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PLANTAS TÓXICAS
Márcio Ravazoli
“se é um produto natural não apresenta efeitos
adversos”
http://belezaesaude.com/calmantes-naturais/
Final Século XX, a fitoterapia começa a ser vinculada, principalmente pela mídia, como produto associado a um modo alternativo de vida, estilo de “vida natural”.
O mercado criou uma imagem “não agressora” das plantas medicinais.
http://www.bolsademulher.com/corpo/fitoterapia-nao-e-agua-com-acucar/
As plantas tóxicas são assim denominadas por apresentarem substâncias biodisponíveis capazes de causar alterações metabólicas, tais alterações são reconhecidas como sintomas de intoxicação, que em alguns casos podem causar sérios transtornos e até mesmo levar a óbito.
Vocês sabiam que de cada dez casos de intoxicação por plantas tóxicas registradas no Brasil, seis ocorrem com crianças menores de 10 anos, e que 84% do total dessas intoxicações são acidentais? http://maesamigas.com.br/crianca-em-casa-atencao-as-plantas-toxicas/
Adolescentes e adultos: Intoxicação por plantas alucinógenas ou por finalidade alimentar de plantas identificadas erroneamente.
A falta de informação pode causar sérios danos à saúde. Reconhecer as plantas tóxicas mais frequentes pode evitar muita dor de cabeça.
Oxalato de cálcio
Oxalato de cálcio é um composto químico que forma cristais monocíclicos aciculares (isto é em forma de agulha). Grande quantidade deste composto ocorre naturalmente no Comigo-ninguém-pode, na qual forma ráfides.
http://www.microscopy-uk.org.uk/mag/indexmag.html?http://www.microscopy-uk.org.uk/mag/artaug04/wdaptenia.html
http://www.anatomiavegetal.ibilce.unesp.br/cursos/morfologiavegetal/aulas/celula-vegetal.php
Até mesmo pequenas doses de oxalato de cálcio são suficientes para causar intensa sensação de queimação na boca e garganta, inchaço e asfixia. Os sintomas podem durar por até duas semanas. Em casos de ingestão de grandes doses pode ocorrer um grande mal estar no sistema digestório, dificuldade de respirar, coma e até morte. Recuperação de envenenamento por grandes doses de oxalato de cálcio é possível, no entanto o fígado e os rins são afetados permanentemente.
http://blogs.diariodepernambuco.com.br/economia/?attachment_id=11039
COMIGO-NINGUÉM-PODE
http://www.chacaratropical.com.br/decorativas.html
Nome científico: Dieffenbachia picta SchottNome Popular: aninga-do-paráParte tóxica: todas as partes da plantaPrincípio Ativo: Ráfides de Oxalato de cálcio e saponinas.Sintomas: a ingestão e o contato pode causar sensação de queimação, edema de lábios, boca e língua, náuseas, diarreia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia; o contato com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea.
TINHORÃO
Nome científico: Caladium bicolor Vert
Nome Popular: tajá, taiá, caládio
Parte tóxica: todas as partes da planta
Princípio Ativo: Ráfides de Oxalato de cálcio.
Sintomas: a ingestão e o contato pode causar sensação de queimação, edema de lábios, boca e língua, náuseas, vômitos, diarreia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia ; o contato com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea.
http://www.arteplural.com.br/coluna/carol/0609.php
http://www.mundodeflores.com/rosas-copos-de-leite.html http://quintaldicasa.blogspot.com.br/2012/10/costela-de-adao.html http://flores.culturamix.com/flores/anturio
http://herbologiamistica.blogspot.com.br/2008/05/magia-verde-magia-da-jibia.html
http://birdcamoncheltenham.blogspot.com.br/2012_09_01_archive.html
http://flores.culturamix.com/flores/naturais/planta-espada-de-sao-jorge-decoracao
Begónia
LÁTEXNa natureza, o látex é encontrado como secreção esbranquiçada, raramente amarelada, produzida por algumas plantas. Quando feridas no caule, as plantas reagem produzindo o látex, que tem a função de provocar a cicatrização do tecido lesado.
http://www.tudosobreplantas.net/223-importancia-latex-para-plantas/
COROA DE CRISTO
Nome científico: Euphorbia millii L.
