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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS E DA SAÚDE CAMPUS SOROCABA Alessandra Teixeira Miranda de Araujo EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL COMO FORÇA MOTRIZ DO DESENVOLVIMENTO DA INTERDISCIPLINARIDADE Mestrado Profissional em Educação nas Profissões da Saúde SOROCABA 2015

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS E DA SAÚDE

CAMPUS SOROCABA

Alessandra Teixeira Miranda de Araujo

EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL COMO FORÇA MOTRIZ

DO DESENVOLVIMENTO DA INTERDISCIPLINARIDADE

Mestrado Profissional em Educação nas Profissões da Saúde

SOROCABA

2015

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS E DA SAÚDE DA

CAMPUS SOROCABA

Alessandra Teixeira Miranda de Araujo

EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL COMO FORÇA MOTRIZ

DO DESENVOLVIMENTO DA INTERDISCIPLINARIDADE

Mestrado Profissional Em Educação Nas Profissões Da Saúde

SOROCABA 2015

Trabalho Final apresentado à Banca Examinadora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, como exigência parcial para obtenção do título de MESTRE PROFISSIONAL em Educação nas Profissões

da Saúde, sob a orientação da Prof.a Dr.ª

MARIA HELENA SENGER,

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Banca Examinadora

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DEDICATÓRIA

A Deus, que me criou e seu fôlego de

vida que para mim foi sustento, e me

deu a coragem para a longa jornada.

Por ser essencial em minha vida, Autor

do meu destino, mеυ guia, meu socorro

presente nas horas de angústia.

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AGRADECIMENTOS

A Deus por me amparar nos momentos difíceis, me dar força interior para

superar as dificuldades, mostrar os caminhos nas horas incertas e me suprir em

todas as minhas necessidades;

À minha família, a qual amo muito, pelo carinho, paciência e incentivo;

Ao meu marido Renato por estar ao meu lado nos melhores e piores

momentos de minha vida;

Aos meus cachorros, que foram meus companheiros nas longas madrugadas

de pesquisa;

À minha orientadora Dra. Prof.ª Maria Helena Senger por mostrar o caminho

da ciência e por acreditar no futuro deste projeto e contribuir para o meu

crescimento.

Aos professores do mestrado pelo convívio e aprendizado;

À secretária do curso Heloisa, pelo apoio técnico excepcional;

À Instituição Adventista Paulistana e Educação Adventista por fazer parte da

minha educação quando criança, e por permitir meu trabalho dando apoio financeiro

além de fazer parte da minha história de vida;

À comunidade da Igreja Adventista do Sétimo Dia, pois fоі nesse meio qυе

aprendi о valor da minha fé e o poder de Deus em minha vida;

Às Coordenadoras do Departamento de Educação da Associação Paulistana,

Elen Aleixo e Valdirene Luciano Dias, por acreditar no meu trabalho e por

participarem desta pesquisa;

A todos os Diretores, coordenadoras, orientadoras e professores da Rede de

Escolas Adventistas da Associação Paulistana pelo apoio e colaboração na

pesquisa;

Aos amigos que fizeram parte desses momentos sempre me ajudando e

incentivando;

Em especial, às minhas amigas Maria Lucia Fajolli Navarro, Elisa Fajolli

Navarro, por me incentivar e estar ao meu lado dando força e apoio;

Finalmente, gostaria de agradecer à Faculdade de Ciências Médicas e da

Saúde da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo por abrir as portas para que

eu pudesse realizar este sonho que era a minha dissertação de mestrado.

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Proporcionaram-me mais que a busca de conhecimento técnico e científico, mas

uma lição de vida.

Ninguém vence sozinho...

OBRIGADA A TODOS!

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RESUMO

A educação alimentar nutricional (EAN) exerce importante papel no desenvolvimento

de crianças, pois é quando ocorre a formação de seus hábitos, caráter e

personalidade. A escola pode e deve contribuir para a aquisição de hábitos

saudáveis, exercendo influência direta, ampliando ou até modificando práticas

oriundas do âmbito familiar. O objetivo deste trabalho foi analisar o desenvolvimento

e aplicação da interdisciplinaridade em atividades pedagógicas especiais (projeto

“Amiguinhos da Saúde”), relacionadas à EAN e executadas por professores da

Educação Infantil e Ensino Fundamental em rede privada de ensino no Estado de

São Paulo. O estudo qualiquantitativo utilizou vários instrumentos e técnicas: diário

de bordo (para registro dos fatos mais importantes durante todo acompanhamento

do processo), pesquisa de satisfação (para verificar a reação dos professores

mediante oficinas de capacitação), grupos focais (que geraram dados para a

avaliação da aplicação da EAN como estratégia para se alcançar a

interdisciplinaridade, submetidos à análise do discurso do sujeito coletivo), além das

nuvens de palavras (“wordle)” e da pesquisa documental dos diários de classe dos

professores. O presente estudo contou, em sua primeira fase (capacitação) com a

colaboração de 14 coordenadoras, 11 orientadoras e 126 professores. Desse

conjunto, três coordenadoras, três orientadoras e 14 professores compuseram o

grupo submetido à avaliação da aplicação na segunda fase da pesquisa. O projeto

“Amiguinho da Saúde” mostrou-se decisivo para a execução das ações que

envolveram a EAN. Diferentes atividades e aplicações permearam várias disciplinas

da matriz curricular de forma interdisciplinar. Os resultados obtidos permitiram

avaliar que houve demonstração positiva das reflexões e reações individuais e

coletivas na aplicação dos conceitos apreendidos sobre EAN. As estratégias

educacionais desenvolvidas mostraram que as ações em sala de aula se

expandiram por diversas disciplinas e extrapolaram a escola, expressando as

possibilidades da interdisciplinaridade, praticada na educação infantil e fundamental.

Palavras chave: Educação, Educação alimentar nutricional, interdisciplinaridade,

Educação em Saúde

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ABSTRACT

Nutrition food education (EAN) is an important role in the growing of children as it is

when there is the formation of habits, character and personality. The school can and

should contribute to the acquisition of healthy habits, exercising direct influence,

expanding or even modifying practices derived from the family environment. The

objective of this research was to analyze the growing and application of

interdisciplinarity in special educational activities (project "Amiguinhos da Saúde"),

related to the EAN and performed by teachers of early childhood education and

primary education in private schools in São Paulo. The quantitative and qualitative

research used various tools and techniques: logbook (to record the most important

events throughout the monitoring process), satisfaction survey (to check the reaction

of teachers through training workshops), focus groups (which generated data for

evaluation of the application of EAN as a strategy for achieving interdisciplinarity,

submitted for examination by the CSD), beyond words clouds ("wordle)" and

documentary research of teachers class daily. This study was in its first phase

(training) with the collaboration of 14 coordinators, 11 masterminds and 126

teachers. This set of three coordinators, three masterminds teachers and 14 made up

the group submitted to evaluation of the application in the second phase of the

research. The "Amiguinhos da Saúde" proved to be decisive for the implementation

of initiatives that involved the EAN. Different activities and applications permeated

various disciplines of the curriculum in an interdisciplinary way. Results show review

that there was a positive demonstration of individual and collective reflections and

reactions in the application of concepts learned on EAN. Developed educational

strategies have shown that the actions in the classroom expanded by various

disciplines and extrapolated the school, expressing the possibilities of

interdisciplinarity practiced in kindergarten and elementary school.

Key words: education, nutrition food education, interdisciplinary, Health Education

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LISTAS DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CFN: Conselho Federal de Nutricionista

DB: Diário de Bordo

DSC: Discurso Sujeito Coletivo

ECH: Expressões Chaves

EFI: Ensino Fundamental I

EI: Ensino Infantil

EN: Educação Nutricional

GF: Grupo Focal

ID: Ideia Central

LDB: Leis de Diretrizes de Bases

OPAS: Organização Pan-Americana

PCNS: Parâmetros Curriculares Nacionais

PNAE: Programa Nacional de Alimentação

PSE: Programa Saúde na Escola

UNASP: Universidade Adventista de São Paulo

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LISTAS DE FIGURAS

Figura 1- Organograma do Departamento de Educação e Escolas da Associação Paulistana ........... 188

Figura 2 - Imagem da Universidade Adventista São Paulo- UNASP local das oficinas pedagógicas. . 342

Figura 3 - Imagem – UNASP - Oficinas Pedagógicas EI- Aula “Plantando e Colhendo na Escola ....... 418

Figura 4 - - Imagem- UNASP - Oficinas Pedagógicas EI- Aula “Plantando e Colhendo na Escola” ..... 418

Figura 5 - Imagem - UNASP- Oficinas Pedagógicas EFI- Aula de Musicalização ................................. 429

Figura 6 - Imagem - UNASP- Oficinas Pedagógicas EFI- Aula “ Como Contar Histórias” .................... 429

Figura 7 - Imagem- UNASP- Sala de Oficinas Pedagógicas EI, valorização da natureza ....................... 40

Figura 8 - - Imagem- Dinâmica do GF: alimentos disponíveis para criação das figuras esculturais ... 452

Figura 9 - Imagem: Dinâmica do GF: mesa de construção das figuras esculturais ............................ 463

Figura 10 - - Imagem escultural representativa do fundo do mar ..................................................... 463

Figura 11 - - Imagem figura escultural representativa da metamorfose da borboleta ..................... 474

Figura 12 - Imagem escultural sobre meios de transporte terrestre ................................................. 474

Figura 13 - Imagem escultural sobre meios de transporte aquático ................................................. 474

Figura 14 - Nuvem de palavras criada a partir das ideias centrais referentes às respostas à questão 1:

Qual seu entendimento sobre interdisciplinaridade?......................................................................... 574

Figura 15 - Nuvem de palavras criada a partir das ideias centrais referentes às respostas à questão 2:

Acredita que este conceito/entendimento sobre interdisciplinaridade se aplica à educação infantil e

ensino fundamental I? .......................................................................................................................... 60

Figura 16- Nuvem de palavras criada a partir das ideias centrais referentes às respostas à questão 3:

Qual sua percepção quanto ao projeto pedagógico de EN sugerido pela rede de ensino, como

estratégia para exercício da interdisciplinaridade? ............................................................................ 684

Figura 17 - - Imagem: Aula de apresentação dos alimentos .............................................................. 716

Figura 18 - Imagem: Diário de classe de professor da EI- Jardim I ..................................................... 738

Figura 19- - Imagem: Diário de classe do professor EF-I com o tema " Plantando e colhendo na

escola" ................................................................................................................................................. 772

Figura 20 - Imagem: Teatro das frutas EF-I Colégio Adventista de São Bernardo ............................. 783

Figura 21 - Imagem: Montando pratinho saudável ............................................................................ 794

Figura 22 - Imagem: Montando pratinho saudável ............................................................................ 805

Figura 23 - Imagem: Pirâmide alimentar para explicar conceitos matemáticos ................................ 816

Figura 24 - Imagem: Aula de dramatização com o tema central relacionado à alimentação saudável

............................................................................................................................................................. 827

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Distribuição das expressões chaves pelas categorias temáticas e subcategorias a respeito

do entendimento sobre interdisciplinaridade .................................................................................... 485

Quadro 2 - Distribuição das expressões chaves pelas categorias temáticas e subcategorias a respeito

da aplicação do conceito/entendimento sobre interdisciplinaridade para a EI e EF-I. ...................... 574

Quadro 3 - Distribuição das expressões chaves pelas categorias temáticas e subcategorias a respeito

da percepção quanto ao projeto pedagógico de EN sugerido pela rede de ensino, como estratégia

para o exercício da interdisciplinaridade ............................................................................................ 651

Quadro 4 - Pesquisa documental: Diário de classe dos professores da Educação Infantil Maternal-

idade até 3 anos .................................................................................................................................. 695

Quadro 5 - Pesquisa documental: Diário de classe dos professores da Educação Infantil- Jardim I: 3 a

4 anos .................................................................................................................................................. 727

Quadro 6 - Pesquisa documental: Diário de classe dos professores da Educação Infantil- Jardim II-

idade 4 a 5 anos .................................................................................................................................. 738

Quadro 7 - Pesquisa documental: Diário de classe dos professores do Ensino Fundamental I- 1º ano-

idade 6 a 7 anos .................................................................................................................................. 761

Quadro 8- Pesquisa documental: Diário de classe dos professores do Ensino fundamental I- 2º ano-

idade 8 anos ........................................................................................................................................ 772

Quadro 9 - Pesquisa documental: Diário de classe dos professores do Ensino fundamental I- 3º ano-

idade 9 anos ........................................................................................................................................ 783

Quadro 10 - Pesquisa documental: Diário de classe dos professores do Ensino fundamental I- 4º ano-

idade 10 anos ...................................................................................................................................... 805

Quadro 11 - Pesquisa documental: Diário de classe dos professores do Ensino fundamental I- 5º ano-

idade 11anos ....................................................................................................................................... 816

Quadro 12 - Depoimento, expressões chaves e ideias central referentes à questão 1: Qual seu

entendimento sobre interdisciplinaridade?.................................................................................... 10505

Quadro 13 - Depoimento, expressões chaves e ideias central referentes à questão 2: Acredita que

este conceito/entendimento se aplica à educação infantil e ensino fundamental I? .................... 13030

Quadro 14 - Depoimento, expressões chaves e ideias central referente à questão 3. Qual sua

percepção quanto ao projeto pedagógico de EN sugerido pela rede de ensino, como estratégia para

exercício da interdisciplinaridade? ................................................................................................. 15050

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 144

Escolha da instituição para a pesquisa ........................................................... 177

Organização Adventista .................................................................................... 177

Organização Adventista no Brasil ........................................................................... 177

Projetos Especiais ............................................................................................. 199

A Pesquisadora neste Contexto ................................................................................ 20

Promoção à saúde na escola ............................................................................ 221

Educação nutricional (EN) na escola ............................................................... 232

Início dos programas do governo de incentivo à EN no Brasil. ...................... 23

Redes privada de ensino e a relação com a EN .............................................. 253

Ações educativas na escola, teoria e prática. ................................................. 254

Interdisciplinaridade .......................................................................................... 264

EN e a interdisciplinaridade no âmbito escolar............................................... 275

OBJETIVOS ............................................................................................................ 319

Objetivo geral: .................................................................................................... 319

Objetivos específicos: ....................................................................................... 319

MATERIAL E MÉTODOS ......................................................................................... 32

Característica do estudo ..................................................................................... 30

Aspectos Éticos ................................................................................................... 30

Cenários da pesquisa .......................................................................................... 30

Sujeitos da Pesquisa ......................................................................................... 331

Fases da pesquisa ............................................................................................. 331

1a Fase: Oficinas de capacitação ............................................................................. 331 2° Fase: Avaliação da aplicação .............................................................................. 342

RESULTADOS E ANÁLISE.................................................................................... 407

Avaliação das oficinas ....................................................................................... 407

Momentos vividos nas oficinas de capacitação: ............................................ 418

Resultados dos GFs com a Análise do Discurso do Sujeito Coletivo: ......... 441

Facilitação da integração .................................................................................. 485

Facilitação da aprendizagem ............................................................................ 529

Dificuldade de implantação ............................................................................... 551

Possibilidade de aplicação ............................................................................... 585

Devolutiva positiva .............................................................................................. 61

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Devolutiva negativa ........................................................................................... 684

PESQUISA DOCUMENTAL – Diário de classe dos professores - Cotidiano

das aulas. ........................................................................................................... 695

CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 849

REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 80

APÊNDICES ........................................................................................................... 949

Apêndice A: TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO .......... 949

Apêndice B: FICHA DE AVALIAÇÃO DAS OFICINAS ................................... 9590

Apêndice C: Folder Programa de capacitação dos professores ................. 9691

Apêndice D: DIÁRIO DE CAMPO ADAPTADO ............................................... 1004

Apêndice E- Quadro 9: Divisão de participantes e temas abordados nas

oficinas. ............................................................................................................ 1026

Apêndice F: QUADROS COM DEPOIMENTOS, EXPRESSÕES CHAVE E

IDEIAS CENTRAIS REFERENTE ÀS ENTREVISTAS. .................................. 10506

Apêndice G: QUADRO COM DEPOIMENTOS, EXPRESSÕES CHAVE E

IDEIAS CENTRAIS REFERENTE ÀS ENTREVISTAS. .................................. 13032

Apêndice H: QUADRO COM DEPOIMENTOS, EXPRESSÕES CHAVE E

IDEIAS CENTRAIS REFERENTE ÀS ENTREVISTAS. ...................................... 150

ANEXO ............................................................................................................... 16363

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INTRODUÇÃO

Educação alimentar e nutricional (EAN) é um campo de conhecimento e

de prática contínua e permanente, transdisciplinar, interssetorial e

multiprofissional que visa promover a prática autônoma e voluntária de hábitos

alimentares saudáveis 26,32, 22.

Segundo Turano e Almeida 1, a escola é um dos melhores cenários para

promovê-la, quando colocada como elemento essencial para a qualidade de vida

física e mental da criança, obtida pelo suporte teórico inserido em conteúdos

programáticos interdisciplinares.

No Brasil a EAN surgiu nos anos quarenta, tornando-se um dos pilares

dos programas governamentais de proteção ao trabalhador 3,4, em que o objetivo

era mudar as condições da alimentação da população trabalhadora. Ao longo

dos anos o assunto foi ganhando espaço nos programas relacionados à

prevenção de doenças e promoção da saúde da população 21,18.

A abordagem da EAN se desenvolve de forma harmônica com o conceito

da interdisciplinaridade 2. Esta, esquecida em décadas passadas, volta agora

como palavra chave das propostas pedagógicas educacionais, embora continue

sob questionamentos entre os profissionais da educação prática 5,20.

Sabemos que os currículos são usualmente desenvolvidos pela maioria

das instituições de ensino de modo tradicional, oferecendo ao aluno um acúmulo

de informações padronizadas. Ao trabalhar com a interdisciplinaridade, busca-se

agregar significados que possam contribuir para a construção do conhecimento 5.

Ela auxilia no esclarecimento de situações complexas, interligando as áreas de

conhecimento e perpassando conteúdos diversos 6.

A palavra interdisciplinaridade vem do latim e podemos desmembrá-la da

seguinte forma: inter - disciplina – dade. O prefixo inter- invoca vários

significados: entre, no interior de dois, no meio, fazer a ligação, estabelecer

nexos, junto, uma ponte num processo de ir e vir; a palavra disciplina vem do

latim discere, aprender e, ao longo do tempo adquire outros significados

inclusive, matéria organizada entre os conteúdos. O sufixo - dade, também vem

do latim, e gera a ideia de movimento7, 8.

Quando trabalhamos de forma interdisciplinar, é importante termos claro

que a matriz de todo o trabalho pode continuar a ser disciplinar, ou seja, as

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disciplinas poderão dar sua contribuição na compreensão de um fenômeno,

situação ou problema 16. Mas, fundamentalmente, é preciso que se integrem, na

busca de um patamar mais elevado de desempenho.

A aprovação da Lei de Diretrizes de Bases – LDB, n° 9394, de 20 de

dezembro de 1996 e a elaboração dos Parâmetros Curriculares Nacionais de

1998 sinalizaram para uma maior flexibilização dos conteúdos a serem

desenvolvidos, possibilitando mudanças no currículo das escolas no sentido de

reduzir a fragmentação característica de um currículo totalmente disciplinar 27.

Esse contexto nos dá a possibilidade de trabalharmos de diversas formas. É aqui

que se vislumbra o papel da EAN, fundamental para o exercício e fortalecimento

do conhecimento sobre os alimentos e sobre os conteúdos programáticos de

diversas disciplinas 9, 24,113.

A educação da criança é muito importante nos primeiros anos de vida,

pois ela está em constante formação do seu caráter e personalidade. A escola

deve ser um ambiente propício para formação de hábitos saudáveis e os

professores são elementos fundamentais, pois exercem influência direta na vida

das crianças 23. As bases dos hábitos alimentares são definidas à medida que se

estabelece o desenvolvimento motor, cognitivo e social da criança. É importante

encorajar a aceitação da necessidade de uma alimentação saudável e

diversificada e, com isto em mente, podemos promover a compreensão da

relação entre alimentação, saúde e educação 10. Ao utilizar a EAN como

elemento de interdisciplinaridade, espera-se contribuir para a formação

acadêmica das crianças 25, bem como para o desenvolvimento de hábitos

alimentares saudáveis, uma vez que pode ser uma estratégia para as crianças

criarem atitudes positivas frente aos alimentos e sua própria alimentação 29.

Pode-se dizer que a EAN faz parte de um longo processo e para obtenção

de resultados 11, como qualquer ação educativa, exige continuidade e

permanência, o que representa um desafio para educadores e profissionais da

saúde 28,30. Nesse sentido, a escola tem um papel fundamental na sociedade por

ser um lugar onde a crianças passam boa parte do tempo em atividades

educativas interativas, que possibilitam o conhecimento amplo dos diferentes

temas 17. É importante que em todo esse processo de ensino na escola ocorra a

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interação entre alunos, professores, colaboradores e profissionais da saúde,

proporcionando um ambiente saudável e educativo 19.

Podemos dizer que investir em educação torna-se elemento dos mais

valiosos, porque propicia formar indivíduos capazes de discernir e fazer escolhas

corretas. As atividades interdisciplinares se transformam em estratégias para a

fixação e apropriação dos conteúdos e, neste caso, oferecem suporte especial

para a aplicação do conhecimento nutricional 21.

Sabemos que as atividades lúdicas têm grande importância na fixação

dos conteúdos programáticos23. Ao utilizar atividades lúdicas voltadas para uma

boa alimentação, podemos interligar os conteúdos curriculares a fim de ter uma

compreensão maior entre os mesmos. Segundo Piaget, o desenvolvimento

cognitivo de uma criança ocorre com mais reflexão e fixação quando ela vivencia

a realidade 23. Ao utilizamos as atividades lúdicas que envolva EAN como

elemento para promover a interdisciplinaridade podemos aproximar os

conteúdos e direcionar as crianças para a reflexão e a ação em direção a uma

alimentação saudável. Um exemplo disso ocorre quando trabalhamos atividades

que voltadas ao cinco sentidos (tato, olfato, paladar, audição e visão) da criança,

que assim poderá enfrentar menos resistência para experimentar novos

alimentos. O alimento é apresentado à criança junto seu nome, com suas cores,

origem, formato, sabor, seu desenvolvimento. Esse é um modelo prático de

atividades lúdicas que, constrói a experiência vivenciada e aprimora o

conhecimento 13.

Para que tudo isto se concretize, a atuação efetiva do professor é

fundamental14. Para que possa ser não só educador, mas também agente

promotor de hábitos alimentares saudáveis são necessários cursos de formação

continuada e permanente nos campos relacionados à educação básica e à EAN

15. Neste processo o profissional nutricionista exerce um importante papel ao

auxiliar e estimular a reflexão e conscientização dos docentes para o ensino-

aprendizagem da EAN 31. Portanto, após todos os aspectos abordados

anteriormente, salienta-se a necessidade da inserção da educação nutricional

desde a infância, com difusão destes conhecimentos através de profissionais

aptos e formados para tanto.

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Com este contexto, o presente trabalho tem como propósito usar o tema

da EAN como elemento de interdisciplinaridade na matriz curricular do ensino

fundamental I de uma rede privada de educação, capacitando os professores

para que possam trabalhar com atividades lúdicas, e buscar a relação direta

entre conhecimento e ação no âmbito da EAN.

Escolha da instituição para a pesquisa

A Filosofia Educacional Adventista é centrada em Jesus Cristo e visa a

restaurar nos seres humanos as características do Criador, considerando seu

caráter e seus ensinos, tendo como fonte a Bíblia Sagrada.

Os Adventistas do Sétimo Dia começaram sua busca por uma educação

integral e de qualidade, com o propósito de oferecer aos seus filhos o preparo

acadêmico em conformidade com os princípios cristãos. Em 1875, a Educação

Adventista teve seu início com a abertura do Battle Creek School em Michigan,

Estados Unidos, que se destinava a atender os níveis elementares e

secundários do Ensino Básico. Desde que surgiu, a rede ampliou sua atuação

em todos os continentes, expandindo sua clientela a todos aqueles que

simpatizam com sua filosofia e seus métodos37.

Organização Adventista

A Organização Adventista está presente em 204 países, atuando nas

áreas de Saúde, Assistência Social, Religiosa e Educacional, com milhares de

instituições e pessoas envolvidas no sentido único de promover melhorias nas

condições de vida e cidadania humana através do desenvolvimento das

potencialidades do indivíduo nos aspectos físico, mental, social e espiritual37.

Organização Adventista no Brasil

O Colégio Adventista é parte de uma rede mundial de colégios que hoje

abrange os 204 países, com mais de 2.000.000 alunos, desde a Educação

Infantil até a Pós-graduação 37. Sua organização se dá conforme mostrado na

figura 1.

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18

Presente no Brasil há mais de um século, o Colégio Adventista contempla

todos os estados, com 450 unidades. No estado de São Paulo existem 77

unidades escolares, divididas em sete sedes regionais – Associação Paulista

Central, Associação Paulista do Vale, Associação Paulista

Leste, Associação Paulista Oeste, Associação Paulista Sudoeste,

Associação Paulista Sul e Associação Paulistana onde atuam no preparo e

desenvolvimento de mais de 61.099 alunos nos diversos níveis e modalidades

de ensino 37.

A Associação Paulistana – sede regional onde foi realizado o projeto, é

responsável por 15 unidades escolares localizadas na região central, litoral e

interior da Cidade de São Paulo, totalizando 15.480 alunos, sendo 741 da

Educação Infantil, 4.413 do Ensino Fundamental I,8.648 do Ensino Fundamental

2 e 1.678 do Ensino Médio.

Figura 1- Organograma do Departamento de Educação e Escolas da Associação Paulistana

Fonte: Organogramas do Departamento de Educação e Escolas da Associação Paulistana

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19

Legenda, cargos, funções:

Diretor de Educação: Diretor de Educação responsável pelos Diretores dos

Colégios;

Tesoureiro geral: Financeiro Geral dos Colégios;

Coordenadora Pedagógica Geral: Coordenadora Pedagógica Geral

responsável pelas Coordenadoras e Orientadoras do EI e EFI dos Colégios;

Coordenadora Pedagógica Geral: Coordenadora Pedagógica Geral

responsável pelas Coordenadoras e Orientadoras do EFII e EM dos colégios;

Coordenadora Nutriçãol: Nutricionista dos Colégios.

Unidade Escolar:

Diretor do colégio: Administrador do Colégio

Tesoureiro do colégio: Responsável financeiro.

Coordenadora Pedagógica: responsável pela orientação pedagógica dos

professores do colégio.

Orientadora pedagógica: responsável pela orientação pedagógica dos alunos

do colégio.

Professor: Docente

Aluno: Discente

Projetos Especiais

A rede de educação da Associação Paulistana oferece em seu currículo,

desde o ano de 2012 os chamados Projetos Especiais, relacionados à educação

e saúde. O projeto da educação infantil e do ensino fundamental I recebe o

nome de “Amiguinhos da Saúde”. Foi criado pela Coordenadora Pedagógica

geral (Ensino Fundamental I) do Departamento de Educação da Associação

Paulistana e supervisionado por esta nutricionista pesquisadora, que atua como

orientadora nutricional e busca, através desta pesquisa, contribuir para os

projetos voltados a Educação Alimentar e nutricional. O projeto tem como

objetivo desenvolver na criança a alimentação saudável, envolvendo todos os

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grupos alimentares e novo estilo de vida, em que a escola trabalha conceitos de

educação aliados aos temas relacionados à alimentação saudável.

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21

A Pesquisadora neste Contexto

Em conjunto com o departamento de educação da Associação Paulistana

desde ano 2011, exerço a função de coordenadora de nutrição, desenvolvo

projetos pedagógicos voltados à EAN, além da orientação e supervisão das

cantinas nas unidades escolares.

Através de ações, programas, pesquisas e eventos, o trabalho é realizado

no cenário que contextualize educação e nutrição, utilizando de métodos lúdico-

pedagógicos em EAN para todos os alunos da rede de ensino.

Apropriando-me da metodologia da pesquisa participante e mantendo a

postura de observador crítico e de participante ativo, busquei ao longo desta

pesquisa a construção de estratégias de enfrentamento prático, que visa à

melhoria nutricional numa proposta de interdisciplinaridade na comunidade

escolar.

A pesquisa participante promove a participação de integrantes do contexto

escolar na busca de soluções para os problemas, observando, descrevendo e

planejando ações 72. Interferir na ordem social, uma vez que toda ação cultural é

sempre uma forma sistematizada e deliberada de ação que incide sobre a

estrutura social, ora no sentido de mantê-la como está ou mais ou menos como

está, ora no de transformá-la. Para este autor, ação cultural ou está a serviço da

dominação ou a serviço da libertação dos homens. Ao escrever Pedagogia do

Oprimido, FREIRE reforça a necessidade de criar uma teoria de ação para os

oprimidos, visto que os opressores, para oprimir, utilizam-se da teoria da ação

opressora 70.

A intenção é que se crie uma prática dialógica na escola, visando à práxis

libertadora e amparada por essa metodologia busco o desenvolvimento de uma

ciência educativa crítica, colocando-me no cenário desta pesquisa como

participante ativo 73,74.

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Promoção à saúde na escola

No espaço escolar, o saber teórico e prático sobre saúde e doença foi

sendo construído de acordo com o cenário ideológico da época e as questões

sobre saúde foram abordadas com base no referencial teórico de cada

momento. No século passado, até a década de 80 a escola não era utilizada

como parceira na promoção à saúde38. Nesta época ainda vigia o modelo da

medicina tradicional, com foco nas doenças. Com o passar do tempo, a

importância da educação para a promoção da saúde cresce e algumas

mudanças acontecem, mas não de forma suficiente para estabelecer

modificações de atitudes no estilo de vida da população55.

Ainda no século passado, no início dos anos 90, diante das constantes

mudanças no setor da Educação e fortalecimento das políticas de promoção à

saúde, o Ministério da Saúde recomendou a criação de espaços e ambientes

saudáveis nas escolas, com o objetivo de integrar as ações de saúde na

comunidade escolar55. A estratégia para a criação de espaços saudáveis e

protetores apoiou-se no documento oficial do governo do Canadá, publicado em

1974, que define o conceito de campo da saúde, constituído por quatro

componentes: biologia humana, meio ambiente, estilo de vida e organização da

atenção à saúde56.

Durante os anos 90, a OMS desenvolveu o conceito e a iniciativa das

Escolas Promotoras de Saúde. Trata-se de uma abordagem multifatorial que

envolve o atributo da competência em saúde dentro das salas de aula, a

transformação do ambiente físico e social das escolas e a criação de vínculo e

parceria com a comunidade de abrangência. Isto inclui os serviços de saúde,

como as Unidades Básicas de Saúde e as equipes de Saúde da Família38, 57.

Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde - OPAS (1995), a

promoção à saúde no âmbito escolar parte de uma visão integral e

multidisciplinar do ser humano, que considera as pessoas em seu contexto

familiar, comunitário, social e ambiental. Assim, as ações de promoção à saúde

devem ocorrer em todas as oportunidades educativas e visam desenvolver

conhecimentos, habilidades e destrezas para o autocuidado na saúde e

prevenção das condutas de risco que possam levar à prejuízo da saúde. Além

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23

disso, devem fomentar uma análise sobre os valores, condutas, condições

sociais e os estilos de vida dos próprios sujeitos envolvidos38.

Também na década de 90, com a criação dos Parâmetros Curriculares

Nacionais (PCNS) houve valorização do conhecimento e da aprendizagem

significativo-participativa. O tema saúde foi disposto como transversal,

permeando todas as áreas que compõem o currículo escolar, justamente por

representar um desafio para a educação no que se refere à possibilidade de

garantir uma aprendizagem efetiva e transformadora de atitudes e hábitos de

vida38, 58.

Transmitir informações a respeito do funcionamento do corpo e descrição

das características das doenças, bem como de hábitos saudáveis não são

suficientes para que os alunos desenvolvam atitudes para uma vida saudável. É

preciso educar levando em conta todos os aspectos envolvidos na formação de

hábitos e atitudes que acontecem no cotidiano, dentro e fora da escola. A

transversalidade aqui é entendida como processos intensamente vividos pela

sociedade, pelas comunidades, pelas famílias, pelos alunos e pelos educadores

em seu cotidiano, debatidos em diferentes espaços sociais, incluindo os de

natureza diferente das áreas convencionais de construção de conhecimento58.

Educação alimentar e nutricional (EAN) na escola

O grande marco histórico da EAN no Brasil ocorreu no ano de 2004,

durante a II Conferência Nacional de Segurança Alimentar. Determinou-se,

dentre as prioridades de ação, “a promoção de modos de vida e alimentação

saudável e ações de vigilância, alimentação e EAN nas escolas, creches e

cultura alimentar”, inserindo definitivamente tais ações nas escolas do Brasil,

como método insubstituível de prevenção de doenças e promoção da saúde. O

conceito de EAN é amplo e pode ser entendida como 69:

“A educação nutricional é um conjunto de estratégias sistematizadas, para impulsionar a cultura e a valorização da alimentação, concebidas no reconhecimento da necessidade de respeitar, mas também de modificar, crenças, valores, atitudes, representações, práticas e relações sociais que se estabelecem em torno da alimentação, visando o acesso econômico e social de todo cidadão a uma alimentação quantitativa e qualitativamente adequada, que atenda aos objetivos de saúde, prazer e convívio social

. 70”

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24

Compete ao profissional nutricionista realizar projetos e ações de EAN,

considerando a percepção, o conhecimento, as necessidades e as habilidades

que estruturam o comportamento alimentar das pessoas. Deve visar à

compreensão dos processos de construção dos significados e representações

da EAN, em uma relação de parceria com tais pessoas para obter sucesso na

promoção de práticas de alimentação saudáveis 71.

Dessa forma, toda e qualquer atividade em EAN que seja aplicada à

crianças, deve ser desenvolvida conforme as características individuais do grupo

e suas capacidades cognitiva, psicomotora, afetiva, dentre outras 13.

Início dos programas do governo de incentivo à EAN no Brasil.

O Programa Saúde na Escola (PSE), instituído por Decreto Presidencial

nº 6.286, de 5 de dezembro de 2007, resulta do trabalho integrado entre o

Ministério da Saúde e o Ministério da Educação, na perspectiva de ampliar

ações específicas de saúde aos alunos da rede pública de ensino: Ensino

Fundamental, Ensino Médio, Rede Federal de Educação Profissional e

Tecnológica, Educação de Jovens e Adulto59,60,61. Esse decreto é importante

para fortalecer os programas de saúde nas escolas da rede pública.

O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), implantado em

1955 e modificado ao longo dos anos até sua resolução feita em 2013, (Lei nº

11.947/2009/FNDE e Resolução nº 26/2013/FNDE) garante por meio da

transferência de recursos financeiros, a alimentação saudável para os escolares

da rede pública de ensino. Esse programa prevê a promoção de Alimentação

Saudável, para todos os alunos da rede pública60, 61, 64,71.

A Resolução determina como diretrizes da alimentação escolar, entre

outras:

“I – O emprego da alimentação saudável e adequada, compreendendo o uso de alimentos variados, seguros, que respeitem a cultura, as tradições e os hábitos alimentares saudáveis, contribuindo para o crescimento e o desenvolvimento dos alunos e para a melhoria do rendimento escolar, em conformidade com a sua faixa etária e seu estado de saúde, inclusive dos que necessitam de atenção específica; II – A inclusão da educação alimentar e nutricional no processo de ensino e aprendizagem, que perpassa pelo currículo escolar, abordando o tema alimentação e nutrição e o desenvolvimento de práticas saudáveis de vida na perspectiva da segurança alimentar e nutricional

60,61. ”

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25

Redes privada de ensino e a relação com a EAN

Com o aumento da obesidade infantil, o tema alimentação saudável na

escola ficou em evidencia, e isso resultou na portaria interministerial Nº 1.010 de

8 de maio de 2006. Essa portaria institui as diretrizes para a Promoção da

Alimentação Saudável nas Escolas de educação infantil, fundamental e nível

médio da rede pública e privada, em âmbito nacional62. Depois dessa portaria

alguns estados no Brasil estabeleceram suas próprias leis para a Promoção da

Alimentação Saudável nas Escolas 71.

A partir deste momento algumas instituições privadas começaram a

enfatizar ações e atividades voltadas à EAN. O Conselho Federal de

Nutricionistas (CFN) posiciona que toda rede de ensino deve cuidar da

alimentação e nutrição da sua população, seja ela de rede pública ou privada, e

ainda ressalta que as escolas devem promover a capacitação de seu corpo

docente para a abordagem multidisciplinar e transversal desses conteúdos 71.

Ações educativas na escola, teoria e prática.

O trabalho pedagógico caracteriza-se pelo envolvimento do professor e

dos estudantes em atividades que estimulem a aprendizagem espontânea e a

vivência significativa14. O ensino pode se tornar mais eficaz na medida em que o

docente é capaz de estabelecer a integração entre os conteúdos e os valores

por ele definidos e também vividos pelo aluno, tornando o aprender significativo

e útil para a vida cotidiana14,15. Cada docente deve buscar sistematicamente, em

seu campo de conhecimento, o ser e o fazer, e promover a integração de forma

intencional, bem como estimular seus alunos a também realizarem tal

integração15, 23,39.

Supõe-se que ao privilegiar atividades que levem em conta os temas

relacionados à EAN, a escola estabeleça uma relação entre o conhecimento e

situações da realidade prática, enquanto os professores ancoram um novo

conteúdo à aprendizagem significativa23.

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26

Interdisciplinaridade

A necessidade de um trabalho pedagógico integrado evita a

compartimentalização dos conhecimentos, sem uma evidente hierarquização de

conteúdos agindo como mediador nesse processo.

A interdisciplinaridade torna-se um modo de superar a fragmentação do

ensino e propõe uma interação dos conteúdos, em um esforço conjunto para

integrar as diversas áreas do conhecimento. Desta forma obtém-se uma melhor

compreensão e articulação dos saberes 5,7 8,13.

A necessidade de romper barreiras em uma “grade” compreendida como

currículo atravessa fronteiras disciplinares, não menosprezando a importância de

cada conteúdo. Os aspectos epistemológicos, em que o pensar, o compreender

e a aquisição de conhecimento se ampliam através da interdisciplinaridade,

possibilitando o diálogo e a vivência do aprendizado em toda a sua plenitude 75.

Esse caminho vai sendo traçado com a reformulação do pensamento dos

professores e despertando nos educandos, uma maior riqueza de diálogo 76.

A primeira evidência de um trabalho interdisciplinar de acordo com

Fazenda

“é o respeito ao modo de ser de cada um, ao caminho que cada um

compreende em busca de sua autonomia, é um encontro entre indivíduos”.

A mudança de pensamento, da criatividade, a reflexão e superação das

diferenças produzem mudanças de paradigmas que levam à percepção e

necessidade da inclusão do pensamento em educação, em que tanto educador

quanto educando tem a oportunidade de dialogar 76,77.

A sustentabilidade desse pensamento só poderá ser entendida, se

praticada dentro de um conjunto de reflexões e práticas coerentes que garantam

sua subsistência a despeito dos novos conceitos que possam desestabilizá-las

mediante o consumismo desenfreado e descartável 76, 77.

Sabemos que a escola não é a única via nesse processo. Porém, seu

universo social, oriundo de diversas culturas e inter-relações, permitem a sua

apropriação de uma nova ótica para concretizar a prática interdisciplinar em

Educação Alimentar e Nutricional 13,75,76,77.

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27

Quando avaliamos a utilização da prática interdisciplinar entre nós,

percebe-se que ainda é incipiente, carecendo da necessidade da evolução

coletiva capaz de catalisar ações para uma referida ação70, 72,76,.

EAN e a interdisciplinaridade no âmbito escolar

O processo de aprendizagem do indivíduo, através da EAN, não vem da

mera aquisição de informações teóricas, mas sim de um processo de situações

vivenciadas em seu cotidiano. Por isso, ao usar estratégias centradas em

situações-problema pode-se utilizar o ambiente escolar e o cotidiano das aulas

para integrar os conteúdos40. Segundo Linden, o tema EAN pode ser trabalhado

por vários profissionais da saúde e educação, buscando a trajetória do

conhecimento entre a teoria e a prática. Seguem abaixo algumas ações

específicas sugeridas por Linden65, em diferentes áreas.

Geografia

Trabalhar com os alunos as comidas típicas da região;

Trabalhar a vocação agrícola da região;

Solicitar aos alunos a pesquisa sobre os hábitos alimentares culturais no seu

estado, país ou mundo;

Fazer feiras na escola sobre a importância de cada país na alimentação

atual;

Explorar as hortas escolares e mostrar o benefício do alimento natural;

Realizar pesquisas em sala de aula sobre os diferentes hábitos alimentares

entre os alunos nas suas residências;

Trabalhar as Leis relacionadas à alimentação escolar e Segurança Alimentar

e Nutricional em comparação com a situação de outros países.

Ciências e/ ou Química

Trabalhar a importância do colorido dos alimentos por seus componentes

bioquímicos;

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Trabalhar as contaminações possíveis pelo alimento: intoxicação alimentar

ou química;

Efeitos bioquímicos dos alimentos no organismo;

Demonstrar os malefícios no corpo causados pelos agrotóxicos e pelos

corantes contidos nas guloseimas;

Trabalhar a diferença de alimentos tratados com agrotóxicos e alimentos

orgânicos;

Trabalhar os sentidos do corpo através dos alimentos (tato, olfato e paladar);

Trazer o conhecimento da origem dos alimentos: árvore (nos galhos ou no

tronco) ou terra (sob a terra ou abaixo da terra) ou água;

Identificar os estados físicos utilizando os alimentos: líquido, solido e gasoso;

Identificar micro-organismos a partir das más práticas de higiene adotadas

com os alimentos.

História

De onde vêm os alimentos?

Alimentos mais antigos no mundo;

Hábitos alimentares anteriores aos anos 2000;

Reflexão: os alimentos atuais são mais saudáveis comparados aos de anos

atrás;

Descobrimento do Brasil, e as especiarias comercializadas;

Alimento das tribos indígenas.

Matemática

Trabalhar a porcentagem e porções com base na pirâmide dos alimentos;

Trabalhar de forma prática as unidades de medida;

Formar conceito para os alunos sobre os parâmetros de peso corporal de

acordo com a faixa etária.

Preços dos alimentos e somas matemáticas.

Português

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29

Incentivar a pesquisa que resulte em redação sobre alimentos saudáveis e

econômicos;

Trazer temas sobre segurança alimentar e nutricional para serem dissertados

e apresentados em sala de aula;

Determinar a pesquisa de leis que incentivem a alimentação saudável para

dissertação;

Dissertações sobre a relação da alimentação e agravos de doenças não

transmissíveis (diabetes, hipertensão, doenças coronarianas, entre outros);

Incentivar a criação de histórias sobre as frutas e hortaliças;

Introduzir a leitura infantil de livros ilustrativos sobre os alimentos;

Trabalhar a alfabetização com o alfabeto de frutas.

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30

Educação Física

Aproximar a relação entre alimentação e esporte;

Trabalhar a importância da alimentação saudável e os prejuízos causados

pelos anabolizantes;

Incentivar entrega de trabalhos relacionados à pesquisas dos diferentes

grupos nutricionais para que aja entendimento sobre o tema;

Realizar projetos com os alunos sobre avaliação alimentar e nutricional.

Artes

Planejar peças de teatros com história de personagens que carreguem o

nome de alimentos;

Trabalhar, em sala de aula, grupos de criações que mostrem a riqueza de

cores dos alimentos.

O conceito moderno de interdisciplinaridade leva a crer, na sua evolução,

que, o conhecimento está centrado nos programas de síntese e unidade,

organizados em pesquisa e educação, relatados nos exemplos acima. As

diferentes áreas do conhecimento transcendem à sua própria especialidade,

tomando consciência de seus limites para acolher as contribuições das outras

disciplinas. Busca-se a complementariedade e os possíveis pontos de

convergência, na perspectiva de um horizonte que congregue os diversos

saberes65.

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OBJETIVOS

Objetivo geral:

Analisar o desenvolvimento e aplicação da interdisciplinaridade nas

atividades pedagógicas especiais relacionadas à educação nutricional

executadas por professores da Educação Infantil e Ensino Fundamental em rede

privada de ensino no Estado de São Paulo.

Objetivos específicos:

Capacitar os professores em de oficinas pedagógicas que abordaram os

temas da interdisciplinaridade e da educação nutricional;

Avaliar a reação das coordenadoras, orientadoras e professores diante de

suas novas funções na aplicação da educação nutricional.

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MATERIAL E MÉTODOS

Característica do estudo

O presente estudo teve um perfil quali quantitativo e foi construído a partir

da pesquisa participante. Segundo Moreira a observação participante é

conceituada como sendo “uma estratégia de campo que combina ao mesmo

tempo a participação ativa com os sujeitos, a observação intensiva em

ambientes naturais, entrevistas abertas informais e análise documental” 78.

A intervenção educativa desta pesquisa buscou, através da

observação/participante e do diagnóstico das realidades, a possibilidade de

construir estratégias e ações que possibilitassem a organização e expressassem

a voz do coletivo, em prol de uma reestruturação educacional 74.

Aspectos Éticos

A pesquisa em questão foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa

no dia 17 de outubro de 2013 (CAAE: 21591513.5.0000.5373). Todos os

participantes do projeto assinaram o Termo de Consentimento Livre Esclarecido,

em que autorizaram a gravação dos encontros e a aplicação das diferentes

estratégias planejadas, (apêndice1).

Cenários da pesquisa

O estudo foi realizado entre os meses de novembro de 2013 a agosto de

2014 em parceria com a Instituição Adventista de Educação da Associação

Paulistana, com sede na Cidade de São Paulo. A Associação abrange as

regiões do litoral, interior e central de São Paulo com 15 unidades de colégios

que oferecem educação infantil, ensino fundamental e ensino médio.

Para a realização da coleta de dados foram utilizados dois cenários

distintos: (1) Universidade Adventista de São Paulo (UNASP), campus

Hortolândia, onde ocorreram as oficinas de capacitação; (2) em três colégios

distintos, escolhidos de acordo com sua localização, um de cada região (litoral,

interior e central de São Paulo), a saber: colégio Adventista da Lapa, Colégio

Adventista de São Roque e Colégio Adventista de Santos. Nestes três colégios

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33

foram colhidos os dados que alimentaram a avaliação da reação e da produção

dos professores quanto à aplicação da EAN e da interdisciplinaridade nas

atividades com alunos.

Sujeitos da Pesquisa

Na primeira fase (oficinas de capacitação), participaram da pesquisa 126

professores, 14 coordenadoras pedagógicas e 11 orientadoras pedagógica, do

sexo feminino, com idades entre 24 a 46 anos. Todas são graduadas em

Pedagogia com tempo de formação entre um a 28 anos, de docência entre um a

26 anos e de trabalho na atual instituição entre um a 22 anos.

Todas as 126 professoras lecionam as disciplinas de Língua Portuguesa,

Ciências, Matemática, Arte, história, Geografia, Ensino Religioso e Música.

As 14 coordenadoras atuam na parte de coordenação dos docentes,

enquanto as 11 orientadoras têm atividades na orientação de pais e alunos.

Na segunda fase (avaliação da aplicação), participaram 18 professoras,

três coordenadoras e três orientadoras, todas que também compuseram o grupo

da primeira fase.

Fases da pesquisa

1a Fase: Oficinas de capacitação

A Instituição Adventista de Educação da Associação Paulistana oferece

uma capacitação que ocorre todo início de ano na UNASP, campus Hortolândia.

Essas oficinas são preparadas sob a orientação da coordenadora

pedagógica geral do departamento de educação da Associação Paulistana. Tal

preparação ocorre em reuniões prévias, quatro meses antes do evento. A

pesquisadora contribuiu e participou das reuniões de elaboração das oficinas,

junto com a coordenadora pedagógica geral. Assim, na programação final restou

a orientação para que as coordenadoras e orientadoras dos colégios devessem

incluir, durante o ano de 2014, o Projeto Amiguinhos da Saúde, com focos na EN

e na interdisciplinaridade. Essas reuniões estão relatadas no apêndice 4.

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34

Para a criação e elaboração das oficinas foram utilizados o Guia alimentar

para a população brasileira47, o livro Educação Nutricional na infância e na

adolescência e vários artigos científicos13, 48-54.

O evento ocorreu nos dias 22, 23 e 24 de janeiro de 2014 com a

intervenção para a capacitação dos professores. O departamento de Educação

apoiou o projeto e incluiu nos temas das oficinas a EAN como uma condição

estratégica para o desenvolvimento da interdisciplinaridade. A programação da

oficina está apresentada no apêndice 3.

Todos os professores da rede participaram da capacitação, mas para a

presente pesquisa foram utilizados os dados obtidos de 126 professores que

aceitaram assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, todos

pertencentes aos segmentos da educação infantil (EI) e do ensino fundamental I

(EFI).

Figura 2 - Imagem da Universidade Adventista São Paulo- UNASP local das oficinas pedagógicas.

Fonte: Autora

2° Fase: Avaliação da aplicação

Nesta etapa, procedeu-se à avaliação da aplicação dos conteúdos e

ideias trabalhados durante as oficinas de capacitação para os alunos da EI e do

EF-I. Os instrumentos e as técnicas que foram utilizados nesta fase estão abaixo

descritos (grupo focal adaptado, discurso do sujeito coletivo, nuvem de palavras

e pesquisa documental).

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36

Instrumentos utilizados:

a) Diário de Bordo (DB)

Um diário de bordo foi desenvolvido pela pesquisadora para o estudo das

situações observadas e para registro e contextualização das reuniões

pedagógicas, grupos focais e das oficinas (apêndice 2).

O diário de campo ou de bordo, segundo Romanelli é um misto de

registros objetivos e de impressões pessoais, de sentimentos e emoções. Nesse

caso, as observações foram transcritas por meio de notas, de tudo que se viu e

ouviu. Para Minayo, o diário de campo é um amigo silencioso, no qual se

expressam as angústias, os questionamentos e as informações que não são

obtidas a partir do uso de outras técnicas 1,2,33.

b) Questionário de Satisfação:

No fim do evento de capacitação, o departamento de educação da

Associação Paulistana aplica anualmente um questionário de satisfação

(apêndice 2). Várias questões são englobadas neste questionário, mas para a

presente pesquisa, foram analisadas apenas as respostas de 126 professores à

questão 5: Oficina maternal ao 5º, ótimo, bom, ruim.

Buscou-se a fundamentação da pesquisa de satisfação para avaliar a

reação dos professores mediante as oficinas pedagógicas44, 45,47. O questionário

de satisfação apresentava perguntas cujas respostas deveriam ser assinaladas

como ótimo, bom, regular e ruim.

c) Grupo focal adaptado com aplicação do DSC e da nuvem de palavras:

Depois de seis meses da capacitação e após a aplicação da EN foram

desenvolvidos três GFs, em três colégios adventistas distintos, escolhidos de

acordo com sua localização (região central, litorânea e interior de São Paulo)

para abranger uma escola de cada região.

Nos GFs foi utilizada uma dinâmica adaptada da Coletânea de Técnicas

de Educação em Saúde elaborada pelo Núcleo de Educação do Centro de Apoio

ao Desenvolvimento de Assistência Integrada à Saúde – CADAIS – FESIMA 110.

Assim, cada participante deveria representar, usando de alimentos disponíveis e

expostos, sua interpretação da aplicação da EN como elemento de

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interdisciplinaridade nos conteúdos programáticos, por meio da criação de

figuras esculturais.

A duração do encontro foi distribuída da seguinte forma: 10 a 15 minutos

para fazer as figuras esculturais e o restante do tempo para descrição da

produção individual e para responder às seguintes perguntas norteadoras:

Qual seu entendimento sobre interdisciplinaridade?

Acredita que este conceito/entendimento se aplica à educação infantil e

ensino fundamental I?

Qual sua percepção quanto ao projeto pedagógico de EAN sugerido pela

rede de ensino, como estratégia para exercício da interdisciplinaridade?

Os GFs foram usados como técnica de coleta de dados para revelar se

houve apropriação do conhecimento sobre EAN e sua aplicação, pelos

professores, com os atributos da interdisciplinaridade. Os dados obtidos foram

gravados, transcritos e sistematizados a partir da técnica de análise do Discurso

do Sujeito Coletivo (DSC) 41, 42,43.

Discurso do Sujeito Coletivo: Organização e análise dos dados

O Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) consiste na organização e tabulação

de dados qualitativos de natureza verbal, obtidos através dos depoimentos dos

professores (apêndice 6). 42,43

Assim, os conteúdos dos GFs foram organizados em quadros apêndice 5

que permitiram a construção do DSC, contendo as expressões chaves e as

ideias centrais.

Expressões-Chaves (ECH): As expressões chave são pedaços, trechos do

discurso, que devem ser destacados, e que revelam a essência do conteúdo do

discurso ou da teoria subjacente.

Ideia central (IC): é o nome ou expressão linguística que revela e descreve, de

maneira mais sintética, precisa e fidedigna o conteúdo analisado de cada

conjunto homogêneo de ECH e que vai gerar, posteriormente, o DSC como uma

fala única42, 43.

O DSC é fundamentado na teoria das Representações Sociais que se

refere à produção social dos saberes. O saber, aqui, é relacionado a qualquer

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saber, mas a teoria está especialmente dirigida aos saberes que se produzem no

cotidiano e que pertencem ao mundo vivido 80.

A representação é um sistema de classificação e de denotação, de

alocação de categorias e nomes. Tais coisas que nos parecem estranhas e

perturbadoras têm também algo a nos ensinar sobre a maneira como as pessoas

pensam e o que elas pensam 79.

As representações não são, assim, necessariamente conscientes pelos

indivíduos. Se, de um lado, as representações conservam a marca da realidade

social de onde nascem, elas também possuem vida independente, reproduzem-

se e se misturam, tendo como causas outras representações e não apenas a

estrutura social 79.

Esses significados que podem ser objeto de estudo dos cientistas sociais

79,80 – são selecionados por meio de construções mentais, de „representações‟

do „senso comum‟ 81.

Na construção do DSC respeitaram-se os seguintes princípios, descritos

por Lefèvre: coerência, posicionamento próprio e distinção entre os DSC42, 43.

Para analisar as representações do DSC, foi utilizada a análise de conteúdo

(AC), modalidade análise temática, método utilizado na análise de dados

qualitativos. O objetivo é a busca do sentido ou dos sentidos de um documento

ou das falas 82.

Os dados são classificados em temas principais (ideia central) que

resultam nos reagrupamentos analógicos classificados como categorias. Os

títulos das categorias temáticas são definidos pela descoberta dos núcleos de

sentidos (expressões chave), observando-se a frequência desses núcleos que

serão classificados como subtemas (subcategorias) 82.

Para uma análise visual das ideias centrais, utilizou-se a técnica da

nuvem de palavras, criada a partir de um determinado texto. Na nuvem

aparecem em maior proeminência as palavras que ocorrem com maior

frequência no texto 83 111,112.

d) Pesquisa documental: Diário de classe dos professores

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Na rede Adventista de Educação o diário de classe recebe o nome de

portfólio, mas ele possui características de um diário de classe, pois relata os

acontecimentos dos cotidianos das aulas 2 .

No final de cada sessão de GFs, os professores entregavam os diários de

classe para a pesquisadora que, posteriormente, procedia à sua análise.

A pesquisa documental é constituída pela análise de materiais que ainda

não receberam um tratamento analítico ou que podem ser reexaminados com

vistas a uma interpretação nova ou complementar. Pode oferecer base útil para

outros tipos de estudos qualitativos e possibilita que a criatividade do

pesquisador dirija a investigação por enfoques diferenciados 36.

Nos diários de classe foram analisadas as atividades pedagógicas

realizadas e registradas com o objetivo de avaliar o cotidiano das aulas e

aplicação da capacitação realizada e do projeto em questão.

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40

RESULTADOS E ANÁLISE

Avaliação das oficinas

Os dados das 126 perguntas foram analisados comparando os

percentuais obtidos na aplicação da pesquisa de satisfação (apêndice 2

pergunta 5). Observou-se que 79% dos professores da EI e EF- I apontaram a

oficina como ótima, 18% como boa e 3% como regular gráfico 1ou seja, houve

uma reação positiva dos professores, mostrando que as promoções de ações

educativas de incentivo foram bem recebidas, o que representa o primeiro passo

para incrementar o processo do saber técnico e prático.

As oficinas de capacitação buscaram cumprir a finalidade de mostrar aos

professores, a importância de trabalhar a EAN com elemento de

interdisciplinaridade., Todos os processos educativos, assim como as técnicas

educativas que são instrumentos de ensino-aprendizagem, se baseiam em uma

determinada concepção de como conseguir que as pessoas aprendam e

modifiquem sua prática 65, 67,68.

Grafico 1 - Pesquisa de satisfação da El e EF-I

Fonte: Autora

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41

Momentos vividos nas oficinas de capacitação:

Na pesquisa em questão o processo de capacitar os professores foi

fundamental para valorizar os conteúdos, aprimorar conhecimento e aguçar a

capacidade de tomar decisões e agir dentro do seu cotidiano, tendo a EAN como

pano de fundo. As figuras abaixo demonstram momentos vividos na capacitação

dos professores,

Figura 3 - Imagem – UNASP - Oficinas Pedagógicas EI- Aula “Plantando e Colhendo na Escola

Fontes: autora

Figura 4 - - Imagem- UNASP - Oficinas Pedagógicas EI- Aula “Plantando e Colhendo na Escola”

Fontes: autora

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Figura 5 - Imagem - UNASP- Oficinas Pedagógicas EFI- Aula de

Musicalização

Fontes: autora

Figura 6 - Imagem - UNASP- Oficinas Pedagógicas EFI- Aula “ Como Contar Histórias”

Fontes: autora

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43

Figura 7 - Imagem- UNASP- Sala de Oficinas Pedagógicas EI, valorização da natureza

Fonte: Autora

Os resultados do presente estudo mostraram que a capacitação dos

professores feita pelas coordenadoras, orientadoras e supervisionado pela

coordenadora geral e esta pesquisadora, foi importante para influenciar

positivamente o desenvolvimento do projeto de EAN nos colégios. A pesquisa de

satisfação mostrou a aceitação e satisfação dos professores com os trabalhos

realizados nas oficinas de capacitação.

Percebi que esse trabalho foi importante para capacitar e motivar os

professores. A nutrição é um dos principais determinantes da saúde e do bem

estar do ser humano e tem especial importância nos primeiros anos de vida,

devido ao rápido crescimento corporal, que impõe grandes necessidades

nutricionais, e à formação dos principais hábitos alimentares que se

desenvolvem no período pré-escolar (2 a 6 anos) e são carregados durante toda

vida. Além disso, atualmente enfrentamos uma fase de transição alimentar, com

inversão da distribuição dos problemas nutricionais da população, passando da

desnutrição para a obesidade 15. Essas mudanças se devem aos padrões do

consumo alimentar, como hábitos inadequados, principalmente na infância e na

adolescência, acarretando doenças crônicas 13.

Acredito que a prática pedagógica nas escolas da atualidade exige um

professor bem capacitado e preparado para trabalhar com os alunos e também

com as novas problemáticas e questões presentes no cotidiano da sociedade.

Com a responsabilidade ampliada, a escola hoje deve dar conta de proporcionar

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o conhecimento necessário para o aprendizado, mas também deve contribuir na

formação do cidadão.

Resultados dos GFs com a Análise do Discurso do Sujeito Coletivo:

Participaram das sessões de GFs 24 docentes, divididos de acordo com

os colégios, sendo 30% professores da EI, 30% professores da EF-I, 20%

coordenadoras e 20% orientadoras. Os professores escolhidos para participarem

das sessões de GFs eram os que tinham o horário disponível para o fazerem.

O primeiro GF foi realizado no Colégio Adventista de Santos, no dia três

de junho de 2014, o segundo no Colégio Adventista da Lapa, no dia quatro de

agosto de 2014, e o último no Colégio Adventista de São Roque, no dia 11 de

agosto 2014.

Os GFs se estenderam por cerca de 40 a 60 minutos e foi coordenado

pela da pesquisadora nutricionista, observado por um convidado, que anotou os

acontecimentos e um funcionário do colégio, responsabilizado pela gravação e

filmagem.

Todos os GFs foram agendados previamente com as coordenadoras e foi

utilizado o horário da chamada “paradinha pedagógica”, entre o turno da manhã

e tarde (saída dos alunos 11h45min as 12h45min ).

Para realização das sessões foram escolhidas salas isoladas que garantissem a

privacidade e foi possível organizar as cadeiras em círculo para propiciar a

interação face-a-face dos participantes.

Para identificação de cada participante nas sessões, foram usadas as seguintes

nomenclaturas:

EI = Professores da Educação Infantil;

EF = Professores do Ensino Fundamental;

C = Coordenadoras;

O = Orientadoras;

Letra e número de identificação do participante;

S = Colégio Adventista de Santos;

L = Colégio Adventista da Lapa;

SR = Colégio Adventista de São Roque.

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Exemplo: EI8SR = professor da Educação Infantil 8, do Colégio Adventista

de São Roque.

As figuras 8 a 13 registram os momentos vividos nas sessões de GFs e

mostram os resultados da dinâmica utilizada para a confecção das figuras

esculturais que propiciaram um aspecto lúdico e artístico da representação dos

professores sobre o tema em debate: aplicação da EAN como elemento de

interdisciplinaridade nos conteúdos programáticos.

Mesa expositoras dos alimentos disponíveis para a criação das figuras

esculturais.

Figura 8 - - Imagem- Dinâmica do GF: alimentos disponíveis para criação das figuras esculturais

Fontes: autora

Mesa de apoio para a confecção das esculturas: uma faca para corte dos

alimentos, papel toalha para limpeza, exemplos de figuras esculturais e Termo

de Consentimento Livre Esclarecido.

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Figura 9 - Imagem: Dinâmica do GF: mesa de construção das figuras esculturais

Fontes: Autora

As figuras esculturais 10 a 13 mostram alguns exemplos que revelam os

resultados da criatividade dos professores, mediante a dinâmica proposta. Essas

figuras esculturais foram importantes para extrair dos professores o entendimento

quanto ao projeto proposto e seus relatos seguem abaixo no DSC.

Figura 10 - - Imagem escultural representativa do fundo do mar

Fonte: autora, foto obtida no GF.

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Figura 11 - - Imagem figura escultural representativa da metamorfose da borboleta

Fontes: autora, foto obtida no GF.

Figura 12 - Imagem escultural sobre meios de transporte terrestre

Fonte autora

Figura 13 - Imagem escultural sobre meios de transporte aquático

Fontes: autora

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Quadro 1 - Distribuição das expressões chaves pelas categorias temáticas e subcategorias a respeito do entendimento sobre interdisciplinaridade

Categorias temáticas Subcategorias Nº de expressões chaves Facilitação da integração Integração de conteúdos

Facilidade do trabalho Planejamento prévio

18 8 3

Total 29

Facilitação da aprendizagem Estímulo às atividades lúdicas Incentivo à motivação e criatividade Mecanismo de aprendizagem

4 2 3

Total 9

Dificuldade de implantação Dificuldade de compreensão Dificuldade de aplicação

2 3

Total 5

Fonte: Autora

Facilitação da integração

DSC 1: Integração de conteúdos (EI1S, EI3S, EF4S, EF5S, EF6S, EI9L,

EI10L, EI11L, EF13L, EF14L, C16L, EI17SR, EI18, EI19SR, EF20SR, EF21SR,

EF22SR, C24SR)

“A interdisciplinaridade é uma forma de quebrar barreiras entre os conteúdos, mas também é uma forma de aperfeiçoar os conteúdos e enriquecê-los no cotidiano das aulas”. Só o fato de manipular essas frutas, já comecei a pensar em várias atividades que eu poderia fazer em sala de aula. Poderia falar sobre a disciplina de geografia, história, português, falar sobre placas de trânsito e sobre a importância do respeito no trânsito. Às vezes faltam estratégias para fixar os conteúdos no cotidiano das aulas e a interdisciplinaridade é uma forma. Entendo que poderia trabalhar o conceito de multiplicação, trabalhar os hábitos alimentares e as questões de saúde e a importância da alimentação na saúde. É necessário aplicar o projeto em quantas disciplinas for possível; um exemplo é a chegada de Cabral, ou a chegada dos imigrantes, então tanto faz por qual lado quiser trabalhar, também podemos trabalhar com produção de texto, tudo isso é interdisciplinaridade. Explicar para as crianças de uma forma bem simples, para elas entenderem por meio da ilustração, quando a água cai, a raiz suga essa água e a armazena, para depois mandá-la para o caule possibilitando o crescimento dos frutos. Também relacionar à saúde, a importância de ingerirmos frutas, e a importância dos seus nutrientes e benefícios que temos quando

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comemos alimentos que não passam pelo processo de industrialização. E também não focar apenas na diversidade dos alimentos, mas também da diversidade humana e traçar um paralelo, para mostrar que cada um tem uma cor de cabelo, uma cor de pele, e é isso que Deus ama em nós. Podemos trabalhar religião e a fé, e comparar a educação que era passada de pais para filhos no povo de Israel, com a educação de hoje em dia, e com isso automaticamente, trabalhar a parte de história. Também, podemos trabalhar a parte de alimentação do povo. As professoras podem trabalhar muito bem as matérias de matemática, português, arte, para os mais novos as cores e os adjetivos, juntamente com o projeto, tudo integrado. Bem, essa obra de arte é um rosto, então nós estamos trabalhando aqui valores, como a obediência, lógica matemática, cores, texturas, linguagem e também, você pode criar um texto coletivo com os aluno;, dá para trabalhar bem com a multidisciplinaridade, é possível abordar tanto a parte da saúde quanto as matérias. Trabalhar com a matemática, arte, as cores e, juntamente com todas essas possibilidades, trabalhar os nutrientes de cada fruta e por cor e a importância deles para o nosso corpo. Nós trabalhamos com a matemática, linguagem, frutas, de onde vêm, e a quantidade de líquido, falo principalmente sobre religião e ciências, outra matéria que poderia ser aplicada é geografia, principalmente pela matéria abordada atualmente. Em história falar sobre o café da manhã dos indígenas, que eles não tinham o café da manhã como o que temos hoje, e ainda assim eles eram campeões. “Não é difícil trabalhar o projeto e com as matérias, pois interdisciplinaridade é uma forma fácil de aproximar os conteúdos”.

O DSC “Integração de conteúdos” revela a importância da

interdisciplinaridade como uma ponte para melhor entendimento dos conteúdos

das disciplinas. No discurso percebe-se que a interdisciplinaridade pode integrar-

se em outras áreas específicas, como religião, e isso pode ter um forte propósito

de promover uma interação entre o aluno, professor e cotidiano das aulas.

O DSC expressou a interdisciplinaridade como um elo entre o

entendimento das disciplinas nas suas mais variadas formas de aplicação, e isso

foi claro nos vários exemplos citados a cima.

”o pensar interdisciplinar parte da premissa de que nenhuma forma de conhecimento é em si mesma racional. Tenta, pois, o diálogo com outras formas de conhecimento, deixando-se interpenetrar por elas. Assim, por exemplo, aceita o conhecimento do senso comum como válido, pois através do cotidiano que damos sentido a nossas vidas. Ampliado através do diálogo com conhecimento científico, tende a uma dimensão maior, a uma dimensão ainda que utópica capaz de permitir o enriquecimento da nossa relação com o outro e com o mundo

5.”

De modo geral, a interdisciplinaridade força os professores a integrar os

conteúdos, mas mais do que isso, os força a integrar com entusiasmo as

atividades praticadas.

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Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) orientam para o

desenvolvimento de um currículo que contemple a interdisciplinaridade como

algo que vá além da justaposição de disciplinas e, ao mesmo tempo, evite a

diluição das mesmas de modo a se perder em generalidades. O trabalho

interdisciplinar precisa “partir da necessidade sentida pelas escolas, professores

e alunos de explicar, compreender, intervir, mudar, prever, algo que desafia uma

disciplina isolada e atrai a atenção de mais de um olhar, talvez vários”84.

Dessa forma, a finalidade da interdisciplinaridade é de ampliar uma

ligação entre o momento identificador de cada disciplina de conhecimento e o

necessário corte diferenciador. Não se trata de uma simples deslocação de

conceitos e metodologias, mas de uma recriação conceitual e teórica 85.

DSC 2 : Facilidade do trabalho (O8S, EF12L, EF14L, O15L, EF21SR,

EF22SR, O23SR, C24SR)

“Na verdade, a interdisciplinaridade ajuda bastante, e muitas vezes facilita bastante o desenvolvimento das atividades, e contribui bastante com o calendário. Às vezes ficamos muito apegados ao tempo, mas temos que pensar que interdisciplinar os conteúdos, é uma forma de facilitar o cotidiano; só precisamos fixar isso bem, e procurar sempre pensar como é rico trabalhar dessa maneira. Muitas vezes acabamos apegados ao sistema e aos métodos tradicionais para desenvolvimento das atividades. Para mim interdisciplinaridade é o mais importante, pois é nesse momento que o aluno consegue fazer ligações de diversas maneiras. Nenhuma professora reclamou de trabalhar junto com os projetos, pelo contrário, elas gostam muito de fazer as atividades. Com o projeto “Amiguinhos da Saúde”, podemos usar a interdisciplinaridade. Pensei na minha sala, e como eu poderia usar o projeto junto com a interdisciplinaridade, para fazer coisas mais desenhadas, e mais caprichosas. O que eu percebi é que se aplica muito claramente ao fato de aprender não só nos livros, mas também na prática que reflete na casa do aluno. As professoras agora já estão adaptadas ao projeto. O projeto permite trabalhar em várias disciplinas”.

No DSC os sujeitos apresentam ideias referentes ao trabalho diário;

posiciona a interdisciplinaridade como uma forma de facilitar o cotidiano das

aulas. No depoimento o projeto “Amiguinho da Saúde”, é colocado como uma

maneira de usar a interdisciplinaridade, os profissionais expressam como

elemento facilitador, ou seja, que faz fluir o trabalho.

A interdisciplinaridade acontece naturalmente se houver sensibilidade

para o contexto, mas sua prática e sistematização demandam um trabalho

didático; por falta de tempo, interesse ou preparo, o exercício docente na maioria

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das vezes ignora a intervenção de outras disciplinas que poderia contribuir para

o aprendizado.

É importante enfatizar que a interdisciplinaridade supõe um eixo

integrador, que pode ser o objeto de conhecimento, um projeto de investigação,

um plano de intervenção. Nesse sentido ela deve partir da necessidade sentida

pelas escolas, professores e alunos de explicar, compreender, intervir, mudar,

prever, algo que desafia uma disciplina isolada e atrai a atenção de mais de um

olhar, talvez vários 84.

O professor encontra no ambiente escolar um campo fértil, não só para o

ensino-aprendizagem de habilidades acadêmicas, mas também um espaço de

interação mútua que possibilita levar o aluno a crescer, respeitar-se e respeitar

os outros. O professor tem em suas mãos a possibilidade de elaborarem

objetivos e procedimentos que tenham por meta melhorar 86.

Diante do entendimento e da complexidade do depoimento, percebe-se

certa adaptação dos sujeitos mediante ao projeto, e podemos definir que a

construção do conhecimento sobre os conteúdos escolares é influenciada pelo

meio que contribuir no processo educativo.

DSC 3: Planejamento prévio (EF5S, EF6S, C7S)

“Temos que pensar nisso já no plano de aulas, pensar quantas matérias eu poderia interdisciplinar, para que aconteça, deve estar no plano de aulas”.

A disciplina é uma maneira de organizar, delimitar um conjunto de

estratégia organizacional, uma seleção de conhecimentos que são ordenados

para apresentar ao aluno, como o apoio de conjunto de procedimento5.

O DSC ressalta que o planejamento é essencial na educação, ajuda a

organizar o cotidiano das aulas e possibilita a integração das disciplinas. O plano

de aula é realmente importante na organização do trabalho pedagógico do

professor.

O ato de planejar acompanha o homem desde os primórdios da evolução

humana. Todas as pessoas planejam suas ações desde as mais simples até as

mais complexas, na tentativa de transformar e melhorar suas vidas ou as das

pessoas que as rodeiam 87.

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Planejar é organizar ações, essa é uma definição simples, mas que

mostra uma dimensão da importância do ato de planejar, uma vez que o

planejamento deve existir para facilitar o trabalho tanto do professor como do

aluno. O planejamento deve ser uma organização das ideias e informações 87.

Nesse sentido, o planejamento prévio contribui para a aproximação das

múltiplas realidades educativas, deve estar na pauta dos projetos pedagógicos,

mas o planejamento tem que ser flexível, pois se surgir um fato novo em algum

dia não impeça que este seja inserido nas atividades.

Facilitação da aprendizagem

DSC 4: Estímulo às atividades lúdicas (EI1S, EF12L, EF13L, EF22SR)

“Eu penso que quando trabalhando interdisciplinaridade temos que fazer atividades mais lúdicas. Não dá pra fazer atividades muito tradicionais, temos que pensar em diversas disciplinas que poderia se contextualizada, como ciências que trabalha com a metamorfose da borboleta, com produção de textos e a valorização da natureza. Podemos aproveitar esse projeto em muitas matérias como a matemática e a produção de texto, que explora muito a imaginação das crianças. Podemos falar sobre a criação de Deus, sobre cada dia, seguindo os passos da criação. Montando, por exemplo, peixinhos, sol, estrelas, tudo dentro daquilo que a criança consegue criar, despertar a criatividade e dar liberdade de ideia para ela. Seria legal a gente poder ir para um local onde pudesse falar, olha é daqui que vem as castanhas, fazer um café da manhã com eles com muita energia”.

O discurso expressa a representação dos sujeitos quanto às atividades

lúdicas, destaca que para o aprendizado é importante trabalhar com tais

atividades. De acordo com sujeito é importante que a criança explore a

imaginação para que o educar possa tornar-se prazeroso.

Nesse sentido, todas as pessoas têm uma cultura lúdica, que é um

conjunto de significações sobre o lúdico. Assim, é possível dizer que a cultura

lúdica é produzida pelos indivíduos e que se constrói a todo tempo, por meio de

brincadeiras que a criança começa desde cedo 90.

O lúdico possibilita o estudo da relação da criança com o mundo externo,

integrando estudos específicos sobre sua importância na formação da

personalidade 94. Através da atividade lúdica e do jogo, a criança forma

conceitos, seleciona ideias, estabelece relações lógicas, integra percepções, faz

estimativas compatíveis com o crescimento físico e desenvolvimento e, por meio

dele vai se socializando com as demais crianças. Com isso, pode-se ressaltar

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que a educação lúdica esteve presente em várias épocas, povos e contextos e

forma hoje uma vasta rede de conhecimento no campo da Educação 90,91.

Pode-se afirmar que o lúdico é qualquer atividade que executamos e que

pode dar prazer, que tenhamos espontaneidade em executá-la.

““...quando fazemos porque queremos, por interesse pessoal. Isto se refere tanto à criança quanto para o adulto, é aí que começamos a perceber a possibilidade, a facilidade de se aprender, quando estamos brincando, pois na atividade lúdica, como na vida, há um grande número de fins definidos e parciais, que são importantes e sérios, porque consegui-los é necessário ao sucesso e, consequentemente, essencial a satisfação que o ser humano procura, a satisfação oculta, neste caso seria o de aprender 91.

“O lúdico não como algo isolado ou associado a uma determinada

atividade, mas como um componente cultural historicamente situado que pode

transcender aos momentos de lazer, como seu uso na Educação” 97.

Portanto, as atividades lúdicas são necessárias e facilitam as várias

possibilidades de ensino. Assim, a prática lúdica é entendida como o ato de

brincar das crianças que permite o aprendizado 92.

DSC 5: Incentivo à motivação e criatividade (EF4S, EF13L)

“As atividades também trouxeram motivação, criatividade para os professores. Pedir pra eles explicarem a forma, a textura, pra que eles descrevessem o alimento que mais gostam no prato, falar com eles sobre as vitaminas. Enfim, acho que a interdisciplinaridade chama à criatividade”.

No discurso acima os sujeitos expressam que projeto de EAN e

interdisciplinaridade trouxeram motivação e criatividade ao professor.

A motivação é a chave que abre a porta para o desempenho com

qualidade em qualquer situação, tanto no trabalho como em atividades de lazer e

também em atividades pessoais e sociais. Esta valorização é uma tarefa que

demanda percepção, observação e comunicação para se conseguir enxergar no

outro sua essência enquanto ser humano, não se balizando somente nas

competências que o professor apresenta 94.

A aprendizagem é resultante do desenvolvimento de aptidões e de

conhecimentos, bem como das transferências desses para novas situações. A

aprendizagem está envolvida em múltiplos fatores, que se implicam mutuamente

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e que embora possamos analisá-los separadamente, fazem parte de um todo. A

motivação é um destes fatores que, uma vez despertada no ambiente escolar

traz incontáveis benefícios para que a aprendizagem aconteça de forma mais

prazerosa, interessante tanto para o professor como para o aluno95.

Uma das grandes virtudes da motivação é melhorar a criatividade, que

possibilita melhoras na atenção e a concentração. Nessa perspectiva pode-se

dizer que a motivação é a forma que move os sujeitos a realizar atividades

criativas 95.

Ao sentir-se motivado, o indivíduo tem vontade de fazer alguma coisa e se

tornar capaz de manter o esforço necessário durante o tempo necessário para

atingir o objetivo proposto. Ele afirma que a preocupação do ensino tem sido a

de criar condições tais, que o aluno “fique afim” de aprender.

DSC 6: Mecanismo de aprendizagem (O8C, EF12L, O23SR)

“Para os alunos é muito interessante, e contribui bastante para seu aprendizado. Comentei com as crianças sobre esse processo na semana passada, e foi bem perceptível, que dessa forma as coisas se tornaram mais interativas e visíveis para elas. Tudo começa a ser praticado e eles começam a enxergar a contextualização, que aquilo que ele aprendeu na sala pode ser associado à mesa”.

O rico DSC acima revela que quando a criança sente que aprender é uma

experiência excitante e da qual se pode desfrutar, então isso se transformará em

algo que nunca termina, durando toda a vida.

A prendizagem é fator decisivo para a vida e sobrevivência do indivíduo, é

por meio dela que o homem se afirma como ser racional, constitui sua

personalidade e se prepara para cumprir o papel que lhe é reservado na

sociedade a qual pertence 96.

Assim, o ambiente onde a criança vive é fundamental para seu

desenvolvimento enquanto cidadão, pois influencia seu aprendizado, na

interação com outras pessoas, especialmente com outras crianças, pois estão

em fase de mudanças intensas, além, ainda, da apropriação dos costumes,

hábitos crenças, tradições, e valores que seu grupo social conhece e julga como

necessários para a vida em sociedade. Nesse sentido, quando se trata de

aprendizagem escolar precisa-se considerar tudo que influencia na

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aprendizagem do educando, para que ele adquira efetivamente uma

aprendizagem sólida e duradoura 96,97.

Dificuldade de implantação

DSC 7: Dificuldade de compreensão (EI1S, EI2S)

“Ainda é difícil esse entendimento entre os professores, penso que o tema interdisciplinaridade, às vezes, não é muito falado, mas muitas vezes, a gente até faz atividades sem pensar que estamos Interdisciplinando os conteúdos; vejo que muitos não associam as atividades e a possibilidade de interdisciplinar diferentes conteúdos”.

O DSC acima revela que ainda existem professores com dificuldade de

entendimento sobre o tema da interdisciplinaridade.Os docentes de Ensino

Fundamental e Médio, muitas vezes, encontram dificuldades no desenvolvimento

de projetos de caráter interdisciplinar em função de terem sido formados dentro

de uma visão positivista e fragmentada do conhecimento. O professor se sente

inseguro de dar conta da nova tarefa; ele não consegue pensar

interdisciplinarmente porque toda a sua aprendizagem realizou-se dentro de um

currículo compartimentado, as dificuldades encontradas pelos professores na

construção de um trabalho interdisciplinar são apontadas por alguns estudiosos

na literatura 99,100,101,102:

Formação muito específica e fragmentada do educador;

Falta de investimento na formação de professores, em especial da área de

Ciências da Natureza;

Organização do currículo;

Ausência de espaço e de tempo nas instituições para refletir, avaliar e

implantar inovações.

Para os sujeitos, o tema interdisciplinaridade não é muito discutido ou

muitas vezes os professores não têm consciência das suas ações frente à

interdisciplinaridade. As problemáticas mais complexas provindas de um olhar

mais amplo, as barreiras para a implantação de ações interdisciplinares na

escola existem e ainda estão longe de desaparecerem 101,102.

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56

DSC 8: Dificuldade de aplicação (EI1S, EF5S, C7S)

“O tempo das aulas não permite que as atividades sejam concluídas, o calendário escolar muitas vezes interfere nas atividades mais lúdicas. Vejo que é tranquilo trabalhar com interdisciplinaridade, mas ainda fico muitas vezes presa em falar só de uma matéria em específico. Muitas vezes, analisando os planos de aula dos professores, percebo que eles têm bastante criatividade, mas infelizmente acabamos ficando apegados aos métodos tradicionais”.

Observa-se no DSC acima, que o tempo e o calendário escolar ainda são

barreiras para execução das atividades; mesmo assim o discurso revela

tranquilidade e criatividade no trabalhar.

Na verdade existe uma dificuldade entre os sujeitos em compreender a

interdisciplinaridade como um mecanismo em que não há barreiras entre os

saberes. Quando o saber é compartimentalizado em disciplinas, pode levar a

conhecimentos bastante específicos, focalizados em uma só área. Porém, entre

as temáticas da sala de aula e a realidade vivida pelos estudantes há uma

distância que acaba por gerar a alienação e a irresponsabilidade dos aprendizes,

pois eles não se sentem parte dos fenômenos e, portanto capazes de mudá-los

94.

Convém não esquecer que, para que haja interdisciplinaridade, é preciso

que haja disciplinas. As propostas interdisciplinares surgem e desenvolvem-se

apoiadas nas disciplinas; a própria riqueza da interdisciplinaridade depende do

grau de desenvolvimento atingido pelas disciplinas e estas, por sua vez, serão

afetadas positivamente pelos seus contatos e colaborações interdisciplinares101.

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57

Figura 14 - Nuvem de palavras criada a partir das ideias centrais referentes às respostas à questão 1: Qual seu entendimento sobre interdisciplinaridade?

Ao analisarmos as ideias centrais surgiram as seguintes categorias

temáticas: Forma de quebrar barreiras falta de entendimento, pouco tempo, sabe

a importância, o tema não é muito falado, dificuldade de integrar conteúdo, sabe

integrar conteúdo, sente-se motivado, aproxima os conteúdos, elaboração do

plano de aula, facilita o desenvolvimento das atividades, contribui para o

aprendizado apêndice 5.

Quadro 2 - Distribuição das expressões chaves pelas categorias temáticas e subcategorias a respeito da aplicação do conceito/entendimento sobre interdisciplinaridade para a EI e EF-I.

Categorias temáticas Subcategorias N° Expressões chaves

Possibilidade de aplicação Aplicação nas fases da vida 10

Total 10

Facilidades de implantação Possibilidade de articulação

dos conteúdos

Integração com as atividades

lúdicas

Transmissão de conhecimento

12

5

1

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Conscientização dos hábitos

alimentares

8

Total 26

Dificuldades de implantação O tempo interfere nas

atividades

No início teve dificuldades

2

1

Total 3

Fonte: Autora

Possibilidade de aplicação

DSC 9: Aplicação nas fases da vida (EI1S, EI2S, EI3S, EF4S, EF6S, C7S,

O8S, EI10L, EF12L, EF22SR).

“Dou aulas para os pequenininhos, minha série é o jardim I.”. Acho que é mais fácil trabalhar com

os menores. Na educação infantil, é tranquilo. Concordo com a minha colega, é tranquilo

trabalhar na educação infantil com interdisciplinaridade. Acho que não tem diferença educação

infantil, ensino fundamental, e penso que em todas as idades e até mesmo em todas as fases da

vida, podemos interdisciplinar os conteúdos. Durante todo período escolar de uma criança,

independente de sua idade. Não há diferença de idade, este conceito traz melhor aprendizado

para todas as séries, e também modifica a forma dos professores aplicarem as atividades

independentes da idade. Acredito que interdisciplinaridade se aplica em todo contexto escolar,

seja na sala de aula, ou muitas vezes nos trabalhos paralelos que desenvolvemos. Esse conceito

se aplica aos menores, pela razão deles serem muito visuais nessa idade, se aplica no ensino

fundamental, pois vivencio isso com meus alunos, o conceito trazido pelo projeto se aplica ao

quarto ano, para eles é muito importante.

De acordo com o DSC a interdisciplinaridade é uma prática que pode

ocorrer em todas as fases da vida. Há realce de que a interdisciplinaridade se

propõe a unificação e à integração das disciplinas em todo o contexto escolar e

nas diferentes situações da vida. Explica, ainda, que os projetos

interdisciplinares também podem ter temas bem delimitados e articulados para

cada idade, porem isso não se torna barreira para aplicação e construção do

aprendizado.

As práticas interdisciplinares vêm contribuindo para facilitar e transferir

conhecimento e também para favorecer o aprendizado dos diferentes sujeitos. O

Currículo estaria, nessa vertente, buscando outro olhar para promover

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conhecimento formal e no mundo real onde cada pessoa vive, o currículo

poderia formar cidadãos transformadores de sua própria realidade social. A

escola torna-se um local facilitador por diversos mecanismos75, como os projetos

de saúde, que são grandes aliados na formação acadêmica e na construção de

um estilo de vida mais saudável.

DSC 10: Possibilidade de articulação dos conteúdos (EI1S, EI2S, EF4S,

EF5S, EF6S, C15L, EI17SR, EI19SR, EF22SR).

Não ficamos tão preocupadas em conteúdo específico, temos tantos conteúdos para abordar e as atividades ajudam para que isso aconteça. Tudo que é proposto pela coordenação e orientação, elas desenvolvem muito bem com os alunos, trazem outras ideias para nós, e isso é bem interessante. O projeto Amiguinhos da Saúde, só vem complementar todo um trabalho. Consigo trabalhar com ele junto com as outras matérias e atividades tranquilamente, com o projeto as atividades criadas a partir dele, as matérias que eles aprendem em aula, como a matemática, acaba sendo mais fácil, a alimentação é enfatizadas tanto quanto as matérias. Usei a pirâmide alimentar e consegui abranger a disciplina de matemática explicando as fórmulas geométricas, em ciência explicando sobre os grupos alimentares e sua importância para o corpo; os alunos do 5º ano estudaram geografia utilizando sementes, construíram meios de transporte na cartolina, aproveitei para falar de ciências e a importância das sementes. Este conceito de saúde traz enriquecimento para as disciplinas, o conceito de saúde se aplica com quase todos os procedimentos de sala de aula, e podemos aplicá-la em várias áreas. “A questão não está na idade, e sim como o tema é abordado. Com o projeto “Amiguinhos da Saúde”, eles acabam fixando mais o conteúdo. Para o 5º ano, o projeto deve ser aplicado de outra maneira, aplicando de outra forma os conteúdos, se torna mais realista dentro do mundo deles. Muitas vezes, os professores estão falando de um assunto que aparentemente não tem nenhuma ligação com saúde, eles conseguem sempre encontrar uma maneira de fazer ponte entre os assuntos”.

No discurso acima fica claro que os sujeitos aprendem do seu modo, do

seu jeito, dentro do ritmo e tempo, que as intervenções internas ou externas são

motivações, estímulos que produzem no sujeito uma forma muito especial de

ensinar e aprender. Como já visto nos relatos anteriores, a motivação, ao lado do

ato de ensinar, vem interligada ao conhecimento e à criatividade.

“Educação é uma construção contínua, comparável à edificação de um grande prédio que, na medida em que se acrescenta algo, ficará mais sólido, ou à montagem de um mecanismo delicado, cujas fases gradativas de ajustamento conduziriam a uma flexibilidade e uma mobilidade das peças tanto maiores quanto mais estáveis se tornasse o equilíbrio. Através da interdisciplinaridade, caminhamos pelo interpessoal, pelo currículo da escola, entre as várias disciplinas, entre as várias ciências, na busca de um saber melhor sedimentado, de um conhecimento adquirido sob vários saberes, várias metodologias

105.”

Através dela, mergulhamos na ideia do entrosamento, da integração, visto

que ela existe com esse fim, com esse objetivo. Pela via da interdisciplinaridade,

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percebemos que o ato de ensinar pode ficar cada vez mais acurado, na medida

em que o sujeito descobre a importância da troca, a importância do grupo, a

riqueza existente na diversidade.

É interesse de a educação obter uma integração de campos de

conhecimento e experiência que facilitem uma compreensão mais reflexiva e

crítica da realidade, ressaltando não só dimensões centradas em conteúdos

culturais, mas também o domínio dos processos necessários para conseguir

alcançar conhecimentos concretos e ao mesmo tempo, a compreensão de como

se elabora, produzem e transformam o conhecimento, bem como as dimensões

éticas inerentes a essa tarefa. Tudo isso reflete num objetivo educacional tão

definitivo como é o „ato de ensinar e aprender 101,102.

DSC 11: Integração com as atividades lúdicas (EI1S, EI2S, EI3S, O8S,

EI10L).

“Falamos de cores, formas, quantidades, texturas, brincamos e cantamos, e todas essas atividades são formas de interdisciplinar. A criança vive num mundo mais fantasioso, então podemos explorar várias atividades, e tudo se torna uma diversão. Trabalhei bastante com as crianças música, na aula de inglês, cantei canções que falavam das frutas, e depois a gente fez um piquenique de frutas. Os professores dos menores conseguem desenvolver atividades lúdicas, mas que têm um grande fundo de aprendizado, não adianta explicar o conteúdo de uma forma complexa porque eles não vão entender, o melhor é utilizar formas mais lúdicas e simples”.

O DSC revela a importância das brincadeiras no processo de

aprendizagem, os sujeitos buscaram formas de ensinar visando tornar o ensino

mais atrativo. É através das brincadeiras que as crianças ampliam os

conhecimentos sobre si, sobre o mundo e sobre tudo que está ao seu redor. Elas

manipulam e exploram os objetos, comunicam-se com outras crianças e adultos,

desenvolvem suas múltiplas linguagens, organizam seus pensamentos,

descobrem regras, tomam decisões, compreendem limites e desenvolvem a

socialização e a integração com o grupo 107.

Brincar para criança pequena é fonte de autodescoberta, prazer e

crescimento. Os jogos estão diretamente ligados ao desenvolvimento mental da

infância; tanto a aprendizagem quanto as atividade lúdicas constituem uma

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assimilação do real. A brincadeira simboliza a relação entre o pensamento e a

ação da criança, e, sendo assim, constitui-se provavelmente na matriz das

formas de expressão e da linguagem (gestual, falada e escrita) 106, 108,109.

Por meio de atividades lúdicas, o educando explora muito mais sua

criatividade. É uma linguagem que viabiliza a comunicação da criança consigo

mesma, com os outros e com o mundo. O indivíduo criativo é elemento

importante para o funcionamento efetivo da sociedade, pois é ele quem faz

descobertas, inventa e promove mudanças 107.

DSC 12: Transmissão de conhecimento (C7S, EI9L).

“O fundamental para mim no „‟Amiguinhos da Saúde‟‟, é a vivência dos educadores, porque é através dela que transmitimos o conhecimento para os alunos”. As professoras da educação infantil montaram um mural com um tema especifico de uma disciplina, percebo que apesar de ser um mural mais infantil, as crianças e adolescentes passam e o observam, e acabam comentando muitas vezes nos corredores entre si.

O DSC expressa a importância do projeto “Amiguinhos da Saúde‟‟ na

transferência do conhecimento ao aluno. Freire em Pedagogia da Autonomia,

valorizou o papel do professor ao afirmar que gestos aparentemente

insignificantes dos professores podem valer como força formadora do educando

86”. E, para isto, a vivência dos professores assume papel importante.

DSC 13: Conscientização dos hábitos alimentares (EI11L, EF13L, EF14L,

EI18SR, EF21SR, EF22SR, C23SR, O24SR).

“Um aluno não comia frutas nem legumes por nada, e depois a mãe dele contou que ele começou a comer; senti ali, o impacto do projeto. Eles acabam até se interessando mais por esse tipo de alimento, ajuda bastante na hora deles escolherem uma fruta ao invés de um salgadinho. Com o projeto eles começaram a trazer frutas, apresentou maior cuidado com a natureza. O projeto é importante porque ajuda a mudar a alimentação e a aprender a comer alimentos saudáveis como as frutas e os vegetais. Fazendo atividades, como por exemplo, este prato de frutas, cada um pode saber qual nutriente que tem em cada fruta, cada legume e assim incentivar, de uma maneira divertida, a comerem esses alimentos. O ensinamento de bons hábitos na alimentação é muito importante, já que eles ainda têm o costume de comer muitos produtos industrializados. Mas o gratificante é quando o pai fala que o aluno pediu para

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comer certo alimento que a professora fez em sala de aula ou falou sobre. Os alunos além de aprender, chegam a casa e ainda ensinam os pais. O bom é que o projeto não dura um mês, dura um ano inteiro, então nós não fazemos correndo. Quando nós conversamos com os pais eles acham interessante a preocupação do seu filho e eles acabam percebendo a importância da boa alimentação, com as informações que o projeto traz acabamos repensando em nossos valores alimentares, então todo mundo acaba sendo beneficiado com o projeto”.

O DSC acima pontua que a Educação Nutricional é um instrumento de

transformação, não só a educação formal, mas toda ação educativa propicia a

reformulação de hábitos e a aceitação de novos valores.

Nessa perspectiva, a escola é um espaço privilegiado para a construção e

a consolidação de práticas alimentares saudáveis em crianças, pois é um

ambiente no qual as atividades voltadas à EAN podem gerar grande

repercussão.

A infância representa importante etapa na formação de hábitos e práticas

comportamentais em geral, e especificamente alimentares. Inserida no contexto

familiar, a criança começa a formar e internalizar os padrões de comportamento

alimentar, em termos de escolha e quantidade de alimentos, horário e ambiente

das refeições. Trata-se de um processo que se inicia nesta fase e se estende por

todas as demais fases do ciclo de vida 13.

Dificuldade de implantação

DSC 14: O tempo interfere nas atividades (C15L, O16L).

“O que nos frustra realmente, é questão do tempo, de querer avançar mais, de querer fazer mais e o tempo não permitir. Não existe nenhuma dificuldade para as professoras além do tempo. Porque essas atividades mais lúdicas requerem uma organização da sala, um tempo para serem realizadas”. Embora o DSC não relate complexidade, apresenta o tempo como um obstáculo no processo de elaboração e execução das atividades mais lúdicas. Neste contexto percebe-se que a forma dos sujeitos organizarem o cotidiano das aulas é fundamental para aplicação das diferentes propostas de ensino. Aqui o planejamento entra em cena. É uma ferramenta fundamental para o educador, para conhecer e compreender o que se faz, é importante no processo de ensino, envolve a integração do professor-aluno e possibilita as articulações com os problemas diários. Planejar viabiliza o tempo, contribuí nos processos de aprendizagem e evita a monotonia das aulas, 101.

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DSC 15: No início teve dificuldades (C23SR)

“No inicio foi mais difícil por o projeto em prática, implantar na sala de aula, ter a participação dos alunos e promover a conscientização dos professores. A nossa primeira horta foi um tanto quanto conturbada, na hora de regar e de colher”.

As dificuldades apontadas pelos sujeitos apresentam um anseio inicial ao

trabalhar com as novas metodologias. As mudanças nas metodologias de ensino

devem ter a participação dos professores, e nunca serem impostas.

Planejar, desenvolver e fazer novos projetos necessitam de flexibilidade

entre os sujeitos. A compreensão e a articulação vão ser decisivas nos

processos de implantação. O planejamento torna-se importante na construção

das novas práticas de ensino 101.

Na capacitação dos professores, a horta na escola foi entendida como

uma forma de inovar técnicas de ensino, buscando qualidade e não quantidade

de conteúdo. A horta possibilita uma relação do interno para o externo, além de

valorizar as questões relacionadas à alimentação. Os sujeitos encontraram

dificuldades iniciais, mas, o importante é a tentativa e o enfrentamento na busca

do novo saber 65.

Figura 15 - Nuvem de palavras criada a partir das ideias centrais referentes às respostas à questão 2: Acredita que este conceito/entendimento sobre interdisciplinaridade se aplica à educação infantil e ensino fundamental I?

Ao analisarmos as ideias centrais surgiram as seguintes categorias

temáticas: conceito se aplica a EI e EF-I, trabalha com atividades lúdicas, o

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conteúdo permite o desenvolvimento, compreende a importância de agregar, não

tem diferença de idade, mudança de hábitos, apêndice 5.

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Quadro 3 - Distribuição das expressões chaves pelas categorias temáticas e subcategorias a respeito da percepção quanto ao projeto pedagógico de EN sugerido pela rede de ensino, como estratégia para o exercício da interdisciplinaridade

Categorias temáticas Subcategorias Nº Expressões chaves

Devolutiva positiva Conexão entre educação e

saúde

Modificação dos hábitos

alimentares

Expressão da alegria

3

2

16

Total 23

Devolutiva negativa Dificuldade de trabalhar com o

tempo

2

Total 2

Devolutiva positiva

DSC 16: Conexão entre educação e saúde (EI1S, EF4S, EF5S).

“Penso que o projeto, é muito interessante e a proposta de trabalhar

saúde e educação é importante. O projeto vai consolidar conforme os anos

passam, espero que não percamos a empolgação de trabalhar com educação e

saúde. Falar de saúde e educação, é muito rico, mas o mais importante é o

retorno dos pais e dos alunos, isso não tem preço”.

Segundo os sujeitos, a educação e a saúde são espaços de produção e

aplicação de saberes. Nesta ótica, a escola é espaço essencial para o

desenvolvimento do conhecimento partilhado e integrado entra os conteúdos. O

DSC fala da importância do projeto na valorização da educação e saúde e

ressalta o entusiasmo em integrar esses saberes.

A conexão promovida mostra integração dos conhecimentos, passa de

uma concepção fragmentada para uma concepção unitária de conhecimento,

além de superar a dicotomia entre o ensino e pesquisa101.

A educação e a saúde são dois pilares de sobrevivência humana que

estão em eterna construção e desconstrução. É possível promover saúde

escolar através da articulação entre os setores da educação e saúde; através da

interdisciplinaridade; envolvimento dos grupos de alunos; famílias; educadores,

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num contínuo processo crítico avaliativo dos saberes e práticas de saúde

escolar.

O DSC mostra que é possível trabalhar propostas de educação e saúde.

Percebe-se que esses saberes vão sendo consolidados na medida em que vão

sendo trabalhados e que o tempo neste caso é importante para concretizar tal

método.

DSC 17: Modificação dos hábitos alimentares (EI2S, EI3S, EI18SR, EF20SR).

“Os pais nos perguntavam sobre as aulas e muitos nos elogiaram e perceberam as mudanças nos hábitos alimentares dos seus filhos. Comecei a perceber que o número de alunos que traziam frutas aumentou significativamente depois da inserção no projeto. Com o projeto “Amiguinhos da Saúde”, eles começaram a trazer frutas e ficam bem empolgados, ao nos mostrar qual eles trouxeram no dia. O projeto é importante para eles e principalmente porque ensina bons hábitos alimentares, e é divertido, então eles acabam aprendendo e gravando os ensinamentos sem perceber”.

O DSC acima mostra que o projeto “Amiguinhos da Saúde” trouxe

mudanças para a vida das crianças, refletindo nos hábitos alimentares

saudáveis. Podemos perceber que a EAN realizada a partir dos conceitos

descritos nos vários discursos e da base científica usada como suporte técnico,

possibilitou a mudança dos hábitos alimentares de forma positiva e gradual.

Cabe ressaltar que a EAN deve ser realizada em longo prazo e, de

preferência, desde a infância para que os hábitos alimentares não resultem em

aumento da prevalência de doenças crônicas não transmissíveis 13.

A EAN dá ênfase ao processo de modificar e melhorar o hábito alimentar

em médio e longo prazos; preocupa-se com as representações sobre o comer e

a comida, com os conhecimentos, as atitudes e valores da alimentação para a

saúde, buscando sempre a autonomia do indivíduo.

Assim, almeja-se com a realização projeto “Amiguinhos da Saúde” a

promoção de bons hábitos alimentares para melhorar e preservar as condições

de saúde e diminuir os níveis de insegurança alimentar, além de contribuir no

processo de ensino e aprendizagem.

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DSC 18: Expressão da alegria ((EI2S, C7S, O8S, EI9L, EI10L, EF12L, EF13L,

EF14L, C15L, O16L, EI17SR, EI19SR, EF21SR, EF22SR, C23SR, O24SR).

“Fazemos capacitação todo início de ano, mas esse ano as oficinas apresentaram este projeto que tornou mais lúdico o projeto pedagógico”. Gostei muito! O projeto deixou a escola colorida, aumentou o interesse dos pais e até mesmo para diferenciar a proposta do projeto pedagógico. O projeto torna a vida escolar do aluno mais alegre, e deixa os professores mais antenados. A minha percepção a respeito do projeto é positiva e é um projeto que tende cada vez mais a crescer. Para mim, é uma excelente estratégia de ensino. O projeto não se aplica somente à interdisciplinaridade, mas também como uma estratégia para vida para o aluno. Com certeza, o projeto proporciona uma aula multidisciplinar. Para mim, é o melhor jeito de se ensinar! E essa questão vem fluindo tão bem, que a gente percebe que muitas vezes não é necessário preparar uma atividade grande e lúdica, porque tanto as professoras como os alunos estão se acostumando a lidar com essa questão no seu dia-a-dia, mostram-se satisfeitos com o que está acontecendo. No dia da horta, foi uma alegria ver as crianças radiantes ao comerem aquele alimento que nunca tinham visto e dá para trabalhar com o conteúdo, ser interdisciplinar e contextualizado. Na medida em que você vai trabalhando com eles, mostrando a importância, desse desenvolvimento mesmo em relação à saúde e envolve não só a alimentação, mas uma vida saudável, tudo isso é uma boa estratégia de ensino. Eu já fiz com a minha sala um pão integral em que todos participaram da confecção; nem todos gostavam do pão integral, mas no final todos comeram e gostaram, para mim é muito satisfatório. Eu trabalho o projeto junto com o cronograma e ele não me atrapalha em nada. O projeto é uma boa forma de ensinar e eles gostam muito, teve um impacto muito positivo sobre as crianças e os pais comentam muito isso conosco, fez realmente a diferença. Eu acho que o projeto está bem inserido na educação dos alunos; honestamente eu não consigo mais ver a escola sem a orientação da parte da saúde. “A gente consegue expandir o ensino, a gente consegue crescer em todos os aspectos”.

No DSC acima podemos observar a dimensão e o impacto do projeto no

ensino. Os vários relatos mostram a grandiosidade que podemos alcançar

quando trabalhamos EAN como força motriz no desenvolvimento da

interdisciplinaridade. Notou-se ainda, que com a consolidação e execução das

atividades, o amadurecimento dos sujeitos e o entendimento dos mesmos na

troca do saberes contribuíram na construção do aprendizado.

Constatamos que um trabalho interdisciplinar, garante a associação

temática entre diferentes conteúdos e possibilita a unidade independentemente

dos temas/assuntos tratados em cada disciplina isoladamente. O trabalho dos

sujeitos revelou mudanças positivas no cenário escolar 79,77.

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Portanto, a EN como elemento de interdisciplinaridade vem a

complementar as disciplinas, criando conceitos, conhecimentos e visão da

totalidade, em que os alunos percebem melhor o mundo onde estão inseridos.

Devolutiva negativa

DSC 19: Dificuldade de trabalhar com o tempo (EF6S, EI11L).

“O projeto é muito interessante, mas vejo que o tempo é muito curto para desenvolver atividades lúdicas. O projeto é tranquilo, mas é como já foi colocado, a questão do tempo, porque nós temos vontade, temos ideias, mas o calendário muitas vezes não nos permite”.

Mais uma vez os sujeitos relatam que o tempo é um fator importante na

execução das atividades. Como já apontado acima, a questão não está centrada

no tempo, mas como o sujeito organiza seu tempo.

E, novamente, o planejamento volta à tona. Podemos afirmar que o

planejamento é também uma ação de organização, fundamental a toda ação e

mudança educacional. O planejamento deve ser compreendido como um

instrumento capaz de intervir em uma situação real para transformá-la101.

Figura 16- Nuvem de palavras criada a partir das ideias centrais referentes às respostas à questão 3: Qual sua percepção quanto ao projeto pedagógico de EN sugerido pela rede de ensino, como estratégia para exercício da interdisciplinaridade?

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Ao analisarmos as ideias centrais surgiram as seguintes categorias

temáticas: estratégia proporciona mudanças, tempo dificulta o desenvolvimento

das atividades, melhorou o projeto pedagógico, educação e saúde.

PESQUISA DOCUMENTAL – Diário de classe dos professores - Cotidiano

das aulas.

Os quadros e os gráficos abaixo destacam a pesquisa documental

referente aos portfólios dos professores da EI e EF-I, que participaram das

sessões de GF. Ao todo foram analisados 24 diários. Os quadros e as figuras

demonstram quais as disciplinas que mais foram contextualizadas e interligadas

à EAN.

Quadro 4 - Pesquisa documental: Diário de classe dos professores da Educação Infantil Maternal- idade até 3 anos

Temas explorados Objetivo Disciplinas Métodos

Aulas de apresentação

dos alimentos

Conhecer as

características dos

alimentos naturais como:

cor, textura, sabor e

formato. Estimular a

alimentação saudável

Linguagem Oral e

Escrita

Conhecimento lógico

Matemático

Apresentação das

frutas, verduras e

hortaliças na sala de

aula.

Higiene Bucal Estimular e incentivando

para o uso da escova e

importâncias dos alimentos

saudáveis. Estimular a

alimentação saudável

Identidade e autonomia

Movimento

Natureza e sociedade

Demonstração da

escova de dente e da

escovação,

apresentação dos

alimentos saudáveis

para os dentes.

Aulas de coordenação

motora

Incentivar a independência

na hora de comer, praticar

a coordenação motora.

Estimular a alimentação

saudável

Movimento

Identidade e autonomia

Demonstração dos

utensílios usados na

hora da refeição;

colher, garfo, faca,

prato etc.

Apresentações de

alimentos saudáveis.

Aulas do corpo

humano

Conhecer o corpo humano

através da música em

inglês e português

Musicalização

Movimento

Inglês

Educação física

Cantar música de

temas sobre o corpo

humano

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70

Aulas de identificação

das figuras

Conhecer os alimentos

através de figuras

coloridas.

Estimular a alimentação

saudável

Artes visuais

Linguagem oral escrita

Natureza e sociedade

Mostrar figuras

coloridas de fruta

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71

Plantando e colhendo

na escola

Manter a crianças em

contato com a natureza,

conhecer os diferentes

tipos de plantas e

experimentá-las. Estimular

a alimentação saudável

Princípios e valores

Natureza e sociedade

Linguagem oral e

escrita

Confecção de

canteiros e caqueiros

com diferentes tipos

de plantas.

Atividades mais usadas: cantar, perguntar, responder, escutar, esconder,

mostrar, brincar e plantar.

Figura 17 - - Imagem: Aula de apresentação dos alimentos

Fonte: autora

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72

Quadro 5 - Pesquisa documental: Diário de classe dos professores da Educação Infantil- Jardim I: 3 a 4 anos

Temas explorados Objetivo Disciplina Métodos

Conhecendo os

alimentos

Nomear e identificar

frutas iguais e

diferentes, cantar o

nome das frutas em

inglês.

Linguagem Oral e

Escrita

Conhecimentos lógicos

Matemática

Inglês

Música

Movimento

Apresentação das

frutas para as crianças

identificar o que é igual

ou diferente

Cantar música em

inglês com os nomes

das frutas

Classificação e

nomeação de

alimentos pelas cores

primárias (azul,

amarelo e vermelho),

formas (círculo,

triângulo e quadrado),

tamanho (grande e

pequeno) e quantidade

(1 a 9).

Iniciação dos conceitos

matemáticos e

incentivo a

alimentação saudável,

Linguagem Oral e

Escrita

Conhecimento lógico

matemático

Natureza e Sociedade

Bancadas com

alimentos diferentes

por cor, formato e

quantidades.

Conceitos de longe,

perto, dentro, fora, em

cima, em baixo, atrás,

na frente, ao lado,

dentro, fora, cheio,

vazio, etc.

Iniciação dos conceitos

matemáticos e

incentivo à

alimentação saudável

e outra língua

Conhecimento lógico

matemático

Inglês

Aula demonstrada com

caixas de papelão

utilizando todos os

grupos alimentares.

Falar em inglês

palavras como cima,

em baixo, na frente, ao

lado, dentro, fora

cheio, etc.

Aula do corpo humano Identificar, reconhecer,

localizar e nomear

partes do próprio

corpo.

Identidade e

autonomia

Musicalização

Educação física

Aula de música,

Estimulação dos 5

sentidos.

Estimular os sentidos, Artes visuais

Princípios e valores

Amigo secreto das

frutas, confecção da

embalagem de

presente

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73

Plantando e colhendo

na escola

Manter a crianças em

contato com a

natureza, conhecer os

diferentes tipos de

plantas e experimentá-

las.

Natureza e sociedade

Princípios e valores

Linguagem oral escrita

Confecção de

canteiros e caqueiros

com diferentes tipos de

plantas.

Atividades mais usadas: cantar, perguntar, responder, escutar, esconder,

mostrar, brincar, recortar, colorir e plantar.

Figura 18 - Imagem: Diário de classe de professor da EI- Jardim I

Fonte: autora

Quadro 6 - Pesquisa documental: Diário de classe dos professores da Educação Infantil- Jardim II- idade 4 a 5 anos

Temas explorados Objetivo Disciplina Métodos

Identificar a

importância da água

para os seres vivos

mostrando a

diferenciação entre

seres vivos e não

vivos.

Explicar a importância

da água para os seres

vivos

Princípios e valores

Artes visuais

Natureza e sociedade

Confecção e

decoração da garrafa

pet, para beber água.

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74

Alfabeto de frutas Iniciação da

alfabetização,

conhecer diferentes

tipos de frutas.

Linguagem oral e

escrita

Artes visuais

Atividades de colorir e

recortar

Identificar os meios de

transportes que

circulam em nosso

país, relacionando-os

com o trânsito.

Utilizar alimentos para

explicar os meios de

transporte, explicando

sua origem.

Natureza e sociedade

Princípios e valores

Artes visuais

Confecção de meio de

transporte como

carros, navio, estradas

etc. utilizando

alimentos de todos os

grupos alimentares.

Conceitos de longe,

perto, dentro, fora, em

cima, em baixo, atrás,

na frente, ao lado,

dentro, fora, cheio,

vazio, etc.

Estimular as crianças

com brincadeiras fora

da sala de aula,

relacionar a

alimentação e a saúde

do corpo. Iniciação dos

conceitos matemáticos

Educação física

Movimento

Identidade e

autonomia

Matemática

Levar as crianças para

a quadra da escola,

orientação espacial

longe, perto, dentro,

fora, em cima e baixo.

Material: corda,

bambolê, fita de tecido.

Música com temas

relacionados à saúde:

em português e inglês

Desenvolver outra

língua, promover a

socialização, incentivar

alimentação saudável.

Musicalização

Artes visuais

Movimento

Linguagem oral e

escrita

Inglês

Coral infantil

Plantando e colhendo

na escola

Manter a crianças em

contato com a

natureza, conhecer os

diferentes tipos de

plantas e experimenta-

las.

Natureza e sociedade

Princípios e valores

Linguagem oral escrita

Confecção de

canteiros com

diferentes tipos de

plantas.

Atividades mais usadas: cantar, perguntar, responder, escutar, esconder,

mostrar, brincar e plantar.

Os professores trabalharam a EAN em várias atividades, envolvendo

várias disciplinas, na busca para que o aprendizado acontecesse em diferentes

situações. De acordo com os portfólios dos professores foram criadas várias

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75

possibilidades de conhecer, construir e oferecer novas formas de aprendizagem,

conforme apresentado no gráfico 2.

Fonte-: autora, a partir dos resultados da análise dos portfólios.

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76

Quadro 7 - Pesquisa documental: Diário de classe dos professores do Ensino Fundamental I- 1º ano- idade 6 a 7 anos

Temas explorados Objetivo Disciplina Métodos

Alfabeto de frutas,

letras iniciais, letra

maiúsculas e

minúsculas.

Introdução à língua

portuguesa, incentivar

o consumo de frutas.

Língua portuguesa

Ciências

Desenho para colorir

as letras, escrever e ler

o nome da fruta.

Caça palavras em

português e inglês

Incentivar a escrita, e a

leitura em português e

inglês.

Língua portuguesa

Inglês

Usar palavras de

grupos alimentares

Uso e funções dos

números, contagem e

ordem, peso e

medidas.

Ensinar conceitos

matemáticos e

vivenciar outros

ambientes

Matemática

Ciências

Educação física

Caminhada até a feira

ou supermercado mais

próximo

Montando pratinho

saudável

Exercitar as

habilidades manuais e

conhecer alimentos

saudáveis, através de

recortes de jornais de

supermercado.

Artes

Matemática

Ciências

Língua portuguesa

Recortar, colar, figura

de alimentos

saudáveis no prato de

plástico.

Aula do corpo humano Conhecer o corpo

humano através da

músicas

Artes

Música

Ciências

Ensino religioso

Coral infantil

Plantando e colhendo

na escola

Manter a crianças em

contato com a

natureza, conhecer os

diferentes tipos de

plantas e experimenta-

las.

Geografia

Historia

Ciências

Ensino religioso

Confecção de

canteiros com

diferentes tipos de

plantas.

Atividades mais usadas: cantar, perguntar, responder, escutar, esconder,

mostrar, brincar, escrever, ler, calcular e plantar.

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77

Figura 19- - Imagem: Diário de classe do professor EF-I com o tema " Plantando e colhendo na escola"

Fontes: autora

Quadro 8- Pesquisa documental: Diário de classe dos professores do Ensino fundamental I- 2º ano- idade 8 anos

Temas explorados Objetivo Disciplina Métodos

Teatro das frutas Aprender conteúdo da

língua portuguesa

através de textos

relacionados à

alimentação saudável

Língua portuguesa

Ciências

História

Artes

Explicar um tema

central relacionado a

alimentação saudável,

produção de texto com

o tema

Conhecendo o Brasil Ensinar sobre a cultura

do Brasil ressaltando os

alimentos típicos

Historia

Geografia

Educação física

Caminhada na

natureza, feira cultural.

Somas matemáticas e

formas geométricas

Ensinar conceitos

matemáticos utilizando

frutas para exemplificar,

estimular o consumo de

frutas.

Matemática

Ciências

Artes

Confecção da pirâmide

alimentar, com

matérias de reciclagem

Montando pratinho

saudável

Exercitar as habilidades

manuais e conhecer

alimentos saudáveis,

através de recortes de

jornais de supermercado.

Artes

Matemática

Ciências

Língua portuguesa

Recortar, colar, figura

de alimentos

saudáveis no prato de

plástico.

Aula do corpo humano Conhecer o corpo

humano através da

Artes

Música

Coral infantil

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78

música, aprender a

cantar em inglês.

Ciências

Língua inglesa

Plantando e colhendo

na escola

Manter a crianças em

contato com a natureza,

conhecer os diferentes

tipos de plantas e

experimenta-las.

Geografia

Historia

Ciências

Ensino religioso

Confecção de

canteiros e caqueiros

com diferentes tipos de

plantas.

Atividades mais usadas: cantar, perguntar, responder, escutar, esconder,

mostrar, brincar, escrever, ler calcular, e plantar.

Figura 20 - Imagem: Teatro das frutas EF-I Colégio Adventista de São Bernardo

Fonte: autora

Quadro 9 - Pesquisa documental: Diário de classe dos professores do Ensino fundamental I- 3º ano- idade 9 anos

Temas explorados Objetivo Disciplina Métodos

Ortografia,

conhecimentos

linguísticos, produção

de texto.

Aprender conteúdo da

língua portuguesa

através de textos

relacionados à

alimentação saudável

Língua portuguesa

Ciências

Historia

Explicar um tema

central relacionado a

alimentação saudável,

produção de texto com

o tema

Conhecendo o Brasil Ensinar sobre a cultura

do Brasil ressaltando

os alimentos ticos

Historia

Geografia

Educação física

Caminhada na

natureza, feira cultural.

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Somas matemáticas e

formas geométricas

Usar a pirâmide

alimentar para explicar

conceitos

matemáticos.

Matemática

Ciências

Artes

Confecção da pirâmide

alimentar, com

matérias de reciclagem

Montando pratinho

saudável

Exercitar as

habilidades manuais e

conhecer alimentos

saudáveis, através de

recortes de jornais de

supermercado.

Artes

Matemática

Ciências

Língua portuguesa

Recortar, colar, figura

de alimentos

saudáveis no prato de

plástico.

Aula do corpo humano Conhecer o corpo

humano através da

músicas, aprender a

cantar em inglês.

Artes

Música

Ciências

Língua inglesa

Coral infantil

Atividades mais usadas: cantar, perguntar, responder, escutar, esconder,

mostrar, brincar, escrever, ler, calcular e plantar.

Figura 21 - Imagem: Montando pratinho saudável

Fontes: autora

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80

Figura 22 - Imagem: Montando pratinho saudável

Fontes: autora

Quadro 10 - Pesquisa documental: Diário de classe dos professores do Ensino fundamental I- 4º ano- idade 10 anos

Temas explorados Objetivo Disciplina Métodos

Ortografia,

conhecimentos

linguísticos, produção

de texto.

Aprender conteúdo da

língua portuguesa

através de textos

relacionados à

alimentação saudável

Língua portuguesa

Ciências

Historia

Explicar um tema

central relacionado a

alimentação saudável,

produção de texto com

o tema

Conhecendo o Brasil Ensinar sobre a cultura

do Brasil ressaltando

os alimentos ticos

Historia

Geografia

Educação física

Caminhada na

natureza, feira cultural.

Somas matemáticas e

formas geométricas:

pirâmide

Usar a pirâmide

alimentar para explicar

conceitos

matemáticos.

Matemática

Ciências

Artes

Confecção da pirâmide

alimentar, com

matérias de reciclagem

Uso e funções dos

números, contagem e

ordem, peso e

medidas.

Ensinar conceitos

matemáticos e

vivenciar outros

ambientes

Matemática

Ciências

Educação física

Caminhada ate a feira

ou supermercado mais

próximo

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81

Aula do corpo humano Conhecer o corpo

humano através da

musicas, aprender a

cantar em inglês.

Artes

Musica

Ciências

Língua inglesa

Coral infantil

Plantando e colhendo

na escola

Manter a crianças em

contato com a

natureza, conhecer os

diferentes tipos de

plantas e experimenta-

las.

Geografia

Historia

Ciências

Ensino religioso

Confecção de

canteiros e caqueiros

com diferentes tipos de

plantas.

Atividades mais usadas: cantar, perguntar, responder, escutar, esconder,

mostrar, brincar, escrever, ler, calcular e plantar.

Figura 23 - Imagem: Pirâmide alimentar para explicar conceitos

matemáticos

Fonte: autora

Quadro 11 - Pesquisa documental: Diário de classe dos professores do Ensino fundamental I- 5º ano- idade 11anos

Temas explorados Objetivo Disciplina Métodos

Ortografia,

conhecimentos

linguísticos, produção

de texto.

Ler texto com temas

relacionados a problemas

de saúde provocados

pela má alimentação

Língua portuguesa

Ciências

Historia

Distribuição de revistas

e jornais, com

reportagem relacionada

à má alimentação

Conhecendo o Brasil Ensinar sobre a cultura Historia Caminhada na

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82

do Brasil ressaltando os

alimentos ticos

Geografia

Educação física

natureza, feira cultural.

Somas matemáticas e

formas geométricas

Usar a pirâmide alimentar

para explicar conceitos

matemáticos.

Matemática

Ciências

Artes

Confecção da pirâmide

alimentar, com matérias

de reciclagem

Aula de dramatização

como o tema central

relacionado a

alimentação saudável

Usar a dramatização

como forma de

aprendizagem

Artes

Ciências

Língua portuguesa

Historia

Momento de

tempestade de ideias,

divisão de grupos,

criação de peças

teatrais.

Aula do corpo humano Conhecer o corpo

humano através da

músicas, aprender a

cantar em inglês.

Artes

Musica

Ciências

Língua inglesa

Coral infantil

Plantando e colhendo

na escola

Manter a crianças em

contato com a natureza,

conhecer os diferentes

tipos de plantas e

experimenta-las.

Geografia

Historia

Ciências

Ensino religioso

Confecção de canteiros

e caqueiros com

diferentes tipos de

plantas.

Atividades mais usadas: cantar, perguntar, responder, escutar, esconder,

mostrar, brincar, escrever, ler, calcular e plantar.

Figura 24 - Imagem: Aula de dramatização com o tema central relacionado à alimentação saudável

Fonte: autora

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83

Fonte-: autora, a partir dos resultados da análise dos portfólios

Os professores trabalharam a EAN em várias atividades envolvendo

diversas disciplinas, com maior evidência à disciplina de ciências. De acordo

com o projeto pedagógico, nessa fase a criança começa a entender os temas

sobre como o universo funciona37, o que torna a disciplina de ciências mais

propícia para a integração de vários saberes. Os diários de classe acima

mostram que os professores compreendem a aplicação do projeto.

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84

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante dos resultados apresentados, pode-se concluir que as atividades

pedagógicas especiais relacionadas à EAN, executadas pelos professores da

rede Adventista de Educação da Associação Paulistana admitiram a influência

positiva do conceito da interdisciplinaridade, obtida após a capacitação oferecida

em oficinas. As reações dos docentes, orientadores e coordenadores foram

altamente positivas e os produtos gerados (figuras esculturais, análises pelo

DSC e dos diários de classe) apontaram para um aprendizado significativo, que

extrapolou a mera reatividade e os muros da própria escola. Houve

demonstração das reflexões individuais e coletivas e evidente aplicação dos

conceitos apreendidos, tanto no âmbito da EAN como da interdisciplinaridade,

atingindo mudanças de hábitos pessoais e familiares.

Pode-se inferir que a continuidade dessa aplicação deverá gerar impacto

no processo de aprendizagem do aluno, bem como contribuir para um ambiente

escolar mais saudável e favorável ao aprendizado, que não foram objetos do

presente estudo. As atividades significativas que aconteceram no decorrer deste

projeto, favoreceram a criatividade e o desenvolvimento da capacidade crítico-

reflexiva das coordenadoras, orientadoras e professores

Apesar das limitações existentes quanto ao tempo, que não permitiram a

avaliação mais consistente das atividades realizadas nos hábitos alimentares

das crianças e/ou familiares, sugere-se a aplicação constante dessa proposta,

pelos resultados positivos obtidos e pela importância do tema, buscando

conteúdos e metodologias que valorizem a EAN como importante elemento na

promoção da saúde.

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APÊNDICES

Apêndice A: TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Termo de Consentimento Livre Esclarecido

Eu, _____________________________________________, concordo em participar desta pesquisa denominada “EDUCAÇÃO NUTRICIONAL COMO ELEMENTO DE INTERDISCIPLINARIDADE NA MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL I”, cujos objetivos são: Analisar a influência da interdisciplinaridade das atividades pedagógicas especiais relacionadas a EN na matriz curricular do ensino fundamental em três escolas privadas no Estado de São Paulo. Verificar o conhecimento dos professores relacionado a temas e conceitos de alimentação saudável e hábitos alimentares. Capacitar os professores, através de oficinas pedagógicas que abordem o tema interdisciplinaridade e EN. Avaliar a função do professor no processo da educação nutricional.

Estou ciente de que minha privacidade será respeitada, ou seja, seu nome ou qualquer outro dado ou elemento que possa, de qualquer forma, o (a) identificar, será mantido em sigilo.

Também fui informado de que pode haver recusa à participação no estudo, bem como pode ser pode ser retirado o consentimento a qualquer momento, sem precisar haver justificativa, e de que, ao sair da pesquisa, não haverá qualquer prejuízo às minhas atuais atividades profissionais.

O responsável pelo referido projeto é a aluna mestranda Alessandra Teixeira Miranda Araújo (CPF: 223945738-48).

É assegurado o livre acesso a todas as informações e esclarecimentos adicionais sobre o estudo. Enfim, tendo compreendido o objetivo do estudo, concordo com a minha participação na referida pesquisa.

São Paulo, ______, de ________________, de 2015.

Nome legível por extenso do

professor

CPF Assinatura

Alessandra Teixeira Miranda Araújo

Nome legível por extenso mestranda

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Apêndice B: FICHA DE AVALIAÇÃO DAS OFICINAS

Ficha de Avaliação – Planejamento Integrado 2014

Professor (a) de: ( ) Infantil e Fund. I /série:_________ ( ) Fund. II e Médio

Disciplina:___________

Nome e Escola (opcional)

_______________________________________________________

1. Acomodação / Quartos

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

Sugestão

_______________________________________________________________

2. Alimentação

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

Sugestão

_______________________________________________________________

3. Palestras

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

Sugestão

_______________________________________________________________

4. Devocionais

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

Sugestão

_______________________________________________________________

5. Oficina Maternal ao 5º ano

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

Sugestão

_______________________________________________________________

6. Oficinas – 6º ano ao 3º Médio

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

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96

Sugestão

_______________________________________________________________

Sugestões de “Tema” para o próximo Encontro... ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Apêndice C: Folder Programa de capacitação dos professores

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Apêndice D: DIÁRIO DE CAMPO ADAPTADO

Diário de Campo

1.1 Reunião de planejamento do projeto

No primeiro momento da pesquisa ocorreu uma reunião entre a

pesquisadora e a coordenadora geral do Instituto Paulista Adventista de

Educação e Assistência Social (IASP), essa reunião foi realizada no dia 15 de

outubro de 2013 na Associação Paulistana. Nesta reunião foram determinadas

as estratégias e ações a serem aplicadas com o grupo de coordenadoras,

orientadoras e professores da rede. O elemento central consistia em utilizar as

oficinas pedagógicas, da capacitação geral de professores, realizadas

anualmente no mês de janeiro no IASP, localizado na cidade de Hortolândia. O

evento é uma maneira de preparar melhor o educador para o inicio do ano letivo.

Decidiu-se que nesta ocasião, os professores participariam de oficinas com a

pesquisadora nutricionista, coordenadoras e orientadoras dos colégios.

Os conteúdos abordados nas oficinas englobaram todos os grupos

alimentares e tiveram como objetivo demonstrar ideias de atividade lúdicas e

criativas para o cotidiano das aulas, utilizando a educação nutricional (EN) como

elemento interdisciplinar nos conteúdos programáticos da matriz curricular.

Foram contextualizadas ideais e estratégias de ensinos e os mecanismos

de aprendizagem usados em sala de aula.

O ponto de partida era capacitar e motivar as coordenadoras, orientadoras

das escolas, na reunião de planejamento pedagógico do dia 11/11/2013. Contar

com a participação das coordenadoras e orientadoras das escolas é uma boa

maneira de trocar experiências e de viabilizar a ponte entre o projeto de EN e os

professores das escolas. O principal ponto da reunião foi à elaboração da oficina

de EN como forma de trabalho na interdisciplinaridade. (Foto em anexo)

As ações e as estratégias ficaram determinadas da seguinte forma:

Realizar reunião de capacitação e planejamento no dia 11/11/2013, com as

coordenadoras e orientadoras;

Incluir a oficina de interdisciplinaridade e EN na capacitação do mês de

janeiro de 2014;

Utilizar o tema Plantando e Colhendo na Escola na oficina de EN;

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Criar uma cartilha para o tema Plantando e Colhendo na Escola como

elemento interdisciplinaridade (em anexo).

1.2 Reunião de planejamento das oficinas pedagógicas

Evento: Reunião pedagógica com as coordenadoras e orientadoras

pedagógicas do maternal, jardim I e jardim II, 1ano e 2 ano;

Pessoas envolvidas: Coordenadora geral, coordenadoras de escolas,

orientadoras e nutricionista;

Motivo do Evento: Organizar oficinas para o Planejamento integrado de

Janeiro de 2014;

Local: Sede da Associação Paulistana;

Data: 11/11/2013;

Horário: 9h às 16h;

Atividades Realizadas:

A atividade se iniciou com um desjejum para todos, em seguida uma das

coordenadoras fez uma reflexão com o objetivo de motivar todos envolvidos.

Após a recepção e acolhimento, iniciaram-se os apontamentos relacionados ao

projeto pedagógico de interdisciplinaridade e educação nutricional. Junto com a

coordenadora geral, foi explicado e detalhado os objetivos e as ferramentas

pedagógicas a serem utilizadas nas oficinas do planejamento integrado do mês

de janeiro de 2014.

Foi contextualizada a importância de inserir temas relacionados à

educação e à EN como estratégia para o trabalho interdisciplinar dos conteúdos

programáticos, durante todo o ano letivo.

Foram planejadas as oficinas pedagógicas para a capacitação e o projeto

da EN recebeu o nome de “Amiguinhos da Saúde”.

Para finalizar, as coordenadoras e orientadoras foram divididas em grupos

pela coordenadora geral; cada grupo assumiu um segmento de ensino e um

tema, detalhado na QUADRO abaixo.

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Apêndice E- Quadro 9: Divisão de participantes e temas abordados nas

oficinas.

Serie Grupos Tema abordado na oficina

Maternal (ensino infantil)

1 coordenadora pedagógica 2 orientadoras pedagógicas

Desenvolvimento da criança Atividades lúdicas Grupos alimentares Importância da horta na escola.

Jardim I (ensino infantil)

3 coordenadoras pedagógicas 1 orientadora pedagógica

Desenvolvimento da criança Atividades lúdicas Grupos alimentares Importância da horta na escola.

Jardim II (ensino infantil)

3 orientadoras pedagógicas

Desenvolvimento da criança Atividades lúdicas Grupos alimentares Importância da horta na escola.

1º ano (ensino fundamental I)

2 coordenadoras pedagógicas 1 orientadora pedagógica

Desenvolvimento da criança Atividades lúdicas Grupos alimentares Importância da horta na escola.

2º ano (ensino fundamental I)

2 coordenadoras pedagógicas 1 orientadora pedagógica

Desenvolvimento da criança Atividades lúdicas Grupos alimentares Importância da horta na escola.

3º ano (fundamental I)

1 coordenadora pedagógica 3 orientadoras pedagógicas

Desenvolvimento da criança Atividades lúdicas Grupos alimentares Importância da horta na escola.

4º ano (fundamental I)

2 coordenadoras pedagógicas

Desenvolvimento da criança Atividades lúdicas Grupos alimentares Importância da horta na escola.

5º ano (fundamental I)

3 coordenadoras pedagógicas

Desenvolvimento da criança Atividades lúdicas Grupos alimentares Importância da horta na escola.

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Elaboração e confecção das oficinas. (Isoladamente, em cada escola).

Nessa etapa o trabalho foi desenvolvido isoladamente. O contato entre as

coordenadoras e orientadoras era feito através de e-mail até o dia da

capacitação. Elas confeccionaram materiais didáticos e sugestões relacionados

às disciplinas básicas e a interdisciplinaridades com a EN (em anexo foto).

Reunião de feedback com a coordenadora geral, pesquisadora coordenadoras

e orientadoras.

A reunião foi realizada no dia 05 de fevereiro de 2014 e iniciou-se com um

desjejum para todos. Foi feita uma reflexão pela coordenadora geral, como

forma de agradecimento ao trabalho executado nas oficinas. Após a recepção e

acolhimento, iniciaram-se os apontamentos relacionados às oficinas

pedagógicas. A reunião teve a seguinte pauta:

Importâncias das coordenadoras visitarem as salas de aulas para verificar a

execução do projeto EN;

Incentivar a elaboração dos portfólios como forma registro do projeto EN

(fotos dos portfólios em anexo);

Incentivar o Projeto plantando e Colhendo na Escola (Fotos em anexo)

Fazer reuniões pedagógicas com os professores, e usar sempre tema

interdisciplinaridade e EN;

Motivar sempre os professores

Decorar salas de aulas, murais com o tema relacionado a

interdisciplinaridade e EN (foto em anexo).

Na reunião também foi pontuado pontos básicos do dia-dia na escola, como

horário das aulas, correção de cadernos, avaliação, plano de aula entre outros. No

final da reunião foi pontuado a importâncias do projeto e a necessidade de se

trabalhar a interdisciplinaridade e EN entre as disciplinas.

O Grupo Focal – Grupo 1

No dia 3 de junho de 2014 às 11h40minh foi realizado o primeiro grupo

focal adaptado à na região litorânea da cidade de São Paulo, no Colégio

Adventista de Santos.

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104

Participaram três professoras responsáveis pela Educação Infantil e três

do Ensino Fundamental 1, uma coordenadora e uma orientadora pedagógica,

totalizando-se 8 participantes. Adotarei a seguinte nomenclatura para me referir

a elas durante a análise do conteúdo do grupo focal:

a) Coordenadora – Participante C;

b) Orientadora – Participante O;

c) Professoras da Educação Infantil – Participante EI1, EI2 e EI3;

d) Professoras do Ensino Fundamental 1 – Participante EF1, EF2 e EF3.

Segue abaixo a análise de conteúdo das perguntas:

1). Qual seu entendimento sobre interdisciplinaridade?

Quanto a essa questão, as participantes foram unânimes em dizer que a

interdisciplinaridade é um modo de superar a fragmentação do ensino e

aproximar os conteúdos programáticos da matriz curricular.

A participante EF3 comenta: “a interdisciplinaridade é uma forma de

quebrar barreiras entre os conteúdos”.

“(...) Aproxima os conteúdos programáticos e identifica as dificuldades de aprendizagem”. Participante EI2. “A interdisciplinaridade também é uma forma de aperfeiçoar os conteúdos e enriquecê-los no cotidiano das aulas”. Participante EF1.

A participante C complementa: “a interdisciplinaridade trouxe motivação e

criatividade para os professores, pude observar tal fato ao analisar os planos de

aula”.

A visão das participantes EF2, EI1, EI3 e O é que a interdisciplinaridade é

uma forma de aprofundar e interligar o conhecimento entre as disciplinas.

2). Acredita que este conceito/entendimento se aplica ao ensino

fundamental e ensino infantil?

Quando foram questionadas sobre a aplicação da interdisciplinaridade em

seu cotidiano, todas as participantes citaram exemplos de atividades realizadas

durante suas aulas.

A participante EF1 comenta; “usei a pirâmide alimentar e consegui

abranger a disciplina de matemática explicando as formas geométricas e

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ciências explicando sobre os grupos alimentares e sua importância para o corpo

humano”.

“Utilizando frutas, verduras e sementes os alunos esculpiram meios de transporte. Consegui interligar as disciplinas de linguagem oral e escrita, natureza e sociedade, conhecimento lógico matemático e artes visuais”. Participante EI2.

As participantes EI1, EI2 e EI3 relatam que desenvolveram juntamente

com seus alunos um alfabeto utilizando vários tipos de grãos – feijão, grão de

bico, soja, lentilha colado em papel pardo.

A participante O comenta: “este conceito traz enriquecimento para as

disciplinas durante todo o ano letivo”.

Na concepção das participantes EF2, EF3 e C a aplicação da

interdisciplinaridade é fundamental para a evolução de um novo método de

ensino.

3). Qual sua percepção quanto ao projeto pedagógico de EN sugerido,

como estratégia de interdisciplinaridade?

Para a participante C: “o projeto de educação nutricional “Amiguinhos da

Saúde” é muito proveitoso para a escola, pois consegue explorar várias

disciplinas, ressaltando a importância da alimentação saudável”.

A participante EF1 ressalta que o projeto “Amiguinhos da Saúde”

diferenciou o projeto pedagógico. ”

A participante EI3 comenta: “fazemos a capacitação todo início de ano,

mas este ano as oficinas apresentaram este projeto que tornou mais lúdico o

projeto pedagógico”.

“É fácil trabalhar com o projeto “Amiguinhos da Saúde”, e o mais interessante é que os pais perceberam a diferença quando as crianças chegavam a casa empolgadas comentando sobre as aulas. Posteriormente os pais nos perguntavam sobre as aulas e muitos elogiaram e perceberam as mudanças nos hábitos alimentares dos seus filhos.” Participante EF2.

“Semana passada, uma aluna me trouxe um pote com frutas picadas e falou que era para dividir

com todos os alunos”. Comecei a perceber que o número de alunos que traziam frutas aumentou

significativamente depois da inserção do projeto “Amiguinhos da Saúde”. EI1

As participantes O, EI2 e EF3 parabenizaram os idealizadores do projeto,

pois o mesmo conseguiu alcançar alunos, pais e professores de toda a rede de

educação da Associação Paulistana.

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O Grupo Focal – Grupo 2

No dia 4 de agosto de 2014 as 11hs40min realizado o segundo grupo

focal adaptado na região central da cidade de São Paulo, no colégio Adventista

da lapa.

Participaram três professoras responsáveis pela Educação Infantil e três

do Ensino Fundamental 1, uma coordenadora e uma orientadora pedagógica,

totalizando-se 8 participantes. Adotarei a seguinte nomenclatura para me referir

a elas durante a análise do conteúdo do grupo focal:

a) Coordenadora – Participante C;

b) Orientadora – Participante O;

c) Professoras da Educação Infantil – Participante EI1, EI2 e EI3;

d) Professoras do Ensino Fundamental 1 – Participante EF1, EF2 e EF3.

Segue abaixo a análise de conteúdo das perguntas:

1). Qual seu entendimento sobre interdisciplinaridade?

Quando foram questionadas sobre interdisciplinaridade as professoras

foram unanimes em responder que dá para trabalhar vários conceitos.

A participante EFI falou: a partir dessa escultura feita com frutas eu

poderia trabalhar com as crianças o conceito da multiplicação em matemática,

em ciência poderia falar sobre a natureza e já focar na disciplina de religião o

conceito da criação de Deus, e por fim fixaria com artes na obra da natureza.

Com essa atividade vi a possibilidade de trabalhar bastante a

interdisciplinaridade.

Participante EF2: No meu entendimento a interdisciplinaridade é uma

forma de trabalhar várias disciplinas ao mesmo tempo, ao fazer essa escultura

de fruta pensei em abordar vários temas na disciplina de história, como a

chegada de Cabral ao Brasil ou a história dos imigrantes. Em ciências com essa

montanha que fiz de castanha explicaria a importância das proteínas e com esse

coqueiro feito de brócolis o conceito do fruto boia.

As participantes, EI1 e EI2 comentaram: O tema interdisciplinaridade é

muito amplo, mas sei que dá para trabalhar várias disciplinas.

A participante EI3, e EF3: interdisciplinaridade ajuda abordar vários temas

na mesma disciplina.

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107

(...) A interdisciplinaridade deixa os conteúdos mais ricos e interativos, comenta as participantes O e C.

2). Acredita que este conceito/entendimento se aplica ao ensino

fundamental e ensino infantil?

Participante FI: “Sim esse conceito dá para trabalhar em várias áreas do

conhecimento. Acredito que é muito positivo porque a criança sempre vai fazer

uma ligação entre os conteúdos e temas abordados”.

A participante EF3 ressalta: Da para utilizar várias matérias, mas o mais

importante é a associação da alimentação saudável com a educação. “Um aluno

meu depois do projeto passou a comer e gostar de fruta, e agora está presente

todos os dias na lancheira dele”.

A participante EI3 e EI1 cometa juntas: Meus alunos são muito visuais e

como eles estão no processo da alfabetização, esse projeto é perfeito para meus

alunos, ajuda a deixar o conteúdo mais lúdico.

“Se esse projeto não se aplicar não tem validade, tem que ser aplicado, a começar por nós, com a nossa mudança”. FE2

A participante EI1: aplica e modifica nossa formar de pensar.

A participante C comenta: Eu penso que o professor tem que comprar a

ideia para que o projeto aconteça.

“A muito interesse entre os professores, só que o tempo e o calendário escolar impedem os professores de avançar mais no projeto”. O

3). Qual sua percepção quanto ao projeto pedagógico de EN sugerido,

como estratégia de interdisciplinaridade?

O projeto é muito positivo para a escola, e a tendência é crescer cada vez

mais, só que tem que focar cada vez mais no professor assim o efeito reflete em

sala de aula, afirma C, O, F1.

As participantes EI1, EI2 e EI3, afirma que o projeto deixa as aulas da

educação infantil mais lúdica e atrativa para as crianças.

As participantes EF2 e EF3 contextualiza que o projeto amiguinhos da

saúde promove educação e saúde em uma vertente interdisciplinar.

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108

O Grupo Focal – Grupo 3

No dia 11 de agosto de 2014 as 11hs40min realizado o segundo grupo

focal adaptado na região central da cidade de São Paulo, no colégio Adventista

da São Roque.

Participaram três professoras responsáveis pela Educação Infantil e três

do Ensino Fundamental 1, uma coordenadora e uma orientadora pedagógica,

totalizando-se 8 participantes. Adotarei a seguinte nomenclatura para me referir

a elas durante a análise do conteúdo do grupo focal:

a) Coordenadora – Participante C;

b) Orientadora – Participante O;

c) Professoras da Educação Infantil – Participante EI1, EI2 e EI3;

d) Professoras do Ensino Fundamental 1 – Participante EF1, EF2 e EF3.

Segue abaixo a análise de conteúdo das perguntas:

1). Qual seu entendimento sobre interdisciplinaridade?

A participante EF1 comenta: com essa escultura passo trabalhar conteúdo

lógico matemático também posso trabalhar as cores e textura dos alimentos

posso também criar um texto.

“Na matéria de ciências posso trabalhar os nutrientes e incentivar o

consumo dos alimentos saudáveis”. Participante FI2.

As participantes EI1, EI2 e EI3 comentam: trabalhamos mais a

interdisciplinaridade do projeto amiguinhos da saúde nos conteúdos de ciências

e religião.

Na visão das participantes O e C “a interdisciplinaridade é de aproximar

todos os conteúdos”.

2). Acredita que este conceito/entendimento se aplica ao ensino

fundamental e ensino infantil?

Aos serem questionadas sobre a aplicação do conceito, as participantes

foram unanimes em afirmar que é possível trabalhar em todas as séries e em

todas as disciplinas.

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109

A participante EI1. “Da para ensinar até mesmo os valores da vida como a

obediência, a alimentação saudável faz parte da obediência, posso fazer uma

relação na disciplina de religião como a história de Daniel, e seu estilo de vida e

sua obediência a Deus”.

A participante FI1comenta: “É muito importante trabalhar os conceitos de

saúde na sala de aula porque isso reflete na saúde do aluno e ajuda o futuro

dele”

“Quando eu fiz esse leão eu pesei em trabalhar os conteúdos de ciências falando dos nutrientes e também na meteria de religião sobre Daniel na cova dos leões” participante EI2.

“Uma mãe falou para mim que o filho dela não come fruta, mas que ela ia mandar para participar da aula, e no final da aula de matemático o filho dela aprendeu e comeu a fruta”. Participante EI3.

As participantes FI2 e FI3 comentam: “Esse conceito ajuda a elaborar

aulas fora da sala de aula, como o piquenique que fazemos no jardim da escola”.

(...) “Ainda estamos aprendendo a trabalhar com o Projeto Amiguinhos da Saúde, cada dia é uma descoberta, mas com o passar do tempo os professores vão se adaptando com o projeto”. Comenta a participante C.

A participante O comenta: “É uma aprender em sala de aula que faz a

diferença em casa, o conceito faz com que o professor pense também e mude

seus hábitos todos estão sendo beneficiados ao trabalhar com temas

relacionados a saúde".

3). Qual sua percepção quanto ao projeto pedagógico de EN sugerido,

como estratégia de interdisciplinaridade?

Os participantes foram unânimes em contextualizar que o projeto

Amiguinhos da Saúde é uma forma de ajudar as crianças a ter uma alimentação

mais saudável e deixa os conteúdos das disciplinas mais lúdico.

A participante EI1, EI2 e EI3 comentam: “O projeto deixa as aulas mais

lúdicas, e percebemos que depois do projeto as crianças estão trazendo mais

fruta na lancheira”.

“É fácil trabalhar com o projeto Amiguinhos da Saúde e podemos inserir isso em várias

disciplinas, e já está no planejamento de aula” Participante FI1 e FI3.

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110

As participantes FI2. Toda sexta faço uma aula mais lúdicas, semana

passada fiz pão integral e com essa receita ensinei matemática, português,

ciências etc. o projeto ajuda bastante essas aulas.

A participante O comenta: “O projeto faz toda a diferença no processo de

aprendizado, falar de educação e saúde é importante para todos na escola, a

educação precisa fortalecer esse projeto, por que só tem a somar no processo

de aprendizagem”.

“O projeto muda a rotina do colégio, mas isso é positivo, porque mudamos nossa maneira de pensar, neste ano o projeto faz parte do calendário escolar e os professores aderiram facilmente o projeto”. Participante C.

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10

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10

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10

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11

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Só e

m m

onta

r este

anim

al,

com

ecei

a

pensar

quan

tas m

até

rias e

u p

oderi

a

inte

rdis

cip

linar.

À

s

ve

ze

s

faltam

estr

até

gia

s p

ara

fix

ar

o c

onte

údo n

o c

otid

ian

o d

as

aula

s,

a inte

rdis

cip

linari

dad

e

é u

ma f

orm

a.

...já c

om

ecei

a p

ensar

quan

tas

maté

rias

eu

poderi

a

inte

rdis

cip

linar.

Às

ve

zes

faltam

estr

até

gia

s

para

fixar

os

conte

úd

os

no

cotid

ian

o d

as a

ula

s,

a

inte

rdis

cip

linari

dad

e

é

um

a form

a.

Ela

bora

çã

o

do

pla

no

de

aula

Form

a

de

quebra

r

barr

eiras

Pla

neja

mento

pré

vio

Inte

gra

çã

o

de

conte

údos

Facili

tação

da

inte

gra

ção

Facili

tação

da

inte

gra

ção

C 7

S

Para

que

a

inte

rdis

cip

linari

dad

e

aconte

ça,

ela

de

ve e

sta

r n

o

pla

no

de

aula

s.

Tudo

tem

que

ser

pensa

do,

as

ativid

ad

es t

êm

que s

er

be

m

ela

bora

das,

para

qu

e

o

cale

ndári

o

escola

r nã

o

atr

apa

lhe

a

pro

posta

d

e

Para

q

ue

a

inte

rdis

cip

linari

dad

e

aconte

ça,

ela

de

ve

esta

r no

p

lano

de

aula

s.

Muitas

ve

zes,

ana

lisan

do

os

pla

nos

de

aula

dos

Ela

bora

çã

o

do

pla

no

de

aula

Dific

uld

ade

de

inte

gra

r

Pla

neja

mento

pré

vio

Dific

uld

ade

de

aplic

ação

Facili

tação

da

inte

gra

ção

Dific

uld

ade d

e

impla

nta

ção

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11

1

conte

údo

e

tam

bém

de

apre

ndiz

ag

em

. M

uita

s

ve

zes,

ana

lisa

ndo

os p

lano

s

de

aula

dos

pro

fessore

s,

perc

ebo

que

e

les

têm

basta

nte

cria

tivid

ad

e,

mas

infe

lizm

ente

acabam

os

ficando

ap

ega

dos

ao

s

méto

dos tra

dic

iona

is.

pro

fessore

s,

perc

ebo

que e

les t

êm

basta

nte

criativid

ad

e,

mas

infe

lizm

ente

acab

am

os

ficando ap

ega

dos aos

méto

dos tra

dic

iona

is.

conte

údos

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11

2

O 8

S

Na

verd

ade

, a

inte

rdis

cip

linari

dad

e

aju

da

basta

nte

, e

muitas

ve

ze

s

facili

ta

basta

nte

o

desen

vo

lvim

ento

da

s

ativid

ad

es,

e

contr

ibui

basta

nte

com

o cale

ndári

o.

Ás

ve

zes

ficam

os

muito

apeg

ados

ao

tem

po,

mas

tem

os

qu

e

pensar

qu

e

inte

rdis

cip

linar

os

conte

údos,

é u

ma f

orm

a d

e

facili

tar

o c

otid

ian

o.

Para

os

alu

nos é

muito in

tere

ssante

,

e

contr

ibu

i basta

nte

p

ara

seu

apre

nd

izado,

pre

cis

am

os f

ixar

isso b

em

, e

pro

cura

r sem

pre

pensand

o

com

o é

ric

o t

raba

lhar

dessa

maneira.

Mas v

ejo

, qu

e h

oje

na fa

culd

ade

de ped

ag

ogia

esse t

em

a é

bem

explo

rad

o,

e

os

pro

fessore

s

sabem

o

que

é

inte

rdis

cip

linari

dad

e,

Na

verd

ad

e,

a

inte

rdis

cip

linari

dad

e

aju

da

basta

nte

, e

muitas

ve

zes

facili

ta

basta

nte

o

desen

vo

lvim

ento

das

ativid

ad

es,

e

contr

ibui

basta

nte

com

o

cale

ndári

o.

Ás

ve

zes

ficam

os

muito

apeg

ados

ao

tem

po,

mas t

em

os q

ue

pensar

que

inte

rdis

cip

linar

os

conte

údos,

é

um

a

form

a

de

facili

tar

o

cotid

ian

o.

Para

os a

lun

os é

muito

inte

ressa

nte

, e

contr

ibu

i basta

nte

para

seu a

pre

nd

izado,

Facili

ta

o

desen

vo

lvim

e

nto

das

ativid

ad

es

Facili

ta

o

desen

vo

lvim

e

nto

das

ativid

ad

es

Co

ntr

ibu

i p

ara

o

apre

nd

izad

o

Facili

da

de

do

trabalh

o

Facili

da

de

do

trabalh

o

Mecan

ism

o de

apre

ndiz

ag

em

Facili

tação

da

inte

gra

ção

Facili

tação

da

inte

gra

ção

Facili

tação

da

apre

ndiz

ag

em

Page 129: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO … · Alessandra Teixeira Miranda de Araujo EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL COMO FORÇA MOTRIZ DO DESENVOLVIMENTO DA INTERDISCIPLINARIDADE

11

3

mas m

uitas

ve

zes

acaba

m

apeg

ados

á

sis

tem

as

e

méto

dos tra

dic

iona

is.

...s

ó p

recis

am

os f

ixar

isso b

em

, e p

rocura

r

sem

pre

pensan

do

com

o é

ric

o tra

balh

ar

dessa m

aneira.

...m

as

muitas

ve

zes

acabam

apega

dos

á

sis

tem

as

e

méto

dos

tradic

iona

is.

Com

pre

ende

a im

port

ância

do tem

a

Com

pre

ende

a im

port

ância

do tem

a

Facili

da

de

do

trabalh

o

Facili

da

de

do

trabalh

o

Facili

tação

da

inte

gra

ção

Facili

tação

da

inte

gra

ção

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11

4

EI

9 L

E

nte

ndo

nessa

part

e,

qu

e

eu

pod

eria

trab

alh

ar

o

conceito

de

m

ultip

licaçã

o,

os

gru

pos,

e

iria

tr

ab

alh

ar

tam

bém

ciê

ncia

s ok? N

ós

esta

mos

trabalh

an

do

os

háb

itos

alim

enta

res,

a

questã

o

da

saú

de

e

tam

bém

, o

qua

nto

a

alim

enta

ção

é

import

ante

para

a s

aúd

e.

Iria

tra

balh

ar

tam

bém

, com

um

pouco d

a

part

e d

e r

elig

ião,

a p

art

e d

a

natu

reza,

com

a

criação,

com

to

das essas cois

as.

E

por

fim

, eu

fecharia

com

art

es,

isso

é

inte

rdis

cip

linari

dad

e.

Ente

ndo

nessa p

art

e,

que e

u p

oderi

a

trabalh

ar

o c

onceito d

e

multip

licaçã

o, os

gru

pos, e

iri

a tra

balh

ar

tam

bém

ciê

ncia

s.

...

tra

balh

an

do

os

háb

itos a

limenta

res,

a

questã

o

da

saúd

e

e

tam

bém

, o

quanto

a

alim

enta

ção

é

import

ante

p

ara

a

saúde.

Sab

e

inte

gra

r

os c

onte

údos

Sab

e

inte

gra

r

os c

onte

údos

Inte

gra

çã

o

de

conte

údos

Inte

gra

çã

o

de

conte

údos

Facili

tação

da

inte

gra

ção

Facili

tação

da

inte

gra

ção

EI

10 L

E

u

ente

ndo

que

é

necessário a

plic

ar

o p

roje

to

em

quanta

s

dis

cip

linas

for

possív

el.

Por

esse

motivo,

eu com

eçaria com

his

tóri

a,

porq

ue

no

fim

do

ano

a

Eu

en

ten

do

que

é

necessário

aplic

ar

o

pro

jeto

em

quanta

s

dis

cip

linas

for

possív

el.

Sab

e

inte

gra

r

os c

onte

údos.

Inte

gra

çã

o

de

conte

údos

Facili

tação

da

inte

gra

ção

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11

5

gente

dese

nvolv

e B

rasil.

Eu

poderi

a

inic

iar

com

a

chegad

a d

e C

abra

l, o

u c

om

a

cheg

ada

dos

imig

rante

s

para

tr

ab

alh

ar,

en

ten

deu

?

Entã

o,

tanto

fa

z

por

qu

al

lad

o e

u q

uis

er

peg

ar.

Se e

u

escolh

er,

por

exem

plo

, a

chegad

a

de

Cabra

l,

na

repre

senta

çã

o e

u v

ou t

er

o

mar,

a a

reia

, as m

onta

nha

s

de P

ort

o S

eg

uro

, e c

om

o j

á

é de

costu

me na

be

ira d

a

pra

ia,

os c

oqu

eiros.

Aqu

i e

u

já p

osso lançar

ciê

ncia

s,

por

exem

plo

, o coque

iro só d

á

em

beira d

e p

raia

porq

ue a

sua

sem

ente

é

carr

egad

a

pela

á

gua

. T

am

bém

posso

trabalh

ar

em

ciê

ncia

s,

as

pro

teín

as.

Com

pre

endo s

im,

pois

, a

o m

esm

o te

mpo em

que c

olo

qu

ei

as e

str

ela

s d

o

mar,

pela

qu

estã

o

de

su

a

Eu p

od

eria

in

icia

r com

a chegad

a de C

abra

l,

ou c

om

a c

hegad

a d

os

imig

rante

s

para

trabalh

ar,

e

nte

nde

u?

Entã

o,

tanto

fa

z

por

qua

l la

do

eu

quis

er

pegar.

Sab

e

inte

gra

r

os c

onte

údos

Inte

gra

çã

o

de

conte

údos

Facili

tação

da

inte

gra

ção

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11

6

sim

etr

ia,

tam

bém

posso

trabalh

ar

com

pro

duçã

o d

e

texto

. V

iu

tudo

isso

é

inte

rdis

cip

linari

dad

e.

...tam

bém

posso

trabalh

ar

com

pro

duçã

o d

e t

exto

. V

iu

tudo

isso

é

inte

rdis

cip

linari

dad

e.

Sab

e

inte

gra

r

os c

onte

údos

Inte

gra

çã

o

de

conte

údos

Facili

tação

da

inte

gra

ção

EI

11 L

P

ara

ap

licar

a

inte

rdis

cip

linari

dad

e,

a i

deia

que

eu

tive,

foi

com

ciê

ncia

s.

E

xplic

ar,

para

a

s

crianças d

e u

ma f

orm

a b

em

sim

ple

s,

para

ela

s

ente

ndere

m

por

meio

da

ilustr

açã

o,

qu

and

o

a

águ

a

cai, a

raiz

su

ga e

ssa á

gua e

a

arm

aze

na,

para

dep

ois

mandá

-la

para

o

caule

possib

ilita

ndo o

cre

scim

ento

dos f

ruto

s. E

xp

licar

tam

bém

,

as

três

part

es

em

que

a

árv

ore

se

div

ide

: a p

art

e d

os

fruto

s,

o c

aule

e a

ra

iz,

tud

o

isso

na

part

e

de

ciê

ncia

s.

Na

part

e

de

relig

ião,

eu

Explic

ar,

para

as

crianças d

e u

ma f

orm

a

bem

sim

ple

s,

para

ela

s

ente

nd

ere

m

por

meio

da

ilustr

ação,

quan

do a á

gua

cai, a

raiz

su

ga e

ssa á

gu

a e

a

arm

aze

na,

para

depo

is

mandá

-la

para

o

caule

p

ossib

ilita

ndo

o

cre

scim

ento

dos

fruto

s.

Sab

e

inte

gra

r

conte

údos

Inte

gra

çã

o

de

conte

údos

Facili

tação

da

inte

gra

ção

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11

7

trabalh

ari

a s

obre

a c

riaçã

o,

e

explic

aria

para

e

les

qu

e

foi

Deus quem

criou to

da

s

as

cois

as.

Tam

bém

rela

cio

na

do

à

saú

de,

a

import

ância

d

e

ingeri

rmos

fruta

s q

ue nã

o p

assam

por

pro

cessos

quím

icos,

nem

vão para

as in

dústr

ias,

por

conta

d

os

nutr

iente

s

e

benefí

cio

s

que

te

mos

quan

do

com

em

os

a

fruta

que

passa

pe

lo

pro

cesso

natu

ral.

Tam

bém

re

lacio

na

do

à s

aúd

e,

a im

port

ância

de

ing

erirm

os

fruta

s

que

não

passam

por

pro

cessos

quím

icos,

nem

vão

para

as

ind

ústr

ias,

por

co

nta

dos

nutr

ien

tes

e

benefí

cio

s

qu

e

tem

os

quan

do

com

em

os

a

fruta

que

passa

pe

lo

pro

cesso n

atu

ral.

Sab

e

inte

gra

r

os c

onte

údos

Inte

gra

çã

o

de

conte

údos

Facili

tação

da

inte

gra

ção

EF

12

L

A inte

rdis

cip

linari

dad

e q

ue o

pro

jeto

te

m

nos

perm

ite

trabalh

ar

com

o

mesm

o

pro

duto

em

vários a

specto

s

em

sala

e

aula

. E

ntã

o,

o

conte

údo d

e c

iência

s n

esse

bim

estr

e,

é

sobre

os

tipo

s

de re

pro

dução.

E por

esse

motivo,

aqui

eu

re

pre

se

nte

i

a

repro

dução

das

pla

nta

s,

A

inte

rdis

cip

linari

da

de

que o

pro

jeto

tem

nos

perm

ite tr

aba

lhar

com

o m

esm

o pro

duto

em

vári

os

aspecto

s

em

sala

e a

ula

.

Eu

até

com

ente

i com

as c

rianças s

obre

esse

pro

cesso

na

sem

ana

Facili

ta

o

desen

vo

lvim

e

nto

das

ativid

ad

es

Contr

ibu

i p

ara

o

apre

ndiz

ad

o

Facili

da

de

do

trabalh

o

Mecan

ism

o de

apre

ndiz

ag

em

Facili

tação

da

inte

gra

ção

Facili

tação

da

apre

ndiz

ag

em

Page 134: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO … · Alessandra Teixeira Miranda de Araujo EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL COMO FORÇA MOTRIZ DO DESENVOLVIMENTO DA INTERDISCIPLINARIDADE

11

8

que

é

a

pôr

bro

tam

ento

.

Essa

é

a

repro

dução,

em

que

pe

gam

os

o

bro

to

da

pla

nta

maio

r e t

ransfe

rim

os

para

outr

o

vaso.

Eu

até

com

ente

i com

as

criança

s

sobre

esse

pro

cesso

na

sem

ana p

assada,

e f

oi

be

m

perc

eptí

ve

l,

que

dessa

form

a a

s c

ois

as s

e t

orn

ara

m

mais

in

tera

tivas

e

vis

íveis

para

e

las.

Podem

os

apro

veitar

esse

pro

jeto

em

muitas

maté

rias

com

o

a

mate

mática e

a p

roduçã

o d

e

texto

, que

exp

lora

m

uito

a

imagin

ação d

as c

ria

nças.

passada,

e

foi

bem

perc

eptí

ve

l, q

ue

dessa

form

a

as

cois

as

se

torn

ara

m

mais

inte

rativas

e

vis

íveis

para

ela

s.

Pod

em

os

apro

ve

itar

esse

pro

jeto

em

muitas m

até

rias com

o

a

mate

mática

e

a

pro

duçã

o d

e t

exto

, q

ue

explo

ra

muito

a

imagin

ação

das

crianças.

Sab

e

da

import

ância

das

ativid

ad

es

lúd

icas

Estim

ula

as

ativid

ad

es

lúd

icas

Facili

tação

da

apre

ndiz

ag

em

EF

13

L

De iníc

io, a id

eia

para

inserir

o

esse

conceito,

é

ir

monta

ndo a

o l

ongo d

a a

ula

,

um

pra

to q

ue f

ala

sse s

obre

a

criação

de

De

us,

sobre

cada

dia

, se

gu

ind

o

os

passos

da

criaçã

o.

...m

onta

ndo

ao

lon

go

da a

ula

, um

pra

to q

ue

fala

sse

sobre

a

criação

de

Deus,

sobre

cad

a

dia

,

seguin

do o

s p

assos d

a

criação.

Monta

nd

o p

or

Sab

e d

a

import

ância

das

ativid

ad

es

lúd

icas

Estim

ula

as

ativid

ad

es

lúd

icas

Facili

tação

da

apre

ndiz

ag

em

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11

9

Monta

nd

o

por

exem

plo

peix

inhos,

so

l, e

str

ela

s,

tud

o

dentr

o d

aqu

ilo q

ue a

cria

nça

consegue

criar,

despert

ar

a

criativid

ad

e e dar

liberd

ad

e

de

ide

ia

para

ela

. Log

o

depo

is

que

m

onta

rmos

o

pro

jeto

dos d

ias d

a c

riaçã

o,

fala

r ta

mbém

da

div

ers

idade,

porq

ue

Deu

s

am

a

a

div

ers

ida

de.

Deu

s

não c

riou a

pe

nas u

ma c

or,

e

isso

pode

ser

observ

ad

o

cla

ram

ente

nos a

limento

s.

E

tam

bém

não

focar

apena

s

na

div

ers

idad

e

do

s

alim

ento

s,

mas ta

mbém

da

div

ers

idade

hum

ana e

tra

çar

um

para

lelo

, para

m

ostr

ar

que cad

a um

te

m um

a cor

de c

abe

lo,

um

a c

or

de p

ele

,

e é

isso q

ue D

eus a

ma e

m

nós.

Pense

i em

tr

abalh

ar

tam

bém

com

as f

orm

as,

da

exem

plo

peix

inhos,

sol,

estr

ela

s,

tudo

dentr

o

daq

uilo

q

ue

a

criança

conseg

ue

criar,

despert

ar

a

criativid

ad

e

e

dar

liberd

ade d

e ideia

para

ela

.

E

tam

bém

não

focar

apen

as n

a d

ivers

ida

de

dos

alim

ento

s,

ma

s

tam

bém

da

div

ers

idade h

um

ana e

traçar

um

para

lelo

,

para

mostr

ar

que c

ada

um

te

m

um

a

cor

de

cabelo

, um

a

cor

de

pele

, e

é

isso

que

Deus a

ma e

m n

ós.

Sab

e inte

gra

r

conte

údos

Inte

gra

çã

o d

e

conte

údos

Facili

tação

da

apre

ndiz

ag

em

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12

0

couve

-flo

r, dos bró

colis

, d

a

lentilh

a..

. P

edir

pra

e

les

explic

are

m

a

form

a,

a

textu

ra,

pra

qu

e

ele

s

descre

vessem

o

alim

ento

que m

ais

gosta

m no pra

to,

fala

r com

ele

s

sobre

a

s

vitam

inas.

Enfim

, acho que

a

inte

rdis

cip

linari

dad

e

cham

a a

criativid

ade

Ped

ir

pra

ele

s

explic

are

m a fo

rma,

a

textu

ra,

pra

que

ele

s

descre

vessem

o

alim

ento

qu

e

mais

gosta

m n

o p

rato

, fa

lar

com

ele

s

sobre

as

vitam

inas.

Enfim

, acho

que

a

inte

rdis

cip

linari

dad

e

cham

a a

criativid

ade.

Sab

e s

er

criativo

Incentivo d

a

motivação e

criativid

ad

e

Facili

tação

da

apre

ndiz

ag

em

EF

14

L

Para

m

im

inte

rdis

cip

linari

dad

e,

é

o

ma

is

import

ante

, po

is

é

nesse m

om

ento

qu

e o

alu

no

consegue

fa

zer

ligações d

e

div

ers

as

maneiras.

Eu

fiz

aqu

i um

a p

laca d

e t

rânsito,

ai

pra

tr

ab

alh

ar

com

a

pro

duçã

o

de

texto

monta

ndo

prim

eiro

a

su

a

pla

quin

ha

com

fr

uta

s

e

Para

m

im

inte

rdis

cip

linari

dad

e,

é

o

mais

im

port

ante

,

pois

é n

esse m

om

ento

que o

alu

no c

onseg

ue

fazer

ligações

de

div

ers

as m

aneiras.

Com

pre

ende

a

import

ância

do tem

a

Facili

da

de

do

trabalh

o

Facili

tação

da

inte

gra

ção

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12

1

depo

is p

rodu

zin

do o

texto

. E

aqu

i eu

re

pre

sente

i o

mar

verm

elh

o e

o p

ovo d

e I

sra

el

com

legum

es,

que

podem

os

trabalh

ar

relig

ião

e a fé

, e

com

para

r a

educação

qu

e

era

passad

a

de

pais

p

ara

filh

os

no

povo

de

Isra

el,

com

a e

ducação

de h

oje

em

dia

, e

com

is

so

auto

maticam

ente

, tr

ab

alh

ar

a

part

e

de

his

tóri

a.

Tam

bém

, podem

os

trabalh

ar

a

part

e

de

alim

enta

ção

do p

ovo.

...p

odem

os

trabalh

ar

relig

ião

e

a

fé,

e

com

para

r a

educação

que

era

passad

a

de

pais

para

filh

os

no

povo d

e I

sra

el, c

om

a

educação d

e hoje

em

dia

, e

com

is

so

auto

maticam

ente

,

trabalh

ar

a

part

e

de

his

tóri

a.

Tam

bém

,

podem

os

traba

lhar

a

part

e

de

alim

enta

ção

do p

ovo.

Sab

e

inte

gra

r

conte

údos

Inte

gra

çã

o

de

conte

údo

Facili

tação

da

inte

gra

ção

O 1

5 L

N

enh

um

a

pro

fessora

recla

mou d

e t

rab

alh

ar

junto

com

os

pro

jeto

s,

pelo

contr

ário,

ela

s g

osta

m m

uito

de f

azer

as a

tivid

ades e

ela

s

rela

tam

que

os

alu

no

s

am

am

as

ativid

ade

s

inte

rdis

cip

linare

s

qu

e

ela

s

fazem

com

a

mate

mática,

Nenh

um

a

pro

fessora

recla

mou de tr

aba

lhar

junto

com

os p

roje

tos,

pelo

contr

ário

, ela

s

gosta

m m

uito d

e f

azer

as a

tivid

ad

es.

Boa

aceitaçã

o

Facili

da

de

do

trabalh

o

Facili

tação

da

inte

gra

ção

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12

2

líng

ua p

ort

ugu

esa,

alé

m d

e

outr

as d

iscip

linas.

C 1

6 L

A

s

pro

fessora

s

podem

trabalh

ar

muito

bem

as

maté

rias com

o m

ate

mática,

port

ug

uês,

art

e

e

ensin

os

básic

os p

ara

os m

ais

no

vo

s

com

o

as

core

s

e

os

adje

tivos,

junta

mente

com

o

pro

jeto

, tu

do in

tegra

do.

As p

rofe

ssora

s p

odem

trabalh

ar

muito b

em

as

maté

rias

com

o

mate

mática,

port

ug

uês, art

e.

...p

ara

os m

ais

novos

com

o

as

core

s

e

os

adje

tivos,

junta

mente

com

o

pro

jeto

, tu

do

inte

gra

do.

Sab

e

inte

gra

r

conte

údos

Sab

e

ser

criativo

Inte

gra

çã

o

de

conte

údos

Inte

gra

çã

o

de

conte

údos

Facili

tação

da

inte

gra

ção

Facili

tação

da

inte

gra

ção

EI

17 S

R

Bem

, essa

obra

de

art

e

é

um

ro

sto

, né,

entã

o

s

esta

mos

trabalh

an

do

aq

ui

va

lore

s,

a o

bed

iência

. E

ntã

o

nós,

no m

om

ento

de c

onta

r

a

his

tória

bíb

lica

s

usam

os D

anie

l, n

é,

que t

em

o m

om

ento

em

que D

an

iel,

ele

fe

z a

escolh

a,

de c

om

er

com

ida

mais

saudável,

ele

Bem

, essa

obra

de

art

e

é

um

ro

sto

né,

entã

o

nós

esta

mos

trabalh

ando

aq

ui

va

lore

s, a o

bediê

ncia

.

Sab

e

ser

criativo

Inte

gra

çã

o

de

conte

údos

Facili

tação

da

inte

gra

ção

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12

3

deix

ou a

qu

ela

com

ida d

o r

ei

de

lad

o

e

entã

o

ele

se

alim

ento

u

de

fruta

s,

verd

ura

s, le

gum

es e

a g

ente

tento

u passar

isso p

ara

o

s

alu

nos,

né,

a g

en

te p

assou

na

verd

ad

e

, a

import

ância

da alim

enta

ção

saudá

ve

l. E

e

ntã

o a gente

conclu

i que

com

o

Danie

l

ficou

fort

e,

saudável,

co

m

as

bochechas

verm

elh

as,

isso é

o s

audá

ve

l.

A g

ente

po

de t

raba

lhar

co

m

lóg

ico...

mate

mática,

trabalh

ar

as c

ore

s,

a t

extu

ra

né,

dos

am

bie

nte

s,

na

lingua

gem

ta

mbém

, você

pode c

riar

um

texto

cole

tivo

com

os a

lun

os.

A g

ente

pod

e t

raba

lhar

com

gic

a

mate

mática,

traba

lhar

as c

ore

s,

a t

extu

ra n

é,

dos

am

bie

nte

s,

na

lingua

gem

ta

mbém

,

você

pode

cri

ar

um

texto

cole

tivo

com

os

alu

nos.

Sab

e

inte

gra

r

conte

údos

Inte

gra

çã

o

de

conte

údos

Facili

tação

da

inte

gra

ção

EI

18 S

R

Todos o

s d

ias n

ós t

em

os o

horá

rio d

a f

ruta

, vend

o q

ual

é

a

esco

lhid

a

do

dia

,

quan

tas

são

a

textu

ra;

...d

á

para

tr

aba

lhar

bem

com

a

multid

iscip

linarid

ade

; é

possív

el

abord

ar

tanto

Sab

e

inte

gra

r

conte

údos

Inte

gra

çã

o

de

conte

údos

Facili

tação

a

inte

gra

ção

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12

4

para

tr

ab

alh

ar

bem

com

a

multid

iscip

linarid

ade

; é

possív

el

ab

ord

ar

tanto

a

part

e

da

saúd

e

quan

to

a

das m

até

rias.

a

part

e

da

saú

de

quan

to a

das m

até

rias.

EI

19 S

R

Eu c

ostu

mo t

rabalh

ar

com

a

mate

mática,

art

es,

as c

ore

s

e,

junta

mente

com

to

da

s

essas

possib

ilida

de

s,

trabalh

ar

os

nu

trie

nte

s

de

cada

fruta

e

por

cor

e

a

import

ância

d

ele

s

para

o

nosso

corp

o

e

sem

pre

incentivan

do

a

com

er

um

pra

to c

olo

rido...

isso t

odo é

inte

rdis

cip

linari

dad

e.

Eu

costu

mo

trabalh

ar

com

a

mate

mática,

art

es,

as

core

s

e,

junta

mente

com

to

das

essas

possib

ilid

ades,

trabalh

ar

os n

utr

iente

s

de c

ada f

ruta

e p

or

cor

e a im

port

ância

d

ele

s

para

o n

osso c

orp

o.

Sab

e inte

gra

r conte

údos

Inte

gra

çã

o d

e

conte

údos

Facili

tação

a

inte

gra

ção

EF

20

SR

N

ós

traba

lham

os

com

a

mate

mática,

ling

uag

em

, as

fruta

s,

de onde vem

, quais

têm

m

ais

líquid

os.

Em

ciê

ncia

s s

obre

os n

utr

ien

tes,

import

ante

s p

ara

o c

orp

o;

Nós tr

ab

alh

am

os com

a

mate

mática,

lingua

gem

, as

fruta

s,

de

ond

e

vem

, quais

têm

mais

líq

uid

os.

Sab

e

inte

gra

r

conte

údos

Inte

gra

çã

o

de

conte

údos

Facili

tação

a

inte

gra

ção

EF

21

SR

C

om

o p

roje

to “

Am

iguin

ho

s

da S

de”,

podem

os u

sar

a

...

o

pro

jeto

“Am

iguin

hos

da

Boa

aceitaçã

o

Facili

da

de

do

trabalh

o

Facili

tação

a

inte

gra

ção

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12

5

inte

rdic

isp

linari

dad

e

...e

u

trabalh

o t

oda s

em

ana,

e e

u

falo

princip

alm

ente

sob

re

relig

ião

e

ciê

ncia

s,

mas

outr

as

maté

rias

qu

e

poderi

am

ser

ap

licad

a s

ão:

geogra

fia,

pri

ncip

alm

ente

pela

m

até

ria

abord

ad

a

atu

alm

ente

, e a

mate

mática.

Saú

de”,

podem

os u

sar

a in

terd

icis

plin

ari

da

de

...e

u

falo

princip

alm

ente

sobre

relig

ião

e

ciê

ncia

s,

mas

outr

as

maté

rias

que

po

deriam

ser

aplic

ada

são:

geogra

fia,

princip

alm

ente

pe

la

maté

ria

abord

ada

atu

alm

ente

, e

a

mate

mática.

Sab

e

inte

gra

r

conte

údos

Inte

gra

çã

o

de

conte

údos

Facili

tação

a

inte

gra

ção

EF

22

SR

B

om

, quando

eu

che

gu

ei

não

sabia

m

uito

de

com

o

aplic

ar.

..

Eu

pense

i na

min

ha

sala

, e

com

o

eu

poderi

a u

sar

o p

roje

to j

unto

com

a

inte

rdis

cip

linari

dad

e.

Pense

i em

cois

as

mais

desenh

adas,

mais

Eu

pense

i na

min

ha

sala

, e

com

o

eu

poderi

a u

sar

o p

roje

to

junto

com

a

inte

rdis

cip

linari

dad

e.

Pense

i em

cois

as m

ais

desenh

adas,

mais

caprichosas.

Boa

aceitaçã

o

Facili

da

de

do

trabalh

o

Facili

tação

da

inte

gra

ção

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12

6

caprichosas.

En

tão,

eu

pense

i lo

go

em

his

tória.

Com

o

que

é

o

café

d

a

manhã

dos

cam

peões?

Porq

ue

os

indíg

enas,

o

tinh

am

o

café

da

manhã

com

o o que te

mos hoje

, e

ain

da

assim

ele

s

era

m

cam

peões

?

Pense

i e

m

um

m

eio

de

sobre

viv

ência

tam

bém

...

Com

o

eu

acho

isso n

a f

lore

sta

? E

ntã

o e

ssa

é a

rea

lidad

e d

a m

inha s

ala

,

ele

s

gosta

m

muito

de

ave

ntu

ra,

de

en

ten

der

realm

ente

porq

ue

tal

co

isa

aconte

ce.

Seri

a

lega

l a

gente

po

der

ir p

ara

um

local

onde e

u p

ud

esse f

ala

r “o

lha

pessoal, é

da

qu

i qu

e s

ão a

s

casta

nhas”,

fa

zer

um

café

da

manhã

com

ele

s

co

m

muita

energ

ia

né...

Pare

ce

rústico,

mas é

lega

l para

a

Entã

o,

eu pe

nsei

logo

em

his

tória.

Com

o q

ue

é o

café

da m

anhã d

os

cam

peões? P

orq

ue o

s

indíg

en

as,

não tinh

am

o c

afé

da m

anhã c

om

o

o

que

tem

os

hoje

, e

ain

da a

ssim

ele

s e

ram

cam

peões n

é? P

ensei

em

um

m

eio

de

sobre

viv

ência

tam

bém

...

Com

o

eu

acho isso n

a f

lore

sta

?

Seri

a

leg

al

a

ge

nte

poder

ir p

ara

um

local

onde

eu

pu

desse f

ala

r

“olh

a p

essoa

l, é

daq

ui

que

são

as

casta

nhas”,

fa

zer

um

café

da

manhã

com

ele

s

com

m

uita

Sab

e

inte

gra

r

conte

údo

Sab

e

da

import

ância

das

ativid

ad

es

mais

lúdic

as

Inte

gra

çã

o

de

conte

údos

Estim

ula

as

ativid

ad

es

lúd

icas

Facili

tação

da

inte

gra

ção

Facili

tação

da

apre

ndiz

ag

em

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12

7

ida

de

dele

s,

ele

s

gosta

m,

eu

acho

que

daria

muito

cert

o.

energ

ia n

é...

O 2

3 S

R

O q

ue e

u p

erc

eb

i é q

ue s

e

aplic

a

muito

cla

ram

ente

o

fato

de a

pre

nd

er

não s

ó n

os

livro

s,

mas

tam

bém

na

prá

tica q

ue c

heg

a a

casa(.

..)

O

pro

jeto

está

associa

do

com

o

educar

e

com

o

benefí

cio

dos a

lunos,

ele

é

tão

inte

rdis

cip

linar

quanto

às

outr

as

maté

rias

que

as

pro

fessora

s

consegue

m

trabalh

ar,

a

ge

nte

o

consegue

desvin

cula

r; tu

do

com

eça

a

ser

pra

tica

do

e

ele

s c

om

eçam

a e

nxerg

ar

a

conte

xtu

aliz

açã

o,

qu

e a

qu

ilo

que

ele

apre

nde

u

na

sala

pode

ser

associa

do

na

mesa,

na r

efe

ição

, o q

ue

ele

está

com

endo,

nos h

áb

ito

s

alim

enta

res

de

alg

um

O

que

eu

perc

ebi

é

que

se

ap

lica

muito

cla

ram

ente

o

fato

de

apre

nder

não

nos

livro

s,

mas t

am

bém

na

prá

tica

que

cheg

a

a

casa(.

..)

O

pro

jeto

está

associa

do

com

o

educar

e

com

o

benefí

cio

d

os

alu

nos,

ele

é

tão

inte

rdis

cip

linar

qua

nto

às o

utr

as m

até

rias q

ue

as

pro

fessora

s

conseguem

tra

balh

ar.

..

...tud

o

com

eça

a

ser

pra

ticad

o

e

ele

s

com

eçam

a e

nxerg

ar

a

Co

mp

reen

de

a im

po

rtân

cia

do

tem

a

Boa

aceitaçã

o

Contr

ibu

i p

ara

Facili

da

de

do

trabalh

o

Facili

da

de

do

trabalh

o

Mecan

ism

o de

apre

ndiz

ag

em

Facili

tação

da

inte

gra

ção

Facili

tação

da

inte

gra

ção

Facili

tação

da

apre

ndiz

ag

em

Page 144: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO … · Alessandra Teixeira Miranda de Araujo EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL COMO FORÇA MOTRIZ DO DESENVOLVIMENTO DA INTERDISCIPLINARIDADE

12

8

mem

bro

da

fam

ília

qu

e

pre

cis

a d

e c

uid

ados,

o q

ue

acaba

desen

vo

lvend

o

outr

os

valo

res

com

o

se

import

ar

com

os

outr

os,

quan

do e

le ori

enta

o pa

i a

não

com

er

tanto

sal,

a

deix

ar

de

lado

alg

un

s

alim

ento

s

porq

ue

ele

sab

e

que

ele

está

acim

a d

o p

eso

ou p

recis

a d

e c

uid

ados.

conte

xtu

aliz

açã

o,

que

aqu

ilo

qu

e

ele

apre

ndeu n

a s

ala

po

de

ser

associa

do

na

mesa...

o

apre

ndiz

ad

o

C 2

4 S

R

As

pro

fessora

s

agora

estã

o a

dapta

das a

o p

roje

to,

em

bora

o

pro

jeto

no

s

perm

ita t

raba

lhar

em

vária

s

dis

cip

linas,

cad

a p

rofe

ssora

tem

seu

dia

fixo

para

d

ar

priori

dad

e.

Não é d

ifíc

il d

e tr

ab

alh

ar

o

pro

jeto

com

as m

até

rias,

é

possív

el

aplic

ar

na

mate

mática,

na

língu

a

port

ug

uesa,

realiz

and

o u

ma

pro

duçã

o

de

texto

co

letiva

As

pro

fessora

s

agora

já e

stã

o a

da

pta

das a

o

pro

jeto

, em

bora

o

pro

jeto

n

os

perm

ita

trabalh

ar

em

várias

dis

cip

linas,

Não

é

difíc

il de

trabalh

ar

o

pro

jeto

com

as m

até

rias...

Boa

aceitaçã

o

Apro

xim

a

conte

údos

Facili

da

de d

o

trabalh

o

Inte

gra

çã

o d

e

conte

údos

Facili

tação

da

inte

gra

ção

Facili

tação

da

inte

gra

ção

Page 145: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO … · Alessandra Teixeira Miranda de Araujo EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL COMO FORÇA MOTRIZ DO DESENVOLVIMENTO DA INTERDISCIPLINARIDADE

12

9

ou

ind

ivid

ua

l,

a h

istó

ria d

a

fruta

, de

ond

e

ela

s

o

origin

alm

ente

.

Page 146: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO … · Alessandra Teixeira Miranda de Araujo EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL COMO FORÇA MOTRIZ DO DESENVOLVIMENTO DA INTERDISCIPLINARIDADE

13

0

Ap

ên

dic

e G

: Q

UA

DR

O C

OM

DE

PO

IME

NT

OS

, E

XP

RE

SS

ÕE

S C

HA

VE

E I

DE

IAS

CE

NT

RA

IS R

EF

ER

EN

TE

ÀS

EN

TR

EV

IST

AS

.

Qu

ad

ro

13

- D

ep

oim

en

to, e

xp

res

es

ch

ave

s e

id

eia

s c

en

tral

refe

ren

tes à

qu

es

tão

2:

A

cre

dit

a q

ue e

ste

c

on

ce

ito

/en

ten

dim

en

to s

e a

plic

a à

ed

uc

açã

o in

fan

til

e e

nsin

o f

un

dam

en

tal

I?

Pro

fesso

r

Co

lab

ora

do

r

Dep

oim

en

to

Exp

ressõ

es c

ha

ves (

EC

H)

Ide

ias C

en

trais

(IC

) S

ub

cate

go

rias

Cate

go

rias

tem

áti

cas

EI

1 S

D

ou

au

las

para

os

pequ

en

inin

hos,

min

ha s

érie

é

o j

ard

im 1

. A

cho q

ue é

mais

fácil

traba

lhar

com

os

menore

s,

porq

ue

não

ficam

os t

ão p

reocu

pad

as e

m

conte

údo e

specíf

ico...

é c

laro

que e

les já t

êm

as d

iscip

linas

fixadas,

mas

é

mais

liv

re...

pois

fa

lam

os

de

core

s,

form

as,

quantid

ad

es,

textu

ras,

bri

ncam

os

e

canta

mos.

E

todas

essas

ativid

ad

es

são

form

as

de

inte

rdis

cip

linar.

Dou

au

las

para

os

pequ

en

inin

hos,

min

ha

série

é

o

jard

im

1.

Acho q

ue é m

ais

cil

trabalh

ar

com

os

menore

s.

...f

ala

mos

de

core

s,

form

as,

quantid

ades,

textu

ras,

bri

ncam

os

e

canta

mos.

E

todas

essas

ativid

ades

são

form

as

de

inte

rdis

cip

linar.

O

conceito

se

aplic

a n

a E

I

Tra

balh

a

com

ativid

ad

es

lúd

icas

Aplic

ação

nas f

ases d

a

vid

a

Inte

gra

çã

o

das

ativid

ad

es

lúd

icas

Possib

ilida

de d

e

aplic

ação

Facili

da

de

de

impla

nta

ção

EI

2 S

N

a

educação

in

fantil,

é

tranqu

ilo e

u c

oncord

o c

om

a

min

ha

cole

ga

. O

nosso

tem

po t

am

bém

é m

aio

r pa

ra

Na e

ducaçã

o infa

ntil, é

tranqu

ilo

eu

co

ncord

o

com

a m

inha c

ole

ga.

O

conceito

se

aplic

a n

a E

I

Aplic

ação

nas f

ases d

a

vid

a

Possib

ilida

de d

e

aplic

ação

Page 147: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO … · Alessandra Teixeira Miranda de Araujo EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL COMO FORÇA MOTRIZ DO DESENVOLVIMENTO DA INTERDISCIPLINARIDADE

13

1

explo

rarm

os os conte

údos...

Apesar

de te

rmos o m

esm

o

tem

po,

não

tem

os

tanto

s

conte

údos p

ara

abord

ar,

e a

s

ativid

ad

es aju

dam

para

que

isso

aconte

ça,

e

a

crian

ça

viv

e

num

m

undo

mais

fanta

sio

so,

entã

o

po

dem

os

explo

rar

vári

as ativid

ad

es,

e

tudo s

e torn

a u

ma d

ivers

ão

.

O

nosso

tem

po

tam

bém

é m

aio

r para

explo

rarm

os

os

conte

údos.

...n

ão

tem

os

tanto

s

conte

údos

para

abord

ar

e

as

ativid

ad

es

aju

dam

para

que

isso

aconte

ça.

...a

cri

ança

viv

e

num

mundo

mais

fanta

sio

so,

entã

o

podem

os

explo

rar

vári

as

ativid

ades,

e

tudo

se

to

rna

um

a

div

ers

ão.

O t

em

po d

a E

I

é m

aio

r

Os

conte

údos

perm

item

o

desen

vo

lvim

en

to d

o tra

ba

lho

Tra

balh

a

com

ativid

ad

es

lúd

icas

Aplic

ação

nas f

ases d

a

Possib

ilida

de

de

art

icula

ção

dos

conte

údos

Inte

gra

çã

o

das

ativid

ad

es

lúd

icas

Possib

ilida

de d

e

aplic

ação

Facili

da

de

de

impla

nta

ção

Facili

da

de

de

impla

nta

ção

EI

3 S

N

essa

sem

ana

trab

alh

ei

basta

nte

com

as

crianças

músic

a.

Na

aula

d

e

inglê

s,

cante

i cançõ

es que fa

lavam

...tra

ba

lhei

basta

nte

com

as

crianças

músic

a.

Na

au

la

de

ing

lês,

cante

i canções

Tra

balh

a

com

ativid

ad

es

lúd

icas

Inte

gra

çã

o

das

ativid

ad

es

lúd

icas

Facili

da

de

de

impla

nta

ção

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13

2

das f

ruta

s,

e d

epois

a g

en

te

fez u

m p

iquen

ique d

e f

ruta

s.

Entã

o,

pe

nso q

ue é

tra

nqu

ilo

trabalh

ar

na

educação

infa

ntil

com

inte

rdis

cip

linari

dad

e...

na

verd

ade

pe

nso

que

é

até

mais

fácil.

que

fala

vam

das

fruta

s,

e

depo

is

a

gente

fe

z

um

piq

uen

iqu

e d

e f

ruta

s.

...

é t

ranq

uilo

tra

ba

lhar

na

ed

ucação

infa

ntil

com

inte

rdis

cip

linari

dad

e...

O

conceito

se

aplic

a n

a E

I

Aplic

ação

nas f

ases d

a

vid

a

Possib

ilida

de d

e

aplic

ação

EF

4 S

U

m

gra

nde

exem

plo

fo

i

quan

do

eu

use

i a

p

irâm

ide

alim

enta

r.

Conse

gui

abra

nger

a

dis

cip

lina

de

mate

mática

explic

ando

as

fórm

ula

s

geom

étr

icas,

e

ciê

ncia

exp

lica

nd

o sobre

os

gru

pos

alim

enta

res

e

sua

import

ância

para

o

corp

o

hum

ano...

acho q

ue n

ão t

em

difere

nça

educação

infa

ntil

ensin

o

fundam

enta

l...

o

import

ante

mesm

o é

pla

neja

r

as

aula

s,

para

q

ue

tudo

ocorr

a

perf

eitam

ente

. E

...u

sei

a

pirâm

ide

alim

enta

r.

Co

nseg

ui

abra

nger

a

dis

cip

lina

de

mate

mática

explic

ando a

s f

órm

ula

s

geom

étr

icas,

e c

iência

explic

ando

sobre

os

gru

pos

alim

enta

res

e

sua im

port

ância

para

o

corp

o h

um

ano...

...a

cho

que

o

tem

difere

nça

ed

ucação

Com

pre

ende a

import

ância

de

agre

gar

conte

údos

Não

difere

nça

de

Possib

ilida

de

de

art

icula

ção

dos

conte

údos

Aplic

ação e

m

todas

as

Facili

da

de

de

impla

nta

ção

Possib

ilida

de d

e

aplic

ação

Page 149: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO … · Alessandra Teixeira Miranda de Araujo EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL COMO FORÇA MOTRIZ DO DESENVOLVIMENTO DA INTERDISCIPLINARIDADE

13

3

penso

qu

e

em

to

das

as

ida

des

e

até

m

esm

o

em

todas

as

fases

da

vid

a,

podem

os

inte

rdis

cip

linar

o

conte

údo.

infa

ntil

ensin

o

fundam

enta

l...

E p

enso

qu

e e

m t

odas

as

idad

es

e

até

mesm

o

em

to

das

as

fases

da

vid

a,

podem

os

inte

rdis

cip

linar

o

conte

údo.

ida

de

Não

difere

nça

de

ida

de

fases d

a v

ida

Aplic

ação e

m

todas

as

fases d

a v

ida

Possib

ilida

de d

e

aplic

ação

EF

5 S

N

essa s

em

ana,

meus a

lunos

que

são

do

an

o,

estu

dara

m

geogra

fia

utiliz

an

do

sem

ente

s.

Constr

uír

am

m

eio

s

de

transport

e

na

cart

olin

a...

eu a

pro

veitei

para

já f

ala

r de

ciê

ncia

s e

a i

mport

ância

das

sem

ente

s.

E ele

s m

onta

ram

desenh

os lin

dos n

a c

art

olin

a,

e

fala

ram

dos

meio

s

de

transport

e e

da s

em

ente

que

...m

eus

alu

nos

que

são

do

ano,

estu

dara

m

geogra

fia

utiliz

an

do

sem

ente

s.

Constr

uír

am

m

eio

s de

transport

e

na

cart

olin

a...

eu

apro

veitei

para

já f

ala

r

de

ciê

ncia

s

e

a

import

ância

das

sem

ente

s.

Com

pre

ende a

import

ância

de

agre

gar

conte

údos

Possib

ilida

de

de

art

icula

ção

dos

conte

údos

Facili

da

des

de

impla

nta

ção

Page 150: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO … · Alessandra Teixeira Miranda de Araujo EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL COMO FORÇA MOTRIZ DO DESENVOLVIMENTO DA INTERDISCIPLINARIDADE

13

4

usara

m n

a a

tivid

ad

e.

EF

6 S

E

ste

conce

ito d

e s

de,

tra

z

enriq

uecim

ento

para

as

dis

cip

linas,

dura

nte

to

do

perí

od

o

escola

r de

um

a

criança,

inde

pen

dente

de

sua

ida

de.

A

questã

o

não

está

na i

dad

e,

e s

im c

om

o o

tem

a

é

abord

ad

o.

Mas

ind

epe

nde

nte

da

ativid

ad

e,

podem

os

inte

rdis

cip

linar

qua

lqu

er

conte

údo

em

qua

lqu

er

mom

ento

.

Este

conceito

de

saúde

tra

z

enriq

uecim

ento

para

as d

iscip

linas.

...d

ura

nte

todo p

erí

odo

escola

r de

um

a

criança,

inde

pe

nde

nte

de s

ua id

ade.

A q

uestã

o n

ão e

stá

na

ida

de,

e

sim

com

o

o

tem

a é

abord

ado.

Mas

indep

end

ente

da

ativid

ad

e,

pod

em

os

inte

rdis

cip

linar

qua

lqu

er

conte

údo e

m

qua

lqu

er

mom

ento

.

Sab

e

da

import

ância

do

tem

a

Não

difere

nça

de

ida

de

Modo

d

e

abord

ar

os

conte

údos

Não

difere

nça

de

ida

de

Possib

ilida

de

de

art

icula

ção

dos

conte

údos

Aplic

ação e

m

todas

as

fases d

a v

ida

Possib

ilida

de

de

art

icula

ção

dos

conte

údos

Aplic

ação

em

to

das a

s

fases d

a v

ida

Facili

da

de

de

aplic

ação

Possib

ilida

de d

e

aplic

ação

Facili

da

de

de

impla

nta

ção

Possib

ilida

de d

e

aplic

ação

C 7

S

Este

conce

ito

, tr

az

melh

or

apre

ndiz

ad

o

para

to

das

as

séries,

e t

am

bém

modific

a a

Este

co

nceito

tra

z

melh

or

apre

ndiz

ado

para

to

das a

s s

éri

es,

e

Não

difere

nça

de

ida

de

Aplic

ação e

m

todas

as

fases d

a v

ida

Possib

ilida

de d

e

aplic

ação

Page 151: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO … · Alessandra Teixeira Miranda de Araujo EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL COMO FORÇA MOTRIZ DO DESENVOLVIMENTO DA INTERDISCIPLINARIDADE

13

5

form

a d

o p

rofe

ssor

aplic

ar

as

ativid

ad

es

indep

end

ente

da

ida

de.

Um

gra

nde

exem

plo

é

quan

do m

onta

mos o

s m

ura

is

nos

corr

edore

s...

qua

ndo

peço p

ara

as p

rofe

ssora

s d

a

ed

ucação i

nfa

ntil

monta

r um

com

um

te

ma especific

o de

um

a dis

cip

lina,

perc

ebo q

ue

apesar

de s

er

um

mura

l m

ais

infa

ntil,

as

crianças

e

ado

lescente

s

passam

e

o

observ

am

, e

acabam

com

enta

nd

o

muitas

ve

zes

nos

corr

edore

s

entr

e

si.

tam

bém

m

odific

a

a

form

a

do

pro

fessor

aplic

ar

as

ativid

ades

ind

epe

nde

nte

s

da

ida

de.

...a

s

pro

fessora

s

da

educação

infa

ntil

monta

r um

com

um

tem

a

especific

o

de

um

a

dis

cip

lina,

perc

ebo

que

apesar

de s

er

um

mura

l m

ais

infa

ntil,

as

crianças

e

ado

lescente

s

passam

e

o

observ

am

, e

acabam

com

enta

ndo

muitas

ve

zes

nos

corr

edore

s e

ntr

e s

i.

Experi

ência

aju

da

transm

itir

Tra

nsm

issão

de

conhecim

ent

o

O 8

S

Acre

dito

que

inte

rdis

cip

linari

dad

e s

e a

plic

a

em

to

do

conte

xto

escola

r,

seja

na

sa

la

de

au

la,

ou

muitas

ve

zes

nos

traba

lhos

Acre

dito

que

inte

rdis

cip

linari

dad

e s

e

aplic

a

em

to

do

conte

xto

escola

r,

seja

na

sala

de

aula

, ou

Não

difere

nça

de

ida

de

Aplic

ação e

m

todas

as

fases d

a v

ida

Possib

ilida

de d

e

aplic

ação

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13

6

para

lelo

s

que

desen

vo

lvem

os.

Um

gra

nde

exem

plo

é

qua

ndo

monta

mos

a

feira

de

ciê

ncia

s..

. to

dos

os

pro

fessore

s

se

unem

e

aju

dam

no

pro

jeto

...

A

pro

fessora

de

port

ugu

ês

aju

da n

a p

rodução d

e t

exto

,

o

de

mate

mática

na

constr

ução d

as m

aquete

s,

e

até

m

esm

o

os

pro

fessore

s

dos

menore

s,

conseg

uem

desen

vo

lver

ativid

ad

es

lúd

icas,

mas

que

tem

um

gra

nd

e

fundo

de

apre

ndiz

ad

o.

muitas

ve

zes

nos

trabalh

os

para

lelo

s

que d

esen

vo

lvem

os.

...o

s

pro

fessore

s

dos

menore

s

conseguem

desen

vo

lver

ativid

ades

lúd

icas,

mas que te

m

um

gra

nde

fundo

de

apre

ndiz

ad

o.

Tra

balh

a

com

as

ativid

ades

lúd

icas

Inte

gra

çã

o

das

ativid

ad

es

lúd

icas

Facili

da

de

de

impla

nta

ção

EI

9 L

A

cho

muito

import

ante

o

pro

jeto

, pois

é a

qu

i, q

ue se

inic

ia

a

conscie

ntizaçã

o,

na

O

conceito

de

saú

de

se

aplic

a

com

quase

todos

os

Com

pre

ende

import

ância

de

agre

gar

Possib

ilida

de

de

art

icula

ção

Facili

da

de

de

impla

nta

ção

Page 153: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO … · Alessandra Teixeira Miranda de Araujo EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL COMO FORÇA MOTRIZ DO DESENVOLVIMENTO DA INTERDISCIPLINARIDADE

13

7

sala

de au

la.

O c

once

ito

de

saúde

se a

plic

a com

qua

se

todos

os

pro

ced

imento

s

de

sala

d

e

au

la,

e

po

dem

os

aplic

á-la e

m v

árias á

reas.

O

trabalh

o d

esse m

odo é

muito

positiv

o

para

a

criança,

porq

ue e

la s

em

pre

vai

fazer

essa lig

açã

o,

o q

ue a

cab

a s

e

torn

an

do m

ais

sig

nific

ativo.

O f

undam

enta

l para

mim

no

„‟Am

iguin

hos d

a S

aúde

‟‟, é

a

viv

ência

dos

ed

ucadore

s,

porq

ue

é

atr

avés

dela

q

ue

transm

itim

os o

conhecim

ento

para

os

alu

nos,

princip

alm

ente

dessa

ida

de

de

form

ação,

e

traba

lhar

tudo i

sso d

essa f

orm

a,

deix

a

tudo m

ais

fácil.

pro

cedim

ento

s d

e s

ala

de

aula

, e

pod

em

os

aplic

á-la

em

várias

áre

as.

O

fundam

enta

l para

mim

no

„‟Am

iguin

hos

da

Sa

úd

e‟‟,

é

a

viv

ência

dos

educad

ore

s,

porq

ue

é

atr

avés

dela

q

ue

transm

itim

os

o

conhecim

ento

para

os

alu

nos,

conte

údos

A

experi

ência

aju

da

transm

itir

conhecim

ento

dos

conte

údos

Tra

nsm

issão

de

conhecim

ent

o

Facili

da

de

de

impla

nta

ção

EI

10 L

E

sse c

onceito s

e a

plic

a a

os

menore

s,

pela

ra

o

dele

s

sere

m

muito

vis

ua

is

nessa

ida

de...

E p

elo

fa

to de ele

s

Esse

conceito

se

aplic

a

aos

menore

s,

pela

ra

zão

dele

s

sere

m

muito

vis

uais

O c

onceito

se

aplic

a n

a E

I

Aplic

ação

nas f

ases d

a

vid

a

Possib

ilida

de d

e

aplic

ação

Page 154: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO … · Alessandra Teixeira Miranda de Araujo EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL COMO FORÇA MOTRIZ DO DESENVOLVIMENTO DA INTERDISCIPLINARIDADE

13

8

esta

rem

no

pro

cesso

de

alfabetização,

o

adia

nta

explic

ar

o conte

údo de u

ma

form

a c

om

ple

xa p

orq

ue e

les

não

vão e

nte

nder

da fo

rma

que

ente

nderi

am

de

um

a

form

a m

ais

lúdic

a e

sim

ple

s.

nessa id

ade

...

...n

ão ad

ian

ta e

xp

licar

o

conte

úd

o

de

um

a

form

a

com

ple

xa

porq

ue

ele

s

não

vão

ente

nder

da f

orm

a q

ue

ente

nderi

am

de

um

a

form

a

mais

dic

a

e

sim

ple

s.

Tra

balh

a c

om

ativid

ad

es

lúd

icas

Inte

gra

çã

o

das

ativid

ad

es

lúd

icas

Facili

da

de d

e

impla

nta

ção

EI

11 L

E

u

senti

essa

difere

nça

aconte

cer

com

um

alu

no

meu

por

conta

do

pro

jeto

...

Ele

não

com

ia

fruta

s

nem

leg

um

es p

or

nada,

e d

ep

ois

mãe

dele

conto

u

que

ele

com

eçou

a

com

er

o

mora

ngo,

e

eu

fiqu

ei

muito

feliz

porq

ue

eu

senti

ali,

o

impacto

do p

roje

to.

Ele

não

com

ia

fruta

s

nem

le

gum

es

por

nada

, e

dep

ois

m

ãe

dele

conto

u

que

ele

com

eçou a

com

er.

...s

enti

ali,

o

impacto

do p

roje

to.

Muda

nça d

e

háb

itos

Muda

nça d

e

háb

itos

Conscie

ntiza

ção d

os

háb

itos

alim

enta

res

Conscie

ntiza

ção d

os

háb

itos

alim

enta

res

Facili

da

de d

e

impla

nta

ção

Facili

da

de d

e

impla

nta

ção

EF

12

L

Este

conce

ito

se

ap

lica

no

ensin

o

fundam

enta

l,

pois

viv

encio

is

so

com

m

eus

alu

nos,

quan

do

vejo

o

Este

conce

ito s

e a

plic

a

no

ensin

o

fundam

enta

l,

pois

viv

encio

is

so

com

O

conceito

se

aplic

a

no

ensin

o

fundam

enta

l

Aplic

ação

nas f

ases d

a

vid

a I

Possib

ilida

de d

e

aplic

ação

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13

9

rostinho

que

ele

s fa

zem

ao

consegu

ir

en

ten

der

a

maté

ria, dessa f

orm

a.

meus a

lunos,

EF

13

L

Aju

da b

asta

nte

, p

orq

ue c

om

o

consequê

ncia

da

aplic

ação

do

pro

jeto

“A

mig

uin

hos

da

Saú

de”,

ele

s a

ca

bam

fix

ando

mais

o

conte

úd

o

e

ele

s

acabam

até

se i

nte

ressan

do

mais

por

esse

tipo

de

alim

ento

né.

...p

roje

to

“Am

iguin

hos

da

Sa

úde”,

ele

s

acabam

fixando

mais

o c

onte

údo

. ...e

les acab

am

até

se

inte

ressa

ndo m

ais

por

esse tip

o d

e a

limento

.

Modo

d

e

abord

ar

os

conte

údos

Muda

nça

de

háb

itos

Possib

ilida

de

de

art

icula

ção

dos

Conte

údos

Conscie

ntiza

ção

dos

háb

itos

alim

enta

res

Facili

da

de

de

impla

nta

ção

Facili

da

de

de

impla

nta

ção

EF

14

L

Eu p

enso q

ue p

ara

o 5

º an

o,

o pro

jeto

de

ve ser

aplic

ado

de

outr

a

maneira.

Nessa

ida

de,

ele

s

pensam

que

são

jove

ns

e

não

tem

paciê

ncia

para

o m

esm

o t

ipo

de

ativid

ade

dos

menore

s.

Eu

perc

ebi

isso

no

ano

passado q

uand

o e

u f

iz e

ssa

mesm

a

experiência

d

as

Eu penso

q

ue para

o

ano

, o p

roje

to d

eve

ser

aplic

ado

de

outr

a

maneira.

Modo

d

e

abord

ar

os

conte

údos

Possib

ilida

de

de

art

icula

ção

dos

conte

údos

Facili

da

de

de

impla

nta

ção

Page 156: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO … · Alessandra Teixeira Miranda de Araujo EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL COMO FORÇA MOTRIZ DO DESENVOLVIMENTO DA INTERDISCIPLINARIDADE

14

0

pro

fessora

s,

ele

s

levara

m

tudo

m

uito n

a brinca

deira

e

não

ente

nd

era

m

o

real

pro

pósito d

aq

uilo

. A

plic

an

do

de o

utr

a f

orm

a o

s c

onte

úd

os

ele

s se to

rna m

ais

re

alis

tas

dentr

o

do

mundo

dele

s,

no

meu

modo

de

ver,

causa

mais

efe

ito e

aju

da

basta

nte

na

hora

d

ele

s

escolh

ere

m

um

a

fruta

ao

in

vés

de

um

salg

adin

ho,

por

exem

plo

, a

gente

perc

eb

e

qu

e

exis

te

muito

inte

resse

pe

la

part

e

dela

s n

é.

Aplic

an

do

de

outr

a

form

a

os

conte

údos

ele

s

se

torn

a

mais

realis

tas

dentr

o

do

mundo d

ele

s,

...a

juda

basta

nte

na

hora

dele

s e

scolh

ere

m

um

a f

ruta

ao i

nvés d

e

um

salg

adin

ho,

Modo

d

e

abord

ar

os

conte

údos

Muda

nça

de

háb

itos

Possib

ilida

de

de

art

icula

ção

dos

conte

údos

Conscie

ntiza

ção

dos

háb

itos

alim

enta

res

Facili

da

de

de

impla

nta

ção

Facili

da

de

de

impla

nta

ção

C 1

5 L

E

ntã

o

tudo

q

ue

é

pro

posto

pela

coord

enação

e

orienta

ção,

ela

s

desen

vo

lvem

muito b

em

com

os

alu

nos,

tra

zem

outr

as

ide

ias p

ara

nós,

e isso é

bem

inte

ressa

nte

. E

u a

cho q

ue

o

que n

os f

rustr

a r

ea

lmente

, é

essa questã

o d

o te

mpo.

De

...tud

o q

ue é

pro

posto

pela

coord

en

ação

e

orienta

ção,

ela

s

desen

vo

lvem

m

uito

bem

com

os

alu

nos,

tra

zem

outr

as

ideia

s

para

nós,

e isso é

bem

inte

ressa

nte

.

...

o

qu

e

nos

frustr

a

Os

conte

údos

perm

item

o

desen

vo

lvim

en

to d

o tra

ba

lho

O

tem

po

Possib

ilida

de

de

art

icula

ção

dos

conte

údos

O

tem

po

Facili

da

de

de

impla

nta

ção

Dific

uld

ade

de

Page 157: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO … · Alessandra Teixeira Miranda de Araujo EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL COMO FORÇA MOTRIZ DO DESENVOLVIMENTO DA INTERDISCIPLINARIDADE

14

1

quere

r avançar

mais

, de

quere

r fa

zer

mais

e o

tem

po

não p

erm

itir.

Mas d

e r

esto

, é

perc

eptí

ve

l q

ue

as

pro

fessora

s

da

Lapa

têm

torn

ad

o

essa

questã

o

da

saúde a

limenta

r bem

gra

nde,

porq

ue

muitas

ve

zes,

ela

s

estã

o f

ala

nd

o d

e u

m a

ssunto

que a

pare

nte

mente

o t

em

nenh

um

a lig

açã

o c

om

saúde,

e

ela

s

conseg

uem

sem

pre

encontr

ar

essa

maneira

de

fazer

um

a

ponte

e

ntr

e

os

assunto

s.

realm

ente

, é

essa

questã

o d

o t

em

po.

De

quere

r avançar

mais

,

de q

uere

r fa

zer

mais

e

o tem

po n

ão p

erm

itir.

...m

uitas

ve

zes,

ela

s

estã

o

fala

nd

o

de

um

assunto

q

ue

apare

nte

mente

n

ão

tem

nenhum

a

ligação

com

saúde,

e

ela

s

conseguem

sem

pre

encontr

ar

essa

maneira d

e f

azer

um

a

ponte

e

ntr

e

os

assunto

s.

dific

ulta

Modo

d

e

aplic

ar

os

conte

údos

inte

rfere

nas

ativid

ad

es

Possib

ilida

de

de

art

icula

ção

dos

conte

údos

impla

nta

ção

Facili

da

de

de

impla

nta

ção

O 1

6 L

N

ão

exis

te

nenh

um

a

dific

uld

ade

para

as

pro

fessora

s alé

m do te

mpo.

Porq

ue

essas

ativid

ad

es

mais

dic

as re

quere

m um

a

Não

exis

te

ne

nhum

a

dific

uld

ade

para

as

pro

fessora

s

alé

m

do

tem

po.

Porq

ue

essas

ativid

ad

es

mais

O

tem

po

dific

ulta

O

tem

po

inte

rfere

nas

ativid

ad

es

Dific

uld

ades

de

impla

nta

ção

Page 158: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO … · Alessandra Teixeira Miranda de Araujo EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL COMO FORÇA MOTRIZ DO DESENVOLVIMENTO DA INTERDISCIPLINARIDADE

14

2

org

an

ização

da

sa

la,

um

tem

po

para

sere

m

realiz

adas,

mas

com

a

ace

itaçã

o

tanto

dos

alu

nos,

quan

to d

os p

rofe

ssore

s,

isso

não t

em

se t

orn

ado n

enh

um

a

dific

uld

ade

. E

is

so te

m sid

o

muito

bom

, porq

ue

as

pro

fessora

s

vêm

supera

ndo

as

expecta

tivas

qua

ndo

realiz

am

o p

roje

to e

m s

ala

.

lúd

icas r

eq

uere

m u

ma

org

an

ização

da

sa

la,

um

tem

po p

ara

sere

m

realiz

adas,

.

EI

17 S

R

Entã

o,

o p

roje

to A

mig

uin

hos

Da

Sa

úd

e,

ele

vem

com

ple

menta

r to

do

um

trabalh

o

qu

e

vo

desen

vo

lve

no

Co

légio

Ad

ventista

, e

u

consig

o

trabalh

ar

com

ele

junto

com

as

outr

as

maté

rias

e

ativid

ad

es tra

nq

uila

mente

.

o

pro

jeto

A

mig

uin

hos

Da S

aúde

, ele

só v

em

com

ple

menta

r to

do u

m

trabalh

o

...c

onsig

o

tra

ba

lhar

com

ele

ju

nto

com

as

outr

as

maté

rias

e

ativid

ad

es

tranqu

ilam

ente

.

Os c

onte

úd

os

perm

item

o

desen

vo

lvim

en

to d

o tra

ba

lho

Possib

ilida

de

de

art

icula

ção

dos

conte

údos

Facili

da

de d

e

impla

nta

ção

EI

18 S

R

Com

o

pro

jeto

ele

s

com

eçara

m

a

tra

zer

fruta

s,

apre

sento

u

maio

r cuid

ado

Com

o

pro

jeto

ele

s

com

eçara

m

a

tra

zer

fruta

s,

apre

sento

u

Muda

nça d

e

háb

itos

Conscie

ntiza

ção d

os

háb

itos

Facili

da

de d

e

impla

nta

ção

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14

3

com

a

natu

reza

, o

que

tam

bém

é a

bord

ad

o p

or

mim

na

sala

de

aula

. O

pro

jeto

aju

dou m

uito o

s a

lunos.

maio

r cuid

ad

o

com

a

natu

reza.

alim

enta

res

EI

19 S

R

Com

o p

roje

to

as a

tivid

ad

es

criadas

a

part

ir

dele

, as

maté

rias q

ue e

les a

pre

ndem

em

aula

, com

o

a

mate

mática,

acaba

sen

do

mais

cil

para

ele

s

ente

ndere

m q

uan

do c

olo

cam

o a

pre

nd

izado e

m p

ratica

Com

o

pro

jeto

as

ativid

ad

es

criad

as

a

part

ir d

ele

, as m

até

rias

que e

les a

pre

nd

em

em

aula

, com

o

a

mate

mática,

acaba

sendo m

ais

fácil.

Os

conte

údos

perm

item

o

desen

vo

lvim

en

to d

o tra

ba

lho

Possib

ilida

de

de

art

icula

ção

dos

conte

údos

Facili

da

de

de

impla

nta

ção

EF

20

SR

O

pro

jeto

fa

cili

ta

o

ensin

o

porq

ue

a

gente

pode

fazer

alg

um

as

ativid

ad

es

que

sim

plif

icam

as

cois

as

pra

ele

s,

facili

ta

o

apre

nd

iza

do

dele

s e

ele

s a

dora

m.

O p

roje

to f

acili

ta o

ensin

o p

orq

ue a

gente

pode

fa

zer

alg

um

as

ativid

ad

es q

ue

sim

plif

icam

as c

ois

as

pra

ele

s,

Os

conte

údos

perm

item

o

desen

vo

lvim

en

to d

o tra

ba

lho

Possib

ilida

de

de

art

icula

ção

dos

conte

údos

O

conceito

/ente

nd

i

mento

facili

ta

EF

21

SR

O

pro

jeto

é

import

ante

porq

ue a

jud

a e

les a

mudar

a

alim

enta

ção

e a a

pre

nder

a

com

er

alim

ento

s

saudá

veis

com

o a

s f

ruta

s e

os v

egeta

is;

e

en

qu

anto

e

les

apre

ndem

O p

roje

to é

im

port

ante

porq

ue aju

dam

ele

s a

mudar

a a

limenta

ção e

a

apre

nder

a

com

er

alim

ento

s

sau

veis

com

o

as

fruta

s

e

os

Muda

nça d

e

háb

itos

Conscie

ntiza

ção d

os

háb

itos

alim

enta

res

Facili

da

de d

e

impla

nta

ção

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14

4

ele

s a

cab

am

passando e

ssa

mensagem

para

os p

ais

.

O

pro

jeto

acab

ou

se

ndo

essencia

l no

cotidia

no,

ele

s

gosta

m m

uito s

em

pre

pedem

para

fa

zer

as a

tivid

ades q

ue

eu

faço

rela

cio

na

das

ao

pro

jeto

e

is

so

aca

ba

aju

dan

do e

les s

em

que

ele

s

perc

ebere

m.

veg

eta

is.

EF

22

SR

A

lguns

alu

nos

têm

essa

dific

uld

ade

de

alim

enta

çã

o,

de c

om

er

fruta

s,

e a

i a g

en

te

trabalh

ando

e

faze

ndo

pro

jeto

s,

com

o p

or

exem

plo

,

este

pra

to d

e f

ruta

s,

cada u

m

pode

sa

ber

qu

al

nutr

ien

te

que t

em

em

cada f

ruta

, ca

da

leg

um

e

e

assim

in

centivar,

de

um

a

maneira

div

ert

ida,

ele

s

a

com

ere

m

esses

alim

ento

s.

O e

nsin

am

ento

de

bons

bitos,

boa

alim

enta

ção

, já

q

ue

ele

s

...f

azen

do

pro

jeto

s,

com

o

por

exem

plo

,

este

pra

to

de

fruta

s,

cada

um

pode

saber

qua

l nutr

iente

que t

em

em

cada

fruta

, cada

leg

um

e

e

assim

incentivar,

d

e

um

a

maneira d

ivert

ida,

ele

s

a

com

ere

m

esses

Muda

nça

de

háb

itos

Conscie

ntiza

ção

dos

háb

itos

alim

enta

res

Facili

da

de

de

impla

nta

ção

Page 161: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO … · Alessandra Teixeira Miranda de Araujo EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL COMO FORÇA MOTRIZ DO DESENVOLVIMENTO DA INTERDISCIPLINARIDADE

14

5

ain

da

têm

o

costu

me

de

com

er

muitos

pro

duto

s

ind

ustr

ializ

ad

os.

Com

ecei

esta

fo

rma

de

ensin

o

ano

passado

e

a

turm

a

apre

sento

u

melh

ora

s

no

aspecto

alim

enta

r e

neste

an

o

ele

s

tam

bém

melh

ora

ram

, m

as o

trabalh

o

tem

que

continu

ar

para

qu

e

o

pro

jeto

a

van

ce

ain

da m

ais

.

No h

orá

rio d

a r

ecre

ação n

ós

vam

os

para

a

fazen

din

ha,

este

nd

em

os

a

toalh

a

e

ali

fazem

os

um

piq

ue

niq

ue,

mas

ain

da

desin

tere

sse

pe

las f

ruta

s d

e a

lguns a

lun

os

e e

u s

into

a n

ecessid

ad

e d

e

trabalh

ar

isso

ain

da

mais

com

ele

s;

a

alim

enta

ção

é

enfa

tizad

a

tanto

q

uanto

as

maté

rias q

ue e

les t

êm

o q

ue

faz

com

que

ele

s

cre

sçam

alim

ento

s.

O

ensin

am

ento

de

bons

háb

itos,

boa

alim

enta

ção

, já

q

ue

ele

s

ain

da

têm

o

costu

me

de

com

er

muitos

pro

duto

s

ind

ustr

ializ

ad

os.

...a

alim

enta

ção

é

enfa

tizad

a

tanto

quan

to a

s m

até

rias.

Muda

nça

de

háb

itos

Com

pre

ende a

import

ância

de

agre

gar

conte

údos

Conscie

ntiza

ção

dos

háb

itos

alim

enta

res

Possib

ilida

de

de

art

icula

ção

dos

conte

údos

Facili

da

de

de

impla

nta

ção

Facili

da

de

de

impla

nta

ção

Page 162: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO … · Alessandra Teixeira Miranda de Araujo EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL COMO FORÇA MOTRIZ DO DESENVOLVIMENTO DA INTERDISCIPLINARIDADE

14

6

saudá

ve

is

e

inte

ligente

s,

sabend

o o

qu

e f

az b

em

para

ele

s.

Nós

fizem

os

um

diá

rio

em

que c

ada u

m n

ão s

ó t

rata

da

alim

enta

ção

, m

as

tam

bém

do

rep

ouso,

a

águ

a,

tudo

isso

é

import

ante

, e

tudo

acom

panhado

tam

bém

pelo

s

pais

.

O

conceito

tra

zid

o

pelo

pro

jeto

se

ap

lica

a

o

quart

o

ano,

para

e

les

é

muito

import

ante

.

O c

onceito t

razid

o p

elo

pro

jeto

se

ap

lica

ao

quart

o a

no,

para

ele

s

é m

uito im

port

ante

.

O

conceito

se

aplic

a n

o E

FI

Aplic

ação

nas f

ases d

a

vid

a I

Possib

ilida

de d

e

aplic

ação

C 2

3 S

R

No i

nic

io f

oi

o m

ais

difíc

il de

pôr

o

pro

jeto

em

pra

tica,

imp

lanta

r n

a s

ala

de

au

la,

no

mom

ento

não

de

fala

r,

mas

de

os

alu

nos

part

icip

are

m

junto

com

a

pro

fessora

. A

nossa p

rim

eira

hort

a

foi

um

ta

nto

qua

nto

contu

rba

da,

na h

ora

de r

eg

ar

e d

e c

olh

er.

Foi

o

mais

difíc

il de

pôr

o

pro

jeto

em

pra

tica,

impla

nta

r na

sala

d

e

au

la,

no

mom

ento

não

de

fala

r,

ma

s

de

os

alu

nos

part

icip

are

m

junto

com

a

pro

fessora

.

Difíc

il

impla

nta

r

No inic

io t

eve

dific

uld

ades

No inic

io t

eve

dific

uld

ades

Dific

uld

ades

de

impla

nta

ção

Dific

uld

ades

de

impla

nta

ção

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14

7

O m

ais

gra

tificante

é q

ua

ndo

o p

ai

fala

que o

alu

no p

ediu

para

co

mer

cert

o

alim

ento

que

a p

rofe

ssora

fe

z e

m s

ala

de a

ula

ou f

alo

u s

obre

, a

lgo

que

não

é

com

um

um

a

criança

com

er

e

princip

alm

ente

ped

ir h

oje

em

dia

. O

s

alu

nos

alé

m

de

apre

nder,

ele

s

chegam

a

casa

e

ain

da

ensin

am

os

pais

, exp

licam

porq

ue

ele

s

não

po

dem

com

er

cert

o

alim

ento

e c

om

o e

le f

az m

al;

ele

s n

os c

onta

m q

ue a

nte

s o

que

era

um

a

briga,

um

transto

rno,

agora

é

um

a

refe

ição

tran

qu

ila;

aca

bou

modific

ando a ro

tina não só

do

alu

no

mas

com

o

da

fam

ília

e

o

é

um

a

cois

a

obrig

ató

ria e chata

, já

ficou

natu

ral.

O bom

é que o pro

jeto

n

ão

A n

ossa p

rim

eira h

ort

a

foi

um

ta

nto

qua

nto

contu

rba

da,

na

hora

de r

eg

ar

e d

e c

olh

er.

...m

ais

gra

tificante

é

quan

do

o p

ai

fala

que

o

alu

no

ped

iu

para

com

er

cert

o

alim

ento

que

a

pro

fessora

fe

z

em

sala

de

aula

ou

falo

u s

obre

,

Os

alu

nos

alé

m

de

apre

nder,

ele

s c

heg

am

a

casa

e

ain

da

ensin

am

os p

ais

,

O b

om

é q

ue

o p

roje

to

não

dura

um

m

ês,

Difíc

il im

pla

nta

r

Muda

nça d

e

háb

itos

Muda

nça d

e

háb

itos

Muda

nça d

e

háb

itos

Conscie

ntiza

ção d

os

háb

itos

alim

enta

res

Conscie

ntiza

ção d

os

háb

itos

alim

enta

res

Conscie

ntiza

ção d

os

háb

itos

alim

enta

res

Facili

da

de

de

impla

nta

ção

Facili

da

de

de

impla

nta

ção

Facili

da

de

de

impla

nta

ção

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14

8

dura

um

m

ês,

dura

um

ano

inte

iro,

entã

o

nós

não

fazem

os

corr

endo,

acom

panham

os o passo do

alu

no,

à

medid

a

que

as

cois

as v

ão a

con

tecen

do,

que

as

necessid

ad

es

vão

surg

ind

o.

Depo

is q

ue a

gen

te c

om

eça

a

pra

ticar

nós

perc

ebem

os

que n

ão é

ne

nhum

bic

ho d

e

sete

cabeças,

é

alg

o

gosto

so,

fácil

de

ser

pra

ticad

o,

faz

bem

e

tra

z

satisfa

ção

no

fin

al

qua

ndo

vem

os

o

desen

vo

lvim

ento

dos

alu

nos.

Qua

ndo

nós

convers

am

os

com

os

pais

ele

s

acham

in

tere

ssante

a

pre

ocup

ação c

om

seu f

ilho e

ele

s

acab

am

perc

ebendo

a

import

ância

da

boa

alim

enta

ção

, princip

alm

ente

na

hora

do

lanch

e,

nós

dura

um

ano

inte

iro,

entã

o

nós

não

fazem

os c

orr

endo,

Quand

o

nós

convers

am

os

com

os

pais

ele

s

acham

inte

ressa

nte

a

pre

ocup

ação com

seu

filh

o

e

ele

s

acab

am

perc

ebe

ndo

a

import

ância

d

a

boa

alim

enta

ção

,

Muda

nça

de

háb

itos

Conscie

ntiza

ção d

os

háb

itos

alim

enta

res

Facili

da

de

de

impla

nta

ção

Page 165: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO … · Alessandra Teixeira Miranda de Araujo EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL COMO FORÇA MOTRIZ DO DESENVOLVIMENTO DA INTERDISCIPLINARIDADE

14

9

som

os

os

olh

os

dele

s

na

escola

e

ele

s

agra

decem

o

cuid

ado

com

seus

filh

os.

O 2

4 S

R

Tra

nsfo

rmando

os

hábitos

dos

alu

nos,

dos

seus

fam

iliare

s

e

até

os

nossos,

que

com

as info

rmações q

ue

o

pro

jeto

tr

az

aca

bam

os

repensa

ndo

em

nossos

va

lore

s

alim

enta

res,

en

tão

todo

m

undo

aca

ba

se

ndo

beneficia

do c

om

o p

roje

to.

...c

om

as in

form

ações

que

o

pro

jeto

tr

az

acabam

os r

epensan

do

em

nossos

valo

res

alim

enta

res,

entã

o

todo

m

undo

aca

ba

sendo

be

neficia

do

com

o p

roje

to.

Muda

nça

de

háb

itos

Conscie

ntiza

ção

dos

háb

itos

alim

enta

res

Facili

da

de

de

impla

nta

ção

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15

0

Ap

ên

dic

e H

: Q

UA

DR

O C

OM

DE

PO

IME

NT

OS

, E

XP

RE

SS

ÕE

S C

HA

VE

E I

DE

IAS

CE

NT

RA

IS R

EF

ER

EN

TE

ÀS

EN

TR

EV

IST

AS

.

Qu

ad

ro

14

- D

ep

oim

en

to, e

xp

res

es

ch

ave

s e

id

eia

s c

en

tral

refe

ren

te à

qu

es

tão

3. Q

ua

l s

ua

pe

rce

pçã

o q

uan

to a

o p

roje

to

ped

ag

óg

ico

de E

N s

ug

eri

do

pe

la r

ed

e d

e e

nsin

o, c

om

o e

str

até

gia

pa

ra e

xe

rcíc

io d

a in

terd

isc

iplin

ari

da

de

?

Pro

fessor

cola

bora

dor

Depo

imento

E

xpre

ssões c

ha

ves

(EC

H)

Ideia

s C

en

trais

(IC

)

Subcate

gorias

Cate

gorias

tem

áticas

EI

1 S

P

enso

qu

e o

pro

jeto

, é

muito

inte

ressa

nte

e a

pro

posta

de

trabalh

ar

saúd

e e educação

é

import

ante

. A

qui

em

Santo

s,

é

tra

nqu

ilo

fala

r de

saúde,

pois

o

esport

e

está

muito pre

sente

na

vid

a d

os

alu

nos,

e

esport

e

está

direta

mente

lig

ad

o

a

alim

enta

ção

, entã

o p

odem

os

diz

er

qu

e

Sa

nto

s

é

um

a

cid

ad

e

ante

nada

nesses

pro

jeto

s.

Penso q

ue o

pro

jeto

,

é m

uito in

tere

ssan

te

e

a

pro

posta

de

trabalh

ar

saúd

e

e

educação

é

import

an

te.

Boa

pro

posta

saúde/e

ducaç

ão

Conexã

o,

entr

e

educação

e

saúde.

Devolu

tiva

positiv

a

EI

2 S

F

azem

os

capacitação

todo

iníc

io

de

ano

...

Mas

esse

ano,

as

oficin

as

apre

senta

ram

este

pro

jeto

que

torn

ou

mais

dic

o

o

pro

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ped

agó

gic

o.

É

fácil

Fa

zem

os

capacitaçã

o

todo

iníc

io

de

ano

...

Mas

esse a

no,

as o

ficin

as

apre

senta

ram

este

pro

jeto

qu

e

torn

ou

Melh

oro

u

o

pro

jeto

peda

góg

ico

Expre

ssão

da

ale

gria

Devolu

tiva

positiv

a

Page 167: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO … · Alessandra Teixeira Miranda de Araujo EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL COMO FORÇA MOTRIZ DO DESENVOLVIMENTO DA INTERDISCIPLINARIDADE

15

1

trabalh

ar

com

o

pro

jeto

“Am

iguin

hos d

a S

aúde”,

e o

mais

im

port

ante

é

que

os

pais

perc

ebera

m a

difere

nça

quan

do

as

cria

nças

chega

vam

e

casa

em

polg

adas

com

enta

ndo

sobre

as

aula

s.

Poste

riorm

ente

os

pa

is

nos

perg

unta

vam

sobre

as a

ula

s,

e

muitos

nos

elo

gia

ram

e

perc

ebera

m a

m

udança nos

háb

itos a

limenta

res d

os s

eus

filh

os.

mais

lúdic

o o

pro

jeto

peda

góg

ico.

os

pa

is

nos

perg

unta

vam

sobre

as

aula

s,

e

muitos

nos

elo

gia

ram

e

perc

ebera

m

as

mudanças

nos

háb

itos

alim

enta

res

dos s

eus f

ilhos.

Pro

porc

iono

u

mudanças

Mod

ific

ação

dos

háb

itos

alim

enta

res

Devolu

tiva

positiv

a

EI

3 S

S

em

ana

passada

, u

ma

alu

na

me

trouxe

um

pote

com

fr

uta

s

pic

adas

e

falo

u

que

era

para

d

ivid

ir

com

todos o

s a

lun

os.

Com

ecei

a

perc

eber

que

o

núm

ero

de

alu

nos

que

tra

zia

m

furt

as,

aum

ento

u

sig

nific

ativam

ente

depo

is

da

in

serç

ão

no

pro

jeto

.

Com

ecei

a perc

eber

que

o

núm

ero

d

e

alu

nos

qu

e

tra

zia

m

furt

as,

aum

ento

u

sig

nific

ativam

ente

depo

is

da

inserç

ão

no p

roje

to.

Pro

porc

ion

ou

mudanças

Mod

ific

ação

dos

háb

itos

alim

enta

res

Devolu

tiva

positiv

a

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15

2

EF

4 S

O

pro

jeto

vai

co

nsolid

ar

confo

rme

os

anos

passa

m,

espero

que n

ão p

erc

am

os a

em

polg

ação

de

traba

lhar

com

educação e

saúd

e,

pois

a p

roposta

do p

roje

to é

muito

boa.

O

pro

jeto

va

i

consolid

ar

confo

rme

os

anos

passam

,

espero

que

n

ão

perc

am

os

a

em

polg

ação

de

trabalh

ar

com

educação

e s

de.

Boa

pro

posta

educação

/saú

de

Conexã

o,

entr

e

educação

e

saúde.

Devolu

tiva

positiv

a

EF

5 S

G

oste

i d

e

tra

ba

lhar

com

o

pro

jeto

...

penso q

ue t

udo q

ue

fala

de s

de e

educação,

é

muito

rico,

mas

o

mais

import

ante

é

o

reto

rno

dos

pais

e d

os a

lun

os,

isso n

ão

tem

pre

ço.

...f

ala

d

e

sa

úde

e

educação

, é

muito

rico,

mas

o

mais

import

ante

é

o

reto

rno

dos

pa

is

e

dos a

lunos,

isso n

ão

tem

pre

ço.

Boa

pro

posta

educação

/saú

de

Conexã

o,

entr

e

educação

e

saúde.

Devolu

tiva

positiv

a

EF

6 S

O

pro

jeto

é

muito

inte

ressa

nte

, m

as v

ejo

que o

tem

po

é

muito

curt

o

pa

ra

desen

vo

lver

ativid

ad

es

lúd

icas

que

possam

desen

vo

lver

o p

roje

to.

Ain

da

me sin

to com

um

pouco de

abord

ar

o t

em

a n

a s

ala

com

outr

as

dis

cip

linas,

mas

O p

roje

to é

muito

inte

ressa

nte

, m

as

vejo

que o

tem

po é

muito c

urt

o p

ara

desen

vo

lver

ativid

ad

es lú

dic

as

que p

ossam

desen

vo

lver

o

pro

jeto

.

Tem

po

dific

ulta

o

desen

vo

lvim

en

to

Dific

uld

ade

de

trabalh

ar

com

o tem

po

Devolu

tiva

nega

tiva

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15

3

acre

dito

q

ue é ape

nas u

ma

questã

o

de

tem

po

até

m

e

adap

tar

à p

roposta

.

C 7

S

Goste

i m

uito!

O

pro

jeto

deix

ou

a

escola

r colo

rid

a,

aum

ento

u

o

inte

resse

dos

pais

...

cre

io q

ue ta

mbém

contr

ibu

ir

muito

para

as

matr

icula

s,

e

até

m

esm

o

para

d

ifere

ncia

r a

pro

posta

do

pro

jeto

pe

dag

óg

ico.

É

muito im

port

ante

, qu

e o pai

saib

a

que

a

escola

te

m

pro

jeto

s

difere

nte

s

e

que

contr

ibu

em

sig

nific

ativam

ente

para

a

vid

a d

o s

eu f

ilho.

Goste

i m

uito!

O

pro

jeto

de

ixou

a

escola

r colo

rid

a,

aum

ento

u

o

inte

resse d

os p

ais

...

...e

até

m

esm

o para

difere

ncia

r a

pro

posta

do

pro

jeto

peda

góg

ico.

Melh

oro

u

o

pro

jeto

peda

góg

ico

Melh

oro

u

o

pro

jeto

peda

góg

ico

Expre

ssão

da

ale

gria

Expre

ssão

da

ale

gria

Devolu

tiva

positiv

a

Devolu

tiva

positiv

a

O 8

S

Tudo q

ue

é d

ifere

nte

, para

o

alu

no

é

inte

ressante

. O

pro

jeto

to

rna a vid

a escola

r

do a

luno m

ais

ale

gre

, e d

eix

a

pro

fessor

mais

ante

nad

o e

m

difere

nte

s m

odos de aplic

ar

o c

onte

údo.

O

pro

jeto

to

rna

a

vid

a e

scola

r do a

luno

mais

ale

gre

, e de

ixa

pro

fessor

mais

ante

nad

o.

Boa

estr

até

gia

de e

nsin

o

Expre

ssão

da

ale

gria

Devolu

tiva

positiv

a

Page 170: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO … · Alessandra Teixeira Miranda de Araujo EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL COMO FORÇA MOTRIZ DO DESENVOLVIMENTO DA INTERDISCIPLINARIDADE

15

4

EI

9 L

A

m

inha

perc

epçã

o

a

respeito

do

pro

jeto

, é

positiv

a,

e é

um

pro

jeto

que

tend

e

cada

ve

z

mais

a

cre

scer.

M

as

para

is

so,

pre

cis

am

os

trabalh

ar

os

educad

ore

s,

para

to

dos

tere

m a

consciê

ncia

de q

uem

é

necessári

o

reserv

ar

sem

pre

um

te

mpo,

para

realiz

ar

esse tra

balh

o.

A m

inha p

erc

epção a

respeito

do p

roje

to,

é

positiv

a, e é

um

pro

jeto

que t

end

e

cada v

ez m

ais

a

cre

sce

r.

Boa e

str

até

gia

de e

nsin

o

Expre

ssão

da

ale

gria

Devolu

tiva

positiv

a

EI

10 L

P

ara

m

im,

é um

a excele

nte

estr

até

gia

de e

nsin

o,

por

ser

trabalh

ada

de

um

a

form

a

inte

rativa.

Para

m

im,

é

um

a

excele

nte

estr

até

gia

de e

nsin

o,

Boa

estr

até

gia

de e

nsin

o

Expre

ssão

da

ale

gria

Devolu

tiva

positiv

a

EI

11 L

O

„„A

mig

uin

hos

da

Saú

de‟‟,

se t

orn

a u

ma b

oa e

str

até

gia

de e

nsin

o p

or

nos p

ossib

ilita

r

de

tra

balh

ar

dessa

melh

or

form

a.

O p

roje

to é

tra

nquilo

,

mas é

com

o já f

oi colo

cado

...

A q

uestã

o d

o t

em

po,

porq

ue

nós

tem

os

vonta

de,

tem

os

muitas

ideia

s,

mas

o

O p

roje

to é

tra

nqu

ilo,

mas

é

com

o

foi

colo

cad

o...

A

questã

o

do

tem

po,

porq

ue

nós

tem

os

von

tad

e,

tem

os

muitas i

deia

s,

mas o

cale

ndári

o

muitas

ve

zes

não

nos

Tem

po

dific

ulta o

desen

vo

lvim

en

to

Dific

uld

ade d

e

trabalh

ar

com

o tem

po

Devolu

tiva

nega

tiva

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15

5

cale

ndári

o m

uitas v

ezes n

ão

nos p

erm

ite.

perm

ite.

EF

12

L

Para

mim

, esse c

aso j

á f

oi

a

resposta

de

qu

e

o

pro

jeto

não

se

ap

lica

som

ente

a

inte

rdis

cip

linari

dad

e,

mas

tam

bém

com

o

um

a

estr

até

gia

para

vid

a

do

alu

no.

...o

pro

jeto

não s

e

aplic

a s

om

ente

a

inte

rdis

cip

linari

dad

e,

mas tam

bém

com

o

um

a e

str

até

gia

para

vid

a d

o a

lun

o.

Boa e

str

até

gia

de e

nsin

o

Expre

ssão d

a

ale

gria

Devolu

tiva

positiv

a

EF

13

L

Com

cert

eza,

o

pro

jeto

pro

porc

iona

um

a

aula

multid

iscip

linar,

porq

ue

de

form

a

bem

dic

a

e

po

dem

ser

trabalh

adas

div

ers

as

dis

cip

linas.

Com

cert

eza,

o

pro

jeto

pro

porc

iona

um

a

aula

multid

iscip

linar.

...tra

ba

lhadas

div

ers

as d

iscip

linas.

Boa

estr

até

gia

de e

nsin

o

Expre

ssão

da

ale

gria

Devolu

tiva

positiv

a

EF

14

L

O p

roje

to t

em

facili

tad

o m

uito

quan

to

para

nós,

qua

nto

para

os

alu

nos,

porq

ue

se

torn

a m

ais

inte

ressante

pa

ra

am

bos o

s lados.

Para

mim

, é o

melh

or

jeito d

e

se

ensin

ar!

P

orq

ue

um

a

cois

a

é

você

apre

nd

er

Para

m

im,

é

o

melh

or

jeito

de

se

ensin

ar!

Porq

ue um

a cois

a é

você

apre

nder

ouvin

do,

e

outr

a

é

viv

encia

ndo a

qu

ilo...

Boa

estr

até

gia

de e

nsin

o

Expre

ssão

da

ale

gria

Devolu

tiva

positiv

a

Page 172: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO … · Alessandra Teixeira Miranda de Araujo EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL COMO FORÇA MOTRIZ DO DESENVOLVIMENTO DA INTERDISCIPLINARIDADE

15

6

ouvin

do,

e

outr

a

é

viv

encia

ndo a

qu

ilo...

eu v

ejo

que

o

pro

jeto

te

m

a

capacid

ade

de

ensin

ar

os

alu

nos,

de um

a fo

rma m

ais

div

ert

ida e

rea

lista

.

C 1

5 L

E

essa

qu

estã

o vem

fluin

do

tão

bem

, que

a

ge

nte

perc

ebe

que

muitas

ve

zes

não

é

necessári

o

pre

para

r

um

a

ativid

ade

gra

nde

e

lúd

ica,

porq

ue

tanto

as

pro

fessora

s,

com

o o

s a

lunos

estã

o s

e a

costu

mando a

lid

ar

com

essa

questã

o

no

seu

dia

-a-d

ia.

Aqu

i n

o

nosso

colé

gio

, já

viro

u

cotidia

no

desde a cantin

a,

até

a sala

de

au

la.

Essa

questã

o

de

aceitaçã

o

está

o

abra

ngente

, qu

e

qua

ndo

mandam

os b

ilhe

te p

ara

pe

dir

ingre

die

nte

para

o

nosso

café

da

manhã

saudável,

E e

ssa q

uestã

o v

em

fluin

do t

ão b

em

, que

a g

ente

perc

ebe q

ue

muitas

ve

zes

não

é

necessário

pre

para

r

um

a

ativid

ade

gra

nd

e

e

lúd

ica,

porq

ue

tanto

as

pro

fessora

s,

com

o

os

alu

nos

estã

o

se

acostu

mando a lid

ar

com

essa q

uestã

o n

o

seu d

ia-a

-dia

.

Boa

estr

até

gia

de e

nsin

o

Expre

ssão

da

ale

gria

Expre

ssão

da

Devolu

tiva

positiv

a

Devolu

tiva

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15

7

ele

s n

em

question

am

e s

e s

e

mostr

am

satisfe

itos

com

o

que e

stá

aco

nte

cen

do.

...m

ostr

am

-se

satisfe

itos c

om

o q

ue

está

acon

tecen

do.

Boa

estr

até

gia

de e

nsin

o

ale

gria

positiv

a

O 1

6 L

O

pro

jeto

“A

mig

uin

hos

da

Saú

de”

é

muito

válid

o

pa

ra

mim

. É

fu

ndam

enta

l q

ue

pro

fessor

com

pre

a i

de

ia,

se

não

o

pro

jeto

o

va

i pa

ra

frente

. E

a g

ente

sem

pre

um

in

centivo,

por

exem

plo

,

há p

ouco t

em

po c

onstr

uím

os

um

a

hort

a

e

dem

os

um

a

mudin

ha

para

ca

da

pro

fessora

com

o

form

a

de

incentivo.

Nesse m

esm

o dia

da h

ort

a,

foi

um

a a

legri

a v

er

as

crianças

radia

nte

s

ao

com

ere

m

aque

le

alim

ento

que nunca

tinh

am

vis

to...

O

conta

to

dele

s

foi

um

a

experiê

ncia

m

ara

vilh

osa,

porq

ue a

gente

vib

rava c

om

a

felic

ida

de

de

les.

Dia

nte

dis

so tu

do d

á pa

ra a ge

nte

Nesse m

esm

o d

ia d

a

hort

a,

foi um

a a

legri

a

ver

as

crianças

radia

nte

s

ao

com

ere

m

aque

le

alim

ento

que

n

unca

tinh

am

vis

to...

Boa e

str

até

gia

de e

nsin

o

Expre

ssão d

a

ale

gria

Devolu

tiva

positiv

a

Page 174: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO … · Alessandra Teixeira Miranda de Araujo EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL COMO FORÇA MOTRIZ DO DESENVOLVIMENTO DA INTERDISCIPLINARIDADE

15

8

observ

ar

qu

e

alé

m

dos

outr

os c

rité

rios d

e a

va

liaçã

o,

a gen

te d

esen

vo

lveu co

isas

difere

nte

s

né...

E

pa

ra

trabalh

ar

com

o

conte

úd

o,

ser

inte

rdis

cip

linar

e

conte

xtu

aliz

ado.

E

para

tr

abalh

ar

com

o c

onte

údo,

ser

inte

rdis

cip

linar

e

conte

xtu

aliz

ado.

Boa e

str

até

gia

de e

nsin

o

Expre

ssão d

a

ale

gria

Devolu

tiva

positiv

a

EI

17 S

R

Ah

eu

vejo

que

fa

z

um

a

difere

nça

na

vid

a

dos

alu

nin

hos n

a m

edid

a e

m q

ue

você

va

i tr

aba

lha

nd

o

com

ele

s,

mostr

ando

a

import

ância

, d

esse

desen

vo

lvim

ento

mesm

o e

m

rela

ção

à

sa

úde

e

envolv

e

não

a

alim

enta

ção,

mas

um

a v

ida

saud

ável, t

ud

o isso

é

um

a

boa

estr

até

gia

de

ensin

o.

...n

a m

edid

a e

m q

ue

você v

ai

trab

alh

an

do

com

ele

s,

mostr

ando

a i

mport

ância

, desse

desen

vo

lvim

ento

mesm

o e

m r

ela

ção à

saúde e

en

vo

lve n

ão

a

alim

enta

ção,

mas

um

a

vid

a

saudá

ve

l, t

udo

isso

é

um

a

boa

estr

até

gia

de e

nsin

o.

Boa

estr

até

gia

de e

nsin

o

Expre

ssão

da

ale

gria

Devolu

tiva

positiv

a

EI

18 S

R

Mudo

u

muita

cois

a

porq

ue

ele

s t

êm

o c

ostu

me d

e t

razer

lanch

es

com

o

bola

ch

as,

refr

igera

nte

s e

com

o p

roje

to

...c

om

o

pro

jeto

“Am

iguin

hos

da

Saú

de”,

e

les

com

eçara

m

a

trazer

Pro

porc

iono

u

mudanças

Mod

ific

ação

dos

háb

itos

alim

enta

res

Devolu

tiva

positiv

a

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15

9

“Am

iguin

hos d

a S

aúde”,

ele

s

com

eçara

m a

tra

zer

fruta

s e

ficam

bem

em

polg

ados

ao

nos

mostr

ar

qual

ele

s

trouxera

m n

o d

ia.

fruta

s

e

ficam

bem

em

polg

ados

ao

nos

mostr

ar

qua

l e

les

trouxera

m n

o d

ia.

EI

19 S

R

Muitos

alu

nos

com

em

os

veg

eta

is,

as

fruta

s

qua

ndo

estã

o

com

os

am

iguin

hos

porq

ue

um

aca

ba

influe

ncia

ndo

o

outr

o,

ou

quer

com

er

o m

esm

o q

ue o

cole

ga

e

assim

ele

s

o

experim

enta

nd

o

os

alim

ento

s.

Eu já

fiz com

a m

inha sala

um

pão

inte

gra

l em

que

todos

part

icip

ara

m

na

confe

cção;

nem

to

dos

gosta

vam

do

o

inte

gra

l,

mas n

o f

ina

l to

dos c

om

era

m

e g

osta

ram

, pra

mim

é m

uito

satisfa

tório.

Eu

fiz

com

a

min

ha

sala

um

pão

inte

gra

l em

que

todos

part

icip

ara

m

na

confe

cção;

nem

todos

gosta

vam

do

pão i

nte

gra

l, m

as n

o

final

todos com

era

m

e

gosta

ram

, para

mim

é

muito

satisfa

tório.

Boa e

str

até

gia

de e

nsin

o

Expre

ssão d

a

ale

gria

Devolu

tiva

positiv

a

EF

20

SR

E

u

sem

pre

fa

lo

da

imp

ort

ân

cia

d

a

O

pro

jeto

é

import

ante

para

ele

s,

Pro

porc

iono

u

mudanças

Mod

ific

ação

dos h

ábitos

Devolu

tiva

positiv

a

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16

0

alim

enta

ção

,

prin

cip

alm

en

te

da

s

va

nta

ge

ns

do

s

alim

ento

s

na

tura

is

e

ele

s

estã

o

ca

da

dia

ma

is

ace

itan

do

e

ssa

s

co

isas

e

a

ge

nte

pe

rcebe

p

elo

la

nch

e

qu

e e

les leva

m.

O

pro

jeto

é

im

po

rta

nte

pa

ra

ele

s,

prin

cip

alm

en

te

po

rqu

e

en

sin

a

bon

s

bito

s

alim

enta

res,

e

é

div

ert

ido

, e

ntã

o

ele

s

aca

ba

m

ap

rend

en

do

e

gra

va

nd

o

os

en

sin

os

se

m p

erc

ebe

r.

princip

alm

ente

porq

ue

ensin

a

bons

háb

itos

alim

enta

res,

e

é

div

ert

ido,

entã

o

ele

s

acabam

apre

nden

do

e

gra

va

nd

o o

s e

nsin

os

sem

perc

eber.

alim

enta

res

EF

21

SR

E

u

traba

lho

o

pro

jeto

ju

nto

com

o c

ronogra

ma e

ele

não

Eu t

raba

lho o

pro

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junto

com

o

Boa

estr

até

gia

de e

nsin

o

Expre

ssão

da

ale

gria

Devolu

tiva

positiv

a

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16

1

me a

trapalh

a e

m n

ada,

com

ele

eu

posso

ensin

ar

meus

alu

nin

hos

pela

s

ativid

ad

es

que e

u f

aço.

O p

roje

to é

um

a

boa f

orm

a d

e e

nsin

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e e

les

gosta

m m

uito.

cro

nogra

ma

e

ele

não m

e a

trapalh

a e

m

nada

.

O p

roje

to é

um

a b

oa

form

a

de

ensin

ar

e

ele

s g

osta

m m

uito.

Boa

estr

até

gia

de e

nsin

o

Expre

ssão

da

ale

gria

Devolu

tiva

positiv

a

EF

22

SR

O

pro

jeto

te

ve

um

im

pacto

muito

positiv

o

sobre

as

crianças e

os p

ais

com

enta

m

muito

isso

conosco,

fez

realm

ente

a

d

ifere

nça;

o

chocola

te

e

o

refr

igera

nte

vêm

sendo s

ubstitu

ído p

ela

s

fruta

s

e

pelo

suco

natu

ral

entã

o

teve

essa

difere

nça

que pod

e a

té ser

perc

eb

ida

no lanche

de

les.

O

pro

jeto

te

ve

um

impacto

m

uito

positiv

o

sobre

as

crianças

e

os

pais

com

enta

m m

uito isso

conosco,

fez

realm

ente

a

difere

nça;

Boa

estr

até

gia

de e

nsin

o

Expre

ssão

da

ale

gria

Devolu

tiva

positiv

a

C 2

3 S

R

Eu ach

o q

ue o pro

jeto

está

bem

in

serido

na

educação

dos

alu

nos;

hon

esta

mente

eu

o

consig

o

mais

ver

a

escola

sem

a orie

nta

ção

da

Eu

acho

que

o

pro

jeto

está

bem

inseri

do n

a e

ducação

dos

alu

nos;

honesta

mente

eu

Boa

estr

até

gia

de e

nsin

o

Expre

ssão

da

ale

gria

Devolu

tiva

positiv

a

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16

2

part

e d

a s

de.

Não

tem

a

mín

ima

dific

uld

ade d

e t

raba

lhar

com

ele

, ele

agre

go

u

na

apre

ndiz

ag

em

dos alu

nos e

só tr

ouxe ben

efí

cio

a to

dos

ele

s.

não c

onsig

o m

ais

ver

a

escola

sem

a

orienta

ção

da

part

e

da s

de.

O 2

4 S

R

A g

ente

conse

gue e

xpan

dir

o

ensin

o,

a

ge

nte

conse

gue

cre

scer

em

to

dos

os

aspecto

s,

o s

ó n

a h

ora

da

aula

, m

as

tam

bém

fo

ra

da

escola

, m

udança

no

com

port

am

ento

.

A

ge

nte

co

nseg

ue

expand

ir o

ensin

o,

a

gente

conseg

ue

cre

scer

em

todos o

s

aspecto

s,

Boa

estr

até

gia

de e

nsin

o

Expre

ssão

da

ale

gria

Devolu

tiva

positiv

a

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ANEXO

Folder de divulgação do projeto amiguinhos da saúde

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