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PLANO GLOBAL
IEA, 2019- Instituto Nacional de Estatística
PLANO GLOBAL
IEA, 2019- Instituto Nacional de Estatística
PLANO GLOBAL
IEA, 2019- Instituto Nacional de Estatística
P R O G R A M A G L O B A L
Versão 0
I N Q U É R I T O A O E M P R E G O E M A N G O L A
( I E A )
A N O 2 0 1 9
Luanda, Janeiro de 2019
M I N I S T É R I O D A E C O N O M I A E D O P L A N E A M E N T O
R E P Ú B L I C A D E A N G O L A
PLANO GLOBAL
IEA, 2019- Instituto Nacional de Estatística
PLANO GLOBAL
IEA, 2019- Instituto Nacional de Estatística
INDICE
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 8
2 ENQUADRAMENTO .......................................................................................... 8
3 PRINCIPAIS ACTIVIDADES .............................................................................. 9
3.1 Actividades de Preparação ................................................................................................................... 9
3.4 Mobilização e Sensibilização .............................................................................................................. 11
3.5 Testes .................................................................................................................................................... 11
3.5.1 Método de Recolha ................................................................................................................... 11
3.5.2 Questionário e Recolha de Dados ............................................................................................. 11
3.6 Recolha da Informação ...................................................................................................................... 12
3.7 Organização da Operação de Campo................................................................................................ 12
3.7.1 Formação do Pessoal ................................................................................................................. 14
6. ASPECTOS METODOLÓGICOS ........................................................................ 15
6.1 Unidade de Observação ..................................................................................................................... 15
6.2 Período de Referência ........................................................................................................................ 15
6.3 Periodicidade ...................................................................................................................................... 16
6.1 Amostra ............................................................................................................................................... 16
7. PROCESSAMENTO DOS DADOS ...................................................................... 16
8. ANÁLISE DOS DADOS E DISSEMINAÇÃO DOS RESULTADOS ................. 17
8.1 Plano de Tabulação ............................................................................................................................ 17
8.2 Publicação e Disseminação dos Resultados ...................................................................................... 17
9. ORÇAMENTO ...................................................................................................... 17
10. CRONOGRAMA DE ACTIVIDADES ................................................................ 18
12. PINCIPAIS VARIÁVEIS A SEREM OBSERVADAS ......................................... 19
11. PRINCIPAIS CONCEITOS ................................................................................ 20
13.PRINCIPAIS INDICADORES ............................................................................ 22
14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 24
PLANO GLOBAL
IEA, 2019- Instituto Nacional de Estatística
7
ABREVIATURAS
CAE Classificador de Actividades Económicas
CPA Classificador das Profissões de Angola
CINE Classificação Internacional Normalizada da Educação
RGPH Recenseamento Geral da População e Habitação
DEDS Departamento de Estatísticas Demográficas e Sociais
IDREA Inquérito de Despesas, Receitas e Emprego em Angola
IEA Inquérito ao Emprego em Angola
INE Instituto Nacional de Estatística
SC Secção Censitária
SPINE Serviços Provinciais do Instituto Nacional de Estatística
8
1 INTRODUÇÃO
O Instituto Nacional de Estatística (INE) no seu plano de actividades para o quinquénio
2018-2022 incluiu os inquéritos periódicos ao emprego. O Inquérito sobre Emprego em
Angola (IEA) terá a partir de 2019 uma periodicidade trimestral com o processo de recolha
contínuo durante os 12 meses de cada ano civil, que permitem disponibilizar resultados
trimestrais e anuais.
Os inquéritos ao emprego têm por principal objectivo a caracterização da população face ao
mercado de trabalho, visando avaliar os níveis de emprego e desemprego, fornecer
informação estatística sobre a força de trabalho em Angola. Permite ainda à produção de
indicadores para monitorar o progresso realizado no âmbito do Objectivo de
Desenvolvimento Sustentável, especialmente para o Objectivo 8.
O IEA 2019 é uma operação estatística realizada por amostragem, cujas estimativas têm associadas
margens de erro, dirigida aos residentes em habitações familiares no território nacional e irá
disponibilizar resultados trimestrais e anuais. Os dados divulgados serão ponderados tendo por
referência as estimativas da população residente calculada a partir dos resultados definitivos do
Recenseamento Geral da População e Habitação (Censo 2014).
