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Publicação da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil
Ano XVI - nº 85 |novembro/dezembro| 2012
Plano sustentável é bom para você
Saiba como a Caixa de Assistência atua para garantir equilíbrio financeiro e como você pode ajudar
Pág. 8
2 3Jornal CASSI Associados
A Agência Nacional de Saúde Suplementar
(ANS) divulgou, em dezembro, a mais re-
cente avaliação das operadoras de saúde,
obtida por meio do Índice de Desempenho
da Saúde Suplementar (IDSS). A CASSI pas-
sou a integrar a primeira faixa de classifi-
cação, ocupada pelas melhores do País,
segundo os parâmetros da ANS. Com IDSS 0,8092, em escala que
vai de 0 a 1, a CASSI está à frente de gigantes do setor, como Amil,
Bradesco Saúde e grande parte das cooperativas médicas (Unimed).
O número reflete os esforços de dirigentes indicados e eleitos, co-
laboradores, entidades e corpo social – desde a criação da CASSI
em 1944 – para a construção de um plano forte e capaz de garantir
assistência em saúde a todos os associados e seus familiares. Essa
é a missão que recebi juntamente com o desafio de assegurar a
perenidade e a qualidade dos serviços diante do atual cenário da
saúde no Brasil. O País, que enfrenta problemas típicos de primeiro
mundo como envelhecimento da população e avalanche de novas
tecnologias em saúde, ainda convive com dificuldades como má
distribuição dos prestadores de serviços de saúde pelo território,
baixa cultura de prevenção (principalmente entre os homens) e en-
demias de doenças tropicais.
Esse conjunto de desafios pressiona todos os planos de mercado,
mas atinge de forma mais contundente a CASSI, em função da ampla
Ano de conquistas e desafios
EDITORIAL
cobertura e da necessidade de prover assistência onde o participante
estiver no Brasil. Para enfrentar o que é particularmente mais difícil
para a CASSI, valho-me do que nela é peculiar: a força do corpo so-
cial, a vontade de defender aquilo que é patrimônio dos associados e
a coragem de tomar as decisões que precisam ser implantadas.
Por isso, convido você a ler a reportagem “Equilíbrio das contas gera
benefícios ao participante”, páginas 8 a 11, que revela as principais
iniciativas em andamento para contenção do crescimento das des-
pesas básicas da CASSI – em 2011, os custos médico-hospitalares
cresceram 21,9% em relação ao ano anterior, contra inflação (IPCA)
de 6,5% no período. Na matéria, é possível verificar que todas as
medidas descritas serão insuficientes se não contarmos com a sua
colaboração por meio de pequenas atitudes, mas muito importan-
tes, para a sustentabilidade do Plano.
Ao usar seu Plano de forma mais racional, você ajudará a CASSI, em
2013, a continuar aprimorando a qualidade dos serviços prestados,
sem prejuízo para o equilíbrio financeiro e a perenidade da Institui-
ção. Gostaria de receber suas avaliações e sugestões sobre o tema.
Há muito trabalho a ser feito e seu apoio motiva ainda mais todos os
colaboradores da Caixa de Assistência a superar obstáculos presen-
tes no caminho desta importante Instituição. Conto com você!
Boa leitura.
David Salviano (presidente)
Conselho DeliberativoFernanda Duclos Carisio (Presidente)Antonio Cladir Tremarin (Vice-presidente)Carlos Alberto Araújo Netto (Titular)Vagner Lacerda Ribeiro (Titular)José Adriano Soares de Oliveira (Titular)Marco Antonio Ascoli Mastroeni (Titular)Sandro Kohler Marcondes (Titular)Loreni Senger Correa (Titular)Ubaldo Evangelista Neto (Suplente)Milton dos Santos Rezende (Suplente)Marcelo Gonçalves Farinha (Suplente)José Caetano de A. Minchillo (Suplente)Mário Fernando Engelke (Suplente)Maria Ines Oliveira Bodanese (Suplente)Gilberto Lourenço da Aparecida (Suplente)Íris Carvalho Silva (Suplente)
Conselho FiscalEduardo César Pasa (Presidente)Frederico de Queiroz Filho (Vice-presidente)
Carmelina P. dos Santos Nova (Titular)João Antônio Maia Filho (Titular)Rodrigo Nunes Gurgel (Titular)Rodrigo Santos Nogueira (Titular)Benilton Couto da Cunha (Suplente)César Augusto Jacinto Teixeira (Suplente)Claudio Gerstner (Suplente)José Eduardo Rodrigues Marinho (Suplente)Josimar de Gusmão Lopes (Suplente)Viviane Cristina N. Assôfra (Suplente)
Diretoria ExecutivaDavid Salviano de Albuquerque Neto(Presidente)Geraldo A. B. Correia Júnior(Diretor de Administração e Finanças)Maria das Graças C. Machado Costa(Diretora de Saúde e Rede de Atendimento)Mirian Cleusa Fochi(Diretora de Planos de Saúde e Relac. com Clientes)
Edição e RedaçãoJornalista responsável: Luiz Paulo Azevedo Bittencourt (MTb-DF 4.860)
Jornalistas: Liziane Bitencourt Rodrigues (MTb-RS 8.058), Marcelo Delalibera (MTb-SP 43.896), Pollyana Gadêlha (MTb-DF 4.089) e Tatiane Cortiano (MTb-PR 6.834)
Estagiária: Ana Carolina Alves
Edição de arteProjeto gráfico: Luís Carlos Pereira Aragão
Diagramação: Luís Carlos Pereira Aragão e Caroline Teixeira de Morais
Produção
Impressão: Fórmula Gráfica
Tiragem: 150.561 exemplares
Edição: novembro/dezembro 2012
Imagens: Divisão de Marketing e Dreamstime
Valor unitário impresso: R$ 0,20
Expediente
AN
S -
nº 3
4665
-9
Publicação da CASSI (Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil). “É permitida a reprodução dos textos, desde que citada a fonte”.
