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Políticas para o Álcool: onde estamos e para onde vamos?

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Page 1: Políticas para o Álcool: onde estamos e para onde vamos?

Políticas para o Álcool: onde estamos e para onde vamos?

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Médica Psiquiatra, Doutora em Ciências pela UNIFESPProfessora Afiliada e pesquisadora da UNIFESP

Coordenadora do Comitê de Drogadependência da APM

Presidente da ABEAD

Coordenadora Técnica do Projeto Periscópio Tarumã, SPCoordenadora Técnica do UBACHARTÁBACHAIM (Colégio IAVNE, SP)

Coordenadora Técnica do DARKEI HAIM (Colégio Beit Yaacov, SP)

Declaro não ter conflito de interesses.

Ana Cecilia Petta Roselli Marques

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Por que o universitário usa?

•Resultado da “política” vigente: indústria, grupos de interesse

•Cultura determina o modelo

•Por pressão do grupo

•Por influência dos amigos próximos

•Por ação no sistema de reforço: o efeito agudo + hábito ou dependência

•Pesquisa entre adolescentes de 12 a 17 anos perguntou sobre a percepção de futuro Pesquisa entre adolescentes de 12 a 17 anos perguntou sobre a percepção de futuro

em relação ao beber e fumar: a maioria respondeu que não sabe se vai fumar, mas tem em relação ao beber e fumar: a maioria respondeu que não sabe se vai fumar, mas tem

certeza que vai beber antes da maioridade! certeza que vai beber antes da maioridade!

Pinsky e col, .1999Pinsky e col, .1999

•Para socializar...

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ESTUDANTE UNIVERSITÁRIO EM UMA FESTA APÓS VÁRIAS DOSES DE BEBIDAS ALCOÓLICAS...

"Estou nos primórdios de meu"Estou nos primórdios de meu beber e pretendo tirar todas asbeber e pretendo tirar todas as

vantagens deste momento!"vantagens deste momento!"

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O que temos?O que temos?

CEBRID, 2004

Cocaína 14,4 ± 2,0*Maconha 13,9 ± 1,8*

Crack 13,8 ± 2,2*Ansiolíticos 13,5 ± 2,1*

Anticolinérgicos 13,4 ± 2,4*Anfetamínicos 13,4 ± 2,2*

Solventes 13,1 ± 2,2*Tabaco 12,8 ± 2,1*Álcool 12,5 ± 2,1*

Viram alguém bêbado 61%

Consideram risco grave:

beber até 2x por semana 30%beber diariamente 94%

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O que temos?

II LENAD, INPAD/CNPQ, 2012

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“Carreira” do jovem usuário

Quanto mais precoce a experimentação, piores serão as consequências e maior o risco de desenvolvimento de abuso e dependência de álcool

Pitkanen, Lyyra et al. 2005

“O uso de álcool começa na adolescência, atinge o pico máximo no jovem adulto, aos 20 anos, quando começa a declinar!”

Windle et al., 2005

No Brasil este declínio não tem sido observado e são consumidos em torno de 9 litros per capita de álcool por ano, um dos maiores consumos no mundo, sendo que uma grande parte do consumo é atribuída a faixa etária de 15 a 25 anos

OMS, 2004Andrade et al., 2007

I e II LENAD, 2006, 2012

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Mortalidade em homens entre 15 e 19 anos

Causas # of Deaths

Acidentes 6646

Homicídio 1899

Suicídio 1611

Câncer 732

1599

Doenças Cardiovasculares 347

Anomalias Congênitas 255

DPOC 74

AVC 68

Influenza e pneumonia 66

Envenenamento 57

Source: Anderson and Smith (2003). EUA 2001

Source: Treating Child & Adolescent Mental Illness. A Practgical, All-in-one Guide, Jess P. Shatkin, MD, MPH. 2009, W.W.Norton & Company, page 13.

Page 10: Políticas para o Álcool: onde estamos e para onde vamos?