A recolha de dados do IEA 2019 iniciará no mês de Abril de 2019, a informação será obtida
por recolha directa, mediante entrevista presencial assistida por computador (CAPI).
2 ENQUADRAMENTO
Em 1993, o Instituto Nacional de Estatística (INE) realizou pela primeira vez o Inquérito
sobre o Emprego e Desemprego, que limitou-se apenas à cidade de Luanda. Em 2009,
2010 e 2011 foram realizados os três primeiros inquéritos representativos a nível nacional
sobre o emprego em Angola, com cobertura nacional, abrangendo as 18 províncias do país
e cobrindo áreas urbanas e rurais. Estes três inquéritos sobre o emprego em Angola foram
totalmente financiados pelo Governo de Angola.
Em 2011, numa perspectiva de racionalizar os recursos disponíveis, o IEA 2011 incluiu
outros temas socioeconómicos tais como a estrutura da população, saúde, educação,
características da habitação, bens do agregado familiar e indicadores de pobreza, cujos
módulos compõem o inquérito designado por QUIBB (Questionário de Indicadores
Básicos de Bem-Estar). Não foi possível realizar o IEA 2012 e 2013, devido o engajamento
do INE na preparação e realização do censo piloto e do Recenseamento Geral da
População e Habitação realizado em 2012 e 2014 respectivamente.
Depois da realização do Censo 2014 e IIMS 2015-2016 (Inquérito de Indicadores Múltiplos
e de Saúde 2015 – 2016 ) no qual foi integrado uma secção sobre o emprego e a
consequente divulgação dos resultados sobre os principais indicadores sobre a força de
9
trabalho, e a realização da mais recente operação estatística IDREA 2018-2019, urge a
necessidade do INE realizar de forma contínua inquéritos específicos sobre o emprego, de
acordo com compromissos nacionais e recomendações internacionais.
3 PRINCIPAIS ACTIVIDADES
As principais actividades que conduzirão à realização do IEA 2019, estão divididas em seis
etapas, a saber:
1. Actividades Preparatórias;
2. Recrutamento Selecção e Formação do pessoal;
3. Recolha da Informação;
4. Processamento dos Dados;
5. Análise e avaliação dos Resultados;
6. Divulgação dos Resultados.
3.1 Actividades de Preparação
Tendo em conta à dimensão e complexidade de uma operação de campo, a preparação
técnica como administrativa são fundamentais para o sucesso do trabalho de campo e o
envolvimento das diferentes entidades administrativas bem como dos cidadãos para que
compreendam a necessidade e importância destas operações estatísticas é condição
essencial para criar um clima de colaboração indispensável à realização do IEA 2019.
Assim, foi preparado um Cronograma detalhado de actividades. A fase preparatória inclui:
Desenho da amostra;
Avaliação das necessidades de dados sobre o mercado de trabalho;
Principais indicadores e plano de tabulação;
Preparação de instrumentos de recolha de dados, questionário e manuais;
Informatização do questionário;
Produção dos mapas.
Teste ao questionário - CAPI;
Recrutamento e formação de pessoal de campo;
Garantir a publicidade do inquérito;
Garantir a aquisição de equipamentos e consumíveis.
Tendo em atenção a experiência técnica e institucional obtida na realização dos inquéritos
ao emprego 2009 à 2011, IIMS 2015-2016 e IDREA 2018-2019, não será realizado o Teste
Piloto. Prevê-se manter os agentes de campo do IDREA 2018-2019, uma vez que este
inquérito contém a maioria das questões da secção sobre emprego do IDREA.
10
3.2 Principais Intervenientes no IEA 2019
Coordenador Geral do Projecto - dirigir e controlar as actividades de planeamento,
preparação e execução dos processos para a realização do Projecto. Orientar e
supervisionar o plano de actividade da coordenação e supervisão técnica.
Coordenador Técnico – responsável pela condução técnica e administrativa do inquérito em
todas as suas etapas e faz a avaliação, controle e supervisão do desenvolvimento do mesmo.
a) Trabalhar em consonância permanente com o coordenador técnico, em relação ao
material técnico que terá tratamento pedagógico;
b) Elaborar todo material a ser utilizado na recolha dos dados e na acção de formação
dos agentes de acampo;
c) Definir metodologias de capacitação e de avaliação;
d) Desenvolver material didáctico a ser usado no IEA;
e) Determinar os critérios de selecção dos formadores e dos candidatos a inquiridores,
supervisores de campo e supervisores provinciais;
f) Supervisionar o trabalho de campo;
g) Avaliar a qualidade dos dados recolhidos.
