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Portfolio final

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Sociologia do turismo

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Page 2: Portfolio final

ÍNDICE

Capa do Módulo I 9

Editorial 10

Apresentação 11

I.1 – Introdução ao conceito do Turismo: Definições técnicas e definições

heurísticas 12

Figura 1 – Cronologia do conceito de turismo 12

Figura 2 – Grand tour 12

Figura 3 – Thomas Cook 13

Figura 4 – Definição e anatomia de um turista 13

Figura 5 – Evolução dos termos visitante, turista e visitante de dia 14

Síntese dos documentos 14

I.2 – A sociologia do turismo e o turismo 15

I.2.1 – As diversas abordagens ao estudo do turismo 15

Figura 6 – Evolução oferta turística 15

Figura 7 – Evolução dos transportes 16

Figura 8 – Investimento em turismo 17

Figura 9 – Journal of travel research/Tourism management 18

I.2.2 – O caso particular da sociologia do turismo 19

Figura 10 – Stress VS Lazer 19

Figura 11 – Sociologia do turismo 20

I.2.3 – Relação da sociologia do turismo com outras disciplinas 21

Figura 12 – Turismo e hospitalidade 21

Figura 13 – Sociologia do turismo e peregrinações 22

Page 3: Portfolio final

ÍNDICE

I.2.4 – O turismo como fenómeno interdisciplinar ou facto social total 23

Figura 14 – Inatel/turismo e mudança social 23

Síntese dos documentos 24

Ensaio crítico 25

Capa do módulo II 34

Editorial 35

Apresentação 36

II.1 – Teorias da motivação humana 37

II.1.1 – A dimensão psicológica do turismo 37

Polaroid 1 – Hierarquia das necessidades de Maslow 37

Polaroid 2 – Primeiros turistas no Iraque desde 2003 38

II.1.2 – A motivação da viagem e do turista 39

Polaroid 3 – Motivações libertadoras vs constrangedoras 39

Polaroid 4 – Tipos de motivação do turismo 40

Polaroid 5 – Variáveis sociais no turismo 41

Polaroid 6 - Variáveis sociais no turismo 2 42

Polaroid 7 - Variáveis sociais no turismo 3 43

II.1.3 - A personalidade e os valores e a sua relação com o turismo 44

Polaroid 8 – Personalidade e valores 44

Polaroid 9 – Aprendizagem e turismo 45

Síntese dos documentos 46

II.2 – Sociologia do turismo: a dimensão sócio cultural do turismo 48

II.2.1 – Comportamento pessoal, interpessoal e transpessoal 48

Polaroid 10 – Níveis de comportamento 48

Page 4: Portfolio final

ÍNDICE

II.2.2 – Comportamentos sociais e culturais em turismo 49

Polaroid 11 – Normas e interacção no turismo 49

Polaroid 12 – Sinalização turística no Algarve 50

II.2.3 – Grupos, organizações, sociedades e massas na actividade turística51

Polaroid 13 – Tipos de grupos 51

Polaroid 14 - Organizações 52

Polaroid 15 – Organograma do turismo de Portugal 53

Polaroid 16 – As massas na actividade turística 54

II.2.4 – Os ciclos de vida familiar e o seu impactes na actividade turística55

Polaroid 17 – Fases do ciclo de vida familiar 55

Síntese dos documentos 56

II.3 – Estratificação e status social no turismo 58

Polaroid 18 – Dinheiro e status 58

II.3.1 – Classes sociais e turismo 59

Polaroid 19 – Classes sociais 59

II.3.2 – Turismo de elite e turismo de massas 60

Polaroid 20 – Turismo de elite 60

Polaroid 21 – Turismo de massas 61

II.3.3 – Turismo social, juvenil e 3ª idade 62

Polaroid 22 – Turismo social 62

Síntese dos documentos 63

II.4 – Os valores sócio espirituais do turismo 65

II.4.1 – A religião e os valores espirituais do turismo 65

Page 5: Portfolio final

ÍNDICE

Polaroid 23 - Peregrinações 65

II.4.2 – Turismo religiosos e turismo cultural e espiritual 66

Polaroid 24 - Catolicismo 66

Polaroid 25 - Protestantismo 67

Polaroid 26 - Judaísmo 68

Polaroid 27 - Islamismo 69

Polaroid 28 – Hinduísmo e Budismo 70

Síntese dos documentos 71

II.5 – O turismo como aglutinador do ócio e do tempo livre 72

II.5.1 – Ócio e tempo livre 72

Polaroid 29 – Ócio e tempo livre 72

Polaroid 30 – Puro ócio 73

II.5.2 – Funções desempenhadas pelo ócio 74

Polaroid 31 – Funções desempenhadas pelo ócio 74

Polaroid 32 – Actividades do ócio 75

Polaroid 33 – Acções recreativas do ócio 76

Síntese dos documentos 77

Ensaio crítico 79

Capa do módulo III 97

Editorial 98

Apresentação 99

III – O turismo e a sociedade 100

III.1 – Mudanças culturais e reestruturação do turismo 100

Page 6: Portfolio final

ÍNDICE

Pergaminho 1 – Ecoturismo/Turismo verde 100

Pergaminho 2 – Práticas culturais contemporâneas 100

Pergaminho 3 – Turismo rural, cultural e natural 101

Pergaminho 4 – Conservação de espaços 101

Síntese dos documentos 101

III.2 – Tipologias da procura turística : Os turistas nos seus diversos

tipos 103

Pergaminho 5 – Tipos de turistas segundo Cohen 103

Pergaminho 6 – Turistas segundo Yannakis e Gibson I 104

Pergaminho 7 – Turistas segundo Yannakis e Gibson II 104

Pergaminho 8 – Tipologia de Plog : Psicocêntricos 105

Pergaminho 9 – Tipologia de Plog: Alocêntricos 105

Pergaminho 10 – Tipologia de Plog: Quase-Alocêntricos 106

Pergaminho 11 – Tipologia de Plog: Cêntricos 106

Pergaminho 12 – Tipologia de Plog: Quase Alocêntricos 106

Pergaminho 13 – Alocêntricos com elevada energia 107

Pergaminho 14 – Alocêntricos com baixa energia 108

Pergaminho 15 – Alocêntricos com elevado e baixa energia 108

Tipos de Turismo 109

Pergaminho 16 – Turismo de recreio 109

Pergaminho 17 – Turismo de repouso 109

Pergaminho 18 – Turismo cultural 110

Pergaminho 19 – Turismo étnico ou cultural? 110

Pergaminho 20 – Turismo de natureza 111

Page 7: Portfolio final

ÍNDICE

Pergaminho 21 – Turismo de negócios 112

Pergaminho 22 – Turismo desportivo 112

Síntese do documentos 113

III.3 – Impactes do turismo 115

III.3.1 – Impactes ambientais 115

Pergaminho 23 – Conservação de locais arqueológicos e históricos 115

Pergaminho 24 – Melhorias de condições com o turismo 115

Pergaminho 25 – Impactes negativos I 116

Pergaminho 26 – Impactes negativos II 116

Pergaminho 27 – Medidas de controle de impacte ambiental I 117

Pergaminho 28– Medidas de controle de impacte ambiental II 118

Pergaminho 29 – Medidas de controle de impacte ambiental III 118

III.3.2 – Impactes económicos 119

Pergaminho 30 – Empregos directos e indirectos 119

III.3.3 – Impactes sociais e culturais 119

Pergaminho 31 – Relacionamento entre turistas e comunidade anfitriã 119

Pergaminho 32 – Impactes sociais e culturais positivos 120

Pergaminho 33 – Impactes sociais e culturais negativos 120

Pergaminho 34 – Modelo irridex 121

Pergaminho 35 – Modelo de Ajuste 121

Pergaminho 36 – Classificação dos turistas na óptica do impacte na

sociedade residente 122

Síntese dos Documentos 123

Ensaio crítico 126

Page 8: Portfolio final

ÍNDICE

Reflexão final 156

Bibliografia 157

Page 9: Portfolio final

9

Page 10: Portfolio final

Editorial

Neste mundo globalizado, onde o stress impera, a necessidade do escape é

constante. Para quem pode, o turismo é um escape aos dias cinzentos do

quotidiano. Quem nunca sentiu vontade de fugir perante situações menos

favoráveis?

De um ponto de vista individual o turismo é quase uma necessidade para

equilibrar sentimentos. A importância de tal fenómeno é óbvia para as

pessoas enquanto seres humanos e como tal seres sociais, assim como é

imperativa para os países que o fomentam, visto o turismo ser um forte

dinamizador económico para as finanças.

Tendo como objectivo demonstrar a importância do turismo com a

sociedade actual e explicar o seu gigantesco raio de acção foi criada a “

Escapadelas – O Turismo de A a Z “.

Dividida por 3 edições mensais e tendo como filosofia “ imagens que valem

mais que mil palavras” serão apresentadas imagens que depois de

comentadas e analisadas ilustrarão a evolução, importância e

multidisciplinaridade do Turismo. Tendo em conta a disciplina de Sociologia

do Turismo e uma pesquisa profunda apresento estas edições únicas onde o

Turismo será posto a nu.

Esta primeira edição foca a introdução ao conceito de turismo assim como a

sociologia do turismo e o turismo como fenómeno interdisciplinar.

10

Page 11: Portfolio final

Apresentação

Coordenador: Sandra Antunes

Redacção: Roberto Carvalho

Grafismo: Roberto Carvalho

Colunistas: Roberto Carvalho

Redacção, Administração e Serviços Comerciais: Roberto Carvalho

Marketing: Roberto Carvalho

Proprietária/ Editora: IPV – ESTGL

Assinaturas: Roberto Carvalho

Distribuição: Manualmente

Tiragem: Número único para a disciplina de Sociologia do Turismo

Interdita a reprodução, mesmo parcial, de textos, fotografias ou ilustrações sob quaisquer meios, e para quaisquer fins, inclusive comerciais.

Ficha técnica

Chamo-me Roberto Carvalho, 34anos, casado e resido na Régua.Trabalho no agrupamento verticaldas escolas da Sé – Lamegoexecutando as funções de técnicooperacional e sou estudante do1º ano de Informação Turística naESTGL de Lamego. A elaboraçãodeste portfolio seduziu-me vistonunca ter feito algo do género eestar extremamente curioso paraver o resultado final. Devido aclara importância do turismo e dasua constante relação com asáreas mais diversas da sociedadeespero apresentar imagens quecontem histórias.

11

Page 12: Portfolio final

I.1 – Introdução ao conceito de turismo:

definições técnicas e definições heurísticas

Figura 1 – Cronologia do

conceito de turismo

Fonte : Criação própria

Figura 2 – Grand Tour

Fonte: Elaboração própria

1838

12

Page 13: Portfolio final

Figura 3 – Thomas Cook

Fonte: Elaboração própria

Figura 4 – Definição e anatomia de um turista

Fonte: Elaboração própria 13

Page 14: Portfolio final

Síntese dos documentos

Depois de muita pesquisa optei por elaborar

uma barra cronológica (Doc.1) onde destaco

datas importantes na evolução do conceito de

turismo. Desde os primórdios da história do

turismo muitas foram as vozes que se

levantaram com o objectivo de caracterizar da

melhor maneira esta nova filosofia de vida.

Iniciado com o Grand Tour (Doc.2) o turismo

começou a “ gatinhar” apenas para os

aristocratas que por motivos de status social e

cultural se deslocavam em viagens de duração

média, de três anos, entre Inglaterra e França.

Falar de turismo sem falar de Sir Thomas Cook

(Doc.3) não tem qualquer sentido visto ser

considerado o pai de todo o fenómeno turístico.

Foi Cook o verdadeiro mentor do turismo

excursional, realizando, em 1941 o primeiro tour

em grupo rumo a Leicester. O reinado de Cook

ainda se mantém ligado ao turismo pois muitos

são os “seus” aviões que hoje transportam

milhares de pessoas diariamente.

1937

1954

1963

1989

1993

Comité

Estatístico da

Sociedade das

Nações

O.N.U

Conferência das

Nações Unidas

sobre o Turismo

e as Viagens

Internacionais

em Roma

Jafari

O.N.U

Figura 5 - Evolução dos

termos de visitante,

turista e visitante-de-dia

Fonte: Elaboração própria

14

Page 15: Portfolio final

Mas se a definição certa para o Turismo foi um processo lento, o mesmo

podemos aplicar ao “cliente” do turismo : O turista (Fig.4). A generalização

dos transportes veio confundir a visão global do turismo. Era necessário

diferenciar os turistas dos visitantes e estes, dos visitantes-de-dia. Para

explicar a evolução do termo turista elaborei outra barra cronológica .

Síntese dos documentos (cont)

I.2 – A Sociologia do Turismo e o

Turismo como fenómeno

interdisciplinar

I.2.1 – As diversas abordagens ao

estudo do turismo

Figura 6 – Evolução oferta turística

Fonte: Elaboração própria 15

Page 16: Portfolio final

Figura 7 – Evolução dos transportes

Fonte: Elaboração própria

16

Page 17: Portfolio final

Figura 8 – investimento em turismo

Fonte: Elaboração própria

17

Page 18: Portfolio final

Fonte: Elaboração própria

Figura 9 – Journal of travel research\ Tourism

Management

18

Page 19: Portfolio final

Figura 10 – Stress vs. Lazer

Fonte: Elaboração própria

I.2.2 – O caso particular da

Sociologia do Turismo

19

Page 20: Portfolio final

Figura 11 – Sociologia do turismo

Fonte: Elaboração própria

20

Page 21: Portfolio final

I.2.3 – Relação da Sociologia do

Turismo com outras disciplinas

Figura 12 – Turismo e hospitalidade

Fonte: Elaboração própria

21

Page 22: Portfolio final

Figura 13 – sociologia do turismo e peregrinações

Fonte : Elaboração Própria

22

Page 23: Portfolio final

I.2.4 – O Turismo como fenómeno

interdisciplinar ou facto social

total

Figura 14 – ~Inatel/turismo e mudança social

Fonte: Elaboração própria

23

Page 24: Portfolio final

Síntese dos Documentos

Sendo o Turismo um fenómeno interdisciplinar é necessário, para o melhor entender ,

conhecer as diversas abordagens ao estudo do mesmo. A abordagem horizontal

assenta o sucesso do turismo no desenvolvimento dos transportes (Fig.7) e da criação

de boas infra-estruturas (Fig.6). Por outro lado uma abordagem institucional considera

instituições ou organizações que integram actividades turísticas (Fig.8). No âmbito da

abordagem da Gestão, que se orienta para o estudo das empresas , surgiram

publicações tais como Journal of travel research e The Business of Tourism

Management (Fig.9). O turismo converteu-se numa nova forma de vida, sendo assim é

alvo do estudo da área da sociologia que estuda os aspectos do tempo livre e do

descanso. A alienação do homem assim como o enfado da vida (Fig.10) moderna são

factores que induzem ao turismo.

A sociologia do Turismo (Fig.11) relaciona-se com outras disciplinas visto o turismo ser

multidisciplinar. Dentro das várias disciplinas destaco a sociologia da hospitalidade

(Fig.12) que foi estudada em sociedades simples e tradicionais. Projectos como o

inatel (Fig.14), que fomentam o turismo para as classes menos favorecidas, usando as

viagens como meio de comunicação e proximidade social são de extrema importância.

O turismo aproxima culturas, credos e paixões abrindo nas nossas vidas portas, com

mundos novos, onde podemos e devemos comunicar.

Todos este Documentos foram pesquisados on-line, escolhidos e posteriormente

trabalhados porque ilustram pontos importantes do módulo I.

24

Page 25: Portfolio final

Ensaio Crítico

A evolução histórica do turismo conheceu 3 fases distintas: a idade clássica, moderna

e contemporânea. A primeira vai desde os primórdios das primeiras civilizações até

metade do séc. XVIII. Todo este fenómeno teve inicio com a invenção da roda, que

permitiu desenvolver os meios de transporte para os fins comerciais. 150 A.C os

romanos criaram a maior rede de estradas construídas e há mais de 5000 anos , eram

organizadas viagens pelo rio Nilo, no Egipto, para visitar templos que existiam ao

longo daquele rio. A Grécia atraía multidões nos jogos Olímpicos e oferecia atracções

como produções teatrais, banhos termais e competições atléticas. Em 25 A.C com o

desenvolvimento das estações termais, em Roma, nascem os verdadeiros centros de

turismo que se prolongam até os dias de hoje. Cerca de 900 A.C. as viagens tinham

como principal razão as peregrinações a locais como Santiago de Compostela. No

século XIV já existiam guias de viagens que forneciam aos peregrinos indicações

detalhadas sobre pontos de interesse e tipos de alojamento que poderiam encontrar.

Posteriormente , os portugueses preparam a suas expedições na conquista de novos

mundos, seguindo-lhes os espanhóis, ingleses, franceses e holandeses transformando

assim o mundo e permitindo a universalização das viagens. Com o século XVIII chega a

idade moderna do turismo, justificada pelas grandes mudanças do ponto de vista

tecnológico, económico, social e cultural, que introduzem mudanças significativas nas

viagens. As viagens de recreio, protagonizadas pelas camadas sociais de maiores

recursos, surgem como forma de aumentar os conhecimentos, procurar nos encontros

e experiências. Na segunda metade do século, a generalidade das pessoas cultas

viajavam por toda a Europa, este passeio cultural de longa duração denominou-se por

Grand Tour ( Doc.2) passando a ser essencial visitar Paris, Florença, Roma ou Veneza.

25

Page 26: Portfolio final

Ensaio Crítico

Com o Grand Tour nasce o conceito de turismo e, pela primeira vez, começam a

designar-se as pessoas que viajam por turistas. Estima-se que termo tour tenha

aparecido em 1760, mas foi em 1838 com a obra de Stendhal, Mémoires d´un

Touriste, que a expressão touriste se generalizou . Em Portugal, Eça de Queiroz usou o

termo touriste em os Maias. A palavra só foi transposta para a língua portuguesa no

início do século XX. O fenómeno turístico começa a ser alvo de estudos e são vários os

investigadores que o tentam descrever. Em 1929 tanto Glucksmann como Scwinck

apresentam um conceito de turismo relacionado com o tráfego e significava

superação de distâncias espaciais por parte de uma classe social económica mais alta.

