Porque Há Mais Vida

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  • 8/16/2019 Porque Há Mais Vida

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    Porque há mais vida, para além da FCT...

    Viva!

    Este é um espaço muito pessoal, para o qual vos convido sem qualquer obrigação, oucompromisso... Não esperofeedback... Estarei a "falar sozinho"...

    Recordando 2015, chamaria a esta minha primeira "conversa" In memoriam Aylan Kurdi.

    Em 2015 o problema dos refugiados tocou a Europa de modo mais brutal. Foram muitas as

    notícias sobre o problema dos que deixam os seus países em conflito à procura de maisoportunidades, à procura de paz. Foram muitas as notícias que misturaram a questão dosrefugiados com a dos emigrantes...

    No entanto, e apesar de ter noção dos milhares (!) de mortos no Mediterrâneo, de pessoasque fogem da guerra, confesso que fiquei profundamente tocado pela imagem do meninoque adormeceu para sempre numa praia turca, com a face nas areias molhadas da praia ea água do Mediterrâneo a afagá-lo...

    Não me atrevo a indicar-vos um link para alguma das imagens desse menino que sacudiuas nossas consciências.

    Nesse menino, para sempre adormecido, vi um futuro roubado pela guerra, pela procurade uma terra de acolhimento, pelo Destino...

    E vi, também, como tantas vezes somos insensíveis a problemas gritantes bem ao nossolado, permanecendo no conforto das nossas vidas resguardadas e tranquilas na Europa.

    ...

    Quando decidi começar com este In memoriam... recordei outro "In memoriam", quedescobri mais recentemente:Cantus in Memoriam Benjamin Britten, do compositor

    estónioArvo Part. Trata-se de uma composição muito contida, em memória de

    Britten.AQUI pode escutá-la numa versão apresentada nos famosos Proms em 2010. Sãocerca de 6 minutos, que começam e terminam com silêncio e que nos conduzem àmeditação e à recordação de quem partiu.

    Desta descoberta, que foi inicialmente do Cantus in Memoriam, e só depois de Arvo Part,acabei por descobrir o belíssimoFur Alina (ora procurem...), ou oSpiegel im

    Spiegel (espelho no espelho)... Quem diria que eu iria ouvir "música clássica

    contemporânea"...

    E, retornando ao registo inicial do In Memoriam, podemos pensar que o registo dahomenagem aos que já partiram sempre teve um papel importante na Música.ORequiem(do Latim, "descanso"), ou a Missa de Requiem encontrou, ao longo dos

    séculos, expressões tão diferentes e tocantes. ORequiem de Mozart foi a sua última obra

    composta em 1791 (e deixada incompleta), a sua obra 626, no catálogo de Kochel! É uma

    obra portentosa! Num registo mais sereno,Fauréno final do séc XIX compõe o seuRequiem tão belo, mas tão diferente do de Mozart.

    https://www.youtube.com/watch?v=82-xbhfNR2ghttps://www.youtube.com/watch?v=82-xbhfNR2ghttps://www.youtube.com/watch?v=82-xbhfNR2g

  • 8/16/2019 Porque Há Mais Vida

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    E pensando em Mozart e nos mitos criados em torno do seu Requiem, poderia sugerir-vosoAmadeus, um filme de Milos Forman, baseado numa peça de Peter Shaffer.Hummm,

    mas isso levar-me-ia a divagar sobre Cinema, e é melhor deixarmos essa viagem para outro

    dia...

    RCÚltima alteração: Saturday, 27 February 2016, 20:31

  • 8/16/2019 Porque Há Mais Vida

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    Porque há mais vida, para além da FCT...

    Há uns anos passou na FCT/UNL o filme "Voando sobre um ninho de cucos". Quando vi anotícia num mail, mandei uma mensagem aos meus 250 alunos desse semestre a

    recomendar-lhes que não perdessem o filme...

    Graças à minha iniciativa, passei a receber sugestões de um aluno, o João, sobre cinemae bandas sonoras. Foi o João que me introduziu ao Bibo no Aozora, da autoria de Ryuichi

    Sakamoto, da banda sonora de Babel.AQUI podem escutá-la na versão apenas para

    piano, com o próprio compositor ao piano. Na banda sonora de Babel, para além RyuichiSakamoto, encontramos aindaGustavo Santaolalla, que AQUI podemos escutar em

    Iguazu (outro tema desta banda sonora).

    Reencontrar Ryuichi Sakamoto em Babel, fez-me recordar outras bandas sonoras maisantigas deste compositor - Merry Christmas Mr. Lawrence AQUI (belíssimo!)...

    (Em julho de 2014 Sakamoto tornou público que suspendia os seus compromissosmusicais para se poder dedicar a tratar do cancro na garganta, que lhe foi diagnosticado...)