USO ABUSIVOUSO ABUSIVODE ÁLCOOLDE ÁLCOOL

20-30%20-30%

67%Vandalism

o

65% violênciaQuedas/afogamento

Criminalidade

65% BA (+)Acidentes comvítimas fatais

29% Desistência dos estudos

15% Usa outras Drogas

10% Violência Sexual10% AIDS e DSTs

O Impacto do uso de Álcool e Drogas no jovem adulto EUA

41% Problemas Performance acadêmica

O’Hare, 90Fillmore, 88 93

As drogas lícitas como o Álcool e o Tabaco são as mais utilizadas

Pico aos 20 anos2/3 diminuem o uso

após os 21 anos

34%Internações por

álcool

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From Sharon C. Wilsnack, 2002

5+ Drinks in a Row in Past 2 Weeksby 4-year

As primeiras evidências...

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85% último ano63% último mês4% uso diário

19% consomem 3 x sem 4,3 média doses por vez10% consomem 15 ou mais doses/sem21% bebe pesado = 9,6 média doses/sem

31% faz intoxicação na Graduação17% faz intoxicação na PG Em férias bebem mais

Universitários americanos

Johnston et al, 96Presley et al, 95

Mellman et al, 97Mechsler et al, 94

Lowell, 93

CONSUMOCONSUMO

ALTOALTO

RISCO ALTORISCO ALTO

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Levantamento Nacional sobre Drogas entre Universitários

Prevalência de uso na vida, nos últimos 12 meses e nos últimos 30 dias de álcool, tabaco e drogas ilícitas entre os universitários brasileiros e os universitários norte-americanos respondentes da pesquisa “Monitoring the Future” (Johnston et al., 2009); (nd: não-informado).

Substância psicotrópicaUso na vida

(%) Uso nos últimos 12 meses (%) Uso nos últimos 30 dias (%)

Brasil MTF Brasil MTF Brasil MTF

Uso de drogas ilícitas 45,7 49,5 35,5 35,2 24,8 18,9

Álcool 89,3 85,3 75,7 82,1 64,1 69Produtos de tabaco 45,5 nd 27,3 30 19,1 17,9

Maconha/Haxixe/Skank 26,9 46,8 16,9 32,3 10,7 17

Inalantes e solventes 21,6 4,9 9,7 1,1 4,2 0,4

Cocaína (pó) 5,3 7,2 3,5 4,4 2 1,2

Crack 0,3 1,4 0,1 0,5 0,1 0,1

Alucinógenos 7,9 8,5 6,2 5,1 4,2 1,7

Ecstasy 7,5 6,2 4,3 3,7 2,5 0,6

Esteróides e anabolizantes 1,9 1,6 0,8 0,1 0,4 nd

Tranquilizantes e ansiolíticos 8,9 8,6 6,5 5 4,5 1,6

Sedativos ou barbitúricos 1,1 nd 0,7 3,7 0,7 1,4

Heroína 0,1 0,7 0 0,3 0 nd

Anfetamínicos 10 9,1 7,3 5,7 5,7 2,8

Fonte: I levantamento nacional sobre o uso de Álcool, tabaco e outras drogas entre Universitários das 27 capitais brasileiras

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Fonte: I levantamento nacional sobre o uso de Álcool, tabaco e outras drogas entre Universitários das 27 capitais brasileiras

Levantamento Nacional sobre Drogas entre Universitários

Page 15: Políticas para o Álcool: onde estamos e para onde vamos?

Fonte: I levantamento nacional sobre o uso de Álcool, tabaco e outras drogas entre Universitários das 27 capitais brasileiras

Levantamento Nacional sobre Drogas entre Universitários

Page 16: Políticas para o Álcool: onde estamos e para onde vamos?

Fonte: I levantamento nacional sobre o uso de Álcool, tabaco e outras drogas entre Universitários das 27 capitais brasileiras

Levantamento Nacional sobre Drogas entre Universitários

Page 17: Políticas para o Álcool: onde estamos e para onde vamos?

