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Palavra do Presidente.................................................................................................8
APRESENTAÇÃO.......................................................................................................10
PARTE I: A METODOLOGIA......................................................................................13
PERSPECTIVA METODOLÓGICA DE PLANEJAMENTO TERRITORIAL................14
Dinâmica Territorial......................................................................................................17
Tipologias de Cadeias Produtivas e dinâmica econômica de um Território...............19
ATIVIDADES PROPULSIVAS.....................................................................................19
ATIVIDADES MULTIPLICATIVAS...............................................................................20
ATIVIDADES MISTAS.................................................................................................20
TRANSFORMANDO O TERRITÓRIO........................................................................21
Planejamento do Desenvolvimento Econômico....................................................22
Lógica para Intervenção no Território..........................................................................26
PARTE II: O TERRITÓRIO.........................................................................................28
DEMOGRÁFICO E HABITACIONAL..........................................................................29
Habitação...................................................................................................................31
PANORAMA SOCIAL..................................................................................................36
GEOGRAFICO............................................................................................................41
PANORAMA ECONÔMICO.........................................................................................49
Finanças Públicas.......................................................................................................66
INFRAESTRUTURA....................................................................................................70
PARTE III: O PROGRAMA OESTE EM DESENVOLVIMENTO................................73
PLANEJAMENTO TERRITORIAL...............................................................................74
Quatro princípios do Planejamento Territorial.............................................................75
ESTRUTURA DO PROGRAMA OESTE EM DESENVOLVIMENTO.........................79
Antecedentes: Cadeias Propulsivas e articulação territorial.......................................79
As Cadeias Propulsivas e sua Hierarquização...........................................................81
Cadeias Produtivas do Oeste do Paraná....................................................................82
CÂMARAS TÉCNICAS...............................................................................................88
Cadeia Produtiva de Proteína Animal.........................................................................88
Câmara Técnica de Energias Renováveis..................................................................91
GRUPOS DE TRABALHO..........................................................................................92
Grupo de Trabalho de Eficiência Energética..............................................................93
EIXOS ESTRUTURANTES.........................................................................................93
AÇÕES PARA ALAVANCAR AS CADEIAS PRIORIZADAS.......................................96
CADEIA DO FRANGO................................................................................................96
CADEIA DO SUÍNO....................................................................................................97
CADEIA DO PEIXE.....................................................................................................98
CADEIA DO LEITE....................................................................................................100
CADEIAS PRODUTIVAS..........................................................................................102
ANEXOS...................................................................................................................104
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Municípios que compõem a região de abrangência do POD......................12Figura 2: Cultivo de Milho. Região de Abrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento.........................................................................................................44Figura 3: Cultivo de Soja. Região de Abrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento.........................................................................................................45Figura 4: Rios. Região de Abrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento...46Figura 5: Bacia Hidrográfica. Região de Abrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento.........................................................................................................46Figura 6: Produção Suínos. Região de Abrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento.........................................................................................................47Figura 7: Produção Aves: frango. Região de Abrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento.........................................................................................................48Figura 8: Produção de Peixes: tilápia. Região de Abrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento...................................................................................................48Figura 9: Infraestrutura e Logística Oeste do Paraná.................................................70Figura 10: Cargas transportadas................................................................................71Figura 11: Dados de transporte dos aeroportos.........................................................72Figura 12: Participação no Emprego, QL e Função Dinâmica das Principais............82Figura 13: Fluxo de trabalho Câmara Técnica da Proteína Animal......................................88Figura 14: Processo contido em caca macro setor.....................................................90Figura 15: Elementos de composição do Plano Tático..............................................91Figura 16: Elementos de composição do Plano Tático..............................................92Figura 17: Estrutura dos Grupos de Trabalho.............................................................93Figura 18: Constituição dos Eixos Estruturantes........................................................94Figura 19: Ambientes Macroanalítico da Nova Economia Institucional......................95
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: População Total, Urbana e Rural para a região de abrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento, 1980-2010....................................................29Tabela 2: População segundo gênero para a região de abrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento, 1980-2010.....................................................................30Tabela 3: Participação da população segundo faixa etária para a região de abrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento, 1980-2010..........................31Tabela 4: Ocupação dos Domicílios Particulares Permanentes na Região de Abrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento – Famílias (2000 a 2010).. .32Tabela 5: Renda por Domicílios Particulares Permanentes na Região de Abrangênciado Programa Oeste em Desenvolvimento (2000 e 2010)..........................................32Tabela 6: Os 10 municípios com maior densidade demográfica (hab/km²) na região do Programa Oeste em Desenvolvimento..................................................................32Tabela 7: Evolução do número da população ocupada, em idade ativa e economicamente ativa na região de abrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento entre 1991 a 2010..........................................................................33Tabela 8: Número de domicílios na região de abrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento entre 2000 a 2010..........................................................................34Tabela 9: As 10 cidades mais populosas da região de abrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento em 2010.........................................................................34Tabela 10: Os 5 municípios com maior variação populacional no ano de 2010........35Tabela 11: Evolução no número de unidades atendidas com água e esgoto na regiãode abrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento........................................36Tabela 12: Os 10 municípios com maior número de vítimas de homicídio doloso na região de abrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento.............................36Tabela 13: Número de docentes por esfera administrativa na região de abrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento..................................................................36Tabela 14: Evolução da oferta de Educação Básica nos estabelecimentos de ensino na região de abrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento........................37Tabela 15: Evolução do número de docentes por função na região de abrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento..................................................................37Tabela 16: Notas dos alunos do ensino fundamental da rede pública no IDEB da região de abrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento)............................38Tabela 17: Número de matrículas de alunos em instituições de ensino na região de abrangência da região do Programa Oeste em Desenvolvimento.............................38Tabela 18: Número de alunos nas instituições de ensino superior da região de abrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento em 2012..............................39Tabela 19: Número de cursos nas instituições de ensino superior da região de abrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento em 2012..............................39Tabela 20: Número de matrículas de alunos em instituições de ensino na região de abrangência da região do Programa Oeste em Desenvolvimento.............................40
Tabela 21: Cursos por tipo de formação na região de abrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento em 2012.........................................................................40Tabela 22: Municípios com maior variação no número de empregos na área de abrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento em 2009-2014.....................49Tabela 23: Os 10 principais municípios em número de empregos na área de abrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento em 2014..............................49Tabela 24: Número de estabelecimentos na região de abrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento – 2014............................................................................50Tabela 25: Os 10 municípios com maior crescimento do produto interno bruto dos municípios de abrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento......................51Tabela 26: Os 10 maiores Produto Interno Bruto dos municípios de abrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento em 2012........................................................51Tabela 27: PIB per Capita dos municípios da região de abrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento........................................................................................52Tabela 28: Valor Adicionado Fiscal dos setores econômicos da região de abrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento.............................................53Tabela 29: Valor Adicionado Fiscal por município na região de abrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento.......................................................................55Tabela 30: Os 10 municípios com maiores rendimentos médio na região de abrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento.............................................56Tabela 31: Os 10 municípios com maior massa salarial (MS) na região de abrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento em 2014..............................57Tabela 32: Evolução do consumo de energia elétrica na região de abrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento entre 2005 a 2014.........................................58Tabela 33: Evolução do número de empresas na região do Programa Oeste em Desenvolvimento entre 2010 e 2014..........................................................................59Tabela 34: Evolução no saldo de empregos na região de abrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento........................................................................................59Tabela 35: Balança comercial da região de abrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento entre 2012 a abril de 2014.............................................................60Tabela 36: Valor da produção dos 10 principais produtos no Paraná........................61Tabela 37: Valores da produção dos 10 principais produtos agrícolas na região de abrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento.............................................63Tabela 38: Evolução da produção dos 10 principais produtos agrícolas da região de abrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento em 2013..............................64Tabela 39: Os 10 principais produtos agrícola em Valor Bruto de Produção em 2013 na região de abrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento........................64Tabela 40: Evolução do número de empresas ligadas ao setor de turismo...............65Tabela 41: Finanças dos municípios pertencentes a região de atuação do Programa Oeste em Desenvolvimento entre 2009 a 2014..........................................................67Tabela 42: Despesas dos municípios pertencentes a região de atuação do ProgramaOeste em Desenvolvimento entre 2010 a 2014..........................................................69Tabela 43: Ação e Estratégias de Execução - Cadeia do Frango..............................96Tabela 44: Ação e Estratégias de Execução - Cadeia do Suíno................................97
Tabela 45: Ação e Estratégias de Execução - Cadeia do Peixe.................................98Tabela 46: Ação e Estratégias de Execução - Cadeia do Leite................................100Tabela 47: Ação e Estratégias de Execução - Temas Comuns as Cadeias.............102
8
Palavra do Presidente
Compreender o estágio em que se encontra a Região Oeste do Paraná é uma
tarefa essencial de planejamento. O olhar crítico e abrangente entendendo o
contexto de evolução e as características do território, e integrando as análises nos
vários focos de observação, possibilita a clara compreensão de aspectos relevantes
para a formação de políticas e estratégias de desenvolvimento.
Quando esta tarefa é compartilhada com o envolvimento de várias instituições
públicas e privadas abre-se o campo de visão com a amplitude que pode
proporcionar não só maiores e melhores oportunidades como também mais clareza
para a definição na priorização de ações estratégicas.
Assim, com o objetivo de promover o Desenvolvimento Econômico do
Território Oeste do Paraná por meio da sinergia das instituições e integração de
iniciativas, projetos e ações, nasceu o Programa Oeste em Desenvolvimento,
estabelecendo como princípio e como opção, a estratégia do Desenvolvimento
Endógeno, buscando entender como a região pode se desenvolver dependendo
mais de fatores internos e menos de fatores externos.
Os primeiros tópicos desta publicação objetivam a caracterização da região
sobre várias abordagens, o que contribui para a compreensão dos recursos
disponíveis e da construção do cenário atual do oeste do Paraná.
Apresenta-se na sequência a estrutura do Programa Oeste em
Desenvolvimento, que se constitui em uma ação de Governança Regional, com a
participação e comprometimento de entes públicos e privados voltados ao
estabelecimento de um processo de planejamento estruturado e integrado.
O programa que a partir de 2012 começou a ser articulado, e que teve seu
lançamento formal em agosto de 2014, é aqui apresentado desde os processos
desencadeados àquela época e com os primeiros resultados alcançados, sobretudo,
as ações em desenvolvimento.
É o momento também de definição de estratégias para continuidade de
ações, para evolução e consolidação do POD como ferramenta de gestão e
planejamento permitindo que a região consolide seu desenvolvimento de forma
sustentável, optando por estratégias que garantem competitividade e criem novas
perspectivas ao setor produtivo, gerando melhores condições de renda,
9
oportunidade à população e um ambiente regional harmônico propício ao
desenvolvimento de bons níveis de qualidade de vida conjunta de cidades que
formam o Território Oeste do Paraná.
Que este trabalho seja instrumento de motivação a todos aqueles que têm
acreditado e se dedicado ao POD, e também sirva como inspiração para que muitos
outros somem com seus conhecimentos e suas energias, acreditando que este é um
bom caminho para o desenvolvimento regional.
10
APRESENTAÇÃO
O processo de desenvolvimento de um território é sempre muito distinto de
outro e sempre dependente de uma dinâmica peculiar. Mesmo assim, podemos
considerar a possibilidade de se encontrar algumas perspectivas comuns para o
Processo de Desenvolvimento, mesmo que cada processo seja distinto em si.
Considerando desenvolvimento como um processo de transformação econômico,
social, institucional e tecnológico – dentre várias outras possibilidades – é mister
perguntar: qual estágio estamos e qual queremos alcançar?
A partir dessa observação, nosso ponto de partida é ter um Plano de
Desenvolvimento Territorial, que contemple a identificação do que nos é pertinente,
enquanto território, e qual trilha podem caminhar. Com essa perspectiva podemos
ver os obstáculos que se impõe e tentar mitigar as condições que nos limitam chegar
onde queremos. Este presente documento, aqui denominado de Plano de
Desenvolvimento – Oeste em Desenvolvimento, é esboço com essa presunção.
Todo Plano de Desenvolvimento requer um plano de ação que permita o
conhecimento pleno do território, desde o ponto de vista das suas cadeias
produtivas, as potencialidades e necessidades do seu capital social, infraestrutura,
manejo dos seus recursos naturais, entre outros. Mas o requisito fundamental é a
organização da sua comunidade na busca do seu próprio destino, sendo esta uma
das pedras fundamentais do Programa Oeste em Desenvolvimento (POD).
O POD tem por objetivo a promoção do desenvolvimento econômico do
território Oeste do Paraná por meio da sinergia das instituições e integração das
iniciativas, projetos e ações, pois apesar de ter um crescimento e condições de
desenvolvimento diferenciado pode ser ampliado em termos quantitativos e
qualitativos, desde que esse processo de desenvolvimento seja entendido e
pactuado como um processo da região. Para a pactuação desse processo, é
necessário envolvimento de várias instituições permeadas pelo território. O
envolvimento institucional é um processo desgastante e desgastado por conta de
várias tentativas fracassadas de realizar planejamento territorial e de executar os
planos territoriais. Mesmo com essa dificuldade, o processo de planejamento
territorial efetivo deve se basear no envolvimento das instituições e agentes
11
apoiados em bases técnico-científicas, que pretende ser o cerne de atuação do
POD.
As tentativas “fracassadas” de criar processos de desenvolvimento, como
planos ou programas, devem ser utilizadas como lições aprendidas. Muitas vezes o
insucesso das tentativas deve à falta de foco ou incapacidade de priorizar as ações.
Deste modo, a centralidade do processo de planejamento efetivo é a capacidade de
priorizar. Priorizar impõe secundarizar algumas ações, interesses e lidar com o
“desencanto” do processo dos agentes/proponentes das ações secundarizadas.
Esta, certamente, não é uma tarefa das mais aprazíveis. Entretanto, a eficácia e
efetividade de um instrumento de planejamento será tão maior quanto maior for a
capacidade da população de entender o critério de priorização adotado. E esta
compreensão será tão maior quanto maior for o número de agentes envolvidos em
nas atividades priorizadas.
Outro desafio imposto ao planejamento de um território situa-se na
convergência dos objetivos e interesses das pessoas e instituições e na priorização
das ações. Além de entender que uma ação a um determinado município e/ou
cadeia pode beneficiar mais do que uma ação em meu próprio município ou na
cadeia que pertenço. A priorização das ações do POD parte da dinâmica econômica
regional, identificadas e hierarquizadas virtualmente pela Metodologia de Cadeias
Produtivas Propulsivas, observando principalmente: a distribuição de renda, geração
de postos de trabalhos e o encadeamento produtivo destas.
É bem verdade que a simples existência de cadeias não é suficiente para a
emergência da consciência de interesses comuns entre seus distintos elos.
Entretanto, o território, consciente das particularidades deste processo, deve
trabalhar para a constituição de um sistema de governança da(s) cadeia(s) voltado
ao enfrentamento de gargalos e à promoção de estratégias concertadas (voltadas à
obtenção de equilíbrios ótimos, de soluções ganha-ganha). Se isto for feito, ficam
praticamente assegurados os elementos necessários à superação da crônica
dificuldade de priorização de dispêndios e investimentos pelo setor público e privado
em regiões (e nações) subdesenvolvidas.
A circunscrição de atuação do POD e de uma governança territorial originada
deve congregar o público e o privado, sendo um elemento fundamental para
credibilidade e continuidade das ações, tornando o compromisso constante com as
demandas da região. Ademais, este documento tem o como objetivo descrever o
12
processo de criação do POD, apresentar a metodologia usada, trazer uma
caracterização da região de abrangência e socializar as ações priorizadas, com
vistas a integrar novos agentes e instituições para o POD.
Como perguntado no início desta apresentação, qual estágio estamos e qual
queremos alcançar? Conseguiremos fazer do POD um Programa realmente
transformador capaz de superar os fracassos anteriores? Em outras palavras: agora
vai? A resposta deveria ser uma nova pergunta: agora, vamos? Abaixo a Figura 1
apresentando os municípios que fazem parte da Região de Abrangência do POD.
Figura 1: Municípios que compõem a região de abrangência do POD.
Fonte: Centro Internacional de Hidroinformática (CIH).
14
PERSPECTIVA METODOLÓGICA DE PLANEJAMENTO TERRITORIAL
Toda discussão entorno da temática do Desenvolvimento é circundada por
uma série de discussões e controvérsias. Modelos de análise da economia sempre
são alvos de críticas, e não gratuitas, pois muitos não logram o êxito prometido.
Quando se trata de um modelo para o desenvolvimento de um território a tarefa é
ainda mais árdua, e por um motivo simples: cada território tem suas particularidades.
Essa distinção impede a existência de uma única “receita de bolo” para o
desenvolvimento de um território.
Mesmo não existindo uma única receita, é necessário a existência de
instrumentos para transformar a realidade. Tais instrumentos devem conseguir ser
usados para cada região distinta e, assim, promover o Desenvolvimento prometido.
Isso requer uma metodologia que consiga ser utilizada para efetuar uma “análise” da
dinâmica de um território e, conhecendo essa dinâmica própria, conseguir traçar
diretrizes para Planejar o seu desenvolvimento.
Com esse intuito, o Programa Oeste em Desenvolvimento com o apoio da
Itaipu Binacional, da Fundação Parque Tecnológico Itaipu e da Fundação de
Economia e Estatística desenvolveram, através do pesquisador Carlos Paiva, uma
metodologia que conseguisse trazer modelos da economia que ajudassem a traçar
estratégias para o desenvolvimento de um território. O Programa Oeste em
Desenvolvimento se apoiou nessa perspectiva metodológica1.
Para conhecer um território lançamos mão de uma série de esquemas de
análise, de modo a conseguirmos observar o que compõe um território,
considerando suas especificidades. Geralmente estuda-se a importância econômica
de um território olhando para suas atividades classificadas em setores. Dessa forma,
olhando a classificação de setores – agropecuária, indústria e serviços –
conseguimos observar a dinâmica de um território. Entretanto, a partir do livro
FAPER (PAIVA, 2013), passou-se a adotar um sistema de classificação e
hierarquização de atividades através da observação de Cadeias Produtivas.
1 Livro Fundamentos da Análise e Planejamento de Economias Regionais (FAPER). Nestas notas metodológicas aqui apresentadas, estão resumidamente a construção realizada por Carlos Paiva no livro citado. Este livro tem um rigor metodológico e científico aguçado e se constitui a base teórica do Diagnóstico Econômico realizado no POD.
15
O que se modifica na mudança dessa perspectiva? A relação agropecuária,
indústria e serviços reflete uma relação técnica produtiva, sem necessariamente
considerar perspectivas mais amplas do desenvolvimento dessas atividades. A
relação de Cadeias e Departamentos opta por olhar relações de mercado, refletindo
como um território se insere nessas relações, e quais as condições de mercado para
a inserção de um município dentro da lógica maior de uma região.
Olhar as atividades econômicas de uma região sob o prisma de Cadeias
permite observar uma hierarquia entre os municípios de um dado território. Por
exemplo: quando olhamos para um território: a) observamos atividades já
consolidadas e os respectivos espaços que ela ocupa – regiões polo; b) observamos
atividades ainda não consolidadas e os respectivos espaços que ela ocupa e pode
vir a ocupar – regiões satelitizadas (mercados de integração periférica); c) vazios
econômicos – territórios de baixa ocupação econômica, ou de baixa integração aos
mercados consolidados.
Com essa hierarquização de municípios num dado território, pode-se pensar
em três necessidades básicas para as situações que encontramos. Para municípios
que participam de atividades já consolidadas, tem-se a necessidade de melhorá-las
e expandi-las de modo que esses municípios mantenham seu processo de
crescimento. Para os municípios em que as atividades ainda não estão
consolidadas, mas em processo de integração, tem-se a necessidade de estruturar e
aprofundar esse processo permitindo ampliar e sustentar o crescimento. Para os
municípios em que persiste a baixa ocupação econômica, precisa-se de integrá-los a
algum mercado para que se aumente essa ocupação, permitindo o crescimento de
atividades econômicas dinâmicas.
Por via dessas necessidades básicas que encontramos quando observamos a
dinâmica da ocupação econômica é que a utilização da ótica de Cadeias Produtivas
demonstra maior assertividade em relação a outros esquemas de análise. A
proposta de desenvolvimento econômico do território é a integração da região via
aspectos de mercado, de modo a inserir todos os municípios numa perspectiva de
crescimento, aproveitando o crescimento dos municípios maiores, incentivando esse
crescimento e, ao mesmo tempo, possibilitar que os demais municípios ganhem com
esse processo. A região cresce e esse processo é espraiado para todos.
Dentro da hierarquia que se estabelecem nos territórios, as regiões são
consolidadas no decorrer do processo de desenvolvimento do mercado. Dessa
16
maneira se consolidam as regiões polos e o seu entorno, assim como as regiões
periféricas. Quando um município ou região estruturaliza vantagens competitivas
antes dos outros municípios ou regiões dentro do mesmo território, ela potencializa
ser uma condição de cidade/região polo.
Essas vantagens competitivas podem ser naturais ou podem ser advindas do
pioneirismo da produção industrial de um bem específico, sendo que as vantagens
competitivas naturais representam possibilidades maiores. Mas, em geral, dentro de
um território, as vantagens naturais serão compartilhadas por mais de um município.
Já as vantagens advindas através da precursão da industrialização de um
determinado bem também trazem vantagens competitivas e pode atrair
conjuntamente uma série de serviços e atividades encadeadas.
Como regra, geralmente vai atrair a produção de insumos básicos, setor de
transportes, centros de pesquisa e desenvolvimento básicos, serviços
especializados para atender ao processo de industrialização desse bem inicial e a
comercialização de máquinas que podem ser utilizadas em atividades diversas para
o restante da região. Assim, a estruturalização inicial de uma vantagem competitiva
(através da instalação pioneira de uma indústria, por exemplo) acaba por fixar nesta
mesma localidade uma maior diversidade das atividades econômicas. Como
resultado tem-se uma concentração de renda e população, o que gera a demanda
por uma série de serviços básicos: educação, saúde, telecomunicações e etc.. Logo,
em poucos municípios polos, tem-se uma concentração de renda que surge da
concentração da população e da produção.
Nesse processo, as demais regiões do território ficam subordinadas à
produção de matérias-primas rurais e de baixa agregação de valor, voltadas as
demandas dos municípios polos. Isto é, conforme vai se estruturando polos nas
regiões e estes vão se consolidando em centros diversificados (polos urbanos),
algumas atividades acabam se deslocando para os municípios do entorno. Esse
processo é conhecido como satelitização em volta dos municípios polos.
Essa satelitização ocorre via ao processo de amadurecimento da economia
dos municípios polos. Conforme ocorre o amadurecimento dessas economias, tem-
se o deslocamento de algumas atividades para os municípios periféricos. Esse
deslocamento pode por diversos motivos: elevação de custos de manter um negócio
na cidade polo, crescimento dos custos imobiliários; deslocamento de mão de obra
17
para os municípios periféricos e/ou atração de mão de obra para os municípios
periféricos, mas que visam trabalhar nos municípios polos.
O processo de desenvolvimento dos municípios satelitizados ocorre através
da integração desses municípios à lógica de mercado dos municípios maiores. É o
processo de integração de mercados periféricos a mercados maiores e já
consolidados. Esse processo se realiza de forma desigual resultando numa
desigualdade entre territórios – o processo aqui denominado de hierarquização de
territórios.
Pensando no recorte analítico de Cadeias Produtivas tem-se, como regra,
nesse processo de hierarquização de territórios, um processo de especialização
para os municípios periféricos, especialmente em atividades em que estes terão
maior vantagem sobre os polos (preço de terra mais baixo; menores custos de
produção; maior disponibilidade de mão de obra e etc.).
A periferia, ao se inserir via ótica de mercado ao processo de
desenvolvimento de um território, irá se especializar, necessariamente, na atividade
agropecuária. Assim, numa cadeia de transformação ligada à Proteína Animal, por
exemplo, tem-se nos municípios periféricos a produção de grãos e pecuária. Nos
municípios polos tem-se a transformação dos grãos em ração e o abate pecuário. O
processo de comercialização é realizado através das cidades polos, onde
geralmente estão localizadas as indústrias chaves que processam essa
transformação da Proteína Animal.
O processo de satelitização de uma região gera desigualdade por conta dos
diferentes níveis produção, emprego e renda. De modo a mitigar essas diferenças,
um processo de desenvolvimento includente deveria induzir o crescimento dessas
atividades de modo que aproveitasse a especialização da periferia com intuito que
se partisse dessa especialização para uma diversificação desses municípios no
longo prazo. Mesmo que não se diversifique, estes municípios deveriam ter maior
renda e qualidade de vida.