    A evocação do Japonês R. Sakamoto, trouxe-me à memória um Português especial. Em2012 fiquei chocado com o súbito desaparecimento deBernardo Sassetti, que terá caído

    de uma falésia no Guincho, Cascais, quando fazia fotografia.AQUI fica um exemplo dabela filigrana musical que Sassetti produzia com tanta mestria. Sugiro que se deixe ficarporAQUI, sem pressas...

    RC

    Última alteração: Tuesday, 8 March 2016, 08:03

    https://www.youtube.com/watch?v=bwhYiHJq16chttps://www.youtube.com/watch?v=bwhYiHJq16chttps://www.youtube.com/watch?v=mDoh_WfL44shttps://www.youtube.com/watch?v=mDoh_WfL44shttps://www.youtube.com/watch?v=mDoh_WfL44shttps://www.youtube.com/watch?v=xgSeZpcMOBEhttps://www.youtube.com/watch?v=xgSeZpcMOBEhttps://www.youtube.com/watch?v=XfCzfn89W18https://www.youtube.com/watch?v=XfCzfn89W18https://www.youtube.com/watch?v=0iewd3kBRIchttps://www.youtube.com/watch?v=bwhYiHJq16chttps://www.youtube.com/watch?v=mDoh_WfL44shttps://www.youtube.com/watch?v=xgSeZpcMOBEhttps://www.youtube.com/watch?v=XfCzfn89W18https://www.youtube.com/watch?v=0iewd3kBRIc

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    Porque há mais vida, para além da FCT...

    Eu "deveria" ter sido Arquiteto! Na verdade, aprecio muitíssimo a Arquitetura! Quandoescolhi um curso superior, pensei "vagamente" em Arquitetura (Será que eu teria mesmo

     jeito?) e não cheguei a pensar em Matemática, porque pensava que ser Matemáticoimplicava ser Professor e eu tinha a "certeza" (juvenil) de que não queria ser Professor!

    E, assim, fiz a "média" e escolhi Engenharia Civil, que me deu uma formaçãointeressantíssima, incluindo uma misteriosa "Investigação Operacional" no 3º ano, quemudou a minha vida. No 4º ano comecei a "ajudar" nas aulas de IO como Monitor e,

    subitamente, descobri que poderia fazer sentido SER PROFESSOR!

    Hoje não me imagino mais realizado noutra profissão, mas continuo fascinado pela

    Arquitetura!

    Assim, hoje decidi partilharFrank Lloyd Wright, esse gigante americano da Arquiteturamundial (1867 - 1959) e duas das suas realizações mais emblemáticas:

     - A Casa da Cascata (Fallingwater) é um clássico intemporal. Essa obra de 1935, ainda

    hoje impressiona pela sua modernidade, pela comunhão com a natureza e pelos inúmerosdetalhes que a tornam única. (Por exemplo, é interessante que na sala de estar, junto da

    lareira, do chão irrompa o rochedo que aí sempre esteve antes da casa existir...). Gostodesta animaçãogerada por computador que nos permite ver a "construção" desta obra.

     - O Museu Guggenheim de Nova Iorque foi inaugurado 6 meses após a morte de FLW efoi uma obra que despertou fortíssimas críticas (que loucura, expor obras de arte sobre

    paredes curvas, num percurso em espiral descendente!). AQUI podem ver um pequenovídeo a celebrar o seu 50º aniversário (... hummm e com o Paul Simon em fundo... Não

    conhecem o Simon & Garfunkel?).

    Os curiosos poderão digitar o nome de Frank Lloyd Wright e pesquisar as imagens de

    muitas das suas obras!

    Hummm... o que teria sido a minha vida se eu tivesse deixado a Arquitetura ser o meu

    destino? Nunca o saberemos. Sei, no entanto, que muitos dos privilégios que tenho tidocomo Professor não os teria tido como Arquiteto! E, provavelmente, não nos teríamos

    conhecido...

    RC

    Última alteração: Sunday, 13 March 2016, 12:34

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Casa_da_Cascata#/media/File:FallingwaterWright.jpghttps://www.youtube.com/watch?v=9CVKU3ErrGMhttps://www.youtube.com/watch?v=9CVKU3ErrGMhttps://www.youtube.com/watch?v=O_YzxQecZMshttps://www.youtube.com/watch?v=O_YzxQecZMshttps://www.youtube.com/watch?v=O_YzxQecZMshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Casa_da_Cascata#/media/File:FallingwaterWright.jpghttps://www.youtube.com/watch?v=9CVKU3ErrGMhttps://www.youtube.com/watch?v=O_YzxQecZMs

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