Supervisor Provincial - responsável pelo trabalho de campo a nivel da provincia.
Supervisor de Campo- responsável directo dos agentes de campo (controlar e avaliar o
trabalho dos inquiridores).
Inquiridor - responsável pela recolha da informação mediante o preenchimento dos
questionários pelo método de entrevista directa via CAPI.
Cartógrafo – responsável pelo apoio na localização das áreas seleccionadas a nível
provincial.
Motorista - responsável pelo cuidado, condução e manutenção da viatura que o projecto
está a disponibilizar-lhe para o desenvolvimento de suas tarefas.
Figura 1- Estrutura funcional da recolha de dados
Coordenação Geral
DG do INE
DGA da Área Socio-Demográfica
(Director Geral do INE)
Coordenação Provincial
Responsável do SPINE
Equipas de campo
1 Supervisor provincial + 1 supervisor de campo + 3
inquiridores + 1 cartógrafo + 1 motorista
Coordenação Técnica
Chefe do DEDS
Domínio de Estatísticas do Trabalho
(Director Geral do INE)
11
3.3 Mobilização e Sensibilização
A actividade de sensibilização e comunicação tem como principal objectivo, divulgar junto
de toda a sociedade nos distintos estratos sociais, sobre a realização do IEA 2019,
designadamente no que concerne aos seus objectivos e importância, bem como a
necessidade da participação de toda a população com vista a assegurar o seu envolvimento
e o sucesso da operação.
3.4 Testes
Dada a importância de se obter dados com a maior eficácia e eficiência da parte de quem
vai recolher, estabeleceu-se uma fase de teste dos instrumentos de recolha. Tendo em conta
a estrutura do questionário, serão seleccionadas aleatoriamente alguns funcionários do INE
- central para serem inquiridos e permitir obter informações sobre:
Tempo de duração média da entrevista;
Grau de dificuldade na interpretação das questões (da parte de quem conduz a
entrevista como de quem responde);
Nível de consistência entre perguntas/respostas, inerentes ao próprio questionário.
3.4.1 Método de Recolha
A recolha de dados será feita através do CAPI (Entrevista Assistida pelo Computador).
Este trabalho será executado pelos Inquiridores, ou seja, indivíduos especialmente
recrutados e formados para o efeito dentro de cada província.
Cada equipa de campo será composta por 7 indivíduos (1 supervisor provincial, 1
supervisor de campo, 3 inquiridores, 1 motorista e 1 cartógrafo) que terão a
responsabilidade de cobrir todos os agregados seleccionados segundo a amostra.
3.4.2 Questionário e recolha de dados
O questionário é composto por 10 secções referentes a diversas informações sobre os
membros do agregado familiar, a saber:
Secção 01: Identificação dos membros do agregado familiar;
Secção 02: Caracterização dos indivíduos;
Secção 03: Educação e Formação profissional;
Secção 04: Condição perante o emprego;
Secção 05: Caracterização do emprego principal;
Secção 06: Caracterização do emprego secundário;
Secção 07: Horas adicionais;
Secção 08: Não empregados;
Secção 09: Corrupção ou suborno;
Secção 10: Segurança pública
12
Na elaboração dos questionários deve-se ter em conta as necessidades de informação pela
sociedade bem como a duração da entrevista, em termos de carga sobre o respondente.
3.5 Recolha da informação
A recolha da informação é uma das fases mais importante do inquérito, é o momento em
que os inquiridores realizam as entrevistas directas através do CAPI aos membros dos
Agregados Familiares seleccionados no inquérito segundo a amostra.
Nesta fase é importante respeitar escrupulosamente as áreas seleccionadas e entrevistar
apenas os agregados seleccionados. Para garantir a qualidade da informação a recolher é
necessário obedecer o seguinte:
Realizar o inquérito nas áreas seleccionadas na amostra;
Entrevistar apenas agregados familiares seleccionados;
Conduzir a entrevista de forma correcta;
Assinalar no CAPI somente os dados reportados pelo entrevistado;
Garantir que toda informação recolhida no CAPI chegue ao centro de processamento de dados do INE – Central.