Nome Popular: Coroa-de-cristo
Parte tóxica: todas as partes da planta
Sintomas: a seiva leitosa (látex irritante) causa lesão na pele e mucosa, edema de lábios, boca e língua, dor, queimação e prurido; o contato com os olhos provoca irritação, lacrimejamento, edema das pálpebras e dificuldade de visão; a ingestão pode causar náuseas, vômitos e diarreias.
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AVELÓS
Nome científico: Euphorbia tirucalli L.Nome Popular: graveto-do-cão, figueira-do-diabo, dedo-do-diabo, pau-pelado, árvore de São Sebastião.Parte tóxica: todas as partes da plantaPrincípio ativo: Látex Irritante, Toxalbumina.Sintomas: Seiva leitosa (látex irritante) causa lesão na pele e mucosa, edema de lábios, boca e língua, dor, queimação e prurido; o contato com os olhos provoca irritação, lacrimejamento, edema das pálpebras e dificuldade de visão; a ingestão pode causar náuseas, vômitos e diarreias.
http://www.princesadebobes.com.br/2010/07/hospital-albert-einstein-faz-pesquisa-contra-o-cancer/
http://www.shopgarden.com.br/detalhe_produto.php?i=1 http://www.flickr.com/photos/10498719@N08/2812082720/
TOXALBUMINA
O princípio ativo é comumente uma albumina – as toxalbuminas, que são proteínas muito tóxicas, de efeito altamente irritante sobre a mucosa gastrintestinal, além de hemaglutinante. O efeito irritante facilita a absorção e o aparecimento de distúrbios sistêmicos algum tempo após a ingestão.
http://biomedicinapadrao.wordpress.com/category/estudos/page/9/
PINHÃO-ROXONome científico: Jatropha curcas L.
Nome Popular: pinhão-de-purga, pinhão-de-cerca, purgante-de-cavalo, manduigaçu, figo-do-infernoParte tóxica: folhas e frutos
Princípio ativo: Curcina (toxalbumina).
Sintomas: a ingestão do fruto causa náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarreia mucosa e até sanguinolenta, dispneia, arritmia e parada cardíaca.
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MAMONANome científico: Ricinus communis L.
Nome Popular: Carrapateira, rícino, mamoeira, carrapato.
Parte tóxica: sementes
Princípio ativo: Ricina (Toxalbumina)
Sintomas: a ingestão das sementes mastigadas causa náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarreia mucosa e até sanguinolenta, nos casos mais graves podem ocorrer convulsões, coma e óbito.
http://aceitericino.blogspot.com.br/2012/04/aceite-de-ricino-para-el-estrenimiento.htmlhttp://www.patricinhaesperta.com.br/beleza/beneficios-do-oleo-de-ricino-pra-beleza
SAPONINAS: são glicosídeos dificilmente absorvidos pela mucosa intestinal íntegra. Sua ação lipofílica facilita a complexação das saponinas com esteróides, proteínas e fosfolipídeos das membranas celulares alterando sua permeabilidade ou causando sua destruição, determinando manifestações sistêmicas, entre as quais, a hemólise.
http://www.portalocupacional.com.br/portal/materias/2/128/223/anemias
http://www.tudoemfoco.com.br/anemia-hemolitica.html
HERA
Nome científico: Hedera helix L.
Nome Popular: Hera, Aradeira, Hedra, Hera-dos-muros, Hera-inglesa, Hera-trepadeira, Hera-verdadeira, Heradeira, Hereira.
