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POSSÍVEIS IMPLICAÇÕES DO BULLYING COM AS DIFICULDADES DE
APRENDIZAGEM EM ESCOLA PÚBLICA DO OESTE DO PARANÁ.
Silvana Rose Perin Chiumento1
Maria Lídia Sica Szymanski2
Resumo: O presente estudo objetiva refletir sobre violência escolar e as possíveis implicações do Bullying com as dificuldades de aprendizagem de alunos adolescentes, frequentando as turmas do 6º e 7º ano do Ensino Fundamental, em uma escola pública do oeste do Paraná. Optou-se por desenvolver uma pesquisa de campo para avaliar a possível ocorrência de casos de bullying, o conhecimento desses alunos sobre o tema e a interferência do bullying no aprendizado, com o objetivo de investigar suas possíveis implicações com as dificuldades de aprendizagem, refletindo sobre alternativas para superação do problema. A pesquisa foi do tipo exploratória, tendo como instrumento de coleta de dados um questionário com perguntas fechadas direcionado a 45 alunos. Utilizaram-se artigos científicos, livros e revistas para a revisão literária e elaboração e o desenvolvimento de um Projeto de Intervanção, junto a esses alunos, seus pais e professores. Constatou-se que a maioria dos participantes que afirmaram ter sofrido bulling era do sexo masculino, sendo que, preponderantemente, a opinião dos pesquisados sobre o conceito de bullying é humilhação, apelidos, bater nos colegas, maltratar. Dos participantes, 10 alunos se envolveram em casos de bullying, e 35 não tiveram envolvimento. Desses 10 alunos, 4 afirmaram que, como consequência, sentiram prejuízo no rendimento escolar. Palavras-chave: Violência Escolar, Ensino Fundamental, Ensino Aprendizagem. _______________________ 1 Pedagoga, aluna do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE. 2 Orientadora Profª. Drª do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE vinculado à Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE – Campus de Cascavel.
2
Introdução
O estudo das implicações do bullying com as dificuldades de aprendizagem
da Escola tem como problemática a questão dos processos psicológicos (cognitivos
e afetivos) pelos quais os indivíduos se relacionam com o mundo, com suas
atividades. Envolve as formas de pensamento e ação que se articulam com as
atitudes e os comportamentos em nossa vida (ROSSLER, 2004).
Com base em Heller, Rossler destaca que uma das características
marcantes do pensamento cotidiano seria a ultrageneralização, que ocorre no
cotidiano como conseqüência de idéias socialmente aceitas e tradicionalmente
aprendidas, que os próprios indivíduos “estabelecem a partir de suas próprias
experiências particulares” (ROSSLER, 2004, p.108).
Então se questiona: quais são as características dos pensamentos,
sentimentos e ações dos indivíduos no seu cotidiano escolar ao se envolverem em
situações de violência escolar e quais suas implicações nos processos de ensino e
de aprendizagem?
O objetivo do estudo foi investigar as possíveis implicações do bullying com
as dificuldades de aprendizagem dos alunos em uma escola pública do oeste do
Paraná, buscando alternativas para superação do problema. E investigar a possível
ocorrência de casos de bullying nas turmas do 6º e 7º ano do Ensino Fundamental.
O tema bullying apresenta-se como assunto importante a ser compreendido
e contextualizado, principalmente na perspectiva de suas possíveis relações
prejudiciais com o processo de ensino e aprendizagem.
O Bullying no Contexto Escolar
O bullying se refere ao comportamento violento, que se manifesta com
atitudes físicas ou verbais, de agressividade entre os alunos. A violência no âmbito
escolar pode ser dividida em duas modalidades. A primeira se refere aos atos de
vandalismo contra a escola, danificando o patrimônio escolar e os bens de
funcionários. A segunda focaliza as agressões físicas e verbais entre os estudantes
ou é direcionada aos professores e funcionários (SPOSITO, 2002).
3
O termo "violência escolar" diz respeito a todos os comportamentos
agressivos e anti-sociais, incluindo os conflitos interpessoais, danos ao patrimônio,
atos criminosos (LOPES NETO, 2005).
A palavra bully é um verbo de origem inglesa, que significa "usar a
superioridade física para intimidar alguém". Foi associado ao fenômeno bullying, e a
adoção do conceito foi decorrente da dificuldade em traduzi-lo para diversas línguas
(LOPES NETO, 2005).
O distanciamento entre a estrutura material da sociedade e a pobreza da
individualidade humana corresponde a um processo de empobrecimento da
estrutura do psiquismo e produz uma vida cotidiana alienada e vazia.
Uma estrutura social alienada produz uma vida cotidiana alienada a qual, por sua vez, determina o esvaziamento da individualidade humana, impedindo o pleno desenvolvimento dos indivíduos. O indivíduo alienado é aquele que se restringe ao âmbito de sua existência particular, isto é, se aliena da universalidade do gênero humano (ROSSLER, 2004, p.110).
