PORTUGAL - PERFIL PAÍS [AICEP - 2012]

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    Agncia para o Investimento e Comrcio Externo de Portugal, E.P.E. Av. 5 de Outubro, 101, 1050-051 LISBOATel. Lisboa: + 351 217 909 500 Contact Centre: 808 214 214 [email protected] www.portugalglobal.pt

    ndice

    1. Histria 5

    2. Cultura 6

    3. Geografa e caractersticas socio-econmicas 8

    3.1 Geografa, clima 8

    3.2 Indicadores scio-econmicos 8

    4. Organizao poltica e administrativa 10

    4.1 Estrutura poltica 10

    4.2 Organizao administrativa 11

    5. Populao 13

    5.1 Repartio regional 13

    5.2 Migraes 14

    5.3 Populao activa 15

    5.4 Nveis de escolaridade da populao activa 15

    6. Inra-estruturas 16

    6.1 Rede viria 17

    6.2 Rede erroviria 17

    6.3 Rede porturia 18

    6.4 Rede aeroporturia 18

    6.5 Inraestruturas tecnolgicas 19

    6.6 Polticas para o uturo 20

    7. Recursos e estrutura produtiva 21

    7.1 Agricultura, silvicultura e pesca 22

    7.2 Indstria 26

    7.3 Construo 36

    7.4 Servios 37

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    8. Situao econmica 42

    8.1 Poltica econmica recente 42

    8.2 Perspectivas de evoluo 43

    8.3 Economia das regies 45

    9. Enquadramento econmico regional Portugal e a Unio Europeia 54

    10. Comrcio 55

    10.1 Evoluo da balana comercial 56

    10.2 Principais parceiros comerciais 57

    10.3 Principais produtos transaccionados 59

    10.4 O comrcio internacional e as regies 60

    11. Investimento 61

    11.1 Evoluo do investimento directo estrangeiro em Portugal 61

    11.1.1 Principais pases investidores 61

    11.1.2 Principais sectores 62

    11.1.3 Projectos recentes de investimento em Portugal 62

    11.2 Evoluo do investimento directo portugus no estrangeiro 64

    11.2.1 Principais pases de destino 65

    11.2.2 Principais sectores 65

    11.2.3 Projectos recentes de internacionalizao das empresas portuguesas 65

    12. Turismo 68

    13. Relaes internacionais e regionais 71

    14. Condies legais de acesso ao mercado 72

    14.1 Regime de trocas intra-comunitrias 72

    14.2 Regime geral de importao 72

    14.3 Regime de investimento estrangeiro 74

    ANEXOS

    Anexo 1 Regimes aduaneiros 75

    Anexo 2 Documentos de importao 76

    Anexo 3 Endereos teis de Internet 77

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    1. Histria

    A batalha de S. Mamede travada em 1128, entre os

    fdalgos portucalenses liderados por D. Aonso Henriquese os nobres galegos liderados pela sua me D. Teresa,

    decisiva para o nascimento de Portugal. Uma vez vencida a

    batalha e concretizada a expulso de D. Teresa do Condado

    Portucalense, D. Aonso Henriques declara o principado

    independente. Seguem-se vrias lutas contra Leo e Castela

    e contra os muulmanos, mas com a Batalha de Ourique,

    em 1139, que declarada a independncia de Portugal e que

    D. Aonso Henriques, com o apoio dos chees portugueses,

    aclamado soberano - D. Aonso I de Portugal. Todavia, a

    independncia de Portugal s viria a ser reconhecida pelo Rei

    de Castela em 1143 com a assinatura do Tratado de Zamora.

    Segue-se um amplo perodo de conquistas e de assinaturas

    de tratados entre Portugal e a coroa de Castela e, em 1297,

    no reinado de D. Dinis, estavam defnidas as ronteiras

    actuais do Pas (as mais antigas da Europa).

    No sculo XIV comeam a brilhar as primeiras luzes da

    Idade de Ouro de Portugal. A sua lngua separa-se do

    galaico-portugus, a Corte ganha brilho intelectual de

    dimenso europeia e undada a Universidade.

    O sculo XV marca o incio dos Descobrimentos, durante os

    quais Portugal vive um perodo de grande expanso atravs

    dos oceanos. descoberto ofcialmente o arquiplago da

    Madeira (1419), o dos Aores (1425) e so conquistadasalgumas cidades no actual Reino de Marrocos. Das

    numerosas personagens relacionadas com esta poca,

    destacam-se: Diogo Co, pela descoberta do litoral

    aricano, Bartolomeu Dias, que em 1488 dobrou o Cabo da

    Boa Esperana e abriu o caminho descoberta da ndia por

    Vasco da Gama (1498) e, por ltimo, Pedro lvares Cabral

    que descobriu o Brasil em 1500.

    O sonho de um novo Brasil (desta vez em rica, ligando

    Angola e Moambique atravs de territrios regularmente

    atravessados, mas nunca ocupados) impedido pelas

    ambies imperiais inglesas, criando o ermento para uma

    nova mudana de regime poltico. Assim, no incio do

    sculo XX, instaurada a I Repblica em Portugal (1910).

    Como resultado da crise fnanceira que varreu a Europa

    aps a I Guerra Mundial e da instabilidade poltica interna,

    em 1926, um golpe militar ps fm ao regime parlamentar

    (I Repblica). Em 1933, o regime ento em vigor deu

    origem ao Estado Novo, que governou o Pas at 1974.

    Em 25 de Abril de 1974 o Movimento das Foras Armadas

    derrubou o regime poltico que vigorava em Portugal,

    tendo sido instaurado o regime democrtico. Com a

    democracia veio o desenvolvimento econmico e social,

    o orescimento cultural e cientfco e, cada vez mais, a

    afrmao do Pas em matria de inovao.

    Fechado o ciclo do imprio (com a descolonizao em

    meados da dcada de 70 de Angola, Cabo Verde, Guin

    Bissau, Moambique e S. Tom e Prncipe), Portugal aderiu

    Comunidade Econmica Europeia em 1986 e posteriormente

    Zona Euro, mas sem deixar de procurar manter uma ligao

    estreita quer com os outros sete pases que alam portugus

    Padro dos Descobrimentos

    RuiMoraisdeSousa

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    (o que levou criao da CPLP - Comunidade dos Pases de

    Lngua Portuguesa), quer com as comunidades portuguesas

    espalhadas por todo o mundo.

    Presentemente, Portugal um pas com estabilidade

    social e politica e que se afrma cada vez mais pela sua

    capacidade de dilogo e de entendimento da dierena e

    pela sua cultura e modo de vida, resultado de sculos de

    estreita convivncia com outros povos.

    2. Cultura

    A cultura portuguesa baseada num passado e em marcas

    deixadas pelos povos que ocuparam este territrio de que

    so exemplos emblemticos: do perodo romano o Templo

    de Diana em vora, e da arquitectura mourisca as tpicas

    cidades do Sul de Portugal, como Olho e Tavira.

    Tambm a arte portuguesa oi enriquecida pelas

    vrias inuncias externas ao longo dos sculos. Os

    descobrimentos portugueses contriburam para que o pasfcasse mais receptivo s inuncias orientais, assim como o

    perodo quinhentista com a descoberta do Brasil e das suas

    riquezas inuenciou a utilizao do estilo barroco.

    Na arquitectura, as inuncias romanas e gticas deram

    ao pas algumas das suas mais imponentes catedrais.

    No sculo XV nasceu mesmo um estilo nacional estilo

    Manuelino que veio juntar vrias ormas num conjunto

    luxuoso e ornamentado.

    Vrios exemplos de grandes obras arquitectnicas podem

    ser citados: o Mosteiro dos Jernimos em Lisboa; a S

    (catedral) de Lisboa, onde na achada podem ainda ser

    vistas runas da construo romana; o Palcio da Justia

    em Lisboa, um exemplo da austera arquitectura moderna;

    o castelo e a igreja do Convento de Cristo em Tomar; a

    abadia portuguesa de Santa Maria da Vitria na Batalha

    (estilo gtico); a Torre dos Clrigos, em granito, no Porto e

    a catedral romanesca de Braga.

    Em muitos se v na pedra a nossa relao com o mar, que

    se mantm em alguma da contempornea arquitectura

    portuguesa onde sobressaem nomes como lvaro Siza

    Vieira ou Eduardo Souto de Moura, nomeadamente noParque das Naes, palco da ltima exposio mundial do

    Sculo XX, subordinada ao tema dos Oceanos.

    A escultura encontrou grande expresso nos magnfcos

    tmulos dos sculos XII e XIII e nas esculturas barrocas do

    sculo XVIII, sendo de assinalar os inantrios de Joaquim

    Machado de Castro. As tradies clssicas e romnticas de

    Itlia e de Frana, para alm da inuncia que exerceram

    na obra deixada por Machado de Castro, tambm oram

    determinantes na expresso plstica de Antnio Soares dos

    Reis, no sculo XIX.

    A escola de pintores do sculo XV oi precursora de um estilo

    ptrio por parte de artistas amengos, que deixaram uma

    valiosa herana na arte religiosa decorando vrios palcios

    e conventos em Portugal. O perodo romntico do sculo

    XIX, embora tardio, ez renascer a arte nacional. Seguiu-se

    o perodo do realismo naturalista que veio abrir portas para

    novas experincias realizadas j no sculo XX, sendo de

    destacar a obra de Maria Helena Vieira da Silva na pintura

    abstracta e de Carlos Botelho nas cenas de ruas de Lisboa.

    Pavilho de Portugal - Parque das Naes

    RuiMoraisdeSousa

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    A azulejaria igualmente bastante rica. Muitos dos edicios

    dos sculos XVI e XVII tm aplicao de azulejos. So

    escolhidos igualmente para decorar paredes de quarto

    e hall de entrada de diversos palcios e manses

    senhoriais, que exibem painis de azulejos, onde as cores

    predominantes so o azul e o branco.

    Exemplos excepcionalmente bons podem ser vistos no Ptio

    da Carranca, do Pao de Sintra, na igreja So Roque em

    Lisboa e na Quinta da Bacalhoa, na Vila Fresca de Azeito,

    perto de Setbal. Tambm o Metropolitano de Lisboa

    decorou algumas das suas estaes com azulejos assinados

    por artistas portugueses contemporneos.

    A literatura distingue-se pela riqueza e variedade da sua

    poesia lrica, pela escrita que enaltece a sua histria e

    por uma subtileza nos dramas, biografas e ensaios. Os

    primeiros cancioneiros testemunham uma escola de poesia

    sobre o amor, estilo que ultrapassou ronteiras e inuenciou

    os cancioneiros espanhis. J o estilo romanceiro bebeu

    inuncias dos nossos vizinhos, apesar de no ter

    partilhado a predileco pelo herico.