Dinâmica Territorial
Como poderia ocorrer esse processo de integração da periferia ao mercado?
Podemos começar analisando a forma como é constituída a renda existente no
território. A renda gerada num território será gerada via relações de mercado de um
18
dado território e os demais territórios (seja outras regiões, outros Estados ou
Países). Para municípios periféricos com integração econômica, sua renda é gerada
pela ligação de mercado com o polo, isto é, provém das transações econômicas com
o polo, em geral matérias-primas (agropecuária sem muito beneficiamento).
Cidades polos terão suas rendas dessas mesmas relações de troca com a
periferia, mas, principalmente, tendo relações de mercado com demais regiões. Se a
lógica de mercado entre polo e periferia é referente à subordinação da periferia no
fornecimento de matérias-primas pouco beneficiadas, cabe ao polo (concentrador de
renda, serviços e produção) estabelecer relações de mercado com demais regiões
do mesmo país ou de outros países. Ao mesmo tempo, as relações econômicas do
polo com a periferia ocorrem no fornecimento de bens e serviços básicos por parte
do polo. E a própria periferia fornece pequeno conjunto de serviços para si mesma.
O que determina esse processo é a separação de dois tipos de renda: a
renda primária e a secundária. A renda primária é definida como aquela advinda da
venda da produção de um território para outras regiões, seja no mesmo país ou
exterior (demanda externa ao território). A renda secundária é definida como aquela
derivada do ingresso dessa renda primária. A renda gerada por uma demanda
externa (exportações para demais regiões) absorve renda interna aos territórios
criando demanda para um conjunto de atividades voltadas ao atendimento de
demandas de consumo locais (comércio, serviços e produção de bens de consumo
básico local). Quanto maior a capacidade de absorção (retenção) de renda interna
originada da venda de produtos a regiões externas, maior a capacidade de
multiplicação das atividades voltadas ao atendimento das demandas de consumo
locais.
Na dinâmica que acontece em um território, um processo de desenvolvimento
includente seria aquele que possibilitasse a inserção de municípios periféricos e de
integração periférica a uma lógica de mercado que o propiciasse sair de uma
atividade econômica especializada (como a agropecuária) para um sistema
diversificado. Desse modo, quais seriam as condições para sair da especialização
para uma diversificação, isto é, sair de uma condição periférica (ou de integração
periférica) para diversificação produtiva e com autonomia crescente? A resposta
exige uma distinção entre os tipos de Cadeias Produtivas existentes num dado
território, sua hierarquização e priorização. Essas distinções vão permitir a
formulação de um plano para o desenvolvimento destas.
19
Tipologias de Cadeias Produtivas e dinâmica econômica de um Território
A condição básica para um processo de autonomia crescente de uma região
(ou mesmo de um município), na direção de uma economia diversificada, dependerá
basicamente dos elos de uma Cadeia Produtiva desenvolvidos nessa região.
Quantos mais internalizados os elos de uma cadeia dentro de uma região periférica,
maiores as chances desse processo ocorrer. Em síntese, o padrão de
encadeamento de uma cadeia pode ser determinante para o Desenvolvimento de
um território. Para entender melhor, fazemos uma segmentação das atividades em
“propulsivas” (de exportação para fora do território) e “multiplicativas” (voltadas ao
mercado interno desse território).
ATIVIDADES PROPULSIVAS
Geradas a partir da renda primária, são aquela auferida da venda da
produção ou serviços de um território para outras regiões, seja no mesmo país ou
exterior – demanda externa ao território. Podem ser de três tipos.
“X propulsiva”
Aquelas atividades voltadas à produção de bens exportáveis. Bens
transportáveis, bens gerados na agropecuária e nas diversas indústrias (exceto
construção civil e saneamento) são classificadas como “X Propulsivas”.
“TrS propulsiva”
As atividades que são mobilizadas através do deslocamento dos usuários de
serviços são classificadas como “TrS propulsivas”. O símbolo “TrS” busca resgatar o
fato desta renda advir de TRansferências privadas associadas a aquisição de
Serviços no TeRritório por TuRistaS (vale dizer, por não domiciliados).
20
“G propulsiva”
Atividades da administração pública ou empresa de governo Estadual ou
Federal que se instala em um município, atraindo quantidade expressiva de renda e
salários. Seu poder propulsivo é mais limitado em relação às anteriores e a
capacidade de intervenção da economia local nessa atividade é bem mais limitada.
ATIVIDADES MULTIPLICATIVAS
São as que respondem a demandas derivadas dos rendimentos primários,
oriundos de atividades de exportação, atividades de atendimento a não domiciliados
(“turistas”) ou atividades sustentadas por dispêndios governamentais. São de dois
tipos.
“C Reflexas”
Aquelas voltadas prioritariamente (ou exclusivamente) ao atendimento das
demandas do consumidor local, denominado aqui por Consumo Reflexas ou “C
reflexas”.
“G Reflexas”
Aquelas voltadas ao atendimento de demandas dos mais distintos agentes
sediados localmente, sejam eles consumidores, empresas ou órgãos
governamentais – que denominamos Genérico Reflexas ou “G reflexas”.
ATIVIDADES MISTAS
Existem atividades “mistas” que atendem tanto a demandas de não
domiciliados (sendo, portanto, propulsivas), quanto a demandas locais reflexas (em
particular, ao consumidor local). Um exemplo típico deste tipo de atividade é a
educação técnica e superior privada. Ela se volta tanto ao atendimento das
demandas do consumidor domiciliado no território (C reflexa), quanto ao
atendimento de demandas do “turista de serviços semipermanente” (TrS Propulsiva).
21
Da mesma forma, bares e restaurantes atendem tanto aos domiciliados quanto aos
diversos tipos de turista.
O valor das atividades mistas será tanto maior quanto mais integradas
verticalmente no território forem às cadeias ofertantes de bens e serviços de função
dinâmica mista, e, por oposição, será tanto menor quanto maior for o vazamento de
renda para fora via importação de insumos e aquisição de serviços no “exterior”.
TRANSFORMANDO O TERRITÓRIO
O primeiro passo consiste em entender como uma região opera em termos da
dinâmica econômica. Quais os tipos de Polos existem? Quais suas relações com
suas respectivas periferias? Quais Cadeias Produtivas estão ali entrelaçadas?
Entendendo essas relações, é um bom começo para transformar um território.
Do ponto de vista do Planejamento de uma Economia Regional, é essencial
saber quais são as cadeias produtivas no qual esta região é especializada para, a
partir daí, intervir nessas cadeias com intenção de fortalecê-las. Como uma
economia regional sempre gira em torno de umas poucas cadeias, é essencial
fortalecê-las, pois, quando esta entra em crise, toda a economia regional desaba.
Para identificar as Cadeias e as relações entre os municípios, analisamos as
atividades aos quais esses municípios são especializados. Dessa forma, se pode
vislumbrar potencial de diversificação dessas atividades e prospectar os caminhos
para uma economia mais autônoma. Após identificação das especializações, devem-
se elencar os municípios polos e suas funções e, assim, identificar a situação dos
municípios ao redor e o papel da periferia e da integração periférica.
Ao observar um município, se sua maior especialização2 se encontra no setor
de serviços, temos uma indicação clara de que este é um município polo. E isto
porque a função universal dos polos é o fornecimento de serviços relativamente
sofisticados de saúde (hospitais de alta resolutividade), de educação (ensino
universitário e técnico), comerciais (centros comerciais diversificados), de consultoria
2 Metodologicamente, PAIVA (2012) utiliza o QL – Quociente Locacional como proxy para a especialização. Quanto maior a magnitude do QL para uma atividade, maior a especialização do município naquela atividade. Ao verificar essas atividades e “enquadra-las” em Macro setores, tem-se a formação das Cadeias Produtivas no qual o município/região é especializado.
22
(contábil, jurídica, assistência técnica em geral), e de cultura, lazer e turismo
(música, teatro, cinema, gastronomia, etc.) a uma população maior do que a dos
domiciliados.
Uma vez identificado o caráter de polo, é preciso identificar se ele é um polo
rigorosamente regional – vale dizer: que atende demandas de moradores de
municípios do entorno – ou se ele é um polo sem região – caso em que sua
especialização em serviço se deve ao atendimento de demandas de moradores de
regiões significativamente distantes, e que se dirigem ao território foco de análise
como turistas de lazer ou de negócios.
Mais uma vez, esta distinção terá como veículo a análise da especialização
dos municípios. No caso dos polos sem região, sua especialização de serviços
eventuais (hotelaria, aluguel de veículos, prostituição, etc.) tendem a ser mais
expressivos do que especialização de serviços permanentes (educação
universitária, revendas de veículo automotor, consultorias empresariais, etc.), que
caracterizam os polos propriamente regionais.
Definido os polos, é possível detectar quais são as atividades e/ou cadeias
propulsivas do território. Elas serão as atividades de exportação (especialização
elevada) do território tomado como um todo (incluindo o polo e os municípios
polarizados).
O próximo passo é determinar o conjunto de municípios que comungam da
mesma função produtiva – vale dizer: da(s) mesma(s) especialização(ões)
agropecuária(s) e/ou agroindustrial (is)– e se articulam ao mesmo polo. Finalmente,
é preciso projetar a dinâmica deste sistema, com vistas a determinar as “janelas de
oportunidade” que se abrirão à frente no processo de desenvolvimento da cadeia e
as chances do município vir a aproveitar estas oportunidades para
complexificar/diversificar sua economia e ganhar maior autonomia e potencial de
crescimento.
Planejamento do Desenvolvimento Econômico
Apresentamos duas funções dinâmicas elementares: a propulsiva e a
multiplicativa. Cabe, agora, analisar detalhadamente este sistema apresentando e
diferenciando os padrões de propulsão e multiplicação. Essa análise é relevante
para a análise econômica, porque, em primeiro lugar, revela a especialização efetiva
23
(por trás da aparente diversidade) dos territórios, permitindo a identificação das
atividades responsáveis pela geração (e posterior multiplicação) da renda básica.
Em segundo lugar, porque permite a hierarquização destas cadeias em
termos de seu poder de geração de emprego e renda em todos os elos instalados no
território, por oposição à geração de emprego e renda apenas no elo central mais
evidente. E em terceiro lugar, porque as políticas públicas de enfrentamento dos
obstáculos – ou “gargalos” - do crescimento regional tendem a ser muito mais
eficazes quando incidem sobre cadeias do que sobre atividades não encadeadas.
As atividades de exportação com maior capacidade propulsiva de longo prazo
são aquelas que tendem à integração vertical no próprio território, assumindo a
forma de cadeias produtivas relativamente longas cujos elos estão associados aos
mais diversos setores (atividades classificadas por critérios de similaridade técnica).
Até porque ele é central para a determinação e hierarquização dos programas
de ação que conformam uma estratégia de Planejamento do Desenvolvimento
Regional.
Não existem atividades X propulsivas que não estejam integradas a alguma
cadeia3. Afinal, o que define uma atividade como ‘X propulsiva’ é que ela produz um
bem que se volta ao atendimento de um mercado externo.
Porém, a capacidade propulsiva de cada atividade encadeada será maior
quanto maior for o número de agentes que auferem rendimento sem eu interior e
que: 1) trabalham no território, adotam-no por domicílio e despendem seus
rendimentos no mesmo; 2) adquirem bens e serviços produzidos no mesmo ou, pelo
menos, ofertados pelas firmas comerciais locais.
Quando uma região demanda bens não padronizados (estandardizados), mas
peculiares (em função das especificidades dos padrões de consumo e/ou técnico-
produtivos do território), é mais provável que um fornecedor local alcance entender e
3 O que significa dizer que, além de produzido, este bem terá que ser transportado; envolvendo a solidariedade de (pelo menos) duas atividades num mesmo sistema: produçãoe transporte. Além disso, não se pode produzir coisa alguma sem a aquisição de insumos. E, num sistema mercantil, a produção volta-se à venda. O que se introduz mais dois elos na cadeia de produção: o comércio atacadista e/ou varejista de insumos e produtos finais. Por fim, mesmo que o beneficiamento exigido para o transporte do produto primário seja o mais elementar – a mera secagem de grãos, por exemplo – emerge um elo industrial na nossa (jánão mais atividade, mas) cadeia propulsiva. Em suma: por menor e mais simples que ela seja, toda a atividade ‘X propulsiva’ constitui uma cadeia em torno de si.
24
atender estas demandas com mais competência do que um fornecedor externo, o
que estimula o desenvolvimento de elos locais nas cadeias produtivas.
Poucos municípios apresentam um sistema produtivo tão especializado que
não contam sequer com uma panificadora, uma clínica médica, uma clínica
odontológica ou uma escola de ensino fundamental. Por quê? Porque as barreiras à
entrada nestes setores são mínimas, os custos de transporte eficiente de pães
frescos, alunos da escola fundamental, consultórios médicos e dentários são
elevadíssimos, e a espera pelo fornecimento de serviços emergenciais (como os de
saúde, por exemplo) são extremamente elevados. Estes serviços são, portanto,
ubíquos: tendem a se fazer presentes nas mais diversas localidades. E esta
tendência à ubiquidade tem dois lados: dado que são raros os territórios que não
contam com, pelo menos, uma panificadora, dificilmente uma região produtora de
trigo será exportadora de pães.
No outro extremo do leque de possibilidades, existem bens e serviços cuja
produção é circunscrita a um número restrito de firmas e territórios. O ingresso
nestes setores produtivos é limitado por barreiras à entrada particularmente
elevadas.
Assim, mesmo periferias que apresentam grande dinamismo e que
demandam volumes elevados deste tipo de bem dificilmente alcançam internalizar
no território plantas industriais produtoras do mesmo. As poucas e grandes plantas
que produzem insumos e equipamentos com tais características normalmente são
instaladas nas periferias industriais dos polos urbanos de primeira ordem e/ou nos
distritos industriais de centros logísticos multimodais (via de regra, articulados a um
grande porto marítimo), e distribuem sua produção através da complexa e
abrangente rede logística que serve aos polos sem região ou de região difusa.
Entre os dois extremos – atividades ubíquas (tais como panificadoras, clínicas
médicas de baixa resolutividade, farmácias, postos de gasolina, mecânicas de
automóveis, etc.) e atividades esparsas e concentradas em polos sem região ou de
região difusa (tais como refinarias de petróleo, montadoras de automóveis,
siderúrgicas, grandes centrais hidrelétricas, etc.) - existem inúmeras atividades cuja
escala mínima de operação é relativamente elevada (de sorte que dependem de
uma demanda expressiva para serem economicamente viáveis), mas cujas barreiras
à entrada, sem serem desprezíveis, tampouco são intransponíveis, admitindo o
ingresso de empresas novas e que ainda não percorreram toda a curva de
25
aprendizagem associada ao learning by doing. Estas são as atividades que podem
ser internalizadas na periferia e que, ao fazê-lo, definem a peculiaridade competitiva
e a trajetória de diversificação das regiões emergentes.
Ora, pergunta-se: qual (ou quais) atividade(s) apresenta(m) uma demanda
suficientemente elevada num território periférico para estimular a instalação de uma
planta fornecedora com as características acima? A resposta é: aquela(s)
atividade(s) na(s) qual(is) o território periférico é especializado; as atividades X
propulsivas.
A trajetória de diversificação industrial de menor custo por unidade de
benefício é aquela que se volta ao atendimento de demandas locais: 1) expressivas
em volume; 2) essenciais para a reprodução do demandante (vale dizer: qualquer
descontinuidade de oferta impõe custos elevadíssimos ao comprador); 3) cujos
custos de importação são elevados (seja em função do transporte, seja por risco de
sazonalidade, seja por instabilidade de preços e/ou câmbio e/ou disponibilidade de
divisas, seja em função de peculiaridades de transação, adequação e manutenção
de equipamentos, etc.).
Cadeias produtivas que insomem fundamentalmente produtos oriundos
destes setores industriais dificilmente passarão por processos de integração vertical
do conjunto de seus elos num único território. E isto porque as indústrias de
processo contínuo minimizam seus custos ao instalarem plantas capazes de atender
à demanda dos mais diversos territórios nos entornos dos polos de primeira
grandeza (de região difusa) ou daqueles polos sem região que contam com
abrangentes sistemas logísticos multimodais.
Vimos afirmando que a identificação e hierarquização das cadeias produtivas
X propulsivas de um dado território é o ponto de partida necessário de todo e
qualquer planejamento do seu desenvolvimento. E, tal como apontamos repetidas
vezes, o primeiro critério de hierarquização das cadeias é o volume global – direto e
indireto – de emprego gerado no território e o volume global da renda – direta e
indireta – gerada, apropriada e despendida no território.
Agora, contudo, um novo elemento de hierarquização emerge. Para além da
integração atual das distintas cadeias, é preciso levar em consideração a integração
potencial das mesmas. E o potencial de integração no futuro está baseado em dois
fatores: 1) nos tipos de insumos e de equipamentos demandados pelas atividades
nucleares das cadeias em processo de desenvolvimento nos distintos territórios; e 2)
26
nas perspectivas de mercado para os bens produzidos no elo central da cadeia em
implantação.
Quanto maior a demanda projetada no futuro sobre os elos centrais, maiores
as escalas de produção e maiores as chances de atração de investimentos voltados
ao fornecimento de insumos e equipamentos a montante e de investimentos
voltados ao beneficiamento à jusante. E quanto mais expressivas forem as
demandas de insumos e equipamentos industriais manufaturados (por oposição a
insumos produzidos em processo contínuo) e quanto maior for a depressão dos
custos de transporte dos bens processados (por oposição aos custos de transporte
dos mesmos bens in natura) maiores serão as chances da diferenciação produtiva
regional se realizar através da integração vertical de uma única (ou de poucas)
cadeias produtivas básicas.
Lógica para Intervenção no Território
O primeiro passo de qualquer estratégia de planejamento é avaliar o grau de
“integrabilidade” das atividades e cadeias “X propulsivas”. Uma avaliação que tem
como ponto de partida: 1) mapear o potencial e os obstáculos à integração das
mesmas; 2) análise da estrutura final de cadeias similares que tenham atingido sua
maturidade em outros territórios (sejam eles do mesmo país ou do exterior). O
objetivo desta análise é avaliar se os obstáculos interpostos à integração são
estruturais e intransponíveis ou circunstanciais e passíveis de superação.
Simultaneamente, é preciso avaliar se as principais cadeias propulsivas do território
desenvolveram elos secundários capazes de automatização e qual o potencial de
integrabilidade das mesmas. Uma vez identificadas as cadeias com grande potencial
de mercado, que tendem à integração e que estimulam a emergência de elos
secundários geradores de novas cadeias, devem ser mapeados os obstáculos ao
seu pleno desenvolvimento no território e definidas as políticas necessárias e
suficientes para a superação daqueles obstáculos.
No caso do território-foco ser um município polo altamente dependente da
demanda externa (seja o “externo”, o restante da região, seja um território difuso do
entorno ou, mesmo, todo o território nacional) sobre sua rede serviços, a estratégia
fundamental de crescimento é tríplice: 1) avaliar as vantagens e desvantagens
competitivas do polo sob análise frente aqueles municípios que concorrem na função
27
de polarização e definir as políticas eficientes para a alavancagem das vantagens e
depressão das desvantagens; 2) ampliar o leque de serviços oferecidos aos não
domiciliados, com vistas a explorar as sinergias inerentes às distintas demandas
“turísticas” sobre os serviços do polo; e 3) estreitar suas conexões com o entorno
através da integração à sua estrutura produtiva de sistemas de beneficiamento e
assistência técnica às atividades-cadeias X propulsivas dos municípios e territórios
satelitizados.
Por fim, é fundamental que os polos estejam atentos para sua relação de
dependência vis-à-vis as demandas oriundas de suas periferias e busquem
contribuir com reflexões e propostas de política econômica voltada ao enfrentamento
dos obstáculos atuais e potenciais para o crescimento das atividades e cadeias “X
propulsivas” do entorno.
No caso do território foco ser um município ou região polarizada (ou, se
preferir satelitizada) a estratégia é dúplice. Em primeiro lugar – tal como nos
referimos acima – é preciso avaliar o potencial e os obstáculos ao desenvolvimento
de suas cadeias propulsivas e desenvolver políticas de diversificação produtiva
quando necessário. Mas, igualmente importante, é a busca de minimização da
evasão de recursos em direção ao(s) polo(s) via implantação no próprio território-
foco de um sistema básico (mas eficiente e qualificado) de prestação de serviços.
Em particular, é da maior importância qualificar o comércio local e os sistemas
públicos básicos de educação e saúde. A centralidade do comércio se encontra no
fato deste ser o principal “dreno” de rendimentos internos para fora dos territórios
satelitizados. E as carências nos sistemas de saúde e educação básica contribuem
para ampliar este dreno, pois o cidadão que se vê obrigado a se deslocar em
direção ao polo para usufruir de serviços públicos básicos via de regra tende a diluir
seus custos de deslocamento aproveitando a oportunidade para usufruir das
vantagens de preço e diversificação de centros comerciais maiores. Além disso, o
controle local sobre a educação básica (e, se possível, técnica) permite
compatibilizar os sistemas educacionais com as necessidades específicas de
qualificação da mão de obra local para as necessidades do território.
29
DEMOGRÁFICO E HABITACIONAL
Este capítulo apresenta as principais informações populacionais da região de
abrangência do Oeste do Paraná, apresentando uma caracterização da evolução da
população censitária (urbana e rural gênero, faixa etária), ocupação domiciliar, renda
por domicílios, densidade demográfica, população em idade ativa, cidades mais
populosas e com a maior variação populacional, unidades atendidas de água e
esgoto e homicídios dolosos.
Conforme a tabela 01, tendo como base o Censo Demográfico de 1980
realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a região de
abrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento apresentou um crescimento
da sua população total de 12,03% em 2010. Contudo, observa-se que tal
crescimento foi alavancado pelo aumento de 27,21% da população urbana e uma
diminuição de 25,11% da população rural no mesmo período.
Destarte, esta evolução demonstra uma reconfiguração do território,
passando por um processo de urbanização, em parte, decorrente dos
desmembramentos municipais na região Oeste paranaense, ocorrido a partir da
segunda metade do século XX e que perdurou até 1997. O crescimento da
população e a fragmentação dos municípios na região resultou na variação do grau
de urbanização de 50,14% em 1980 para 84,59% em 2010.
Tabela 1: População Total, Urbana e Rural para a região de abrangência doPrograma Oeste em Desenvolvimento, 1980-2010.
População Total - Urbana e RuralCrescimento com
base em 1980A B C
Ano Urbana Rural Total A/C B/C A B C
1980 511.271 508.3371.019.60
850,14% 49,86% * * *
1991 762.914 311.9041.074.81
870,98% 29,02% 49,22% -38,64% 5,41%
2000 970.531 233.5961.204.12
780,60% 19,40% 27,21% -25,11% 12,03%
20101.088.02
7198.144
1.286.171
84,59% 15,41% 12,11% -15,18% 6,81%
Fonte: IPARDES.
30
A reconfiguração das características da região também ocorreu na
proporcionalidade entre homens e mulheres, retratada na tabela 2. No ano de 1980
a população total era de 1.019.608 pessoas, sendo cerca de 50,93% da população
composta por homens e 49,07% de mulheres. Esta representatividade de homens
manteve-se até os anos 1990, contudo a partir do ano 2000 o Censo Demográfico
do IBGE apresenta uma inversão de proporcionalidade.
O percentual de crescimento da população feminina, com base em 1980, foi
constantemente superior ao da população masculina, de maneira que no Censo de
2010 a população da região do Programa Oeste em Desenvolvimento passa a ser
composta por uma população de 654.091 mulheres e 632.080 homens.
Tabela 2: População segundo gênero para a região de abrangência do ProgramaOeste em Desenvolvimento, 1980-2010.
GêneroParticipação
Crescimento com base em1980A B C
ANO Homens Mulheres Total A/C B/C A B
1980 519.297 500.311 1.019.608 50,93% 49,07% * *
1991 538.147 536.671 1.074.818 50,07% 49,93% 3,63% 7,27%
2000 597.968 606.159 1.204.127 49,66% 50,34% 11,12% 12,95%
2010 632.080 654.091 1.286.171 49,14% 50,86% 5,70% 7,91%Fonte: IPARDES.