No estudo da violência escolar observa-se essa dicotomia, pois os aspectos
individuais ou sociais são tratados como entidades separadas, embora estejam
intrinsecamente relacionados, mas a escola, de maneira geral, acaba revertendo
esse problema a aspectos individuais dos alunos (CHIORLIN, 2007).
No contexto escolar o conhecimento a respeito do bullying é restrito, fato que
dificulta a identificação dos casos de violência. No entanto, a investigação da
violência no ambiente escolar auxilia no entendimento de como os sujeitos
envolvidos podem ser afetados e de como a vivência dessa situação pode influenciar
o desenvolvimento e a integração social (CABEZAS et al, 2006).
A violência na escola pode estar associada a três dimensões: a primeira dimensão seria a dificuldade de gestão da escola, resultando em estruturas deficientes; a segunda dimensão seria o contexto social, isto é, a violência que se origina fora e se infiltra na escola através da manifestação de gangues, tráfico de drogas e da crescente exclusão social na comunidade escolar; e por fim, a terceira dimensão se deve aos componentes internos de cada escola, ou seja, suas especificidades, a cultura da escola. (CHIORLIN, 2007, p. 6).
Conforme Tiba (1998), o processo educativo é a única ferramenta capaz de
tornar eficaz a luta contra o Bullying. A escola é encarada como um dos contextos de
prática da violência simbólica, a qual pode provocar um estigma ou marca negativa
em um indivíduo ou grupo, inferiorizando-o socialmente. Ao mesmo tempo, essa
4
violência preserva as normas e condutas do grupo social dominante já estabelecido
(CHIORLIN, 2007).
O bullying e a vitimização representam diferentes tipos de envolvimento em situações de violência durante a infância e adolescência. Se refere a uma forma de afirmação de poder interpessoal por meio da violência. A vitimização ocorre quando uma pessoa é receptora da agressão de outra mais poderosa. Tanto o bullying como a vitimização têm consequências negativas imediatas e tardias sobre todos os envolvidos: agressores, vítimas e observadores (TORO et al, 2010, p. 4).
“O fenômeno bullying foi estudado na década de 1970 por Dan Olweus. O
assunto se destacou em 1982 quando três estudantes na Noruega, com idade entre
10 e 14 anos, cometeram suicídio, tendo como causa identificada o bullying”
(STARR, 2005, p. 6). A forma de classificação utilizada pela ABRAPIA (2002), teve o
cuidado de não rotular os estudantes, evitando que estes fossem estigmatizados
pela comunidade escolar. Para identificar os envolvidos utilizam-se termos como:
bullying (agressor), alvo de bullying (vítima), alvo/autor de bullying (agressor/vítima)
e testemunha de bullying.
O bullying é classificado como direto, quando as vítimas são atacadas
diretamente, ou indireto, quando estão ausentes. São considerados bullying direto
os apelidos, agressões físicas, ameaças, roubos, ofensas verbais ou expressões e
gestos que geram mal estar aos alvos. O bullying indireto compreende atitudes de
indiferença, isolamento, difamação e negação aos desejos (LOPES NETO, 2005).
Com o avanço da tecnologia surgiu uma nova forma de bullying, conhecida
como cyberbullying, observada com freqüencia; trata-se do uso da informação e
comunicação (e-mails, telefones celulares, mensagens por pagers ou celulares, fotos
digitais, sites pessoais difamatórios, ações difamatórias online) como recurso para a
adoção de comportamentos deliberados, repetidos e hostis, de um indivíduo ou
grupo, que pretende causar danos aos indivíduos (LOPES NETO, 2005).
A vítima é sempre humilhada, "perde" seus pertences; falta às aulas sem
motivo, apresenta baixo rendimento escolar, demonstra insegurança ao se
manifestar em público, prefere manter-se afastada dos demais colegas. O agressor
causa temor aos demais, manipula seus espectadores - que o auxiliam em suas
práticas - anda sempre em grupos, não suporta ser contrariado (TIBA, 1998).
A sociedade tende a condoer-se pelas vítimas. Entretanto, considerando que
a perspectiva sócio-histórica, diz que a adolescência é constituída e construída
socialmente tornando-se um fenômeno social com significado e interpretação social,
5
levanta-se o debate sobre o impacto na formação da identidade de crianças e
adolescentes ao se perceberem segregados como violentos e infratores na
sociedade, nas famílias e nas escolas (BOCK, 2007).
O Bullying é um fator preocupante, pois, forma um ciclo vicioso, arrastando
os envolvidos cada vez mais para o seu centro. “Muitos jovens são agressivos e
rebeldes, e seus pais não percebem que estão gritando através de seus conflitos.