Responsável TécnicoLuiz Renato Navega Cruz
Cargo: Gerente Técnico de SaúdeCRM-DF 4213
2 3
Ano de conquistas e desafios
QUANDO AS CONQUISTAS SÃO
CONSTRUÍDAS EM CONJUNTO,
TEMOS MUITO MAIS MOTIVOS
PARA COMEMORAR.
Neste fim de ano, a Cooperforte quer celebrar ao seu lado todas
as conquistas alcançadas por você e todas aquelas que você
ajudou a construir como associado. Um novo ano se aproxima e,
com ele, muitas oportunidades e novos sonhos. Conte sempre
com a força da Cooperforte para realizar todos eles.
Juntos, podemos fazer de 2013 um grande ano.
4 5Jornal CASSI Associados444
DEPOIMENTOS
“Há mais de ano recebi carta avisando que
tinha à disposição uma médica de família na
CliniCASSI, mas não via necessidade de ir. Me
sentia bem, não sou displicente. Em setem-
bro, a CASSI ligou convidando para consulta
e aceitei. Os exames solicitados detectaram
um tumor em estágio inicial. Fui operada em
outubro e já retomei a rotina normal de traba-
lho. Costumava comer verduras cruas, trigo,
azeite. Com refeição fora de casa nos últimos
15 anos, a alimentação não era mais tão boa.
Voltei a comer em casa, sem refrigerante e
com menos chocolate. Frutas suprem a ne-
cessidade do doce, é só criar o hábito.”
Eliza Elias Badin, Curitiba (PR)
“Cheguei ao sexto mês da primeira gestação,
há seis anos, muito inchada. Tinha peso nor-
mal e engordei 14 quilos nos nove meses. Na
segunda, a diferença foi enorme: iniciei com
obesidade grau um e com dois meses de
gravidez comecei dieta com a nutricionista
da CliniCASSI Brasília Sul. Ficava tempo de-
mais sem comer. Sentia azia. Passei a comer
de três em três horas, a inserir frutas entre
as refeições e a fazer as refeições em casa,
reduzindo a ingestão do sódio presente nos
industrializados. Com quase nove meses,
tinha aumentando somente quatro quilos e
meio e nada de inchaço nem azia desta vez.”
Daiane Souza G. Bittencourt, Brasília (DF)
“Minha mãe fumou por 60 anos e teve
problema vascular. Acompanhando-a no
hospital, me assustei. Também percebi que
carregava o cheiro de cigarro e que as pes-
soas não gostam. Com 62 anos, fumando
desde os 15, tinha passado da hora de parar.
Tentei tratamento individual. Não deu certo.
No atendimento coletivo do Tabas me senti
acolhida. Dia 24 de junho, acendi o último
cigarro. Guardei a carteira achando que não
conseguiria ficar sem, mas nunca a procurei.
Uma colega segue me oferecendo cigarro.
Para lidar com questões como essa, procuro
a CliniCASSI, que me ajuda.”
Ma de Lourdes da Silva, Porto Alegre (RS)
4 5Jornal CASSI Associados 5
DEPOIMENTOS
“Participar do Multifamílias (grupo de apoio)
fez toda diferença no resultado das metas de
2012. A CASSI fez com que todos se sentis-
sem à vontade e respeitou o tempo de cada
um. Fiz amizades no grupo e escutando pon-
tos de vista diferentes do meu resolvi coisas
que me atrapalhavam. Coloquei em prática
sonhos e objetivos que tinha em mente, como
promoção profissional e viagem internacio-
nal. Conheço-me muito mais agora e observo
mais minhas habilidades e pontos a melhorar
graças à abertura que me permiti participando
do grupo. A paz alcançada com o Multifamílias
foi o melhor tratamento que já fiz.”
Raquel B. Lanzarin, Florianópolis (SC)
“Perto de completar 45 decidi emagrecer e
melhorar a qualidade de vida. Marquei médi-
co para antes do meu aniversário, que é em
21 de janeiro. Os exames apontaram alteração
glicêmica, explicando a visão embaçada. Fui
orientado a mudar imediatamente a alimenta-
ção. Comecei dieta com nutricionista. Em 30
dias o açúcar no sangue estava controlado e
já havia perdido 16 quilos. Como de três em
três horas, preferindo alimentos fibrosos. Cor-
tei açúcar, gordura e bebida alcoólica e retirei
de casa tudo que não podia comer. Agora até
como doce ou bebo cerveja no fim de sema-
na. A autoestima e a disposição aumentaram.”
Valdemar da Silva Neves, Palmas (TO)
“Nas vezes em que me senti mal durante o
trabalho, recebi remédio para estresse. Só
após um problema familiar, em 2008, é que
foi diagnosticada depressão. Eu só chorava.
Passei a ser acompanhando pela psicóloga
da ESF e fui encaminhado para psiquiatra.
Falei para o médico que poderia apostar em
mim. Tenho muita fé. Tomei consciência de
que precisava de ajuda. Não fico mais deita-
do, chorando. Saio para caminhar, converso
com as pessoas. Quando estou em casa vejo
TV, mexo no computador, leio. Faço pilates,
RPG, acupuntura. Quem tem depressão pre-
cisa procurar ajuda.”