3.6 Organização da Operação de Campo
A recolha de dados será de Abril à Dezembro de 2019, cobrindo os 3 trimestres do ano de
2019, tendo em conta que o IDREA 2018-2019 recolheu informação sobre emprego para
referente ao primeiro trimestre do ano de 2019. A recolha será trimestral, distribuída por
cada mês. Em cada semana do às equipas trabalharão aproximadamente 5 dias (1 dia de
listagem e 4 de recolha). O supervisor de equipa tem a incumbência de revisar
menuciosamente as entrevistas feitas pelos inquiridores e enviar ao supervissor provincial
que após a sua validação o mesmo envia para o INE, este processo é feito semanalmente.
Os agregados familiares serão entrevistados numa única visita. Para os casos de agregados
que se encontrarem ausentes ou indisponíveis, durante o período de recolha serão
necessários no mínimo 3 tentativas.
O primeiro dia do trabalho de campo ficará reservado para a listagem de agregados
familiares, com base num mapa cartográfico fornecido pela DCIE-Domínio de
Cartografia.
A semelhança dos inquéritos anteriores, a listagem dos agregados familiares será da
responsabilidade dos inquiridores, que permitirá a equipa de campo ter
conhecimento das condições no terreno de modos a economizar tempo na
13
localização dos agregados a entrevistar. Assim sendo fará parte da equipa 1
cartógrafo que irá apoiar as equipas na localização dos conglomerados nas áreas
urbanas.
Serão constituídas 19 equipas de campo, 2 em Luanda e 1 em cada uma das
restantes 17 províncias.
A avaliação da qualidade dos dados é em primeira mão da responsabilidade dos
inquiridores, segunda do supervisor da equipa e finalmente do supervisor
provincial. Espera-se com esta última aumentar a qualidades dos dados em tempo
oportuno e em loco e reduzir o número de supervisões nacionais.
Quadro n.º 1 - Estrutura das equipas de campo por província Quadro xxx- Estrutura das equipas de campo por província
Supervisor Provincial
Supervisor de Campo
Cartógrafo Inquiridor Motorista Total
Angola 19 19 19 76 19 152
Cabinda 1 1 1 4 1 8
Zaire 1 1 1 4 1 8
Uíge 1 1 1 4 1 8
Luanda 2 2 2 8 2 16
C. Norte 1 1 1 4 1 8
C. Sul 1 1 1 4 1 8
Malanje 1 1 1 4 1 8
L. Norte 1 1 1 4 1 8
Benguela 1 1 1 4 1 8
Huambo 1 1 1 4 1 8
Bié 1 1 1 4 1 8
Moxico 1 1 1 4 1 8 C. Cubango
1 1 1 4 1 8
Namibe 1 1 1 4 1 8
Huíla 1 1 1 4 1 8
Cunene 1 1 1 4 1 8
L. Sul 1 1 1 4 1 8
Bengo 1 1 1 4 1 8
5.6.5. Selecção e Recrutamento dos Agentes de Campo
O IEA 2019 requer o recrutamento de pessoal qualificado para assegurar uma boa
qualidade dos dados recolhidos. A principal fonte de recursos humanos para o IEA 2019
serão os agentes de campo do IDREA 2018-2019, preferencialmente aqueles que
14
participaram igualmente no IIMS 2015-2016 e que tenham prestado serviços de qualidade
em termos técnicos e comportamentais.
A solicitação de candidaturas deve ser amplamente divulgado entre os dias 15 á 25 de
Janeiro de 2019, nos SPINEs e portal do INE.
Agentes de Campo:
- Ser Angolano(a); - Ter no concluído o ensino médio ou equivalente (supervisor provincial deve ter
frequência/conclusão do superior superior); - Ter idade mínima de 20 anos; - Possuir conhecimento em informática na óptica do utilizador - Ter robustez física para o desempenho das funções; - Disponibilidade a tempo inteiro para participar nas formações e recolha de dados,
incluindo o final de semana e feriados; - Conhecer bem a zona geográfica para a qual se candidata; - Conhecer minimamente a língua local; - Ter participado em operações estatísticas do INE (é uma vantagem);
Selecção dos Candidatos à Agentes de Campo
A avaliação e selecção dos candidatos serão organizadas em 3 estágios:
1) Análise e selecção dos candidatos: Todos os currículos vitae (CVs) recebidos,
tendo em atenção o perfil para cada um dos postos de trabalho será feita no
período entre 26 de Janeiro a 08 Fevereiro de 2019.
