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1 Standard Eurobarometer EUROBAROMETER 61 PUBLIC OPINION IN THE EUROPEAN UNION SPRING 2004 NATIONAL REPORT PORTUGAL Standard Eurobarometer 61 / Spring 2004 - European Opinion Research Group EEIG The survey was requested and coordinated by the Directorate General Press and Communication. This report was produced for the European Commission’s Representation in Portugal. This document does not represent the point of view of the European Commission. The interpretations and opinions contained in it are solely those of the authors. European Commission

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Standard Eurobarometer

EUROBAROMETER 61 PUBLIC OPINION IN THE EUROPEAN UNION

SPRING 2004

NATIONAL REPORT

PORTUGAL

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The survey was requested and coordinated by the Directorate General Press and Communication. This report was produced for the European Commission’s Representation in Portugal. This document does not represent the point of view of the European Commission. The interpretations and opinions contained in it are solely those of the authors.

EuropeanCommission

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Índice Página1 Introdução 3 2 Expectativas no contexto do alargamento e confiança nas

instituições 5 2.1 Situação individual e expectativas futuras 5 2.2 Principais desafios nacionais 9 2.3 Confiança nas instituições 11 2.4 Estratégias de comunicação 13 3 Informação e conhecimento sobre a União Europeia 15 3.1 Sentimento de informação sobre a União Europeia e suas

instituições 15 3.2 Níveis de conhecimento sobre a União Europeia 17 3.3 Fontes de informação e avaliação dos media nacionais 21 3.4 Estratégias de comunicação 24 4 Atitudes em relação à construção da Europa 26 4.1 Identidade e atitudes perante a União Europeia 26 4.2 O alargamento e o futuro da União Europeia 31 4.3 As reformas institucionais 35 4.4 Estratégias de comunicação 37 5 O Parlamento Europeu e as eleições de Junho de 2004 39 5.1 Os portugueses e o Parlamento Europeu 39 5.2 Perspectivas de participação eleitoral 43 5.3 Motivações eleitorais e temas de campanha 46 5.4 Estratégias de comunicação 48 6 Conclusões 50 7 Anexos: 52 Especificações técnicas Indicadores chave Questionário

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1 - Introdução

Nas vésperas de um alargamento histórico da União Europeia, o eurobarómetro voltou

a inquirir os europeus acerca das suas expectativas, níveis de confiança e atitudes

perante a UE, procurando também aferir sentimentos de informação e grau de

conhecimento que os inquiridos revelam sobre as várias dimensões do processo de

integração europeia.

2004 é ano de alargamento, mas também de eleições para o Parlamento Europeu.

Nesse sentido, o EB61 colocou algumas questões que nos permitem avaliar o tipo de

relação que os portugueses têm com esta instituição, perspectivas quanto à

participação eleitoral e prioridades dos cidadãos para o debate eleitoral.

Em primeiro lugar, iremos analisar as expectativas dos portugueses no contexto do

alargamento (ponto 2). A situação pessoal e as expectativas quanto ao futuro serão as

questões aprofundadas. Importa também perceber quais são, no entender dos

inquiridos, os principais desafios que o seu país enfrenta. Finalmente, repete-se a

leitura dos dados relativos à confiança nas instituições.

No ponto 3 - Informação e Conhecimento sobre a UE - o eurobarómetro colocou aos

inquiridos questões que nos permitem avaliar o grau de informação subjectiva e

objectiva sobre a UE. Neste ponto, iremos analisar o sentimento de informação sobre

a UE e suas instituições, as fontes a que os inquiridos recorrem privilegiadamente para

obterem informação, bem como os níveis de conhecimento que os portugueses

revelam sobre a construção europeia.

No que se refere ao capítulo “Atitudes em relação à construção da Europa”, iremos

analisar as questões relacionadas com as atitudes perante a União Europeia: atitudes

instrumentais e afectivas; representações sobre a Europa; opiniões acerca do

alargamento e do futuro da UE; e, finalmente, as reformas institucionais.

Por fim, no último ponto, dedicaremos especial atenção às eleições para o Parlamento

Europeu de Junho de 2004. As questões colocadas constituem sem dúvida uma boa

oportunidade para se compreender as atitudes relativamente a esta importante

instituição da UE. As respostas dos inquiridos quanto às suas motivações e

prioridades poderão ser um bom elemento para uma posterior análise dos resultados

eleitorais e dos dados da participação eleitoral.

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Como é costume, em cada ponto, e de acordo com as recomendações da Comissão

Europeia, analisaremos sempre que possível os dados nacionais numa perspectiva

longitudinal e comparada. Será também valorizada a análise das variáveis

sociodemográficas e atitudinais que explicam diferentes atitudes e comportamentos,

para além das habituais sugestões quanto às estratégias de comunicação da

Comissão Europeia em Portugal.

Os dados que serviram de base a este relatório foram recolhidos entre o dia 23 de

Fevereiro e o dia 17 de Março de 2004, a uma amostra representativa da população

residente em Portugal, constituída por 1000 indivíduos. O trabalho de campo, como

tem acontecido em relatórios anteriores, foi levado a cabo pela empresa Metris-Gfk.

Este relatório foi redigido por uma equipa composta por: Manuel Villaverde Cabral,

Pedro Magalhães, Marina Costa Lobo, Filipe Nunes, Ana Espírito Santo e Carlos

Jalali.

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2. Expectativas no contexto do alargamento e confiança nas instituições Em vésperas do alargamento que ocorreu em Maio, o EB61 lançou um leque variado

de questões que permitem analisar a avaliação que os portugueses fazem quer da sua

situação pessoal, quer do estado em que se encontra o país. Será dado particular

relevo às expectativas que os cidadãos nacionais têm relativamente ao próximo ano,

já que é possível que estas sejam indirectamente influenciadas pela adesão à UE dos

10 novos membros. Por outro lado, importa também saber quais são, segundo os

inquiridos, os principais desafios que Portugal enfrenta, procurando identificar que

alterações há a registar relativamente a anteriores eurobarómetros. Finalmente, o

capítulo termina com a análise do grau de confiança que os portugueses depositam na

UE, comparativamente com outras instituições nacionais e internacionais, tendo

sempre presente o contexto do alargamento.

2.1 – Situação individual e expectativas futuras

No EB60.1, com 43 por cento de insatisfeitos, os portugueses constituíam a população

da UE menos contente com a vida que levava. Na Primavera de 2004 o mesmo tópico

foi averiguado, embora de maneira ligeiramente diferente; não se perguntava a opinião

dos inquiridos sobre a sua situação actual, mas somente desta em comparação com a

que tiveram no passado, bem como com a que esperam vir a ter num futuro mais ou

menos próximo. No que diz respeito à comparação com a situação passada, os cidadãos nacionais distinguem-se mais uma vez pela atitude negativa face à sua situação pessoal; quanto às expectativas futuras (num prazo de cinco anos) já o mesmo não se verifica. Por outras palavras, embora os portugueses em geral creiam

que a sua situação actual está pior do que a de há uns anos, tendem a prever

melhorias no futuro mais ou menos próximo.

A partir da análise do gráfico 2.1 observamos que são os portugueses, a par dos

alemães, aqueles que mais crêem que a sua situação pessoal piorou nos últimos 5

anos (44 por cento) e o segundo (depois da Alemanha) que menos considera que esta

tenha melhorado (com 25 por cento). Entre os países mais positivos encontram-se a

Espanha, a Irlanda e o Luxemburgo.

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Gráfico 2.1 A situação pessoal em relação à de há 5 anos... (% de inquiridos)

30

38

34

33

29

36

30

47

45

32

30

35

37

42

31

50

25

17

30

34

41

33

41

22

28

46

50

48

47

43

53

3812

13

14

16

17

20

20

25

27

30

30

30

32

34

44

44Portugal

Alemanha

França

Itália

Holanda

Média UE

Grécia

Áustria

Bélgica

Reino Unido

Suécia

Dinamarca

Finlândia

Luxemburgo

Irlanda

Espanha

Piorou Ficou na mesma Melhorou

Pelo contrário (gráfico 2.2 – barras pretas), comprovando o que se disse antes, não só

a percentagem de portugueses que crê que a sua situação pessoal vai piorar daqui a 5

anos (13 por cento) é ligeiramente inferior à média da UE (16 por cento), como

praticamente metade dos portugueses está convicto de que ela vai melhorar. Este

último valor coloca Portugal 10 pontos percentuais acima da média da União e

praticamente idêntico à Grécia, Espanha, Irlanda e Reino Unido, que são os países

mais optimistas a este nível.

Portugal tem-se revelado sempre um dos países cujas opiniões públicas estão mais

abertas ao alargamento. Os dados do EB61 confirmam esta ideia. Quando questionados directamente sobre se eram contra ou a favor do alargamento aos 10 novos países em Maio de 2004, 52 por cento dos portugueses disseram ser a favor. Esse valor, embora superior à média da UE (42 por cento), está aquém dos

valores observados em alguns outros países: Grécia (66 por cento), Irlanda (60 por

cento), Espanha e Dinamarca (59 por cento), Itália (55 por cento) e Suécia (54 por

cento).

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7

Gráfico 2.2 - Percentagem de inquiridos que pensa que a sua situação pessoal vai piorar nos próximos 5 anos

31

17

16

16

15

14

13

11

10

10

10

9

8

8

6

4

38

21

21

21

18

17

15

12

14

12

19

9

9

7

7

Alemanha

Holanda

Áustria

Média UE

França

Itália

Portugal

Bélgica

Suécia

Reino Unido

Grécia

Irlanda

Dinamarca

Finlândia

Luxemburgo

Espanha

População contra o alargamento: Piorar

População total: Piorar

Em eurobarómetros anteriores, que se centravam mais aprofundadamente no

alargamento - nomeadamente o EB55 de 2001 e o EB57 de 2002 -, foi observado que

os portugueses, não obstante serem em geral favoráveis ao alargamento, eram mais

optimistas quanto às suas consequências políticas do que quanto às económicas. Em

2002, por exemplo, 65 por cento dos inquiridos em Portugal concordavam com a

afirmação, após o alargamento “Portugal receberá menos ajudas financeiras”, contra

apenas 15 por cento que discordavam. No mesmo sentido, embora apresentando

percentagens inferiores, 43 por cento dos portugueses defenderam que o alargamento

custaria mais caro aos países já membros, enquanto 28 por cento tinha opinião

contrária.

Por conseguinte, não é de estranhar que exista uma correlação estatisticamente

significativa entre ser contra o alargamento e ter uma expectativa mais negativa da evolução futura da sua situação pessoal ou – porque é difícil saber qual das

atitudes influencia a outra - vice versa. A partir de uma análise estatística multivariada

constata-se que de facto, entre os portugueses, o maior optimismo face ao futuro

prevalece significativamente entre pessoas mais jovens, que auferem rendimentos

mais elevados e que são a favor do alargamento1.

1 As variáveis “educação” e “género” também foram testadas mas não revelaram um poder explicativo significativo.

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Mas nem só em Portugal esta tendência parece ser verdadeira. Ainda a partir do

gráfico 2.2 verifica-se que os pessimistas relativamente ao futuro estão sobre-representados em todos os países dentro do grupo dos opositores ao alargamento. Isso é sobretudo evidente no caso da Irlanda, onde enquanto no total da

população 9 por cento acham que a sua situação vai piorar, se tivermos em conta

somente as pessoas contrárias ao alargamento, a mesma percentagem atinge os 19

por cento.

Vejamos agora a expectativa futura, mas desta feita em relação a questões mais

específicas e num futuro mais próximo – 12 meses. Da análise do gráfico 2.3 constata-

se mais uma vez que os inquiridos que são contra o alargamento tendem a ter

expectativas mais pessimistas em relação a todos os tópicos analisados, quer os de

índole pessoal, como a vida em geral, a situação financeira e profissional dos

inquiridos; quer os de carácter nacional: situação económica e do emprego. Uma

análise estatística comprovou que ser contra ou a favor do alargamento tem um peso

significativo em todas as questões do gráfico 2.3, à excepção da que se refere à

situação profissional do inquirido2. Nos tópicos do segundo tipo, a percentagem de

pessimistas é particularmente mais acentuada entre os contrários ao alargamento

comparativamente com os favoráveis (cerca de 13 por cento de diferença). Nas outras

questões, as de índole pessoal, essa diferença não supera os 8 por cento. Esta

constatação é compreensível se tivermos em conta que o alargamento afectará em

primeira instância a situação nacional e só depois a situação de cada um dos cidadãos

individualmente.

Mas voltemos à análise do total da população. Ao contrário do que se poderia supor,

tendo em conta os resultados optimistas relativos às previsões para daqui a 5 anos, os

portugueses não esperam que a situação nacional e pessoal esteja muito melhor no prazo de um ano. Apenas uma média de 14 por cento espera que os 5 tópicos

analisados no gráfico 2.3 melhorem, contra uma média de 43 que prevê que piorem.

Como de resto é visível a partir da análise do gráfico 2.3, os portugueses são mais

negativos quanto ao evoluir da situação nacional do que pessoal: 67 e 59 esperam

que a situação económica e do emprego piore em Portugal, respectivamente. Estes

dois valores são os mais altos de todos os países membros.

2 Mesmo controlando o efeito das seguintes variáveis socio-demográficas: educação, idade, género e rendimento.

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Gráfico 2.3. Expectativas em relação aos próximos 12 meses, nos indivíduos a favor e contra o alargamento, no que diz respeito...

26

1419

819

814

515

11

3139

2936

2028

5367 63

76

16

17

23

59

22

4059

53

49

44

A favor Contra A favor Contra A favor Contra A favor Contra A favor Contra

Melhor Na mesma Pior

à sua vida em geral à situação económica em Portugal

à situação financeira na sua casa

à situação do emprego em Portugal

à sua situação profissional

2.2 – Principais desafios nacionais

À semelhança do que havia acontecido no EB60.1, também neste foi pedido aos

inquiridos que mencionassem, entre uma lista de potenciais problemas, os dois

principais que Portugal enfrenta. Tanto na Europa como em Portugal as questões económicas superam as relativas à segurança. No entanto, os portugueses

atribuem ainda mais importância à situação económica do que a média dos restantes

cidadãos da UE. Dos quatro problemas mais mencionados pelos portugueses, três são de cariz económico, superando em todos eles destacadamente a média da

UE. Tal como no EB anterior, também neste o desemprego é o problema mais mencionado, tendo aumentado 10 por cento a percentagem de portugueses que se

preocupam com ele desde 2003 (passou de 56 para 66 por cento) – valor muito acima

da média actual da UE (44 por cento). Embora com uma percentagem

acentuadamente mais reduzida (30 por cento), a “situação económica” é o segundo

problema mais preocupante, segundo os cidadãos nacionais.

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10

Gráfico 2.4 - Principais problemas que Portugal enfrenta actualmente, Portugal e UE(%, cada inquirido indicou dois problemas)

66

30

25

24

18

10

7

6

3

44

25

26

18

15

10

15

8

6

O desemprego

A situação económica

A insegurança

A subida de preços / a inflação

O sistema de saúde

As reformas / pensões

O terrorismo

Os impostos

O sistema educativo

Portugal Média da UE

Restantes problemas incluídos no questionário (mencionados por 2% ou menos dos portugueses):- a imigração;- a habitação;- os transportes públicos;- a protecção do meio ambiente;- a defesa / negócios estrangeiros.

Pelo contrário, no que diz respeito aos tópicos relativos à segurança, os portugueses

tendem a estar ligeiramente menos preocupados do que a média dos cidadãos

europeus. Por exemplo, o terrorismo é uma questão que preocupa 15 por cento dos

europeus e apenas 7 por cento dos portugueses. É, contudo, importante ter em conta

dois aspectos. O primeiro diz respeito ao facto de a média da UE estar muito

«inflacionada» pelo valor registado em Espanha: o terrorismo foi mencionado por 58

por cento dos espanhóis. O segundo aspecto está relacionado com o trabalho de

campo. Este foi realizado quase na totalidade antes do 11 de Março, na maioria dos

países, e também em Portugal, sendo possível que no caso de ter sido feito após o

atentado de Madrid, a preocupação com a segurança fosse maior.

Comparativamente com os outros países do sul da Europa, Portugal apresenta um

perfil semelhante ao da Grécia, nomeadamente quanto à elevada percentagem de

cidadãos preocupados com o desemprego. Apesar de não estar representada no

gráfico 2.5, também os alemães revelam uma acentuada percentagem de

preocupação com a mesma questão: 64 por cento. É mais uma vez visível a

despreocupação dos espanhóis relativamente às questões económicas,

comparativamente com os restantes países do sul da Europa. Embora a imigração

tenha gerado muita discussão na União Europeia nos últimos tempos, os cidadãos não

parecem estar com ela muito preocupados. Em média, apenas cerca de 16 por cento

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dos cidadãos da UE considera que ela é um problema, sendo o Reino Unido o país

mais alarmado (41 por cento). Os portugueses são o povo da UE menos preocupado com a imigração (apenas 2 por cento a mencionou).

Gráfico 2.5 - Problemas mais importantes de Portugal nos outros países do sul da Europa(% de inquiridos)

24

1714

24

45

66

75

33

58

3430 30

14

2629

25 24

10

29

23

Portugal Grécia Espanha França Itália

A subida de preços / a inflação O desemprego A situação económica A insegurança

2.3 – Confiança nas instituições

Embora os 10 mais recentes membros da UE não tenham sido incluídos no EB61,

foram-nos facultados dados relativos a algumas questões que os incluem3. Uma delas

diz respeito ao grau de confiança que os cidadãos da UE têm nela. Observa-se que,

em média, não há diferença entre a UE dos 15 e a dos 25; em ambas a percentagem média de inquiridos que confia na UE ronda os 40 por cento. Em

segundo lugar, verifica-se que é na União anterior ao alargamento que existem os

países cujos habitantes confiam mais e menos na UE. Dentro do primeiro grupo,

temos a Grécia (68 por cento), Portugal (60 por cento) e Espanha (58 por cento),

enquanto no segundo, podemos incluir o Reino Unido (19 por cento), a Suécia (29 por

cento) e a Áustria (31 por cento). Os 10 novos membros têm atitudes menos extremas,

variando as suas percentagens entre os 57 por cento (Chipre) e os 33 por cento

(Polónia). De salientar que apesar do Chipre ser, dos novos países, aquele cujos 3 Ver no anexo 7.2 os “Indicadores Chave”.

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habitantes mais confiam na UE, desde o Outono de 2003, a percentagem de cipriotas

que tende a confiar diminuiu 8 por cento.

Gráfico 2.6 - Confiança na UE nos 25 actuais estados membros (% de inquiridos que tendem a confiar)

58 57 5654 54 53

50 5047

42 42 41 41 41 40 40 39 39 39

3533

3129

19

60

68

4947

Gré

cia

Por

tuga

l

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Itália

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5

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5

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Est

ónia

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ha

Pol

ónia

Áus

tria

Sué

cia

Rei

no U

nido

Gráfico 2.7 - Evolução da confiança dos portugueses em três instituições, 1999 - 2004(% dos que têm confiança)

0

10

20

30

40

50

60

70

80

EB51-1999 EB55-2001 EB56.2-2001 EB57.1-2002 EB59.1-2003 EB60.1-2003 EB61-2004

Assembleia da República União Europeia Organização das Nações Unidas

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No gráfico 2.7 temos a evolução da confiança dos portugueses em três instituições:

Assembleia da República (AR), União Europeia (UE) e Organização das Nações

Unidas (ONU). Embora tenhamos dados somente desde 1999, é possível constatar

que nos últimos 5 anos os portugueses têm-se tornado menos confiantes em relação à

AR. É, contudo, importante salientar que actualmente a percentagem de portugueses

que tende a confiar nela (37 por cento) está dentro dos padrões europeus (35 por

cento). Parece pois que a descrença nas instituições políticas nacionais afecta a

generalidade dos países europeus.