Parte tóxica: folhas e frutos
Princípio ativo: Glicosídeos Saponínicos
Sintomas: a ingestão do fruto causa náuseas, vômitos, salivação excessiva, cólicas abdominais, diarreia mucosa e até sanguinolenta, dispneia, arritmia e parada cardíaca.
http://betaflores.blogspot.com.br/2012/11/formato-das-plantas-e-decoracao.html
BUCHA
Nome científico: Luffa cylindrica Roem
Nome Popular: esfregão
Parte tóxica: frutos
Princípio ativo: Glicosídeos Saponínicos
Sintomas: Quando ingerido em grandes quantidades, produzem quadro de náusea, vômitos, diarreia, dor abdominal. Se ocorrer absorção gastrintestinal pode apresentar quadro mais grave em decorrência de hemólise.
http://en.wikipedia.org/wiki/Luffa_aegyptiaca
SOLANINA: é um glicoalcalóide que por clivagem hidrolítica libera um alcaloide, a alcamina e um açúcar. A alcamina é rapidamente absorvida pelo trato digestivo considerado responsável pelas manifestações sistêmicas (alucinações, dor de cabeça, hepatoxicidade). A solanina não hidrolisada, produz intensa irritação da mucosa intestinal, com o aparecimento das manifestações gastrintestinais.
http://omegaproyecto.blogspot.com.br/2013/09/gastronomia-los-vegetales-toxicos-iii.html
Solanum melongena L. Solanum tuberosum L. Solanum lycopersicum L.
MARIA PRETA
Nome científico: Solanum nigrum L.
Nome Popular: mata-cavalo, erva-moura, pimenta-de-rato, pimente-de-galinha.
Parte tóxica: folhas e frutos não maduros
Sintomas: sinais de irritação gástrica, enjoos, cólica abdominal, vômitos dor de cabeça.
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Solanum_nigrum_Nep.jpg
CARDIOTÔNICOS: Os glicosídeos cardiotônicos têm como principais características farmacológicas a capacidade de aumentar a força de contração da fibra miocárdica.
A margem terapêutica é bastante pequena → intoxicações são bastante comuns (20% dos pacientes).
São efeitos secundários e/ou sinais de intoxicação: ritmo cardíaco anormal que produz tontura, palpitação, falta de ar, sudorese ou
desmaio;
alucinações confusão e alterações mentais (ex. depressão);
cansaço ou debilidade anormais;
problemas de visão: visão borrada, dupla, percepção de
auréolas amarelas, verdes ou brancas;
perda de apetite ou náuseas etc
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DEDALEIRA
Nome científico: Digitalis purpúrea L.
Nome popular: dedaleira, digital, campainhas
Parte tóxica: folha e flor
Pricípio ativo: glicosídeos cardiotóxicos
Sintomas: Ingestão:dor/queimação, sialorréia, náuseas,
vômitos, cólicas abdominais,diarréia.
Manifestações neurológicas: cefaléia, tonturas, confusão mental e distúrbios visuais.
Distúrbios cardiovasculares: arritmias, bradicardia, hipotensão.
Contato ocular: fotofobia, congestão conjuntival, lacrimejamento.
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Digitalis_purpurea_in_Slavkovsky_les_in_summer_2012_(8).JPG
OLEANDRO
Nome científico: Nerium oleander L.
Nome popular: oleandro, louro rosa, loandro da índia, adelfa, espirradeira, flor de são José.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
Princípio ativo: glicosídeos cardiotóxicos.
Sintomas: a ingestão ou o contato com o látex podem causar dor em queimação na boca, salivação, náuseas, vómito intensos, cólicas abdominais, diarreia, tonturas e distúrbios cardíacos (Arritmia, taquicardia e fibrilação ventricular) que podem levar a morte.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Nerium_oleander2.jpg
SINDROME ANTICOLINÉRGICAS
A toxicidade provém de ação anticolinérgica dos alcalóides tropânicos, que inibem a ação da acetilcolina em efetores autônomos e na musculatura lisa, causando além da síndrome anticolinérgica, uma síndrome alucinógena.
A) Centrais: alteração da consciência, desorientação, discurso incoerente, delírio, alucinações, agitação, comportamento violento, sonolência, coma, depressão respiratória central e raramente convulsões.
B) Periféricas: hipertermia, midríase, membranas e mucosas secas, pele vermelha, quente e seca, vasodilatação periférica, taquicardia, diminuição da motilidade intestinal e retenção urinária.
Essas plantas já foram utilizadas em rituais religiosos e até com finalidades criminosas, porém, atualmente, são mais utilizados pelos efeitos medicinais e alucinógenos (finalidade recreativa).
http://bruxassalem.blogspot.com.br/2010_04_01_archive.html
Nome científico: Datura suaveolens L.
