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APONTAMENTOS DE HISTÓRIA 2º teste – 1º Período TEMA I.2-Portugal – da primeira república à ditadura militar (pags.38- 50) CONTEÚDOS Crise e queda da monarquia A revolução Republicana A I República – realizações da ação governativa Dificuldades da ação governativa Questões 1. Descreve a situação de crise económica, social e politica vivida na monarquia nos últimos anos do sec. XIX e início do sec. XX. A nível económico, Portugal continuava a basear-se na agricultura como meio de subsistência nacional, as exportações eram inferiores às importações, ou seja a balança comercial continuava deficitária, o que obrigou o Estado a aumentar os impostos e a pedir novos empréstimos para pagar dívidas contraídas. Em 1890 houve uma crise económica e financeira que afetou a Europa, atingindo o nosso país, levando alguns bancos e empresas à falência. A nível social, as classes sociais foram fortemente afetadas com a crise económica: a classe média confrontava-se com o aumento dos impostos, com a inflação e com a ameaça do desemprego, pois as pequenas e médias empresas em que trabalhavam enfrentavam sérias dificuldades. Por outro lado, o operariado, debatia-se com problemas semelhantes aos quais se juntavam os salários baixos e as excessivas horas de trabalho diário. O ultimato inglês também contribuiu para o descontentamento social, pois a monarquia era considerada a responsável pelo sucedido. A nível Político, Portugal era uma Monarquia constitucional, constituído por dois partidos monárquicos: o regenerador e o

Portugal – da primeira república à ditadura militar e Sociedade em Mudança

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Resumos de matéria, com pergunta e resposta. Matéria do 1º período.

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Page 1: Portugal – da primeira república à ditadura militar e Sociedade em Mudança

APONTAMENTOS DE HISTÓRIA2º teste – 1º Período

TEMA I.2-Portugal – da primeira república à ditadura militar (pags.38-50)

CONTEÚDOS Crise e queda da monarquia A revolução Republicana A I República – realizações da ação governativa Dificuldades da ação governativa

Questões

1. Descreve a situação de crise económica, social e politica vivida na monarquia nos últimos anos do sec. XIX e início do sec. XX.

A nível económico, Portugal continuava a basear-se na agricultura como meio de subsistência nacional, as exportações eram inferiores às importações, ou seja a balança comercial continuava deficitária, o que obrigou o Estado a aumentar os impostos e a pedir novos empréstimos para pagar dívidas contraídas. Em 1890 houve uma crise económica e financeira que afetou a Europa, atingindo o nosso país, levando alguns bancos e empresas à falência.A nível social, as classes sociais foram fortemente afetadas com a crise económica: a classe média confrontava-se com o aumento dos impostos, com a inflação e com a ameaça do desemprego, pois as pequenas e médias empresas em que trabalhavam enfrentavam sérias dificuldades. Por outro lado, o operariado, debatia-se com problemas semelhantes aos quais se juntavam os salários baixos e as excessivas horas de trabalho diário.O ultimato inglês também contribuiu para o descontentamento social, pois a monarquia era considerada a responsável pelo sucedido.A nível Político, Portugal era uma Monarquia constitucional, constituído por dois partidos monárquicos: o regenerador e o progressista, que se alternavam no poder de acordo com os resultados eleitorais. Depois em 1875 foi criado o Partido socialista, dirigido pela classe operária. Este partido entrou em decadência na década de 1880, devido ao baixo número de operários e ao seu analfabetismo (não sabiam ler nem escrever). Em 1876 foi constituído formalmente o Partido Republicano Português e tinha como objetivo a queda da Monarquia. Criticavam severamente as instituições monárquicas e influenciavam a opinião pública. Os principais apoiantes são as classes médias e o operariado.

2. Aponta os antecedentes da Revolução Republicana de 5 de Outubro em 1910.

Os antecedentes da Revolução Republicana foram: o ultimato inglês, tornando-se decisivo na ascensão do Partido Republicano. Depois, a 31 de Janeiro de 1891 houve uma tentativa de implantação da República, dominada pelas forças de segurança. E, por fim, os

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desentendimentos entre os partidos leais à monarquia e a agitação do parlamento fizeram com que, em Maio de 1906, o rei D. Carlos entregasse a chefia do Ministério, ou seja, o Governo, a João Franco, do Partido Regenerador Liberal, que começou a dirigir o País de forma ditatorial, apoiado pelo rei D. Carlos.

3. Descreve o processo revolucionário de 5 de Outubro de 1910.

O processo revolucionário iniciou-se no dia 1 de Fevereiro de 1908, o rei D. Carlos e o príncipe herdeiro D. Luís Filipe foram assassinados no Terreiro do Paço. O trono foi ocupado pelo segundo filho do rei, D. Manuel II, que demitiu João Franco, acusado de ter fomentado a revolta pelas suas ações repressivas.

A 4 de Outubro de 1910, iniciou-se a revolução, segundo um plano estabelecido, por Machado santos. Os revoltosos, pertenciam à classe média, à pequena burguesia e ao operariado. Eram apoiados pelo Partido Republicano, pela Maçonaria (sociedade inspirada no movimento das luzes, que defendia a fraternidade e a liberdade) e pela carbonária (sociedade secreta que apoiava a luta contra a monarquia, preconizando mesmo a utilização de armas).

Na manhã seguinte, dia 5 de outubro, os revoltosos proclamaram a república da varanda da câmara municipal de Lisboa. Entretanto, D. Manuel II e a rainha-mãe, D. Amélia, embarcaram, na Ericeira, rumo ao exílio.