No que diz respeito à confiança dos portugueses quer na UE, quer na ONU, verifica-se

que enquanto entre 1999 e 2001 se assistiu a uma evolução positiva, a partir de 2001

a confiança nas duas instituições tem vindo a diminuir: na UE passou de 69 para 60

por cento; e na ONU de 68 para 62 por cento. Esta análise longitudinal dispõe ainda

de poucos dados para que se possam tirar grandes conclusões quanto à tendência

evolutiva da confiança dos portugueses nas duas instituições.

Para terminar, vale a pena salientar que os portugueses que confiam na UE estão

particularmente sobre representados entre os que são favoráveis ao alargamento

(nesse grupo eles constituem 72 por cento). A comprovar estes dados, verificou-se a

existência de uma correlação estatisticamente significativa entre ter confiança na UE e

ser favorável ao alargamento.

2.4 – Estratégias de comunicação

Num momento marcado pela crise económica e pelo desemprego, é compreensível

que os portugueses tenham atitudes negativas relativamente à sua situação actual,

considerando que ela está pior agora do que há 5 anos. No entanto, há fortes indícios

de que as atitudes positivas venham a aumentar nos próximos anos. A este nível, a

ideia mais importante a reter para uma estratégia de comunicação da UE é que são

sobretudo os inquiridos contrários ao alargamento os mais «negativistas» relativamente ao futuro. Seria importante tranquilizar estes cidadãos mais cépticos

face ao alargamento quanto às suas consequências económicas.

Quanto aos desafios nacionais, comprova-se que, um pouco à semelhança do resto

da Europa, mas ainda com mais intensidade, os portugueses estão alarmados com a

situação económica nacional. Mais uma vez, o desemprego emerge como a principal

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preocupação nacional, ao contrário da imigração que não é indicada como um

problema (pelo menos não como um dos dois mais importantes). 25 por cento dos

cidadãos nacionais receiam pela sua segurança física, embora tudo leve a crer que

temam mais os crimes locais do que o terrorismo – já que este só foi mencionado por

uma reduzida percentagem de pessoas. É, no entanto, importante relembrar que é

possível que depois do 11 de Março a opinião pública portuguesa tenha ficado mais

receosa.

Finalmente, quanto à confiança nas instituições, a haver problemas, eles recaem

sobre as instituições políticas nacionais, que são as que menos merecem a confiança

dos portugueses, embora este grau de desconfiança seja semelhante à média

europeia. Os cidadãos nacionais são, a seguir aos gregos, os que mais confiam na UE.

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3 – Informação e Conhecimento sobre a União Europeia

Mais uma vez, o eurobarómetro colocou aos inquiridos questões que nos permitem

avaliar o grau de informação subjectiva e objectiva sobre a UE. Nesta ponto, vamos

analisar o sentimento de informação sobre a UE e suas instituições, as fontes a que os

inquiridos recorrem privilegiadamente para obterem informação, bem como os níveis

de conhecimento que os portugueses revelam sobre a construção europeia.

Finalmente, como é habitual, apresentaremos algumas sugestões quanto às

estratégias que a Comissão Europeia poderá seguir em Portugal, no sentido de melhor

divulgar as suas iniciativas e a própria realidade da UE.

3.1 – Sentimento de informação sobre a União Europeia e suas instituições

Gráfico 3.1. Sentimento de informação sobre a União Europeia e suas instituições (média; escala de 1 a 10, em que 1 corresponde a "não sabe nada" e 10 a "sabe muito")

5,084,96

4,944,93

4,814,8

4,74,55

4,484,44

4,374,23

4,154,09

4,023,95

Áustria

Alemanha

Grécia

Dinamarca

Holanda

Luxemburgo

Suécia

Finlândia

M édia UE

Itália

França

Bélgica

Irlanda

Espanha

Reino Unido

Portugal

O EB propôs aos inquiridos que se autoposicionassem numa escala de 1 a 10, em que 1 correspondia a “não sabe nada acerca das políticas e instituições da UE” e 10 a “sabe muito”. Como se vê no gráfico 3.1, em média, os portugueses colocam-se numa posição correspondente a 3.95 - a mais baixa da União Europeia, cuja média é de 4.48, um número mais próximo da situação de “saber

muito” do que o registado para o caso português. Ainda assim, estes dados

representam uma evolução positiva em relação ao eurobarómetro anterior, no qual se

verificava uma posição portuguesa média de apenas 3.6.

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16

Os portugueses dizem saber pouco sobre o projecto europeu. Isso mesmo se conclui,

por exemplo, em relação ao alargamento da União a novos países, recentemente

concretizado. Como se vê pelo gráfico 3.2, a opinião pública portuguesa é aquela que menos se sente “muito bem ou bem informada” sobre o alargamento. 22 por

cento sentem-se muito bem ou bem informados, contra os 29 por cento da média

europeia e os 51 por cento da Finlândia.

Gráfico 3.2. Percentagem de inquiridos que se sentem muito bem ou bem informados sobre o

alargamento

5148

4644

41

34 34 33 33 33

29

25 25 2422

Finl

ândi

a

Áust

ria

Din

amar

ca

Luxe

mbu

rgo

Hol

anda

Irlan

da

Sué

cia

Ale

man

ha

Bélg

ica

Gré

cia

Méd

ia U

E

Esp

anha

Rei

no U

nido

Itália

Portu

gal

Pa

É evidente que este sentimento de informação varia não só de acordo com a

nacionalidade dos inquiridos mas também consoante os grupos sociais e atitudinais

em causa. Se a média portuguesa é de 22 por cento, entre os mais instruídos a

percentagem sobe para os 43 por cento e nos mais jovens para os 32 por cento, como

se vê pelo gráfico 3.3.

Tal como havíamos observado em estudos anteriores, os homens sentem-se

tendencialmente mais bem informados do que as mulheres: 29 por cento sentem-se

muito bem ou bem informados. O sentimento de distância face ao poder e suas

instituições é sempre maior entre as mulheres. De facto, realizando os testes

estatísticos necessários, observa-se a persistência do efeito de variáveis

sociodemográficas no sentimento de informação: as mulheres, os aposentados, os inquiridos com baixos níveis de instrução, mas também as domésticas e os inquiridos com mais baixos rendimentos, sentem-se menos informados sobre o

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alargamento. Há, no entanto, uma variável atitudinal importante: os inquiridos mais

satisfeitos com o funcionamento da democracia europeia são também aqueles que se

sentem mais informados sobre este assunto.

Por outro lado, as próprias atitudes em relação à União Europeia também

condicionam, embora menos, os sentimentos de informação. Os inquiridos que mais

confiam na UE e que mais satisfeitos estão com a democracia europeia sentem-se

ligeiramente mais bem informados (28 e 26 por cento, respectivamente).

Gráfico 3.3. Inquiridos que se sentem muito bem ou bem informados sobre o alargamento: grupos sociais e atitudinais

22

26

28

29

32

43

Portugal

Inquiridos muito satisfeitos coma democracia na UE

Inquiridos que tendem a confiarna UE

Homens

Inquiridos dos 15 aos 24 anos

Inquiridos que estudaram pelomenos até aos 20 anos

3.2 – Níveis de conhecimento sobre a UE

Na primeira secção deste capítulo constatámos que a maioria dos portugueses se

sente pouco informada sobre a UE e as suas instituições, sendo a opinião pública

portuguesa a que se coloca numa posição mais próxima de “não saber nada” sobre os

assuntos europeus. Importa agora analisar o seu grau de conhecimento objectivo,

para verificar se estão de facto tão pouco informados como sentem estar e

relativamente a que questões.

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Entre o grau de conhecimento subjectivo (analisado na primeira secção) e o grau de

conhecimento objectivo (que veremos mais à frente), existe um grau intermédio que se

traduz nas já habituais perguntas nos eurobarómetros: “Já alguma vez ouviu falar… do

Parlamento Europeu, da Comissão Europeia, etc.?”. No EB60.1 tínhamos verificado que os portugueses apresentavam um grau relativamente elevado de reconhecimento das instituições da União Europeia e claramente superior à média europeia. Neste EB, a situação é idêntica. Mas terá sido sempre assim?

Gráfico 3.4 - Percentagem de inquiridos que já ouviram falar de três instituições europeias, desde 1999 (Portugal e Média da UE dos 15)

50

75

100

EB52-99 EB53-00 EB54.1-00 EB55.1-01 EB56.2-01 EB57.1-02 EB58.1-02 EB59.1-03 EB60.1-03 EB61-04

Pt-Comissão Europeia UE-Comissão Europeia

Pt-Parlamento Europeu UE-Parlamento Europeu

Pt-Conselho de Ministros UE-Conselho de Ministros A partir da análise do gráfico 3.4 verificamos que não têm ocorrido praticamente

alterações desde 1999, sendo o aumento da percentagem de pessoas que já ouviu

falar de cada uma das três instituições em análise – Comissão Europeia, Parlamento

Europeu e Conselho de Ministros – muito ligeiro. Mais interessante é constatar as

diferenças entre Portugal e a média da UE. Ela é particularmente evidente no que toca

ao grau de reconhecimento do Conselho de Ministros, muito mais modesta, embora

visível, no que diz respeito à Comissão Europeia e inexistente relativamente ao

Parlamento Europeu.

O questionário do EB61 incluía uma bateria de questões que permite averiguar o grau

de conhecimento objectivo sobre uma série de tópicos relativos à UE. Das 10

questões colocadas, a que os cidadãos europeus mais erram diz respeito à bandeira

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da UE. Embora uma esmagadora maioria tenha conhecimento da sua cor e formato

(81 por cento na UE e 74 em Portugal), poucos (13 por cento na UE e 9 em Portugal)

sabem que o número de estrelas nada tem a ver com o número de estados membros.

Na verdade, as estrelas são 12 porque tradicionalmente este número constitui um

símbolo de perfeição, plenitude e unidade. É ainda considerável a percentagem de cidadãos nacionais que não sabe que a sede da Comissão Europeia é em Bruxelas (38 por cento), que pensa que os estados membros são 12 (35 por cento) e que desconhece que a UE tem um hino (35 por cento). Ainda assim, é de

salientar que nas três questões referidas, a média da UE revelou percentagens de

inquiridos que erraram sempre superiores às nacionais.

Gráfico 3.5 - Percentagem de inquiridos que errou uma série de questões sobre a UE

66

38

35

35

27

23

17

15

13

8

67

48

47

36

17

24

25

21

13

5

Na bandeira Europeia há uma estrela por cada país membro (falsa)

A sede da CE é em Estrasburgo (falsa)

A UE tem 12 Estados Membros (falsa)

A UE tem o seu hino (verdadeira)

O Presidente da CE é eleito directamente pelos cidadãos da UE(falsa)

Todos os anos, há um Dia da Europa (verdadeira)

As próximas eleições europeias terão lugar em 2006 (falsa)

Os deputados europeus são eleitos directamente pelos cidadãos daUE (verdadeira)

A CE foi criada logo a seguir à 1ª Guerra Mundial (falsa)

A bandeira Europeia é azul com estrelas amarelas (verdadeira)

Média da UE

Portugal

Quadro 3.1 – Sentimento de informação vs conhecimento objectivo, na UE dos 15 e em Portugal

Relativamente às 10 perguntas do gráfico 3.5, média das percentagens dos inquiridos…

Média do sentimento de informação sobre a UE: escala de 1 (não sabe

nada) a 10 (sabe muito) …que erraram …que acertaram Portugal 3,95 28 43

UE 15 4,48 30 39 Se observarmos o quadro 3.1 verificamos que apesar dos portugueses terem um

grau de sentimento médio de informação inferior ao europeu, em termos de conhecimento objectivo apresentam resultados mais satisfatórios, embora as

diferenças não sejam acentuadas.

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Este EB inclui uma outra questão que permite averiguar se os inquiridos estão cientes

dos domínios em que a UE gasta a maior parte do seu orçamento. De uma lista de

domínios, era pedido a cada inquirido que indicasse aquele em que, segundo ele, a

UE gasta mais. Quer pela enorme dispersão das respostas (a percentagem máxima

obtida pela média da UE é de 24 por cento), quer pela elevada percentagem de não

respostas (a média da UE é de 20 por cento) depreende-se a falta de conhecimento sobre esta matéria que afecta a generalidade dos países membros. Portugal

apresenta igualmente um elevado nível de dispersão nas respostas e uma

percentagem de pessoas que não responderam superior à média da UE (28 por

cento). A segunda prova do desconhecimento desta temática é revelada pelas

respostas, propriamente ditas. A maior concentração de respostas, tanto em

Portugal, como na UE (23 e 24 por cento, respectivamente), ocorreu no domínio “despesas administrativas e de pessoal, edifícios”.

Gráfico 3.6 - Domínio em que os inquiridos pensam que a UE gasta a maior parte do orçamento

23

15

12

8 7

43

24

11

14

10

14

5

1

Nas despesasadministrativas e de

pessoal

No emprego e nosassuntos sociais

Na políticaestrangeira e naajuda aos países

fora da UniãoEuropeia

Nas ajudasregionais

Na agricultura Na investigaçãocientífica

Outra resposta

Portugal Média da UE

Os europeus em geral, e os portugueses em particular, estão longe de imaginar que a maior parte do orçamento da UE é dispendido na agricultura. Os cidadãos

da UE que estão mais cientes desta questão são os dinamarqueses e os suecos, onde

a agricultura foi referida respectivamente por 43 e 37 por cento dos inquiridos.

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21

3.3 – Fontes de informação e avaliação dos media nacionais

Como vem sendo habitual, o eurobarómetro procurou aprofundar a questão dos níveis

de conhecimento sobre a UE, inquirindo os europeus acerca das fontes a que

recorrem para se informarem relativamente a estes assuntos: televisão, jornais,

conversas, rádio, Internet e livros, por exemplo.

Como se pode observar pelo gráfico 3.7, a obtenção de informação acerca da UE

passa pouco pelos CD-ROM, ou por contactos com políticos e organizações da

sociedade civil. Tanto em Portugal como na média dos países da UE, a televisão é de longe o meio a que os inquiridos mais recorrem para se informarem sobre

estas matérias: 81 por cento em Portugal; 73 por cento na média da UE Contudo, em

média, na União Europeia os jornais diários (54 por cento) e a rádio (35 por cento)

revelam ter uma preferência muito maior da parte dos cidadãos.

Gráfico 3.7. Fontes de informação sobre a União Europeia

13

1

0

0

0

0

0

1

1

1

3

6

13

18

23

26

81

11

1

2

3

2

1

3

3

3

1

10

16

35

23

25

54

73

Nunca procura este tipo de informação

Outros

Agências de informação nacionais ou locais

Outras organizações (de consumidores, por exemplo)

Outros políticos

Um membro do Parlamento Europeu

Gabinetes de informação da U.E., etc.

Em reuniões

Sindicatos ou associações profissionais

CD-Rom

Livros, brochuras, panfletos de informação

Internet

Rádio

Outros jornais, revistas

Discussões com a família, amigos, colegas

Jornais diários

Televisão

Média UE

Portugal

Note-se que a percentagem de inquiridos que dizem receber informação através da televisão é a mais alta de todos os eurobarómetros aplicados em Portugal: no

anterior, por exemplo, essa percentagem era de 74 por cento. Por outro lado, se as

conversas com a família, os amigos e colegas parecem ser tão frequentes em Portugal

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22

como no resto da Europa, o acesso diferenciado à Internet provoca aqui desequilíbrios

significativos: 16 por cento na média da UE, contra apenas 6 por cento em Portugal.

Estes resultados estão em concordância com os observados para os níveis de

confiança nos vários meios de comunicação. Embora com uma estreita diferença

relativamente à rádio, a televisão é o meio de comunicação no qual os portugueses mais confiam (66 por cento), enquanto na UE é a rádio. Contudo, em

Portugal é até ligeiramente superior à média da UE (63 por cento) a percentagem dos

que confiam na rádio (64 por cento). Aliás, esta afirmação é verdadeira para a

confiança que os portugueses têm em todos os meios de comunicação analisados

(gráfico 3.8).

Gráfico 3.8 - Confiança em alguns meios de comunicação social

53

46

64 6366

54

36

47

2728 29

40

Portugal Média da UE Portugal Média da UE Portugal Média da UE

Tem confiança Não tem confiança

A imprensa escrita A rádio A televisão

Há, contudo, uma nota positiva que não pode deixar de ser sublinhada. Do

eurobarómetro 57 (Maio de 2002) ao EB que agora se analisa, a percentagem de inquiridos que assumem o seu desinteresse por estas questões - afirmando «nunca procurar este tipo de informação» - foi descendo gradualmente: era de 28

por cento em Maio de 2002, passando para apenas 13 por cento no EB61

(percentagem idêntica à média europeia).

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Isto não impede, evidentemente, que se dê especial atenção aos grupos sociais que

continuam a interessar-se menos por estas temáticas - de novo as mulheres, os

idosos, os menos instruídos, os mais pobres e, especialmente, as domésticas, isto é,

grupos socialmente mais isolados e menos expostos aos debates públicos sobre

União Europeia.

Finalmente, importa saber que avaliação fazem os portugueses do papel dos media

nacionais na divulgação dos assuntos europeus. Será que, na opinião dos

portugueses, a comunicação social fala suficientemente sobre a União Europeia? E

quando falam, de que forma o fazem? Estas foram duas questões colocadas pelo

EB61.

Gráfico 3.9 Intensidade com que os meios de comunicação social nacionais falam da UE

2

5

13

10

2

13

8

9

5

5

5

10

13

6

7

5

36

37

37

40

47

31

42

41

59

53

55

43

50

60

54

53

50

46

42

42

42

42

38

34

33

32

30

28

28

27

25 69

Holanda

Itália

Grécia

França

Alemanha

Reino Unido

Média UE

Portugal

Suécia

Luxemburgo

Bélgica

Irlanda

Espanha

Dinamarca

Áustria

Finlândia

Muito pouco Demasiado Suficientemente

Os portugueses estão completamente divididos quanto à avaliação da atenção que os media nacionais conferem à UE: enquanto 38 por cento são da opinião que

os media falam muito pouco sobre a UE, 41 considera que lhe conferem tempo

suficiente. Apenas 9 por cento dos inquiridos consideram que “falam demasiado”. Em

comparação com a média da UE, as diferenças não são significativas. Ou seja, a haver aqui um problema não será certamente de excesso de informação sobre a

Europa nos media.