Os comportamentos inadequados muitas vezes são clamores que imploram a
presença, o carinho e a atenção dos pais” (CURY, 2003, p. 43).
Ao se refletir sobre a responsabilidade social da escola, no sentido de
garantir a apropriação dos conhecimentos científicos pelos alunos, pode-se supor
que as situações em que o bulling ocorre dentro da escola, interfiram na
aprendizagem, uma vez que se concorda com Silva e Szymanski, no sentido de que
O aprender e não-aprender estão vinculados a várias causas que se interligam e não devem ser desprezadas quando o educador quer compreender os “porquês” de uma não aprendizagem e oferecer possibilidades para que o aluno possa aprender (SILVA; SZYMANSKI, 2011, p.4).
Assim, com base nesses pressupostos, buscou-se articular um projeto de
Pesquisa, que fornecesse os subsídios para um projeto de intervenção que pudesse
contribuir para reduzir a incidência de situações de bulling na escola.
O Grupo de Trabalho em Rede (GTR) e as contribuições dos seus Professores
Após a pesquisa de campo, organizou-se um grupo de trabalho em rede
para discussão dos assuntos sobre os quais estávamos refletindo. Participaram 15
professores pedagogos e quanto ao esquema de trabalho seguiu-se a estrutura
própria desse Programa de Governo (diadiaeducação, 2013).
As colocações dos participantes do Grupo de Trabalho em Rede (GTR)
foram relevantes, pois observamos que houve interesse em estudar e se aprofundar
sobre o tema proposto. Comentaram que os reflexos negativos do bullying são
diretos e observáveis, ainda mais quando acontece com crianças que são bons
alunos. Além disso, o fato, afeta não somente a aprendizagem, mas outros aspectos
como a alimentação, sono, amizades e desenvolvimento afetivo entre outros.
6
Muitas vezes os atos de bullying ocorrem longe da supervisão dos adultos,
dificultando o tempo da intervenção. Outro fator que pode implicar nas atitudes dos
autores de bullying pode estar ligado à negligência dos pais, fazendo com que os
filhos se usem desses atos para chamar a atenção dos mesmos. Ou por outro lado,
podem expressar tais atitudes por terem vivenciado em sua infância momentos de
violência e agressividade, querendo fazer o mesmo com os outros, como forma de
vingar-se pelo que sofreram. Quando a pessoa é humilhada, geralmente torna-se
agressiva, fechada, insegura, medrosa, introvertida, isolada entre outros. Tudo isso
pode contribuir para que tenha problemas de aprendizagem, como também com a
evasão escolar. Os indivíduos que foram vítimas de bullying, por terem vivenciado
muitos problemas, podem desencadear doenças como anorexia, bulimia, depressão,
ansiedade, medo ou pânico. Por todos esses motivos, é importante conversar com
os alunos sobre o tema, esclarecendo, informando e incentivando-os a respeitar o
próximo e às diferenças. É importante promover o diálogo entre os colegas, pais e
professores, e orientá-los para agir com justiça, bem como trabalhar a ética e os
valores com as famílias, para que escola e comunidade formem cidadãos éticos e
felizes.
O fenômeno Bullying define-se como uma conduta agressiva de caráter
repetitiva, intencional e prejudicial, dirigida por um indivíduo ou por um grupo de
indivíduos contra outro, que não é capaz de defender-se, e que se desenrola em
contexto escolar (RAMIREZ, 2001). Portanto, segundo os professores, a prevenção
da violência, incluindo o bullying, deve ser uma prioridade para nós educadores que
temos oportunidades para intervir nesse processo, visando um desenvolvimento
psicossocial saudável em nossas crianças e adolescentes, pois o bullying tem sido
problematizado no cotidiano escolar de diversas formas: pelos próprios professores,
pelos colegas e pela própria família.
Pode ocorrer que o professor sem perceber, seja o agente do bullying na
sua sala de aula, assim também os pais ofendem verbalmente seus filhos e sem
perceber podem ser agentes de bullying em casa. Nesses casos, o bullying interfere
no processo sócio educacional, pois a violência na escola em forma de bullying, traz
sérias consequências negativas para os autores, as vítimas e também para as
testemunhas, e isto acaba realmente afetando a formação psicológica, emocional,
sócio afetiva, além de trazer muita insegurança e desestímulo aos estudos.
7
Comentou-se no GTR também, que grande parte dos pais desconhece o
bullying como forma de violência, e a escola não possui recursos legais rigorosos
para a punição dos agressores, por isso conta-se apenas com o “conhecimento e
conscientização” como ferramentas de enfrentamento. Muitos problemas
apresentados pelos alunos na aprendizagem e na disciplina, ocorrem porque são
vítimas de bullying. Muitos fatores contribuem para o fracasso escolar, mas uma
criança rotulada sente-se mais incapaz. E não precisamos ir muito longe, sabemos
que o rendimento dos alunos que estão passando por esta situação diminui muito.