Nome Popular: erva-do-diabo, trombeteira, trombeta de anjo, aguadeira, zabumba.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
Principio Ativo: alcalóides beladonados (atropina, escopolamina e hioscina).http://mgonline.com/articles/datura.aspx
Sintomas: Náuseas, vômitos (rápido) seguido de sintomas anticolinérgicos (pele quente, seca e avermelhada, secura de mucosas, principalmente bucal e ocular, taquicardia, midríase intensa, disúria, oligúria, distúrbio de comportamento, confusão mental e agitação psicomotora. Alucinação visual seguido de depressão neurológica e até coma profundo, distúrbios cardiovasculares, respiratórios e óbito).
SAIA BRANCA
FIGUEIRA-DO-INFERNO
http://en.wikipedia.org/wiki/Datura_stramonium
Nome científico: Datura stramonium L. Nome Popular: Estramônio, erva-dos-bruxos, figueira-do-demo, figueira-do-diabo, figueira brava e zabumba.Parte tóxica: Toda a plantaPrincipio Ativo: alcalóides beladonados Sintomas: síndrome anticolinérgica (alucinações, secura na boca, midríase, taquicardia, agitação, quadros de delírio).
http://invasoras.uc.pt/gallery/datura-stramonium/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Midr%C3%ADase
DAMA DA NOITENome científico: Cestrum nocturnum L .
Nome Popular: Cestrum, Coerana, Coirana, Flor-da-noite, Jasmim-da-noite, Jasmim-verde, Rainha-da-noite
Parte tóxica: todas as partes (maior concentração de glicosídeos em folhas e frutos verdes)Principio ativo: GlicosídeosSintomas: A intoxicação provoca vômitos e náuseas, seguido de agitação psicomotora, distúrbios comportamentais e alucinações, midríase e secura das mucosas.
http://blog.giulianaflores.com.br/wp-content/uploads/2013/06/Dama-da-noite.jpg
BELADONANome científico: Atropa belladonna L.
Nome popular: beladona
Parte tóxica: todas as partes da planta (maior concentração nas raízes)
Pricípio ativo: glicosídeos cardiotônicos
Sintomas: A ingestão causa: Pele seca, quente e vermelha, principalmente no rosto; boca seca, dificultando a deglutição e articulação das palavras; sede intensa; febre; aumento da frequência cardíaca; dilatação das pupilas; movimentos desordenados; agitação; alteração de comportamento, podendo ficar agressivo; confusão mental e alucinações.
http://www.dr.hauschka.com/en_DE/knowledge-base/medicinal-plant-facts/deadly-nightshade
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http://www.hierbas2000.com/belladona.html
MEDIDAS PREVENTIVAS1. Mantenha as plantas venenosas fora do alcance das crianças.
2. Conheça as plantas venenosas existentes em sua casa e arredores pelo nome e características.
3. Ensine as crianças a não colocar plantas na boca e não utilizá-las como brinquedos (fazer comidinhas, tirar leite, etc.).
4. Não prepare remédios ou chás caseiros com plantas sem orientação médica.
5. Não coma folhas, frutos e raízes desconhecidas. Lembre-se de que não há regras ou testes seguros para distinguir as plantas comestíveis das venenosas. Nem sempre o cozimento elimina a toxicidade da planta.
6. Tome cuidado ao podar as plantas que liberam látex provocando irritação na pele e principalmente nos olhos; evite deixar os galhos em qualquer local onde possam vir a ser manuseados por crianças; quando estiver lidando com plantas venenosas use luvas e lave bem as mãos após esta atividade.
7. Em caso de acidente, procure imediatamente orientação médica e guarde a planta para identificação.
8. Em caso de dúvida ligue para o Centro de Intoxicação de sua região.
Centro de Controle de Intoxicações de São Paulo (CCI-Jabaquara)Hospital Municipal Dr. Artur Ribeiro de SaboyaAv. Francisco de Paula Quintanilha Ribeiro,860 4.º andar - JabaquaraCEP: 04330-020 - São Paulo/SPAtendimento: 0800 771 37 33
OBRIGADO!