• 86% dos universitários já usaram álcool na vida, 47% tabaco e 49% alguma droga ilícita

• 22% estão sob o risco de desenvolver dependência de álcool, 21% de tabaco e 8% de maconha

• 36% beberam em binge nos últimos 12 meses e 25% nos últimos 30 dias

• 18% dirigiram sob efeito de álcool e 27% pegaram carona com motorista alcoolizado

I levantamento nacional sobre o uso de Álcool, tabaco e outras drogas entre Universitários das 27 capitais brasileiras

• 28% da instituições já se envolveram em atividades sobre o tema, mas não evoluíram para projetos permanentes

Levantamento Nacional sobre Drogas entre Universitários

Page 18: Políticas para o Álcool: onde estamos e para onde vamos?

Fonte: I levantamento nacional sobre o uso de Álcool, tabaco e outras drogas entre Universitários das 27 capitais brasileiras

Levantamento Nacional sobre Drogas entre Universitários

Page 19: Políticas para o Álcool: onde estamos e para onde vamos?

O que temos?

23,6 %

58,8%

34,5 %

II LENAD, INPAD/CNPQ, 2012

26,2 %16,7 %

40,7 %

Page 20: Políticas para o Álcool: onde estamos e para onde vamos?

Frequência de uso e Idade de início

16,7 %

40,7 %

II LENAD, Laranjeira e col, 2012

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Adultos

22,2 %

28,9

%

41,2

%Binge: 4 doses para mulher e 5 doses para homem, em um intervalo duas horas.

II LENAD, Laranjeira e col, 2012

Passageiro de carro em que o motorista estava alcoolizado

Page 22: Políticas para o Álcool: onde estamos e para onde vamos?

Concentração do consumo de álcool no país

Total de Álcool consumido no Brasil por adultos

2,5% dos adultos que mais bebem, consomem 14% de todo álcool consumido por adultos

5% dos adultos que mais bebem, consomem 24% de todo álcool consumido por adultos

10% dos adultos que mais bebem, consomem 45% de todo álcool consumido por adultos

42

27

18

2006

II LENAD, Laranjeira e col, 2012

Page 25: Políticas para o Álcool: onde estamos e para onde vamos?

ÁLCOOL E VIOLÊNCIA OPAS, 2012 % Ano

Álcool puro/per capita/ano (Brasil e Paraguai) 15 anos ou mais 9,1litros 2010

DALYS e álcool 9,2 2011

Mulheres, violência por parceiro íntimo (VPI) participação como vítima ou agressor

Vítima 5,5Agressor 4,4

2008

Um ou ambos tinham bebido, mulher vítima ou agressora Vítima 57,1Agressor 49,9

Mulher vítima de agressão pelo parceiro, que bebe 5 ou + doses em pelo menos uma ocasião/ano

Sim 18,2Não 6,3

Emergência + Alcoolemia + qualquer dano

São Paulo 55,3 1999-2001Uberlândia 31,8 2004Alta Floresta 12 2006

Distrito Federal 11 2006-07Emergências, sexo masculino, ≥30 anos, com nível superior completo (Estudo ERCAAP/WHO-ER/SP) 66,8%; 50.5%; 16.4 2001

Emergência + álcool 70 1985-2011

Emergência + violência + uso de álcool antes da lesão 8.3 1985-2011

Risco relativo (RR) de dano para qualquer uso de álcool seis horas antes (uso frequente)

1.78-3.06 1984-2011

Acidentes de trânsito e vários tipos de lesões 16,5 1985-2011

Page 26: Políticas para o Álcool: onde estamos e para onde vamos?

Café é gateway + Álcool 31% + Tabaco 25%2,3 % usam na gestação: 1/5 álcool (1/3 pesado)

SAMHSA, 2004

Estigma maior

Início cada vez mais cedo (10-14 anos) e dependência se equiparam aos homens

Mais vulnerável, adoece antes; maior desemprego

Maior prevalência de Depressão, Ansiedade, Impulsividade

Maior desemprego

10 a 15% sofre abuso

Menor procura por tratamento + necessita mais recursos nas abordagens

Mulheres

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Usuárias Grávidas

Mãe Bebê

Desnutrição Baixo Peso

Hipertensão ArterialTaquicardia

Baixa auto-estima Parto pré-termoPlacenta Prévia

Abuso FísicoDepressão

SIDA e outras DSTs

PrematuridadeBaixo Peso Infecções

Síndrome da Morte Súbita do Recém Nascido

Defeitos físicosHabilidades motoras pobres Dificuldades no aprendizado

Retardo Problemas neurológicos

SIDASíndrome de Abstinência

O uso de álcool na gestação é a primeira causa não genética de retardo mental

Page 28: Políticas para o Álcool: onde estamos e para onde vamos?

Zaleski et al. 2010

• As mulheres apresentaram um maior envolvimento em violência entre parceiros, tanto como agressoras quanto como vítimas

• O tipo de violência mais frequente foi a agressão mútua

• Os homens consumiram álcool durante os episódios de violência entre parceiros com uma frequência bastante superior às mulheres

• Casais mais jovens apresentaram maior risco de envolvimento em violência conjugal quando comparados aos casais idosos

• A religião, no caso dos homens, e o trabalho no lar das mulheres, são fatores protetores contra a violência entre parceiros

O que temos?

Page 29: Políticas para o Álcool: onde estamos e para onde vamos?

• Condições clínicas agudas graves e complexas, cada vez mais comuns Condições clínicas agudas graves e complexas, cada vez mais comuns hojehoje11

• Os profissionais na Emergência Geral (EG) identificam menos que 50% dos Os profissionais na Emergência Geral (EG) identificam menos que 50% dos TUS e os treinados não mais que 50%TUS e os treinados não mais que 50%22

• O diagnóstico diferencial é muito difícil, pois grande parte é poliusuário, e O diagnóstico diferencial é muito difícil, pois grande parte é poliusuário, e o estado agudo pode mascarar vários fenômenos relacionadoso estado agudo pode mascarar vários fenômenos relacionados44

• Brasil tem poucos dados disponíveisBrasil tem poucos dados disponíveis1212

• 28,5% com TUS na EG em Ribeirão Preto, sendo que 66,8% foi relacionada 28,5% com TUS na EG em Ribeirão Preto, sendo que 66,8% foi relacionada ao álcoolao álcool1313

• 12 a 50% dos adolescentes buscaram a EG com alteração de humor, 12 a 50% dos adolescentes buscaram a EG com alteração de humor, tentativa de suicídio, outros tipos de violência tinham alcoolemia tentativa de suicídio, outros tipos de violência tinham alcoolemia positivapositiva1414

• Américas: os indivíduos que abusam de destilados em local público Américas: os indivíduos que abusam de destilados em local público buscam a EG após 6 horas, e já apresentam diversas alterações buscam a EG após 6 horas, e já apresentam diversas alterações psiquiátricas e comportamentais entre outros danospsiquiátricas e comportamentais entre outros danos1515

O que temos?

Page 30: Políticas para o Álcool: onde estamos e para onde vamos?

USO ABUSIVOUSO ABUSIVODE ÁLCOOLDE ÁLCOOL15% a 30%15% a 30%

50% dos acidentes com vítimas fatais BAC +

(Carlini-Cotrim et al., 98)

Adultos jovens18-30 anos

leitos psiquiátricos 72% álcool

10% cocaína(CEBRID, 1994)

O Impacto do uso de Álcool no jovem adulto brasileiro

Automatismo e a ansiedade rebote na

cessação mantém o uso (PUC RS, 2001)

Fatores de risco:ano mais adiantado; lazer

associado a bares; a percepção de aprovação do uso; falta autonomia para

resolver problemas(Medicina USP, 1995)

Fatores de risco: uso precoce,

principalmente o tabaco;

morar com amigos e/ou ter amigos

que usam (Medicina UNESP, 2002)

As drogas lícitas são as mais utilizadas (Farmácia CEARÁ, 2001)

O beber pesado entre universitários tem alta

prevalência, em torno de 27%.

Falta de informações e beber para desinibir são fatores de risco

(PUC SP, 2001)

A prevalência de abuso de álcool entre universitários foi de

19,2%. (Medicina UNESP, 2001)

Page 31: Políticas para o Álcool: onde estamos e para onde vamos?

Países em desenvolvimento DALYS Brasil Países Desenvolvidos

Alta mortalidade Baixa Mortalidade

1 Peso baixo Álcool (8,2%) Tabaco (12.2%)

2 Sexo inseguro Hipertensão Hipertensão

3 Água não potável Tabaco (6.8%) Álcool (9.2%)

4 Poluição dos ambientes fechados Baixo Peso Colesterol

5 Deficiência de zinco IMC alto IMC

6 Deficiência de ferro Colesterol Baixa ingestão de frutas e vegetais

7 Deficiência de vitamina A Baixa ingestão de frutas e vegetais Inatividade física

8 Hipertensão Poluição dos ambientes fechados Drogas ilícitas (1.8%)

9 Tabaco (2.0%) Deficiência de ferro Sexo inseguro

10 Colesterol Água não potável Deficiência de ferro

11 Álcool Sexo inseguro Exposição ao chumbo

12 Baixa ingestão de frutas e vegetais Exposição excessiva Abuso sexual de crianças

OMS, 2012

O que temos?

Page 32: Políticas para o Álcool: onde estamos e para onde vamos?

• Universidades com seus Centros de Referência: levantamentos, pesquisas, cursos, programas preventivos e tratamento.

• ABEAD, 1970: Política para o Álcool (PRONAL) em 1978; Programa de “Valorização à Vida” em 1990, e há 40 anos promove ação informada e debate permanente com jornadas e congressos.

• CEBRID,1978: levantamentos epidemiológicos e etnográficos a partir de 1984 e o 1º sobre Universitários em 2010/USP.

• SENAD, 1998: OBID; VIVAVOZ, hoje LIGUE 132; levantamentos e cursos; articulação da política de drogas (2005-2007) + CIEESP, 2000: Campanha Nacional sobre Drogas nas Escolas Superiores 100º seminário.

• Ministério da Saúde, 2004: Política para o Álcool.

• CNPQ/INPAD, 2005: levantamentos nacionais 2006 e 2012 e pesquisas.

• Outras associações

O que temos?

Page 33: Políticas para o Álcool: onde estamos e para onde vamos?

O que temos?

A informação produzida pela família, mídia e meio acadêmico

influencia as opiniões dos alunos, se originárias de

pesquisas confiáveis (Psicologia USP, 1992)

A inclusão de aulas sobre Tabagismo na graduação produziu uma diminuição

no hábito de fumar (Enfermagem UNIFESP, 2002)

A orientação sobre o problema e oferta de serviços para tratamento

foi fator de aderência dos universitários aos programas preventivos

(UNICAMP, 2001)

A técnica de Beber Moderado e a técnica de Prevenção de Recaídapara abusadores, IB, Dia de Alerta

(Simão et al, UNESP, 2008)

Grupos de Reflexão (PUC SP, 2001)

CENPRECursos e Tratamento

(UFSanta Maria, 2006)

Campanha Antidrogas nas Universidades Paulistas

(CIEE, 2000-15)

VIVAVOZ – LIGUE 132(UFCBPA 1998)

Atendimento em Saúde Mental(UNESP, 2011)

Comissão de Prevenção da Violência(UNESP 2012)

GENISTelefone em faixas

para socorro(UNESP, 2013)

Page 35: Políticas para o Álcool: onde estamos e para onde vamos?

O que temos?

Page 36: Políticas para o Álcool: onde estamos e para onde vamos?

• Educação para drogas nas escolas

• Rótulos com informações sobre os danos

• Mensagens públicas sobre o produto

• Promoção de festas sem álcool

• Motoristas designados e serviços de transporte para pessoas

embriagadas

• Códigos definidos pela indústria, como por exemplo, as práticas a serem

assumidas nos bares ou mensagens junto às propagandas

Estratégias Populares, mas inefetivas

Page 37: Políticas para o Álcool: onde estamos e para onde vamos?

