontrado pela divisão dos Custos Fixos pela diferença entre a Receita Total e os Custos Variáveis. Para o presente perfil temos que o ponto de nivelamento está estimado em 15,99%, Quadro 14, mostrando uma boa relação entre os custos fixos e os variáveis que permite uma boa flexibilização do processo de comercialização. 8-3-2 VALOR PRESENTE LÍQUIDO O Valor Presente Líquido foi calculado a partir de uma taxa mínima de atratividade de 15% ao ano, ou do chamado custo de oportunidade do capital, representando um desejo do empreendedor de obter nesse negócio um retorno de pelo menos 15% ao ano. A partir da determinação deste percentual é então calculado o valor atual (presente ou descontado) de todos os componentes do fluxo líquido de caixa, cujos valores são então somados para encontrar o Valor Presente Líquido. Para o presente perfil o VPL está calculado em R$ 262.735,92 , conforme Quadro 14, significando que os resultados obtidos remuneram o valor do investimento feito, em 15% ao ano e ainda permitem aumentar o valor da empresa daquela importância.

AnoInvestimento

TotalValor Residual

do InvestimentoResultado

LíquidoSaldo

LíquidoFluxo de Caixa

Descontado0 148.693,63 - (148.693,63) (148.693,63) 1 - 79.023,06 79.023,06 68.715,71 2 - 79.023,06 79.023,06 59.752,79 3 - 79.023,06 79.023,06 51.958,95 4 - 79.023,06 79.023,06 45.181,69 5 - 79.023,06 79.023,06 39.288,43 6 - 79.023,06 79.023,06 34.163,85 7 - 79.023,06 79.023,06 29.707,70 8 - 79.023,06 79.023,06 25.832,78 9 - 79.023,06 79.023,06 22.463,29

10 - 60.000,00 79.023,06 139.023,06 34.364,37

VPL 262.735,92 TIR 52,68%Custo de Oportunidade (Anual) 15%Tempo de Recuperação do Capital 2,39

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8-3-3 TAXA INTERNA DE RETORNO É a taxa de desconto que torna nulo o valor atual do investimento, isto é, a taxa de remuneração anual do empreendimento. Neste perfil a Taxa Interna de Retorno é de 52,68% ao ano, conforme Quadro 14, representando um caso em que o investimento do empreendedor será remunerado a esta taxa anual. Significa que o empreendimento apresenta uma alta taxa de retorno sobre o investimento inicial feito superior a taxa média de atratividade do mercado. Em síntese o projeto pode ser considerado viável. 8-3-4 PAY-BACK TIME OU TEMPO DE RECUPERAÇÃO DESCONTADO Este indicador tem a mesma função do tempo de recuperação do capital investido calculado da forma simples, sendo que a única e substancial diferença é que seu cálculo é realizado com os valores do fluxo de caixa descontados a partir da taxa mínima de atratividade, ou do custo de oportunidade do capital. A vantagem deste indicador sobre o simples, é que ele leva em consideração em seu cálculo o valor do dinheiro no tempo. Assim, de acordo com os dados apresentados do Quadro 14 o Tempo de Recuperação do Capital (Descontado) do presente perfil é de 2,39 anos, indicando o período de tempo que seria necessário para a recuperação do capital investido. 8-3-5 ÍNDICE DE LUCRATIVIDADE DAS VENDAS É uma medida de avaliação econômica e um dos fatores que influencia a Taxa de Retorno do Investimento. Expressa em uma taxa (%), é encontrada pela divisão do Lucro Líquido Operacional pelo valor das Vendas Totais. Com base nos dados anuais, este perfil apresenta um “índice de lucratividade das vendas” de 8% , conforme explícito no Quadro 14.

Quadro 14 Índices Financeiros do Empreendimento

Item Discriminação Resultado1 Ponto de Equilíbrio ou Break-Even Point % do faturamento 15,99