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Quando se trata de avaliar a forma como os media falam da construção europeia,

encontramos diferenças sugestivas entre Portugal e a média da UE. É certo que tanto

uma maioria relativa de portugueses (45 por cento) – que estão entre os europeus

que mais confiam nos media - como uma maioria relativa de europeus em geral (41

por cento) considera que a comunicação social aborda os assuntos europeus «de uma forma objectiva». No entanto, a percentagem de portugueses que pensa

que os media tratam a UE «de uma forma demasiado negativa» (18 por cento) é

superior à daqueles que pensam o contrário (10 por cento).

Em média, na União Europeia, passa-se o inverso: 23 por cento pensa que os media

falam de uma forma demasiado positiva, enquanto apenas 13 por centro acha que

falam de uma maneira «demasiado negativa». Também nesta questão se nota que a opinião pública portuguesa, embora sem chegar aos níveis da grega e da

espanhola, está entre as opiniões públicas europeias com melhor imagem das

instituições europeias.

3.4 – Estratégia de Comunicação

Os portugueses estão tradicionalmente entre os europeus que se sentem menos

informados e que estão menos interessados nos assuntos relacionados com a União

Europeia, o que torna a política de comunicação da UE em Portugal uma tarefa

especialmente importante e exigente. Em todo o caso, parece haver uma evolução

positiva no que se refere ao interesse por estas questões: ao contrário do que

acontecia em eurobarómetros anteriores, agora a percentagem de portugueses que

afirma nunca procurar informação sobre a UE baixou e está a níveis idênticos aos

europeus. Ou seja: o interesse parece existir; é preciso é saber como chegar aos portugueses. Além disso, contrariamente ao que os resultados relativos ao sentimento de

informação possam fazer crer, os portugueses não se diferenciam dos restantes

cidadãos europeus quanto ao conhecimento objectivo sobre a UE. No entanto, é ainda

considerável a percentagem de portugueses que não sabe questões básicas tais como

quantos estados compõem a UE ou onde se situa a Comissão Europeia. Talvez

valesse a pena uma estratégia de informação que focasse, de forma atractiva, alguns

destes temas. Um tópico que nos parece essencial e que carece indubitavelmente de

esclarecimento, não só em Portugal, mas ao nível de toda a UE, é o orçamento.

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Quanto às fontes de informação, mantém-se tudo estável: comparativamente, os

portugueses lêem pouco os jornais, ouvem pouca rádio e navegam também pouco na

internet. A televisão continua a ser o meio privilegiado, especialmente para os públicos

prioritários, isto é, aqueles que se sentem tendencialmente pouco informados e menos

interessados: as mulheres, os aposentados, as domésticas, os menos instruídos, os

mais pobres. Qualquer programa de informação em televisão terá sempre uma audiência muito superior a outro apresentado noutro tipo de meio de comunicação social. No entanto, se se pretender que a eficácia esteja mais

garantida, será importante conhecer o tipo de audiência de cada canal e do próprio

horário em que se pretende emitir o programa. À partida, será mais fácil chegar aos

públicos prioritários em canais generalistas do que através dos canais temáticos da

televisão por cabo.

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4 – Atitudes em Relação à Construção da Europa

Neste capítulo, iremos analisar as questões relacionadas com as atitudes perante a

União Europeia: atitudes instrumentais e afectivas; representações sobre a Europa;

opiniões acerca do alargamento e do futuro da UE; e, finalmente, as reformas

institucionais. Terminaremos este ponto com algumas sugestões específicas para a

política de comunicação da Comissão Europeia.

4.1 – Identidade e atitudes perante a União Europeia

Tal como em eurobarómetros anteriores, verifica-se que os portugueses estão entre

os europeus que revelam atitudes mais favoráveis ante a União Europeia. Contudo, a intensidade das atitudes afectivas favoráveis é inferior à intensidade das atitudes instrumentais favoráveis. Por outras palavras, são menos os

portugueses que pensam que o facto de Portugal pertencer à UE é “uma coisa boa”

(55 por cento) do que aqueles que reconhecem que o país “beneficiou” da adesão à

então CEE (66 por cento).

Em média, na UE, isto não acontece: não há diferenças significativas entre a

percentagem de inquiridos que dizem que pertencer à UE é “uma coisa boa” (48 por

cento) e a daqueles que reconhecem que os seus países beneficiaram com isso (47

por cento). Isto pode dever-se ao facto de existirem países que são grandes

contribuintes líquidos (por exemplo, a França e a Alemanha) para os quais a diferença

entre atitudes afectivas e instrumentais não faz tanto sentido. Pelo contrário, nos

países da coesão, como Portugal, o facto de beneficiarem de fundos pode potenciar

atitudes instrumentais favoráveis.

Ainda assim, se olharmos para o que se passa nas opiniões públicas dos novos

estados membros podemos concluir que a situação portuguesa é bastante positiva.

Em nenhum dos novos dez estados membros as atitudes afectivas são mais intensas

do que em Portugal. Com efeito, em apenas seis meses, no caso destes dez novos

países, a concordância média com a ideia de que pertencer à UE “é uma coisa boa”

baixou 9 por cento.

Assim, de uma maneira geral, podemos dizer que os portugueses têm maioritariamente uma imagem positiva ou muito positiva da União Europeia (58

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27

por cento). E isto torna-se especialmente visível quando comparamos os dados

nacionais com a média europeia: 43 por cento revelam ter uma imagem muito positiva

ou positiva da União Europeia. É evidente que esta imagem favorável é mais intensa

em determinados grupos sociais e atitudinais: os homens, os mais instruídos e os mais

jovens revelam uma imagem ainda mais positiva da UE.

O questionário elencava ainda um conjunto de hipóteses que nos permite perceber o

que a União Europeia representa para os portugueses. A leitura do gráfico 4.1 faz o

ponto da situação.

Gráfico 4.1. O que representa a União Europeia (%s; pergunta de resposta múltipla)

2

5

6

8

9

12

13

14

15

16

16

21

21

35

46

2

22

14

11

26

23

22

31

19

19

28

19

28

51

50

Outra

Burocracia

Perda de identidade cultural

Protecção social

Desperdício de dinheiro

Falta de controlo nas fronteiras

Democracia

Paz

Mais criminalidade

Prosperidade económica

Diversidade cultural

Desemprego

Uma voz mais forte no mundo

Liberdade para viajar, estudar e trabalhar na U.E.

Euro

Portugal Média UE

Para a maioria dos portugueses, como para a maioria dos europeus, a Europa significa moeda única: o Euro é apontado por 46 por cento dos portugueses e 50 por

cento dos europeus (média).

Segue-se a liberdade para viajar, estudar e trabalhar na UE. 35 por cento dos

cidadãos inquiridos em Portugal identificam a Europa com a livre circulação de

pessoas e bens. Contudo, as diferenças perante a média da UE são grandes: esta

hipótese é a mais apontada, em média, pelos europeus: 51 por cento. O mesmo se

verifica com muitas outras representações, o que se pode dever ao elevado número

de não-respostas que se verificou em Portugal. Por exemplo, comparando com a

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28

média da UE, os portugueses associam pouco a Europa à diversidade cultural (16 por

cento) e à paz (14 por cento), mas estão mais optimistas quanto à abertura das

fronteiras.

Só quando se analisam dimensões instrumentais da UE, como o “desperdício de dinheiro” ou a “burocracia” - temas caros às opiniões públicas dos grandes países contribuintes – os portugueses se destacam, de novo, pelas atitudes mais benevolentes. Comparativamente, são poucos os que identificam a Europa com

“desperdício de dinheiro” (9 por cento) ou com “burocracia” (5 por cento), um problema

tido como mais grave nas próprias administrações públicas dos Estados da Europa do

Sul.

Recordando os dados do eurobarómetro anterior, pode concluir-se pela inexistência de

diferenças. As representações que os europeus fazem da UE mantêm-se estáveis.

Ainda no domínio das atitudes foi colocada uma série de afirmações sobre a UE, tanto

numa perspectiva de balanço como de futuro. O gráfico 4.2 dá-nos uma ideia do

estado da opinião pública europeia.

Gráfico 4.2 Concordância com afirmações sobre a UE (%):

53

45 4440

46

62

26

3127

3436

40

76

65 64

58

68

75

41 4037

4143

50

Sinto que estou maisseguro porque o meu país

é membro da UE

Sinto que estamos maisestáveis economicamenteporque pertencemos à UE

Sinto que estamos maisestáveis politicamente

porque pertencemos à UE

Compreendo ofuncionamento da UE

No futuro o meu país vaiter mais influência na UE

O meu país tem maisinfluência agora na UE do

que tinha há 10 anos

Portugal Reino Unido Grécia Média UE

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29

53 por cento dos portugueses sentem-se mais seguros por serem membros da UE. Esta percentagem de concordância é mais alta do que a observada na média da UE (41 por cento), bastante acima do que se verifica no sempre “eurocéptico”

Reino Unido (apenas 26 por cento concordam que estão mais seguros), mas bastante

abaixo do que se verifica noutros países da Europa do Sul, que, como se sabe,

passaram por processos de transição democrática e integração europeia muito

próximos no tempo. Por exemplo, na Grécia, 76 por cento dos inquiridos concorda

com a referida afirmação.

Esta tendência repete-se, embora não de forma tão acentuada, perante a afirmação seguinte: “sinto que estamos mais estáveis economicamente porque pertencemos à UE”. 45 por cento dos portugueses concordam. A diferença em

relação à média da UE (40 por cento) não é tão grande, o que pode estar relacionado

com o clima de recessão económica e pessimismo que se vive em Portugal. De novo,

a Grécia destaca-se pelos elevados níveis de concordância (65 por cento) e o Reino

Unido, pelo contrário, distingue-se pela discordância (31 por cento). São níveis de discordância/concordância que se reproduzem perante a afirmação seguinte: “sinto que estamos mais estáveis politicamente porque pertencemos à UE”.

Por outro lado, a percentagem de portugueses que admite “compreender o funcionamento da UE” (40 por cento) não é distinta da média da UE (41 por cento)

e mesmo dos dados relativos ao Reino Unido (34 por cento), o que não deixa de ser curioso tendo em conta que a opinião pública portuguesa assume ser a que “menos sabe” e menos se “sente informada” no contexto das opiniões públicas

europeias. E até mesmo numa perspectiva longitudinal se detecta uma evolução

positiva. No EB56, aplicado no Inverno de 2002, a percentagem de portugueses que

concordavam com a afirmação “compreendo o funcionamento da UE” era algo inferior:

34 por cento.

O balanço que os portugueses fazem do processo de integração europeia é positivo. Já o tínhamos dito no início deste ponto e voltamos a concluir isso mesmo

agora no fim. 62 por cento concorda com a seguinte afirmação: “Portugal tem mais

influência agora na UE do que tinha há 10 anos”. Claro que fica algo abaixo da

percentagem grega, país que se destacam sempre pelo “euro-entusiasmo”, mas ainda

assim bastante acima da média da UE (50 por cento concorda) e do Reino Unido,

onde apenas 40 por cento concorda com essa afirmação.

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30

Confrontando uma vez mais os dados actuais com os de há dois anos, não se

registam diferenças relevantes. Isto no que se refere ao balanço dos últimos dez anos,

porque quanto ao futuro os portugueses estão hoje muito mais pessimistas do

que estavam no Inverno de 2002. Então, 59 por cento concordavam que “no futuro

Portugal vai ter mais influência na UE”. Agora a percentagem de concordâncias desce

para os 46 por cento.

Em síntese, o clima de pessimismo nacional parece estar a condicionar o

tradicional optimismo dos portugueses em relação à União Europeia, especialmente em tudo aquilo que depende do seu próprio país.

Finalmente, a questão da identidade, uma dimensão chave para a construção da

chamada “cidadania europeia”. A opinião pública portuguesa, marcada por uma identidade nacional forte, parece estar a dar passos no sentido da afirmação de uma identidade europeia compatível com a nacional. Há seis meses, 51 por cento

dos portugueses viam-se unicamente como cidadãos do seu país e 43 por cento como

cidadãos do seu país e europeus. Na Primavera de 2004, já são tantos os inquiridos

que se vêem como portugueses e europeus (46 por cento) como aqueles que se vêem

exclusivamente como portugueses (46 por cento). Simultaneamente, continuam a ser

poucos os que se identificam com as outras duas alternativas: “como europeus e

portugueses” ou só “como europeus” (2 por cento).

Este sentimento de identificação com a cidadania europeia é mais forte entre os mais

instruídos e com rendimentos mais elevados. A própria satisfação com o

funcionamento da democracia (na UE e em Portugal) parece facilitar essa

identificação.

De resto, no conjunto das opiniões públicas europeias, não há oscilações a assinalar:

em média, continua a haver menos europeus que se vêem exclusivamente como

cidadãos do seu país (41 por cento) do que em Portugal.

Este eurobarómetro introduziu, no entanto, uma “nuance”, retirando numa segunda

pergunta a hipótese “vê-se a si próprio como europeu e português”. Perante este novo

figurino, há 50 por cento dos portugueses que se consideram exclusivamente cidadãos

do seu país (média UE: 42 por cento), 46 por cento “cidadãos do seu país e europeus”

(média UE: 50 por cento) e, finalmente, 3 por cento “como europeu unicamente”

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31

(média UE: 6 por cento). Ou seja, a nova formulação da questão não produziu uma

mudança nesta matéria, especialmente se tivermos em conta o erro amostral.

4.2 – O Alargamento e o futuro da União Europeia

Importa agora analisar as expectativas e os receios dos portugueses no contexto de

uma União Europeia alargada a 25 países. Sendo hoje o alargamento um “facto

consumado”, naturalmente o último eurobarómetro não se centrou, como noutros

momentos, nesta questão. Foram colocadas apenas duas afirmações, no sentido de

testar a concordância dos inquiridos.

Na linha do que se registara em inquéritos anteriores, os portugueses estão entre os europeus mais favoráveis ao “alargamento da União Europeia a dez novos países”: 53 por cento contra 42 na média da UE. Outra questão era saber se os

portugueses concordam com “o alargamento da União Europeia a outros países nos próximos anos”, uma questão que está ainda em aberto. Mesmo assim, a maioria dos portugueses concorda com essa hipótese (51 por cento), enquanto a

média da UE é menos favorável do que perante a afirmação anterior (37 por cento a

favor). De facto, são dados interessantes no contexto europeu. De acordo com dados

enviados pela Comissão Europeia, nos últimos seis meses o apoio ao alargamento

baixou em média 4 por cento na UE, tendo mesmo descido 10 por cento na Alemanha,

por exemplo.

Perante este cenário de Europa alargada, e antes de entrarmos brevemente no tema

das reformas institucionais, vejamos quais são os principais receios relacionados com

a construção europeia. Como se pode ver pelo gráfico 4.3, em quase todas as questões os portugueses estão mais receosos do que os europeus em geral. É

certo que continuam mais seguros da sua identidade cultural (48 por cento receia

perda da identidade contra 61 por cento na média da UE), mas a verdade é que esse

sentimento de segurança já foi bastante maior (na Primavera de 1996 apenas 39 por

cento o receavam).

Por outro lado, não sendo Portugal um contribuinte líquido, mas sim um país

beneficiário dos fundos de coesão, era previsível que o receio de “pagar cada vez

mais” à UE fosse menor em Portugal. Aliás, o que é de estranhar é que a percentagem

seja idêntica à da média europeia.

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32

Gráfico 4 3. Receios relacionados com a construção europeia(%)

61

77

44

61

68

48

72

78 80

42

64

38

64

53

61

51

72

61

Perda depoderes para os

Estados maispequenos

Aumento dotráfico de droga

e do crimeorganizado

Que a nossalíngua seja

menos utilizada

Que o nossopaís pague cadavez mais à UE

A perda dasajudas sociais

A perda danossa identidade

cultural

Crise económica Transferência deempregos paraoutros paísescom custos deprodução mais

baixos

Mais dificuldadespara os nossos

agricultores

Portugal Média UE

Nas restantes questões, como se disse, os portugueses estão entre os mais receosos,

o que pode resultar de uma conjuntura de pessimismo, mas também de um défice estrutural de conhecimento dos assuntos europeus. Temem mais que os

europeus (em média) a perda de poderes dos Estados mais pequenos (não sendo

Portugal propriamente um Estado grande) e o aumento do tráfico de droga e do crime

organizado, como se pode ver no gráfico 4.3.

Apesar de estarem maioritariamente seguros da força da sua identidade, têm medo

que a língua portuguesa seja menos utilizada (44 por cento contra 38 por cento na

média da UE). Ao mesmo tempo, com uma população agrícola em declínio - mas

ainda expressiva no contexto da realidade europeia -, os portugueses temem mais que

a média dos europeus “mais dificuldades para os nossos agricultores”.

Numa perspectiva longitudinal, a mudança mais visível no estado da opinião pública portuguesa diz respeito às questões económicas e sociais, isto é, a temas particularmente sensíveis às conjunturas. Em 1996, 48 por cento dos

portugueses temiam “a perda das ajudas sociais”; hoje essa percentagem sobe para

68 por cento. Em 1996, 61 por cento dos portugueses – tradicionalmente receosos -

temiam uma crise económica; hoje essa percentagem sobe para 72 por cento. Por

último, em 1996, 42 por cento dos portugueses temiam a “transferência de empregos

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33

para outros países com custos de produção mais baixos”; hoje essa percentagem

sobre para 78 por cento, facto a que não serão estranhas a deslocalização de algumas

multinacionais e a própria insistência sobre este risco na comunicação social. Ou seja:

os receios aumentaram, especialmente em relação ao futuro da situação económica e

social, um tema que é sempre avaliado à luz da situação presente.

Já atrás sugerimos que os portugueses estão pessimistas quanto às suas

potencialidades colectivas. Sendo possível que o clima de pessimismo nacional

afecte um pouco o tradicional optimismo face à Europa, mesmo assim verifica-se que os portugueses olham genericamente com optimismo para a importância do papel da Europa na sua vida quotidiana. 53 por cento acreditam que a UE

dentro de 5 anos “terá” um papel mais importante nas suas vidas, contra 42 por cento

na média da UE entre a opinião pública portuguesa, essa percentagem sobe para 67

por cento quando se trata de saber se “gostaria” que isso acontecesse (na UE, em

média, a percentagem é de 44 por cento).

No entanto, quando confrontados com o papel da União Europeia em domínios concretos das políticas públicas, as atitudes dos portugueses vão variando. Em

assuntos como a inflação, os impostos, as pensões de reforma, os sistemas de saúde

e educação, a avaliação que os portugueses fazem do papel da UE não se distingue

muito da dos restantes países europeus (em média), sendo mais negativa do que

positiva.

Há temas, como a habitação ou a imigração, perante os quais os portugueses tendem

a avaliar menos negativamente a acção da União Europeia do que a média dos

europeus. No entanto, nas questões económicas e sociais, nota-se bem o efeito da

conjuntura na avaliação que os portugueses fazem do papel da União Europeia. Como

se sugeriu atrás, a conjuntura actual afecta não apenas o optimismo dos portugueses

quanto às suas capacidades futuras, mas também a avaliação que fazem da própria

UE, pelo menos quando confrontados com questões concretas.

Assim, num período marcado pelo aumento da taxa de desemprego ao nível nacional, 46 por cento dos portugueses consideram que o papel da UE no combate ao desemprego tem sido negativo (na UE, a média é de 40 por cento). Ao mesmo tempo, num momento em que a economia ainda não dá sinais palpáveis de

crescimento, muitos portugueses avaliam negativamente o papel da UE na situação

económica (40 por cento contra 34 na média da UE).