Hélio C. R. da Fonseca, Rio de Janeiro (RJ)
Colaboraram nesta edição as CliniCASSI Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Florianópolis (SC), Palmas (TO), Brasília Sul (DF) e Tijuca (RJ)
Em vez de orientação médica, psicológica, nutricional etc, a coluna “Eu
mudei” apresenta para você, leitor, os relatos de quem conseguiu colo-
car em prática as dicas dos profissionais de saúde para viver com mais
qualidade. É uma forma de ajudar quem, diante do excesso de peso,
do tabagismo, da hipertensão ou de outro problema de saúde, talvez
encontre a mesma dificuldade para enfrentá-los. Os depoimentos desta
coluna são de participantes do Plano que receberam e seguiram orienta-
ções dos profissionais da Caixa de Assistência, por meio das CliniCASSI.
Para participar da coluna “Eu mudei”, contando sua experiência, entre
em contato com a Unidade CASSI mais próxima.
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SAÚDE
Quando tinha 39 anos, a associada Sueli
de Fátima Reckelberg passava a maioria
dos dias “sonolenta e cansada, sem von-
tade de fazer nada, com mal-estar e até
tristeza”. Os primeiros sinais da insônia
apareceram junto com um problema na ti-
reoide, que foi tratado, mas a insônia con-
tinuou. “Dormia pouco e acordava. Rolava
na cama, levantava, tomava água, andava
pela casa, mas não voltava a dormir.”
Nessa época, iniciou o tratamento com medicamento, que continua
tomando até hoje, mas em doses menores. Quinze anos após os pri-
meiros sintomas, Sueli, aos 54 anos, é acompanhada pelo médico de
família da CliniCASSI Camboriú (SC) e afirma ter superado o problema
há algum tempo. “Me sinto muito bem, principalmente quando faço ati-
vidade física, pois durmo melhor ainda”, diz.
Considerada um distúrbio do sono, a insônia é caracteriza-
da pela dificuldade de iniciar o sono ou se manter dormin-
do, trazendo sensação de cansaço ao acordar e mudança de
humor, fadiga e alteração de produtividade durante o dia. A do-
Quando dormirvira umpesadeloSaiba como lidar com a insônia, doença que atinge 15% da população brasileira, segundo dados do Instituto do Sono, de São Paulo
ença atinge 15% da população brasileira, segundo levantamento
realizado pelo Instituto do Sono, referência em pesquisa sobre
o assunto. “Os dados são da cidade de São Paulo, mas refletem
a realidade do País”, argumenta o neurologista Luciano Ribei-
ro Pinto Junior (CRM-SP 20350), especialista em neurofisiologia
e medicina do sono e integrante da equipe médica do Instituto.
O momento certo para pedir ajuda
A maioria dos insones sente mudança de humor, irritabilidade, an-
siedade, ardência nos olhos, dificuldade de concentração, mal-estar
e diminuição da atenção e da memória. São sinais de alerta, que po-
dem variar de pessoa para pessoa. De acordo com Luciano, quando
a dificuldade para dormir aparece em várias noites por semana, por
mais de dois meses, é hora de procurar ajuda de um profissional.
A médica do trabalho da CliniCASSI Goiânia (GO), Elizabeth Reginato Cra-
veiro Franco (CRM-GO 4550), afirma que muitas pessoas acabam toman-
do medicamento por conta própria como forma de ajudar a adormecer.
“Sem orientação médica, alguns remédios podem causar dependência
e prejudicar a saúde. Quando existir dificuldades para dormir, nunca se
deve tomar o medicamento usado por um amigo ou familiar.”
6 Jornal CASSI Associados
6 7
Precisa de ajuda?
A Estratégia Saúde da Família das CliniCASSI
oferece atendimento diferenciado aos partici-
pantes. Nas cidades onde não há Serviço Próprio,
os beneficiários podem procurar os prestadores
da rede credenciada, priorizando os que fazem
parte do Mais CASSI, quando disponíveis na
região. A pesquisa aos credenciados pode
ser feita pela página principal do
www.cassi.com.br.
SAÚDE
O tratamento depende de cada caso e inclui terapia comportamen-
tal, que pode estar aliada ao uso de medicamentos. “O tratamento
farmacológico pode e deve, na maioria dos casos, estar associado
ao que chamamos de terapia comportamental cognitiva, que consiste
em seis sessões, uma por semana, em que se aborda, principalmen-
te, comportamento e pensamento dos pacientes”, explica Luciano.
O neurologista esclarece que há dois tipos de insônia. A primária
não possui causas bem definidas, embora seja possível identificar
os fatores que predispõem e desencadeiam a doença no contexto
da vida do paciente. Já a secundária aparece como um sintoma,
geralmente associada à outra enfermidade. “Hábitos inadequados
na hora de dormir, doenças mentais como depressão, doenças neu-
rológicas e quadros dolorosos durante a noite são alguns exemplos
de causas da insônia secundária”, cita.
A importância de dormir bem
O sono é fator importante para descanso do corpo, reposição de
energias, liberação de hormônios e para regular as funções biológi-
cas, explica a médica do trabalho da CliniCASSI Goiânia. Uma noite
bem dormida proporciona boa disposição, melhora do rendimento
e mais tolerância para lidar com o estresse e a rotina do dia a dia.
“O sono é importante na vida de todas as pessoas, como qualquer outra
atividade fisiológica, a exemplo da alimentação”, afirma o neurologista
Luciano Ribeiro. Ele esclarece que não há uma quantidade exata de ho-
ras de sono recomendada, pois varia de pessoa para pessoa. “Na po-
pulação em geral, sete ou oito horas de sono é uma quantidade normal,
mas há quem durma menos e se sinta bem e aqueles que necessitam
de mais do que oito horas de sono para estar bem durante o dia”, diz.
Na terceira idade, a duração do sono tende a diminuir, o que não represen-
ta, necessariamente, insônia. “Nessa fase, quando as pessoas têm costume
de fazer cochilos durante o dia, é importante investigar para identificar a
presença ou não do diagnóstico”, avalia a médica do trabalho.
A participante Magnólia Nazareno Renovato, 57 anos, de Goiânia (GO),
possui o sono “extremamente agitado, com pesadelos frequentes, gri-
tos e ronco”. Embora ela não tenha insônia, ao acordar, sente-se cansa-
da e indisposta. “Durmo fácil, mas não tenho sono de qualidade”, diz.
Em agosto, depois de participar de uma atividade coletiva sobre o
assunto na CliniCASSI Goiânia, Magnólia recebeu o incentivo neces-
sário para colocar em prática as orientações para dormir melhor e
evitar tomar os calmantes recomendados pelo médico que a acom-
panha. “Estou tentando tomar chás relaxantes, dormir sempre no
mesmo horário e ter uma alimentação mais leve. Minha expectativa
é ter noites de sono mais tranquilas”, diz.
Para quem sofre de insônia ou alguma dificuldade para dormir, há
dicas que ajudam a melhorar a qualidade do sono (veja quadro
abaixo). As orientações incluem, basicamente, alteração de hábitos.
“Não há regras fechadas, mas recomendações. O mais importante é
a conscientização de cada um para essa mudança na rotina”, afirma
a médica do trabalho.
Mantenha o quarto escuro e sem barulhos
Evite tomar bebidas estimulantes à noite; opte por chás relaxantes
Tenha alimentação leve à noite; refeição “pesada” e estômago vazio prejudicam o sono
Procure deitar e levantar sempre no mesmo horário
Evite praticar exercício físico estimulante próximo ao momento de dormir
Vá para a cama somente quando estiver com sono
Use a cama para dormir; evite usá-la para leitura, ver televisão ou se alimentar
Evite olhar para o relógio durante a noite
Crie um ritual antes de dormir, como tomar banho ou beber leite morno
Evite cochilar durante o dia
Se não conseguir dormir, levante e faça uma atividade relaxante até ficar sonolento
Tenha pensamentos positivos e tente se desligar dos problemas na hora de dormir
Dicas para uma boa noite de sono
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Comente essa matéria. Envie email para [email protected]
Jornal CASSI Associados
Jornal CASSI Associados
A CASSI, assim como outras operadoras, enfrenta o desafio de lidar com
a tendência mundial vivenciada pelo setor de saúde suplementar nos
últimos anos, que é a de crescimento das despesas com assistência
à saúde superior ao das receitas. A variação dos custos médico-hos-
pitalares da Caixa de Assistência, comparando-se os anos de 2010 e
2011, foi de 21,9%, bem superior à inflação geral (IPCA), que foi de 6,5%
no período. Nos demais planos de saúde, a variação foi de 12,9%. Os
cálculos são do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), que
promove pesquisas técnicas sobre o mercado de saúde.
Esse aumento expressivo das despesas assistenciais é ocasionado, em
grande parte, pela maior utilização dos Planos da CASSI e pela elevação dos
custos dos serviços médicos e hospitalares, principalmente com consultas,
internações e medicamentos. A adoção de novas tecnologias e o envelheci-
mento da população ajudam a explicar esse crescimento, especialmente na
CASSI, que apresenta aumento na quantidade de participantes com 59
anos ou mais nos últimos anos. De janeiro de 2010 a novembro de 2012,
o número de participantes nessa faixa etária cresceu 12,8%.
A Caixa de Assistência adota várias medidas para controlar gastos e evi-
tar desperdícios com o uso inadequado dos serviços. O objetivo é ga-
rantir a sustentabilidade financeira e, consequentemente, a perenidade
SEU PLANO
Equilíbrio das contas gera benefícios ao participanteEntenda como a CASSI atua para garantir a sustentabilidade financeira do Plano e saiba de que forma você também pode ajudar
O que a CASSI faz para equilibrar as contas
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Jornal CASSI Associados 9
do Plano. Todas as ações levam em conta o cumprimento da missão da
CASSI de assegurar assistência de qualidade ao participante.
Uma das iniciativas de controle de despesas que se traduz em benefí-
cio para o participante é a realização de auditoria das contas nos hos-
pitais, já que internações respondem atualmente por 45% do total das
despesas da Caixa de Assistência. A ação permite analisar os prontu-
ários, acompanhar a assistência prestada, identificar se o tratamento
proposto pelo hospital corresponde à necessidade do participante e
se o procedimento realizado é compatível com os itens cobrados.
O resultado aparece na melhoria da qualidade dos serviços e na redu-
ção de gastos indevidos. Nos hospitais do Estado de São Paulo auditados
pela CASSI, por exemplo, comparando-se janeiro a outubro de 2012 com
o mesmo período de 2011, o custo médio de internação aumentou 4,38%,
índice inferior ao crescimento do custo mé-
dio de internação da Instituição, que ficou em
14,5% no mesmo intervalo de tempo.
A implantação do faturamento eletrônico
para processamento das consultas e pro-
cedimentos realizados pelos prestadores
representa outra ação de aprimoramento
de processos que se traduz em redução
de custos operacionais e ganho de qua-
lidade. O envio de guias eletronicamente
pelos credenciados otimiza a análise da
conta que está sendo cobrada, pois o sis-
tema de encaminhamento digital já identi-
fica as principais inconsistências contidas
na cobrança. Esse processo garante mais
segurança nas informações, agilidade na
análise e no pagamento e redução de
gastos, já que dispensa o envio de guias
em papel pelo correio e o trabalho de di-
gitação para inserir as informações das
guias físicas no sistema.
Por mês, a CASSI recebe aproximadamente 900 mil guias de presta-
dores. Dessas, em torno de 80% já são eletrônicas, advindas daque-
les que apresentam maior faturamento. A partir de 2013, esse esforço
representará uma redução mensal de R$ 290 mil. Com a meta de
expandir o faturamento eletrônico para outros prestadores, a expec-
tativa é incrementar em aproximadamente R$ 80 mil/mês a economia
com esse trabalho ao longo do ano.
A centralização, em 2011, da autorização do uso de órteses, próte-
ses e materiais especiais (OPME) em determinados procedimentos
médicos é mais uma medida de controle. O aperfeiçoamento da
análise técnica dessas solicitações fez com que a CASSI deixasse
de gastar R$ 7 milhões em um período de treze meses.
Os benefícios da unificação dos critérios técnicos na autorização e
controle de OPME extrapolam o âmbito financeiro e alcançam tam-
bém a satisfação de participantes e prestadores, com a diminuição
do risco de cobrança direta ao beneficiário e a facilidade para agen-
dar a data do evento, pois a autorização para o procedimento e o
uso de OPME ocorre de forma conjunta. Atualmente, 347 hospitais
de 12 Estados participam desse processo.
A CASSI se antecipou ao cumprimento da Resolução Normativa 305 da
Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) ao automatizar o proce-
dimento de autorização e pagamento de OPME antes da data prevista
pela agência reguladora, que é novembro
de 2013. Com a sistematização das infor-
mações, há maior segurança no processo,
possibilidade de criação de padrões de
preços e maior controle dos pagamentos
aos fornecedores de materiais, asseguran-
do aos bons profissionais um recebimento
mais ágil e evitando as tentativas de se co-
brar o que não foi negociado ou está em
desacordo com o contrato.
Outra medida que ajuda no uso racional
dos recursos é a autorização prévia para
realização dos procedimentos, em que a
CASSI avalia se o procedimento solicita-
do baseia-se em evidências científicas,
se respeita a cobertura prevista no Rol de
Procedimentos e Eventos em Saúde da
ANS e se segue as diretrizes de utilização
previstas no Rol. Essa análise prévia evita a
realização de tratamentos inadequados ou
sem eficácia comprovada pelos protocolos
clínicos aceitos na área médica, o que tam-
bém resguarda a saúde do participante.
Em 2012, a Caixa de Assistência comprou ferramenta de análise e mo-
nitoramento em saúde para identificar e reduzir as inconsistências no
pagamento das contas médico-hospitalares. A nova solução tecnológi-
ca trouxe maior controle das despesas, gestão mais efetiva dos riscos
vinculados ao processo de pagamento das despesas assistenciais e
agilidade e precisão na análise dos dados, que antes era feita manu-
almente. Em apenas quatro meses de uso, a ferramenta já possibilitou
evitar gastos no montante de R$ 2 milhões.
SEU PLANO
As ações para controle de gastos, como auditoria de
contas hospitalares e aperfeiçoamento
de processos de trabalho, levam em conta a missão da
CASSI de assegurar assistência de qualidade aos participantes.
9
10 11Jornal CASSI Associados
SEU PLANO
Para identificar as causas do crescimento das despesas com assistência
à saúde em patamares superiores aos projetados para 2011, a Instituição
criou um grupo de trabalho, formado por gestores de diferentes áreas de
atuação da CASSI. O estudo resultou em 79 ações de melhorias de médio
e longo prazos que visam aprimorar a gestão de recursos e processos
de trabalho em diversas áreas, como auditoria médica, CliniCASSI, remu-
neração de prestadores, avaliação e controle da realização de serviços e
procedimentos oncológicos.
A Caixa de Assistência também deu início, ainda em 2012, a medidas
de curto prazo para aperfeiçoar a gestão financeira de quatro grupos
de despesas: medicamentos, exames, oncologia e OPME. O trabalho
consiste em identificar irregularidades no uso dos serviços do Plano e
cobranças indevidas. Com a implantação desse mecanismo de contro-
le, a CASSI estima reduzir o crescimento dos gastos em aproximada-
mente R$ 25 milhões em 2013.
A partir de 2013, a CASSI implementará diversas iniciativas que assegurem
não somente remuneração justa aos prestadores, mas, principalmente, qua-
lidade da assistência prestada, com a adoção de um modelo negocial que
incorpora a nova metodologia estabelecida pela ANS.
A CASSI também criará indicadores para avaliar a qualidade da rede
credenciada, com a divulgação aos participantes da classificação dos
prestadores. A medida será baseada no Programa de Monitoramen-
to da Qualidade dos Prestadores de Serviços na Saúde Suplementar
(Qualiss), da ANS.
Embora todas essas iniciativas de controle tragam redução de gastos na rea-
lização de alguns processos, a economia ainda é muito pequena em relação
ao total das despesas assistenciais. Um exemplo é o crescimento dos exa-
mes realizados de ressonância magnética, tomografia computadorizada e ul-
trassonografia, em 18%, 11% e 8%, respectivamente, comparando-se janeiro
a outubro de 2012 com o mesmo período de 2011. O aumento das despesas
com apenas esses três procedimentos somou R$ 23 milhões no período, o
que consome boa parte dos R$ 38 milhões em gastos a serem evitados com
as principais medidas citadas nesta reportagem.
Funcionário do Banco do Brasil há 32 anos, Caio César Hamasaki, 46, de
Santo André (SP), reconhece a importância de assegurar a perenidade da
CASSI. “Temos de pensar na sobrevivência do Plano a longo prazo, para
deixar os recursos para os nossos sucessores e garantir a participação dos
futuros associados”, diz. Segundo ele, é fundamental a conscientização
sobre o assunto. “Os participantes precisam ter consciência de que são
donos do Plano, e que, se fizerem a utilização adequada dos serviços, os
benefícios se estenderão a todos”, afirma.
De olho no futuro
10 11Jornal CASSI Associados Comente essa matéria. Envie email para [email protected]
• Use as CliniCASSI: sempre que precisar de consultas com médico de família ou generalista, atendimento ambulato-
rial, ações de prevenção ou promoção da saúde, aferição de pressão, retirada de pontos, curativos em geral e outros
procedimentos, sem cobrança de coparticipação. O investimento nas 65 CliniCASSI do País só vale a pena se os servi-
ços forem usados pelos associados. Verifique a CliniCASSI mais próxima pelo site www.cassi.com.br.
• Tenha um médico de família como profissional de confiança: ele acompanhará melhor sua saúde, com atendimen-
to diferenciado, e será sua referência sempre que precisar de algum cuidado. Os participantes cadastrados na Estraté-
gia Saúde da Família (ESF) das CliniCASSI são acompanhados por equipe multidisciplinar que inclui médico de família.
Caso necessário, há encaminhamento para a rede credenciada. Já para quem não mora próximo a alguma CliniCASSI,
é possível buscar médicos credenciados, com preferência para aqueles do Mais CASSI, quando disponíveis na região,
pois também realizam atendimento com base nos princípios da ESF.
• Consulte primeiro o site quando precisar de atendimento: o portal da Caixa de Assistência na internet oferece agilida-
de e comodidade para resolver vários assuntos. Para acessar alguns serviços, é preciso possuir email e senha cadastrados.
Quem não tem cadastro no site deve clicar em Obter Senha de Acesso, no menu à esquerda, no alto da página Associados.
• Mantenha seu cadastro atualizado: acesse o site, faça login na página Associados e clique em Atualização Ca-
dastral. Essa medida garante que todas as informações importantes cheguem até você. Apenas o titular do Plano de
Associados pode atualizar o cadastro dos dependentes.
• Acompanhe os extratos de utilização do Plano: verifique se os débitos de coparticipação e outros lançamentos
feitos na sua conta corrente ou folha de pagamento estão corretos. A partir de novembro de 2012, os associados com
endereço eletrônico cadastrado passaram a receber mensalmente um email para lembrar o acompanhamento do ex-
trato de utilização, que também está disponível para consulta no site, após inserir email e senha de acesso.
• Saiba a diferença entre pronto-socorro e consulta: não procure pronto-socorro em hospitais para tratamentos ou
ações preventivas, pois expõe desnecessariamente o participante aos tipos de doenças atendidas no hospital, ocupa a
vaga de alguém que realmente precisa desse tipo de atendimento e custa 64% a mais do que as consultas com horário
marcado. Pronto-socorro deve ser usado somente em situações de urgência e emergência.
• Retire os resultados dos exames e leve-os o quanto antes ao médico: quanto mais tempo transcorrer entre a
data do exame e o retorno à consulta, menos precisa será a avaliação médica. Leve os exames realizados em pronto-
-socorro ou durante internação ao seu médico para dar continuidade ao tratamento.
Outras dicas para o bom uso do Plano
• Não assine guias de consultas e exames em branco
• Antes de optar pela utilização de serviço não credenciado, verifique as condições de reembolso no Regulamento do Plano
• Verifique se o pedido de exame contém o nome e o CRM do médico e a descrição do procedimento
• Dê preferência ao telefone fixo para ligar para a Central CASSI
• Comunique a CASSI sempre que observar alguma situação irregular no uso dos serviços do Plano
• Para sugestões, dúvidas e reclamações, use os canais de comunicação disponíveis: contato eletrônico (www.cassi.com.br), Central CASSI
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Jornal CASSI Associados1212
SUPERAÇÃO
De cuidado a cuidadorLivre do alcoolismo há cinco anos, aposentado da Bahia conta a batalha enfrentada que o permite, agora, ajudar quem o ajudou
Amiraldo Antônio Pereira, bancário aposentado, e o médico de família Julio Cesar Polo Diaz, da CliniCASSI Itabuna (BA)
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SUPERAÇÃO
Anália Pereira da Costa, 75, conta hoje com ajuda que não imaginaria rece-
ber até cinco anos atrás. Quem a acompanha na rotina de cuidados para
enfrentar o mal de Parkinson é o irmão Amiraldo Antônio Pereira, 61 anos,
que ela levou para ser internado em 2007. Mesmo 14 anos mais jovem que
a irmã, as condições em que Amiraldo vivia até então não permitiam que
ele fosse capaz de tomar conta de outra pessoa. Mas hoje é. Deixou de ser
cuidado e virou cuidador, após uma batalha contra o alcoolismo.
Atender a irmã e administrar a casa onde moram, em Itabuna (BA), é só
uma das muitas conquistas do aposentado do Banco do Brasil. Ele se
mantém sóbrio há cinco anos e recuperou os vínculos sociais que a be-
bida tinha conseguido tirar. O médico de família da CliniCASSI Itabuna,
Julio Cesar Polo Diaz, que acompanha Amiraldo por todo esse tempo,
considera o paciente um vitorioso. “Fez toda a trilha que o dependente
de álcool percorre: rompeu os laços com as pessoas que o rodea-
vam, inclusive com ele próprio. A doença
transforma-se num problema crônico, mui-
tas vezes leva ao óbito e deixa sequelas so-
ciais nunca recuperadas. Ele mostrou que
é possível reverter isso”, elogia o médico.