2 Valor Presente Líquido para i anual de 15% 262.735,92

3 Taxa Interna de Retorno anual 52,68%

4 Tempo de Recuperação Descontado ou Pay Back Time em anos 2,39

5 Índice de Lucratividade das Vendas em % 8%

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9- INCENTIVOS E FONTES DE FINANCIAMENTO 9-1 INCENTIVOS FISCAIS POTENCIAIS Para credenciar-se aos recursos do FUNRES e portanto receber recursos do FUNRES - Fundo de Recuperação Econômica do Espírito Santo, comumente chamado de Incentivo Fiscal, é necessário que a empresa seja constituída sob a forma de sociedade anônima, requerendo para tanto procedimentos legais mais custosos, não compatíveis com este tipo de empreendimento. A disponibilidade de recursos FUNRES para micro e pequenas empresas é para financiamentos, conforme explicado em seguida. 9-2 FONTES DE FINANCIAMENTO POTENCIAIS As linhas de financiamento direcionadas às micros e pequenas empresas geralmente não apresentam muita variação. No caso específico do Espírito Santo elas tem como fonte básica recursos do FUNRES, relativamente limitados, e do BNDES, que são repassados por bancos credenciados sejam eles públicos ou privados. As condições apresentadas não diferem muito. Todas usam a TJLP – Taxa de Juros de Longo Prazo como taxa básica de juros, acrescida de uma taxa fixa que pode variar de 4 a 6 por cento ao ano. A linha do BNDES mais difundida é chamada de BNDES/ AUTOMÁTICO que é operada pela maioria dos bancos públicos(Banco do Brasil, Banestes e Bandes) e também pelos bancos privados. No Espírito Santo, o Bandes opera também a linha FUNRES/ PROPEN/MIPEQ, orientada para pequenos investimentos, não podendo o financiamento ultrapassar o valor de R$ 25.000,00. A seguir são apresentadas duas linhas básicas de financiamento. 9.2.1- BNDES/AUTOMÁTICO Agente Operador Operado por Bancos Comerciais e de Desenvolvimento devidamente credenciados. Objetivo Financiamento a investimentos, inclusive aquisição de máquinas e equipamentos novos de fabricação nacional, importação de máquinas e equipamentos, e capital de giro associado ao investimento fixo. Beneficiários Empresas privadas, pessoais físicas residentes e domiciliadas no País, entidades da administração pública direta e indireta, e demais entidades que contribuam para os objetivos do Sistema BNDES.

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Itens Financiáveis Ativos fixos de qualquer natureza, exceto: terrenos e benfeitorias já existentes; máquinas e equipamentos usados (no caso de microempresas e empresas de pequenos porte poderão ser apoiados máquinas e equipamentos de qualquer natureza); animais para revenda, formação de pastos em Áreas de Preservação Ambiental. Capital de giro associado ao investimento fixo. Despesas pré-operacionais. Condições Operacionais Limite Máximo:: Investimentos limitados a R$ 7 milhões, por empresa, por ano. Participação: Equipamentos nacionais ou importado: até 100%. Outros itens: - microempresas e empresas de pequeno porte e programas de desenvolvimento regional: até 90% e demais casos: até 70%. A participação está limitada a 50% do ativo total projetado da empresa ou do grupo empresarial ou a 5% do Patrimônio Líquido Ajustado do BANDES, o que for menor. No caso de Bancos privados não há esta limitação. Neste caso, o financiamento será analisado de acordo com os interesses e reciprocidades apresentados pelo Banco. Prazo: O prazo total será determinado em função da capacidade de pagamento do empreendimento, da empresa ou do grupo econômico. Taxas de Juros: Micro e Pequena Empresas: 6% a.a. + TJLP. Média e grande empresas: 7,5% a.a. + TJLP. IOF: Cobrado na forma legal, descontado no ato da liberação. Custo de Análise de Projeto: Isento. Garantias Reais: Equivalentes, no mínimo, a 1,5 vezes o valor financiado. Os bens dados como garantia deverão ter seguro. Pessoais: Aval ou fiança de terceiros. Fundo de Aval 9.2.2- FUNRES/PROPEN/MIPEQ Subprograma de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Agente Operador Somente o Bandes. Objetivo Apoio financeiro, assistência técnica e gerencial a micros e pequenas empresas dos setores industrial, agroindustrial, de comércio e serviços, visando implementar política de geração de empregos e renda. Beneficiários Empresas existentes, classificadas com base na receita operacional líquida anual, relativa ao último exercício social, e empresas novas, classificadas com base na previsão

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da receita, da mesma forma, verificadas, em ambas situações o número de empregados, observados os seguintes parâmetros: a. Micro empresas: cujas receitas operacionais líquidas sejam de até 250.000 UFIR, e

tenham até 19 empregados, no caso de indústria, e 9, no caso de comércio e serviços;

b. Pequenas empresas: cujas receitas operacionais líquidas sejam acima de 250.000 e até 750.000 UFIR, e tenham de 20 até 99 empregados, no caso de indústria, e de 10 a 49, no caso de comércio e serviços. Itens Financiáveis Investimentos fixos e mistos, limitado o apoio para capital de giro a 20% do total do investimento fixo financiável: pequenas reformas e instalações físicas; máquinas e equipamentos novos e usados; móveis e utensílios novos e usados. Condições Operacionais Limite Máximo: R$ 25.000,00, por tomador. Participação: Até 80% do total financiável, condicionado à política de risco do BANDES. Prazo: Até 48 meses, incluindo a carência de até 12 meses. Taxa de Juros: 6% a.a. (seis por cento ao ano) + TJLP. Obs: O BANDES poderá cobrar Custo de Análise de Projeto, conforme Tabela de Ressarcimento de Custos, com exceção das micro empresas. IOF: Isento. Utilização do Crédito Em uma ou em várias parcelas periódicas, fixadas em função do cronograma físico-financeiro do empreendimento. Forma de Pagamento Amortização mensal, juntamente com os encargos financeiros, pagos no período da carência, trimestralmente. Garantias Reais e Pessoais, preferencialmente, definidas na ocasião da análise da operação. Os bens dados em garantia deverão ter seguro. 10- FONTES DE REFERÊNCIA PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO – David Lord Tuch (SENAC/CEATEL)