Em 1930 Bormann e Morgenroth associam a palavra turista a quem viajava por mero

prazer ou para aumentar seus conhecimentos, excluindo quem se deslocava por

motivos de saúde, profissionais ou religiosos. Em 1935, Glucksmann, surgiu com a

melhor definição do turismo enunciada antes da II Guerra Mundial ao dizer « Turismo

é a soma das relações existentes entre as pessoas que se encontram de passagem

num lugar de estância e os naturais desse lugar». Em 1942 Krapf e Hunziker, da escola

berlinesa, dizem que o turismo é o conjunto de relações e fenómenos produzidos pela

deslocação e permanência de pessoas fora do seu lugar de domicilio, na medida em

que as ditas deslocações e permanência não sejam motivadas por uma actividade

lucrativa. Mais recentemente, em 1989, Fúster considera que o turismo por um lado é

o conjunto de turistas, por outro , são os fenómenos e relações que esta massa produz

em consequência das suas viagens. Turismo é todo o equipamento recepto de hotéis,

agência de viagens, transportes, espectáculos e guia-intérprete assim como todas as

organizações privadas ou públicas que surgem para fomentar as infra-estruturas.

26

Page 27: Portfolio final

Ensaio Crítico

Em 1990, McIntosh define o turismo como a soma de fenómenos e relações que

resultam da interacção de turistas, fornecedores de serviços, governos e

comunidades receptoras no processo de atrair e acolher turistas e outros

visitantes. Em 1993 , a OMT define o turismo como sendo o conjunto das

actividades desenvolvidas por pessoas durante as viagens e estadas em locais

situados fora do seu ambiente habitual por um período consecutivo que não

ultrapasse um ano, por motivos de lazer, de negócios e outros. Esta evolução no

conceito do turismo é apresentada sob forma de uma barra cronológica (Fig.1) ,

idealizada por mim. Em 1941 nasceu o turismo organizado com Thomas Cook

(Fig.3), este organiza a primeira viagem colectiva com duração de um dia e com

570 passageiros entre Loughborough e Leicester para assistirem a uma

manifestação anti-alcoólica. Em 1864 Cook organizou a primeira excursão

acompanhada no regime “tudo incluído” para 500 turistas com a Suíça como

destino. Um ano depois Cook organiza outra viagem no mesmo regime rumo aos

E.U.A. Em 19867 a Agência de Viagens “ Thomas Cook & Son “ emite o primeiro

voucher. As suas iniciativas marcam, a mais importante etapa da história do

turismo e estão na origem do turismo dos nossos dias.

As definições de turista (Fig.4), visitante ou visitante-de-dia sempre foram uma

necessidade visto, ser importante ,a nível estatístico, interpretar qualquer dado

relativo ao turista. Em 1937, o Comité Estatístico da Sociedade das Nações definiu

como turista todas as pessoas em viagem de prazer, por razões de família, saúde,

semelhantes, pessoas que viajam para reuniões, que viajam por negócios e

visitantes de cruzeiros marítimos, mesmo quando a duração da sua estada seja

inferior a 24 horas.

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Page 28: Portfolio final

Ensaio Crítico

Em contrapartida as pessoas que cheguem com ou sem contrato de trabalho para

exercer uma ocupação ou iniciar uma actividade profissional no país, pessoas que

venham fixar a sua residência no país, estudantes e jovens alojado em escolas, os

fronteiriços e pessoas domiciliados num país e que exercem a sua profissão noutro

e os viajantes de passagem por um país que não parem, inclusive quando a

travessia do mesmo demore mais do que 24 horas não são considerados turistas.

Em 1954, segundo a ONU qualquer pessoa que permaneça num país estrangeiro

mais de 24 horas e menos de 6 meses, sem distinção de raça ou religião é

considerado Turista, ignorando assim o turismo interior. Em 1963, em Roma a

conferência das Nações Unidas sobre o Turismo e as Viagens Internacionais

estabelece que o termo visitante, bem como os seus derivados turista e

excursionista eram reservados exclusivamente às deslocações a um país por parte

dos residentes de outro país, isto é, às deslocações internacionais, neste contexto

só era considerado visitante, e consequentemente turista, quem se deslocasse ao

estrangeiro e o turismo identificava-se como os movimentos internacionais,

excluindo o turismo interno.

Finalmente, de acordo com a última definição adoptada pela ONU (1993) com a

recomendação da OMT o visitante é toda a pessoa que se desloca para fora do seu

ambiente natural, durante num período inferior a 12 meses sem exercer uma

actividade remunerada no local visitado. Turista é todo o visitante que passa pelo

menos uma noite num estabelecimento de alojamento colectivo ou privado no

local visitado. Visitante do dia é todo aquele que não passa a noite no local

visitado. Esta evolução está apresentado na barra cronológica (Fig.5) totalmente

elaborada por mim.

28

Page 29: Portfolio final

Ensaio Crítico

Olhando para a figura 4 a primeira ideia que nos passa pela cabeça é que se

tratam de turistas, mas como já vimos a classificação de turista não é somente

feita através de um tipo de calções, com uma máquina fotográfica ao pescoço e

um mapa no bolso. Muitos são os visitantes que se misturam com os turistas e

para os conseguirmos diferenciar devemos ter em conta alguns elementos básicos

do conceito de visitante tais como o ambiente habitual, a duração da permanência

(limite máximo de 12 meses), a residência habitual visto que o critério de

classificação de um visitante não é a nacionalidade mas sim a sua residência e a

actividade remunerada (critério mais importante). Como função de especificar o

papel comportamental dos turistas a ser estudado , as definições heurísticas não

precisam de se conformar às prescrições oficiais, podendo variar com a

perspectiva de análise de cada projecto de investigação, sendo assim estas

definições têm pelo menos 3 componentes como a distância coberta pelas

viagens, a duração das mesma e o propósito ou motivação.

Tendo em conta o raio de acção do fenómeno turístico, para ser compreendido é

necessário abordar o estudo do mesmo de varias perspectivas. Segundo uma

abordagem horizontal o sucesso do turismo assenta no desenvolvimento dos

transportes (Fig.7), da criação de boas infra-estruturas (Fig.6) ou da atribuição de

uma dimensão turística ao ambiente ou à cultura. Nesta perspectiva não é dada

ênfase ao turismo mas sim às actividades que lhe servem de suporte em virtude

de não ser considerado como um sector autónomo. A utilização desta abordagem

limita o reconhecimento das suas verdadeiras dimensões.

A abordagem institucional considera os vários intermediários que executam as

actividades do turismo desde Estado, órgãos locais e agências de viagem.

29

Page 30: Portfolio final

Ensaio Crítico

Uma abordagem económica analisa o turismo e as suas contribuições para as

economias nacionais e para o seu desenvolvimento económico. A figura 8

demonstra exactamente esse ideia, assim como o interesse de órgãos locais em

conseguir fomentar o turismo nos seus raios de acção. Nesta abordagem o

turismo produz bens e serviços, estimula a produção de bens não especificamente

turísticos mas consumidos pelos turistas e cria empregos em áreas especificas. A

desvantagem desta abordagem é que negligencia as dimensões psicológicas,

cultural, ambiental, sociológica e antropológica do turismo. A abordagem histórica

não muito utilizada devido ao recente fenómeno de turismo de massas e envolve

a analise da evolução das actividades turísticas permitindo conhecer as causas da

inovação, crescimento e o declínio das actividades e recolher lições para o futuro.

A abordagem do produto dedica-se ao estudo de vários produtos e serviços

turísticos e da forma como são produzidos, comercializados e consumidos. A

abordagem geográfica estuda as localizações das áreas turísticas e os movimentos

das pessoas criados por essas áreas. A abordagem de gestão orienta-se para o

estudo das empresas e das actividades de administração necessárias para operar

um empreendimento turístico, tais como planeamento, pesquisa, publicidade,

controlo e outras. Envolve o estudo dos vários produtos turísticos e contribui para

adequar a gestão e seus procedimentos à mudança que ocorre no contexto

turístico. Possui como principais revistas o journal of travel research e o tourism

management (Fig.9). A abordagem de sistema tem grandes vantagens visto

integrar as outras abordagens ao investigar quer a dimensão micro do turismo,

quer a macro do fenómeno turístico, fluxos e correntes e turismo nacional e

internacional.

30

Page 31: Portfolio final

Ensaio Crítico

A abordagem social estuda o comportamento dos indivíduos enquanto turistas, as

suas relações com os outros, bem como o impacte do turismo nas sociedades.

Como fenómeno eminentemente social, o turismo é estudado sobre diferentes

aspectos tais como migração temporária, consumidor de tempo e espaço,

intercâmbio de valores, formas de comunicação e relação humana, forma de

recuperação das forças produtivas e enquanto sonho e mito. O reconhecimento

do fenómeno social do turismo está bem patente na declaração de Manila sobre

o turismo mundial. O turismo converteu-se num modo de vida do nosso tempo

sendo estudado pela sociologia do ócio, tempo livre e nas actividades de lazer.

Esta nova forma de sociologia pode se caracterizar como sendo o estudo dos

aspectos do tempo livre e da civilização do ócio, concretizado em viagens e nas

actividades turísticas de descanso, recreio, divertimento e cultura. Nos tempos

modernos o stress impera, sendo assim é normal que o tempo de férias seja

empregue de maneira a fugir da rotina e descontentamento diário. A figura 10

retrata essa situação mostrando de um lado o stress e o reverso da moeda se

optarem pelo turismo. Sociologicamente o turismo pode ser estudado a nível

individual (motivações que induzem à viagem) , interactivo (interacção dos

turistas com os locais), dos destinos e impactes (modelo de Fase e modelo de

Ciclo) e finalmente histórico (sob ameaça de destruição dos recurso naturais

desenvolveu-se esta tendência para preservar e minimizar impactes). A figura 11

apresenta uma ideia vaga de sociologia que estudará o impactos na sociedade de

todo fenómeno turístico. Na relação com as diferentes especialidades da

sociologia, o turismo tem uma vinculação com a Sociologia do ócio e tempo livre (

estuda o comportamento transpessoal, a sociologia do estranho (estudo dos

permanentes e semi-permanentes tais como minorias ou expatriados).31

Page 32: Portfolio final

Ensaio Crítico

A sociologia da hospitalidade (Fig.12) define-se como sendo a parte da sociologia

que estuda a hospitalidade em sociedades simples e tradicionais, acto de extrema

importância para o desenvolvimento do turismo. A maneira como um turista é

recebido e apoiado pela comunidade do local visitado é meio caminho andado

para um possível regresso. A comercialização deste conceito em turismo coloca

alguns problemas importantes relativos às contradições entre a troca social,

envolvida na hospitalidade, e a troca económica envolvida em transações

empresariais. A sociologia de viagem é ainda uma área pouco desenvolvida mas é

importantes para o estudo dos turistas. A sociologia de religião, especificamente

de peregrinação (Fig.13), abriu uma perspectiva nova e inesperada em turismo.

Muitos são os locais que sobrevivem devido a fé de muitos. Fátima é o exemplo

mais claro do contexto nacional. A sociologia industrial aplicada ao turismo (

engloba as relações psicossociais internas e externas da empresa entres os seu

diferentes níveis). A sociologia do mercado turístico define-se como o estudo

científico dos comportamentos e das relações transpessoais entre a oferta e a

procura. Finalmente a sociologia das relações turísticas internacionais define-se

como o estudo cientifico do comportamento transpessoal das sociedades,

comunidades e organizações internacionais relacionadas com o turismo nos

âmbitos político, económico, social, cultural, laboral, etc.

O turismo abraça umas vasta gama de sectores económicos. Devido a diversidade

de componentes de oferta e procura turística deparamos com a necessidade de

obter interpretações diversificadas, quer no que respeita à investigação quer aos

campos de aplicação de conhecimentos. O impacto positivo na sociedade é

imperativo, o simples acto de viajar tornou-se objecto de estudo, mas as

motivações de cada pessoa tornam cada viagem numa viagem apenas.32

Page 33: Portfolio final

Ensaio Crítico

O turista geralmente procura o oposto da sua vida diária, quem normalmente

passa o dia em trabalhos duros procura sítios calmos e vice versa. Infelizmente a

necessidade de algum poder monetário é imperial, e agora, graças ao

desenvolvimento dos transportes é mais fácil nos tornarmos um turista. Para

quem nunca teve essa oportunidade por motivos económicos ou até pelos

simples facto de total desconhecimento, graças a alguma instituições tem agora

esta oportunidade. Com o Inatel (Fig.14) o turismo sénior é uma realidade. São

situações que ligam o turismo e o bem estar da sociedade . O turismo tem um

potencial incrível e pode, bem trabalhado, render tanto a nível económico,

cultural e pessoal. O turismo segura países que vivem no limiar da pobreza,

emprega milhares de pessoas directamente e alimenta outras tantas

indirectamente. Estas figuras foram escolhidas para nos contar a história do

turismo, o seu impacte social e deixar no ar que mais transformações ocorrerão. A

barra cronológica que fiz poderá e deverá sempre continuada pois o turismo não

parou….ele transforma-se.

Não perca a próxima

edição de Escapadelas!!

Dimensões do

turismo

33

Page 34: Portfolio final

34

Page 35: Portfolio final

Editorial

Dividida por 3 edições mensais e tendo como filosofia “ imagens que valem mais

que mil palavras” serão apresentadas imagens que depois de comentadas e

analisadas ilustrarão a evolução, importância e multidisciplinaridade do Turismo.

Tendo em conta a disciplina de Sociologia do Turismo e uma pesquisa profunda

apresento estas edições únicas onde o Turismo será posto a nu.

Tendo em conta o sucesso da última edição, e querendo dar continuidade ao

estudo do Turismo, dedico esta edição à dimensão psicológica do turismo. Para

tal, serão apresentados vários polaróides, que retratam de alguma maneira todo

o conhecimento apresentado no módulo II.

Abordarei nesta edição o motivo que nos leva a viajar, as motivações que nos

fazem perder horas num avião e no respectivo aeroporto, o comportamento social

e cultural do turismo e as diferentes classes sociais e valores no turismo.

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Page 36: Portfolio final

Apresentação

Coordenador: Sandra Antunes

Redacção: Roberto Carvalho

Grafismo: Roberto Carvalho

Colunistas: Roberto Carvalho

Redacção, Administração e Serviços Comerciais: Roberto Carvalho

Marketing: Roberto Carvalho

Proprietária/ Editora: IPV – ESTGL

Assinaturas: Roberto Carvalho

Distribuição: Manualmente

Tiragem: Número único para a disciplina de Sociologia do Turismo

Interdita a reprodução, mesmo parcial, de textos, fotografias ou ilustrações sob quaisquer meios, e para quaisquer fins, inclusive comerciais.

Ficha técnica

Chamo-me Roberto Carvalho, 34anos, casado e resido na Régua.Trabalho no agrupamento verticaldas escolas da Sé – Lamegoexecutando as funções de técnicooperacional e sou estudante do1º ano de Informação Turística naESTGL de Lamego. A elaboraçãodeste portfolio seduziu-me vistonunca ter feito algo do género eestar extremamente curioso paraver o resultado final. Devido aclara importância do turismo e dasua constante relação com asáreas mais diversas da sociedadeespero apresentar imagens quecontem histórias.

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Page 37: Portfolio final

II.1 – Teorias da Motivação Humana

Polaroid 1 – Hierarquia das necessidades de Maslow

Fonte : Elaboração própria

II.1.1 – A dimensão psicológica do

turismo

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Page 38: Portfolio final

Polaroid 2 – Primeiros turistas no Iraque desde 2003

Fonte : elaboração própria

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Page 39: Portfolio final

Polaroid 3 – Motivações libertadoras vs. constrangedoras

Fonte : Elaboração própria

II.1.2 – A motivação da viagem e do turista

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Page 40: Portfolio final

Polaroid 4 – Tipos de motivação do turismo

Fonte : Elaboração própria

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Page 41: Portfolio final

Polaroid 5 – Variáveis sociais no turismo

Fonte : Elaboração própria

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Page 42: Portfolio final

Polaroid 6 – Variáveis sociais no turismo 2

Fonte : Elaboração própria

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Page 43: Portfolio final

Polaroid 7 – Variáveis sociais no turismo 3

Fonte : Elaboração própria

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Page 44: Portfolio final

Polaroid 8 – Personalidade e valores

Fonte : Elaboração própria

II.1.3 – A Personalidade e os Valores e a sua

relação com o turismo

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Page 45: Portfolio final

Polaroid 9 – Aprendizagem e turismo

Fonte : Elaboração própria

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Page 46: Portfolio final

Síntese dos documentos

A escolha dos documentos apresentados recaiu na internet. Depois de

alguma pesquisa apresento os polaróides, que não são mais do que mini-

montagens que ilustram toda a dimensão psicológica do Turismo. O Polaroid

1 retrata a hierarquia de necessidades de Maslow. Esta teoria não é mais do

que uma ordenação de níveis de prioridades, em que uma pessoa só será

motivada para cumprir uma necessidade de nível alto se as necessidades

mais baixas já estiverem satisfeitas. Para um turista resolver sair de casa e

viajar existirá uma motivação que o leve a agir. Os motivos são vários, desde

a simples curiosidade até a adrenalina que certos locais podem transmitir. O

Polaroid 2 retrata exactamente este tipo de motivação que mistura a

adrenalina com perigo e cultura, apresentando Jo Rawlins, a primeira turista

em território iraquiano depois de 2003. O Polaroid 3 retrata as motivações

associadas ao turismo que são divididas em motivações constrangedoras

(reuniões e negócios) e libertadoras (férias e repouso). O Polaroid 4 retrata

os vários tipos de motivação que se dividem por motivações físicas,

culturais, interpessoais e de prestígio ou status. Toda a motivação que nos

leva a satisfazer necessidades depende de pessoa para pessoa. Estas

variações dependem do sexo do turista (Polaroid 5), idade (Polaroid 6) e

nível educacional (Polaroid 7). Independentemente da motivação que leva

determinado turista a viajar, a personalidade do mesmo é de extrema

importância na hora de escolher um destino. Uma pessoa introvertida

dificilmente se tornará um turista locais onde exista muito contacto social.

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Page 47: Portfolio final

Os valores são também de extrema importância no turismo visto que eles

modelam a vida de todos e são centrais nos traços de personalidade de cada

um de nós. O Polaroid 8 retrata a personalidade e os valores, grandes

influentes no sector turístico. Finalmente, o Polaroid 9 retrata a

aprendizagem no turismo, no sentido que apesar de uma determinada

pessoa ter uma personalidade aventureira jamais será turista se não for

educado como tal. O acto de viajar é aprendido tal como o de comer ou

vestir. Se durante a educação forem incutidos hábitos aventureiros, tais

como escuteiros, a probabilidade de se tornarem turista aumenta, se

optarem pelo sedentarismo da televisão o prazer de viajar é trocado pelo

acto de não fazer nada.