A mais recente conquista foi deixar o cigar-
ro. Amiraldo parou de fumar em setembro
de 2012, como presente de aniversário
para a filha de 10 anos, Sarah, do segundo
casamento do bancário. Agora também sem fumar, o aposentado re-
duziu mais o risco cardiovascular que chegou a ser alto até 2007. “Se
livrou de outro vício que tinha. Foi um degrau a mais que ele subiu”,
avalia o médico. Ouvir Amiraldo enumerar suas conquistas diante do
alcoolismo pode sugerir relativa facilidade no enfrentamento da do-
ença. No caso dele, não foi.
A relação com o álcool começou de forma aparentemente inofensiva, nas
farras de juventude, para acompanhar os amigos. “Eu tinha 19 anos, saí
com colegas do Tiro de Guerra (Serviço Militar obrigatório, com carga ho-
rária reduzida) e tive meu primeiro porre. Até então, tinha bebido no máxi-
mo um licorzinho num São João. A ressaca foi moral. Fiquei em depressão
pelo que tinha ocorrido, com vergonha da minha mãe. Tirei 30 dias de
férias e fui para a casa de um irmão, em Minas Gerais, para me recuperar,
tamanho foi o impacto. Só muito tempo depois descobri que essa reação
de depressão pós-bebedeira sinalizava a predisposição ao alcoolismo.”
Ao voltar para o mesmo grupo de amigos, porém, Amiraldo retomou a
rotina de festas que incluía bebida alcoólica. “Eu era tímido e o álcool me
dava coragem para falar com as meninas. Passei a ser muito namorador,
mas sempre bebia para vencer a timidez. Era goleiro do time de futsal e
costumeiramente depois do jogo, íamos tomar uma cerveja. O álcool está
no meio de tudo.” Não demorou para que a bebida extrapolasse finais
de semana e comemorações. Aos 20 anos, trabalhando em banco, ele já
encerrava o expediente na agência com uma cerveja com amigos.
Quando ingressou no Banco do Brasil, em 1976, já experiente pelo tra-
balho em outros dois bancos, não via dificuldade em realizar as tarefas
mesmo tendo bebido na noite anterior. “Eu adorava números, me saía
bem com o trabalho, e a bebida não parecia afetar nada disso.” Com o
passar do tempo, a cerveja também ganhou espaço no horário de almo-
ço. Depois dela, voltava a trabalhar normalmente. “Um colega sugeriu
que o caixa fecharia com mais facilidade, com o ‘auxílio’ de uma bebidi-
nha. Experimentei e o caixa fechou mesmo de primeira. Isso só reforçou
que a bebida estava sendo positiva”, conta Amiraldo.
Em 1977, casado, passou a ir almoçar em casa, e a bebida ganhou
a desculpa de “aperitivo”. Nada mudou com a chegada da primeira
filha, um ano depois. Veio o segundo filho
e o alcoolismo ainda não parecia ser um
problema para a família. Nos períodos em
que viajava a trabalho, fazia da bebida sua
companhia. “Tudo era desculpa para be-
ber: a distância da família, o calor, o frio.
Me sentia um herói quando, em viagens,
amanhecia bebendo, ia trabalhar direto,
sem dormir, e tudo dava certo”, conta Ami-
raldo. A separação aconteceu em 1988,
quando nem o limite do cheque especial sobrevivia aos gastos com
bebida, nessa época já claramente presente no hálito, que ele tentava
disfarçar com balas e chicletes. Ainda assim, seguia sendo o primeiro a
chegar à agência e não comprometia em nada o resultado do trabalho.
Em 1995, quando começou o segundo casamento, as idas ao bar foram
abrandadas, por um tempo. Mas passou a não dormir direito, provável re-
ação à falta do álcool. Para resolver o problema, procurou a bebida. Bem
sucedido no emprego e nas relações sociais, o bancário não conseguia per-
ceber que o álcool estava acabando com sua vida pessoal. Até que o traba-
lho passou a ser afetado. Quatro anos depois estava com limites financeiros
estourados, dívidas em bares, depressão e outros sintomas físicos. Aceitou
ser internado em uma clínica credenciada à CASSI em Lauro de Freitas (BA).
Com a alta médica, um mês e meio após a internação, acreditava que era
capaz de dominar a vontade de beber. Não conseguiu, retomou o vício e foi
aposentado por invalidez. A situação não melhorou após o nascimento da
filha mais nova, em 2002. E se agravou a ponto de a esposa ter de deixá-lo
trancado em casa, quando saía, numa tentativa de impedi-lo de ir para o
bar. “Achava que estava me ajudando, como ocorre com muitas famílias
que planejam inúmeras tentativas de evitar o acesso ao álcool. Mas a von-
tade era tanta que eu ligava para um bar ou mercado pedindo para alguém
levar bebida para mim. Cheguei a pensar em pular pela janela do segundo
andar para ir comprar bebida”, conta.
Amiraldo Antônio Pereira, bancário aposentado
Tudo era desculpa para beber: a
distância da família, o calor, o frio.
Em 2007, sem suportar mais a situação, a esposa decidiu
se separar e ele aceitou a ajuda da irmã mais velha, Anália,
para tentar novo tratamento. Desde então é acompanha-
do pela CliniCASSI Itabuna. “Se livrou do vício, recuperou a
autoestima, o vínculo com a filha e a saúde”, diz o médico.
Mensalmente, Amiraldo segue com psicoterapia, como aju-
da, e vai à CliniCASSI para renovar as autorizações, que em
breve deixarão de ser necessárias porque também deve
ter alta desse tratamento, acredita o médico.