    Os Lusadas de Lus de Cames so a grande obra pica do

    sculo XVI, o poema clssico de exaltao dos eitos dos

    portugueses alm-mar.

    Existem ainda outros nomes de grande relevo na poesia

    com o caso de Fernando Pessoa, Eugnio de Andrade,

    Florbela Espanca, Cesrio Verde, Antnio Ramos Rosa,Mrio Cesariny e Antero do Quental, entre outros.

    Na prosa, Damio de Gis, o Padre Antnio Vieira, Almeida

    Garrett, Ea de Queiroz, Camilo Castelo Branco, Miguel

    Torga, Fernando Namora, Jos Cardoso Pires, Antnio Lobo

    Antunes e Jos Saramago (vencedor do prmio Nobel da

    Literatura em 1998).

    No teatro, destaca-se a fgura maior de Gil Vicente, Antnio

    Jos da Silva o Judeu e Bernardo Santareno.

    A msica e a dana populares e o tradicional ado

    continuam a ser as ormas undamentais de expresso

    musical do pas. A mais amosa e internacional adista

    portuguesa oi Amlia Rodrigues, mas hoje nomes como

    Carlos do Carmo ou Marisa mantm viva esta cano to

    associada a Portugal.

    Finalmente, alar de cultura portuguesa alar do poder de

    disseminao da lngua. O portugus, a quinta lngua mais

    alada no mundo e a terceira mais alada no Ocidente,

    alado por mais de 210 milhes de pessoas.

    o idioma ofcial de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guin-

    Bissau, Moambique, So Tom e Prncipe. tambm uma

    das lnguas ofciais da Guin Equatorial (com o castelhano

    e o rancs), Timor-Leste (com o ttum) e Macau (com o

    cantons). ainda alada na antiga ndia portuguesa (Goa,

    Damo e Diu), Andorra, Luxemburgo e Nambia, alm

    de ter igualmente estatuto ofcial na Unio Europeia, no

    Mercosul e na Unio Aricana.

    Centro Cultural de Belm (Lisboa)

    AntnioSacchetti

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    3. Geografa e Caractersticas

    Socio-Econmicas

    3.1 Geografa, clima

    Portugal est geografcamente situado na costa Oeste

    da Europa, na Pennsula Ibrica. Faz ronteira a Norte e a

    Leste com a Espanha, a Ocidente e a Sul com o Oceano

    Atlntico. As suas ronteiras esto defnidas desde o

    sculo XIII, incluindo para alm do territrio continental, as

    Regies Autnomas dos Aores e Madeira, arquiplagos

    situados no Oceano Atlntico.

    Com uma rea total de 92.212 km2, Portugal benefcia de

    uma excelente localizao geogrfca, situando-se numa

    posio geo-estratgica entre a Europa, a Amrica e a rica.

    se distingue das terras altas do interior. As maiores

    altitudes encontram-se num cordo de montanhas

    situado no centro do pas: a Serra da Estrela, com 1.991

    metros de altitude, constitui o elemento culminante. Nos

    arquiplagos, a montanha do Pico (2.351 metros) o

    ponto mais alto dos Aores e o Pico Ruivo (1.862 metros)

    a maior elevao da Madeira.

    No litoral do continente, geralmente pouco recortado,

    os principais acidentes correspondem a esturios (Tejo e

    Sado). Seguem-se pequenas baas (Peniche, Sines, Lagos)

    e estruturas de tipo lagunar (Vouga-Aveiro, bidos,

    Faro). As salincias costeiras so em pequeno nmeroe de baixas amplitudes, mas de grande beleza: cabos

    Mondego, Carvoeiro, Roca, Espichel, Sines, S. Vicente e

    Santa Maria.

    O clima caracterizado por Invernos suaves e Veres

    amenos. Os meses mais chuvosos so os de Novembro e

    Dezembro enquanto o perodo de precipitao mais escassa

    decorre de Abril a Setembro.

    3.2 Indicadores socio-econmicos

    Na ltima dcada oram desencadeadas extensas reormas

    com resultados notveis ao nvel do desenvolvimento

    econmico e de coeso social (proteco e incluso social)

    de Portugal.

    O combate pobreza extrema, as Penses Mnimas, o

    Rendimento Social de Insero e o Complemento Solidrio

    para Idosos, so medidas paradigmticas de proteco

    social. Quanto interveno a nvel da incluso social,

    destaca-se a cooperao no apoio s amlias no acesso

    a respostas sociais, o investimento em equipamentos,

    a rede de cuidados continuados para pessoas idosas e

    dependentes e a interveno territorial de combate

    pobreza e excluso, tendo em conta a especifcidade

    local e os pblico-alvo mais necessitados de interveno.

    No territrio continental, o Tejo (o maior rio) divide

    o norte, mais montanhoso, do sul, mais plano e com

    menor relevo. Tambm o litoral, geralmente mais plano,

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    Demografa 2006 2007 2008 2009 2010

    Populao total a Milhares 10.586 10.604 10.623 10.638 10.636

    Taxa de natalidade Permilagem 10,0 9,7 9,8 9,4 9,5

    Esperana de vida nascena Anos 78,2 78,5 78,7 78,9 79,2

    Educao 2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011

    Educao pr-escolar Milhares 262 264 266 275 274

    Ensino bsico e secundrio Milhares 1.493 1.512 1.537 1.782 1.740

    Ensino superior Milhares 367 377 373 384 396

    Despesas pblicas em educao b % do PIB 6,6 6,1 6,3 6,7 5,0 d

    Cultura 2006 2007 2008 2009 2010

    Visitantes de museus, jardins zoolgicos,jardins botnicos e aqurios

    Milhes 10,3 10,0 11,6 12,9 13,8

    Exposies em galerias de arte N 6.463 6.609 6.859 7.235 7.261

    Publicaes c N 2.054 1.994 1.896 1.910 1.852

    Despesas municipais em actividades culturais 106 EUR 802,9 802,8 863,8 997,7 721,1

    Sade 2006 2007 2008 2009 2010

    Mdicos N 36.924 37.904 38.932 40.095 41.431

    Hospitais N 200 198 189 186 226

    Camas de hospital N 36.605 36.220 35.803 35.635 35.601

    Centros de sade N 378 377 377 375 376

    Farmcias e postos armacuticos mveis N 3.037 3.038 3.037 3.046 3.055

    Despesa pblica corrente em sade b % do PIB 5,6 5,4 5,5 5,7 5,7 d

    Sociedade da Inormao 2006 2007 2008 2009 2010

    Clientes do servio de acesso Internet Milhares 1.580 1.612 1.676 1.898 2.104

    Servio de acesso Internet Tx. Penetrao 14,9 15,2 15,8 17,8 19,8

    Linhas telenicas principais Tx. Penetrao/100 Hab. 40,0 39,7 39,1 40,8 42,2

    Assinantes do servio telenico mvelN Assinantes

    (milhares)12.236 13.477 14.953 15.929 n.d.

    Taxa de penetrao servio mvel terrestreAssinantes/100 Hab.

    115 127 141 151 155

    Assinantes de televiso por cabo Milhares 1.421 1.489 1.475 1.452 1.438

    Taxa de penetrao da rede por caboAssinantes/

    % Populao13,4 14,0 13,9 13,6 13,5

    Peso do sector das comunicaesReceitas/

    % PIB5,4 5,2 5,1 5,1 5,0

    Fontes: INE - Instituto Nacional de Estatstica; Autoridade Nacional de Comunicaes - Situao das Comunicaes 2010

    Notas: (a) INE - Estatsticas do Emprego 2011;(b) Direco Geral do Oramento/Ministrio das Finanas;(c) De periodicidade diria, semanal, mensal e anual;(d) Estimativa

    Indicadores socio-econmicos

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    4. Organizao Poltica

    e Administrativa

    4.1 Estrutura poltica

    No que se reere estrutura poltica, a Repblica

    Portuguesa um Estado de direito democrtico, baseado

    na soberania popular, no pluralismo de expresso e

    organizao poltica democrtica, no respeito e na garantia

    dos direitos e liberdades undamentais e na separao e

    interdependncia de poderes.

    Os rgos de soberania so o Presidente da Repblica, a

    Assembleia da Repblica, o Governo e os Tribunais.

    No sistema constitucional portugus, o Presidente da

    Repblica eleito por surgio directo e universal para um

    mandato de cinco anos, no podendo ser reeleito para um

    terceiro mandato consecutivo. O Presidente da Repblica

    o supremo representante da Repblica Portuguesa, garante

    a independncia nacional, a unidade do Estado e o regular

    uncionamento das instituies democrticas e , por

    inerncia, o Comandante Supremo das Foras Armadas.

    Das competncias deste rgo de soberania destacam-se,

    entre outras, a dissoluo da Assembleia da Repblica, a

    nomeao do Primeiro-Ministro e restantes membros do

    Governo, a promulgao ou veto de leis e decretos-leis, a

    nomeao dos embaixadores sob proposta do Governo e a

    ratifcao de tratados internacionais. O actual Presidente

    da Repblica Anbal Cavaco Silva, reeleito em 23 deJaneiro de 2011.

    O poder legislativo da competncia da Assembleia da

    Repblica que composta por 230 deputados, eleitos por

    surgio universal directo, por um perodo de quatro anos.

    As ltimas eleies realizaram-se a 5 de Junho de 2011.

    A Assembleia da Repblica tem competncias ao nvel

    poltico, legislativo e de fscalizao. So da competncia

    deste rgo, entre outras, a aprovao de alteraes

    Constituio, a aprovao dos estatutos poltico-

    administrativos das Regies Autnomas, a aprovao do

    Oramento de Estado, a apresentao de propostas ao

    Presidente da Repblica sobre a realizao de reerendos,

    a apreciao do programa do Governo, a fscalizao e

    apreciao da actividade do Governo e da Administrao.

    A Assembleia da Repblica pode ser dissolvida pelo Presidente

    da Repblica, uma vez ouvidos os partidos nela representados

    e o Conselho de Estado.

    A actual Presidente da Assembleia da Repblica Assuno

    Esteves e a distribuio de mandatos a seguinte: Partido

    Social-Democrata (PPD/PSD) 108 deputados; Partido

    Socialista (PS) 74 deputados; ; Partido Popular (CDS/PP) 24

    deputados; Partido Comunista Portugus e Partido Ecologista

    os Verdes (PCP/PEV) 16 deputados e Bloco de Esquerda (BE)

    8 deputados.