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Page 48: Portfolio final

II.2.1 – Comportamento pessoal, interpessoal e

transpessoal

Fonte : Elaboração própria

II.2 – Sociologia do turismo: A dimensão Sócio

cultural do Turismo

Polaroid 10 – Níveis de comportamento

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Page 49: Portfolio final

Polaroid 11 – Normas e interacção no turismo

Fonte : Elaboração própria

II.2.2 – Comportamentos Sociais e Culturais em

Turismo

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Page 50: Portfolio final

Polaroid 12 – Sinalização Turística do Algarve

Fonte : Elaboração própria

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Page 51: Portfolio final

II.2.3 – Grupos, Organizações, Sociedades e

Massas na Actividade Turística

Fonte : Elaboração própria

Polaroid 13 - Tipos de grupos

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Page 52: Portfolio final

Fonte : Elaboração própria

Polaroid 14 - Organizações

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Page 53: Portfolio final

Fonte : Elaboração própria

Polaroid 15 – Organograma Turismo de Portugal

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Page 54: Portfolio final

Fonte : Elaboração própria

Polaroid 16 – As massas na actividade turística

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Page 55: Portfolio final

Fonte : Elaboração própria

II.2.4 – Os Ciclos de Vida Familiar e

o seu Impacto na Actividade

Turística

Polaroid 17 – Fases do ciclo de vida familiar

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Page 56: Portfolio final

Síntese dos documentos

O acto de viajar implica sempre um intercâmbio social e cultural. Para

muitos turistas este intercâmbio é o motivo primordial do turismo. O

comportamento assumido por quem está ligado ao turismo estabelece-se a

nível pessoal, interpessoal e transpessoal. O Polaroid 10 retrata estes

diversos níveis na medida que apresenta, o comportamento de um turista

com um guia, de um agente de viagens e um turista e o comportamento

mediante o grupo ao qual pertence. Existindo, com o turismo, uma mistura

de culturas é lógico deduzir que as “marcas” deixadas por trocas sociais

acompanham o turista nas suas memórias de viagens. Existe no turismo um

processo de socialização, e sendo assim é essencial existir um conhecimento

de normas sociais para evitar comportamentos inadequados. O Polaroid 11

apresenta algumas normas, essenciais para quem desconhece os modos

adequados de comportamento em determinada localidade, assim como

representa o intercâmbio social entre um turista e um membro da

comunidade local visitada. O resultado do não respeito das normas ou do

mau comportamento encontra-se apresentado no cartoon. Para evitar o

desrespeito e facilitar a vida do turista são várias as sinaléticas existentes. O

Polaroid 12 apresenta a reforma da sinalização turística e rodoviária no

Algarve. O agrupamento social de pessoas que desempenham um qualquer

papel relacionado com turismo é constituído por quatro tipos de unidades

colectivas, divididos por Grupos, Organizações, Sociedades e Massas. O

Polaroid 13 representa os três tipos de grupos diferentes (grupo de

referência, primário e secundário).

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Page 57: Portfolio final

O Polaroid 14 representa as organizações na medida que retrata conjuntos

colectivos com limites fixos e identificáveis, com ordenação normativa, com

um sistema hierárquico, com um sistema de comunicação e com um sistema

de membros coordenado tais como empresa de transportes ou agência de

viagens. Como características principais, as organizações possuem uma

estrutura organizativa, níveis de comando, objectivos económicos e

sóciolaborais, relações humanas e de comunicação entre os membros que

compõem a organização e possuí ainda relações comerciais, de

comunicação, de prestação de serviços turísticos e de relações públicas com

o exterior. O Polaroid 15 retrata toda a mecânica necessária de uma

organização, apresentando para tal o organograma do Turismo de Portugal.

As Sociedades não são mais do que um conjunto de pessoas que

estabelecem relações transpessoais. São formadas por pessoas e

agrupamentos diversos, ou seja engloba grupos e massas. As massas são

agrupamentos não organizados, com grandes quantidades de pessoas,

transitórios e fluidos, retratados no Polaroid 16. O turismo depende sempre

do ciclo de vida familiar. Os factores da idade, do estado matrimonial ou a

presença de crianças influenciam o turista. O Polaroid 17 retrata as várias

fases mais comuns do ciclo de vida familiar, representando os séniores,

casados com e sem filhos e divorciados. Todos os documentos foram

pesquisados on-line através do google image e seleccionados por mim.

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Page 58: Portfolio final

II.3 - Estratificação e status social no turismo

Polaroid 18 - Dinheiro e status

Fonte : Elaboração própria

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Page 59: Portfolio final

II.3.1 – Classes Sociais e Turismo

Polaroid 19 – Classes Sociais

Fonte : Elaboração própria

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Page 60: Portfolio final

II.3.2 – Turismo de Elite e Turismo de Massas

Polaroid 20 – Turismo de Elite

Fonte : Elaboração própria

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Page 61: Portfolio final

Polaroid 21 – Turismo de Massas

Fonte : Elaboração própria

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Page 62: Portfolio final

Polaroid 22 – Turismo Social

Fonte : Elaboração própria

II.3.3 – Turismo Social: Familiar, Juvenil e 3ª

idade

62

Page 63: Portfolio final

Síntese dos documentos

O status configura-se como o lugar que cada pessoa ocupa na estrutura

social. Os elementos que diferenciam os estratos sociais são a riqueza, o

rendimento, o prestígio e o poder. O Polaroid 18 retrata exactamente a

necessidade de riqueza para se poder situar num estrato de categoria mais

alta. Como membro de uma sociedade, a posição que cada pessoa ocupa

obriga um conjunto de comportamentos que a sociedade prescreveu: os

papéis. Todos nós temos os nossos papéis dentro da sociedade, todos

sabemos como reagir em determinada situação, determinado local ou com

determinadas pessoas. A noção do local ou situação está sempre

dependente do alvo da mensagem. Neste sentido a divisão da sociedade, tal

como a conhecemos, divide conjuntos de indivíduos que podem estar

dispersos, mas possuem características comuns, reconhecidas pela

sociedade que vivem. O Polaroid 19 retrata as três classes da sociedade.

Dentro de cada classe existem os seus respectivos turistas. O aspecto social,

ou respectiva categoria reflecte-se no destino de férias. A classe baixa e

média-baixa, tradicionalmente escolherá um turismo de massas,

perfeitamente retratado no diapositivo 21, enquanto um turista da alta

sociedade, com largo poder económico escolherá, como retratado no

Polaroid 20, umas férias de elite, praticando golfe ou visitando praias

paradisíacas..

63

Page 64: Portfolio final

O fenómeno turístico não se fica apenas pelo turismo de elite e de massas, o

turismo social é uma realidade. Este tipo de turismo é praticado por grupos

de baixos rendimentos, apoiados e facilitado por serviços isolados e

facilmente reconhecíveis. Os factores que influem no turismo social são a

idade, situação económica, nível cultural entre outros. O turismo social é

dividido em turismo familiar, turismo estudantil e turismo da terceira idade.

O Polaroid 22 retrata esta divisão. Todos os polaróides foram elaborados a

partir de imagens disponíveis on-line no Google images.

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Page 65: Portfolio final

II.4 – Os valores Sócio-espirituais do Turismo

II.4.1 – A religião e os valores espirituais do

turismo

Polaroid 23 - Peregrinações

Fonte : Elaboração própria

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Page 66: Portfolio final

II.4.2 – Turismo religioso e turismo cultural e

espiritual

Polaroid 24 - Catolicismo

Fonte :

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Page 67: Portfolio final

Polaroid 25 – Protestantismo

Fonte : Elaboração própria

67

Page 68: Portfolio final

Polaroid 26 – judaísmo

Fonte : Elaboração própria

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Page 69: Portfolio final

Polaroid 27 – Islamismo

Fonte : Elaboração própria

69

Page 70: Portfolio final

Polaroid 28 – Hinduísmo e Budismo

Fonte : Elaboração própria

70

Page 71: Portfolio final

Síntese dos documentos

O turismo como actividade humana está impregnado de valores humanos e

espirituais. O homem moderno dispõe de pouco para tempo para si mesmo,

quanto mais para Deus. O turismo proporciona esse encontro com a paz

interior e é também, um factor de paz entre povos ao oferecer

conhecimento mútuo das pessoas, a redução das distancias entres as classes

sociais e as raças humanas, uma maior compreensão e solidariedade

internacional, o respeito pelos direitos humanos, a criação de uma ordem

sobrenatural e de cooperação para a paz internacional. A peregrinação é

uma das formas de viajar mais antigas e congrega valores espirituais que se

prendem às raízes comuns da consciência colectiva da maior parte da

sociedade. Assim sendo, a peregrinação é uma viagem para um lugar

sagrado marcado por aparições ou locais que produziram milagres. O

Polaroid 23 retrata a famosa peregrinação de Santiago de Compostela assim

como Fátima. O turismo religioso liga-se ao turismo cultural mas distingue-

se claramente deste. As seis diferentes religiões do mundo, retratadas nas

polaróides 24, 25, 26, 27 e 28, têm critérios próprios éticos e espirituais,

cada religião delimita seus locais sagrados, santuários, mosteiros, igrejas

que depois se convertem em centros ou lugares de peregrinação para os

turistas crentes numa determinada religião ou fé. Estas religiões do mundo

configuram duas tendências em termos turísticos separadas pela

peregrinação. Uma tendência acredita que o conceito de peregrinação faz

parte integrante da religião enquanto a outra não a valoriza. Todos os

polaróides foram elaborados por mim cm imagens disponíveis on-line

através do Google images.71

Page 72: Portfolio final

II.5 – O turismo como aglutinador do ócio e do

tempo livre

II.5.1 – Ócio e tempo livre

Polaroid 29 – Ócio e tempo livre

Fonte : Elaboração própria

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Page 73: Portfolio final

Polaroid 30 – Puro ócio

Fonte : Elaboração própria

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Page 74: Portfolio final

Polaroid 31 – Funções desempenhadas pelo ócio

Fonte : Elaboração própria

II.5.2 – Funções desempenhadas pelo ócio

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Page 75: Portfolio final

Polaroid 32 – Actividades do ócio

Fonte : Elaboração própria

75

Page 76: Portfolio final

Polaroid 33 – Acções recreativas do ócio

Fonte : Elaboração própria

76

Page 77: Portfolio final

Síntese dos documentos

O ócio é o conjunto de actividades, incluindo as turísticas, às quais um

indivíduo se pode entregar livremente, seja para descansar, divertir-se ou

para aumentar seus conhecimentos sem a pressão das obrigações

profissionais, familiares e sociais. Existem 5 concepções diferentes de lazer

no sentido que uma, representa uma dicotomia de trabalho e não trabalho,

outra alega que o ócio é um estado natural do ser humano, a terceira

concepção alega que o ócio é um instrumento social, uma quarta concepção

alega que o lazer é uma estado de espírito e finalmente, a quinta e última,

define o lazer como uma síntese de todas as anteriores, definindo o lazer

como uma construção multidimensional que abarca um vasto leque de

determinadas actividades e experiências. Os polaróides 29 e 30 retratam o

verdadeiro significado do ócio ou lazer, apresentando imagens onde o

relaxe e o “desligar” dos assuntos obrigatórios é notório. As funções

desempenhadas pelo ócio, segundo Dumazedier, são divididas em funções

psicossociais (função de descanso, função de diversão e função de

desenvolvimento), funções sociais (função da socialização, função

simbólica e função terapêutica) e funções socioeconómicas (poder de

compra e nível de consumo da população). O Polaroid 31 apresenta o rosto

de Dumazedier, sociólogo sobre o qual me baseei para esta parte do módulo

II, assim como retrata o descanso, socialização e divertimento. Entendendo

o recreio como o conjunto de acções e actividades que as pessoas

desenvolvem livremente, de forma positiva e agradável durante o ócio ou

lazer e sem qualquer compromisso.

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Page 78: Portfolio final

As actividades de ócio estão dividas em actividades físicas, manuais,

culturais, sociais e actividades turísticas e de viagem. O Polaroid 32 retrata

as várias categorias de actividades, apresentando imagens de desporto,

artesanato, consolidação de amizades e o descanso. Todas estas actividades

podem ser agrupadas por categorias, tendo em conta a sua natureza e os

equipamentos usados. As realizadas em casa, actividades de elevado

conteúdo social, actividades de interesses culturais, educacionais e

artísticos, actividades de desportos como espectador ou praticante,

actividades de recreio informal ao ar livre e finalmente o turismo de lazer

com uma estada. O Polaroid 33 retrata todas as categorias, apresentando

para tal imagens com as várias situações. Todos este polaróides foram

criados por mim , através de imagens pesquisadas on-line através do google

images.

Síntese dos documentos

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Page 79: Portfolio final

Ensaio Crítico

Existe, dentro de cada um de nós, uma força que nos leva a satisfazer as nossas

necessidades, sejam elas biológicas (primárias) ou sociais e psicológicas (secundárias).

Estas últimas são desenvolvidas ao longo dos processos sociais e de aprendizagem.

Estes dois sistemas de necessidades são dependentes e complementam-se. Segundo

Maslow as necessidades humanas encontram-se ordenadas em níveis de prioridades.

A hierarquia das necessidades de Maslow é apresentada no Polaroid 1. Segundo

Maslow uma pessoa apenas será motivada para cumprir uma necessidade de nível

alto se a necessidade mais baixa já tiver sido satisfeita. Esta teoria de Maslow não se

aplica totalmente ao turista, visto este ser capaz de experimentar, expressar, e

procurar satisfazer necessidades de vários níveis da hierarquia em simultâneo. Quanto

ao timing as motivações podem ser divididas por motivação de curto e longo prazo.

Geralmente, no turismo, as motivações são principalmente de longo prazo. O Polaroid

2 apresenta a primeira turista no Iraque depois de 2003. Qual a motivação por detrás

da escolha deste destino tão perigoso e problemático? Segundo Bridget Jones, de 77

anos, arqueóloga reformada de Londres não existiam problemas com segurança.

«Quando se envelhece, é muito melhor morrer com uma bala no Iraque do que morrer

numa ala geriátrica. Já não tenho muito tempo para viver, então porque não

aproveitar?» (Jones,2009). Todos têm os seus motivos, sejam eles o descanso, o prazer

pelo perigo ou a simples vontade de conhecer locais emblemáticos. Quanto à origem

as decisões durante uma viagem são influenciadas através de motivações intrínsecas

(sem nenhuma recompensa) e extrínsecas (recompensas externas tais como dinheiro).

As motivações podem assumir carácter de obrigação e noutros casos simplesmente

um carácter de satisfação pessoal.

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Page 80: Portfolio final

Ensaio Crítico

As motivações constrangedoras encontram-se ligadas a negócios, reuniões, saúde e

estudos enquanto as motivações libertadoras encontram-se ligadas as férias,

desportos, repouso e cultura. As motivações são mistas quando alguém se desloca

para participar em reuniões ou por razoes de saúde e aproveita os seus tempos livres

para ver monumentos ou fazer férias. O Polaroid 3 retrata as várias motivações.

Quanto ao tipo de motivação existem as físicas (relacionadas com o descanso físico,

actividades desportivas, banhos, entretimentos relaxantes e motivações directamente

ligadas à saúde), culturais (identificadas com o desejo de conhecer e saber mais

acerca de outras áreas culturais), interpessoais (incluem o desejo de conhecer novas

pessoas, visitar amigos e parentes, escapar à rotina, escapar à família e aos vizinhos e

estabelecer novos relacionamentos) e motivações de prestígio e status (dizem

respeito ás necessidades do ego e de desenvolvimento pessoal). O Polaroid 4 retrata

os quatro tipos de motivação apresentando actividades desportivas, o desejo de

conhecer novas culturas (folclore), o escapar á rotina e o prestígio e status. A OMT

classifica as motivações em duas categorias, motivações do tipo racional e do tipo

afectivo, que têm origem nas imagens que o turista faz de um destino. As motivações

para viajar dependem de vários factores entre os quais o sexo (masculino prefere

férias mais activas e o sexo feminino prefere destinos de sol e praia onde consiga

descansar), a idade (nos mais jovens há uma maior tolerância para diversos tipos de

experiências e existe, também, um maior interesse em conhecer novos lugares, em

contrapartida, com o avanço da idade as pessoas preferem o conforto e as viagens de

grupo) e o nível educacional (as pessoas com elevado nível educacional ganham

geralmente mais dinheiro, estando assim mais predispostas em contactar com o

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Page 81: Portfolio final

Ensaio Crítico

longínquo, o não-familiar e o estranho, enquanto que as pessoas de baixo nível

educacional, por falta de rendimentos escolhem locais mais baratos e acessíveis por

carro). Estas três variáveis estão retratadas nas polaróides 5 (sexo), 6 (idade) e 7 (nível

educacional). A personalidade é considerada um reflexo do ego interno, na maioria de

situações sociais, muita da verdadeira personalidade de uma pessoa está escondida

por comportamentos e gestos socialmente aceitáveis. Apenas as relações íntimas

permitem que a pessoa “desmascarada” apareça. No turismo a personalidade dos

viajantes é importante na escolha de destinos, no modo de viajar, na duração de

permanência e nas actividades. Por outro lado, factores como a despesa, a

popularidade dos destinos, e as pressões familiares podem influenciar escolhas, que a

personalidade de uma pessoa tenha escolhido. Os valores modelam os estilos de vida

e são centrais na personalidade de uma pessoa, sendo social e culturalmente

definidos e guiando os comportamentos. A hierarquia de valores de um indivíduo

representa o seu sistema de valores, e estes valores não só afectam as decisões do

consumidor geral como também as decisões relativamente ao turismo e à viagem.

Existem valores instrumentais ou associados ao fazer (representam a convicção de

uma pessoa de que um modo especifico de conduta é pessoal) e terminais ou valores

associados ao ser (representam a convicção de uma pessoa de que um modo

especifico de viver é pessoal). O Polaroid 8 retrata a complexidade e dualidade da

personalidade, assim como apresenta os valores. São estes dois factores que “criam”

um ser humano. O acto de viajar é um comportamento socialmente aprendido tal

como o modo de vestir, de falar, de jantar, e de interagir com os outros. Grandes

partes das actividades de lazer em que as pessoas se empenham ao longo das suas

vidas são aprendidas durante a infância.