Ainda relacionado a caracterização populacional do território, a tabela 3
apresenta a estratificação da população total da região em seis faixas etárias: (A) 0
a 9 anos, (B) 10 a 19 anos, (C) 20 a 34 anos, (D) 35 a 54 anos, (E) 55 a 69 anos, (F)
70 a 79 anos e (G) 80 anos em diante. Segundo os dados extraídos dos últimos
quatro Censos Demográficos realizados, a dinâmica de crescimento da população
entre os anos de 1980 a 2010 aponta uma diminuição da participação relativa das
faixas etárias A, B e C sobre a população total. Entretanto, as faixas etárias D, E, F e
G no mesmo período apresentou um crescimento da participação relativa.
A faixa etária que apresentou a maior queda foi (A) 0 a 9 anos, com uma
variação média de -4,73% entre os anos, extraídos dos Censos Demográficos,
sendo que sua participação na população total passou de 28,44% no ano de 1980
para 14,25% em 2010. Em contrapartida, os mesmos dados apontam que a faixa
etária (D) 35 a 54 anos obteve o maior crescimento, com variação média de 3,83%
31
no período. Isto resultou no aumento da representatividade da faixa etária (D) de
15,99% em 1980 para 27,49% em 2010.
Tabela 3: Participação da população segundo faixa etária para a região deabrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento, 1980-2010.
Participação das faixas etárias na População Total
AnoA B C D E F G
PopulaçãoTotal
0 a 9 anos10 a 19anos
20 a 34anos
35 a 54anos
55 a 69anos
70 a 79anos
80 anose ou mais
1980 28,44% 26,20% 23,79% 15,99% 4,36% 0,95% 0,20% 1.019.608
1991 23,13% 22,36% 27,06% 19,32% 6,11% 1,58% 0,45% 1.074.818
2000 19,62% 20,38% 25,84% 23,42% 7,84% 2,18% 0,72% 1.204.127
2010 14,25% 18,21% 24,81% 27,49% 10,74% 3,28% 1,21% 1.286.171
Fonte: IPARDES.
Habitação
O número de domicílios da região Oeste segundo dados do IPARDES era de
372.023 no ano 2000, composto por 80,48% domicílios na área urbana e 19,52%
rural. Mas, como apresentado anteriormente, a região passou por um processo de
urbanização e no Censo de 2010 constatou que dos 453.164 domicílios, 84,23%
urbano e 15,77% rural.
Estabelecendo um comparativo entre os dados do ano 2000 e 2010, houve
um crescimento de 27,50% da participação de domicílios urbanos e uma redução de
1,63% dos rurais na região. Com relação a ocupação dos domicílios particulares
permanentes, a tabela 4 demonstra o detalhamento referente a ocupação com (A)
até duas pessoas, (B) três pessoas, (C) quatro pessoas e (D) acima de quatro
pessoas
Esta distribuição da população indica certo equilíbrio entre os quatro grupos
no ano 2000, variando a participação relativa entre 20% a 28%. De acordo com os
dados, no ano 2010 há uma alteração nesse equilíbrio com o crescimento da
representatividade dos grupos A, B e C de 32,66%, 31,73% e 23,47%
respectivamente e redução para 12,14% do grupo D.
32
Tabela 4: Ocupação dos Domicílios Particulares Permanentes na Região deAbrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento – Famílias (2000 a 2010).
Até duaspessoas
Três pessoasQuatro
pessoas
Acima dequatro
pessoasTotal
Ano A B C D E A/E B/E C/E D/E2000 99.064 91.238 87.775 72.109 350.186 28,29 26,05 25,07 20,592010 124.787 121.246 89.685 46.408 382.124 32,66 31,73 23,47 12,14
Fonte: IPARDES.
Tendo como base o salário-mínimo de R$ 151,00 em 2000 e R$ 510,00 em
2010, e considerando somente os domicílios particulares permanentes, a tabela 5
apresenta a renda mensal dos domicílios da região. Com as informações fornecidas
pelo IPARDES, nota-se que a faixa de rendimento mensal domiciliar teve um grande
aumento de participação foi de 1 a 3 salários-mínimos, esta faixa cresceu
aproximadamente 63,66% entre os anos 2000 e 2010.
Tabela 5: Renda por Domicílios Particulares Permanentes na Região deAbrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento (2000 e 2010).
Ano Sem renda Até 01 S.M.01 a 03
S.M.03 a 10
S.M.Acima de 10
S.M.Total
2000 10.114 30.293 100.302 137.702 51.368 329.7792010 10.868 38.856 157.558 164.979 36.846 409.107
Fonte: IPARDES.
A tabela a seguir apresenta os 10 municípios com a maior densidade
demográfica (Hab/Km²) na região de abrangência do POD em 2015. Os dados
coletados no IPARDES apontam que o município mais povoado é Foz do Iguaçu,
com cerca de 432,28 habitantes por Km² destacando-se da densidade demográfica
das demais cidades elencadas na tabela, que varia de 47,67 a 149,55 habitantes por
Km² em 2015.
Tabela 6: Os 10 municípios com maior densidade demográfica (hab/km²) na regiãodo Programa Oeste em Desenvolvimento.
Município 2012 2013 2014 2015 ∆% (2012-2015)
Foz do Iguaçu 419,07 431,83 432,06 432,28 3,15%
Cascavel 139,80 146,13 147,87 149,55 6,97%
33
Medianeira 130,46 135,77 136,92 138,04 5,81%
Toledo 102,20 107,16 108,71 110,19 7,82%
Santa Terezinha de Itaipu 79,31 82,72 83,57 84,38 6,39%
Marechal Cândido Rondon 63,74 66,52 67,22 67,90 6,53%
Cafelândia 55,96 59,00 60,11 61,18 9,33%
Guaíra 54,52 56,59 56,95 57,29 5,08%
Capitão Leônidas Marques 54,79 56,72 56,96 57,20 4,40%
Palotina 44,99 46,85 47,27 47,67 5,96%Densidade demográfica na região do POD
41,23 42,67 42,85 43,03 4,36%
Fonte: IPARDES.
A tabela 7 apresenta a evolução da quantidade da população, conforme a
População em Idade Ativa (PIA) e População Economicamente Ativa (PEA). Os
dados fornecidos pelo IPARDES e coletados pelo IBGE, demonstra que entre os
anos de 2010 e 2014 houve um crescimento de 13,90% na PIA e 19,04% na PEA.
Tabela 7: Evolução do número da população ocupada, em idade ativa eeconomicamente ativa na região de abrangência do Programa Oeste emDesenvolvimento entre 1991 a 2010.
AnoPopulaçãoOcupada -
Rural
PopulaçãoOcupada -
Urbana
PopulaçãoCensitária
PIA (10anos emais)
PEA (10anos emais)
PopulaçãoOcupada
1991 - - 1.074.818 825.595 447.106 -
2000 108.713 410.461 1.204.127 968.054 596.353 519.173
2010 114.483 560.636 1.286.171 1.102.589 709.901 675.115
Crescimento (∆%)∆% (2010-
2014)5,31% 36,59% 6,81% 13,90% 19,04% 30,04%
Fonte: IPARDES.
A análise das características dos domicílios da região do Programa Oeste em
Desenvolvimento, tabela a seguir, apresenta os dados disponibilizados pelo Censo
Demográfico do IBGE para 2000 e 2010. As informações abrangem os Domicílios
Particulares Permanentes de acordo com a classificação: Próprio, Alugado, Cedido
ou Outra Condição.
Destarte, durante o período de 2000 a 2010 observa-se o grande crescimento
na quantidade de domicílios alugados, com uma variação de 67,57%. Esta classe de
domiciliar foi a única que obteve um aumento acima do crescimento da total de
domicílios particulares permanentes de 24,05%. Todavia, a quantidade de domicílios
34
próprios continua predominando, com uma representatividade de 68,33% dos
279.539 domicílios particulares da região.
Tabela 8: Número de domicílios na região de abrangência do Programa Oeste emDesenvolvimento entre 2000 a 2010.
Característica do domicílio 2000 2010 ∆%(2000-2010)Domicílios Particulares Permanentes - Total 329.784 409.110 24,05%Domicílios Particulares Permanentes - Próprio 235.679 279.539 18,61%Domicílios Particulares Permanentes - Alugado 52.291 87.624 67,57%Domicílios Particulares Permanentes - Cedido 38.120 39.527 3,69%Domicílios Particulares Permanentes - Outra Condição 3.694 2.420 -34,49%
Fonte: IPARDES.
Segundo os dados do Censo 2010, a população da total da região do POD
representa cerca de 12,31% da população estadual. E, conforme a tabela 9 os 10
municípios mais populosos são Cascavel, Foz do Iguaçu, Toledo, Marechal Cândido
Rondon, Medianeira, Assis Chateaubriand, Guaíra, Quedas do Iguaçu, Palotina e
São Miguel do Iguaçu.
A população da região do POD em 2010 era composta por cerca de 84,59%
urbana e 15,41% rural, sendo que os municípios com uma concentração acima de
90% de população urbana são respectivamente Foz do Iguaçu, Cascavel, Guaíra e
Toledo. As cidades de São Miguel do Iguaçu e Quedas do Iguaçu apresentam a
maior participação de população rural na região, com 36,03% e 31,43%
proporcionalmente.
Tabela 9: As 10 cidades mais populosas da região de abrangência do ProgramaOeste em Desenvolvimento em 2010.
MunicípioPopulação
Censitária UrbanaPopulação
Censitária RuralPopulação
Censitária TotalCascavel 270.049 16.156 286.205Foz do Iguaçu 253.962 2.126 256.088Toledo 108.259 11.054 119.313Marechal Cândido Rondon 39.147 7.672 46.819Medianeira 37.390 4.427 41.817Assis Chateaubriand 29.013 4.012 33.025Guaíra 28.206 2.498 30.704Quedas do Iguaçu 20.987 9.618 30.605Palotina 24.646 4.037 28.683São Miguel do Iguaçu 16.485 9.284 25.769
35
População da região doPOD
1.088.027 198.144 1.286.171
Fonte: IPARDES.
A tabela a seguir apresenta os cinco municípios com a maior variação
populacional positiva e negativa entre os anos de 2000 e 2010, conforme os dados
censitários. As cidades com variação positiva apresentaram crescimento da
população urbana seguido pela diminuição populacional rural, com exceção de
Itaipulândia e Pato Bragado que tiveram um aumento em ambas as populações.
Porém, os municípios Brasilândia do Sul, Guaraniaçu e Formosa do Oeste
tiveram variação negativa da população total, urbana e rural. Sendo que, apesar a
queda da população total entre 2000 e 2010, as cidades de Campo Bonito e
Lindoeste obtiveram um crescimento de 1,33% e 0,01% da população urbana.
Tabela 10: Os 5 municípios com maior variação populacional no ano de 2010.
MunicípioPopulacional -
Rural (%)Populacional - Urbana (%)
Populacional - Total(%)
∆% Positiva
Itaipulândia 3,36 2,35 2,82
Cafelândia -1,13 3,74 2,78
Toledo -1,05 2,34 1,97
Pato Bragado 0,7 2,48 1,76Entre Rios do Oeste
-0,4 2,87 1,67
∆% Negativa
Brasilândia do Sul -3,84 -0,82 -1,9
Guaraniaçu -2,88 -0,4 -1,64
Campo Bonito -4,41 1,33 -1,5
Formosa do Oeste -3,64 -0,12 -1,48
Lindoeste -2,52 0,01 -1,48Fonte: IPARDES.
No estado do Paraná o serviço de água e esgoto é fornecido pela Companhia
de Saneamento do Paraná (Sanepar), fundada em 1951, é a principal responsável
pela expansão e manutenção da infraestrutura de saneamento básico. Os dados
fornecidos pelo IPARDES sobre o número de unidades atendidas com água e esgoto
apontam que entre 2010 e 2014 houve uma evolução na quantidade atendida.
Em 2014, aproximadamente 408.442 residências foram atendidas, a tabela a
seguir apresenta o panorama para os anos de 2010 a 2014.
36
Tabela 11: Evolução no número de unidades atendidas com água e esgoto na regiãode abrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento.
Tipo de Unidade 2010 2011 2012 2013 2014 ∆% (2010-2014)Unidades Atendidas Residenciais 358.657 369.066 385.090 400.274 408.442 13,88%Unidades Atendidas Comerciais 30.304 31.371 32.221 33.951 35.218 16,22%Unidades Atendidas Industriais 1.367 1.468 1.559 1.677 1.742 27,43%Unidades Atendidas na UtilidadePública
2.739 2.838 2.905 2.979 3.030 10,62%
Unidades Atendidas no Poder Público 3.101 3.244 3.372 3.455 3.540 14,16%Fonte: IPARDES.
Tabela 12: Os 10 municípios com maior número de vítimas de homicídio doloso naregião de abrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento.
Município 2012 2013 2014 ∆%(2012-2014)Foz do Iguaçu 165 119 90 -45,45%Cascavel 148 95 77 -47,97%Guaíra 29 20 18 -37,93%Medianeira 10 12 14 40,00%Toledo 27 19 14 -48,15%Santa Helena 20 12 10 -50,00%Ubiratã 7 4 10 42,86%Marechal Cândido Rondon 9 7 9 0,00%Capitão Leônidas Marques 3 1 6 100,00%Matelândia 8 6 6 -25,00%
Fonte: IPARDES.
PANORAMA SOCIAL
Na Tabela 13 observa-se que a região Oeste apresenta um aumento na oferta
de docentes, que conforme os dados de 2007, era de 28.582 e atingiu 34.228
docentes em 2013. A esfera administrativa segmenta os docentes em Rede Federal,
Rede Estadual, Rede Municipal e Rede Particular.
Tabela 13: Número de docentes por esfera administrativa na região de abrangênciado Programa Oeste em Desenvolvimento.
Esfera Administrativa 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Docentes - Rede Federal 44 50 65 79 71 112 107
Docentes - Rede Estadual 5.854 6.334 6.611 6.903 6.982 7.087 7.144
Docentes - Rede Municipal 6.014 6.119 6.214 6.273 6.643 6.948 7.006
Docentes - Rede Particular 2.829 2.831 2.790 2.830 2.939 3.198 3.373Total de docentes 28.582 29.679 30.332 31.188 32.292 33.595 34.228Fonte: IPARDES.
37
Tabela 14 são apresentadas as informações referentes a oferta da Educação
Básica na região do POD. Segundo os dados do Ministério da Educação (MEC), a
região possuía 1.152 estabelecimentos em 2010 e 1.194 estabelecimentos de
Educação Básica em 2014. Vale esclarecer que a tabela a seguir considera a oferta
de etapas de Educação Básica, sendo que um estabelecimento pode ofertar mais de
uma etapa simultaneamente.
Tabela 14: Evolução da oferta de Educação Básica nos estabelecimentos de ensinona região de abrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento.
Etapas da Educação Básica 2010 2011 2012 2013 2014 2010-2014
Com Creche 307 319 331 331 347 13,03%
Pré-Escolar 534 564 564 586 583 9,18%
Fundamental 801 798 797 792 789 -1,50%
Médio 266 271 277 280 280 5,26%
Com Educação Profissional Técnica 46 44 46 50 53 15,22%
Com Educação de Jovens e Adultos 101 98 99 97 91 -9,90%Fonte: IPARDES.
A tabela a seguir apresenta o número de professores que atuam nas etapas
da Educação Básica, considerando que o profissional pode atuar em mais de uma
etapa. Destarte, a região de abrangência do POD possui 17.607 professores no ano
de 2014, que atuam nas etapas do Ensino Básico, representando um crescimento
de 16,58% com base em 2010.
Tabela 15: Evolução do número de docentes por função na região de abrangênciado Programa Oeste em Desenvolvimento.Funções Docentes 2010 2011 2012 2013 2014 ∆% (2010-2014)
Ensino Médio 5.145 5.319 5.408 5.225 5.440 5,73%Educação Infantil 3.084 3.484 3.769 3.773 4.412 43,06%Educação Profissional 529 635 639 734 843 59,36%Creche 1.578 1.917 2.192 2.137 2.490 57,79%Ensino Fundamental 9.889 9.975 10.082 10.193 10.565 6,84%Pré-Escola 1.571 1.664 1.674 1.771 2.103 33,86%
Fonte: IPARDES.
O Ideb foi criado pelo Inep em 2007, em uma escala de zero a dez,
considerando metas bienais o indicador combina informações de desempenho em
exames padronizados (Prova Brasil ou Saeb) – obtido pelos estudantes ao final das
etapas de ensino (4ª e 8ª séries do ensino fundamental e 3ª série do ensino médio)
38
– com informações sobre rendimento escolar (aprovação). Os dados consultados
demonstra que as médias das notas obtidas pelos alunos da região do POD está
superando as metas estabelecidas para o Paraná em 2009, 2011 e 2013.
Tabela 16: Notas dos alunos do ensino fundamental da rede pública no IDEB daregião de abrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento).Período 2009 2011 2013 ∆%(2009-2013)Região do POD - Anos iniciais 5,49 5,55 5,98 8,93%Paraná - Anos iniciais 5,30 5,40 5,80 9,43%Meta Estadual – Anos iniciais 5,00 5,40 5,60 -Região do POD - Anos finais 4,40 4,35 4,42 0,56%Paraná - Anos finais 4,10 4,10 4,10 -Meta Estadual – Anos finais 3,70 4,00 4,40 -
Fonte: IPARDES.
Tabela a seguir apresenta o número de matrículas da Educação Básica na
região do POD, apontando a ampliação na procura da etapa de Educação
Profissional em 50,66% entre 2010 e 2014, os dados demonstram que o número de
matrículas passou de 5.063 em 2010 para 7.628 em 2014.
Tabela 17: Número de matrículas de alunos em instituições de ensino na região deabrangência da região do Programa Oeste em Desenvolvimento.
Matrículas 2010 2011 2012 2013 2014∆%(2010-
2014)Creche 16.279 20.575 22.457 21.795 22.147 36,05%Pré-Escola 23.706 24.211 25.672 26.119 29.328 23,72%Educação Infantil 39.985 44.786 48.129 47.985 51.573 28,98%Ensino Fundamental 203.52
0195.17
8189.35
3186.20
3182.20
7-10,47%
Ensino Regular 312.224
308.805
306.133
302.435
302.725
-3,04%
Ensino Médio 63.656 62.959 62.758 61.603 61.317 -3,67%Educação Profissional 5.063 5.882 5.893 6.715 7.628 50,66%Educação de Jovens eAdultos (EJA)
20.429 17.980 18.776 18.015 19.014 -6,93%
Fonte: IPARDES.
Com relação à oferta de vagas, matrículas e concluintes do Ensino Superior
no ano de 2012, a tabela a seguir apresenta as informações sobre a região Oeste,
conforme os dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio
Teixeira (INEP), que estabelece como grandes áreas de conhecimento: Agricultura e
veterinária; Ciências sociais, negócios e direito; Ciências, matemática e computação;
39
Educação; Engenharia, produção e construção; Humanidades e artes; Saúde e bem-
estar social; e Serviços.
Tabela 18: Número de alunos nas instituições de ensino superior da região deabrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento em 2012.Área do Curso Vagas Matrículas ConcluintesAgricultura e veterinária 1.280 3.373 406Ciências sociais, negócios e direito. 12.083 18.858 3.873Ciências, matemática e computação. 2.728 3.147 611Educação 5.747 6.823 1.642Engenharia, produção e construção. 3.332 7.118 722Humanidades e artes 525 516 133Saúde e bem estar social 3.333 5.209 1.145Serviços 1.558 1.598 510
Total Geral 30.586 46.642 9.042Fonte: IPARDES.
O número de cursos por área de conhecimento, segundo os dados para 2012
do INEP, demonstra que a região do POD possui uma representatividade de 15% da
oferta de cursos do ensino superior do Estado. Dentre as áreas de conhecimento
que se destacam pela representatividade, estão os cursos de Serviços (23%),
Agricultura e veterinária (18%) e Ciências, matemática e computação (17%),
conforme a tabela a seguir.
Tabela 19: Número de cursos nas instituições de ensino superior da região deabrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento em 2012.
Número de Cursos POD ParanáAgricultura e veterinária 16 88Ciências sociais, negócios e direito. 106 683Ciências, matemática e computação. 38 223Educação 67 481Engenharia, produção e construção. 42 281Humanidades e artes 9 114Saúde e bem-estar social 43 269Serviços 19 83
Total Geral 340 2.222Fonte: INEP.
A distribuição desta oferta de cursos por categoria administrativa (Privada
com fins lucrativos, Privada sem fins lucrativos, Pública Estadual e Pública Federal)
consta na tabela 20. Os dados coletados indicam uma concentração de 70% dos
40
cursos em instituições de ensino superior da esfera privada, com 237 cursos da
região do POD.
As instituições públicas da esfera Estadual têm grande participação nos
cursos da área de Educação (34%), Agricultura e veterinária (25%) e Saúde e bem-
estar social (19%), enquanto que a participação dos cursos oferecidos pela esfera
Federal destacam-se as áreas de Humanidades e artes (44%), Engenharia,
produção e construção (40%), Agricultura e veterinária (25%) e Ciências,
matemática e computação (24%). Número de cursos por categoria administrativa na
região de abrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento em 2012.
Tabela 20: Número de matrículas de alunos em instituições de ensino na região deabrangência da região do Programa Oeste em Desenvolvimento.
CursosPrivadacom fins
lucrativos
Privadasem fins
lucrativos
PúblicaEstadual
PúblicaFederal
TotalGeral
Agricultura e veterinária 4 4 4 4 16
Ciências sociais, negócios e direito 46 43 12 5 106Ciências, matemática e computação
10 15 4 9 38
Educação 26 15 23 3 67Engenharia, produção e construção
9 12 4 17 42
Humanidades e artes 1 3 1 4 9
Saúde e bem-estar social 13 22 8 43
Serviços 3 11 2 3 19
Total Geral 112 125 58 45 340Fonte: INEP.
A tabela a seguir apresenta a relação de cursos da região de abrangência do
Programa Oeste em Desenvolvimento, conforme o tipo de formação: Bacharelado,
Licenciatura e Tecnológico, sendo que a formação de Bacharelado tem maior
participação com 210 cursos em 2012.
Tabela 21: Cursos por tipo de formação na região de abrangência do ProgramaOeste em Desenvolvimento em 2012.Cursos Bacharelado Licenciatura Tecnológico Total Geral
Agricultura e veterinária 13 - 3 16Ciências sociais, negócios e direito
88 - 18 106
Ciências, matemática e computação
26 - 12 38
Educação - 67 - 67Engenharia, produção e 31 - 11 42
41
construção
Humanidades e artes 7 - 2 9
Saúde e bem-estar social 42 - 1 43
Serviços 3 - 16 19
Total Geral 210 67 63 340Fonte: INEP.
GEOGRAFICO
A região de abrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento está
localizada, em sua maior parte, na mesorregião Oeste Paranaense. Situa-se no
Terceiro Planalto Paranaense e abrange uma área de 2.290.859 hectares, que
corresponde a cerca de 11,5% do território estadual. Esta região faz fronteira com a
Argentina e o Paraguai e possui como principais divisas os rios Piquiri, Paraná e
Iguaçu.
A mesorregião Oeste está totalmente localizada no Terceiro Planalto sendo
constituído por derrames basálticos, com conformação de paisagem uniforme,
determinada pelas formas de pequenos planaltos, planaltos pouco elevados (em
geral, arenosos) e pelas extensas várzeas do rio Paraná. É limitado pela Serra da
Esperança, que o separa do Segundo Planalto. A alteração das rochas basálticas,
associada ao clima da região, deu origem aos solos do tipo terra roxa, dentre os
quais ressaltamos três tipos: latossolo roxo, que fica sujeito à erosão; terra roxa
estruturada, com solos profundos, argilosos, bem drenados e com elevada fertilidade
natural; e litólicos, solos pouco profundos e muito suscetíveis à erosão.
Na maior parte do território, em locais de menores altitudes, ocorre o clima
Subtropical Úmido Mesotérmico, de verões quentes, geadas pouco frequentes e
chuvas com tendência de concentração nos meses de verão. Apresenta as
seguintes médias anuais: temperatura dos meses mais quentes, superior a 22 ºC, e
dos meses mais frios, inferior a 18 ºC; chuvas entre 1.300 e 1.700 mm; e umidade
relativa do ar de 75%, sem deficiência hídrica. Em locais de maiores altitudes, de
menor abrangência territorial, em áreas ao longo do eixo da rodovia BR-277 e dos
principais divisores d'água, ocorre o clima Subtropical Mesotérmico, de verões
frescos e inverno com geadas severas e frequentes, sem estação seca, com as
seguintes médias anuais: temperatura dos meses mais quentes, inferior a 22 ºC, e
42
dos meses mais frios, inferior a 18 ºC; chuvas entre 1.700 e 1.800 mm; e umidade
relativa do ar de 80%, sem deficiência hídrica.