2) Entrevistas directas ou por telefone e selecção dos participantes ao curso de
capacitação: o segundo estágio consiste na condução de entrevistas directas ou
por telefone aos candidatos a serem seleccionados pelos SPINEs.
3.6.1 Formação do Pessoal
Tendo em consideração o grau de complexidade associado ao presente inquérito, adoptou-
se uma estratégia que permitisse uma transmissão directa do conteúdo programático do
curso à todos os candidatos a agentes de campo por via de uma única formação, ou seja
agrupando todo o pessoal a formar no único espaço com condições de alojamento e
alimentação adequadas e necessária a realização do curso, a semelhança da realização do
IBEP 2008, IIMS 2015-2016 e IDREA 2018-2019. A formação está prevista para o mês de
Março na província de Luanda.
Com vista à concepção de um curso de capacitação robusto que permite uma abordagem
interactiva entre formadores e formandos, aliando a administração de conteúdos teóricos a
15
experimentação prática, um programa detalhado para o curso foi preparado. O programa
prevê a administração do conteúdo do curso em cerca de 15 dias, estruturado em 2
componentes:
a) Componente teórica: consistirá em exposições audiovisuais em power
point sobre regras e procedimentos a considerar na captação dos dados e
no preenchimento dos questionários em Tablet, facilitando a sua
visualização e facilitando a interacção entre formadores e formandos. Estas
exposições são, geralmente, feitas por 2-3 formadores que asseguram a
dinâmica participativa de grupo, recorrendo aos meios, exemplos
quotidianos e garantem a intervenção entre os participantes durante as
sessões de perguntas e respostas.
b) Componente prática: será feita no campo com a recolha efectiva de dados
em agregados familiares.
O programa do curso prevê um sistema de avaliação num total de 3 testes. Todos os testes
serão escrito e prático. Um sistema de cotação de 0 a 20 valores, onde 0 corresponde à
cotação mínima e 20 à cotação máxima, será adoptado nestes testes de avaliação o valor
mínimo de aproveitamento aceitável fixado em 12 valores (60% da cotação máxima).
6. ASPECTOS METODOLÓGICOS
6.1 Unidade de Observação
A amostra abrange apenas a população residente em agregados familiares, sendo excluídos os
agregados familiares e respectivos membros residentes em residências colectivas, tais como hotéis,
hospitais, quartéis militares, residências de estudantes, etc., e os sem-abrigo.
Por se tratar de um inquérito ao emprego, a unidade estatística essencial é o indivíduo residente
no território nacional com 15 ou mais anos de idade.
6.2 Período de Referência
As características observadas no inquérito referem-se essencialmente à situação no decorrer da semana anterior a recolha, denominada semana de referência (de Segunda a Domingo).
As semanas de referência são repartidas uniformemente pelo trimestre e ano. As entrevistas realizam-se normalmente na semana imediatamente seguinte à semana de referência.
16
6.3 Periodicidade
O IEA 2019 é um inquérito realizado trimestralmente que fornece resultados trimestrais e anuais.
6.1 Amostra
A amostra do Inquérito ao Emprego é seleccionada a partir de uma base de amostragem,
constituída por um ficheiro de habitações familiares, denominada “Amostra-Mãe”, que foi
construída a partir dos dados do RPGH 2004.
A amostra para este inquérito será probabilística e deverá disponibilizar dados a nível
nacional, por área de residência e por província. Serão seleccionados um total de
aproximadamente 12.458 agregados familiares.
7. PROCESSAMENTO DOS DADOS
A recolha de dados será através de Tablet. A digitação dos dados em campo permite que os
erros sejam detectados e corrigidos na presença dos entrevistados. É recomendada a
produção regular de back-ups da informação processada no campo, por um lado e por outro
a criação de um sistema que facilita a transmissão de forma regular, dos dados processados
para o INE. O envio da informação do campo para os serviços centrais do INE deverá ser
feito diariamente através da conexão do modem (Internet) no computador.
O processamento de dados envolverá a verificação dos questionários, crítica (revisão e
codificação), edição e análise de inconsistências. Este trabalho envolverá a equipa
responsável pelo processamento.