81

Page 82: Portfolio final

Ensaio Crítico

À medida que as pessoas amadurecem modificam as suas buscas de lazer e procuram

actividades modernas e estimulantes, enquanto continuam com as velhas favoritas

que indiciam continuidade. O Polaroid 9 retrata esta educação do turismo,

apresentando um grupo de jovens escuteiros, que mais tarde terão grandes

possibilidades de serem turistas, visto aprenderem a viajar nos acampamentos, em

contrapartida um grupo de jovens, que passe as tardes enfiadas em casa viradas para

uma televisão terão poucas probabilidades de se tornarem viajantes, visto não serem

educadas como tal. Os métodos de aprendizagem são divididos por condicionamento

(presença de recompensas positivas que incentivam uma resposta comportamental),

modelagem (aprendizagem decorre por observação de outros) e aprendizagem oculta

(a exploração, a viagem e a mera actividade do dia a dia expõem-nos às realidade do

ambiente físico e social). Nos papéis ligados a actividades turísticas, os

comportamentos dos indivíduos estabelecem-se a nível pessoal (baseada nas

necessidades da pessoa relativas às motivações para o exercício de actividades de

tempo livre relacionadas com viagens ou actividade turísticas; ex: agente de viagens,

recepcionistas, guias turísticos, etc.), nível interpessoal (relacionado com a sua

família, amigos e com a demais pessoas relacionadas com a informação, venda e

prestação de serviços turísticos; ex: turista com guia, turista com camareiro,

recepcionista, etc.) e nível transpessoal (o comportamento do turista aparece

enquadrado na forma de comportar-se no colectivo, na inter-relação transpessoal de

comportamentos entre a procura e oferta e ao nível das organizações e das

sociedades em termos de comportamento interno e externo; ex: empresas,

organizações, instituições publicas e privadas relacionadas com o turismo).

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Page 83: Portfolio final

Ensaio Crítico

O Polaroid 10 retrata os vários níveis de comportamento nas actividades turísticas. No

fenómeno turístico é obvio existirem interacções sociais e transculturais, o contacto

com outras pessoas e culturas é uma motivação e meta. Estas interacções podem ser

meramente comerciais, sociais ou uma combinação, podendo existir em transacções

empresariais em lojas, saudações amigáveis na calçada, incursões em cafés ou centros

comerciais. O turista aprende, durante as suas primeiras viagens, certos modos de agir

em sociedade. Este efeito de socialização repercute-se directamente no turismo,

sendo que um viajante regular é frequentemente um cidadão educado, qualificado e

empregado, sendo as suas competências e aptidões usadas na maioria das

experiências turísticas. Para existir harmonia entre o turista e o local visitado é

necessário o conhecimento de normas, estas guiam o comportamento dentro dos

grupos das diversas culturas e funcionam como regras que descrevem como é

esperado que uma pessoa aja em diferentes situações. Estas normas sociais são

ensinadas e transmitidas entre gerações por via da socialização. É usual reconhecer os

estranhos ou estrangeiros porque quebram normas sociais comportando-se de modo

inadequado. Estas quebras nas normas ocorrem usualmente por total

desconhecimento, o que alimenta o estereótipo do turista como sendo alguém que

não se preocupa em conhecer e saber mais acerca dos locais e das comunidades que

visita. O Polaroid 11 retrata esta interacção entre turista e visitado, assim como

apresenta os mandamentos do turista, que podem ser considerados normas, sem as

quais não seria possível fazer um turismo de qualidade. O Polaroid 12 apresenta a

nova sinalização turística do Algarve, facilitando assim ao turista informações úteis e

socializando-os a seguir e cumprir normas de comportamento.

83

Page 84: Portfolio final

Ensaio Crítico

O agrupamento social das pessoas que desempenham papeis relacionados com o

turismo (turistas, camareiro, vendedor de produtos turísticos, guia, etc.) é constituído

por grupos que são um conjunto de pessoas que regularmente mantêm contacto,

partilham interacções estruturadas e trabalham para um jogo comum de metas e

objectivos, são normalmente informais e impõe poucas regras e exigências aos seus

membros. À medida que crescem em tamanho podem tornar-se mais formais. Os

grupos muitos grandes podem tornar se muitos formais e controlados. No estudo do

turismo existem três grupos particularmente pertinentes. O Polaroid 13 retrata os

Grupos de referência (fornece padrões que guiam o comportamento), grupos

primários (definido por motivações afectivas mais do que por finalidades unitárias, de

dimensão limitada onde todas as pessoas se conhecem e têm entre si relações

directas) e grupos secundários (grupo mais numeroso, mais organizado e menos

espontâneo que os primários e constitui-se para finalidades utilitárias comuns aos

membros, para necessidades estranhas á simpatia recíproca que possa resultar de tais

contactos). As organizações são conjuntos colectivos com limites fixos e identificáveis,

com uma ordenação normativo, com um sistema hierárquico, com um sistema de

comunicação e com um sistema de membros coordenado. O Polaroid 14 retrata

empresas de transportes turísticas que não são mais do que as organizações. Tem

como características uma estrutura organizativa, níveis de comando, objectivos

económicos e sócio laborais, tem relações humanas e de comunicação entre os

membros que compõem a organização e tem relações comerciais, de comunicação, de

prestação de serviços turísticos e relações públicas com o exterior. O Polaroid 15

apresenta um exemplo de uma estrutura complexa, mas organizativa com os seus

vários departamentos.

84

Page 85: Portfolio final

Ensaio Crítico

As sociedades são um conjunto de pessoas que estabelecem relações transpessoais

tais como um povo ou país turístico ou a soma de grupos que forma uma sociedade de

tipo empresarial, política, económica e social. É um fenómeno que engloba grupos e

massas, sendo impossível o inverso, conta com uma localização territorial delimitada

espacialmente, goza de uma relativa auto-suficiência cultural contrastante de culturas

de outras sociedades, os membros integrantes da sociedade vêem-se impelidos a

cooperar entre si e está organizada segundo estruturas complexas e tendencialmente

estáveis. As massas são agrupamentos não organizados onde intervêm grandes

quantidades de pessoas. O Polaroid 16 retrata este fenómeno colectivo, unitário,

desorganizado e transitório. Em princípio é anónima, heterogénea e muitas vezes

incontável. O facto de ser um fenómeno onde os seus membros podem entrar e sair,

adoptando outras formas torna-o complexo e com necessidade de normas. A escolha

de um destino turístico, como já foi referido, depende de imenso factores. O ciclo da

vida familiar é uma deles. Um casal com filhos, em princípio, não escolherá os mesmos

destinos que casal sem filhos, assim como um aposentado não escolherá o destino de

um jovem solteiro. As fases mais comuns do ciclo da vida familiar são adultos jovens

solteiros, divorciados ou separados, casados sem crianças, com crianças pequenas

(ninho cheio I), crianças com mais de 5 anos (ninho cheio II), crianças mais velhas

(ninho cheio III), casados sem filhos, sobrevivente exclusivo, pares seniores e

sobrevivente sénior. O Polaroid 17 retrata as fases do ciclo familiar. Na fase do ninho

cheio I as tendências são para mini férias e fins-de-semana alargados, enquanto na

fase de ninho cheio III, existindo crianças na escola, será mais complicado

ausentarem-se por largos períodos de tempo.

85

Page 86: Portfolio final

Ensaio Crítico

A influência da esposa ou do marido na escolha do destino varia ao longo do

matrimónio, sendo que nas últimas fases do ciclo o poder da mulher vai aumentando.

À medida que a família se aproxima da reforma os custos e os tipos de acomodação

assumem uma prioridade mais alta. O destino turístico está e estará sempre

dependente de inúmeros factores. Dentro de uma sociedade existirão sempre os

turistas, e os que querem fazer turismo. Esta estratificação social que separa quem

pode, ou não, optar pelo turismo encontra-se associada ao poder social. Este poder

tanto pode ser influenciado pela riqueza, bens, rendimento ganho, prestigio associado

ao nascimento ou adquirido por feitos ou acções e a capacidade de mobilização de

outros de modo a alcançar metas. O Polaroid 18 retrata a riqueza necessária para

fazer parte de um alto estrato social, e assim poder viajar sem preocupações

económicas. Dentro de uma sociedade, a posição social ocupada obriga a um conjunto

de comportamentos adequados, aprendidos ao longo da vida pela socialização e

através desta, todos nós temos uma certa ideia de como certos papéis serão

representados. Os status são ensinados e têm significados partilhados por todos os

membros de uma sociedade em particular. O turista não existe sem que se esperem

certos comportamentos do seu papel tais como a procura de lembranças baratas, o

hábito de fotografar tudo sem respeito pela privacidade ou sem preocupação pela

cultura do local visitado. É necessário, quando inserido numa sociedade, uma certa

consciência de como e quando agir. Entendo, como classe social um agrupamento de

indivíduos que os distingue de outros agrupamentos do mesmo género e uma

categoria social designa, em geral, um conjunto de indivíduos que podem estar

dispersos, mas que têm características comuns, reconhecidas pela sociedade em que

vivem.

86

Page 87: Portfolio final

Ensaio Crítico

As classes sociais dividem-se em três níveis, subdividindo-se cada um deles em dois

(alta e baixa). A classe alta é formada por pessoas com alto status socioeconómico,

grande liberdade de acção no momento de planear as suas actividades turísticas

quanto ao tempo, poder de compra e destinos. Esta classe identifica-se com o turismo

de elite, de minorias e de luxo, imperando sempre a mais alta qualidade. A classe

média é formada por pessoas com status socioeconómico de dependência laboral,

política e social. Classe dinamizadora do turismo de massas, altamente condicionada

pelo período de férias que as normativas laborais fixam e também condicionada pelo

seu poder de compra e pelas propostas de oferta turística. A classe baixa é formada

por pessoas com uma situação cultural, económica e social limite. É a classe que tem

mais dificuldades em levar a cabo os seus planos turísticos devido ao seu fraco poder

de compra, escolhendo assim destinos baratos. O Polaroid 19 retrata as três classes

sociais, apresentando uma clara divisão entre classes na foto da cidade (alta e média)

e mostrando o limite da pobreza da classe baixa. De um ponto de vista turístico o

status socioeconómico, as categorias sociais e as classes sociais estão relacionados

com o conjunto de pessoas que participam da procura e oferta turística. O turismo de

elite é feito em qualquer época do ano (visto não estar sujeito a nenhum calendário

laboral), são escolhidos estabelecimentos e restaurantes de luxo (5 estrelas), as

viagens são feitas em primeira classe e existe a possibilidade de praticar actividades

turísticas pouco massificadas devido ao custo elevado da sua prática (golfe, desportos

náuticos, etc. …). O Polaroid 20 retrata os luxos disponíveis no turismo de elite. O

turismo de massas é o segmento da procura turística que se desloca de forma

individual, familiar ou em grupo coincidindo em destinos de grande afluência turística

e sempre numa época do ano determinada e dependente dos seus contratos laborais

tais como o verão e fins-de-semana.87

Page 88: Portfolio final

Ensaio Crítico

Pode ser organizado em serviços oferecidos por agências de viagens em pacotes

turísticos. O Polaroid 21 retrata o aglomerado de gente e respectiva desorganização

do turismo de massas. O turismo social é um tipo de turismo praticado por pessoas

de baixos rendimentos e somente possível e facilitado por serviços isolados. É

caracterizado por meios limitados, muitas vezes é subsidiado pelos Estados, pelas

autoridades locais, por muitas associações de cariz social ou por uniões de comércio.

O destino deste tipo de turismo é normalmente no próprio país, ou em alguns casos

em países vizinhos. Os factores que influenciam o turismo social são a idade, situação

familiar, poder económico e de compra, nível cultural, estado de saúde,

disponibilidade de tempo e as motivações possibilidades de organização do tempo

livre. O segmento social implicado neste tipo de turismo é dividido em turismo

familiar e das classes trabalhadoras (motivado pelo descanso familiar, pelo contacto

entre os membros da família, a educação dos filhos no tempo livre, o reequilíbrio

físico e psíquico, a ampliação cultural e a diversão), turismo estudantil e juvenil

(motivado pelo descanso dos estudos e por actividades culturais, desportivas e

recreativas que ajudem ao equilíbrio físico e psíquico da juventude) e o turismo da

terceira idade ou dos reformados seniores (motivado pelo descanso, a diversão, a

cultura, o equilíbrio físico e psíquico e aproveitar para realizar actividades turísticas

que não puderam realizar durante os anos de trabalho ou actividade laboral). O

Polaroid 22 retrata o turismo estudantil ou juvenil e o turismo sénior. O turismo como

actividade humana está carregado de valores humanos e espirituais. Imperando nesta

sociedade o stress e a falta de tempo, é vulgar encontrar quem nem tenha tempo para

se encontrar nem consigo mesmo, nem com amigos, e para os crentes nem com Deus.

O turismo, afastando as pessoas do stress do dia-a-dia, resolve este problema de falta

de tempo e junta amigos com amigos, assim como junta o homem a Deus.88

Page 89: Portfolio final

Ensaio Crítico

O turismo nivela a paz interior, e é também um factor de paz entre os povos ao

oferecer o conhecimento mútuo das pessoas, a redução das distâncias entres as

classes sociais e as raças humanas, uma maior compreensão e solidariedade, o

respeito pelos direitos humanos, a criação de uma ordem sobrenatural e de

cooperação para a paz internacional. Os valores espirituais do turismo são

reconhecidos por diversas autoridades religiosas como sendo de extrema importância,

tais valores levaram ao aparecimento, em 1960, do movimento pastoral do turismo.

Ao nível do Vaticano existe uma Comissão Pontifícia para a Pastoral da Emigração e do

Turismo, criada em 1970, pelo papa Paulo VI. Em todas as sociedades observa-se a

prática de actividades religiosas em períodos de férias, levando um turista crente a

celebrar a Semana Santa ou o Natal onde quer que se encontre de férias. As crenças

religiosas levam o turista a deslocar-se como peregrino para lugares estreitamente

vinculados à sua fé ou que a própria obrigatoriedade das práticas religiosas assim o

exigem. A peregrinação é uma viagem para um lugar sagrado marcado por aparições

(Lourdes ou Fátima), por serem lugares que produziram milagres (Lourdes), por serem

o centro e origem de uma determinada religião (Jerusalém, Roma, Meca), por possuir

uma tumba de um santo (Santiago de Compostela) ou por possuir alguma tradição

mariana (Monserrat, Covadonga, Guadalupe). O Polaroid 23 retrata as peregrinações,

destacando assim a sua importância no turismo, apresentando para tal um mapa

Europeu, com rotas em direcção a Santiago de Compostela e apresentando também

Fátima, o ex-líbris da religião portuguesa. As seis principais religiões do mundo

configuram duas grandes tendências em termos turísticos nas quais, o elemento

peregrinação detém um papal importante. De um lado encontram-se as religiões para

as quais a peregrinação e o retiro espiritual fazem parte integrante da religião

89

Page 90: Portfolio final

Ensaio Crítico

(catolicismo ou budismo), por outro lado encontram-se as religiões para as quais este

conceito não existe, mas cujo adeptos praticam uma forma de turismo ligado à

religião ou à história dessa religião (judeus e protestantes). Segundo vários sociólogos

existem três enfoques do turismo religioso, sendo que o enfoque espiritual é visto

como forma de um indivíduo se aproximar de Deus, o enfoque sociológico é um meio

de o crente conhecer melhor a sua história do grupo religioso ao qual pertence e de

ter acesso à sua cultura e finalmente o enforque cultural implica que, uma visita aos

lugares de culto e santuários é uma forma de o indivíduo, tanto o crente quanto o não

crente e compreender as religiões que existem na sociedade e cultivar-se

humanamente. O catolicismo está inserido na civilização do ócio, sendo que o

peregrino, antes de mais, é sempre um turista. Está imerso no mercado turístico, é

estruturado pelas autoridades eclesiásticas através da Pastoral do Turismo que

procura conciliar o turismo e a religião através da reflexão teológica. No catolicismo

encontram-se três tipos de turistas tais como, o peregrino que se situa totalmente

fora do turismo para viver uma experiencia puramente religiosa, o crente visitante que

conjuga a sua visita a um lugar sagrado com a sua experiencia de fé e finalmente, o

turista cultural interessado nos outros aspectos que rodeiam o lugar sagrado que não

apenas a fé. Vários são os lugares de peregrinação no catolicismo onde destaco

lugares bíblicos ou relacionados com a história ou organização da igreja (Terra Santa

ou Roma), lugares de aparições ou milagres (Fátima, Lourdes ou Medjugorie), lugares

marianos (Covadonga, Montserrat ou Guadalupe) e rotas de peregrinação (caminho

de Santiago de Compostela). Os responsáveis pelos destinos de turismo religioso têm

vindo a observar alterações nos fluxos e procuram adaptar-se à evolução do mercado

turístico provocadas pelo crescimento da procura, pelas peregrinações organizadas e

pelo próprio aumento da frequência de turistas por motivos culturas.90

Page 91: Portfolio final

Ensaio Crítico

O Polaroid 24 retrata o catolicismo, usando para tal a imagem de sua santidade o

papa. O protestantismo não dispõe de lugares sagrados na sua religião, fazendo antes

referência a lugares de comemoração de algum acontecimento histórico relacionado

com essa religião, lugares esses que se inscrevem na memória colectiva como lugares

de encontro, mas não como lugares de culto. O Polaroid 25 retrata o protestantismo

usando para tal uma montagem de imagens onde destaco Lutero, o pai desta vertente

religiosa. No judaísmo o conceito de peregrinação não existe, mas existe um turismo

judio que não se encontra ligado à prática da religião mas é por ela animado por vias

das motivações como a busca da história do povo judeu e o regresso à terra

prometida. O Polaroid 26 retrata esta religião apresentando imagens profundamente

judias. No islamismo o conceito de peregrinação é elevado ao estatuto de preceito

corânico, chegando ao ponto de ser quase obrigatório, para um fiel, ir pelo menos

uma vez a Meca durante a sua vida. Os muçulmanos têm numerosos centros de

peregrinação, entre os quais destaco Meca, Medina e Jerusalém. O Polaroid 27 retrata

o islamismo apresentando o seu símbolo, assim como os seus fiéis e trajes

tradicionais. A religião budista apoia-se no reconhecimento do sofrimento e na forma

de se libertar deste mesmo sofrimento. Permite ao homem libertar-se da sua

insatisfação e conhecer a sua felicidade, a lucidez e a sua liberdade interior. O culto

das relíquias e as peregrinações aos lugares santos são as duas características mais

importantes desta religião. O hinduísmo baseia as suas práticas religiosas com as

crenças na reencarnação e a cremação dos mortos suscitando a peregrinação aos

lugares sagrados. Um desses lugares é Benarés e o seu rio sagrado, o Ganges, na Índia.

O Polaroid 28 retrata estas duas vertentes religiosas apresentando para tal os seus

símbolos e respectivos Deuses.