    O Governo o rgo superior da Administrao Pblica,

    responsvel pela conduo da poltica geral do pas.

    constitudo pelo Primeiro-Ministro, pelos Ministros e pelos

    Secretrios de Estado. O Primeiro-Ministro, que preside

    ao Conselho de Ministros, nomeado pelo Presidente da

    Repblica. Os outros membros do Governo so nomeados

    pelo Presidente da Repblica sob proposta do Primeiro-

    Ministro. O actual Primeiro-Ministro o Dr. Pedro Passos

    Coelho.

    Ao Governo cabe, essencialmente, garantir o

    uncionamento da administrao pblica, promover

    a satisao das necessidades colectivas e garantir a

    adequada execuo das leis. Tem ainda competncias

    legislativas que, em alguns casos uma competncia

    prpria, e noutros compartilhada com a Assembleia da

    Repblica (competncia relativa).

    Os Tribunais so os rgos de soberania com competncia

    para administrar a justia, so independentes e apenas esto

    sujeitos lei.

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    Agncia para o Investimento e Comrcio Externo de Portugal, E.P.E. Av. 5 de Outubro, 101, 1050-051 LISBOATel. Lisboa: + 351 217 909 500 Contact Centre: 808 214 214 [email protected] www.portugalglobal.pt

    O sistema judicial portugus constitudo por vrias

    categorias ou ordens de tribunais, independentes entre si,

    com estrutura e regime prprios.

    Duas dessas categorias compreendem apenas um Tribunal

    (o Tribunal Constitucional e o Tribunal de Contas); as

    demais abrangem uma pluralidade de tribunais,

    estruturados hierarquicamente, com um tribunal superior

    no topo da hierarquia.

    Tribunal de Contas Este tribunal no tem apenas

    unes jurisdicionais (fscalizao da legalidade de

    despesas pblicas e julgamento de contas pblicas), dando

    igualmente parecer sobre a Conta Geral do Estado, visando

    habilitar a Assembleia da Repblica a apreci-la e julg-la.

    Podem ainda existir Tribunais Martimos, Tribunais Arbitrais

    e Julgados de Paz. Neste ltimo caso, a sua competncia

    reere-se, em exclusivo, apreciao e julgamento de

    aces declarativas cujo valor no exceda a alada do

    Tribunal de 1 Instncia.

    4.2 Organizao administrativa

    Com a adeso Comunidade Europeia e no sentido de

    organizar o territrio de Portugal, so defnidas Unidades

    Territoriais Administrativas para fns estatsticos, as NUT,

    equiparadas a unidades territoriais com objectivos idnticos

    nos outros pases da UE. Portugal NUT I, dividido em 7 NUT

    II equivalentes a regies- Regio Norte; Regio Centro;

    Regio de Lisboa; Regio do Alentejo; Regio do Algarve,Regio Autnoma da Madeira e Regio Autnoma dos Aores,

    divididas por sua vez em 30 NUT III, equivalentes a sub-

    regies (28 no Continente e as duas Regies Autnomas).

    O Alentejo e o Centro repartem, entre si, as maiores

    reas territoriais do pas, com 34% e 31% do total,

    respectivamente, enquanto que Regio Autnoma da

    Madeira cabe a rea mais reduzida.

    Tribunal Constitucional Ocupa um lugar especial e

    autnomo na ordenao constitucional dos tribunais.

    Distingue-o a especifcidade do seu modo de ormao e das

    suas unes. o tribunal de recurso das decises de todos

    os restantes tribunais em matria de constitucionalidade.

    composto por treze juzes, sendo dez designados pela

    Assembleia da Repblica e trs cooptados por estes. Os

    juzes, que elegem o Presidente do Tribunal Constitucional,

    tm um mandato de nove anos que no renovvel.

    Tribunais Judiciais So a primeira das categorias de

    Tribunais comuns e ormam uma estrutura hierrquica

    prpria, com Tribunais judiciais de 1 e 2 Instncia, tendo

    como rgo superior o Supremo Tribunal de Justia.

    Tribunais Administrativos e Fiscais A estes Tribunais

    compete o julgamento de aces e recursos destinados a dirimir

    os litgios emergentes das relaes administrativas e fscais.

    Estes tribunais ormam uma estrutura hierrquica prpria tendo

    como tribunal superior o Supremo Tribunal Administrativo.

    Regiesa reas (km2) % total

    Regio do Alentejo 31.605 34,3

    Regio Centro 28.199 30,5

    Regio Norte 21.286 23,1

    Regio do Algarve 4.997 5,4

    Regio de Lisboa 3.002 3,3

    Regio Autnoma dos Aores 2.322 2,5

    Regio Autnoma da Madeira 801 0,9

    Total 92.212 100,0

    Regies (NUT II) ordenadas por reas

    Fonte: INE Anurio Estatstico de Portugal 2010

    Nota: (a) Inclui 362 km2 de guas interiores

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    O novo regime jurdico do associativismo municipal1

    determinou a constituio de associaes de municpios que

    podem ser de dois tipos: de fns mltiplos e de fns especfcos.

    As associaes de municpios de fns mltiplos,

    denominadas comunidades intermunicipais (CIM), so

    constitudas por municpios que correspondam a uma ou

    mais NUTS III e adoptam o nome destas.

    As associaes de municpios de fns especfcos oram

    criadas para a realizao em comum de fns especfcos dos

    municpios que as integram, na deesa de direitos colectivos

    de natureza sectorial, regional ou local.

    Foram ainda criadas duas reas metropolitanas (AM): Lisboa

    - que integra os municpios da Grande Lisboa e Pennsula de

    Setbal, e Porto - que integra os municpios do Grande Porto

    e de Entre-Douro e Vouga, regulados por diploma prprio.

    Principais cidades

    De sublinhar a importncia das cidades no contextoterritorial e mesmo poltico. Existem actualmente (2012)

    159 cidades em Portugal (146 no Continente e 13 nas

    Regies Autnomas), das quais 19 so Capitais de

    Distrito. Entre as mais antigas cidades portuguesas

    contam-se Lisboa, Porto, Viseu, Braga, Coimbra, vora,

    Guarda, Lamego, Silves, Faro, Lagos e Tavira com origens

    pr-portucalenses e detentoras de uma histria urbana

    romana ou rabe, ou ambas, como no caso das cidades do

    Sul e mesmo de Lisboa.

    A cidade de Lisboa (cerca de 470 mil habitantes 2 milhes

    na Grande Lisboa) a capital de Portugal desde o sculo

    XII, a maior cidade do pas, principal plo econmico,

    detendo um dos maiores portos martimos e o maior

    aeroporto. A cidade do Porto (cerca de 205 mil habitantes

    1,3 milhes no Grande Porto) a segunda maior cidade.

    1 Lei n 45/2008 de 27 de Agosto

    A par das NUTS para fns estatsticos, Portugal encontra-

    se dividido em 18 Distritos no Continente que so os

    seguintes: Aveiro, Beja, Braga, Bragana, Castelo Branco,

    Coimbra, vora, Faro, Guarda, Leiria, Lisboa, Portalegre,

    Porto, Santarm, Setbal, Viana do Castelo, Vila Real e

    Viseu. Os Distritos e as Regies Autnomas subdividem-se

    em 308 Concelhos/Municpios e 4.259 Freguesias.

    Sub-Regies NUT III

    Fonte: INE Instituto Nacional de Estatstica

    Nota: Esta diviso de regies e respectivas subdivises corresponde s NUTS

    (Nomenclatura das Unidades Territoriais)

    Norte Minho-Lima

    Cavado

    Ave

    Grande Porto

    Tmega

    Entre Douro e Vouga

    Douro

    Alto Trs-os-Montes

    Centro Baixo Vouga

    Baixo Mondego

    Pinhal Litoral

    Pinhal Interior Norte

    Do-Laes

    Pinhal Interior Sul

    Serra da Estrela

    Beira Interior Norte

    Beira Interior Sul

    Cova da Beira

    Oeste

    Mdio Tejo

    Lisboa Grande Lisboa

    Pennsula de Setbal

    Alentejo Alentejo Litoral

    Alto Alentejo

    Alentejo Central

    Baixo Alentejo

    Lezria do Tejo

    Algarve Algarve

    R. A. Aores R. A. Aores

    R. A. Madeira R. A. Madeira

    Regies do Continente

    Regies Autnomas

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    5. Populao

    Os resultados provisrios dos Censos 2011, reerenciados

    ao dia 21 de Maro de 2011, indicam que a populao

    residente em Portugal era de 10.561.614 habitantes, o que

    signifca um aumento de cerca de 2% ace ltima dcada.

    O nmero de amlias aumentou cerca de 10,8% mas a sua

    dimenso mdia volta a recuar e fxa-se em 2,6 indivduos.

    Por outro lado, as caractersticas demogrfcas revelam

    que se agravou o envelhecimento da populao na

    ltima dcada. Em 2011, Portugal tinha cerca de 19% da

    populao com 65 ou mais anos de idade.

    Segundo o INE2, o rcio entre a populao com mais de 65

    anos e a populao at 14 anos (ndice de envelhecimento)

    atingiu um ponto elevado em 2011: 120,6, quando em

    2000 era de 102,2 e em 1990 se situara em 68,1. Tambm

    a componente da populao com idade inerior a 24 anos

    perdeu peso em termos relativos, situando-se nos 25,9%,

    no mesmo ano.

    Em 2011, a populao total em Portugal registou um

    crescimento marginal de 0,1%.

    2 Estatsticas do Emprego Inqurito ao Emprego - 2011

    As Projeces de populao residente em Portugal,

    2008-2060 (a 31 de Dezembro), publicadas pelo INE,

    no seu cenrio central3 apontam para um crescimento

    continuado da populao residente em Portugal at 2035,

    ano em que atinge 10.897,6 milhares de indivduos.

    A partir desse ano, inverte-se a tendncia, chegando-se a

    2060 com valores abaixo do ano de partida. Em 2060, a

    populao total chegar, apenas, aos 10.364,2 milhares

    de indivduos.

    5.1 Repartio regional

    A Regio Norte (que inclui a cidade do Porto) e a Regio

    de Lisboa concentram mais de trs quintos da populao

    portuguesa. O despovoamento das reas rurais do interior

    tem continuado a aectar parte da Regio Norte (excluindo

    o Porto), o Centro e, sobretudo, o Alentejo.

    3 As projeces do INE oram determinadas tendo por base 4 cenrios: o Cenrio

    Central, que tem como base a populao residente em Portugal em 01 de Janeiro de

    2008 e conjuga um conjunto de hipteses consideradas como mais provveis ace aos

    recentes desenvolvimentos demogrfcos, o Cenrio Baixo, o Cenrio Elevado e o Cenrio

    sem Migraes, este ltimo com o objectivo de comparao com os restantes cenrios.

    Populao em Portugal - Evoluo 2006-2011

    Unidade 2006 2007 2008 2009 2010 2011

    Populao total Milhares 10.585,9 10.604,4 10.622,7 10.638,4 10.635,8 10.646,7

    0-14 anos Milhares 1.640,4 1.634,9 1.624,6 1.615,0 1.614,4 1.609,5

    15-64 anos Milhares 7.115,8 7.135,0 7.145,1 7.142,6 7.113,7 7.096,6

    + 65 anos Milhares 1.829,7 1.834,6 1.853,0 1.880,7 1.907,7 1.940,6

    Relao de masculinidade (n de

    homens por 100 mulheres)(%) 93,8 93,8 93,8 93,8 93,8 93,8

    Crescimento eectivo (%) 0,22 0,17 0,17 0,15 -0,02 0,10

    Nvel de escolaridade completo ( 15 e mais anos)

    Bsico (at ao 3 ciclo)N 6.795,2 6.796,5 6.776,8 6.690,4 6.539,8 6.311,2

    (Var. %) -0,78 0,02 -0,29 -1,27 -2,25 -3,50

    Secundario e ps secundrioN 1.249,3 1.245,5 1.250,9 1.324,7 1.416,6 1.518,4

    (Var. %) 2,81 -0,30 0,43 5,90 6,94 7,19

    SuperiorN 901,0 927,6 970,4 1.008,2 1.065,0 1.207,6

    (Var. %) 6,16 2,95 4,61 3,90 5,63 13,39

    Fonte: Instituto Nacional de Estatstica Estatsticas do Emprego, 2011

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    O nosso pas registou inuxos de imigrao das antigas

    colnias portuguesas em rica, da Europa Central

    e Oriental, e mais recentemente do Brasil, existindo

    igualmente pequenos ncleos de imigrantes provenientes

    da ndia, China e Paquisto, assim como de outros pases

    da Amrica Latina e do Norte de rica.

    A imigrao econmica um enmeno recente em Portugal

    e representa uma alterao radical ace ao registado nos anos

    60 e 70, quando muitos portugueses emigravam na procura

    de nveis de vida mais elevados.

    At aos anos 90, a maioria dos imigrantes em Portugal

    era proveniente dos pases lusonos, principalmenteCabo Verde e Angola. A partir de 1999 Portugal passou a

    acolher uma imigrao dierente e em massa proveniente

    dos pases do Leste Europeu, dividida em dois grupos: os

    eslavos ucranianos, russos e blgaros; e os latinos de leste

    - romenos e moldavos.

    Em 2003 este tipo de imigrao abrandou, tendo sido

    substituda por brasileiros e, em menor escala, por

    asiticos de vrias origens (nomeadamente indianos,

    paquistaneses e chineses).

    Em 2010 residiam em Portugal, com estatuto legal de

    residente, 445.2624cidados de nacionalidade estrangeira,

    o que traduz um decrscimo de 2%, ace ao ano anterior.

    Destes, 39,7% eram provenientes da Europa, 22,7%

    da rica Lusona, 26,8% tinham origem brasileira e

    fnalmente, 3,5% eram originrios da China.

    A populao estrangeira mais jovem do que a populaonacional e concentra-se na aixa da populao em idade

    activa. Predominam os homens na repartio por sexos,

    ruto provvel da sua maior representatividade no processo

    migratrio embora o reagrupamento amiliar posterior

    tenda a um maior equilbrio.

    Na emigrao portuguesa destaca-se o primeiro grande

    surto para o Brasil que se localiza no incio do sculo passado

    at fnais dos anos 20, segue-se a que ocorre durante a

    4 Dados provisrios disponveis em Julho 2011

    A distribuio da populao pelo territrio do continente

    evidencia uma oposio entre o Litoral e o Interior. A sua

    evoluo nos ltimos anos tem vindo a originar uma maior

    concentrao da populao no Litoral e reduo do nmero

    de residentes nas regies do interior do pas.

    semelhana do que se verifcou para o conjunto do pas,

    em 2011 registou-se um ligeiro crescimento populacional

    na maioria das regies, excepto no Alentejo (-0,49%)

    e no Centro (-0,21%) que mantiveram uma trajectria

    descendente.

    Repartio regional Mdia Anual 2011

    Regies (a)PopulaoMilhares

    % dototal

    Densidade(hab./km2)

    Regio Norte 3.745,9 35,2 176,0

    Regio de Lisboa 2.846,9 26,7 943,3

    Regio Centro 2.374,4 22,4 84,4

    Regio do Alentejo 747,3 7,0 23,8

    Regio do Algarve 438,4 4,1 86,9

    R. A. da Madeira 247,7 2,3 308,8

    R. A.dos Aores 246,1 2,3 105,7

    Total 10.646,7 100,0 115,4

    Fonte: INE Instituto Nacional de Estatstica Inqurito ao Emprego 2011

    Notas: (a) Regies NUTS (Nomenclatura das Unidades Territoriais para fns estatsticos)

    Analisando agora a densidade demogrfca da populao

    portuguesa pelas vrias regies do pas, notria a

    liderana de Lisboa. Na segunda posio surge a Madeira

    com cerca de 1/3 da densidade populacional da primeira.

    A maior distncia aparece a Regio Norte que, apesar de

    ter, em termos relativos, a maior proporo de populao

    residente, apresenta uma densidade populacional cerca de

    cinco vezes e meia inerior de Lisboa.

    Seguem-se os Aores, Centro, Algarve (estas duas ltimas

    com valores quase idnticos) e, fnalmente, o Alentejo, com

    o menor rcio habitantes/km2.

    5.2 Migraes

    O contributo das migraes na dinmica do crescimento

    da populao depende do sentido, das caractersticas

    que revelam e da sua durao. Desde 1993 que o saldo

    migratrio a principal componente do acrscimo

    populacional em Portugal.

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    guerra colonial com destino Europa nos anos 60, ambas

    com perodos longos de permanncia. A partir dos fnais

    dos anos 80 prevalecem os uxos de emigrao de carcter

    temporrio que se mantm at hoje. Cerca de 4,5 milhes

    de portugueses vivem ora do pas, o que equivalente a

    quase metade da populao domstica residente, existindo

    enormes comunidades de expatriados no Brasil, em Frana,

    na Alemanha, na Sua, no Luxemburgo, no Canad e na

    rica do Sul, entre outros pases.

    5.3 Populao activa

    Embora a imigrao esteja a ajudar a impulsionar a

    populao em idade activa, o seu ritmo de crescimento

    no tem conseguido compensar o gradual envelhecimento

    da populao e o aumento da esperana de vida (74 anos

    para o homem e 80,6 anos para as mulheres segundo a

    OCDE), actor que tem vindo a aectar, no s Portugal, mas

    igualmente a grande maioria dos pases da Europa Ocidental.

    De acordo com o INE5, a populao activa e a taxa de

    actividade (populao com 15 e mais anos) reerentes a

    2011 no soreram grandes alteraes ace a 2010. A

    populao activa totalizou 5.543,2 mil indivduos, o que

    signifcou um acrscimo de 0,7% em relao ao ano anterior

    e a taxa de actividade situou-se nos 61,3%, ou seja, 0,6 pp.

    abaixo do ano anterior. A taxa de actividade dos homens em

    idade activa oi de 68,0% e a das mulheres de 55,2%.

    Esta estabilidade relativa na oerta de mo-de-obra resultou

    do acto de a diminuio da populao empregada (141,2

    5 INE Estatsticas do Emprego, 2011

    mil indivduos) ter sido compensada por um crescimento

    semelhante dos desempregados (103,5 mil indivduos).

    Por aixa etria, observou-se uma reduo da populao

    activa entre os 15-34 anos (-0,8%) enquanto a aixa

    situada entre os 35 e os 64 anos aumentou 0,36%.

    Por NUTS II, em 2011 registou-se um aumento da

    populao activa em todas as regies, excepto no Norte

    (-0,15%) e no Centro (-5,5%), ace ao ano anterior.

    O n de activos com nvel de escolaridade correspondente

    ao ensino secundrio e ps-secundrio e ao ensino superior

    aumentou, sendo que, em 2011, 18,1% da populao

    activa tinha ormao superior.

    A populao empregada totalizou 4.837,0 mil indivduos

    em 2011, ou seja, menos 2,8% do que no ano anterior. A

    taxa de emprego (15 e mais anos) situou-se nos 53,5%,

    tendo sido inerior registada em 2010, devido ao acto

    de a populao empregada ter diminudo mais do que a

    populao em idade activa. Por NUT II, apenas a regio

    do Alentejo registou um aumento marginal da populao

    empregada (0,2%).

    Em termos de curto/mdio prazo a distribuio da

    populao empregada por sectores de actividade est

    relativamente estabilizada. Tem havido um movimento,

    desde h cerca de 25 a 30 anos, no sentido de uma maior

    contribuio da populao empregada nos servios (62,8%

    do total em 2011), movimento que acompanha a evoluo

    registada nos outros parceiros europeus.

    5.4 Nveis de escolaridadeda populao activa

    No quadro das exigncias da nova economia global, a

    qualifcao das pessoas um actor preponderante para

    a competitividade, para o crescimento econmico, para o

    emprego e para a melhoria dos salrios.

    Conorme j reerido, Portugal apresenta ainda alguns

    indicadores menos positivos ao nvel da ormao e

    qualifcao da sua populao activa, que tm sido alvo

    Evoluo da populao empregadapor sector de actividade

    1986 2009 2010 2011

    (%)

    Agricultura,silvicultura e pescas

    21.9 11,2 10,9 9,9

    Indstria, construo,energia e gua

    33.7 28,2 27,7 27,3

    Servios 44.3 60,6 61,4 62,8

    Fonte: INE Estatsticas do Emprego, 2011

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    a par da Finlndia, Frana, Holanda e Noruega um dos

    cinco pases classifcados na escala mais elevada (High)

    no que respeita ao nvel de desenvolvimento em matria

    de validao de aprendizagens no ormais e inormais.

    Esta boa posio deve-se ao desenvolvimento do Sistema

    Nacional de Reconhecimento, Validao e Certifcao

    de Competncias, no mbito das polticas de reduo do

    dfce de qualifcao da populao adulta, levadas a cabo

    pela Iniciativa Novas Oportunidades.

    objectivo estratgico do Governo portugus continuar a

    apostar ortemente na ormao profssional dos jovens,

    com vista a uma valorizao real da Qualifcao dos

    Portugueses. Pretende-se melhorar a orientao escolar

    e profssional e promover uma articulao mais estreita

    com a ormao prtica em contexto de trabalho. Neste

    sentido, est em curso uma avaliao da iniciativa Novas

    Oportunidades, nomeadamente nas vertentes de impacto

    na vida profssional das pessoas e do rigor e exigncia

    do processo de RVCC9. At Setembro de 2012 sero

    anunciadas as alteraes a introduzir na estrutura e

    objectivos deste Programa. Entretanto, sero mantidosa uncionar at Agosto de 2012, 301 Centros de Novas

    Oportunidades, permitindo-se assim aos ormandos

    concluir os seus processos de certifcao.

    6. Inra-Estruturas

    Ao longo dos ltimos anos e com o apoio dos Fundos

    Comunitrios, Portugal realizou um notvel esoro

    de investimento nas inra-estruturas de transporte, o

    que deu origem a modernas redes: virias, errovirias,

    aeroporturias e martimas.

    Embora o meio de transporte dominante nas trocas

    comerciais de Portugal com o exterior continue a ser o

    martimo, o transporte rodovirio tem vindo a assumir uma

    relevncia crescente, principalmente nas ligaes com os

    mercados europeus.

    9 Sistemas de Reconhecimento, Validao e Certifcao de Competncias (RVCC)

    de polticas pblicas de qualifcao de recursos humanos.

    De acordo com os resultados provisrios do Census 2011

    notrio o esoro que tem vindo a ser desenvolvido

    nesta rea. Portugal voltou a assinalar, na ltima dcada,

    um crescimento do nvel de instruo da sua populao.

    Em 2011 havia 1.262.449 indivduos com ensino superior

    completo, cerca do dobro do que oi apurado em 2001.

    A Comisso Europeia publicou em Fevereiro de 2012,

    atravs da Rede Eurydice, o relatrio Key Data on

    Education in Europe 2012, que apresenta um conjunto

    de dados relevantes para a concretizao das polticas

    associadas estratgia Europa 2020 e analisa a evoluodos sistemas de educao europeus na ltima dcada6.

    Relativamente a Portugal, podemos destacar a seguinte

    concluso: no ano lectivo 2009/2010, a taxa de populao

    inscrita em qualquer nvel de educao (desde o pr-

    primrio ao superior) era de 22,9%, mais alta do que a

    registada em 2000 e superior mdia da UE27 (21,5%).

    O lanamento do Programa Novas Oportunidades em

    2005, composto por dois eixos undamentais: eixo adultos- qualifcar um milho de activos at 2010; eixo jovens

    - alargar a oerta de cursos profssionalizantes de nvel

    secundrio de modo a que representassem, na mesma

    meta temporal, metade do total de vagas ao nvel do

    ensino secundrio, - surgiu como resposta necessidade

    de Portugal convergir ao nvel das qualifcaes com a

    Europa e reorar a competitividade no mdio-longo

    prazos, investindo na melhoria contnua das condies de

    escolarizao dos seus jovens e adultos.De acordo com um relatrio7 da Direco-Geral de

    Educao e Cultura da Comisso Europeia, intitulado

    Further measures to implement the action plan on adult

    learning: Updating the existing inventory on validation o

    non-ormal and inormal learning: Final report8, Portugal

    6 O ano de reerncia dos dados acadmicos 2009/2010

    7 Este relatrio avaliou o estado de arte da implementao de medidas e polticas de

    validao de aprendizagens inormais e no ormais em 34 pases, sendo acompanhado

    por relatrios individuais, da responsabilidade do Centro Europeu para o Desenvolvimento

    da Formao Profssional (CEDEFOP) de cada um dos pases

    8 http://ec.europa.eu/education/more-inormation/doc/2010/inventory_en.pd

    http://ec.europa.eu/education/more-information/doc/2010/inventory_en.pdfhttp://ec.europa.eu/education/more-information/doc/2010/inventory_en.pdfhttp://ec.europa.eu/education/more-information/doc/2010/inventory_en.pdf
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    6.1 Rede viria

    Portugal detm actualmente uma das redes mais desenvolvidas

    da Europa, composta de Auto-estradas (AE), Itinerrios

    Principais (IP), Itinerrios Complementares (IC), Estradas

    Nacionais (EN) e Estradas Regionais.

    Em 2010, a rede rodoviria nacional atingiu, no Continente,

    13.123 km, repartidos pela rede undamental (2.221 km de

    IP), pela rede complementar (6.482 km de IC e EN) e pelas

    estradas regionais (4.420 km). Com a tipologia de Auto-

    Estradas, contabilizaram-se 2.737 km, ou seja, mais de 1/5 do

    total da rede viria.

    Nos anos 90 houve um signifcativo desenvolvimento das

    inra-estruturas rodovirias em Portugal e um dos actores

    que contribuiu para esse desenvolvimento oi a realizao,

    em 1998, da Exposio Mundial em Lisboa. Este importante

    projecto serviu de catalizador da construo de grandes

    obras pblicas, salientando-se a segunda ponte sobre o

    Tejo Ponte Vasco da Gama - e a linha erroviria na Ponte

    25 de Abril, estabelecendo pela primeira vez, uma ligao

    erroviria contnua entre o Norte e o Sul do pas.

    Estas inra-estruturas contriburam de orma signifcativa

    para melhorar a circulao Norte-Sul e criaram novas

    acessibilidades em vrias zonas da capital, principalmente

    na parte oriental da cidade de Lisboa.

    Em 2010 oram transportadas mais de 218 milhes de

    toneladas de mercadorias atravs da rede rodoviria, com

    predominncia para o trego nacional (90,4%).

    Em termos regionais, o Centro e o Norte oram as regies

    de origem de mais de 61% do total das mercadorias

    carregadas. Os dados ainda provisrios reerentes ao terceiro

    trimestre de 2011 apontam para uma variao homloga

    positiva no transporte rodovirio de mercadorias, de 12,6%.

    6.2 Rede erroviria

    O grande desafo que actualmente se coloca nesta rea

    o do reoro da integrao da rede erroviria nacional

    no espao ibrico e europeu, com vista a assegurar

    a interoperacionalidade com as redes europeias e

    transeuropeias de transporte.

    A rede erroviria existente conta com 2.843 km de

    extenso, dos quais 2.794 km com trego errovirio de

    passageiros e mercadorias. Serve uma populao da ordem

    dos 8,5 milhes de habitantes e assegura a ligao Norte-

    Sul ao longo da aixa litoral do continente portugus e as

    ligaes transversais. A densidade da rede erroviria tende

    a ser mais signifcativa nas regies de maior concentrao

    populacional. Em 2010 oram transportadas 9,3 milhes

    de toneladas de mercadorias atravs da rede erroviria,

    igualmente com predominncia para o trego nacional

    (91,7%) e 153 milhes de passageiros. Em termos

    regionais, o Centro, Alentejo e Lisboa, representaram mais

    de 90% do total de mercadorias transportadas por este

    meio. Os dados ainda provisrios reerentes ao 3 trimestre

    de 2011 apontam para uma variao homloga negativa

    no transporte de mercadorias por errovia, de 10,8%.Ponte Vasco da Gama - Rio Tejo

    Jos

    Manuel

    JosManuel

    Gare do Oriente - Parque das Naes

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    outro, um importante porto de carga de contentores com

    elevado potencial de crescimento. Este Porto, com uma

    zona industrial e logstica de retaguarda, com mais de

    2.000 hectares j uma plataorma logstica de mbito

    internacional multiacetada (sectores martimo-porturio,

    industrial e logstico), que ir contar ainda com a plena

    integrao da plataorma urbana nacional do Poceiro e

    da plataorma transronteiria de Elvas/Caia. A ampliao

    do Terminal de Contentores (Terminal XXI) est concluda,

    aumentando a capacidade da inra-estrutura para 1 milho de

    TEU (medida para contentores de 20 ps) por ano quando, at

    agora, tinha capacidade para 250 mil TEU/ano.

    6.4 Rede aeroporturia

    Portugal conta com uma rede aeroporturia composta

    por 15 aeroportos, 38 aerdromos, e 11 heliportos

    certifcados10 .

    No continente existem trs aeroportos internacionais em

    operao, todos situados na orla litoral e um aeroporto

    em Beja (interior do Alentejo) que guarda certifcao

    pelo INAC Instituto Nacional de Aviao Civil (processo

    que dever estar concludo em 2012). O projecto para

    construo de um novo aeroporto internacional para

    Lisboa, na margem sul da cidade, na zona de Alcochete,

    oi adiado pelo Governo tendo em considerao a

    conjuntura econmica pouco avorvel.

    A condio de insularidade das regies autnomas

    explica a presena de um maior nmero de aeroportos,

    como se pode observar no quadro seguinte:

    A maioria das companhias areas internacionais serve

    os principais aeroportos do Pas, sendo a TAP Portugal a

    companhia area portuguesa de bandeira.

    10 Fonte: INAC Instituto Nacional de Aviao Civil, 17 de Janeiro de 2011

    6.3 Rede porturia

    A localizao geogrfca de Portugal, com uma extensa

    costa atlntica, oerece excelentes condies para potenciar

    e desenvolver as ligaes martimas.

    No continente existem nove portos: Viana do Castelo

    e Leixes, na regio Norte; Aveiro e Figueira da Foz, no

    Centro; Lisboa e Setbal, na regio da Grande Lisboa;

    Sines, no Alentejo; Faro e Portimo, no Algarve. A Regio

    Autnoma dos Aores conta com oito portos e a regio

    Autnoma da Madeira com trs.

    Os 5 principais portos nacionais situados no Continente

    (Leixes, Aveiro, Lisboa, Setbal e Sines) movimentaram

    cerca de 64,6 milhes de toneladas de mercadorias em

    2011 (96,7% do total). A melhoria das inraestruturas e os

    ganhos de efcincia ocorridos nos ltimos anos tornaram o

    sistema porturio nacional mais competitivo, situao que

    permite estimar um aumento na movimentao de carga

    nos anos mais prximos.

    O Porto de Sines, de guas proundas, lder nacional na

    quantidade de mercadorias movimentadas (25,8 milhes

    de toneladas em 2011, ou seja 38,6% do total) e apresenta

    condies naturais mpares na costa portuguesa para

    acolher todos os tipos de navios. Dotado de modernos

    terminais, apresenta caractersticas nicas, sendo, por um

    lado, a principal porta de abastecimento energtico do

    pas (petrleo e derivados, carvo e gs natural) e, por

    Porto de Sines - Costa Alentejana

    C

    maraMu

    nicipaldeSines

    Principais aeroportos portuguesesAeroportos Nmero Localizaes

    Continente 4 Lisboa, Porto, Faro e Beja

    R. A. Aores 9

    Ponta Delgada, SantaMaria, Horta, Flores,Corvo, Graciosa, Pico, SoJorge, Terceira

    R. A. Madeira 2 Funchal e Porto Santo

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    larga e a distribuio de TV passaram a ser disponibilizados

    aos clientes das redes mveis. No fnal de 2010, Portugal

    era o 6 pas da UE27 em penetrao de banda larga10

    Mbit/s na populao (15%) e o 7 em penetrao de banda

    larga mvel activa (utilizao eectiva nos ltimos 3 meses)

    na populao (38%).

    Actualmente em Portugal as redes de satlite so sobretudo

    utilizadas para prestar servios de distribuio de TV.

    Segundo a ANACOM11, a taxa de penetrao do acesso

    Internet em banda larga, no fnal de 2010, situava-se

    nos 19,5% por 100 habitantes para os acessos fxos e em

    24,1% por 100 habitantes para os acessos mveis com

    utilizao eectiva.

    No caso dos acessos fxos, a penetrao da banda larga

    encontrava-se dois pontos percentuais acima do registado

    no fnal do ano anterior. Este crescimento oi superior ao

    verifcado nos pases da OCDE apresentando um dierencial

    de 0,3 pontos percentuais.

    Pode ainda estimar-se que pelo menos 86% dos agregados

    amiliares e 59% dos alojamentos em Portugal dispem

    de, pelo menos, um acesso de alta velocidade instalado,

    embora a sua distribuio geogrfca no seja homognea,

    concentrando-se nas regies de Lisboa e Norte.

    As conjugaes de servios mais utilizadas entre a

    populao residencial reerem-se ao STM em utilizao

    exclusiva (15%) e aos quatro servios de comunicaes

    electrnicas em utilizao simultnea (14%),

    especifcamente, teleone mvel, teleone fxo, banda

    larga fxa e TV por subscrio (M+F+BLF+TV) embora no

    necessariamente adquiridos em pacote. A adeso a oertas

    multiple play dos clientes residenciais tem registado uma

    tendncia crescente que resulta, em grande medida, da

    maior adeso aos pacotes triple play (F+I+TV). Salienta-se,

    ainda que, 98% dos indivduos que dispem de Internet no

    seu lar tm, igualmente, acesso ao STM.

    11 Com base nas concluses constantes do documento publicado pela Comisso

    Europeia Digital Agenda Scoreboard 2011

    Em 2010, o nmero de passageiros processados nos

    aeroportos nacionais aumentou 6,6% ace ao perodo

    homlogo, situando-se nos 28 milhes. No mesmo ano, o

    trego de carga area tambm registou um crescimento

    considervel (+10,6%, +14 mil toneladas) baseado na

    excelente perormance dos Aeroportos de Lisboa e Porto.

    Tambm os Aores contriburam com cerca de mil toneladas

    para esta evoluo positiva, ao contrrio da Madeira

    onde se registou um decrscimo de 2,2%. Analisando o

    trego de carga desembarcada (importao) e embarcada

    (exportao), conclui-se que a carga exportada teve uma

    evoluo bem mais positiva (+15,8% ace ao homlogo)

    e oi a maior responsvel pelo bom desempenho geral do

    transporte de carga area.

    O Aeroporto Francisco S Carneiro, no Porto, oi

    distinguido pelo ACI-Airports Council International como

    o 2 melhor aeroporto europeu em 2010 e o 5 melhor a

    nvel mundial na categoria de aeroportos com trego de 2

    a 5 milhes de passageiros.

    Tambm o Aeroporto Joo Paulo II, em Ponta Delgada

    (Aores), oi distinguido pelo ACI com o prmio de

    aeroporto europeu que registou a maior subida nos

    indicadores da Qualidade dos Servios entre 2008 e 2009.

    6.5 Inra-estruturas tecnolgicas

    As inra-estruturas ligadas ao sector das telecomunicaes

    oram, nos ltimos anos, substancialmente melhoradas

    e modernizadas permitindo a Portugal situar-se numa

    conortvel posio entre os seus parceiros europeus.Nesta rea existem trs tipos de servios: servio de voz

    (teleone fxo e mvel); servio de dados (acesso Internet)

    e servio de vdeo (sinal de TV) e trs tipos de redes: rede

    fxa tradicional, rede mvel e redes de distribuio de TV

    por satlite, cabo e outros meios radioelctricos.

    A liberalizao das redes fxa e mvel e a entrada

    no mercado portugus de novos operadores de

    telecomunicaes, aumentou a concorrncia, melhorou a

    qualidade e reduziu as tarias cobradas. Com o advento das

    redes mveis de 3 gerao, o acesso Internet em banda

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    No caso dos clientes empresariais12 regista-se a tendncia de

    aumento do nmero de servios, medida que a dimenso

    da empresa cresce. Entre as grandes empresas, o nmero de

    servios utilizados superior ou igual a trs, predominando

    os servios telenicos e acesso Internet fxo e mvel

    (M+F+BLF+BLM). As pequenas e mdias empresas (PME)

    tambm apresentam uma penetrao relativamente mais

    intensa deste tipo de conjugao de servios. A conjugao

    mais utilizada reere-se aos servios telenicos, fxo e

    mvel, em conjunto com BLF (M+F+BLF), mas predomina

    o pacote double play constitudo pelo STF e Internet. As

    microempresas destacam-se por apresentarem um perfl

    mais diverso de conjugaes sobressaindo a penetrao do

    STF, nomeadamente em utilizao exclusiva, mas tambm

    em conjunto com o STM ou BLF, bem como a utilizao

    exclusiva do STM.

    A populao que reside na Grande Lisboa e Grande Porto

    destaca-se no que respeita intensidade do consumo

    integrado de quatro servios (M+F+BLF+TV), sendo que

    os residentes na Grande Lisboa tambm tendem a ter um

    consumo relativamente mais expressivo de cinco servios

    (M+F+BLM+BLF+TV). A utilizao do STM em conjunto com

    BLM tende a ser relativamente mais expressiva nas regies

    do Norte do pas (Litoral Norte e Interior Norte). tambm

    no Interior Norte que se observa uma maior propenso

    ao consumo do STF em exclusivo, bem como do servio

    telenico atravs dos dois tipos de acesso (fxo e mvel).

    Sublinha-se que estas dierenas regionais so inuenciadas

    pela disponibilidade geogrfca dos servios, podendo no

    reectir dierenas de preerncias entre os consumidores

    das vrias zonas geogrfcas. Por outro lado, residindo

    a grande maioria da populao portuguesa nas regies

    Interior Norte, Grande Lisboa, Litoral Norte e Litoral Centro,

    o tipo de consumo nestas zonas geogrfcas tende a ter um

    maior impacto global.

    Por determinao da Comisso Europeia, aplicvel a todos

    os pases membros, oi introduzida em 2012 (processo

    12 Segundo a ANACOM, para as PME a anlise eectuada atravs do Inqurito ao

    Consumo das Comunicaes Electrnicas PME de 15 de Dezembro de 2010. Para

    as grandes empresas a anlise baseia-se no Inqurito ao Consumo das Comunicaes

    Electrnicas grandes empresas de Dezembro de 2009. Os servios considerados so os

    mesmos dos clientes individuais.

    decorreu de Janeiro a Abril) uma nova tecnologia de

    telediuso terrestre em sinal digital que veio substituir a

    telediuso analgica terrestre, para todos aqueles que no

    possussem televiso paga.

    Tem vindo a ser desenvolvida uma importante campanha

    de aproximao das populaes s novas tecnologias

    (incluindo Internet) e um esoro na disponibilizao por

    parte do sector pblico dos mais diversos tipos de servios

    por via electrnica, procurando assim contribuir paraacilitar a actividade dos cidados e das empresas.

    De acordo com o Relatrio eGov Benchmark 2010 e pelo

    segundo ano consecutivo, Portugal ocupa o 1 lugar no

    ranking europeu na disponibilizao e sofsticao dos

    Servios Pblicos Online. No quadro da Agenda Digital para

    a Europa, a Unio Europeia pretende que, at 2015, um

    em cada dois cidados e quatro em cada cinco empresas

    utilizem os servios de administrao pblica on line.

    6.6 Polticas para o uturo

    Segundo o Oramento de Estado para 2012, no mbito dos

    compromissos assumidos no Memorando de Entendimento,

    o Governo defniu como vectores prioritrios para o sector

    dos transportes, a introduo de reormas estruturais com

    vista sua viabilizao fnanceira, o desenvolvimento de

    polticas de promoo da mobilidade de pessoas e bens,

    bem como a coeso e a reviso do papel do Estado na

    explorao de servios de transporte.

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    No que diz respeito distribuio do VAB por regies, o

    ano de 2010 (dados preliminares) revela o predomnio

    dos servios na actividade produtiva das sete regies

    portuguesas.

    O contributo destas actividades oi particularmente

    expressivo na Madeira, em Lisboa e no Algarve.

    O sector primrio continua a perder terreno, mantendo

    apenas algum peso no Alentejo e nos Aores.

    Valor Acrescentado Bruto Regional por Sector de Actividade Ano 2010

    No que se reere ao peso dos sectores de actividade

    econmica no PIB nacional, as estimativas do EIU

    Economist Intelligence Unit para 2010 atribuem aos servios

    um contributo de 74,1%, o que signifca um crescimento

    de 18,8% ace a 2000. A indstria, incluindo o sector

    energtico, tem vindo a diminuir o seu contributo para o PIB

    (mais de nos ltimos 10 anos). A agricultura, no mesmo

    perodo, viu o seu peso diminuir para menos de metade.

    7.1 Agricultura, silvicultura e pesca

    Agricultura

    Apesar da reduo da importncia da agricultura na

    economia do pas ao longo das ltimas dcadas (em

    1980 o VAB agrcola representava, em termos nominais,

    11% enquanto que em 2011 representou apenas 2,1%,

    incluindo silvicultura e pescas), este sector ainda um

    importante empregador em Portugal (9,9% do total). Tem

    sido objecto de alguns ajustes estruturais, nomeadamente

    o aumento da rea e do n de exploraes e o incremento

    da mecanizao que contriburam para o aumento

    da produtividade, apesar de continuarem a subsistir

    disparidades a nvel sectorial e regional.

    Por outro lado, os servios agrcolas e actividades

    secundrias aumentaram a sua importncia

    relativa, traduzindo uma maior profssionalizao e

    multiuncionalidade da agricultura nacional.

    A rea agrcola total corresponde a 50% do territrio

    nacional e a pequena dimenso continua a predominar,

    com cerca de das exploraes agrcolas a apresentarem

    reas ineriores a 5 hectares.

    Estrutura Produtiva - Peso no PIB

    Agricultura, produo animal,caa, oresta e pesca

    Indstria (inclui energia, guae saneamento)

    Construo Servios

    Portugal Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve R.A. Aores R.A. Madeira

    Fonte: INE Instituto Nacional de Estatstica Contas Nacionais (dados preliminares)

    Agricultura,silvicultura e pesca

    2000 2009 2010 2011a

    Indstria (incluiconstruo e

    energia)

    Servios

    Fontes: EIU Economist Intelligence Unit Viewswire (15 Fevereiro 2012)

    Notas: Clculo do PIB a custos de actor; a) Estimativas

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    Agricultura biolgica

    Em 2010, segundo a IFOAM13, 37 milhes de hectares (ha)

    de rea agrcola estavam aectos a produo biolgica.

    Enquanto que a Europa oi a regio que registou o maior

    crescimento na rea de produo biolgica em 2010

    (+9% do que em 2009), totalizando cerca de 10 milhes

    hectares, a sia viu a sua rea diminuir, no mesmo perodo.

    No que diz respeito ao tipo de culturas biolgicas, os

    cereais dominam e o ca o principal produto no grupo

    das culturas permanentes.

    Um tero da rea agrcola mundial para produo biolgica

    est situada na Ocenia (33%), seguindo-se a Europa

    (27%) e a Amrica Latina (23%). Por pases, a Austrlia

    concentra a maior rea de cultivo biolgico (12 milhes de

    ha), seguida pela Argentina (4,2 milhes ha) e os EUA (1,9

    milhes ha).

    J o Liechtenstein e a ustria so os pases europeus com

    maior quota de rea biolgica no total da sua rea agrcola

    (27% e 20%, respectivamente).

    13 IFOAM International Federation o Organic Agriculture Movements The World

    o Organic Agriculture, Statistics and Emerging Trends 2011 com dados relativos a 160

    pases e ao ano de 2010

    As culturas agrcolas permanentes, vinha e olival, esto mais

    concentradas no interior de Norte a Sul do pas, enquanto

    que as espcies orestais se encontram na aixa que vai do

    Centro para o Litoral de Portugal continental.

    Nos Aores, cerca de 95% da supercie agrcola utilizada

    (SAU) ocupada por pastagens, prados e orragens e na

    Madeira, 77% da SAU ocupada por culturas permanentes.

    A actividade agrcola, caracteriza-se por uma enorme

    volatilidade em resultado da elevada exposio a actores,

    quer de natureza econmica, quer climtica.

    Fazendo uma anlise da estrutura da produo agrcola

    e da dinmica de evoluo nos perodos 2000-2010 e

    especifcamente, 2009-2010, constata-se uma prevalncia

    da produo vegetal (57,6%) sobre a produo animal

    (31,7%); a concentrao da produo em 4 sectores,

    trs deles pertencentes ao primeiro grupo (hortcolas,

    rutos e vinho) e um de produo animal (leite); a perda

    de importncia relativa dos cereais devido orte quebra

    na sua produo em volume; a importncia crescente dos

    produtos hortcolas, com 20,5% da produo em 2010,

    imediatamente seguidos do vinho e dos rutos e a dinmica

    de crescimento da produo animal, em termos agregados.

    Para 2011, de acordo com a primeira estimativa das

    Contas Econmicas da Agricultura est prevista uma

    quebra na produo agrcola, em volume (-1,3%) e em

    valor (-0,6%), embora com comportamentos distintos nas

    suas duas componentes: a produo vegetal registar uma

    quebra de 2,7% em volume e 5,4% em valor e a animal

    aumentar 0,4% em volume e 5,6% em valor.

    Na produo vegetal, as culturas com contributos mais

    signifcativos para este decrscimo estimado sero os

    vegetais e produtos hortcolas e o vinho. Na produo

    animal, o acrscimo em valor ter o contributo da produo

    de bovinos (+16%) e produo de leite (+11%).

    Esto em curso uma srie de medidas integradas dentro da

    denominada Poltica Agrcola Nacional, tendentes a dotar o

    pas de um sector agrcola desenvolvido, competitivo e com

    produtos de qualidade, tendo em considerao o peso da

    vertente social deste sector.

    Os 10 Pases com maior crescimento da reade produo biolgica em 2010

    Fonte: FIBL IFOAM Inqurito 2012

    Unidade: Mil Hectares

    Frana

    Polna

    Espanha

    Bolvia

    Turquia

    R.Checa

    Portugal

    Sucia

    Alemanha

    Macednia

    +71.105,1

    +33.790,2

    +43.587,0

    +47.169,0

    +49.594,0

    +49.795,0

    +57.951,3

    71.105,1 +125.897,8

    +154.908,0

    +167.929,0

    20 40 60 80 100 120 140 160 1800

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    recente produo biolgica, cuja motivao est ligada

    proteco do ambiente (preservao dos solos) e

    sade (alimentao mais saudvel). Mais de metade dos

    produtores dedica-se tambm a outras actividades ligadas

    ao sector como a comercializao de produtos e/ou

    actores de produo, a transormao, a sensibilizao

    dos consumidores, a divulgao e o marketing. Quanto

    ao tipo de exploraes, a rea varivel, embora

    predominem as mdias e grandes exploraes e pratica-

    se, regra geral, a policultura, apesar de a produo animal

    ser a mais representativa.

    A 8 de Fevereiro de 2012 oi aprovada a alterao ao

    Regulamento15 comunitrio que introduz regras para a

    vinifcao segundo o modo de produo biolgico (MPB),

    que vai permitir aos produtores de vinho europeus colocar

    no mercado um produto dierenciado, enquadrado

    neste modo de produo, desde a vinha at ao vinho.

    A nvel nacional existem cerca de 400 produtores de

    uvas em modo de produo biolgica, numa rea de

    cerca de 2.600 hectares (5 maior da Europa), sendo 128

    produtores de uvas para vinho. O alargamento das regras

    para a produo de vinho permite prever um crescimento

    assinalvel da actividade, tendo em conta que existem

    actualmente apenas 15 preparadores de vinho declarados

    neste modo de produo. Estas novas regras so aplicveis

    j a partir da prxima campanha (1 de Agosto de 2012).

    Apesar de se tratar de um enmeno relativamente

    recente, so j vrios os produtos biolgicos nacionais

    premiados a nvel nacional e internacional, sendo dedestacar duas marcas de azeite portuguesas, a Risca

    Grande produzido na Herdade com o mesmo nome em

    Serpa (Alentejo), e Acushia produzido na Quinta do

    Prado, em Vila Flor - Trs-os-Montes, que receberam o

    prmio de qualidade na Feira BIOFACH 2012, considerada

    a maior eira europeia de Agricultura Biolgica.

    No espao comunitrio, a partir de 1 de Julho de

    2010 passou a ser obrigatria a colocao do logtipo

    15 Reg. (CE) 889/2008, da Comisso Europeia

    Globalmente existem cerca de 1,6 milhes de produtores

    biolgicos, que esto maioritariamente situados nos pases

    em desenvolvimento.

    O mercado de consumo de produtos biolgicos

    representava, na mesma data, cerca de 44,5 mil

    milhes de euros, o que signifcou um crescimento de

    aproximadamente 8% ace ao ano anterior. Os EUA

    assumem a liderana com 20,2 mil milhes de euros,

    enquanto na Europa, a Alemanha, Frana e Reino Unido

    oram responsveis por cerca de 60% do consumo

    de produtos biolgicos nesta regio. Os pases com

    maior consumo per capita, superior a 140 euros, so a

    Dinamarca, e Sua.

    Em Portugal, desde o incio dos anos 90 que se tem

    assistido a um crescimento exponencial da agricultura

    biolgica, tanto em rea de produo como em n de

    produtores que convertem as suas exploraes a este

    modo de produo. Entre 2000 e 2010 a rea de cultivo

    de produtos biolgicos vegetais aumentou de 50.000

    ha para 210.981 ha e o n de produtores de 763 para

    2.464. Em termos de espcies, as pastagens dominam

    com 142 mil hectares e tm um peso expressivo na regio

    do Alentejo, seguindo-se o olival com 17 mil hectares,

    situado predominantemente nas regies do Alentejo, Trs-

    os-Montes e Beira Interior.

    A produo animal tambm tem apresentado um

    crescimento considervel, tanto em n de eectivos como

    em n. de produtores. Em termos de espcies, os ovinos,

    bovinos e aves de capoeira dominam a produo animal

    biolgica (superior a 80%). Ovinos e bovinos predominam

    no Alentejo e Beira Interior e as aves de capoeira na Beira

    Litoral, Ribatejo e Oeste.

    Quanto ao perfl dos produtores biolgicos14, em termos

    gerais, temos predominantemente jovens, com idade

    sobretudo compreendida entre os 40 e os 49 anos;

    com nvel de escolaridade superior, ou com cursos de

    ormao profssional ligados a esta rea; com dedicao

    14 Fonte: Produo Agrcola Biolgica (Orgnica) em Portugal: Evoluo, Paradoxos

    e Desafos

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    Euroolha, em todos os produtos biolgicos pr-

    embalados produzidos em qualquer dos Estados-

    Membros, que respeitem as normas aplicveis. Nos

    produtos importados, o seu uso acultativo.

    Silvicultura

    A importncia da oresta e do sector orestal em Portugal

    inquestionvel. Pela extenso territorial ocupada; pela

    relevncia das unes econmicas, ambientais, sociais

    e culturais a ela associadas; pela natureza da indstria

    transormadora que, baseada num recurso natural e

    renovvel assegura a existncia de produtos reciclveis

    e reutilizveis gerando emprego e riqueza, e ainda, pelo

    elevado nmero de agentes envolvidos na produo,

    transormao e comercializao de produtos orestais.

    A oresta portuguesa ocupa cerca de 38% do territrio

    nacional (3,54 milhes de hectares), apresenta dierentes

    taxas de arborizao nas vrias regies do Pas e

    considerada a 12 maior rea orestal da UE. Portugal

    possui ainda uma signifcativa rea orestal protegida

    (cerca de 20% do total), sendo um importante contribuinte

    para a Rede Natura 2000 (27%).

    Quanto composio da oresta por espcies no

    territrio continental, verifca-se que o pinheiro bravo

    (Pinus pinaster), o sobreiro (Quercus suber) e o eucalipto

    (Eucalyptus spp.) so as trs espcies mais representativas e,

    tambm, de maior interesse econmico. No seu conjunto,

    ocupam mais de 70% da rea de oresta.

    O pinheiro bravo a espcie orestal que ocupa maior

    rea (sobretudo na regio Centro e Norte Litoral do Pas)

    sendo o principal sustentculo da indstria de serrao e

    aglomerados. O sobreiro ocupa uma rea que corresponde

    a cerca de 25% da sua distribuio natural pelo mundo. O

    grande peso econmico desta espcie reecte-se no acto

    de Portugal ser o maior transormador mundial de cortia,

    com especial destaque para a rolha.

    O eucalipto , tambm, uma componente importante

    da paisagem portuguesa. Para alm das excepcionais

    caractersticas para a produo de pasta de papel de

    qualidade, o seu ritmo de crescimento torna-o uma espcie

    muito interessante do ponto de vista econmico. Este

    acto, aliado ao desenvolvimento de um sector industrialdinmico, determinou um aumento rpido da sua rea nas

    ltimas trs dcadas, responsabilidade das indstrias de

    celulose e de produtores privados.

    Nos Aores, mais de 64% da oresta ocupada por

    incenso e vegetao natural, representando a criptomria

    mais de 60% da oresta de produo.

    Na Madeira, 32% do espao orestal ocupado por

    espcies da laurissilva e a restante rea ocupada por

    espcies exticas (eucalipto, pinheiro e outras).

    A fleira orestal (silvicultura e indstrias da madeira e

    cortia, mobilirio, pasta, papel e carto e artes grfcas)

    representa, em termos econmicos, cerca de 5% do VAB

    nacional, 14% do PIB e 5% do emprego industrial.

    Pesca

    A preservao dos recursos existentes e a viabilidade

    econmica da actividade pesqueira so actualmente as

    principais prioridades deste sector.

    Existem em Portugal 45 portos de registo (capitanias e

    delegaes martimas), dos quais 32 esto situados no

    Continente, 11 na Regio Autnoma dos Aores e 2 na

    Regio Autnoma da Madeira.

    Em 2010 encontravam-se inscritos nas capitanias 16.920

    pescadores, o que signifca um decrscimo de 2,8%, ace

    ao ano anterior e que abrangeu todas as regies. A rota de

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    pesca nacional, tanto em n. de embarcaes (8.492) como

    na sua arqueao bruta e potncia observou igualmente

    uma ligeira quebra no mesmo perodo. A regio Centro

    continua a deter o maior n de embarcaes registadas

    (24% do total) e a maior arqueao bruta (39% do total),

    devido ao n signifcativo de embarcaes de pesca ao

    largo registadas naquela regio.

    No ano de 2010 oram capturadas 166.304 toneladas de

    pescado, descarregado como resco ou rerigerado em

    lota, o que representa, ace ao ano anterior, uma subida de

    15% no volume de capturas e de 6,7% no correspondente

    valor. Este crescimento fcou a dever-se maior captura de

    peixes marinhos, particularmente espcies como o atum,

    cavala e sardinha. Os moluscos tambm registaram

    um aumento, sobretudo pelo maior volume de polvos

    capturados. J no que se reere aos crustceos a quebra

    oi de 24% em volume devido reduo de licenas de

    pesca para a Guin-Bissau.

    O Centro e o Algarve mantiveram-se como as principais

    regies de descarga contribuindo, respectivamente, com27,5% e 20,4% do valor total descarregado em portos

    nacionais. Seguiram-se as regies de Lisboa, com 14,9%, o

    Norte e Aores (14,6% cada).

    Embora o Pas disponha de condies naturais avorveis ao

    desenvolvimento da aquicultura, a sua produo no tem

    aumentado de acordo com as expectativas, apresentando

    ainda um peso reduzido no total do sector. A produo

    em gua salgada e salobra mantm a tendncia de

    crescimento, verifcando-se a concentrao da produo

    aqucola em torno das seguintes espcies: dourada,

    pregado e amijoa na aquicultura marinha e truta em gua

    doce. A regio do Algarve permanece com o maior peso

    (cerca de 45%) na produo aqucola nacional.

    A conjuntura econmica desavorvel, a reduzida aposta

    na diversifcao e na certifcao do produto e processo

    produtivo, podero estar na origem do raco progresso que

    este sector ainda regista em Portugal.

    7.2 Indstria

    Indstria Extractiva

    A evoluo da Indstria Extractiva (minas, pedreiras e

    guas) evidencia a alterao provocada no subsector

    de minas, pelo arranque dos projectos de produo de

    concentrados de cobre e de estanho na mina Neves-

    Corvo. Dado ser o projecto mineiro mais importante

    existente actualmente no Pas e de se localizar na Regio

    do Alentejo, az com que esta regio detenha posio

    dominante relativamente s restantes, neste subsector. As

    minas Neves-Corvo representam igualmente o maior actor

    de emprego na regio de Castro-Verde-Almodvar (mais

    de 800 trabalhadores) e contribuem de orma signifcativa

    para o elevado valor do PIB regional. Ainda nesta regio,

    esto situadas as minas de Aljustrel, que oram reactivadas,

    estando prevista a produo anual de cerca de 700 mil

    toneladas de concentrado de cobre e de outros minerais

    em pequenas percentagens, como a prata, selnio e ndio.

    Em termos de importncia relativa, segue-se a Regio

    Centro onde se localiza o segundo centro de produo

    mineiro mais importante do pas - a mina da Panasqueira,produtora de minrios de volrmio.

    Das minas que se encontram em uncionamento so

    extrados, entre outros, erro-manganesio, estanho,

    titnio, volrmio, cobre, urnio, quartzo, talco e caulino.

    Os pontos ortes deste sector so o potencial geolgico

    do territrio portugus, a qualidade das matrias-primas,

    nomeadamente as destinadas indstria cermica, a

    existncia de empresas dinmicas, as adequadas inra-

    estruturas tecnolgicas e uma boa base industrial para

    desenvolver uma adequada internacionalizao.

    Relativamente ao subsector de pedreiras, onde se incluem

    as rochas ornamentais e as rochas industriais, tem-se

    registado um signifcativo ritmo de crescimento devido,

    no primeiro caso, ao aumento de competitividade das

    empresas, como consequncia da valorizao interna

    dos produtos comercializados, melhoria dos padres de

    qualidade e maior agressividade nos mercados externos.

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    Constata-se que a Regio do Alentejo o maior centro

    produtor de rochas ornamentais, onde se localiza a zona de

    mrmore e granito ornamental mais importante do Pas.

    As rochas industriais tm tido orte incremento nos

    ltimos anos, reectindo os acrscimos de consumo destas

    matrias-primas no sector de construo civil e obras

    pblicas, com as Regies Norte e Lisboa a destacarem-se

    em termos de valor de produo.

    No que respeita ao subsector de guas minerais e de

    nascente, Portugal dispe de um aprecivel potencial

    hidromineral, evidenciado pelo elevado nmero de

    ocorrncias e pela grande diversidade hidroqumica,

    decorrente de uma complexa e diversifcada geologia do Pas.

    Constata-se que as Regies Norte e Centro detm cerca de

    74% dos recursos hidrominerais e guas de nascente em

    consequncia das suas condies geolgico-estruturais.

    Indstria Transormadora

    A indstria transormadora largamente dominante

    no universo das empresas do sector industrial16,

    concentrando 44,3% das empresas, 60,4% do pessoal ao

    servio e 57,3% do volume de negcios industrial.

    Desde a adeso de Portugal UE, que a indstria

    transormadora nacional experimentou uma expanso

    considervel tanto ao nvel da produo como do valor

    acrescentado, principalmente a partir de 1991. Todavia,

    muito embora seja notrio uma reduo do contributo do

    sector industrial na economia, este no oi incompatvel

    com alteraes, embora lentas, na especializao produtiva,

    com o reoro de determinados segmentos de maior valor

    acrescentado e de maior incorporao tecnolgica.

    Muito embora os sectores tradicionais (txtil, vesturio,

    calado, cermica, rochas ornamentais, alimentao e

    bebidas) continuem a deter um peso signifcativo no conjunto

    das actividades transormadoras em Portugal, nomeadamente

    no que se reere ao emprego e s exportaes, a base

    industrial tem vindo a alargar-se para reas com maior

    16 Fonte: INE Sistema de Contas Integradas das Empresas; Forma Jurdica:

    Sociedades; Ano 2010

    incorporao tecnolgica, podendo ser apontados

    como exemplos disso os casos do sector automvel e

    componentes, moldes, maquinaria elctrica e electrnica,

    papel e matrias plsticas. Em contrapartida, perderam peso

    relativo ao nvel da produo e do emprego, os sectores da

    metalomecnica pesada, maquinaria no elctrica, material

    de transporte e produtos qumicos no industriais (sectores

    em que Portugal ortemente importador).

    Do ponto de vista geogrfco, as desigualdades na

    localizao industrial evidenciam-se sobretudo pelo

    orte contraste entre o Litoral e o Interior e pela grande

    concentrao em torno das duas reas metropolitanas.

    A seguir Grande Lisboa e Grande Porto, as regies do

    Ave, Tmega, Cavado e Entre Douro e Vouga, no Norte, e

    Pennsula de Setbal em Lisboa, so as que surgem com

    maior n de empresas ligadas indstria transormadora.

    O emprego industrial assume uma proporo elevada no

    Norte, onde representa mais de 50% do total da indstria

    transormadora, com destaque para as regies do Ave e

    Grande Porto. No Centro o emprego representa 24,8% do

    total, salientando-se o Baixo Vouga, Pinhal Litoral e Oeste.

    Lisboa surge com 16,3% do emprego e as restantes regies

    apresentam nveis relativamente modestos escala nacional.

    Quanto ao volume de negcios, Norte, Lisboa e Centro

    assumem mais de 60% do total da indstria transormadora,

    com a Grande Lisboa, Grande Porto, Pennsula de Setbal,

    Ave e Baixo Vouga em posio de destaque.

    As dierenas entre estas regies esto relacionadas com

    as caractersticas e especializao do tecido empresarial.

    No Algarve, Centro e Lisboa predominam as indstrias

    da capital intensivo, enquanto no Norte a indstria de

    mo-de-obra intensiva mantm um peso signifcativo na

    estrutura produtiva da regio devido, em grande medida,

    importncia das actividades ligadas ao sector txtil e

    calado. O Alentejo regista um predomnio das indstrias

    transormadoras baseadas na utilizao de recursos naturais

    (indstrias alimentares e bebidas).

    Da mesma orma, o sector alimentar e bebidas marca

    tambm a dierena na Madeira e Aores.

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    Indstria txtil e vesturio

    A indstria txtil e do ve