Para a entrada de dados está previsto o uso do software interactivo CSPro. Este programa
permite verificar interactivamente os intervalos das variáveis, detectar inconsistências e
controlar o fluxo interno dos dados durante a digitação dos questionários.
Para o envio da informação do campo para os serviços centrais (INE) poderá ser feito
diariamente através da conexão do modem (Internet) no computador do supervisor.
17
8. ANÁLISE DOS DADOS E DISSEMINAÇÃO DOS RESULTADOS
8.1 Plano de Tabulação
Será elaborado um documento com o desenho dos quadros de resultados, desagregado
para as principais variáveis de cruzamento a níveis nacional, provincial e urbano/rural.
O plano de tabulação são resultados directos ou indirectos das questões que constam do
questionário tendo em conta atender as necessidades de informação sobre emprego dos
utilizadores. Os quadros estatísticos serão executados com a partir do software estatístico
SPSS.
8.2 Publicação e Disseminação dos Resultados
Esta actividade diz respeito à preparação, edição e disseminação dos resultados do
inquérito a nível nacional. Será divulgada uma Folha de Informação Rápida (FIR)
trimestralmente e um Relatório Anual.
9. ORÇAMENTO
Este projecto conta com o apoio financeiro do Banco Mundial, através do Projecto
Estatístico Nº P157671. As principais rubricas para o orçamento do projecto encontram-se
no documento abaixo:
Quadro n.º 2 - Orçamento do IEA 2019
Actividades Valor
Apoio a Coordenação Técnica $1 800
Formação $418 300
Trabalho de Campo $351 580
Impressão $14 565
Mobilização Social $19 500
Assistência Técnica $28 400
Subtotal Sem Imprevistos $902 995
Custos de imprevistos $45 150
Total com Imprevistos $948 145
18
10. CRONOGRAMA DE ACTIVIDADES
Um elemento indispensável para a planificação do Inquérito é o Cronograma de
Actividades que indica a sequência e duração estimada de cada uma das etapas de
operações bem como as actividades principais do programa.
Cronograma de actividades - IEA 2019
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
1 Actividades Preparatórias
Elaboração do Plano Global, Questionário e Manual de Instrução
Desenho da mostra
Elaboração do Plano de tabulação
Preparação Logística/Administrativa
2 Formação do pessoal
Recrutamento e selecção do pessoal
Formação geral
Recolha de Dados
3 Processamento de dados
Revisão do Aplicativo
Processamento de dados
Limpeza dos dados
Apuramentos dos Resultados
4 Publicação dos Resultados
Apresentação da Folha de Informação Rápida (FIR)
Preparação dos Resultados Gerais
2018
Dez Set OutSetJan
2019AgoTAREFAS Mar Abr Mai DezNovNovJun JulFev
2020
Jan
19
12. PINCIPAIS VARIÁVEIS A SEREM OBSERVADAS
O IEA 2019 irá produzir estatísticas nacionais do emprego, comparáveis
internacionalmente. Abaixo destacam-se as principais variáveis a serem observadas na:
i. Características básicas dos membros do agregado familiar:
a. Sexo
b. Idade
c. Relação de parentesco
d. Migração
e. Estado civil
ii. Educação:
a. Frequência escolar
b. Nível de escolaridade
iii. Prática Desportiva
iv. Segurança Pública
v. Corrrupção
vi. Emprego
a. Situação perante o emprego
b. Procura de emprego
c. Tempo de procura de emprego
d. Disponibilidade para trabalhar
e. Condição no emprego
f. Actividade económica
g. Ocupação
h. Receitas monetárias do trabalho por conta de outrem
vii. Uso de tempo
20
11. PRINCIPAIS CONCEITOS
Neste capítulo apresentam-se os conceitos chaves, indispensáveis.
Os conceitos utilizados para a análise e interpretação dos resultados, resultam das recomendações da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e permitem quantificar os indicadores de emprego de forma harmonizada quanto possível entre os vários países que aderiram às recomendações da OIT.
De acordo com estes conceitos, a população de um país, no período de referência, pode ser dividida em três distintas condições perante o trabalho: i) população empregada; ii) população desempregada; iii) população inactiva.