A região encontra-se nos domínios fitogeográficos de dois biomas distintos: a
Floresta de Araucária ou Floresta Ombrófila Mista e a Floresta Estacional
Semidecidual. Considerando-se a pressão por desmatamento exercida sobre os
recursos florestais, inicialmente para fins madeireiros, e para uso agrícola em etapa
posterior, restaram de cobertura florestal cerca de 264,4 mil ha, que correspondem a
12% da cobertura vegetal original existente na região. Deste estoque florestal ainda
existente, 78% são remanescentes da Floresta Estacional Semidecidual,
representados, quase que integralmente, pela cobertura vegetal existente no Parque
Nacional do Iguaçu. Os 22% restantes são remanescentes de Floresta de Araucária
que ocorrem de maneira descontínua e pontual no território onde, anteriormente, era
dominante. Com relação aos aspectos ecológicos, a região destaca-se por ser de
contato e transição entre os biomas da Floresta Ombrófila Mista e da Floresta
Estacional Semidecidual, configurando-se como local natural de tensão e de
vulnerabilidade ecológica e de grande variabilidade de estoques genéticos.
O total das florestas presentes nesta região representa 10% da cobertura
vegetal existente atualmente no Estado, posicionando-a em quarto lugar, na
contribuição de cobertura florestal do Estado, logo após a Região Metropolitana de
Curitiba, em primeiro lugar; a Centro-sul, sem segundo; e, em terceiro lugar, a
mesorregião Centro-oriental.
A região destaca-se ainda em termos de conservação ambiental, pela
presença do Parque Nacional do Iguaçu, que lhe confere uma área de 185,3 mil ha
de florestas nativas, com a dominância da Floresta Estacional Semidecidual. A
proteção dos biomas da região é contemplada, também, pela presença do Programa
de Recuperação Ambiental de Biomas – Projeto Paraná Biodiversidade, o qual
possui, na região, dois corredores de atuação, o Corredor Caiuá-Ilha Grande e o
Iguaçu-Paraná, sendo que as áreas legalmente protegidas e de implantação de
programas de recuperação estão concentradas na Floresta Estacional Semidcidual.
A região possui 51 unidades de Conservação, sendo que, destas, 45 são
unidades de conservação pertencentes à categoria de proteção integral, destinada à
preservação da natureza, e seis são unidades de preserrvação da categoria de uso
sustentável, com o objetivo de compatibilizar a conservação da natureza ao uso
sustentável. As unidades de conservação totalizam uma área de 232,9 mil ha,
43
correspondendo a 88% da área total de cobertura vegetal da mesorregião Oeste.
Diante destes quadros das unidades de conservação, em termos de ecossistemas
protegidos, observa-se que o bioma da Floresta Estacional Semidecidual possui
86% de sua área legalmente protegida, e o bioma da Floresta Ombrófila Mista, de
menor abrangência territorial, apresenta apenas 14% de sua área legalmente
protegida.
Com relação ao relevo, 50% da área da mesorregião Oeste está
compreendida no intervalo de declividade que vai de 0% a 10% (até 6º),
correspondente a um relevo de plano a suavemente ondulado. São áreas aptas à
agricultura mecanizada e não-mecanizada, bem como à pecuária e ao
reflorestamento. Neste intervalo ocorrem áreas inundáveis, o que limita o uso
agrícola das terras, restringindo o emprego de máquinas agrícolas. O intervalo de
declividade de 10% a 20% (até 12º) corresponde a 40% da área da mesorregião,
com relevo ondulado, onde as áreas são aptas à agricultura não-mecanizada, á
pecuária e ao reflorestamento. Nestas áreas a agricultura mecanizada possui
limitações, devido a riscos de erosão do solo, demandando, portanto, práticas
conservacionistas quando utilizadas na agricultura. Os 10% restantes da área
correspondem aos intervalos de declividade de 20% a 45% (até 24º) e maior que
45% (acima de 25º), onde o relevo é fortemente ondulado, com áreas inaptas à
agricultura mecanizada, restrições severas à agricultura não-mecanizada e
restrições moderadas à pecuária e ao reflorestamento. Cabe ressaltar que terrenos
acima de 45% são adequados apenas à prática do manejo florestal.
Relativamente ao uso potencial para fins agrícolas, esta região possui 75% da
sua área com predomínio de solos férteis dos tipos bom e regular. São solos
potencialmente aptos para a produção agrícola, ocupados, atualmente, por culturas
cíclicas de soja, milho e trigo e, secundariamente, por pastagens plantadas.
Enquadram-se nestas categorias os tipos de solo com fertilidade boa e regular e
com pouca suscetibilidade à erosão associado às baixas declividades dos terrenos,
de 0% a 20%. Estes tipos de solo possibilitam a aplicação de práticas agrícolas com
alto nível tecnológico, envolvendo a aplicação intensiva de insumos, e o
melhoramento e conservação das condições das terras e das lavouras. A
motomecanização está presente nas diversas fases da operação agrícola,
principalmente nos municípios de Guaíra, Palotina, Marechal Cândido Rondon,
Toledo e Cascavel.
44
Figura 2: Cultivo de Milho. Região de Abrangência do Programa Oeste emDesenvolvimento.
Fonte: Centro Internacional de Hidroinformática (CIH), Fundação Parque Tecnológico Itaipu - Brasil.
Na porção leste da mesorregião, que abrange desde os municípios de
Braganey, Guaraniaçu, até Boa Vista da Aparecida, os quais representam cerca de
15% da mesorregião, há um predomínio de áreas restritas ao uso agrícola, devido à
declividade de 20% a 45%, podendo ocasionar problemas de erosão acentuadas
caso fossem utilizadas para fins agrícolas e urbanos.
45
Figura 3: Cultivo de Soja. Região de Abrangência do Programa Oeste emDesenvolvimento.
Fonte: Centro Internacional de Hidroinformática (CIH), Fundação Parque Tecnológico Itaipu - Brasil.
O grande potencial hídrico da região, caracterizado pela presença de duas
grandes bacias hidrográficas, dos rios Paraná e Iguaçu, com curso parcial nos
limites da mesma, foi determinante para o seu desenvolvimento econômico. As
grandes corredeiras e os saltos de 70 m do rio Iguaçu são os formadores das
Cataratas do Iguaçu. O rio Paraná, com extensão total de 4.695 km, destaca-se pela
presença da barragem de Itaipu, destinada a acumular água para geração de
energia.
46
Figura 4: Rios. Região de Abrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento.
Fonte: Centro Internacional de Hidroinformática (CIH), Fundação Parque Tecnológico Itaipu - Brasil.
Figura 5: Bacia Hidrográfica. Região de Abrangência do Programa Oeste emDesenvolvimento.
Fonte: Centro Internacional de Hidroinformática (CIH), Fundação Parque Tecnológico Itaipu - Brasil.
47
Com relação às águas, os índices de Qualidade das Águas indicam, para o
reservatório de Itaipu e alguns afluentes de sua margem esquerda, 15 pontos de
monitoramento com índices de qualidade de água considerado moderadamente
comprometido/qualidade boa, e 12 pontos que se apresentam com índice de
qualidade de água pouco comprometida/qualidade muito boa. Já os rios Iguaçu e
Piquiri apresentam um índice de qualidade de água moderadamente
comprometido/qualidade boa.
Figura 6: Produção Suínos. Região de Abrangência do Programa Oeste emDesenvolvimento.
Fonte: Centro Internacional de Hidroinformática (CIH), Fundação Parque Tecnológico Itaipu - Brasil.
48
Figura 7: Produção Aves: frango. Região de Abrangência do Programa Oeste emDesenvolvimento.
Fonte: Centro Internacional de Hidroinformática (CIH), Fundação Parque Tecnológico Itaipu - Brasil.
Figura 8: Produção de Peixes: tilápia. Região de Abrangência do Programa Oesteem Desenvolvimento.
Fonte: Centro Internacional de Hidroinformática (CIH), Fundação Parque Tecnológico Itaipu - Brasil.
49
PANORAMA ECONÔMICO
Com o objetivo de retratar o a dinâmica econômica da região de abrangência
do Programa Oeste em Desenvolvimento, este capítulo apresenta as principais
informações econômicas da região.
Os dados referentes aos números de empregos formais na região, fornecidos
pela Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) indica um crescimento no
número de empregos formais gerados entre 2009 e 2014. O comparativo entre esse
período – tabela 22 – demonstra os municípios que obtiveram a maior variação no
crescimento de 2009 a 2014, dentre eles está Ubiratã, Boa Vista da Aparecida,
Itaipulândia, Santa Tereza do Oeste e Matelândia. Estes municípios apresentaram
uma variação superior a 60% no período.
Tabela 22: Municípios com maior variação no número de empregos na área deabrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento em 2009-2014.
Localidade 2009 2010 2011 2012 2013 2014 ∆% (2009-2014)Ubiratã 3.018 3.304 3.582 3.886 4.612 5.850 93,84%Boa Vista da Aparecida 519 778 826 882 887 917 76,69%Itaipulândia 1.381 1.646 1.849 1.710 2.318 2.383 72,56%Santa Tereza do Oeste 1.362 1.500 2.038 1.952 2.095 2.270 66,67%Matelândia 4.435 5.249 5.650 6.100 6.569 7.254 63,56%
Fonte: IPARDES.
Contudo, os 10 municípios que possuem o maior número de empregos
formais em 2014 estão descritos na Tabela a seguir. Ao todo a região em 2014
possuía 363.363 empregos formais, sendo que 58,77% desses empregos estão
distribuídos entre os municípios de Cascavel, Foz do Iguaçu e Toledo.
Tabela 23: Os 10 principais municípios em número de empregos na área deabrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento em 2014.
Localidade 2009 2010 2011 2012 2013 2014∆% (2009-
2014)Cascavel 79.661 87.146 92.463 94.767 100.229 103.769 30,26%Foz do Iguaçu 47.185 51.017 55.190 58.701 61.377 62.365 32,17%
Toledo 35.563 38.994 41.799 37.187 45.965 47.414 33,32%Medianeira 11.695 12.806 13.942 15.061 17.001 17.901 53,07%Marechal CândidoRondon
13.405 13.798 14.229 14.320 14.908 15.425 15,07%
Palotina 9.468 9.564 10.028 10.092 10.754 11.266 18,99%Cafelândia 8.953 9.168 9.745 10.000 10.405 11.175 24,82%
50
Matelândia 4.435 5.249 5.650 6.100 6.569 7.254 63,56%São Miguel doIguaçu
4.437 4.637 5.299 5.569 6.003 6.238 40,59%
Quedas do Iguaçu 4.510 5.003 5.199 5.325 5.833 5.910 31,04%
Total de empregosna região do POD
276.200
298.662 319.206 324.094 350.733 363.363 31,56%
Fonte: RAIS.
A Tabela a seguir apresenta o número de estabelecimentos divididos em:
Indústria, Construção civil, Comércio, Serviços e Agropecuária. Os dados são
referente ao ano 2014 e apresenta os municípios que são destaque na região, este
conjunto de municípios representam cerca de 72% do total de estabelecimentos da
região de abrangência do POD.
Tabela 24: Número de estabelecimentos na região de abrangência do ProgramaOeste em Desenvolvimento – 2014.
Município IndústriaConstrução
CivilComércio Serviços Agropecuária Total
Cascavel 1.213 952 4.238 3.680 565 10.648
Foz do Iguaçu 396 451 3.156 2.948 99 7.050
Toledo 612 533 1.640 1.527 357 4.669Marechal Cândido
Rondon254 170 824 602 166 2.016
Medianeira 181 176 635 569 98 1.659
Palotina 154 95 430 384 196 1.259
Assis Chateaubriand 102 36 450 235 214 1.037
São Miguel do Iguaçu 110 152 306 219 160 947
Santa Helena 105 150 292 220 78 845
Guaíra 86 23 379 253 64 805Fonte: IPARDES.
A tabela 25 apresenta o Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios que
tiveram o maior crescimento entre 2010 e 2012. O PIB é disponibilizado pelo
IPARDES e retrata a soma da produção de todos os bens e serviços finais dos
municípios da região do POD, dentre os quais se destacam Nova Aurora, Iguatu e
Anahy que apresentaram um crescimento de 57,00%, 53,62% e 52,36%
respectivamente entre o ano de 2009 e 2012.
51
Tabela 25: Os 10 municípios com maior crescimento do produto interno bruto dosmunicípios de abrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento.
Município/Ano2010 (R$1.000,00)
2011 (R$ 1.000,00)2012 (R$1.000,00)
∆% (2010-2012)
Nova Aurora 209.656 261.493 329.155 57,00%
Iguatu 31.812 39.668 48.871 53,62%
Anahy 43.103 49.881 65.671 52,36%
Braganey 76.560 99.283 113.941 48,83%
Ubiratã 349.614 388.583 519.471 48,58%
Serranópolis do Iguaçu 75.393 90.095 107.809 43,00%
Campo Bonito 71.979 89.277 101.013 40,34%
Cafelândia 506.824 602.302 708.255 39,74%
Ouro Verde do Oeste 73.808 89.092 101.616 37,68%
Mercedes 90.255 101.525 123.513 36,85%
Fonte: IPARDES.
No entanto, a tabela 26 apresenta os 10 maiores PIB municipais da região do
POD no ano de 2012, constatou que Foz do Iguaçu, Cascavel, Toledo, Marechal
Cândido Rondon, Palotina, Medianeira, Cafelândia, Assis Chateaubriand, São
Miguel do Iguaçu e Quedas do Iguaçu representam 74,06% do PIB da região de
abrangência do POD. Dentre esses municípios, o que obteve o maior crescimento
no período analisado foi Cafelândia com a variação de 39,74% entre 2010 e 2012, e
a cidade com menor crescimento do PIB foi Quedas do Iguaçu com 0,02%.
Tabela 26: Os 10 maiores Produto Interno Bruto dos municípios de abrangência doPrograma Oeste em Desenvolvimento em 2012.
Município/Ano2010 (R$1.000,00)
2011 (R$1.000,00)
2012 (R$1.000,00)
∆% (2010-2012)
Foz do Iguaçu 6.732.437 7.604.841 7.771.320 15,43%
Cascavel 5.257.016 6.002.063 6.282.718 19,51%
Toledo 2.472.031 2.624.774 2.785.246 12,67%
Marechal Cândido Rondon
1.052.138 1.154.040 1.214.396 15,42%
Palotina 964.610 986.278 1.125.339 16,66%
Medianeira 741.091 839.212 906.413 22,31%
Cafelândia 506.824 602.302 708.255 39,74%
Assis Chateaubriand 600.760 642.895 705.850 17,49%
São Miguel do Iguaçu 529.450 575.879 620.157 17,13%
Quedas do Iguaçu 575.394 625.109 575.526 0,02%
PIB da região de abrangência do POD
25.837.461 28.948.161 30.643.384 18,60%
52
Fonte: IPARDES.
Ainda considerando a soma da produção de produtos e serviços finais dos
municípios, a tabela a seguir demonstra os valores desta produção divididos pela
população do respectivo município, obtendo-se assim, o PIB per capita. Esse valor
médio per capita analisado para as cidades da região do POD, a tabela 27, destaca
os municípios com maior PIB per capita dentre eles Cafelândia, Palotina, Maripá,
Foz do Iguaçu, Capitão Leônidas Marques e Brasilândia do Sul com os maiores
valores da região.
O município de Capitão Leônidas Marques apresentou uma variação negativa
de 8,19%, comparado os valores de 2010 e 2012. Entretanto, Nova Aurora e
Cafelândia tiveram a maior variação positiva dentre os municípios analisados, sendo
de 60,62% e 34,85% no período.
Tabela 27: PIB per Capita dos municípios da região de abrangência do ProgramaOeste em Desenvolvimento.
Município/Ano 2010 2011 2012 ∆% (2010-2012)
Cafelândia 34.567 40.334 46.614 34,85%
Palotina 33.630 34.119 38.641 14,90%
Maripá 28.954 33.442 34.852 20,37%
Foz do Iguaçu 26.290 29.718 30.390 15,60%Capitão Leônidas
Marques33.051 36.928 30.343 -8,19%
Brasilândia do Sul 24.802 29.064 30.173 21,66%
Céu Azul 25.708 27.557 28.628 11,36%
Nova Aurora 17.669 22.293 28.380 60,62%
Entre Rios do Oeste 23.683 27.024 27.780 17,30%
Quatro Pontes 23.317 24.955 26.984 15,73%Fonte: IPARDES.
A Tabela 28 apresenta o Valor Adicionado Fiscal (VAF) para os principais
setores da região do POD, segundo o IPARDES, o VAF de um município está
relacionado ao valor que se acrescenta (adiciona) nas operações de entradas/saídas
de mercadorias e/ou prestações de serviços de transporte e de comunicação em seu
território, em determinado ano civil. Os dados coletados no IPARDES demonstram
que na região os setores que mais cresceram foram de “Indústrias Extrativas” e
“Atividades Financeiras, de Seguros e Serviços Relacionados”. Estes dois setores
obtiveram entre os anos de 2010 e 2012 um crescimento de 131,30% e 95,77%
53
respectivamente. O VAF do setor de “Indústrias Extrativas” passo de 16.768.558,00
em 2010 para 38.786.269,00 em 2012, e o VAF do setor de “Atividades Financeiras,
de Seguros e Serviços Relacionados” era de 13.465,00 em 2010 e atingiu 26.361,00
em 2012.
Contudo, os setores que tem maior representatividade na região são
“Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aquicultura”, “Comércio;
Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas” e “Indústrias de Transformação”
que representam aproximadamente 70% do Valor Adicionado Fiscal dos setores
econômicos da região do POD.
Tabela 28: Valor Adicionado Fiscal dos setores econômicos da região deabrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento.
Valores 2010 R$1,00)2011
(R$1,00)
2012
(R$1,00)2013 (R$1,00)
∆%
(2010-
2012)Agricultura,
Pecuária, Produção
Florestal, Pesca e
Aquicultura
6.785.644.18
5
8.516.161.61
6
9.510.976.44
6
10.605.833.81
756,30%
Indústrias Extrativas 16.768.558 18.679.178 31.535.143 38.786.269131,30
%Indústrias de
Transformação
2.868.484.80
4
3.525.454.45
8
3.717.466.70
35.043.889.967 75,84%
Eletricidade e Gás4.126.625.74
7
4.185.101.69
1
4.767.330.65
54.884.383.688 18,36%
Água, Esgoto,
Atividades de Gestão
de Resíduos e
Descontaminação
108.168.065 125.012.025 155.607.523 176.547.794 63,22%
Construção 16.920.897 14.158.860 19.127.833 18.297.765 8,14%Comércio;
Reparação de
Veículos
Automotores e
Motocicletas
3.570.268.42
0
4.572.224.23
1
4.603.143.24
66.214.369.102 74,06%
Transporte,
Armazenagem e
Correio
988.385.0121.129.338.18
4
1.099.070.94
21.440.153.023 45,71%
Alojamento e
Alimentação 114.048.643 149.467.019 180.064.664 199.474.080 74,90%
Informação e
Comunicação 656.351.976 659.191.016 710.436.512 666.058.228 1,48%
54
Atividades
Financeiras, de
Seguros e Serviços
Relacionados.
13.465 18.222 14.628 26.361 95,77%
Atividades
Profissionais,
Científicas e
Técnicas.
339.934 148.750 248.605 426.018 25,32%
Atividades
Administrativas e
Serviços
Complementares
1.104.121 1.172.819 1.251.324 1.681.468 52,29%
Educação 11.117 7.211 8.839 15.379 38,34%Saúde Humana e
Serviços Sociais 187.280 417.736 243.374 318.182 69,90%
Artes, Cultura,
Esporte e
Recreação.
8.694.140 11.400.934 16.939.305 9.633.688 10,81%
Outras Atividades de
Serviços 1.368.723 1.356.350 1.563.221 2.202.653 60,93%
Fonte: IPARDES.
Analisando o VAF por municípios podem-se observar os que apresentaram o
maior percentual de crescimento no período de 2009 a 2012 foram Matelândia com
188%, Medianeira com 131%, Palotina com 112%, Assis Chateaubriand com 106% e
Cafelândia com 105%. A tabela a seguir apresenta os municípios com maior VAF da
região de abrangência do POD.
55
Tabela 29: Valor Adicionado Fiscal por município na região de abrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento.
Município2009
(R$1,00)2010
(R$1,00)2011
(R$ 1,00)2012
(R$1,00)2013
(R$1,00)∆% (2009-2013)
Foz do Iguaçu 4.420.833.247 4.248.084.421 4.411.975.623 5.087.792.659 5.544.772.276 25%Cascavel 2.734.767.230 3.225.874.238 3.903.285.749 4.187.161.279 4.791.559.950 75%Toledo 1.970.544.441 2.103.753.501 2.404.085.313 2.750.595.067 3.214.102.188 63%Marechal C. Rondon 699.776.142 847.586.092 1.039.802.437 1.040.179.009 1.287.960.481 84%Palotina 547.790.735 677.322.122 860.343.054 841.436.039 1.162.598.049 112%Medianeira 398.462.025 518.187.250 648.479.766 732.582.036 921.172.744 131%Assis Chateaubriand 436.030.565 600.662.304 697.111.489 719.579.780 899.430.916 106%Cafelândia 406.093.255 466.391.359 760.367.330 690.408.385 834.227.597 105%São Miguel do Iguaçu 355.250.775 412.250.412 484.780.728 465.419.185 618.875.990 74%Matelândia 202.183.810 257.383.045 323.840.612 346.211.550 582.139.441 188%Fonte: IPARDES.
56
Ao examinar o rendimento médio da região, evidencia-se que houve um
crescimento de 65,24% no período de 2009 a 2014, passando de R$904,13 em
2009 para R$1.493,96 em 2014. Os 10 municípios com os maiores rendimentos
médios em 2014, estão na Tabela 30, observa-se que com exceção de Foz do
Iguaçu e Maripá, os demais apresentaram um crescimento de 2009 a 2014, superior
a média da região do POD. A cidade com a maior variação no mesmo período de
análise foi Santa Tereza do Oeste (83,86%) e a com menor foi Foz do Iguaçu
(52,58%).
Tabela 30: Os 10 municípios com maiores rendimentos médio na região deabrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento.
Município2009
(R$1,00)2010
(R$1,00)2011
(R$1,00)2012
(R$1,00)2013
(R$1,00)
2014(R$1,00
)
∆%(2009-2014)
Foz do Iguaçu 1.281,17 1.358,83 1.459,89 1.608,66 1.800,291.954,8
652,58%
Cascavel 1.087,16 1.184,14 1.310,54 1.462,03 1.644,611.799,7
065,54%
Toledo 1.052,16 1.139,66 1.270,36 1.422,18 1.602,161.790,3
170,16%
Maripá 1.110,96 1.172,82 1.245,48 1.329,40 1.627,401.784,6
060,64%
Marechal C. Rondon
968,08 1.078,51 1.200,73 1.372,30 1.537,311.705,5
376,18%
Quatro Pontes 990,20 1.085,86 1.214,73 1.361,77 1.575,801.697,5
971,44%
Palotina 1.010,55 1.130,53 1.255,25 1.366,46 1.519,171.691,4
067,37%
Medianeira 988,16 1.081,79 1.223,38 1.346,22 1.500,101.671,1
369,12%
Santa Helena 947,64 1.026,00 1.125,10 1.236,64 1.422,071.594,0
568,21%
Santa Tereza doOeste
865,15 1.010,39 1.093,53 1.237,05 1.398,151.590,6
483,86%
Rendimento médio na região do POD
904,13 981,31 1.085,04 1.196,43 1.352,181.493,9
665,24%
Fonte: IPARDES.
Os dados referentes a Massa Salarial (MS) é disponibilizado pela RAIS e
representa o resultado do produto entre a remuneração média dos empregados em
dezembro e o número de empregos existentes no dia 31 do mesmo mês. A tabela 31
apresenta os dados coletados sobre a região de abrangência do Programa Oeste
em Desenvolvimento, considerando os 10 municípios que obtiveram em 2014 a
maior Massa Salarial.
57
Tabela 31: Os 10 municípios com maior massa salarial (MS) na região de abrangência do Programa Oeste em Desenvolvimentoem 2014.