91

Page 92: Portfolio final

Ensaio Crítico

Tal como o conhecemos, o turismo resulta fundamentalmente do ócio ou lazer,

embora muitas das pessoas que viagem e que se integram no conceito do turismo, o

façam no âmbito de uma actividade profissional ou de uma ocupação meramente

intelectual não implicando, portanto, necessariamente o lazer. No turismo origina um

conjunto variado de actividades que se identificam com as de recreio mas que

assumem dimensão e natureza diferentes das actividades geradas por este. A relação

dos pontos comuns entre o turismo e o recreio e em resultado das mudanças de

estilos de vida, os conceitos de lazer, recreio e turismo provocam alguma confusão,

sendo necessário estabelecer a devida distinção entre eles. O ócio é o conjunto de

actividades, incluindo as turísticas, às quais o indivíduo se pode entregar livremente,

seja para descansar, divertir, aumentar seus conhecimentos, para participar na vida

social de forma voluntária, uma vez liberto de todas as suas obrigações profissionais,

familiares ou de carácter social. Deste modo, o lazer é o tempo que cada pessoa

dispõe após o seu trabalho e estudo, assim como após a necessidade de dormir,

alimentação, compras, cuidados com membros da família, a higiene. Todas as

actividades que impliquem uma obrigação ou resultem de uma razão de carácter

compulsivo, qualquer que seja a sua natureza, não fazem parte do lazer. O ócio ou

tempo livre pode ser considerado como um direito individual, uma opção de

convivência, uma versão actividade da educação, um factor construtivo da ordem

social não laboral, um factor de liberdade, uma expressão do nível de vida, uma

solução para o aborrecimento, uma possibilidade de vida contemplativa e uma

ocasião para a aprendizagem. Existem cinco concepções diferentes de lazer em que a

primeira, baseia-se na dicotomia entre trabalho \ não trabalho, associando uma

relação directa com o relógio e constitui um instrumento poderoso para a medição do

lazer, todavia não distingue adequadamente entre emprego e trabalho.92

Page 93: Portfolio final

Ensaio Crítico

A segunda concepção trata o tempo livre como sendo um estado natural do ser

humano, em que a actividade de lazer é levada a cabo para o próprio bem e como um

fim em si mesmo. A terceira concepção trata o lazer como sendo um instrumento

social que serve para satisfazer as necessidades dos pobres, doentes e deficientes.

Embora terapêutico, o lazer é neste contexto deficientemente definido e ignora os

seus potenciais benefícios para o resto da população. A quarta concepção trata o lazer

como sendo um estado de espírito, representando um bem em si mesmo, rejeitando o

trabalho como a única fonte de valor, não sendo necessário que um produto seja

concebido como resultado de uma acção ou dispêndio de energia para que esta

adquira valor. O facto do investimento no lazer se constituir como uma expressão do

ser e da sua busca pelo divertimento, harmonia e prazer. A quinta concepção define o

lazer como uma construção multidimensional que barca um largo leque de

determinadas actividade e experiencias. Este conceito não é apenas baseado nas

actividades, incluindo o tempo e as atitudes em relação a actividades relevantes de

trabalho e não trabalho, assim sendo, o lazer incorpora escolhas que reflectem as

aspirações individuais e sociais, assim como os estilos de vida. Os Polaróides 29 e 30

retratam, com a ajuda de imagens, o lazer no seu sentido mais amplo. As funções

básicas desempenhadas pelo ócio decorrem em três dimensões. As funções

psicossociais são subdivididas em funções de descanso, diversão e de

desenvolvimento. As funções de descanso são as mais importantes visto que, o

descanso significa repouso e libertação, reparando a acumulação de stress, tensão e

cansaço laborais. Tendo em conta que se não existisse uma recuperação da fadiga

nervosa e física não poderia haver ócio nem tempo livre, é lógico a grande

importância desta função.

93

Page 94: Portfolio final

Ensaio Crítico

A função de diversão complementa a anterior, conferindo-lhe um lado mais dinâmico

e quebrando as práticas rotineiras impostas pelas obrigações diárias. Supõe um

ambiente de paz e uma busca do prazer. Nesta dimensão encontram-se todas as

actividades de recreio, diversão, prazer, cultura e viagem ao mesmo tempo que são

favorecidas as relações sociais. A função de desenvolvimento é a menos frequente nas

actividade do ócio e a mais ambiciosa, visto ser difícil que depois de liberto das suas

actividades, o indivíduo, tenha energia suficiente para se lançar no seu

desenvolvimento intelectual, artístico e físico. Desenvolvimento este que passa pela

realização de actividades intelectuais, físicas, artísticas e pelas actividades turísticas e

de viagem. Esta função enriquece a formação intelectual de um indivíduo, logo,

reflecte-se sobre o trabalho, mais do que todas as funções anteriores. As funções

sociais são exclusivamente sociais na medida que transcendem os comportamentos

pessoais e passam a situar-se nos comportamentos interpessoais e transpessoais.

Estas funções são subdivididas em função de socialização (o ócio permite recuperar os

níveis de comunicação social, fundamentalmente ao ser humano, que o modo de vida

moderno e urbano forçam a uma relação), função simbólica (o ócio nele desenroladas

funcionam como um símbolo quer de pertença social quer de afirmação pessoal) e

finalmente a função terapêutica (une-se às funções de diversão e descanso que

decorrem a nível pessoal, sendo que os efeitos decorrentes dessas duas funções se

repercutem a nível colectivo na medida em que, o ócio contribui para que os

membros da sociedade mantenham um equilíbrio físico e psíquico). As funções

socioeconómicas do ócio relacionam-se com o poder de compra da população e o

nível de consumo, que pode converter-se em mero gasto pelo gasto, sem que as

actividades de ócio desempenham suas funções.

94

Page 95: Portfolio final

Ensaio Crítico

O Polaroid 31 retrata as funções do ócio na medida que apresenta o rosto de J.

Dumazedier, sociólogo em quem me baseei para a elaboração deste assunto, assim

como representa a função de descanso, assim como a função de divertimento e

respectiva socialização. O recreio pode entender-se como sendo o conjunto de acções

e actividades que as pessoas desenvolvem livremente, de uma forma positiva e

agradável durante o ócio ou o lazer. Neste conjunto de actividades estão incluídas

todas as participações activas e passivas em desporto, cultura, educação informal,

entretenimento, diversão e visitas. Assim o sendo o recreio cobre todas as ocupações

durante o lazer que não envolva compromisso. As actividades de ócio classificam-se

em actividade físicas (relacionadas com o desporto, descanso, termalismo, etc.),

actividades manuais (relacionadas com o artesanato, bricolage, trabalhos manuais,

etc.), actividades culturais (relacionadas com a leitura, espectáculos, exposições,

actividades de animação sociocultural, etc.), actividades sociais (relacionadas com o

contacto entre pessoas para ampliar e consolidar a comunicação entre elas) e as

actividades turísticas e de viagem (relacionadas com o tempo livre da civilização de

ócio e todas as variadas formas de turismo). O Polaroid 32 retrata as actividades de

ócio na medida em que apresenta vários exemplos de todas as suas actividades tais

como prática desportiva, artesanato, consolidação da comunicação e com o descanso.

O recreio origina as acções recreativas que se podem agrupar em seis categorias

tendo em conta a sua natureza e os equipamentos usados. As realizadas em casa (ver

TV, ler, ouvir musica, jardinagem), de elevado conteúdo social (entretenimento,

comer fora, frequência de bares, festas, visitas a amigos e parentes), os interesses

culturais, educacionais e artísticos (visitas a teatros, concertos, exposições, museus,

assistir a aulas e conferências), os desportos como espectador ou praticantes (todos

95

Page 96: Portfolio final

Ensaio Crítico

os desportos), o recreio informal ao ar livre (condução por prazer, excursões diárias,

passear a pé) e o turismo de lazer com uma estada (viagens de longa distancia, fins-

de-semana, férias e feriados). O turismo é o resultado da forma como é ocupado o

nosso tempo livre e distingue-se do recreio no sentido em que implica

obrigatoriamente uma deslocação, enquanto o recreio pode ou não originar uma

viagem. Além disso, as deslocações para fora da residência obrigam, muitas vezes,

uma permanência nos locais visitados por períodos de tempos variáveis, muitas vezes

superiores às dezenas de dias, que originam tempos livres ocupados por actividades

de recreio. O Polaroid 33 retrata os diferentes tipos de actividades consoante o local

ou instrumento utilizado, usando para tal uma montagem de fotos que apresentam

actividades realizadas em casa, idas a concertos, actividade desportivas e caminhas a

pé.

Não perca a próxima

edição

Impactes do

turismo

96

Page 97: Portfolio final

97

Page 98: Portfolio final

Editorial

Dividida por 3 edições mensais e tendo como filosofia “ imagens que valem mais

que mil palavras” serão apresentadas imagens que depois de comentadas e

analisadas ilustrarão a evolução, importância e multidisciplinaridade do Turismo.

Tendo em conta a disciplina de Sociologia do Turismo e uma pesquisa profunda

apresento estas edições únicas onde o Turismo será posto a nu.

O turismo sendo um fenómeno humano encontra-se sempre em transformação.

As mudanças culturais e respectiva reestruturação do turismo são inevitáveis.

Existem turistas cujo destino predilecto encontra-se nos tradicionais locais de sol,

de praias sobrecarregadas de pessoas e enfiados em resorts. De outro lado

encontramos turistas que buscam o contacto com a natureza, com outras culturas

preferindo um ecoturismo em detrimento do típico turismo de massas. Consoante

o tipo de turista existente, e acreditem que são muitos, existe o seu destino. Os

turistas encontram-se por todo o lado, e é com eles que o turismo, enquanto

factor económico, trabalha e produz. Como tudo na vida existem aspectos

positivos e outros negativos. Os impactes no turismo, assim como os diferentes

tipos de turista e respectivas mudanças na escolha turística serão analisados e

explicados neste terceiro e último volume de “ Escapadelas - O turismo de A a Z”.

A trilogia encontra o seu término explicando o que devemos mudar no turismo de

hoje para que as gerações futuras possam usufruir de tanto prazer no acto de

viajar.

98

Page 99: Portfolio final

Apresentação

Coordenador: Sandra Antunes

Redacção: Roberto Carvalho

Grafismo: Roberto Carvalho

Colunistas: Roberto Carvalho

Redacção, Administração e Serviços Comerciais: Roberto Carvalho

Marketing: Roberto Carvalho

Proprietária/ Editora: IPV – ESTGL

Assinaturas: Roberto Carvalho

Distribuição: Manualmente

Tiragem: Número único para a disciplina de Sociologia do Turismo

Interdita a reprodução, mesmo parcial, de textos, fotografias ou ilustrações sob quaisquer meios, e para quaisquer fins, inclusive comerciais.

Ficha técnica

Chamo-me Roberto Carvalho, 34anos, casado e resido na Régua.Trabalho no agrupamento verticaldas escolas da Sé – Lamegoexecutando as funções de técnicooperacional e sou estudante do1º ano de Informação Turística naESTGL de Lamego. A elaboraçãodeste portfolio seduziu-me vistonunca ter feito algo do género eestar extremamente curioso paraver o resultado final. Devido aclara importância do turismo e dasua constante relação com asáreas mais diversas da sociedadeespero apresentar imagens quecontem histórias.

99

Page 100: Portfolio final

III – O turismo e a sociedade

III.1 – Mudanças culturais e

reestruturação do turismo

Pergaminho 1 –

Ecoturismo/turismo verde

Pergaminho 2 – Práticas

culturais contemporâneas

Fonte: Elaboração própria Fonte: Elaboração própria

100

Page 101: Portfolio final

Síntese dos

documentos

Todos os documentos apresentados

foram pesquisados on-line e montados

por mim de modo a transmitirem os

conhecimentos retirados do módulo III. O

pergaminho 1 retrata a nova preferência

turística pelos turismo verde e real. Este

aumento de procura é reflexo de uma

nova filosofia de vida alicerçada na

preservação da natureza a numa grande

vontade de conhecer novas culturas. O

sentimento de preservação , assim como

de preocupação com o ambiente é

notório.

Pergaminho 3 – Turismo rural, cultural e natural

Fonte: Elaboração própria

Pergaminho 4 – Conservação

de espaços

Fonte: Elaboração própria101

Page 102: Portfolio final

Síntese dos documentos

O pergaminho 2 retrata tanto a preferência pela cultura em detrimento dos

resorts , como as novas práticas culturais contemporâneas e respectiva

filosofia, associada à preservação e naturalismo. Como claro exemplo destas

novas práticas são apresentadas neste pergaminho a comida saudável,

medicina alternativa e os partos naturais. Toda esta preferência pelo real a

natural desloca a atenção dos viajantes para o campo e o rural. O

pergaminho 3 retrata o turismo rural, experiências culturais e actividades

desportivas com a natureza. Esta preferência pela turismo verde funciona

como um tema de interesse, sempre associado a um movimento cultural,

pois quem preserva é culto. A conservação de espaços, vital para este tipo de

turismo, encontra-se retratado no pergaminho 4, apresentando para tal

imagens de uma campanha de limpeza de praia, levada a cabo por um grupo

de turistas numa praia brasileira.

102

Page 103: Portfolio final

III.2 – Tipologias da procura turística: o turista

nos seus diversos tipos

Fonte : Elaboração própria

Pergaminho 5 – Tipos de

Turistas segundo Cohen

103

Page 104: Portfolio final

Pergaminho 7 - Turistas segundo

Yannakis e Gibson II

Fonte : Elaboração própria

Pergaminho 6 – Turistas

segundo Yannakis e Gibson I

Fonte : Elaboração própria 104

Page 105: Portfolio final

Pergaminho 8 – Tipologia de Plog: Psicocêntricos

Fonte: Elaboração própria

Fonte: Elaboração própria

Pergaminho 9 – Tipologia

de Plog: Alocêntricos

105

Page 106: Portfolio final

Pergaminho 10 – Tipologia de Plog: Quase-Psicocêntricos

Fonte: Elaboração própria

Pergaminho 11 – Tipologia de

Plog: CêntricosPergaminho 12 – Tipologia de

Plog: Quase Alocêntricos

Fonte: Elaboração própria Fonte: Elaboração própria106

Page 107: Portfolio final

Fonte: Elaboração própria

Pergaminho 13 – Alocêntricos com elevada energia

107

Page 108: Portfolio final

Fonte: Elaboração própria

Pergaminho 14 – Alocêntricos com baixa energia

Pergaminho 15 – Psicocêntricos com elevada e baixa energia

Fonte: Elaboração própria

108

Page 109: Portfolio final

Pergaminho 16 – Turismo de

recreio

Pergaminho 17 – Turismo de

Repouso

Fonte: Elaboração própria Fonte: Elaboração própria

Tipos de Turismo

109

Page 110: Portfolio final

Fonte: Elaboração própria Fonte: Elaboração própria

Pergaminho 18 – Turismo

Cultural

Pergaminho 19 – Turismo Étnico

ou Cultural?

110

Page 111: Portfolio final

Pergaminho 20 – Turismo de

Natureza

Fonte: Elaboração própria111

Page 112: Portfolio final

Pergaminho 21 – Turismo de Negócios

Fonte: Elaboração própria

Pergaminho 22 – Turismo Desportivo

Fonte : Elaboração própria

112

Page 113: Portfolio final

Síntese dos documentos

Todos os documentos apresentados foram pesquisados através do google

images e montados por mim, de modo a retratarem todos os turistas nos

seus diversos tipos. A tipologia de Cohen distingue os turistas segundo a sua

disposição para lidar com a novidade. Existindo uma quantidade contínua de

possíveis combinações de novidade e familiaridade o turista pode ser tanto

um turista de massas organizado, como um turista individual, explorador ou

nómada (drifter). O pergaminho 5 retrata exactamente cada um destes tipos

de turistas. Segundo a tipologia de Yannakis e Gibson que se baseia nas

motivações que o turista tem, na hora de panificar o tempo livre, que poderá

dedicar a actividades turísticas, o turista pode ser separado por: o amante do

sol, o que procura acções excitantes, o arqueólogo, o turista organizado, o

aventureiro, o explorador, o elitista, o espiritualista, o turista de classe alta, o

antropólogo, o turista de mochila, o que escapa a rotina e finalmente, o

desportista. Os pergaminhos 6 e 7 retratam exactamente cada uma destas

vertentes de um turista, dependente sempre de uma série de factores.

Segundo Plog, os viajantes podem ser categorizados ao longo de uma escala,

desenvolvida em função de traços de personalidade e das preferências de

estilo de vida, até dois extremos: psicocêntricos e alocêntricos. Os primeiros,

psicocêntricos, agrupam turistas que concentram o seu comportamento nas

suas pequenas preocupações pessoais e têm limitado interesse pelo mundo

exterior, os segundos, alocêntricos, são turistas que se interessam por

grandes números de actividades e extremamente aventureiros e curiosos. Os

pergaminhos 8 e 9 retratam, cada um, o seu respectivo grupo, apresentando

imagens que caracterizam cada tipo de turistas.113

Page 114: Portfolio final

Síntese dos documentos

A maioria da população turística encontra-se entre estas duas categorias, que

por sua vez se reparte em três categorias intermédias: os quase-

psicocêntricos, os cêntricos e os quase-alocêntricos. Os pergaminhos 10, 11 e

12 retratam cada uma destas categorias, com imagens de características

próprias. Plog descobriu que a distribuição por estas categorias se encontrava

conectada ao poder económico de cada pessoa. Os alocêntricos eram

geralmente pessoas mais ricas e os psicocêntricos os mais dependentes. Para

compreender todo este mercado de viagem foi concebida a dimensão

energia-letargia para descrever os níveis de variáveis nos indivíduos. Com a

conjugação destas duas dimensões quatro tipos de viajantes emergem:

Alocêntricos com elevada energia, alocêntricos com baixa energia e

psicocêntricos com elevada energia e psicocêntricos com baixa energia. Os

pergaminhos 13, 14 e 15 retratam cada um destes tipos de viajantes. Existe

uma relação directa entre os motivos de uma viagem e as características dos

destinos podendo, estes, dar resposta a motivações muito diversificadas.

Cada destino pode, pelas suas características e pela diversidade de

atractivos, corresponder a motivações culturais, profissionais entre outras.

Assim sendo existe o turismo de recreio, o turismo de repouso, o turismo

cultural, o turismo étnico, o turismo de natureza, o turismo de negócios e o

turismo desportivo. Os pergaminhos 16, 17, 18, 19, 20, 21 e 22 retratam cada

uma deste tipos de turismo.

114

Page 115: Portfolio final

III.3 – Impactes do Turismo

Fonte : Elaboração própria

Pergaminho 23 – Conservação de

locais arqueológicos e históricos

Pergaminho 24 – Melhorias de

condições com o turismo

Fonte: Elaboração própria

III.3.1 – Impactes Ambientais

115

Page 116: Portfolio final

Fonte: Elaboração própria

Pergaminho 25 – Impactes

negativos

Fonte: Elaboração própria

Pergaminho 26 – Impactes

negativos II

116

Page 117: Portfolio final

Pergaminho 27 – Medidas de controle do impacte

ambiental

Fonte: Elaboração própria117

Page 118: Portfolio final

Pergaminho 29 – Medidas de controle

do impacte ambiental III

Fonte: Elaboração própria

Pergaminho 28 – Medidas de controle do impacte ambiental II

Fonte: Elaboração própria118

Page 119: Portfolio final

Fonte: Elaboração própria Fonte: Elaboração própria

Pergaminho 30 – Empregos

directos e indirectos

Pergaminho 31 –

Relacionamento entre turistas e

comunidade anfitriã

III.3.2 – Impactes

económicos

III.3.3 – Impactes

Sociais e Culturais

119

Page 120: Portfolio final

Pergaminho 32 – Impactes

sociais e culturais positivosPergaminho 33 – Impactes

sociais e culturais negativos

Fonte: Elaboração própria Fonte: Elaboração própria 120

Page 121: Portfolio final

Pergaminho 34 – Modelo irridex

Pergaminho 35 – Modelo ajuste

Fonte: Elaboração própria

Fonte: Elaboração própria

121

Page 122: Portfolio final

Fonte: Elaboração própria

Pergaminho 36 – Classificação dos turistas na óptica

do impacte na sociedade residente

122

Page 123: Portfolio final

Síntese dos documentos

Todos os documentos apresentados foram pesquisados através do Google

images e montados por de modo a retratar quais os impactes do turismo.

Todos sabemos que o turismo é actualmente o sector económico com mais

alta taxa de crescimento, sendo para muitos países a única fonte de

rendimento. Tal como o seu raio de acção, o turismo também possuí uma

enorme multiplicidade de impactes, quer positivos quer negativos, na vida

das pessoas e no meio ambiente onde ocorrem. Por um lado o turismo é um

monstro de receitas, assim como também é um monstro na quantidade de

combustível gasto, e respectiva poluição. Os impactes ambientais podem ser

positivos e negativos. O pergaminho 23 apresenta um bilhete da Citadel of

Qaicbay, em Alexandria Egipto, assim como vários locais, mundialmente

conhecidos e mantidos à custa do turismo e dos milhares de pessoas que

pagam para os ver. Sendo assim um dos aspectos positivos é a preservação

de áreas histórica ou arqueológicas. O pergaminho 24 retrata as melhorias de

condições de vida com a presença do turismo. Para tal apresento fotos da

divisão entre zona turística e não turística, na mesma localidade onde o

contraste é avassalador. De um lado, um forte investimento no conforto dos

turistas, com a s condições básicas de higiene, assim como sistema de

esgotos, criação de estradas e água potável. De outro lado, a falta de

condições, a pobreza e o contraste entre a zona norte de Havana (rica) e a

zona Sul (extremamente pobre). Os pergaminhos 25 e 26 retratam os

impactes negativos do turismo, com a poluição da água, do ar, sonora e

visual, assim como a própria desflorestação.

123

Page 124: Portfolio final

Síntese dos documentos

De modo a preservar recursos, assim minimizar os impactes negativos foram

criadas medidas de controlo de impacte ambiental, que passam pela

instalação do fornecimento de água, fornecimento de energia, a reciclagem,

tratamento de resíduos líquidos, construção de sistemas de drenagem,

desenvolvimento de redes e estradas e transportes, a criação de sistemas

pedonais, utilização da sinalética adequada e manutenção de veículos

turísticos. Os pergaminhos 27, 28 e 29 retratam as medidas criadas para o

controle de impacte ambiental, onde destaco a tomada de consciência das

grandes metrópoles, no financiamento de frotas de transportes públicos

híbridos. O impacte económico é enorme. O pergaminho 30 retrata os vários

tipos de empregos criados pelo fenómeno turístico, apresentando para tal

empregos directos, como um funcionário de hotel, ou indirecto como

motoristas e até o vendedor de souvenir. A interacção entre o turista e o

membro da comunidade anfitriã originam impactes sociais e culturais. O

pergaminho 31 apresenta momentos onde duas culturas se tocam, e podem

ocasionalmente se influenciar. Existem impactes sociais e culturais positivos

tais como novas ideias, valores e modos de vida, o fomento do conhecimento

da cultura local por parte dos visitantes, em aspectos como a gastronomia,

arte e música. O pergaminho 32 retrata alguns destes impactes positivos. Em

contrapartida, o pergaminho 33 retrata os impactes negativos apresentando

para tal imagens de crime e prostituição, assim como uma imagem de um

assaltante de turistas preso e outra imagem de dois turistas, na esquadra a

denunciarem mais um assalto .

124

Page 125: Portfolio final

Síntese dos documentos

A extrema pobreza da maioria dos países receptores, nos destinos de praias,

é um factor importante para o aumento da criminalidade de rua aos turistas.

Apresento também uma imagem de conflitos numa localidade mexicana

devido ao abuso de desapropriação para a construção de novos resorts. Com

o intuito de explicar os impactes sociais do turismo foram criados vários

modelos como o modelo irridex, o modelo atitudinal e o modelo de ajuste. O

pergaminho 34 retrata as várias fases do modelo irridex e o pergaminho 35

retrata o modelo de ajuste. Na óptica do impacte na sociedade residente, os

turistas podem ser classificados por exploradores, turistas de elite, turistas

descontraídos, turistas de massa incipientes e turistas de massa. O

pergaminho 36 retrata todas estas classificações de um turista.

125

Page 126: Portfolio final

Ensaio crítico

As mudanças vividas pelas sociedades ocidentais nos últimos 20 ou 30 anos

originaram várias mudanças culturais. A este processo de mudança deu-se o

nome de pós-modernismo e envolveu uma desestruturação dos laços, não

apenas, entre as culturas baixas e alta, mas também entre diferentes formas

culturais, tais como o turismo, arte, educação, fotografia, música, desporto,

mercados e arquitectura. A vontade de tornar o turismo cada vez menos

específico é um dos efeitos imediatos dessas mudanças, sendo que, as

pessoas, são na maioria do tempo, turistas quer queira quer não. Os grandes

resorts balneares tornaram-se lugares comuns, provocando um declínio na

sua popularidade. O monopólio, por parte destes grandes empreendimentos,

no turismo de praia deixou de ser uma realidade, a areia, o mar, assim como

o alojamento tornaram-se disponíveis em muitas vilas e cidades um pouco

por todo o lado, assim como as actividades de lazer. A actual preferência pela

cultura em detrimento de certas construções particulares da natureza, assim

como o desejo de contacto com o natural é uma dos factores que explica o

declínio do interesse pelos resorts naturais, vistos como não civilizados, sem

gosto e animalescos. As práticas culturais contemporâneas encontram-se

associadas ao respeito pela natureza e sua respectiva preservação. O turismo

verde cresceu, assim como movimentou dentro de cada um de nós a

preocupação constante em visitar sem estragar. Esta deslocação da

preferência turística para o campo e o real ou natural não contradiz a

preferência pelo cultural, na medida que tal aproximação a este tipo de

turismo torna o turista uma pessoa mais consciente, preocupada, interessada

por este tema de grande interesse: o ecoturismo.126

Page 127: Portfolio final

Ensaio crítico

Esta preferência pelo verde e natural encontra-se retratada no pergaminho 1,

onde apresento várias imagens que retratam esta vertente turística. Esta

nova filosofia de viajar encontra-se associada às novas práticas culturais

contemporâneas onde posse destacar o interesse na comida saudável, pão

caseiro, vegetarianismo, nouvelle cuisine, ciência e medicina não ocidentais e

alternativas, partos naturais, contracepção natural, preferência pela lã,

algodão e linho ao invés de outras fibras artificiais, antiguidades em

substituição de reproduções feitas pelo homem, restauração de habitações e

práticas desportivas tradicionais ao invés de formas controladas de lazer. O

pergaminho 2 retrata esta nova filosofia de vida aliada ao natural,

apresentando para tal imagens sobre acupunctura, comida saudável, partos

naturais e o interesse pela cultura. Esta nova preferência pelo real e natural

desloca a atenção dos viajantes para o campo e o rural, o que se torna

patente na adesão em massa a organizações preocupadas com a protecção

do campo, na proliferação de revistas e jornais de protecção ambiental, no

crescimento imobiliário ligado a casas de campo, na construção de

urbanizações de tipo aldeão ou nos recentes movimentos de criação e defesa

de espaços verdes das nossas cidades. O pergaminho 3 retrata a nova

preferência por partes destes novos viajantes preocupados com a

preservação de locais, costumes e tradições. O pergaminho 4 retrata a

preocupação dos viajantes em preservar os locais visitados, apresentando

para tal imagens de um grupo de turistas, que juntamente com a

comunidade local, uniu esforços para limpar uma praia.

127

Page 128: Portfolio final

Ensaio crítico

Esta conservação de espaços e da correspondente vida selvagem para as

gerações futuras é uma função vital deste tipo de turismo que repudia certos

aspectos da vida moderna como as formas de transporte, a produção

industrial, agrícola e energética. As razões que levam as pessoas a viajar

variam de acordo, com um vasto leque de factores que determina o local ou

atractivo procurado. Todos os motivos que levam as pessoas a viajarem,

mesmo em condições adversas ou menos propícias, são chamadas de

motivações energéticas, isto é, que exercem uma influencia determinante na

decisão de viajar e às quais se dirigem os apelos publicitários. Os turistas

podem ser caracterizados dentro de diversas tipologias ou papéis que

exercem motivação como uma força energética associada às suas

necessidades pessoais. Usando esta aproximação de uma força energética às

necessidades pessoais, os papéis podem ser estudados e relacionados com

diferentes formas de comportamento ou escolha de actividades e de destinos

de férias. Assim sendo, a compreensão dos papéis dos turistas poderá

providenciar uma ampla compreensão dos seus processos de escolha e de

diferentes segmentos de consumo. A definição ou interpretação do papel dos

turistas, tal como a sua motivação, foi estudada e explicada por vários

sociólogos. Goffman sugeriu que os indivíduos se comportam diferentemente

em situações adversas, tal e qual como actores, na medida que alteram o seu

comportamento de acordo com a natureza e o contexto da actividade.

Segundo Cohen, os turistas distinguem-se segundo a sua disposição para

lidar com a novidade/familiaridade.

128

Page 129: Portfolio final

Ensaio crítico

Segundo este sociólogo, a experiencia do turismo combina um grau de

novidade com um grau de familiaridade, a segurança de hábitos velhos

juntos com a excitação da mudança. Dependendo dos gostos individuais e

das preferências dos turistas, como também, da configuração institucional da

sua viagem, assim, varia a extensão exacta em que a familiaridade e

novidades são experimentadas. Assim sendo, existe uma quantidade de

possíveis combinações de novidade e familiaridade. O turista de massas

organizado é menos aventureiro, permanece limitado à sua bolha ambienta

ao longo da viagem, não abdica do conforto e possuí um itinerário de viagem

pré-estabelecido, controlado por um guia estando a familiaridade no

máximo, e a novidade no mínimo. O turista individual difere do anterior pelo

simples facto que a sua excursão não é completamente planeada, tendo o

turista uma certa forma de controlo sobre seu tempo e itinerário e não se

encontra ligado a um grupo. Também ele realiza as suas experiencias a partir

da bolha ambiental do seu país natal e só ocasionalmente se aventura para

fora dela (e mesmo nessas ocasiões só o faz para um território conhecido). A

familiaridade é dominante, mas um pouco menos do que no tipo anterior, a

experiência da novidade é um pouco maior, embora seja frequentemente do

tipo rotineiro. O explorador organiza as suas viagens sozinho, tenta sair do

caminho comum o mais possível, sem nunca perder a comodidade e meios

fidedignos de transporte. Tenta uma aproximação ao povo que visita falando

o seu idioma. O explorador deixa a sua bolha ambiental muitas mais do que

os dois casos anteriores, mas ainda toma cuidado para poder regressar à sua

bolha caso a ida se torne muito áspera.129

Page 130: Portfolio final

Ensaio crítico

A novidade domina, mas o turista não se submerge completamente na

sociedade anfitriã, mas retém algumas rotinas básicas e confortos do seu

modo de vida nativo. O nómada ou drifter foge bastante do rasto típico e dos

modos de vida tradicionais do seu país natal. Evita qualquer contacto com

estabelecimentos turísticos, e considera falsa a experiencia turística

ordinária. Faz tudo sozinho, ceita trabalhos para se manter em viagem e vive

com membros da comunidade receptora. Partilha com eles o abrigo, comidas

e hábitos, mantendo só o mais básico e essencial dos seus costumes. Não

tem itinerário fixo, nem horários e nenhuma meta bem definida da viagem.

Afunda-se na cultura anfitriã levando a novidade ao seu ponto mais alto, e a

familiaridade desaparece quase completamente. O pergaminho 5 retrata

cada um destes papéis turísticos, apresentando imagens de um grupo de

massas, de uma exploradora, de um turista individual e de um drifter. Os

turistas de massas organizadas e os turistas individuais são chamados de

papéis turísticos institucionalizados (negociados de modo rotineiro pelo

estabelecimento turístico), em contrapartida os exploradores e os nómadas

são chamados de papéis turísticos não institucionalizados, ao serem papéis

abertos, muito frouxamente ligados aos estabelecimentos turísticos. A

tipologia estudada pelos professores Andrew Yannakis e Heather Gibson

baseia-se nas motivações que o turista tem na hora de planificar o tempo

livre que poderá dedicar a actividades turísticas. Estes dois professores

utilizaram como método científico a experiência e o estudo de campo e

apresentaram os seguintes tipos de turistas:

130

Page 131: Portfolio final

Ensaio crítico

o amante do sol (interessado no descanso e nos banhos de sol em locais de

temperaturas elevadas, com grandes “doses” de sol, areia e mar), o que

procura acções excitantes (turista interessado em actividades e reuniões

sócio-turisticas, frequentando bares, discotecas e mantendo relações com

membros do sexo oposto, com vontade de as transformar em relações

românticas), o arqueólogo (interessado nos lugares arqueológicos e no

estudo da historia das civilizações antigas), o turista organizado (turista

interessado nas actividades e viagens previamente organizadas, nos pacotes

turísticos, em tirar fotos e comprar grandes quantidades de recordações), o

aventureiro (interessado fundamentalmente em novas sensações, aventuras

e riscos, através da prática desportiva e actividades de aventura), o

explorador (prefere viagens de aventura, descobrir novos destinos que nunca

tenham sido descobertos e explorados turisticamente), o elitista (turista

interessado em férias e actividades de elite, escolhendo destinos

considerados elitistas), o espiritualista (busca um conhecimento pessoal e

espiritual enquanto se encontra de férias, planeando-as como forma de

terapia e como uma procura do significado da sua vida), o turista individual

(planeia as suas férias de forma individual, escolhendo destinos

massificados), o turista de classe alta (procura serviços de alta qualidade tais

como transporte em 1ª classe, hotéis de 5 estrelas, restaurante de 5 garfos e

viaja individualmente), o antropólogo (interessado no contacto e

comunicação com a população local dos locais que visita, partilhando

costumes, hábitos, gastronomia, idioma e outros factores), o turista de

mochila (viaja geralmente de lugar em lugar com a sua mochila às costas,131

Page 132: Portfolio final

Ensaio crítico

podendo ou não, planear a sua viagem e alojamento), o que escapa da rotina

(foge à rotina, à monotonia da sua actividade diária e procura locais calmos e

tranquilos, essencialmente centros de descanso) e finalmente o desportista

(amante da prática desportiva, procura nas suas férias praticar seus

desportos preferidos). Os pergaminhos 6 e 7 retratam todos estes tipos de

turistas, apresentando para tal imagens variadas sobre cada objectivo de um

turista. Plog representa também uma tentativa de classificar as pessoas

segundo tipos psicológicos relacionando esses padrões de comportamento

ao turismo, elaborando assim uma série de personalidades. Para tal, Plog,

elaborou uma escala em função de traços de personalidade e das

preferências de estilo de vida. Segundo este sociólogo, os viajantes podem

ser categorizados ao longo da escala até dois extremos: psicocêntricos e

alocêntricos. Os psicocêntricos agrupam os turistas que concentram o seu

comportamento nas suas pequenas preocupações pessoais e têm um

limitado interesse pelo mundo exterior. Preferem locais conhecidos, mais

frequentados e não se preocupam em desenvolver actividades que os

desviem da normalidade, sendo assim mais passivos do que activos.

Escolhem viagens organizadas, estruturadas e bem preparadas, em destinos

acessíveis de automóvel. O pergaminho 8 retrata estes turistas,

apresentando fotos com locais cómodos, viagens de carro sem grandes

alterações aos seus modos de vida. Os alocêntricos são os turistas que se

interessam por um grande número de actividades, desejando descobrir o

mundo e manifestando uma curiosidade geral por tudo quanto os cerca.

Distinguem-se pelo desejo de aventura e pela curiosidade.132

Page 133: Portfolio final

Ensaio crítico

Escolhem geralmente, regiões não desenvolvidas, destinos diferentes,

viagens de organização flexível, procura do exótico, satisfação e sensação de

poder e liberdade. O pergaminho 9 retrata este interesse pelo exótico, assim

como a sensação de liberdade e a escolha de locais novos e pouco

conhecidos. A maioria da população turística encontra-se entre estas duas

categorias, que por sua vez se repartem por três categorias intermédias: Os

quase-psicocêntricos (buscam a satisfação do ego e procura do status,

procuram conforto social e visitam locais muito frequentados e mencionados

pelos meios de comunicação social). O pergaminho 10 retrata o status, assim

como os locais muito frequentados e o conforto através de imagens

escolhidas e montadas por mim. Os cêntricos (buscam a descontracção e

prazer, o clima, o sol e as termas, a gratificação sensual como a gastronomia,

descanso, conforto e bebida e buscam a oportunidade de fugir aos

problemas diários). O pergaminho 11 retrata o descanso, as termas, a

gastronomia e a fuga dos problemas diários, através de imagens escolhidas e

montadas por mim. Os quase-alocêntricos (participam em certames ou

actividades desportivas, viagens do tipo desafiante, viagens de negócios,

congressos, reuniões e convenções, visitas a teatros e espectáculos especiais

e oportunidades de experimentar um estilo de vida diferente). O pergaminho

12 retrata as viagens de negócios, o teatro, as convenções e as práticas

desportivas. Plog descobriu que no mais baixo limite de distribuição dos

rendimentos predominavam os psicocêntricos e que no limite superior dos

rendimentos predominavam os alocêntricos.

133

Page 134: Portfolio final

Ensaio crítico

No extremo dos rendimentos mais baixos, as famílias não viajam por não

disporem de meios financeiros, e como tal, são obrigados a comportarem-se

como psicocêntricos. Os estudantes são um caso típico, visto poderem ser

alocêntricos por natureza, mas, muitas vezes por falta de rendimentos,

viajam para locais próximos e mais acessíveis às suas possibilidades. Para

além dos traços alocêntricos e psicocêntricos, outra medida pode ser

adicionada para ajudar a compreender os mercados de viagem. A dimensão

de energia-letargia foi concebida para descrever os níveis variáveis de

energia-letargia dos indivíduos. Quando estas duas dimensões se conjugam,

quatro tipos de viajantes emergem: Alocêntricos com elevada energia

(viajantes que usam linhas aéreas, gastam mais dinheiro, visitam as mais

recentes atracções e destinos no mundo, e procuram ter tanas experiencias

de viagem quanto possível), alocêntricos com baixa energia (viajam por ar,

mas são menos frequentes quando comparados com os anteriores, viajando

mais em fantasia através da leitura e da partilha de experiências com amigos,

mais do que em pessoa), psicocêntricos com elevado energia (viajantes

activos em veículo pessoal, utilizando geralmente um veículo recreativo de

grandes dimensões) e os psicocêntricos com baixa energia (preferem ficar

em casa e apreciar os seus ambientes familiares). O pergaminho 13 retrata o

acto de viajar de avião, o excesso de dinheiro gasto e os locais mais atractivos

do mundo turístico, o pergaminho 14 retrata o acto de viajar ela leitura e a

troca de experiências entre amigos, o pergaminho 15 retrata os veículos

recreativos de grandes dimensões e a preferência, por parte dos

psicocêntricos com baixa energia, em ficar em casa.134

Page 135: Portfolio final

Ensaio crítico

A relação entre tipos de turistas e destinos depende do turista e suas

necessidades e da promoção e desenvolvimento dos destinos, assim como o

seu marketing. É necessário saber o que procura o turista, o que o motiva

descobrindo para tal, o perfil psicológico e demográfico do cliente. Os tipos

de turismo enquadram-se para cada tipo de turista, e são identificados pelos

motivos das viagens e pelas características dos destinos, não podendo os

primeiros desligar-se destes. O turismo de recreio tem na sua origem as

deslocações das pessoas por motivos de curiosidade, de desfrutar das

paisagens, das distracções das grandes cidades, de escapar às condições

climatéricas adversas ou simplesmente tomar banhos de sol. Os destinos que

correspondem a estes motivos são geralmente aqueles que oferecem praias,

belezas naturais ou os grandes centros urbanos ou de grande atracção. O

pergaminho 16 retrata este tipo de turismo apresentando para tal imagens

de Las Vegas, Paris e Londres, grandes centros urbanos, e os típicos locais de

sol. O turismo de repouso tem na sua origem as deslocações das pessoas por

motivos de relaxamento físico e mental, obtenção de um benefício para a

saúde, de recuperação dos desgaste provocados pelo stress, ou pelos

desequilíbrios psicológicos provocados pela agitação da vida moderna ou

pela intensidade do trabalho, procurando locais calmos, contacto com a

natureza, o campo, as estancias termais ou os locais que oferecem a

possibilidade de acesso à prestação de cuidados físicos como os modernos

health resorts, podendo incluir os cruzeiros marítimos e as estadas na

montanha por razões diferentes das de praticar desportos de neve.

135

Page 136: Portfolio final

Ensaio crítico

O pergaminho 17 retrata esta filosofia de repouso apresentando locais

calmos, cruzeiros e estadas em montanhas. O turismo cultural engloba os

movimentos de pessoas que obedecem a motivações essencialmente

culturais, sendo incluídas, nesta definição, modalidades tão diversas como

viagens de estudo, digressões artísticas, viagens culturais, deslocações

efectuadas para assistir a festivais ou outras manifestações culturais, visitas a

sítios ou monumentos históricos, viagens que têm por objecto a descoberta

da natureza, o estudo do folclore ou da arte e as peregrinações. O turismo

cultural abrange viagens provocadas pelo desejo de ver coisas novas, de

aumentar conhecimentos, conhecer as particularidades e hábitos de outros

povos e culturas diferentes do passado e do presente, e ainda a satisfação de

necessidades espirituais. Assim sendo, os centros culturais, os grandes

museus, os grandes monumentos religiosos e os locais onde se

desenvolveram no passado as grandes civilizações do mundo são locais

abrangidos por este tipo de turismo. O pergaminho 18 retrata locais alvos

deste tipo de turismo. O turismo étnico, para alguns autores, engloba todas

as viagens que têm como objectivos a observação de modos de vida dos

povos exóticos, incluindo as visitas às casas dos nativos, observação de

danças e cerimonias bem como a possibilidade de assistir a rituais religiosos.

Mas tendo em conta que as motivações que estão na origem destas viagens

são fundamentalmente de base cultural, incluímo-las no turismo cultural e

reservamos o turismo étnico para viagens realizadas para visitar amigos. O

pergaminho 19 retrata actividades de outros povos, chamadas de actividades

étnicas, mas para alguns autores, o turismo étnico não é nada disso.136

Page 137: Portfolio final

Ensaio crítico

Pessoalmente eu discordo. Associo o termo étnico ao conhecimento de algo

não usual no meu modo de vida, assim sendo o turismo étnico, para mim,

seria exactamente retratado pela minha montagem de imagens e não por

viagens para visitar familiares. O turismo de natureza manifesta-se de duas

maneiras diferentes: turismo ambiental e turismo ecológico. O ambiental

relaciona-se com os vários aspectos da terra, mar e do céu e com o seu

estado de pureza, por sua vez, o turismo ecológico ou ecoturismo inclui as

viagens para as áreas naturais com o fim de observar e compreender a

natureza e a história natural do ambiente, tendo sempre o cuidado de

manter inalterável a integridade do ecossistema. A motivação dominante

neste tipo de turismo reside no desejo de regresso à natureza, na

contemplação do meio natural e na evasão ao stress do meio urbano. Os

visitantes podem atravessar montanhas e florestas e observar as relações

entre as pessoas e a terra, incluindo visitas ou actividades relacionadas com a

agricultura, tais como a produção de chá e criação de animais exóticos. O

pergaminho 20 retrata este desejo, por parte dos viajantes em conhecer a

sentir a natureza. Para tal apresento imagens de campos de plantação de chá,

locais totalmente selvagens e a criação de animais exóticos. O turismo de

negócios abrange um grande número de pessoas dando origem a

importantes movimentos turísticos de grande significado económico. Por

razoes profissionais as pessoas deslocam-se para participar em reuniões,

congressos, missões, exposições e feiras para estabelecer contactos com

empresas e assim, realizar negócios. Incluem-se neste grupo as deslocações

organizadas pelas empresas para os seus colaboradores, quer como prémios,137

Page 138: Portfolio final

Ensaio crítico

quer para participarem em reuniões de contacto com outros que trabalham

em locais ou países diferentes bem como as viagens para efectuar relações

públicas e que, no conjunto, se designam por viagens de incentivo. Os

destinos privilegiados são os que dispõem de centros de congressos e de

exposições e os grandes centros urbanos. O pergaminho 21 retrata este tipo

de turismo, apresentado para tal imagens de feiras e colóquios, assim como a

imagem de um típico homem de negócios. O turismo desportivo respeita as

camadas mais vastas das populações de todas as idades e de todos os

estratos sociais, quer para assistir a manifestações desportivas (jogos

olímpicos, campeonatos de futebol, corridas de automóveis) ou para praticar

as mais variadas actividades desportivas. Ao assistir, o viajante assume uma

atitude passiva, ao praticar, o viajante assume uma atitude activa. As

tendências actuais da procura obrigam a que o desenvolvimento de qualquer

centro turístico deva ser equipado com meios apropriados para a prática dos

desportos. O pergaminho 22 retrata o desporto como sendo a razão e

motivação para se fazer turismo. A quantidade abismal de clientes torna o

turismo como uma das maiores indústrias do mundo e igualmente o sector

económico com a mais alta taxa de crescimento. O turismo possuiu uma

multiplicidade de impactes, uns positivos e outros negativos, na vida das

pessoas assim como no ambiente onde estas se movem. Por um lado, o

turismo emprega milhares de pessoas sendo responsável, em alguns países,

por uma percentagem significativa do produto interno bruto. Por outro lado,

consome biliões de litros de combustíveis, assim como produz quantidades

abismais de emissões de carbono.138

Page 139: Portfolio final

Ensaio crítico

Actualmente analisa-se de forma detalhada os impactes do turismo,

procurando potenciar os seus aspectos positivos e limitar ou minimizar os

negativos. Não existindo qualquer tipo de procedimentos universais para a

investigação dos impactes do turismo, opta-se normalmente pelo seu

agrupamento em três grandes categorias: impactes físicos/ambientais,

impactes económicos e impactes socioculturais. Porém, esta separação é um

pouco superficial visto que, na realidade, a fronteira entre estes grupos é

pouco clara e os seus conteúdos interligam-se frequentemente. A qualidade

do ambiente é um factor estratégico de competitividade para qualquer

destino turístico, sobretudo para aqueles, em que constitui um dos

elementos fundamentais da sua atractividade. O turismo estabelece relações

com a existência sustentada de um ambiente equilibrado. Os impactes

ambientais deveriam abarcar factores tão importantes como os sociocultural

e os económicos, por ser difícil analisá-los de forma separada, porém para

uma melhor análise, do ponto de vista dos impactes, o aspecto meramente

físico é o alvo de estudo. Nesta perspectiva, o ambiente pode ser dividido em

natural e construído. Actualmente, as questões ambientais detêm um

enorme relevo, pelo que, o desenvolvimento de projectos turísticos, deve

incluir uma análise de impactes ambientais, a fim de manter certas

características essências nos destinos. O turismo gera impactes positivos e

negativos, dependendo de como o seu planeamento é feito e monitorizado.

O turismo bem planeado ajuda a manter e melhorar o ambiente, na medida

que pode conservar áreas naturais importantes e locais arqueológicos e

históricos de carácter cultural e arquitectónico.139

Page 140: Portfolio final

Ensaio crítico

O interesse, em certas zonas, de carácter cultural ou histórico depende da

presença dos turistas, pois os bilhetes por eles comprados, e o próprio

comércio montado em volta destes locais depende da entrada de verbas. O

dinheiro investido nos bilhetes reverte para a manutenção e melhoramento

das zonas turísticas. Numa viagem que fiz no Egipto, reparei que o

património histórico do país depende apenas do turismo, é para o turista que

ele existe e que é mantido. O pergaminho 23 retrata este impacto positivo,

de conservação de locais, fruto do turismo, na medida que apresenta locais

que vivem à custa do turista e apresenta um bilhete para a citadela de

Qaicbay em Alexandria, Egipto. Para além da conservação de locais, o turismo

melhora a qualidade ambiental através de medidas de controlo da água, do

ar, da poluição sonora, do lixo e de outros problemas ambientais, ajudando

ainda no melhoramento da estética ambiental, através de programas

paisagísticos, do desenho apropriado dos edifícios e qualidade da sua

manutenção. Melhora também as infra-estruturas locais, como a qualidade e

distribuição da água, dos esgotos, dos sistemas de tratamento de resíduos

sólidos e também na melhoria das telecomunicações. Nos locais onde as

autoridades e os próprios residentes não evidenciam preocupações com a

qualidade e preservação do ambiente, o turismo por si só sensibiliza todos os

intervenientes neste sentido, na medida em que esta preocupação

beneficiará qualquer zona turística. O pergaminho 24 retrata o

melhoramento advindo do turismo, apresentando imagens de contraste

entre zonas turísticas e não turísticas na mesma localidade.

140

Page 141: Portfolio final

Ensaio crítico

Nas zonas visitadas pelos turistas a segurança, higiene e as condições

mínimas de vida são notórias. Não só de coisas boas vive o turismo. Se este

não for cuidadosamente planeado, desenvolvido e gerido muitos aspectos

negativos sobressaem. Estes tipos de impactes raramente se verificam todos

no mesmo local por dependerem, por um lado, do modelo de

desenvolvimento turístico seguido e, por outro, das características específicas

da área turística. Alem disso, alguns impactes não resultam apenas da

actividade turística, sendo comuns a outras. A poluição da superfície da água

dos rios, lagos e águas marítimas pode resultar de transportes turísticos e de

recreio, como barcos a motor, especialmente em locais onde a circulação da

água é lenta. Toda e qualquer área receptora deve possuir um eficaz sistema

de saneamento básico, a fim de evitar a poluição das águas subterrâneas, os

rios, lagos ou zona costeira. Os inúmeros meios de transporte ao serviço do

turismo provocam emissões de carbono prejudiciais à qualidade do ar. O

barulho resultante da concentração de turistas, estradas de acesso às áreas

turísticas, aviões, barcos de recreio e alguns tipos de atracções, tais como

pequenos parques de diversão, pistas de carros e motociclos, podem atingir

níveis de ruído muito elevados, tornado irritante e desconfortável o

ambiente, tanto para os residentes como para os turistas. Na minha viagem

ao Egipto, quando saí do Cairo em direcção a Alexandria, deparei com uma

recta enorme, de 200 kms de distância, completamente preenchida por um

uso excessivo de placards publicitários. Este tipo de impacte de poluição

visual, foi notório em muitos países norte africanos que visitei.

141

Page 142: Portfolio final

Ensaio crítico

A poluição visual não se fica pelo uso excessivo de placards, como também é

notório no desenho arquitectónico com fins turísticos de pouca qualidade, à

utilização de matérias de construção ou superfícies externas dos edifícios,

que não se ligam ao meio envolvente e a obstrução das paisagens devido ao

excesso de construção. O aumento, lógico, dos equipamentos turísticos

devido à forte afluência de turistas provocou, em muitas zonas, uma

perturbação ecológica, na medida em que a desflorestação prejudica, não só

a vegetação, como também a fauna, interferindo nos padrões normais de

migração dos animais. O ambiente costeiro marinho é vulnerável ao excesso

de uso e crescimento inadequado. A recolha excessiva, por partes dos

turistas e comunidade local, de espécies em perigo de extinção tais como

conchas ou corais, com o intuito de produzir lembranças, pode ajudar à

extinção das mesmas. Os pergaminhos 25 e 26 retratam todos estes impactes

negativos no ambiente, apresentando imagens dos vários tipos de poluição

possíveis. A fim de minimizar os aspectos negativos é importante estabelecer

a capacidade de carga de cada local. Esta capacidade consiste no

estabelecimento de um nível de actividade turística, suportado a longo prazo

sem criar mudanças sérias ou irreversíveis no destino. Assim sendo, se a

capacidade de carga for ultrapassada o destino sofrerá um aumento rápido

dos impactes negativos enquanto os positivos diminuirão. A capacidade de

carga não se limita ser encarada no campo físico mas também nos campos

socioculturais e económicos, visto que o turismo afecta todos estes aspectos

da vida da comunidade anfitriã, pelo que se devem encontrar limites, de

modo a que os impactes não se tornem intoleráveis para a comunidade142

Page 143: Portfolio final

Ensaio crítico

receptora. Existem quatro tipos de capacidade carga: física (relaciona-se com

o volume de terreno disponível para as facilidade e inclui igualmente a

capacidade finita destas facilidades, como por exemplo, o espaço de

estacionamento ou o número de camas livres), psicológica (esta capacidade é

ultrapassada quando a experiencia do visitante é significativamente

prejudicada, sendo que depende sempre dos turistas, visto muitos

suportarem multidões, enquanto outros se afastam das áreas lotadas),

biológica (a capacidade é ultrapassada quando os danos ambientais são

inaceitáveis, podendo estar relacionada com a flora e a fauna) e a capacidade

social (deriva de ideias de planeamento do turismo em relação à

comunidade, tentando definir níveis de desenvolvimento aceitáveis para os

residentes e para as actividades da comunidade receptora, existindo três

componentes principais envolvidos neste conceito:

•Restrições ecológicas / Físicas: Nº visitantes – área natural

•Restrições socioculturais: Nº visitantes – residentes locais

•Restrições psicológicas / perspectivas: Nº visitantes / sensações deaglomeração

A causa ecológica tem de partir de cada um de nós, mas medidas sérias têm

de ser tomadas para minimizar os aspectos nefastos do turismo. Durante o

processo de planeamento para prevenir problemas ambientais são aplicadas

medidas especificas de controlo dos impactes. Estas medidas são tomadas

para prevenir ou corrigir problemas existentes.

143

Page 144: Portfolio final

Ensaio crítico

A instalação do fornecimento da água e sistemas de esgotos para hotéis e

outros equipamentos turísticos que vão de encontro aos padrões locais, o

desenvolvimento de sistemas de fornecimento de energia eléctrica que

possam providenciar sistemas de energia adequados e de confiança e que

utilizem técnicas de conservação, utilização de técnicas de reciclagem,

tratamento de resíduos líquidos e respectiva proibição legal de descargas que

não tenham passado por aquele processo, construção de sistemas de

drenagem adequados para prevenir inundações durante o período das

chuvas, e sistemas de tratamento de águas paradas que podem provocar

problemas de saúde, desenvolvimento de rede, estradas e transportes que

evitem a congestão do tráfego, criação de sistemas pedonais, gestão

cuidados dos fluxos dos turistas, aplicação de desenhos arquitectónicos,

provisão de espaços abertos, prevenção do desenvolvimento comercial

linear, utilização da sinalética adequada não publicitária com tamanhos

autorizados, manutenção de veículos turísticos, estabelecimento de

controlos de limpeza dos barcos de recreio, controlo ou proibição de barcos

de recreio em áreas ambientais sensíveis, organização de programas próprios

para áreas publicas, controlo na restrição de espécies raras de plantas,

animais, conchas e corais, controlo na pesca, derrube de arvores para uso de

fogueiras, acampamentos e construções e controlo na alimentação de

animais selvagens. Os pergaminhos 27, 28 e 29 retratam algumas das

medidas mais importantes para um eficaz controlo do impacte ambiental,

apresentado imagens da água, electricidade, reciclagem, esgotos, estradas,

sinalética, veículos de transportes públicos híbridos e controlo na restrição de144

Page 145: Portfolio final

Ensaio crítico

espécies raras de plantas, corais ou animais. Muitas mais são as medidas que

podem beneficiar as localidades turísticas ao minimizar seus impactes

negativos. Apesar de todas estas medidas no planeamento, é normal

surgirem sempre alguns problemas ambientais. A contínua avaliação dos

impactes ambientais é essencial para tomar as medidas necessárias de

correcção, até porque é extremamente difícil a previsão de todos os tipos de

impactes que podem decorrer e a sua extensão. Os principais impactes

económicos do turismo relacionam-se com os ganhos em moeda estrangeira,

respectivas contribuições para as receitas do estado, assim como a criação de

milhares de postos de trabalho e respectivo desenvolvimento regional e

local. A actividade turística doméstica pode gerar todos estes impactes, com

a excepção dos ganhos com moeda estrangeira, visto resultarem das receitas

obtidas através da venda de bens e serviços a turistas residentes no

estrangeiro. Os benefícios dos gastos com a prática do turismo espalham-se

através de inúmeros sectores e podem ser acompanhados através do efeito

multiplicador do turismo. Este modelo mede os gastos directos dos visitantes

e calcula como estes se amplificam à medida que a população residente gasta

parte do dinheiro gasto, como lucro ou rendimento, estimulando assim a

actividade económica. Os multiplicadores turísticos são utilizados para

determinar as mudanças na produção, renda, emprego, receitas de empresas

e do governo e na balança de pagamentos, devido a uma mudança no nível

da despesa turística. Se as despesas aumentam 15% devido a um evento

especial no destino, uma parte desta receita agregada será utilizada na

aquisição de outros bens na economia local, pagar salários, impostos, etc.145

Page 146: Portfolio final

Ensaio crítico

Os fornecedores do evento poderão gastar o dinheiro recebido noutros bens

e serviços, gerando assim mais uma rodada de despesas, funcionando com

um ciclo. O turismo implica a compra de bens importados para a total

satisfação dos turistas, que serão tanto mais numerosos quanto a economia

do país for pouco desenvolvida. Assim sendo, partes dos ganhos revertem a

favor de economias estrangeiras. As despesas em que o dinheiro é perdido a

favor de outras áreas, são conhecidas como fugas do sistema. O pagamento

por importações pode assumir várias formas, como a repatriação de lucros

de empresas estrangeiras, salários de administradores, pagamento de

mercadorias importadas, promoção feita por companhias sedeadas fora do

destino. Pelo contrário, as mercadorias e serviços turísticos comprados

dentro do destino reduzem essas perdas através do estabelecimento de

relações económicas entre fornecedores locais, dividindo assim o bolo pelos

locais, cabendo cada fatia a cada colaborador. O efeito líquido das sucessivas

rodadas de despesa e perdas de dinheiro extra no turismo é o efeito

multiplicador. Esses multiplicadores turísticos pretendem avaliar a relação

entre a despesa turística directa na economia e o seu efeito secundário.

Existem alguns factores que afectam o multiplicador, entre os quais o

tamanho da economia local, a propensão dos turistas e moradores a comprar

bens e serviços e a propensão de economizar, por parte dos moradores (em

vez de o gastá-lo, tirando o dinheiro de circulação em vez de reinvesti-lo). Em

termos matemáticos, o multiplicador pode ser demonstrado da seguinte

forma:

•Multiplicador=1/ (1-C+M)146

Page 147: Portfolio final

Ensaio crítico

Onde C: Propensão marginal ao consumo (proporção de qualquer aumentode lucro gasto no consumo de bens e serviços)

Onde M: Propensão marginal à importação (proporção de qualquer aumentode lucro gasto em bens e serviços importados)

Alguns multiplicadores muito utilizados são o multiplicador de rendimento

(avalia o rendimento domestico extra gerado por uma unidade extra de

despesa turística), o multiplicador de emprego (mede o aumento no numero

de empregos primários e secundários gerado por uma unidade extra de

despesa turística) e o multiplicador do governo (mede a receita publica

gerada por uma unidade extra da despesa turística). Os multiplicadores

podem ser calculados para um país, região ou comunidade, porém as

informações fornecidas por estes multiplicadores de turismo devem ser

avaliados com muito cuidado, pois factores como o tamanho do destino

podem afectar em muito o multiplicador. Uma economia menor terá um

multiplicador menor do que uma economia de grande porte, visto que

podem ser importadas mercadorias e serviços com o intuito de satisfazer as

necessidades dos turistas, resultando assim numa perda mais elevada de

receitas no destino. Um exemplo claro, vivido por mim, passou-se em Djerba,

uma ilha da Tunísia, onde em conversa com o local descobri que o hotel

gastava imenso dinheiro para ter edições de jornais da Alemanha, Inglaterra

e França do dia anterior. Estes gastos do turismo contribuem para os

rendimentos do estado do país visitado. Estes rendimentos do estado podem

classificar-se em directos (provenientes de taxas e impostos sobre as

empresas e os trabalhadores do sector turístico) e indirectos (resultam das

taxas e impostos sobre bens e serviços oferecidos aos turistas).147

Page 148: Portfolio final

Ensaio crítico

Um dos factores mais importantes do turismo, numa visão do país receptor, é

a criação de emprego. O emprego gerado pelo turismo é classificado de

directo (definido como aquele que é criado especificamente pela

necessidade de satisfazer o sector turístico. Ex: Criação de um emprego no

hotel) e indirecto (resulta da necessidade de satisfazer outras necessidades,

que embora não directamente ligadas ao turismo, também são sentidas por

aqueles. Ex: transportes de turistas). Mathieson e Wall abordam a questão da

criação de empregos nos turísticos dividindo-a em 3 categorias: empregos

directos (já referidos), emprego indirecto ( já referidos) e empregos

induzidos (originados pelos gastos dos trabalhadores directos na área

turística). É extremamente difícil contabilizar o emprego no sector do

turismo, na medida em que se torna complexo delimitar o sector. Em alguns

países em vias de desenvolvimento é, mesmo, necessário aplicar

questionários específicos para estimar o emprego turístico. A capacidade de

gerar empregos, pelo turismo, comparado com outras indústrias, tem sido

criticada por várias razoes entre as quais que a maioria do emprego é

sazonal, a população local é reduzida e não preenche toda a procura, em

muitas áreas existem poucos trabalhadores com conhecimentos técnicos

específicos, assim como capacidade de gestão e as pessoas vindas de fora são

atraídas por salários mais compensadores, assim como pela possibilidade de

viver num local agradável. O Pergaminho 30 retrata os vários tipos de

emprego gerados pelo turismo, apresentando para tal imagens de um

funcionário de hotel, de um vendedor de uma loja de souvenir dentro do

resort, de um taxista, de um vendedor de praia e de rua148

Page 149: Portfolio final

Ensaio crítico

. O impacto regional do desenvolvimento turístico é sempre apreciável, tanto

mais que muitas dessas regiões possuem poucas alternativas de

desenvolvimento. Nestes casos o turismo gera rendimentos, emprego e

actividade económica, ajudando assim a suportar a comunidade e a

aumentar o nível de vida e os sues rendimentos, incrementa as estruturas

económicas e encoraja a actividade empresarial. Não se deve esquecer que o

crescimento de um sector turístico impõe uma serie de custos para a

população local, em equipamentos e infra-estruturas várias, de forma a

impor-se, como destino turístico competitivo. Outros custos são o perigo de

forte dependência do sector, o aumento da inflação e do preço das terras, o

aumento da propensão a importar, a sazonalidade do produto, as distorções

económicas e de emprego e a confusão e perda de qualidade de vida dos

residentes. A modo de existir um certo controlo dos impactes económicos

foram desenvolvidas algumas medidas entre as quais o desenvolvimento

turístico gradual, o envolvimento dos residentes no processo de

desenvolvimento económico, o incentivo do investimento local restringindo o

investimento externo, o desenvolvimento de programas de formação de

residentes para reduzir a necessidade de recursos humanos não locais,

desenvolvimento de outras actividades económicas, desenvolvimento de

medidas de combates à sazonalidade, estabelecer relações entre diferentes

sectores, partilhar facilidade entre turistas e residentes, gestão local das

facilidades e serviços, criação de serviços locais de turismo, incentivo às

compras de recordações e produtos locais e a expansão das actividades

turísticas (diversão).149

Page 150: Portfolio final

Ensaio crítico

O contacto entre as pessoas, típico do turismo, gera mudanças. O estudo de

tais mudanças é o estudo dos impactes sociais. Os impactes podem ser

simples ou complexos, de curto prazo ou duradouros. Os impactes sociais

podem ser pensados como mudanças nas vidas das pessoas que vivem em

comunidade de destino associadas a actividades de turismo. Embora a

maioria dos estudos se centre nos residentes, os turistas também são

afectados pelos impactes sociais da viagem e do turismo. O turista conhece

novas pessoas e encontra comportamentos sociais sem igual. O residente

experimenta um vasto leque de comportamentos à medida que turistas se

aventuram na sua comunidade. Os impactes sociais do turismo concentram-

se nos resultados das interacções entre o turista e o anfitrião ou o provedor

de serviços. Os impactes culturais podem ser pensados como as mudanças

nas artes, artefactos, costumes, rituais, e arquitectura de um povo que

resultam da actividade de turismo ou do seu desenvolvimento. Embora seja

verdade que as mudanças numa comunidade podem acontecer à medida

que o turismo se desenvolve, não está claro se tais mudanças teriam

acontecido de qualquer forma, até mesmo na ausência do turismo. A cultura

também é dinâmica, mudando com o passar do tempo por si mesma e por

forças externas. O turismo é apenas uma das forças externas que exercem

pressão. Um impacte cultural acontece na medida em que as habilidades e

artes se perdem ou se mantêm por influência do turismo. De acordo com a

UNESCO o relacionamento entre turistas e comunidade anfitriã, é

caracterizado por quatro traços principais. A natureza transitória (A maioria

das trocas sociais entre turistas e provedores é extremamente breve, levando150

Page 151: Portfolio final

Ensaio crítico

as pessoas, que trabalham em industrias de serviços, a protegerem-se

através do uso de saudações superficiais e comentários), o constrangimento

de espaço e tempo ( os turistas estão separados dos locais onde habita a

população local, reduzindo desta forma o contacto, e o factor tempo, sendo

extremamente reduzido pressiona o turista tornando-o impaciente com

demoras e problemas que seriam normais no sue local de residência), a falta

de espontaneidade ( a interacções sócias entre turistas e residentes locais

são frequentemente constrangidas e muito pouco espontâneas, acontecendo

quase sempre dentro dos limites da transacção empresarial ou nas atracões

locais usadas pelos residentes) e as experiencias desiguais (relacionado

coma natureza desequilibrada das pessoas ou partes envolvidas, no sentido

que as diferenças sociais e económicas, quando muito grandes, tornam as

interacções sociais desajeitadas). A fim de alcançar determinados objectivos

é necessário realizar mudanças socioculturais, sem que estas sejam

necessariamente prejudiciais à identidade da comunidade. Do ponto de vista

social há que salientar os seguintes aspectos positivos: o aumento dos

contactos sociais, novos modos de vida, novos valores e novas ideias, o

fomento do conhecimento da cultura local por parte dos visitantes, em

aspectos como a gastronomia, arte e musica, ampliação da reputação e

visibilidade da comunidade anfitriã. Do ponto de vista cultural o turismo

propicia a protecção e interpretação e gestão do património, o aumento das

oportunidades e experiências sócias, o intercâmbio cultural, a paz e o

entendimento, o aumento da consciência da história cultural dos costumes,

desenvolvimento de espectáculos, arte e artesanato tradicionais e as novas151

Page 152: Portfolio final

Ensaio crítico

actividades económicas e sócias, que não existiriam se não fossem essenciais

ao incremento da procura turística. O pergaminho 32 retrata alguns destes

impactes positivos. Socialmente falando os impactes negativos são variados

onde podemos destacar a destruição da cultura local, conflitos culturais,

tensões entre visitantes com elevado poder económico e comunidades mais

débeis e ainda uma grande pressão para a mudança de valores sociais, modo

de vestir, costumes, hábitos, comportamentos e normas. A nível cultural

poderá existir uma perda de equilíbrio e do orgulho na cultura original

provocando uma alteração nociva dos recursos culturais, à comercialização e

aculturação da sociedade e poderão verificar-se alterações nos padrões de

consumo, no artesanato, na gastronomia e na própria língua. A nível sexual

existem alterações das normas de comportamento, originando o

aparecimento da prostituição em locais que não eram destinos sexuais. A

linha que divide o crime e o truísmo é difícil de traçar, visto que não se

entende se o crime aumenta porque aumenta a população ou se por outro

lado é trazido pelos turistas. O pergaminho 33 retrata este aspectos

negativos, apresentando para tal imagens de prostituição, imagens de uma

assaltante de turistas preso pela polícia, imagem com 2 turistas numa

esquadra que acabaram ser assaltados. Os investigadores propuseram vários

modelos para explicar os impactes sociais do turismo. Estes incluem o

modelo irridex, atitudinal e o de ajuste. O modelo irridex é usado para

explicar a evolução das atitudes dos residentes de uma comunidade de

destino face ao turismo. Apresenta quatro fases: fase da euforia (os

residentes ficam entusiasmados com o desenvolvimento turístico porque152

Page 153: Portfolio final

Ensaio crítico

lhes proporciona oportunidades económicas e ate uma mobilidade social

ascendente), fase da apatia (à medida que a industria se expande, o turismo

transforma-se em metas para obter lucro e os contactos passam a ser cada

vez mais formais e menos ambiciosos), fase do aborrecimento (a irritação

começa a surgir quando o numero de turistas aumenta) e a fase de

antagonismo (a cortesia dá lugar ao antagonismo e o turismo passa a ser

indesejado). A sucessão ao longo destas fases não é inevitável, sendo

perfeitamente norma evitar a fase de antagonismo, pois podem verificar-se

processos de ajustamento por parte dos hospedeiros de forma a manter a

irritação a nível tolerável e sem agravamento. O pergaminho 34 retrata as

quatros fases do modelo irridex. O modelo altitudinal sugere que os

membros da comunidade podem ter uma atitude positiva ou negativa para

com os turistas que pode ser expressa de uma maneira activa ou passiva.

Este modelo é mais realista que os outros visto que a maioria dos residentes

tem sentimentos diferentes sobre o papel do turismo dentro de uma

comunidade, existindo as pessoas afáveis e hostis em relação aos turistas. As

atitudes podem mudar. Alguns residentes podem desenvolver atitudes

negativas de turistas e expressar estes sentimentos abertamente. Se a

maioria da comunidade fica negativa, então a comunidade pode começar a

enfrentar conflitos abertos e debater isso pode danificar a atmosfera de

hospitalidade. O modelo de ajuste é o mais complexo e sugere que os

residentes exibem vários tipos de respostas ao turista, inclusive resistência

(esta resposta refere-se a residentes que entram em acções activas,

agressivas em relação ao turismo e às vezes ate mesmo contra o turista),153

Page 154: Portfolio final

Ensaio crítico

a retracção ou recuo (os membros de uma comunidade podem evitar o

contacto ou a interacção com o turismo e o turista, esta retirada acontece

frequentemente quando uma comunidade é turismo-dependente, mas ainda

não aceita a indústria), a manutenção de limites (através de normas e de

actividade sociais, os membros da comunidade mantêm uma distancia entre

eles e os turistas. As diferenças nos idiomas, nos comportamentos e no

vestuário são usadas para manter um limite entre eles, a sua cultura, e os

turistas), a revitalização (os eventos culturais locais que envolvem costumes,

festivais, rituais ou cerimonias religiosas tornaram-se atracções turísticas que

puxam as pessoas para a comunidade, sendo que o interesse turístico e o

dinheiro também podem ajudar as comunidades locais nos esforços de

restauração) e finalmente a adopção (os membros da comunidade abraçam o

estilo de vida e a orientação dos visitantes, sendo que tais cidades turísticas

existem em virtude do turista e desenvolvem um padrão sazonal moldado

pela estação do turismo). As comunidades encontram-se divididas

relativamente ao papel do turismo nos costumes locais, economia e redes

sociais. Em cada modela a progressão a fase de uma comunidade é difícil de

predizer. Os modelos apresentam uma noção das mudanças que uma

comunidade poderia esperar à medida que o turismo afecta o negócio local e

os respectivos cidadãos. O pergaminho 35 retrata o modelo de ajuste na

medida que apresenta imagens a retratar a resistência, o recuo, a

manutenção dos limites, a revitalização e finalmente a adopção. Segundo

Smith, os turistas podem ser classificados, segunda a óptica dos impactes na

sociedade residente em exploradores (chegam em pequeno numero e quase154

Page 155: Portfolio final

Ensaio crítico

sempre independentes uns dos outros, apreciam a cultura local e podem

inserir-se nela durante um certo tempo), turistas de elite (preferem

experiencias verdadeiras mas apenas durante um curto período de tempo,

chegando sempre em pequeno numero e desejando tudo arranjado

antecipadamente e não espontâneo), turistas descontraídos (não desejam

visitar atracções normais, são flexíveis e adaptam-se bem à cultura dos

residentes), turistas de massas incipientes (permanecem nos locais mais

populares e preferem ambientes que lhes sejam familiares, como hotéis e

restaurantes standard internacionais, constituem uma corrente constante e

viajam individualmente ou em pequenos números) e finalmente, o turista de

massa (chegam em fluxos contínuos de pacotes turísticos, em determinadas

épocas, e têm preferência definitiva por pacote incluindo quarto, refeições e

excursões). O pergaminho 36 retrata cada um destes tipos de turistas através

de imagens montadas por mim.

155

Page 156: Portfolio final

Reflexão final

Quando me foi proposto este trabalho fiquei logo de pé atrás. Nunca tinha

feito qualquer tipo de portfólio. Senti-me perdido, sem rumo algum, mas

hoje, depois de todo este trabalho, e acreditem que foi imenso, sinto-me

contente por ter idealizado e realizado este portfólio. Acredito que se não o

tivesse feito, nunca teria entendido a matéria tão bem. Apoiando-me sempre

na frase: ideias que valem mais que mil palavras, pesquisei e elaborei uma

“história”, animada sobre os três módulos da disciplina de Sociologia do

turismo. Acredito que este tipo de trabalhos, podem e devem ser utilizados

para a avaliação, não por serem mais fácil do que um mero teste, mas sim

porque tal trabalho nos transportar para além das fotocópias ou diapositivos,

obrigando-nos a pesquisar e associar imagens à matéria. Devido à imensidão

de documentos possíveis para este tipo de trabalho, acredito que muitos

ficaram por apresentar, mas antevejo, de minha parte, a continuação deste

trabalho a fim de no final do curso o apresentar novamente como forma de

projecto. Agradeço desde já a ideia fantástica da elaboração das revistas

sugerida pela minha esposa e agradeço a apoio, sempre necessário e

disponível da minha professora, Dta. Sandra Antunes, na elaboração deste

trabalho. Foi de longe, e até à data, o melhor trabalho que me foi proposto

para fazer, devido a sua imensidão e o seu enorme raio de acção.

156

Page 157: Portfolio final

BIBLIOGRAFíA

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Alocêntricos com baixa energia. (Pergaminho 14). Disponível em http://4.bp.blogspot.com/_ifMp7sV7ODw/SfTvK4emUoI/AAAAAAAAAAM/d07jQ-45Vis/s320/leitura4.gif, http://www.paparazzovix.blogger.com.br/avioes_fabulosos_pic01498.jpge http://www.indybay.org/uploads/2005/08/24/2-airport-welcome.jpg, acedido em 15-05-2009

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Page 158: Portfolio final

BIBLIOGRAFIA

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