População residente: pessoa que reside no agregado familiar (à mais de 6 meses), quer esteja presente ou não no momento da entrevista, incluindo as que residem no agregado familiar há menos de 6 meses e que têm a intenção de ficar durante os próximos seis meses.
População economicamente activa: empregados e desempregados com 15 ou mais anos de
idade.
População empregada: pessoa com idade mínima de 15 anos que, no período de referência, se
encontrava numa das seguintes situações:
Tinha efectuado um trabalho de pelo menos uma hora, mediante o pagamento de uma
remuneração ou com vista a um benefício ou ganho familiar em dinheiro ou em géneros;
Tinha uma ligação formal a um emprego, mas não estava ao serviço;
Tinha uma empresa, mas não estava temporariamente a trabalhar por uma razão específica; estava
em situação de pré-reforma, mas a trabalhar.
População economicamente activa: pessoa com 15 ou mais anos que, no período de referência,
constituía a mão-de-obra disponível para a produção de bens e serviços que entram no circuito
económico (estava empregado ou desempregado).
Desempregado: pessoa com idade dos 15 ou mais anos que, no período de referência, se
encontrava simultaneamente nas seguintes situações:
Não tinha trabalho remunerado nem qualquer outro; tinha procurado activamente um
trabalho remunerado ou não ao longo de um período específico (no período de referência
ou nas três semanas anteriores);
Estava disponível para trabalhar num trabalho remunerado ou não. A procura activa traduz
as seguintes diligências:
a. Contacto com um centro de emprego público ou agências privadas de colocações;
b. Contacto com empregadores;
c. Contactos pessoais ou com associações sindicais;
d. Colocação, resposta ou análise de anúncios;
e. Procura de terrenos, imóveis ou equipamentos;
f. Realização de provas ou entrevistas para selecção;
g. Solicitação de licenças ou recursos financeiros para a criação de empresa própria.
21
A disponibilidade para aceitar um trabalho é fundamentada em: o desejo de trabalhar; a vontade de
ter um trabalho remunerado ou uma actividade por conta própria, no caso de poder obter os
recursos necessários; a possibilidade de começar a trabalhar num período específico (no período de
referência ou nas duas semanas seguintes). Nota: inclui-se ainda o indivíduo que, embora tendo um
trabalho, só ia começar a trabalhar numa data posterior à do período de referência (nos três meses
seguintes).
Desempregado à procura de novo emprego: indivíduo desempregado que já teve um emprego e
está a procura de emprego.
Desempregado à procura de primeiro emprego: indivíduo desempregado que nunca teve
emprego e está a procura de emprego pela primeira vez.
Desempregado de longa duração: indivíduo desempregado à procura de emprego há 12 ou mais
meses.
População inactiva: População que, independentemente da sua idade, no período de referência
não podia ser considerada economicamente activa, isto é, não estava empregada, nem
desempregada.
Taxa de actividade - taxa que permite definir a relação entre a população economicamente activa
e a população total em idade activa (com 15 ou mais anos).
T.A. (%) = (População economicamente activa / População total com 15 ou mais anos) x
100
Taxa de desemprego: taxa que permite definir a relação entre a população desempregada e a
população economicamente activa.
T.D. (%) = (População desempregada / População economicamente activa) x 100
Taxa de emprego: taxa que permite definir a relação entre a população empregada e a população
total em idade activa (com 15 ou mais anos).
T.E. (%) = (População empregada / População total com 15 ou mais anos) x 100
Taxa de inactividade - taxa que permite definir a relação entre a população inactiva (com 15 ou mais
anos) e a população total em idade activa (com 15 e mais anos).
T.I. (%) = (População inactiva com 15 ou mais anos / População total com 15 ou mais
anos) x 100
Trabalho: actividade económica que uma pessoa tenha exercido durante pelo menos 1 hora,
podendo este ter sido trabalho remunerado, trabalho não remunerado ou trabalho na produção
para consumo próprio.
Não trabalhou: pessoa que não desenvolveu nenhuma actividade económica, remunerada ou não, na semana de referência. É importante realçar que aqui não devem ser incluídas as pessoas que não trabalharam por motivos de doença, férias, licença ou outros motivos.
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Ocupação principal: ofício ou a modalidade de trabalho, remunerado ou não, que
corresponde a um determinado título ou designação profissional e que ocupa a maior parte do
tempo do indivíduo, no exercício da sua actividade económica.
13.PRINCIPAIS INDICADORES
O quadro abaixo apresenta os principais do IEA 2019mprego
Nº Caracterização do Agregado Familiar
1 Percentagem de agregados familiares chefiados por mulheres
2 Média de pessoas por agregado
Educação
3 Percentagem da população com 5-18 anos fora do sistema de ensino
4 Percentagem da população com 25 ou mais anos de idade com o ensino superior concluído
Emprego
5 Taxa de participação na força de trabalho da população com 15-64 anos
6 Taxa de emprego da população com 15-64 anos
7 Percentagem da população com 15-64 anos empregada no sector informal
8 Proporção do emprego informal no emprego não agrícola (ODS 8.3.1)
9 Percentagem de empregados estrangeiros
10 Salários médios mensais
11 Média de horas efectivamente trabalhadas por semana
12 Ganho médio por horas trabalhadas dos trabalhadores por conta de outrem (ODS 8.5.1)
13Taxa de frequência de acidentes de trabalho mortais e não mortais (ODS85.8.1)
14 Taxa de desemprego da população com 15-64 anos
15 Taxa de desemprego da população com 15-24 anos (ODS 8.5.2)
16 Percentagem de jovens de 15-24 anos não empregados que não frequentam à escola e não estão em treinamento (ODS 8.6.1)
17 Taxa de subemprego da população com 15-64 anos
18 Percentagem da população desempregada com 15-64 anos à procura de emprego há 12 ou mais meses
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Percentagem de trabalhadores por conta própria e trabalhadores familiar sem remuneração com 15-64 anos entre o total da população
empregada com 15-64 anos
20 Percentagem da população feminina com 15-64 anos com trabalho remunerado no sector não agrícola
21 Percentagem da população com 15-64 anos, empregada que beneficiou de subsídios sociais
22 Percentagem da população com 15-64 anos que trabalha usualmente mais de 48 horas por semana
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Percentagem de pessoas de 15 ou mais anos que tiveram pelo menos um contacto com um funcionário público e que pagaram suborno
ou nos últimos 12 meses. (ODS 16.5.1)
24Percentagem de pessoas de 15 ou mais anos com acesso adequado aos transportes públicos (ODS 11.2.1)
25Percentagem de pessoas de 15 ou mais anos com acesso adequado aos transportes públicos (ODS 11.2.1)
26Percentagem de tempo gasto em trabalho doméstico e em prestação de serviços não pagos (ODS 5.4.1)
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Nº Caracterização do Agregado Familiar
1 Percentagem de agregados familiares chefiados por mulheres
2 Média de pessoas por agregado
Educação
3 Percetagem da população com 15-18 anos a frequentar o II ciclo do ensino secundário
4 Percetagem da população com 24 ou mais anos de idade com o ensino superior concluído
Emprego
5 Taxa de participação na força de trabalho da população com 15-64 anos
6 Taxa de emprego da população com 15-64 anos
7 Taxa de desemprego da população com 15-64 anos
8 Taxa de desemprego da população com 15-24 anos (ODS 8.5.2)
9 Percentagem de jovens de 15-24 anos não empregados que não frequentam à escola e não estão em treinamento (ODS 8.6.1)
10 Taxa de subemprego da população com 15-64 anos
11 Percentagem da população desempregada com 15-64 anos à procura de emprego há 12 ou mais meses
12
Percentagem de trabalhadores por conta própria e trabalhadores familiar sem remuneração com 15-64 anos entre o total da população
empregada com 15-64 anos
13 Percentagem da população feminina com 15-64 anos com trabalho remunerado no sector não agrícola
14 Percentagem da população com 15-64 anos, empregada que beneficiou de subsídios sociais
15 Média de horas efectivamente trabalhadas por semana
16 Percentagem da população com 15-64 anos que trabalha usualmente mais de 48 horas por semana
17 Percentagem da população com 15-64 anos empregada no sector informal
18 Percentagem de trabalhador migrante
19 Salários médios mensais
20 Ganho médio por horas trabalhadas dos trabalhadores por conta de outrem (ODS 8.5.1)
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14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Inquéritos ao emprego 2009, 2010 e 2011;
Inquérito sobre Despesas, Receitas e Emprego em Angola;
Manual da OIT sobre estatísticas de Emprego;
Classificação Internacional Normalizada da Educação.
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