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34

Contudo, o gráfico 4.4 mostra bem que essa avaliação negativa sobe no caso dos

desempregados, dos menos instruídos, das mulheres e das pessoas que estão em

idade de trabalhar.

Gráfico 4.4. Avaliação negativa do papel da UE na situação económica em diferentes grupos sociais

28

38

40

42

43

58

Portugal

Mulheres

Inquiridos dos 40 aos 54 anos

Inquiridos que estudaramapenas até aos 15 anos

Desempregados

Inquiridos residentes na regiãodo Alentejo

A opinião pública portuguesa caracteriza-se não só por ser receosa como também por ser algo “securitária”, pelo menos quando comparamos com outros

países europeus. Os portugueses (25 por cento) são mais críticos do que os europeus

(média: 17 por cento) no que se refere à luta contra o terrorismo ou na luta contra a

insegurança (26 por cento acham que a UE tem tido um papel negativo, contra 18 por

cento na média dos países europeus).

Mais surpreendente é a exigência quanto à protecção do ambiente, tendo em conta a

reduzida prioridade que os portugueses atribuem aos chamados temas “pós-

materialistas”, isto é, aqueles que não estão directamente relacionados com o seu

bem estar material: 28 por cento consideram negativo o papel da UE na política

ambiental (média dos países europeus: 20 por cento).

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35

4.3 – As Reformas institucionais

Num momento em que a aprovação final da futura Constituição europeia vive ainda

um impasse, o EB61 questionou os inquiridos sobre três temas que vão ser objecto de

reforma: as presidências rotativas da União Europeia, o direito de veto e o sistema de

votação no Conselho de Ministros da UE.

Já em eurobarómetros anteriores se tinha verificado que os portugueses, embora

favoráveis à ideia de uma Constituição europeia, eram contrários a muitas das

propostas avançadas pela Convenção. Segundo dados enviados pela Comissão

Europeia, 57 por cento dos portugueses apoiam uma Constituição europeia (a média da UE é superior: 63 por cento), o que não significa que subscrevam as reformas institucionais que estão em cima da mesa. Com efeito, esta tendência

mantém-se em duas das três questões deste EB relacionadas com as reformas

institucionais.

Os portugueses, tal como os europeus (média), continuam a concordar

preferencialmente com a ideia segundo a qual “a presidência devia ser alargada porque 6 meses é pouco tempo”: é o que pensam 46 por cento dos portugueses

(média da UE: 50 por cento). Quanto mais elevado é o estatuto remuneratório do

inquirido/a, quanto mais elevada é a sua satisfação com o funcionamento da UE, mais

ele tenderá a concordar com esta afirmação. Apenas 32 por cento dos portugueses

acham que deve ficar tudo como está, uma percentagem igual à da média da UE.

As principais divergências com as propostas da Convenção prendem-se, neste momento, com o direito de veto e com as regras para os votos no seio do Conselho de Ministros da União Europeia, como indicam as percentagens do

gráfico 4.5. Estas divergências são tanto mais intensas quanto mais baixos são os

rendimentos (e correlativamente os níveis de informação) dos inquiridos.

De facto, 54 por cento dos portugueses acham que o direito de veto deve ficar como

está, para “preservar os interesses nacionais essenciais”, o que constitui uma

percentagem bastante acima da média da UE (45 por cento) e mesmo da que se

registava há seis meses (43 por cento defendiam a manutenção do direito de veto).

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36

Gráfico 4.5. Apoio a posições contrárias às reformas institucionais

47

64

35

57

39

55

42

70

47

54

36

64

45

54

43

54

32

63

48

72

42

76

41

5553

60

45

65

43

55

41

68

Alem. Áust. Bélg. Dinam. Esp. Finl. Fran. Gré. Hol. Irlan. Itál. Lux. Média UE Port. R.Unido Suéc.

Manter direito de voto para preservar interesses nacionais Um voto para cada Estado membro independentemente da sua população

Por outro lado, a maioria dos portugueses (55 por cento) defende a solução “um voto

no Conselho de Ministros para cada Estado membro independentemente da sua

população” (como acontece agora), e não “um número de votos proporcional ao

tamanho da população de cada Estado”, que é precisamente o que está em cima da

mesa. Apenas 22 por cento apoia em Portugal esta proposta da Convenção, sendo a

média da UE de 34 por cento.

Na maioria dos temas, a clivagem entre as opiniões públicas europeias assenta numa

divisão entre países mais ou menos “europeístas”, com a Europa do sul (Portugal

incluído) tendencialmente a liderar o europeísmo e com britânicos e escandinavos na

liderança do “eurocepticismo”. No entanto, quando se trata de perceber as diferenças no que toca às reformas institucionais, surge uma nova clivagem de base não regional: entre as opiniões públicas dos pequenos e médios países que pretendem preservar aquilo que é visto como “o seu interesse nacional” no

sistema de governo europeu, e, por outro lado, as posições favoráveis das opiniões públicas dos países mais populosos – precisamente aqueles que mais

pesam quando se faz a média europeia.

Não será por acaso que a resistência à associação entre número de votos e tamanho

da população é mais baixa em opiniões públicas habitualmente tão distintas quanto a

alemã (32 por cento), a francesa (41 por cento), a britânica (42 por cento) e a

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37

espanhola (também 42 por cento). É que os países mais populosos têm surgido na

comunicação social como os principais beneficiários desta reforma.

Finalmente, é importante sublinhar que a opinião pública portuguesa volta a distinguir-

se pelo elevado número de não respostas. Por exemplo, 24 por cento dos portugueses

“não sabe/não responde” à questão relativa ao direito de veto, sendo essa

percentagem ainda mais alta no Reino Unido (28 por cento) e algo mais baixa na

média da União (20 por cento). Ou seja, comparativamente, continua a existir em

Portugal um grande desconhecimento acerca de importantes reformas institucionais.

4.4 – Estratégias de comunicação

Os portugueses continuam a estar entre os europeus com melhor imagem da União

Europeia. As atitudes afectivas são fortes, mas não tão intensas como as

instrumentais. A ligação à UE passa mais por questões materiais (bem estar

económico e social) do que por uma adesão cultural ao projecto europeu.

Por outro lado, apesar de se ter verificado uma ligeira evolução favorável, sendo

actualmente igual a percentagem de inquiridos que se identifica exclusivamente com a

nacionalidade portuguesa e a dos que se vêem simultaneamente como cidadãos do

seu país e europeus, isso não pode fazer com que a UE abrande os esforços na sua

política de comunicação. Este é o grande desafio: assegurar que as conjunturas de

crise económica e social não afectem a imagem da UE e a adesão das opiniões

públicas à ideia de aprofundamento da integração europeia. Especialmente entre os

cidadãos portugueses com mais baixos níveis de instrução e remuneração.

Na verdade, embora o balanço que os portugueses fazem dos últimos dez anos de

integração europeia seja globalmente positivo, nota-se que o actual clima de pessimismo está a afectar a sua avaliação quanto ao papel da UE em questões concretas, relacionadas com a política económica e social, muitas delas da responsabilidade dos governos nacionais. Os portugueses estão hoje mais

receosos que os europeus em relação a quase tudo. É pois importante que os portugueses saibam qual é o papel da UE nos diferentes domínios das políticas públicas.

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38

Finalmente, em relação às reformas institucionais, pode concluir-se que a

concordância genérica quanto à ideia de Constituição, verificada em eurobarómetros

anteriores, mais uma vez não se transfere para as propostas da Convenção,

nomeadamente em matérias como o direito de veto e o sistema de votação nos

Conselhos de Ministros europeus.

Há muito a fazer neste domínio, pois as opiniões públicas europeias ainda não perceberam a razão destas reformas - especialmente os inquiridos com menos recursos económicos, e as opiniões públicas dos pequenos e médios países, o que pode ter consequências para a velocidade do processo de integração, tendo em conta a possibilidade de se realizarem referendos sobre o tema num futuro próximo.

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39

5 – O Parlamento Europeu e as Eleições de Junho de 2004

Nas vésperas das eleições para o Parlamento Europeu (PE), o EB61 colocou algumas

questões que nos permitem avaliar o tipo de relação que os portugueses têm com esta

instituição, perspectivas quanto à participação eleitoral e prioridades dos cidadãos

para o debate eleitoral.

5.1 – Os Portugueses e o Parlamento Europeu

Os vários tratados europeus têm vindo a reforçar as competências do Parlamento

Europeu. Era, pois, importante saber até que ponto os cidadãos europeus têm essa

percepção. Nesse sentido, o EB61 confrontou os inquiridos com três afirmações no

sentido de medir a concordância que suscitam: “Os deputados europeus defendem os

meus interesses”, o “PE tem mais poder que o parlamento nacional” e “eleições

europeias são verdadeiramente importantes”. Na resposta a esta questão os inquiridos

deviam colocar-se numa escala de 1 a 4, em que 1 correspondia a “discorda

totalmente” e 4 a “concorda totalmente”.

Gráfico 5.1 Percepções dos inquiridos sobre importância e eficácia do PE(valor médio, escala de 1 a 4; 1 corresponde a "discorda totalmente" e 4 a "concorda totalmente" com a afirmação)

2,28

2,672,8

2,46 2,51

2,88

2,34

2,59

2,92

"Deputados europeus defendem os seusinteresses"

"PE tem mais poder que AR" "Eleições europeias são verdadeiramenteimportantes"

Portugal Espanha Média UE

Como se pode ver pelo gráfico 5.1, comparando com a média europeia, e com a

espanhola em particular, os portugueses, habitualmente mais distantes face ao poder

e desconfiados em relação aos agentes políticos, tendem a concordar menos com a

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ideia de que “os deputados defendem os seus interesses”: a posição média é de

2,28 em Portugal, 2,46 em Espanha e 2,34 na média da UE.

Em vários estudos de opinião os portugueses revelam ter uma imagem negativa da

Assembleia da República. Não surpreende por isso que, confrontados com a

afirmação “PE tem mais poder que a AR”, tendam a concordar (posição média: 2,67)

mais que espanhóis (posição média: 2,51) e que o conjunto dos europeus (posição

média: 2,59).

Centremo-nos agora na última afirmação: “as eleições europeias são verdadeiramente

importantes”. Como é sabido as eleições europeias podem enquadrar-se nas

chamadas eleições de “segunda ordem”, isto é, eleições em que as taxas de

abstenção são sempre mais elevadas. É certo que em Portugal tem havido uma

convergência nas taxas de abstenção das eleições para os diversos órgãos políticos,

mas as eleições para o parlamento europeu destacam-se sempre por níveis (ainda

mais) elevados de abstenção. É assim que também nesta questão os inquiridos portugueses manifestam mais discordância acerca da “importância das eleições europeias”, pelo menos quando comparamos a posição média nacional (2,80) com a

espanhola (2,88) e com a europeia (2,92). Neste ponto, são também as atitudes

favoráveis à UE, nomeadamente a satisfação com a democracia da UE, que estão

associadas à valorização das eleições europeias.

A melhor forma de conhecermos a percepção que as pessoas têm do poder de

determinadas instituições (neste caso o Parlamento Europeu) acaba por ser a

comparação com outras instituições (neste caso o governo, o parlamento e os

governos regionais/locais). Foi precisamente o que o eurobarómetro fez. Para medir

essa percepção de poder, o EB61 convidou os inquiridos a revelarem o efeito que

diversas instituições têm na sua vida, posicionando-se numa escala de 1 a 3, na qual 1

corresponde a “nenhum efeito”, 2 a “algum efeito” e 3 a “grande efeito”.

Embora na questão anterior tenham concordado com a ideia de que o PE tem mais

poder do que a AR, os inquiridos portugueses continuam a pensar que o parlamento nacional tem mais influência nas suas vidas (posição: 2,21) do que o

parlamento europeu (1,95) – especialmente os inquiridos com atitudes favoráveis à

UE, nomeadamente os mais satisfeitos com a democracia na UE. A mesma tendência

genérica para a valorização do parlamento nacional se verifica em Espanha e na

média dos países da UE, como se pode ver pelo gráfico 5.2.

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41

Gráfico 5.2 Sentimento do efeito das instituições sobre a vida dos inquiridos(valor médio, escala de 1 a 3, em que 1 corresponde a "nenhum efeito", 2 a "algum efeito" e 3 a "grande

efeito")

2,312,21 2,2

2,11,95

2,462,29

2,51

2,082

2,42,26 2,32

2,031,91

Governo nacional Parlamento Governo regional/local UE Parlamento Europeu

Portugal Espanha Média UE

O poder local, em tese mais próximo das populações, ultrapassa não só o Parlamento

Europeu em “influência na vida das pessoas” como a própria União Europeia. Em Espanha, onde o grau de descentralização administrativa é muito maior do que em

Portugal, compreende-se que os inquiridos tendam a atribuir mais influência ao poder local e regional (posição média: 2,51) do que em Portugal (posição média: 2,2) ou na média da UE (posição média: 2,32), onde coexistem estados com níveis de

delegação de competência muito distintos.

Vários estudos apontam para a secundarização do papel do Parlamento no sistema de

governo português. Assim sendo, não deixa de surpreender que a diferença entre a

influência que se reconhece ao governo (média: 2,31) e ao parlamento (média: 2,21)

não seja ainda maior. Como se vê pelo referido gráfico, trata-se de uma diferença

idêntica à que se regista entre a opinião pública espanhola e europeia.

Os deputados ao parlamento europeu, pela distância geográfica e pelos temas que

tratam, são muitas vezes vistos como entidades longínquas. Importa, assim, saber de

que forma os cidadãos portugueses contactam com os seus representantes no PE.

O cenário que o gráfico 5.3 revela em nada se distingue daquele que se analisou para

a questão das fontes de informação sobre assuntos europeus em geral. 6 por cento

dos portugueses “contactou” com um eurodeputado através da rádio (média UE: 15

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42

por cento). 9 por cento leram nos jornais algo relacionado com os membros do

parlamento europeu (média UE: 32 por cento). Mas a televisão é de longe o meio através do qual os portugueses mais “contactam” com os seus representantes na Europa (45 por cento contra 48 por cento na média da UE).

Segue-se, em peso percentual, a hipótese “nenhum contacto”, o que indica bem o

grau de afastamento entre os cidadãos europeus e os seus representantes no PE: 39

por cento na média da UE e 38 por cento em Portugal afirmam nunca ter contactado,

directa ou indirectamente, com um eurodeputado.

Gráfico 5.3 Fontes de contacto com deputados europeus(%s; pergunta de resposta múltipla)

44

38

32

15

5

1

4

3

48

39

9

6

3

2

1

1

Televisão

Nenhum contacto

Imprensa escrita

Rádio

Internet

Outra

Panfletos e cartas de deputadoseuropeus

Reuniões públicas com deputadoseuropeus

Média UE Portugal

Apesar de tudo, é interessante notar que parece existir uma reserva de inquiridos que,

nunca tendo contactado, parecem estar interessados em vir a contactar com

eurodeputados, pois quando se coloca a questão das fontes através das quais

“desejariam” contactar com os eurodeputados, a percentagem daqueles que optam

por “nenhum contacto” é menor (31 por cento em Portugal; 30 por cento na média da

UE). É o que se pode concluir pela análise do gráfico 5.4.

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43

Gráfico 5.4 Fontes de contacto com deputados europeus desejadas(%s; pergunta de resposta múltipla)

43

31

32

16

8

13

11

1

54

30

15

10

6

5

5

1

Televisão

Nenhum contacto

Imprensa escrita

Rádio

Internet

Panfletos e cartas de deputadoseuropeus

Reuniões públicas com deputadoseuropeus

Outra

Média UE Portugal

Embora, comparativamente, ouçam pouca rádio e leiam poucos jornais, os

portugueses acabam por reconhecer que o desejariam fazer mais, uma vez que as

percentagens de inquiridos que escolhem estas fontes sobe quando se trata de indicar

os meios pelos quais desejariam contactar eurodeputados: 10 por cento no caso da

rádio, 15 por cento no caso dos jornais. A televisão continua a aparecer à frente, mas

nesta questão, ao contrário do que se passava nas fontes objectivas de informação, a

percentagem portuguesa de preferência pela televisão (43 por cento) é ultrapassada

pela da média europeia (56 por cento). Ou seja, numa perspectiva comparada,

também aqui se verifica que o desinteresse dos portugueses pelos temas europeus (neste caso os seus representantes) é algo maior do que o da generalidade dos europeus.

5.2 – Perspectivas de participação eleitoral Como referido anteriormente, a taxa de abstenção nas eleições europeias tende a ser

particularmente alta em Portugal, tendo vindo sempre a aumentar. Enquanto nas

eleições de 1987 ela foi de 28 por cento4, nas últimas duas eleições, atingiu os 60 por

cento. Nas semanas que antecedem as eleições europeias este é sempre um tópico

de destaque. As eleições de Junho do corrente ano não têm constituído a excepção.

4 É, contudo, importante ter em conta que estas eleições tiveram lugar em simultâneo com as legislativas.

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Muitos políticos têm feito um constante apelo ao voto e, pelo que os dados a seguir

apresentados indicam, com razão. Tudo parece evidenciar que as próximas eleições

serão marcadas por uma elevada taxa de abstenção dos portugueses, como

habitualmente. Diversos factores poderão explicar os baixos níveis de participação

política, nomeadamente o facto de estarmos a viver tempos difíceis em termos

económicos, os sentimentos de inadequação da representação política e os baixos

níveis de confiança nas instituições nacionais, entre outros.

Com efeito, quando questionados sobre a probabilidade de irem votar se as eleições fossem no dia seguinte, os portugueses são os cidadãos da UE que mais reticentes se revelam em fazê-lo (gráfico 5.5). 25 por cento deles não tem a

menor dúvida de que não iria. Esta percentagem é destacadamente a mais alta da UE,

afastando-se muito da média da UE (12 por cento). Este resultado é particularmente

preocupante se tivermos em conta que, em dados provenientes de inquéritos, a

abstenção é normalmente subestimada. Do gráfico é também visível que, à excepção

da Bélgica, as taxas de participação prováveis são superiores nas eleições europeias

do que nas legislativas.

Gráfico 5.5 - Percentagem de inquiridos que não votaria certamente se...

3

7

7

10

10

12

12

12

12

13

13

15

15

20

20

25

3

7

2

5

9

8

10

11

11

11

9

6

16

14

18

21

Grécia

Itália

Dinamarca

Suécia

Alemanha

Holanda

Média UE

Irlanda

Espanha

França

Finlândia

Áustria

Bélgica

Reino Unido

Luxemburgo

Portugal

as eleições legislativas fossem amanhãas eleições europeias fossem amanhã

Nota: Inclui somente os inquiridos que numa escala de 1 a 10, em que 1 é "não votaria certamente" e 10 "é "votaria certamente" respondeu 1.

Diversos estudos têm demonstrado que há grupos, dentro da sociedade portuguesa,

que são significativamente mais abstencionistas do que outros. A idade revela-se

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normalmente o factor mais explicativo da abstenção, tendendo os jovens a votar

consideravelmente menos do que a restante população. Com efeito, também aqui

parece ser este o caso. Como se pode observar a partir do gráfico 5.6, à medida que a

idade avança aumenta a probabilidade dos inquiridos exercerem o seu direito de voto.