Uma das características que pode auxiliar o professor a identificar o aluno
que está sendo vítima de bullying, é a diminuição de seu rendimento, com notas
baixas e mudança de comportamento. Isto traz muitos prejuízos no seu desempenho
escolar, sendo que muitas vezes deixa marcas pelo resto da vida. Por todos esses
motivos, a união da escola com as famílias é de suma importância, resgatando
valores e lutando juntas contra o fenômeno bullying.
Segundo os professores, o Bullying que é o tema deste momento de estudo,
é um assunto muito presente, precisa ser pensado em conjunto. Muitos outros temas
poderiam ainda estar sendo discutidos. E isto certamente estaria contribuindo na
formação do nosso educando. Ações coletivas sempre são mais fortalecidas e
consequentemente mais efetivas, assim foi consenso no GTR que é relevante a
participação da família no combate à violência escolar.
Conforme relatos dos professores, muitos efetuaram atividades para detectar
se haviam casos de bullying em suas escolas, e muitos relataram que sim, como
também que o fato ocorre não só em escolas estaduais, mas nas particulares
também. Ressalta-se que é a nossa função de trabalhar coletivamente com a família
na formação dos nossos alunos, e fica claro que devemos sempre estar
aperfeiçoando a nossa prática tendo em vista que ela é complexa e contatam-se
diretamente interferências do bullying no processo ensino e aprendizagem.
Relataram também que o curso que estão fazendo vem proporcionando situações
práticas para amenizarem o impacto desse mal no desenvolvimento dos educandos.
Também relataram que o projeto foi muito bem elaborado e fundamentado, e poderá
ser aplicado nas escolas, já que é de fácil aplicação. Outros professores relataram
que a educação escolar vive situações problemáticas no seu dia-a-dia, como
instituição educacional sua principal função social é a transmissão do conhecimento
sistematizado, mas, sabe-se que vai além disso.
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Acreditam que a educação sendo trabalhada em parceria com todos os
envolvidos no processo, será mais fortalecida ainda se acontecer com “parcerias”.
Assim, é preciso pensar em trazer os pais juntamente com os alunos para a escola,
para juntos discutir sobre temas importantes e presentes no cotidiano. Estes
momentos poderiam acontecer através de encontros com “pais e filhos na escola”.
Afirmam que poderia ser organizado pela escola, envolvendo direção, equipe
pedagógica, professores, pais e ainda os próprios alunos.
Para isto acontecer é preciso pensar e também contar com a
possível colaboração de profissionais de várias áreas tais como: psicólogos,
assistente social, advogados, profissionais liberais, Promotoria Pública, Patrulha
Escolar, Conselho Tutelar, contando também com a participação da APMF, e ainda
os participantes do Conselho Escolar e/ou outros interessados. Todos envolvidos no
processo poderiam também pensar e organizar momentos para discussão de
assuntos/temas identificados nos encontros.
Enfim, o grupo entendeu que é de suma importância resgatar os valores,
autoestima, ética, respeito às diferenças e ao próximo, como também o valor do ser
humano, e para isso ocorrer, são necessários mais projetos como esse, com a
parceria da família/escola e sociedade.
A Pesquisa na Escola e análise dos seus resultados
A coleta de dados ocorreu no ano de 2013, com alunos do sexo masculino e
feminino, somando um total de 45 alunos dos 6ºs e 7ºs anos do Ensino Fundamental
séries finais, de uma escola pública, localizada no município de Toledo, Estado do
Paraná. Utilizou-se como instrumento um questionário composto por 4 perguntas,
sendo 2 fechadas e 2 abertas, referentes ao conceito de bulling, se o aluno já
passou por situações envolvendo o bulling em que ano escolar comportamentos
dos alunos, à violência e os problemas relativos a essa questão por eles vivenciados
na escola. (APÊNDICE).
A Tabela 1 apresenta a distribuição dos alunos por gênero e ano escolar.
9
Tabela 1 - Gênero dos alunos participantes da pesquisa Séries Masculino Feminino 7o ano 11 9 6o ano 13 12 Total 24 21
Segundo a tabela acima, no sexto ano, treze alunos são do sexo masculino e
doze do sexo feminino. Já no sétimo ano, onze alunos são do sexo masculino e
nove do sexo feminino.
Achados em estudos de Neto (2004), revelam que o autor de bullying é
tipicamente popular, tende a envolver-se em uma variedade de comportamentos
anti-sociais, pode mostrar-se agressivo inclusive com os adultos, vê a sua
agressividade como uma qualidade. Ainda segundo dados da pesquisa realizada
pela ABRAPIA, 29% dos autores cometem as agressões por brincadeira sem se
darem conta dos danos emocionais que causam nas vítimas. Fante (2005), também
relata que o autor de bullying pode manter um pequeno grupo em torno de si, cujos
participantes atuam como auxiliares em suas agressões.
Tabela 2 - O que entendem por Bullying. Turma 7a ano Turma 6a ano Resposta
1 Preconceito social 7 7 Humilhação, apelidos, chingamento, preconceito 1 6 Não sabe o significado 1 3 Maltratar, bater, apelidar 1 2 Sacanear, provocar, desrespeitar, pressionar 2 1 Violência com apelidos e chingamento 3 2 Forma de agressão verbal, causa tristeza e angustia,
desânimo em ir à escola. 1 Racismo 1 1 Maltrato a uma pessoa em público, bater 1 Ato de zombar de outro colega 1 Ameaças, provocações. 3 Não responderam
20 alunos 25 alunos Total de entrevistados
Conforme a tabela 2, apenas um aluno do sétimo ano relatou que no seu
entendimento o bullying é preconceito social, já sete alunos nas duas séries, do
sexto e sétimo ano, relataram que é um caso de humilhação, apelidos, chingamento
e preconceito. No sexto ano, seis alunos disseram desconhecer o que é bullying, e
no sétimo ano, apenas um. No sétimo ano, um aluno caracterizou o bullying como
maltratar, bater e apelidar, enquanto no sexto ano, três alunos o caracterizaram da
10
mesma forma. Somente um aluno descreveu o bullying como ato de sacanear,
provocar, desrespeitar, pressionar. Já no sexto ano, dois alunos citaram a mesma
coisa. E três alunos descreveram o bullying como forma de agressão verbal,
causador de tristeza e angústia, desânimo em ir à escola e dois alunos do sexto ano
estão de acordo com a mesma declaração. Apenas um aluno cita o bullying como
racismo. Um aluno do sétimo ano e um do sexto, citam o bullying como maltrato a
uma pessoa em público, bater. Como ato de zombar de outro colega, somente um
aluno do sétimo ano citou desta forma. Já da mesma série, um aluno citou o bullying
como ameaças e provocações. Três alunos do sexto ano optaram em não responder
nada.
Conforme Santos (2007), o bullying escolar resume-se a insultos,
intimidações, apelidos constrangedores, gozações que magoam profundamente,
acusações injustas, atuações em grupo que hostilizam e ridicularizam a vida de
outros alunos, levando-os à exclusão, além de danos físicos, psíquicos, e na
aprendizagem. Psicólogos denominam de violência moral, permitindo diferenciá-lo
de brincadeiras entre iguais, próprias do desenvolvimento de cada aluno.
Gráfico 1 - Sofreu Bullying
10
35
0
5
10
15
20
25
30
35
Sim Não
Fonte: dados de pesquisa, 2013.
O gráfico 1, demonstra que dos quarenta e cinco participantes da pesquisa,
dez (22%) se envolveram em casos de bullying e trinta e cinco (78%) não. A minoria
dos alunos já vivenciou situações de bullying.
11
Em estudos publicados por Santos (2007), o conceito de Bullying é um
conjunto de atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem um
motivo evidente, adotado por um ou mais alunos contra outros, causando
sentimentos negativos como raiva, angústia, sofrimento e em alguns casos queda do
rendimento escolar.
As atitudes não envolvem somente as vítimas do bullying que sofrem as
conseqüencias. Os agressores e as testemunhas também podem sofrer tanto no
âmbito emocional quanto na aprendizagem. As situações relativas ao bullying são
inúmeras, dependendo de como as vítimas recebem as agressões, de como reagem
a seus agressores. Sobre o assunto Fante (2005, p.44), cita que: "as conseqüências
para as vítimas desse fenômeno são graves e abrangentes, promovendo no âmbito
escolar o desinteresse pela escola, o déficit de concentração e aprendizagem, a
queda do rendimento, o absentismo e a evasão escolar".
Segundo Neto (2004), a escola é de grande significância para as crianças e
as que não gostam dela tem a maior probabilidade de apresentar desempenho
insatisfatório, por estes motivos é que a aceitação por parte dos companheiros é
fundamental para um bom desempenho escolar.
Gráfico 2 - Interferência do bullying no rendimento escolar
4
13
28
0
5
10
15
20
25
30
Sim Não Não responderam
Fonte: dados de pesquisa, 2013.
Conforme Gráfico 2, dos quarenta e cinco participantes da pesquisa, apenas
quatro alunos relataram que o bullying interferiu no rendimento escolar, treze alunos
responderam que não e vinte e oito não responderam.
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Tabela 3 - Justificativa de como o bullying interferiu no rendimento escolar.
7a 6a Não porque eu nem liguei para isso, daí eles pararam. 1 Porque eu não me importei e logo eles pararam de me chingar. 1 Em Matemática e História, e eu me senti humilhado e fiquei com vontade de
desistir de ir pra escola, de nunca mais ir pra escola e eles me chamaram de " menininha".
1 Me chamaram de vários nomes feios, fiquei muito magoado, queria me mudar de escola, não aguentava mais sair de casa.
1 Eu sofri mas consegui subir ao topo da montanha. 1 Me chamaram de barrigudo, não me sentia incomodado. 1 Não causou dificuldade, mas desânimo. 1 Não percebi. 1 Desinteresse pelos estudos.
1 Disse que sim, mas não esclareceu.
As atitudes e situações que por norma os progenitores tendem a ignorar e a
designar como brincadeiras de crianças, acabam por culminar num foco de estresse
e medo, provocando perturbações de foro psicológico, para além de dominar a
concentração e a aprendizagem o que levará em muitos dos casos ao insucesso
escolar. Isto se denomina “Bullying”. Os agressores apresentam um baixo
rendimento escolar, uma atitude e envolvimento escolar negativos, idade superior à
média de idades do grupo a que pertencem e histórico de repetência de ano.
Sentem-se infelizes na escola, relativamente à qual manifestam uma atitude
negativa e, frequentemente, não acompanham o ritmo de aprendizagem da turma
(Ramírez, 2001; Pereira, 2002; Matos, et al., 2009; citado por VALEZ, 2010).
Conforme dados dos estudos de Santos (2007), para que o bullying não
aconteça no cotidiano pedagógico é necessário tanto a participação do professor
quanto dos alunos. O professor de um lado tem o dever de transmitir o papel ético,
que envolve a importância do respeito mútuo, do diálogo, da justiça e da
solidariedade e os alunos o papel de entender e cooperar com as ações do
professor.
A implementação do Projeto na escola
Os Parâmetros Curriculares Nacionais: em seu conteúdo "Apresentação dos
Temas Transversais e Ética (BRASIL, 1998), pode ser utilizado de maneira positiva
pelos professores no que diz respeito a prevenção do bullying na sala de aula. Traz
questões relevantes, que se o professor souber aplicar em seu cotidiano pedagógico
13
estará contribuindo para que o ambiente escolar seja um ambiente favorável a
aprendizagem para todos os alunos.
Com base na Pesquisa de Campo, organizaram-se as ações na escola que
integraram o Projeto de Intervenção. A Tabela 4 sintetiza as ações desenvolvidas, e
seus resultados.
Tabela 4 - Implementação na Escola
Nº Participantes
AÇÕES APLICAÇÃO/RESULTADOS
60 1º Encontro com os pais dos alunos para apresentação do Projeto e Palestra com o Promotor de justiça.
A Palestra ocorreu nas dependências do Colégio no período Noturno. Em função da chuva, muitos pais faltaram, mas os que compareceram se mostraram bastante interessados pelo tema e fizeram algumas perguntas, relatando que não tinham o conhecimento de que o fato poderia prejudicar tanto os estudantes, e ficaram felizes por terem sido orientados de como proceder e de como constatar se está ocorrendo bullying com seus próprios filhos.
43 2º Encontro com os alunos para apresentação do Projeto.
No início, a apresentação do Projeto não ocorreu da forma como esperávamos, pois os alunos não demonstraram muito interesse devido apoiar-se em slides, gradativamente, envolveram-se e participaram com perguntas e questionamentos o que tornou a aula agradável e produtiva.
42 (os alunos foram divididos em 3 turmas)
3º Encontro com os alunos: Aplicação de dinâmica com produção textual e produção de desenhos sobre o assunto.
Esta Ação foi modificada, pois achamos por bem produzir cartazes no lugar de desenhos, com o intuito de divulgá-los na Escola, já pensando em chamar a atenção para o tema no ambiente escolar. Aplicou-se a Dinâmica da Viagem à Gaia, é uma Dinâmica que o aluno escreve em dez papéis (malas) as coisas que necessita para viver, e em certo momento da viagem precisa se desfazer das malas, restando apenas uma. Tal dinâmica possui o objetivo de saber qual são os valores que os educandos mais prezam, incluindo família, objetos, coisas. Foi muito interessante, pois observamos que o valor da família é muito importante para todos. Atingimos nosso objetivo. Pois observamos que ainda é possível resgatar os valores do respeito ao próximo, do bom convívio e do respeito às diferenças. Os alunos relataram que foi uma dinâmica emocionante, pois parecia que a viagem era de verdade, que eles poderiam nunca mais voltar e pensar que nunca mais veriam os pais, tocou-os profundamente e alguns alunos até choraram.
45 (os alunos foram divididos em 3 turmas)
4º Encontro: Atividade de listagem de situações de cyberbullying e socialização do problema.