Município 2010 (R$ 1,00) 2011 R$1,00) 2012 (R$1,00) 2013 (R$1,00) 2014 R$1,00)∆% (2010-
2014)
Cascavel 103.193.494,65 121.176.555,04 138.552.344,32 164.837.117,76 186.753.567,35 80,97%
Foz do Iguaçu 69.323.284,87 80.571.171,98 94.429.743,64 110.496.472,51 121.914.755,87 75,86%
Toledo 44.439.792,09 53.099.839,78 52.886.659,95 73.643.277,99 84.885.641,14 91,01%
Medianeira 13.853.390,05 17.056.351,10 20.275.345,08 25.503.247,48 29.914.929,57 115,94%
Marechal Cândido Rondon 14.881.332,76 17.085.149,65 19.651.352,21 22.918.244,14 26.307.796,36 76,78%
Palotina 10.812.409,49 12.587.626,55 13.790.345,89 16.337.134,18 19.055.324,49 76,24%
Cafelândia 8.376.019,60 10.212.279,79 11.672.931,85 14.100.223,79 16.907.567,36 101,86%
Matelândia 4.414.200,44 5.533.224,42 6.459.628,87 7.896.288,82 9.789.684,86 121,78%
São Miguel do Iguaçu 4.529.779,76 5.594.709,64 6.445.895,93 8.025.177,62 9.301.623,67 105,34%
Quedas do Iguaçu 5.204.449,54 5.884.311,84 6.672.341,31 7.963.504,75 9.012.404,68 73,17%
Total de MS do POD 338.378.499,36 398.828.560,65 449574.442,83 547.282.553,48 624.093.646,34 84,44%Fonte: IBGE.
58
Na região Oeste do Paraná, considera pelo Programa Oeste do Paraná, a
geração, transmissão e distribuição de energia é operada pela Companhia
Paranaense de Energia (COPEL), empresa controlada pelo governo do Estado. A
COPEL foi criada em 26 de outubro de 1954, com controle acionário do Estado do
Paraná, atualmente tem seu capital negociado no mercado de ações, desde abril de
1994, pela Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (BM&FBovespa) e a partir de
julho de 1997 tornou-se a primeira do setor elétrico brasileiro listada na Bolsa de
Valores de Nova Iorque.
A evolução do consumo de energia elétrica na região de abrangência do POD
entre 2005 e 2014 é apresentado na tabela 32, e evidência o aumento de 36% na
quantidade de consumidores da classe residencial, atingindo 427.109 usuários
cadastrado. Em 2014 o consumo da classe Residencial representa 24,51% da
quantidade total consumida na região do POD (3.951.095 MWh), passando de
586.990 MWh em 2005 para 968.444 MWh em 2014, uma variação de 65%.
Tabela 32: Evolução do consumo de energia elétrica na região de abrangência doPrograma Oeste em Desenvolvimento entre 2005 a 2014.
Número de Consumidores 2005 2008 2011 2014∆%
(2005-2014)
Residencial 313.474 343.511 381.952 427.109 36%Setor Secundário (Indústria) 7.052 7.618 9.812 10.325 46%Comercial 37.599 39.610 43.452 48.334 29%Rural 49.452 52.087 54.950 55.625 12%Outras Classes 5.816 7.095 7.870 8.979 54%Consumo Livre (Indústria) 2 1 1 5 150%Nº total de consumidores na regiãodo POD
413.395 449.922 498.037 550.377 33%
Quantidade de energia consumida (Mwh)Residencial (Mwh) 586.990 676.358 780.327 968.444 65%Indústria - Consumo (Mwh) 577.369 713.082 800.643 893.993 55%Setor Comercial - Consumo (Mwh) 444.775 525.584 714.014 883.673 99%Rural - Consumo (Mwh) 302.690 362.273 456.725 565.133 87%Outras Classes - Consumo (Mwh) 241.111 268.379 304.639 354.662 47%Consumo Livre (Indústria) - Consumo(Mwh)
129.884 188.607 185.875 285.190 120%
Consumo total de energia (Mwh) naregião do POD
2.282.819 2.734.283 3.242.223 3.951.095 73%
Fonte: IPARDES.
Analisando o número de empresas por quantidade de empregados, a tabela a
seguir apresenta a evolução do número de empresas na região do POD entre 2010
59
e 2014. Este agrupamento por quantidade de empregados segue o modelo proposto
pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), que
utiliza o critério por número de empregados do IBGE como critério de classificação
do porte das empresas.
Destarte, esta classificação categoriza as empresas ligadas a indústria em:
Micro (até 19 empregados), Pequena (de 20 a 99 empregados), Média (de 100 a
499 empregados) e Grande (com mais de 500 empregados). As empresas
associadas ao Comércio e Serviços são classificadas em: Micro (até 9 empregados),
Pequena (de 10 a 49 empregados), Média (de 50 a 99 empregados) e Grande (com
mais de 100 empregados). Os dados apontam que em 2014, 87,36% das empresas
são classificadas como Microempresa, sendo que deste percentual.
Tabela 33: Evolução do número de empresas na região do Programa Oeste emDesenvolvimento entre 2010 e 2014.
Total na região 2010 2011 2012 2013 2014
Micro 27.142 28.922 29.868 31.322 32.847Pequena 3.433 3.707 3.870 4.051 4.095Média 283 314 325 332 367Grande 230 249 258 284 290Fonte: RAIS.
Segundo os dados da RAIS, o saldo de empregos da região do POD teve
uma grande variação entre os anos de 2010 a 2013, chegando a 6.605 empregos
em 2013. No período analisado o saldo médio de empregos da região de 4.122,
sendo que a tabela 34 apresenta os 10 municípios com os maiores saldos da região
para o ano de 2014.
Tabela 34: Evolução no saldo de empregos na região de abrangência do ProgramaOeste em Desenvolvimento.
Município 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Cascavel 277 3331.13
9
1.61
0
2.30
6
1.30
9
1.70
2
2.06
8Medianeira 216 155 -9 526 383 164 988 564
Toledo1.28
1-297 -339 832 624 605 1.115 487
Cafelândia -24 22 -11 56 -23 51 305 232
Palotina 36 97 82 132 104 149 181 139
Guaíra 70 60 25 69 63 87 47 76
Corbélia -216 31 101 35 12 -56 61 67Foz do Iguaçu 975 955 449 2.16 1.64 1.73 961 55
60
1 4 5
Assis Chateaubriand -20 26 5 -23 47 60 81 52
Capitão Leônidas Marques 13 38 14 22 66 -22 48 40Saldo de empregos na região do
POD
2.99
6
1.84
9
1.08
0
5.97
8
5.88
1
4.61
4
6.60
5
3.96
9Fonte: IPARDES.
A Balança comercial mostrada na tabela a seguir, considerando o valor total
de exportações e importações ocorridas nos anos de 2012, 2013 e no período de
janeiro a abril de 2014. Os dados apontam o saldo positivo em 2013 de R$
769.732.519,00, representando um crescimento de aproximadamente 44% referente
ao ano anterior, decorrente do aumento de 12,43% no valor das exportações e uma
queda de 10,25% no valor de importações da região entre 2012 e 2013.
Tabela 35: Balança comercial da região de abrangência do Programa Oeste emDesenvolvimento entre 2012 a abril de 2014.
2012 (R$1,00) 2013 (R$ 1,00) 2014 (jan-abr) - (R$1,00)
Total de Exportação 1.279.743.850,00 1.438.864.674,00 531.199.309,00
Total de Importação 745.583.267,00 669.132.155,00 187.041.168,00
Saldo 534.160.583,00 769.732.519,00 344.158.141,00
Fonte: IPARDES.
A região oeste do Paraná sofreu modificações na sua estrutura produtiva
agrícola, este processo tornou a região um dos principais polos agrícolas do país
nos últimos 50 anos. Considerando este desenvolvimento, primeiramente
apresentam-se as informações sobre os valores da produção dos 10 principais
produtos no Paraná.
61
Tabela 36: Valor da produção dos 10 principais produtos no Paraná.
Crescimento
Valores da produção dos 10 mais no Paraná2010 2011 2012 2013 2010-2011 2011-2012
2012-2013
Soma de Produção Agrícola - Café - Área Colhida (ha) 82.673 74.854 71.576 64.859 -9,5% -4,4% -9,4%
Soma de Produção Agrícola - Cana-de-açúcar - ÁreaColhida (ha)
625.885 641.765 655.509 644.530 2,5% 2,1% -1,7%
Soma de Produção Agrícola - Erva-mate - Área Colhida(ha)
30.447 31.773 36.688 29.643 4,4% 15,5% -19,2%
Soma de Produção Agrícola - Feijão - Área Colhida (ha) 520.798 520.216 468.662 466.654 -0,1% -9,9% -0,4%
Soma de Produção Agrícola - Fumo - Área Colhida (ha) 79.503 80.211 70.376 71.446 0,9% -12,3% 1,5%
Soma de Produção Agrícola - Mandioca - Área Colhida(ha)
172.214 184.263 159.115 155.836 7,0% -13,6% -2,1%
Soma de Produção Agrícola - Milho - Área Colhida (ha)2.257.031
2.408.721
2.996.979
2.988.990 6,7% 24,4% -0,3%
Soma de Produção Agrícola - Soja - Área Colhida (ha)4.479.869
4.555.312
4.456.805
4.761.733 1,7% -2,2% 6,8%
Soma de Produção Agrícola - Trigo - Área Colhida (ha)1.172.820
1.027.936
793.448 862.000 -12,4% -22,8% 8,6%
Soma de Produção Agrícola - Triticale - Área Colhida (ha) 28.447 22.645 19.929 14.040 -20,4% -12,0% -29,5%
Fonte: IPARDES.
63
Considerando o comparativo entre os valores da produção dos principais
produtos agrícolas, a tabela a seguir apresenta os valores obtidos pela região de
abrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento.
64
Tabela 37: Valores da produção dos 10 principais produtos agrícolas na região de abrangência do Programa Oeste emDesenvolvimento.
Crescimento
Produto 2010 2011 2012 2013 2010-2011 2011-2012 2012-2013
Café - Área Colhida (ha) 4.455 4.323 3.340 3.266 -3,0% -22,7% -2,2%
Cana-de-açúcar - Área Colhida (ha) 7.580 2.726 6.910 5.994 -64,0% 153,5% -13,3%
Erva-mate - Área Colhida (ha) 2.606 1.749 1.989 1.407 -32,9% 13,7% -29,3%
Feijão - Área Colhida (ha) 32.528 30.445 37.455 40.771 -6,4% 23,0% 8,9%
Fumo - Área Colhida (ha) 6.528 6.155 5.001 5.228 -5,7% -18,7% 4,5%
Mandioca - Área Colhida (ha) 32.685 32.442 28.182 22.769 -0,7% -13,1% -19,2%
Milho - Área Colhida (ha) 599.353 675.151 842.678 887.157 12,6% 24,8% 5,3%
Soja - Área Colhida (ha) 1.051.174 1.032.553 996.355 1.021.078 -1,8% -3,5% 2,5%
Trigo - Área Colhida (ha) 234.330 150.155 71.320 99.126 -35,9% -52,5% 39,0%
Triticale - Área Colhida (ha) 4.405 2.625 2.550 2.160 -40,4% -2,9% 15,3%
Fonte: IPARDES.
65
A tabela a seguir apresenta a evolução dos 10 principais produtos agrícolas
em toneladas na região em 2013. Os dados fornecidos pelo IPARDES também
demonstram a variação entre em 2010 e 2013, com destaque para a produção de
Laranja que teve um crescimento de 66,15% no período. O produto que obteve a
maior queda na produção foi o Trigo, durante o período houve uma variação
negativa de 44,80%.
Tabela 38: Evolução da produção dos 10 principais produtos agrícolas da região deabrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento em 2013.
Produto 2010 2011 2012 2013∆% (2010-
2013)Cana-de-açúcar(t)
48.361.207 44.907.862 47.940.989 48.449.908 0,18%
Milho (t) 13.567.096 12.472.720 16.555.330 17.342.302 27,83%Soja (t) 14.091.829 15.457.911 10.937.896 15.937.620 13,10%Mandioca (t) 4.012.948 4.179.245 3.869.080 3.759.705 -6,31%Trigo (t) 3.442.660 2.444.995 2.138.610 1.900.178 -44,80%Laranja (t) 587.740 784.543 913.214 976.503 66,15%Batata-inglesa(t)
727.613 793.754 743.954 706.825 -2,86%
Feijão (t) 792.010 815.280 700.371 678.105 -14,38%Tomate (t) 312.319 347.528 338.488 285.176 -8,69%Banana (t) 237.267 243.595 276.890 280.458 18,20%
Fonte: IPARDES.
Considerando o Valor Bruto de Produção (VPB) em 2013, a tabela 39 aponta
os 10 principais produtos agrícolas da região. O destaque são a Soja e Milho pela
representatividade o VBP da região em 2013, sendo que a Soja obteve um
crescimento de 75,82% entre 2010 e 2013, e o VBP do Milho aumentou 85,81%
nesse período.
Tabela 39: Os 10 principais produtos agrícola em Valor Bruto de Produção em 2013na região de abrangência do Programa Oeste em Desenvolvimento.
Produto 2010 2011 2012 2013 ∆% (2010-2013)
Soja (R$ 1.000,00) 2.017.751
2.585.843
1.532.651
3.547.684
75,82%
Milho (R$ 1.000,00) 974.416 1.205.335
1.885.039
1.810.523
85,81%
Mandioca (R$ 1.000,00) 243.842 237.303 225.674 300.117 23,08%
Feijão (R$ 1.000,00) 60.114 65.259 125.562 164.293 173,30%
Trigo (R$ 1.000,00) 293.087 122.106 95.983 112.563 -61,59%
Fumo (R$ 1.000,00) 87.240 61.361 55.168 65.101 -25,38%
Cana-de-açúcar (R$ 37.136 14.927 22.686 34.491 -7,12%
66
1.000,00)
Café (R$ 1.000,00) 34.007 58.343 31.665 27.815 -18,21%
Tomate (R$ 1.000,00) 7.772 13.417 17.859 25.975 234,21%
Uva (R$ 1.000,00) 4.889 10.916 13.509 13.551 177,17%
Fonte: IPARDES.
Dentre os principais setores da região do POD, está o setor de Turismo. A
importância do Turismo para região está associado principalmente ao município de
Foz do Iguaçu e seus atrativos. Destaca-se com destino turísticos indutores as
Cataratas do Iguaçu e Caminhos ao Lago de Itaipu que apresenta em seu entorno
outros 15 municípios lindeiros (Diamante D’Oeste, Entre Rios D’Oeste, Guaíra,
Itaipulândia, Marechal Cândido Rondon, Medianeira, Mercedes, Missal, Mundo
Novo, Pato Bragado, Santa Helena, Santa Terezinha do Itaipu, São José das
Palmeiras, São Miguel do Iguaçu e Terra Roxa) que são beneficiados pela dinâmica
desses destinos.
O período analisado entre 2010 a 2014, aponta a evolução do número de
empresas ligadas ao setor de turismo. O segmento com maior número de empresas
está relacionado ao grupo de “Restaurantes e outros Estabelecimentos de Serviços
de Alimentação e Bebidas” com cerca de 1.938 em 2014, atingindo um aumento de
26,42% com base em 2010. Entretanto, os segmentos que apresentaram o maior o
crescimento de 2010 a 2014 foram de Transporte Aéreo de Passageiros (37,50%) e
Atividades Recreativas, Culturais e Desportivas (29,63%). A tabela a seguir
apresenta o panorama com o número de empresas para os sete segmentos
analisados do Turismo.
Tabela 40: Evolução do número de empresas ligadas ao setor de turismo.Segmento 2010 2011 2012 2013 2014 ∆% (2010-2014)
Estabelecimentos Hoteleiros e outrosTipos de Alojamento
317 331 341 372 373 17,67%
Restaurantes e outrosEstabelecimentos de Serviços deAlimentação e Bebidas
1.533 1.634 1.730 1.790 1.938 26,42%
Transporte Rodoviário de Passageiros 144 151 161 160 153 6,25%Transporte Aéreo de Passageiros 8 10 10 13 11 37,50%Atividades de Agências de Viagens,Operadores Turísticos e OutrosServiços
177 198 200 207 211 19,21%
Aluguel de Veículos 27 28 25 28 29 7,41%Atividades Recreativas, Culturais eDesportivas
243 263 289 296 315 29,63%
Total 2.449 2.615 2.756 2.866 3.030 3,72%
67
Fonte: IPARDES.
Finanças Públicas
Ao analisar as finanças públicas dos municípios pertencentes a região do
POD, constata-se que a receita em 2014 foi de R$ 3.307.479.904,91 reais, com o
crescimento de 75,40% com base em 2009. A tabela 41 apresenta além das
Despesas Municipais, as Transferências de Capital, Transferências Correntes e
Receita Tributária da região do POD.
68
Tabela 41: Finanças dos municípios pertencentes a região de atuação do Programa Oeste em Desenvolvimento entre 2009 a2014.
2009
(R$ 1,00)
2010
(R$ 1,00)
2011
(R$ 1,00)
2012
(R$ 1,00)
2013
(R$ 1,00)
2014
(R$ 1,00)
∆%
(2009-2014)
ReceitasMunicipais
1.885.643.843,02
2.187.937.051,93
2.493.032.002,61
2.711.143.834,47
3.042.544.596,21
3.307.479.904,91
75,40%
DespesasMunicipais
1.812.518.546,97
2.196.032.007,39
2.401.749.266,43
2.646.723.042,24
2.736.494.503,17
3.235.574.913,74
78,51%
Transf. deCapitalMunicipais
40.297.971,43 56.048.102,77 73.813.015,53 119.831.318,27 93.066.128,60 126.781.088,55 214,61%
TransferênciasCorrentes
1.350.509.131,05
1.508.844.264,20
1.763.139.264,97
1.899.366.150,73
1.863.618.984,35
1.982.943.574,86
46,83%
ReceitaTributária
184.225.410,05 236.946.346,73 282.294.626,50 333.762.711,36 384.696.413,25 458.240.022,59 148,74%
Fonte: IPARDES.
69
Tabela a seguir apresenta as despesas dos municípios da região do POD,
observa-se que os dados disponibilizados pelo IPARDES aponta que os principais
são referentes a área de Saúde e Educação, que no ano de 2013 representaram
82,61% do total de despesas dos municípios da região.
70
Tabela 42: Despesas dos municípios pertencentes a região de atuação do Programa Oeste em Desenvolvimento entre 2010 a2014.
Tipo de despesas 2010 2011 2012 2013 2014 ∆% (2010-2014)
Saúde 456.510.984,25 525.194.462,81 622.335.395,20 677.470.328,23 794.351.033,82 74,00%
Transporte 83.274.929,95 83.763.114,52 88.839.121,70 89.156.599,98 114.063.434,88 36,97%
Energia 1.413.424,27 1.675.614,81 2.065.689,01 1.575.817,31 1.300.976,73 -7,96%
Comércio e Serviços 15.504.758,37 19.187.693,29 15.075.298,57 13.753.205,00 18.058.370,00 16,47%
Indústria 21.675.295,21 14.566.174,61 11.845.076,22 14.171.924,96 14.636.928,16 -32,47%
Comunicações 1.703.538,48 1.976.559,40 2.047.388,21 1.363.048,55 1.488.961,32 -12,60%
Organização Agrária - 432.186,73 - - - -
Agricultura 46.631.881,45 57.110.759,07 57.900.151,96 61.213.400,11 80.185.793,02 71,95%
Saneamento 7.857.127,24 12.097.520,66 11.131.802,04 10.208.941,18 12.871.682,71 63,82%
Habitação 20.572.802,36 19.106.884,10 19.363.150,30 15.172.100,87 12.157.889,32 -40,90%
Gestão Ambiental 41.825.943,82 69.713.217,92 63.410.857,07 61.310.937,57 64.146.646,86 53,37%
Trabalho 887.272,75 9.029.683,20 10.456.831,44 8.766.010,47 11.787.725,80 1228,53%
Educação 477.949.263,40 543.930.659,97 621.491.496,49 698.831.426,29 776.401.144,58 62,44%Fonte: IPARDES.
71
INFRAESTRUTURA
Rodovia
Figura 9: Infraestrutura e Logística Oeste do Paraná.
Fonte: Programa Oeste em Desenvolvimento (2015).
A malha rodoviária vem se ampliando com o passar do tempo, o que
possibilita a integração regional, contribuindo para uma circulação de mercadorias,
turismo nacional e internacional.Seu eixo viário principal, a BR277, que corta o
Paraná de leste-oeste ligando o litoral e o Porto de Paranaguá, que em outra direção
interliga-se a. “Ruta 2” Rodovia Transparaguaia Ainda a BR 163 ligando Capitão
Leônidas Marque a Cascavel e BR 369 Cascavel Ubiratã.As demais vias podem ser
visualizadas na figura 10.
72
Figura 10: Cargas transportadas.
Fonte: FIEP.
As vias estaduais são complementadas com as malhas estaduais e de
ligações secundárias, cuja manutenção também garante razoável condições de
trafegabilidade.
Ferrovia
A região Oeste conta em seu território com um trecho da Ferro Paraná Oeste
S/A (Ferroeste) que liga Cascavel a Guarapuava, com 248 km em sua extensão
total. Atende a região oeste no transporte de soja, milho, trigo, frigorificados e
contêineres.
Hidrovia
Com extensão navegável da ordem de 1.020 km, a hidrovia do rio Paraná,
estendendo-se desde a Usina Hidrelétrica de Itaipu, no município de Foz do Iguaçu
até São Simão (GO) e Itaúna (MG). O trecho entre a Usina e a entrada do Canal de
Navegação, sob a Ponte Rodoviária de Guaíra, possui uma extensão de 170 km
segundo o Caderno Ipardes, 2003.
Aeroporto
Os principais aeroportos da região do Oeste são dos municípios de Foz do
Iguaçu, Cascavel e Toledo. O Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu/Cataratas é
a principal porta de entrada de turistas a cidade. Possuí situação geográfica
privilegiada se posicionando como a porta brasileira do Mercosul.
O Aeroporto Municipal Coronel Adalberto Mendes da Silva localizado no
município de Cascavel recebeu um fluxo de 121.464 passageiros (embarques e
73
desembarques) segundo dados da Companhia de Engenharia de Transporte e
Trânsito – Cettrans do primeiro semestre de 2015. E ainda o Aeroporto Municipal
Luiz Dalcanello Filho localizado no município de Toledo.
Figura 11: Dados de transporte dos aeroportos.
Fonte: Programa Oeste em Desenvolvimento (2015).
75
PLANEJAMENTO TERRITORIAL
Planejar é determinar os meios mais para atingir determinado fim. O que
significa dizer que o planejamento é a forma mais eficaz de colocar o futuro
parcialmente sob nosso controle. Este controle é sempre e necessariamente parcial,
pois o fim só pode ser alcançado no futuro; e o futuro não é rigorosamente
previsível. Mas daí não se segue que o planejamento seja uma estratégia ineficiente
ou ineficaz. Pelo contrário: dada a incerteza imanente ao transcurso do tempo em
sociedades dinâmicas, planejar é a única forma de “emprestar” eficiência e eficácia a
ações voltadas ao atingimento de metas.
Atingir metas, entretanto, nos leva à necessidade de priorizar ações. Este é
um dos princípios primordiais de um Planejamento Regional, sendo um dos
principais obstáculos para o desenvolvimento de economias periféricas o fato de que
muitos governos têm dificuldade em definir prioridades e mantê-las de modo
consistente. A má vontade de fazer escolhas, por parte dos governos, pode ser
explicada pelo sentimento básico de que o progresso deve ser distribuído
equitativamente por todos os rincões da comunidade.
Esta dificuldade em priorizar é, sem sombra de dúvida, uma das
características mais notáveis de sociedades marcadas por carências
socioeconômicas disseminadas (renda per capita, emprego, saúde, educação,
tecnologia, saneamento, infraestrutura, meio ambiente, segurança, direitos
humanos, etc.). Opta-se, usualmente, por um padrão de planejamento marcado pela
distribuição equitativa de “migalhas”. Tal padrão não permite o enfrentamento
adequado de nenhum dos inúmeros problemas que obstaculizam o desenvolvimento
econômico das regiões e nações periféricas, mas permite a captação dos benefícios
políticos eleitorais do pretenso comprometimento dos poderes públicos com o
enfrentamento de todas as carências e atendimento de todas as demandas.
Fica evidente a necessidade de hierarquização de ações. Entretanto, sempre
tem o desafio dessa priorização ser capitaneada por interesses econômicos de
determinados grupos e agentes sociais. Desde então, a única forma de impedir o
privilegiamento de uma minoria em detrimento do povo seria pela substituição do
“planejamento tecnocrático” pelo “planejamento participativo”, com a democratização
radical do processo de determinação dos destinos das verbas públicas.