Recomendações da OMS

• Os problemas decorrentes do consumo de drogas vem aumentando, mas as políticas direcionadas para o uso de álcool e o tabaco devem ser considerados prioridades e demandar mais recursos do que aquelas para as drogas ilícitas.

• Mais atenção deve ser direcionada às evidências epidemiológicas, às pesquisas em neurociências, à efetividade dos tratamentos e das medidas preventivas.

• Intervenções Breve são preconizadas para o abuso de álcool, cujo impacto pode ser evitado.

• A dependência é uma doença tratável.

• A Comunidade/Família são considerados determinantes relevantes tanto da doença como da reabilitação.

• Políticas de Drogas abrangentes são necessárias e devem prioridades de qualquer governo.

WHO, 2004

Page 38: Políticas para o Álcool: onde estamos e para onde vamos?

• Aumento do preço Toomey & Wagenaar, 2002

• Taxação sobre o produto/licenças para venda• Fechamento de bares mais cedo• Check points com bafômetro• Banimento da Propaganda

D. Chisholm, J. Rehm, M. van Ommeren & M. Monteiro,

Journal of Studies on Alcohol 65:782-793, 2004

• Aumento da Idade Mínima para compraO’Malley and Wagenaar, 1991

• Restrição da densidade dos pontos de venda, no campus, nas vizinhanças e nas estradas

Chaloupka & Wechsler, 1996

• BAC mais baixo ou Zero Hingson et al., 1996, 2000

Para onde deveríamos ir?

Page 39: Políticas para o Álcool: onde estamos e para onde vamos?

Políticas para o Álcool

• redução da demanda prevenção e tratamento

= comportamentos de risco

e controle social de acordo com cultura, contexto e grupo

• controle da oferta produção e suprimento

= leis, fiscalização,

normas sobre o produto

É um conjunto de estratégias que têm por objetivo promover um balanço

entre a oferta e a demanda

Page 40: Políticas para o Álcool: onde estamos e para onde vamos?

Princípios para o desenvolvimento e implementação da política:

1.Problema de interesse público + metas + melhores evidências.2.Políticas de acordo com a cultura e religião.3.Todos tem responsabilidades na implementação das políticas.4.Saúde pública na mesma direção5.Proteção da população de alto risco6.Usuários e familiares afetados devem ter acesso a prevenção e tratamento7.Todos devem estar protegidos em relação ao direito de não beber e nem ser pressionados a fazê-lo8.Políticas para todos os tipos de produtos alcoólicos

WHO, 2010

Meta global: pelo menos 10% de redução nos danos relacionadosIndicadores: Álcool per capita (15+) + Prevalência de beber pesado em adultos e adolescentes + morbidade e mortalidade entre adultos e adolescentes

WHO, 2013

Para onde deveríamos ir?

Page 41: Políticas para o Álcool: onde estamos e para onde vamos?

Na Universidade

• Projeto é prioridade da instituição

• É estruturado em diferentes comportamentos de risco e baseado em evidências científicas

• Como cada grupo tem sua cultura deve ser realizado o diagnóstico situacional como primeira etapa do projeto

• Treinamento permanente da equipe de prevenção

• A comunidade deve participar

• Avaliação contínua e difusão dos resultados

Page 42: Políticas para o Álcool: onde estamos e para onde vamos?

Falta detecção precoce e acesso ao tratamento

Amigos usam

GenéticaTraumas

Campanha preventiva permanente nos

centros acadêmicos

Homens jovensMulheres abusam

Sem informaçãoMudanças ambientaisno entorno

próximo

Avaliação dos fatores de risco e ações para

grupos de riscoDETECÇÃO PRECOCE E

INTERVENÇÃO

Mitos

Incorporar à política

institucional

Envolvimento da comunidade

acadêmica , dos familiares e do entorno

Uma grande parte da comunidade

usaFamilia usa

Propaganda incentiva

Page 43: Políticas para o Álcool: onde estamos e para onde vamos?
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Obrigada!

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