Após apresentação do Tema sobre o cyberbullying, listaram-se juntamente com os alunos algumas atitudes que ocorrem atualmente através das tecnologias relacionadas a violência nas mídias. Muitos educandos, por serem de uma comunidade carente, onde a maioria ainda não possui computadores e celulares, ainda não vivenciaram tais atitudes. Mas já conhecem o assunto através de colegas e da televisão. Exemplo de Relatos: tirar fotos e fazer montagem trocando o rosto e expondo o corpo.
44 (os alunos foram divididos em 3 turmas)
5º Encontro: Filme: Bullying, provocações sem limites. Com interpretação e
Ao comunicarmos que passaríamos o filme, houve alguns questionamentos, pois as aulas que seriam utilizadas para tal, eram de Educação Física, então acredito que as indagações foram em função disso, pois é uma das disciplinas que eles mais gostam. Porém, com o andamento
14
produção textual. do filme todos se acalmaram, prestaram bastante atenção e ao final relataram que gostaram e ficaram surpresos com tantas atitudes violentas e ameaçadoras que o protagonista do filme sofreu. A discussão sobre o filme foi proveitosa. Concluíram relatando em forma de texto qual foi a contribuição do filme para suas vidas. Alguns relatos: No filme eu aprendi que com o bullying não se brinca, sei que se eu sofrer uma agressão física ou verbal devo denunciar para o professor ou para os pais, para que comigo não aconteça o mesmo que aconteceu com o jovem do filme, não quero praticar o bullying com os outros pois não quero que alguém pratique comigo, respeito os outros para que eles me respeitem, já sofri bullying, denunciei e hoje não sofro mais, talvez se eu não tivesse denunciado, talvez fosse o mesmo fim do filme”. Outro relato: “ O filme me trouxe uma lição que quando sofremos bullying, devemos denunciar ou falar, quando vimos qualquer coisa estranha que não temos medo ou falar pois isso poderia salvar uma vida, uma família”.
42 (os alunos foram divididos em 3 turmas)
6º Encontro: Aplicação de Dinâmica Grupo Amarrado. Com o objetivo de trabalhar em equipe e cultivar a cooperação e o respeito.
Nesta ação, dispõs-se alguns obstáculos no caminho traçado e envolveu-se os alunos com uma corda. Eles precisam vencer os obstáculos e chegar ao final do trajeto juntos. Observou-se que alguns alunos ainda possuem em seu perfil, atitudes de trapacear, de querer vencer às custas dos outros, porém com diálogo e orientação, perceberam que sem a ajuda do próximo não chegariam a lugar algum. A atividade foi tranqüila e proveitosa, el alcançou o objetivo de cultivar a cooperação em equipe.
45 (os alunos foram divididos em 3 turmas)
7º Encontro: Aplicação de dinâmica do Sonho no ar. Objetivando aprimorar as relações interpessoais.
Essa dinâmica foi divertida, porém um pouco tumultuada, pois todos queriam contribuir ao mesmo tempo para a produção da Pipa, mas orientamos que cada um faria a sua parte, então se acalmaram e aos poucos a pipa foi sendo construída. Ainda não conseguimos fazê-la subir, pois está chovendo diariamente, impossibilitando-nos de cumprir com tal missão, mas no momento oportuno o faremos. Todos escreveram os seus sonhos na pipa, os quais foram os mais variados e entre eles estavam o de ter uma linda casa, um belo carro, uma boa profissão, uma linda família, entre outros.
45 (os alunos foram divididos em 3 turmas)
8º Encontro: Aplicação da dinâmica do amigo secreto: Objetivando ampliar o conceito de respeito às diferenças.
A Dinâmica do Amigo Secreto foi bastante interessante, pois deveriam pedir que o colega cumprisse uma tarefa, como imitar, dançar etc, porém na hora de revelar, quem teve que cumprir a tarefa foi quem a ordenou, então perceberam que quando é para o outro fazer é fácil, mas quando eles precisam cumprir a ordem que eles mesmos deram, não é tão simples, pois muitas vezes as ordens têm o objetivo de denegrir, humilhar. Ou seja, sentiram-se na pele do outro. Foi importante para ressaltar a questão do respeito ao próximo e que nunca se deve fazer ao outro, o que não quer para si mesmo. Apenas dois alunos não participaram da brincadeira, pois são alunos tímidos, e mesmo sendo incentivados se negaram a participar. Os demais declararam que foi muito interessante. Alguns relatos: “Achei legal, me senti com muita vergonha, pois escrevi para outra pessoa fazer algo que não sabia que era para eu fazer”. Outro relato: “Eu achei muito legal porque nos ensinou que o que a gente não quer que aconteça com a gente a gente não faz com o outro”.
25 professores
10º Encontro: Reunião com os professores, equipe
As alternativas escolhidas foram citadas abaixo: - Palestras sobre o bullying. - Transferência para outro colégio.