76
Diante do exposto, o ponto de partida, necessário, de um processo de
planejamento efetivo é a hierarquização das metas sociais. Portanto, o que se
pergunta é: quanto mais democrático e inclusivo for o processo de determinação e
hierarquização dos objetivos a serem perseguidos, tanto maior será o
comprometimento de todos com a efetiva implementação do plano de ações e
investimentos? Evidentemente, não!
As prioridades têm que ser consistentes, ou não serão efetivamente atingidas.
Mas a demonstração desta consistência corresponde apenas ao primeiro passo do
Planejamento. Por isso a pretensão de que toda a priorização seja embasada em
critérios “técnico-científicos”.
Quatro princípios do Planejamento Territorial
O primeiro princípio para que se faça a priorização é a identificação e
fortalecimento dos elos fracos do sistema. Qualquer investimento no fortalecimento
dos demais elos será um dispêndio ocioso e inconsequente, se o objetivo for à
ampliação da capacidade da corrente como um todo suportar tensão. A ação eficaz
é aquela que trata do segmento carente, fraco, problemático, das cadeias
produtivas. Investir nos elos fortes é redundante. A corrente não vai sustentar uma
pressão maior por isto. O fluxo econômico que passa por esta corrente só pode se
expandido – com vantagens para absolutamente todos os elos – se o elo fraco for
privilegiado. Ao alargar o gargalo, toda a produção é ampliada até o limite definido
pelo novo gargalo. E, mais uma vez, o único investimento relevante para ampliação
do fluxo de produto e renda é aquele que alarga a porção mais estreita do sistema,
que fortalece seu elo mais fraco.
Daí não se extrai que os elos mais fortes devem ser deixados de lado. O que
se deve fazer com eles é usá-los de forma inovadora. Todo o recurso que “sobra”,
que fica ocioso ou qualquer parcela do tempo em que se encontra disponível para o
trabalho, deixa de gerar (e de absorver) renda neste período. É mais racional utilizá-
lo de forma “não ortodoxa” (mesmo que o rendimento desta forma de uso seja “sub-
ótima”) do que deixá-lo ocioso. A verdadeira inovação não é adquirir novas máquinas
(investir) ou pagar royalties por um know-how desenvolvido de forma exógena. A
inovação efetivamente lucrativa é utilizar de forma diferente os recursos já
disponíveis que se encontram subutilizados. Esta é a verdadeira inovação radical.
77
O que realmente importa entender é que: é necessário organizar os projetos
de gestão e planejamento com base no princípio de “foco”, num princípio de
“priorização”; este(s) princípio(s) são universais-particulares, no sentido de que se
aplicam a toda e qualquer estrutura produtiva, mas se embasam na busca e
identificação das características e desequilíbrios peculiares às estruturas sob
análise; a identificação dos focos e prioridades é indissociável de uma análise
sistêmica (por oposição a análises parciais e segmentadas) da estrutura produtiva,
uma vez que os recursos só podem ser classificados como “gargalos” ou
“excedentários” a partir da capacidade produtiva “normal”, vale dizer, da capacidade
produtiva média dos “recursos equilibrados”, que não são, nem gargalos, nem
excedentários.
Em termos do Planejamento Regional, essas considerações mencionadas
devem ser associadas à distinção entre cadeias propulsivas e reflexas para que se
obtenha um sistema “universal-particular” de priorização de ações, projetos e
políticas de desenvolvimento. Podemos sistematizar os princípios de priorização de
investimentos voltados à alavancagem do desenvolvimento regional em quatro
regras básicas. De acordo com as mesmas, os programas de maior economicidade
e eficácia na promoção do desenvolvimento regional são aqueles que:
1. Ampliam o grau de utilização de recursos já existentes, mas que se
encontram subutilizados;
2. Ampliam a capacidade produtiva dos gargalos ou liberam estes recursos de
parte de suas funções (tarefas), que passam a ser cumpridas pelos recursos
excedentários mobilizados de forma inovadora;
3. Mobilizam mais de uma cadeia propulsiva e/ou permitem a transformação
de (parte) das cadeias reflexas em propulsivas (na medida em que passam a
atender demandas externas);
4. Consolidam (estruturalizam) as vantagens competitivas do território e
aprofundam a solidariedade econômica do mesmo com as cadeias propulsivas de
maior potencial dinâmica da região no entorno.
Com vistas a desdobrar estes quatro princípios em um plano de ações para o
POD, estruturamos o trabalho focado nas principais cadeias propulsivas da região
Oeste do Paraná, que veremos adiante. Evidentemente, ao trazer à luz a relação
78
entre as características das distintas cadeias produtivas e os processos de
integração vertical nos territórios periféricos não estamos pretendendo que o
sucesso ou insucesso da diversificação produtiva periférica seja determinado
“tecnicamente”. Pelo contrário: a identificação de circunscrições técnicas à
internalização dos elos iniciais e finais de uma determinada cadeia produtiva desvela
(mais) uma insuficiência do mercado enquanto instrumento de integração equitativa
e equilibrada das regiões periféricas a seus polos dinamizadores e reforça a
necessidade de planejamento público. Caberia, agora, aos agentes públicos induzir,
de forma consciente e planejada, a diversificação produtiva que o mercado não se
mostrou plenamente capaz de realizar.
Essa análise não parte do apelo ao Estado como os modelos exogeneistas.
Seu ponto de partida é a pretensão de que a integração da periferia aos polos
dinâmicos usualmente se realiza através dos estímulos de mercado e, portanto, sem
a necessidade de subsídios governamentais.
Definida uma base exportadora, a economia passará por um processo de
diversificação através da internalização de atividades voltadas ao atendimento das
demandas de consumo da população local que será tão maior quanto melhor
distribuída for a renda e a riqueza nos territórios periféricos. O que, mais uma vez
comporta, opções e decisões políticas e estratégicas endógenas.
E a conclusão do modelo é que, mesmo se a especialização inicial
circunscrever a integração vertical da cadeia produtiva e a emergência de novos
produtos de exportação, desde que a segunda etapa (diversificação de consumo)
tenha sido levada suficientemente longe, a região periférica contará com recursos
financeiros e humanos suficientes para planejar e administrar a diversificação de sua
pauta exportadora a partir da identificação de alternativas com maior potencial
propulsivo de longo prazo.
Caso as principais cadeias propulsivas apresentem grande potencial de
expansão de demanda, oferta e integração vertical, o planejamento deve se voltar à
identificação dos gargalos. A despeito de haver apenas um gargalo mais apertado e
a despeito dele ser o único cuja expansão pode contribuir para a ampliação do fluxo
de renda, a identificação dos gargalos secundários deve ser feita imediatamente. E
isto porque o tempo necessário para o alargamento dos gargalos é diversificado. De
sorte que, se o gargalo mais estreito for de fácil alargamento, e os gargalos
secundários solicitarem investimentos de longa maturação para serem superados, é
79
preciso dar início simultaneamente ao enfrentamento de gargalos distintos. Assim, a
expansão dos gargalos subsequentes se seguirá rapidamente à superação do
gargalo mais apertado. Em especial, gargalos de oferta que pressupõem a
realização de novos investimentos para a sua superação devem ter seu
enfrentamento iniciado com significativa antecedência. A atração de investimentos
externos ou a construção de um sistema local de financiamento dos investimentos
necessários à superação dos gargalos de oferta por produtores locais via de regra
envolve tempo, e devem ser tratados em simultâneo à expansão de gargalos mais
apertados, mas de superação mais simples e rápida.
Simultaneamente, é preciso apoiar as firmas que operam em não-gargalos
com vistas a inovarem na utilização de seus recursos. Este passo é decisivo para a
diversificação horizontal da produção regional e a superação de sistemas de cadeia
única para sistemas de multi-cadeias e organização em rede.
Para além das cadeias X propulsivas, é preciso focar nas atividades G e TrS
propulsivas. No que diz respeito às primeiras, é central garantir um sistema de
financiamento ao gasto público que privilegie a taxação da parcela excedentária da
renda sobre o salário do domiciliado. Afinal o poder propulsivo do gasto
governamental será tão maior quanto maior for sua incidência sobre os recursos que
tendem a se evadir do território (por consumo ou investimento) e/ou a serem
poupados.
Por fim, é preciso atentar para a expressão relativa, grau de diversificação e
para a existência de eventuais gargalos limitadores da expansão das atividades
reflexas de consumo. Afinal, a centralidade das atividades propulsivas encontra-se
no fato delas serem a origem da renda primária. Mas a renda total do território
também depende do multiplicador do mesmo. E, muitas vezes, o gargalo não se
encontra no valor das exportações ou no grau de integração vertical no território das
atividades X propulsivas nucleares, mas na capacidade de multiplicação da
economia local.
Apoiar o comércio local e a oferta local de serviços de educação, saúde,
cultura e lazer não são tarefas economicamente secundárias. Municípios submetidos
a uma polarização particularmente intensa – como os municípios da periferia das
grandes regiões metropolitanas – encontram, via de regra, no vazamento da renda
para fora e no baixo multiplicador local o principal gargalo de seu crescimento.
Enfrentar este gargalo pode ser muito mais relevante para a dinamização da
80
economia local do que a atração de novos empreendimentos e cadeias X
propulsivas.
Enfim, o padrão de diagnóstico é, sempre, essencialmente o mesmo. E é dele
que parte o resto. Mas a realidade, os desafios e as soluções serão, sempre,
essencialmente distintos. O único princípio absolutamente universal é o princípio
grego inscrito no pórtico do templo de Apolo em Delfos: conhece-te a ti mesmo. Uma
vez conhecida a realidade e os desafios únicos de cada território, fica fácil encontrar
as alternativas de trajetória e a melhor forma de superar obstáculos e expandir
gargalos. O que significa dizer que a única regra efetivamente geral é evitar a
adoção de projetos gerais aplicados acriticamente e sem o devido conhecimento das
particularidades de cada porção territorial.
ESTRUTURA DO PROGRAMA OESTE EM DESENVOLVIMENTO
Antecedentes: Cadeias Propulsivas e articulação territorial
Em 2012 foi dada a largada no Programa Oeste em Desenvolvimento a partir
da identificação e hierarquização científica de suas cadeias produtivas motrizes (ou
“propulsivas”). As cadeias propulsivas são aquelas que proporcionam o ingresso da
renda básica ou primária na região. Ao longo de 2012 e 2013 este Programa de
Pesquisa e Planejamento – que passou a ser identificado por “Oeste em
Desenvolvimento” - teve por foco três objetivos centrais:
a) Sistematização, socialização e debate público da metodologia de diagnóstico e
planejamento do desenvolvimento territorial proposta pelas quatro instituições que
deram início ao programa: Itaipu Binacional (IB), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro
e Pequenas Empresas (SEBRAE), Coordenadoria das Associações Comerciais e
Empresariais do Oeste do Paraná (CACIOPAR) e Fundação Parque Tecnológico de
Itaipu (PTI);
b) Ampliação e consolidação do grupo de trabalho e de seu sistema de governança
através da incorporação das principais instituições voltadas ao planejamento do
desenvolvimento territorial com atuação no Oeste Paranaense;
c) Identificação e hierarquização das cadeias propulsivas da região, bem como do
poder multiplicativo global e específico das distintas cadeias.
81
Quer nos parecer que os três objetivos foram plenamente atingidos nestes
dois primeiros anos de trabalho. A divulgação da metodologia foi realizada
amplamente, com diversos eventos desenvolvidos no interior do PTI, da IB e do
SEBRAE. Simultaneamente, processou-se a sistematização da metodologia na
forma de um livro intitulado “Fundamentos da Análise e Planejamento de Economias
Regionais” (FAPER, de agora em diante), que foi organizado para cumprir funções
de manual de uso geral e cujo lançamento se deu no II Fórum Mundial de
Desenvolvimento Econômico Local (com edição impressa em português e edições
digitais em português, espanhol e inglês), realizado no final de Outubro de 2013 em
Foz do Iguaçu.
Tal como se intencionava a divulgação da metodologia não se limitou ao
ambiente interno das instituições responsáveis pela proposta original do Programa
Oeste em Desenvolvimento, mas deu origem à realização de oficinas para
exposição e discussão do sistema de análise e planejamento em encontros
patrocinados pela e da Coordenadoria das Associações Comerciais e Industriais do
Oeste Paranaense (CACIOPAR), pela Associação Comercial e Industrial de Foz do
Iguaçu (ACIFI) e pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), dentre
outras. Todos os encontros e oficinas realizadas com vistas à divulgação e debate da
metodologia levaram à ampliação do grupo gestor do Programa, que hoje conta com
a participação de todas as instituições suprarreferidas, bem como da Associação dos
Municípios do Oeste do Paraná (AMOP), da Associação Comercial e Industrial de
Cascavel (ACIC) e da Associação Comercial e Industrial de Toledo (ACIT).
Mas, sem dúvida, a tarefa mais trabalhosa das três foi a terceira: identificação
e hierarquização das cadeias produtivas propulsivas do território. A metodologia de
identificação e hierarquização encontra-se detalhado em FAPER. Contudo, vale
lembrar que a classificação das atividades econômicas segue o padrão ONU, o qual
privilegia a dimensão técnico-setorial em detrimento das conexões de mercado
expressas nas cadeias produtivas. Assim, uma planta que produz “cola para sapato”
será classificada como uma atividade da “Indústria Química” e não como um dos
elos da “Cadeia Calçadista”.
O grande problema é que a identificação e hierarquização das atividades
propulsivas a partir de sua capacidade de geração de emprego e renda no território
num período qualquer envolve identificar as conexões de cadeia e reclassificar
82
virtualmente todas as atividades (quando não de todas as plantas industriais e
estabelecimentos produtivos, se o grau de abertura das informações estatísticas
disponibilizadas chegar a este nível) em função de suas conexões de mercado
(fornecedores e clientes) prioritárias. O que envolve, necessariamente, toda uma
pesquisa secundária, com base na literatura disponível sobre a estrutura econômica
regional, e, eventualmente, levantamentos primários, com entrevistas junto a
consultores econômicos que atuam na região e/ou junto a empresários,
administradores e técnicos que atuam nas organizações produtivas operantes nos
distintos elos das cadeias sob análise.
As Cadeias Propulsivas e sua Hierarquização
Ao longo de 2013, foram sendo coletadas novas informações que permitiram
atribuir encadeamento à produção das empresas que operavam em atividades de
cadeia indeterminada.
Tal como se pode observar no Quadro 1, abaixo, foram identificadas nove
cadeias propulsivas (Proteína Animal; Insumos Industriais para a Agricultura;
Agroalimentar de Base Vegetal; Madeira Mobiliário e Papel; Material de Transporte;
Produção e Distribuição de Energia Elétrica; Farmacêutica; Turismo e Lazer; e
Administração Pública) e seis cadeias mistas (Construção Civil; Serviços Públicos
Básicos de Educação e Saúde; Serviços Prestados às Empresas; Vestuário e
Calçado; e Transporte e Logística). A importância das cadeias mistas encontra-se no
fato de que as mesmas podem assumir funções propulsivas em algumas localidades
e sub-regiões do Oeste Paranaense, em especial nos municípios polo do território.
83
Figura 12: Participação no Emprego, QL e Função Dinâmica das Principais.
Fonte dos Dados Brutos: RAIS – 2011.
Cadeias Produtivas do Oeste do Paraná
A hierarquização destas cadeias para fins de políticas de desenvolvimento
regional se estrutura sobre seis critérios fundamentais, a) quanto mais empregadora,
b)quanto maior o potencial de mercado e expansão da produção, quanto maior o
potencial de alongamento e inclusão de novos agentes e organizações, quanto
maior o “espraiamento” atual e potencial (ou, pelo menos, quanto maior o impacto
das cadeias sobre a economia da região como um todo), quanto menores os
gargalos e desafios ou quanto maior a capacidade de superação dos mesmos
através da mobilização de recursos endógenos e, finalmente, quanto maior a
sinergia de uma determinada cadeia propulsiva com as demais do território, maior a
prioridade das mesmas enquanto objeto de política pública regional.
84
O primeiro critério foi fundamental para a secundarização das cadeias mistas
(que – insista-se – podem e devem ganhar prioridade em sub-regiões e/ou
municípios polos) e de duas cadeias propulsivas: Administração Pública e Produção
e Geração de Energia Elétrica. As limitações destas duas cadeias propulsivas não
se encontram no plano da demanda, mas da capacidade de ampliá-las via
mobilização dos recursos endógenos ao território. No caso da Administração Pública
regional, a principal limitação encontra-se na capacidade propulsiva líquida do gasto
governamental, uma vez que o mesmo é financiado pelos impostos e, portanto, pela
redução da renda disponível dos domiciliados no território. Além disso, quando os
dispêndios têm origem nos governos estadual e federal e representam uma entrada
líquida de recursos, a limitação encontra-se no caráter exógeno (fora do controle dos
agentes locais) dos dispêndios e de sua expansão6. No caso da Produção e
Distribuição de Energia Elétrica, as limitações são de ordem física, uma vez que a
Itaipu já extrai virtualmente todo o potencial energético do Rio Paraná no território e
há limites (baseados, acima de tudo, no conflito de interesses com a importante
cadeia turística) para a exploração do potencial energético do Rio Iguaçu.
No que diz respeito ao padrão de organização, algumas cadeias são longas,
receptivas a novos elos (ou à participação de novas organizações em elos já
presentes no território) e pouco hierarquizadas; enquanto outras são relativamente
curtas, pouco receptivas a novos elos e altamente hierarquizadas. Este critério foi
determinante para a secundarização, neste momento inicial do programa, da cadeia
farmacêutica. A despeito do elevado QL e de sua importante contribuição na geração
de empregos e rendas na região, esta cadeia tende a se organizar de forma
concentrada, com elevada integração vertical da(s) empresa(s) líderes.
Diferentemente, as cadeias agroindustriais – intensivas em mão de obra e em
transporte – são cadeias longas (com elos primários, secundários e terciários
presentes no território) e virtualmente impermeáveis à plena integração vertical. Mas
mesmo as cadeias especificamente urbanas (vale dizer: sem elos rurais) e
relativamente curtas à jusante (poucos elos terciários) podem ser significativamente
inclusivas quando os elos industriais são tipicamente manufatureiros e apresentam
baixas barreiras à entrada. As cadeias metal-mecânicas e de material de transporte
tipificam este padrão de organização industrial: implementos agrícolas, tratores,
colheitadeiras, caminhões, ônibus e automóveis são exemplos de atividades
manufatureiras.
85
No que diz respeito à territorialidade, as cadeias de maior espraiamento são,
sem sombra de dúvida, as três cadeias agroalimentares identificadas por nós.
Dentre estas, ganha destaque a cadeia da Proteína Animal, que se divide nas sub-
cadeias avícola, suína, leiteira e da piscicultura. Esta cadeia não é só espraiada: ela
é uma cadeia particularmente longa, contando com inúmeros elos no território. Tais
elos vão desde a produção de insumos químicos (fertilizantes) e mecânicos
(implementos agrícolas) para a produção dos grãos que servem de base para a
produção de ração (soja e milho), até a produção de câmaras frigoríficas para o
armazenamento e transporte dos derivados de carne e leite.
A agroindústria regional, contudo, é mais ampla do que a cadeia da proteína
animal. E há duas cadeias agroindustriais que – a despeito de não apresentarem o
mesmo potencial de expansão de demanda (pelo menos não imediatamente) e o
mesmo grau de espraiamento da proteína animal – têm de ser levadas em
consideração em qualquer programa de desenvolvimento do oeste paranaense: a
produção de grãos para exportação in natura (em especial, soja e milho) ou para o
beneficiamento de grãos (não necessariamente produzidos na região) para fins de
alimentação humana (farináceos e seus derivados alimentares, cervejas e demais
bebidas, sorvetes, etc.); e a produção de insumos agrícolas – tais como fertilizantes,
máquinas e implementos, etc. - de uso geral, seja na cadeia da proteína animal, seja
na cadeia agroalimentar vegetal (grãos in natura, farináceos, cervejas, etc.).
Denominamos estas duas cadeias, respectivamente, de “Agroalimentar de Base
Vegetal” e “Insumos Industriais para a Agricultura”.
O elo central da cadeia proteína animal são as cooperativas e seus
associados rurais domiciliados na região. Diferentemente, os elos rurais e urbanos
da cadeia agroalimentar de base vegetal são muito mais diversificados, envolvendo
fornecedores de matéria-prima externos ao território (trigo, cevada, etc.) e pequenas
e médias empresas de panificação e produção de bebidas, assim como os
fornecedores dos insumos especificamente industriais para os elos beneficiadores
locais. Por fim, a cadeia “Insumos Industriais para a Agricultura” corresponde aos
elos comuns das duas outras cadeias agroalimentares (Proteína Animal e
Agroalimentar de Base Vegetal) que se posicionam à jusante da produção rural.
Rigorosamente falando, não se trata de uma cadeia independente, mas da porção
inicial (e, por isto mesmo, ainda não dividida) da Macro-Cadeia Agroalimentar. Esta
porção é composta por dois núcleos básicos: 1) máquinas e implementos agrícolas,
86
segmento do setor metal-mecânico (manufatura) que apresenta elevada sinergia
com a cadeia material de transporte; e 2) fertilizantes e defensivos agrícolas,
segmento do setor químico (processo contínuo), que apresenta elevadas barreiras à
entrada (baixa inclusividade), mas ganha proeminência por ser um dos principais
gargalos competitivos da produção agropecuária nacional e regional.
A relevância da cadeia Insumos Industriais para a Agricultura (ou, se preferir,
dos elos iniciais e comuns às duas principais cadeias Agroalimentares da região) é
reforçada, ainda, pela sinergia técnica do segmento máquinas e implementos
agrícolas com a cadeia de Material de Transporte. Na realidade, esta última cadeia –
a despeito de ainda ser relativamente pouco expressiva em termos de emprego
(2794 postos formais em 2011, menos da metade dos postos gerados pela “proto-
cadeia” de Insumos Industriais para a Agricultura), apresenta algumas
características que a fazem particularmente relevante para o desenvolvimento do
Oeste. Em particular, a cadeia Material de Transporte apresenta: 1) elevadíssima
sinergia com as demais cadeias priorizadas; 2) efetivo enraizamento no território,
com a presença de empresas líderes e fornecedoras de insumo dotadas de
expertise e com significativa difusão territorial nos principais polos urbanos do
território; 3) grande potencial de mercado interno e externo; e 4) barreiras à entrada
relativamente baixas (em especial dentre as empresas fornecedoras de insumos), o
que facilita o “alongamento” e “adensamento” da cadeia e sua transformação em um
sólido arranjo produtivo regional. Em particular, no plano da sinergia, esta cadeia
apresenta vínculos com todas as cadeias agroindustriais, que demandam
implementos metalmecânicos e sistemas de armazenagem e transporte
“semoventes” - reboques, caçambas, tratores, caminhões com ou sem câmaras
frigoríficas, etc. Ela também se vincula ao turismo, que é intensiva em transporte de
pessoas por via rodoviária, aeroviária, hidroviária, etc. E também se articula à cadeia
logística (que aparece como “mista” na nossa classificação das cadeias do Oeste
Paranaense, mas que é uma das principais cadeias propulsivas de Foz do Iguaçu,
sede de um dos principais nós da integração Pacífico-Atlântico no hemisfério sul).
A cadeia do Turismo também foi selecionada para a primeira fase do POD.
Ela é uma cadeia particularmente longa, de elevadíssimo potencial de crescimento e
de extraordinária capacidade inclusiva, mas de espraiamento diminuto: ela está
virtualmente circunscrita a Foz do Iguaçu. Não obstante, ela apresenta elevada taxa
atual e potencial de crescimento e gera, hoje, aproximadamente cinco vezes mais
87
emprego que a cadeia de Material de Transporte. Além disso, ela é responsável por
aproximadamente 50% do emprego total - direto, indireto e reflexo - de Foz do
Iguaçu, o que equivale a dizer que ela é o principal motor econômico deste
município. E Foz do Iguaçu cumpre duas funções estratégicas para a economia do
Oeste: 1) é o principal nó logístico regional, por onde ingressam insumos e matérias-
primas dos demais países do Cone Sul (e do Pacífico, via portos chilenos); e 2)
sedia algumas das mais dinâmicas e capitalizadas instituições de P&D do território,
que são estratégicas para o enfrentamento dos gargalos tecnológicos e logísticos
das cadeias agroindustriais regionais. Em suma: a cadeia turística é aprovada em
três dos quatro critérios orientadores da hierarquização proposta: potencial de
crescimento e geração de renda, inclusão e sinergia (via suas conexões com a
economia de Foz do Iguaçu e, por extensão, com o desenvolvimento de seus
sistemas logísticos e de P&D). Como se isto não bastasse, a priorização da cadeia
turística na fase de implantação do POD a despeito de seu baixo espraiamento
assenta-se em mais dois argumentos. Em primeiro lugar, a virtual circunscrição da
Cadeia do Turismo a Foz do Iguaçu desloca a responsabilidade de seu
planejamento para a sociedade civil iguaçuense, representada no POD pelo
Codefoz, cabendo às instâncias de governança do Oeste em Desenvolvimento, tão
somente, avaliar os encaminhamentos e, se aprovados, emprestar respaldo político
regional aos mesmos. Em segundo lugar, é preciso entender que o potencial
turístico de Foz do Iguaçu e de suas cidades irmãs na Tríplice Fronteira é tão grande
que, se adequadamente explorado e atualizado, irá transbordar do município para o
seu entorno, incorporando municípios oestinos que portam atrativos turísticos
naturais (como os balneários do Lago Itaipu) e/ou que organizam feiras, mostras e
eventos culturais voltados a um público maior que o público domiciliado.