Para além disso, verificou-se ainda que são sobretudo as pessoas que mais

frequentemente discutem política, bem como as que consideram que a UE é “uma

coisa boa”, as que mais votam nas eleições europeias5.

Gráfico 5.6 Probabilidade média de votar nas eleições europeias por grupos (valor médio, escala de 1 a 10; 1 corresponde a "não votaria certamente" e 10 a "votaria certamente")

6,136,34

6,63

4,92

5,74

6,87

5,936,34

7,63

dos 18 aos 29 anos dos 30 aos 49 anos 50 ou mais anos uma coisa má nem boa nem má uma coisas boa nunca ocasionalmente frequentemente

Idade Imagem que tem da UE Frequência com que discute política

No EB61 foi ainda pedido aos inquiridos que indicassem factores que poderiam

aumentar a sua probabilidade de ir votar. A primeira observação a fazer do gráfico 5.8

é que, aparentemente, os portugueses estão poucos sensíveis a qualquer tentativa que possa ser feita com o intuito de diminuir a abstenção. O factor mais

escolhido - por 23 por cento dos inquirido – é o que põe a hipótese de as eleições

europeias ocorrerem em simultâneo com outras eleições no país. Também uma

percentagem considerável (22 por cento) pensa que a sua participação nas eleições

europeias era mais provável se os transportes públicos fossem gratuitos no dia das

eleições. A ideia de ser possível votar nos supermercados ou nos locais de trabalho

atrai cerca de 20 por cento dos portugueses, enquanto o voto via Internet não agrada

5 O peso explicativo das três variáveis apresentadas no gráfico 5.6 (idade, imagem da UE e frequência com que discute política) é significativo.

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a mais do que 14 por cento. Este resultado deve-se provavelmente ao elevado número

de pessoas que em Portugal não tem acesso à Internet.

Gráfico 5.7 Formas de aumentar a participação eleitoral nas eleições europeias de 2004(%s; inquiridos que indicaram uma menor probabilidade de não votarem que votarem)

23

22

20

20

20

16

14

1189

86

84

80

80

80

78

77

Candidaturas de cidadãos deoutros países da UE

Voto via internet

Listas regionais de candidatos

Voto no local de trabalho

Eleições no mesmo dia paratoda os países UE

Voto em supermercados

Transportes grátis

Simultâneo com outras eleiçõesno país

Seria mais provável votar Não seria mais provável votar

5.3 – Motivações Eleitorais e Temas de Campanha

Analisadas as perspectivas de participação eleitoral, importa agora aprofundar a

questão procurando antecipar o que pode motivar os portugueses no contexto destas

eleições. O eurobarómetro colocou duas questões relacionadas com as motivações

eleitorais e os temas de campanha.

Comecemos por analisar a importância relativa das variáveis que influenciarão o

sentido de voto dos portugueses. Como é sabido, os partidos são muitas vezes

criticados por explorarem “temas nacionais” em eleições que são “europeias”. Sendo

que certo que, com o aprofundamento da integração europeia, é cada vez mais difícil

distinguir o que é do domínio nacional do que é do domínio europeu, ao privilegiarem

assuntos nacionais os partidos parecem ir ao encontro dos desejos dos portugueses:

como se vê pelo gráfico 5.10, o que mais pode influenciar o sentido de voto dos portugueses é precisamente a sua “opinião sobre temas nacionais” (38 por

cento, contra 40 por cento na média da UE).

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Gráfico 5.8 Motivações de voto nas próximas eleições europeias(%s; pergunta de resposta múltipla)

38

2523

1714 14

6

38

22

39

17

35

10

3

40

20

24

14

30

12

3

Opinião sobretemas nacionais

O partido doscandidatos

As propostas doscandidatos

A personalidadedos candidatos

Opinião sobretemas europeus

Não sabe Outra resposta

Portugal Média UE Espanha

Em Espanha, país com o qual Portugal partilha um percurso cultural e político paralelo,

também 38 por cento dos inquiridos reconhecem que a sua opinião sobre assuntos

nacionais será determinante quando forem votar. A grande diferença é que, por outro

lado, há 35 por cento de espanhóis que também dão prioridade aos temas europeus, contra 30 por cento na média da UE e apenas 14 por cento em Portugal. Os portugueses distinguem-se mais uma vez pelo desinteresse e indiferença perante

temas europeus.

Tanto em Portugal, em Espanha ou na generalidade dos países da UE, “a

personalidade dos candidatos” tem aparentemente um impacto modesto no sentido de

voto. É o que nos indica o referido gráfico. Já “as propostas dos candidatos”, no

entanto, são de uma importância muito maior para os espanhóis (39 por cento) do que

para os portugueses (23 por cento). Para os portugueses, “o partido dos candidatos” chega a pesar mais (25 por cento) do que os seus programas e medidas. Por muito que a identificação partidária tenha entrado em declínio nos

últimos anos, os partidos continuam a representar um dos meios mais eficazes de

mobilização política dos cidadãos.

A mobilização eleitoral passa habitualmente pela adopção de agendas temáticas que

vão ao encontro das prioridades dos cidadãos. Neste sentido, o eurobarómetro

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confrontou os inquiridos com uma bateria de temas por forma a conhecermos a

importância relativa que os europeus - neste caso, os portugueses - lhes atribuem.

Já vimos atrás que, para grande parte dos portugueses, é a sua opinião sobre temas

nacionais que vai determinar o seu sentido de voto. Isso mesmo se confirma nesta

última questão sobre as dimensões nas quais a campanha para o parlamento europeu

se devia centrar. Quase metade dos portugueses (48 por cento) consideram que a campanha se devia centrar em assuntos especificamente nacionais. A

percentagem registada nesta hipótese só é ultrapassada pela hipótese “centrar a campanha na questão do desemprego” (70 por cento), também ela uma questão

que domina a atenção do país. Apenas na Bélgica (71 por cento) e em França (78 por

cento) há mais preocupação com o desemprego do que em Portugal.

De resto, assuntos como a política de defesa comum, a política externa, o alargamento, a reforma das instituições e as actividades do parlamento europeu parecem interessar pouco aos europeus, e ainda menos aos portugueses. Nem

mesmo os direitos de cidadania europeia conseguem motivar especialmente os

cidadãos nacionais (uma prioridade para apenas 21 por cento, quando em média na

UE esta questão preocupa 33 por cento dos inquiridos).

Embora algo “securitários” quanto aos receios, e apesar do tipo de notícias que

domina os telejornais, comparativamente, os portugueses privilegiam menos a questão da segurança (40 por cento) e da imigração (22 por cento) do que os europeus no seu conjunto (45 por cento para os dois temas). Sabendo-se do

impacto ainda reduzido que os chamados “valores pós-materialistas” têm na

sociedade portuguesa, também não pode surpreender que o tema do ambiente seja

menos prioritário para os portugueses (19 por cento) do que para a generalidade dos

europeus (34 por cento). A educação, por seu turno, é igualmente valorizada em

Portugal e na Europa (em média): 32 por cento querem ver a educação no centro da

agenda das europeias.

5.4 – Estratégias de Comunicação O afastamento entre os eurodeputados e os seus eleitores continua a ser uma

realidade, pelo menos para o caso português. A distância geográfica e o tipo de temas

de que os representantes no Parlamento Europeu tratam podem explicar em parte

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esta distância. São muitos os portugueses que nunca contactaram com um membro

do PE. Ainda assim, não são tantos os que admitem não estar interessados em

contactar com os seus “euro-representantes”. Ou seja, parece haver uma reserva de

cidadãos potencialmente interessados e aos quais os membros do Parlamento

Europeu ainda não chegaram. Para melhor atingirem esse objectivo, os

eurodeputados e as instituições da UE em Portugal devem privilegiar a televisão, o

meio através do qual a generalidade dos inquiridos contacta e deseja contactar com os

temas europeus.

Apesar do progressivo reforço de competências, ainda não é perceptível a influência

do Parlamento Europeu na vida das pessoas nem a importância das eleições

europeias. Aqui a estratégia de informação afigura-se mais complicada porque não

parecem existir grupos sociais-alvo. Este tipo de percepções não varia de acordo com

a situação demográfica ou sócio-económica dos inquiridos. Aparentemente são as

variáveis atitudinais que reforçam a valorização do PE e das eleições europeias.

Quanto melhor for a imagem da UE e do seu sistema político maior será no futuro a

percepção da importância do parlamento europeu e das respectivas eleições.

O afastamento que os portugueses sentem relativamente ao PE e aos eurodeputados,

bem como a pouca importância que conferem às eleições europeias, repercutem-se

nas elevadas taxas de abstenção. Seria importante que a UE delineasse uma

estratégia de comunicação que procurasse incentivar os cidadãos europeus, em

particular os portugueses, a participar nestas eleições. Essa estratégia deveria visar

sobretudo os jovens já que são eles os principais abstencionistas.

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6 – Conclusões

Deste eurobarámetro emergem sobretudo quatro ideias essenciais. A primeira, que já

tinha sido identificada em eurobarómetros anteriores, diz respeito à extrema

preocupação que os portugueses sentem relativamente ao estado e à evolução da

situação económica do país. Esta preocupação é visível não só quando os inquiridos

são questionados acerca da previsão que fazem para os próximos 12 meses, mas

também quando se lhes pede para indicarem os dois maiores desafios que o país

enfrenta, em que o desemprego emerge como o factor mais saliente. Com as taxas de

desemprego nacionais a aumentarem, é compreensível que quase metade dos

portugueses considere que o papel da UE no combate ao desemprego tem sido

negativo. Para além disso, a conjuntura de depressão parece estar a afectar não só a

confiança colectiva dos portugueses como também a própria imagem da UE, pelo

menos nalguns aspectos da política económica e social.

A segunda ideia essencial prende-se com o conhecimento da UE e das suas

instituições por parte dos portugueses. Ao contrário do que se tem verificado em

eurobarómetros anteriores, neste identificámos alguns pontos muito positivos a este

respeito. Em primeiro lugar verificámos que, apesar de os portugueses sentirem dispor

de menos conhecimentos sobre a UE do que a média dos cidadãos europeus, não se

distinguem destes (ou distinguem-se ligeiramente pela positiva) no que diz respeito ao

conhecimento efectivo sobre algumas questões. Em segundo lugar, não obstante a

televisão manter-se como praticamente a única fonte a que os portugueses recorrem

para se informar relativamente a assuntos comunitários, é de salientar que a

percentagem de inquiridos que assumem o seu desinteresse por estas questões -

afirmando «nunca procurar este tipo de informação» - diminuiu acentuadamente desde

o último EB, tendo com este alcançado a média europeia.

A terceira ideia está relacionada com a forma como os portugueses vêem a UE.

Apesar de fazerem um balanço optimista do processo de integração europeia, de

serem dos cidadãos da UE que têm dela a imagem mais positiva, os portugueses

estão ainda pouco sensibilizados para as diversas vertentes que a Europa unida pode

oferecer. Esta questão é particularmente visível pelo facto de, para quase metade dos

portugueses, a Europa significar moeda única. Comparando com a média da UE, os

portugueses associam pouco a Europa à liberdade para viajar, estudar e trabalhar na

UE, à diversidade cultural, à paz e à própria democracia. Tudo leva a crer que os

cidadãos nacionais partilham uma visão da UE tendencialmente economicista. Esta

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noção comprova-se também pelo facto de serem menos os portugueses que

consideram a pertença de Portugal à UE é “uma coisa boa” do que aqueles que

reconhecem que o país “beneficiou” da adesão à então CEE; e também pelo facto de

praticamente metade dos portugueses concordar com a afirmação: “sinto que estamos

mais estáveis economicamente porque pertencemos à UE”.

Finalmente, a quarta ideia essencial que emerge deste EB diz respeito à relação dos

portugueses com o Parlamento Europeu e com as eleições europeias. Comparando

com a média europeia, os portugueses tendem a valorizar pouco a influência do PE e

a importância das eleições europeias. Estas atitudes têm repercussões práticas ao

nível da participação eleitoral que tem vindo a atingir níveis preocupantes. Os dados

do EB61 parecem evidenciar que, nas eleições de Junho, o cenário não será muito

diferente: quando questionados sobre a probabilidade de irem votar se as eleições

fossem no dia seguinte, os portugueses são os cidadãos da UE que mais reticentes se

revelam em fazê-lo. Para além disso, os portugueses estão poucos sensíveis a

qualquer tentativa que possa ser feita com o intuito de diminuir a abstenção, pelo

menos dentro das hipóteses propostas pelo questionário aplicado.

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ANEXOS

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STANDARD EUROBAROMETER 61

TECHNICAL SPECIFICATIONS

Between 20th February and 28th March 2004, the European Opinion Research Group, a consortium of Market and Public Opinion Research agencies, made out of INRA in Belgium – I.C.O. and GfK Worldwide, carried out wave 61 of the standard Eurobarometer, on request of the EUROPEAN COMMISSION, Directorate-General Press and Communication, Opinion Polls. The Standard EUROBAROMETER 61 covers the population of the respective nationalities of the European Union Member States, aged 15 years and over, resident in each of the Member States. The basic sample design applied in all Member States is a multi-stage, random (probability) one. In each EU country, a number of sampling points was drawn with probability proportional to population size (for a total coverage of the country) and to population density. For doing so, the points were drawn systematically from each of the "administrative regional units", after stratification by individual unit and type of area. They thus represent the whole territory of the Member States according to the EUROSTAT NUTS 2 (or equivalent) and according to the distribution of the resident population of the respective EU-nationalities in terms of metropolitan, urban and rural areas. In each of the selected sampling points, a starting address was drawn, at random. Further addresses were selected as every Nth address by standard random route procedures, from the initial address. In each household, the respondent was drawn, at random. All interviews were face-to-face in people's home and in the appropriate national language. COUNTRIES INSTITUTES N° INTERVIEWS FIELDWORK DATES POPULATION 15+ (x 000) Belgium INRA/IPSOS BELGIUM 1012 25/02 – 28/03 8,458 Denmark GfK DENMARK 1000 21/02 – 24/03 4,355 Germany (East) INRA/IPSOS DEUTSCHLAND 1037 22/02 – 11/03 13,164 Germany (West) INRA/IPSOS DEUTSCHLAND 1032 20/02 – 10/03 56,319 Greece MARKET ANALYSIS 1005 29/02 – 26/03 8,899 Spain INRA/IPSOS ESPAÑA 1000 22/02 – 18/03 34,239 France CSA-TMO 1019 22/02 – 10/03 47,936 Ireland LANSDOWNE Market Research 1001 23/02 – 19/03 3,004 Italy Demoskopea 1025 25/02 – 16/03 49,531 Luxembourg ILRes 619 23/02 – 23/03 357 The Netherlands INTOMART 1044 25/02 – 24/03 13,010 Austria SPECTRA 1052 24/02 – 22/03 6,770 Portugal METRIS 1000 23/02 – 17/03 8,620 Finland MDC MARKETING RESEARCH 1027 26/02 – 28/03 4,245 Sweden GfK SVERIGE 1000 23/02 – 19/03 7,252 Great Britain MARTIN HAMBLIN LTD 1035 22/02 – 14/03 46,370 Northern Ireland ULSTER MARKETING SURVEYS 308 25/02 – 17/03 1,314

TOTAL NUMBER OF INTERVIEWS 16216 For each country a comparison between the sample and the universe was carried out. The Universe description was derived from Eurostat population data or from national statistics. For all EU member-countries a national weighting procedure, using marginal and intercellular weighting, was carried out based on this Universe description. As such in all countries, minimum gender, age, region NUTS 2 were introduced in the iteration procedure. For international weighting (i.e. EU averages), INRA (EUROPE) applies the official population figures as provided by EUROSTAT or national statistic offices. The total population figures for input in this post-weighting procedure are listed above. The results of the Eurobarometer studies are reported in the form of tables, datafiles and analyses. Per question a table of results is given with the full question text in English, French and German. The results are expressed as a percentage of the total. The results of the Eurobarometer surveys are analysed and made available through the Directorate-General Press and Communication, Opinion Polls of the European Commission, rue de la Loi 200, B-1049 Brussels. The results are published on the Internet server of the European Commission: http://europa.eu.int/comm/public_opinion/. All Eurobarometer datafiles are stored at the Zentral Archiv (Universität Köln, Bachemer Strasse, 40, D-50869 Köln-Lindenthal), available through the CESSDA Database http://www.nsd.uib.no/cessda/europe.html. They are at the disposal of all institutes members of the European Consortium for Political Research (Essex), of the Inter-University Consortium for Political and Social Research (Michigan) and of all those interested in social science research. Readers are reminded that survey results are estimations, the accuracy of which, everything being equal, rests upon the sample size and upon the observed percentage. With samples of about 1,000 interviews, the real percentages vary within the following confidence limits:

Observed percentages 10% or 90% 20% or 80% 30% or 70% 40% or 60% 50%

Confidence limits ± 1.9% ± 2.5% ± 2.7% ± 3.0% ± 3.1%

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STANDARD EUROBAROMETER 61

CO-OPERATING AGENCIES AND RESEARCH EXECUTIVES

The European Opinion Research Group EEIG Christine Kotarakos

111, rue Colonel Bourg – B-1140 Brussels

Tel : +32 2 724 89 15 – Fax : +32 2 724 89 12 e-mail: [email protected]

INRA (EUROPE) - European Coordination Office SA/NV Gilles Corman – Director

For any information, please contact Jean-Michel Lebrun e-mail: [email protected]

159-165, avenue de la Couronne – B-1050 Brussels Tel : +32 2 642 47 11 – Fax : +32 2 648 34 08

BELGIQUE INRA BELGIUM Mrs. Karin Schreurs tel. ++/32 2 642 47 11 159, avenue de la Couronne [email protected] fax ++/32 2 648 34 08 B-1050 BRUXELLES DANMARK GfK DANMARK Mr. Line Strecker Hansen tel. ++/45 38 32 20 00 Sylows Allé, 1 [email protected] fax ++/45 38 32 20 01 DK-2000 FREDERIKSBERG DEUTSCHLAND IPSOS GmbH Mr Uwe Reising tel. ++/49 4542 801 0 Papenkamp, 2-6 [email protected] fax ++/49 4542 801 201 D-23879 MÖLLN ELLAS Market Analysis Mr. Spyros Camileris tel. ++/30 1 75 64 688 190 Hymettus Street markanalysis@ fax. ++/30/1/70 19 355 GR-11635 ATHENA marketanalysis.gr ESPAÑA IPSOS -Eco Consulting Mrs. Victoria MIQUEL tel. ++/34 91 7672199 Avda de Burgos Nº 12, 8ª planta victoria.miquel@ fax ++/34 91 3834254 28036 Madrid consulting.ecoipsos.es SPAIN FRANCE CSA-TMO Mr. Bruno JEANBART tel. ++/33 1 44 94 59 10 30, rue Saint Augustin [email protected] fax ++/33 1 44 94 40 01 F-75002 PARIS IRELAND LANSDOWNE Market Research Mr. Roger JUPP tel. ++/353 1 661 34 83 49, St. Stephen’s Green [email protected] fax ++/353 1 661 34 79 IRL-DUBLIN 2 ITALIA Demoskopea S.p.A. Mrs. Maria-Adelaïde SANTILLI tel. ++/39 06 85 37 521 Via Salaria, 290 [email protected] fax ++/39 06 85 35 01 75 I-00199 ROMA LUXEMBOURG ILReS Mr. Charles MARGUE tel. ++/352 49 92 91 46, rue du Cimetière [email protected] fax ++/352 49 92 95 555 L-1338 LUXEMBOURG NEDERLAND Intomart Mr. Dré Koks tel. ++/31/35/625 84 11 Noordse Bosje 13-15 [email protected] fax ++/31/35/625 84 33 NL - 1201 DA HILVERSUM AUSTRIA SPECTRA Mrs. Jitka NEUMANN tel. ++/43/732/6901 Brucknerstrasse, 3-5/4 [email protected] fax ++/43/732/6901-4 A-4020 LINZ PORTUGAL MetrisGFK Mrs. Mafalda BRASIL tel. ++/351 210 000 200 Rua Marquês da Fronteira, 8 – 1° Andar [email protected] fax ++/351 210 000 290 1070 - 296 LISBOA FINLAND MDC MARKETING RESEARCH Ltd Mr. Mika Kiiski tel. ++/358 9 613 500 Itätuulenkuja 10 A [email protected] fax ++/358 9 613 50 423 FIN-02100 ESPOO SWEDEN GfK SVERIGE Mr. Rikard EKDAHL tel. ++/46 46 18 16 00 S:t Lars väg 46 [email protected] fax ++/46 46 18 16 11 S-221 00 LUND GREAT BRITAIN MARTIN HAMBLIN LTD Mrs. Kerry Walsh tel. ++/44 207 222 81 81 Mulberry House, Smith Square 36 kerry.walsh@ fax ++/44 207 396 90 46 UK-London Swip 3HL martinhamblin-gfk.co.uk

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55

EUROBAROMETER - spring 2004 (Between brackets: Change since autumn 2003)

Membership

good thing 1 Benefit from

membership 2 Trust in the European Union 3

Trust in the European

Commission 4

Support for the euro 5

Support for enlargement 6

Support for a common

Foreign policy 7

Support for a common Defence/

Security policy 8

Support for an EU

Constitution 9

EU25 47 (-2) 48 (=) 41 (-1) 48 (+1) 60 (=) 46 (-4) 66 (+2) 74 (+3) 63 (=) BE 57 (+1) 58 (+1) 49 (+4) 63 (+8) 83 (+2) 38 (-5) 71 (-2) 77 (-3) 72 (+4) DK 54 (-3) 64 (-3) 41 (+1) 47 (+2) 50 (-2) 59 (-4) 50 (-6) 61 (+1) 37 (-9) DE 45 (-1) 39 (+2) 35 (=) 39 (-1) 58 (-2) 28 (-10) 74 (+2) 80 (+4) 68 (+5) EL 71 (+9) 82 (+7) 68 (+3) 63 (+3) 64 (=) 66 (+1) 78 (+3) 80 (+5) 66 (-8) ES 64 (+2) 69 (+3) 58 (+1) 53 (-2) 74 (+4) 59 (-3) 69 (+3) 74 (=) 70 (+5) FR 43 (-1) 46 (-2) 42 (+5) 52 (+2) 68 (=) 37 (+3) 66 (+2) 75 (+4) 62 (+2) IE 71 (-2) 80 (-2) 56 (+3) 61 (=) 83 (+4) 60 (+1) 66 (+5) 60 (+7) 59 (+6) IT 54 (-4) 49 (=) 54 (-3) 63 (+3) 69 (-1) 55 (-6) 77 (+1) 83 (+2) 78 (+4) LU 75 (-2) 69 (=) 53 (+1) 66 (+5) 88 (+5) 37 (-8) 77 (-1) 83 (=) 75 (+9) NL 64 (+2) 55 (+1) 39 (+1) 54 (+2) 58 (-4) 44 (-6) 69 (-2) 77 (+2) 70 (+3) AT 30 (-5) 38 (-2) 31 (-5) 37 (-5) 68 (+1) 34 (-7) 62 (-3) 57 (-7) 60 (-4) PT 55 (=) 66 (+1) 60 (-1) 56 (=) 67 (-2) 52 (=) 62 (-3) 68 (=) 57 (+2) FI 46 (+7) 46 (+6) 40 (+7) 59 (+8) 73 (+3) 48 (-5) 55 (+3) 57 (+6) 52 (+3) SE 37 (-3) 27 (-4) 29 (+1) 48 (+4) 45 (+4) 54 (=) 49 (+1) 55 (+6) 53 (-10) UK 29 (+1) 30 (=) 19 (-1) 26 (=) 26 (+3) 31 (-7) 39 (+4) 52 (+4) 42 (-6) EU15 48 (=) 47 (+1) 41 (=) 47 (+1) 60 (+1) 42 (-5) 65 (+1) 72 (+2) 63 (+1) CZ 41 (-3) 46 (-3) 42 (-1) 35 (=) 56 (=) 63 (-1) 57 (=) 78 (-1) 48 (-9) EE 31 (-7) 41 (-4) 39 (+1) 44 (+7) 46 (=) 58 (+2) 62 (+1) 77 (+1) 54 (-10) CY 42 (-17) 56 (-15) 57 (-8) 49 (-5) 65 (+7) 80 (+5) 81 (=) 91 (+4) 69 (-4) LV 33 (-13) 49 (-9) 39 (-6) 32 (-11) 55 (+3) 67 (-2) 67 (-1) 77 (-3) 57 (-16) LT 52 (-3) 57 (-6) 50 (+3) 45 (+8) 63 (+7) 67 (+5) 61 (-1) 70 (-5) 52 (-5) HU 45 (-11) 58 (-4) 54 (-2) 58 (+3) 63 (+2) 74 (+7) 70 (+7) 82 (+3) 75 (+13) MT 50 (-5) 57 (-3) 50 (-3) 50 (-2) 46 (-2) 68 (=) 50 (+5) 54 (+3) 59 (-3) PL 42 (-10) 50 (-6) 33 (-7) 49 (+2) 59 (+3) 72 (-2) 70 (+4) 79 (+6) 65 (-11) SK 46 (-12) 57 (-8) 47 (-4) 54 (+1) 68 (-3) 80 (+1) 74 (-2) 82 (-1) 65 (-5) SI 40 (-10) 64 (-8) 47 (+2) 52 (+8) 82 (+1) 79 (+1) 76 (+2) 78 (+2) 68 (=) NMS10 43 (-9) 52 (-5) 40 (-4) 48 (+2) 60 (+2) 71 (=) 68 (+3) 79 (+3) 63 (-7)

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1. Membership good thing: Generally speaking, do you think that (our country’s) membership of the European Union is (AC10: will be – previously would be)...? (A good thing / A bad thing / Neither good nor bad) [% A good thing]

2. Benefit from membership: Taking everything into consideration, would you say that (our country) has on balance benefited or not (AC10: will benefit – previously could benefit) from being a member of the European Union? [% Benefited]

3. Trust in the European Union: I would like to ask you a question about how much trust you have in certain institutions. For each of the following institutions, please tell me if you tend to trust it or tend not to trust it. – The European Union [% Tend to trust]

4. Trust in the European Commission: And for each of [the following European institutions], please tell me if you tend to trust it or tend not to trust it? - The European Commission [% Tend to trust]

5. Support for the euro: What is your opinion on each of the following statements? Please tell me for each proposal, whether you are for it or against it. « A European monetary union with one single currency, the euro» [% For]

6. Support for enlargement: What is your opinion on each of the following statements? Please tell me for each proposal, whether you are for it or against it. « The enlargement of the European Union to include ten new countries this May » [% For] (Previously « The enlargement of the European Union to include new countries »)

7. Support for a common foreign policy: What is your opinion on each of the following statements? Please tell me for each proposal, whether you are for it or against it. « One common foreign policy among the Member States of the European Union, towards other countries » [% For]

8. Support for a common defence/security policy: What is your opinion on each of the following statements? Please tell me for each proposal, whether you are for it or against it. « A common defence and security policy among the European Union member states » [% For]

9. Support for an EU Constitution: What is your opinion on each of the following statements? Please tell me for each proposal, whether you are for it or against it. « A constitution for the European Union » [% For] (Previously Do you think that the European Union should or should not have a Constitution? [% Should])

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EB 61.0 Nº QUESTIONÁRIO ‘____’____’____’____’ ____________________________________________________________________________________________ • A MetrisGfK realiza um estudo a nível nacional e desde já agradece a valiosa colaboração que lhe queiram prestar. Do conjunto das pessoas cá de casa, eu posso falar com a próxima a fazer anos, que tenha mais de 15 anos?

• REGISTE OS DADOS DO INDIVÍDUO SELECCIONADO: 1) SEXO: 2) IDADE: MASCULINO ..................... 1 ‘___’’___’ FEMININO ......................... 2 3) ENTREVISTA SUBSTITUÍDA 4) SPLIT BALLOT: (77) SIM..................................... 1 SPLIT BALLOT A…….1 NÃO ................................... 2 ____________________________________________________________________________________________ Q.1 Qual é a sua nacionalidade? Diga-me por favor, qual é o país (ou países) da sua nacionalidade? (VÁRIAS RESPOSTAS POSSÍVEIS) BÉLGICA ................................................................................... (78) 1 DINAMARCA ............................................................................. (79) 2 ALEMANHA............................................................................... (80) 3 GRÉCIA ..................................................................................... (81) 4 ESPANHA.................................................................................. (82) 5 FRANÇA .................................................................................... (83) 6 IRLANDA ................................................................................... (84) 7 ITÁLIA........................................................................................ (85) 8 → Q.2 LUXEMBURGO ......................................................................... (86) 9 HOLANDA ................................................................................. (87) 10 PORTUGAL ............................................................................... (88) 11 REINO UNIDO (Grã-Bretanha, Irlanda do Norte) ..................... (89) 12 ÁUSTRIA ................................................................................... (90) 13 SUÉCIA ..................................................................................... (91) 14 FINLÂNDIA ................................................................................ (92) 15 OUTROS PAÍSES ..................................................................... (93) 16 → TERMINAR A ENTREVISTA NS/NR........................................................................................ (94) 17 Q.2 Quando está entre pessoas amigas, discute assuntos políticos frequentemente, de vez em quando ou nunca? (UMA SÓ RESPOSTA)

(95) Frequentemente ....................................................................................................................1 De vez em quando.................................................................................................................2 Nunca ....................................................................................................................................3 NS/NR....................................................................................................................................4

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Q.3 Quando tem uma opinião firme sobre qualquer assunto, tenta convencer os seus amigos, colegas de trabalho e familiares a adoptar essa opinião? Isso acontece ... ? (LER - UMA SÓ RESPOSTA) (96) Frequentemente ....................................................................................................................1 De vez em quando.................................................................................................................2 Raramente .............................................................................................................................3 Nunca ....................................................................................................................................4 NS/NR....................................................................................................................................5 Q.4 Quais são as suas expectativas para os próximos doze meses: os próximos doze meses serão melhores, piores ou iguais, no que diz respeito...

LER MELHOR PIOR IGUAL NS/NR

1. ... à sua vida em geral

(97) 1

2

3

4

2. ... à situação económica em Portugal

(98) 1

2

3

4

3. ... à situação financeira na sua casa

(99) 1

2

3

4

4. ... à situação do emprego em Portugal

(100) 1

2

3

4

5. ... à sua situação profissional

(101) 1

2

3

4

Q.5 Se comparar a sua situação actual com a de há cinco anos, diria que ela melhorou, que está quase na mesma ou que piorou? (102)

Melhorou................................................................................................................................1 Está quase na mesma...........................................................................................................2 Piorou ....................................................................................................................................3 NS/NR....................................................................................................................................4 Q.6 Nos próximos cinco anos, espera que a sua situação pessoal melhore, se mantenha na mesma ou piore ? (103)

Melhore..................................................................................................................................1 Se mantenha na mesma........................................................................................................2 Piore.......................................................................................................................................3 NS/NR....................................................................................................................................4

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Q.7 Gostaria agora de lhe fazer agora uma pergunta sobre a confiança que lhe inspiram certas instituições. Para cada uma delas, diga-me por favor se tem ou não confiança nela?

LER TEM CONFIANÇA NÃO TEM CONFIANÇA NS/NR

1. A imprensa escrita

(104) 1

2

3

2. A rádio

(105) 1

2

3

3. A televisão

(106) 1

2

3

4. A Justiça / o sistema judicial português

(107) 1

2

3

5. A polícia

(108) 1

2

3

6. O exército

(109) 1

2

3

7. As instituições religiosas

(110) 1

2

3

8. Os sindicatos

(111) 1

2

3

9. Os partidos políticos

(112) 1

2

3

10. As grandes empresas

(113) 1

2

3

11. O Governo português

(114) 1

2

3

12. A Assembleia da República

(115) 1

2

3

13. A União Europeia

(116) 1

2

3

14. A Organização das Nações Unidas

(117) 1

2

3

15. As associações de beneficência ou de solidariedade social

(118) 1

2

3

Continuemos com algumas perguntas sobre a União Europeia. Q.8 De uma maneira geral, pensa que o facto de Portugal fazer parte da União Europeia é ... ? (LER) (119) Uma coisa boa............................................................................................................................... 1 Uma coisa má................................................................................................................................ 2 Uma coisa nem boa nem má......................................................................................................... 3 NS/NR............................................................................................................................................ 4 Q.9 Tendo tudo em consideração, acha que Portugal beneficiou ou não de ser membro da União Europeia ? (120) Beneficiou ...................................................................................................................................... 1 Não beneficiou............................................................................................................................... 2 NS/NR............................................................................................................................................ 3 Q.10 De uma maneira geral, a União Europeia tem para si uma imagem muito positiva, positiva, neutra, negativa ou muito negativa? (121) Muito positiva................................................................................................................................. 1 Positiva .......................................................................................................................................... 2 Neutra ............................................................................................................................................ 3 Negativa......................................................................................................................................... 4 Muito negativa ............................................................................................................................... 5 NS/NR............................................................................................................................................ 6

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Q.11 O que é que a União Europeia representa para si pessoalmente? (MOSTRAR LISTA 1 – LER - VÁRIAS RESPOSTAS POSSÍVEIS – FAZER ROTAÇÃO DE CIMA PARA BAIXO E DE BAIXO PARA CIMA) A paz........................................................................................................................................(122) 1

A prosperidade económica......................................................................................................(123) 2

A democracia...........................................................................................................................(124) 3

A protecção social ...................................................................................................................(125) 4

A liberdade de viajar, estudar e trabalhar em qualquer lugar da União Europeia ..................(126) 5

A diversidade cultural ..............................................................................................................(127) 6

Uma voz mais forte no Mundo.................................................................................................(128) 7

O Euro .....................................................................................................................................(129) 8

O desemprego .........................................................................................................................(130) 9

A burocracia.............................................................................................................................(131) 10

Um desperdício de dinheiro.....................................................................................................(132) 11

A perda da nossa identidade nacional ....................................................................................(133) 12

Mais criminalidade...................................................................................................................(134) 13

Não existir controlo suficiente nas fronteiras exteriores..........................................................(135) 14

Outra (SE ESPONTÂNEO) .....................................................................................................(136) 15

NS/NR......................................................................................................................................(137) 16

Q.12 O(A) Sr(a). tem mais tendência para concordar ou mais tendência para discordar com as seguintes frases?

LER

TENDÊNCIA PARA

CONCORDAR

TENDÊNCIA PARA

DISCORDAR

NS/ NR

1. Sinto que estou mais seguro(a) porque Portugal é membro da União Europeia (138) 1 2 3

2. Sinto que estamos mais estáveis economicamente porque Portugal é membro da União Europeia

(139) 1 2 3

3. Sinto que estamos mais estáveis politicamente porque Portugal é membro da União Europeia

(140) 1 2 3

4. A minha voz conta na União Europeia

(141) 1 2 3

5. Compreendo o funcionamento da União Europeia

(142) 1 2 3

6. A voz de Portugal conta na União Europeia

(143) 1 2 3

7. No futuro Portugal irá ter mais influência na União Europeia

(144) 1 2 3

8. Os países maiores são os que têm mais poder na União Europeia

(145) 1 2 3

9. Portugal tem mais influência agora na União Europeia do que tinha há 10 anos atrás

(146) 1 2 3

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Q.13a Na sua opinião, qual é a velocidade actual da construção europeia ? Observe, por favor, estas figuras (MOSTRAR LISTA 2) A Nº1 está parada e a Nº7 avança o mais rapidamente possível. Escolha por favor, a figura que melhor corresponde à opinião que tem sobre a velocidade actual da construção europeia ? (REGISTE A RESPOSTA NO QUADRO EM BAIXO) Q.13b E qual é a figura que corresponde melhor à velocidade que o Sr. (Sra.) gostaria que estivesse a acontecer ? (MOSTRAR DE NOVO A LISTA 2 E REGISTAR A RESPOSTA NO QUADRO EM BAIXO) Q.13a

Velocidade Actual

Q.13b

Velocidade Desejada 1 - Parada (147) 1 (148) 1 2 2 2 3 3 3 4 4 4 5 5 5 6 6 6 7 - A avançar o mais rapidamente possível 7 7 8 - NS/NR 8 8 Q.14a Em sua opinião, dentro de cinco anos, a União Europeia terá um papel mais importante, menos importante ou o mesmo papel na sua vida quotidiana ? Q.14b E gostaria que, dentro de cinco anos, a União Europeia tivesse um papel mais importante, menos importante ou o mesmo papel na sua vida quotidiana ?

LER

MAIS IMPORTANTE

MENOS IMPORTANTE

O MESMO PAPEL NS / NR

Q.14a - Espera

(149) 1

2

3

4

Q.14b - Gostaria

(150) 1

2

3

4

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Q.15 Algumas pessoas podem ter receios sobre a construção da Europa, a União Europeia. Tem aqui uma lista de coisas sobre as quais algumas pessoas dizem ter receio. Para cada uma delas, poder-me-ia dizer se, pessoalmente, as receia actualmente ou não? (LER)

LER RECEIA

ACTUALMENTE NÃO RECEIA

ACTUALMENTE NS/ NR

1. Uma perda de poderes para os Estados Membros mais pequenos

(151) 1 2 3

2. Um aumento de tráfico de droga e do crime internacional organizado

(152) 1 2 3

3. Que a nossa língua seja cada vez menos utilizada

(153) 1 2 3

4. Que o nosso país pague cada vez mais à União Europeia

(154) 1 2 3

5. A perda das ajudas sociais

(155) 1 2 3

6. A perda da nossa identidade e da nossa cultura nacional

(156) 1 2 3

7. Uma crise económica

(157) 1 2 3

8. A transferência de empregos para outros países membros que têm custos de produção mais baixos

(158) 1 2 3

9. Mais dificuldades para os agricultores portugueses

(159) 1 2 3

Q.16 Utilizando esta escala, em que medida acha que se sente informado(a) acerca da União Europeia, das suas políticas, das suas instituições? (LER - MOSTRAR LISTA 3 COM ESCALA)

LER NÃO

SABE NADA

SABE MUITO

NS/NR

(161)(162)

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

Q.17 Em que medida é que se sente informado(a) sobre o alargamento da União Europeia no próximo mês de Maio, ou seja, a entrada de dez novos países na União Europeia? Sente-se … (MOSTRAR LISTA 4 – LER – UMA SÓ RESPOSTA) (163) Muito bem informado(a)..............................................................1 Bem informado(a) .......................................................................2 Não muito bem informado(a)......................................................3 Nada informado(a)......................................................................4 NS/NR 5

Coluna (160): BRANCA

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Q.18 Quando está à procura de informações sobre a União Europeia, as suas políticas e as suas instituições, quais das seguintes fontes de informação utiliza ? E que outras fontes ? (MOSTRAR LISTA 5 – LER - VÁRIAS RESPOSTAS POSSÍVEIS) Em reuniões.........................................................................................................................................(164) 1

Discussões com a família, amigos, colegas........................................................................................(165) 2

Jornais diários......................................................................................................................................(166) 3

Outros jornais, revistas........................................................................................................................(167) 4

Televisão .............................................................................................................................................(168) 5

Rádio....................................................................................................................................................(169) 6

Internet.................................................................................................................................................(170) 7

Livros, brochuras, panfletos de informação.........................................................................................(171) 8

CD-Rom...............................................................................................................................................(172) 9

Gabinetes de informação da União Europeia, pontos de informação europeia, bibliotecas europeias, etc. ...................................................................................................................(173) 10

Agências de informação especializadas das administrações nacionais ou locais . ...........................(174) 11

Sindicatos ou associações profissionais .............................................................................................(175) 12

Outras organizações (por exemplo, organizações de consumidores, etc.) ........................................(176) 13

Um membro do Parlamento Europeu..................................................................................................(177) 14

Outros políticos....................................................................................................................................(178) 15

Outros (SE ESPONTÂNEO) ...............................................................................................................(179) 16

Nunca procura este tipo de informações, não está interessado(a) (SE ESPONTÂNEO) .................(180) 17

NS/NR..................................................................................................................................................(181) 18

Q.19 De uma forma geral, pensa que os meios de comunicação social portugueses falam demasiado, falam o suficiente ou falam muito pouco sobre a União Europeia? (182) Demasiado.................................................................................................................1 O suficiente................................................................................................................2 Muito pouco ...............................................................................................................3 NS/NR........................................................................................................................4 Q.20 E pensa que os meios de comunicação social portugueses falam da União Europeia de uma forma demasiado positiva, de uma forma objectiva ou de uma forma demasiado negativa? (183) De uma forma demasiado positiva ............................................................................1 De uma forma objectiva.............................................................................................2 De uma forma demasiado negativa...........................................................................3 NS/NR........................................................................................................................4

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Q.21 Já alguma vez ouviu falar…?

LER SIM NÃO NS/NR

1. Do Parlamento Europeu (184) 1 2 3

2. Da Comissão Europeia (185) 1 2 3

3. Do Conselho de Ministros da União Europeia (186) 1 2 3

4. Do Tribunal de Justiça da União Europeia (187) 1 2 3

5. Do Provedor de Justiça Europeu (188) 1 2 3

6. Do Banco Central Europeu (189) 1 2 3

7. Do Tribunal de Contas Europeu (190) 1 2 3

8. Do Comité das Regiões da União Europeia (191) 1 2 3

9. Do Comité Económico e Social da União Europeia (192) 1 2 3 Q.22 Para cada uma das seguintes instituições europeias, pensa que ela desempenha um papel importante ou não importante na vida da União Europeia?

LER IMPORTANTE NÃO IMPORTANTE NS/NR

1. Parlamento Europeu (193) 1 2 3

2. Comissão Europeia (194) 1 2 3

3. Conselho de Ministros da União Europeia (195) 1 2 3

4. Tribunal de Justiça da União Europeia (196) 1 2 3

5. Provedor de Justiça Europeu (197) 1 2 3

6. Banco Central Europeu (198) 1 2 3

7. Tribunal de Contas Europeu (199) 1 2 3

8. Comité das Regiões da União Europeia (200) 1 2 3

9. Comité Económico e Social da União Europeia (201) 1 2 3

Q.23 Para cada uma dessas instituições, importa-se de me dizer se tem ou não confiança nela?

LER

TEM

CONFIANÇA NÃO TEM

CONFIANÇA NS/NR

1. Parlamento Europeu (202) 1 2 3

2. Comissão Europeia (203) 1 2 3

3. Conselho de Ministros da União Europeia (204) 1 2 3

4. Tribunal de Justiça da União Europeia (205) 1 2 3

5. Provedor de Justiça Europeu (206) 1 2 3

6. Banco Central Europeu (207) 1 2 3

7. Tribunal de Contas Europeu (208) 1 2 3

8. Comité das Regiões da União Europeia (209) 1 2 3

9. Comité Económico e Social da União Europeia (210) 1 2 3

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Q.24 Para cada uma das seguintes afirmações sobre a União Europeia, poderia dizer-me se pensa que ela é verdadeira ou falsa?

LER VERDADEIRA FALSA NS/NR 1. A União Europeia é composta actualmente por 12 Estados Membros

(211) 1

2

3

2. A Comunidade Europeia foi criada logo a seguir à Primeira Guerra Mundial, no início dos anos 20

(212) 1

2

3

3. A bandeira Europeia é azul com estrelas amarelas

(213) 1

2

3

4. Na bandeira Europeia há uma estrela por cada país membro

(214) 1

2

3

5. A sede da Comissão Europeia está situada em Estrasburgo

(215) 1

2

3

.6. Os deputados europeus são eleitos directamente pelos cidadãos da União Europeia

(216) 1

2

3

7. O Presidente da Comissão Europeia é eleito directamente pelos cidadãos da União Europeia

(217) 1

2

3

8. A União Europeia tem o seu próprio hino

(218) 1

2

3

9. Todos os anos, há um Dia da Europa nos países da União Europeia

(219) 1

2

3

10. As próximas eleições europeias terão lugar em Junho de 2006

(220) 1

2

3

Q.25 & Q.26: NÃO SE FAZEM EM PORTUGAL Colunas (221) a (222): BRANCAS Q.27 Na sua opinião, quais são os dois problemas mais importantes que Portugal enfrenta actualmente? (MOSTRAR LISTA 6 – LER – MÁXIMO 2 RESPOSTAS POSSÍVEIS) A insegurança.................................................................................................................(223) 1 Os transportes públicos..................................................................................................(224) 2 A situação económica.....................................................................................................(225) 3 A subida de preços / a inflação ......................................................................................(226) 4 Os impostos....................................................................................................................(227) 5 O desemprego ................................................................................................................(228) 6 O terrorismo....................................................................................................................(229) 7 A defesa / Negócios estrangeiros...................................................................................(230) 8 A habitação.....................................................................................................................(231) 9 A imigração..................................................................................................................... (232) 10 O sistema de saúde........................................................................................................ (233) 11 O sistema educativo ....................................................................................................... (234) 12 As reformas / pensões.................................................................................................... (235) 13 A protecção do meio ambiente....................................................................................... (236) 14 Outros (SE ESPONTÂNEO) .......................................................................................... (237) 15 NS/NR............................................................................................................................. (238) 16

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Q.28 Para cada uma das seguintes áreas em Portugal, na sua opinião a União Europeia desempenha um papel positivo, um papel negativo ou um papel nem positivo nem negativo?

LER PAPEL POSITIVO PAPEL NEGATIVO

NEM POSITIVO NEM NEGATIVO NS/NR

1. Luta contra a criminalidade (239) 1 2 3 4 2. Transportes públicos (240) 1 2 3 4 3. Situação económica (241) 1 2 3 4 4. Subida de preços / Inflação (242) 1 2 3 4 5. Impostos (243) 1 2 3 4 6. Luta contra o desemprego (244) 1 2 3 4 7. Luta contra o terrorismo (245) 1 2 3 4 8. Defesa (246) 1 2 3 4 9. Negócios estrangeiros (247) 1 2 3 4 10. Habitação (248) 1 2 3 4 11. Imigração (249) 1 2 3 4 12. Sistema de saúde (250) 1 2 3 4 13. Sistema educativo (251) 1 2 3 4 14. Reformas / pensões (252) 1 2 3 4 15. Protecção do ambiente (253) 1 2 3 4 Q.29 Qual é a sua opinião sobre cada uma das afirmações seguintes? Diga-me por favor, para cada afirmação, se é a favor ou contra?

LER – RODAR AS FRASES A FAVOR CONTRA NS/NR

1. Uma União Monetária Europeia com uma moeda única, o Euro. (254) 1 2 3

2. Uma política externa comum aos Estados-Membros da União Europeia em relação aos outros países. (255) 1 2 3

3. Uma política de defesa e segurança comum aos Estados-Membros da União Europeia. (256) 1 2 3

4. O alargamento da União Europeia a dez novos países no próximo mês de Maio. (257) 1 2 3

5. O alargamento da União Europeia a outros países nos próximos anos (258) 1 2 3

6. Uma constituição para a União Europeia (259) 1 2 3

7. O facto da Comissão Europeia ser composta por comissários provenientes de cada um dos Estados-Membros. (260) 1 2 3

8. Uma velocidade da construção europeia mais elevada num grupo de países do que noutros países. (261) 1 2 3

9. Ensinar às crianças, na escola, como funcionam as instituições da União Europeia. (262) 1 2 3

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Q.30 A União Europeia já possui uma Politica Estrangeira e de Segurança comum e uma Politica Europeia de Segurança e de Defesa. Debate-se agora em que medida essas politicas deveriam ser desenvolvidas. Diga-me, por favor, se concorda ou discorda com cada uma das seguintes afirmações?

LER – RODAR AS FRASES CONCORD

A DISCORD

A NS/NR

1. A União Europeia deveria possuir uma força militar de reacção rápida que pudesse ser rapidamente enviada para as zonas de conflito, quando se verificasse uma crise internacional

(263) 1 2 3

2. Quando se verificasse uma crise internacional, os Estados membros da União Europeia deveriam concordar sobre uma posição comum

(264) 1 2 3

3. A União Europeia deveria ter o seu próprio Ministro dos Negócios Estrangeiros, que pudesse ser o porta-voz da posição comum da União Europeia

(265) 1 2 3

4. A União Europeia deveria ter o seu lugar próprio no Conselho de Segurança das Nações Unidas

(266) 1 2 3

5. Os Estados Membros que optaram pela neutralidade deveriam ter uma palavra a dizer na política estrangeira da União Europeia

(267) 1 2 3

6. A política estrangeira da União Europeia deveria ser autónoma da política estrangeira dos Estados Unidos (268) 1 2 3

7. A União Europeia deveria garantir os Direitos do Homem em cada Estado membro, mesmo que isso seja contrário à vontade de alguns Estados membros

(269) 1 2 3

8. A União Europeia deveria trabalhar para garantir os Direitos do Homem no mundo, mesmo que isso seja contrário à vontade de certos países (270) 1 2 3

9. Os Estados membros da União Europeia deveriam ter uma política de imigração comum em relação às pessoas de fora da União Europeia (271) 1 2 3

10. Os Estados membros da União Europeia deveriam ter um política de asilo político comum em relação às pessoas que pedem asilo (272) 1 2 3

Q.31 Na sua opinião, as decisões que dizem respeito à política europeia de defesa deveriam ser tomadas pelos governos nacionais, pela NATO ou pela União Europeia ? (UMA SÓ RESPOSTA) (273) Governos nacionais ....................................................................................................................... 1 NATO............................................................................................................................................. 2 União Europeia .............................................................................................................................. 3 Outro (SE ESPONTÂNEO) ........................................................................................................... 4 NS/NR............................................................................................................................................ 5

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Q.32 O Conselho Europeu é composto pelos chefes de Estado ou de Governo dos Estados membros da União Europeia e pelo Presidente da Comissão. A presidência do Conselho Europeu é assegurada por cada país à vez, por um período de 6 meses. Pensa que…? (LER – UMA SÓ RESPOSTA) (274) …uma presidência de 6 meses deveria ser mantida, porque proporciona a cada Estado membro a possibilidade de presidir a União Europeia de forma regular .......................... 1

…a presidência deveria ser alargada porque 6 meses é demasiado curto para obter resultados significativos ....................................................................................................... 2

NS/NR............................................................................................................................................ 3

Q.33 Actualmente, cada Estado membro da União Europeia dispõe, em determinadas áreas, do direito de veto. Pensa que, no futuro, esse direito de veto deveria…? (LER – UMA SÓ RESPOSTA)

(275) …ser mantido para preservar os interesses nacionais essenciais ......................................................... 1

…ser limitado a muito poucas áreas essenciais .................................................................................... 2

…ser abandonado para todas as decisões, de modo a tornar a União Europeia mais eficiente ........... 3

NS/NR...................................................................................................................................................... 4

Q.34 O projecto da Constituição europeia define novas regras para os votos no seio do Conselho de Ministros da União Europeia. Qual das seguintes frases é para si a mais favorável? (MOSTRAR LISTA 7 - LER - UMA SÓ RESPOSTA)

(276) Cada Estado Membro deveria ter direito a um voto independentemente do tamanho da sua população ...1

O número de votos por Estado Membro deveria ser proporcional ao tamanho da sua população..............2

Deveria ser encontrada uma outra solução (SE ESPONTÂNEO) ................................................................3

NS/NR............................................................................................................................................................4

Q.35 Em qual dos domínios seguintes pensa que a União Europeia gasta a maior parte do seu orçamento? (MOSTRAR LISTA 8 - LER - UMA SÓ RESPOSTA) (277) No emprego e nos assuntos sociais..............................................................................................................1

Na agricultura ................................................................................................................................................2

Na investigação científica..............................................................................................................................3

Nas ajudas regionais .....................................................................................................................................4

Na política estrangeira e na ajuda aos países fora da União Europeia ........................................................5

Nas despesas administrativas e de pessoal, edifícios ..................................................................................6

Outra resposta (SE ESPONTÂNEO) ............................................................................................................7

NS/NR 8

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Q.36 Provavelmente já ouviu falar da globalização, ou seja, a abertura a todas as economias, que leva à criação de um mercado mundial. Tem mais tendência a concordar ou tem mais tendência a discordar com cada uma das seguintes frases ?

LER

A CONCORDAR A DISCORDAR NS/NR

1. De uma maneira geral, a globalização é uma boa coisa para Portugal

(278) 1

2

3

2. De uma maneira geral, a globalização é uma boa coisa para mim

(279) 1

2

3

3. A globalização leva a uma concentração do poder nas grandes empresas, à custa das outras

(280) 1

2

3

4. A globalização aumenta os problemas do meio ambiente à escala mundial

(281) 1

2

3

5. A globalização representa uma boa oportunidade para as empresas portuguesas

(282) 1

2

3

6. A globalização representa uma ameaça para o emprego em Portugal

(283) 1

2

3

7. A globalização aumenta a variedade dos produtos à venda em Portugal

(284) 1

2

3

8. A globalização baixa os preços dos produtos e dos serviços através do aumento da concorrência

(285) 1

2

3

9. A globalização torna mais difícil controlar a qualidade dos produtos alimentares vendidos em Portugal

(286) 1

2

3

10. A globalização leva a um Mundo com menos contrastes e mais uniforme

(287) 1

2

3

Q.37 Da seguinte lista, em quem é que confia mais para controlar os efeitos da globalização ? (MOSTRAR LISTA 9 - LER - VÁRIAS RESPOSTAS POSSÍVEIS) Os partidos políticos ....................................................................................................................... (288) 1

O governo português...................................................................................................................... (289) 2

A União Europeia............................................................................................................................ (290) 3

Os Verdes / os movimentos de defesa do meio ambiente / os ecologistas / grupos ecológicos... (291) 4

Os sindicatos .................................................................................................................................. (292) 5

As associações de defesa dos consumidores ............................................................................... (293) 6

As empresas multinacionais........................................................................................................... (294) 7

A Organização Mundial do Comércio............................................................................................. (295) 8

As Nações Unidas .......................................................................................................................... (296) 9

O Banco Mundial / O Fundo Monetário Internacional .................................................................... (297) 10

O governo dos Estados Unidos...................................................................................................... (298) 11

Os movimentos anti ou alter-globalização .................................................................................... (299) 12

As organizações não governamentais (ONGs).............................................................................. (300) 13

Os próprios cidadãos...................................................................................................................... (301) 14

Outros (SE ESPONTÂNEO) .......................................................................................................... (302) 15

Ninguém (SE ESPONTÂNEO) ...................................................................................................... (303) 16

NR/NR ............................................................................................................................................ (304) 17

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Q.38 Num futuro próximo como é que se vê a si próprio? (MOSTRAR LISTA 10 - LER - UMA SÓ RESPOSTA) (305) Como Português unicamente ......................................................................... 1 Como Português e Europeu ........................................................................... 2 Como Europeu e Português ........................................................................... 3 Como Europeu unicamente............................................................................ 4 NS/NR............................................................................................................. 5

Coluna 306: BRANCA Q.39a De uma maneira geral, está muito satisfeito, bastante satisfeito, não muito satisfeito ou nada satisfeito com o funcionamento da democracia em Portugal? (MOSTRAR LISTA 11 COM ESCALA) Q.39b E com o funcionamento da democracia na União Europeia? (MOSTRAR DE NOVO LISTA 11) LER MUITO

SATISFEITO BASTANTE SATISFEITO

NÃO MUITO SATISFEITO

NADA SATISFEITO NS/NR

Q.39a - Em Portugal

(307) 1

2

3

4

5

Q.39b - Na União Europeia

(308) 1

2

3

4

5

Vamos falar sobre o Parlamento Europeu. Q.40 Suponhamos que as Eleições Legislativas teriam lugar amanhã, poder-me-ia dizer qual é a probabilidade de o(a) Sr(a). ir votar nesta eleição? Utilize por favor esta escala que vai de 1 a 10, em que “1” significa que tem a certeza de não ir votar e “10” que tem a certeza de ir votar. Pode utilizar os números intermédios entre 1 e 10. (MOSTRAR LISTA 12 COM A ESCALA)

LER 1

(NÃO IRIA VOTAR DE CERTEZA)

2 3 4 5 6 7 8 9 10

(IRIA VOTAR DE CERTEZA)

NS/NR

(309)(310) 01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

11

Q.41 As eleições do Parlamento Europeu terão lugar no próximo mês, poder-me-ia dizer qual é a probabilidade de o(a) Sr(a). ir votar nesta eleições? Utilize por favor esta escala que vai de 1 a 10, em que “1” significa que tem a certeza de não ir votar e “10” que tem a certeza de ir votar. Pode utilizar os números intermédios entre 1 e 10. (MOSTRAR DE NOVO LISTA 12 COM A ESCALA)

LER 1

(NÃO VAI VOTAR DE CERTEZA)

2 3 4 5 6 7 8 9 10

(VAI VOTAR DE CERTEZA)

NS/NR

(311)(312) 01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

11

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PERGUNTAR APENAS SE CÓDIGO 2 A 11 NA Q.41, OS OUTROS PASSAM PARA A Q.43 Q.42 Se decidir votar nas próximas eleições europeias, quais serão as razões mais importantes que influenciarão a sua decisão de voto? (MOSTRAR LISTA 13 - LER – VÁRIAS RESPOSTAS POSSÍVEIS) A sua opinião sobre as questões e os assuntos nacionais................................................................ (313) 1

A sua opinião sobre as questões e os assuntos europeus................................................................ (314) 2

O partido do(s) candidato(s)............................................................................................................... (315) 3

A personalidade do(s) candidato(s).................................................................................................... (316) 4

As propostas do(s) candidato(s)......................................................................................................... (317) 5

Outra resposta (SE ESPONTÂNEO) ................................................................................................. (318) 6

NS/NR................................................................................................................................................. (319) 7

A TODOS

Q.43 Depois das últimas eleições do Parlamento Europeu, viu ou ouviu alguma coisa ou teve qualquer tipo de contactos com um membro do Parlamento Europeu de alguma das seguintes formas? (MOSTRAR LISTA 14 – LER – VÁRIAS RESPOSTAS POSSÍVEIS) Sim, li sobre os membros do Parlamento Europeu em jornais ou revistas........................................ (320) 1

Sim, vi membros do Parlamento Europeu na televisão ..................................................................... (321) 2

Sim, ouvi membros do Parlamento Europeu na rádio........................................................................ (322) 3

Sim, li sobre os membros do Parlamento Europeu na Internet.......................................................... (323) 4

Sim, recebi panfletos, brochuras ou cartas de um membro do Parlamento Europeu ....................... (324) 5

Sim, vi membros do Parlamento Europeu em reuniões públicas ...................................................... (325) 6

Não, não vi nem ouvi nada nem tive contactos com um membro do Parlamento Europeu .............. (326) 7

Outra (SE ESPONTÂNEO) ................................................................................................................ (327) 8

NS/NR................................................................................................................................................. (328) 9

Q.44 Pessoalmente estaria interessado(a) em ver ou ouvir mais coisas sobre os membros do Parlamento Europeu em algumas das formas de que temos estado a falar? (MOSTRAR LISTA 15 – LER – VÁRIAS RESPOSTAS POSSÍVEIS) Sim, estaria interessado(a) em ler sobre os membros do Parlamento Europeu nos jornais ou nas revistas......................................................................................................................................... (329) 1

Sim, estaria interessado(a) em ver membros do Parlamento Europeu na televisão......................... (330) 2

Sim, estaria interessado(a) em ouvir membros do Parlamento Europeu na rádio ............................ (331) 3

Sim, estaria interessado(a) em ler, ver ou ouvir sobre os membros do Parlamento Europeu na Internet............................................................................................................................................... (332) 4

Sim, estaria interessado(a) em receber panfleto(s), brochura(s) ou carta(s) de um (uns) membro(s) do Parlamento Europeu ................................................................................................... (333) 5

Sim, estaria interessado(a) em ver membros do Parlamento Europeu numa reunião pública.......... (334) 6

Não, não estaria interessado(a) ......................................................................................................... (335) 7

Outra (SE ESPONTÂNEO) ................................................................................................................ (336) 8

NS/NR................................................................................................................................................. (337) 9

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Q.45 Para cada uma das seguintes instituições, pode dizer-me se pensa que as actividades, as decisões destas instituições, etc., têm um grande efeito, algum efeito ou nenhum efeito sobre pessoas como o(a) Sr(a)? (MOSTRAR LISTA16 COM A ESCALA)

LER

GRANDE EFEITO

ALGUM EFEITO

NENHUM EFEITO NS/NR

1. O Governo português (338) 1 2 3 4

2. A Assembleia da República (339) 1 2 3 4

3. A União Europeia no seu conjunto (340) 1 2 3 4

4. O Parlamento Europeu em particular (341) 1 2 3 4

5. O Governo regional (ou local) em Portugal (Governo regional ou Câmaras Municipais)

(342) 1 2 3 4

Q.46 Poderia dizer-me se concorda totalmente, concorda, não concorda ou discorda totalmente com cada uma das seguintes afirmações?

LER

CONCORDA TOTALMENT

E CONCORD

A NÃO

CONCORDA

DISCORDA TOTALMENTE NS/NR

1. Os membros do Parlamento Europeu defendem bem os seus interesses

(343) 1 2 3 4 5

2. O Parlamento Europeu tem mais poder que a Assembleia da República

(344) 1 2 3 4 5

3. As eleições europeias são verdadeiramente importantes

(345) 1 2 3 4 5

Q.47 Na sua opinião, a campanha para as próximas eleições europeias deveria focar-se sobretudo em que assuntos? (MOSTRAR LISTA 17 – LER – VÁRIAS RESPOSTAS POSSÍVEIS) Assuntos específicos sobre Portugal .....................................................................................(346) 1

Agricultura................................................................................................................................(347) 2

Meio ambiente .........................................................................................................................(348) 3

A luta contra o crime................................................................................................................(349) 4

Emprego ..................................................................................................................................(350) 5

Imigração .................................................................................................................................(351) 6

Educação.................................................................................................................................(352) 7

Política de defesa comum .......................................................................................................(353) 8

Política estrangeira ..................................................................................................................(354) 9

O alargamento da União Europeia ..........................................................................................(355) 10

A reforma das instituições da União Europeia ........................................................................(356) 11

As actividades do Parlamento Europeu ..................................................................................(357) 12

Os direitos enquanto cidadão da União Europeia...................................................................(358) 13

NS/NR......................................................................................................................................(359) 14

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Q.48 – Seria mais provável ir votar nas próximas eleições europeias se…?

LER SIM NÃO NS/NR

1. Os transportes públicos fossem gratuitos no dia das eleições (360) 1 2 3

2. Se existissem locais de voto nos supermercados (361) 1 2 3

3. Se fosse possível votar pela Internet (362) 1 2 3

4. Se fosse possível votar no seu local de trabalho (363) 1 2 3

5. As eleições locais, regionais ou nacionais fossem organizadas no mesmo dia que as eleições europeias (364) 1 2 3

6. Se as eleições europeias tivessem lugar no mesmo dia em toda a União Europeia (365) 1 2 3

7. Se existissem listas regionais de candidatos (366) 1 2 3

8. Se os cidadãos de outros Estados membros estivessem presentes na lista de candidatos (367) 1 2 3

Coluna (368): BRANCA

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DADOS DEMOGRÁFICOS

PARA TODOS

D1. A propósito de política, as pessoas falam de Direita e de Esquerda. O(a) Sr(a). pode situar a sua posição nesta escala? (MOSTRAR LISTA 18 - NÃO SUGERIR NADA. A PESSOA DEVE SITUAR-SE NUM QUADRADO, SE HESITAR POR FAVOR INSISTIR NUMA RESPOSTA)

Esquerda

Direita

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 RECUSA RESPONDER............................11 NÃO SABE ................................................12 ‘______’______’ (369) (370) D2. E em qual dos seguintes partidos políticos irá provavelmente votar nas Eleições Europeias? (MOSTRAR LISTA 19) (371)(372) PPD/PSD ...................................................01 PS ..............................................................02 CDS/PP .....................................................03 CDU (PCP – PEV) .....................................04 BE ..............................................................05 Não irei votar/ votarei em branco/ votarei nulo (SE ESP.)...............................11 Outros partidos/movimentos (SE ES.).......12 NÃO SABE (SE ESPONTÂNEO) ..............13 RECUSA (SE ESPONTÂNEO) .................14

D3 / D6 EM BRANCO (NÃO EXISTEM)

D7. O(a) Sr.(a) é ...? (MOSTRAR LISTA 20 - LER - UMA SÓ RESPOSTA) (373)(374) L - Casado(a), pela primeira vez ......................... 01

V - Casado(a), não pela primeira vez.................. 02

X - Solteiro(a), que vive actualmente em casal... 03

T - Solteiro(a), nunca viveu em casal .................. 04

P - Solteiro(a), já tendo vivido em

casal no passado, mas actualmente só .............. 05

S - Divorciado(a) ................................................. 06

A - Separado(a) .................................................. 07

R - Viúvo(a) ......................................................... 08

Outro (SE ESPONTÂNEO) ................................ 09

Recusa (SE ESPONTÂNEO) ............................. 10

D8. Que idade tinha quando terminou ou interrompeu os seus estudos a tempo inteiro? (SE ANALFABETO OU NUNCA ESTUDOU CODIFICAR - 01) (SE ESTUDA AINDA CODIFICAR - 00) '______'______' ANOS (375) (376) D9. EM BRANCO (NÃO EXISTE)

D10. SEXO

(377) MASCULINO....................................1 FEMININO........................................2 D11. Poderia dizer-me a sua idade?

|____| |____| (378)(379)

D12 A D14 EM BRANCO (NÃO EXISTEM)

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D15a. Qual é a sua ocupação/profissão actual? (REGISTE DETALHADAMENTE, INCLUSIVE SE POR CONTA PRÓPRIA OU POR CONTA DE OUTRÉM) REGISTE:________________________________ D15b. (ENTREVISTADOR: SE NÃO EXERCE ACTIVIDADE ACTUALMENTE - CÓDIGOS 1 A 4 EM D15a: Já exerceu uma actividade profissional remunerada anteriormente? Qual foi a última? (REGISTE DETALHADAMENTE, INCLUSIVE SE POR CONTA PRÓPRIA OU POR CONTA DE OUTRÉM) REGISTE:_________________________________

D15a OCUPAÇÃO ACTUAL

D15b OCUPAÇÃO ANTERIOR

(380)(381) (382)(383) INACTIVOS - Responsável pelas compras e pelas tarefas domésticas ou não exercendo qualquer actividade profissional

01

---

- Estudantes 02 --- Desempregado/Temporariamente sem emprego

03

---

- Reformado ou incapacitado por doença prolongada

04

---

EMPREGADOS POR CONTA PRÓPRIA:

- Agricultor 05 01 - Pescador 06 02 - Profissional liberal (advogado, médico, economista, arquitecto, contabilista, ...)

07

03

- Comerciante, Artífice ou outro trabalhador independente

08

04

- Industrial, Proprietário (na totalidade ou em parte) de uma empresa

09

05

EMPREGADOS POR CONTA DE OUTRÉM:

- Profissional liberal por conta de outrem (médico, advogado, economista,arquitecto, contabilista ...)

10

06

- Quadro Superior (Administrador, Director Geral, Outros Directores)

11

07

- Quadro Médio (Chefes de Departamento, Gerentes, Professores, Técnicos Especializados ...)

12

08

- Empregados escriturários trabalhando principalmente à secretária, empregados de escritório

13

09

- Empregados não escriturários mas viajando (vendedores, condutores, representantes de vendas ...)

14

10

- Empregados não escriturários mas tendo uma função de serviços em hospitais, restaurantes, policia e bombeiros ...

15

11

- Contramestres/capatazes 16 12 - Trabalhador Manual Qualificado

17

13

- Outros trabalhadores manuais (não qualificados, empregados domésticos)

18

14 NUNCA EXERCEU ACTI- VIDADE PROFISSIONAL REMUNERADA

---

15

D16 / D18 EM BRANCO (NÃO EXISTEM)

D19. O(a) Sr.(a) é no seu lar a pessoa que contribui com a maior parte do rendimento familiar ? (384) SIM .............................................................. 1 NÃO............................................................. 2 AMBOS IGUALMENTE............................... 3 NS/NR ......................................................... 4 D20 EM BRANCO (NÃO EXISTE)

(SE CÓDIGO 2 NA D19)

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D21a. Qual é a ocupação actual da pessoa que contribui com a maior parte do rendimento familiar do lar? (REGISTE DETALHADAMENTE, INCLUSIVE SE POR CONTA PRÓPRIA OU POR CONTA DE OUTRÉM) REGISTE:________________________ D21b. (ENTREVISTADOR: SÓ SE NÃO EXERCE ACTIVIDADE ACTUALMENTE - CÓDIGOS 1 A 4 EM D21a): E a pessoa que contribui com a maior parte para o rendimento familiar do lar já exerceu uma actividade profissional remunerada anteriormente? Qual foi a última? (REGISTE DETALHADAMENTE, INCLUSIVE SE POR CONTA PRÓPRIA OU POR CONTA DE OUTRÉM) REGISTE:________________________

D21a OCUPAÇÃO ACTUAL

D21b OCUPAÇÃ

O ANTERIOR

(385)(386) (387)(388) INACTIVOS - Responsável pelas compras e pelas tarefas domésticas ou não exercendo qualquer actividade profissional

01 ---

- Estudantes 02 --- Desempregado/Temporariamente sem emprego 03 ---

- Reformado ou incapacitado por doença prolongada 04 ---

EMPREGADOS POR CONTA PRÓPRIA:

- Agricultor 05 01 - Pescador 06 02 - Profissional liberal (advogado, médico, economista, arquitecto, contabilista, ...)

07 03

- Comerciante, Artífice ou outro trabalhador independente

08

04

- Industrial, Proprietário (na totalidade ou em parte) de uma empresa

09 05

EMPREGADOS POR CONTA DE OUTRÉM:

- Profissional liberal por conta de outrem (médico, advogado, economista, arquitecto, contabilista ...)

10 06

- Quadro Superior (Administrador, Director Geral, Outros Directores) 11 07

- Quadro Médio (Chefes de Departamento, Gerentes, Professores, Técnicos Especializados ...)

12 08

- Empregados escriturários trabalhando principalmente à secretária, empregados de escritório

13 09

- Empregados não escriturários mas viajando (vendedores, condutores, representantes de vendas ...)

14 10

- Empregados não escriturários mas tendo uma função de serviços em hospitais, restaurantes, policia e bombeiros

15 11

- Contramestres/capatazes 16 12 - Trabalhador Manual Qualificado 17 13 - Outros trabalhadores manuais (não qualificados, empregados domésticos)

18 14

NUNCA EXERCEU ACTI- VIDADE PROFISSIONAL REMUNERADA

--- 15

D22 A D24 EM BRANCO (NÃO EXISTEM)

D25. O(a) Sr.(a) diria que vive numa ...? (LER) (389) ZONA RURAL OU ALDEIA .......... 1 VILA OU MÉDIA LOCALIDADE . 2 GRANDE LOCALIDADE .............. 3 NS/NR ............................................. 4 D26 A D28 EM BRANCO (NÃO EXISTEM) D29. (PARA TODOS) Nós necessitamos de mais algumas informações acerca dos rendimentos do agregado familiar para analisarmos os resultados deste estudo segundo os diferentes tipos de lares. Eis aqui uma lista de grupos de rendimentos (MOSTRAR LISTA 21) Queira somar o conjunto dos ganhos e salários mensais de todos os membros do seu agregado familiar, todas as pensões e benefícios da segurança social e abono de família bem como todos os outros rendimentos tais como alugueres ... Podemos garantir-lhe que a sua resposta bem como todas as respostas que deu nesta entrevista serão tratadas com carácter absolutamente confidencial e toda a referência ao Sr.(Sra.) ou ao seu agregado será totalmente impossível. Por favor pode indicar-me a letra correspondente ao rendimento total do seu agregado antes de retirados os impostos ou feitas quaisquer deduções. (390)(391) B - Menos de 300 € (menos de 60.000$) ..............1 T – 301 € (60.001$) a 450 € (90.000$) ..................2 P – 451 € (90.001$) a 600 € (120.000$)................3 F – 601 € (120.001$) a 750 € (150.000$) ..............4 E – 751 € (150.001$) a 1000 € (200.000$)............5 H – 1001 € (200.001$) a 1250 € (250.000$)..........6 L – 1251 € (250.001$) a 1500 € (300.000$) ..........7 N – 1501 € (300.001$) a 1750 € (350.000$)..........8 R- 1751 € (350.001$) a 2000 € (400.000$) ...........9 M – 2001 € (400.001$) a 2250 € (450.000$) .......10 S – 2251 (450.001$) a 2500 € (500.000$)...........11 K - Mais de 2500 € (500.000$)...........................12 Não responde.......................................................13 Não sabe ..............................................................14

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PROTOCOLO DA ENTREVISTA P1. DATA DA ENTREVISTA: DIA '_____'_____' MÊS '_____'_____' (392) (393) (394) (395) P2. HORA DE INICIO DA ENTREVISTA (DE 0 A 23h): HORA '_____'_____' MINUTOS '_____'_____' (396) (397) (398) (399) P3. DURAÇÃO DA ENTREVISTA: '_____'_____'_____' MINUTOS (400) (401) (402) P4. NÚMERO DE PESSOAS PRESENTES DURANTE A ENTREVISTA: (403) DUAS (Entrevistador e entrevistado) ............... 1 TRÊS ................................................................ 2 QUATRO .......................................................... 3 CINCO E MAIS ................................................. 4 P5. GRAU DE COOPERAÇÃO DO(A) ENTREVISTADO(A): (404) EXCELENTE .................................................... 1 BOA .................................................................. 2 MÉDIA .............................................................. 3 MEDIOCRE ...................................................... 4 P6. HABITAT

(405)(406) ATÉ 100 Habitantes.......................................... 1 101 A 200 Habitantes ....................................... 2 201 A 500 Habitantes ....................................... 3 501 A 1000 Habitantes ..................................... 4 1001 A 2000 Habitantes ................................... 5 2001 A 5000 Habitantes ................................... 6 5001 A10.000 Habitantes ................................. 7 10. 001 A 30.000 Habitantes ............................ 8 30. 001 A 100.000 Habitantes .......................... 9 100. 001 A 500.000 Habitantes ...................... 10 MAIS DE 500.000 Habitantes......................... 11 P7. REGIÕES (NUTS): (407)(408) NORTE ............................................................. 1 CENTRO........................................................... 2 LISBOA............................................................. 3 ALENTEJO ....................................................... 4 ALGARVE......................................................... 5 AÇORES........................................................... 6 MADEIRA ......................................................... 7

P8. CÓDIGO POSTAL: '______'______'______'______' (409) (410) (411) (412) (413) (414) (415) (416) P9. NÚMERO DO PONTO DE AMOSTRAGEM: '______'______'______'______' (417) (418) (419) (420) (421) (422) (423) (424) P10. NÚMERO DO ENTREVISTADOR: '_____'_____'_____'_____' (425) (426) (427) (428) (429) (430) (431) (432) P11. PONDERAÇÃO: '____'_____'_____'_____'_____'____'_____'_____' (433) (434) (435) (436) (437) (438) (439) (440) P12a. TELEFONE Tem um telefone em sua casa ? (441) SIM.........................................................….... 1 NÃO................................................................ 2 P12b. TELEMÓVEL Tem um telemóvel em sua casa ? (442) SIM.........................................................….... 1 NÃO................................................................ 2 P13 (443) : BRANCA RESERVADO CODIFICAÇÃO MetrisGfK : REVISÃO : |______|______| CODIFICAÇÃO : |______|______| • DECLARO QUE ESTA ENTREVISTA FOI REALIZADA ESTRITAMENTE DE ACORDO COM AS INSTRUÇÕES GERAIS E ESPECÍFICAS QUE ME FORAM DADAS E QUE AS RESPOSTAS AO QUESTIONÁRIO SÃO TODAS AUTÊNTICAS, SALVO ESQUECIMENTO, MÁ INTERPRETAÇÃO OU MÁ FÉ POR PARTE DO ENTREVISTADO. ________________________________________ DATA: _____/_____/ 2004 ESTE QUESTIONÁRIO É PROPRIEDADE DA

MetrisGfK.