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pedagógica e direção para analisar a proposta de intervenção sugerida pelos alunos.
- Denunciar sem medo. - Expulsar da escola. - Conversar sobre o assunto. - Denunciar para os professores, coordenadores, direção e pais.
Ainda não concluída.
Implementação da proposta sugerida pelos alunos e professores e acompanhamento das ações.
A implementação das ações propostas pelos alunos e acolhidas pelos professores, iniciada no processo de intervenção, devem ocorrer durante todo o ano letivo, por tal motivo nesse momento ela não se encerra.
Participantes: 115.
12º Encontro: Aplicação do questionário avaliativo sobre o resultado da intervenção, para pais, professores e alunos. (Apêndice)
Embora a sugestão proposta pelos alunos, é de que se estendam tais ações por todo o ano letivo, os professores, alunos, Equipe Pedagógica e Direção responderam ao questionário avaliando as atividades implementadas até a data da aplicação do questionário. As questões indagavam se as atividades do Projeto problematizaram a discussão dos efeitos do Bulling no cotidiano escolar, se as estratégias de enfrentamento contribuíram para a prevenção do problema e se promoveram um conhecimento significativo sobre o assunto. Dos 115 questionários aplicados, 107 responderam sim nas três alternativas, 2 responderam não em todas as questões e 6 não responderam nenhuma.
A experiência decorrente da aplicação do Projeto de Intervenção reafirmou
que o bullying é um fenômeno da criança, jovem, adolescente, adulto, maltratados
que corresponde, em sentido lato, a um problema de saúde pública,
consubstanciando, regra geral, uma forma de “hereditariedade social”. Neste caso,
se não houver interferência de educadores para evitar estas situações problemáticas
em sala de aula, a violência escolar tende a repercutir-se e a reproduzir-se de
geração para geração.
Considerações Finais
Com o estudo foi possível verificar que à maioria dos participantes da
pesquisa são do sexo masculino e seu conhecimento a respeito do conceito de
bullying é restrito e resume-se em passar por humilhação, apelidos, bater nos
colegas, maltratar. Dos participantes, 10 alunos se envolveram em casos de bullying,
e 35 não tiveram envolvimento, 4 alunos confirmaram ter problemas no aprendizado
e 21 dos alunos preferiram não apontar respostas sobre a participação ou não em
casos de bullying na escola. Os dados da pesquisa de campo revelaram que o
bullying de uma forma ou outra prejudica sim a aprendizagem diminuindo o
rendimento escolar, causando principalmente desinteresse pelos estudos e evasão
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escolar, podendo nos casos mais graves desencadear doenças como depressão,
ansiedade, medo ou pânico.
Observou-se que muitos que sofrem com o problema se calam e deixam a
situação passar despercebida pelos professores, equipe pedagógica e direção, não
só por terem receio de contar, com medo das consequências que poderão sofrer por
parte dos agressores, mas também por desconhecerem as consequências do
bullying e por desconhecerem os próprios direitos, acreditando que são simples
brincadeiras ou implicância dos envolvidos que passará em breve.
Assim, acreditamos que a melhor forma de buscar estratégias de
enfrentamento é falar sobre o assunto constantemente, desenvolvendo palestras
para os alunos, familiares e também para os professores, para que possam ter maior
conhecimento do tema e detectar o problema com brevidade para que possa ser
resolvido o mais rápido possível. Sem dúvida o PDE contribuiu consideravelmente
para o conhecimento mais aprofundado sobre o tema, e sobre a importância de
trabalhar assuntos interdisciplinares na educação.
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APÊNDICES
QUESTIONÁRIO PARA OS ALUNOS
1) Idade........... Sexo: Fem ( ) Masc ( ) 2) O que você entende por Bullyng? 3) Você já sofreu Bullying? ( ) sim ( ) não Se a resposta for afirmativa, responda: Em que ano escolar (série)? 1ª( ) 2ª ( ) 3ª( ) 4ª ( ) 5ª( ) 6ª ( ) 7ª ( ) 8ª ( ) 9ª ( ) Quanto tempo durou: até uma semana( ) até um mês( ) até um ano( ) ____ anos. 4) Se você sofreu bullying, conseguiu perceber se tal situação interferiu no seu rendimento escolar causando-lhe dificuldade de aprendizagem em alguma disciplina? ( ) sim ( ) não Justifique como______________________________________
AVALIAÇÃO FINAL DO PROJETO Assinale com um “x” nas colunas “S” ou “N”, conforme foram vistos por você os objetivos apresentados. Nº O Projeto S N 01 Problematizou os efeitos do bullying no cotidiano da escola
focalizando as situações que podem interferir negativamente no rendimento escolar?
02 As atividades propostas para trabalhar estratégias de enfrentamento à violência, visando à prevenção contribuíram para isto?
03 Promoveu conhecimento significativo do assunto discutido?