Por fim, a cadeia de Material de Transporte é a que apresenta a menor
densidade relativa em termos de geração de emprego e renda no território. Não
obstante, ela passa com distinção nos demais critérios, com ênfase nas excelentes
perspectivas de mercado nacional e internacional, expertise consolidada no
território, expressiva vantagem de aglomeração e inclusividade (baixas barreiras à
entrada para novos empreendimentos), e apresentam elevadíssima sinergia com a
grande maioria das demais cadeias propulsivas do território. Afinal, esta cadeia não
se restringe a automóveis, ônibus e caminhões. Todo o mecanismo projetado para
se “mover” – vagões, barcos, reboques, tratores, colheitadeiras – assim como todas
88
as peças necessárias à montagem e manutenção destes “mecanismos semoventes”
fazem parte desta cadeia. O que significa dizer que promover a competitividade da
cadeia de Material de Transporte tem implicações diretas e imediatas na promoção
da competitividade das cadeias agroindustriais, da cadeia do turismo, da cadeia
logística, etc.
As considerações anteriores orientaram a hierarquização das cadeias
produtivas propulsivas da região Amop-Caciopar. E dados os limites de recursos e a
importância de realizar investimentos de eficácia inconteste com vistas a sustentar e
ampliar a mobilização social em prol do POD, as quatro cadeias já referidas –
Proteína Animal, Turismo, Material de Transporte, Agroalimentar de Base Vegetal –
além dos elos iniciais das duas cadeias agroindustriais - que optamos, por razões de
organização do trabalho, por caracterizar como uma cadeia à parte, denominada
“Insumos Industriais para a Agricultura” – foram eleitas como objeto inicial do
Programa. Outras cadeias – como Madeira-Papel & Mobiliário; Farmacêutica &
Saúde; Logística; Têxtil & Vestuário; etc. - deverão ser objeto de atenção e
planejamento mais tarde.
Quanto a governança vale destacar que a constituição do Programa está
embasada numa concepção participativa, reflexiva e produtora de conhecimento que
prevê a construção de um modelo de governança e desenvolvimento endógeno, de
maneira a articular e mobilizar a sociedade, utilizando recursos humanos, materiais
e institucionais, ou seja, os parceiros assumem o papel de mobilizadores.
A Governança é constituída pelas seguintes esferas:
a) Fórum de Desenvolvimento Econômico do Território Oeste do PR: ambiente
de apresentação de propostas e debate das ações para o desenvolvimento da
região, constituído por instituições públicas e privadas com interesse no
desenvolvimento da região.
b) Coordenação: instituições públicas e privadas de âmbito regional para análise e
encaminhamentos acerca das estratégias e ações debatidas pelo Fórum. Hoje
possui cadeia as instituições: Parque Tecnológico Itaipu, Sebrae, Emater, Unioeste,
Cooperativas da região, Caiopar, Itaipu Binacional, Amop.
c) Secretaria-Executiva: formada por técnicos das instituições, sendo responsáveis
pela coordenação, gestão e monitoramento do Programa e operacionalização das
ações.
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CÂMARAS TÉCNICAS
As câmaras técnicas são grupos formados por representantes de instituições
e empresas públicas e privadas, municipais e regionais. São corresponsáveis pela
identificação e aproveitamento das oportunidades e enfrentamento dos gargalos e
pelo planejamento e operacionalização dos Planos das Cadeias Produtivas
Propulsivas e dos Planos dos Eixos Estruturantes para o desenvolvimento da região
e suas localidades.
Cadeia Produtiva de Proteína Animal
Segundo o regimento interno do Programa, definiu-se que a Câmara Técnica
seria uma das formas de coordenação estabelecida pelo mesmo, que tem por
finalidade articular, entre os setores público e privado, o planejamento e
implementação dos instrumentos institucionais de promoção do desenvolvimento
territorial. Ela possuirá um coordenador e um suplente, eleitos por aclamação em
reunião de câmara. Os trabalhos em câmaras se iniciaram com a cadeia de proteína
animal - frango, leite, peixe e suíno -, neles foi seguido um fluxo do mesmo como
mostra o esquema abaixo.
Figura 13: Fluxo de trabalho Câmara Técnica da Proteína Animal.
Nota: Elaborado pelos autores.
90
Primeiramente, foi feita a estratificação da cadeia por macrossetores, com
divisão da cadeia em produção, processamento e distribuição. Em seguida foi
constituído um questionário para cada setor, na tentativa de torná-lo mais
especializado e com isso extrair o maior número de informações possíveis, aquelas
que fossem relevantes para o diagnostico que estava sendo construído. Foi
realizado nesse período, combinado a estruturação do questionário, pesquisas
secundárias e também conversas com agentes importantes da cadeia que
contribuem para o desenvolvimento do território, essas conversas tinham como
objetivo identificar pontos críticos a abordados nos questionários.
Os questionários foram aplicados de forma aleatória com agentes do território,
buscando o entendimento da cadeia e seus pontos de estrangulamento, além de
suas oportunidades. Os questionários foram aplicados três vezes, seguindo a ordem
dos macrossetores, após era constituída a reunião de câmara para cada setor. Todo
o fluxo se concluía com uma a estruturação do relatório abordando os pontos
levantados nas reuniões de câmaras e também das entrevistas, para que
obtivéssemos, então insumo para a construção dos outros passos e, além disso,
uma maior caracterização dos setores.
A próxima etapa desse trabalho foi a oficina de definição das ações para a
cadeia, nesta oficina buscou-se a validação dos gargalos de todos os macrossetores
e a proposição de ações para solucionar os problemas identificados. Com essas
ações foram constituídas as linhas de atuação da cadeia de proteína animal, a
equipe técnica da secretaria-executiva contribuiu nessa construção junto aos
coordenadores e suplente de cada cadeia.
91
Figura 14: Processo contido em caca macro setor.
Nota: Elaborado pelos autores.
Para dar um maior embasamento as linhas e as possíveis atuações dentro do
território, coletou-se informações (eletrônica e presencial), com os agentes que
compõem a cadeia, com projetos que já estão em andamento que contemple as
linhas definida pela câmara. Pensando em um trabalho mais integrado, com foco na
consolidação de projetos já existentes e construção de proposições que ainda não
possuem uma linha de atuação, assim tem uma maior chance de obter sucesso
canalizando os esforços de atuação e os recursos existentes.
Na etapa seguinte foi realizada uma oficina de planejamento e divisão do
trabalho, onde se tinha como objetivo definir metas, período, estratégias de
execução, ações algumas já definidas, outras melhor alocadas, instituições
envolvidas e lideres da ação, esse último sendo um dos integrantes da câmara da
cadeia de proteína animal.
Essa construção se deu em conjunto e para cada linha de ação, ressaltando
que as linhas de ações já haviam sido priorizadas pelos coordenadores e suplentes
de cada cadeia. Algumas linhas tiveram como proposta encaminhamento para os
Grupos de Trabalhos já existentes ou a constituição de um para os que não tiveram.
92
Figura 15: Elementos de composição do Plano Tático.
Nota: Elaborado pelos autores.
E por fim a execução das ações e projetos, na qual a secretaria-executiva
utilizará de ferramentas de gestão dos projetos, acompanhamento e suporte para os
projetos e os grupos de trabalhos constituídos. Vale ressaltar ainda que todo esse
processo está em um fluxo de trabalho e que esta última etapa possuirá interlocução
e articulação contínua com a câmara técnica, os eixos estruturantes e a
coordenação do Programa Oeste em Desenvolvimento.
Os projetos que foram propostos na oficina de planejamento encontram-se
em anexo, por cadeia, a saber, proteína animal, frango, leite peixe e suíno.
Câmara Técnica de Energias Renováveis
Dentro dos encontros realizados na câmara técnica de energias renováveis
ficou definido como objetivo geral, “Mobilizar e Aplicar Recursos Energéticos
Renováveis locais em favor do desenvolvimento sustentável”. Por ser um eixo
estruturante na sua forma de atuar, teve seus objetivos específicos definidos pelos
direcionadores contidos nos ambientes macroanalíticos da NEI sendo eles como
mostra abaixo.
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Figura 16: Elementos de composição do Plano Tático.
Nota: Elaborado pelos autores.
GRUPOS DE TRABALHO
Os Grupos de Trabalho (GTs) tem por objetivo atender algumas demandas do
setor produtivo com agilidade propondo ações de intervenções em situações
específicas, são compostos por interessados e especialistas no tema que será
trabalhado no grupo. Só podem ser criados por demanda das câmaras técnicas ou
por uma necessidade percebida pela coordenação do Programa, que entrará em
consenso sobre criação do mesmo ou não. O grupo de trabalho possui uma
dinâmica própria de atuação, por meio de estudos, reuniões, seminários e outros, a
secretaria-executiva, no entanto acompanhará os grupos conforme demandado.
Para a execução dos trabalhos, após sua criação e os primeiros encontros,
para resolução do problema, que está sendo trabalhado, deverá ser criado um plano
de trabalho contendo as propostas de solução e os recursos que serão utilizados
para cada proposta, e ainda, que custeará cada um deles, podendo ser os
integrantes do próprio grupo, ou agentes externos que queiram patrocinar essa ação
de alguma forma. Depois que o problema estiver resolvido, o grupo de trabalho se
encerra, vale destacar que esta constituiu uma das características que difere de uma
câmara técnica, o grupo é criado para resolver um problema pontual enquanto que
as câmaras buscam identificar resolver problemas mais macro.
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Figura 17: Estrutura dos Grupos de Trabalho.
Nota: Elaborado pelos autores.
Grupo de Trabalho de Eficiência Energética
Na reunião do Grupo de Trabalho de Eficiência Energética foi reunido
universidade, cooperativas e interessados pelo tema a ser discutido. Do encontro
obteve-se como resultado a demanda por uma palestra sobre mercado livre, ISO
5.000, visita as empresas e uma intermediação com a OCEPAR no que diz respeito
a cursos sobre o tema.
EIXOS ESTRUTURANTES
O Programa também atuará em alguns eixos considerados estruturantes para
o desenvolvimento do território. Eles são grandes temas que perpassam todas as
cadeias produtivas que são: Infraestrutura e Logística, Pesquisa e Desenvolvimento,
Crédito e Fomento, Capital Social e Cooperação. Os eixos estão contidos e
definidos pelo planejamento estratégico do Programa está relacionado com as
proposições da Secretária Executiva e também as demandas da Cadeia de Proteína
animal, que sairão das câmaras técnicas. Quando se fala em demandas da cadeia
vale destacar que são problemas específicos da cadeia que deverão ser tratado com
outra abordagem já que pertence a um eixo.
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Figura 18: Constituição dos Eixos Estruturantes.
Nota: Elaborado pelos autores.
A composição do arranjo organizacional dos agentes envolvidos consiste na
articulação e sensibilização dos interessados direta ou indiretamente com o tema.
Feito esta etapa o posterior a isso é feita a validação desse arranjo pela
coordenação do programa e o lançamento do eixo é realizado, ainda contendo sua
forma de operação, podendo ser trabalho tanto em câmaras técnicas, sendo ele do
próprio eixo, como em “GTs” que são os grupos de trabalho, formado por
especialista do tema e interessados pelo mesmo.
Dando continuidade as fases, faz-se então uma estratificação do eixo por
ambientes macroanalíticos de acordo com a abordagem da Nova Economia
Institucional (NEI), esse processo se deu com o objetivo de organizar as
variáveis/fatores que influenciam o eixo, para que todas as análises dos diversos
eixos trabalhados possuíssem um padrão e também para que os agentes envolvidos
no processo pudessem ter de forma mais clara, quais fatores estão inseridos nesse
eixo e consequentemente nesse contexto, possibilitando que as atuações do
programa sejam mais efetivas e melhor direcionada. A figura 20 apresenta os
ambientes que estão inseridos na Nova Economia Institucional.
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Figura 19: Ambientes Macroanalítico da Nova Economia Institucional.
Fonte: Baseado em FARINA et al. (1997).
Dentro desse contexto será realizado o levantamento bibliográfico, pesquisas
exploratórias, estudos e encontro em grupos para estruturação e organização do
eixo já estratificado. Os agentes que estão envolvidos com o tema abordado pelo
eixo serão convidados para compor uma oficina onde seriam definidos os objetivos
para o eixo, além de se definir próximos encontros, eles terão como objetivo
construir ações e projetos, ressaltando que nele deve estar inserido as demandas
encaminhadas pela câmara de proteína animal no qual o eixo deve manter uma
interação com o mesmo, analisando as demandas que vem do próprio eixo e
estruturando Grupos de Trabalho, por exemplo, para tratar questões específicas, ou
seja, essa fase consistem em construir ações para a atuação dos temas constituídos
dos eixos. E, por fim a execução dos projetos, onde serão utilizadas ferramentas de
acompanhamento e suporte dos mesmos. Salientamos ainda que existe um fluxo
contínuo entre o eixo e as cadeias produtivas e também a organização do programa.
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AÇÕES PARA ALAVANCAR AS CADEIAS PRIORIZADAS
As oficinas de planejamento da câmara técnica já aconteceram. Nela se
discutiu projetos para atuação dentro das linhas de ações da cadeia de proteína
animal no sentido do atendimento das demandas vindas delas.
CADEIA DO FRANGO
Tabela 43: Ação e Estratégias de Execução - Cadeia do Frango.Meio Ambiente
Objetivo Especifico: Melhorar o aproveitamento dos recursos hídricos nas propriedades e nas indústrias
Ação Estratégia de Execuçãoa) Implementar sistemas de coleta de água da chuva para fins de dessedentação dos animais, limpeza e higienização das instalações e equipamentos, além do uso na climatização do ambiente.
a)Promover o conhecimento das soluções existentes no território;b) Promover a sustentabilidade hídrica;c) Atuar diretamente na promoção junto às empresas e cooperativas.
Objetivo Especifico: Buscar a padronização da fiscalização ambiental regionala) Apresentar uma análise para minimizar o impacto da instabilidade e falta de clareza da legislação para o produtor.
a)Confrontar legislações estaduais;b)Articular debates com o Instituto Ambiental do Paraná;c)Promover o conhecimento do produtor.
SanidadeAção Estratégia de Execução
Objetivo Especifico: Regulamentar e ampliar o suporte à produção de subsistência nas propriedades da regiãoa)Esclarecer ao produtor quanto a produção de subsistência;b)Parceria entre integradora e Municípios – Produção de galinha caipira;c)Promover encontros institucionais com a Agencia de Defesa Agropecuáriado Paraná para discussão das normas e regulamentos para criação e comercialização de frango caipira.
a) Desenvolver a cooperação intermunicipal;b) Articular juntos aos órgãos reguladores melhorias do processo de gestão da criação de frango caipira;c) Atuar na capacitação e formação da do produtor;d) Usar da capilaridade do programa para a divulgação e promoção de boas práticas.
Objetivo Especifico: Ampliar o suporte aos produtores e adequar as práticas de descarte de animais mortos
a)Estudar e propor formas de descarte de animais.
a)Atuar no entendimento e promoção de soluções sobre o descarte;b) Atuar junto aos órgãos reguladores para a padronização dos procedimentos.
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LogísticaAção Estratégia de Execução
Objetivo Especifico: Desenvolver alternativas e estruturar os modais existentespara escoamento da indústriaa)Estudos para melhoria do transportemodal.
a)Articulação e apoio a CT deInfraestrutura e Logística (participaçãode representantes da CT de Frango).
Objetivo Especifico: Ampliar e melhorar as estruturas de armazenamento degrãos e produtos industrializados.a)Participação de representantes da CTde Frango.
a) Articulação e apoio a CT deInfraestrutura e Logística.
Objetivo Especifico: Adequação à legislação para trafegabilidade de acesso edentro da propriedade.a) Parcerias Público-Privadas para conservação e adequação das estradasvicinais e acesso as propriedades;b)Efetivação de consórciosintermunicipais (Patrulhasmecanizadas).
a)Promoção e sensibilização do poder público e órgãos representativos;b)Análise de parcerias já instituídas;c)Compatibilização com as deliberaçõesdas demais Câmaras Técnicas.
Nota: Elaborado pelos autores.
CADEIA DO SUÍNO
Tabela 44: Ação e Estratégias de Execução - Cadeia do Suíno.Meio Ambiente
Objetivo Especifico: Melhorar o aproveitamento dos recursos hídricos nas propriedades e nas indústrias.
Ação Estratégia de Execução
a) Elaboração de um diagnóstico de viabilidade técnica e econômica para captação e reutilização de água.
a) Diagnósticos de viabilidade técnica e econômica;b) Levantamento dos projetos e tecnologias existentes.
Objetivo Especifico: Avaliar o potencial de expansão da atividade.a) Análise de impactos ambientais para as granjas já existentes e para projetos novos;b) Análise de modelo para aumento de produção, no que se refere à impactos ambientais.
a) Mapeamento da produção de suínos;b) Conhecimento dos marcos regulatório;c) Fazer análises e diagnósticos.
Pesquisa e DesenvolvimentoAção Estratégia de Execução
Objetivo Especifico: Analisar e propor a regulamentação de novas tecnologias para descarte de animais mortosa) Levantamento das práticas desenvolvidas;b)Implementação de sistema de corresponsabilidade produtor-indústria
a) Pesquisas junto as secretarias dos municípios, IAP e institutos de pesquisas;b) Realização de workshops envolvendo empresas, municípios e Acs;
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c) Análise dos marcos regulatórios;d) Levantamento das práticas.
LogísticaAção Estratégia de Execução
Objetivo Especifico: Adequação à legislação para trafegabilidade de acesso edentro da propriedade.a) Sensibilizar para a adequação dalegislação sobre o atendimento atrafegabilidade e acesso aspropriedades (porteira a dentro);b) Proposição de consórciosintermunicipais (Patrulhasmecanizadas).
a) Inserir nas pautas da AMOP eCACIOPAR;b) Integração com a Câmara deLogística;c) Estimular a formação de consórcios.
Nota: Elaborado pelos autores.
CADEIA DO PEIXE
Tabela 45: Ação e Estratégias de Execução - Cadeia do Peixe.Assistência Técnica
Objetivo Especifico: Ampliar o fornecimento da Assistência Técnica.Ação Estratégia de Execução
a) Ampliar a assistência técnica;b) Promover o apoio necessário à organização das associações e grupos de produtores;c) Selecionar e apoiar casos de implementação de modelos de gestão eoperação da piscicultura;
a) Desenvolver alternativas junto à iniciativa privada;b) Rediscutir o papel das associações deprodutores e das Prefeituras Municipais;c) Aproveitar modelos de sucesso da região;d) Articulação institucional junto as Prefeituras.
Objetivo Especifico: Promover a formação e a qualificação da assistência técnica.
Ação Estratégia de Execução
a) Profissionalização e capacitação do produtor e da propriedade.
a) Reforçar a articulação e parceria juntoaos órgãos responsáveis (EMATER);b) Ampliar as parcerias e participação daacademia.
Meio AmbienteObjetivo Especifico: Conhecer o potencial e implementar estratégias para melhoraproveitamento dos recursos hídricos.
Ação Estratégia de Execuçãoa) Estudos de tecnologias alternativas de sistema de tratamento da água para reaproveitamento;b) Implantação de unidade demonstrativa de sistema de decantação;c) Definição níveis máximos de fósforo nas rações.
a)análise das formas de produção para poder propor modelos;b) Banco de dados unificado com os dados coletados (analise de água);c) Analise de qualidade da ração.
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Objetivo Especifico: Avaliar o Potencial dos Mananciais.Ação Estratégia de Execução
a) Diagnóstico da capacidade deprodução por corpo hídrico.
a) Banco de dados unificado.
Objetivo Especifico: Adequar e consolidar os Planos Municipais deGerenciamento de Recursos Hídricosa) incentivar os municípios a elaborar ozoneamento da produção.
a) Mobilizar e apresentar paraPrefeituras;b) Identificar empresas e apresentarpara prefeituras ;c) Definir estrutura do Plano deZoneamento;d) Fundação Parque Tecnológico Itaipuem parceria, estruturar um modelo eajudar a mobilizar as prefeituras.
Pesquisa e DesenvolvimentoObjetivo Especifico: Promover a integração das unidades de pesquisa empiscicultura.
Ação Estratégia de Execuçãoa) Formação de grupo de Pesquisa daPiscicultura na Câmara técnica.
a) banco de dados das pesquisas econhecimentos das entidades;b) Aproximação de necessidades dosProdutores com pesquisas econhecimentos das entidadespesquisadoras;c) Elaboração de um Plano de inovaçãoe desenvolvimento da cadeia produtivado peixe.
Objetivo Especifico: Desenvolver tecnologias de genéticaa) desenvolver e testar linhagens commelhor desempenho produtivo erendimento industrial.
a) melhoramento genético com foco norendimento de carne.
Objetivo Especifico: Desenvolver novos produtos para CMS (carnemecanicamente separada).a) Pesquisa e desenvolvimento denovos produtos (CMS).
a)Aproveitamento melhor dossubprodutos;b) Criar com aceitação para o consumo.
Fortalecimento da CadeiaObjetivo Especifico: Conhecer o potencial e implementar estratégias para melhoraproveitamento dos recursos hídricos
Ação Estratégia de Execuçãoa) Inserir e fortalecer a cadeia produtivada piscicultura nas políticaspúblicas/programas de governo(Município, estado, União);b) Aumento do limite de financiamento(PRONAF).
a) As prefeituras possuir técnicos quepossam dar suporte na área depiscicultura; b)Fomentar a atividade da piscicultura;c)Mobilização da classe política regional.
Nota: Elaborado pelos autores.
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CADEIA DO LEITE
Tabela 46: Ação e Estratégias de Execução - Cadeia do Leite.Assistência Técnica
Objetivo Especifico: Ampliar o fornecimento da Assistência Técnica.Ação Estratégia de Execução
a) Buscar linhas de crédito para Assistência Técnica;b) Promover a integração das iniciativaspúblicas e privadas na atenção à demanda por assistência.
a) Articulação entre a iniciativa privada e os órgãos públicos;b) Reproduzir a experiência das Redes no território;c) Trabalhar com visões microrregionais;d) Aproximar das instituições que regulam o recurso ABC.
Objetivo Especifico: Promover a formação e a qualificação da assistência técnica.
Ação Estratégia de Execuçãoa) Uniformizar o entendimento do tipo de assistência técnica;b)Criar um programa de qualidade paraa assistência técnica (funcionários dos municípios, empresas, etc).
a) Desenvolver parcerias público-privadas;b) Atuar na padronização de procedimentos e aproximação com o produtor .
Objetivo Especifico: Promover a Capacitação de Produtores.Ação Estratégia de Execução
a) Destinar fundos dos royalties, dos municípios que possuem esses, para o conselho de desenvolvimento rural;b) Programa de conscientização (informação para o produtor);c)Ampliar o suporte aos produtores e adequar os métodos de descarte de animais mortos.
a) Atuar junto aos municípios (AMOP);b)Articular com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - Senar a estratégiae escopo de atendimento;c) Apoiar e articular o fortalecimento das Secretarias Municipais de Agricultura.
Pesquisa e DesenvolvimentoObjetivo Especifico: Desenvolver um banco de dados adequado da cadeia doleite.
Ação Estratégia de Execuçãoa)Realizar pesquisas junto ao produtore demais fontes de informação(atualização a cada 4 anos);b)Acesso e adequação dossistemas/bancos de dados existentes.
a) banco de dados das pesquisas econhecimentos das entidades;b) Utilizar período de vacinação - pontosde venda;c) Conhecer os sistemas existentes e aspossibilidades/informaçõesdisponibilizadas.
SanidadeObjetivo Especifico: Apoiar os sistemas de inspeção e fiscalização paraadequação da estrutura de atendimento.