4. Indica as medidas do Governo Provisório.As medidas do Governo Provisório ajudaram a marcar a diferença entre o velho e o novo regime: uma nova bandeira, um novo hino (A Portuguesa) e uma nova moeda (o Escudo).

5. Caracteriza as principais medidas dos governos republicanos.As medidas tomadas foram as seguintes:

Laicização do Estado – lei da separação da igreja do Estado, ou seja, o Estado passou a ser neutro em matéria religiosa. Procedeu à expulsão das ordem religiosas, nacionalização dos bens da igreja, proibição do ensino religioso nas escolas oficiais, legalização do divórcio e criação do registo civil obrigatório de nascimentos, casamentos e óbitos.

Financeiras – foram feitas diversas tentativas para pôr fim ao défice financeiro. Só 2 anos depois conseguiram que houvesse saldo positivo.

Sociais o leis que contemplavam a igualdade dos direitos dos cônjuges e entre filhos

legítimos e ilegítimoso instituiu-se o divórcioo Reconhecido o direito à greveo Proteção em caso de doença e na velhiceo Horário de trabalho fixado em 48 horas semanais e 42 horas para

empregados de escritório e bancários. Educativas – procuravam fazer face à elevada taxa de analfabetismo.

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Escolaridade obrigatória (7 e 10 anos) Criação de jardins-escola e aumento do nº de escolas primárias. Reforma do ensino técnico Criação das universidades de Lisboa e Porto

6. Analisa as principais dificuldades da I República.o Rivalidades Partidárias, que provocaram a instabilidade política, dificultando a

resolução dos problemas económicas que afetavam o país;o A nível social havia fome e miséria.o O valor das importações era superior ao valor das exportaçõeso Desemprego era elevado, o custo de vida não parava de aumentar, fazendo crescer

a inflação.o A dívida externa aumentou porque os governos republicanos recorreram a

empréstimos.

7. Contextualiza o golpe militar de 28 de Maio de 1926.o Agravamento da crise financeira e da inflaçãoo Aumento do numero de greves e ações terroristas.o Falência de vários bancoso Instabilidade política, económica e social, anunciando o fim da república

democrática.

A 28 de Maio de 1926 o governo foi derrubado por Gomes da Costa, suspendeu-se as liberdades individuais e a I República foi substituída pela Ditadura Militar.

8. Identifica os protagonistas da I República.o Machado Santoso Teófilo Braga

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APONTAMENTOS DE HISTÓRIA2º teste – 1º Período

TEMA I.3-Sociedade e cultura num Mundo em mudança (pags.52-61)

CONTEÚDOS

Mutações na estrutura social e nos costumes. Os novos caminhos das Ciências

Multiplicidade de experiências artísticas

A inovação cultural em Portugal

Questões:

1. Carateriza a sociedade antes e depois da I Guerra Mundial.Antes:

Rivalidade económica entre potências; Industrialização

Depois: A industrialização originou o crescimento e a oposição de 2 grupos: burguesia e

operariado. Burguesia – vida de luxo, ostentação – “Belle époque” Operários- enormes dificuldades económicas e sociais

2. Indica as principais formas de lazer durante a Belle Époque, nos inícios do séc. XX.O público frequentava cabarés, teatros, óperas e cafés-concerto. Os novos hábitos de lazer eram as viagens e a prática de desporto.

3. Explica o significado da expressão “loucos anos 20”.Representa a fúria de viver. A população procurava viver cada momento com uma alegria e um entusiasmo muitas vezes excessivo. É como se quisessem viver cada momento como se fosse o último.

4. Descreve as alterações relacionadas com a condição feminina ocorridas nos inícios do sec. XX.A questão de muitos homens terem ido para a guerra fez com que fossem as mulheres a sustentar a casa. Quando as mulheres perceberam que tinham importância na sociedade, aumentou a luta pelo direito à igualdade política, económica e social, intensificando o processo de emancipação, exigido pelo movimento feminista.Tornaram-se ambiciosas, autoconfiantes e individalistas

5. Reconhece a importância dos meios de comunicação responsáveis pela cultura de massas.

A imprensa escrita aumentou, o livro tornou-se popular. A rádio era o meio priveligiado para a difusão de notícias, informação e os mais recentes tipos de música. O teatro radiofónico também era muito apreciado.

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O cinema, aliando o som e a imagem, alcançou o maior sucesso. Era considerado uma fábrica de ilusões, tornando-se um espetáculo de massas e originou uma poderosa indústria, de que Hollywood (EUA), se veio a tornar a capital.

Tornaram-se todos importantes na opinião pública. A publicidade conquistou um lugar especial, estimulando o consumo.

6. Enumera as grandes transformações verificadas nas ciências sociais e físicas.

Pretendia-se a especialização, ou seja, dominar um pequeno campo científico em profundidade.

Albert Einstein revolucionou o conhecimento do Universo com a teoria da relatividade. Também na Biologia e na Medicina registaram-se importantes descobertas que permitiram a cura de doenças até ali, mortais (malária, tuberculose, febre tifóide), com destaques para antibióticos como a penicilina.

A psicanálise demonstrou não ser o comportamento humano determinado pelo consciente mas também por impulsos inconscientes.

A pedagogia estudou diversos estádios do desenvolvimento da criança e do adolescente.

A História passou a ser encarada como uma ciência humana com método próprio e como o estudo da globalidade das atividades do homem.

Outras áreas que registaram muitos avanços foram: arquealogia, demografia, sociologia, geografia, economia, filosofia e antropologia.