SUPERAÇÃO
Idas à praia, acupuntura, passeios com a filha mais nova,
preparativos para a chegada do primeiro neto, encontro
com os amigos e paquera. A rotina do Amiraldo Antônio
Pereira sem a dependência do álcool ganhou mais cor. E
possibilidades das quais ficou privado por muito tempo
em função da bebida.
A bebida atrapalhou o acompanhamento do crescimento
dos filhos mais velhos e ele tenta recuperar o tempo perdi-
do como pode. Não quer deixar escapar esses momentos
com o bebê que a filha mais velha espera e já está colocan-
do a lição em prática com a filha de 10 anos. Leva Sarah a
festinhas dos amigos dela, viajam juntos, vai às apresenta-
ções na escola da menina, acompanha o desempenho dela
nos estudos e “devora” livros.
“Agora vivo tudo mais intensamente. Cessar o vício me
concedeu liberdade. Vivia como se fosse escravo: só
em casa, desconfiado de todos. Eu tentava transformar
a bebida em alegria, mas isso só trouxe transtornos
para mim e para os outros. O álcool deixa deprimido.
Quem bebe pensa que não gostam dele, que estão to-
dos contra”, descreve o bancário aposentado.
Seus amigos de agora não são mais os de bar. “Passei
a procurar quem rezava por mim e desejava que eu me
livrasse do vício. Alguns companheiros de bar até me
chamam para tomar uma. Respondo com gentileza que
‘outra hora a gente se vê’. Não posso criar oportunidade,
não existe ex-alcoolista, é uma doença crônica. Se to-
mar o primeiro gole, vou voltar a beber e morrer disso. E
não é o que quero. Recuperei a facilidade com números,
além da amorosidade, do caráter, dos laços com minha
família. Passei a gostar de mim. Achava que não tinha
amor para dar nem possibilidade de receber afeto das
pessoas. Experimento que tenho, sim”, diz Amiraldo.
Nova vida para um homem livre
Diagnóstico do alcoolismo
O teste abaixo fornece indícios que apontam a necessidade de procurar ajuda
de um profissional de saúde.
Você já sentiu necessidade de reduzir a bebida ou de parar de beber?
( ) Sim ( ) Não
Você já se sentiu chateado por pessoas que criticam seu hábito de beber?
( ) Sim ( ) Não
Você já se sentiu mal ou culpado por beber?
( ) Sim ( ) Não
Você já teve que beber pela manhã para se acalmar ou para reduzir os efei-
tos de uma ressaca?
( ) Sim ( ) Não
• Uma resposta afirmativa configura “suspeita” de problemas com alcoolismo.
• Duas ou mais respostas afirmativas são “indicativo” de problemas com alcoolismo.
O QUE FAZER:
Se você enfrenta esse problema ou tem algum parente participante da
CASSI que deseja tratar-se contra o alcoolismo, entre em contato com
a Unidade CASSI do seu Estado.
A Unidade CASSI direcionará o participante para Serviço Próprio (uma
das 65 CliniCASSI) ou para algum profissional da rede credenciada.
Jornal CASSI Associados14
Comente essa matéria. Envie email para [email protected]
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Reclamações e solicitações sobre outros assuntos devem ser encami-
nhadas pelo Contato Eletrônico, disponível em www.cassi.com.br, link
Fale com a CASSI.
EMAILS
REDE CREDENCIADA
Nós do interior, especialmente em cidades pequenas, estamos à
mercê da sorte. Aquele profissional (médico em especial) que ainda
é credenciado já não mais tem interesse em nos atender; muitos
médicos/entidades que estão credenciados já não atendem mais
pelo Plano e continuam na lista de convênios; sem contar a difi-
culdade que se enfrenta para conseguir ressarcimento no sistema
“livre escolha”.
Edu Nunes dos Santos – São Joaquim (SC)
CASSI responde: Edu, a CASSI acompanha a situação da rede cre-
denciada em Santa Catarina e faz contato periodicamente com todos
os prestadores credenciados no Estado para a adequação e a ma-
nutenção da rede e realiza visitas às cidades do interior para conse-
guir novos credenciamentos. O contrato celebrado entre a CASSI e o
prestador credenciado estabelece que o descredenciamento deve
ser solicitado à Instituição com 90 dias de antecedência. Em 2012,
a Caixa de Assistência não recebeu nenhuma solicitação de descre-
denciamento de prestadores da região de São Joaquim. No entanto,
após levantamento, a CASSI identificou que alguns credenciados na
cidade suspenderam o atendimento, sem qualquer aviso. Por isso,
há uma estratégia específica para esses profissionais na tentati-
va de reverter a situação. Sobre o ressarcimento de despesas, a
documentação exigida pela CASSI tem o propósito de averiguar a
pertinência técnica do procedimento realizado, o que assegura a
assistência adequada aos beneficiários.
ATUALIZAÇÃO CADASTRAL
Por favor, solicitei a mudança de meu endereço junto à CASSI São
Paulo e até o momento o jornal não foi enviado para meu novo en-
dereço. Gostaria de saber como posso atualizar meu endereço para
minha nova residência.
Rodrigo dos Santos – Bebedouro (SP)
CASSI responde: Rodrigo, verificamos que essa informação já está
atualizada no cadastro da CASSI. A cada edição do Jornal, cria-se
uma relação de endereços de participantes para envio da publica-
ção. A lista de endereços da edição setembro/outubro foi gerada
provavelmente antes de ocorrer sua atualização cadastral. No en-
tanto, a edição novembro/dezembro será entregue em sua nova
residência. A alteração de informações pessoais pode ser feita pelo
www.cassi.com.br, após inserir email e senha de acesso ao menu
Serviços para Você, ou pela Central CASSI (0800 729 0080).
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