Ação Estratégia de Execução
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a) Mobilizar a criação ou reativação dosConselhos de Sanidade Animal - CSA´smunicipais;b) Exigir a vacinação comocontrapartida do produtor em troca debenefícios/serviços do setor público;c) Propor a criação de um percentualdo orçamento municipal comdestinação obrigatória às secretariasde agricultura, especifico para aSanidade Animal.
a) Reunião com o Conesa;b)Interação entre produtores, industria eprefeituras para promoção da vacinaçãoe exames - subsídios e incentivos;c)Conscientização das prefeituras,produtores e industria mostrando osbenefícios que cada um terá com aemissão das notas.
Objetivo Especifico: Buscar a padronização da inspeção sanitária regional.a)Aplicar um modelo padrão delegislação municipal, com um escopomínimo de fiscalização.
a) Reuniões Individuais nos municípios emomentos coletivos.
Objetivo Especifico: Adotar e divulgar o plano de contingência do MAPA-SEAB.a)Propor a unificação dos planos delegislação já existentes e regulamentarjunto aos municípios.
a) Emissão de relatório mensal de casosde zoonoses identificados pela Adapar-Seab para secretaria regional emunicipal de saúde;b) Acesso (limitado) ao sistema dedefesa sanitária animal da Adapar porparte das secretarias regionais desaúde;c) Dentro dos municípios montar umfluxograma de informações entre asecretaria regional e o município.
Fortalecimento da Cadeia
Objetivo Especifico: Estruturar sistema de remuneração por padrões superioresde qualidade.
Ação Estratégia de Execuçãoa)Estruturação e fundamentação decritérios (referência) para definição depadrões);b)Sensibilização das indústrias paraadoção de sistemas de remuneraçãode qualidade;c) Melhorar o nível tecnológico,estrutura, e realização de BPAs daspropriedades(profissionalizar a gestãoda propriedade).
a) Implementar um sistema depagamento de qualidade;b)Análise dos fatores relacionados aosvalores pagos;c) Criação de um grupo de referênciapara orientação e apoio às indústrias eprodutores;d)Dias de campo, visitas à propriedadesmodelo (porte, nível tecnológico, sistemaprodutivo, etc.), orientação ao crédito,eventos regionais, seminários,excursões.
Nota: Elaborado pelos autores.
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CADEIAS PRODUTIVAS
Tabela 47: Ação e Estratégias de Execução - Temas Comuns as Cadeias.Temas Comuns - Energia
Objetivo Especifico: Melhorar os níveis de segurança quanto ao fornecimento e àqualidade da energia disponibilizada.
Ação Estratégia de Execuçãoa) Articulação junto à Copel para adequar e resolver o problema da instabilidade de energia;b) Necessidades de ajustes tecnológicos e incentivos governamentais para utilização de fontes de energias alternativas.
a) Realizar diagnósticos locais;b) Realizar encontros de diagnóstico e análise do cenário junto a COPEL;c) Mobilização e cobrança;d)Trabalhar a responsabilidade compartilhada.
Objetivo Especifico: Analisar a viabilidade de produção de energia alternativas, comercialização e distribuição.
Ação Estratégia de Execuçãoa) Desenvolver estratégias de viabilização do uso de energias alternativas;b) Projetos de viabilidade para produção de energia como tratamento de dejetos de acordo com a propriedade;c) Articular parcerias estratégicas entre produtores/integradoras e governo.
a)Buscar segurança jurídica através do fortalecimento da regulação do setor;b)Integração e apoio a CT de Energias Renováveis e o GT de Eficiência Energética na condução das ações demandadas.
Família RuralObjetivo Especifico: Fortalecer os programas existentes e desenvolver ações deapoio à família rural.
Ação Estratégia de Execuçãoa) Implementar estratégias de sucessãofamiliar;b) Formação técnica continuada demão de obra qualificada;c) Melhoria da infraestrutura residencialda família rural (Qualidade de vida) –Linhas de crédito.
a)Focar na base da estrutura familiar esocial;b) Articular com as entidades derepresentação social, instituiçõespúblicas e privadas na formação deestratégias combinadas ecomplementares;c) Articulação junto ao SENAR eempresas particulares para ampliaçãoda oferta e discussão dos requisitos;d)Fortalecer a formação rural.
TributaçãoObjetivo Especifico: Participar e buscar representatividade nos debates sobretributação
Ação Estratégia de Execuçãoa) Criação de grupos específicos sobre a) Possibilidade de constituição de um
104
tributação. GT para discussão do tributação(representativo e técnico).
Nota: Elaborado pelos autores.
105
REFERÊNCIAS
ABIPTI, Associação Brasileira Das Instituições De Pesquisa Tecnológica.Agropolos: Uma proposta metodológica. Brasília: ABIPTI, 1999. 364 p.
ALBUQUERQUE, Francisco; , Marco Dini. Guía de aprendizaje sobre integraciónproductiva y desarrollo económico territorial. Washington DC: FOMIN/BID, 2008.
APDR, Associação Portuguesa Para O Desenvolvimento Regional. Compêndio deeconomia regional. Coimbra: APDR, 2002.
AZEVEDO, Paulo Furquim De. Nova economia institucional: referencial geral eaplicações para a agricultura. São Carlos: Ufscar, 2000.
BATALHA, Mário Otávio (coord). Gestão agroindustrial. São Paulo: Atlas, 1997.
COSTAMAGNA, Pablo; ROZZI, Sergio Pérez. Enfoque, estrategias e informaciónpara el desarrollo territorial: Los aprendizajes desde ConectaDEL. Buenos Aires:ConectaDEL, 2015.
FARINA, Elizabeth Maria Mercier Querido. Competitividade e coordenação desistemas agroindustriais: um ensaio conceitual. Gestão & Produção, São Carlos,v. 6, n. 03, p. 147-161, dez 1999.
FARINA, Elizabeth Maria Mercier Querido; AZEVEDO, Paulo Furquim De; SAES,Maria Sylvia Macchione. Competitividade: Mercado, estado e organizações. SãoPaulo: Editora Singular, 1997.
IPARDES, Instituto Paranaense De Desenvolvimento Econômico E Social -. Base dedados do estado. 2015.
IPARDES, Instituto Paranaense De Desenvolvimento Econômico E Social. Leiturasregionais: Mesorregião geográfica oeste paranaense. Curitiba: IPARDES: BRDE,2003. 143 p.
LIMA, Jandir Ferrera De. Clusters territoriais: elementos para reflexão. ActaScientarium, Human and Social Sciences, Maringá, v. 33, n. 02, dez. 2011.
MARCO, et al. Lecciones aprendidas y buenas prácticas en el desarollo de losprojetos de integración productiva. Washington DC: FOMIN, 2006.
PAIVA, Carlos Águedo Nagel. Fundamentos da análise e do planejamento deeconomias regionais: FAPER. Foz do Iguaçu: Parque Itaipu, 2013. 200 p.
PORTER, Michael. Estratégia competitiva: técnicas para análise da indústria e daconcorrência. 7 ed. Rio de Janeiro: Campus, 1986.
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO, TÁTICO E OPERACIONAL DO PROGRAMA OESTE EM
DESENVOLVIMENTO 2016-2020
PROGRAMA OESTE EM
DESENVOLVIMENTO
Planejamento Estratégico ~ 2 ~
SUMÁRIO
SUMÁRIO _______________________________________________________________________________ 2
APRESENTAÇÃO _________________________________________________________________________ 3
OBJETIVOS E PROGRAMAÇÃO ______________________________________________________________ 4
PROCESSO METODOLÓGICO ________________________________________________________________ 4
GRUPO DE PARTICIPANTES _________________________________________________________________ 5
ORIENTAÇÃO ESTRATÉGICA ________________________________________________________________ 6
MAPA ESTRATÉGICO ______________________________________________________________________ 7
ENCERRAMENTO ________________________________________________________________________ 16
Planejamento Estratégico ~ 3 ~
APRESENTAÇÃO
O presente documento tem por objetivo apresentar os resultados do encontro de
planejamento estratégico, tático e operacional do Programa Oeste em Desenvolvimento 2016-
2020 no âmbito da Secretaria Executiva, realizada no dia 16 de dezembro de 2015, em Foz
do Iguaçu/PR.
Participaram do encontro os membros representantes das instituições que compõem a
secretaria executiva do Programa Oeste em Desenvolvimento.
Planejamento Estratégico ~ 4 ~
OBJETIVOS E PROGRAMAÇÃO
O objetivo geral do encontro foi apresentar os resultados do planejamento estratégico do
Programa Oeste em Desenvolvimento para o período de 2016-2020 construído e proposto
pela Coordenação. Fazer uma análise de cenário das ações da secretaria nos anos de 2014-
15 e dos desafios que estão propostos e por fim trabalhar o alinhamento das propostas da
secretaria para as CTs, GTs e gerenciamento do programa com os objetivos estratégicos e
metas constituídas pelo comitê gestor.
De forma mais específica:
Análise de cenário.
Alinhamento de expectativas.
Definir ações e projetos no nível tático e operacional que respondam aos objetivos
estratégicos propostos.
Expandir o mapa estratégico para os níveis tático e operacional.
De acordo com as possibilidades elencar responsáveis por ações e projetos.
A programação desenvolvida no encontro foi a seguinte compreendeu os períodos vespertino
do dia 15/12/2015 e todo o dia 16/12/2015.
PROCESSO METODOLÓGICO
O Encontro seguiu os princípios do enfoque participativo / construção conjunta, com ênfase no
intercâmbio de experiências, tendo como ferramenta metodológica a visualização, a
problematização, o trabalho em pequenos grupos e os debates em plenária, sinalizando para a
construção coletiva das análises e de propostas, contando com o apoio de um moderador.
A metodologia considera um processo continuado de divulgação e validação dos resultados.
Este processo deverá ser realizado colaborativamente através de ferramentas de tecnologia
da informação, reuniões das instâncias de governança e com coordenadores de CTs e GTs e
líderes de ação.
A oficina buscou um processo interativo de reflexão e de construção conjunta, apoiada na
experiência e vivência dos participantes, coordenada e relatada pelo moderador.
Planejamento Estratégico ~ 5 ~
GRUPO DE PARTICIPANTES
O encontro da Secretaria Executiva do Programa Oeste em Desenvolvimento contou com a presença dos seguintes colaboradores: Jaime Nelson Nascimento Orestes Holtz Augusto Stein Emerson di Domenico Durso Yonara Medeiros Henry Troglio Jonhey Lucizani Flávio Rocha Cristian Jair Paredes Aguillar Vitória Diniz Isabelle Santiago Elias José Zydek; Leoveraldo C. de Oliveira Felipe Pasa Rosane S. Ferreira; Juan Sotuyo Paulo Taschetto; Marcelo Percicotti; Vínicius Almeida Marcel Micheletto Leandro Rudinick Prof Jandir Ferreira de Lima Mario Costenaro
Planejamento Estratégico ~ 6 ~
ORIENTAÇÃO ESTRATÉGICA A Missão, Visão de Futuro e Valores foram definidos, de forma preliminar, pelo conjunto de participantes, após debate de cada um dos elementos de orientação estratégica da Secretaria.
MISSÃO
• Promover o desenvolvimento econômico sustentável da Região Oeste do Paraná por meio do engajamento, cooperação e sinergia das pessoas e instituições públicas e privadas.
VISÃO DE FUTURO
• Ser reconhecido, até 2020, como elemento essencial na transformação da Região
Oeste do Paraná, através de indicadores positivos de desenvolvimento
econômico e sustentabilidade.
Planejamento Estratégico ~ 7 ~
MAPA ESTRATÉGICO Objetivos Estratégicos Metas Estratégias
Ampliar e integrar ao programa instituições de relevância estratégica que atuam na região.
Estabelecer critérios de aderência e mapear 100% das instituições em 2016.
Promover um plano de adesão ao programa.
Ampliar 60% das adesões existentes.
Mapeamento das instituições com aderência as propostas e atuação do programa.
Mante 0% de percentual de desistência.
Plano de sensibilização / promoção do programa no território, Validar a constituição de um Premio Oeste em Desenvolvimento para atores de destaque no programa.
Fortalecer a atuação da Coordenação para o encaminhamento das prioridades estratégicas de forma estruturada e sinérgica.
Ter um processo de encaminhamento das prioridades estruturado e pactuado entre a Coordenação até Abril de 2016.
Dispor de um processo pactuado para encaminhamento de demandas estratégicas da coordenação, fortalecendo a ação integrada na articulação e interação interinstitucional.
Encaminhar as primeiras prioridades através dos canais correspondentes até Junho de 2016.
Validar a aderência e alinhamento do processo aos planos de comunicação interno e gestão por processos.
Ter um modelo de gestão por processos que considera os papéis, responsabilidades e competências das instituições e pessoas que compõem o programa.
Ter o modelo de gestão homologado em 2016.
Promover uma revisão do estrutura de governança do programa que considere a gestão por processos, mapeamento de responsabilidades e competências e a integração entre os níveis estratégico, tático e operacional.
Até jul/16 estabelecer uma matriz de responsabilidade pactuada entre as instituições participantes, nos níveis estratégico, tático e operacional.
Utilizar das potencialidades e habilidades dos parceiros do programa para a criação e proposição de um modelo de gestão e governança por processos.
Ter um plano de comunicação, promoção e marketing que fortaleça e instrua os processos internos e com o
Ter ate julho de 2016 o plano de comunicação, promoção e marketing do programa oeste em
Construir um Plano de comunicação, promoção e marketing
Planejamento Estratégico ~ 8 ~
Objetivos Estratégicos Metas Estratégias
território. desenvolvimento.
Ter todos os canais de comunicação, ações de parceiros no território e demandas de comunicação mapeados até jul/16.
Utilizar da capilaridade e competências das instituições parceiras para a construção do plano e mapeamento das demandas e cenário existente.
Ter um processo de respostas a riscos e ameaças prioritárias ao território.
Ter as prioridades elencadas e sistematizadas de cada Cadeia Produtiva e Eixo Estratégico do Programa no primeiro trimestre de 2016;
Atuar focadamente sobre as demandas do território mapeadas pelas CTs, GTs e coordenação.
Atenção independente das demandas, seguindo ritos próprios, instituídos e pactuados no nível de coordenação.
Estabelecer uma agenda permanente de relacionamento com representantes de todas as instâncias governamentais ainda no primeiro trimestre de 2016.
Utilizar a demanda prioritária do território relacionada a baixa qualidade e a falta de energia como piloto do processo de articulação proposto.
Para cada demanda consolidar o cenário existente e constituir um plano de articulação e mobilização próprio.
Apoiar e fortalecer a criação de um sistema regional e inovação como ferramenta de aumento de renda, emprego e oportunidades de negócio.
Ter um protótipo do SRI ainda em 2016.
Atuar fortemente junto as academias no sentido de instruir e promover o mapeamento de ativos.
Mapeamento dos ativos de inovação e oportunidades no território ainda em 2016.
Instituir um banco de oportunidades (demanda e oferta)
Promover a criação de Sistema Regional de Empregos
Buscar a excelência na gestão e operação do programa e das CTs e GTs que atuam nas cadeias produtivas e eixos estruturantes do território.
Ter a totalidade das CTs e GTs utilizado os processos de gestão
Promover e apoiar o uso dos processos de gestão em todas as CTs e GTs
Utilizar padrões de mercado de forma a facilitar a compreensão e uso
Planejamento Estratégico ~ 9 ~
Objetivos Estratégicos Metas Estratégias
Utilizar o SIGEOR para registro e acompanhamento eletrônico das ações e projetos
Promover melhorias no Sistema de Indicadores que atuará como ferramenta de suporte as CTs e GTs
Ter a totalidade dos eventos do programa gestionados baixo um agenda comum e um processo unificado de execução
Mapear e utilizar os eventos do programa e das instâncias como ferramentas de promoção, adesão e congregação dos membros do programa
Promover e apoiar a construção de planos de qualidade educacional na Região Oeste do Paraná, de forma a torna-la uma referência brasileira na educação em todos os níveis de formação.
Ter um diagnóstico de factibilidade da proposta em 2016.
Articular junto as prefeituras através da AMOP a construção de um plano de qualidade na educação.
Ter uma proposta de encaminhamento da demanda em 2016.
Mobilizar a região para obter o melhor IDEB do Brasil, articular com os parceiros para ampliar a oferta de EAD local pelas instituições públicas e privadas
OBJETIVOS ESTRATÉGICOS INICIAIS PROPOSTA DE CONSOLIDAÇÃO Fortalecer a atuação da Coordenação para o encaminhamento das prioridades estratégicas de forma estruturada e sinérgica.
Ter um processo de gestão que identifique as prioridades estratégicas do território e
oriente a atuação do programa, utilizando-se das competências institucionais,
tornando o POD reconhecido como espaço de articulação territorial.
Ter um processo de respostas a riscos e ameaças prioritárias ao território.
Ter um modelo de gestão por processos que considera os papéis, responsabilidades e competências das instituições e pessoas que compõem o programa.
Novo texto de consolidação dos objetivos aprovado!
Objetivos Estratégicos
Metas Estratégias Ações Responsável
pela mobilização
Envolvidos
Ampliar e integrar ao programa instituições de relevância estratégica que atuam na região.
Estabelecer critérios de aderência e mapear 100% das instituições em 2016.
Promover um plano de adesão ao programa.
Construir e executar um plano
de adesão e mobilização do
programa
Pacheco Jaime e Pacheco
Ampliar 60% das adesões existentes.
Mapeamento das instituições com aderência as propostas e atuação do programa.
Mante 0% de percentual de desistência.
Plano de sensibilização / promoção do programa no território, Validar a constituição de um Premio Oeste em Desenvolvimento para atores de destaque no programa.
Ter um processo de gestão que identifique as prioridades
estratégicas do território e oriente
a atuação do programa,
utilizando-se das competências institucionais,
tornando o POD reconhecido
Ter um processo de encaminhamento das prioridades estruturado e pactuado entre a Coordenação até Abril de 2016.
Dispor de um processo pactuado para encaminhamento de demandas estratégicas da coordenação, fortalecendo a ação integrada na articulação e interação interinstitucional.
Construir, homologar e executar um conjunto de premissas, padrões e estratégias de atuação da Coordenação na condução da articulação e gestão de prioridades do
A definir (Jaime e
coordenação)
A definir (Jaime e
coordenação)
Encaminhar as primeiras prioridades através dos
Validar a aderência e alinhamento do processo aos planos de comunicação interno e
Planejamento Estratégico ~ 11 ~
Objetivos Estratégicos
Metas Estratégias Ações Responsável
pela mobilização
Envolvidos
como espaço de articulação territorial.
canais correspondentes até Junho de 2016.
gestão por processos. programa
Ter o modelo de gestão homologado em 2016.
Promover uma revisão do estrutura de governança do programa que considere a gestão por processos, mapeamento de responsabilidades e competências e a integração entre os níveis estratégico, tático e operacional.
Processo de Gestão das
Câmaras e do Programa
Jonhey Jonhey, Yonara, Pacheco
Até jul/16 estabelecer uma matriz de responsabilidade pactuada entre as instituições participantes, nos níveis estratégico, tático e operacional.
Utilizar das potencialidades e habilidades dos parceiros do programa para a criação e proposição de um modelo de gestão e governança por processos.
Ter as prioridades elencadas e sistematizadas
Atuar focadamente sobre as demandas do território mapeadas pelas CTs, GTs e
Definir, homologar e colocar em
funcionamento um processo para
Jaime Jaime e
coordenação.
Planejamento Estratégico ~ 12 ~
Objetivos Estratégicos
Metas Estratégias Ações Responsável
pela mobilização
Envolvidos
de cada Cadeia Produtiva e Eixo Estratégico do Programa no primeiro trimestre de 2016;
coordenação. resposta a riscos e ameaças ao
território Atenção independente das demandas, seguindo ritos próprios, instituídos e pactuados no nível de coordenação.
Estabelecer uma agenda permanente de relacionamento com representantes de todas as instâncias governamentais ainda no primeiro trimestre de 2016.
Utilizar a demanda prioritária do território relacionada a baixa qualidade e a falta de energia como piloto do processo de articulação proposto.
Para cada demanda consolidar o cenário existente e constituir um plano de articulação e mobilização próprio.
Ter um plano de comunicação, promoção e marketing que fortaleça e instrua os processos internos e com o território.
Ter ate julho de 2016 o plano de comunicação, promoção e marketing do programa oeste em desenvolvimento.
Construir um Plano de comunicação, promoção e marketing
Plano de Marketing e
Comunicação Pacheco
Augusto, Abilene e Pacheco
Planejamento Estratégico ~ 13 ~
Objetivos Estratégicos
Metas Estratégias Ações Responsável
pela mobilização
Envolvidos
Ter todos os canais de comunicação, ações de parceiros no território e demandas de comunicação mapeados até jul/16.
Utilizar da capilaridade e competências das instituições parceiras para a construção do plano e mapeamento das demandas e cenário existente.
Gestão integrada das agendas
Pacheco Pacheco,
Isabelle, outros
Apoiar e fortalecer a criação de um sistema regional e inovação como ferramenta de aumento de renda, emprego e oportunidades de negócio.
Ter um protótipo do SRI ainda em 2016.
Atuar fortemente junto as academias no sentido de instruir e promover o mapeamento de ativos.
Estruturar e colocar em
funcionamento o GT para
construção e operação do SRI
Jonhey Jonhey,Jandir,
Angélica e Osvaldo
Mapeamento dos ativos de inovação e oportunidades no território ainda em 2016.
Instituir um banco de oportunidades (demanda e oferta)
Promover a criação de Sistema Regional de Empregos
Buscar a excelência na gestão e operação do programa e das CTs e GTs que atuam nas
Ter a totalidade das CTs e GTs utilizado os processos de gestão
Promover e apoiar o uso dos processos de gestão em todas as CTs e GTs
Relatório do programa
Jonhey Jonhey, Emerson
Utilizar padrões de mercado de forma a facilitar a compreensão e uso
Processo de gestão das CTs e
GTs Jonhey
Jonhey, Emerson, Pacheco
Planejamento Estratégico ~ 14 ~
Objetivos Estratégicos
Metas Estratégias Ações Responsável
pela mobilização
Envolvidos
cadeias produtivas e eixos estruturantes do território.
Utilizar o SIGEOR para registro e acompanhamento eletrônico das ações e projetos
Operacionalização do SIGEOR
Augusto
Todos os que estão
envolvidos em ações e projetos
Criação de planos de trabalho para todas as CTs e
GTs
Jhoney, Emerson, Augusto, Jaime,
Orestes
Jonhey, Emerson,
Yonara, Flavio, Vitória, Henry,
Danielle, Christian
Promover melhorias no Sistema de Indicadores que atuará como ferramenta de suporte as CTs e GTs
Revisão e disponibilização do novo Sistema de indicadores
Pacheco e Rafael
Pacheco e Rafael,
técnicos do CIH
Ter a totalidade dos eventos do programa gestionados baixo uma agenda comum e um processo unificado de execução
Mapear e utilizar os eventos do programa e das instâncias como ferramentas de promoção, adesão e congregação dos membros do programa
Gestão dos Fóruns
A definir
Mapeamento, apoio e gestão
dos eventos técnicos das CTs
e GTS
A definir
Mapeamento, apoio e gestão
dos eventos adicionais ou que
o programa aparece como
apoiador ou co-
A definir
Planejamento Estratégico ~ 15 ~
Objetivos Estratégicos
Metas Estratégias Ações Responsável
pela mobilização
Envolvidos
organizador
Apoiar e apoiar a construção de planos de qualidade educacional na Região Oeste do Paraná, de forma a torna-la uma referência brasileira na educação técnica.
Ter um diagnóstico de factibilidade da proposta em 2016.
Articular junto as prefeituras através da AMOP a construção de um plano de qualidade na educação.
Em análise a forma de atuação
do programa.
Ter uma proposta de encaminhamento da demanda em 2016.
Mobilizar a região para obter o melhor IDEB do Brasil, articular com os parceiros para ampliar a oferta de EAD local pelas instituições públicas e privadas
ENCERRAMENTO Deliberado de forma prévia sobre responsabilidades a curto e médio prazo ficou registrado a preocupação para que ainda na primeira quinzena de janeiro se tenha o relatório do programa, a proposta de modelo de gestão das CTs e GTs, o inicio da implantação e disponibilização do SIGEOR e a construção dos primeiros planos de trabalho. Também ficou demandada a urgência na proposição de uma agenda integrada. Ressaltou-se que temos uma demanda a responder da CACIOPAR referente as grandes demandas e necessidades do oeste do Paraná que comporão o rol de proposições e solicitações da instituição para os governos estadual e federal. Proposição do modelo de planejamento em realização: