Upload
others
View
3
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
2009 PIRACICABA / SP
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL PARTICIPATIVO
DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ”
Foto aérea do Campus “Luiz de Queiroz”, 2005
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 2
EQUIPE
COORDENAÇÃO GERAL
Prof. Dr. Miguel Cooper
SECRETARIA EXECUTIVA
Ana Maria de Meira
Carla Gheler Costa
Gislaine Cipriano
Joyce Brandão
Paulo Georges Zein Lattari
Pedro Gandolfo Soares
Ricardo Rettmann
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 3
GRUPOS DE TRABALHO (GT) DO NÚCLEO GESTOR
GT USO DO SOLO
Coordenação
Prof. Dr. Miguel Cooper – LSO/ESALQ/USP
Prof. Dr. Ricardo Ribeiro Rodrigues – LCB/ESALQ/USP
Membros
GADE – Grupo de Adequação Ambiental do Campus “Luiz de Queiroz”
GAPE – Grupo de Apóio à Pesquisa e Extensão
GFMO – Grupo Florestal Monte Olimpo
ESALQ Jr. Florestal
SAF – Grupo Sistema Agro-florestais
DVINFRA – Divisão de Infra-Estrutura do Campus “Luiz de Queiroz”
PET Ecologia – Programa de Educação Tutorial Ecologia
GEP e Plantarte – Grupo de Estudo em Paisagismo
CPZ – Clube de Prática Zootécnicas
GEA – Grupo de Experimentação Agrícola
GT RESÍDUOS
Coordenação
Ana Maria de Meira – Programa USP-Recicla
Alba Valéria Masetto - LEA/LCF/CRQ/ ESALQ/USP
Membros
Elza Martins Ferraz- LARGEA/ LCF/CRQ/ ESALQ/USP
Maria Angélica Rodini da Silva - UBAS
Vanessa Cristina Frare – LEF/ESALQ/USP
Prof. José Otávio Machado Menten - LEF/ESALQ/USP
Arthur Roberto Silva – CRQ/ESALQ/USP
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 4
Débora Cardoso - CRQ/ESALQ/USP
Prof. Miguel Cooper - CRQ/ESALQ/USP
Cristiano Pastor - Programa USP Recicla
Thais Felippe de Melo - Programa USP Recicla
Kelly Maria Schmidt - Programa USP Recicla
Álvaro Coimbra Simões – DVINFRA/CCLQ/USP
Profa. Márcia Azanha Ferraz Dias de Moraes – LES/ESALQ/USP
Marcelo Bacchi - ESALQ Jr. Economia
Luiz Daniel Alberti - ESALQ Jr. Economia
Juliana Graciela Giovannini - LTR-CENA/USP
Ramom Weinz Morato - CEPARA
Wilson Rodrigues Fernandes – CEPARA
GT PERCEPÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Coordenação
Profª. Drª. Carmem Lúcia Rodrigues – LCF/ESALQ/USP
Solange do Couto Souza – DVATCOM/CCLQ/USP
Membros
Ana Maria de Meira – Programa USP Recicla
Clarissa Riccio de Carvalho – Bacias Irmãs
Gislaine Cipriano – CIAGRI/USP
Joyce Brandão - Bacias Irmãs
Júlio César Marson – Bolsa Trabalho - COSEAS
Luiza de Moraes Lima – PET Ecologia
Sara Ribeiro Mortara - PET Ecologia
Sonia Maria Mendes Fiore – DVATCOM/CCLQ/USP
Colaboradores:
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 5
Alcione Vaz Cícero (USP Recicla), Aline Fernandes de Paula (USP Recicla),
Ana Shirley Barradas Elena (DVATCOM/CCLQ), Andrés Enrique Lai Reys
(CIAGRI/USP), Bianca Rocco (OCA/LCF), Bruna Crespi (OCA/LCF), Bruna
Dutra Puppo, Camila Dinat, Christina Rettondini (OCA/LCF), Daiane de
Cássia S. Pequeno (DVATCOM/CCLQ), Daline Vinhal Pereira, Daniely Crespi
(PET Ecologia), Drielle Furlan Piton (DVATCOM/CCLQ), Isabela Cristina
C.Gomes Pires (DVATCOM/CCLQ), Julia Faro (PET Ecologia), Lara Gabriele
Garcia (OCA/LCF), Marcela Cravo Rios (PET Ecologia), Marcelo Feitosa,
Márcia Cristina Martilho (USP Recicla), Marcilio Bueno Junior (USP Recicla),
Maria Lídia Romero (Centro Ecológico – FEALQ), Mariah Izar Francisquini
(OCA/LCF), Mário Sakarguti Junior (PET Ecologia), Nadir Helena Voltareli
(USP Recicla), Natalia Shimidzu Rosa, Patrícia Wrler (PET Ecologia), Renato
Morgado (PET Ecologia), Rogéria Cancilieri (CCIN/DVATCOM/CCLQ),
Sharon Tosh Schievano Lima (OCA/LCF), Thiago H. K. Uehara (PET
Ecologia), Jefferson Lordello Polizel (CMQ/LCF).
GT EMISSÃO DE CARBONO
Coordenação
Daniela Bacchi Bartholomeu – CEPEA/LES/ESALQ/USP
Prof.ª Silvia Helena Galvão de Miranda – CEPEA/LES/ESALQ/USP
Membros
Thais Megid Pinto – CEPEA/LES/ESALQ/USP
Pedro Gandolfo Soares - CEPEA/LES/ESALQ/USP
Luiza Montoya Raniero - CEPEA/LES/ESALQ/USP
Colaboradores
Gustavo Andrade Reginato (CEPEA), Marcelo Bacchi Bartholomeu (CEPEA)
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 6
GT FAUNA
Coordenação
Prof. Dr. Luciano Martins Verdade - LZT/ESALQ/USP
Dra. Carla Gheler Costa – LZT/ESALQ/USP
Membro
Silvia Lourenço– LZT/ESALQ/ USP
GT ÁGUAS
Coordenação
Prof. Dr. Marcos Vinícius Folegatti – LER/ESALQ/USP
Prof. Dr. Plínio Barbosa de Camargo – LEI/CENA/USP
Membros
Amanda Rodrigues de Moraes – UNIMEP
Camila Bonassio – ESALQ/USP
Cibelle Ferreira Placa - ESALQ/ USP
Cláudia Moster Barros - ESALQ/ USP
Glauco A. Tavares – CENA/USP
Jair Sebastião da Silva Pinto – LCS/CCLQ/USP
Karina Bechtloff Cipriano – ESALQ/ USP
Luiz Antonio Silva Junior – LCS/CCLQ/USP
Rafael Meirelles Coelho Rocha - ESALQ/ USP
Ricardo Rettmann – GEPURA/CENA/ESALQ/ USP
Colaboradores
Grupo de Estudos e Práticas para o Uso Racional da Água
(GEPURA/CENA/ESALQ/USP), Ana Paula Capello Rezende
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 7
(ESALQ/USP), Eng. Antonio Eduardo de A. Rezende (CCLQ/USP), Eng.
José Carlos Ferreira (DVINFRA/CCLQ/USP), Prof. Dr. Luiz Carlos
Estraviz Rodrigues (LCF/ESALQ/USP), Luiza de Moraes Lima
(ESALQ/USP), Prof. Dr. Marcos Milan (LER/ESALQ/USP), Engª. Maria
José Brito Zakia, Profª. Dra. Marli Fiori (CENA/USP), Julio Marson
(ESALQ / USP), Prof. Dr. Walter de Paula Lima (LCF/ESALQ/USP)
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 8
PARTICIPANTES
Esta lista contém o nome das pessoas que de alguma forma
contribuíram para construção do plano diretor. Os nomes foram retirados
de atas e lista de presença das diversas atividades deste plano realizadas nos
últimos anos. Algumas pessoas podem não estar relacionadas abaixo, mas
contribuíram do mesmo modo e também fizeram parte desse processo.
Professores Luiz Antônio Martinelli, Flávio Gandara, Lindolfo Capelari, Luiz Carlos
Estraviz Rodrigues, José Baldin Pinheiro, Giancarlo C. X. Oliveira, Elke J. B. N.
Cardoso, Luis Fernando, Ricardo Ribeiro Rodrigues, José Otavio Menten,
Walter De Paula Lima, Plínio Barbosa de Camargo, Luiz Geraldo Mialhe, José
A. Bendassoli, Luciano Verdade, Demóstenes Ferreira Da Silva, Odaléia
Telles M. Machado Queiroz, Virgilio Franco Do Nascimento Filho, Tsai Siu
Mui, Marisa De Cássia Piccolo, Brigitte Josefine Feigl, Regina Teresa Rosim
Monteiro, Luciano Martins Verdade, Gabriel Adrian Sarries, José Roberto
Postali Parra, Sergius Gandolfi, Fernando Seixas, José Djair Vendramim,
Ademir De Lucas, Renata Evangelista Oliveira, Marcos Vinícius Folegatti, José
Otávio Brito, Wilson Mattos, Ricardo Victoria Filho, Evaristo Marzabal Neves,
Marília Oetterer, Gerd Sparovek, Silvia Helena Galvão de Miranda, Laura
Alves Martirani, Paulo Eduardo Moruzzi Marques, Pablo Vidal Torrado, José
Fernando Machado Menten, Flávio Gandara, Carmem Lúcia Rodriguez.
Funcionários Alba Valeria Masetto, Luiz Antônio Silva Júnior, Jair Sebastião Silva Pinto,
Marcelo F. M. Precoppe, Sonia M. M. Fiore, Solange C. C. Souza, Álvaro C.
Simões, Daniel M. Dias, Juliana Giovannini, Magda Bartolamei, Glauco A.
Tavares, José A. Bendassoli, Melina G. S. Turini, Maria L. M. S. Campo, Sueli P.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 9
Nunes, Luiz Antônio Silva Júnior, Silvia A. Lourenço, Rogéria Concilieri, Luiz
Carlos Rodrigues, Sílvio D. D. Bocheta, Paulo Soares, Gioavana P. Borni,
Virgínia Vera De Paiva, Carlos Alberto Veríssimo, Maria Luiza, Magda
Bartolomeu, João O. Salvador, Francisco C. Montiazi, Wlamir Aguiar Godoy,
Gregoni Da E. Ferrão, Sandra Nicotte, Dagmar G, Marchesoni, Lílian Assêncio
De Campos, Vagner Piccinini, Fábio R. Duarte, Clarice Patrícia, Rosângela A.
Rocha, Eduardo De Almeida, Márcio A. Bacchi, Silvana P. Maziero, Maria
Fernanda Meucei, Cinizo Costa Júnior, Sheila R. W. Perdigão, Aparecida De
Fátima Patrize, Valdemir A. F. Branco, Douglas W. Perdigão, Salete Aparecida
Gaziola, Luciana F. De Lima, Sonia Maria Mendes Fiore Ganassim, Elza
Martins Ferraz, Luiz Silva.
Alunos Graduação Carolle Utrera Alarcon, Thiago Augusto De Moura, Liege Vergili Correia,
Cristiano P. Gomes, Luiz De Moraes Lima, Joyce Brandão, Clarissa Carvalho,
Renato Farac Galata, Renato Meulmam, André Vianna, Daniela Da Silva
Pereira, Taciana K. Uehara, Christian R. Oliveira, Roberta Andrade, Pedro
Gandolfo Soares, Thais Megid Pinto, Luciana A. M. Pereira, Mariana C.
Grimaldi, Mariana Guyot, Patrícia Wiler, Júlia Macson, Débora Cardoso,
Sharon T. Lima, Eliane S. M. Yamada, Sara R. Mortara, Thiago M. Greco,
Roberta T. Bruscagim, Tiago Mastrangelo, Gabriel M. Mascarim, Wi Hilbers,
Matheus Couto, João Chiles, Tania Cintra, Juliana Dias, Bruno Gherardi, Luiz
E. O. Faria, Barbara Fernandes, Joana Amaral, Gabriel R. Nascimento, Lucia C.
Minari, Bruno Casagranda Neves, Elton Aparecido de Soza, Eric Marotta
Brosler, Carolina Franco Esteves, Reinaldo R. C. Jr., Maria F. Nobre, Elza Fey,
Bruno R. C. Borges, Ligia Azevedo, Paola E. Camargo, Lídia Maria Ferreira,
Eduardo Rosalino, Eduardo Godoy, José Fonseca, Marileide Gomes, Faude
Simão, Ana Beatriz Santili, Bianca Cariccholi, Arthur Vrechi, Lucas Coury
Silveira, Gustavo José Ferreira de Almeida, André Brunckhorst,Júlia G. Briso,
Evelim F. Santos, Leandro R. Castelho, Daniel Sorto Rocha, Rodrigo F.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 10
Resendi, Simone Matoyoshi, Susana Lin, Victor A. Forte, Silvio C. C. Júnior,
Cristiane Alves, Luciana O. Silva, Samuel T. Guazzola, Gabriela Maria Gerdink,
Elisangela B. Oliveira, Rubio H. V. Flora, Raul S. J., Valeria Freixedas, Marco A.
L. Gacia, Gustavo A. Reginato, Tiago A. Moura, Fernanda Cicarione, Danilelle
S. De Almeida, Emanuel C. Sobrinho, Felipe V. M. Romeiro, Ricardo S.
Madiola, Ana Paulo P. Ribeiro, Israel L. F. Klug, Osmar T. K., Fernando
Ibanhes, Ana C. Dias, Aline Takahashi, Gabriel R. Silva, Graziela Rosa S.
Cabrera, Emerson C. Dos Santos, Karine Faleiros, Camila De Melo Mocho,
Sabrina Bakku, Cristina Yuri Vidal, Maria Fernanda Arraes, Maria Luíza B.
Palmieri, Mariana Ferraz Duarte, Rafael M. C. Rocha, Maria Lídia Romero
Meira, Nelson Gabriel Domingues, Isabela Cristina Gomes Pires, Marcia
Cristina Martilho, Thais Felippe De Melo, Paula Bernasconi, André R. Biazoti,
Luiz Alberto B. Alberti, Cibelle F. Plaça, Pablo Carreira, Ana Paula A. Cutolo,
Beatriz Stuart Secaf, Domenico Machado, Thiago A. Moura, Gustavo G.
Reginato, André Ketzer, Antônio Cláudio Sturion Jr, Geraldo De Arruda
Júnior, Bruno F. Souza, Leonardo Anchieta, Antônio Cláudio Sturion Jr., Ana
Carolina A. Moretti, Rafael M. Coelho, Rodrigo De Campos Coelho Rocha,
Nara F. A. Giocondo, Jussara Vicensotti, Leonardo S. Junior, Ana Paulo
Capello Rezende, Andrea Volpe Filik, Márcio Ivan R. Coluchi, João Vitor Faria,
Rodrigo De Campos Gullo, Talita Ribeiro Montebelo, Marina Cromberg,
Gabriel R. Nascimento, Camila P. Bonassio, Aline F. De Paula, Carla Bueno
Chanin, Rafael Sanches Navarro, Mário M. S. Júnior, Caio C. Grisoto, Terena
Peres De Castro, Glauber De Oliveira, Gabriela Palma Ucella, Paulo M. D.
Gama, Vitor Afonso Tinzo, Pámela Monimoto, Rodrigo C. Denizote, José H. A.
Júnior, Marcela Cravos Rios, Kátia M. S. Cezarini, Carolina R. De Albuquerque,
Helena Gonçalves, Lucas Alvim, Mariana C. Grimaldi, Pablo T. Candiru,
Carolina F. Nalon, Aline Carvalho, Gustavo S. Almeida, Tiago A. Moura Eric R.
Mattos, Luiz F. M. Serrano, Érika Ferreira, Daniela O. Marinheiro, Lucas
Milani Rodrigues, Betânia Vilas Boas, Joyce Guerrino, Daniela Ianovali,
Desirei F. J. Lopes, Critiane Mazzetti, Flávio Luiz M. De Freitas, Marcelo M.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 11
Moretti, Patrícia Wyler, Nelson Poli T. Filho, Thiago P. De Cietino, Elisângela
B. Oliveira, Adriano Jancksur Guazeli.
Alunos Pós Graduação Cláudia Moster, Júlio C. Manson, Roselane B. De Matos, Daniela Bacchi
Bartholomeu, Luciana Jacob, Rogério Quinhones, Rogério H. Sakali, Camila
Preta Yasbek, Caroline Molina, Maurício Magosa, Alberto Barreto, Milton
Krieger, Daniela De Paula Souza, Fábio Comin, Raul S. Loma, Sílvia Lourenço,
Clarissa R. Carvalho, Júlia C. Cortês, Sabrina T. Bakker, Thaís Megid Pinto,
Eduardo Mello, Márcio Pais De Arruda, Horst Bremer Neto, Graziela Scarso
Otros, Claúdia Moster Barros.
Comunidade Cristiane Cristina Souza, Walter Luiz Lemos, Ana Carolina Da Costa, Camila S.
S. Silva, Patrícia M. Souza, Pamela Silva, Patrícia Beltrame, Patrícia Costa
Santos, Lucimara Dias, Sabrina F. A. Moraes, Luana Silva, Thalita A. L.
Fernandes, Aline Fernanda S. Vieira, Manuelly B. S. Rufino, Diogo S.
Gonçalves, Ramon G. Garcia, Sérgio Luiz Sanches, Eduardo P. Silva, Rafaela
Severino, Aline Cristina S. Silva, André H. Souza, Karina N. Oliveira, Lucas M.
Santos, Analice S. Santos, Maiara A. Silveira, Wellington F. P. Camargo, Karina
S. Silva, Jacson S. Da Silva, Douglas S. Leopoldo, Jefersson A. Galvão, Adriana
Feozin, Rodolfo Antônio De Figueiredo, Elisabeth Da Silveira Nunes, Ayri
Saraiva Rando, Antônio Ferreira, e Daniel Barros.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 12
APRESENTAÇÃO
É com imensa satisfação que comunico a conclusão dos trabalhos de
construção do Plano Diretor Socioambiental Participativo do Campus “Luiz
de Queiroz”. A partir deste momento este documento será entregue às
autoridades do campus para sua efetiva implementação. O Plano Diretor
Socioambiental nasceu da iniciativa de um grupo de professores,
funcionários e estudantes no ano de 2004 que formaram a União dos Grupos
Ambientais do campus “Luiz de Queiroz”. A motivação desse grupo era unir
os diferentes grupos de pesquisa e extensão que trabalhavam com questões
socioambientais para discutir a problemática socioambiental do campus. A
assinatura do Termo de Ajustamento de Condutas referente ao Inquérito
Civil n. 021/03 pelo então reitor da USP Prof. Dr. Adolpho José Melfi motivou
ainda mais este grupo na busca de soluções socioambientais às
irregularidades ambientais apontadas nesse documento. Foi a partir de
agosto de 2005 que, após aprovação do Conselho Técnico Administrativo da
ESALQ, começaram os trabalhos para a construção do Plano Diretor
Socioambiental. Foram quatro anos de trabalhos exaustivos divididos em
três etapas, a saber: diagnóstico da situação socioambiental do campus,
definição das diretrizes e elaboração do plano de gestão. Trabalho este que
foi subdividido em seis linhas temáticas cada uma delas coordenada por um
grupo de trabalho (GT). A coordenação geral do Plano Diretor
Socioambiental foi realizada por um Núcleo Gestor que era formado por
representantes de cada um dos GTs. Desde o início a filosofia de trabalho era
o de envolver o maior número possível de pessoas da comunidade do
campus no processo de construção garantindo assim o caráter participativo
e democrático do Plano Diretor. O processo educativo também permeou as
atividades de construção do Plano Diretor. Os estudantes, tanto de
graduação como de pós-graduação, foram os principais atores neste
processo. Grande número de professores e funcionários também
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 13
participaram ativamente desta construção. No total foram mais de 320
pessoas envolvidas neste processo que aportaram suas experiências,
conhecimentos e energia para o sucesso desta empreitada. Meu sincero
agradecimento a todas elas. Sem a força delas com certeza este projeto
jamais poderia ter acontecido. Em nome de todas estas pessoas apresento à
comunidade do campus “Luiz de Queiroz” o Plano Diretor Participativo do
campus “Luiz de Queiroz” que traz nas suas páginas todos os elementos
necessários para a instalação no nosso campus de uma política
socioambiental. Política esta necessária para a resolução dos problemas
socioambientais apontados, não só, no Plano Diretor, como também no
Termo de Ajustamento de Conduta anteriormente citado. Agradeço o apoio
recebido de todas as autoridades do campus, passados e presentes, que
apoiaram este empreendimento. Deixo agora nas mãos deles a missão de
colocar em prática o processo de implementação do Plano Diretor
Socioambiental do campus “Luiz de Queiroz”.
Piracicaba, 19 de agosto de 2009
Prof. Dr. Miguel Cooper
Coordenador Geral do Plano Diretor
Socioambiental do campus “Luiz de Queiroz”
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 14
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 1
1. DIAGNÓSTICOS 7
1.1. DIAGNÓSTICOS – GT USO DO SOLO 8
1.1.2. LEGISLAÇÃO 9
1.1.3. METODOLOGIA 9
1.1.4. PRINCIPAIS RESULTADOS 10
1.1.4.1 GEOLOGIA 10
1.1.4.2. RELEVO 12
1.1.4.3. SOLO 13
1.1.4.3.1. APTIDÃO AGRÍCOLA DOS SOLOS DO CAMPUS LUIZ DE QUEIROZ 18
1.1.4.4. VEGETAÇÃO 20
1.1.4.4.1. ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE E RESERVA LEGAL 20
1.1.4.4.2. ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE DO CÓRREGO MONTE
OLIMPO 27
1.1.4.4.3. MANEJO DO PARQUE E MONITORAMENTO DAS ÁRVORES DE TURMA
1.1.5. USO ATUAL DO SOLO 32
1.2. DIAGNÓSTICO – GT RESÍDUOS 37
1.2.1. INTRODUÇÃO 38
1.2.2. METODOLOGIA DE TRABALHO: CONSTRUÇÃO DO PROCESSO 40
1.2.3. DIAGNÓSTICOS DOS RESÍDUOS DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 42
1.2.4. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS E CONCLUSÃO 56
1.3. DIAGNÓSTICO – GT PERCEPÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL 58
1.3.1. HISTÓRICO 59
1.3.2. METODOLOGIA 61
1.3.3. RESULTADOS 67
1.3.4. CONCLUSÕES 91
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 15
1.4. DIAGNÓSTICO – GT EMISSÃO DE CARBONO 96
1.4.1. INTRODUÇÃO 97
1.4.2. CONTEXTUALIZAÇÃO - AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS E O MERCADO DE CARBONO
1.4.3. OBJETIVOS 99
1.4.4. METODOLOGIA 99
1.4.4.1. GADO LEITEIRO 104
1.4.4.2. GADO DE CORTE 104
1.4.4.3. SUÍNOS 104
1.4.5. RESULTADOS 106
1.4.5.1. O SETOR DE TRANSPORTE 106
1.4.5.2. A PECUÁRIA BOVINA E SUÍNA 108
1.4.5.3. RESULTADOS GERAIS 109
1.5. DIAGNÓSTICO – GT FAUNA 111
1.5.1. INTRODUÇÃO 112
1.5.2. MATERIAL E MÉTODO 113
1.5.2.1. ÁREA DE ESTUDO 113
1.5.2.2. METODOLOGIA 114
1.5.2.3. ATUALIZAÇÃO DE DADOS 114
1.5.3. RESULTADOS 115
1.5.4. DISCUSSÃO 121
1.5.5. PROPOSTAS 123
1.6. DIAGNÓSTICO – GT ÁGUA 125
1.6.1 INTRODUÇÃO 126
1.6.2. METODOLOGIA 127
1.6.2.1. CORPOS D’ÁGUA 127
1.6.2.2. ÁGUAS TRATADAS 128
1.6.3. RESULTADOS 131
1.6.3.1. CORPOS D’ÁGUA E RESERVATÓRIOS 131
1.6.3.2. ÁGUAS TRATADAS 135
1.6.4. CONCLUSÕES 145
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 16
2. ELABORAÇÃO E ORDENAMENTO DAS DIRETRIZES 147
2.1. INTRODUÇÃO 148
2.2. ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DAS DIRETRIZES 149
2.3. DIRETRIZES POR GRUPO DE TRABALHO 150
2.4. DETALHAMENTO DAS DIRETRIZES 153
2.4.1. DIRETRIZES – GT USO DO SOLO 154
2.4.2. DIRETRIZES – GT RESÍDUOS 164
2.4.3. DIRETRIZES – GT FAUNA 175
2.4.4. DIRETRIZES – GT ÁGUA 178
2.4.5. DIRETRIZES – GT PERCEPÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL 190
2.4.6. DIRETRIZES – GT EMISSÃO DE CARBONO 211
2.5. FLUXOGRAMA – LINHAS BASES E CAPILARIDADES DO PLANO DIRETOR 219
3. MODELO DE GESTÃO E FORMAS DE IMPLEMENTAÇÃO 223
3.1. INTRODUÇÃO 224
3.1.1 GESTÃO AMBIENTAL EM UNIVERSIDADES 224
3.1.2 HISTÓRICO 226
3.2. PROPOSTA DE MODELO DE GESTÃO PARA O CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 227
3.2.1. MODELO DE GESTÃO 227
3.2.2. A CONSTRUÇÃO DO MODELO DE GESTÃO 228
3.2.3 BASES PARA A GESTÃO DO PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS
“LUIZ DE QUEIROZ” 230
3.2.4. O ORGANOGRAMA PROPOSTO 233
3.3. INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE PARA O CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 235
3.3.1 INDICADORES MACROS 237
3.3.2 INDICADORES MICROS 242
3.3.2.1 INDICADORES GT USO DO SOLO 242
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 17
3.3.3.2 INDICADORES GT ÁGUA 246
3.3.3.3 INDICADORES GT PERCEPÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL 250
3.3.3.4 INDICADORES GT NORMATIZAÇÃO AMBIENTAL E CERTIFICAÇÃO 252
3.3.3.5 INDICADORES GT FAUNA 253
3.3.3.6 INDICADORES GT RESÍDUOS 255
3.3.3.7 INDICADORES GT EMISSÃO DE CARBONO 257
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 259
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 262
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 1
INTRODUÇÃO
A história do Campus “Luiz de Queiroz” começa a se concretizar em
1901 quando então fundada a Escola Agrícola de Piracicaba. Em 1934 esta
foi incorporada como campus universitário da Universidade de São Paulo.
Atualmente, conta com uma população de 5.700 pessoas, entre
docentes, funcionários, alunos, moradores e conveniados. Dentro de seus
cerca de 900 hectares, historicamente, o Campus sempre produziu ciência e
ministrou seus cursos e aulas com muita competência e excelência.
Ao longo desta história, porém, esqueceu-se de concentrar-se nos
problemas que aqui estavam sendo gerados, principalmente com relação ao
planejamento de uso do solo, às áreas de preservação, ao tratamento de
resíduos líquidos, sólidos e atmosféricos, entre outras desconformidades.
Já na década de 70, incorporou o curso de Engenharia Florestal e 20
anos mais tarde o curso de Ciências Econômicas. Mais recentemente, em
2002, com o surgimento dos cursos de Gestão Ambiental, Ciências
Biológicas e Ciência dos Alimentos, a Escola passou a contar com uma
população muito maior, principalmente em relação ao número de
estudantes.
Juntamente com os novos cursos, foram surgindo novos grupos de
extensão e de estágio com novos valores e objetivos, seguindo uma
tendência de mudança de pensamento da sociedade como um todo.
Apareceram grupos e programas que se focavam mais ou também na
questão ambiental e suas vertentes. A pressão interna por melhorias
socioambientais, juntamente com a pressão de órgãos públicos, fizeram
aflorar preocupações com a adequação do Campus a legislação ambiental,
em todas as suas dimensões.
O Campus “Luiz de Queiroz” sempre teve reconhecimento da
sociedade pelas contribuições e formações que oferecia na área ambiental,
todavia, não houve ao longo do tempo ações efetivas para a melhoria da
qualidade ambiental e ações de pesquisa, ensino e extensão realmente
comprometidas com o próprio espaço no aspecto ambiental.
A dimensão socioambiental do Campus passou a ser alvo de pesquisa
e campo de atuação para diversos grupos que se formaram no final do
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 2
século passado e início do século XXI. Além destes, outros grandes projetos
e comissões surgiram para trabalhar com temática em e questão. Entre os
grupos de pesquisa, comissões, laboratórios e projetos da área ambiental,
se destacam: Amaranthus, USP Recicla, ex GGR (Grupo de Gerenciamento
de Resíduos) e atual CRQ (Comissão de Resíduos Químicos), CEPARA
(Centro de Estudos para Aproveitamento de Resíduos Agroindustriais), OCA
(Laboratório de Política, Legislação e Educação Ambiental), Projeto
Piracena, PET Ecologia, Grupo SAF (Sistemas Agroflorestais), GADE (Grupo
de Adequação Ambiental), Grupo Florestal Monte Olimpo, CEPEA (Centro de
Pesquisas Avançadas em Economia Aplicada), entre outros. Mesmo com
toda esta participação, as ações ocorriam de forma isolada e desarticulada,
abrangendo apenas alguns locais e departamentos do campus.
Em 2003, ocorreu uma das primeiras tentativas de articular as
iniciativas. Após o primeiro Seminário de Resíduos, um dos
encaminhamentos foi a necessidade de articulação das ações ambientais no
Campus; concomitantemente a isso, diversos grupos também começaram a
se reunir e discutir para então, em 2004, formar a UGA – União dos Grupos
Ambientais do Campus.
A UGA, formado por grupos de extensão, estudantes dos diversos
cursos da ESALQ, técnicos e docentes, teve o papel de reunir as iniciativas e
articulá-las. Neste percurso, outros esforços foram se somando e docentes
coordenadores dos grupos de ações socioambientais do Campus também
foram se juntando a UGA.
Ela reunia-se semanalmente no Laboratório de Ecologia e
Restauração Florestal – LERF e, posteriormente, numa sede cedida pela
prefeitura do Campus, para articular as atividades e planejar as ações. As
primeiras atividades se deram em torno da divulgação e fortalecimento das
próprias atividades, organizando duas Semanas do Meio Ambiente do
Campus e uma Semana Socioambiental. A partir daí, percebeu-se que as
ações e eventos deveriam ser mais focalizados e fóruns de discussões sobre
Resíduos, Água e Biodiversidade do Campus foram oferecidos à
comunidade.
Tais Fóruns reuniram alunos, funcionários e docentes e durante as
discussões levantou-se a necessidade de institucionalizar e legitimar junto a
as instâncias um Plano Diretor para o Campus, socioambiental e
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 3
participativo. Todos os membros optaram por um plano participativo,
possibilitando à comunidade canais de interação, de espaços de locução e
de tomada de decisões sobre a melhoria do Campus, além de constituir-se
como um processo de formação a todos os envolvidos e de ser uma
iniciativa pioneira dentro da Universidade de São Paulo, podendo servir
como referência para outras instituições.
O Plano Diretor, assim, tem o propósito de traçar diretrizes para
ações socioambientais no Campus e firmar o compromisso institucional para
o enfrentamento destes problemas. Para isso, a elaboração do plano foi
aprovada pela Congregação em outubro de 2005, bem como a formação de
um Núcleo Gestor para articular a elaboração do mesmo.
A partir disso, todos os docentes, funcionários, estudantes e grupos
de ação ambiental do campus foram convidados, via cartas, cartazes, e-
mail da assessoria de comunicação, a participar das reuniões para compor
os grupos de trabalho (GT) priorizados pelo Núcleo Gestor, entre eles: GT
Resíduos, GT Uso e Conservação do Solo, GT Fauna, GT Emissão de
Carbono e GT Percepção e Educação ambiental.
As principais dificuldades encontradas para o desenvolvimento do
plano se centraram na necessidade de participação efetiva da comunidade.
Além desta dificuldade de articulação de pessoas e grupos, um plano
participativo sugere que as decisões devem ser pensadas e discutidas por
todos aqueles, funcionários, professores e alunos, que estejam participando
do processo de construção do plano, o que muitas vezes é visto como um
entrave à agilidade de tomada de decisões. Acredita-se, porém, que a força
deste plano está exatamente na confrontação e no acolhimento de idéias e
na produção conjunta de ciência e soluções práticas para os problemas
socioambientais locais.
Acredita-se que quando as pessoas auxiliam na elaboração do
processo, compartilham das dificuldades e êxitos, estão exercitando o
compromisso e a incorporação do mesmo. Por isso, o objetivo é tornar este
plano de todos e é neste intuito que a sua elaboração vem sendo efetivada
por tantas mãos.
O Plano foi apresentado em todos os órgãos colegiados do Campus:
Congregação, CTA, Conselhos do Campus e de Departamentos, para que
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 4
pudesse haver um efetivo envolvimento da comunidade e também para que
todos pudessem compreender o processo.
Para coordenar a elaboração do Plano foi designado, por nomeação
dos dirigentes do Campus, o Prof. Dr. Miguel Cooper, que contou com apoio
de uma secretaria executiva formada por funcionários e estudantes.
Buscou-se o desenvolvimento de um trabalho organizado em redes,
que teve a participação direta de cerca de 120 membros do Campus. No
entanto, foi difícil estimar exatamente quantos contribuíram, porque muitos
somaram esforços e se mobilizaram neste processo.
A primeira etapa, mostrada a seguir, demonstra o Diagnóstico
Socioambiental Participativo. Nesta fase foram colhidas informações de todo
o Campus. Pela amplitude dos dados, procurou-se resumir o diagnóstico de
cada GT – Grupo de Trabalho, em 20 páginas, porém, diversas outras
informações interessantes como mapas, tabelas, gráficos, encontram-se no
Caderno 2 que contém os anexos deste documento.
Esta primeira etapa constitui-se como um dos capítulos de uma
história coletiva que se buscou alcançar, e que foi para todos os envolvidos,
mais do que um Plano Diretor – uma história de sonhos e ideais coletivos,
de articular pessoas e construir um Campus ambientalmente mais adequado
e assim alinhado à uma nova lógica de produção de conhecimento. Espera-
se que a realidade que está sendo concretizada possa ser incorporada no
ensino, pesquisa e extensão, fazendo parte do programa de disciplinas
oferecidas para todos os cursos, formando cidadãos e profissionais mais
conscientes na busca por soluções integradas, que aliem produção e
conservação. É uma nova forma de trabalho que contempla a diversidade,
os conhecimentos, as pessoas e as suas potencialidades de ações.
O Plano e Suas Etapas
O Plano Diretor tem como objetivos:
• Possibilitar a integração das ações socioambientais do Campus;
• Coordenar e monitorar o planejamento socioambiental do
Campus;
• Definir diretrizes e instrumentos para orientar a Política
Socioambiental do Campus “Luiz de Queiroz”.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 5
As etapas que estruturam o Plano Diretor Socioambiental Participativo devem:
• Indicar os objetivos a serem alcançados;
• Explicitar as estratégias e instrumentos para atingir os
objetivos;
• Oferecer todos os instrumentos necessários para que estes
objetivos sejam cumpridos, na Instituição – Campus “Luiz de
Queiroz”.
O Núcleo Gestor baseado na proposta de Planos Diretores nos
Ministérios do Meio ambiente e das Cidades, definiu as seguintes etapas
para a construção do Plano Diretor Socioambiental Participativo:
1ª etapa: Diagnóstico Socioambiental Participativo.
Com a identificação da problemática e potencialidades
socioambientais do Campus “Luiz de Queiroz”, foi possível confrontá-las
para determinar alternativas e soluções. Houve a sistematização geral dos
dados e elaboração do Relatório Geral para as instâncias do Campus. Em
seguida, foi apresentado e debatido em uma espécie de audiência pública,
com apresentação dos dados à comunidade (interna e externa: ministério
público, órgãos financiadores, outros).
2ª etapa: Elaboração e Ordenamento das Diretrizes.
Nesta etapa houve a definição dos temas prioritários e suas
estratégias, contando com participação de todas as representações.
3ª etapa: Modelo de Gestão e Formas para Implementação.
Buscou-se articular os objetivos e estratégias com instrumentos de
planejamento e política do Campus “Luiz de Queiroz”. Para assegurar que o
planejamento e implantação das ações sejam compartilhados por todas as
Unidades, departamentos, comunidade de docentes, discentes, de
funcionários e usuários do Campus, deve-se também democratizar as
decisões.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 6
O sistema de gestão do Plano Diretor Socioambiental Participativo
buscou estabelecer a estrutura participativa e o processo para a sua
implementação e monitoramento. O monitoramento compreende
avaliações, atualizações e ajustes sistemáticos, que devem estar definidos
na proposta.
O Plano Diretor deve definir também as instâncias de discussão e
decisões do monitoramento, como os conselhos, sua composição e suas
atribuições. O próprio Plano Diretor determinará os meios e a sistemática
para revisá-lo. Na estrutura participativa podem-se considerar níveis de
envolvimento: o Núcleo Gestor, Grupos de Trabalho e intervenções da
comunidade da ESALQ por meio de audiências públicas, por exemplo.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 7
1α ETAPA
1. DIAGNÓSTICOS
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 8
1.1. DIAGNÓSTICOS GT USO DO SOLO
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 9
1.1.1 HISTÓRICO
O Grupo de Trabalho Uso do Solo foi formado dentro do Núcleo
Gestor do Plano Diretor Socioambiental Participativo do Campus Luiz de
Queiroz devido à necessidade de discutir e diagnosticar os diferentes
problemas referentes à temática “uso do solo”.
O tema uso do solo dentro do Campus “Luiz de Queiroz” tomou uma
importância grande nos últimos anos devido às ações referentes à
recuperação de áreas degradadas principalmente a recuperação das Áreas
de Preservação Permanente exigidas pelo Ministério Público Estadual
através do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC de protocolo número
120/2002). Somado a estas ações existem outros problemas dentro de esta
temática que devem ser resolvidos, como por exemplo, a definição das
áreas de Reserva Legal, e para os quais este grupo de trabalho (GT) tem
criado fóruns de discussão com o objetivo conhecer a realidade do uso do
solo do campus e a partir destes conhecimentos delinear dentro do Plano
Diretor as diretrizes necessárias para a criação de políticas de uso do solo
dentro deste campus.
Para atingir estes objetivos o GT Uso do Solo reuniu os grupos de
pesquisa, ensino e extensão que trabalham com esta temática no campus.
1.1.2. LEGISLAÇÃO
Os trabalhos do GT Uso do Solo se baseiam na seguinte legislação:
- Código Florestal Lei 4.771/65 de 15 de setembro de 1965 que define
áreas de preservação permanente (APP) e suas larguras assim como as
áreas de reserva legal e suas possíveis utilizações.
- Lei de Conservação do Solo do estado de São Paulo, Lei 6.171 de 4 de
julho de 1988, alterada pela Lei 8.421 de 23 de novembro de 1993 e
regulamentada pelo Decreto nº 41.719 de 16 de abril de 1997, que dispõe
sobre o uso, conservação e preservação do solo agrícola.
1.1.3. METODOLOGIA
A primeira fase do Plano Diretor Socioambiental do Campus consistiu
no levantamento de dados existentes no campus sobre os diferentes temas
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 10
abordados neste plano. Dentro do tema Uso do Solo este levantamento
baseou-se principalmente em três eixos: a) solos, relevo e geologia, b)
vegetação e c) uso e ocupação do solo. Dados referentes a solos, relevo e
geologia foram extraídos do “Mapa de Solos” do campus realizado pelo
Departamento de Ciência do Solo coordenado pelo Prof. Pablo Vidal-Torrado
com a colaboração dos Professores Gerd Sparovek e Miguel Cooper e o Eng
Agr. Luiz Eduardo Oliveira de Faria. Dados de vegetação foram obtidos do
“Projeto de Adequação Ambiental do Campus” coordenado pelo Prof.
Ricardo Ribeiro Rodrigues e executado pelo Grupo de Adequação Ambiental
(GADE); do “Estudo da regeneração da mata ciliar da microbacia do córrego
Monte Olimpo” coordenado pelo Prof. Dr. José Luiz Stape e executado pelo
Grupo Florestal Monte Olimpo; e do Plano de Manejo do Parque da ESALQ
coordenado e executado pelos grupos de paisagismo (GEP e Plantarte).
Não havia no campus um mapa atualizado sobre o uso e ocupação
do solo, desta forma o GT Uso do Solo se organizou em colaboração com
vários grupos de estágio e pesquisa e produziu este mapa e banco de dados
para a área rural do campus. A ocupação do solo na parte urbana do
campus também não existia e foi realizada pelo laboratório do Prof.
Demóstenes Ferreira da Silva Filho através da técnica da videografia aérea
multiespectral.
1.1.4. PRINCIPAIS RESULTADOS
1.1.4.1 GEOLOGIA
O município de Piracicaba situa-se na chamada depressão periférica
paulista - IPT, 1980, (Figura 1) e está assentado sobre uma série de
formações geológicas, passando por dois grupos formados no Permiano,
grupo Tubarão que corresponde aos arenitos de granulação heterogenia da
formação Itararé e o grupo Passa Dois, constituídas por argilitos, folhelhos,
siltitos e arenitos finos correspondentes às formações Corumbatai (Pc) e
Irati (Pi). Apesar de não estar na posição da coluna estratigráfica referente,
os derrames intrusivos do Grupo São Bento aparecem em quantidade
significativa, sendo representados pelo diabásio, rocha da formação Serra
Geral (Figura 2). Outra formação que aparece é a Formação Rio Claro
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 11
(Tqir), depósito Neocenozóico-Quartenário formado por sedimentos
arenosos inconsolidados, que dará origem aos Latossolos textura média
encontrados na área de estudo.
FIGURA 1: Corte geológico (SE-NW) esquemático do estado de São Paulo.
FIGURA 2: Corte geológico esquemático da região de Piracicaba.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 12
Dentro do Campus Luiz de Queiroz aparecem as formações Rio Claro,
Formação Serra Geral do Grupo São Bento, Formação Corumbataí e
Formação Irati do Grupo Passa Dois (Figura 3).
Ksg = Derrames da formação Serra
Geral.
Obs.: Outras formações não
aparecem no nível de detalhe deste
mapa geológico.
FIGURA 3: Mapa geológico do município de Piracicaba. Fonte: Folha geológica de
Piracicaba – SF 23 M 300, 1966.
1.1.4.2. RELEVO
De acordo com sua localização, o município de Piracicaba abrange
uma região rebaixada por erosão e situada entre terras altas do Planalto
Atlântico e as escarpas elevadas das cuestas basálticas do planalto
Ocidental. A área do município, embora em sua maior parte constituída de
sedimentos, apresenta zonas de intrusão de rochas básicas que marcam
acentuadamente a topografia.
De um modo geral a topografia é pouco acidentada com desníveis da
ordem de 50-100m entre interflúvios e vales, sendo que a altimetria varia
entre 450m na várzea do Tietê a sudoeste, até 750m nos topos mantidos
pelos sills de diabásio, no divisor Tietê-Piracicaba.
Prevalece no Campus Luiz de Queiroz um terreno levemente acidentado. O relevo é ondulado a forte ondulado na parte nordeste da área e ultrapassa declives de 40% nas áreas próximas ao leito do rio Piracicamirim. Nas cotas mais altas existem grandes áreas com relevo suave-ondulado apta para agricultura e se localizam nas partes sudeste, sul e noroeste do campus (Figura 4). Nota-se que o relevo predominante é o ondulado a forte ondulado,
totalizando 538,63 ha com declividades entre 6 e 20%. As partes mais
planas que somam 290,34 ha constituem 31,6% da área (Figura 4 e
Tabela1).
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 13
TABELA 1. Classes de declividade e suas freqüências. Observa-se o predomínio
de declividade entre 6-12%, mostrando o relevo ondulado que prevalece no
Campus Luiz de Queiroz.
FIGURA 4: Mapa de declividade mostrando as variações do relevo local.
1.1.4.3. SOLO
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 14
No mapa de solos do Campus Luiz de Queiroz podem ser identificadas
22 unidades de mapeamento, agrupando os diferentes tipos de solos
(Figura 5). As unidades de mapeamento estão representadas pelas
associações e manchas simples de solo e foram classificados baseados no
Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (EMBRAPA, 1999).
O Complexo de solo é uma unidade de mapeamento utilizado em
levantamentos pedológicos semidetalhados e consiste em dois ou mais
solos, taxonomicamente distintos, mas não mapeáveis como unidades
individuais, independentemente do nível esquemático.
As associações são constituídas por classes distintas de solos, com
limites nítidos ou pouco nítidos entre si e normalmente podem ser
separados em levantamentos pedológicos mais pormenorizados. Nas
associações, a unidade taxonômica que aparece na frente tem maior
percentual dentro da unidade de mapeamento.
Unidades de mapeamento simples são aquelas que delimitam apenas
uma unidade taxonômica. Toda mancha de solo delineada é componente de
uma única unidade de mapeamento.
Observaram-se 15 (quinze) unidades de mapeamento simples:
1. ALISSOLO CRÔMICO Argilúvico típico;
2. ARGISSOLO VERMELHO Distrófico latossólico;
3. ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico;
4. ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Eutrófico típico;
5. CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico léptico;
6. CHERNOSSOLO ARGILÚVICO Órtico típico;
7. GLEISSOLO HÁPLICO Tb Eutrófico típico;
8. GLEISSOLO MELÂNICO Eutrófico típico;
9. LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico;
10. NEOSSOLO FLÚVICO Tb Eutrófico gleico;
11. NEOSSOLO FLÚVICO Tb Eutrófico típico;
12. NEOSSOLO LITÓLICO Distrófico típico;
13. NITOSSOLO VERMELHO Distrófico latossólico;
14. NITOSSOLO VERMELHO Eutroférrico latossólico;
15. NITOSSOLO VERMELHO Eutroférrico típico
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 15
E ainda mapeados 7 (sete) associações:
1. Associação ALISSOLO HIPOCRÔMICO Argilúvico típico e CAMBISSOLO
HÁPLICO alumínico;
2. Associação CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico léptico e ARGISSOLO
VERMELHO-AMARELO Eutrófico típico;
3. Associação CHERNOSSOLO ARGILÚVICO Férrico típico e NITOSSOLO
VERMELHO Eutroférrico típico;
4. Associação CHERNOSSOLO HÁPLICO Órtico típico, VERTISSOLO
HIDROMÓRFICO Órtico chernossólico e PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico
típico;
5. Associação NITOSSOLO HÁPLICO Eutrófico típico e CAMBISSOLO
HÁPLICO
Tb eutrófico típico;
6. Associação NITOSSOLO VERMELHO Eutroférrico léptico e NITOSSOLO
VERMELHO Eutroférrico típico (fase pedregosa);
7. Associação NITOSSOLO VERMELHO Eutroférrico típico e CAMBISSOLO
HÁPLICO Eutroférrico léptico (fase pedregosa
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 16
FIGURA 5: Mapa de solos do Campus Luiz de Queiroz.
Considerando o segundo nível categórico para fim de classificação, são
agrupados em toda o Campus Luiz de Queiroz 16 tipos de solos,
representados pelo ALISSOLOS CRÔMICOS (16,5 ha), ALISSOLOS
HIPOCRÔMICOS (4 ha), ARGISSOLOS VERMELHOS (12 ha), ARGISSOLOS
VERMELHO-AMARELOS (118,5ha), CAMBISSOLOS HÁPLICOS (47,8ha),
CHERNOSSOLOS ARGILÚVICO (15,7ha), CHERNOSSOLOS HÁPLICOS (1,8
ha), GLEISSOLOS HÁPLICOS (37,6 ha), GLEISSOLOS MELÂNICOS (1 ha),
LATOSSOLOS VERMELHO-AMARELOS (61,4 ha), NEOSSOLOS FLÚVICOS
(3,3 ha), NEOSSOLOS LITÓLICOS (0,5 ha), NITOSSOLOS HÁPLICOS (7,2
ha), NITOSSOLOS VERMELHOS (474 ha), PLANOSSOLOS HÁPLICOS (1,8
ha) e os VERTISSOLOS HIDROMÓRFICOS (1,8 ha), totalizando 804,9 ha de
solos classificados, excluindo outros tipos de terrenos como lago, aterro,
rio.
Na Tabela 2 são apresentados os diferentes tipos de solos
encontrados no Campus Luiz de Queiroz, sendo os NITOSSOLOS
VERMELHOS e os ARGISSOLOS VERMELHOAMARELOS os tipos mais
freqüentes.
TABELA 2. Tipos de solos encontrados na ESALQ e suas respectivas freqüências
de aparecimento.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 18
1.1.4.3.1. APTIDÃO AGRÍCOLA DOS SOLOS DO CAMPUS LUIZ DE QUEIROZ
a) Alissolos: esses solos naturalmente apresentam restrições quanto
à fertilidade, que pode estar acrescida de limitações devido a outros fatores.
Os álicos e com argila de atividade alta requerem quantidades de corretivos
relativamente grandes para eliminar a toxidade pelo alumínio e suprir as
plantas em cálcio e magnésio. De maneira geral essa classe ocorre em
relevo ondulado ou mais acidentado, apresentando como restrição também
as condições de relevo.
b) Argissolos: estes solos compreendem solos com B textural,
normalmente com transição abrupta ou clara entre o horizonte A ou E e o Bt
e presença de cerosidade. Esses solos apresentam serias limitações devidas
à maior susceptibilidade à erosão no caso dos solos com caráter abrupto, as
quais são tanto mais serias quanto maior a declividade do terreno.
Pedregosidade e textura cascalhenta têm geralmente ocorrência em
condições de relevo acidentado, onde os solos são mais susceptíveis á
erosão. Eventualmente podem ocorrer associados á presença de matacões
os quais interferem na sua utilização: transito de máquinas, cultivo, etc.
c) Cambissolos: estes solos apresentam uma diversidade grande,
tornando-se difícil o exame coletivo e apreciações generalizadas quanto às
qualidades e comportamento para o conjunto desses solos sem especificar
os tipos de Cambissolos, e sem ter em conta a disparidade de condições de
relevo e clima em que são encontrados.
d) Chernossolos: esses solos por apresentarem conjuntamente alta
capacidade de troca de cátions e alta saturação por bases dispõem de
elevado potencial nutricional. A acidez, se existente, é muito baixa,
virtualmente dispensando calagem. Suas condições físicas destacam-se
como favoráveis (boa estrutura, aeração, permeabilidade e retenção de
umidade, etc.) conseqüentemente os fatores limitantes mais importantes
são a espessura nos solos rasos e o declive acentuado, quando em relevo
forte ondulado ou montanhoso, sendo comum a ocorrência desses fatores
associados.
e) Gleissolos: esses solos apresentam limitações relacionadas com
drenagem deficiente e, nos distroficos e álicos, também com a baixa
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 19
fertilidade. Outras limitações que podem ser mencionadas são:
permeabilidade lenta, restrição ao enraizamento, agravam-se a limitação
concernente à erodibilidade, elevado risco de inundações ou alagamentos
freqüentes (devido a presença de lençol freático elevado).
F) Latossolos: por causa do intenso intemperismo a que são
submetidos, a maior parte dos Latossolos são pobres em nutrientes
vegetais. No Brasil são representativos no Cerrado e durante muito tempo
foram considerados como “solos problemáticos” para a agricultura, devido à
baixa fertilidade natural dos mesmos. Contudo hoje estão sendo muito
procurados para atividades agrícolas, devido aos avanços tecnológicos
relacionados ao emprego adequado de corretivos da acidez do solo e adição
de fertilizantes de tipos e quantidades adequados, como também devido aos
baixos problemas relacionados à erosão.
g) Neossolos Litólicos: esses solos por serem muito rasos,
apresentam limitações muito serias em vistas da pequena espessura,
dificultando a penetração de raízes. Em áreas acidentadas, pode ocorre o
efeito das enxurradas, podendo vir a ocorrer problemas sérios de erosão.
h) Neossolos Flúvicos: em muitos casos, esses solos não estão
sujeitos a inundações ocasionais e são extremamente férteis, podendo
sustentar uma agricultura intensiva, de alta produtividade.
i) Nitossolos: esses solos são de grande importância agronômica: os
eutróficos são de elevado potencial nutricional e os distróficos, e mesmo os
álicos, respondem bem a aplicação de fertilizantes e corretivos. Para esses
dois últimos, a fertilidade constitui o fator limitante associado ao risco a
erosão com a acentuação do declive do terreno. Em vista das suas
qualidades, tais solos, abstraindo-se o relevo, são aptos a todos os usos
agropastoril-florestais adaptados às condições climáticas.
j) Planossolos: são solos que, na sua maioria, apresentam altos
valores de soma e saturação por bases, alem de apreciáveis materiais
primários facilmente intemperizados, o que lhes confere importante
capacidade nutricional para as plantas. As limitações mais sérias e comuns
são devidas às propriedades físicas.
k) Vertissolos: em relação a sua capacidade agrícola, apresenta uma
série de limitações, quando úmidos ou mesmo quando secos. Quando muito
úmidos, são muito pegajosos, aderindo aos instrumentos, o que dificulta o
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 20
trabalho das máquinas. Quando começam a secar, tornam-se muito duros
para ser trabalhados e os fendilhamentos podem arrebentar as raízes.
1.1.4.4. VEGETAÇÃO
1.1.4.4.1. ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE E RESERVA LEGAL
O Campus “Luiz de Queiroz” acumulou historicamente muitas
irregularidades ambientais, principalmente com a ocupação agrícola de
Áreas de Preservação Permanente (APPs) e alocação das áreas destinadas
para Reserva Legal (RL), segundo as exigências da Legislação Ambiental.
Visando enquadrar o Campus “Luiz de Queiroz” à Legislação
Ambiental vigente, foi elaborado, por solicitação da Prefeitura do Campus, o
Programa de Adequação Ambiental do Campus “Luiz de Queiroz”, pelo
Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal (LERF) do Departamento de
Ciências Biológicas da ESALQ/USP. Esse Programa foi aprovado pelo
Conselho do Campus “Luiz de Queiroz”, órgão máximo no organograma
administrativo do Campus, em novembro de 2001. Os resultados desse
Programa de Adequação Ambiental foram apresentados a todos os chefes
de departamentos da ESALQ/USP, na presença do seu diretor em 4/6/2002,
sendo posteriormente aprovado também na congregação da ESALQ.
O Campus “Luiz de Queiroz”, com uma área total de 874,33ha, possui
boa parte de seu terreno cortada pelo Rio Piracicaba e Ribeirão
Piracicamirim, além de lagoas, represas e outros pequenos cursos d’água,
afluentes dos primeiros. Toda essa malha hidrográfica gera uma Área de
Preservação Permanente de 136,75ha dos quais 23,01ha apresentam-se
ocupados com vegetação natural incluindo os remanescentes florestais de
diferentes estados de conservação; o restante, 113,74ha, necessitam ser
regularizados, incluindo áreas de culturas agrícolas, pastagens, antigas
áreas de cultivo que foram abandonadas (Programa de Adequação
Ambiental do Campus “Luiz de Queiroz” 2001) (Figura 6, Tabela 3, 4 e 5).
Atualmente, podem ser consideradas no cômputo da área de Reserva
Legal do Campus, os remanescentes florestais (localizados fora de APP), os
maciços florestais do projeto paisagístico do Campus (exceto aqueles
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 21
localizados em áreas urbanizadas), maciços de espécies florestais exóticas e
nativas, os plantios de Pinus e Eucaliptos que apresentam elevada
regeneração natural, e a área com sistema agroflorestal localizada na
Fazenda Areão (Figura 7). A soma dessas áreas totaliza 45,78 ha,
representando 26,17% da área exigida de Reserva Legal para o Campus
“Luiz de Queiroz”. Para complementação dos 174,86 ha de Reserva Legal do
Campus, serão necessários a incorporação de mais 129,09 ha. Sendo
assim, as áreas mais indicadas para esse fim são as áreas de baixa aptidão
agrícola (como áreas com afloramento rochoso e áreas íngremes),
corredores ecológicos (como trechos localizados entre fragmentos florestais)
e trechos ao longo de divisas do campus (Tabela 3).
O Programa de Adequação do Campus “Luiz de Queiroz” foi
protocolado e aprovado junto ao DEPRN e ao Ministério Público em 2003, se
constituindo num Termo de Ajustamento de Conduta assinado pelo Prof. Dr.
Adolpho José Melfi, reitor da Universidade de São Paulo, em 2 de fevereiro
de 2004 como instrumento jurídico obrigando o cumprimento do Programa
de Adequação Ambiental do Campus dentro da metodologia e cronograma
estabelecido e aprovado no Programa.
R io P iracicaba
F lo re sta R ib e ir in h a d eg ra d a d a - 4 ,9 8 h a (em A P P )
C ap o e ira d e F lo re s ta R ib e ir in h a - 1 4 ,5 6 h a ( 1 3 ,1 6 h a em A P P e 1 ,4 h a fo ra )
F lo re st a E s ta ci o n al S em id ec id u a l d e g rad ad a - 3 ,6 4 h a ( 0 ,5 9 h a em A P P e 3 ,0 5 h a fo ra)
C ap o e ira d e F lo re sta E s ta cio n a l S em id ec id u a l - 3 1 ,8 3 h a (3 ,6 5 h a em A P P e 2 8 ,1 8 h a f o ra)
E u ca lip to co m elev a d a reg en e raç ão d e esp éc ies n at iv a s - 1 7 ,5 2 h a (1 0 ,7 h a e m A P P e 6 ,8 1 h a n a s p ro x im id ad es)E u ca lip to co m b a ix a re g en era ção d e es p éc ies n a tiv as n ão is o lad o d e f rag m en to s fl o re s ta is - 2 ,8 6 h a (0 ,7 1 h a em A P P e 2 ,1 5 h a n as p ro x im id a d es )E u ca lip to co m b a ix a re g en era ção d e e s p éc ies n a tiv as p o u co iso lad o d e fr ag m en to s flo res tai s - 1 ,7 6 h a ( 0 ,5 6 h a em A P P e 1 ,1 9 h a n as p ro x i m id a d es )
P in u s c o m ele v ad a r eg e n er açã o d e e sp é c ie s n ativ as - 1 , 7 4 h a (0 ,6 5 h a em A P P e 1 ,0 9 h a n a s p ro x im i d ad es )
P in u s c o m b aix a reg en e raç ão d e e sp éci es n at iv a s n ão iso lad o d e f rag m en to s f lo res tais - 1 ,3 9 h a (0 ,1 5 h a e m A P P e 1 ,2 4 h a n a s p ro x im id ad es)
P in u s c o m b aix a reg en e raç ão d e e sp éci es n at iv a s p o u c o iso lad o d e f rag m en to s fl o re sta is - 1 ,6 3 h a (0 ,1 8 h a em A P P e 1 ,4 5 h a n as p r o x im id ad es)
L eu ce n a s em reg en e raç ão d e es p é c ies n at iv as iso lad o d e frag m en to s f lo re stais - 1 ,7 6 h a
J am b o lã o s em reg en e raç ão d e e sp éci es n at iv a s p o u c o iso lad o o u iso lad o d e r em a n es cen tes fl o re s ta is - 0 ,9 8 h a
M ac iç o d e e sp éc ie s a rb ó re as e x ó ti ca s e n a ti v a s - 7 ,8 3 h a (2 ,5 8 h a em A P P e 5 ,2 5 h a n as p ro x i m id a d es )
S er in g a l - 1 3 ,7 1 h a (1 ,4 0 h a em A P P e 1 2 ,3 1 h a fo ra d e A P P )
C u lt u ra s a n u a is (m i lh o , s o ja , e tc.) - 2 2 ,4 5 h a
M ac iço d e b am b u s - 5 ,8 3 h a (5 ,6 4 h a e m A P P e 0 ,1 8 h a n a s p ro x im id ad es )
Á rea co m a g ricu l tu r a o u p as tag e m a b an d o n ad a d o m in ad a p o r g ram ín eas a g res siv a s (c o l o n iã o , n ap ie r, e tc .) c o m e le v a d a reg en eração d e esp éc ies f lo res tais n a tiv as - 2 ,1 9 h a
Á rea co m a g ricu l tu r a o u p as tag e m a b an d o n ad a d o m in ad a p o r g ram ín eas a g res si v a s (c o l o n iã o , n ap ie r, e tc .)co m b a ix a re g en eração d e esp éc ies f lo res tais n a tiv as, n ã o i so lad o d e fr ag m en to f lo res tal - 3 ,6 6 h a.
Á rea co m a g ricu l tu ra o u p as tag e m a b an d o n ad a d o m in ad a p o r g ram ín eas a g res si v a s (c o l o n iã o , n ap ie r, e tc .) , co m b a ix a re g en eração d e esp écie s f lo res tais n a tiv as p o u co iso lad o d e f rag m en to flo res tal - 1 ,5 7 h a.
E u ca lip to co m b a ix a re g en era ção d e e s p éc ies n a tiv as iso lad o d e f rag m en to s fl o re s ta is - 6 ,4 3 h a (1 ,5 1 h a em A P P e 4 ,9 1 h a n as p ro x i m id a d es )
Á rea co m a g ricu l tu r a o u p as tag e m a b an d o n ad a d o m in ad a p o r g ram ín eas a g res siv a s (c lo n i ão , n a p i ê, e tc .) , co m b a ix a re g en e ração d e esp écies f lo res tais n a tiv as, is o la d o d e fra g m e n to s f lo re sta is - 5 ,4 1 h a
P as ta g e m co m e lev ad a re g e n e ra çã o d e e sp éc ie s flo r estais n a tiv as - 8 ,4 9 h a
P as ta g e m co m b a ix a re g e n e ra çã o d e e sp éc ie s flo restais n a tiv as n ão iso lad o d e f rag m en to s flo re sta is - 5 ,8 5 h a.
P as ta g e m co m b a ix a re g e n e ra çã o d e e sp éc ie s flo restais n a tiv as p o u c o iso lad o d e frag m en t o s flo res tai s - 4 ,1 7 h a
P as ta g e m co m b a ix a re g e n e ra çã o d e esp éc ies f lo r est ais n a tiv as iso lad a d e f rag m en to flo re s ta l - 1 2 ,5 7 h a
C am p o ú m id o - 3 ,1 3 h a
P in u s c o m b aix a reg en e raç ão d e e sp éci es flo res tai s n a ti v as is o la d a d e f rag m en to s fl o re sta is - 1 4 ,1 5 h a ( 1 ,7 3 h a em A P P e 1 2 ,4 3 h a n as p ro x i m id a d es )
P lan tio d e es p éc ie s flo re sta is n at iv a s - 1 ,3 6 h a
Á rea s m an t id a s ro ça d as (p a is ag ism o ) - 4 ,7 8 h a
L ag o s
P ed re ir a
L eu c en a s e m reg e n eraçã o d e e sp é cie s n a ti v as n ã o i so l ad o o u p o u co iso lad o d e f rag m en to s fl o re s ta is - 0 ,0 7 h a
O cu p a çõ es N a tu r a is
O cu p a çõ es A n tró p ica s
0 50 1 00 20 0
m e tro s
O u tr a s s itu a çõ es
N
S
LO
Á re a u rb a n iza d a s (c o n tru ç o e s , e st rad as ) - 0 ,9 8 h a
FIGURA 6: Mapa ilustrativo das situações encontradas no Campus “Luiz de Queiroz”
TABELA 3. Quadro resumo das situações encontradas no Campus “Luiz de Queiroz”. Situação Áreas (ha) e porcentagens parciais %*
Área total do Campus.
874,33 (100%)
100
Área de Preservação Permanente (APP)
a) Com floresta degradada – 5,57 ha (4,35 % da APP 0,64 % da área total)
APP Total 128,09 ha
14,65
b) Com campo úmido - 3,7 (2,89% da APP 0,42% da área total)
c) Com áreas urbanizadas (construções, estradas) – 0,98 ha (0,77% da APP e 0,11% da área total) d) Com reflorestamento de nativas – 1,36 ha (1,06 % da APP e 0,15 % da área total) e) Com floresta muito degradada – 16,81 ha (13,12 % da APP e 1,92 % da área total)
APP a ser restaurada (b,c,d,e,f,g,h,i,j,k.) 116,48 ha 13,32 % da área total (90,94 % da APP total)
f) Com eucalipto 13,48 ha (10,52% da APP 1,54 % da área total) g) Com pinus 2,62 ha (2,05% da APP 0,27 % da área total) h) Com maciço de espécies florestais exóticas e nativas - 2,58 ha (2,59 % da APP e 0,29 % da área total) i) Com outras espécies florestais não nativas 4,21 ha (3,29 % da APP 0,48 % da área total) j) Com culturas anuais 22,45 ha (17,53% da APP 2,57 % da área total) k) Com pastagem 31,08 ha (24,26% da APP 3,55% da área total) l) Com pastagens ou áreas agrícolas abandonadas 12,83 ha (10,06% da APP 1,47% da área total) m) Com bambus 5,64 ha (4,4% da APP 0,65 % da área total) n) Com áreas mantidas periodicamente roçadas 4,78 (3,71% da APP 0,55% da área total)
Reserva Legal
a) Com Floresta - 32,63 ha – 3,73 % da área total
Reserva Legal Atual – 45,78 ha 5,23 %
Área de Reserva Legal total 174,87 ha
20,00
b) Com plantios florestais paisagísticos, maciços florestais com exóticas e nativas, áreas de pinus e eucalipto apresentando regeneração natural – (Não inclui os plantios paisagisticos do Parque da ESALQ) - 13,15 ha - 1,5 %. c) Área de ampliação da Reserva Legal – 129,09 ha – 14,77 % (áreas sem aptidão agrícola, áreas com acentuada declividade, áreas de divisa da propriedade, áreas de interesse ecológico, como corredores para fauna interligando fragmentos florestais, etc..
Áreas restantes
Áreas edificadas, áreas com aptidão agrícola, não sujeitas a incorporação da Reserva Legal.
571,37 ha
65,35
* - Porcentagem referente a área total de estudo = 874,33 ha.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 24
TABELA 4. Tipos vegetacionais encontrados na área do Campus “Luiz de Queiroz”, com área total de 874,33 ha, Piracicaba, SP. Tipo de vegetação Área (ha) %* Floresta Ribeirinha Capoeira 14,56 24,24
Floresta degradada 4,98 8,29 Floresta Estacional Semidecidual
Capoeira 31,83 52,99 Floresta degradada 3,64 6,06
Campo úmido 3,7 6,16
Reflorestamento com espécies nativas 1,36 2,26 Total 60,07 100 * - Porcentagem referente a área total de remanescentes naturais
A implantação de 19,39 ha até o presente momento mostra um
atraso de 1,3 anos (30,6 ha) no cronograma inicialmente acordado com os
órgãos licenciadores e de fiscalização, mas esse atraso será compensado
nos próximos 2 anos de cumprimento do Programa de Adequação Ambiental
do Campus “Luiz de Queiroz”, já que no ano 2005/2006 serão implantados
46,52 ha de restauração, que representa 21,52 ha além dos 25 ha anuais
de restauração compromissados no Termo de Ajustamento de Conduta do
Programa de Adequação Ambiental do Campus “Luiz de Queiroz”.
Os 19,39 hectares em processo de restauração estão distribuídos em
12 trechos distintos do Campus (Figura 7), sendo que a área definida como
Usina foi restaurada em parceria com a SOS Mata Atlântica. As demais
áreas estão sendo restauradas com apoio dos Departamentos responsáveis
pela exploração dos trechos agrícolas adjacentes a essas APPs, inclusive
com participação dos alunos estagiários dessas unidades de pesquisa,
ensino e extensão.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 25
TABELA 5. Detalhamento das situações encontradas no zoneamento das Áreas de Preservação Permanente do Campus “Luiz de Queiroz”, com área total de 128,09 ha, Piracicaba, SP. Características das APP (Áreas de Preservação Permanente) Área
(ha) %*
APP ocupado com vegetação natural (incluindo reflorestamentode nativas) 23,7 18,4 Área de
Preservaç
ão
Permane
nte sem
vegetaçã
o natural
APP ocupada com pastagem, apresentando elevada regeneração de espécies florestais nativas.
8,49 6,63
APP ocupada com pastagem, apresentando baixa regeneração natural, não isolada de fragmentos florestais
5,85 4,57
APP ocupada com pastagem, apresentando baixa regeneração natural, pouco isolada de fragmentos florestais
4,17 3,26
APP ocupada com pastagem, apresentando baixa regeneração natural, isolada de fragmentos florestais.
12,57 9,81
APP ocupada com eucalipto, apresentando elevada regeneração de espécies florestais nativas.
10,7 8,35
APP ocupada com eucalipto, apresentando baixa regeneração natural, não isolada de fragmentos florestais
0,71 0,55
APP ocupada com eucalipto, apresentando baixa regeneração natural, pouco isolada de fragmentos florestais.
0,56 0,44
APP ocupada com eucalipto, apresentando baixa regeneração natural, isolada de fragmentos florestais.
1,51 1,18
APP ocupada com pinus, apresentando elevada regeneração natural.
0,56 0,44
APP ocupada com pinus, apresentando baixa regeneração natural, não isolada de fragmentos florestais.
0,15 0,12
APP ocupada com pinus, apresentando baixa regeneração natural, pouco isolada de fragmentos florestais.
0,18 0,14
APP ocupada com pinus, apresentando baixa regeneração natural, isolada de fragmentos florestais.
1,73 1,35
APP com pastagem ou agricultura abandonada tomada por gramíneas agressivas (colonião, napiê, etc.), apresentando elevada regeneração de espécies florestais nativas.
2,19 1,72
APP com pastagem ou agricultura abandonada tomada por gramíneas agressivas (colonião, napiê, etc.), não isolada de fragmentos florestais.
3,66 2,86
APP com pastagem ou agricultura abandonada tomada por gramíneas agressivas (colonião, napiê, etc.), pouco isolada de fragmentos florestais.
1,57 1,23
APP com pastagem ou agricultura abandonada tomada por gramíneas agressivas (colonião, napiê, etc.), isolada de fragmentos florestais.
5,41 4,22
APP ocupada por bambus 5,64 4,4 APP com maciço de espécies arbóreas exóticas e nativas 2,58 2,01 APP com culturas anuais 22,45 17,53 APP com campo úmido 3,7 2,89 APP com maciço de jambolão apresentando baixa regeneração de espécies nativas, isolado de fragmentos florestais
0,98 0,77
APP com maciço de leucena com baixa regeneração de espécies nativas, não isolado de fragmentos florestais.
0,07 0,05
APP com maciço de leucena com baixa regeneração de espécies nativas, isolado de fragmentos florestais.
1,76 1,37
APP com seringal isolado de remanescentes florestais 1,4 1,09 APP com áreas mantidas periodicamente roçadas 4,78 3,73 APP com áreas urbanizadas (estradas, construções, etc.) 0,98 0,77 APP sem vegetação natural (total das áreas sem ocupação florestal)
106,52
83,16
APP total 128,09
100
* Porcentagem referente a área total de Área de Preservação Permanente
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 26
FIGURA 7. Mapa das áreas de recuperação das áreas de preservação permanente do campus Luiz de Queiroz.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 27
1.1.4.4.2. ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE DO CÓRREGO MONTE OLIMPO
A microbacia do córrego Monte Olimpo situa-se dentro do Campus
“Luiz de Queiroz” numa área de cerca de 30 hectares, adjacente ao
aeroporto, estando parcialmente implantada com plantios de Eucalyptus
spp, Pinus spp, e outras espécies com finalidades silviculturais. A área
contém ainda alguns fragmentos florestais com sérias interferências
antrópicas, relacionadas principalmente ao pastejo de animais, que utilizam
esporadicamente as áreas com gramíneas ali existentes.
Foi apresentado um Plano Diretor da microbacia do córrego Monte
Olimpo pelo departamento de Ciências Florestais no ano de 1996. Este
plano diretor propôs iniciar um processo de reformulação dos plantios
comerciais e de recuperação dos fragmentos florestais e áreas de
preservação permanente. Desse modo, incorporar a bacia nos planos
didáticos de várias disciplinas de graduação e pós-graduação do
Departamento de Ciências Florestais e da própria ESALQ, prevendo-se o
envolvimento paulatino de um maior número de departamentos, e contando
com a participação premente da Diretoria e Prefeitura do Campus.
Os objetivos do plano diretor do córrego Monte Olimpo foram
divididos em três grupos, a) objetivos de caráter ambiental, b) objetivos de
caráter científico e didático e c) objetivos de caráter produtivo. Dentro das
perspectivas ambientais enquadram-se: modelo de zoneamento e uso
apropriado do solo na região de Piracicaba, estabilização da produção e
melhoria da qualidade da água da microbacia, recuperação de fragmentos
florestais e áreas de preservação permanente, plano de trilhas e educação
ambiental para o campus. Do ponto de vista científico e didático, tem-se
como proposta criar condições para pesquisa de sistema silviculturais e
agrossilviculturais, servir de local para execução de aulas práticas das
disciplinas do LCF e da ESALQ, fornecer estágio supervisionado aos alunos
de Engenharia Florestal e Agronômica. E quanto ao caráter operacional e
produtivo, almeja-se manejar florestas para produção de bens madereiros e
não madereiros (água, mel, recreação), visando o fornecimento de renda
industrial para o LCF/ESALQ e propiciar aprendizagem prática nas
atividades de implantação, manutenção, colheita e tecnologia da madeira.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 28
O plano de atividades do plano diretor previa o escalonamento da
implantação ou reforma das áreas através de “módulos” que seriam
trabalhados de forma completa em termos de preparo, estradas e
carreadores, aceiros e cercas, e principalmente corte raso, desbaste e
implantação. Ao todo formaram-se oito módulos (A a H) que indicam uma
proposta de seqüência cronológica de intervenção em ordem alfabética (A,
B, C, D, E, F, G) sendo o módulo H formado por faixas de preservação
permanente ao longo do córrego Monte Olimpo que seria implantado em
paralelo aos outros módulos (Figura 8).
FIGURA 8. Divisão da microbacia Monte olimpo em “módulos”.
Entre setembro de 1996 e maio de 1997 foi realizado o primeiro ciclo
de implantação dos módulos do Monte Olimpo, especificamente o módulo A
(Figura 9). O módulo A possui 3 ha, o qual se constituía de área de rebrota
de E. grandis e E. saligna, colhidos em 1994, e numa área de preservação
permanente degradada. Todas estas áreas eram utilizadas indistintamente
como área de pastejo por gado bovino, dada sua infestação de gramíneas
como colonião e brachiaria. Três projetos experimentais foram realizados na
implantação do módulo A: a) experimento clones no espaçamento em
“leque”, b) experimento “Arboretum de Eucalyptus” e c) experimentação
revegetação mata ciliar. Neste último experimento o plantio foi efetuado
com 20 espécies nativas, sendo 10 pioneiras e 10 secundárias e clímax em
março de 1997.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 29
FIGURA 9. Módulo A, primeira etapa da recuperação da microbacia do Monte
Olimpo.
No mês de agosto de 2004 foi realizado o levantamento detalhado da
Microbacia do Córrego do Monte Olimpo, administrada pelo Departamento
de Ciências Florestais da ESALQ/USP, com objetivo de diagnosticar
fielmente sua situação, e revisar o Plano Diretor de 1996 para sua
adequação florestal em termos de áreas de produção, áreas didáticas e
áreas de preservação permanente (Figuras 10 e 11).
(A) (B)
FIGURA 10. Modelo digital de elevação (A) e mapa de solos (B) da microbacia do
córrego Monte Olimpo. Mapas gerados a partir do levantamento GPS realizado nos
dias 08 e 09 de julho de 2004 Fuso 23 - Datum SAD69.
(A) (B)
FIGURA 11. Mapa de APP e cursos de água (A) e mapa de uso atual (B) da
microbacia do córrego Monte Olimpo. Mapas gerados a partir do levantamento GPS
realizado nos dias 08 e 09 de julho de 2004 Fuso 23 - Datum SAD69.
A Tabela abaixo detalha a situação encontrada, que mostra que dos 43 hectares do Monte Olimpo, já houve recuperação de 1.34 ha, havendo a
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 31
necessidade de ainda recuperar 2.60 ha do lado do LCF e 3.94 ha do lado do LZT, e que tal recuperação deve ser conjunta, com a confecção de cercas para evitar o trânsito de animais na área de APP (Tabela 6). TABELA 6: Situação de Uso do Solo – Monte Olimpo – Agosto de 2004
O Grupo Florestal Monte Olimpo atua diretamente nesta recuperação
e pode integrar a iniciativa da ESALQ na adequação do campus.
1.1.4.4.3. MANEJO DO PARQUE E MONITORAMENTO DAS ÁRVORES DE TURMA
Os grupos de paisagismo (GEP e PLANTARTE) estão em fase final de
discussão do plano de manejo do parque da ESALQ, que fornecerá diretrizes
para o resgate da proposta original do projeto desenvolvido por Arsênio
Puttemans e ampliado pelo Prof. Philippe Westin Cabral de Vasconcellos.
Considerando que as formaturas começaram em 1905 (iniciado em
1901), e levando em conta todos os outros cursos, além de agronomia, e se
considerarmos que toda turma formada plantou uma árvore (fato sujeito à
confirmação), teríamos hoje, em 2006, 164 árvores de turma.
A primeira árvore de turma que se tem registro é o Jatobá de 1908,
localizado atrás do serviço odontológico, que se encontra viva, porém sem
placa. São 98 anos plantando árvores de turma (desde 1908, que se tem
registro) destas 71 árvores estão com placa, 12 árvores estão mortas e 70
árvores não têm informação (não se sabe se está viva ou morta)
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 32
Muitas informações foram obtidas entrando-se em contado com ex-
alunos, porém vale ressaltar a dificuldade de se encontrar informações
sobre árvores de turmas anteriores a 1945.
1.1.5. USO ATUAL DO SOLO
O mapa do uso atual do solo do campus Luiz de Queiroz é uma
ferramenta fundamental para definir as diferentes estratégias de manejo,
uso e conservação do solo assim com a definição das áreas de preservação
permanente e reserva legal. Devido à falta desta informação no campus, o
GT uso do solo empenhou-se em gerar esta informação através de
levantamentos de campo e construção de banco de dados dos usos
realizados dentro da área do campus.
O campus foi dividido em duas zonas, uma zona rural que foi
subdividido em 5 áreas de trabalho (Figura 12) e uma zona urbana onde se
concentram os principais prédios administrativos, de pesquisa e salas de
aula.
Na zona rural do campus, por meio de técnicas de geoprocessamento
e utilizando fotografias aéreas recentes (2005), foram identificados os
diferentes usos pelos seus padrões de cor e textura nas fotografias e
criados polígonos que subdividiam os diferentes usos. Após os trabalhos
iniciais de geoprocessamento, 5 grupos de estagiários saíram ao campo
para realizar a checagem das informações geradas na fase de
geoprocessamento. Somado a isto, informações complementares foram
coletadas junto aos departamentos e pesquisadores sobre o manejo e tratos
culturais que eram praticados nos usos identificados. Estas informações
foram sistematizadas num banco de dados que esta associado ao mapa de
uso gerado anteriormente. As informações básicas contidas neste banco de
dados para cada polígono são: identificação do polígono, tipo de uso,
responsável pela área, área experimental ou de uso contínuo, área com ou
sem erosão e no caso de APP ou mata, o tipo de mata e grau de
conservação. Uma vez definido o uso, informações específicas sobre o
manejo de cada uso foram levantadas. Dentre estas informações
encontram-se: espécies utilizadas; área experimental ou de uso contínuo;
área ocupada; histórico da área; no caso de pastagens: a lotação, se é
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 33
sistema rotacionado, manejo de plantas daninhas, e adubação e correção
do solo; no caso de culturas anuais: espécie plantada (ou plantadas), se for
plantio convencional como é feito o preparo do solo (aração e gradagens),
cultura de rotação (se houver), adubação e correção do solo e se houver
irrigação como é feita (tipo e manejo); no caso de culturas perenes, tipo de
manejo nas entrelinhas, tratos culturais, adubação e correção do solo,
previsão de reforma (se houver) e se houver irrigação como é feita (tipo e
manejo); e finalmente para áreas de mata, o grupo ecológico à qual
pertence. Os resultados deste levantamento estão no Caderno 2 de Anexos,
que contém o banco de dados e o mapa de usos.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 34
FIGURA 12: Subdivisão do campus em 5 áreas utilizadas para facilitar o
levantamento de dados.
Dentro de cada área observa-se a separação dos polígonos após
fotointerpretação das fotografias aéreas.
Para a zona urbana foi utilizada a técnica da videografia aérea
multiespectral. Imagens da alta resolução foram tiradas da zona urbana do
campus, processadas utilizando o sistema de informação geográfico TNT-
MIPS e classificadas separando as diferentes coberturas do solo. Os
resultados deste levantamento aparecem na Figura 13 e Tabela 7.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 35
TABELA 7. Classificação das coberturas do solo da área urbana do campus, a
porcentagem e área coberta.
Classificação Supervisionada no TNT mips
Método da máxima verosimilhança - MaxVer
Área imagem 1.296.336 m2
Classe Células % m2
Árvore 797291 36,78% 476769,4
Relvado 574715 26,51% 343671,9
Via_asfalto 36691 1,69% 21940,73
Telha_clara 37177 1,71% 22231,35
Telha_escura 205091 9,46% 122641,7
Piscina 687 0,03% 410,8169
Telha_Cerâmica 101337 4,67% 60598,18
Telha_Cinza 91368 4,21% 54636,85
Solo_nu 190072 8,77% 113660,5
Rio_lago 20582 0,95% 12307,76
Sombra 112823 5,20% 67466,66
Total 2167834 100,00%
Kappa = 0,9103
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 36
FIGURA 13. Videografia aérea multiespectral da área urbana do campus.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 37
1.2. DIAGNÓSTICO GT RESÍDUOS
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 38
1.2.1. INTRODUÇÃO
O presente relatório expressa os resultados do Diagnóstico dos
Resíduos gerados no Campus “Luiz de Queiroz”.
O objetivo deste trabalho é contribuir com o Plano Diretor
Socioambiental Participativo na elaboração de uma Política de Gestão
voltada para a redução, reutilização, reciclagem e destinação final adequada
e segura dos resíduos gerados no Campus universitário.
Trata-se, portanto, de uma ferramenta de gerenciamento e
planejamento que expressa a atual situação da geração e manejo dos
resíduos produzidos nas diferentes atividades desenvolvidas nas quatro
unidades que se utilizam do Campus Luiz de Queiroz: ESALQ, CIAGRI, CENA
e CCLQ.
O trabalho apresenta uma síntese dos resultados coletados pelos
integrantes, ou representantes, dos grupos com atuação na área de
resíduos e que, voluntariamente, integram o Grupo de Trabalho Resíduos
(GT Resíduos).
O GT - Resíduos foi criado pelo Núcleo Gestor do Plano Diretor em
resposta à percepção da comunidade universitária de que as questões
associadas aos resíduos constituem importante fonte de degradação
ambiental.
O material, dentro das limitações naturais e previsíveis de um
trabalho voluntário desta natureza, permite uma visualização da situação
atual dos resíduos gerados no Campus, verificando, na maioria dos casos,
sua origem, natureza, quantificação e destinação final.
O Diagnóstico de Resíduos é, portanto, uma atividade/instrumento do
Plano Diretor e foi executado pelo GT- Resíduos integrado por
representantes do Ambulatório Médico do Campus (UBAS), Centro de
Estudos e Pesquisas para Aproveitamento de Resíduos na Agricultura
(CEPARA), Comissão de Resíduos Químicos da ESALQ (CRQ), Departamento
de Entomologia, Fitopatologia e Zoologia Agrícola (LEF), Divisão de Infra-
Estrutura da Prefeitura do Campus (DVINFRA), ESALQ Júnior Economia,
Laboratório de Tratamento de Resíduos do CENA (LTR-CENA), Programa
USP Recicla.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 39
O Grupo acredita ter cumprido seu primeiro desafio: prestar sua
contribuição à divulgação das informações, arduamente levantadas ao longo
do tempo pelos atores envolvidos na área de resíduos e que, ajudaram a
conhecer melhor a realidade do Campus com a perspectiva da construção
de um modelo de gerenciamento que tenha na sustentabilidade das ações o
seu foco principal.
Complementarmente à elaboração do presente diagnóstico, caberá ao
GT- Resíduos esforçar-se para atingir os seguintes objetivos:
� Articular de forma participativa os diversos procedimentos voltados
para a minimização e gerenciamento dos resíduos do Campus
� Fornecer subsídios à adequação do Campus quanto à legislação
específica para resíduos
� Fortalecer e difundir ações bem sucedidas na temática
� Propor ações para a gestão de resíduos
� Subsidiar a criação de políticas e institucionalização de procedimentos
e processos educativos
� Incentivar a comunidade a gerenciar de forma adequada os resíduos
gerados nas atividades de pesquisa, ensino e extensão.
� Difundir novas tecnologias de minimização e tratamento de resíduos
� Incentivar processos de capacitação de pessoas
A proposição de ações/soluções para a minimização da geração,
adequação da destinação e utilização dos resíduos gerados é a próxima
etapa que se vislumbra para o grupo e, portanto, aliar o conhecimento
acumulado nas unidades do Campus às atividades cotidianas do próprio
Campus torna-se um próximo desafio e compromisso.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 40
1.2.2. METODOLOGIA DE TRABALHO: CONSTRUÇÃO DO PROCESSO
Levantamento dos grupos atuantes e iniciativas
Programa USP Recicla: que tem como objetivos a redução, reutilização e
reciclagem de resíduos sólidos domésticos. Diversas atividades são
realizadas constantemente para alcançar esses objetivos como o
oferecimento de encontros educativos e oficinas de reaproveitamento de
materiais para a comunidade interna e externa ao Campus.
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA): que tem como
atribuição identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa
de riscos, com a participação do maior número de trabalhadores e com
assessoria do Serviço de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT);
elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de
problemas de segurança e saúde no trabalho; participar da implementação
e do controle da qualidade das medidas de prevenção necessárias, bem
como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho, entre
outros.
Laboratório de Tratamento de Resíduos (LTR): suas principais funções
estão relacionadas aos procedimentos de identificação, segurança no
transporte, manuseio, treinamentos, conscientização, utilização,
armazenagem e disposição dos resíduos, bem como implementar atividades
de pesquisa objetivando estudos para a recuperação (reciclagem ou
reutilização) dos principais materiais perigosos não radioativos gerados no
CENA.
Comissão de Resíduos Químicos da ESALQ (CRQ): tem o objetivo de
atuar na definição das diretrizes e no planejamento do gerenciamento dos
resíduos químicos da ESALQ.
Gerenciamento de Embalagens de Agrotóxicos: Iniciativas do Prof.
José Otávio Mentem (ESALQ) que têm por objetivo mapear a quantidade e
legitimar os procedimentos já existentes para o gerenciamento dessas
embalagens.
Grupo de Adequação Ambiental (GADE): tem o propósito de realizar
atividades integradas de ensino, pesquisa e extensão temáticos relativos à
Adequação Ambiental: trabalhar com a adequação ambiental de forma
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 41
ampla, holística e integrada e relacioná-la com a captação, uso e
tratamento da água e dos resíduos.
Centro de Estudos e Pesquisas para o Aproveitamento de Resíduos
Agroindustriais (CEPARA): tem como linhas de ação a produção e
comercialização de composto orgânico, a realização de ensaios no campo ou
em casa de vegetação para avaliar o efeito do composto em culturas
agrícolas, testar novas matérias-primas para produção de composto e a
promoção do controle de qualidade de compostos; pesquisar novos métodos
de compostagem e interagir com a comunidade por meio de trabalhos de
divulgação e de educação ambiental.
Divisão de Infra-Estrutura da Prefeitura do Campus
(DVINFRA/CCLQ): entre outras atribuições deve monitorar e fiscalizar a
destinação adequada dos resíduos da construção civil gerados no Campus.
Laboratório de Ecologia Aplicada (LEA) e Laboratório de Biologia
Reprodutiva e Espécies Arbóreas (LARGEA) - LCF: elaboração e
implementação no gerenciamento de resíduos químicos e articulação do
gerenciamento dos reagentes controlados da ESALQ
Departamento de Tecnologia de Alimentos e Nutrição – LAN:
adequação de laboratórios e entreposto para resíduos químicos.
Departamento de Ciências do Solo: elaboração e implementação parcial
no gerenciamento de resíduos químicos dos laboratórios do Departamento.
Articular e integrar os grupos atuantes
A articulação dos membros do GT-Resíduos ocorreu principalmente
por meio da realização de reuniões mensais e de seminários periódicos, nos
quais os membros do GT puderam apresentar o andamento de suas
atividades, relatar experiências e interagir com os demais grupos de
trabalho.
Atualizar os diagnósticos e informações existentes
Cada grupo ou programa estabeleceu seu próprio método de trabalho
respeitando suas particularidades, seja pela adoção de procedimentos
anteriormente estabelecidos, seja recorrendo à bibliografia específica ou
utilizando-se de uma associação de ambos.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 42
O diagnóstico de cada resíduo foi realizado pelos grupos e programas
já existente, conforme sua área de abrangência.
Durante esta etapa ficou evidenciada a dificuldade da realização dos
diagnósticos. Muitas dificuldades foram relatadas, entre elas a inexistência
de inventários e a morosidade no retorno das solicitações de informações.
Sistematizar informações e elaborar relatórios para o Núcleo Gestor
As informações foram sistematizadas para cada tipo de resíduo
adotando-se os seguintes critérios: classificação (quando couber),
metodologia empregada para realizar o diagnóstico, resultados, fontes de
informações e contatos.
Adotou-se a confecção de fichas-resumo para a apresentação dos
resultados dos diagnósticos individuais acreditando-se que esta forma
facilita a visão geral da situação encontrada.
A sistematização pretende fornecer ao Núcleo Gestor os subsídios
mínimos necessários para a proposição de políticas socioambientais para o
Campus.
1.2.3. DIAGNÓSTICOS DOS RESÍDUOS DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ”
Na ausência de legislação específica para classificação e
caracterização de resíduos em instituições de ensino e pesquisa adotaram-
se como instrumentos guias:
� Resolução RDC No 306/2004 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA), que dispõe sobre o regulamento técnico para o
gerenciamento de resíduos de serviços de saúde, incluindo
estabelecimentos de ensino e pesquisa em saúde.
� Resolução CONAMA No 307/2002 da Comissão Nacional de Meio
Ambiente, que estabelecem diretrizes e procedimentos para a gestão dos
resíduos da construção civil.
� Decreto Federal No 4074/2002, que regulamenta a Lei No 7.802/1989,
que dispões sobre o destino final dos resíduos e embalagens de
agrotóxicos.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 43
� Norma CNEN NE 6.05/1985 da Comissão Nacional de Energia Nuclear,
que estabelece critérios gerais e requisitos básicos relativos à gerência
de rejeitos radioativos em instalações radiativas.
� Resolução CONAMA No 301/2002 da Comissão Nacional de Meio
Ambiente, que altera dispositivos da Resolução CONAMA 258/1999, que
dispões sobre pneumáticos.
� Norma Técnica ABNT NBR 10.004:2004 da Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT), que classifica os resíduos sólidos quanto aos
seus riscos potenciais ao meio ambiente e á saúde pública, para que
possam ser gerenciados adequadamente.
� Resoluções CONAMA No 257/1999 e No 263/1999 da Comissão Nacional
de Meio Ambiente, que dispõem sobre o descarte de pilhas e baterias
usadas.
Desta forma, os resíduos contemplados pelo diagnóstico foram assim
denominados:
� RESÍDUOS RECICLÁVEIS E NÃO RECICLÁVEIS
� RESÍDUOS ORGÂNICOS
� LÂMPADAS FLUORESCENTES
� PILHAS E BATERIAS
� RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
� RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE
� RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
� RESÍDUOS QUÍMICOS
� EMBALAGENS DE AGROTÓXICOS
� RESÍDUOS RADIOATIVOS
� RESÍDUOS BIOLÓGICOS
� OUTROS RESÍDUOS
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 44
RESÍDUO CLASSIFICAÇÃO (ABNT)
RESÍDUOS RECICLÁVEIS E NÃO RECICLÁVEIS CLASSE II A - NÃO INERTES
CARACTERÍSTICAS
RECICLÁVEIS: são constituídos de materiais passíveis de retornarem aos ciclos produtivos, tais como Plásticos (embalagens em geral, vasilhas e tampas, tubos de PVC); Metais (latas de alumínio e aço, embalagens de alumínio, fios, arames e pregos, chapas e cantoneiras); Vidros (garrafas, recipientes de alimentos, cosméticos, medicamentos e produtos de limpeza, vidros não contaminados, cacos protegidos); Papéis (sulfite, jornal, papelão, papel colorido e papel de presente).
NÃO RECICLÁVEIS: são materiais que pela composição, ausência de tecnologia dificuldades de logística e mercado não retorna ao ciclo produtivo sendo coletados e destinados pelo Serviço Municipal de Limpeza Pública, tais como: guardanapos e lenços de papel, embalagens sujas, esponja, espelhos e vidros quebrados, cerâmicas e porcelanas, isopores, restos de madeiras, papéis carbono e plastificados, espumas, embalagens aluminizadas.
METODOLOGIA
Pesagem dos resíduos totais do Campus: com auxílio da empresa Transpolix que realiza a coleta municipal sendo calculada como a diferença entre o peso do caminhão de coleta com carga de lixo do Campus e a tara do caminhão. Etiquetagem e Pesagens dos papéis e recicláveis gerados semanalmente por Departamento pelo USP Recicla e Prefeitura do Campus. Análises dos diagnósticos já existentes do lixo reciclável e não reciclável por Departamento e Setores do Campus.
RESULTADOS RESÍDUO GERADOR
QUANTIDADE DESTINO/TRATAMENTO
Kg/mês PAPEL E PAPELÃO
CAMPUS
3.000
COMERCIALIZAÇÃO COM RENDA REVERTIDA PARA O PROGRAMA USP RECICLA
PLÁTICOS VIDROS E METAIS
1.000 DOAÇÃO PARA COOPERATIVA “RECICLADOR SOLIDÁRIO” CONFORME CONVÊNIO
NÃO-RECICLAVEIS
16.000 ATERRO SANITÁRIO MUNICIPAL
FONTE Diagnósticos USP Recicla, Cooperativa Reciclador Solidário e Empresa Transpolix – Transportes Especiais Ltda. (2006) CONTATOS Programa USP RECICLA: fone 3429-4459/4051 - e-mail [email protected] Cooperativa Reciclador Solidário: fone 3424-4325
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 45
RESÍDUO CLASSIFICAÇÃO (ABNT)
RESÍDUOS ORGÃNICOS CLASSE II A - NÃO INERTES
CARACTERÍSTICAS
São representados por: restos de frutas, legumes, verduras e alimentos em geral, contêm nutrientes e umidade que favorecem o desenvolvimento de microrganismos, responsáveis pela decomposição das frações biodegradáveis (proteínas, lipídios e carboidratos). Estes resíduos apresentam grande potencial de geração de energia quando tratados em biodigestores e grande potencial de produção de condicionadores de solos quando submetidos à compostagem.
METODOLOGIA
Identificação das fontes geradoras de resíduos orgânicos domiciliares; restos de culturas; restos de origem animal em confinamento e resíduos de poda. Os dados foram obtidos a partir de visitas aos locais de geração, estimativas fornecidas pelos técnicos responsáveis e pesagens por amostragem dos resíduos de origem animal e de poda.
RESULTADOS
RESÍDUO GERADOR QUANTIDADE t/ano
DESTINO/TRATAMENTO
RESTOS DE CULTURAS (SOJA, MILHO, ARROZ E BATATA-DOCE)
FAZENDA AREÃO, ANHEMBI, CATERPILLAR, DEPTO DE GENÉTICA, SERTÃOZINHO
256,3 COMPOSTAGEM (4t/ano) INCORPORAÇÃO AO SOLO (252,3t/ano)
CAMAS DE FRANGOS E CARCAÇAS
DEPTO DE GENÉTICA 135,6
FOSSA SÉPTICA (CARCAÇAS) TROCA POR PALHA DE ARROZ E DOAÇÃO PARA USUÁRIOS INTERNOS (CAMAS DE FRANGOS)
RESÍDUOS DE PARQUES E JARDINS
CENA 36 DISPOSTOS NAS ÁREAS DE PASTO
ESALQ, CCLQ, CIAGRI 1.800 COMPOSTAGEM DEPÓSITO EM ÁREA DO CAMPUS
DEJETOS SECOS DE BOVINOS
ESALQ (LZT)
880 INCORPORAÇÃO NAS ÁREAS DE PASTO COMERCIALIZAÇÃO ESCOAMENTO PARA CORPO HÍDRICO
DEJETOS SECOS DE SUÍNOS
1
DEJETOS SECOS DE CAPRINOS
CENA NÃO INFORMADO
FEZES RADIOMARCADAS SÃO DESTINADAS AO SERVIÇO DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA PARA SEREM ARMAZENADAS ATÉ DECAIMENTO DOS RADIONUCLÍDEOS. DEMAIS DEJETOS SÃO INCORPORADOS AO SOLO
RESÍDUOS ORGÂNICOS DOMICILIARES
RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO, CRECHE, COPAS E COAZINHAS DOS DPTOS
105
DOAÇÃO PARA CRIAÇÃO DE SUÍNOS (84t/ano) COMPOSTAGEM PILOTO E DESCARTE NO LIXO COMUM
TOTAL APROXIMADO NO CAMPUS 3.213,9
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 46
FONTE Dados fornecidos pelo Prof. Dr. Antonio Augusto D. Coelho e Cláudio Roberto Segatelli – LGN; Engº Agrônomo Erreinaldo Donizeti Bortolazzo e Engº Agrônomo Horst Brenner Neto (Responsável pelas Áreas Experimentais do LPV); Graduando em Eng. Agrônomica Ramom W. Morato e Wilson Rodrigues Fernandes – CEPARA; Gilberto Messias Nascimento e Lécio Aparecido Castilho (CENA), 2006. CONTATOS CEPARA (Centro de Pesquisa para o Aproveitamento de Resíduos Agroindustriais) e-mail: [email protected] - fone: 3429-4171 CENA - Poda: Gilberto Messias Nascimento – Fone: 3429-4739 Esterco: Lécio Aparecido Castilho – fone: 3429-4748/4755 SERVIÇOS DE PODAS E JARDINS DA CCLQ: fone: 3429-4394 USP RECICLA: e-mail: [email protected] - fone: 3429 4459/4051
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 47
RESÍDUO CLASSIFICAÇÃO (ABNT)
LÂMPADAS FLUORESCENTES CLASSE I – PERIGOSOS
CARACTERÍSTICAS
Lâmpadas fluorescentes, compactas ou tubulares, contendo mercúrio, substância nociva ao homem e ao ambiente. Quando rompidas liberam vapor desse metal, que pode entrar na cadeia alimentar dos animais e ter a sua concentração aumentada nos diferentes níveis tróficos.
METODOLOGIA
Todas as lâmpadas queimadas são encaminhadas para o Galpão do USP Recicla pelos geradores e acondicionadas em contêiner especial. A cada dois anos as lâmpadas são encaminhadas para uma empresa que realiza a descontaminação e reciclagem.
RESULTADOS
RESÍDUO GERADOR QUANTIDADE
DESTINO/TRATAMENTO unidades/ano
LÂMPADAS
ESALQ, CIAGRI E CCLQ
3.500
ENCAMINHADOS AO GALPÃO DO USP RECICLA E ENVIADO PARA DESCONTAMINAÇÃO E RECICLAGEM EM PAULÍNIA (CUSTO UNITÁRIO DE R$0,29).
CENA 800 TOTAL NO CAMPUS 4.300
FONTE Diagnósticos USP Recicla, LTR-CENA (2006) CONTATOS DVINFRA (Divisão de Infra-estrutura do Campus) Seção de Elétrica - fone: 3429-4394 USP RECICLA: e-mail: [email protected] - fone:3429-4459/4051 CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) e-mail: [email protected] CENA- LTR – (Laboratório de Tratamento de Resíduos) fone: 3429-4830
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 48
RESÍDUO CLASSIFICAÇÃO (ABNT)
PILHAS BATERIAS CLASSE I – PERIGOSOS
CARACTERÍSTICAS
O artigo 1º da Resolução 257 confere tratamento especial para as pilhas e baterias que contenham em suas composições chumbo, cádmio, mercúrio e seus compostos, acima dos níveis estabelecidos nos artigos 5º e 6º. Elas devem ser entregues, após seu esgotamento energético, pelos usuários aos estabelecimentos que as comercializam ou à rede de assistência técnica autorizada pelas indústrias. Devem ser devolvidas as seguintes pilhas e baterias: de chumbo ácido, voltadas ao uso industrial e veicular; de níquel cádmio, utilizadas principalmente em telefones celulares e aparelhos que usam pilhas e baterias recarregáveis; e as de óxido de mercúrio. Utilizadas em lanternas, rádios, brinquedos, aparelhos de controle remoto, equipamentos fotográficos, pagers e walkman, as pilhas comuns e alcalinas, como não oferecem risco à saúde e nem ao meio ambiente, depois de esgotadas elas podem ser dispostas junto com os resíduos domiciliares. O mesmo destino deve ter as pilhas e baterias especiais compostas pelos sistemas níquel-metal-hidreto, íons de lítio, lítio e zinco-ar e, também, as do tipo botão ou miniatura. Elas não produzem nenhum dano e também podem ser dispostas no lixo doméstico. A recomendação para o descarte desses dois grupos de pilhas vale somente para os produtos em conformidade com as determinações das Resoluções 257 e 263.
METODOLOGIA
O levantamento da geração de pilhas, baterias e cartuchos no Campus foi realizado por meio de consultas às unidades. ESALQ, CCLQ e CIAGRI não apresentaram dados para pilhas e baterias. No CENA as pilhas e baterias são recolhidas pela equipe do PGRQ/CENA e armazenadas no entreposto até obtenção de uma massa considerável para encaminhamento à reciclagem externa. A CCLQ apresenta um consumo de cerca de 30 cartuchos por mês
RESULTADOS
RESÍDUO GERADOR QUANTIDADE DESTINO/TRATAMENTO
PILHAS E BATERIAS
ESALQ, CIAGRI, CCLQ NÃO INFORMADO -
CENA 35Kg/ano ARMAZENAMENTO/RECICLAGEM
CARTUCHOS CCLQ 360un./ano COLETA E
COMERCIALIZAÇÃO CENA NÃO INFORMADO -
FONTE Diagnósticos LTR-CENA (2006) CONTATOS CETESB (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) fone 3434-2522 site: http://www.cetesb.sp.gov.br CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) - site: http://www.mma.gov.br/port/conama
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 49
RESÍDUO CLASSIFICAÇÃO (ABNT)
RESÍDUOS DE CONTRUÇÃO CIVIL CLASSE II A – NÃO INERTES
CARACTERÍSTICAS
São rejeitos e sobras de materiais utilizados na execução de todas as etapas de obras de construção civil e de demolição. Apresentam grande potencial de reciclagem.
METODOLOGIA
O método adotado para estimar a geração de resíduos de construção civil no Campus baseou-se no modelo de levantamento dos resíduos de obras realizado no Município de São Carlos – SP, em 2004. Os índices utilizados são: peso específico dos resíduos 0,60t/m3 e taxa de geração de 137,02kg/m2. Também foram levantados os resíduos gerados nas seções de pintura (latas, pincéis, adesivos) por meio de consulta telefônica e visitas. As pesagens e mensurações foram realizadas pelos encarregados das seções.
RESULTADOS
RESÍDUO GERADOR QUANTIDADE DESTINO/TRATAMENTO
LATAS DE TINTAS
CCLQ
360latas/ano
DESCARTE NO LIXO COMUM
ADESIVOS 360kg/ano PINCÉIS E ROLOS DE PINTURA
180unidades/ano
RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL
CCLQ 60t/ano CAÇAMBA/BOTA-FORA EMPRESAS TERCERIZADAS 822t/ano CAÇAMBA/ATERRO
CENA 75t/ano CAÇAMBA/ATERRO TOTAL NO CAMPUS 957t/ano -
FONTE Diagnósticos DVINFRA (2006) /CENA-COESF (2005) CONTATOS DVINFRA (Divisão de Infra-estrutura) - fone: 3429-4394 CENA - COESF – Osmar Francisco Mantelato - fone: 3429-4840
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 50
RESÍDUO CLASSIFICAÇÃO (ABNT)
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE
CLASSE II A – NÃO INERTES
CARACTERÍSTICAS
São aqueles gerados no serviço de transporte do Campus, tais como: pneus, óleo lubrificante, peças metálicas e estopas.
METODOLOGIA
Levantamento de informações junto aos responsáveis pelos setores de transportes das unidades.
RESULTADOS RESÍDUO GERADOR QUANTIDADE DESTINO/TRATAMENTO
PNEUS
CCLQ, CIAGRI, ESALQ
48unidades/ano COMERCIALIZAÇÃO
CENA 16unidades/ano COMERCIALIZAÇÃO
ÓLEO LUBRIFICANTE
CCLQ, CIAGRI, ESALQ
1.740 l/ano COMERCIALIZAÇÃO
CENA 72L/ano NÃO INFORMADO
PEÇAS METÁLICAS
CCLQ, CIAGRI, ESALQ
INFORMAÇÃO INEXISTENTE INFORMAÇÃO INEXISTENTE
FILTROS DE ÓLEO
CENA 24unidades/ano NÃO INFORMADO
ESTOPAS E DEMAIS RESÍDUOS
CCLQ, CIAGRI, ESALQ
120 kg/ano DESCARTE NO LIXO COMUM
FONTE Seção de Transportes das Unidades do Campus (2006) CONTATOS CENA - Veículos: Fernando, Fone: 3429-4619 Posto de Coleta – BANITEZ, fone: 3434-5265 SEDEMA (Secretaria Municipal de Defesa do Meio Ambiente de Piracicaba) – fone: 3403-1250
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 51
RESÍDUO CLASSIFICAÇÃO (ABNT)
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE CLASSE I – PERIGOSOS
CARACTERÍSTICAS
São resíduos no estado sólido e semi-sólido gerados no Ambulatório Médico do Campus que apresentam riscos biológicos à saúde e meio ambiente, no Departamento de Ciência do Solo são resíduos oriundos de procedimentos de técnicas de microbiologia do solo.
METODOLOGIA
Identificação, separação e pesagem dos resíduos gerados no Ambulatório Médico do Campus. As pesagens foram realizadas durante 9 (nove) dias.
RESULTADOS
RESÍDUO GERADOR QUANTIDADE t/ano DESTINO/TRATAMENTO
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
AMBULATÓRIO MÉDICO 0,21 COLETADO PELO SERVIÇO
MUNICIPAL DE LIMPEZA URBANA E DESTINADO PARA UNIDADE DE TRATAMENTO LOCALIZADA NO MUNICÍPIO DE PAULÍNIA-SP
DEPTO DE CIÊNCIA DO SOLO 0,23
CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO NÃO INFORMADO NÃO INFORMADO
TOTAL APROXIMADO NO CAMPUS 0,44 FONTE Diagnóstico realizado pela Enf. Maria Angélica Rodini da Silva do Ambulatório Médico - UBAS (2006) CONTATOS SEDEMA (Secretaria Municipal de Defesa do Meio Ambiente de Piracicaba) - fone: 3403-1250 SILCON – Ambiental (11) 3217-5777: Empresa responsável pela descontaminação dos resíduos gerados em Piracicaba, site: http://www.silcon.com
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 52
RESÍDUO CLASSIFICAÇÃO (ABNT)
RESÍDUOS QUÍMICOS CLASSE I – PERIGOSOS
CARACTERÍSTICAS
São substâncias ou mistura de substâncias geradas nas atividades rotineiras dos laboratórios de ensino e pesquisa, com potencial de causar danos a organismos vivos, materiais, estruturas ou ao meio ambiente. Em laboratórios químicos os resíduos químicos perigosos mais usuais compreendem: solventes orgânicos, resíduos de reações, reagentes contaminados, degradados ou fora do prazo de validade, soluções-padrão e fases móveis de cromatografia. Os principais riscos associados aos resíduos químicos são: explosão, fogo, corrosão, toxicidade a organismos ou outros efeitos deletérios.
METODOLOGIA
Na ESALQ o diagnóstico encontra-se em andamento, o método utilizado compreende a revisão de levantamentos anteriores e a atualização de dados por meio do envio de diagnósticos a todas as fontes geradoras de resíduos químicos.
No CENA já existe um Programa de Gerenciamento de Resíduos Químicos, responsável pela elaboração e atualização do inventário de resíduos.
RESULTADOS
RESÍDUO GERADOR QUANTIDADE t/ano DESTINO/TRATAMENTO
RESÍDUOS QUÍMICOS
ESALQ 250(1)
Alguns geradores armazenam seus resíduos, outros lançam na rede de esgoto ou descartam junto com resíduos domiciliares.
CENA 350(2) A maior parte dos resíduos é recuperada e reciclada na própria Unidade.
TOTAL APROXIMADO NO CAMPUS 600
FONTE (1) Valor estimado no consumo anual de 350 t de produtos químicos. (2) Tavares, G.A.; Bendassolli, J.A.; Quim. Nova, Vol. 28(4), 732-738, 2005. CONTATOS CRQ/ESALQ (Comissão de Resíduos Químicos) - Químico Arthur Roberto Silva Ramal 4236 - e-mail: [email protected] LTR/CENA (Laboratório de Resíduos Químicos) Prof. Dr. José Albertino Bendassolli Ramal 4680 – e-mail: [email protected] Químico Glauco Arnold Tavares - Ramal 4830 - email: [email protected] Química Juliana Graciela Giovannini Ramal 4830 - email: [email protected]
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 53
RESÍDUO CLASSIFICAÇÃO (ABNT)
EMBALAGENS DE AGROTÓXICOS CLASSE I – PERIGOSOS
CARACTERÍSTICAS
Embalagens de produtos químicos destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas, nativas ou implantadas, e de outros ecossistemas e também de ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos, bem como as substâncias e produtos, empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de crescimento. Pela composição destes produtos químicos apresentam riscos à saúde e ao meio ambiente devendo ser encaminhadas após tríplice lavagem (quando aplicável) para a reciclagem ou destruição.
METODOLOGIA
Envio aos usuários de agrotóxicos de carta e ficha para levantamento de todas as embalagens geradas pelo Campus nas atividades agrícolas. O levantamento ainda está em fase de andamento. Todavia, em consulta à Central de recebimento de embalagens de agrotóxicos da COPLACANA, verificou-se que no ano de 2002 o Campus enviou 230 kg de embalagens; no ano de 2003 enviou 512 kg de embalagens e em 2004 enviou 102 kg de embalagens.
FONTE Coplacana – Cooperativa dos Plantadores de Cana de Piracicaba CONTATOS INPEV – Instituto Nacional de Processamentos de Embalagens Vazias – (11) 3069-4400 e-mail: [email protected] - site: www.inpev.org.br
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 54
RESÍDUO CLASSIFICAÇÃO (CNEN)
REJEITOS RADIOATIVOS BAIXO, MÉDIO OU ALTO NÍVEL DE RADIAÇÃO
CARACTERÍSTICAS
São quaisquer materiais resultantes de atividades humanas, que contenham radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de isenção especificados na Norma CNEN-NE-6.02: “Licenciamento de instalações radiativas”, para os quais a reutilização é imprópria ou não prevista.
METODOLOGIA
Consulta realizada junto ao técnico do Serviço de Proteção Radiológica do CENA e responsável pelo Depósito de Materiais Radioativos (DMR-CENA).
RESULTADOS Os técnicos responsáveis afirmam não ser possível estimar a quantidade de rejeitos radiomarcados armazenada e gerada no CENA. Os rejeitos são armazenados no depósito até seu decaimento radioativo a níveis seguros ou até sua transferência para depósitos intermediários ou finais da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). FONTE SPR (Serviço de Proteção Radiológica) – CENA/USP. O SPR-CENA conta com apoio de dois técnicos responsáveis pelo gerenciamento desses rejeitos, cabendo a esses técnicos orientar e avaliar a execução e adequação do programa de gerenciamento de rejeitos radioativos através da análise dos registros, das medições e do monitoramento. CONTATOS SPR (Serviço de Proteção Radiológica) – CENA/USP - fone: 3429-4668 / 4836.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 55
RESÍDUO CLASSIFICAÇÃO (CNEN)
RESÍDUOS BIOLÓGICOS – CENA CLASSE I - PERIGOSOS
CARACTERÍSTICAS
São resíduos advindos dos laboratórios que executam atividades que geram material biológico. Os resíduos biológicos gerados nos laboratórios do CENA/USP são autoclavados à temperatura de 120°C por um período 20 minutos e após este procedimento são descartados no lixo comum.
METODOLOGIA
Consulta realizada junto aos responsáveis pela geração.
RESULTADOS Segundo os responsáveis, o tratamento é realizado imediatamente após a geração, inviabilizando a estimativa de geração deste tipo de resíduo. FONTE Prof. Dr Antonio Vargas de Oliveira Figueira – fone: 3429-4814 CONTATOS SPR (Serviço de Proteção Radiológica) – CENA/USP - fone: 3429-4668 / 4836.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 56
RESÍDUO CLASSIFICAÇÃO
OUTROS RESÍDUOS VARIÁVEL
CARACTERÍSTICAS
São objetos abandonados ou perdidos no Campus,
METODOLOGIA
Consulta realizada junto aos responsáveis pela geração.
RESULTADOS Segundo os responsáveis, o tratamento é realizado imediatamente após a geração, inviabilizando a estimativa de geração deste tipo de resíduo. FONTE Prof. Dr Antonio Vargas de Oliveira Figueira – fone: 3429-4814 CONTATOS SPR (Serviço de Proteção Radiológica) – CENA/USP - fone: 3429-4668 / 4836.
1.2.4. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS E CONCLUSÃO
Foram identificadas, no Campus Luiz de Queiroz, doze equipes de
trabalho, entre laboratórios, comissões e programas que desenvolvem
atividades na área de resíduos.
As equipes apresentaram como características comuns: a adoção de
procedimentos de atuação bem definidos, a demonstração de grande
conhecimento na área de interesse e a capacitação para intervir com
propostas de gerenciamento no âmbito do Campus universitário.
A abrangência do trabalho das equipes dividiu-se em dois níveis:
atuação nas quatro unidades do Campus, como por exemplo, o Programa
USP Recicla e atuação restrita à Unidade ou setor específico, como por
exemplo, o Laboratório de Tratamento de Resíduos do CENA.
O trabalho demonstrou a diversidade de resíduos gerados nas quatro
unidades que compõem o Campus “Luiz de Queiroz” revelando que o maior
constituinte são os resíduos orgânicos, conforme apresentado nas Tabelas 8
e 9.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 57
TABELA 8: Geração anual de resíduos no Campus Luiz de Queiroz da
Universidade de São Paulo
TIPOLOGIA DO RESÍDUO t/ano %
PAPEL E PAPELÃO 36 0,71
PLÁSTICOS E VIDROS 36 0,71
NÃO RECICLÁVEIS 192 3,81
RESTOS DE CULTURAS 256,3 5,09
CAMA DE FRANGO 132 2,62
CARCAÇAS DE FRANGO 3,6 0,07
ORGÂNICOS DOMICILIARES 105 2,08
LIMPEZA DE PARQUES 1.836 36,43
DEJETOS DE ANIMAIS 881 17,48
LÂMPADAS FLUORESCENTES 1,18 0,02
PILHAS E BATERIAS 0,035 0, 001
CARTUCHOS DE IMPRESSORA 0,18 0,00
RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL 957 18,99
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE 1,77 0,04
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE 0,44 0,01
RESÍDUOS QUÍMICOS 600 11,91
EMBALAGENS DE AGROTÓXICOS 0,5 0,01
TOTAL 5.039,01 100,00
TABELA 9: Resumo dos resíduos gerados e a existência de um Programa de Gerenciamento
Tipo de Resíduos Existe Programa de Gerenciamento? Sim Parcial Não
Resíduos orgânicos – restos de origem animal x Resíduos orgânicos – restos de origem vegetal x Resíduos orgânicos – domiciliares x Resíduos domésticos não recicláveis x Reciclável (papel, plásticos, vidros e metais) x Lâmpadas Fluorescentes x Resíduos de construção civil x Resíduos químicos na ESALQ x Resíduos químicos no CENA x Resíduos de serviços de saúde x Resíduos radioativos x Embalagens de agrotóxicos x Pneus x Pilhas e baterias no CENA x Pilhas e baterias no Ciagri, ESALQ e CCLQ x Cartuchos CCLQ x
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 58
1.3. DIAGNÓSTICO GT PERCEPÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 59
1.3.1. HISTÓRICO
O Grupo de Trabalho de Percepção e Educação Ambiental emergiu da
necessidade de se conhecer a relação da comunidade do Campus “Luiz de
Queiroz” com o próprio campus e com as questões socioambientais que o
cercam.
O GT foi formado em outubro de 2005 durante as reuniões do Núcleo
Gestor do Plano Diretor e envolveu também diversos participantes de
programas, projetos e disciplinas voltados à temática ambiental no Campus.
O Campus “Luiz de Queiroz” tem por aptidão o desenvolvimento da
temática ambiental, entretanto muitos dos conhecimentos gerados não são
utilizados para a melhoria socioambiental local.
Existem no campus diversas iniciativas de Educação Ambiental como:
� Programa USP Recicla
� OCA – Laboratório de Política, Legislação e Educação Ambiental
� Projeto Educação Ambiental com Moradores do Campus “Luiz de
Queiroz” - USP Recicla e DVATCOM
� Centro de Convivência Infantil do Campus – DVATCOM
� Núcleo de Qualidade de Vida do Campus – NQV/DVATCOM
� Agentes de Sustentabilidade Socioambiental – USP Recicla
� Projeto Pisca para educação e conservação da bacia do Piracicamirim
� Projeto Bacias Irmãs
� Projeto Pequeno Cidadão
� GADE – Grupo de Adequação Ambiental
� Ensino: graduação, pós-graduação, licenciatura em Educação
Ambiental
Percepção e Educação Ambiental é tema que permeia todos os
demais GTs que compõe o Plano Diretor Socioambiental, ainda mais pela
ênfase participativa que consolida este Plano. Os dados gerados subsidiarão
os trabalhos a serem desenvolvidos pelos demais GTs e nortearão a tomada
de decisão em relação às estratégias de mobilização da comunidade para o
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 60
enfrentamento dos problemas socioambientais locais. Espera-se que todo
este processo também auxilie na elaboração da Agenda 21 do Campus.
É formado pela OCA – Laboratório de Política, Legislação e Educação
Ambiental; Divisão de Atendimento à Comunidade, da Prefeitura do Campus
“Luiz de Queiroz”; Programa USP Recicla; Projeto Bacias Irmãs;
representante do CIAGRI; alunos da disciplina de Educação Ambiental do
Depto de Ciências Florestais da ESALQ.
O que se entende por percepção ambiental
Uma das primeiras preocupações do GT foi buscar algumas definições
para educação e percepção ambiental e a relação destas.
♦ “A literatura sobre o tema percepção do meio ambiente cresceu
qualitativa e quantitativamente nas últimas duas décadas. Enquanto as
primeiras pesquisas nos anos 70 se apoiavam no behaviorismo e na
psicologia cognitiva, registra-se atualmente uma maior ênfase na dimensão
geográfica. Eventos recentes sobre a percepção e conservação ambiental
[Rio Claro (SP) em abril de 2004] e a percepção e cognição do meio
ambiente [Londrina (PR) em junho de 2005] mostraram uma maior
preocupação com a aplicação dos conhecimentos sobre a percepção
ambiental no planejamento urbano e na gestão do meio ambiente, tratando
de temas como conservação, patrimônio, educação ambiental e o diálogo
entre direito ambiental e a geografia para citar apenas alguns exemplos”
(SEEMANN, 2006, p.1).
“Percepção”, segundo OLIVEIRA & RIO (1999, p.3) é um processo
mental de interação do indivíduo com o ambiente e se dá por meio de
mecanismos perceptivos, propriamente ditos, além dos cognitivos. Os
primeiros são dirigidos pelos estímulos externos, captados através dos
sentidos, os segundos, são aqueles que compreendem a contribuição da
inteligência, desde a motivação à decisão de condita.
O diagnóstico da percepção ambiental no Campus “Luiz de Queiroz”
procurou, portanto, identificar tanto os aspectos objetivos relacionados aos
conhecimentos socioambientais das pessoas entrevistadas, quanto aspectos
mais subjetivos que influenciam a relação dessas pessoas com o ambiente
no qual se inserem.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 61
Os objetivos do GT são:
� Levantar todas as iniciativas de educação e percepção ambiental do
Campus (eventos, teses, dissertações, serviços, etc.);
� Articular os demais GT’s na temática educação;
� Ser interface do Plano Diretor com a Comunidade;
� Criar canais de participação da comunidade
1.3.2. METODOLOGIA
Nesta fase foi realizado o levantamento de dados, entendimento e
resgate de processos já desenvolvidos e em andamento no campus;
elaboração de questionários e busca de metodologias para compreender a
percepção e relação da comunidade com o Campus.
Como um princípio participativo do Plano Diretor, grande ênfase foi
dada a construção do próprio processo, que consiste na articulação das
pessoas e grupos, no debate, no consenso e no entendimento das
diferenças, no gerenciamento de conflitos e na diversidade da forma de
atuação dos envolvidos. Tudo isso vem fazendo parte da forma de
elaboração do Plano e é isso que o torna rico e, é o que na nossa concepção
o torna legítimo como processo de construção participativo.
O GT estabeleceu um cronograma de trabalho, com atribuições e
datas para as atividades. As reuniões ocorrem semanal ou quinzenalmente
conforme a exigências de trabalho.
O Grupo de Trabalho de Percepção e Educação Ambiental definiu as
seguintes etapas de trabalho:
1) Levantamento das bibliografias, sites, linhas de pesquisas,
disciplinas já desenvolvidas ao longo do tempo e em
desenvolvimento no campus:
Foram levantados pela equipe toda a produção do campus na
temática socioambiental. Durante o primeiro seminário do Núcleo Gestor
realizado em março de 2006, foi apresentada a linha do tempo
socioambiental do Campus, incluindo ações, pesquisas e marcos ambientais
globais e locais.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 62
Foram detectadas ao todo cerca de 30 disciplinas, 300 publicações (papers,
dissertações e teses, linhas de pesquisa). Todos os resultados da pesquisa
encontram-se no Caderno de Anexos.
♦
2) Definição da metodologia de atuação: elaboração de um
questionário e entrevista para o levantamento da percepção
ambiental do Campus e definição da amostragem
A princípio buscou-se utilizar a metodologia desenvolvida na pesquisa
de opinião nacional coordenada por Samyra Crespo do ISER em parceria
com o Ministério do Meio Ambiente “O que os brasileiros pensam de meio
ambiente e desenvolvimento sustentável”, realizada em todo território
nacional a cada quatro anos desde 1992. Entretanto como um dos princípios
do Plano Diretor era de utilizar as potencialidades do próprio Campus, o
questionário foi desenvolvido pela própria equipe envolvida neste GT.
O questionário foi elaborado pela equipe durante um mês e todas as
questões foram discutidas na sua importância, abrangência. Um processo
de construção muito rico, que envolveu a discussão e o esforço de cerca de
10 membros. As tabelas 10, 11 e 12 mostram, respectivamente, o número
de usuários por categoria que freqüentam o campus, o plano de amostral
deste diagnóstico e o número de pessoas entrevistadas por categoria.
O questionário consta de 48 questões que traçam o perfil da
comunidade geral que freqüenta o campus (alunos de graduação, alunos de
pós-graduação, docentes, funcionários e pessoas que não têm vínculos
formais com a USP, mas que freqüentam por várias razões o campus,
denominadas daqui em diante de “comunidade”. Procurou-se identificar
como e porque tais pessoas utilizam o campus, como o percebem
(problemas e alternativas), como contribuem para impactos e melhorias,
qual o grau de seu conhecimento e quais suas contribuições para o Plano
Diretor. A amostragem dos questionários foi definida por categorias
envolvendo sempre que possível todas as Unidades do Campus (CENA,
CIAGRI, ESALQ e CCLQ). Os grandes agrupamentos de categorias para
facilitação das análises foram, portanto, as seguintes: a) docentes e
pesquisadores (aposentado e ativos); b) alunos de graduação; c) alunos de
pós-graduação; d) funcionários não docentes (terceirizados, de outras
unidades e ligados ao Campus); e) “Comunidade” (externa e de
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 63
serviços/pesquisas conveniados). Algumas questões são especificas
conforme a categoria.
Após a elaboração preliminar foi aplicado o questionário piloto
entre cerca de doze pessoas que serviu de referência para adaptação de
diversas questões antes da aplicação do questionário definitivo.
Com base nos dados coletados abaixo, buscou-se a definição de uma
amostra que fosse representativa qualitativa e quantitativamente, todavia,
ênfase está sendo dada para a análise qualitativa dos dados obtidos sobre a
percepção ambiental no campus.
TABELA 10. Levantamento de Dados – Número de usuários do Campus “Luiz de Queiroz” Categoria
No.
Docente 225 Funcionários ESALQ 522 Funcionários CCLQ 283 CENA 167 Ciagri 026 Terceirizados (Limpeza e Segurança) 260 CEPEA 026 IPEF 017 FEALQ (estagiários e ou contratados) 020 UBAS 030 Alunos GR 1833 Alunos Pg 1059 Comunidade (PC Cidadão) 100 BANESPA 030 SINFESALQ 020 TERCEIRA IDADE 100 Outros (utilizam serviço de compras na Leiteria, Horta,), Visitas ao Museu, Escolas, Banco, Associações, Consultas no UBAS, Caminhadas, dependentes, Projetos – Equoterapia, Clínica do Leite, Casa do Agricultor
1000* estimativa
Familiares de Moradores das Colônias 95
População Total diária: 5.787 Fonte: Informativo ESALQ na Atualidade, 2005 Relatório de Gestão CCLQ 1999 a 2005; Home Page do Campus e Lista Telefônica do Campus, 2006 e Secretaria da CCLQ, 2006
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 64
TABELA 11. Plano Amostral Geral
Categorias Total para aplicação dos questionários
Funcionários 40 Docentes (divididos entre deptos) 35
Alunos Graduação 53 Alunos Pós (divididos entre programas) 40
Comunidade/usuários 22* Total 190
TABELA 12. Número de pessoas entrevistadas por categoria
Funcionários Pessoas entrevistadas
ESALQ 15 CENA 04 CCLQ 09 CIAGRI 02
Outros: Segurança (terceirizados)- 03 Limpeza (terceirizados)– 04
UBAS (HU/USP) - 03
10
Total 40
Departamento - Docentes Pessoas entrevistadas
LAN 02 LCB 03 LCE 03 LCF 03 LES 03 LER 03 LEF 03 LGN 03 LPV 02 LSN 03 LZT 03 CENA 02 TOTAL 35
Alunos Graduação Pessoas entrevistadas Ciências Biológicas 04
Ciências dos Alimentos 05 Ciências Econômicas 04
Engenharia Agronômica 29 Engenharia Florestal 06 Gestão Ambiental 05
Total 53
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 65
TABELA 12 (cont.). Número de pessoas entrevistadas por categoria
Alunos de pós-graduação Pessoas entrevistadas Ciências Animal e Pastagens 02
Estatística e Experimentação Agronômica 02 Genética e Melhoramento de Plantas 03
Solos e Nutrição de Plantas 03 Ciências e Tecnologia de Alimentos 03
Física do Ambiente Agrícola 02 Irrigação e Drenagem 02
Ecologia de Agroecossistemas 03 Fisiologia e Bioquímica de Plantas 02
Máquinas Agrícolas 02 Economia Aplicada 03
Fitopatologia 02 Microbiologia Agrícola 03
Entomologia 03 Fitotecnia 02
Recursos Florestais 03 Total 40
Outros Pessoas entrevistadas CEPEA 02 IPEF 02 FEALQ 02
SINFESALQ 02 Usuários do Parque Luiz de Queiroz 0*
3ª idade 04 Moradores das colônias ESALQ 08
Banco do Brasil 01 Banco Santander-Banespa 01
Total 22* *** Obs: Ainda que previsto na amostra elaborada, não foi possível entrevistar 27 “usuários do parque” devido ao uso restrito do campus na época em que foram conduzidas as entrevistas (maio 2006). 3) Aplicação dos questionários – na semana de 21 a 25 de maio de
2006 foram aplicados 190 dos 200 questionários recomendados no Campus,
sendo 53 junto a alunos da graduação, 40 com alunos da pós graduação, 40
funcionários, 35 docentes e 22 comunidade externa e conveniados.
a) Formação de voluntários: cerca de 30 pessoas entre funcionários e
estudantes receberam treinamento de 1 hora conduzido pela
coordenação do GT, discutindo cada questão e sobre como aplicar o
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 66
questionário sem induzir o/a entrevistado/a. (ver lista de colaboradores
apresentada antes)
b) Entrega dos questionários para entrevistadores voluntários: Cada
voluntário aplicou cerca de 10 questionários. Os dirigentes (atuais
Prefeito do Campus e Diretor da ESALQ) foram entrevistados também
pelo GT. Os questionários respondidos foram entregues para a
coordenação do GT logo após aplicação, alguns questionários
remanescentes foram enviados uma semana depois.
c) Impressões sobre a aplicação dos questionários: os voluntários
que o aplicaram avaliaram como bem aceitos pela comunidade,
entretanto pela extensão do mesmo, muitos entrevistados apontaram a
demora no desenvolvimento da aplicação.
4) Sistematização, tabulação e interpretação dos dados: A equipe de
coordenação durante um mês e meio de trabalho realizou a compilação de
dados.
a) Bancos de Dados: Todos os dados foram digitados por categoria em
bancos de dados do software Microsoft Excel, numerando cada indivíduo
por categoria. Para fins de cruzamento de dados os dados de Microsoft
Excel também foram transferidos para o SAS.
b) Tratamento dos dados: A equipe se dividiu em dois blocos: perguntas
fechadas (de resposta induzida, com única opção ou de opções
múltiplas) e perguntas abertas (de resposta espontânea) que
necessitavam ser sistematizadas e interpretadas na forma qualitativa e
quantitativa. Foram gerados cinco relatórios, um para cada categoria e
um relatório geral com todos os dados. Os dados foram expressos na
forma de tabelas e gráficos (conforme relatório a seguir).
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 67
1.3.3. RESULTADOS
Foram compiladas neste item as principais informações obtidas
através da aplicação dos questionários. As primeiras questões (1 a 11)
tratam do de dados básicos sobre o perfil do entrevistado. As demais,
devidamente identificadas, estão listadas a seguir.
Gênero e Faixa Etária: Questões 1 e 2
Foram entrevistadas 83 pessoas do gênero feminino e 107 do
masculino. A faixa etária predominante dos entrevistados é de 16 a 25 anos
com 77 pessoas, seguido de 46 a 60 anos com 38 pessoas, 36 a 45 anos
com 33 pessoas, 26 a 35 anos com 31 pessoas e mais de 60 anos, 09
pessoas (Figuras 14 e 15).
Faixa Etária
77, 41%
38, 20%33, 17%
31, 16%
9, 5%
2, 1%
16 a 25 46 a 60 36 a 45 26 a 35 mais de 60 n.r.
FIGURA 14. Faixa Etária dos entrevistados
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 68
Gênero
83, 44%
107, 56%Fem
Masc
FIGURA 15. Gênero dos entrevistados Tempo e Permanência no Campus: Questões 13, 15 e 16
Com relação à freqüência no Campus, 98 % da categoria dos alunos
de graduação, 97% dos docentes, 95% dos funcionários, 87% dos alunos
de pós- graduação e 81% da comunidade externa vem diariamente ao
mesmo. Quanto ao tempo de permanência no Campus, 77% dos docentes,
55% dos funcionários, 44% dos alunos de pós-graduação, 39% dos alunos
de graduação responderam que permanecem mais de 08 horas;
permanecem de 06 a 08 horas, 40% dos funcionários, 39% dos alunos de
pós-graduação, 35 % dos alunos de graduação e 23 % dos docentes.
Quanto ao tempo que freqüenta o Campus: 62 % da categoria dos
docentes, e 37% funcionários freqüentam há mais de 20 anos. Freqüentam
o Campus de 02 a 05 anos, 57% dos alunos de graduação e 53% dos
alunos de pós-graduação.
Os dados apontam que, em média, 90% de todas as categorias vêm
ao Campus diariamente sendo que as categorias de funcionários e docentes
são as que permanecem mais tempo (mais de 08 horas). Entre os alunos de
graduação e pós-graduação o tempo de permanência é menor, sendo
significativa a porcentagem de alunos que permanecem de 06 a 08 horas. A
categoria dos docentes, seguido da de funcionários, freqüenta o Campus há
mais tempo (de 10 a mais de 20 anos) sendo que as categorias dos alunos
de graduação e pós em sua maioria freqüentam o Campus de 02 a 05 anos.
Principais meios de locomoção para chegar ao Campus: Questão 14
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 69
Os principais meios de locomoção são: carro entre as categorias dos
docentes (89%). Na categoria dos funcionários também predomina carro
(51%) seguido de ônibus (27%). Na categoria dos alunos de pós-
graduação, 34% utiliza carro, seguido de “a pé” com 32% e de bicicleta
com 19%. Entre alunos de graduação 42% vem “a pé”, seguido de carro e
bicicleta (28%). Na categoria da comunidade, 54% utiliza carro para chegar
ao Campus, seguido de “a pé” com 23% (Figuras 16 a 20).
Meios de transporte para chegar ao Campus
35; 89%
3; 8%
1; 3%0; 0%
0; 0% carro
pé
bicicleta
onibus
moto
FIGURA 16. Meio de Transporte - Categoria Docentes
Meio de transporte para chegar ao Campus
21; 51%11; 27%
2; 5%
5; 12% 2; 5%
carro onibus bicicleta a pé moto
2
FIGURA 17. Meio de Transporte - Categoria Funcionários
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 70
Meios de transporte dos estudantes para chegar ao Campus
31; 42%
21; 28%
21; 28%
1; 1%
1; 1%
pé
carro
bicicleta
ônibus
moto
FIGURA 18. Meio de Transporte - Categoria dos alunos Pós-Graduação
Meios de transporte para o Campus
16; 34%
15; 32%
9; 19%
6; 13% 1; 2%
carro
pé
bicicleta
ônibus
moto
FIGURA 19. Meio de Transporte - Categoria dos alunos Graduação
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 71
M e i o de l oc omoç ã o pa r a c he ga r a o
Ca mpus
16, 54%
7, 23%
5, 17%1, 3%1, 3%
carro a pé biciclet a ônibus mot o
FIGURA 20. Meio de Transporte - Categoria Comunidade Grau de Satisfação com relação ao Campus: questão 17
Quando questionadas “Pensando no Campus, você diria que é um
lugar: muito agradável, agradável, pouco agradável ou desagradável?”
TABELA 13. Percepção sobre agradabilidade do campus (%).
Categoria Muito
Agradável Agradável Pouco
Agradável Desagradável Total Docente 32 91 3 9 35 Aluno
Graduação 30 57 23 43 53 Aluno Pós-graduação 27 68 13 33 40 Funcionários 9 23 31 78 40 Comunidade 9 41 13 59 22
Total 107 56 83 44 190
A tabela 13 mostra que 100% dos entrevistados consideram o
Campus como um lugar muito agradável e agradável. Os docentes, em sua
grande maioria, citam o campus como muito agradável (91%). Já a maior
parte dos funcionários, mostra-se mais crítica, considerando o campus
agradável (78%). Alunos e comunidade, em geral, dividem-se entre os
graus de satisfação muito agradável e agradável. Contudo, como se
analisará adiante, o elevado grau de satisfação das pessoas entrevistadas
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 72
não impede que inúmeros problemas socioambientais no Campus sejam
identificados.
Lugares mais freqüentados e serviços mais utilizados no Campus: questões 18 e 19
Os lugares mais freqüentados entre as categorias docentes,
funcionários e comunidade, na ordem são: Departamentos, Prédio Central e
Ruas do Campus; entre os alunos de graduação são as Trilhas e matas,
Fazenda Areão e Prédio Central; entre os alunos de pós-graduação são os
Departamentos, Ruas do Campus e ao Centro de Vivência (CV) e áreas de
entorno (Figuras 21 a
25)
Lugares mais frequentados no Campus pelos docentes
33 25 20 17 11 9 8 7 3 3 0010203040
Deptos
/Lab
pred
io ce
ntral
ruas
expe
rimen
tos
gram
adão
CVar
eão
trilha
s
Coreto
lagos
morad
ias e
stud.N
o.
de
entr
evis
tad
os
FIGURA 21. Lugares mais freqüentados - Categoria Docentes
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 73
Lugares mais frequentados no Campus
1511 10
7 7 62 1 1 0 00
2468
10121416
ruas
Deptos
/lab
p. ce
ntral
gram
adão CV
Experim
ento
s
Areão
oreto
lagos
trilha
s
vila e
Ceu
No
. d
e en
trev
ista
do
s
FIGURA 22. Lugares mais freqüentados - Categoria Comunidade
Lugares mais frequentados pelos estudantes entrevistados
03991414141722314348
0204060
trilh
as e
Are
ao
préd
io
lago
s
Dep
tos/
L
ruas
gram
adã
Are
as CV
Cor
eto
lago
s
Out
ros
No
. de
es
tud
an
tes
po
r lu
ga
r
FIGURA 23. Lugares mais freqüentados - Categoria alunos de Graduação
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 74
Lugares mais frequentados
3728 26
17 179 6 5 5 4 3 00
10
20
30
40
deptos
ruas
do pa
rque
área
do CV
préd
io ce
ntral
área
s ex
per.
trilhas
e m
atas
casa
do e
studa
nte
gram
adão
faze
nda ar
eão
lago
s
coreto
OutroN
o. d
e en
trev
ista
dos
FIGURA 24. Lugares mais freqüentados - Categoria alunos de Pós-Graduação
Lugares frequentados por funcionários no Campus
25 25 24
13 147 5 4 5 6
30
05
1015202530
ruas
Dep
tos/L
ab.
prédio
centra
lCV
gram
adão
Areas
Experim
e...la
gos
trilh
as e m
atas
Areao
Coreto
CEU e
Vila
outros
No
. de
fun
cio
nár
ios
FIGURA 25. Lugares mais freqüentados - Categoria Funcionários A próxima questão é induzida e os entrevistados podiam escolher mais de uma opção.
Entre os serviços mais utilizados, destaca-se a biblioteca utilizada
por 96%, 95% e 94% respectivamente dos alunos de graduação, pós e
docentes. O ambulatório médico utilizado por 80% dos funcionários e
77% dos docentes. Os bancos utilizados por todas as categorias: 94%
entre os docentes; 82,5% entre os alunos de pós-graduação; 81% entre os
alunos de graduação; 77% entre os funcionários e 72% entre a categoria
comunidade. O serviço de xerox é utilizado por 94% da categoria dos
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 75
alunos de graduação; 88,5% dos de pós graduação; 75% docentes; e 59%
da comunidade.
Além destes serviços, as categorias apontaram o restaurante
universitário, utilizado por 80% dos alunos de pós-graduação; 77% dos
alunos de graduação; e 47% pelos funcionários. O CIAGRI: utilizado por
81% dos alunos de graduação; 37,5% dos alunos de pós-graduação. O
CEFER: utilizado por 62% dos alunos de graduação e 47,5% dos alunos de
pós-graduação. A EDUSP: utilizada por 57% dos docentes; 47,5% dos
alunos de pós-graduação e 32% dos alunos de graduação (Tabela 14).
TABELA 14. Serviços utilizados pelos entrevistados dentro do campus
Local Categoria
Docentes Funcionários Alunos
GR 53 Alunos PG
Comunidade
Total 35 40 53 40 22
Bancos 156 33 31 43 33 16
Bibliotecas 143 33 13 51 38 8
Xérox 142 25 19 50 35 13
Ambulatório Médico 131 27 32 33 28 11
Lanchonete 131 23 16 49 32 11
Restaurante Universitário 106 10 19 41 32 6
Ciagri 74 5 6 43 15 5
Cefer 73 3 10 33 19 8
Ambul. Odontológico 67 9 21 10 19 8
Edusp 65 19 9 17 19 1
Pontos de Vendas 65 10 17 16 8 14
Associações 63 11 27 9 6 10
Serv. Social 52 7 11 16 8 10
ACOM 50 18 12 12 2 6
Serviços 27 7 9 5 3 3
Psicologia 14 0 5 2 1 6
Creche 13 2 4 2 3 2
Coral 12 1 3 1 3 4
Curso de Inglês 9 2 6 0 1 0
N. Educ. 6 0 6 0 0 0
Teatro 5 1 1 3 0 0
Percepção de mudança e de problemas socioambientais no Campus: questões 22 a 25 Percebe alguma mudança no Campus nos últimos tempos
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 76
Com relação à percepção sobre alguma mudança no Campus nos
últimos tempos, 130 pessoas (68,5%) disseram que sim e 55 (30%) que
não; 05 entrevistados não responderam (Figura
26).
Percepção sobre mudança no Campus
130, 68%
55, 29%5, 3%
Sim Não Nr
FIGURA 26. Percepção sobre mudanças ocorridas no campus
A categoria que mais percebe mudanças é a de funcionários. 92,5%
responderam que percebem mudanças, seguido dos docentes (88%),
alunos de pós-graduação (73%), alunos de graduação (61%) e comunidade
(27%).
Entre os alunos de graduação que percebem mudanças (61%), 47% não
souberam citar quais mudanças foram percebidas.
As questões 22 e 24 relacionadas às mudanças no campus são de
resposta espontânea (não induzida) possibilitando várias opções
(denominadas neste relatório “questões abertas”)
Entre as mudanças ocorridas no campus, as causas mais apontadas
são (Tabela 15):
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 77
TABELA 15. A que atribui as mudanças no Campus?
Aumento da consciência e discussão de temas ambientais, implantação de paradigma, mais projetos socioambientais, APP, conscientização dos dirigentes e comunidade, aumento da fiscalização
24%
Melhoria da infraestrutura dos prédios, estacionamento, construções novas, ruas asfaltadas, melhor organização, faixa para pedestres, para portadores de necessidades especiais, sinalização de trânsito e prédios, administração do Campus, investimentos, integração entre as Unidades, reivindicação das pessoas e necessidade de melhoria
21,50%
Fechamento ou restrição do uso do Campus à Comunidade externa problemas com segurança, infestação de carrapatos, Prefeitura do Campus e Diretor da ESALQ. 18,40%
Queda, danos em árvores, causas naturais (ciclone) 17,70%
Aumento do fluxo de carros e expansão do Campus, popularização dos veículos, aumento do poder aquisitivo dos alunos 9,20%
Aumento dos carrapatos e animais abandonados, expansão desordenada do Campus 6%
Quando indagados a respeito dos 3 (três) principais exemplos de
problemas ambientais que ocorrem no Campus, obteve-se as seguintes
respostas:
TABELA 16. Principais problemas ambientais do campus.
Categoria
Problema Docentes Funcionários
Alunos GR
Alunos PG Comunidade
Total 35 40 53 40 22
Infestação de carrapatos
08 13 20 16 6 63
Captação, poluição e qualidade das águas, rios e lagos
09 10 22 18 1 60
Descarte inadequado de resíduos perigosos e químicos
19 8 12 11 2 52
Falta de reciclagem e lixeiras, coleta seletiva, acondicionamento incorreto do lixo
0 9 25 8 3 45
Animais abandonados 6 16 9 9 0 40 Falta de adequação ambiental (APP), áreas verdes, reflorestamento
7 3 13 7 2 32
Aumento da circulação dos carros, trânsito
5 8 3 5 6 27
Descompromisso da comunidade do Campus, falta de colaboração e educação ambiental
2 2 4 7 0 15
Tratamento de esgoto 7 0 3 0 2 12
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 78
Em geral, os principais problemas apontados em ordem de citações
são: infestação de carrapatos, captação, poluição das águas, rios e lagos e
descarte de resíduos químicos e perigosos. Entre os docentes, o problema
mais citado é o descarte inadequado de resíduos químicos e perigosos com
19 citações, 54% dos entrevistados. Entre os funcionários, o problema mais
citado é animais abandonados com 16 citações, 40% dos entrevistados. Na
categoria alunos de graduação, o mais citado é lixo, falta de coleta seletiva,
reciclagem, com 25 citações, 47%. Entre os alunos de pós-graduação, o
problema mais citado é a captação de águas, poluição dos rios e lagos com
18 citações, 45% dos entrevistados. Para a comunidade externa os
problemas mais citados são infestação de carrapatos e aumento na
circulação dos carros e trânsito com 06 citações cada, equivalendo a 27%
da categoria entrevistada.
Quando a questão a respeito dos problemas no campus foi induzida,
com várias opções de respostas (questão 25), os problemas mais apontados
pela grande maioria dos entrevistados, excetuando a categoria alunos de
graduação, são: infestação de carrapatos, animais abandonados, poluição
das águas, descarte de resíduos químicos e perigosos. Já na categoria dos
alunos da graduação os problemas mais apontados são lixo, falta de
envolvimento e organização.
Responsáveis pela solução dos problemas socioambientais no
campus
Os mais citados pelos entrevistados são: 124 deles, 66%, apontaram
a Prefeitura do Campus, seguido pela Diretoria com 73 pessoas, 38%; a
resposta “todos” e “usuários e comunidade” aparece com 54 citações cada,
28,5%. (resposta espontânea de múltiplas opções).
Quanto a Percepção socioambiental no campus
Concepção de Meio Ambiente
A pergunta “O que você acha que faz parte do meio ambiente aqui no
campus” (questão 21) previa resposta espontânea e de múltiplas opções. O
objetivo da questão é avaliar entre as pessoas entrevistadas qual sua
percepção dos elementos que compõem o meio ambiente.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 79
No geral, as pessoas entrevistadas entendem como meio ambiente,
principalmente os elementos naturais (árvores, animais silvestres, matas).
Esta questão foi aberta (espontânea), o que justifica a diferenciação entre
“árvores” e “matas”.
Apenas 44 pessoas das 190 entrevistadas incluíram “pessoas” como
parte do meio ambiente (Figura 27).
FIGURA 27. Concepção de meio ambiente pelos entrevistados no geral
A categoria “comunidade” foi a que identificou menor número de
elementos que compõem o meio ambiente. As demais categorias pouco
diferenciam quanto ao número de elementos inseridos em sua concepção de
meio ambiente (Figura 28).
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 80
FIGURA 28. Concepção de meio ambiente – Categoria Comunidade
A categoria docente foi a que menos incluiu “pessoas” dentre todas
as categorias, menos de 20%. Entre alunos de graduação, 24,5% incluíram
“pessoas” e “tudo” (30,1%) como elementos do meio ambiente (Figura 29 e
30).
FIGURA 29. Concepção de meio ambiente – Categoria Docente.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 81
FIGURA 30. Concepção de meio ambiente – Categoria Graduação
Quanto ao Grau de satisfação no campus e capacidade de identificar problemas socioambientais
Ao contrário do que se supunha, quando foram cruzadas as questões
relacionadas ao grau de satisfação no campus e a percepção de problemas
ambientais (questões 17 e 25), se observou que o conhecimento das
categorias em relação aos problemas identificados não afeta seu o nível de
satisfação em relação ao campus. Apesar de todos considerarem o campus
agradável ou muito agradável, a média de problemas citados, que reflete o
conhecimento de cada categoria sobre os problemas do campus, é alta.
Como exemplo, pode-se citar a categoria docente, que tem o maior nível de
satisfação com o campus e ao mesmo tempo aponta o maior número de
problemas identificados (Figura 31).
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 82
FIGURA 31. Percepção do Campus X Problemas apontados por categoria
Reconhecimento do papel individual na degradação ou na melhoria do meio ambiente no campus
Quando questionados sobre as contribuições para a melhoria
ambiental do campus, a maioria diz que contribui mais ou menos.
Os que mais dizem contribuir são os funcionários. Os que menos dizem
contribuir são os alunos de graduação e a comunidade. Os docentes indicam
que contribuem em sua maioria mais ou menos ou pouco para a melhoria
ambiental do Campus (Tabela 17). Dos entrevistados, 96 pessoas,
relacionam suas contribuições ao cuidado com o lixo e reciclagem dos
resíduos sólidos; 44 realizam ações para a economia de recursos (energia,
água, materiais). Outras ações foram apontadas como: estímulo a grupos e
projetos ambientais, dando exemplo, não fumando, andando de bicicleta,
usando a caneca durável, descarte adequado dos resíduos químicos.
TABELA 17. Grau de contribuição para a melhoria da qualidade ambiental do Campus
Categoria Muito Mais ou menos Pouco Nada Ns/nr Total
Docente 10 18 7 0 0 35 Aluno Graduação 5 19 18 11 0 53 Aluno Pós-graduação 13 8 17 0 2 40 Funcionários 21 13 4 2 0 40 Comunidade 6 7 4 4 1 22
Total 55 65 50 17 3 190 % 29% 34% 26% 9% 2% 100%
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 83
Quanto à degradação ambiental do campus (questão 44), a maioria
dos entrevistados aponta que não contribuem para a mesma e apenas 12%
dizem contribuir muito e mais ou menos. Destes, 29% dizem contribuir
pouco (Tabela 18).
As principais contribuições para impactos estão relacionadas à
utilização de veículos automotores, aos resíduos laboratoriais, ao fumo,
desperdício de água, ao uso de ar condicionado, coleta de plantas e insetos,
compactação do solo em áreas de trabalho.
TABELA 18. Grau de contribuição para a degradação ambiental do Campus
Categoria Muito Mais ou menos Pouco Nada Ns/nr Total
Docente 1 6 11 17 0 35 Aluno Graduação 2 8 20 22 1 53 Aluno Pós-graduação 1 2 15 22 0 40 Funcionários 0 1 7 26 6 40 Comunidade 0 2 3 17 0 22
Total 4 19 56 104 7 190 % 2% 10% 29% 55% 4% 100%
Quando são cruzadas as duas questões acima, percebe-se que a
maioria das pessoas considera que contribui “mais ou menos” para a
melhoria do ambiente do campus. Por outro lado, a grande maioria
considera que não contribui em “nada” para a degradação do mesmo
(Figura 32 a 35).
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 84
FIGURA 32. Grau de contribuição para a melhoria da qualidade ambiental do Campus
FIGURA 33. Grau de contribuição para a degradação ambiental do Campus
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 85
FIGURA 34. Grau de contribuição, por categoria, para a melhoria da qualidade ambiental do Campus
FIGURA 35. Grau de contribuição, por categoria, para a degradação ambiental do Campus
Interesse por meio ambiente e disposição em discutir sobre o assunto
Quando as pessoas entrevistadas foram indagadas se tinham
interesse por meio ambiente (questão 20) a maioria respondeu que tinha
“muito”. Na categoria docente, em mais de 45% dos casos, os entrevistados
afirmam que se interessam “muito” sobre meio ambiente..
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 86
Já quando foram indagadas se costumavam discutir sobre o assunto
(questão 39), excetuando os docentes, a maior parte das categorias
assume discutir pouco ou mais ou menos sobre o tema. A categoria
funcionários apresentou uma proporção alta de pessoas que discutem
“muito” (37,5%) e “mais ou menos” (27,5%). Na categoria comunidade,
30% afirmou que não discute “nada” sobre meio ambiente. Dos alunos de
graduação, 35,8% dizem discutir “pouco” sobre meio ambiente (Figura 36).
FIGURA 36. Grau de interesse, por categoria, pelo meio ambiente
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 87
Conhecimento de organizações ou entidades que atuam na área ambiental
Na questão 40 se pretendia identificar quais os grupos, organizações
ou entidades que atuam na área ambiental que as pessoas entrevistadas
conheciam.
Na categoria docente, os mais apontados espontaneamente são:
Greenpeace, SOS Mata Atlântica, WWF, SEDEMA, USP Recicla e IBAMA.
Entre os funcionários: USP Recicla, Projeto Pisca, SEDEMA, IBAMA e SOS
Mata Atlântica. Os alunos de graduação apontaram: WWF, Greenpeace,
GADE, SOS Mata Atlântica, USP Recicla. Na categoria alunos de pós-
graduação: Greenpeace, WWF, USP Recicla, SOS Mata Atlântica, IBAMA e
Projeto Tamar. Na categoria Comunidade os mais citados são o USP Recicla,
SEDEMA, SOS Mata Atlântica, Greenpeace.
Fontes de informação ambiental entre alunos de graduação
A questão 27 (De onde vêm as informações e os conhecimentos
ambientais que você tem? - induzida e com várias opções) tinha como
objetivo avaliar quais são as principais fontes de informação a respeito de
meio ambiente apontadas por alunos de diferentes cursos de graduação.
Observou-se que o tema ambiental é de importância destacada na formação
profissional entre alunos que cursam Gestão Ambiental e Ciências
Biológicas. Nos demais cursos, a prática profissional, livros em geral e TV
representam fontes igualmente importantes de informações ambientais
(Figura 37).
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 88
FIGURA 37. Fonte de informação sobre o meio ambiente
Participação, envolvimento e comprometimento com a melhoria ambiental no campus
Quando se procurou avaliar a participação das pessoas entrevistadas
em algum grupo, entidade ou organização que atua na área ambiental, 71%
das pessoas entrevistadas responderam que não participam; 17%
participam e 12% não responderam. Entre as categorias, a que diz
participar mais é a dos funcionários (27,5%), seguida dos docentes (23%),
alunos de graduação (15%), pós-graduação (10%) e comunidade (4,5%).
Os grupos com maior número de participações são: USP Recicla, GADE,
Projeto PISCA (Figura 38).
Participação em Entidades, grupos ambientais
136, 71%
32, 17%
22, 12%
Não Participa Participa Não Resp.
FIGURA 38. Participação em grupos ligados ao meio ambiente
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 89
Quanto ao conhecimento e a participação no Plano Diretor
Socioambiental Participativo em curso no campus (Questão 46, 47, 48),
60% das pessoas entrevistadas diz conhecer o Plano Diretor e afirma 22%
participar do mesmo (Figura 39). Com relação à disposição de participar do
Plano Diretor, 17% assegura que gostaria de participar muito, 30% gostaria
de participar mais ou menos, 25% pouco, 20% não gostaria de participar.
Foram sugeridas diversas maneiras possíveis para propiciar a participação
das pessoas no Plano Diretor (Figura 40). Destes, 43% responderam que
gostariam de participar por meio do recebimento de informativos, 30% diz
ter interesse em fazer parte dos grupos de Trabalhos (GTs) e 27%
mostram-se com interesse em participar de reuniões (resposta induzida
com mais de uma opção) (Figura 41 e 42).
A categoria com maior número de entrevistados que gostariam de
participar do Plano Diretor é a de alunos de pós-graduação com 14 pessoas
(35% da categoria); os alunos de pós-graduação é a categoria que mais
afirmou que gostaria de fazer parte dos grupos de trabalho do Plano Diretor
com 24 entrevistados (60%), seguidos pelos docentes e funcionários com
09 pessoas cada (respectivamente, 27,5% e 22%) e os alunos de
graduação com 07 pessoas (13%).
Conhece o Plano Diretor
100, 60%
68, 40%
sim não
FIGURA 39. Conhecimento do Plano Diretor
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 90
Participa do Plano Diretor
37, 22%
131, 78%
sim não
FIGURA 40. Participação no Plano Diretor
Gostaria de Participar do Plano Diretor
28, 17%
52, 30%
42, 25%
33, 20%
13, 8%
muito mais ou menos pouco não não sabe
FIGURA 41. Interesse em participar do Plano Diretor
Como gostaria de participar do Plano Diretor
70, 43%
44, 27%
49, 30%
Informativos reuniôes grupo temático
FIGURA 42. Modo de participação no Plano Diretor
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 91
1.3.4. CONCLUSÕES
A pesquisa para diagnosticar a percepção ambiental no Campus “Luiz
de Queiroz” foi feita pela primeira vez no primeiro semestre de 2006. O
diagnóstico aqui apresentado é, portanto, fortemente influenciado por
situações específicas que marcaram o período em que as entrevistas foram
realizadas (maio de 2006). Com a realização de novas entrevistas, previstas
para um futuro breve, maior número de informações serão adicionadas ao
banco de dados gerado e tal panorama geral da percepção ambiental da
comunidade do campus terá seus contornos mais precisos. Destaca-se,
então, a importância de ampliação da amostra por meio da realização de
novas entrevistas entre as diversas categorias das pessoas que freqüentam
o campus.
Em grande parte das pessoas entrevistadas, em todas as categorias,
observa-se uma percepção naturalista de meio ambiente. Os principais
elementos do meio ambiente identificados são aqueles reconhecidos como
“naturais”, tais com árvores, solo, rio/lagos, clima e animais, entre os quais
se excluem os seres humanos. A categoria docentes foi a que menos incluiu
“pessoas” dentre todas as categorias (menos de 20%). Entre alunos de
graduação, somente 24,5% incluíram “pessoas” e foi também apontada a
resposta “tudo” (30,1%) entre elementos do meio ambiente, sugerindo uma
visão naturalista e ao mesmo tempo genérica de meio ambiente. Esse
quadro, contudo, coincide com a recente pesquisa nacional de opinião “O
que os brasileiros pensam de meio ambiente e desenvolvimento
sustentável” realizada conjuntamente pelo Ministério do Meio Ambiente e o
ISER, que apontou que somente 40% das pessoas entrevistadas incluem
“homens e mulheres” dentre os elementos que fazem parte do meio
ambiente. Precedem ao item que se refere a “pessoas” os elementos água
(79%), matas (77%), rios (75%), ar (68%), animais (67%), dentre outros.
Há, portanto, a necessidade de sensibilizar e estimular entre as
pessoas do campus uma visão mais complexa e integrada do meio
ambiente, seguindo as diretrizes, princípios e objetivos da educação
ambiental expressas na atual Política Nacional de Educação
Ambiental (PNEA, lei federal 9795/99).
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 92
Entre as pessoas que freqüentam o Campus diariamente o principal
meio de locomoção é carro entre os docentes, funcionários, alunos de pós-
graduação e comunidade. Somente entre os alunos de graduação o carro é
a segunda opção. O excesso de veículos, aumento do fluxo de carros e
trânsito é apontado como problema ambiental por 27 pessoas entrevistadas
em resposta espontânea. Na pergunta induzida, 105 dos entrevistados
apontam como problema o excesso de carros. Sugere-se, portanto,
estimular a iniciativa de dar carona entre pessoas que moram
vizinhas, além do uso de bicicleta e da prática da caminhada para
todos aqueles que circulam pelo Campus e que moram próximo ao
Campus.
Com relação a infraestrutura e serviços, os locais mais freqüentados
do Campus são Departamentos, Prédio Central e Ruas. As duas categorias
de alunos (graduação e pós) freqüentam trilhas e matas e área do CV
(centro de vivência) revelando que as categorias dos docentes e
funcionários não freqüentam áreas de contato com áreas naturais e de
convivência coletiva. Estas categorias freqüentam espaços exclusivos de
trabalho no Campus revelando distanciamento dos locais mais freqüentados
pelos alunos. Nota-se com isto, pouca convivência entre as categorias. O
local com maior utilização entre os alunos é o que corresponde a área da
lanchonete, em frente ao C.V., Xerox e restaurante universitário,
apresentado-se como espaço com grande visibilidade para ações educativas
de caráter sócio ambiental. Os serviços mais utilizados no campus são
aqueles que respondem às necessidades individuais, tais como bancos,
ambulatório médico e odontológico, biblioteca, Xerox, restaurante
universitário. Os serviços que propiciam interação grupal como teatro, coral,
CEFER, são menos utilizados. Entre as categorias, a que mais utiliza o
ambulatório médico é a dos funcionários - onde podemos apontar a faixa
etária mais elevada e a falta de programas preventivos de saúde, como um
dos responsáveis por esta freqüência. Recomenda-se neste caso, a
implantação de programas que objetivem a melhoria da qualidade
de vida e a integração da comunidade geral do Campus.
Com relação aos principais problemas socioambientais identificados,
os entrevistados apontaram a gravidade do descarte dos resíduos químicos
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 93
e perigosos; problemas de captação e poluição da água, rios e lagos; a
infestação de carrapatos; a falta de reciclagem e lixeiras, de coleta seletiva,
acondicionamento incorreto do lixo; o número significativo de animais
abandonados no campus; a falta de adequação ambiental (uso e ocupação
de solo indevido) e o excesso de carros. Os entrevistados demonstram
conhecimento dos problemas, sobretudo aqueles de maior visibilidade do
campus, sendo que a prioridade dos problemas diferencia conforme as
categorias. As categorias dos alunos de graduação e de pós-graduação
apontam a falta de envolvimento e comprometimento das pessoas como um
dos problemas relacionados a questões ambientais. Os problemas
socioambientais identificados devem ser avaliados e contemplados
no Plano Diretor na etapa de formulação de diretrizes e de ações
para melhoria da qualidade ambiental do campus.
Quanto ao interesse sobre a temática ambiental, a maioria das
pessoas indagadas afirma ter muito interesse por meio ambiente. Já quando
se perguntou se essas pessoas costumavam discutir sobre o assunto,
excetuando os docentes, a maior parte das categorias assume discutir mais
ou menos ou pouco sobre o tema. O mais preocupante é o fato de que
35,8% dos alunos de graduação dizem discutir pouco sobre meio ambiente.
A razão do pouco interesse da maioria das pessoas em discutir
temas relacionados com meio ambiente deverá ser avaliada para
que diferentes iniciativas e metodologias estimulem o debate
ambiental no campus na busca de melhores soluções para os
problemas identificados.
Quanto às contribuições dos entrevistados para a melhoria do
ambiente do Campus, a maioria afirma adotar atitudes relacionadas com a
coleta seletiva dos resíduos sólidos, o descarte adequado do lixo e a
economia de energia e uso de materiais duráveis revelando a importância
de programas educativos voltados à minimização de resíduos (Programa
USP Recicla, PURE e PURA). Estes programas podem ser articulados ao
Plano Diretor como potenciais parceiros. Por outro lado, grande parte
das pessoas entrevistadas afirma não causar impacto sobre o meio
ambiente, sobretudo funcionários. Constata-se, assim, uma não
percepção de que todas as ações humanas têm impactos sobre o
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 94
meio ambiente, o que deve ser levado em consideração no Plano
Diretor.
A maior parte das pessoas entrevistadas reconhece mudanças
positivas no Campus, principalmente em relação ao aumento da consciência
e discussão de temas ambientais, implantação de projetos socioambientais,
coleta seletiva e adequação das áreas de preservação permanente (ainda
que muito aquém do necessário!) - atribuindo tais mudanças à
“conscientização” da comunidade em geral do campus, além do aumento da
fiscalização. Também são apontados: melhoria da infraestrutura dos
prédios, estacionamento, construções novas, ruas asfaltadas, melhor
organização, faixa para pedestres, para portadores de necessidades
especiais, o que se atribui à administração e ao destino de maiores recursos
financeiros. É também apontada por várias pessoas entrevistadas a
importância das reivindicações da comunidade do Campus no sentido de
provocar mudanças.
Observou-se que o tema ambiental é de importância destacada na
formação profissional entre alunos que cursam Gestão Ambiental e Ciências
Biológicas. A respeito da contribuição do Plano Diretor para a
melhoria da qualidade do ensino e da pesquisa no campus, propõe-
se apresentar os dados coletados relativos à graduação e pós-
graduação para seus respectivos conselhos de cursos (COC-I) e
comissões com a intenção de avaliar a percepção e o conhecimento
socioambiental dos estudantes. É ainda importante frisar que devem
ser levados em consideração os diferentes enfoques dos cursos
existentes na ESALQ e no CENA.
As entidades/grupos ambientais do Campus mais referenciados pelas
pessoas entrevistadas são: USP Recicla, GADE e Projeto Pisca. Quanto aos
externos ao campus, foram lembrados: Greenpeace, SOS Mata Atlântica,
WWF, SEDEMA e IBAMA.
O Plano Diretor Socioambiental é conhecido por 60% dos
entrevistados, com significativo percentual de pessoas que participam do
mesmo (22%), e os que querem participar (17%). Entre os que querem
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 95
participar, a categoria mais significativa é a dos alunos de pós-graduação
com 24 entrevistados que manifestaram vontade de integrar os GTs
existentes.
Sugere-se, neste sentido, encaminhar um convite aberto para esta
categoria e para outras via e-mail (Assessoria de Comunicação). A titulo de
conclusão, cabe ainda informar que a riqueza dos dados coletados sobre a
percepção ambiental da comunidade geral do Campus “Luiz de Queiroz” da
Universidade de São Paulo justifica a necessidade de posteriores análises e
o aprimoramento daquelas que foram apresentadas aqui.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 96
1.4. DIAGNÓSTICO GT EMISSÃO DE CARBONO
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 97
1.4.1. INTRODUÇÃO
Este estudo partiu de uma iniciativa elaborada dentro do Plano
Diretor Socioambiental, em fase de diagnóstico pela União dos Grupos
Ambientais (UGA), de estudar algumas fontes de emissão de gases de
efeito estufa (GEE) do Campus da ESALQ. A Equipe de Economia Ambiental
do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), ligado ao
Departamento de Economia, Administração e Sociologia da ESALQ, foi
convidada a participar da UGA, representando o Grupo de Trabalho Emissão
de Carbono. Este grupo foi criado dada a importância do tema para guiar as
possíveis sugestões de ações a serem propostas pelo Plano Diretor, além de
possuir inter-relação com diferentes setores e agentes.
Neste sentido, o principal objetivo deste diagnóstico, dentro da
proposta apresentada à UGA, é elaborar inventários das emissões de GEE
decorrentes das atividades de transporte e pecuária (suina e bovina) do
Campus “Luiz de Queiroz”.
1.4.2. CONTEXTUALIZAÇÃO - AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS E O MERCADO DE CARBONO
O aumento da concentração dos Gases de Efeito Estufa (GEE) 1 na
atmosfera, como resultado da aceleração das atividades antrópicas, está
provocando a elevação da temperatura global e se tornando um dos
problemas ambientais mais sérios do planeta, pois suas conseqüências
podem ameaçar diversas formas de vida na Terra. As mudanças climáticas
decorrentes se mostram evidentes, assim como a necessidade de ações
mitigadoras dos seus impactos, fato já reconhecido pela grande maioria dos
países e sociedade organizada.
Para lidar com o problema, foi estabelecida, durante a Conferência
para o Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada no Rio de Janeiro em
1992, a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima
(United Nations Framework Convention on Climate Change – UNFCCC).
1 Os GEE compreendem um conjunto de gases com potencial de aquecimento global, conhecidos como “Cesta de Quioto”, sendo eles o metano (CH4), óxido nitroso (N2O), hexafluoreto de enxofre (SF6), hidrofluorcarbonos (HFC), perfluorcarbonos (PFC) e o dióxido de carbono (CO2).
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 98
A partir de 1994, ano em que a UNFCCC entrou em vigor, seus países
signatários (chamados de “Partes” da Convenção) passaram a realizar
anualmente a Conferência das Partes (COP), com o objetivo de discutir e
buscar soluções para a mitigação e adaptação às mudanças climáticas.
Dentre essas conferências destaca-se a realizada em Quioto (Japão), em
1997, onde foi estabelecido o acordo conhecido como Protocolo de Quioto
(PQ). O PQ tem como meta principal regular as emissões de GEE pelos
países industrializados (denominados Anexo I), impondo a redução
obrigatória de, em média, 5,2% com relação aos níveis emitidos em 1990,
no período compreendido entre 2008 e 2012.
Para possibilitar o cumprimento das metas de redução pelos países
industrializados, o PQ criou três Mecanismos de Flexibilização. Dentre eles,
destaca-se o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), o qual permite
que os países em desenvolvimento possam implantar projetos de redução
de emissões ou remoção de CO2 da atmosfera e vendam este serviço para
os países industrializados que possuem metas para reduzir suas emissões.
A quantidade de CO2 deixada de ser emitida ou removida pelas
atividades de projeto de MDL geram as Reduções Certificadas de Emissão
(RCE), ou créditos de carbono, que são negociáveis no mercado
internacional e podem ser utilizados pelos países do Anexo I para abater
parte de sua própria meta pela compra dos chamados “créditos de
carbono”.
As atividades incluídas como projetos de MDL são aquelas advindas
da utilização de fontes renováveis e alternativas de energia, eficiência
energética em processos industriais, disposição de resíduos e agricultura.
Para a remoção (sumidouros) as atividades válidas são as de uso da terra,
mudança do uso da terra, florestamento e reflorestamento.
O Brasil, através da Comissão Interministerial de Mudança Global do
Clima, já aprovou cerca de 50 projetos de MDL, sendo que doze deles já
foram registrados no Comitê Executivo, e um já obteve as RCE2.
2 Dados atualizados em fevereiro de 2006.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 99
1.4.3. OBJETIVOS
Busca-se elaborar um programa piloto de “adequação climática” da
ESALQ, vinculado ao Plano Diretor através da realização de inventários das
emissões de GEE do Campus, enfocando os setores de transportes e a
agricultura, mais especificamente bovino e suinocultura.
Além disso, numa segunda etapa, busca-se também estabelecer um
programa de extensão à comunidade do Campus, vinculado ao Plano
Diretor Socioambiental da ESALQ, em ações mitigadoras das mudanças
climáticas.
1.4.4. METODOLOGIA
A fim de realizar um programa piloto de “adequação climática” à
ESALQ vinculado ao Plano Diretor, através da realização do inventários das
fontes de emissão do Campus relativas aos setores de transporte e
pecuária, a análise foi baseada nos gêneros de veículos registrados que
circulam pelo Campus, além da quantificação da contribuição animal
relacionada a bovino e suinocultura. Segue a descrição da metodologia
aplicada para cada caso.
No caso da quantificação relativa ao setor de transportes, as
atividades realizadas para estimar as emissões decorrentes dos veículos de
usuários do Campus “Luiz de Queiroz” (alunos, funcionários, professores e
visitantes) e dos veículos do próprio Campus utilizados nos departamentos
(ônibus, carros, tratores) foram as seguintes:
• Revisão bibliográfica de metodologias relacionadas ao cálculo de
emissões por fontes móveis adequadas às recomendações do IPCC
(Intergovernmental Panel on Climate Change), órgão constituído
pelo o United Nations Environment Programme (UNEP) juntamente
com a Organização Mundial de Meteorologia (sigla em inglês, World
Meteorological Organization – WMO). O IPCC é composto por
cientistas do mundo inteiro dentro do âmbito climático e visa avaliar
e revisar científica, técnica e sócio-economicamente informações
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 100
associadas às atividades humanas que diretamente induzem a
mudança climática.
• Estudo e análise da metodologia Emissões de Gases de Efeito Estufa
por Fontes Móveis, no Setor Energético (MCT, 2002) e identificação
dos principais dados necessários para serem coletados.
No caso dos dados relativos aos usuários do Campus, foram aplicados
200 questionários aos usuários de automóveis no Campus (alunos,
professores, funcionários e visitantes) entre os dias 07/06/2006 e
21/06/2006. De acordo com dados obtidos na Prefeitura do Campus, foram
cadastrados um total de 1.667 veículos no ano de 2005. Isso significa que a
amostra representa 12% da população total.
O questionário aplicado encontra-se a seguir.
Qtas vezes / semana vc vem de carro p/ a ESALQ?________________
Qtas vezes / dia vc vem de carro p/ a ESALQ?____________________
Vínculo:
( ) Grad./qual: ___________ 2 princ. Depto:___________________
( ) Pós-Graduação / Depto:________________
( ) Funcionário / Depto:_________________
( ) Visistante
Em geral, se locomove de carro dentro da ESALQ? ( ) sim ( ) não
Ano do veículo que mais utiliza: __________
Combustível: __________________
Consumo médio: ________ km/l
Distância média percorrida (de casa até a ESALQ): _________ km
Obs:___________________________________________________
Em síntese, as questões foram relacionadas a dados quantitativos
sobre quilometragem média diária rodada por estes usuários de casa até o
Campus (emissões externas) e dentro do Campus (emissões internas)
propriamente dita; a freqüência de utilização do carro na semana, ou seja,
quantas vezes vem para a ESALQ de carro; o ano do veículo utilizado e o
combustível do veículo.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 101
Com relação aos veículos da ESALQ, foi realizado principalmente o
seguinte procedimento:
• Através da Coordenadoria do Campus Luiz de Queiroz (CCLQ),
foram obtidos dados sobre a frota de veículos oficiais do Campus,
assim como o consumo de combustível e outros dados necessários
para o cálculo das emissões, referentes ao ano base de 2005.
Neste caso, deve-se destacar que a frota do Campus foi dividida
entre “Frota ESALQ”, referente aos veículos dos Departamentos e
da Diretoria, ligados a reitoria e “Frota CCLQ” referente aos
veículos ligados a Prefeitura do Campus
Com tais dados foi possível aplicar a metodologia (MCT, 2002)
através da qual as emissões por fontes móveis são divididas entre emissões
por veículos leves e pesados.
Segundo RESOLUÇÃO CONAMA nº 15, de 13 de dezembro de 1995,
onde se estabelece normas relativa ao PROCONVE para o controle da
emissão veicular de gases, material particulado e evaporativa, a seguinte
classificação dos veículos automotores é adotada:
• Veículo leve de passageiros: veículo automotor com massa total
máxima autorizada até 3.856 kg e massa do veículo em ordem de
marcha até 2.720 kg, projetado para o transporte de até 12
passageiros, ou seus derivados para transporte de carga;
• Veículo pesado: veículo automotor para o transporte de
passageiros e/ou carga, com massa total máxima autorizada
maior que 3.856 kg ou massa do veículo em ordem de marcha
maior que 3.720 kg, projetado para o transporte de passageiros e
ou carga.
Foi estabelecido que um rendimento de veículos leves de 10 km/l, e
de veículos pesados de 2,5 km/l. Para motos, o rendimento estabelecido foi
de 30 km/l.
Esses valores foram padronizados para que a partir dos dados de
consumo de combustível (fornecidos pela CCLQ) fosse possível prever a
quilometragem média de cada veículo.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 102
Para cada ano de origem do veículo, deve-se multiplicar a frota pela
distância média percorrida anualmente pelos veículos em circulação e pelo
fator de emissão da frota em relação ao gás considerado devidamente
ajustado para a idade do veículo.
As emissões por veículos são, portanto, estimadas através da
seguinte equação:
Eg,t = FEg,t x Fg,t x DMg,t
Eg,t = emissão do gás g pela frota ano/modelo t;
FEg,t = fator de emissão do gás g característico dos veículos produzidos no
ano t (g/km);
Fg,t = frota de veículos movido a combustível g produzidos no ano t e
circulando em 2005; e
DMg,t = distância média percorrida em 2005 pelos veículos movidos a
combustível g e produzidos no ano t (km).
Portanto, as emissões totais são resultantes da somatória de Eg,t,
considerando os diferentes tipos de combustível (g) e anos de fabricação
(t).
No caso de veículos movidos a álcool e a gasolina, os fatores de
emissão adotados, de acordo com a idade do veículo, são ilustrados na
Tabela 19.
TABELA 19. Fatores de Emissão da Gasolina e do Álcool Ano / Modelo Fator de emissão da
Gasolina (g CO2/km)
Fator de emissão do Álcool
(g CO2/km) 1989 e anterior 174,72 164,18
1990 177,11 163,64 1991 178,7 163,1
1992 e posterior 193,4 165,6 Fonte: CETESB
É importante destacar que as emissões de CO2 referentes ao álcool
combustível, tanto na sua forma de álcool hidratado como de álcool anidro,
também foram contabilizadas.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 103
No caso dos veículos pesados movidos a Diesel, o fator de emissão
sugerido pela metodologia apresentada por MCT (2002) é de 2.799 g CO2/l
de diesel consumido, independentemente do ano do veículo.
Quanto ao cálculo das emissões dos gases do efeito estufa na área de
criação animal para as atividades de suíno e bovinocultura foi utilizada a
metodologia: “Primeiro Inventário Brasileiro de Emissões Antrópicas de
Gases de Efeito Estufa: Emissões de Metano na Pecuária (MCT, 2002)”.
Os procedimentos metodológicos adotados para estimar as emissões
de metano (CH4 ) pela bovinocultura de corte e de leite e suinocultura,
presentes no Campus da ESALQ foram bastante semelhantes aos
conseguidos nos cálculos do setor de transporte, isto é, em basicamente
três etapas:
• Revisão bibliográfica de metodologias relacionadas ao cálculo
de emissões pela pecuária.
• Análise da metodologia selecionada – Primeiro Inventário
Brasileiro de Emissões Antrópicas de Gases de Efeito Estufa:
Emissões de Metano na Pecuária (MCT, 2002) – a fim de
identificar dados necessários para serem coletados; e
• Envio de questionário ao departamento de Zootecnia da ESALQ
(Ruminantes e não Ruminantes) para coleta de dados.
Buscando adequá-la às atividades desenvolvidas na ESALQ, foi
necessária uma primeira análise do documento disponibilizado pelo o
website do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) www.mct.gov.br/clima
afim de constatar quais seriam as informações viáveis relacionadas ao
campus “Luiz de Queiroz’. Dessa maneira verificou-se que os dados
quantitativos precisariam ser obtidos na realidade das criações animais
experimentais realizada pelo Departamento de Zootecnia da ESALQ.
Em seguida, foi enviada uma carta ao Departamento da Zootecnia,
em abril de 2006, solicitando os dados censitários necessários para o
cálculo de emissões para as atividades de bovino e suinocultura. A cópia da
carta se encontra no anexo I ao final deste documento.
Segundo o IPCC, os dados quantitativos necessários para calcular os
fatores de emissão referem-se:
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 104
1.4.4.1. GADO LEITEIRO
• Número de animais do rebanho
• Raças existentes
• Peso Vivo (média)
• Taxa de Prenhez
• Taxa de digestibilidade
• Consumo de alimento (ms/dia)
• Produção de leite (kg/vaca/dia)
• Teor de gordura do leite
1.4.4.2. GADO DE CORTE
• Número de animais do rebanho
• Peso Vivo (média)
• Taxa de Prenhez
• Tipo de forragem mais utilizada
• Taxa de Digestibilidade
• Consumo de alimento (ms/cabeça/dia)
• Produção de Leite (kg/vaca/dia)
1.4.4.3. SUÍNOS
• Número de animais do rebanho
• Peso Vivo
• Taxa de digestibilidade
• Consumo de alimento (kg/cabeça/dia)
• Consumo de Energia
• Produção de esterco (% relação à quantidade de matéria seca
consumida).
O MCT aplicou essa fórmula para adaptar os fatores de emissão à
realidade brasileira referente ao período de prenhez; produção de esterco,
sólidos voláteis, sistemas de dejetos – esse para a bovinocultura no cálculo
das emissões de pecuária. Segundo consulta técnica através de um pós-
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 105
graduando do Departamento de Zootecnia da ESALQ, esses dados estão
bem próximos a realidade das criações do campus “Luiz de Queiroz”.
( ) ( )( )%1001
DEDENE
NE
DENE
NEtNNENENEGE
g
gpregnancydraftfeedm×+
++++=
Segundo a metodologia consultada para a quantificação de emissão
na bovinocultura, é necessária a divisão dos rebanhos destinados a gado
leiteiro e gado de corte, sendo que para o rebanho de corte deve-se
subdivi-lo em fêmeas, machos adultos, machos jovens e fêmea em lactação
e dessa meneira aplicar o censo para tais divisões.
Conforme MCT 2002, as emissões de metano pela pecuária são
obtidas pela multiplicação do número de cabeças de animais (bovinos de
corte e leite e suínos) pelos fatores de emissão expressos nas Tabelas 20 e
21.
TABELA 20. Fatores de Emissão estimados para fermentação entérica
Categoria do
animal Subpopulação
Fator de Emissão Estimados
(kg/cabeça/ano)
Gado de corte Fêmeas
adultas
67
Machos
adultos
64
Jovens 48
Gado de leite Média 65
Suínos Média 1,0*
* Fator de emissão não estimado pelo MCT; adotado valor default sugerido
pelo IPCC (1996).
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 106
TABELA 21. Fatores de emissão estimados para manejo de esterco animal, de
acordo com as faixas climáticas verificadas no país (no caso, clima quente)
Categoria
Animal Subpopulação
Fatores de emissão estimados
(kg/cabeça/ano)
Gado de Corte
Femeas adultas 2
Machos adultos 2
Jovens 2
Gado de Leite Média 5
Suínos Média 1,0
* Fator de emissão não estimado pelo MCT; adotado valor default sugerido
pelo IPCC (1996).
Portanto, as emissões totais de metano são dadas pela soma das
emissões decorrentes do processo de fermentação entérica com manejo dos
dejetos pela pecuária.
1.4.5. RESULTADOS
1.4.5.1. O SETOR DE TRANSPORTE
Com relação às emissões relativas ao transporte dos usuários de
veículos do Campus “Luiz de Queiroz”, a Tabela 22 apresenta os resultados
obtidos através da aplicação dos questionários, mas já extrapolados para a
população registrada (com selo), totalizando as emissões relativas aos
1.667 veículos). As emissões relativas aos usuários foram divididas entre:
“Emissões Internas”, decorrentes da locomoção dentro Campus Luiz de
Queiroz (entre os principais Departamentos que usuário frequenta) e
“Emissões Externas”, decorrentes da locomoção externa ao Campus Luiz e
Queiroz (entre o local de residência e a ESALQ), de acordo com o modelo do
questionário aplicado.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 107
TABELA 22. Emissão da frota dos usuários cadastrados junto à Prefeitura do
Campus (com selo)
Emissões Internas 73,63 tCO2
Emissões Externas 754,54 tCO2
Emissões Totais 828,17 tCO2
Fonte: Resultados da pesquisa.
Pelos questionários aplicados, foi possível observar que os principais
Departamentos do Campus visitados são LES e LCF. Juntos, os dois
departamentos concentram cerca de 31% das visitas de usuários.
No caso das emissões externas, a distância média informada pelos
veículos no percurso casa – ESALQ foi de aproximadamente 8,5 km por
veículo (contando ida e volta).
Com relação a frota do Campus Luiz de Queiroz, os dados coletados
junto à Prefeitura do Campus permitiram verificar a seguinte composição
em 2005:
• “Frota CCLQ”: a frota da Prefeitura do Campus (CCLQ) era
composta por 44 veículos, sendo 20 deles movidos a gasolina,
4 a álcool e 20 a diesel. A quilometragem média anual
percorrida foi de 11.418 km por veículo e a idade média da
frota era 11,5 anos; e
• “Frota ESALQ”: a frota da ESALQ era composta por 40
veículos, sendo 14 a gasolina, 12 a álcool e 14 a diesel. A
quilometragem média anual percorrida foi de 14.993 km por
veículo e a idade média da frota era 15,2 anos.
As emissões destes veículos em 2005 estão apresentadas nas
Tabelas 23 e 24.
TABELA 23. Emissões decorrentes da frota CCLQ, a partir dos diferentes tipos de
combustível
Gasolina Álcool Diesel Total
tCO2/ano 43,86 9,27 172,14 225,26
Participação
(%)
19,47 4,11 76,42 100,00
Fonte: Resultados da pesquisa.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 108
TABELA 24. Emissões decorrentes da frota ESALQ, a partir dos diferentes tipos
de combustível
Gasolina Álcool Diesel Total
tCO2/ano 47,04 19,81 65,91 132,76
Participação
(%)
35,43 14,92 49,65 100,00
Fonte: Resultados da pesquisa.
Portanto, as emissões em 2005, decorrentes do transporte dos
usuários do Campus, bem como da frota ESALQ (Departamentos e
Diretoria) e da CCLQ (ligados a Prefeitura) totalizaram 1.186,20 tCO2.
Destaca-se a elevada participação dos veículos a diesel nas emissões
tanto da frota ESALQ quanto da frota CCLQ. Além disso, verifica-se que as
emissões decorrentes do transporte dos usuários de suas residências até a
ESALQ correspondem a cerca de 10 vezes às emissões decorrentes do
transporte dentro da ESALQ.
1.4.5.2. A PECUÁRIA BOVINA E SUÍNA
Em 2005, o rebanho de pecuária bovina do Campus “Luiz de Queiroz”
continha 2.426 animais entre as atividades de gado de corte e gado leiteiro,
segundo informações disponibilizadas pelo Departamento de Zootecnia.
Porém, para os cálculos de emissões na atividade de gado de corte,
baseados na metodologia do MCT, foram contabilizadas apenas as seguintes
subdivisões: fêmeas adultas, machos adultos e machos jovens. Esta
classificação dos animais deve ser baseada nos pesos vivos dos animais
(MCT, 2002).
Dessa maneira, o Departamento de Zootecnia relatou que havia 142
fêmeas adultas, 203 machos adultos e 87 machos jovens destinados à
atividade de bovinocultura de corte, além de 130 fêmeas destinadas à
atividade leiteira. Uma vez que os outros 1.864 animais apresentavam peso
vivo abaixo do estabelecido, acabaram sendo classificados como bezerros e
novilhas, e não entraram nos cálculos. Portanto, os cálculos abrangeram
apenas 562 animais, cerca de 23% do rebanho presente no Campus.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 109
Os resultados obtidos através dos cálculos de emissão para a
atividade de pecuária estão especificados na Tabela 25 apresentada abaixo.
TABELA 25. Estimativa Total de Emissão das atividades de pecuária estudadas
(kgCO2/ano)
Emissões (tCO2/ano)
% Fermentação
entérica
Esterco Total
Gado de leite 177,4 13,6 191,1 24,77
Gado de corte
Fêmeas
Machos
Joves
199,8
272,8
87,7
6,0
8,5
3,6
205,8
281,3
91,3
26,67
36,47
11,84
Suínos 1,0 1,0 2,0 0,25
Total 738,7 327,6 771,5 100,0
Fonte: Resultados da pesquisa.
A atividade pecuária, portanto, representou um volume total emitido
de 771,5 tCO2 em 2005. Desse total, o gado de corte respondeu por 578,5
tCO2, em 2005, isto é, aproximadamente 75% do total emitido pelo o setor.
Devido ao pequeno tamanho ao rebanho de suínos (apenas 46
animais), este acaba respondendo por apenas 0,25% das emissões de
pecuária.
1.4.5.3. RESULTADOS GERAIS
Nos resultados gerais apresentados na Tabela 26, verifica-se que as
emissões de CO2 em 2005 foram relativamente significativas pelos setores
de transporte e pecuária, totalizando cerca de 1.957 tCO2 emitidas.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 110
TABELA 26. Emissões Totais em 2005 calculadas para os Setores de Pecuária e
Transporte do Campus “Luiz de Queiroz”
O setor de transporte, relativo tanto à frota da ESALQ e da CCLQ,
quanto à dos usuários do Campus “Luiz de Queiroz,” respondeu por
aproximadamente 60,6% do total de CO2 emitido entre as duas atividades
estudadas. Destaca-se a participação das emissões dos usuários quando
utilizam seus veículos de suas residências até a ESALQ.
No caso da pecuária, sua participação é expressiva, dado que apenas
23% do total do rebanho foi considerado nos cálculos para estimar as
emissões. Entre as atividades da pecuária, destaca-se a de bovinocultura de
corte, responsável por 29,5% do total emitido. Já a atividade de
suinocultura presente no Campus, não representa importância significativa
nas emissões.
Transporte t CO2/ano %
CCLQ 225,3 11,5
ESALQ 132,8 6,8
Usuários - Emissões Internas 73,63 3,8
Usuários - Emissões Externas 754,14 38,5
Pecuária t CO2/ano %
Leite 191,1 9,8
Corte 578,5 29,5
Suino 1,9 0,1
Total 1957,37 100
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 111
1.5. DIAGNÓSTICO GT FAUNA
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 112
1.5.1. INTRODUÇÃO
A fragmentação dos ambientes naturais é, na atualidade, uma das
maiores ameaças à diversidade biológica. No Estado de São Paulo, onde a
cobertura vegetal consistia de mata semidecídua e manchas de cerrado,
além da faixa atlântica, a vegetação é hoje quase totalmente modificada e
fragmentada, sendo que áreas naturais extensas e pouco perturbadas são
cada vez mais raras (Morellato & Leitão Filho, 1995). Dessa forma, a
paisagem do Estado de São Paulo hoje pode ser considerada um grande
mosaico formado por remanescentes de floresta nativa em vários estados
sucessionais, além de áreas ocupadas pela agropecuária como pasto, cana-
de-açúcar, laranja, café e também áreas urbanas. As atividades antrópicas
foram as principais responsáveis pelo quadro atual, reduzindo e
simplificando o ambiente original.
Neste contexto, os remanescentes florestais, segundo Viana et al.
(1992), podem ser considerados os últimos depositários da biodiversidade
nativa de boa parte de nossas florestas. A vegetação que compõe a
vizinhança desses fragmentos é de extrema importância para a manutenção
de sua diversidade animal, pois pode facilitar ou impedir a conectividade
entre eles (Blake & Karr, 1987; Metzger & Decamps, 1997).
Entretanto o conhecimento acumulado sobre a mastofauna no Estado
é ainda relativamente escasso. Com exceção dos trabalhos pioneiros de
Vieira (1950, 1953) e Carvalho (1979/1980), utilizados como referência,
pouco ainda se sabe sobre a composição e distribuição das espécies entre
os diversos hábitats, principalmente considerando os efeitos da
fragmentação e uso do solo (Marinho-Filho, 1992; Monteiro-Filho, 1995;
Talamoni, 1990; Vinicius, 1989).
Dentro desse contexto o Campus “Luiz de Queiroz” é representativo
da situação do Estado de São Paulo, visto que apresenta uma paisagem em
mosaico composta por diferentes tipos de vegetação. No entanto, para o
município de Piracicaba, o Campus representa, mesmo não sendo planejado
com este fim, um refúgio para a fauna com relevante papel local em sua
conservação. Apesar da ESALQ ter completado 100 anos de existência em
2001, pouco ainda se conhece e poucos são os esforços destinados a
conservação da fauna silvestre no Campus “Luiz de Queiroz”.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 113
Diante da proposta de criação de um Plano Diretor Sócio-ambiental
para o Campus, fez-se necessário um diagnóstico das informações sobre
fauna silvestre e doméstica existentes nas áreas do Campus. Assim, o
presente relatório apresenta de forma simples e concisa essas informações
para que, em posse destas o núcleo gestor possa criar diretrizes que irão
nortear as ações a serem executadas após a finalização do Plano Diretor.
1.5.2. MATERIAL E MÉTODO
1.5.2.1. ÁREA DE ESTUDO
O Campus “Luiz de Queiroz” localiza-se no município de Piracicaba,
oeste do Estado de São Paulo (Figura 43), nas coordenadas 22º42’30” Sul e
47º38’30” Oeste e altitude média aproximada de 546 m. Segundo Köppen,
o clima da região de Piracicaba é do tipo Cwa (verão quente com estiagem
no inverno, sendo a temperatura no mês mais quente superior a 22°C e no
mês mais frio inferior a 18°C), com pluviosidade média anual de
aproximadamente 1200 mm, distribuídas irregularmente durante o ano
(Setzer, 1946).
A classe de solo predominante é TR (terra roxa estruturada), que
ocupa cerca de 55% da superfície do Campus. Trata-se de solo com elevada
fertilidade, mas com pouca representatividade no Estado de São Paulo
(Sparovek, 1993). A vegetação natural da região de Piracicaba é
classificada como Floresta Estacional Semidecidual (IBGE, 1992),
caracterizada pela mistura de espécies vegetais caducifólias e perenifólias.
O Campus tem área total de 821 ha, formando um mosaico de
vegetação com 196 ha de culturas anuais, 71 ha de culturas semi-perenes,
30 ha de culturas perenes, 109 ha de pastagens, 35 ha de reflorestamento
e 67 ha de remanescentes florestais, correspondendo a cerca de 7,4% da
área total do Campus (Sparovek, 1993).
O Parque da ESALQ é considerado hoje o segundo maior em
dimensões (aproximadamente 15 ha) e o mais freqüentado dentre os cincos
parques existentes em Piracicaba. São eles: Parque da Rua do Porto (25,2
ha), Parque do Zoológico (4,8 ha), Parque da Zona Leste (3,26 ha), e o
Parque do Mirante (1,64 ha) (Barbin, 1999). Seu uso atual inclui atividades
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 114
de ensino e lazer, além de pesquisa. Tem um significativo valor histórico,
pois é o único parque no estilo inglês de paisagismo existente no Brasil
(Barbin, 1999).
FIGURA 43. Localização do Campus “Luiz de Queiroz”.
1.5.2.2. METODOLOGIA
Através de um levantamento bibliográfico foram encontrados alguns
trabalhos realizados dentro do Campus “Luiz de Queiroz”. Esses trabalhos
estão distribuídos em dissertações, monografias, artigos em periódicos e
resumos de congressos.
1.5.2.3. ATUALIZAÇÃO DE DADOS
A atualização dos dados de mamíferos não-voadores está sendo
realizada por uma aluna de graduação do Curso de Ciências Biológicas, com
o auxílio da Bolsa Trabalho/COSEAS. Os outros grupos de vertebrados,
infelizmente não estão sendo monitorados até o presente momento. Mas já
existe um projeto que visa levantar a diversidade de répteis e anfíbios no
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 115
Campus. Com relação a avifauna, são realizadas periodicamente
observações pelo Campus por alguns pesquisadores, mantendo a lista de
espécies sempre atualizada.
1.5.3. RESULTADOS
Foram encontrados 08 trabalhos publicados relacionados a fauna
silvestre do Campus “Luiz de Queiroz” (Tabela 27). Acredita-se que existam
mais trabalhos mas que infelizmente não se encontram publicados e
portanto sem acesso. Existe um trabalho sob o título: Uso de Hábitat, Área
de Vida e Ecologia Alimentar do Cágado Phrynops Geoffroanus (Schweigger,
1812) em Ambientes Antrópicos da Região Central do Estado de São Paulo.
Esse projeto está sendo realizado pelo Laboratório de Ecologia Animal com
colaboração da Faculdade de Medicina Veterinária da USP (SP). Os animais
são coletados no ribeirão Piracicamirim e Rio Piracicaba..
De posse destes estudos podemos dizer que o Campus apresenta
uma diversidade de vertebrados razoável (Tabela 28) e esta está
diretamente ligada às alterações realizadas na paisagem do Campus. De
forma que, o manejo do uso e da cobertura do solo dentro do Campus pode
alterar diretamente na diversidade da fauna local.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 116
TABELA 27. Trabalhos sobre fauna silvestre realizados no Campus “Luiz de
Queiroz”.
Formato Betini, Gustavo Sigristi. Levantamento de avifauna do Campus Luiz de Queiroz. Monografia, Piracicaba, 1997, 63p.
Papel
Santos Filho, R. M. F. Flutuação populacional de capivaras (Hydrochoerus hydrochaeris) em área de várzea do Campus "Luiz de Queiroz", da Universidade de São Paulo, em Piracicaba, SP. In: Simpósio de Iniciação Científica da Universidade de São Paulo, 7/Reunião Paulista de Iniciação Científica em Ciências Agrárias,10/Congresso de Iniciação Científica da ESALQ, 13 : 1999, Piracicaba, São Paulo, 1999 v. 1 p. 402.
Papel
França, E J; Castanho, L M.; Verdade, Luciano M. Anfíbios anuros do Campus Luiz de Queiroz. In: Simpósio Internacional de Iniciação Cientifica da Universidade de São Paulo, 8/Reunião Paulista de Iniciação Cientifica em Ciências Agrárias, 11/Congresso de Iniciação Cientifica da ESALQ, 14: 2000: São Paulo, v.1, p. 150.
Papel
Gheler-Costa, C.; Verdade, Luciano M.; Almeida, A. F. de. Mamíferos não-voadores do campus "Luiz de Queiroz", Universidade de São Paulo, Piracicaba, Brasil. Revista Brasileira de Zoologia São Paulo, p. 19, supl. 2, p. 203-214, 2002.
Digital e Papel
Ferraz, K.P.M.B., M.-A. Lechevalier, H.T.Z. Couto & L.M. Verdade. 2003. Damage caused by capybara (Hydrochaeris hydrochaeris) on a cornfield in São Paulo, Brasil. Scientia Agrícola 60(1): 191-194.
Digital e Papel
Campos, Cláudia Bueno. Impacto de cães (Canis familiaris) e gatos (Felis catus) errantes sobre a fauna silvestre em ambiente peri-urbano. Dissertação (Mestrado), Piracicaba, 2004 55 p.
Digital e Papel
Haddad, Roberto de Lara; Verdade, Luciano M.; Cruz-Neto, Ariovaldo Pereira. Diversidade de Morcegos em quatro áreas alteradas do Campus “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo. In: III Congresso Brasileiro de Mastozoologia, Aracruz, ES, Brasil, 2005.
Papel
Betini, G.S.; Costa, J.C. Aves do Campus da Universidade de São Paulo, Município de Piracicaba, Estado de São Paulo. Em publicação, 2006.
Papel
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 117
TABELA 28. Número de espécies de vertebrados encontradas no Campus “Luiz de
Queiroz” (rc = riqueza de espécies encontrada no Campus).
Grupo rc
Mamíferos de pequeno porte 05
Mamíferos de grande e médio porte 11
Mamíferos voadores 12
Aves 191
Répteis 12*
Anfíbios 19*
Peixes 0
* dados não publicados
A grande maioria das espécies de mamíferos registradas no Campus
são espécies comuns e sem muita restrição quanto ao tipo de habitat,
embora sejam em sua maioria dependentes da presença de remanescentes
florestais nativos.
A mesma observação cabe para os mamíferos voadores (morcegos),
pois são importantes dispersores de sementes, podendo auxiliar na
restauração e manutenção de áreas nativas. Dentre as 12 espécies de
morcegos registradas no Campus, encontra-se uma espécie hematófaga
(Desmodus rotundusEsse dado merece atenção pois em todo o município e
também no Estado de São Paulo, vêm sendo realizadas campanhas para
controle da população dessa espécie, por ser esta transmissora da raiva e
de outras zoonoses.
Com relação às aves, podemos encontrar algumas espécies
ameaçadas de extinção, como por exemplo o azulão (Passerina brissonii),
uma das espécies mais procuradas por caçadores e criadores devido ao seu
canto melodioso (Figura 44). Há algumas espécies que tem sido constantes
nos últimos anos, e que não foram registradas entre 1994-1996, ou eram
muito raras. Dentre elas, destacam-se o colheireiro (Platalea ajaja), o
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 118
cabeça-seca (Mycteria americana) e o tuiuiú (Jabiru mycteria). Tais
espécies começaram a utilizar áreas de várzea, formada no local da
desembocadura do ribeirão Piracicamirim no rio Piracicaba. São registradas
em épocas chuvosas, por meados de março, momento no qual a várzea
encontra-se completamente encharcada. A ocorrência destas três espécies
no Campus deve estar relacionada a pontos de parada destas aves durante
movimentos migratórios (Betini e Costa, 2006). Magalhães (1998) relata a
presença destas para a Fazenda Barreiro Rico, há cerca de 80km de
distância do Campus, sempre entre a primavera e o verão, sendo que o
colhereiro foi considerado como “ocorrência recente”.
Com relação aos anfíbios, foi realizado em 2000 um levantamento
rápido em algumas áreas alagadas do Campus, onde foram encontradas 19
espécies, entre elas uma espécie nova em processo de descrição
(Leptodactylus sp. (aff. elenae)). E quanto aos répteis, até o presente
momento nenhum levantamento específico para esse grupo foi realizado.
Através de observações pessoais e de resultados de um estudo que vem
sendo realizado com Phrynops geoffroanus no rio Piracicamirim, sabemos
que existem pelos menos 3 espécies de quelônios (Phrynops geoffroanus,
Hydromedusa tectifera e Trachemys scripta), sendo a última introduzida,
nenhum crocodiliano, pelo menos 4 espécies de lagartos (Tropidurus
itambere, Tupinambis sp., Gekco sp. , Mabuya sp.), pelo menos 4 espécies
de serpentes (Bothrops sp., Crotalus sp., Phylodrias sp. e Micrurus sp.) e
pelo menos uma espécie de Amphisbena.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 119
FIGURA 44. O azulão Passerina brissonii (Macho. Foto de Arthur Grosset http://www.arthurgoresset.com)
Existe no Campus um sério problema com relação aos cães e gatos
que são abandonados e alimentados dentro do Campus, tanto no que tange
a questão sanitária, quanto a problemas com a predação de animais
silvestres (EDWARDS et al., 2002; BUTLER, et al., 2004; CAMPOS, 2004). A
fim de tentar resolver essa questão, o novo prefeito criou recentemente
(maio/2006) uma comissão formada por funcionários, professores, alunos,
médico veterinário do canil municipal e membros da sociedade protetora
dos animais para que juntos construam um programa de controle do
abandono e alimentação de animais domésticos (cães e gatos) no Campus.
A presente comissão tem como objetivo direto gerar um programa com
ações, a médio e longo prazo, visando a diminuição da população de cães e
gatos errantes no campus até que, com a conscientização da população do
município, esse problema não mais exista no Campus da ESALQ.
Com relação às capivaras e a febre maculosa, sugerimos a proposta
original da Prefeitura do Campus (2004), que foi aprovada pelo IBAMA e
que previa um trabalho atrelado ao Plano de Adequação Ambiental do
Campus.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 120
Ainda relacionado à presença de carrapatos possivelmente
contaminados com a bactéria Ricketsia, existe hoje no Campus algumas
pesquisas sendo realizadas com gambás (Didelphis albiventris) a fim de
detectar se esse animal, sendo portador de carrapatos do gênero
Amblyoma, pode ser um possível amplificador da febre maculosa. Mas visto
que, até o presente momento nenhum resultado foi publicado a esse
respeito, sugiro um cuidado especial na divulgação desse tipo de
informação, para evitar que a população de início a uma matança
desnecessária desses animais. E, segundo o médico veterinário Mauricio
Horta3 (VPS-FMVZ/USP), os gambás, assim como as capivaras não
adoecem, não encontrando nenhum gambá soro-positivo em seu trabalho.
Ele acredita ainda que os esforços para impedir a febre maculosa devam ser
concentrados no grande “vilão”, o carrapato, e também na recuperação das
áreas degradadas, como áreas de preservação permanente (mata ciliar) e
reserva legal. Esses animais são, até o momento, considerados somente
como transportadores desses carrapatos, a questão é: estão esses
carrapatos contaminados? O fato dos animais possuírem carrapatos não faz
deles amplificadores da doença, nem tampouco perigo para a sociedade.
Gostaria de ressaltar também a necessidade de cuidados com relação
ao descarte/depósito de carcaças, de animais domésticos encontradas
próximas à margem do Rio Piracicaba (Figura 45). A presença dessas
carcaças pode gerar problemas sanitários para os animais, tanto domésticos
como silvestres que utilizam o Campus. Durante as coletas e observações
de mamíferos de médio e grande porte, realizadas no mês de maio e junho,
foram encontrados também pontos de descarte de móveis de escritórios,
recipientes plásticos entre outros resíduos.
3 Comunicação pessoal
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 121
FIGURA 45. Carcaças de bovinos encontradas próximas o Rio Piracicaba.
1.5.4. DISCUSSÃO
De modo geral, o conhecimento da fauna silvestre do Campus “Luiz
de Queiroz” é incipiente, necessitando de maiores esforços voltados a
levantamentos e monitoramento das populações locais. Quando nos
referimos à conservação de fauna silvestre, a qualidade e quantidade de
vegetação nativa na área de estudo são peças fundamentais.
Dessa forma, o cumprimento da Lei 4.771/65, que determina a
existência de APPs (áreas de preservação permanente) e áreas de Reserva
Legal, tem forte influência na determinação da diversidade de vertebrados.
Como no Campus essa lei não vem sendo cumprida a algum tempo, temos
como reflexo disso e de outras alterações ambientais, uma simplificação na
fauna silvestre de vertebrados, além de problemas de saúde pública como a
presença de febre maculosa. Que como dito no item anterior, trata-se de
uma das conseqüências da ausência de vegetação ciliar, tendo sem seu
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 122
lugar a presença de gramíneas, principal alimento para animais herbívoros
como as capivaras (Figura 46). Com a má utilização (plantio de culturas ou
pastagens) e inexistência da mata ciliar, as capivaras (animais
semiaquáticos e herbívoros) encontram maior oferta de alimento ao longo
do Rio Piracicaba e Piracicamirim, tendo como conseqüência o aumento de
sua população. Portanto, se houver o manejo desses animais, e
concomitantemente houver o plantio e restauração da vegetação ciliar nos
rios que correm pelo Campus, haverá o controle natural da população de
capivaras e por sua vez a diminuição natural da população de carrapatos.
Quando falamos em fauna silvestre temos a Lei no 5.197/67 (Lei de
Proteção a Fauna) que, entre outras coisas, proíbe a caça de qualquer
animal silvestre, bem como os exóticos que estejam em liberdade no país,
tais como javalis e lebre européia, mesmo que estes estejam causando
danos a agricultura. Dentro do Campus não temos registros, pelo menos
sabidos, de atividades de caça, mas segundo Betini e Costa (2006), ainda
há a ação de caçadores que retiram espécies de aves de interesse, como o
canarinho-da-terra (Sicalis flaveola) que alguns funcionários possuem em
gaiolas sem anilhas do IBAMA e que por sua vez ocorrem naturalmente no
Campus, indicando que tais animais foram provavelmente capturados na
área.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 123
FIGURA 46. Área sem vegetação ciliar na margem do Rio Piracicaba, e com a presença de gramíneas, alimento preferido de animais herbívoros como a capivara.
Diante de tudo que foi possível diagnosticar podemos concluir que
existe a necessidade de um trabalho integrado entre fauna, flora e uso do
solo do Campus, pois os dois últimos itens causam alterações muitas vezes
irreversíveis na fauna silvestre. Portanto, as ações relacionadas a esses três
devem ser cuidadosamente estudadas, para que unidos possamos amenizar
o quadro de degradação ambiental em que o campus se encontra
atualmente.
1.5.5. PROPOSTAS
• O manejo e conservação da fauna silvestre no Campus “Luiz de
Queiroz” deve ser definido em função do uso do solo e de forma
dinâmica;
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 124
• Com relação às capivaras, recomenda-se o resgate do plano de
manejo da Prefeitura, aprovado pelo IBAMA e, o mesmo deve
estar atrelado ao plano de adequação ambiental do Campus;
• Com relação aos cães e gatos errantes no Campus, deve-se
estabelecer um programa de retirada (exclusão) devido a
questões relacionadas a saúde pública e ecológica;
• Necessidade de levantamento de herpetofauna e ictiofauna no
Campus;
• Monitoramentos anuais da fauna de vertebrados do Campus;
• Criação de um programa de conscientização e proibição de
alimentação dos animais silvestres (e.g. micos (Callithrix
penicillata);
• Substituição das espécies de aves aquáticas exóticas nos lagos do
Campus por espécies silvestres de patos (e.g. Cairina moschata);
• Produção de um manual de identificação de vertebrados do
Campus “Luiz de Queiroz.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 125
1.6. DIAGNÓSTICO GT ÁGUAS
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 126
1.6.1 INTRODUÇÃO
O Grupo de Trabalho Águas no Campus “Luiz de Queiroz” foi uma
idéia que surgiu em 2003, quando se deu a criação do UGA – União dos
Grupos Ambientais da ESALQ – e percebeu-se que nenhum grupo interno
tratava especificamente da questão da água no Campus.
O GT foi formado em outubro de 2005 durante as reuniões do Núcleo
Gestor do Plano Diretor. Existiu no princípio, porém, uma dificuldade em
condensar e organizar o material relativo às águas no Campus, que era um
dos objetivos iniciais, já que este se encontrava muito difuso.
Este cenário só foi modificado quando se intensificou a participação
dos estudantes no processo e houve uma modificação na função realizada
pelos professores e funcionários, que passou a ser o de orientar as
informações mais importantes para o relatório.
O diagnóstico envolve duas realidades distintas: o uso e
gerenciamento da água pelo CENA (Centro de Energia Nuclear na
Agricultura) e pelo campus da ESALQ. Enquanto o CENA compra sua água
do SEMAE e possui um Programa de Gerenciamento de Resíduos, que atua
na separação dos resíduos químicos de laboratórios, na qualidade e no
reaproveitamento da água e energia; o campus da ESALQ precisa
estabelecer diretrizes para o destino dos resíduos químicos dos seus 148
laboratórios, grandes responsáveis pela má qualidade da água que sai do
Campus. Além disso, a água utilizada pelo campus da ESALQ é captada
diretamente do Rio Piracicaba, gerando uma grande discussão sobre o custo
de tratamento dessa água e sobre as suas condições para consumo
humano.
Este primeiro diagnóstico, portanto, tem o foco central nos dados
disponíveis sobre o uso e as condições das águas no Campus “Luiz de
Queiroz”, caracterizando os estudos existentes nos seus mananciais
naturais; dando um panorama sobre a outorga atual de uso desta água,
enfatizando sua qualidade principalmente para consumo, e algumas
experiências de uso racional que já acontecem no Campus e que podem e
devem ser expandidas.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 127
1.6.2. METODOLOGIA
Os primeiros passos do grupo foram, essencialmente, mapear
pessoas que tivessem trabalhos relacionados à questão da água no
Campus.
Mapeadas as pessoas, elaborou-se um questionário (a seguir), que foi
aplicado a todos os envolvidos com a questão:
O que
existe?
Formato
� Digital
� Papel
Abrangência
� Pessoas
� Instituições
� Deptos
� Grupos
Legislação e/ou
Regulamentação
interna envolvida
� Há cumprimento
da lei no Campus?
Atividades de
adequação em
andamento?
� local
Relaciona-se
com outro GT?
De que maneira? Atividades em
andamento?
� local
As atividades são
institucionais?
� Resp
Assim, com os resumos e dados à mão, os trabalhos foram divididos
em:
1.6.2.1. CORPOS D’ÁGUA
O Campus foi dividido em suas micro-bacias e reservatórios, e as
informações existentes sobre cada uma delas foram levantadas.
Os trabalhos existentes versam, principalmente, sobre a qualidade e
quantidade de água.
No que se refere à qualidade e quantidade de água, ainda existe uma
séria restrição ao desenvolvimento do trabalho, pois para serem
estabelecidos tais parâmetros são necessárias análises periódicas e
Abrange as disciplinas (grad
e pós) dos deptos:
Espaço Físico utilizado para pesquisa
� local
� área (ha)
� uso
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 128
constantes da água nas microbacias. Este fato, porém, não acontece no
Campus como um todo, com exceção do Ribeirão Piracicamirim, no qual a
equipe do laboratório de Ecologia Isotópica, desde o ano 2000, e mais
recentemente do Departamento de Engenharia Rural, realizam tais análises
periodicamente.
1.6.2.2. ÁGUAS TRATADAS
Foi a parte mais complicada do trabalho, principalmente devido a
falta de dados sobre uso da água pelos Laboratórios e Departamentos da
ESALQ, exceção feita ao CENA, graças ao trabalho do Programa de
Gerenciamento de Resíduos Químicos, no qual se insere o Programa de
Gestão da Água. Outro problema é necessidade de manutenção periódica
das caixas d’água e o estado de conservação dos encanamentos dos prédios
do campus. Muitos funcionários e professores apontaram esse ponto como
um dos grandes problemas que resultam na baixa qualidade da água dentro
do Campus, mesmo após o tratamento.
A divisão adotada para a discussão deste tópico foi a seguinte:
a) Captação
b) Tratamento para uso
c) Consumo
d) Tratamento de Efluentes
A seguir, são apresentadas duas figuras que ilustram: Figura 47
Divisão das microbacias do Campus; Figura 48 Áreas dos Departamentos,
pontos de captação de água e pontos de lançamentos de efluentes.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 129
FIGURA 47. Divisão das microbacias do Campus
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 130
FIGURA 48. Áreas dos Departamentos, pontos de captação de água e pontos de lançamentos de efluentes
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 131
1.6.3. RESULTADOS
1.6.3.1. CORPOS D’ÁGUA E RESERVATÓRIOS
Avaliação da qualidade e quantidade dos mananciais
Microbacia do Piracicamirim
Dois trabalhos de monitoramento da qualidade e quantidade de água
do Ribeirão Piracicamirim foram encontrados, sendo o primeiro
desenvolvido pelo Laboratório de Ecologia Isotópica do CENA, desde 1998
através do Projeto PiraCena (Prof. Plínio Barbosa de Camargo e Prof. Luiz
Antonio Martinelli), e outro no Departamento de Engenharia Rural da ESALQ
(Prof. Marcos Vinícius Folegatti) no segundo semestre de 2005.
Nestes projetos considerou-se que as bacias de drenagem podem ser
denominadas unidades geográficas funcionais, onde os processos naturais
ou antrópicos que estariam ocorrendo em seus limites são refletidos e
observados nos corpos d’água. Neste sentido, os impactos decorrentes das
atividades antrópicas, como o crescimento desorganizado e destruição de
suas nascentes, sobre o Ribeirão Piracicamirim, têm proporcionado baixos
níveis de qualidade de água a esse manancial. Na perspectiva de se
verificar as possíveis causas e o grau de contaminação tornou-se necessário
um programa de monitoramento da qualidade de água.
Em Piracicaba, o Ribeirão Piracicamirim vinha recebendo, até 1998,
toda a carga de efluentes domésticos gerado pela população da cidade que
vive às margens deste ribeirão, sofrendo um nível de degradação alto em
relação às características primárias das águas, apresentando aspectos
físico-químicos evidentemente deteriorados com relação à sustentabilidade
das comunidades aquáticas. Em 1999, a Prefeitura e o Serviço Municipal de
Água e Esgoto de Piracicaba - SP construíram uma Estação de Tratamento
de Esgoto para a Bacia do Piracicamirim, denominada ETE Piracicamirim,
atuando em uma área com população estimada de 90.000 habitantes.
Desde 1999, juntamente com a construção da ETE, este ribeirão tem
suas águas monitoradas através de parâmetros de qualidade em diversos
pontos da bacia, tanto dentro como fora dos limites da ESALQ. Nos
primeiros anos, a eficiência do tratamento de esgoto da Estação não era
efetivamente adequada devido a problemas no sistema de tratamento
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 132
adotado. Posteriormente, o projeto se propôs a continuar monitorando a
qualidade da água da bacia, em face da melhoria efetiva do tratamento pela
estação, que permanece até hoje.
No primeiro projeto, pretendeu-se caracterizar fisico-quimicamente a
água ao longo do Ribeirão Piracicamirim, medindo os seguintes parâmetros:
pH, condutividade elétrica, temperatura, oxigênio dissolvido, carbono
inorgânico dissolvido, carbono orgânico dissolvido e demanda bioquímica de
oxigênio. Conjuntamente com o DAEE e SEMAE quantificou-se a vazão do
ribeirão, através da instalação de uma régua linimétrica.
O segundo projeto teve como objetivo estabelecer a localização de
pontos representativos de coleta de dados baseado em técnicas estatísticas
de agrupamento.
Visando diagnosticar os problemas e determinar os futuros pontos de
monitoramento, realizou-se uma coleta inicial no mês de setembro de 2005,
composta por 35 pontos amostrais (ao acaso), em todos os cursos d'água
da bacia do Piracicamirim de forma geoespacializada.
A partir de uma análise multivariada (fatorial e de agrupamento) de
dados provenientes do inventário e de análises de qualidade de água, foram
escolhidos os pontos a serem monitorados durante os oito meses
subseqüentes.
Dessa forma foram determinados 10 pontos de amostragem para a
realização de um monitoramento, avaliando e observando os impactos
ambientais sobre a qualidade da água. Estes pontos representam com
elevada precisão a qualidade de água em toda a bacia hidrográfica,
proporcionando o armazenamento dessas informações em um banco de
dados que permita a orientação de diretrizes governamentais.
Durante essa fase foram analisadas as seguintes variáveis: sódio,
potássio, pH, condutividade elétrica, turbidez, cloreto, carbonato,
bicarbonato, cálcio e magnésio.
Com base nestes estudos, a conclusão que se chega em
relação ao Ribeirão sobre pH, condutividade elétrica, COD (carbono
orgânico dissolvido), CID (carbono inorgânico dissolvido) e da concentração
de oxigênio dissolvido apresentam valores mais adequados se comparados
com os dados de 2002 e 2003, apesar da implementação e melhoria na
eficiência do tratamento de esgoto desta região.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 133
As possíveis explicações para este fato podem estar ligadas a 3
fatores: primeiro, ao aumento do volume de esgoto tratado que passou de
o equivalente ao tratamento de 50.000 pessoas para 70.000; segundo, ao
decréscimo do volume de água pela não preservação das nascentes e,
terceiro, a própria contaminação das nascentes, que apresentaram valores
elevados de condutividade elétrica.
É possível verificar em quase todos os parâmetros a flutuação da
concentração entre o período seco e o período chuvoso, sendo que neste
caso ocorre a diluição de diversos compostos, favorecendo o aumento do
oxigênio dissolvido e a diminuição da DBO.
Como nos anos de 2000 e 2001 houve uma intensa perturbação do
canal e das áreas de nascentes devido às atividades antrópicas, pode ser
que o ribeirão esteja ainda se ajustando às novas condições.
O tratamento de esgoto efetivo da estação concentra-se somente nas
etapas: primária e secundária. Desta forma, o descarte da água após o
tratamento consiste em uma considerável quantidade de compostos iônicos
remanescentes que ocasionam níveis elevados de sais na água, gerando
preocupações quanto a possível eutrofização.
Para que isso ocorra mais rapidamente, há a necessidade de uma
ação conjunta no sentido de buscar uma melhoria constante na eficiência do
tratamento; revegetar as áreas marginais; preservar as nascentes, investir
em sistemas conservacionistas de manejo do solo, controlar focos pontuais
de poluição e conscientizar a população. Somente uma ação integrada trará
resultados satisfatórios.
Reservatório de captação de água
O reservatório de captação de água para o Campus “Luiz de Queiroz”,
foi construído entre os anos de 1982/83 na margem do rio Piracicaba, numa
área de 11,65 ha pertencente a ESALQ/USP. Essa água foi destinada ao
abastecimento de todo o campus, servindo basicamente para uso humano.
Para a manutenção do seu nível, o reservatório recebe água de uma lagoa
próxima (Lagoa do Monte Olimpo) localizada 24 metros acima, além de
pequenas minas intermitentes existentes em seu entorno. Em períodos de
chuvas, quando ocorre o transbordamento do Rio Piracicaba, as águas
desse são também depositadas no reservatório.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 134
Atualmente, o reservatório se encontra quase que inteiramente
assoreado e coberto por macrófitas, gramíneas e outras espécies aquáticas,
apresentando um grau de eutrofização bastante preocupante, sendo hoje
totalmente descartado o uso deste reservatório para abastecimento de água
para o Campus.
Neste estudo (“Qualidade da água do Reservatório do Campus ‘Luiz
de Queiroz’, Piracicaba, SP.”, Diego Bonaldo Genuário; Karla Nishiyama
Marques; Plínio Barbosa de Camargo; Marcos Vinicius Folegatti; Marli de
Fátima Fiore), foram avaliadas as condições físico-químicas em 8 pontos no
entorno desse reservatório, como também a diversidade de cianobactérias,
microorganismos conhecidos por produzirem toxinas que causam danos à
saúde de humanos e animais.
A temperatura da água foi função de maior ou menor coberturas
vegetais, apresentando valores médios de 21 e 29 ºC, quando mais ou
menos cobertos. Os pontos avaliados apresentaram valores de oxigênio
dissolvido muito baixos (média de 1 mg/L), devido ao seu consumo pelas
plantas ou pela decomposição dos resíduos vegetais, e valores de pH e
condutividade média de 6,4 e 178 µS/cm, respectivamente. Exceção feita a
um único ponto, onde a menor incidência de macrófitas e a presença em
abundância de algas, proporcionaram um aumento localizado de oxigênio,
atingindo o valor de 9,5 mg/L e apresentando valores de pH e
condutividade de 7,0 e 120 µS/cm, respectivamente.
A conclusão que se chega com base nestes estudos e em visitas
técnicas realizadas, é que o reservatório está bastante comprometido
devido, principalmente, à falta de cobertura vegetal em toda a bacia do
Córrego Monte Olimpo, principal contribuinte de águas, que gera um
assoreamento acentuado. Para que o reservatório volte a ser palco da
captação de água realizada pelo Campus, algumas medidas urgentes devem
ser tomadas, como ações de reflorestamento e conservação de solo em
toda a bacia e, posteriormente, um desassoreamento maquinal do
reservatório em si, com custo estimado em R$ 1.300.000,00 (um milhão e
trezentos mil reais), antecedido de um estudo de capacidade de suporte e
das características físico-químicas do local, para se conhecer a viabilidade
do projeto.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 135
Outros Corpos d água
O campus da ESALQ faz parte das bacias do Rio Piracicaba e do
Córrego Monte Olimpo, o qual possui a nascente e a foz dentro do Campus.
No percurso do córrego Monte Olimpo, existe também a Lagoa do Monte
Olimpo, porém, não se pôde estabelecer um padrão de qualidade e
quantidade de água, já que não são realizadas análises periódicas amostrais
nestes corpos d água. A única informação disponível durante a fase deste
diagnóstico é a existência de um plano diretor, definido pelo Grupo Florestal
Monte Olimpo, sob a coordenação do Prof. José Luiz Stape (Departamento
de Ciências Florestais), além da restauração da mata ciliar que vem sendo
realizado pelo referido grupo.
Em relação ao corpo d água existente na Fazenda Areão, identificou-
se somente o trabalho referente à captação para irrigação.
1.6.3.2. ÁGUAS TRATADAS
a) Outorga
O Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) concedeu à
ESALQ autorização para utilizar e interferir em recursos hídricos que
tenham fins de: atendimento sanitário, irrigação, dessedentação de
animais, passagem, regularização de vazão e limpeza de margens e para
execução dos serviços de desassoreamento do Córrego Monte Olimpo.
A vazão e período das captações superficiais autorizadas foram de:
USO Recurso
Hídrico
Prazo
(anos)
Vazão
m3/ h
Período
Horas/Dia
Período
Dias/Mês
Captação
superficial
abastecimento
Rio
Piracicaba
01 240 3 30
Captação
superficial
irrigação
Rio
Piracicaba
01 400 13 30
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 136
Na outorga são encontrados os direitos e os deveres referentes ao
uso e interferência dos recursos hídricos de domínio do Estado e obriga a
interromper a captação caso a vazão do rio diminua significativamente. Até
hoje, o custo desta outorga está em torno de R$ 6.000,00 (seis mil reais)
por ano, considerando os valores que nela estão registrados (tabela acima).
A Lei 12.183, publicada em dezembro de 2005, estabelecido pelo
Comitê de Bacia do Piracicaba, Capivari e Jundiaí, determinou que a partir
de 2006, valores diferentes passem a ser cobrados pela outorga ou outros
usos da água. Desta forma, todos os valores outorgados em vigor deverão
ser revistos, pois foram estabelecidos inicialmente valores superiores aos de
consumo. Deve-se agora, ajustar o que se deixa de consumir, pois os
excedentes serão duplamente taxados. Este caso ocorre no Campus “Luiz
de Queiroz”, que deverá se enquadrar nesta nova lei e para isso nova
discussão sobre os valores devem ser debatidos, levando-se em
consideração fatores de crescimento do campus.
Detalhamento dos projetos associados à outorga:
Autor do projeto / Parceiro: Irrigart – Engenharia e Consultoria em
Irrigação, Recursos Hídricos e Meio-Ambiente. Eng. Responsável: Maria José
Brito Zakia
Nome do Projeto: Estudo Hidráulico para Regularização do Uso dos
Recursos Hídricos Superficiais pela ESALQ/USP (Lei Estadual 7663/91 e
Portaria DAEE 717/96).
I. Captação Superficial – Departamento de Produção Vegetal
(1994).
Tem por finalidade apresentar os cálculos hidráulicos e a análise
hidrológica para a regularização do uso da água, na ESALQ /USP.
O estudo analisa a captação superficial realizada pelo Departamento
de Produção Vegetal, denominada de CAP ponto 20, e é realizada
diretamente no Rio Piracicaba, destinando-se exclusivamente ao
abastecimento de água dos sistemas irrigados desse Departamento.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 137
A captação no Rio Piracicaba é realizada por uma estação elevatória a
qual recalca para 2 reservatórios enterrados, localizados nas cotas altas do
Campus. Esses reservatórios operam como “pulmões” quanto à distribuição
de água para a rede de irrigação do Departamento. Nesses reservatórios
encontram-se os conjuntos moto-bomba para pressurização dos sistemas
irrigados.
II. Regularização de Travessias (2004)
Este relatório tem por finalidade apresentar os cálculos hidráulicos e
análise hidrológica para a regularização do uso dos recursos hídricos, na
ESALQ /USP.
A regularização compõe-se da análise de 4 (quatro) travessias,
localizados no município de Piracicaba, São Paulo.
As travessias analisadas destinam-se exclusivamente à transposição da
vazão do Ribeirão Piracicamirim, sendo a sua disposição em série, conforme
apresenta a planta geral do empreendimento.
No estudo observou-se que na bacia do Piracicamirim, os solos com
horizonte B latossólicos são os mais expressivos em termos de área,
apresentando ocupação de quase 60% da bacia. Esses solos apresentam
elevada capacidade de infiltração (maior que 10 mm.h-1) e, portanto,
elevada capacidade de drenagem interna, o que minimiza o risco de erosão.
Este fato foi considerado para os cálculos finais da capacidade de descarga
das travessias existentes.
III. Captação Superficial – CAP ponto 8; CAP ponto 15; CAP ponto
17 e CAP Areão (2005).
Este relatório tem por finalidade apresentar os cálculos hidráulicos e
analise hidrológica para a regularização das captações superficiais, na
ESALQ /USP.
Este relatório envolve a análise de quatro captações sendo três,
diretamente, no Rio Piracicaba (CAP ponto 8; CAP ponto 15 e CAP ponto 17)
e uma barragem localizada na Fazenda Areão (CAP Areão).
A CAP ponto 8 serve ao abastecimento de irrigação suplementar nas
áreas experimentais dos Departamentos de Genética e Engenharia.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 138
A CAP Areão está localizada próxima à barragem da Faz. Areão. Essa
é feita por meio de estação elevatória, sendo que a sucção está numa caixa
de 1 m X 1 m, com profundidade de 1,5 m. Essa captação utiliza a vazão
firme (qf) proporcionada pela barragem.
A captação no Rio Piracicaba, denominada como CAP ponto 17 é
empregada para complementar a captação CAP Areão, visto que esta,
sozinha, é insuficiente para atender a demanda total de irrigação na
Fazenda Areão. A operação da estação elevatória da CAP ponto 17 funciona
apenas quando o nível do reservatório está inferior a um mínimo crítico.
III. Barramentos
O estudo finalizou um relatório que apresenta os cálculos hidráulicos
em análise hidrológica para a regularização de quatro barramentos da
ESALQ/USP. Estes barramentos são obras hidráulicas antigas da
propriedade e foram construídas antes de 1991, ou seja, anterior à lei
estadual 7993/91, que se refere à legislação vigente sobre recursos hídricos
no estado de São Paulo. Foram analisados os quatro barramentos, segundo
a tabela abaixo:
TABELA 29. Coordenadas UTM para determinação das áreas de drenagem
Tipo de uso Leste/Oeste
(m)
Norte/Sul (m) Área de
contribuição
(km2)
Vazão
média
plurianua
l (L/seg)
Q 7,10
(m /seg)
Barramento
1
231,629 7.485,655 0,6986 7,11 5,75
Barramento
2
231,229 7.486,782 1,5396 15,68 12,50
Barramento
3
231,205,37
9
7.487.493,82
2
2,1249 21,65 17,50
Barramento
4
230.644,00
5
7.485.469,54
3
0,3779 3,85 3,1
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 139
Observações: Barramento 1- Aeroporto / Barramento 2 – Monte Olimpo /
Barramento 3 – CAP8 (Próximo ao rio Piracicaba) / Barramento 4 –
Sertãozinho.
Segundo o mapa de isoietas do estado de São Paulo, a pluviosidade
média anual das proximidades da propriedade é de 1303,4 mm por ano, a
partir do qual se determina a vazão média específica igual a 10,19
L/seg.km2
a) Captação
Como explicitado na Introdução, o Campus se depara com duas
realidades distintas: ESALQ e CENA. A ESALQ capta toda a água que é
usada internamente do Rio Piracicaba (mapa), sendo esta a única
propriedade de toda a bacia deste rio a realizar este processo. O SEMAE não
faz uso das águas do Rio Piracicaba para abastecer seus usuários, o que nos
leva a questionar a qualidade da água utilizada na ESALQ.
Diariamente, são retirados do Rio Piracicaba, para tratamento, em
torno de 1,5 milhões de litros para abastecer a ESALQ.
No caso do CENA, a água utilizada é comprada diretamente do
SEMAE, não sendo realizada captação direta de corpos d água.
b)Tratamento para uso
Após a captação da água e antes desta ser liberada para os diversos
usos no Campus, ela passa por um tratamento realizado em duas estações
que se encontram dentro do campus (ETA I e ETA II).
Do total de 1,5 milhão de litros de água que são destinados ao
tratamento, 100% passa pelos processos da ETA I e ETA II e produz-se, em
média, 1000 toneladas/ dia de água potável. O custo mensal deste processo
gira em torno de R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais). Este valor é bem
inferior ao que seria gasto com a compra desta quantia de água junto ao
SEMAE, R$ 400.00,00 (quatrocentos mil reais) mensais.
Os principais parâmetros diariamente monitorados nestas estações
são: teor de cloro livre, flúor, pH, turbidez, cor e condutividade. A avaliação
microbiológica (coliformes totais, fecais e contagem padrão) da água na
saída das ETA´s e na rede de distribuição é monitorada duas vezes por
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 140
semana e encaminhados para análise ao Departamento de Agroindústria,
Alimentos e Nutrição – LAN.
O consumo de produtos químicos no tratamento da água, porém, é
excepcionalmente alto, numa média de 0,2 toneladas/ dia, devido à má
qualidade da água que vêm do Rio Piracicaba e chega nestas Estações de
Tratamento de Água.
A Ecosystem é a empresa que atesta a qualidade da água que
abastece o Campus. A cada semestre são coletadas amostras na saída das
estações de tratamento de água (ETA I e ETA II), e em dois pontos da rede
de distribuição do campus (DVINFRA e Pavilhão de Ciências Humanas). De
acordo com o relatório emitido no dia 20 de agosto de 2006 pela
Ecosystem, todas amostras coletadas pela empresa no início do mês de
junho de 2006 obedecem aos critérios de qualidade da água.
Foram analisados dois projetos principais que tratam especificamente
da questão do tratamento da água no Campus. O primeiro é de um
funcionário da própria Seção de Água e Esgoto SCAGESG/ DVINFRA,
Químico Jair S.S Pinto. O projeto se chama “Impacto da otimização dos
parâmetros operacionais das estações de tratamento de água ETAI e ETAII
na produção de lodo, nos custos e na qualidade da água”. Se propõe a
otimizar os processos e melhorar os parâmetros operacionais, os custos e a
qualidade do tratamento da água na ESALQ.
Ainda segundo o documento, nos 6 primeiros meses de 2006 foram
realizadas alterações nas programações e procedimentos de lavagem dos
tanques de decantação da ETA I e do filtro de areia, processo este que teve
como conseqüência a redução de perdas na ordem de 400 mil litros de água
tratada por mês. Sendo assim, foram deixados de tratar igual quantidade
de água e conseqüentemente menos lodo foi gerado, menos produtos
químicos foram gastos e menos consumo de energia para o bombeamento,
o que representa uma economia anual de 4,8 milhões de litros de água
tratada, 0,6 toneladas de cal hidratada e 1,4 toneladas de sulfato de
alumínio.
Atualmente, forma-se 150 kg de lodo por dia resultante dos
processos de tratamento, que são lançados no Rio Piracicaba.
O mesmo processo foi implementado na ETA II o que acarretou numa
economia anual de 6,5 milhões de litros de água tratada; 0,6 toneladas de
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 141
cal hidratada; 1,0 toneladas de sulfato de alumínio; 94 Kg de gás cloro e,
conseqüentemente, uma diminuição no efluente lançado no Ribeirão
Piracicamirim.
Um projeto de reutilização da água usada na lavagem dos filtros e
tratamento de lodo está sendo preparado por uma empresa de engenharia.
Após avaliação dos parâmetros físico-químicos e avaliação da água
obtida, optou-se por reduzir a quantidade de hipoclorito de sódio usado na
pré-cloração de 3,7 para 1,25 toneladas/ mês, acarretando uma economia
de 20 toneladas por ano de hipoclorito de sódio.
O segundo projeto é fruto de um grupo de estágio, o PANGEA –
Práticos, Alunos e Noviços em Gestão Ambiental, que traçou o perfil da
situação atual dos sistemas de captação e tratamento de água na ESALQ, a
fim de apresentá-lo à alta administração, propiciando assim condições para
a tomada de decisões quanto à adequação ambiental para futura
implantação da certificação ISO 14001. O relatório final ainda nos certifica
de que a ESALQ fez a solicitação de compra de hidrômetros para controle de
vazão da água nos pontos de captação do rio Piracicaba.
c) Consumo
De acordo com os relatórios e trabalhos que abordam o tema da água
no Campus, a grande responsável pelas significativas perdas de quantidade
e qualidade da água é a distribuição desta para os Departamentos.
Portanto, um primeiro passo necessário para se avaliar o consumo de
água seria um estudo da malha hidráulica do Campus, seguido de um
programa de limpeza e troca de tubulação, que além de serem considerados
antigos, são feitos de ferro, material que consome o cloro da água tratada.
Um segundo problema é o armazenamento da água pelos
Departamentos, que o fazem em caixas d’água em estado deteriorado, já
que não são obrigados a pagar a mais pela água desperdiçada.
A maioria dos Departamentos e Laboratórios da ESALQ não possue
nenhuma espécie de medição ou controle da quantidade de água utilizada,
não podendo ser especificado as formas mais habituais de uso desta água.
No entanto, foram verificados dois projetos: Produção da água destilada na
ESALQ, que encontra-se em processo de licitação para a elaboração do
projeto; e Qualidade da água proveniente das caixas de água dos
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 142
Departamentos da ESALQ, que está em processo de discussão de sua
regulamentação interna.
Exceção feita ao CENA, com o Programa de Gerenciamento de
Resíduos Químicos, onde se insere o Programa de Gestão da Água. É
importante lembrar que o CENA não capta a água que utiliza, realizando a
compra de 1000 m3 mensais de água junto ao SEMAE, com um custo de R$
9.350,00 (nove mil, trezentos e cinqüenta reais) por mês.
Segue um resumo explicativo do projeto de Gestão de Água e Energia
do CENA/USP (Glauco A. Tavares):
“Gestão de água e energia no CENA/USP: implantação de uma
unidade produtora de água desionizada empregando resinas de
troca-iônica”
Em laboratórios químicos, a água é o solvente mais empregado, uma
vez que a utilização de água deionizada de alta pureza é de fundamental
importância nos trabalhos de pesquisa, principalmente no preparo de
padrões analíticos e carregadores para análise em fluxo. Dentre os sistemas
para tratamento de água para essa finalidade, destacam-se os processos de
destilação, osmose reversa e troca-iônica. O processo convencional de
destilação é o mais empregado, consumindo, porém, grande quantidade de
água de refrigeração (15 L L-1 de água produzida) e energia elétrica (0,7 Kw
L-1), além de cuidados constantes durante a produção. Um equipamento
comercial de osmose reversa apresenta também desperdício de água (3 L L-
1 de água produzida), mas o consumo de energia é baixo.
No CENA/USP, onde existem atualmente 19 laboratórios de ensino e
pesquisa, levantamento preliminar realizado revelou que os processos de
purificação de água produziam cerca de 60 m3 mês-1 de água (20 m3 mês-1
no Laboratório de Isótopos Estáveis – troca iônica), o que gerava
aproximadamente 600 m3 mês-1 de águas residuárias provenientes da etapa
de resfriamento dos processos convencionais de destilação. Toda essa água
de resfriamento é captada da rede pública de abastecimento, sendo o
consumo médio do CENA/USP na ocasião de aproximadamente 1600 m3
mês-1.
Situação Atual:
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 143
Baseando-se nessas estimativas iniciais, propôs-se a construção de
uma unidade produtora/fornecedora de água para fins analíticos para
atender à demanda de todos os laboratórios da instituição, através da
técnica de troca-iônica. Considerando-se o volume necessário para
abastecer esses laboratórios, a unidade produtiva foi instalada em área
própria (Figura 49), de fácil acesso, visando uma produção de água nas
condições adequadas para os procedimentos de pesquisa em cada
laboratório em particular. O principal resultado dessa implementação, em
funcionamento desde o ano de 2002, é que o consumo de água na
instituição já diminuiu em cerca de 40%, resultando em uma economia
financeira anual (dispêndios com água e energia elétrica) estimada em R$
100.000,00 (cem mil reais). Ressalta-se, também, a sensível melhoria na
qualidade da água proporcionada por essa inovação.
FIGURA 49. Central de produção de água deionizada para fornecimento aos laboratórios do CENA/USP. No detalhe, as colunas contendo resinas, o esterilizador UV e o condutivímetro.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 144
d) Tratamento de Efluentes O último dos estágios do Tratamento da Água é exatamente o
Tratamento dos Efluentes, já que o uso normalmente acarreta numa
diminuição da qualidade, que não deve ser refletida na qualidade da água
dos rios receptores.
Novamente, com seu Programa de Gestão da Água, o CENA promove
uma melhoria considerável na qualidade da água que é lançada aos corpos
d`água em relação à ESALQ, devido principalmente à erradicação dos
poluentes na fonte, ou seja, evita com que eles sejam lançados sem
tratamentos pelas pias de seus laboratórios e também devido ao reúso
constante da água, diminuindo a quantidade de perdas.
No caso da ESALQ, muito por conta também da sua dimensão e
população, um grande problema são os resíduos orgânicos que se
encontram nas águas residuárias. Visando erradicar este problema, dividiu-
se o Campus em sub-bacias e na maioria delas foram ou estão sendo
instalados pequenas Estações de Tratamento de Esgotos. O sistema destas
Estações se subdivide em duas fases: tratamento preliminar e tratamento
secundário. A primeira etapa compreende os processos de sedimentação,
flotação e digestão da espuma em Tanque Séptico de Câmara Única. A
segunda etapa compreende os processos de filtração anaeróbia e cloração,
ou os processos de filtração e infiltração no solo com utilização de septo-
difusores.
Atualmente existem nove estações de tratamento de esgoto no
campus da ESALQ, sendo que apenas quatro delas estão ativas.
Mesmo com a instalação destas Estações o problema ainda não foi
solucionado. Além de terem sua eficiência questionada, ainda não estão
ligadas a todo o Campus e só servem para tratar o resíduo orgânico,
continuando o problema dos resíduos não-orgânicos, produzidos
principalmente nos Laboratórios.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 145
1.6.4. CONCLUSÕES
A partir das informações obtidas na fase de diagnóstico do Plano
Diretor do Campus ”Luiz de Queiroz”, pela equipe do GT-Água, pode-se
concluir que:
a) São necessários estudos que quantifiquem o uso da água para
diversos fins, como laboratórios, consumo humano e sanitarismo. A
partir do conhecimento da quantidade utilizada, pode-se estimar,
através de projetos e modelos, a melhor forma de uso da água pelos
departamentos.
b) Para diminuir as perdas de quantidade e qualidade da água, é
necessário um estudo da malha hidráulica do Campus, seguido de um
programa de limpeza e troca de tubulação. Já no armazenamento, as
caixas d água dos Departamentos devem receber limpeza periódica.
c) Pode-se estudar formas complementares e de longo prazo para
captação de água, ou seja, estudos sobre a viabilidade de captação
subterrânea, superficial (córrego do Monte Olimpo) e aquisição via
SEMAE.
d) Com relação aos corpos d’água presentes no campus, torna-se
necessária a continuação dos estudos existentes e a complementação
com outras análises, como por exemplo, presença de pesticidas.
e) No que diz respeito ao tratamento de efluentes, deve-se separar o
destino de cada efluente: laboratorial, que deve receber tratamento
prévio ao lançamento; e doméstico, tratado nas Estações de
Tratamento de Esgoto.
f) Verificou-se que somente 4 (quatro) das 9 (nove) Estações de
Tratamento de Esgoto existentes na ESALQ estão em funcionamento,
e não foi possível detectar o porquê das outras 5 (cinco) não estarem
ativadas.
g) Poderia ser realizada campanha para redução do consumo de água,
juntamente com o PURA – Programa de Uso Racional da Água, da
USP, a fim de aumentar a consciência sobre a correta utilização desse
recurso natural.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 146
h) Sugere-se a criação e formalização de um grupo de alunos,
orientados por professores e funcionários, que trate especificamente
da questão da água no Campus e produza material científico e
projetos de extensão, buscando a melhoria constante das condições
dos recursos hídricos do Campus “Luiz de Queiroz.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 147
2α ETAPA
2. ELABORAÇÃO E ORDENAMENTO DAS DIRETRIZES
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 148
2.1. INTRODUÇÃO
O Plano Diretor Socioambiental Participativo do Campus “Luiz de
Queiroz” é uma iniciativa que emergiu da própria comunidade universitária
como forma de articular ações, adequar socioambientalmente o campus e
atender a legislação ambiental. Somado a esta iniciativa surgiu a
possibilidade de instigar a comunidade do campus e usuários a aprender a e
se envolver com essa proposta, formando pessoas e grupos para atuarem
na própria universidade e também disseminar práticas ambientalmente
adequadas fora do ambiente universitário.
A construção deste Plano teve um caráter institucional em todas as
suas etapas, com aprovação quase unânime nas congregações e nas demais
instâncias das unidades do campus, o que fortaleceu a legitimidade do
processo e tem dado a sustentação ao mesmo. Um grande desafio foi o
trabalho realizado na agregação de pessoas que tem trouxe à comunidade
universitária algumas novas formas de enfrentamento dos problemas
ambientais, apresentando-os de forma transparente para serem discutidos
e para terem suas alternativas construídas de forma participativa e
integrada.
Em setembro de 2006 foi concluída a primeira etapa de trabalhos do
Plano Diretor Socioambiental Participativo do Campus “Luiz de Queiroz”
apresentada no capítulo 1 deste documento. A partir das conclusões obtidas
dos trabalhos e discussões desta etapa foram lançadas as bases para os
trabalhos da segunda etapa do Plano Diretor que buscou a definição das
diretrizes que darão base a resolução dos problemas socioambientais
identificados e quantificados na primeira etapa deste plano.
As diretrizes do Plano Diretor são a base de todas as ações e
atividades socioambientais do campus. Elas representam e balizam uma
“política socioambiental” do campus que determina os objetivos gerais e
princípios básicos da preservação, conservação e recuperação
socioambiental. As diretrizes também representam o envolvimento
voluntário da comunidade interna e externa do campus no que tange a
relação com proteção e recuperação socioambiental do campus.
Uma primeira versão das diretrizes do Plano Diretor Socioambiental
Participativo do campus “Luiz de Queiroz” foi elaborada pelos diferentes
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 149
Grupos de Trabalho entre outubro de 2006 e maio de 2007. Para que estas
diretrizes sejam adotadas e incorporadas no seu formato definitivo no Plano
Diretor, elas foram discutidas e debatidas exaustivamente com todos os
segmentos da comunidade do campus e com alguns dos representantes de
órgãos socioambientais que cuidam destes interesses em nome da
sociedade. Tal processo garante o caráter participativo do Plano Diretor e a
inclusão de todas as opiniões no processo de construção das diretrizes. Uma
vez aprovadas as diretrizes, e o Plano Diretor aprovado como o documento
que representa a política socioambiental do campus, estas deverão ser
adotadas por toda a comunidade do campus nas suas áreas de trabalho e
implementadas com inovação.
Esta etapa estabelece um marco importante na qual os Grupos de
Trabalho, dentro de seus temas, e a Secretaria Executiva do Núcleo Gestor
trabalharam conjuntamente na elaboração, sistematização e ordenamento
das diretrizes para a construção de uma política Socioambiental do Campus
“Luiz de Queiroz”, no caráter do Plano Diretor Socioambiental.
2.2. ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DAS DIRETRIZES
Um roteiro básico para a definição das diretrizes foi proposto pelo
Núcleo Gestor para guiar e uniformizar a elaboração das diretrizes pelos
Grupos de Trabalho. Este roteiro foi amplamente discutido e modificado nas
reuniões do Núcleo Gestor. Uma vez definido o formato final deste, ele foi
distribuído entre os Grupos de Trabalho para início da elaboração das
diretrizes.
O roteiro básico para a elaboração das diretrizes estava composto pelos
seguintes itens:
a) Diretriz: definição da diretriz de forma ampla.
b) Critérios para a definição da diretriz: neste item descrevem-se os
principais critérios que levaram à definição da diretriz. Informações
básicas retiradas dos diagnósticos realizadas na etapa anterior foram
fundamentais para a descrição destes critérios.
c) Objetivos: descrevem-se os objetivos que norteiam as possíveis
ações a serem desenvolvidas na diretriz e as metas que propõem,
quantificam e qualificam os resultados a serem alcançados.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 150
d) Cronograma de execução: estima e planeja o tempo que a diretriz irá
levar para ser realizada. É importante ressaltar que o Plano Diretor
tem um prazo de validade para ser atualizado e o cronograma da
diretriz deverá sempre estar dentro deste prazo geral.
e) Ordem de grandeza orçamentária: apresenta estimativas sobre os
custos para a implementação das atividades preconizadas na diretriz.
Como parâmetros de definição destes custos utilizaram-se exemplos
de projetos semelhantes e seus custos.
f) Possíveis parceiros e fontes de financiamento: este item diz respeito
a parcerias internas e externas (prefeituras, órgãos do governo,
departamentos internos, grupos de estágio, etc.), e possíveis
financiadores das atividades. As parcerias devem ser éticas, definidas
e aprovadas pela estrutura de gestão do Plano Diretor em conjunto
com a consultoria jurídica do campus.
g) Responsáveis: identifica os potenciais responsáveis pelo
desenvolvimento e monitoramento da diretriz (prefeitura do campus,
diretoria, laboratórios, etc).
h) Inter-relações entre Grupos de Trabalho e suas diretrizes:
identificam-se neste item possíveis cruzamentos e relações desta
diretriz com outras de outros Grupos de Trabalho. Algumas diretrizes
podem ser propostas por mais de um Grupo de Trabalho.
i) Estratégias de normatização e institucionalização da diretriz:
identifica as necessidades de apoio institucional para a
implementação e legitimação da diretriz no campus. Deve-se
visualizar a necessidade de criação de portarias e de um sistema de
normatização e certificação que possibilite a continuidade e qualidade
do trabalho.
2.3. DIRETRIZES POR GRUPO DE TRABALHO
O diagnóstico apresentado pelos Grupos de Trabalho, na etapa
anterior, apresentou um amplo e completo cenário das atividades realizadas
no Campus e das iniciativas socioambientais existentes, sendo o pano de
fundo para a definição das diretrizes que foram apresentadas. Os Grupos de
Trabalho reuniram-se para construírem as diretrizes como forma de
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 151
enfrentamento dos principais problemas apontados nos diagnósticos. O
número e a abrangência das diretrizes variaram muito entre os Grupos de
Trabalho. Estes tiveram o desafio de interpretar o diagnóstico, debater a
dimensão dos problemas, criarem as diretrizes e desdobrá-las em objetivos,
metas, ordem de grandeza orçamentária, possíveis parceiros, dentre outros.
Os Grupos de Trabalho que compõem o Plano Diretor elaboraram 28
diretrizes que definem linhas de ação socioambiental nas temáticas de
água, emissão de carbono, fauna, normatização e certificação ambiental,
percepção e educação ambiental, resíduos, e uso do solo. É importante
ressaltar que estas diretrizes serão a base de uma política socioambiental
que o campus deverá adotar uma vez aprovado o Plano Diretor
Socioambiental.
A seguir listam-se as 28 diretrizes elaboradas pelos Grupos de
Trabalho.
O Grupo de Trabalho “Uso do Solo” elaborou 6 diretrizes listadas a
seguir:
(i) Delimitação e recuperação das áreas de preservação permanente
(ii) Definição e alocação da área de reserva legal
(iii) Definição de critérios para a utilização das áreas agrícolas do campus
“Luiz de Queiroz”
(iv) Definição de critérios para a expansão física da zona urbana do
campus “Luiz de Queiroz”
(v) Identificação, quantificação e recuperação de áreas com baixa
aptidão agrícola
(vi) Monitoramento, recuperação e conservação das áreas verdes do
campus “Luiz de Queiroz”
O Grupo de Trabalho “Resíduos” elaborou 7 diretrizes listadas a
seguir:
(i) Criação de um sistema de gestão compartilhada e integrada de
resíduos para o campus “Luiz de Queiroz”
(ii) Implantação e institucionalização do programa de gerenciamento de
resíduos químicos
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 152
(iii) Fortalecer ações educativas e institucionalizar procedimentos para
minimização de resíduos sólidos
(iv) Implantação de um programa de gerenciamento e uma unidade de
tratamento de resíduos orgânicos
(v) Implantação de um programa de gerenciamento e institucionalização
de procedimentos para resíduos de construção civil
(vi) Difundir e institucionalizar os procedimentos para produtos
fitossanitários
(vii) Difundir e institucionalizar os procedimentos para resíduos de serviços
de saúde
O Grupo de Trabalho “Percepção e Educação Ambiental” elaborou 6
diretrizes listadas a seguir:
(i) Incentivar a inclusão dos aspectos humanos no conceito geral de
meio ambiente no âmbito do ensino, da pesquisa e da extensão no
campus “Luiz de Queiroz”
(ii) Sensibilizar a comunidade, interna e externa, em relação aos
impactos de suas ações no meio ambiente
(iii) Fomentar e articular iniciativas, grupos, programas e políticas de
caráter socioambiental no campus “Luiz de Queiroz”
(iv) Estimular formas alternativas e coletivas de transporte de acesso ao
campus “Luiz de Queiroz” e locomoção no mesmo
(v) Promover a qualidade de vida, ações e espaços de integração entre
os membros da comunidade do campus “Luiz de Queiroz”
(vi) Promover espaços de troca e canais de comunicação que estimulem a
mobilização e participação de docentes, estudantes, funcionários,
parceiros e comunidade externa em ações socioambientais no
campus “Luiz de Queiroz”
O Grupo de Trabalho “Emissão de Carbono” elaborou 2 diretrizes
listadas a seguir:
(i) Redução e compensação das emissões de gases do campus “Luiz de
Queiroz”
(ii) Incentivar a geração e utilização de formas de energia e combustíveis
alternativos
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 153
O Grupo de Trabalho “Fauna” elaborou 1 diretriz listada a seguir:
(i) Levantamento e monitoramento de fauna e flora do campus “Luiz de
Queiroz”
O Grupo de Trabalho “Água” elaborou 6 diretrizes listadas a seguir:
(i) Estudo da viabilidade de uso da lagoa de captação para consumo de
água
(ii) Monitoramento da eficiência das estações de tratamento de efluentes
(ETEs)
(iii) Otimização dos processos operacionais das estações de tratamento
de água (ETA i e ETA ii)
(iv) Caracterização e monitoramento dos corpos d água existentes no
campus "Luiz de Queiroz"
(v) Monitoramento e utilização controlada da água em construções já
existentes e novas no campus “Luiz de Queiroz”
(vi) Manejo da água em áreas agrícolas e de criação animal no campus
“Luiz de Queiroz”
2.4. DETALHAMENTO DAS DIRETRIZES
O detalhamento completo das diretrizes seguindo o roteiro básico utilizado
na elaboração das mesmas pelos Grupos de Trabalho será apresentado a
seguir.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 154
2.4.1. DIRETRIZES GT USO DO SOLO
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 155
DIRETRIZ 1: DELIMITAÇÃO E RECUPERAÇÃO DAS ÁREAS DE
PRESERVAÇÃO PERMANENTE
Critérios para a definição da diretriz:
O Campus “Luiz de Queiroz”, com uma área total de 874,33ha, possui
boa parte de seu terreno cortada pelo Rio Piracicaba e Ribeirão
Piracicamirim, além de lagoas, represas e outros pequenos cursos d’água,
afluentes dos primeiros. Toda essa malha hidrográfica gera uma Área de
Preservação Permanente de 136,75ha dos quais 23,01ha apresentam-se
ocupados com vegetação natural incluindo os remanescentes florestais de
diferentes estados de conservação; o restante, 113,74ha, necessitam ser
regularizados, incluindo áreas de culturas agrícolas, pastagens, antigas
áreas de cultivo que foram abandonadas. Atualmente a Prefeitura do
Campus em parceria com a ONG SOS Mata Atlântica esta realizando um
trabalho de recuperação das APPs baseado no cronograma do Programa de
Adequação Ambiental do Campus “Luiz de Queiroz”.
Objetivos
- delimitar as áreas de preservação permanente do campus “Luiz de
Queiroz”
- recuperar as áreas de preservação permanente do campus “Luiz de
Queiroz” conforme estipulado no Programa de Adequação Ambiental do
Campus “Luiz de Queiroz”
Cronograma de execução
Já em andamento conforme o cronograma do Programa de Adequação
Ambiental do Campus “Luiz de Queiroz”.
Ordem de grandeza orçamentária
R$ 400.000,00
Possíveis parceiros e fontes de financiamento
- ONGs e OSCIPs que trabalhem com questões ligadas a matas ciliares e
recuperação de áreas degradadas como por exemplo a atual parceria com a
ONG SOS Mata Atlântica ou a OSCIP Mapas.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 156
- bancos e empresas interessadas em financiar projetos ambientais, por
exemplo: Banco Real e Petrobras.
Responsáveis
Prefeitura do Campus “Luiz de Queiroz”
Correlação com outros GTs
- GT água
- GT Fauna
- GT Percepção e Educação Ambiental
- GT Normatização
Estratégias de normatização e institucionalização da diretriz
Estabelecimento de uma comissão responsável pelo
acompanhamento e fiscalização dos trabalhos de recuperação das áreas de
preservação permanente em andamento conforme Programa de Adequação
Ambiental do Campus “Luiz de Queiroz”.
DIRETRIZ 2: DEFINIÇÃO E ALOCAÇÃO DA ÁREA DE RESERVA LEGAL
Obs.: depende da definição ou não do campus como área urbana, se o
campus for área urbana ver diretriz sobre áreas de baixa aptidão agrícola.
Critérios para a definição da diretriz
Atualmente, podem ser consideradas no cômputo da área de Reserva
Legal do Campus, os remanescentes florestais (localizados fora de APP), os
maciços florestais do projeto paisagístico do Campus (exceto aqueles
localizados em áreas urbanizadas), maciços de espécies florestais exóticas e
nativas, os plantios de Pinus e Eucaliptos que apresentam elevada
regeneração natural, e a área com sistema agroflorestal localizada na
Fazenda Areão. A soma dessas áreas totaliza 45,78 ha, representando
26,17% da área exigida de Reserva Legal para o Campus “Luiz de Queiroz”.
Para complementação dos 174,86 ha de Reserva Legal do Campus, serão
necessários a incorporação de mais 129,09 ha. Sendo assim, as áreas mais
indicadas para esse fim são as áreas de baixa aptidão agrícola (como áreas
com afloramento rochoso e áreas íngremes), corredores ecológicos (como
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 157
trechos localizados entre fragmentos florestais) e trechos ao longo de
divisas do campus.
Objetivos
- alocar e completar a área de Reserva Legal exigida pelo artigo 16 da lei
federal de n° 4771, de 15/09/1965.
Cronograma de execução
Utilizar o cronograma do Programa de Adequação Ambiental do Campus
“Luiz de Queiroz”.
Ordem de grandeza orçamentária
R$ 500.000,00
Possíveis parceiros e fontes de financiamento
- ONGs e OSCIPs que trabalhem com questões ligadas a matas ciliares e
recuperação de áreas degradadas como por exemplo a atual parceria com a
ONG SOS Mata Atlântica ou a OSCIP Mapas.
- bancos e empresas interessadas em financiar projetos ambientais, por
exemplo: Banco Real e Petrobras.
Responsáveis
Prefeitura do Campus “Luiz de Queiroz”
Correlação com outros GTs
- GT água
- GT Percepção e Educação Ambiental
- GT Normatização
Estratégias de normatização e institucionalização das diretrizes
Estabelecimento de uma comissão responsável pelo instauração,
acompanhamento e fiscalização dos trabalhos de recuperação das áreas de
reserva legal conforme Programa de Adequação Ambiental do Campus “Luiz
de Queiroz”.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 158
Diretriz 3: DEFINIÇÃO DE CRITÉRIOS PARA A UTILIZAÇÃO DAS
ÁREAS AGRÍCOLAS DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ”
Critérios para a definição da diretriz
A utilização das áreas agrícolas do campus “Luiz de Queiroz” é de
responsabilidade do Conselho do Campus que pode definir o uso dessas
áreas com o objetivo de ensino, pesquisa e extensão. Esta definição deve
ser realizada com base num projeto de uso da área, que inclui os
indicadores pré-estabelecidos em esses temas (ensino, pesquisa e
extensão) e um plano de sustentabilidade e recuperação da área após
utilização atendendo à legislação ambiental e agrícola vigente. As áreas não
utilizadas para ensino, pesquisa e extensão deverão ser utilizadas para
produção agrícola cujo retorno financeiro deverá subsidiar atividades de
ensino, pesquisa e extensão do campus.
Objetivos
- adequar o uso das áreas agrícolas do campus “Luiz de Queiroz”
- organizar e democratizar o uso do solo no campus “Luiz de Queiroz”
- proteger os solos do campus e o meio ambiente de possíveis degradações
oriundas de trabalhos de ensino, pesquisa e extensão
Cronograma de execução
Imediatamente após a aprovação do Plano Diretor Socioambiental
Participativo do Campus “Luiz de Queiroz”.
Ordem de grandeza orçamentária
Não aplicável.
Possíveis parceiros e fontes de financiamento
Não aplicável.
Responsáveis
Prefeitura do Campus “Luiz de Queiroz”
Conselho do Campus “Luiz de Queiroz”
Departamentos e laboratórios da ESALQ e CENA.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 159
Correlação com outros GTs
- GT água
- GT Percepção e Educação Ambiental
- GT Normatização
Estratégias de normatização e institucionalização das diretrizes
Estabelecimento de uma comissão responsável pela regularização do
uso agrícola das áreas do campus de acordo com o estatuto da
universidade.
Diretriz 4: DEFINIÇÃO DE CRITÉRIOS PARA A EXPANSÃO FÍSICA DA
ZONA URBANA DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ”
Critérios para a definição da diretriz
A expansão física da zona urbana do campus “Luiz de Queiroz” é de
responsabilidade do Conselho do Campus. A definição desta expansão deve
ser realizada com base num projeto da obra a ser realizada, que deverá
respeitar as diretrizes do Plano Diretor do Espaço Físico do Campus “Luiz de
Queiroz” e critérios de sustentabilidade e recuperação ambiental que
atendam à legislação ambiental e urbana vigente.
Objetivos
- adequar a expansão urbana do campus “Luiz de Queiroz”
- ordenar o uso do solo no campus “Luiz de Queiroz” destinada à expansão
física urbana
- proteger os solos do campus e o meio ambiente de possíveis degradações
oriundas das obras de expansão física
Cronograma de execução
Imediatamente após a aprovação do Plano Diretor Socioambiental
Participativo do Campus “Luiz de Queiroz” e do Plano Diretor de Espaço
Físico do Campus “Luiz de Queiroz”.
Ordem de grandeza orçamentária
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 160
Não aplicável.
Possíveis parceiros e fontes de financiamento
Não aplicável.
Responsáveis
Prefeitura do Campus “Luiz de Queiroz”
Conselho do Campus “Luiz de Queiroz”
Departamentos e laboratórios da ESALQ e CENA.
CIAGRI
Correlação com outros GTs
- GT água
- GT resíduos
- GT Percepção e Educação Ambiental
- GT Normatização
Estratégias de normatização e institucionalização das diretrizes
Estabelecimento de uma comissão responsável pela regularização da
expansão da área urbana do campus de acordo com os Planos Diretores
Socioambiental e de Espaço Físico do Campus “Luiz de Queiroz”.
Diretriz 5: IDENTIFICAÇÃO, QUANTIFICAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE
ÁREAS COM BAIXA APTIDÃO AGRÍCOLA
Critérios para a definição da diretriz
As áreas de baixa aptidão agrícola (como áreas com solos rasos, com
afloramento rochoso e áreas íngremes) deverão ser protegidas, recuperadas
e seu uso restrito à sua aptidão. No caso da definição do campus como zona
urbana (onde o conceito de Reserva Legal não se aplica) sugere-se que
estas áreas de baixa aptidão agrícola sejam protegidas e recuperadas como
se fossem áreas definidas como de Reserva Legal.
Objetivos
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 161
- proteger e recuperar áreas de baixa aptidão agrícola do Campus “Luiz de
Queiroz”
Cronograma de execução
Concomitante à instalação do Programa de Adequação Ambiental do
Campus “Luiz de Queiroz”.
Ordem de grandeza orçamentária
R$ 200.000,00
Possíveis parceiros e fontes de financiamento
- ONGs e OSCIPs que trabalhem com questões ligadas a matas ciliares e
recuperação de áreas degradadas como, por exemplo, a atual parceria com
a ONG SOS Mata Atlântica ou a OSCIP Mapas.
- bancos e empresas interessadas em financiar projetos ambientais, por
exemplo: Banco Real e Petrobras.
Responsáveis
Prefeitura do Campus “Luiz de Queiroz”
Diretoria da ESALQ
Departamentos de Ciências Florestais, Ciência do Solo e Ciências Biológicas.
Correlação com outros GTs
- GT Água
- GT Fauna
- GT Percepção e Educação Ambiental
- GT Normatização
Estratégias de normatização e institucionalização das diretrizes
Estabelecimento de uma comissão responsável pelo
acompanhamento e fiscalização dos trabalhos de proteção e recuperação
das áreas das áreas de baixa aptidão agrícola.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 162
Diretriz 6: MONITORAMENTO, RECUPERAÇÃO E CONSERVAÇÃO DAS
ÁREAS VERDES DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ”
Critérios para a definição da diretriz
O parque do Campus “Luiz de Queiroz” inaugurado em 1907 e
projetado por Arsênio Puttemans é hoje um dos poucos parques projetados
por este arquiteto que permanece quase inalterado em relação ao projeto
inicial. A importância da manutenção e recuperação do parque é
fundamental para preservação da memória histórica do próprio campus e do
estado de São Paulo e principalmente agora, uma vez que este foi tombado
pelo Condephaat.
Objetivos
- monitorar as áreas verdes do campus “Luiz de Queiroz” para a
identificação do estado das arvores e do parque;
- recuperar e conservar o parque do campus “Luiz de Queiroz” seguindo o
projeto original;
Cronograma de execução
Imediatamente após a aprovação do Plano Diretor Socioambiental
Participativo do Campus “Luiz de Queiroz”.
Ordem de grandeza orçamentária
A definir conforme necessidade de recuperação e conservação.
Possíveis parceiros e fontes de financiamento
- ONGs e OSCIPs que trabalhem com questões ligadas à preservação do
patrimônio histórico nacional.
- bancos e empresas interessadas em financiar projetos ambientais, por
exemplo: Banco Real e Petrobras.
Responsáveis
Prefeitura do Campus “Luiz de Queiroz”
Conselho do Campus “Luiz de Queiroz”
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 163
Correlação com outros GTs
- GT Percepção e Educação Ambiental
- GT Normatização
Estratégias de normatização e institucionalização das diretrizes
Estabelecimento de uma comissão responsável pelo instauração,
acompanhamento e fiscalização dos trabalhos de recuperação das áreas
verdes do Campus “Luiz de Queiroz”.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 164
2.4.2. DIRETRIZES GT RESÍDUOS
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 165
Antes da definição das diretrizes o Grupo de Trabalho Resíduos definiu
algumas ações comuns que devem ser tomadas em conta no momento da
execução da diretriz.
Ações comuns: ▪ Estabelecer indicadores para a avaliação de desempenho das ações
implementadas, ▪ Subsidiar a criação de políticas e institucionalização de procedimentos e
processos educativos, ▪ Desenvolver, incentivar e implantar processos de capacitação, ▪ Publicações conjuntas de acordo com a política de resíduos do Campus, ▪ Difundir novas tecnologias de minimização e tratamento de resíduos, ▪ Estabelecer mecanismos para a Sustentabilidade dos Programas, ▪ Fornecer subsídios à adequação do Campus quanto à legislação
específica para resíduos, ▪ Formação de profissionais especializada na gestão e coleta de resíduos, ▪ Trabalho educativo conjunto com GT Percepção e Educação Ambiental
voltado para comunidade externa, ▪ Planejar uma central de resíduos para recebimento, triagem, reutilização
(local centralizado do Campus), a ser discutida com a Prefeitura do
Campus. (em estudo).
Diretriz 1: CRIAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO COMPARTILHADA E INTEGRADA DE RESÍDUOS PARA O CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ”
Objetivos:
Integrar e fortalecer todas as ações voltadas a temática de resíduos no
campus.
Metas:
- Criação de um manual de gerenciamento integrado de todos resíduos
do campus;
- Formação de agentes multiplicadores sobre a temática de resíduos no
campus.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 166
- Criação de portarias para regulamentar procedimentos de resíduos no
campus.
- Criação de logística integrada de resíduos do campus;
- Criação de um grupo permanente de planejamento e avaliação de
resíduos do campus.
Correlação com outros GT’s
- Percepção e Educação Ambiental
- Água
- Emissão de Carbono
- Normatização e Certificação Ambiental
Responsáveis e parcerias
- Departamentos e Unidades do Campus de Piracicaba
- CRQ e LRQ
- Grupos de ação socioambiental do campus
- Órgãos de fomento ã pesquisa (FAPESP, CNPQ, FINEP, entre outros)
- Reitoria da USP
- CETESB
- ABIQUIM
- Demais setores da Universidade de São Paulo que trabalham na área
de segurança do trabalho e gestão de resíduos.
Diretriz 2: IMPLANTAÇÃO E INSTITUCIONALIZAÇÃO DO PROGRAMA
DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS QUÍMICOS.
Objetivos e metas
Objetivo 1: Fazer com que o gerenciamento de resíduos químicos seja
assumido como expressão de alta prioridade acadêmica e administrativa,
em todos os níveis hierárquicos, por meio de um processo de melhoria
contínua em busca da excelência.
Metas:
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 167
- Criar a Comissão de Ética Ambiental no âmbito da ESALQ, a exemplo
do que já ocorre no CENA
- Institucionalizar junto ás Unidades do Campus seus Programas de
Gerenciamento de Resíduos Químicos por meio de dispositivos
normativos e legais, incluindo dotação orçamentária para a
manutenção dos programas
Objetivo 2: Viabilizar técnica e economicamente a Implantação e
Manutenção dos Programas de Gerenciamento de Resíduos Químicos das
Unidades
Metas
- Adequar a infra-estrutura do Laboratório de Tratamento de Resíduos
do CENA e do Laboratório de Resíduos Químicos da ESALQ
- Realizar a capacitação técnica de pessoal para o gerenciamento de
resíduos químicos
Correlação com outros GT’s
- Percepção e Educação Ambiental
- Água
- Emissão de Carbono
- Normatização e Certificação Ambiental
Responsáveis e parcerias
- Campus de Piracicaba
- CRQ e LRQ
- Órgãos de fomento ã pesquisa (FAPESP, CNPQ, FINEP, entre outros)
- Reitoria da USP
- CETESB
- ABIQUIM
- Demais setores da Universidade de São Paulo que trabalham na área
de segurança do trabalho e gestão de resíduos.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 168
Diretriz 3: FORTALECER AÇÕES EDUCATIVAS E INSTITUCIONALIZAR
PROCEDIMENTOS PARA MINIMIZAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS.
Objetivos e metas
Objetivo 1: Fortalecer a gestão compartilhada e integrada de resíduos
sólidos domiciliares e aumentar a responsabilidade e comprometimento dos
geradores em todas as escalas.
Metas
- Realizar e intensificar a formação educativa socioambiental
continuada de todos os funcionários do Campus - servidores USP,
conveniados e Terceirizados - com realização de palestras, cursos de
difusão, oficinas
- Desenvolver ações educativas junto a conselhos de Departamentos,
centros acadêmicos, REPÚBLICAS, COC-is e demais organizações de
estudantes, docentes e funcionários do campus.
- Envolver os docentes e Implementar a questão ambiental e o cuidado
com os resíduos no ensino (aulas e estágios)
Objetivo 2: Criar procedimentos e favorecer infra-estrutura para
minimização e gestão adequada dos resíduos domiciliares
Metas
- Padronizar a estrutura das lixeiras externas dos Departamentos
- Criar uma estrutura funcional e profissionalizada para a realização de
coleta de materiais
- Apoiar o CEPARA na construção da composteira do Campus
- Implantar a coleta seletiva de orgânicos nos grandes geradores
(Parque e Jardins, Restaurante, Zootecnia) e envio para a
composteira do Campus
- Realizar compras verdes (Guia de compras verdes FVG)
- Criar sistema de responsabilização e recolhimento de cartuchos,
pilhas e baterias
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 169
- Inserir procedimentos socioambientais nos contratos e convênios de
compras e serviços
- Fortalecer procedimentos de coleta, destinação orçamentária para
lâmpadas fluorescentes
- Instituir o uso de materiais duráveis em todas as atividades
realizadas no Campus, mesmo as realizadas por terceiros (durante o
empréstimo dos locais, ter uma cláusula de responsabilidade em usar
duráveis, separar os resíduos gerados para a coleta seletiva)
Objetivo 3: Criar e fortalecer Interface com a comunidade externa e
parceiros.
Metas
- Promover ações para fortalecimento da cooperativa reciclador
solidário (conveniada ao Campus)
- Desenvolver projeto de educação continuada com formação de
educadores socioambientais junto ao CREAP (Centro de referência em
Educação Ambiental) e a Diretoria de ensino do Município (cursos de
difusão).
Correlação com outros GT’s
- Percepção e Educação Ambiental
- Água
- Normatização e Certificação Ambiental
Responsáveis e parcerias
- Programa USP Recicla
- CEPARA
- Laboratório de Tratamento de Resíduos do CENA
- Comissão de Resíduos Químicos da ESALQ
- OCA (Laboratório de Legislação e Política e Educação Ambiental)
- DVATCOM/CCLQ
- Centro Acadêmico
- PET Ecologia
- Licenciatura em Ciências Agrárias e Biológicas
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 170
- Comissão de Cultura e Extensão do Campus
- SEDEMA - Prefeitura Municipal
- CREAP – Centro de Referencia em Educação Ambiental no Município
- Cooperativa Reciclador Solidário
Diretriz 4: IMPLANTAÇÃO DE UM PROGRAMA DE GERENCIAMENTO E
UMA UNIDADE DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS ORGÂNICOS.
Objetivos e metas
Objetivo 1: Construir uma composteira para os resíduos orgânicos do
Campus
Metas
- Construção da composteira (45x2x1,5m) e disponibilização de
maquinários para transporte e mecanização do sistema de produção
- Implementar análise de risco para possíveis contaminantes utilizados
nos experimentos declarados pelos laboratórios geradores
- Criação de um sistema de logística para o transporte dos resíduos
orgânicos gerados no Campus
- Criar indicadores para o Monitoramento dos resíduos encaminhados
para a composteira
Objetivo 2: Envolver ensino e grupos de estágios no processo de
implantação e monitoramento da compostagem
Metas
- Apresentar o reaproveitamento dos resíduos orgânicos feitos pelo
CEPARA nas disciplinas de Introdução da ESALQ
- Utilizar a composteira para processos educativos
Objetivo 3: Implementar um sistema de biodigestor para resíduos da
Zootecnia e domiciliares
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 171
Metas
- Instalação de um Biodigestor
Correlação com outros GT’s
- Percepção e Educação Ambiental
- Água
- Uso do solo
- Normatização e Certificação Ambiental
Responsáveis e parcerias
- CEPARA
- Departamentos e laboratórios geradores de resíduos orgânicos
- Prefeitura do campus Luiz de Queiroz
- Casa do Produtor Rural
- CPZ
- Bioland
- USP RECICLA
Diretriz 5: IMPLANTAÇÃO DE UM PROGRAMA DE GERENCIAMENTO E
INSTITUCIONALIZAÇÃO DE PROCEDIMENTOS PARA RESÍDUOS DE
CONSTRUÇÃO CIVIL
Objetivos e metas
Objetivo 1: Implantar procedimentos e infraestrutura para monitoramento
e controle efetivo de resíduos gerados.
Metas
- Criar uma área fechada/banco de resíduos controlado e adequado
para recebimento de materiais de construção que podem ser
reutilizados no próprio Campus ou, possivelmente, doados
- Estabelecer e reforçar procedimentos sobre resíduos de construção e
as responsabilidade dos Departamentos/Unidades
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 172
- Aumentar fiscalização de obras terceirizadas para que destinem
adequadamente os resíduos gerados
- Seguir o código de construção da USP, conforme exigências da Coesf
e Condefat
- Conhecer a procedência dos insumos utilizados nas obras
Objetivo 2: Qualificação dos funcionários envolvidos
Metas
- Realizar cursos periódicos de capacitação para funcionarios do setor
de manutenção interna
- Inserir como pré-requisito nos contratos a orientação de funcionarios
e procedimentos para minimização e gerenciamento de resíduos de
construção
- Fornecer orientações técnicas para funcionários das empresas
terceirizadas
Correlação com outros GT’s
- Percepção e Educação Ambiental
- Água
- Uso do Solo
- Normatização e Certificação Ambiental
Responsáveis e parcerias
- CCLQ/ESALQ/CENA
- Empresas privadas da área de construção civil
- Prefeitura Municipal
- Escola de Engenharia de Piracicaba
- Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Piracicaba (AEAP)
- COESF
Diretriz 6: DIFUNDIR E INSTITUCIONALIZAR OS PROCEDIMENTOS
PARA PRODUTOS FITOSSANITÁRIOS
Objetivos e metas
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 173
Objetivo 1: Adequar os geradores de embalagens aos procedimentos
previstos na legislação
Metas
- Realizar um trabalho educativo com todos os setores geradores para
cumprimento das “Normas de recebimento e procedimentos para
entrega de embalagens vazias”
- Todas as embalagens deverão ter a tríplice lavagem e devem ser
entregues pelo responsável na CENTRAL PIRACICABA pelos próprios
usuários, com assinatura do termo de responsabilidade exigido pela
lei.
Correlação com outros GT’s
- Uso do Solo
- Água
- Normatização e Certificação Ambiental
- Percepção e Educação Ambiental
Responsáveis e parcerias
� Departamentos do Campus
� Diretores das Unidades Experimentais
� Coplacana - Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São
Paulo
� Associação dos Fornecedores de Cana de Piracicaba - AFOCAPI
Diretriz 7: DIFUNDIR E INSTITUCIONALIZAR OS PROCEDIMENTOS
PARA RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Objetivos e metas
Objetivo 1: Fortalecer ações para minimizar resíduos de serviço de saúde e
encaminhamento adequado.
Metas
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 174
- Melhorar a triagem de resíduos que são potencialmente passíveis de
contaminação e devem ser tratados adequadamente
- Continuar a parceria com a Prefeitura Municipal responsável pela
retirada, encaminhamento e tratamento dos RSS.
Correlação com outros gt
- Uso do Solo
- Água
- Normatização e Certificação Ambiental
- Percepção e Educação Ambiental
Responsáveis e parcerias
- UBAS - Ambulatório Médico
- Departamentos do Campus que geram RSS (LAN e LCS)
- Prefeitura Municipal de Piracicaba
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 175
2.4.3. DIRETRIZES GT FAUNA
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 176
Diretriz: LEVANTAMENTO E MONITORAMENTO DE FAUNA E FLORA
DO CAMPUS.
Critérios para a definição da diretriz: Não existe nenhum levantamento
de répteis e anfíbios em todo o Campus, assim como não temos muitas
informações sobre a flora. O conhecimento dessas espécies é de extrema
importância para auxiliar no direcionamento das atividades de conservação
biológica, uma vez que alterações n a flora geram também alterações na
composição de espécies da fauna de vice-versa. Após os levantamentos
prévios da fauna de vertebrados, a realização de monitoramentos anuais é
necessária para que possamos acompanhar a evolução dessas espécies ao
longo do tempo e das mudanças na paisagem.
Objetivos
Identificar as espécies da fauna de vertebrados e invertebrados, assim
como de vegetais, e conhecer sua distribuição ao longo da paisagem
agrícola do Campus. Monitorar a comunidade de vertebrados e de plantas
do campus, levando sempre em consideração as alterações na paisagem.
Cronograma de execução
Para tais levantamentos são necessários pelo menos 12 meses de coleta. O
monitoramento deve ser realizado anualmente, com no mínimo uma
amostragem na estação seca e outra na estação chuvosa.
Ordem de grandeza orçamentária
Aproximadamente R$ 10.500,00
Possíveis parceiros e fontes de financiamento
A prefeitura do Campus pode e deve ser uma grande parceira nesse estudo,
outros departamentos como Solos, Zootecnia, Ciências Biológicas e
Agricultura, pois serão coletados dados em grande parte das áreas
utilizadas por esses departamentos. Pretendemos enviar esse projeto para
FAPESP e CNPq solicitando primeiramente uma bolsa de iniciação científica.
Responsáveis
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 177
Prof. Jaime Bertoluci, Prof. Luciano Martins Verdade, Dra. Carla Gheler-
Costa, Prof. Ricardo R. Rodrigues.
Correlação com outros GTs
O GT fauna tem uma relação direta e muito importante com o Gt uso do
solo, pois todas nossas atividades sempre estão associadas a paisagem do
campus, ou seja, ao uso e cobertura do solo.
Estratégias de normatização e institucionalização das diretrizes
Criação de um Comitê de Ética na ESALQ, para que possamos controlar da
melhor forma possível as atividades relacionadas a fauna doméstica e
silvestre do Campus.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 178
2.4.4. DIRETRIZES GT ÁGUA
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 179
Diretriz 1: ESTUDO DA VIABILIDADE DE USO DA LAGOA DE
CAPTAÇÃO PARA CONSUMO DE ÁGUA
Critérios para a definição da diretriz
O reservatório de captação de água para o Campus “Luiz de Queiroz”,
foi construído entre os anos de 1982/83 na margem do rio Piracicaba, numa
área de 11,65 ha pertencente a ESALQ/USP. Essa água foi destinada ao
abastecimento de todo o campus, servindo basicamente para uso humano.
Para a manutenção do seu nível, o reservatório recebe água de uma lagoa
próxima (Lagoa do Monte Olimpo), além de pequenas minas intermitentes
existentes em seu entorno.
Atualmente, o reservatório se encontra parcialmente assoreado e
coberto por macrófitas, gramíneas e outras espécies aquáticas,
apresentando um grau de eutrofização bastante preocupante, sendo hoje
descartado o uso deste reservatório para abastecimento de água para o
Campus, a não ser que ações sejam realizadas para seu restabelecimento.
Objetivos
Avaliar a viabilidade de uso da Lagoa de Captação para consumo e
propor ações de recuperação da área da microbacia.
Cronograma de execução
Ações propostas:
- análises físico-químicas da água, dos sedimentos e das plantas das
lagoas do Monte Olimpo e de Captação (abril, julho e dezembro de
2007);
- monitoramento da vazão e quantidade de água disponível
temporalmente na lagoa do Monte Olimpo e minas, visando avaliar a
capacidade de abastecimento da lagoa de captação (mensalmente a
partir de abril de 2007);
- monitoramento da qualidade de água temporalmente na lagoa do Monte
Olimpo e lagoa de captação (bimenstralmente a partir de abril de
2007);
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 180
- avaliação dos dados levantados para viabilidade técnica e financeira de
uma intervenção na lagoa de captação, tornando-a passível de ser
utilizada para abastecimento (até 2008);
- readequação e realocação dos fatores de degradação;
- propor ações para intensificação do programa de recuperação das áreas
da microbacia visando a manutenção da quantidade e qualidade da
água (conjuntamente com o grupo de uso do solo – áreas de proteção
permanente)
Ordem de grandeza orçamentária
- Caracterização – levantamento detalhado – R$ 30.000,00 (estimativa
analítica da empresa BIOAGRI – recurso disponibilizado)
- Monitoramento básico – R$ 10.000,00 anuais (estimativa pelo
Laboratório de Ecologia Isotópica)
- Ações para desassoreamento e limpeza – estimativa de R$1.000.000,00
- Ações de reflorestamento – em conjunto com o GT uso do solo
Possíveis parceiros e fontes de financiamento
Análises de levantamento e monitoramento – CCLQ, GEPURA e participação
de Laboratórios do Campus;
Estudantes – bolsas da Diretoria, CCLQ e Departamentos. Também serão
propostos projetos de pesquisa com Financiadores de bolsas de Iniciação
Científica
Desassoreamento e Limpeza – Fontes externas ou Fundações de Pesquisa
em Projetos de Infraestrutura
Responsáveis
Diretoria, CCLQ e Departamentos.
Correlação com outros GTs
GT-Uso do Solo e GT-Resíduos
Estratégias de normatização e institucionalização das diretrizes
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 181
Criação de um grupo permanente de professores, funcionários e estudantes que teriam representantes em uma futura Divisão de Meio Ambiente no Campus.
Diretriz 2: MONITORAMENTO DA EFICIÊNCIA DAS ESTAÇÕES DE
TRATAMENTO DE EFLUENTES (ETES)
Critérios para a definição da diretriz:
Foram instalados no Campus 11 (onze) Estações de Tratamento de
Esgoto (ETEs), que seriam suficientes para tratar todo o esgoto doméstico
gerado (composto basicamente por matéria orgânica). Porém, depois de
entrarem em funcionamento, estas estações não tiveram suas eficiências
comprovadas.
Além disso, a não separação dos resíduos químicos, gerado
principalmente nos laboratórios, que acabam na rede de água pluvial do
Campus, podem acarretar problemas de eficiência das estações, as que não
foram projetadas para tratar este efluente.
Objetivos
- Quantificar a eficiência no tratamento dos efluentes através de avaliações
freqüentes que indiquem a redução da carga orgânica poluidora.
- início do processo de separação dos resíduos orgânicos e inorgânicos, que
não devem ser levados às ETEs.
Cronograma de execução
Ações propostas:
- Análises físico-químicas do efluente de entrada e de saída das estações de
tratamento de esgoto (ETE), com a finalidade de verificar a eficiência do
tratamento (DBO, DQO, pH, temperatura, sólidos sedimentáveis, óleos e
graxas, metais e compostos orgânicos). Análises realizadas a cada dois
meses.
- Limpeza dos tanques de tratamento, desentupimento das tubulações
devido a presença de folhas e materiais sólidos.
- Adição de cloro granulado na saídas das ETE para reduzir a presença de
microrganismos.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 182
Ordem de grandeza orçamentária
- Avaliação da eficiência das esta estações: R$ 15.000,00/ano (estimativa
da empresa Ambiental Laboratórios);
- Manutenção periódica: R$ 10.000,00/ano (estimativa da empresa
PROVAC).
Possíveis parceiros e fontes de financiamento
Laboratórios da ESALQ e do CENA
Fontes de financiamento:
FAPESP e outras fontes de financiamento em projetos de pesquisa
CCLQ – para as análises
Diretoria da ESALQ
Responsáveis
GT Águas, CCLQ e Diretoria da ESALQ.
Correlação com outros GTs
GT Resíduos
Estratégias de normatização e institucionalização das diretrizes
A partir de grupos assessores que já estão sendo criados pela Prefeitura do
Campus.
Diretriz 3: OTIMIZAÇÃO DOS PROCESSOS OPERACIONAIS DAS
ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ÁGUA (ETA I E ETA II).
Critérios para a definição da diretriz:
- Necessidade de reduzir a quantidade de produtos químicos utilizados
durante o tratamento de água (0,2 ton/ dia);
- Continuidade e melhoria das alterações iniciais nos procedimentos de
retrolavagem, devido a projeção de economia de 4,8 milhões de litros/ ano
de água na ETA I e 6,5 milhões de litros/ ano de água na ETA II.
- Diminuição da quantidade de lodo lançada nos corpos d água;
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 183
Objetivos
- Promover a otimização dos parâmetros operacionais das Estações de
Tratamento de Água, avaliando o impacto gerado na qualidade da água,
produção de lodo e nos custos operacionais.
Cronograma de execução
Cronograma de Ações para Adequação da ETA I e ETA II
MAIO/2006
Item
Prazos em Trimestres
Atividades 1 2 3 4 5 6 7 8
1 Avaliação dos problemas X X X X X X X X
2
Elaboração metodologias de análise
de água X X
3
Levantamento de custo dos materiais
de consumo X X X X X X X X
4
Procedimentos Operacionais Padrão
nas ETAs X X X X
5 Estudo ampliação da ETA II X X
6 Projeto ampliação ETA II X X
7 Estudo da automação da ETA II X X X
8
Estudo aplicação de carvão ativado
no tratamento de água X X X
9 Projeto uso carvão ativado ETA II X X X
10 Estudo da destinação do lodo X X X
11 Projeto uso do lodo do decantador X X X
12 Manutenção da ETA I e ETA II X X X X X X X X
13 Manutenção da Captação X X X X X X X X
14 Treinamento de Pessoal X X X X X X X X
15 Análises Físico-químicas X X X X X X X X
16 Limpeza filtro de areia ETA I X X X X X X X X
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 184
Cronograma de execução (cont.)
Cronograma de Ações para Adequação da ETA I e ETA II
MAIO/2006
Item
Prazos em Trimestres
Atividades 1 2 3 4 5 6 7 8
17 Limpeza filtro de areia ETA II X X X X X X X X
18 Limpeza do decantador ETA II X X X X
19 Limpeza decantadores ETA I X X X X X X X X
20 Limpeza do floculadores ETA I X X X X
21 Limpeza floculadores ETA II X X X X
22
Elaboração edital compra de
equipamentos de laboratório X X X X
23
Elaboração edital compra de serviço
de Laboratorio Análises X X X
24
Relatório análises (enviada a
Vigilânica Sanitária) X X X X X X X X
25
Levantamento das necessidades de
hidrômetros no campus X X X
26 Fechamento alambrado ETA II X X X
27
Controle e revisão das operações
(PADCA) X X X X X X X X
Ordem de grandeza orçamentária
- Projeto de ampliação da ETA II - R$ 150.000,00, empresa de engenharia
AQUATRAT.
- Projeto de reuso da água de lavagem dos filtros - Levantamento pela
empresa AQUATRAT.
- Projeto de tratamento e/ou destinação do lodo dos decantadores -
Levantamento pela empresa AQUATRAT.
- Projeto de uso de carvão ativado no tratamento de água - Levantamento
pela empresa AQUATRAT.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 185
Possíveis parceiros e fontes de financiamento
CCLQ, Diretoria da ESALQ e Empresa AQUATRAT.
Fontes de financiamento
USP e Agencias Financiadoras de bolsas de iniciação científica por meio de
projetos de pesquisas.
Responsáveis
CCLQ
Diretoria ESALQ
Departamentos
Correlação com outros GTs
GT Resíduos
Estratégias de normatização e institucionalização das diretrizes
Criação de um programa de melhoria contínua e divulgação periódica dos resultados obtidos para a Prefeitura do Campus.
Diretriz 4: CARACTERIZAÇÃO E MONITORAMENTO DOS CORPOS D
ÁGUA EXISTENTES NO CAMPUS "LUIZ DE QUEIROZ"
Critérios para a definição da diretriz:
- Necessidade de ampliação e centralização de informações sobre a
qualidade e quantidade de água do Campus.
- Verificação de possíveis alterações na qualidade e quantidade da água no
Campus ao longo do tempo.
- Auxiliar o GT Resíduos na detecção das fontes e tipos de resíduos que são
irregularmente despejados nas águas do Campus.
Objetivos:
- Verificar a qualidade e quantidade de água existente nos corpos d água
que percorrem o Campus (monitoramento).
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 186
- Verificar os principais problemas existentes nos corpos d água
compreendidos pelo Campus estabelecendo ações para melhoria contínua.
Cronograma de execução
Etapa 1 - Caracterização dos diferentes corpos d água do Campus (segundo
semestre de 2007)
Etapa 2 - Monitoramento dos rios e lagoas (mensalmente, a partir do
segundo semestre de 2007)
Etapa 3 - Mapeamento das nascentes existentes no Campus (segundo
semestre de 2007)
Etapa 4 - Monitoramente das nascentes - bimensalmente
Ordem de grandeza orçamentária
Caracterização e monitoramento – R$ 15.000,00 anuais (Laboratório de
Ecologia Isotópica)
Possíveis parceiros e fontes de financiamento
Laboratórios da ESALQ e do CENA.
Fontes de financiamento
FAPESP e outros fontes de financiamento em projetos de pesquisa;
CCLQ – para as análises
Diretoria da ESALQ
Responsáveis
GT Águas
GEPURA
CCLQ
CORRELAÇÃO COM OUTROS GTS
GT Resíduos
GT Uso do Solo
Estratégias de normatização e institucionalização das diretrizes
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 187
A partir de grupos assessores que já estão sendo criados pela Prefeitura do
Campus e grupos de estágio existentes.
Diretriz 5: MONITORAMENTO E UTILIZAÇÃO CONTROLADA DA ÁGUA
EM CONSTRUÇÕES JÁ EXISTENTES E NOVAS NO CAMPUS “LUIZ DE
QUEIROZ”.
Critérios para a definição da diretriz
- Ausência de informações sobre o consumo da água em prédios e
construções antigas;
- Possibilidade de que a água esteja sendo mal administrada, causando
consumo exagerado e desperdício;
Objetivos
- Monitorar a quantidade de água utilizada nas construções;
- Promover o uso racional e o melhor aproveitamento da água;
- Formação de um banco de dados, a partir do monitoramento;
Cronograma de execução
- Caracterização das edificações a serem monitoradas (segundo semestre
de 2007 e primeiro semestre de 2008);
- Identificar as construções prioritárias para estabelecimento de um plano
de manejo sobre o uso da água (primeiro semestre de 2008);
- Levantamento do cronograma de obras da Prefeitura do Campus –
acompanhamento na instalação de hidrômetros em novas construções
(todo início de ano)
- Aperfeiçoamento do programa de uso racional da água com os usuários (a
partir do primeiro semestre de 2008);
- Identificação de problemas (a partir do momento da instalação dos
hidrômetros);
- Acompanhamento (leitura) dos hidrômetros (mensalmente, a partir do
momento da instalação dos hidrômetros).
Ordem de grandeza orçamentária
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 188
- Análise da qualidade da água, estudo da qualidade do encanamento -
R$5.000,00 (estimado por edificação);
- Instalação de hidrômetros
- Criação e instalação de programa para conscientização do uso da água -
R$2.000 anuais (estimado: materiais educativos e informativos);
Possíveis parceiros e fontes de financiamento
CENA CCLQ Departamento de Engenharia Rural PURA – Programa de uso Racional da Água (USP)
Conscientização do uso da água: CCLQ, USP Recicla, GEPURA e estudantes
interessados.
Responsáveis
CCLQ
Correlação com outros GTs
GT Percepção e Educação Ambiental;
Estratégias de normatização e institucionalização das diretrizes
Estagiários na área de hidráulica para acompanhar a instalação e a leitura
dos hidrômetros e grupos que trabalhem com a conscientização do uso da
água.
Diretriz 6: MANEJO DA ÁGUA EM ÁREAS AGRÍCOLAS E DE CRIAÇÃO
ANIMAL NO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ”
Critérios para a definição da diretriz
- Não existe um controle sobre a utilização da água em atividades agrícolas
e de criação animal, o que indica a possibilidade de desperdício e mau uso
da água;
Objetivos
- Promover o uso racional da água em atividades agrícolas e de criação
animal no Campus "Luiz de Queiroz"
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 189
Cronograma de execução
- Identificar e caracterizar as atividades agrícolas e de criação animal no
Campus que utilizam água e sua origem (segundo semestre de 2007);
- Quantificar a água utilizada em cada atividade (segundo semestre de 2007
e primeiro semestre de 2008);
- Identificar e quantificar possíveis desperdícios (primeiro semestre de
2008);
- Estabelecer propostas de manejo adequado da água por atividade
(segundo semestre de 2008);
- Promover campanhas de conscientização sobre o uso adequado da água
(início no primeiro semestre de 2008).
Possíveis parceiros e fontes de financiamento
- LER – Departamento de Engenharia Rural
Responsáveis
- CCLQ
- Diretoria
- GT Águas
Correlação com outros GTs
Não há.
Estratégias de normatização e institucionalização das diretrizes
A partir de grupos assessores que já estão sendo criados pela Prefeitura do
Campus, juntamente com grupos de estágio da ESALQ.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 190
2.4.5. DIRETRIZES GT PERCEPÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 191
Diretriz 1: INCENTIVAR A INCLUSÃO DOS ASPECTOS HUMANOS NO
CONCEITO GERAL DE MEIO AMBIENTE NO ÂMBITO DO ENSINO, DA
PESQUISA E DA EXTENSÃO NO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ”.
Critérios para a definição da diretriz
Pesquisas recentes indicam que, no Brasil, a maior parte da
população tem uma percepção naturalista de meio ambiente. A quarta e
última edição da pesquisa nacional de opinião “O que os brasileiros
pensam de meio ambiente e desenvolvimento sustentável”, realizada
conjuntamente pelo Ministério do Meio Ambiente e o ISER desde 1992,
apontou que somente 40% das pessoas entrevistadas incluem “homens e
mulheres” dentre os elementos que fazem parte do meio ambiente.
Precedem ao item que se refere a “pessoas” os elementos água (79%),
matas (77%), rios (75%), ar (68%), animais (67%), dentre outros. Os
principais elementos do meio ambiente identificados são aqueles
reconhecidos como “naturais”, tais com árvores, solo, rio/lagos, clima e
animais, entre os quais se excluem os seres humanos.
Na ESALQ, a mesma tendência foi observada. Há, portanto, a necessidade
de sensibilizar e estimular entre as pessoas do campus uma visão mais
complexa e integrada do meio ambiente, seguindo as diretrizes, princípios
e objetivos da educação ambiental expressas na atual Política Nacional de
Educação Ambiental (PNEA, lei federal 9795/99), a saber:
• “Art. 4o São princípios básicos da educação ambiental:
inciso II – a concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando
a interdependência entre o meio natural, o sócio-econômico e o cultural,
sob o enfoque da sustentabilidade”;
• “Art. 5o São objetivos fundamentais da educação ambiental:
inciso I - o desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio
ambiente em suas múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos
ecológicos, psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos,
culturais e éticos”.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 192
Objetivo 1:
Recomendar para as pesquisas e atividades de extensão que tratam
dos temas ambientais a inclusão de uma visão integrada e mais complexa
de Meio Ambiente por meio de comissões e grupos afins.
Metas:
- Criar no âmbito das Comissões de Pesquisa fóruns permanentes para
análise de projetos da área ambiental com vistas a provocar o debate
e estudos que contribuam para a ampliação do conceito geral de meio
ambiente entre os pesquisadores do Campus.
- Viabilizar a inserção do Plano Diretor Socioambiental Participativo nos
programas de estágio do campus através de seminários internos.
Objetivo 2:
Propor aos projetos e ações de gestão, manejo e políticas
ambientais no Campus “Luiz de Queiroz”, através das instâncias
responsáveis, que incorporem uma visão integrada e mais complexa de
Meio Ambiente
Metas:
- Organizar uma série de palestras, em conjunto com a diretoria e
prefeitura do campus, onde se evidencie a importância da visão
integrada e mais complexa de Meio Ambiente (sociais, culturais,
econômicos, políticos...) em ações e políticas ambientais para o
Campus.
- Subsidiar a elaboração de uma política ambiental interna no Campus
onde será incorporada uma visão integrada e mais complexa de Meio
Ambiente
Objetivo 3:
Estimular nas disciplinas, em geral, a inclusão de uma visão
integrada e mais complexa de Meio Ambiente, abordando todas as suas
dimensões, por meio dos Conselhos de Coordenação de Curso
intraunidades (CoCs-i) e dos Conselhos de Departamento.
Metas:
- Construir em conjunto com os Conselhos de Coordenação de Curso
intraunidades (CoCs-i) e aos Conselhos de Departamentos uma
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 193
proposta pedagógica voltada à inclusão do conceito amplo de meio
ambiente e da dimensão socioambiental nas disciplinas oferecidas.
- Realizar seminários com a participação de todos os docentes para que
o Plano Diretor seja articulado às disciplinas.
Cronograma de execução:
Ações – metas Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Realização de fóruns
permanentes para análise de
projetos da área ambiental
X X X X
Realização de seminários
internos para inserir o Plano
Diretor Socioambiental
Participativo nos programas de
estágio do campus
X X X X
Realizar palestras, em conjunto
com a diretoria e prefeitura do
campus, onde se evidencie a
importância da visão integrada e
mais complexa de Meio
Ambiente
X X
Elaborar em conjunto com os
COC-is e conselhos de
departamento uma proposta
pedagógica voltada à inclusão
do conceito amplo de meio
ambiente e da dimensão
socioambiental nas disciplinas
oferecidas.
X
Realizar seminários com a
participação de todos os
docentes para articular o Plano
Diretor e as disciplinas
X X X X
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 194
Ordem de grandeza orçamentária:
R$ 200.000,00 anuais para recursos humanos (contratação de
especialistas)
R$ 100.000,00 anuais para materiais de consumo e equipamentos
necessários para realização de seminários, palestras.
Possíveis parceiros e fontes de financiamento
COCs-i, comissões de graduação e pós-graduação, CAs, DVAT-COM e
demais grupos socioambientais que atuam no campus.
Responsáveis
Todos os coordenadores de GTs do Plano Diretor, os COC-is de todos os
cursos.
Correlação com outros GTs:
Com todos.
Estratégias de normatização e institucionalização das diretrizes
COC-i´s
Pró-reitorias de ensino, pesquisa e extensão
Comissões de graduação e pós-graduação
Diretriz 2: SENSIBILIZAR A COMUNIDADE, INTERNA E EXTERNA, EM RELAÇÃO AOS IMPACTOS DE SUAS AÇÕES NO MEIO AMBIENTE. Critérios para a definição da diretriz
No diagnóstico realizado junto a comunidade do campus indica que a
maioria dos entrevistados aponta que não contribuem para a degradação
ambiental do campus; apenas 12% dizem contribuir muito e mais ou
menos e 29% diz contribuir pouco. A comunidade indica que há a
necessidade de buscarmos meios de melhoria socioambiental local, mas
muitas não se vêem como protagonista desta melhoria.
Além disso, a Política Nacional de Educação Ambiental (Lei nº 9795 de
27 de abril de 1999) diz, no seu artigo 4, ser princípio da EA o enfoque
humanista, holístico, democrático e participativo e também fala, no seu
artigo 5, ser objetivo fundamental da EA o incentivo à participação individual
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 195
e coletiva, permanente e responsável, na preservação do equilíbrio do meio
ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor
inseparável do exercício da cidadania.
Objetivos - Estimular a percepção da relação das questões socioambientais com
o cotidiano das pessoas.
- Incentivar o senso de responsabilidade dos indivíduos e dos grupos
em relação ao seu papel de agente transformador na comunidade e
no ambiente do Campus “Luiz de Queiroz”.
- Fortalecer a articulação e reforçar o enfoque educativo de Programas
da USP de uso adequado dos recursos, tais como PURE, PURA e USP
Recicla.
Metas
- Planejar conjuntamente com os Programas da USP suas estratégias
educativas e formas de ação para que incluam nas suas atividades a
preocupação e ações socioambiental;
- Estabelecer um cronograma de ação educativa conjunta entre os
programas PURA, PURE e USP Recicla.
- Formação conjunta de gestores ambientais do Campus, incluindo
pessoas envolvidas no PURE, PURA e USP Recicla a partir de 2007,
reforçando a formação de um agente editor socioambiental por
prédio.
Cronograma de execução
Ações - Metas Ano 1 Ano
2
Ano
3
Ano 4
Mapear as ações educativas
desenvolvidas pelos programas
institucionais da USP
x
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 196
Cronograma de execução (cont.)
Ações - Metas Ano 1 Ano
2
Ano
3
Ano 4
Estabelecer em conjunto com pró-
reitoria de graduação, pós-graduação, e
Depto de Recursos Humanos do
Campus como inserir as ações de
sensibilização socioambiental junto a
comunidade
x x
Planejar conjuntamente ações
educativas continuadas de
sensibilização da comunidade
x x
Desenvolver intervenções educativas
voltadas aos diferentes públicos da
Universidade
x x X
Avaliar os impactos das intervenções
para a melhoria da relação da
comunidade com o campus
x x X
Propor novas formas de intervenção e
difundir as formas mais eficientes que já
existem
x x x X
Ordem de grandeza orçamentária
Palestras de formação continuada, produção de material educativo,
avaliação de impactos do processo – R$ 150.000,00
Possíveis parceiros e fontes de financiamento
FEALQ, CEPEA, IPEF, Bancos conveniados, Pró Reitoria de Cultura e
Extensão da USP, Unidades do Campus.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 197
Responsáveis
Os grupos que já trabalham com educação ambiental no campus, como
OCA , USP Recicla, PET Ecologia, NACE PETECA, NACE NQV (Núcleo de
Qualidade de Vida), Projeto Bacias Irmãs.
Correlação com outros GTs:
Todos os Grupos de Trabalho.
Estratégias de normatização e institucionalização das diretrizes
Portarias internas: Inserir essa diretriz nos programas institucionais da
USP, junto às Comissões de Graduação e Pós-graduação no setor de
Recursos Humanos para que seja requisito de formação de funcionário no
ingresso do mesmo na Universidade e como exigência para os que já esta
na Universidade.
Diretriz 3: FOMENTAR E ARTICULAR INICIATIVAS, GRUPOS,
PROGRAMAS E POLÍTICAS DE CARÁTER SOCIOAMBIENTAL NO
CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ”
Critérios para a definição da diretriz
No campus “Luiz de Queiroz” existem dezenas de programas,
projetos, disciplinas que atuam em prol das questões socioambientais.
Alguns destes programas são de caráter institucional, outros são
desenvolvidos por iniciativas de pessoas e grupos.
O diagnóstico realizado apontou que existem alguns programas de
maior visibilidade junto a comunidade tal como o Programa USP Recicla e
Pisca que aparecem como os mais conhecidos pela pelo campus e podem
ser estratégicos no que diz respeito a canais de comunicação. Entre as
categorias, a que mais participa de grupos ambientais é a dos funcionários
com 27,5% de participações seguido dos docentes com 23%, alunos de
graduação com 15%, pós graduação com 10% e comunidade com 4,5% da
categoria entrevistada. Os grupos com maior número de participações é o
USP Recicla, GADE, Projeto “Nós do PISCA”.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 198
O Plano Diretor Socioambiental do Campus constitui-se como um
agregador de pessoas, grupos e iniciativas, todavia, há necessidade de se
elaborar mecanismos para continuidade de articulação das ações
desenvolvidas para a otimização de esforços, de orçamentos e para a
implementação de metas e objetivos comuns.
Objetivo
- Fortalecer e dar continuidade à articulação de grupos de iniciativas
sócio-ambientais (antigo UGA).
Metas:
- criação de banco de dados e de sistema de atualização sobre todas as
iniciativas socioambientais locais;
- criação de uma revista e/ou jornal sobre iniciativas sociaombientais
do campus;
- produção de material educativo (vídeos, livros, jogos, etc) em
conjunto com os grupos de ação socioambiental;
- realização de seminários, eventos que reúnam e compartilhem
experiências, metodologias, equipamentos etc.
Cronograma de execução
Ações Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Realização periódica de oficinas, mini
cursos, seminários sobre tema com todos
envolvidos na temática socioambiental
x
Criação de uma revista ou jornal
socioambiental que congregue todas as
ações
x
Banco de dados de projetos e
metodologias em desenvolvimento pelos
grupos
x x
Planejar metas anuais socioambientais
comuns a serem perseguidas pelos grupos x
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 199
Ordem de grandeza orçamentária
Produção de material educativo e eventos: R$ 20.000,00/ano
Possíveis parceiros e fontes de financiamento
FEALQ
CEPEA
IPEF
Bancos conveniados
Pró Reitoria Graduação e Pós-graduação
Fundo de Cultura e Extensão
Responsáveis
ESALQ, através do Serviço de Cultura e Extensão – Seção de Atividades
Culturais
CCLQ, através da DVATCOM e CEFER
NACE – NQV – Núcleo de Apoio a Cultura e Extensão – NACE de Qualidade
de Vida do Campus
NACE PETECA
Comissão de Graduação da ESALQ
ESALQ Jr – Florestal, Consultoria
Pet - Ecologia
Centros Acadêmicos do campus
USP Recicla
OCA – Laboratório de Educação Ambiental
Todos os grupos de ação socioambiental do campus
Correlação com outros GTs
Todos os Grupos de Trabalho
Estratégias de normatização e institucionalização das diretrizes
Institucionalizar todas as ações que não são formalizadas por meio de
portarias e comissões de trabalho do campus; criação de uma divisão
socioambiental do campus com orçamento previsto na COP.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 200
Diretriz 4: ESTIMULAR FORMAS ALTERNATIVAS E COLETIVAS DE
TRANSPORTE DE ACESSO AO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” E
LOCOMOÇÃO NO MESMO.
Critérios para a definição da diretriz
O aumento da circulação dos carros e da ocupação dos mesmos nas
áreas transitáveis e áreas comuns do Campus, os problemas causados pelo
excesso de trânsito, foram apontados pela comunidade entre os 10
principais problemas detectados conforme pesquisa realizada pelo GT
Percepção e Educação Ambiental. O diagnóstico apontou que 89% da
categoria dos docentes, 54% na categoria comunidade externa e 51% entre
a categoria dos funcionários, utilizam o carro como o principal meio de
locomoção; na categoria alunos de pós graduação, 34% e entre os alunos
de graduação, 28%, utilizam o carro para locomoção até o Campus e
internamente. A emissão de gases (Co2) mensurado pelo GT Carbono é da
ordem de 828,17 toneladas/anual relativos a cerca de 1.667 veículos que
freqüentam o Campus diariamente causando danos progressivos ao
ambiente, a qualidade de vida da comunidade sem considerar o impacto na
paisagem.
Objetivos e metas:
Objetivo 1: Incentivar e implantar formas alternativas de transporte
coletivo no Campus “Luiz de Queiroz”.
Metas:
- disponibilizar à comunidade transporte coletivo como: ônibus, micro
ônibus, carros elétricos de circulação interna em todo o Campus com
combustível de menor impacto ao ambiente e menos poluentes (
anexo);
- criar bolsões de estacionamento em áreas estratégicas do Campus
para atendimento das necessidades de vagas atuais (estimada em
2000) com previsão de expansão quantitativa da comunidade;
- criar medidas normativas do uso desses bolsões;
- extinção dos pontos de estacionamento existentes no Campus;
- prev
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 201
- er vagas para cadeirantes e idosos nos bolsões, adaptação e vaga nos
transportes coletivos e para acesso aos prédios.
Objetivo 2: Incentivar o uso de transporte individual de menor impacto
como bicicletas e pedestrianismo
Metas:
- criar ciclo-faixas nas vias principais e secundárias do Campus;
- fortalecer o sistema de segurança do Campus com relação ao uso
responsável de bicicletas;
- aumentar os pontos de guardas de bicicletas ( bicicletários) no
Campus
Objetivo 3: Sensibilizar e motivar a comunidade para o uso do transporte
coletivo interno no Campus e para locomoção até o mesmo.
Metas:
- realizar campanhas educativas que estimulem o uso de transportes
alternativos no Campus;
- realizar campanhas que estimulem o uso de caronas como meio de
locomoção até o Campus;
- sensibilizar a comunidade para o uso responsável dos meios de
locomoção individuais como bicicletas, pedestrianismo.
Cronograma de execução
Ações – Metas Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Estudo e implantação de bolsões de
estacionamento X
Criação de normas para os bolsões e
extinção parcial de vagas de
estacionamento nas áreas coletivas do
Campus
X
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 202
Cronograma de execução (cont.)
Ações – Metas Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Realização de Campanhas educativas de
sensibilização e de incentivo ao uso de
transporte coletivo e individual de
menor impacto
X X X X
Criação de ciclo faixas X X
Realização de pontos de guarda de
bicicletas X
Estudo e escolha do transporte coletivo
mais adequado ao campus X
Aquisição de transporte coletivo
escolhido X
Extinção total de vagas de
estacionamento atual X
Ordem de grandeza orçamentária
R$ 1.500.000,00 (aquisição de transporte coletivo – 03 unidades)
R$ 300.000,00 anuais para manutenção e recursos humanos
R$ 300.000,00 (infra estrutura para criação de bolsões, ciclo faixas)
Possíveis parceiros e fontes de financiamento
BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
Secretaria de Estado de Minas e Energia
Secretaria de Estado de Meio Ambiente
Ministério de Minas e Energia
Ford, Mercedes
Responsáveis
CCLQ, através da DVINFRA e SVOPER
Comissão de Segurança e Trânsito do Campus
Plano Diretor Físico do Campus
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 203
Parceiros: USP Recicla, DVATCOM, ACOM, Centros Acadêmicos, Prefeitura
do Campus USP Cidade Universitária, de Riberão Preto.
Correlação com outros GTs
Gt Uso do Solo
Carbono – Emissão de Gases
GT Normatização e Certificação Ambiental
Estratégias de normatização e institucionalização das diretrizes
As diretrizes serão aprovadas no Conselho do Campus, seguindo as normas
de trânsito vigentes e a regulamentação interna publicada através de
Portaria CCLQ e endossadas pelas Unidades.
Diretriz 5: PROMOVER A QUALIDADE DE VIDA, AÇÕES E ESPAÇOS DE
INTEGRAÇÃO ENTRE OS MEMBROS DA COMUNIDADE DO CAMPUS
“LUIZ DE QUEIROZ”
Critérios para a definição da diretriz
As questões que envolvem o meio ambiente, que por sua degradação
demasiada tem sido indicado como importante determinante da qualidade
de vida.
Ações como aquelas registradas no Relatório sobre a Saúde do Mundo
de 2004, divulgado pela OMS e que aborda o tema sobre Pesquisa em
Saúde – Conhecimento para uma Saúde Melhor, destacam-se a crescente
conscientização do papel central da saúde, da ciência e da tecnologia como
requisitos para o desenvolvimento econômico e social. Também demonstra
a necessidade de melhoria das condições de saúde da população essencial
para o cumprimento dos “Objetivos de Desenvolvimento da Organização
das Nações Unidas (ONU) para o Milênio” – e a necessidade de melhor
compreender os diversos sistemas nacionais de pesquisa em saúde (MOREL,
2004).
Dessa forma, o foco de análise ultrapassa o indivíduo e recai sobre o
coletivo. O modo analítico concentra-se, não apenas nas causas biológicas,
mas nas relações entre os indivíduos, grupos sociais, instituições, economia,
política, cultura, entre outros (PALMA, 2000).
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 204
Na sociedade atual, não é raro se deparar com problemas de saúde,
principalmente com complicações decorrentes do estilo de viver que afetam
diretamente a qualidade de vida do indivíduo e de grupos populacionais.
Essas alterações podem ser observadas em todas as camadas sociais e
tendem a atingir diversos estágios de vida. Portanto, a avaliação da
qualidade de vida é importante para compreender como o estilo de vida
atual pode exercer influência sobre a saúde e, conseqüentemente,
repercutir na vida dos indivíduos (MACIEL, 2006).
As intervenções que visam a elevação da qualidade de vida são um
palco perfeito para que diversos atores sociais atuem na promoção do bem-
estar humano e na organização de uma sociedade cada vez melhor,
considerando o caráter multidimensional desse conceito. Uma boa saúde é o
melhor recurso para o progresso pessoal, econômico e social, além de ser
uma dimensão importante da qualidade de vida (SOUZA; CARVALHO,
2003).
As discussões sobre a promoção de saúde foram consolidadas após
quatro grandes conferências em meados dos anos de 80 e 90. A carta de
Otawa define a promoção da saúde como processo de capacitação da
comunidade para atuar na melhoria da sua qualidade de vida e saúde,
incluindo uma maior participação no controle desse processo (WORLD
HEALTH ORGANIZATION, 1986).
O processo de capacitar pessoas e populações para melhorar sua
saúde depende de ações que sejam empowering, participativas, holísticas,
intersetoriais, equânimes, sustentáveis e multiestratégicas.
A Organização Mundial da Saúde define qualidade de vida como “a
percepção do indivíduo de sua posição na vida e no contexto da cultura e
sistemas de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos,
expectativas, padrões e preocupações” (FLECK et al., 1999 p.20).
A pesquisa realizada pelo GT Percepção e Educação Ambiental
demonstrou que os serviços mais utilizados no Campus, objetivam a
satisfação de necessidades individuais como bancos, ambulatório médico e
odontológico, biblioteca, xerox, restaurante universitário. Os serviços que
propiciam interação grupal como teatro, coral, CEFER, são menos utilizados.
Entre as categorias, a que mais utiliza o ambulatório médico é a dos
funcionários onde podemos apontar a faixa etária mais elevada e a falta de
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 205
programas preventivos de saúde, como um dos responsáveis por esta
freqüência.
Existem poucos espaços que propiciam interação entre as categorias
e atividades coletivas que priorizem lazer e o contato com o meio natural
entre as pessoas. As categorias de docentes e funcionários freqüentam
espaços exclusivos de trabalho sendo que permanece período diário de
tempo no campus entre 08 e 12 horas. Busca-se a mudança de paradigma
quanto a formação do sujeito enquanto ser integrado, não apenas
valorizado pelo seu trabalho mas como um ser completo onde os aspectos
como afetividade, espiritualidade, família, lazer, responsabilidade sócio
ambiental sejam igualmente valorizados pela indivíduo e seu grupo social.
Objetivos e metas:
Objetivo 1: Propiciar espaços de participação e reflexão no controle das
condições e domínios que norteiam aspectos sobre Qualidade de Vida (uso
racional do tempo, necessidade e consumo, percepção de si e do entorno,
participação entre outros)
Metas:
- realização de oficinas, mini cursos, vivências coletivas, instalações
que envolvam a temática Qualidade de Vida;
- inserir no cotidiano da comunidade, ações como ginástica laboral,
programas de condicionamento físico diferenciados conforme
categoria e necessidades de forma continuada e sistemática;
- incorporar reflexão sobre temas relacionados a Qualidade de Vida nas
disciplinas dos cursos de graduação e pós graduação (realização de
seminários ou na disciplina de introdução).
Objetivo 2: Estimular e criar ações de integração entre docentes,
estudantes, funcionários, parceiros e comunidade externa.
Metas:
- valorizar e fortalecer os espaços existentes de utilização coletiva a
todas as categorias do campus como o CEFER – Centro de Educação
Física, Esportes e Recreação
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 206
- valorizar e fortalecer eventos culturais como Semana Cultural,
Cultura e Extensão, Coral, Teatro, Festa da Amizade, Semana de
Talentos, Exposições, Apresentações culturais, Conversa de roda e
outras expressões artísticas e coletivas;
- embelezamento paisagístico e da infra-estrutura do espaço do CV,
Lanchonete, Restaurante e entorno (manutenção de bancos,
paisagismo, limpeza).
Objetivo 3: Sensibilizar e motivar a comunidade para o desenvolvimento
de ações inclusivas e de responsabilidade sócio ambiental.
Metas:
- inclusão de ações de responsabilidade sócio ambiental como projetos
a serem desenvolvidos pelos cursos (1º. Ano);
- realização de campanhas no Campus que tenham a finalidade de
sensibilizar a comunidade para ações inclusivas e de responsabilidade
sócio ambiental;
- realização de seminários ou mini cursos sobre a temática.
Cronograma de execução
Ações - Metas Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Realização de oficinas, mini cursos, seminários
sobre tema Q.Vida X x x x
Inserir atividades como programas de cond.
Físico, ginástica laboral x x x
Realização de Campanhas educativas de
sensibilização sobre a temática
responsabilidade sócio ambiental
x X x x
Embelezamento da área do CV, Lanchonete,
Restaurante x X
Inserir discussão sobre o tema Q. Vida nas
disciplinas x x x
Inserir projetos de responsabilidade sócio
ambiental nos cursos x x x
Valorização do CEFER e atividades Culturais x X x x
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 207
Ordem de grandeza orçamentária
R$ 100.000,00 anuais para recursos humanos
R$ 100.000,00 para obras de infra estrutura na área do CV e entorno e
aquisição de equipamentos laborais e de condicionamento físico.
Possíveis parceiros e fontes de financiamento
FEALQ
CEPEA
IPEF
Bancos conveniados
Pró Reitoria de Cultura e Extensão da USP
Responsáveis
ESALQ, através do Serviço de Cultura e Extensão – Seção de Atividades
Culturais
CCLQ, através da DVATCOM e CEFER
NACE – NQV – Núcleo de Apoio a Cultura e Extensão – NACE de Qualidade
de Vida do Campus
UBAS – H.U. Unidade Básica de Saúde do Campus
Parceiros:
Comissão de Graduação da ESALQ
ESALQ Jr – Florestal, Consultoria
Pet – Economia
Curso de Ciências Econômicas da ESALQ
USP Recicla
OCA – Laboratório de Educação Ambiental
Correlação com outros GTs
GT de Normatização e certificação ambiental
Estratégias de normatização e institucionalização das diretrizes
Ações sobre Q. Vida no campus devem ser apoiadas pelo NACE-NQV, criado
pela resolução 5218/2005.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 208
Diretriz 6: PROMOVER ESPAÇOS DE TROCA E CANAIS DE
COMUNICAÇÃO QUE ESTIMULEM A MOBILIZAÇÃO E PARTICIPAÇÃO
DE DOCENTES, ESTUDANTES, FUNCIONÁRIOS, PARCEIROS E
COMUNIDADE EXTERNA EM AÇÕES SOCIOAMBIENTAIS NO CAMPUS
“LUIZ DE QUEIROZ”
Critérios para a definição da diretriz
Segundo a Política Nacional de Educação Ambiental (Lei nº 9795 de
27 de abril de 1999), dentre os objetivos fundamentais da EA estão: a
garantia de democratização das informações ambientais; o estímulo e o
fortalecimento de uma consciência crítica sobre a problemática ambiental e
social; o incentivo à participação individual e coletiva, permanente e
responsável, na preservação do equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se
a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparável do exercício da
cidadania. No sentido de atender a tais objetivos, através da criação de
espaços de troca e canais de comunicação voltados para a participação da
comunidade no campus, é que a diretriz seis é proposta.
Objetivos
- Estimular o maior envolvimento e comprometimento das pessoas com
os problemas socioambientais do Campus “Luiz de Queiroz”.
- Ampliar espaços e esferas de participação nos processos de tomada
de decisão no Campus “Luiz de Queiroz”.
- Criar uma política de inserção de funcionários terceirizados, parceiros
e comunidade externa nas na discussão, planejamento e
desenvolvimento de ações socioambientais no Campus “Luiz de
Queiroz”.
Metas
- Realização periódica de oficinas, mini cursos, seminários e debates
para a mobilização da comunidade de campus.
- Criação de uma revista ou jornal socioambiental que congregue todas
as ações.
- Criação, atualização periódica e ampla divulgação de um site
dinâmico com todas as iniciativas socioambientais do campus, fóruns
de discussão e intercambio de arquivos relacionados ao tema.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 209
- Realização de um seminário para se discutir as formas de ampliar a
participação nos processos de tomada de decisão no Campus “Luiz de
Queiroz”.
- Promover uma oficina com os funcionários terceirizados e
funcionários do IPEF e FEALQ sobre as ações socioambientais no
Campus “Luiz de Queiroz” e divulgar o site relacionado à temática.
- Confecção e atualização periódica de um painel com as iniciativas
socioambientais realizadas no campus e o endereço do site
relacionado à temática. Este painel deve ser exposto na entrada
principal do Campus “Luiz de Queiroz”.
Cronograma de execução
Ações – Metas Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Realização periódica de oficinas, mini cursos, seminários e debates para a mobilização da comunidade de campus
X X X X
Criação de uma revista ou jornal socioambiental que congregue todas as ações
X
Criação, atualização periódica e ampla divulgação de um site dinâmico com todas as iniciativas socioambientais do campus, fóruns de discussão e intercambio de arquivos relacionados ao tema
X X X X
Realização de um seminário para se discutir as formas de ampliar a participação nos processos de tomada de decisão no Campus “Luiz de Queiroz”
X
Promover uma oficina com os funcionários terceirizados e funcionários do IPEF e FEALQ sobre as ações socioambientais no Campus “Luiz de Queiroz” e divulgar o site relacionado à temática
X
Confecção e atualização periódica de um painel com as iniciativas socioambientais realizadas no campus e o endereço do site relacionado à temática
X X X X
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 210
Ordem de grandeza orçamentária
Produção de material educativo e eventos: R$ 20.000,00/ano (extraído
diretriz 3)
Possíveis parceiros e fontes de financiamento
Fundo de Cultura e Extensão Universitária, Comissão de Graduação – Pró-
EVE, IPEF, FEALQ, CEPEA.
Responsáveis
Todos os grupos de ação socioambiental do campus
Centros Acadêmicos
ESALQ, através do Serviço de Cultura e Extensão – Seção de Atividades
Culturais
CCLQ, através da DVATCOM e CEFER
Correlação com outros GTs
Todos os GTs
Estratégias de normatização e institucionalização das diretrizes
Ampliação das discussões do Grupo Assessor de Adequação e Restauração
Ambiental da Prefeitura do campus “Luiz de Queiroz” para o maior
envolvimento e participação da comunidade nas tomadas de decisão do
campus; através da articulação do grupo com a comunidade envolvida com
o Plano Diretor.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 211
2.4.6. DIRETRIZES GT EMISSÃO DE CARBONO
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 212
Diretriz 1: REDUÇÃO E COMPENSAÇÃO DAS EMISSÕES DE GEES
(Gases do Efeito Estufa) DO CAMPUS
Critérios para a definição da diretriz
Através dos diagnósticos apresentados pelo GT Percepção, verificou-
se que a comunidade do campus apresenta vaga percepção de que é parte
do meio e que, portanto, pode estar interferindo neste meio. Ao mesmo
tempo, conforme o diagnóstico apresentado pelo GT-Carbono, esta mesma
comunidade gera emissões de gases de efeito estufa – GEE significativas
quando desenvolvem atividades ligadas ao campus, tais como transporte,
elaboração de experiências a campo, criação de animais ou utilização de
adubos nas culturas.
Na comunidade internacional, especialmente aquela parcela dedicada
e preocupada com o aquecimento global, é possível identificar uma série de
iniciativas visando reduzir ou anular as emissões de GEE decorrentes de
uma atividade específica. Por exemplo, tem sido comum eventos que
compensam as emissões decorrentes do transporte dos palestrantes através
do plantio de árvores.
Neste sentido, esta diretriz apresenta importância fundamental para a
adequação do Campus em relação às emissões de GEE, apresentando,
como ações principais, propostas para abatimento das emissões (através de
plantios de árvores) e ampliação do inventário para outras fontes de
emissão.
Objetivos
Ação 1: Programa de abatimento das emissões de carbono referentes ao
transporte dos alunos de graduação:
O objetivo da ação é consolidar um programa através do qual as emissões
decorrentes do transporte dos alunos de graduação da ESALQ são
compensadas pelo seqüestro de carbono via plantio de árvores logo no
início do primeiro ano. Os objetivos mais específicos são:
- Elaborar e ministrar uma palestra nas disciplinas introdutórias de
cada curso a respeito das mudanças climáticas e do papel e objetivos
do Programa Carbon Free;
- Estimar as emissões médias dos alunos de graduação a partir do
transporte da residência à ESALQ;
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 213
- Identificar o número e a espécie de árvore ideais para
compensar/anular as emissões de cada aluno;
- Identificar possíveis áreas para o plantio.
Meta: a diretriz pretende anula as emissões dos alunos de graduação da
ESALQ já a partir da turma de 2008.
Ação 2: Quantificação do Seqüestro de Carbono em Áreas de Preservação
Permanente e Remanescentes Florestais.
Os principais objetivos são: quantificar o seqüestro de Carbono a partir dos
remanescentes florestais e atividades de silvicultura já existentes no
Campus da ESALQ e estimar o potencial de seqüestro de carbono a partir
das áreas de APP a serem reflorestadas pelo Plano de Adequação Ambiental
do Campus “Luiz de Queiroz”.
Ação 3: Ampliação do Diagnóstico: quantificação das emissões a partir da
utilização de fertilizantes a base de N2O.
Como objetivo, a diretriz pretende quantificar as emissões advindas dessa
atividade no ano de 2005, ampliando o inventário iniciado em 2006, focado
em transporte e pecuária.
Cronograma de execução
Cada ação dentro desta diretriz apresenta um cronograma de
execução, apresentadas a seguir:
• Cronograma da Ação 1:
Atividade Mês
1
Mês
2 a 6
Mês
7 a 10
A partir do
11º mês
Elaboração de conteúdo para a
palestra nas disciplinas
introdutórias
X
• Cronograma da Ação 1 (cont.):
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 214
Atividade Mês
1
Mês
2 a 6
Mês
7 a 10
A partir do
11º mês
Seleção da espécie (estudo do
seqüestro e número de
árvores por aluno)
X
Seleção das áreas para plantio X
Acompanhamento do
programa
X
• Cronograma da Ação 2:
Atividade Mês
1
Mês
2 a 5
Mês
6 a 8
Mês
9 a 11
Mês
12
Levantamento das
espécies encontradas
no Campus
X
Revisão bibliográfica de
modelos de absorção
de carbono em
florestas
X
Quantificação o
seqüestro de Carbono
dos remanescentes
florestais
X
Estimação do potencial
de seqüestro de
carbono a partir das
áreas de APP
X
Divulgação dos
resultados
X
• Cronograma da Ação 3:
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 215
Ordem de grandeza orçamentária
Ação 1:
- 2 bolsas de estudo para graduandos no valor de R$ 300,00 durante
os 12 meses de pesquisa, totalizando R$ 7.200,00;
- Aquisição de mudas anuais.
Ação 2:
- 1 bolsa de estudo para graduando no valor de R$ 300,00 durante os
12 meses de pesquisa, totalizando R$ 3.600,00;
- Aquisição de mudas;
- Despesas de pesquisa.
Ação 3:
- 1 bolsa de estudo para graduando no valor de R$ 300,00 durante os
10 meses de pesquisa, totalizando R$ 3.000,00.
Possíveis parceiros e fontes de financiamento
Prefeitura de Piracicaba (Agenda 21 – Piracicaba 2010); FAPESP; Empresas
de celulose e papel
Responsáveis
Ação 1: GT Emissão de Carbono e CCLQ
Ação 2: GT Emissão de Carbono e CCLQ
Ação 3: GT Uso do Solo (levantamento dos fertilizantes mais utilizados no
Campus); Departamentos que utilizam os fertilizantes
Correlação com outros GT’s.
Atividade
Mês
1 a 4
Mês
2 a 6
Mês
7 a 10
Revisão bibliográfica (metodologias
para quantificação das emissões) X
Coleta de dados X X
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 216
Ação 1: GT Percepção e GT Uso do solo
Ação 2: Laboratório de Métodos Quantitativos do LCF e os grupos
componentes do GT Uso do Solo.
Ação 3: GT Resíduos
Estratégias de normatização e institucionalização
Não há.
Diretriz 2: INCENTIVAR A GERAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE FORMAS DE
ENERGIA E COMBUSTÍVEIS ALTERNATIVOS.
Critérios para a definição da diretriz
Segundo os resultados obtidos no diagnóstico das emissões de CO2
pelo transporte no Campus, verificou-se que a frota de veículos da ESALQ
possui participação representativa nas emissões, decorrente,
principalmente, da elevada participação de veículos movidos a diesel.
Neste sentido, uma alternativa para reduzir os níveis de emissão desta
atividade e contribuir favoravelmente para a adequação ambiental do
Campus “Luiz de Queiroz” seria a busca por combustíveis mais limpos e
renováveis, tal como o biodiesel.
Atualmente o óleo de cozinha residual do restaurante universitário
(Rucas) está sendo enviado para o Campus de Ribeirão Preto visando a
produção de biodiesel (em julho foram enviados 250 litros e em novembro
300 litros).
Este resíduo poderia ser aproveitado no campus da ESALQ de duas
formas:
a) Produzir biodiesel para substituir parte do consumo de diesel pela frota
da ESALQ (visto que este combustível é o maior responsável pelas emissões
de CO2 da frota da ESALQ, conforme indicado no inventário realizado pelo
GT emissão de carbono); ou
b) Gerar energia, substituindo parte do consumo de energia elétrica da
ESALQ.
Ambas as alternativas são interessantes do ponto de vista ambiental,
já que por um lado irão aproveitar um resíduo que geralmente representa
um problema na sua disposição e, por outro, irão reduzir as emissões do
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 217
Campus (via substituição do diesel ou de possível energia térmica da rede
brasileira de transmissão).
Entretanto, a quantidade gerada no campus é pequena, insuficiente
para garantir a continuidade de qualquer uma das alternativas. Assim, é
necessário elaborar um programa de coleta de óleo de cozinha junto aos
alunos, funcionários e professores da ESALQ e, eventualmente junto à
comunidade piracicabana não ligada diretamente à ESALQ.
Como benefícios, portanto, podem ser listados:
- Redução das emissões de CO2 decorrentes do transporte do óleo de
cozinha para o campus de Ribeirão Preto;
- Redução das emissões de CO2 decorrentes da substituição de parte do
diesel utilizado na frota da ESALQ ou da redução da demanda de energia da
rede de transmissão;
- Aproveitamento e reutilização de resíduo com elevado potencial de
degradação do meio ambiente e normalmente disposto de maneira incorreta
nos aterros/lixões;
- Conscientização dos envolvidos a respeito da correta disposição do óleo de
cozinha;
Objetivos:
Ação 1: Estudar a viabilidade de captação de óleo de cozinha nos domicílios
e restaurantes da cidade de Piracicaba, no Restaurante Universitário, nas
Repúblicas, etc. para a produção de biodiesel no Campus e utilização nos
veículos a diesel pertencentes à ESALQ (“Programa de captação de óleo de
cozinha residual para transformação em biodiesel e utilização nos veículos
da ESALQ”). Mais especificamente:
- Quantificar Potencial de Geração de Biodiesel pela Usina do Campus;
- Estimar a quantidade mínima de óleo necessária para viabilizar o
programa;
- Definir detalhes e elaborar o programa (qual o público alvo, a forma
de coleta, a periodicidade etc).
Como meta, estabeleceu-se o desafio de tornar o programa uma realidade
em 12 meses a partir do início dos estudos.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 218
Cronograma de execução
Atividade Mês
1 a 2
Mês
3 a 8
Mês
9 a 11
Mês
12
Identificação da oferta mínima
de óleo necessária
X
Estudo de viabilidade da coleta
e implantação
X
Elaboração do programa X
Divulgação do programa e
conscientização do público alvo
X
Implantação do programa
Ordem de grandeza orçamentária
- 2 bolsas de estudo para graduandos no valor de R$ 300,00 durante
os 12 meses de pesquisa, totalizando R$ 7.200,00;
- Implantação de sistema de recebimento do óleo: estima-se por volta
de R$15.000,00, mas dependerá da definição do programa.
Possíveis parceiros e fontes de financiamento
Pólo de Biocombustível
Prefeitura de Piracicaba (Agenda 21 – Piracicaba 2010)
Restaurantes de Piracicaba (os quais poderiam ser primeiramente os
primeiros fornecedores de óleos)
Responsáveis
GT Emissão de Carbono
CCLQ
Departamento LAN
Correlação com outros GT’s.
Neste programa podem participar e colaborar os seguintes GTs:
- GT Resíduos;
- GT Educação e Percepção Ambiental; e
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 219
- GT Normatização (Diretrizes legais, parte de trâmites legais para a
adequação),
Estratégias de normatização e institucionalização
Na há.
2.5. FLUXOGRAMA – LINHAS BASES E CAPILARIDADES DO PLANO DIRETOR
Após a criação e desdobramento das diretrizes por cada Grupo de
Trabalho, o desafio foi construir a conexão e integração entre as diretrizes.
A Secretaria Executiva e Coordenação do Plano discutiram e construíram
diversos desenhos das inter-relações entre as diretrizes expostas ao Núcleo
Gestor pelos Grupos de Trabalho. O resultado deste exercício foi levado
para aprovação do Grupo de Trabalho pelo seu coordenador. A partir das
diversas sugestões surgidas do debate dentro dos Grupos de Trabalho
encontrou-se um “desenho” mais adequado para expressar as relações e
capilaridade entre as diretrizes.
A criação do fluxograma buscou facilitar a visualização e
ordenamento das relações entre as diretrizes, para isso seguiram-se alguns
passos:
– Ordenamento de todas as diretrizes (seqüencial);
– Criou-se uma linha de diretrizes bases, ou seja, as diretrizes que
independem de outras para acontecer e, que, no entanto podem ser
pré–requisitos ou acontecerem concomitantemente a outras diretrizes
bases ou não. As diretrizes não bases são denominadas como
diretrizes capilares.
Utiliza-se a denominação de capilaridade para demonstrar a
abrangência e a permeabilidade das diretrizes;
– A ligação entre as diretrizes bases e as capilares, que as necessitam
como pré-requisitos, é demonstrada através da seta unidirecional.
– As ligações concomitantes entre as diretrizes são demonstradas
através da seta dupla.
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 220
Como se pode observar no exemplo mostrado na Figura 50, as
diretrizes bases ocorrem concomitantes com a seta dupla e a diretriz base:
identificação, quantificação e recuperação de áreas com baixa aptidão
agrícola é pré-requisito (daí a seta unidirecional, no sentido da seqüência de
ação das diretrizes) da diretriz capilar: definição de critérios para a
utilização das áreas agrícolas do Campus “Luiz de Queiroz” e são também
concomitantes a diretriz base delimitação e recuperação das áreas de
preservação permanente.
FIGURA 50. Modelo de conexão das diretrizes.
Desta forma chegou-se ao desenho definitivo do fluxograma que é
apresentado na Figura 51. As diretrizes apresentam neste fluxograma cores
distintas de acordo com os Grupos de Trabalho que as criaram.
São elas:
Azul: Grupo de Trabalho Água
Vermelha: Grupo de Trabalho Resíduos
Preto: Grupo de Trabalho Solos
Rosa: Grupo de Trabalho Fauna com incorporação de uma diretriz do
Grupo de Trabalho solos
Roxo: Grupo deTrabalho Percepção e Educação Ambiental
Verde: Grupo de Trabalho Emissão de gases
PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” 221
Figura 51: Fluxograma
Como se pode observar nas diretrizes criadas, pelos Grupos de
Trabalho, grande parte delas possui caráter comum e, no entanto foram
elaboradas por Grupos de Trabalho distintos, isso mostra a sinergia e a
necessidade do Campus quanto ao seu planejamento socioambiental
integrado.
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 223
3α ETAPA
3. MODELO DE GESTÃO E FORMAS DE IMPLEMENTAÇÃO
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 224
3.1. INTRODUÇÃO
3.1.1 GESTÃO AMBIENTAL EM UNIVERSIDADES
As Universidades são os espaços naturais de geração de
conhecimento, através do ensino, pesquisa e extensão, além de ser
geradora de instrumentos de transformação da sociedade, de
desenvolvimento intelectual e promoção da liberdade de pensamentos. Esse
papel de enorme responsabilidade social que cabe a Universidade Pública,
leva consigo outra responsabilidade: a de contribuir para um
desenvolvimento sustentável, onde se considere também os aspectos
socioambientais. Sendo assim, a Universidade aparece com
responsabilidades próprias na difusão da questão socioambiental e na
contribuição de soluções para os conflitos existentes atualmente, visando a
melhoria nas relações humanas, na relação da sociedade com a natureza e
criando a gestão eficiente dos recursos que nos são proporcionados.
Essa etapa do Plano Diretor Socioambiental Participativo do Campus
“Luiz de Queiroz”, intitulada “Construção do Modelo de Gestão”, buscou
definir uma estrutura que integre o meio ambiente e a comunidade interna
nas esferas da Universidade, e que seja replicável em diferentes âmbitos da
sociedade. Por isso, o Plano dita suas ações não só visando a formação de
gestores, mas também introduzindo a participação coletiva (da
comunidade) nesta Gestão e na sua divulgação. Não é possível criar
mecanismos de educação socioambiental se não vierem reforçados por uma
coerente gestão dos aspectos socioambientais pelas instituições. Também
não funcionará uma Gestão desses aspectos sem fomentar a participação
ativa de toda a comunidade Universitária.
Atualmente existem algumas experiências de gestão ambiental em
ambiente universitário que devem ser destacadas: a Universidade do Vale
do Rio dos Sinos (UNISINOS), localizada no Rio Grande do Sul, foi a
primeira da América Latina a alcançar o certificado ISO 14001, que
determina critérios socioambientais a serem seguidos pela instituição. Este
resultado foi alcançado a partir da participação da comunidade nas etapas
que compõem tal processo e culminou na estruturação de um Sistema de
Gestão Ambiental que visa atuar no planejamento e implementação das
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 225
normas ISO. Outros exemplos são a Universidade Federal de São Carlos
(UFSCAR) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que possuem
Coordenadorias de Meio Ambiente, vinculadas diretamente às Reitorias das
Universidades, com programas nas temáticas de educação ambiental,
gerenciamento de resíduos e conservação de recursos. Existem ainda outros
modelos de gestão, como a Universidade Autônoma de Madrid que possui
uma Pró-Reitoria de Meio Ambiente que define políticas socioambientais
para a Universidade.
Internacionalmente, a cultura de planejamento das atividades
internas, do uso e manejo do solo, gerenciamento de resíduos, inventário
de emissão de gases, entre outras práticas, são freqüentes em instituições
de ensino em diversos países como Estados Unidos da América, Canadá,
Espanha, Argentina, entre outros. O estabelecimento de estruturas internas
aos Campi que trabalham diretamente na criação de políticas norteadoras
que sustentam ações socioambientais tornaram-se de fundamental
importância tanto para melhoria direta do meio ambiente e das relações
humanas como também no que diz respeito a visibilidade destas
instituições. O efeito multiplicador das propostas e práticas sustentáveis
dentro das universidades influencia a sociedade como um todo, nas mais
diversas áreas socioambientais.
No âmbito das Nações Unidas, algumas conferências, como a de
Estocolmo em 1972, a do Rio de Janeiro, vinte anos mais tarde e a de
Johanesburgo em 2002, produziram documentos e declarações de
compromisso com o desenvolvimento sustentável que foram assinadas por
diversas instituições de ensino superior no Brasil e no mundo. Entre os mais
importantes documentos elaborados destacam-se a Declaração de Talloires
(1990), de Halifax (1991), de Swansea (1993), de Kyoto (1993), Carta
Universitária para o Desenvolvimento Sustentável (1994), Declaração
Tessalónica (1997), de Luxemburgo (2001) e, mais recentemente, de
Ubuntu (2002). Mais uma iniciativa internacional nesse sentido ocorreu em
2000 quando a Associação Internacional das Universidades (IAU) junto a
UNESCO e outras instituições formaram a Parceria Global do Ensino
Superior para a Sustentabilidade (GHESP), com a finalidade de unir forças
para um maior empenho do ensino superior no processo de
desenvolvimento sustentável.
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 226
O modelo de Gestão Ambiental abrange a estrutura organizacional, as
atividades de planejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos,
processos e recursos para desenvolver, implementar, avaliar e aprimorar a
política ambiental das instituições (MAIMON, 1996). Assim, entende-se a
Gestão Ambiental nas universidades como sendo, em sua essência, a
adequação das instituições a uma nova realidade socioambiental. Não
somente em suas práticas administrativas, mas também na geração e
propagação do conhecimento.
E é no meio desse emaranhado de novas idéias, propostas e ações
que a pioneira iniciativa do Campus “Luiz de Queiroz” pretende estabelecer
um modelo de gestão ambiental para sua instituição. Esta iniciativa busca
das mais diversas formas adequar seu planejamento e administração aos
conceitos de sustentabilidade e formação superior, cumprindo sua missão e
sendo referência para outras instituições.
3.1.2 HISTÓRICO
O Plano Diretor Socioambiental Participativo do Campus “Luiz de
Queiroz” descreve, portanto, neste terceiro relatório, o seu Modelo de
Gestão e Formas de Implementação. As duas primeiras etapas foram,
respectivamente, a de “Diagnósticos” e a de “Elaboração das Diretrizes”.
Durante a primeira houve os trabalhos de identificação e levantamento das
diferentes desconformidades socioambientais presentes neste Campus. Os
resultados dos trabalhos foram apresentados e debatidos durante evento
público com participação da comunidade do campus e representantes de
órgãos da sociedade civil e militar que regulamentam e fiscalizam questões
ambientais no município de Piracicaba.
A segunda etapa criou diretrizes para a realização das ações e
atividades socioambientais propostas para o campus. Elas representam a
base para a criação de uma “política socioambiental” do campus que
determina os objetivos gerais e princípios básicos para o tratamento das
diversas questões envolvendo a sociedade e o ambiente. A criação das
diretrizes se deu com o envolvimento voluntário das pessoas, bem como
buscou fomentar a percepção e participação da comunidade interna e
externa para a execução das atividades. Nesta segunda etapa ainda,
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 227
desenvolveu-se um Fluxograma das Diretrizes, que possibilitou uma
visualização gráfica e suas interações, assim como a identificação daquelas
prioritárias, secundárias, e outras que podem ser executadas de forma
concomitante. O encerramento desta etapa se deu no evento “Planejamento
através de Planos Diretores Participativos em Ambientes Universitários”
ocorrido em setembro de 2007 com a presença de estudantes, professores
e dirigentes do Campus.
3.2. PROPOSTA DE MODELO DE GESTÃO PARA O CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ”
3.2.1. MODELO DE GESTÃO
O modelo de gestão ambiental da instituição envolve um conjunto de
princípios e fundamentos que visam o planejamento, a implementação, a
avaliação e melhoria contínua de sua política socioambiental. Estes
princípios e fundamentos, contudo, devem estar em consonância com a
legislação ambiental federal, estadual e municipal em vigor. Tal modelo,
assim, define a estrutura organizacional e administrativa responsável pela
gestão da política socioambiental.
O sucesso de um Modelo de Gestão Socioambiental da Universidade
está relacionado com a observância de 5 requisitos essenciais (CREIGHTON,
1998):
1-Entender o funcionamento da Instituição, os seus atores, e o processo de
tomada de decisão.
2-Obter o comprometimento institucional e a demonstração de apoio para
ações ambientais, articulados através de uma política socioambiental e da
elaboração de um protocolo – declaração pública da política ambiental -
com as intenções da universidade e os meios que serão utilizados para se
alcançar os objetivos.
3-Estruturar uma Comissão de Planejamento Ambiental da Instituição ou
Comissões específicas menores.
4-Identificar e fortalecer as lideranças locais.
5-Entender os princípios básicos da proteção e gestão ambiental.
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 228
Esta terceira etapa do Plano Diretor Socioambiental Participativo do
Campus “Luiz de Queiroz” buscou estruturar o Modelo de Gestão que irá
criar os mecanismos necessários para enraizar as diretrizes estabelecidas
em etapas anteriores, bem como gerir as estratégias do Plano Diretor na
sua implementação, avaliação e monitoramento. O Plano também definirá
uma ordem lógica para execução das ações previamente identificadas, a
estrutura básica das comissões de trabalho e suas relações com demais
grupos envolvidos com a adequação e conservação dos recursos naturais no
Campus.
O objetivo pretendido com este modelo de gestão é solucionar os
problemas socioambientais do Campus e criar medidas preventivas que
permeiem o ensino, a pesquisa e a extensão.
Porém, a criação dentro de um Ambiente Universitário, de uma
estrutura dinâmica de trabalho que compatibilize os interesses da
Instituição com as demandas socioambientais é o desafio da criação deste
Modelo de Gestão. Para isso, é necessária uma ampla participação dos mais
diversos segmentos presentes em nossa realidade universitária (dirigentes
do Campus, docentes, discentes e funcionários) nas tomadas de decisão
que permeiem o Plano Diretor Socioambiental.
Pretende-se, então, com este modelo, apresentar uma forma viável
de se implantar a estrutura organizacional de Meio Ambiente no Campus,
responsável por dinamizar as demandas socioambientais, além de articular
a execução das diretrizes propostas pelo Plano.
3.2.2. A CONSTRUÇÃO DO MODELO DE GESTÃO
Para a criação do modelo de gestão deste plano foram buscadas
outras experiências com a gestão de Planos Diretores. Verificou-se que essa
experiência era mais comum em municípios, sendo o Instituto Pólis
referência nestes processos. Contatou-se assim a Prof. Dra. Gisela Cunha
Viana Leonelli, especialista em construção de Planos Diretores Municipais,
para a realização de uma oficina junto à comunidade do Campus. Nesta
oficina, foram apresentadas e discutidas algumas questões que deveriam
nortear a criação de um desenho que alcançasse os objetivos propostos, e
isso incluía, entre outros, o como, o onde e de que forma será enraizada a
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 229
estrutura de gestão do Plano Diretor Socioambiental Participativo no
Campus “Luiz de Queiroz”.
Definidas as bases de gestão do Plano Diretor, o seu Núcleo Gestor
buscou definir a estrutura organizacional, a composição e o funcionamento
do modelo de gestão ambiental para o campus “Luiz de Queiroz”. Para esta
definição, foram realizados encontros que promoveram o debate entre
todos os interessados com a estruturação do Plano Diretor. Foram feitas
reuniões com os administradores das unidades do campus, já que estes
possuem maior experiência sobre a estrutura e o funcionamento
institucional. Após diversos debates com a comunidade foram elaboradas
algumas possibilidades para o organograma administrativo do Plano Diretor,
e foram considerados os seguintes critérios:
� Constituir uma estrutura que permeie todas as unidades do Campus;
� Viabilizar espaços de participação democráticos e representativos;
� Obter o comprometimento institucional e o apoio para ações
socioambientais.
Todos os cenários discutidos foram posteriormente apresentados para
os dirigentes das quatro unidades do campus o que resultou na decisão de
incluir tal organograma à estrutura administrativa da Coordenadoria do
Campus. Esta escolha foi motivada por se tratar de uma unidade que
atende pelas questões estruturais e logísticas do Campus que permeia as
demais unidades locais.
Para que o Plano seja institucionalizado, sugeriu-se, então, a criação
de uma estrutura deliberativa no campus, responsável por centralizar e
deliberar sobre os projetos e propostas voltadas à temática socioambiental.
Esta estrutura atuará em conjunto com grupos técnicos assessores do
Conselho Gestor do Campus, com representações técnicas ligadas à
temática socioambiental das unidades locais.
Neste sentido haverá necessidade de apoio para formação de um
serviço de meio ambiente para que este Plano seja efetivado de forma
piloto no campus “Luiz de Queiroz” e para que se possa desenvolver o
processo de ensino-aprendizagem com coerência, tornando a universidade
um modelo de gestão socioambiental para comunidade.
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 230
3.2.3 BASES PARA A GESTÃO DO PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ”
De forma didática, apresenta-se a seguir as perguntas norteadoras
seguidas de respostas que estabelecem as bases para a gestão do Plano
Diretor Socioambiental Participativo do Campus “Luiz de Queiroz”.
Quem aprova o Plano Diretor Socioambiental Participativo do
Campus?
A aprovação do Plano Diretor acontecerá no Conselho Gestor do
Campus sendo referendado pelo Conselho Técnico Administrativo e
Congregação da ESALQ. Esses órgãos colegiados dizem respeito às
instâncias máximas de deliberação dentro do Campus e, portanto, a
aprovação e pactuação nesses órgãos são de fundamental importância para
a efetiva e correta implantação e perpetuação das atividades propostas. É
importante ressaltar que as ações socioambientais relativas ao Campus
devem permear todas as suas unidades (ESALQ, CENA, CIAGRI e CCLQ)
com a finalidade de articular, com consistência, atividades relativas ao meio
físico e educacional.
Como será feita a divulgação?
A divulgação das ações do Plano Diretor ocorre por meio de
atividades públicas e também pela produção de materiais
educomunicativos. Entre essas atividades, seminários, fóruns temáticos,
encontros, palestras, correio eletrônico da assessoria de comunicação do
campus, cartilhas, artigos nos meios de comunicação local, entre outros,
serão utilizadas visando alcançar grande parte da comunidade do Campus.
As ações desenvolvidas e apontadas pelo Plano Diretor necessitam de
ampla participação e envolvimento das pessoas para sua efetivação. Por
isso é de enorme importância a criação e utilização de canais de
comunicação que atinjam a todos os usuários do Campus “Luiz de Queiroz”.
Quem irá implementar o Plano Diretor Socioambiental
Participativo do Campus e quais serão as suas atribuições?
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 231
O Conselho Gestor do Campus (CG) através da criação de uma
Comissão Assessora de Meio Ambiente. O CG irá criar e estruturar junto a
seu organograma uma Comissão que será responsável por gerir e deliberar
sobre as demandas socioambientais do Campus. E também definir
prioridades através das quais serão executados os projetos advindos das
diretrizes apontadas neste Plano.
Para otimizar a gestão ambiental do Campus é importante que esta
Comissão congregue as atividades dos demais grupos assessores em
questões ambientais existentes hoje e que tenha caráter permanente no
organograma da CCLQ. É incumbência do Conselho Gestor do Campus
compor um grupo de trabalho que elaborará o regimento de funcionamento
e composição da Comissão Assessora de Meio Ambiente. A implementação
desta Comissão permeará todas as Unidades do Campus através de seus
representantes.
A relação desta comissão com as unidades de ensino e pesquisa
(ESALQ e CENA) deverá contemplar a ambientalização curricular dos cursos
de graduação e pós-graduação. Isso significa inserir na grade curricular, na
sala de aula, nas pesquisas, nas atividades de extensão o debate e a
reflexão referentes à resolução de problemas socioambientais do campus.
Como será a composição da Comissão Assessora de Meio
Ambiente e qual será seu caráter?
A Comissão Assessora de Meio Ambiente será constituída por:
representantes dos funcionários docentes e não docentes, discentes da
graduação e pós-graduação, de todas as unidades do Campus. A intenção é
democratizar os espaços de discussão e ramificar as decisões para as
diferentes esferas que compõem o Campus. Para garantir a efetividade
sugere-se que os membros tenham atuação em pesquisas e atividades de
extensão compatíveis com as necessidades da Comissão Assessora de Meio
Ambiente.
Esta comissão terá o caráter deliberativo. A participação ficará
restrita para os representantes acima apontados, ficando o caráter
deliberativo como principal característica desta comissão.
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 232
Com quais recursos será implementado e executado o Plano
Diretor?
Inicialmente, com recursos orçamentários das próprias unidades do
Campus e de financiamentos externos através de projetos e parcerias com
instituições públicas, privadas e não-governamentais. A Comissão e demais
grupos de apoio, indispensáveis para a concretização das ações, devem
dispor de recursos permanentes destinados a cobrir custos administrativos.
Os projetos específicos podem e devem buscar financiamentos externos
para a sua execução.
Quem irá gerenciar o Plano Diretor?
O gerenciamento do Plano Diretor deverá contar com uma estrutura
física própria para a realização das suas atividades, além da necessidade da
contratação de um Gestor Ambiental. A figura do Gestor Ambiental do
Campus será importante para gerenciar todas as demandas e necessidades
socioambientais do Campus, além de articular e encaminhar à Comissão
Assessora de Meio Ambiente os diferentes processos ligados a essa
temática. Este profissional contratado também executará ações e projetos
referentes às diretrizes estabelecidas neste Plano Diretor deliberados pela
Comissão Assessora de Meio Ambiente.
Esta estrutura gerencial deverá contar também com o apoio de uma
secretária, responsável pela administração e organização desta estrutura. A
contratação de estagiários será desejável para o apoio das atividades
gerenciais.
Quem irá monitorar o Plano Diretor?
O monitoramento das ações estabelecidas pelo Plano Diretor deverá
ocorrer em diferentes escalas. A primeira diz respeito ao monitoramento de
diretrizes específicas. Neste caso, os grupos que executaram determinada
diretriz devem utilizar os indicadores de sustentabilidade estabelecidos
neste Plano Diretor (ver item 5 deste documento). Numa segunda escala,
mais ampla, caberá à futura Comissão Assessora de Meio Ambiente revisar
periodicamente o Plano Diretor e o cumprimento das suas diretrizes.
Quais serão os canais de participação?
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 233
As discussões serão feitas, em primeira instância, pela própria
Comissão e demais grupos de apoio, e em segunda instância, pela
comunidade através dos eventos internos anuais, que terão formato de
audiência pública, onde os resultados serão expostos e debatidos.
A fundamental participação da comunidade ocorrerá, portanto,
através da execução de projetos de pesquisa pelos próprios alunos, grupos
de extensão e de pesquisa, funcionários e professores participantes dos
Grupos Técnicos (vide Organograma Proposto no item 2.4). Outras formas
de participação serão as já mencionadas discussões nos eventos públicos
anuais e nos seminários de acompanhamento. Serão utilizados ainda todos
meios de divulgação que se mostrarem necessários para facilitar a
participação da comunidade nas atividades do Plano Diretor.
Quando haverá revisão?
A sugestão de revisão do Plano Diretor é de quatro anos, coincidindo
com final do mandato do Coordenador do Campus. Esse período justifica-se
pelo fato que ao final de cada gestão, todos os dados previamente
levantados serão re-avaliados e atualizados, criando-se novas diretrizes a
serem executadas em um novo mandato. Esse intervalo de tempo mostra-
se suficiente tanto para a execução de diversas ações como para o
amadurecimento das estruturas criadas para a gestão do Plano.
3.2.4. O ORGANOGRAMA PROPOSTO
O Plano Diretor Socioambiental sugere a criação de uma estrutura de
gestão que delibere e execute a política socioambiental do campus definida
e descrita neste documento. Espera-se que esta estrutura permita a
implementação das diretrizes do Plano Diretor e realize o monitoramento e
avaliação das mesmas. A revisão periódica do Plano Diretor Socioambiental
será de responsabilidade desta estrutura organizacional. Outras demandas
socioambientais que surgirem e não estejam contempladas dentro do Plano
Diretor Socioambiental também serão analisadas por esta estrutura.
A estrutura de gestão sugerida pelo Plano Diretor pode ser observada
na Figura 52. Espera-se, desta forma, implementar o modelo de gestão
mais adequado, que garanta a inserção do Plano Diretor Socioambiental no
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 234
organograma do Campus, seu enraizamento junto à pesquisa, ensino e
extensão, cultivando seu caráter participativo e dinâmico.
FIGURA 52. Proposta de Modelo de Gestão do Plano Diretor Socioambiental.
GT = Grupo Técnico.
COMISSÃO ASSESSORA DE MEIO AMBIENTE
ESALQ/CENA/CIAGRI/CCLQ
ESTRUTURA DE GESTÃO: GESTOR SOCIOAMBIENTAL, SECRETARIA E ESTAGIÁRIOS
GT ÁGUAS
GT RESÍDUOS/ EMISSÃO DE GASES
GT USO DO SOLO/FAUNA
GT EDUCAÇÃO E NORMATIZAÇÃO
GRUPOS DE ESTÁGIO, EXTENSÃO E PESQUISA LIGADOS AS TEMÁTICAS DO PLANO
COMISSÃO DE ÉTICA
AMBIENTAL (ESALQ-CENA)
CONSELHO GESTOR DO
CAMPUS ”LUIZ DE QUEIROZ”
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 235
3.3. INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE PARA O CAMPUS “LUIZ
DE QUEIROZ”
Indicadores de desenvolvimento sustentável são parâmetros que
servem para o monitoramento da sustentabilidade de um modelo de
desenvolvimento adotado (MALHEIROS 2000). No Campus “Luiz de
Queiroz”, os indicadores foram construídos com a finalidade de fornecer à
comunidade um conjunto de informações que possibilitem avaliar e
monitorar as políticas definidas pelo Plano Diretor Socioambiental. Os
indicadores constituem-se como ferramentas institucionais que permitem
avaliar o progresso das políticas definidas, sendo de fundamental
importância para acompanhar de forma transparente o desenvolvimento do
Plano Diretor Socioambiental dentro do Campus.
O processo de construção dos indicadores foi iniciado com a
realização de uma oficina ministrada pelo Prof. Dr. Tadeu Malheiros (Escola
de Engenharia de São Carlos – EESC/USP), pesquisador e referência na
área de elaboração de indicadores de sustentabilidade. A oficina
denominada “Construção de Indicadores de Sustentabilidade” ocorreu no
próprio Campus “Luiz de Queiroz” e teve a presença dos diversos
participantes das etapas anteriores.
Além do embasamento teórico-prático para a construção participativa
dos indicadores, esta oficina aberta teve também papel importante na
difusão da idéia e dos processos de construção de indicadores para os
grupos de estágio, professores e dirigentes do Campus que participaram. A
partir desta oficina foi possível estabelecer parâmetros para a elaboração
dos indicadores do Plano Diretor Socioambiental.
Para a elaboração e sistematização dos indicadores de
sustentabilidade foi padronizado um roteiro para a coleta dos dados. A
partir das diretrizes, já elaboradas em etapas anteriores, cada Grupo de
Trabalho construiu os respectivos indicadores. Devido à abrangência do
Plano Diretor os indicadores de sustentabilidade foram divididos em duas
classes:
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 236
� Indicadores Macro: Referentes à mensuração das ações de
sustentabilidade no âmbito institucional procurando mensurar o
comprometimento da instituição com o Plano Diretor Socioambiental;
� Indicadores Micro: Elaborados para mensurar a implementação das
diretrizes específicas criadas pelos Grupos de Trabalho.
A seguir apresentam-se todos os indicadores macro e micro do Plano
Diretor Socioambiental. Recomenda-se a utilização destes indicadores
conforme a priorização definida na implementação das diretrizes. Nem
todos os indicadores de sustentabilidade serão mensurados ao mesmo
tempo.
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 237
3.3.1 INDICADORES MACROS
N° 1 - Indicadores Macros
Título do Indicador
� % de diretrizes “Uso do solo” cumpridas � % de diretrizes “Resíduos” cumpridas � % de diretrizes “Percepção e Educação
Ambiental” cumpridas � % de diretrizes “Fauna” cumpridas � % de diretrizes “Água” cumpridas � % de diretrizes “Emissão de GEEs”
cumpridas � % de diretrizes “Normatização, Auditoria
e Certificação” cumpridas
Atributos Desempenho do Plano Diretor
Objetivo/Descrição
Verificar o cumprimento das diretrizes propostas no Plano Diretor bem como a evolução das ações empreendidas por este. Por meio deste indicador poderão ser analisados o desempenho e a gestão do Plano Diretor, além de captar outros dados e sinais, como por exemplo: insuficiência de recursos humanos e financeiros; problemas de gestão do Plano Diretor; falta de comprometimento da alta direção; inviabilidade de diretrizes estabelecidas;
Método de cálculo
Calcula-se através do número de diretrizes propostas e número de diretrizes cumpridas totalmente no tempo previsto no cronograma apresentado no relatório da 2ª etapa do Plano Diretor.
Unidade de Medida Percentagem (%) Periodicidade Anual.
Fontes de dados Levantamento do andamento dos projetos referentes as diretrizes do Plano Diretor Socioambiental .
Situação atual Não há dados. Relevância do indicador Alta relevância. Indicador principal.
Comentários
Exemplo de cálculo: no ano de 2010 está previsto o cumprimento total de 3 diretrizes, mas só foi cumprida 1 totalmente e 2 parcialmente, então o indicador será 33% das diretrizes cumpridas. Assim, pode se analisar o porquê do não cumprimento das outras diretrizes propostas para o período.
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 238
N° 2 - Indicadores Macros
Título do Indicador Número de pessoas envolvidas diretamente no Plano Diretor Socioambiental
Atributos Participação
Objetivo/Descrição
Este indicador tem a finalidade de verificar o número de pessoas que se envolvem diretamente com as atividades do Plano Diretor Socioambiental indicando, por exemplo, a quantidade de pessoas que a gestão do Plano é capaz de mobilizar.
Método de cálculo Calcula-se através do número de pessoas que realizam atividades pelo Plano Diretor Socioambiental.
Unidade de Medida Unidade Periodicidade Anual.
Fontes de dados Atas do grupo gestor do Plano Diretor e dos demais grupos envolvidos no desenvolvimento de ações.
Situação atual Não há dados. Relevância do indicador Média relevância. Indicador secundário. Comentários
N° 3 - Indicadores Macros
Título do Indicador Percentual da comunidade do campus que possuem conhecimento do Plano Diretor
Atributos Enraizamento
Objetivo/Descrição
Verificar se os usuários do campus conhecem o Plano Diretor Socioambiental Este indicador pode apontar se as ações Plano Diretor Socioambiental estão sendo percebidas pela comunidade.
Método de cálculo A ser pesquisado qual é a melhor metodologia. Unidade de Medida % Periodicidade Bianual Fontes de dados Questionário realizado com a comunidade.
Situação atual Verificar dados no diagnóstico do Plano Diretor Socioambiental.
Relevância do indicador Média relevância. Indicador secundário.
Comentários Este indicador possui algumas dificuldades para medir o grau de conhecimento.
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 239
N° 4 - Indicadores Macros
Título do Indicador Número de consultas sobre Plano Diretor Socioambiental
Atributos Participação
Objetivo/Descrição
Verificar a quantidade de consultas como sugestões, reclamações, dúvidas e outras feitas para a gestão do Plano Diretor Socioambiental. Este indicador demonstra o envolvimento e interesse dos usuários do campus pelo Plano.
Método de cálculo Quantificação das consultas realizadas Unidade de Medida Unidade Periodicidade Anual Fontes de dados Telefonemas, site, consulta no local. Situação atual Não há dados. Relevância do indicador Baixa relevância. Indicador secundário. Comentários
N° 5 - Indicadores Macros
Título do Indicador Investimento financeiro no Plano Diretor Socioambiental
Atributos Desempenho
Objetivo/Descrição Acompanhar o aporte de recursos financeiros para o desenvolvimento das atividades propostas.
Método de cálculo Quantificar os recursos destinados Unidade de Medida Unidade Periodicidade Anual Fontes de dados Demonstrativos financeiros. Situação atual Não há dados. Relevância do indicador Alta relevância. Indicador principal. Comentários
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 240
N° 7 – Indicadores Macros
Título do Indicador Porcentagem de fornecedores e prestadores de serviço com certificação ambiental
Atributos Enraizamento
Objetivo/Descrição
Verificar a preocupação do setor de compras com critérios ambientais. Este indicador apontará se a temática ambiental está sendo internalizada pela alta direção atingindo o compromisso com compras sustentáveis.
Método de cálculo Quantidade de compras com critérios ambientais sobre o total de compras.
Unidade de Medida % Periodicidade Anual
Fontes de dados Levantamento junto à seção de compras e processos licitatórios.
Situação atual Não há dados. Relevância do indicador Alta relevância. Indicador principal.
Comentários
Este indicador possui como limitação não ser possível mensurar fornecedores que apesar de ter uma boa conduta ambiental não possuem certificação.
N° 6 - Indicadores Macros
Título do Indicador Número de publicações sobre o Plano Diretor Socioambiental
Atributos Enraizamento
Objetivo/Descrição Verificar a pesquisa gerada e a divulgação das experiências geradas a partir do Plano Diretor Socioambiental
Método de cálculo Quantificar o número de publicações Unidade de Medida Unidade Periodicidade Anual
Fontes de dados Imprensa (interna e externa) e meio digital, teses, dissertações, simpósios, seminários, congressos etc.
Situação atual Não há dados. Relevância do indicador Baixa relevância. Indicador secundário. Comentários
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 241
N° 8 – Indicadores Macros
Título do Indicador Número de não-conformidades legais registradas
Atributos Eficácia do Plano Diretor
Objetivo/Descrição Verificar se o campus está se adequando ambientalmente, cumprindo todas as conformidades legais.
Método de cálculo Quantidade de não-conformidades legais registradas
Unidade de Medida Unidade Periodicidade Bianual
Fontes de dados Departamento jurídico (multas, penalidades e termos de ajustamento de conduta atribuídas ao campus).
Situação atual Não há dados. Relevância do indicador Alta relevância. Indicador principal. Comentários
N° 9 - Indicadores Macros
Título do Indicador Porcentagem de teses de mestrado e doutorado relacionadas à temática socioambiental do campus
Atributos Enraizamento
Objetivo/Descrição Verificar se a temática socioambiental está sendo inserida na pesquisa produzida na universidade.
Método de cálculo Porcentagem de publicações com a temática socioambiental do total de publicações produzidas.
Unidade de Medida % Periodicidade Bianual
Fontes de dados Bibliotecas do campus. Base Dedalus e/ou Banco de Teses.
Situação atual Não há dados. Relevância do indicador Alta relevância. Indicador principal. Comentários
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 242
3.3.2 INDICADORES MICROS
3.3.2.1 INDICADORES GT USO DO SOLO
Nome do indicador ÍNDICE DE ADEQUAÇÃO DO USO DO SOLO
Descrição, Relevância e pertinência do indicador
Esse índice buscará estabelecer uma relação entre a aptidão agrícola do solo com o seu respectivo uso agrícola, e através dessa gerar um indicador que permita uma rápida idéia do quanto o uso do solo do campus está respeitando as limitações do solo. É de extrema importância que as diferentes áreas do campus tenham um uso condizente com as condições do solo.
Fórmula e variáveis que compõem o indicador
Será feita uma análise cruzando os mapas de capacidade de uso do solo e o mapa de uso atual do solo. Com base nisso será possível averiguar se o uso do solo está condizente com a capacidade de suporte do solo. O índice tanto poderá ser expresso na forma temática para cada sub-região do campus quanto poderá ser expresso em um formato generalista, abrangendo toda a região do campus em apenas um número. Variáveis i) Aptidão do solo e ii) uso atual do solo
Fonte e Disponibilidade de dados
Os dados serão obtidos do mapa de capacidade de Uso do solo já realizado no ano de 2008 e do mapa de uso do solo o qual foi realizado no ano de 2007 e deverá ser realizado periodicamente em intervalos de 3 anos. Base de dados já disponível.
Tendências, limites e desafios
O indicador transformará em números as análises interpretativas que em muitos casos apresentam um alto grau de subjetividade. O desafio é reduzir esse alto grau de subjetividade do índice
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 243
Nome do indicador
RETENÇÃO DE SEDIMENTOS PELA MATA CILIAR METODOLOGIA 1: CONTAGEM E MEDIÇÃO DAS LÍNGUAS DE SEDIMENTOS
Descrição, Relevância e pertinência do indicador
Quantificar os sedimentos desprendidos do solo que ultrapassam a mata ciliar e atingem o recurso hídrico em questão. A chegada de sedimentos causa o assoreamento dos recursos hídricos.
Fórmula e variáveis que compõem o indicador
Uma vez por ano deverão ser percorridas as margens do recurso hídrico para uma contagem e medição das línguas de sedimento depositadas. Essa quantificação abastecerá um banco de dados com informações posteriores, podendo relacionar a quantidade de sedimentos depositada a cada ano. Variáveis: Existência, largura e comprimento das línguas de sedimento medidas uma vez por ano.
Fonte e Disponibilidade de dados
Medição e contagem das línguas uma vez por ano. Banco de dados e eventuais mapas de erosão do campus.
Tendências, limites e desafios
Analise qualitativa dos sedimentos. O sedimento pode estar contaminado com produtos químicos. Esta analise pode ocorrer em uma etapa posterior.
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 244
Nome do indicador RETENÇÃO DE SEDIMENTOS PELA MATA CILIAR METODOLOGIA 2: RETENÇÃO PELA MATA CILIAR.
Descrição, Relevância e pertinência do indicador
Quantificar os sedimentos desprendidos do solo que ficam retidos na mata ciliar. A chegada de sedimentos causa o assoreamento dos recursos hídricos.
Fórmula e variáveis que compõem o indicador
Encontrar dentro da mata ciliar as árvores com maior diâmetro ou com raízes áreas tubulares. Sedimento X Ano. Variável: Volume da coluna de sedimentos retidos pela árvore ou pela raiz
Fonte e Disponibilidade de dados
Medição do volume da coluna de sedimentos uma vez por ano. Ficarão disponíveis em Gráficos de quantidade de sedimentos por ano.
Tendências, limites e desafios
Análise qualitativa dos sedimentos. Qualificação do sedimento. O sedimento pode estar contaminado com produtos químicos. Esta analise pode ocorrer em uma etapa posterior.
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 245
Nome do indicador
CRITÉRIOS PARA USO E DEVOLUÇÃO DA ÁREA UTILIZADA
Descrição, Relevância e pertinência do indicador
Será elaborado um formulário que contemple as atuais condições da área e as condições que esta deverá ser devolvida de acordo com o tipo de uso que terá. Almejando que se devolva da melhor forma possível a área após seu uso. O espaço físico do campus é limitado por isso a manutenção da qualidade das áreas de experimento se faz necessária.
Fórmula e variáveis que compõem o indicador
As averiguações serão feitas através da checagem no campo das condições da área, com base no formulário preenchido; análises físicas e químicas do solo quando necessária. Variável: Cada área terá um determinado formulário de acordo com o seu uso, que será preenchido ao final da utilização.
Fonte e Disponibilidade de dados
Formulário preenchido e mapas da área. Banco de dados e eventuais mapas de erosão do campus.
Tendências, limites e desafios
As avaliações de degradação após o uso serão superficiais ao menos que haja um maior investimento em pesquisa. Analise qualitativa dos sedimentos.
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 246
3.3.3.2 INDICADORES GT ÁGUA
Nome do indicador TRATAMENTO DE ÁGUA NO CAMPUS
Descrição, Relevância e pertinência do indicador
O indicador servirá como ferramenta para avaliar se o tratamento de água está sendo eficiente e otimizado em termos de recursos, atendendo à Portaria 518 do Ministério da Saúde, que versa sobre potabilidade de água.
Fórmula e variáveis que compõem o indicador
Parâmetros da Portaria 518 do Ministério da Saúde.
Fonte dos dados e Disponibilidade de dados
Análise dos periódicos realizados pela Coordenadoria do Campus, de acordo com a Portaria 518, do Ministério da Saúde, que por lei devem estar disponíveis após interpretação pelos técnicos da Coordenadoria.
Tendências, limites e desafios
Aumentar o fluxo dos dados de informações entre a Coordenadoria do Campus e os grupos ambientais internos que se utilizam destes dados para avaliar as condições socioambientais do Campus. - Divulgação dos dados.
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 247
Nome do indicador TRATAMENTO DE EFLUENTES NO CAMPUS
Descrição, Relevância e pertinência do indicador
Indica o destino dos efluentes gerados no Campus. O indicador servirá como ferramenta para avaliar se o tratamento de efluentes é eficiente.
Fórmula e variáveis que compõem o indicador
De acordo com a Tabela 10 da resolução 357 do CONAMA.
Fonte e Disponibilidade de dados
Monitoramento realizado pela Coordenadoria do Campus. Os dados devem estar disponíveis após interpretação pelos técnicos da Coordenadoria do Campus.
Tendência, limites e desafios
Necessidade de um maior fluxo de informações entre a Coordenadoria do Campus e os grupos ambientais internos que se utilizam destes dados para avaliar as condições socioambientais do Campus; Divulgação dos dados; Avaliação dos parâmetros é realizada em determinado momento, não acontecendo a todo instante. Assim, as características avaliadas podem mudar rapidamente.
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 248
Nome do indicador
SITUAÇÃO DA QUALIDADE AMBIENTAL DOS CORPOS DE ÁGUA DO CAMPUS
Descrição, Relevância e pertinência do indicador
Indica a situação da qualidade ambiental das águas superficiais e nascentes (não inclui as águas tratadas), sua caracterização temporal, condição atual e sustentabilidade.
Fórmula e variáveis que compõem o indicador
Para avaliar esse indicador, há inúmeros parâmetros de qualidade e quantidade de água, tais como: vazão, pH, oxigênio dissolvido etc. As variáveis que compõem o indicador são aquelas incluídas na resolução CONAMA-357.
Fonte e Disponibilidade de dados
Levantamentos e monitoramentos temporais efetuados por empresas externas, pelo grupo GEPURA e pelo Laboratório de Ecologia Isotópica do CENA. Os dados devem estar plenamente disponíveis em formato eletrônico e físico, com anuência dos responsáveis.
Tendências, limites e desafios
Necessidade um maior fluxo de informações entre a Coordenadoria do Campus e outras fontes geradoras de dados e os grupos ambientais internos que se utilizam destes dados para avaliar as condições socioambientais do Campus; Divulgação dos dados.
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 249
Nome do indicador USO DA ÁGUA NO CAMPUS
Descrição, Relevância e pertinência do indicador
Avalia uso da água em edificações e no meio rural do Campus. Indica o uso racional da água nas diferentes atividades realizadas no Campus.
Fórmula e variáveis que compõem o indicador
Equacionar adequadamente o consumo de água em função das atividades. Instalação e leitura periódica de hidrômetros e realização de campanhas de uso eficiente da água.
Fonte e Disponibilidade de dados
A partir da leitura de consumo pelos hidrômetros Os dados devem estar plenamente disponíveis em formato eletrônico e físico, com anuência dos responsáveis.
Tendências, limites e desafios
Assegurar a instalação e leitura dos hidrômetros e sistematização em um banco de dados. Necessidade um maior fluxo de informações entre a Coordenadoria do Campus e outras fontes geradoras de dados e os grupos ambientais internos que se utilizam destes dados para avaliar as condições socioambientais do Campus.
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 250
3.3.3.3 INDICADORES GT PERCEPÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Nome do indicador
ÍNDICE DE AÇÕES E/ OU ATIVIDADES SOCIOAMBIENTAIS DESENVOLVIDAS ANUALMENTE NO CAMPUS LUIZ DE QUEIROZ
Descrição, Relevância e pertinência do indicador
Quantidade de atividades socioambientais promovidas por atores socioambientais no campus, não necessariamente voltadas ao âmbito interno, para identificar as ações e os articuladores socioambientais no campus.
Fórmula e variáveis que compõem o indicador
Nº. de atividades socioambientais/ pelo nº. total de atividades do Campus. Variáveis: atividades como eventos, palestras, workshops, oficinas, debates, simpósios e fóruns.
Fonte e Disponibilidade de dados
Questionários de levantamento e Serviço de Cultura e Extensão.
Tendências, limites e desafios
Acesso e sistematização da informação Inserção da classificação do evento no formulário SCEx.
Nome do indicador QUANTIDADE DE DISCIPLINAS QUE ABORDAM A TEMÁTICA SOCIOAMBIENTA
Descrição, Relevância e pertinência do indicador
Mensura como está o envolvimento das disciplinas do campus com relação à temática socioambiental.
Fórmula e variáveis que compõem o indicador
No. de disciplinas que envolvem a questão socioambiental/ total de disciplinas ministradas. Tanto para a graduação quanto para a pós-graduação. Variáveis: No. de disciplinas que tem referencia ambiental no título No. total de disciplinas que tem abordagem socioambiental na ementa No. total de disciplinas
Fonte e Disponibilidade de dados
FÊNIX – sistemas de disciplinas da pós e JUPITER – sistemas de disciplinas da graduação Seções de graduação e de pós-graduação. Os dados devem estar plenamente disponíveis em formato eletrônico
Tendências, limites e desafios
Sistematização dos dados e preenchimento de banco de dados, que poderá ser realizada em parceria com as disciplinas de educação ambiental como trabalhos de curso a serem desenvolvidos por estudantes.
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 251
Nome do indicador
QUANTIDADE DE ATIVIDADES REALIZADAS DE FORMA ARTICULADA OU CONJUNTA ENTRE OS GRUPOS AMBIENTAIS DO CAMPUS
Descrição, Relevância e pertinência do indicador
Verifica como está a articulação e implementação de atividades realizadas de forma compartilhada, para otimizar esforços e agir de forma organizada no Campus, conforme proposta do Plano Diretor Socioambiental do Campus (ex: Semana Integrada do Meio Ambiente).
Fórmula e variáveis que compõem o indicador
Somatória do no. de atividades realizadas conjuntamente entre os grupos socioambientais do campus. Variáveis: No. de atividades por ano; No. de grupos socioambientais que estão realizando trabalhos em parceria.
Fonte e Disponibilidade de dados
Arquivos de relatórios anuais dos grupos socioambientais do campus, Site da ESALQ/ACOM; Comissão de Cultura e Extensão da ESALQ.
Tendências, limites e desafios
Receber, analisar e sistematizar relatórios dos grupos socioambientais do campus; Estabelecer parâmetros para sistematização e classificação das informações. Solicitação de dados junto ao Serviço de Cultura e Extensão e aos grupos socioambientais do campus.
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 252
3.3.3.4 INDICADORES GT NORMATIZAÇÃO AMBIENTAL E CERTIFICAÇÃO
Nome do indicador ÍNDICE DE ADESÃO À CERTIFICAÇÕES DE GESTÃO
Descrição, Relevância e pertinência do indicador
Quantifica qual foi o aumento no número de certificações, relativas à gestão, conquistadas no campus “Luiz de Queiroz” em determinado período. O aumento no número total de certificações, principalmente as de gestão ambiental e/ou laboratorial, obtidas no campus demonstra maior preocupação ambiental e busca pela adequação de seus sistemas, estando de acordo com a sustentabilidade almejada.
Fórmula e variáveis que compõem o indicador
Análise comparativa percentual em relação ao ultimo período avaliado: [(Nb/Na) -1] x 100 Variáveis: Na = número de certificações obtidas no ano anterior Nb = número de certificações obtidas no ano avaliado
Fonte e Disponibilidade de dados
Dados obtidos através da CRQ, da CCLQ e outros grupos de extensão. Informações de cada departamento obtidas on-line. Questionários aplicados diretamente, caso não seja possível das demais formas. Não há ainda a centralização de tais dados, existindo apenas um levantamento amostral realizado pelo GT-NAC. Desta forma, estão plenamente acessíveis, porém incompletos.
Tendências, limites e desafios
O maior desafio será a obtenção dos dados, pois hoje não há, ainda, a centralização dos mesmos. Faz-se necessário que se crie uma rotina por parte dos departamentos, para que os mesmos repassem as informações sobre a conquista de novas certificações à CRQ e/ou ao GT-NAC, ficando estes incumbidos pela centralização dos dados. E a tendência é que, posteriormente a essa centralização, se elabore um indicador que avalie a efetividade no cumprimento de tais requisitos.
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 253
3.3.3.5 INDICADORES GT FAUNA
Nome do indicador
PADRÃO DE DIVERSIDADE E ABUNDÂNCIA DE VERTEBRADOS E INVERTEBRADOS DO CAMPUS
Descrição, Relevância e pertinência do indicador
Através da riqueza e abundância (número de indivíduos) podemos avaliar os possíveis efeitos das alterações realizadas no Campus, positiva ou negativamente. Todas as ações realizadas, no que tange ao uso e ocupação da terra do campus, tem reflexos direto e indiretos na fauna, principalmente os relacionados a vegetação (adequação ambiental do campus).
Fórmula e variáveis que compõem o indicador
Através da abundância, freqüência de ocorrência e riqueza é que poderemos avaliar a situação da fauna no campus. Variáveis: Abundância: número de indivíduos capturados (essa variável pode ser utilizada apenas em trabalhos onde os animais sejam capturados e marcados para evitar sub ou superestimação. Freqüência de ocorrência: número de vezes que determinada espécie passou por determinado local. Riqueza de espécie: número de espécies capturadas.
Fonte e Disponibilidade de dados
Contagem dos animais e das espécies através de métodos de captura e indiretos. Os dados podem ser disponibilizados ao público, desde que os mesmo já tenham sido publicados em alguma fonte científica.
Tendências, limites e desafios
Necessário um conhecimento prévio dos métodos e das espécies. É imprescindível que o campus possua um banco de dados on- line onde todos os participantes do plano diretor possam ter acesso.
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 254
Nome do indicador CONTROLE DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ”
Descrição, Relevância e pertinência do indicador
Entende-se por controle medidas que levem a redução do abandono de animais domésticos no campus; a castração dos animais que estão no campus (principalmente cães e gatos) e o incentivo à posse responsável desses animais.
Fórmula e variáveis que compõem o indicador
No. de animais abandonados por ano; No. de animais que foram castrados pelo programa; No. de animais que foram doados. Fórmulas: No. de animais abandonados – no. de animais doados; No. de animais abandonados – no. de animas castrados. % da redução do abandono= No. de animais abandonados anos/No. total de animais que já se encontram no campus * 100
Fonte e Disponibilidade de dados
Contagem dos animais e abandonados e levados ao galpão (gatil do campus); Fonte: Comissão contra o abandono de animais, da Coordenadoria do Campus; Zoonoses e SPPA (Sociedade Piracicabana de Proteção aos animais).
Tendências, limites e desafios
Conseguir contar todos os animais (pois, muitos são ariscos cães e gatos).
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 255
3.3.3.6 INDICADORES GT RESÍDUOS
Nome do indicador
MECANISMOS DE ARTICULAÇÃO INSTITUCIONAL PARA A GESTÃO DE RESÍDUOS (LOGÍSTICA NA GESTÃO).
Descrição, Relevância e pertinência do indicador
Pretende-se com este indicador verificar o nível de comprometimento das unidades do Campus e as formas de articulação e comunicação entre os Setores, serviços e departamentos, laboratórios para a resolução de problemas ambientais, distribuição de recursos, priorização de metas, entre outros. De grande relevância política e institucional para o enfrentamento de problemas ambientais e definição de prioridades.
Fórmula e variáveis que compõem o indicador
Quantidade de recursos investidos / Número de ações efetuadas de forma integrada. Eficácia das atividades integradas (% de setores e unidades atendidas) Variáveis: Quantidade de ações desenvolvidas de forma integrada entre os demais setores e departamentos. Procedimentos administrativos estabelecidos para a temática de resíduos. Recursos comprometidos com a temática socioambiental. Abordagem de temas socioambientais nas reuniões das instâncias decisórias do campus.
Fonte e Disponibilidade de dados
Memórias de reuniões de: Conselho de departamento, CTA, Congregação, Conselho Gestor do Campus. Setores Administrativos das unidades.
Tendências, limites e desafios
Instituir mecanismos de articulação de gestão de resíduos, institucionalizá-los e ramificar aos demais setores e departamentos. Dividir responsabilidades sobre as questões referentes à gestão de resíduos com todas as organizações do Campus. A inserção de procedimentos permanentes e periódicos quanto ao fornecimento de informações pelas demais organizações existentes no campus (setores, departamentos, etc.). Dificuldade de integrar as organizações do Campus devido a diversidades existentes e o porte da unidade ESALQ, em relação às outras unidades.
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 256
Nome do indicador
ADOÇÃO DE PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PARA A GESTÃO DE RESÍDUOS NAS UNIDADES DO CAMPUS
Descrição, Relevância e pertinência do indicador
Pretende-se com este indicador verificar a existência de procedimentos operacionais e adoção dos mesmos pelas unidades e demais departamentos e setores para a gestão de resíduos gerados e de que forma estão sendo adotados.
Fórmula e variáveis que compõem o indicador
Número de resíduos gerados / Número de procedimentos adotados para destinação correta de resíduos. Variáveis: Quantidade procedimentos operacionais voltados à temática de resíduos. A adoção e padronização desses procedimentos. Escala que atribua a qualidade para o cumprimento dos mesmos. Investimento das unidades, departamentos, setores do Campus e projetos de pesquisa para a pesquisa e desenvolvimento de procedimentos relacionados à gestão de resíduos.
Fonte e Disponibilidade de dados
Nos Programas Banco de dados Secretaria de Departamento Disponibilização de fácil acesso para toda a comunidade interna e externa.
Tendências, limites e desafios
Fazer com que as unidades e demais departamentos e setores do Campus criem adotem procedimentos para o gerenciamento de seus resíduos gerados. Padronização dos procedimentos e a forma e periodicidade eles estão sendo registrados e desenvolvidos. Mecanismos de cobrança para a adoção dos procedimentos. Manutenção de um banco de dados e divulgação. Solicitação de uma forma incisiva para os demais e setores e departamentos para a adoção e aplicação de procedimentos operacionais e que os mesmos sejam devidamente documentados e de fácil acesso.
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 257
3.3.3.7 INDICADORES GT EMISSÃO DE CARBONO
Nome do indicador COMPENSAÇÃO DAS EMISSÕES POR APPS E REMANESCENTES FLORESTAIS
Descrição, Relevância e Pertinência
Quantificação da recuperação das APPs e remanescentes do Campus “Luiz de Queiroz” com o fim de avaliar o sequestro de GEEs a partir de sumidouros florestais
Alcance que mede o indicador
Capacidade do plano em atingir a recomposição florestal através de estímulos como o seqüestro de Carbono
Fórmula e variáveis
A partir de metodologias oficiais (UNFCCC/MCT). Escala: - quantos ha de APP estão reflorestados? – 1 - qual a meta de recomposição florestal para o Campus?- 2 - quantos grupos, estudantes, professores, estão envolvidos com esse processo?– 3
Fonte dos dados Levantamento das áreas através de georeferenciamento / contato com grupos de estágio relacionados
Disponibilidade de dados
Dependerá da disponibilidade de resultados por pesquisas de georeferenciamento no Campus Não são contempladas mudanças quanto a processos produtivos e de transporte no Campus
Tendências, limites e desafios
Núcleo Gestor do Plano Diretor deverá solicitar esses dados junto aos responsáveis por levantamento georreferenciado no Campus
Tendência e desafios
Sistematização das informações; Atualização do banco de dados. Cooperação para coleta sistemática das informações.
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 258
Nome do indicador
PORCENTAGEM DE BIODIESEL UTILIZADO NAS FROTAS DE VEÍCULOS DA ESALQ/ CCLQ/ USUÁRIOS
Descrição, Relevância e pertinência do indicador
Quantificação da utilização de biodiesel em frotas oficiais do Campus (ESALQ e) e também da frota de usuários (frota flutuante) Avaliar a sensibilização da comunidade quanto à importância a utilização de combustíveis renováveis.
Fórmula e variáveis que compõem o indicador
A partir de metodologias oficiais (UNFCCC/MCT). Variáveis: - Litros consumidos mensalmente de diesel? – 1 - Litros consumidos mensalmente de biodiesel?- 2 - Avaliação sobre a satisfação do usuário – 3
Fonte e Disponibilidade dos dados
Grupo Gestor do Plano Diretor deverá solicitar esses dados junto aos responsáveis no Campus e elaborar, aplicar e avaliar os resultados dos questionários.
Tendências, limites e desafios
Sistematização das informações; Atualização do banco de dados. Cooperação para coleta sistemática das informações. A origem do combustível nem o incentivo a produção interna serão avaliados.
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 259
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Os Principais Sucessos
A preservação da autonomia dos grupos de trabalhos temáticos
envolvidos foi de fundamental importância para a manutenção das relações
horizontais de participação e também para tomada de decisão estabelecida
no início das atividades do Plano Diretor Socioambiental. Esta autonomia foi
limitada apenas por prazos e padrões mínimos de funcionamento,
estabelecidos nas reuniões mensais do Núcleo Gestor.
Além da autonomia, a busca por um Plano cada vez mais participativo
e cuidadoso no acolhimento de pessoas e grupos fez parte das etapas de
construção do Plano Diretor Socioambiental. Houve no processo um
acréscimo no número de participantes (diretos e indiretos), o que mostra
que há uma consciência socioambiental sendo criada pouco a pouco em
alguns setores internos ao Campus. Já existem disciplinas que utilizam a
proposta do Plano Diretor, de pensar e planejar o Campus como forma
prática de se entender conceitos desenvolvidos em salas de aula.
O reconhecimento do Plano Diretor Socioambiental por outros campi
da USP criou uma expectativa que este modelo possa ser utilizado também
em outras localidades. O Plano também está sendo publicado em eventos
nacionais e internacionais sobre gestão ambiental em Universidades.
Outro forte ganho foi o momento de planejamento da USP, que a
levou a inserir na sua pauta questões voltadas a sustentabilidade
socioambiental, embora ainda não tenhamos dimensão sobre o nível de
profundidade destas discussões e planos.
Os Principais Desafios
As principais dificuldades encontradas para se concretizar o Plano se
centram na necessidade de participação efetiva e continuada da
comunidade. Além da dificuldade de articulação de pessoas e grupos, um
plano participativo sugere que as decisões devem ser pensadas e discutidas
por todos aqueles, funcionários, professores e alunos, que estejam
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 260
participando da construção do processo, o que muitas vezes é visto como
um entrave à agilidade na tomada de decisões.
A construção do Plano dentro de um ambiente universitário permitiu
a utilização de diversas metodologias. Metodologias estas que nem sempre
existiam e que foram desenvolvidas junto aos trabalhos de construção do
Plano Diretor Socioambiental. Desta forma, os diversos Grupos de Trabalho
tiveram a tarefa de utilizar e/ou desenvolver metodologias próprias para o
diagnóstico, a definição das diretrizes e indicadores de sustentabilidade para
os diversos problemas socioambientais do campus.
Um dos grandes desafios foi demonstrar por meio das diretrizes e do
próprio fluxograma das diretrizes a necessidade de ações integradas e o
quanto o trabalho dos Grupos envolvidos tornou-se interdependente. Tendo
esta integração como premissa parte-se agora para a próxima fase, onde o
desafio será articular todo o trabalho realizado nas etapas precedentes
numa estratégia de gestão para o Plano Diretor Socioambiental visando a
sua implementação no campus e sua inserção no organograma das distintas
unidades que compõem o campus.
Acredita-se que quando as pessoas auxiliam na elaboração do
processo, compartilham das dificuldades e êxitos, estão exercitando o
compromisso e a incorporação do mesmo. Por isso, o objetivo é tornar este
plano de todos e é neste intuito que a sua elaboração vem sendo efetivada
por tantas mãos.
Sustentabilidade do Plano
O Plano Diretor Socioambiental será entregue as instâncias
administrativas e articuladoras do campus para que, finalmente, se inicie de
forma consistente a implementação dos projetos que serão elaborados a
partir dos diagnósticos e das diretrizes. A força deste plano está
exatamente na confrontação e no acolhimento de idéias e na produção
conjunta de ciência e soluções práticas para os problemas socioambientais
locais, principalmente por se tratar de um plano diretor em universidade e
por sua potencialidade em se tornar referência para outras instituições.
Espera-se, portanto, que este Plano Diretor Socioambiental que teve
a sua criação motivada pelos graves problemas socioambientais gerados
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 261
pelas atividades de ensino, pesquisa e extensão ao longo dos anos, se torne
uma ferramenta eficiente na prevenção e resolução dos problemas
socioambientais do Campus Luiz de Queiroz.
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 262
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 263
AMBIENTE BRASIL – Ambiente resíduos. Apresenta classificação do lixo. Disponível em: <http://www.ambientebrasil.com.br> Acesso em 10 fev. 2005. AMBIENTE BRASIL – Ambiente resíduos. Apresenta código de cores e Resolução CONAMA 275. Disponível em: <http://www.ambientebrasil.com.br> Acesso em 10 fev. 2005.
AMBIENTE BRASIL – Ambiente resíduos. Apresenta texto sobre pilhas e baterias e artigos em destaque nas Resoluções CONAMA 257 e 263. Disponível em: <http://www.ambientebrasil.com.br> Acesso em 10 fev. 2005.
AMBIENTE BRASIL – Ambiente resíduos. Apresenta texto sobre coleta e disposição do lixo. Disponível em: <http://www.ambientebrasil.com.br> Acesso em 10 fev. 2005.
AMBIENTE BRASIL – Ambiente resíduos. Apresenta texto sobre resíduos orgânicos. Disponível em: <http://www.ambientebrasil.com.br> Acesso em 10 fev. 2005.
ASSOCIAÇÃO REGIONAL DE ENGENHEIROS E ARQUITETOS DA REGIÃO DE TUBARÃO-SC (AREA-TB). Reciclar é Preciso. Disponível em: <http://www.reciclarepreciso.hpg.ig.com.br/pilhasbaterias.htm>. Acesso em 10 dez. 2004.
BARBIN, H. S. Estudo das transformações na conformação dos maciços arbóreo-arbustivos do Parque da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”- Universidade de São Paulo, através de fotografias aéreas verticais e levantamentos florísticos de épocas distintas. Piracicaba, 1999. 94p. Dissertação (Mestrado) – Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo.
BARLETT, P. F.; CHASE, G. W. Sustainability on Campus. Stories and Strategies for Chance. Massachusetts. Institute of Technology. London, England. 2004. 32 p.
BERNARDES, C. T. Lâmpadas Fluorescentes Contêm Vapor de Mercúrio. Portal Lixo. Disponível em:< http://www.lixo.com.br/fluorescentes.htm >. Acesso 30 jan.2005.
BLAKE, J.C.; KARR, J.R. Breeding birds of isolated woodlots: area and habitat relationships. Ecology, v.68, n.6, p.1724-1734, 1987.
BRASIL. MINISTÉRIO DA CIÊNCIA TECNOLOGIA. Emissões de GEE por Fontes Móveis, no Setor Energético. 2002. Disponível em: www.mct.gov.br/clima.
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 264
BRASIL. MINISTÉRIO DA CIÊNCIA TECNOLOGIA. Primeiro Inventário Brasileiro de Emissões Antrópicas de GEE: Emissões de Metano na Pecuária. 2002. Disponível em:< www.mct.gov.br/clima>.
BUTLER, J.R.A.; DU TOIT, J.T.; BINGHAM, J. Free-ranging domestic dogs (Canis familiaris) as predators and prey in rural Zimbabwe: threats of competition and disease to large wild carnivores. Biological Conservation, v.115, p.369-378, 2004.
CAMPOS, C. B. Impacto de cães (Canis familiaris) e gatos (Felis catus) errantes sobre a fauna silvestre em ambiente peri-urbano. Piracicaba, S.P., 2004. 55p. Dissertação (M.S.) – Universidade de São Paulo.
CARVALHO, C. T. Mamíferos dos parques e reservas de São Paulo. Silvicultura. São Paulo, v.13/14, 1979/1980.
CEPARA – CENTRO DE PESQUISA PARA O APROVEITAMENTO DE RESÍDUOS AGROINDUSTRIAIS. Informações sobre o grupo de estágio CEPARA. Disponível em: <www.ciagri.usp.br/~svcex/cepara.htm> Acesso em 25 agostos 2005.
CHEIGHTON, S. H. Greening the Ivory Tower: Improving the Environment Track Records of Universities, Colleges ond other Institutions. MIT Press. London. 2001. 339 p
COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANENEAMENTO AMBIENTAL (CETESB). Disposição de Pneus em Aterros. Disponível em: <http://www.cetesb.sp.gov.br/Solo/residuos/pneus.asp>. Acesso em 06 jan. 2005.
COUTO, Alcino P., CÉU, F., CARVALHO, P. G.; M., MATOS. Universidade e transdisciplinaridade na transição para a sustentabilidade: Uma análise exploratória. C. Wulf e B Newton (eds.), Desarrollo Sostenible, Waxmann Verlag, Berlin; pp. 101-119. 2006.
EDWARDS, G. P.; PREU, N. de; CREALY, I. V.; SHAKESHAFT, B. J. Habitat selection by feral cats and dingoes in a semi-arid woodland environment in central Austrália. Austral Ecology, v.27, p.26-31, 2002.
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. Rio de Janeiro, 1999. 412p.
ESALQ/LCB/LERF. Programa de Adequação Ambiental do Campus “Luiz de Queiroz”. 50p. 2001.
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 265
ESALQ/LCB/LERF/GADE. Relatório de Andamento do Programa de Adequação Ambiental do Campus “Luiz de Queiroz”. (SMA. 76.673/03 – n° 120/2002). 37p. 2005.
ESALQ/LCF. Plano diretor da microbacia do córrego Monte Olimpo. 10p. 1996
ESALQ/LCF/GFMO. Relatório técnico operacional da implantação do módulo A da microbacia do córrego Monte Olimpo. 12p. 1997.
ESALQ/LCF/GFMO. Mapeamento da microbacia do Monte Olimpo - ESALQ/USP - com GPS geodésico para fins de revisão do plano diretor. 23p. 2004.
ESALQ/LSO. Mapa de Solos da ESALQ. Memorial descritivo. 96p. 2004.
FEITOSA, Alessandra Esperini. Monitoramento da Qualidade da Água do Ribeirão Piracicamirim. Relatório FAPESP – IC. 2006.
GENUÁRIO, Diego Bonaldo; MARQUES, Karla Nishiyama; CAMARGO, Plínio Barbosa; FOLEGATTI, Marcos Vinicius; FIORE, Marli de Fátima Qualidade da água do Reservatório do Campus ‘Luiz de Queiroz’.2005.
GHELER-COSTA, C.; VERDADE, LUCIANO M.; ALMEIDA, A. F. de. Mamíferos não-voadores do campus "Luiz de Queiroz", Universidade de São Paulo, Piracicaba, Brasil. Revista Brasileira de Zoologia São Paulo, p. 19, supl. 2, p. 203-214, 2002.
GODOY, Thais Gorga Avaliação de Parâmetros Físico-Químicos no Ribeirão Piracicamirim com o Intuito de Constatar a Eficiência do Tratamento de Esgoto Instalado nesta Bacia. Relatório FAPESP – IC.. 2004.
INSTITUTO BRASILEIRO DE ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL (IBAM). Manual de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos. SEDU, 2001.
INSTITUTO BRASILEIRO DE ESTATISTICA E GEOGRAFIA. Dados sobre disposição final do lixo. Disponível: em <http://www.ibge.gov.br> Acesso em 23 de ago. 2005.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Manual técnico da vegetação brasileira. Rio de Janeiro,1992. n.1
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS. Lei Federal 7802/89, disposição de embalagens de agrotóxicos. Disponível em: <http://www.ibamapr.hpg.ig.com.br/780289leiF.htm> Acesso em 25 ago. 2005.
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 266
INSTITUTO DE ESTUDOS DA RELIGIÃO (ISER) /MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE O que os brasileiros pensam de biodiversidade. Pesquisa de opinião pública disponível no site www.iser.org.br. 2006.
INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS (IPT), COMPROMISSO EMPRESARIAL PARA A RECICLAGEM (CEMPRE). Manual de Gerenciamento Integrado “Lixo Municipal”. 2003.
KRAEMER, M. E. P. A Universidade do século XXI rumo ao desenvolvimento sustentável. Numa - Núcleo de Meio Ambiente, Belém - PA, 2006.
LABORATÓRIO DE ECOLOGIA E RESTAURAÇAO FLORESTAL. Souza, M. F. A. Informações sobre o grupo de estágio GADE. Disponível em: <http://www.lerf.esalq.usp.br/divulgacao/GADE.pdf> Acesso em 25 de ago. 2005
MAIMON, D. Passaporte Verde – Gestão Ambiental e Competitividade. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1996. 122 p.
MALHEIROS, T. F.; ASSUNÇÃO J. V. Indicadores Ambientais Para O Desenvolvimento Sustentável: Um Estudo De Caso De Indicadores Da Qualidade Do Ar. Apresentado em: Congresso Interamericano de Ingeniería Sanitaria y Ambiental, 27, Porto Alegre, 3-8 dic. 2000
MANUAL DE DESTINAÇÃO FINAL DE EMBALAGENS VAZIAS DE PRODUTOS FITOSSANITÁRIOS. Paula Vaz Miranda Gerassi. Apresentam informações sobre procedimentos para destino final das embalagens. Disponível em: <http://www.cepis.ops-oms.org/muwww/fulltext/resipeli/destinac/destinac.html> Acesso em 23 mar. 2005.
MARINHO-FILHO J.; Os mamíferos da Serra do Japi. In: MORELLATO, L.P.C.. História natural da Serra do Japi. Ecologia e preservação de uma área florestal no sudeste do Brasil. Campinas: Editora da Unicamp; FAPESP, 1992. cap. 2, p. 264-286.
MATTHEWS, Hugh.; Culture, environmental experience and environmental awareness: making sense of young Kenyan children’s view of place. Geographical Journal, v.161, n.3, pp.285-295, 1995.
McDONOUGH, W; BRAUNGART, M. Cradle to Cradle: Remaking the Way We Make Things. North Point Press. New York. 2002. 195 p.
MEMBERS. TRIPOD. As lâmpadas fluorescentes. Processo de Reciclagem de Lâmpadas. Disponível em <http://members.tripod.com/alkimia/lampadas.htm> Acesso em 07 jan. 2005.
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 267
MERLEAU-PONTY, M. Fenomenologia da percepção. Trad. de Reginaldo de Pietro. São Paulo: Freitas Bastos, 1971.
METZGER, J.P.; DECAMPS, H. The structural connectivity threshold: An hypothesis in conservation biology at the landscape scale. Acta Oecologica. 18 (1): 1-12. 1997.
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE (MMA). Resoluções CONAMA. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/cgmi/institu/pesquisas/pesquisas.cfm>. Acesso em: 10 dez. 2004.
MONTEIRO FILHO, E.L.A. Os mamíferos de Santa Genebra. In: MORELLATO, P.C.; LEITÃO FILHO, H.F. (Org.). Ecologia e preservação de uma floresta tropical urbana: Reserva de Santa Genebra. Campinas: Editora Unicamp, 1995. p.86-92.
MORELLATO, P.C.; LEITÃO FILHO, H.F. Ecologia e preservação de uma floresta tropical urbana. Reserva de Santa Genebra. Campinas: Editora da Unicamp, 1995. 136p.
MOYSES, Lúcia M. O desafio de saber ensinar. 3ª edição. Campinas/SP: Papirus, 1994.
Neto, J. C. M.. Gestão de resíduos de construção civil no Brasil. Revista Construção Mercado. São Carlos, Editora Rima, 2205.162p.
NOGUEIRA, Amélia Regina Batista. Mapa mental: recurso didático para o estudo do lugar In: PONTUSCHKA, Nídia Nacib. Geografia em Perspectiva. São Paulo: Contexto, 2002.
NORMA BRASILEIRA (NBR) – NBR 10.004/87. Apresenta classificação dos resíduos sólidos. Disponível em: <http://www.bolsaderesiduos.org.br/normas_01.htm> Acesso em: 10 dez. 2004.
OLIVEIRA, Lívia de & RIO. Vicente del (Org) Percepção ambiental. A experiência brasileira. São Paulo: Studio Nobel, 1999.
ORR, D. W. Earth in Mind: on Education, Environment and the Human Prospect. First Island Press. EUA. 2004. 146 p.
PALLAMIN, V. Forma e percepção: considerações a partir de Maurice Merleau-Ponty. São Paulo: FAU/USP, 1996.
PINTO, Jair S.S. Impacto da otimização dos parâmetros operacionais das estações de tratamento de água ETAI e ETAII na produção de lodo, nos custos e na qualidade da água. 2005.
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 268
PROGRAMA USP RECICLA. Apresenta informações sobre o programa e materiais recicláveis. Disponível em <[email protected]> Acesso em 20 fev. 2005.
REVISTA FAE BUSINESS – Centro Universitário de Curitiba. Gallo, Z. et al. Informações sobre aterro Sanitário Pau Queimado do município de Piracicaba. Disponível em: <http://www.fae.edu/publicacoes/pdf/revista_da_fae/rev_fae_v8_n1/rev_fae_v8_n1_04.pdf> Acesso em 30 ago. 2005.
ROLNIK, R.; PINHEIRO, O. M (Org.). Plano Diretor Participativo - guia para a elaboração pelos municípios e cidadãos. 2. ed. Brasília: Ministério das Cidades : Confea, 2005. v. 1. 160 p.
SEEMANN, Jörn. Mapas e mapeamentos como Geografia Cultural em ação: Convite à discussão. Anais XIII. Encontro Nacional de Geógrafos. João Pessoa, 2002. CD-Rom.
SPAROVEK, G. Avaliação das terras do campus “Luiz de Queiroz”: aspectos físicos, capacidade de uso, uso da terra, adequação de uso e aptidão. Piracicaba: ESALQ, Departamento de Solos (folheto), 1993. 40p.
SETZER, J. Contribuição para o estudo do clima do Estado de São Paulo. D.E.R. São Paulo. 1946, 237p. (separata), 9 a 11.
TALAMONI, S.A. Dinâmica populacional de Akodon cursor (Winge 1887) e Oryzomys nigripes (Olfers 1818) ( Rodentia: Cricetidae) em habitat de mata mesófila semidecídua, no município de São Carlos (SP, Brasil). São Carlos, 1990. 77p. Dissertação (Mestrado)-Departamento de Biologia, Universidade Federal de São Carlos.
TAVARES, Glauco A. Gestão de Água e Energia no CENA/USP: Implantação de uma unidade produtora de água desionizada empregando resinas de troca-iônica. 2004.
TUAN, Yi –Fu. Topofilia, um estudo da percepção, atividades e valores do meio ambiente. São Paulo: Difel, 288 p.1980.
VIANA, V.M.; TABANEZ, A.A.J.;MARTINS, J.L.A. Restauração e manejo de framentos florestais. In: Congresso Nacional sobre Essências Nativas, 2. São Paulo, 1992. Anais. São Paulo: Instituto Florestal de São Paulo, p.400-407. 1992.
VIEIRA, C. Roedores e lagomorfos do Estado de São Paulo. Arquivos Zoológicos de São Paulo, v.8, p.129-169, 1953.
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 269
VIEIRA, C. Xenartros e marsupiais do Estado de São Paulo. Arquivos Zoológicos de São Paulo, v.7, p.325-362, 1950.
VINÍCIUS, M. Dinâmica de populações, variação sazonal de nichos e seleção de microbacias numa comunidade de roedores de cerrado brasileiro. Campinas, 1989. 96p. Dissertação (Mestrado)- Universidade de Campinas.
ZAKIA, Maria José Brito. Estudo Hidráulico e Hidrológico na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – Regularização de Travessias.. 2004.
ZAKIA, Maria José Brito. Estudo Hidráulico e Hidrológico na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – Regularização de Captação Superficial.. 2004.
ZAKIA, Maria José Brito. Estudo Hidráulico e Hidrológico na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – Regularização de Captação Superficial.. 2005.
ZAKIA, Maria José Brito. Estudo Hidráulico e Hidrológico na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – Regularização de Barramentos.. 2004.
PAGINAS DE REDE NA INTERNET
O.R.C.B.S. Chemical Safety. Disponível em: < http://www.orcbs.msu.edu/chemical/chem_toc.htm>.
EPA - United States Environmental Protection Agency. Disponível em: <http://www.epa.gov/>
MSDS Search. Disponível em: <http://www.msdssearch.com/>.
Instituto de Ciências e Tecnologia de Resíduos e Desenvolvimento Sustentável. Disponível em: <http://www.ictr.org.br/ictr/>.
Laboratório de Resíduos Químicos do IQSC/USP. Disponível em: <http://www.sc.usp.br/residuos/>.
Programa de Gerenciamento de Resíduos da UNICAMP. Disponível em: <http://www.cgu.unicamp.br/residuos/>.
Laboratório de Resíduos da Prefeitura do campus de Ribeirão Preto da USP. Disponível em: <http://www.pcarp.usp.br/lrq/>.
Instituto de Química de USP. Disponível em: <http://www2.iq.usp.br/iqrecicla/links.html>.
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 270
CETESB. Resíduos Sólidos Industriais. São Paulo, Brasil, 1992. Disponível em: <http://www.cetesb.sp.gov.br/Solo/residuos/industriais.asp>.
Revista Meio Ambiente Industrial. Disponível em: <http://www.datasesmt.com.br/meioamb/>.
Revista Saneamento Ambiental. Disponível em: <http://www.signuseditora.com.br>.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS E TÉCNICAS. Disponível em: <http://www.abnt.org.br>
Tecnoambiental. Disponível em: <http://www.tecnoambiental.com.br>.
Projeto PiraCena. CENA/USP. Disponível em: <www.cena.usp.br/piracena>.
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 271
2009 PIRACICABA / SP
CADERNO 2 - ANEXOS PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL DO CAMPUS
“LUIZ DE QUEIROZ”
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 272
EQUIPE
COORDENAÇÃO GERAL
Prof. Dr. Miguel Cooper
SECRETARIA EXECUTIVA
Ana Maria de Meira
Carla Gheler Costa
Gislaine Cipriano
Joyce Brandão
Paulo Georges Zein Lattari
Pedro Gandolfo Soares
Ricardo Rettmann
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 273
GRUPOS DE TRABALHO (GT) DO NÚCLEO GESTOR
GT USO DO SOLO
Coordenação
Prof. Dr. Miguel Cooper – LSO/ESALQ/USP
Prof. Dr. Ricardo Ribeiro Rodrigues – LCB/ESALQ/USP
GT RESÍDUOS
Coordenação
Ana Maria de Meira – Programa USP-Recicla
Alba Valéria Masetto
GT PERCEPÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Coordenação
Profª. Drª. Carmem Lúcia Rodrigues – LCF/ESALQ/USP
Solange do Couto Souza – DVATCOM/CCLQ/USP
GT EMISSÃO DE CARBONO
Coordenação
Daniela Bacchi Bartholomeu – CEPEA/LES/ESALQ/USP
Prof.ª Silvia Helena Galvão de Miranda – CEPEA/LES/ESALQ/USP
GT FAUNA
Coordenação
Prof. Dr. Luciano Martins Verdade - LZT/ESALQ/USP
Dra. Carla Gheler Costa – LZT/ESALQ/USP
Membro
Silvia Lourenço– LZT/ESALQ/ USP
GT ÁGUAS
Coordenação
Prof. Dr. Marcos Vinícius Folegatti – LER/ESALQ/USP
Prof. Dr. Plínio Barbosa de Camargo – LEI/CENA/USP
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 274
SUMÁRIO
1. ANEXOS - GT RESÍDUOS ...................................................................... 275
1.1. ANEXO – CONCEITOS E CLASSIFICAÇÕES ....................................... 275
1.2. ANEXO – LEGISLAÇÕES PERTINENTES PARA CADA RESÍDUO .......... 276
1.3 ANEXO - RELATÓRIOS NA ÍNTEGRA ENVIADOS PELOS GRUPOS
ENVOLVIDOS NO GT ............................................................................ 281
1.3.1 RELATÓRIO DO LEVANTAMENTO DOS RESÍDUOS GERADOS NO
CENA/USP Agosto – 2006 ................................................................. 281
1.3.2 – ANEXO - RELATÓRIO DE RESÍDUOS ORGÂNICOS ................... 288
1.3.3. ANEXO - RELATÓRIO DE RESÍDUOS ORGÂNICOS ..................... 292
1.3.4. ANEXO – RESULTADOS DAS PESAGENS RESÍDUOS SÓLIDOS
DOMILIARES (PAPEL E DEMAIS RECICLÁVEIS E FICHAS UTILIZADAS
PARA DIAGNÓSTICOS) ...................................................................... 299
1.3.5. ANEXO – RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL ........................... 302
1.4. ANEXO – PRODUÇÃO CIENTÍFICA .................................................. 305
2. ANEXOS GT PERCEPÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL ............................ 308
2.1. ANEXO - QUESTIONÁRIO APLICADO .............................................. 308
2.2. ANEXO - RELATÓRIOS DAS DIVERSAS CATEGORIAS ....................... 316
3. ANEXO – ROTEIRO PARA DIRETRIZES ................................................. 407
4. ANEXO - OFICINA DE CONSTRUÇÃO DE INDICADORES ....................... 408
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 275
1. ANEXOS - GT RESÍDUOS 1.1. ANEXO – CONCEITOS E CLASSIFICAÇÕES
RESÍDUOS SÓLIDOS Os resíduos sólidos são representados por materiais descartados por
algumas atividades humanas. Eles podem ser divididos de acordo com a sua origem ou segundo seu potencial de contaminação. ORIGEM Lixo Doméstico: é aquele produzido nas residências. Compreende papel, jornais velhos, embalagens de plástico e papelão, vidros, latas e resíduos orgânicos, como restos de alimentos, trapos, folhas de plantas ornamentais e outros. Lixo Comercial e Industrial: é aquele produzido em estabelecimentos comerciais e industriais, variando de acordo com a natureza da atividade. Lixo Público: são os resíduos de varrição, capina, raspagem, entre outros, provenientes dos logradouros públicos (ruas e praças), bem como móveis velhos, galhos grandes, aparelhos de cerâmica, entulhos de obras e outros materiais inúteis, deixados pela população, indevidamente, nas ruas ou retirados das residências através de serviço de remoção especial. Lixo de Fontes Especiais: é aquele que, em função de determinadas características peculiares que apresenta, passa a merecer cuidados especiais em seu acondicionamento, manipulação e disposição final, como é o caso de alguns resíduos industriais, do lixo hospitalar e do radioativo. POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO (SEGUNDO A NORMA TÉCNICA NBR 10.004) Classe 1 - Resíduos Perigosos: são os que apresentam periculosidade ou uma das seguintes características - inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxidade ou patogenicidade. Classe 2A - Resíduos Não Inertes: são os que podem ter propriedades tais como combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade em água. Os resíduos domésticos são exemplo dessa classe. Classe 2B - Resíduos Inertes: são aqueles que submetidos a um contato estático ou dinâmico com a água destilada ou deionizada, à temperatura ambiente, não têm nenhum de seus componentes solubilizados em concentrações superiores aos padrões de potabilidade da água.
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 276
1.2. ANEXO – LEGISLAÇÕES PERTINENTES PARA CADA RESÍDUO Pilhas e Baterias- Resoluções CONAMA 257/99 e 263/99 Art. 1º - As pilhas e baterias que contenham em suas composições chumbo, cádmio, mercúrio e seus compostos, destinadas a quaisquer tipos de aparelhos, veículos ou sistemas, móveis ou fixos, que as requeiram para o seu pleno funcionamento, bem como os produtos eletroeletrônicos que as contenham integradas em sua estrutura de forma não substituível deverão, após o seu esgotamento energético, ser entregues pelos usuários aos estabelecimentos que as comercializam ou à rede de assistência técnica autorizada pelas respectivas indústrias, para repasse aos fabricantes ou importadores, para que estes adotem, diretamente ou através de terceiros, os procedimentos de reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final ambientalmente adequada. Art. 6º - A partir de 1º de janeiro de 2001, a fabricação, importação e comercialização de pilhas e baterias deverão atender aos limites estabelecidos a seguir: I. com até 0,010% em peso de mercúrio, quando forem do tipo zinco-manganês e alcalina-manganês II. com até 0,015% em peso de cádmio, quando forem do tipo zinco-manganês e alcalina-manganês III. com até 0,200% em peso de chumbo, quando forem do tipos alcalina-manganês e zinco-manganês. IV. com até 25 mg de mercúrio por elemento, quando forem do tipo pilhas miniaturas e botão. (inciso acrescido pela Resolução 263) Art. 13º - As pilhas e baterias que atenderem aos limites previstos no art. 6º poderão der dispostas, juntamente com os resíduos domiciliares, em aterros sanitários licenciados. Pneus: Artigos em destaque na resolução CONAMA 258/99 Art.1o As empresas fabricantes e as importadoras de pneumáticos ficam obrigadas a coletar e dar destinação final, ambientalmente adequada, aos pneus inservíveis existentes no território nacional, na proporção definida nesta Resolução relativamente às quantidades fabricadas e/ou importadas. Art. 2o Para os fins do disposto nesta Resolução, considera-se: I - pneu ou pneumático: todo artefato inflável, constituído basicamente por borracha e materiais de reforço utilizados para rodagem em veículos; II - pneu ou pneumático novo: aquele que nunca foi utilizado para rodagem sob qualquer forma, enquadrando-se, para efeito de importação, no código 4011 da Tarifa Externa Comum-TEC; III - pneu ou pneumático reformado: todo pneumático que foi submetido a algum tipo de processo industrial com o fim específico de aumentar sua vida útil de rodagem em meios de transporte, tais como recapagem, recauchutagem ou remoldagem, enquadrando-se, para efeitos de importação, no código 4012.10 da Tarifa Externa Comum-TEC; IV - pneu ou pneumático inservível: aquele que não mais se presta a processo de reforma que permita condição de rodagem adicional.
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 277
Art. 3o Os prazos e quantidades para coleta e destinação final, de forma ambientalmente adequada, dos pneumáticos inservíveis de que trata esta Resolução, são os seguintes: IV - a partir de 1o de janeiro de 2005: a) para cada quatro pneus novos fabricados no País ou pneus novos importados, inclusive aqueles que acompanham os veículos importados, as empresas fabricantes e as importadoras deverão dar destinação final a cinco pneus inservíveis; b) para cada três pneus reformados importados, de qualquer tipo, as empresas importadoras deverão dar destinação final a quatro pneus inservíveis. Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica aos pneumáticos exportados ou aos que equipam veículos exportados pelo País. Art. 8o Os fabricantes e os importadores de pneumáticos poderão efetuar a destinação final, de forma ambientalmente adequada, dos pneus inservíveis de sua responsabilidade, em instalações próprias ou mediante contratação de serviços especializados de terceiros. Parágrafo único. As instalações para o processamento de pneus inservíveis e a destinação final deverão atender ao disposto na legislação ambiental em vigor, inclusive no que se refere ao licenciamento ambiental. Art. 10. Os fabricantes e os importadores poderão criar centrais de recepção de pneus inservíveis, a serem localizadas e instaladas de acordo com as normas ambientais e demais normas vigentes, para armazenamento temporário e posterior destinação final ambientalmente segura e adequada. Resíduos de Serviço de Saúde: Classificação dos resíduos (Resolução CONAMA Nº 283/01) Grupo A Apresentam risco à saúde pública e ao meio ambiente devido à presença de agentes biológicos.
Exemplos: microrganismos e meios de cultura inoculados provenientes de laboratório clínico e de pesquisa; vacina vencida ou inutilizada; sangue e hemoderivados; tecidos, membranas, órgãos, placentas, fetos, peças anatômicas; objetos perfurantes ou cortantes, provenientes de estabelecimentos prestadores de serviços de saúde; excreções, secreções, líquidos orgânicos procedentes de pacientes e resíduos de sanitários de pacientes.
Grupo B Apresentam risco à saúde pública e ao meio ambiente devido as suas características física, químicas e físico-químicas.
Exemplos: drogas quimioterápicas e outros produtos que possam causar mutagenicidade e genotoxicidade e os materiais por elas contaminados; medicamentos vencidos, parcialmente interditados, não utilizados, alterados e medicamentos impróprios para o consumo, antimicrobianos e hormônios sintéticos.
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 278
Grupo C Resíduos radioativos.
Exemplos: resíduos radioativos ou contaminados com radionuclídeos, provenientes de laboratórios de análises clínicas, serviços de medicina nuclear e radioterapia.
Grupo D Resíduos comuns.
Todos os que não se enquadram nos grupos descritos anteriormente.
Artigos em destaque na Resolução CONAMA nº. 283/01 Art. 1º Para os efeitos desta Resolução definem-se: I - Resíduos de Serviços de Saúde são: a) aqueles provenientes de qualquer unidade que execute atividades de natureza médico-assistencial humana ou animal; b) aqueles provenientes de centros de pesquisa, desenvolvimento ou experimentação na área de farmacologia e saúde; c) medicamentos e imunoterápicos vencidos ou deteriorados; d) aqueles provenientes de necrotérios, funerárias e serviços de medicina legal; e e) aqueles provenientes de barreiras sanitárias. II - Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde-PGRSS: documento integrante do processo de licenciamento ambiental, baseado nos princípios da não geração de resíduos e na minimização da geração de resíduos, que aponta e descrevem as ações relativas ao seu manejo, no âmbito dos estabelecimentos mencionados no art. 2º desta Resolução, contemplando os aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final, bem como a proteção à saúde pública. O PGRSS deve ser elaborado pelo gerador dos resíduos e de acordo com os critérios estabelecidos pelos órgãos de vigilância sanitária e meio ambientes federais, estaduais e municipais. III - Sistema de Tratamento de Resíduos de Serviços de Saúde: conjunto de unidades, processos e procedimentos que alteram as características físicas, físico-químicas, químicas ou biológicas dos resíduos e conduzam à minimização do risco à saúde pública e à qualidade do meio ambiente; IV - Sistema de Destinação Final de Resíduos de Serviços de Saúde: conjunto de instalações, processos e procedimentos que visam a destinação ambientalmente adequada dos resíduos em consonância com as exigências dos órgãos ambientais competentes. Art. 2º Esta Resolução aplica-se aos estabelecimentos que geram resíduos de acordo com o inciso I do artigo anterior. Art. 4º Caberá ao responsável legal dos estabelecimentos já referidos no art. 2º desta Resolução, a responsabilidade pelo gerenciamento de seus resíduos desde a geração até a disposição final, de forma a atender aos requisitos ambientais e de saúde pública, sem prejuízo da responsabilidade civil solidária, penal e administrativa de outros sujeitos envolvidos, em especial os transportadores e depositários finais.
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 279
Art. 7º Os resíduos de que trata esta resolução serão acondicionados, atendendo às exigências da legislação de meio ambiente e saúde e às normas aplicáveis da Associação Brasileira de Normas Técnicas-ABNT, e, na sua ausência, sejam adotados os padrões internacionalmente aceitos. Art. 16. O tipo de destinação final a ser adotada, para a mistura, excepcional e motivada, de resíduos pertencentes a diferentes grupos e que não possam ser segregados, deverá estar previsto no PGRSS. Resíduos Perigosos: Lei Nº 10.888, de 20 de setembro de 2001 - (Projeto de lei nº 521, de 1998, do deputado Duarte Nogueira - PFL)
Dispõe sobre o descarte final de produtos potencialmente perigosos do resíduo urbano que contenham metais pesados e dá outras providências.
O Presidente da Assembléia Legislativa: Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo, nos termos do artigo 28, § 8º, da Constituição do Estado, a seguinte lei:
Artigo 1º - Fica o Poder Executivo autorizado a criar, em parceria com a iniciativa privada, condições para as empresas, que comercializem produtos potencialmente perigosos ao resíduo urbano, adotarem um sistema de coleta em recipientes próprios, que acondicionem o referido lixo. § 1º - Para fins do cumprimento desta lei, entende-se por produtos potencialmente perigosos do resíduo urbano, pilhas, baterias, lâmpadas fluorescentes e frascos de aerosóis em geral. § 2º - Estes produtos, quando descartados, deverão ser separados e acondicionados em recipientes adequados para destinação específica.
Artigo 2º - Os fabricantes, distribuidores, importadores, comerciantes ou revendedores de produtos potencialmente perigosos do resíduo urbano serão responsáveis pelo recolhimento, pela descontaminação e pela destinação final destes resíduos, o que deverá ser feito de forma a não violar o meio ambiente. Parágrafo único - Os recipientes de coleta serão instalados em locais visíveis e, de modo explícito, deverão conter dizeres que venham alertar e despertar a conscientização do usuário sobre a importância e necessidade do correto fim dos produtos e os riscos que representam à saúde e ao meio ambiente quando não tratados com a devida correção.
Artigo 3º - As infrações às medidas previstas nesta lei serão passíveis de aplicação das seguintes sanções: I - por ocasião da primeira ocorrência, multa de 1.000 (mil) Unidades Fiscais do Estado de São Paulo - Ufesps; II - em caso de reincidência a multa será aplicada em dobro; III - após o recebimento das multas, previstas nos incisos anteriores, não sanadas as irregularidades, suspensão de autorização de funcionamento do estabelecimento por 15 (quinze) dias; IV - quando as sanções, anteriormente previstas, tornarem-se ineficazes, haverá cassação da autorização de funcionamento do estabelecimento. Parágrafo único
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 280
As penalidades poderão ser aplicadas, de forma progressiva, pela autoridade administrativa competente.
Artigo 4º - O Poder Executivo regulamentará esta lei.
Artigo 5º - As despesas decorrentes da execução desta lei correrão à conta de dotações próprias consignadas no orçamento vigente e suplementadas se necessário, devendo as previsões futuras destinar recursos específicos para o seu fiel cumprimento.
Artigo 6º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, aos 20 de setembro de 2001.
WALTER FELDMAN - Presidente Publicada na Secretaria da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, aos 20 de setembro de 2001
AURO AUGUSTO CALIMAN - Secretário Geral Parlamentar
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 281
1.3 ANEXO - RELATÓRIOS NA ÍNTEGRA ENVIADOS PELOS GRUPOS ENVOLVIDOS NO GT
1.3.1 RELATÓRIO DO LEVANTAMENTO DOS RESÍDUOS GERADOS NO CENA/USP Agosto – 2006
RESPONÁVEIS: JULIANA GRACIELA GIOVANNINI E GLAUCO ARNOLD TAVARES
1. Histórico e Iniciativas
Além das indústrias, as universidades e centros de pesquisa também acabam por gerar resíduos químicos, que embora em pequenas quantidades, são encarados como um problema devido à diversidade com que são gerados. Dentre eles, encontram-se vários tipos de solventes orgânicos, metais pesados, soluções ácidas e alcalinas, entre outros, muitas vezes misturados, o que dificulta o gerenciamento e tratamento (Jardim 1998; Tavares, 2004).
Essa realidade tem colaborado para que essas instituições de ensino e pesquisa estejam, gradativamente, implementando seus Programas de Gerenciamento de Resíduos Químicos (Cunha, 2001; Amaral et al., 2001).
Desde 1966, quando foi fundado o Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA/USP), muitos resíduos provenientes de pesquisas foram gerados e armazenados na própria instituição.
A fim de evitar riscos e poluição ao ambiente, trabalhos objetivando gerenciar os resíduos da instituição tiveram início através de uma dissertação de mestrado (Tuono, 1999), desenvolvida sob orientação do Prof. Dr. José Albertino Bendassolli. Na pesquisa em questão, desenvolveu-se um estudo de caracterização da emissão de resíduos no CENA/USP e estabelecimento de procedimentos para o tratamento de alguns dos principais resíduos gerados na instituição.
Em 2001, com apoio financeiro da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), iniciou o Programa de Gerenciamento de Resíduos Químicos e Águas Servidas (PGRQ) do CENA/USP (Tavares, 2004). Dois estagiários e agentes multiplicadores (um técnico de cada laboratório), foram fundamentais para o desenvolvimento do projeto.
Em 2003 a Universidade do Estado de São Paulo concedeu uma vaga de técnico de nível superior e uma vaga de técnico de nível médio para o PGRQ do CENA/USP, o que possibilitou a formação de uma equipe responsável pelo gerenciamento dos resíduos.
O PGRQ-CENA/USP procura atender à seguinte hierarquia de gestão:
• Prevenção da geração de resíduos (deve-se evitar, sempre que possível, a geração)
• Minimizar ao máximo os volumes gerados • Reaproveitar os resíduos gerados • Tratar os resíduos (processos físico, químico, biológico ou
térmico) • Dispor (aterros ou armazéns adequados)
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 282
Atualmente dos 19 laboratórios existentes no CENA, 12 geram
resíduos químicos. A relação desses resíduos gerados no CENA/USP é bastante diversificada, incluindo solventes, soluções inorgânicas diversas (NH3aq, SO2aq, ácidos, bases, soluções contendo metais, entre outras) e resíduos sólidos (óxido de cobre, perclorato de magnésio, géis de agarose, ponteiras, ependorfs, EPI’s inutilizados e reagentes vencidos).
Além dos resíduos químicos gerados no CENA, outros tipos de resíduos foram catalogados e citados nesse documento, os quais (quase todos) ainda não apresentam procedimento para tratamento e descarte.
2- Diagnósticos de resíduos químicos gerados e armazenados na Instituição 2.1. Segregação, identificação e coleta. A segregação e identificação dos resíduos são fundamentais para
realização dos tratamentos. Posteriormente a essas etapas, os resíduos gerados em diferentes laboratórios do CENA são coletados em seus recipientes de armazenamento (2,5 a 4 L), encaminhados ao entreposto, onde são transferidos para recipientes de 50 L e estocados até a realização do tratamento, como mostra a Figura 1.
2.2. Tratamento Entre 2002 e 2005 foram enviadas para incineração 6 ton de resíduos
passivos e 3 ton de resíduos ativos, temporariamente armazenados no entreposto. Para os demais volumes, foram estabelecidos protocolos para o tratamento.
2.3. Resíduos ativos Pelo fato da atividade de pesquisa não ser continua é difícil estimar a
geração mensal dos resíduos químicos no CENA/USP. Atualmente a geração de resíduos líquidos (NH4(aq), SO2(aq), NaOH, Na2SO4) do Laboratório de Isótopos Estáveis aproxima-se de 400 ton/ano, o tratamento desses resíduos decorre por um sistema automatizado, no momento da geração. Já os resíduos proveniente dos outros 11 laboratórios do CENA são coletados, armazenados no entreposto e levados para o Laboratório de Tratamento de Resíduos onde recebem tratamento químico, físico ou são enviados para incineração, segundo escalas de prioridades.
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 283
Tabela 1: Resíduos ativos, armazenados no entreposto. RESÍDUO VOLUME (L) DESTINO
Acetato 15 Tratamento químico
Arsênio 131 Tratamento químico
Bromo solução 49 Tratamento químico
Cádmio 210 Tratamento químico
Cianetos 20 Tratamento químico
Cobre solução 80 Tratamento químico
Cromo 45 Tratamento químico
Estanho 100 Tratamento químico
Gel de agarose/ brometo 15 Tratamento químico
Luvas, ponteiras e ependofs 200 Tratamento Térmico
Mercúrio em solução 221 Tratamento químico
Metanol 10 Tratamento Físico
Prata solução 13 Tratamento químico
Tiocianato 95 Tratamento químico 3- Diagnósticos da geração de resíduos diversos na Instituição 3.1 Resíduos Radioativos
O Serviço de Proteção Radiológica conta com apoio de dois técnicos responsáveis pelo gerenciamento desses rejeitos, cabendo a esses técnicos orientar e avaliar a execução e adequação do programa de gerenciamento de rejeitos radioativos através da análise dos registros, das medições e das monitorações.
Existe um Depósito de Materiais Radioativos (DMR), onde realizam armazenamento inicial até seu descaimento radioativo ou até a sua transferência para depósitos intermediários ou finais da CNEN. Diagnóstico Os responsáveis afirmaram não ser possível estimar a quantidade de rejeitos radiomarcados armazenada e gerada no CENA/USP. Aspectos de legislação
• Norma CNEN – NE-6.05 – Gerência de Rejeitos Radioativos em Instalações Radiativas – Resolução CNEN 19/85, de 17-12-1985;
• Programa de Gerência de Rejeitos radioativos em Pesquisa – Comissão Nacional de Energia Nuclear, 1ª edição, 1988;
• ABNT NBR 7500:FEV. 2003 – dispõe sobre a identificação para transporte terrestre, manuseio, movimentação e armazenamento de produtos;
• ABNT NBR 919:SET. 2002 – dispõe sobre sacos plásticos para acondicionamento de lixo – requisitos e métodos de ensaio.
Maiores informações: SPR (Serviço de proteção Radiológica) – CENA/USP; fone: 3429-4668 / 4836.
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 284
3.2 Resíduos biológicos
Os resíduos biológicos (microorganismos, meio de cultura, etc) gerados nos laboratórios de CENA/USP são autoclavados à temperatura de 120°C em um período 20 minutos e após este procedimento são descartados no lixo comum. Diagnóstico O tratamento é realizado imediatamente após a geração, inviabilizando a estimativa de geração deste tipo de resíduo. Aspectos de legislação
• CTNBio nº 7, de 06.06.97 – Dispõe sobre as normas para o trabalho em contenção com organismos geneticamente modificados - OGMs.
• CONAMA N°358/05 – Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras providências. - Data da legislação: 29/04/2005.
Maiores informações: Prof. Dr. Antonio Vargas de Oliveira Figueira; fone: 3429-4814
3.3 Resíduos de construção e demolição
Toda obra de construção e demolição realizada no CENA/USP é contratada por empresas terceirizadas que se responsabilizam por todos rejeito destas gerados. Diagnóstico Gerou-se aproximadamente 75 toneladas de entulhos no ano de 2005. Maiores informações: COESF – Osmar Francisco Mantelato; fone: 3429-4840
3.4 Resíduos de patrimônio
De acordo com o funcionário responsável, não tem nenhum procedimento para o destino de resíduos despatrimoniados. Há um estudo visando a construção de um local apropriado para armazenar esses resíduos, inclusive os rejeitos proveniente do setor de informática que atualmente são armazenados em um depósito no laboratório de Instrumentação e Informática do CENA/USP. Os cartuchos são guardados para reutilização do próprio laboratório. Diagnóstico Muito difícil de estimar. Maiores informações: Setor de patrimônio – João Sant'Anna Filho; fone: 3429-4760 Laboratório de Instrumentação e Informática – João Geraldo Brancalion; fone: 3429-4759
3.5 Resíduos orgânicos
Além dos resíduos orgânicos gerados na cozinha de cada laboratório, os quais são destinados ao lixo comum (aterro sanitário), há também os resíduos de poda que são despejados em pastos do próprio CENA/USP, para servirem como adubo, e dejetos animais gerados no LANA (Laboratório de Nutrição Animal).
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 285
Diagnóstico Poda: 6m3/ mês Esterco: • Atualmente existem 7 carneiros soltos no pasto. • Animais confinados eventualmente (não tem no momento):
o Fezes radiomarcada – encaminhadas para o Serviço de Proteção Radiológica, no aguardo do decaimento radioativo para posterior descarte no lixo comum.
o Fezes comum – são utilizadas como adubo na áreas do CENA/USP.
Maiores informações:
Poda: Gilberto Messias Nascimento: 3429-4739 Esterco: Lécio Aparecido Castilho: 3429-4748/4755 3.6 Resíduos veículos
O CENA realiza toda manutenção de seus veículos em empresas terceirizadas, as quais se responsabilizam pelo destino de materiais não passiveis de utilização, exceto os pneus que ao serem trocados também externo a instituição, são armazenados até um acúmulo conveniente à venda destes rejeitos e a renda destinada para a Administração. Diagnóstico Óleo 6L/mês Pneu 1troca cada 3 meses Lavagem 2 a 3 lav/mês Filtros 2 filtros/mês Maiores informações:
Veículos: Fernando Ferro Perencin; Fone: 3429-4619 3.7 Lâmpadas fluorescentes
Esse tipo de resíduo é coletado pelo pessoal que realiza o serviço de manutenção e armazenado em container apropriado. A retirada e descontaminação dessas lâmpadas são realizadas pela empresa Apliquim. Diagnóstico Aproximadamente 800 unidades por ano. Maiores informações:
LTR: Glauco Arnold Tavares; Fone: 3429-4830. 3.8 Pilhas e Baterias
As pilhas e baterias são recolhidas pela equipe do PGRQ/CENA e armazenadas no entreposto até obtenção de uma massa considerável para encaminhamento à reciclagem externa.
Diagnóstico Aproximadamente 150 Kg. Maiores informações:
LTR: Glauco Arnold Tavares; Fone: 3429-4830.
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 286
3.9 Resíduos Sólidos do Serviço de Saúde
Os resíduos de Serviço de Saúde, gerados no CENA (luvas descartáveis, ponteiras e ependorfs) são encaminhados para incineração através da empresa Transpolix. Diagnóstico Aproximadamente 13 Kg/mês. Maiores informações:
LTR: Glauco Arnold Tavares; Fone: 3429-4830.
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 287
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMARAL, S. T.; MACHADO, P. F. L.; PERALBA, M. C. R.; CAMARA, M. R.; SANTOS, T.; BERLEZE, A. L.; FALCÃO, H. L.; MARTINELLI, M.; GONÇALVES, R. S.; OLIVEIRA, E. R.; BRASIL, J. L.; ARAÚJO, M. A.; BORGES, A. C. A. Relato de uma experiência: recuperação e cadastramento de resíduos dos laboratórios de graduação do Instituto de Química da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Química Nova, v. 24, n.3, p. 419-423, 2001.
CUNHA, C. J. O programa de gerenciamento de resíduos laboratoriais do depto de química da UFPR. Química Nova, v. 24, n.3, p. 424-427, 2001.
JARDIM, W.F. Gerenciamento de resíduos químicos em laboratórios de ensaio e pesquisa. Química Nova, v.21, n.5, p.671-673, 1998;
TAVARES, G.A. Implantação de um programa de gerenciamento de resíduos químicos e águas servidas nos laboratórios de ensino e pesquisa do CENA/USP. Piracicaba, 2004.131p. Tese (Doutorado) – Centro de Energia Nuclear na Agricultura, Universidade de São Paulo.
TUONO, V. Avaliação dos principais resíduos químicos gerados nos laboratórios do CENA/USP. Piracicaba, 1999. 110p. Dissertação (Mestrado) - Centro de Energia Nuclear na Agricultura, Universidade de São Paulo.
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 288
1.3.2 – ANEXO - RELATÓRIO DE RESÍDUOS ORGÂNICOS LEVANTAMENTO NO DEPARTAMENTO DE GENÉTICA
RESPONSÁVEL PELO LEVANTAMENTO: GRADUANDO EM ENG. AGRONÔMICA WILSON RODRIGUES FERNANDES (GRUPO CEPARA)
1) Restos de origem vegetal (quantidades médias estimadas de restos culturais gerados em um ano) Dados: Engº Agrônomo Cláudio Roberto Segatelli (Responsável pelas Áreas Experimentais) a) MILHO
Local Área cultivada Restos culturais (toneladas/ano)Anhembi 9ha 27 Areão 2,5ha 7,5 Catterpillar 25ha 75 LGN 4,2ha 12,6 Sertãozinho 2ha 5 TOTAL MILHO 42,7ha 127,1
b) SOJA
Local Área cultivada Restos culturais (toneladas/ano)Anhembi 40 ha 52 Areão 4,5ha 6 LGN 5,6ha 7,3 Sertãozinho 10 ha 13 TOTAL SOJA 60,1ha 78,3 c) ARROZ
Local Área cultivada Restos culturais (toneladas/ano)LGN 1 ha 2,5 d) BATATA-DOCE
e) OUTRAS CULTURAS
Local Área cultivadaRestos culturais(toneladas/ano
LGN 0,3 ha 1,5
Local cultura Área cultivada (hectares)
Restos culturais (toneladas/ano)
Anhembi
Mandioca 0,3 5 Açafrão 0,1 0,3 Alho 0,03 0,1
TOTAL 0,43 5,4
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 289
F) TOTAL DE RESTOS VEGETAIS G)DESTINO
• Compartimento com terra e palha Antes idealizado para funcionar como esterqueira, é utilizado para produzir uma espécie de “composto com terra e sem esterco”. Recebe cerca de duas toneladas de restos culturais de soja e mais duas toneladas de restos culturais de milho por ano, totalizando quatro toneladas/ano.
• Restante (210,8 toneladas/ano) é incorporado ao solo. 2) Restos e resíduos de origem animal (quantidades médias estimadas) Dados: Prof. Dr. Antônio Augusto Domingos Coelho
a) CONSIDERAÇÕES GERAIS
São criadas 45.000 aves por ciclo (galinhas poedeiras, frangos para corte e galos e galinhas criados para fins de melhoramento genético), na Área Experimental de Sertãozinho e no Departamento de Genética. Cada ciclo equivale ao tempo de permanência das aves no aviário, que varia de 45 a 50 dias após a eclosão das mesmas. Em cada ano ocorrem 4 ciclos, o que totaliza 180.000 aves criadas por ano.
Desse total, cerca de 4% por ano (7.200 aves) morre antes de completar o ciclo, devido principalmente a doenças e a pisoteamentos por outras aves. Há um índice maior de mortalidade em aves jovens. As carcaças dessas aves são depositadas em fossas sépticas, portanto se trata de um resíduo não aproveitado.
Cada ave produz cerca de 1 kg de cama de frango (esterco + palha de casca de arroz). São destinadas de 10 a 12 toneladas de palha para cada ciclo. b) ORIGEM DA PALHA DE CASCA DE ARROZ
É um produto da troca de parte do esterco e cama de frango, produzida no Departamento de Genética, por palha de casca de arroz produzida por agricultores. c) DESTINO DA CAMA-DE-FRANGO
• Departamentos da ESALQ-USP que possuem áreas cultivadas • Troca por palha de casca de arroz com agricultores
Cultura Área cultivada(hectares)
Restos culturais (toneladas/ano)
a) Milho 42,7 127,1 b) Soja 60,1 78,3 c) Arroz 1 2,5 d) Batata-doce 0,3 1,5 e) Outras Culturas0,43 5,4 TOTAL/ANO 147,1 214,8
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 290
d) DESTINO DAS CARCAÇAS
• Fossas sépticas com 3 metros de profundidade e com tampa de concreto. e) QUANTIDADE DE CAMA DE FRANGO PRODUZIDA (desconsiderando aves mortas)
LEVANTAMENTO NO DEPARTAMENTO DE PRODUÇÃO VEGETAL – AGRICULTURA RESPONSÁVEL PELO LEVANTAMENTO: GRADUANDO EM ENG. AGRONÔMICA WILSON RODRIGUES FERNANDES (GRUPO CEPARA)
1) Restos de origem vegetal (quantidades médias estimadas de restos culturais gerados em um ano) Dados: Engº Agrônomo Erreinaldo Donizeti Bortolazzo (Responsável pelas Áreas Experimentais)
a) MILHO Local Área cultivadaRestos culturais (toneladas)LPV- Agricultura 9ha 27 Sertãozinho 1ha 3 TOTAL MILHO 10ha 30 b) SOJA Local Área cultivada Restos culturais (ton/ano) LPV- Agricultura 3ha 3,9 Areão 1ha 1,3 Sertãozinho 1ha 1,3 TOTAL SOJA 5ha 6,5 c) OUTRA CULTURAS (amendoim, arroz, feijão, girassol, algodão)
• Totalizam 5 t/ano em 3ha d) TOTAL DE RESTOS VEGETAIS
Cama-de-frangoEquivalente em esterco seco
Por ave 1kg/ciclo 770g/ciclo Por 43.200 aves (Total em um ciclo menos 4%)
43,2t/ciclo
31,2 a 33,2t/ciclo
Por 172.800 aves (Total em um ano menos 4%)
172,8t/ano 124,8 a 132t/ano
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 291
Cultura Área cultivada (hectares)
Restos culturais (toneladas/ano)
a) Milho 10ha 30 b) Soja 5ha 6,5 c) Outras Culturas3ha 5 TOTAL/ANO 18ha 41,5 e) DESTINO
• Incorporado ao solo LEVANTAMENTO NO DEPARTAMENTO DE PRODUÇÃO VEGETAL – HORTICULTURA RESPONSÁVEL PELO LEVANTAMENTO: GRADUANDO EM ENG. AGRONÔMICA WILSON RODRIGUES FERNANDES (GRUPO CEPARA)
1) Restos de origem vegetal (quantidades médias estimadas de restos culturais gerados em um ano) Dados: Engº Agrônomo Horst Brenner Neto (Responsável pelas Áreas Experimentais) a) Quantidade total inferior a 0,5 t , sem estimativa precisa, originada de diversas culturas perenes e hortícolas. b) DESTINO • Incorporado ao Solo. Parques e Jardins RESPONSÁVEL PELO LEVANTAMENTO: GRADUANDO EM ENG. AGRONÔMICA RAMOM W. MORATO (GRUPO CEPARA) 12 a 15m3 por dia durante 20 dias por mês e 12 meses por ano da um total de 3600m3.ano-1 o que equivale a 1800tn.ano-1 TOTAL: 1800 toneladas de palha/ano
CPZ RESPONSÁVEL PELO LEVANTAMENTO: GRADUANDO EM ENG. AGRONÔMICA RAMOM W. MORATO (GRUPO CEPARA) Total de animais em confinamento – 800(bovinos) Quantidade de esterco produzida por animal – 10kg a 12kg Dias em confinamento – 100 dias Os valores são atribuídos a animais que são confinados em piso de concreto, sendo possível o aproveitamento do esterco animal.
� 800 vacas confinadas por 100 dias, produzindo 10 kg de esterco por dia totalizando 800.000kg ao ano.
� 800 vacas confinadas por 100 dias, produzindo 12 kg de esterco por dia totalizando 960.000kg ao ano.
Media de 880.000kg de esterco produzido ao ano.
Suínos: O esterco suíno totaliza 1000kg ao ano.
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 292
1.3.3. ANEXO - RELATÓRIO DE RESÍDUOS ORGÂNICOS RESÍDUOS ORGÂNICOS COM REAPROVEITAMENTO ENERGÉTICO (PROPOSTA DE INSTALAÇÃO DE BIODIGESTOR ANAERÓBIO) Autores: Prof. Marcia Azanha, Luis Daniel Alberti e Marcelo Bacchi
CARACTERÍSTICAS: São os resíduos orgânicos e os dejetos animais
que podem ser reaproveitados como fonte orgânica para produção de biogás em biodigestor, conforme as características e necessidades específicas da ESALQ. Estão incluídos nesta categoria os restos de folhas e capim, restos alimentares do Restaurante Universitário e esterco de ovinos e caprinos. Demais dejetos ou resíduos não podem ser empregados por dificuldades técnicas ou de transporte, portanto não foram considerados.
O QUE EXISTE HOJE NO CAMPUS Diariamente são servidas no campus uma média de 1200 refeições
no almoço e 200 refeições no jantar, com exceção dos sábados (quando não jantar) e dos domingos. Para o preparo das refeições são utilizados ao mês uma média de 20 botijões de 45 Kg, implicando em um consumo anual de 10800 Kg de GLP.
Os restos alimentares do Restaurante Universitário são doados e recolhidos por um coletor, que os emprega na alimentação de suínos, evitando assim a necessidade de armazenamento dos restos. Para armazenagem correta dos restos alimentares haveria a necessidade de construção de uma câmara fria, gasto evitado com a doação dos restos.
Atualmente, segundo dados obtidos pelos relatórios de diagnóstico do GT Resíduos, parte das folhas, capim e outras formas de resíduos orgânicos são encaminhados para o CEPARA, para compostagem. Já o esterco dos ovinos e caprinos é dispensado no próprio pasto ou em pequenas composteiras próximas aos currais, não tendo um destino definido. Segundo entrevista com funcionários e alunos trabalhando nos currais, o esterco dos animais não tem um destino fixo ou segunda utilização, sendo descartado.
DIAGNÓSTICO A quantidade estimada de resíduos orgânicos no campus com
potencial energético consta na Tabela 1. Tabela 1. Resíduos orgânicos com potencial geração de energia
Fonte Total Animal Restos
Alimentares
Quantidade Resíduo (m3)
600 ovinos 36m3/mês
350 Kg/dia (aprox. 9m3/mês)
45m3/mês
Acrescentando-se água aos 45m3/mês, tem-se um total de 60m3/mês
de volume para ser colocado no biodigestor. Essa quantidade de resíduos produz, através da utilização de um biodigestor inflável modelo Sansuy, o equivalente a um botijão de 13 Kg/dia, ou seja, 390 Kg/GLP/mês.
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 293
Considerando-se o consumo mensal do Restaurante Universitário de 900 Kg GLP/mês, percebe-se que aproximadamente 43,3% poderiam ser supridos com biogás.
METODOLOGIA A estimativa de restos alimentares foi feita por amostragem realizada
durante um dia por membros do CEPARA. Parte do latão onde os restos são acondicionados foi pesada manualmente e o peso total do latão foi calculado com base nesta estimativa. A contagem do total dos latões multiplicado pelo seu peso estimado permitiu estimar-se a produção de 350 kg/dia de restos alimentares no Restaurante Universitário, ou um volume total mensal de aproximadamente 9m3.
O esterco produzido teve sua quantidade estimada a partir do número de ovelhas contadas nos currais (aproximadamente 600) e a produção média de esterco por cabeça. Os animais passam parte do tempo confinados e outra parte soltos. As estimativas foram feitas considerando-se somente o tempo em que os animais estão confinados. Com 600 cabeças produzindo cada uma 2Kg de esterco/dia, temos um total de 1200 kg/dia de esterco animal, ou um volume de aproximadamente 36m3/mês.
O total de restos orgânicos reaproveitáveis energeticamente através de um biodigestor é de 45m3/mês, que acrescidos a água necessária ao seu funcionamento perfazem um volume total de 60 m3/mês. Essa quantidade de resíduos é capaz de produzir o equivalente a 13 Kg de GLP/dia em biogás, que equivale a aproximadamente 28,5 m3 de biogás. Ao longo de um mês tem-se uma produção de 855 m3 de biogás.
A quantidade mensal de carbono equivalente (tCO2e) foi estimada considerando-se que pelo menos metade (427,5 m3) do biogás é metano puro (CH4), causador de efeito estufa, que ao queimar é mitigado por se transformar em CO2. Ao longo de um ano, considerando uma emissão mensal de 427,5m3 de CH4, tem-se um total de 5130m3/CH4/ano. Como o metano tem uma densidade específica de 0.67kg/m3, então o peso do metano gerado apenas pelo biodigestor é de 3437 Kg. Para converter o peso do metano em toneladas de carbono equivalente (tCO2e) foi usada a relação considerada pelo Protocolo de Quioto, que classifica o potencial de aquecimento do metano como 21 vezes mais intenso do que o CO2. Assim, multiplicam-se os 3437 Kg por 21 e chega-se ao valor de 72.177 Kg, ou 72,17 toneladas de carbono equivalente (tCO2e) que seriam mitigadas anualmente pelo biodigestor.
Os restos de folhas e capim tiveram seus dados obtidos junto ao diagnóstico de Resíduos Orgânicos feito pelo GT Resíduos, porém não podem ser utilizados no biodigestor.
PROPOSTA Avaliar a viabilidade técnica e econômica da instalação de um
biodigestor no campus da ESALQ a fim de utilizar os resíduos orgânicos com potencial de geração de energia.
Objetiva-se o reaproveitamento dos resíduos orgânicos do campus, redução dos custos operacionais do restaurante, ao mesmo tempo em que se soluciona o problema da destinação dos resíduos. Ademais, haverá a produção de biofertilizante, que pode ser usado internamente ao campus ou comercializado para terceiros.
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 294
1.3.2.1. BIODIGESTOR: PRINCÍPIOS E FUNCIONAMENTO
A matéria orgânica pode sofrer decomposição pela ação de dois tipos de bactérias: as bactérias aeróbias, típicas de ambientes ricos em oxigênio, e as bactérias anaeróbias, encontradas em ambientes com pouco oxigênio.
Um biodigestor é um equipamento que cria um ambiente artificial fechado e pobre em oxigênio, condições ideais que favorecem o crescimento e desenvolvimento de bactérias anaeróbias. Ao decomporem a matéria orgânica, as bactérias anaeróbias liberam um conjunto de gases denominado biogás, cuja composição possui um elevado teor de metano, um gás inflamável que pode ser usado como combustível. Na ESALQ, o biogás seria usado na cozinha do Restaurante Universitário, em substituição ao gás atualmente utilizado, o GLP engarrafado.
Os biodigestores mais modernos são construídos com lonas infláveis, como balões, garantindo um ambiente sem oxigênio e espaço para o armazenamento do biogás produzido, conforme os fabricados pelos principais produtores nacionais (Sansuy e Recolast), conforme ilustrado a seguir.
Matéria Orgânica A matéria orgânica mais usada são os dejetos de produção animal,
como esterco fresco de bovinos, aves, caprinos e suínos. Diluídos em água, os dejetos são colocados no interior do biodigestor, onde ficam por 30 dias. Alguns biodigestores recebem todo o esterco de uma única vez, sendo
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 295
então lacrados para a produção do biogás: são chamados biodigestores de batelada. Já os biodigestores chamados de fluxo contínuo podem ser abastecidos com esterco aos poucos, recebendo uma pequena quantidade todos os dias.
Quando utiliza-se matéria orgânica de origem animal, os biodigestores batelada são mais indicados nos casos em que a remoção do esterco não é feita diariamente, como no caso da avicultura de corte, onde os dejetos (“cama de frango”) são retirados somente ao final de períodos de produção que podem durar até 60 dias. Para bovinos, caprinos, ovinos e suínos confinados, cuja remoção do esterco deve ocorrer diariamente ou no máximo a cada três dias, os biodigestores de fluxo contínuo são os mais indicados.
No caso da ESALQ, além dos dejetos animais também há a possibilidade do uso de folhas, capim e dos restos orgânicos produzidos pelo Restaurante Universitário. Um dos objetivos desta pesquisa é verificar a viabilidade do uso dos diferentes tipos de material orgânico produzidos no campus em um biodigestor para produção de biogás. Portanto, o modelo mais indicado é um biodigestor de fluxo contínuo, capaz de receber matéria orgânica diariamente, como é o caso da produção de restos alimentares do Restaurante Universitário.
O diagrama a seguir mostra um biodigestor de fluxo contínuo.
Em 1, há a mistura dos dejetos com água; em 2, ocorre a produção
de biogás; e em 3 o biofertilizante é depositado. O diagrama mostra que o biodigestor necessita de uma leve
inclinação no terreno para que o fluxo de esterco diluído em água possa fluir para dentro de biodigestor por ação da gravidade, poupando gastos com bombas. A instalação também não pode ser muito distante do ponto de coleta nem do ponto de consumo, pois o biogás não pode ser engarrafado. Isso elimina a produção animal extensiva como fonte de esterco, bem como a criação animal confinada em estábulos ou currais muito distantes do ponto de consumo. Assim, restam três fontes de matéria orgânica para o biodigestor a ser instalado na ESALQ: folhas e capim (os galhos não podem ser utilizados pois podem perfurar a cobertura do biodigestor); restos alimentares do Restaurante Universitário; esterco produzido nos currais de caprinos e ovinos, próximos ao Restaurante.
1 3
2
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 296
A foto de satélite abaixo foi obtida pelo Google Earth e mostra duas áreas (B e C) do campus da ESALQ que poderiam ser usadas na construção do biodigestor, pois preenchem as características operacionais: possuem uma leve inclinação e estão próximas das fontes de matéria orgânica, como os restos do Restaurante e o esterco caprino / ovino.
As distâncias calculadas pelo Google Earth são: de A até o local B, 94 metros; de A até o local C, 140 metros; do confinamento D até o local B, 55 metros; e do confinamento D até o local C, 50 metros.
IMPACTOS POSITIVOS DA INSTALAÇÃO DO BIODIGESTOR NA ESALQ
Uma Universidade com tradição no setor agrícola como a ESALQ
poderia ganhar com a instalação de um biodigestor, pois além da economia proporcionada também haveria a possibilidade de gerar conhecimento já que o campus teria a sua disposição um equipamento cada vez mais empregado no meio rural como opção energética. As vantagens seriam:
Educação
A ESALQ Júnior Economia tem interesse no biodigestor pela facilidade que ele proporcionaria na realização de análises e consultoria, bem como para demonstração e convencimento de clientes. Já a ESALQ como um todo ganharia, pois o ambiente acadêmico teria um modelo de biodigestor comercial em operação, que poderia ser usado em pesquisa e demonstração por professores interessados. Deve-se lembrar que o biogás é um biocombustível como o álcool ou o biodiesel, apenas possuindo um caráter
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 297
gasoso. Para casos específicos, o biogás pode ser uma opção interessante e portanto vale a pena pesquisá-lo em um campus que pode ser líder nacional na área de biocombustíveis.
Há oportunidades de pesquisa em diversas áreas e para os vários cursos existentes na escola: biofertilizante, engenharia rural, energia limpa e reciclagem de degetos, viabilidade econômica, projetos de obtenção de créditos de carbono via Protocolo de Quioto, dentre outros.
Redução de custos para o Restaurante Universitário
O Restaurante Universitário tem um gasto mensal fixo com a compra de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo), o gás de cozinha. Com a transformação dos resíduos do próprio campus em biogás, parte ou a totalidade do GLP atualmente comprado poderia ser substituída, poupando recursos para a administração do Restaurante.
Destinação mais eficiente dos resíduos orgânicos do campus
Hoje, os resíduos orgânicos que poderiam ser empregados na produção de biogás têm o seguinte destino: os restos de folhas e capim são enviados para compostagem, produzindo fertilizante orgânico; os restos do Restaurante Universitário são entregues a um coletor, que os utiliza como alimentação para porcos; e os restos dos caprinos / ovinos são dispensados no pasto ou usados como fertilizante. Tais usos são pouco eficientes e servem mais para remover o problema do que para efetivamente solucioná-lo. Empregar internamente os resíduos produzidos como fonte de combustível, em substituição ao combustível comprado externamente, significa elevar a eficiência do campus no uso de seus recursos e ao mesmo tempo gerenciar de maneira mais produtiva os seus resíduos.
Redução nas emissões de carbono do campus.
Pelo Protocolo de Quioto, houve um comprometimento internacional pela redução nas emissões de gases de efeito estufa, como o CO2, CH4, NO2, e outros. Como cada gás possui um poder de efeito estufa diferente, foi adotada uma medida padrão chamada de tonelada de carbono equivalente (tCO2e) para harmonizar as avaliações feitas com cada gás. A redução mundial acertada pelo Protocolo de Quioto estabelece uma redução de 5% na produção de gases de efeito estufa, tendo o ano de 1990 como referência.
Um biodigestor pode ajudar a diminuir as emissões de tCO2e do campus, pois o componente inflamável do biogás, o metano (CH4), transforma-se em CO2 ao ser queimado em fogões, um gás bem menos nocivo para o efeito estufa que o CH4. Isso ocorre porque uma tonelada de metano produz 21 tCO2e, enquanto uma tonelada de gás carbônico CO2 produz apenas 1 tCO2e. Assim, ao invés de emitir CH4, o campus passaria a emitir CO2, menos nocivo por gerar menos toneladas de carbono equivalente, havendo mitigação líquida das emissões
Além dessa mitigação, há também as emissões eliminadas, correspondentes ao CO2 que era emitido pela queima do GLP fóssil. A queima de GLP fóssil aumenta o volume de CO2 na atmosfera, pois ela retira carbono que estava preso ao solo e o coloca na atmosfera. Já o biogás é menos poluente porque o CO2 emitido na sua queima não representa um acréscimo ao volume total de CO2 da atmosfera : o biogás tem origem orgânica e seu carbono foi obtido inicialmente da própria
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 298
atmosfera através da fotossíntese. A queima do biogás apenas devolve o CO2 para a atmosfera, fechando o ciclo e tornando o biogás neutro em relação ao volume total de CO2 na atmosfera, fato que o coloca em posição de vantagem sobre o GLP, cuja queima acarreta emissões de CO2 novo.
Biofertilizante
Após a biodigestão, ocorre a formação de um material orgânico rico em nutrientes e que pode ser usado na adubação: é o biofertilizante. Na caso da ESALQ, a produção de biofertilizante poderia ser facilmente empregada nas culturas experimentais do campus, servindo inclusive de fonte para pesquisa de seus efeitos por professores ou pesquisadores interessados. O biofertilizante também poderia ser empregado nos locais que atualmente recebem a matéria orgânica produzido pela composteira, afastando o risco de “disputas” pelo esterco disponível. O biofertilizante faz tudo o que o composto orgânico faz, com a vantagem de gerar combustível durante sua produção. É portanto um uso mais eficiente da matéria orgânica disponível.
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 299
1.3.4. ANEXO – RESULTADOS DAS PESAGENS RESÍDUOS SÓLIDOS DOMILIARES (PAPEL E DEMAIS RECICLÁVEIS E FICHAS UTILIZADAS PARA DIAGNÓSTICOS) Pesagem da Coleta Seletiva no Campus "Luiz de Queiroz" Data da coleta: 27/04/2006 Data da Pesagem: 28/04/2006 Balança utilizada: Filizola - Peso máx 30kg, Peso mín 125g e Margem de erro de 5g Responsáveis: Nelson, Thais Felippe, Lucas Milanni e Márcia Martilho Pesagem referente ao material separado durante 1 semana (kg) No. Ponto de Coleta Setor/ Departamento Papel Papelão Demais 0 Garagem - 0 0 0 1 Entomologia Laboratório 0 0,34 4,15 Administração 3,2 9,385 3,83 2 Engenharia Rural Administração 0 0 0
Laboratório/Salas de aula 4,55 6,74 0
3 Prédio Central Administração 18,89 3,56 0
4 Restaurante Central 0 16,28 0
5 Solos Administração 8,4 7,74 25,74 Laboratório 0 0 0 6 Agricultura Administração 0,66 0 0 7 Centro Médico 0 2,76 5,99
8 Zootecnia Ruminantes 0 0 0
9 Produção Animal 0 0 0 10 LAN Administração 10,14 9,42 10,44 Laboratório de Toxinas 4,02 1,22 5,835 Pescado 0 0 0
11 Sementes Agricultura Administração 13 0 0
12 Ascampus 0 0 0 13 Zootecnia Administração (Prédio) 10,59 0,305 1,9
Clínica do leite (Parte baixa) 0 18,35 0
14 Seção de Alunos (pós) Administração 4,5 1,58 0
15 Biblioteca Central 9,33 0 1,44
16 Genética Administração (Prédio 1) 3,89 2,895 0
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 300
No. Ponto de Coleta Setor/ Departamento Papel Papelão Demais 17 CIAGRI Administração 0 3,835 1,115
18 Economia doméstica Administração 0 0 0
Laboratório 0 0 0 19 Química Nutrição Mineral 2,3 0 3,065 Química 2,63 0 0 Bioquímica 2,23 0 0
20 Centro odontológico 3,975 1,1 0
21 Microscopia Eletrônica
Salas/ Administração Pós Graduação 0 0 0
Laboratório 0 0 0
22 Pavilhão da Botânica Fitopatologia 9,73 1,385 0
Horticultura 0 0 0
Botânica (Plantas Medicinais) 1,8 0 2,76
23 Laboratório Ricardo Ribeiro Rodrigues 7,06 0,83 0,085 24 Ciências Florestais 14,105 6,075 21,19 25 Plantas Medicinais Walter Acorsi 3,85 0,53 1,57 26 Gráfica Central PCLQ 42,86 3,5 0 27 CEBTEC 9,9 0,9 0,655 28 ESALQ JR. 0 1,23 0 29 GADE/ USP RECICLA 0 1,16 0,825
30 Zootecnia não ruminante
Aviário (Prédio 1/ Administração) 0 0 1,84
Crescimento e Nutrição Animal 0 0 0
Casa Paker 0 1,265 0,51 Piscicultura 0 0 0 Jacaré 0 0 0
31 CENA Isótopos estáveis 3,665 2,01 0
Prédio III 12,65 2,34 0,62 Administração 40,005 4,03 15,2 Ponto novo 9,015 0 8,135 32 Ccin 1,115 5,27 0 33 NUPEGEL 0 0 0 34 Serviço Social 3,615 0 0 35 Engenharia LCE 1,3 0 0,28 LES 3,055 0,515 1,07 36 Maracanã 2,52 2,63 0 37 CEPEA 12,615 0,69 1,93 38 DVINFRA 3,68 0 0 39 MUSEU 3,315 0,925 1,705
No. Ponto de Coleta Setor/ Departamento Papel Papelão Demais
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 301
40 Terceiros 0 0 14,37 TOTAL 288,16 120,795 136,25
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 302
1.3.5. ANEXO – RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL Estimativa de resíduos Resíduos de manutenção de resíduos Pneus: Procedimento: A prefeitura armazena até se obter uma quantidade interessante para ser executado um processo de venda, onde este “lote” de pneus, em torno de 100 unidades, é vendido pela melhor proposta em três apresentadas, geralmente empresas de ressolagem. Este procedimento é adotado para todos os veículos da Prefeitura e da Esalq. A verba é revertida para a tesouraria, e os pneus sem condições de venda são levados junto com o lote de pneus vendido. - Quantidade gerada: São consumidos aproximadamente 4 pneus por mês. Óleo lubrificante - Procedimento: Os óleos lubrificantes utilizados são armazenados pela Prefeitura em suas próprias embalagens e vendidos no mesmo processo dos pneus para empresas interessadas. Este procedimento é adotado para todos os veículos da Prefeitura e da Esalq. Suas embalagens, tambores de 200 l, também são reaproveitadas na própria garagem ou dentro da Campus. - Quantidade gerada: São consumidos entre 3.000 e 4.000 litros a cada dois anos em média. (~ 145 l/mês). Peças de metal- Procedimento: Idêntico ao dos pneus e óleos lubrificantes. - Quantidade gerada: Muito difícil de ser determinada Estopas e demais resíduos - Procedimento: Descarte no lixo comum. - Quantidade gerada: aproximadamente 10 kg/mês Bicicletas abandonadas - Procedimento: - fica à disposição do proprietário na sede da Guarda Universitária por 90 dias, depois é encaminhada para a delegacia. Para que seja doada para a Universidade é necessária uma autorização do Delegado de Policia. Seção de pintura Latas de tinta - Procedimento:Descarte no lixo comum - Quantidade gerada:Aproximadamente 30 latas/mês Adesivos - Procedimento:Descarte no lixo comum - Quantidade gerada: Aproximadamente 30 Kg/mês
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 303
Equipamentos (pincéis, rolos, etc.) - Procedimento: Descarte no lixo comum - Quantidade gerada: Aproximadamente 15 unidades/mês Resíduos de construção civil Manutenção do Campus (Seção de obras – PCLQ) - Procedimento:Bota fora em área do Campus - Quantidade gerada:Aproximadamente 5 tn/mês (se posto em caçambas de 3 tn a R$ 60,00 a unidade = R$ 1.440,00/ por ano, custo apenas da fornecimento e retirada da caçamba, sem mão-de-obra de enchimento da caçamba) Manutenção independente dos departamentos- sem estimativas Obras terceirizadas - 137 kg/m2 , valor médio de geração de entulho em obras de diversos tipos (reformas, manutenção, obras novas, etc.), aproximadamente 6.000 m2 de reformas no ano de 2005 6.000 x 137 = 822 toneladas de entulho em obras terceirizadas, isto é, disposta fora do campus. Aproximadamente 68,50 tn/mês ou ainda 114 m3 de entulho por mês. Total de entulho gerado no campus por ano= 60 tn (PCLQ) + 822 tn (obras terceirizadas) = 882 tn/ ano = 1.470 m3/ano = 73,5 tn/mês = 122,50 m3/ano Resíduos de construção e demolição (RCD) – Metodologia de levantamento Definição de RCD: todo o rejeito de materiais utilizados na execução de todas as etapas de obras de construção civil. A metodologia para levantamento do resíduo foi baseada na geração de RCD no município de São Carlos Onde, foram selecionadas 5 obras: Obra 1: reforma: 358,56m2 , acabamento refinado Obra 2: construção de um prédio de quatro pavimentos 716,45m2 , acabamento médio/fino Obra 3: construção de uma residência 126,22m2 , acabamento médio Obra 4: conjunto residencial de cinco casas 336,19m2 acabamento médio Obra 5: conjunto residencial assobradada 257,79m2 acamamento refinado, classe alta - resultados obtidos em quantidade de entulho RCD Obra 1: 19 caçambas com capacidade para 3 ton cada, logo 57 ton ou aprox.160 kg/m2 Obra 2: 30 caçambas com capacidade para 3 ton cada, logo 90 ton ou aprox.126 kg/m2
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 304
Obra 3: 11 caçambas com capacidade para 3 ton cada, logo 33 ton ou aprox.261 kg/m2 Obra 4: 12 caçambas com capacidade para 3 ton cada, logo 36 ton ou aprox.106 kg/m2 Obra 5: 10 caçambas com capacidade para 3 ton cada, logo 30 ton ou aprox.39 kg/m2 Obs: 1m3 de entulho pesa 0,60 ton A taxa de geração destas cinco obras geradas foi de 137,02 kg/m2 - Legislação específica : Resolução 307 do Conama.
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 305
1.4. ANEXO – PRODUÇÃO CIENTÍFICA TRABALHOS DA COMISSÃO DE RESÍDUOS QUÍMICOS DA ESALQ Estratégias para gestão de resíduos e suas contribuições na elaboração do Plano Diretor Socioambiental do Campus “Luiz de Queiroz. FERRAZ, E.M.; MASETTO, A.V.; MEIRA, A.M.; SILVA, A.R.; PASTOR, C.G.; CARDOSO, D.; SILVA JR, L.A.; COOPER, M. Apresentado no III Congresso Brasileiro do Instituto de Ciência e Tecnologia em Resíduos e Desenvolvimento Sustentável, 2006. Programa de Gerenciamento de Resíduos Químicos da escola superior de agricultura “Luiz de Queiroz”: cenário atual e perspectivas futuras. MASETTO, A.V.; MEIRA, A.M.; SILVA, A.R.; PASTOR, C.G.; CARDOSO, D.; FERRAZ, E.M.; SILVA JR, L.A.; COOPER, M. Apresentado no III Congresso Brasileiro do Instituto de Ciência e Tecnologia em Resíduos e Desenvolvimento Sustentável, 2006. A ambigüidade do desenvolvimento. CARDOSO, D.; COOPER, SILVA, A.R.; MASETTO, A.V.; MEIRA, A.M. Apresentado na FEIRA COSEAS, 2006.
TRABALHOS DO GRUPO DE PESQUISA DO LTR/CENA
Reciclagem de cobre proveniente de analisador elementar de carbono e nitrogênio (1) BENDASSOLLI, J. A.; MORTATTI, J.; TRIVELIN, P. C. O.; IGNOTO, R. F.;
BONASSI, J. A.; TAVARES, G. A.. Química Nova, v.25, n.2, p.312-315, 2002.
Gerenciamento de resíduos químicos e águas servidas no Laboratório de Isótopos Estáveis do CENA/USP (2) BENDASSOLLI, J.A.; MAXIMO, E.; IGNOTO, R.F.; TAVARES, G.A..
Química Nova, v.26, n.4, p.612-617, 2003. Procedimentos para recuperação de Ag de líquidos e sólidos (3) BENDASSOLLI, J. A.; TAVARES, G. A; IGNOTO, R. F.; ROSSETI.. Química Nova, v. 26, n. 4, p. 578-581, 2003. Implantação de uma central de produção de água desionizada para uso nos laboratórios do CENA/USP empregando resinas de troca-iônica (4) TAVARES, G. A.; BENDASSOLLI, J. A.; SOUZA, G.; NOLASCO, F. R.. Analytica, v. 2, n. 10, p. 36-42, 2004. Recuperação de bromo de soluções aquosas residuais
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 306
(5) TAVARES, G. A.; BENDASSOLLI, J. A.; SOUZA, G.; NOLASCO, F. R.; BONASSI, J. A.; BATAGÉLLO, H. H.. Química Nova, v. 27, n. 2, p. 320-322, 2004. Implantação de um programa de gerenciamento de resíduos químicos e águas servidas nos laboratórios de ensino e pesquisa do CENA/USP (6) TAVARES, G. A.; BENDASSOLLI, J. A.. Química Nova, v.28, n.4, p.732-738, 2005. ARTIGOS CIENTÍFICOS PRODUZIDOS PELA EQUIPE DE PROFISSIONAIS DO USP RECICLA, APRESENTADOS EM SIMPÓSIOS, CONFERÊNCIAS E FÓRUNS.
Ampliação da coleta seletiva de recicláveis no Campus USP – São Carlos D’ALOIA, Luís Gustavo P. & LEME, Patrícia Silva Apresentado na II Conferência Municipal de Meio Ambiente e Educação Ambiental: Por um Programa Municipal de Educação Ambiental, 2005.
Formação de Agentes Locais de Sustentabilidade Sócio-Ambiental pelo Programa USP Recicla Leme, P.C.S. ; Meira, A.M. ; Rosa, A.V.; Sudan, D.C.; Teixeira, E.L.; Rocha, P.E.D.; Carvalho, R., Laurenti, R. Apresentado no Simpósio Comemorativo dos 10 anos do Curso de Educação Ambiental e Recursos Hídricos, 2004
Formação de Agentes Locais de Sustentabilidade Sócio-Ambiental pelo Programa USP Recicla Antonio Vitor Rosa, Daniela Cassia Sudan, Patricia C. Silva Leme, Ana Maria De Meira, Regina Carvalho, Elizabeth T. Lima, Paulo Diaz Rocha, Ruy Laurenti Apresentado no V Fórum de Educação Ambiental, 2004.
Programa USP Recicla: como construir uma gestão compartilhada? Carvalho, M.R., Guarnieri, M.C.L, Leme, P.C.S., Lima, E.T., Meira, A M., Rosa, A V., Sorrentino, M , Sudan, D.C. Apresentado no I Congresso Mundial de Educação Ambiental, em Espinho, Portugal. Maio/2003
Educ(Ação) continuada – USP Recicla envolvendo sua comunidade Apresentado no 1o Fórum das Universidades Públicas Paulistas de Ciência e Tecnologia em resíduos, realizado em São Pedro, maio 2003.
Projeto de minimização de resíduos sólidos no restaurante central do Campus de São Carlos da Universidade de São Paulo. Raquel de Luca Menezes, Fernando César Almada Santos, Patrícia Cristina Silva Leme Revista Produção on line: revista cientifica eletrônica de engenharia de produção. Edição especial Enegep 2002, volume 3, numero 1, abril 2003
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 307
Projeto USP Recicla na África do Sul: trocando experiências em educação ambiental LEME, Patrícia Silva. Trocando experiências na África do Sul. Jornal da USP, São Paulo, 27 abr. a 3 maio 1998. p. 12
Projeto de minimização de resíduos sólidos no restaurante central do Campus de São Carlos da Universidade de São Paulo Raquel de Luca Menezes, Fernando César Almada Santos, Patrícia Cristina Silva Leme Apresentado no XXII Encontro Nacional de Engenharia de Produção, 23 a 25 de outubro de 2002
Projeto de minimização de resíduos sólidos no restaurante central do Campus de São Carlos da Universidade de São Paulo Raquel de Luca Menezes, Fernando César Almada Santos, Patrícia Cristina Silva Leme Apresentado no IX SIICUSP 2001 - 9º Simpósio Internacional de Iniciação Científica da USP - 2001
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 308
2. ANEXOS GT PERCEPÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL 2.1. ANEXO - QUESTIONÁRIO APLICADO Questionário para Diagnóstico da Percepção Ambiental da Comunidade do Campus “Luiz de Queiroz” Instruções Legenda geral: não existem respostas certas ou erradas. Questão de opção única: o entrevistado deve escolher apenas uma opção O entrevistado pode escolher mais de uma opção. Neste caso, anotar todas as escolhidas. NR nas questões não respondidas pelo entrevistado Perguntas abertas: vêm com um (A) na frente - NÃO se devem informar as opções de resposta para o entrevistado. Simplesmente anotar suas respostas nas opções que melhor se enquadrarem. Perguntas fechadas: é possível (mas nem sempre desejável ou necessário) informar as opções para o entrevistado IDENTIFICAÇÃO: QUESTIONÁRIO N°: Data da Entrevista: / maio /2006 Horário inicial: ____h____ Entrevistador: Nome do Entrevistado: 1. .Sexo 1) feminino 2) masculino 2.Idade 1) de 16 a 25 anos 2) de 26 a 35 anos 3) de 36 a 45 anos 4) de 46 a 60 anos 5) mais de 60 anos 3.Categoria _ Aluno Graduação _ Aluno PG _ Docente _ Funcionário _ Funcionário Terceirizado/conveniado _ Usuários/comunidade 4.Unidade _ ESALQ _ PCLQ _ CENA _ CIAGRI _ UBAS .HU _ Conveniados (CEPEA,IPEF,FEALQ,pesquisadores em projetos) 5.Departamento
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 309
_ LAN _ LCF _ LEF _ LSN _ LCB _ LES _ LGN _ LZT _ LCE _ LER _ LPV 6. Participa de algum órgão representativo do Campus indicado abaixo? _ Conselho de Depto./Curso _ CTA/Congregação/Conselho do Campus _ Associações e Sindicatos de classe _ Centros Acadêmicos APENAS para FUNCIONÁRIOS da ESALQ/ PCLQ/CENA/CIAGRI/Outros 7. Setor/Serviço _ Administrativo _ Técnico _ Manutenção _ Segurança APENAS para ESTUDANTES 8. Nível _ Graduação _ Mestrado _ Doutorado _ Pós Doutorado Apenas para estudantes GRADUAÇÃO 9. Curso Eng.Agronômica Eng. Florestal Gestão Ambiental C. Econômicas C.Biológicas C. dos Alimentos 10. Semestre 1º. 3º. 5º. 7º. 9º. 11º. em diante 11. Curso Pós Graduação _ Ciência Animal e Pastagens _ Ciência e Tecnologia de Alimentos _ Ecologia de Agroecossistemas _ Economia Aplicada _ Entomologia _ Estatística e Experimentação Agronômica _ Física do Ambiente Agrícola _ Fisiologia e Bioquímica de Plantas _ Fitopatologia _ Fitotecnia _ Genética e Melhoramento de Plantas _ Irrigação e Drenagem _ Máquinas Agrícolas _ Microbiologia Agrícola _ Recursos Florestais _ Solos e Nutrição de Plantas APENAS para USUÁRIOS e COMUNIDADE: 12. O que você veio fazer no Campus “Luiz de Queiroz”? _ realizar atividades físicas _ utilizar serviços/extensão _ lazer _ Outra atividade. Qual____________________ _ NS/NR PARA TODOS:
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 310
13. Em geral, quanto tempo você permanece no Campus? _ Até 1 hora _ De 1a 4 horas _ De 4 a 6 horas _ De 6 a 8 horas _ Mais de 8 horas _ NS/NR 14. Qual (is) meio(s) de transporte você mais utiliza para vir ao Campus? Carro Ônibus Bicicleta A pé Moto NR 15. Com que freqüência você vem ao Campus? _ diariamente _ de uma a três vezes por semana _ eventualmente _ NS/NR 16. Há quanto tempo você freqüenta o Campus? _ Até 1 ano _ de 2 a 5 anos _ de 6 a 10 anos _ de 10 a 20 anos _ mais de 20 anos _ NS/NR 17. Pensando no Campus, você diria que ele é um lugar: _ Muito agradável _ Agradável _ Pouco agradável _ Desagradável _ NS/NR 18. Quais lugares você freqüenta no Campus? (marcar apenas os utilizados) Gramadão Prédio Central Ruas do Parque Trilhas e matas Áreas experimentais (hortos, estufas. Áreas de cultivo) Departamentos/Setores/Laboratórios Área em frente ao CV Coreto Questionário para Diagnóstico da Percepção Ambiental da Comunidade do Campus “Luiz de Queiroz” 3 / 3 Plano Diretor Socioambiental - Maio 2006 Coordenadora Geral do GT Percepção e Educação Ambiental: profa. Dra. Carmem Lúcia Rodrigues (LCF/ESALQ) Casa do Estudante/Vila Estudantil Fazenda Areão Outro. Qual __________________ Lagos NS/NR
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 311
19. Dos serviços abaixo listados, quais você utiliza? (marcar apenas os utilizados) Ambulatório Médico Lanchonete Coral “Luiz de Queiroz” Bibliotecas Serviços Técnicos à Comunidade (*) Serviço Odontológico Centro de Esportes-“Atlética” Grupo de Teatro Sala de Usuários do CIAGRI Serviço de Psicologia Creche Assessoria de Comunicações da ESALQ (ACOM) Associações (SINFESALQ, ASCAMPUS, AFCENA, APG,ADEALQ, ADUSP,ADAE) Serviço Social Núcleo de Educação de Adultos Xerox (copiadora “Luiz de Queiroz”) Bancos (Brasil, Santander-Banespa) Restaurante – “RUCAS” Curso de Inglês-DVATCOM EDUSP/Livraria Pontos de Venda (Leiteria, Raízes, Horta) Outros. Quais_________________________ NS/NR (*) Laboratório de plantas medicinais do Prof. Walter Accorsi, Equoterapia, Laboratório de Fitopatologia, Clínica do Leite, Análise do Solo, Análise da água, Caso do Produtor Rural e outros de caráter técnico e institucional 20. Você diria que se interessa pela questão do Meio Ambiente? _ muito _ mais ou menos _ pouco _ nada _ NS/NR 21. O que você acha que faz parte do meio ambiente aqui no Campus? Árvores Lagos/lagoas Prédios Rio/Riacho/Córrego Animais Silvestres Animais domésticos e de criação Solo/Campos/Áreas cultivadas Resíduos/Esgoto CV e áreas de vivência Carros Pessoas Matas/APP/Reserva Legal Clima/Temperatura Ar
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 312
Tudo Outro. Qual __________________ NS/NR 22. Você percebe alguma mudança no Campus nos últimos tempos? _ Sim _ Não (A) Qual (is) (A) A que você atribui esta mudança? 23. Na sua opinião, a situação do Meio Ambiente no Campus é: _ muito boa _ boa _ regular _ ruim _ NS/NR 24. Você poderia citar 3 (três) exemplos de problemas ambientais que ocorrem no Campus? Qual é a ordem de importância desses problemas citados por você? 25. Das questões listadas abaixo, quais você considera que são problemas no Campus? Quantidade de carrapatos Quantidade de carros Grau de envolvimento das pessoas com o Campus Resíduos químicos dos laboratórios Lixo/Resíduos orgânicos Gatos e cachorros abandonados Poluição das águas Qualidade da água dos bebedouros Planejamento do espaço Arborização e paisagismo Conforto térmico dos ambientes fechados Qualidade do ar Falta de matas ciliares Presença de matas ciliares Manejo/Uso do solo/Erosão/Assoreamento Outro. Qual __________________ NS/NR 26. (A) Quem você considera responsável pela solução dos problemas que você citou? Prefeitura do Campus Departamentos/Chefes dos departamentos Diretoria Estudantes Professores Funcionários Prefeitura de Piracicaba Reitoria da USP Estado de São Paulo Usuários e comunidade do Campus Todo mundo (citar pelo menos 3 especificações) Outro(s) Qual(is) __________________ NS/NR 27. (A) De onde vêem as informações e os conhecimentos ambientais que você tem?
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 313
TV Rádio Revistas e Jornais Revistas científicas ou especializadas Conversas com amigos, colegas, parentes Cursos Internet Livros Formação Profissional Prática Profissional Outro(s) Qual(is) __________________ NS/NR 28. Como você avalia o seu nível de informação sobre Meio Ambiente? _ ótimo _ bom _ regular _ ruim _ NS/NR SOMENTE PARA ESTUDANTES (questões 29 a 32) 29. O seu curso contribui para a sua formação sócio-ambiental como profissional? _ sim (A) Como? _ não 30. (A) Quais são as principais disciplinas que contribuem para a sua formação sócio-ambiental (obrigatórias, optativas, extracurriculares e como ouvinte)? 31. Você acha que essas disciplinas são abordadas de forma interdisciplinar no seu curso? _ sim _ não (A) Exemplifique: 32. O Campus é utilizado como laboratório de aulas práticas nas disciplinas em geral? _ Muito _ mais ou menos _ pouco _ nada _ NS/NR (A) Exemplifique SOMENTE PARA PROFESSORES (questões 33 a 37) 33. O(s) curso(s) de graduação em que você leciona contribui (em) para a formação sócio-ambiental dos estudantes? _ Muito _ mais ou menos _ pouco _ nada _ NS/NR (A) Exemplifique: 34. (A) Quais são as disciplinas que você ministra que contribuem para a formação sócio-ambiental dos estudantes? 35. Você acha que existe interdisciplinaridade no curso em que você está envolvido? _ Muito _ mais ou menos _ pouco _ nada _ NS/NR (A) Exemplifique: 36. A(s) pesquisa(s) que você desenvolve relaciona(m)-se com a área ambiental? _ Muito _ mais ou menos _ pouco _ nada _ NS/NR (A) Exemplifique:
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 314
37. O Campus é utilizado como laboratório para suas pesquisas e aulas práticas? _ Muito _ mais ou menos _ pouco _ nada _ NS/NR (A) Exemplifique: SOMENTE PARA FUNCIONÁRIOS (questão 38) 38. O seu trabalho contribui para a melhoria ambiental do Campus? _ Muito _ mais ou menos _ pouco _ nada _ NS/NR (A) Exemplifique: PARA TODOS ENTREVISTADOS 39. Você costuma discutir sobre Meio Ambiente? _ Muito _ mais ou menos _ pouco _ nada _ NS/NR (A) Onde: no trabalho na igreja na escola na universidade NS/NR com amigos na família/em casa em grupos organizados. Qual (is): 40. (A) VC conhece algum grupo/entidade/organização que atua na área ambiental? Greenpeace; SOS Mata Atlântica; Comitê de Bacias Hidrográficas (PCJ, AT etc.); IBAMA/MMA; Partido Verde; Projeto Tamar;Piracicaba 2010; Grupo Amaranthus; Projeto Pisca; PET Ecologia; IPEF; Instituto Agronômico; NEPAM; Instituto Socioambiental ISA; Instituto ECOAR; WWF; CETESB Secretaria de Estado do Meio Ambiente; Secretaria Municipal de Defesa do Meio Ambiente; (SEDEMA); GADE; USP Recicla; Instituto Akatu; Instituto Amazônia; Imaflora; Universidade NS/NR Outras. Quais? 41. (A) Quais os grupos/estágios/comissões do Campus que contribuem para ampliar seus conhecimentos socioambientais? 42. Você participa de algum deles? _ Não _ Sim (A) Quais: 43. Você contribui para a melhoria da qualidade ambiental do Campus? _ Muito _ mais ou menos _ pouco _ nada _ NS/NR (A) Exemplifique: 44. Você contribui para a degradação ambiental do Campus? _ Muito _ mais ou menos _ pouco _ nada _ NS/NR (A) Exemplifique: 45. Quais as atitudes que você pessoalmente adotaria para a melhoria ambiental do Campus? (CITAR AS ALTERNATIVAS!). Separar papel, vidros, latas, plásticos e alimentos para reaproveitamento. Participar eventualmente de atividades educativas socioambientais no campus: palestras, cursos etc. Reduzir o consumo de energia elétrica. Reduzir o consumo de água. Promover ações socioambientais no campus. Uso da caneca e de outros materiais duráveis em todos os locais do campus. Racionalizar o uso de papel: imprimir frente e verso e exigir papel reciclado no xerox, etc. Deixar de usar o carro/ moto uma vez por semana. Participar continuamente de iniciativas, campanhas e programas socioambientais no campus.
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 315
Adotar um animal abandonado no Campus. Dar carona. Outra(s). Qual(is):_______________________________________________________________ Não faria nada pela melhoria ambiental do Campus NS/NR 46. Você já ouviu falar do plano diretor sócio-ambiental participativo que está em elaboração? _ sim _ não (A) Como tomou conhecimento? 47. Você participa e/ou participou da elaboração do Plano Diretor Socioambiental do Campus Luiz de Queiroz? _ sim _ não (A) Como? 48. Você gostaria de participar do Plano Diretor Socioambiental do Campus Luiz de Queiroz? _ Muito _ mais ou menos _ pouco _ não _ NS/NR Como? Participar de grupo de trabalho temático; participar de reuniões, encontros, seminários; receber informações sobre o andamento dos trabalhos Outra(s). Qual(is): NS/NR
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 316
2.2. ANEXO - RELATÓRIOS DAS DIVERSAS CATEGORIAS RELATÓRIO QUESTIONÁRIO SOCIOAMBIENTAL - COMUNIDADE Amostragem: 22 membros da comunidade e conveniados do Campus (os gráficos cuja somatória for maior que 22, representam questões com mais de uma opção) Entrevistas realizadas de 21 a 25 de maio de 2006 Questão 1 – Gênero
Gênero Comunidade
14; 64%
8; 36%
F
M
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 317
Questão 2 – Idade dos entrevistados
Idade dos entrevistados Comunidade
3; 14%
7; 31%
5; 23%
3; 14%
4; 18%16 a 25
26 a 35
36 a 45
46 a 60
mais de 60
Questão 3 - Unidades dos entrevistados
Unidade dos entrevistados Comunidade
9; 41%
13; 59%
ESALQ
Conveniados
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 318
Questão 12 – O que vem fazer no Campus
Motivo da visita ao campus Comunidade
19; 86%
2; 9%
1; 5%
0; 0%não respondeu
serv.extensão
At. Física
lazer
Questão 13 - Tempo e permanência no Campus
Tempo de permanência no campus Comunidade
14; 64%
6; 27%
2; 9%
mais e 8h
até 1 h
de 1 a 3h
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 319
Questão 14 – Principais meios de locomoção para chegar ao Campus
Meios de transporte para chegar ao campus Comunidade
15; 53%
7; 24%
5; 17%
1; 3%
1; 3%
carro
pé
bicicleta
onibus
moto
Questão 15 – Com que freqüência você vem ao Campus
Frequencia de visita ao Campus Comunidade
18; 81%
2; 9%
1; 5% 1; 5%
diariamente
1 a 3 dias
eventualmente
NS/NR
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 320
Questão 16 - Há quanto tempo você freqüenta o Campus?
Tempo que frequenta o campus Comunidade
6; 27%
6; 27%5; 23%
4; 18%
1; 5% 0; 0%10 a 20
mais de 20
2 a 5
6 a 10
até 01 ano
Ns/NR
Questão 17 - Pensando no Campus, você diria que ele é um lugar:
O que pensa sobre o campus - Comunidade
13; 59%
9; 41%agradável
muito agrad
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 321
Questão 18 - Quais lugares você freqüenta no Campus?
Lugares mais frequentados no Campus pela Comunidade
1511 10
7 7 62 1 1 0 00
2468
10121416
ruas
Dep
tos/
lab
p. c
entr
al
gram
adão CV
Exp
erim
ento
s
Are
ão
oret
o
lago
s
trilh
as
vila
e C
euNo
. d
e en
trev
ista
do
s
Questão 19 - Dos serviços abaixo listados, quais você utiliza?
Serviços mais utilizados no campus pela Comunidade
1614 13
11 11 11 108 8 8
6 6 5 4 3 2 1 1 0 0 002468
1012141618
No
. d
e en
trev
ista
do
s
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 322
Questão 20 - Você diria que se interessa pela questão do Meio Ambiente?
Interesse pelo meio ambiente Comunidade
10; 45%
6; 27%
5; 23%
1; 5%0; 0% Muito
M.Menos
Pouco
Ns/Nr
Nada
Questão 21 - O que você acha que faz parte do meio ambiente aqui no Campus?
O que faz parte do meio ambiente no campus - Comunidade
118 7 6 5 5 5 4 4 4
1 1 0 0 002468
1012
árvo
res
tudo
pess
oas
anim
ais
silv
rios
lago
s
nr/n
s
mat
as ar
anim
ais
dom
es
solo
s
resí
duos
préd
ios cv
clim
aNo
. d
e en
trev
ista
do
s
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 323
Questão 22 - Você percebe alguma mudança no Campus nos últimos tempos?
Percebe mudaças no campus - Comunidade
16; 73%
6; 27%
não
sim
Questão 23 - Na sua opinião, a situação do meio ambiente do Campus é:
Situação do meio ambiente no campus - Comunidade
11; 50%9; 41%
2; 9%
boa
regular
muito boa
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 324
Questão 24 - Você poderia citar 3 (três) exemplos de problemas ambientais que ocorrem no Campus? Qual a ordem de importância desses problemas citados por você?
Priori 1
Priori 2
Priori 3
Problemas Ambientais que Ocorrem no Campus Capivaras e Carrapatos 6 Lixo/Coleta seletiva 3 1 Desperdício 1 1 Resíduos Químicos e Laboratoriais 2 Matas Ciliares/APPs 1 1 Sensibilização e Colaboração 1 Veículos 1 4 1 Agrotóxicos 1 Tratamento do Esgoto do Campus 1 1 Retirada do restaurante dos docentes 1 1 Água servida no campus 1 Acesso ao Campus 1 Mau aproveitamento do espaço 1 Ns/Nr 8 11 16 Total 22 22 22
Questão 25 - Das questões listadas abaixo, quais você considera que são problemas no Campus?
Principais problemas do Campus - Comunidade
20 1815 13 12 10 10 9 7
4 3 2 2 1 00
5
10
15
20
25
No
. d
e en
trev
ista
do
s
Questão 26 - (A) Quem você considera responsável pela solução dos problemas que você citou?
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 325
Responsáveis pelas soluções - Comunidade
14
7 6 53 3 2 2 2 1 10
2468
10121416
Pcl
q
Tod
os
dire
toria
Com
unid
ade
estu
dant
es
Est
ado
deS
P
prof
esso
res
func
ioná
rios
Pm
unic
ipal
chef
ede
ptos
reito
ria
No
. d
e en
trev
ista
do
s
Questão 27 -. (A) De onde vêem as informações e os conhecimentos ambientais que você tem?
Fontes de informações sobre o meio ambiente - Comunidade
12
5 4 4 3 3 3 31 1 10
2468
101214
TV
revi
stas
rádi
o
livro
s
conv
ersa
s
inte
rnet
form
.pro
f
prat
ica
revi
stas
cien
tific
as
curs
os
ns/N
R
No
. d
e en
trev
ista
do
s
Questão 28 - Como você avalia o seu nível de informação sobre Meio Ambiente?
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 326
Nível de informação sobre o meio ambiente - Comunidade
9; 40%
9; 41%
2; 9%1; 5% 1; 5%
bom
regular
ruim
ótimo
Ns/Nr
Questão 29 - Você costuma discutir sobre Meio Ambiente?
Discussões sobre meio ambiente - Comunidade
7; 32%
7; 32%
4; 18%
4; 18% 0; 0%nada
Mais Menos
Pouco
Muito
Ns/Nr
Questão 39 - Onde ocorre a discussão?
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 327
Onde se discute meio ambiente - Comunidade
10; 36%
8; 30%
5; 19%
3; 11% 1; 4%amigos
trabalho
família
universidade
grupos
Questão 40 - Você conhece algum grupo/entidade/organização que atua na área ambiental?
Grupos/entidades de ação ambiental mais conhecidos para a Comunidade
7 64 3 3
2 2 2 1 1 1 1 1012345678
No
. de
entr
evis
tad
os
Questão 41 - (A) Quais os grupos/estágios/comissões do Campus que contribuem para ampliar seus conhecimentos sócioambientais? Você participa de algum deles?
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 328
Participação em grupos ambientais - Comunidade
20; 91%
2; 9%
não
sim
Questão 43 - Você contribui para a melhoria da qualidade ambiental no Campus?
Contribui para a qualidade ambiental do campus - Comunidade
7; 32%
6; 27%
4; 18%
4; 18%1; 5%
Mais Menos
Pouco
Muito
nada
Ns/Nr
Questão 44 - Você contribui para a degradação ambiental?
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 329
Contribuição para a degradação ambiental - Comunidade
17; 77%
3; 14%2; 9%
0; 0%
0; 0% nada
pouco
mais ou menos
muito
Nrs/nr
Questão 45 - Quais as atitudes que você pessoalmente adotaria para a melhoria ambiental do Campus?
Atitudes que adotaria - Comunidade
2017 16 16 15 15 13 12
7 5 50
5
10
15
20
25
sepa
rre
cicl
avei
s
redu
zir
ener
gia
part
icip
aren
cont
ros
redu
zir
agua
impr
imir
vers
o
deix
arve
icul
o
usar
dura
veis
dar
caro
na
prom
over
açõe
s
cam
panh
as
adot
aran
imal
No
. d
e en
trev
ista
do
s
Questão 46 - Você já ouviu falar do plano diretor sócio-ambiental participativo que está em elaboração?
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 330
Conhece o Plano Diretor - Comunidade
17; 77%
5; 23%
não
sim
Questão 47 - Você participa e/ou participou da elaboração do Plano Diretor Sócio ambiental do Campus Luiz de Queiroz?
Participa do Plano Diretor - Comunidade
1; 5%
21; 95%
não
sim
Questão 48 - Você gostaria de participar do Plano Diretor Sócio ambiental do Campus Luiz de Queiroz?
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 331
Gostaria de participar - Comunidade
10; 45%
5; 23%
2; 9%
3; 14%2; 9% Não
Ns/Nr
Pouco
Mais ou Menos
muito
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 332
RELATÓRIO QUESTIONÁRIO SOCIOAMBIENTAL – GRADUAÇÃO
Amostragem: 53 alunos da ESALQ e CENA (os gráficos cuja somatória é maior que 53, representam questões com mais de uma opção) Entrevistas realizadas de 21 a 25 de maio de 2006 Questão 1 - Gênero
Gênero -Graduação
F; 22; 42%
M; 31; 58%
F
M
Questão 2 – Idade dos entrevistados
Idade dos alunos de Graduação
51; 96%
2; 4%
16 a 25
26 a 35
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 333
Questão 3 - Unidades dos entrevistados
100% dos entrevistados são estudantes da ESALQ Questão 4 – Participa de algum órgão representativo do Campus indicado abaixo?
Participação em órgãos Graduação
7; 13%
1; 2%
1; 2%
44; 83%
C.A.
ConselhoDepto..Curso
Associações
Não Part./Nr.
Questão 10 – Semestre dos alunos entrevistados
Semestre dos entrevistados Graduação
10; 19%
10; 19%
10; 19%9; 17%
8; 15%
6; 11% 1o.
3o.
4o.
5o.
2o.
6o.
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 334
Questão 11. Curso de Graduação
Curso dos entrevistados Graduação
29; 55%
6; 11%
5; 9%
5; 9%
4; 8% 4; 8%E.Agron.
E.Flor.
G.Amb.
C.Alim.
C.Econ.
C.Biol.
Questão 13 - Tempo de permanência no Campus
Tempo de permanência no Campus Graduação
20; 39%
18; 35%
10; 20%
3; 6% 0; 0% mais 8h.
6 a 8h.
4 a 6h.
1 a 4h.
até 01 h.
02 pessoas não responderam
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 335
Questão 14 – Principais meios de locomoção para chegar no Campus
Meios de transporte dos estudantes para chegar ao Campus Graduação
31; 42%
21; 28%
21; 28%
1; 1%
1; 1%
pé
carro
bicicleta
ônibus
moto
Questão 15 – Com que freqüência você vem ao Campus 98% dos estudantes vem diariamente ao Campus Questão 16 - Há quanto tempo você freqüenta o Campus?
Tempo que frequenta o campus Graduação
30; 56%13; 25%
7; 13%3; 6%
2 a 5
até 01 ano
6 a 10
mais de 20
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 336
Questão 17 - Pensando no Campus, você diria que ele é um lugar:
O que pensa sobre o Campus Graduação
30; 57%
23; 43%Muito agradável
Agradável
Questão 18 - Quais lugares você freqüenta no Campus?
Lugares mais frequentados pela Graduação
0
3991414141722
314348
0
20
40
60
No
. d
e es
tud
ante
s p
or
lug
ar
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 337
Questão 19 - Dos serviços abaixo listados, quais você utiliza?
Local
Frequência
Bibliotecas 51
Xérox 50
Lanchonete 49
Bancos 43
Ciagri 43
Restaurante Universitário 41
Ambulatório Médico 33
Cefer 33
Edusp 17
Pontos de Vendas 16
Serv. Social 16
ACOM 12
Ambul. Odontológico 10
Associações 09
Serviços 5
Teatro 3
Creche 2
Psicologia 2
Coral 1
Curso de Inglês 0
N. Educ. 0
Questão 20 - Você diria que se interessa pela questão do Meio Ambiente?
Interesse pelo meio ambiente Graduação
26; 49%
23; 43%
2; 4%
2; 4%
Muito
Mais ou menos
pouco
Nada
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 338
Questão 21 - O que você acha que faz parte do meio ambiente aqui no Campus?
Componentes do Meio Ambiente do Campus para Graduação
0 011244779
131417172026
32
05
101520253035
No
. de
estu
dan
tes
Questão 22 - Você percebe alguma mudança no Campus nos últimos tempos?
Percebe mudanças no Campus Graduação
22; 42%
31; 58%
Não
Sim
Questão 22 - Mudanças no Campus
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 339
No A que Atribui
NS/NR
25
Outros
11
Queda das árvores 10
Mini ciclone
Controle de entrada de pessoas e limitação do uso do campus
7
Prefeito do Campus e Diretor da ESALQ
Dificuldade de utilização do CV
7
Crescimento do Campus
Reformas em prédios 5
Preservação da arquitetura, necessidade , construções
Reconstituição de matas ciliares 4
Surgimento de grupos sócio ambientais (GADE, USP Recicla)
Movimento da comunidade em prol do campus e o aumento de atividades sócio-ambientais
3
Comunidade
Excesso de veículos 2
Aumento do no. de alunos, e do poder aquisitivo dos mesmos
Gerenciamento de bicicletas 2
Segurança
Mudança da lanchonete 2
necessidade
Redução da autonomia dos estudantes
2
segurança
OUTROS Fechamento do Restaurante dos Professores
1
Abertura de cursos novos 1
CIAGRI lotado 1
Proibição da venda de álcool 1
Problemas no “RUCAS” 1
Diminuição das matas 1 Uso de permanentes na Lanchonete 1
Questão 23 - Na sua opinião, a situação do meio ambiente do Campus é:
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 340
Situação do Meio Ambiente no Campus Graduação
22; 42%
14; 26%
10; 19%
6; 11% 1; 2% Boa
Regular
Ruim
Muito
Ns/Nr
Questão 24 - Você poderia citar 3 (três) exemplos de problemas ambientais que ocorrem no Campus? Qual a ordem de importância desses problemas citados por você? Lixo, coleta seletiva e reciclagem 25
Infestação de carrapatos e capivaras 20
Captação, poluição e qualidade das águas (Rio Piracicaba e Riberão Piracicamirim) 16
Falta de adequação ambiental (APP), áreas verdes, reflorestamento, mata ciliares 13
Descarte inadequado de resíduos perigosos e químicos, agrotóxicos 12
Animais abandonados 9
Tratamento e Manutenção dos Lagos 6
Descompromisso da comunidade do Campus, sensibilização e colaboração 4
Animais Abandonados 4
Desperdício 4
Aumento da circulação de carros, trânsito 3
Tratamento do Esgoto do Campus 3
Respeito à Legislação Ambiental 2
Ns/Nr (os dois itens) 2
Adequação Ambiental dos Espaços 2
Questão 25 - Das questões listadas abaixo, quais você considera que são problemas no Campus?
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 341
Principais problemas do Campus apontados Graduação
0 0259101217222328293134353642
01020304050
No. d
e e
stud
ant
es
Questão 26 - Quem você considera responsável pela solução dos problemas que você citou?
Responsáveis pelas soluções para a Graduação
0 0 0
445111213161820
2734
010203040
PC
LQ
Tod
o m
undo
Est
ado
de S
P
Usu
ário
s/co
Dire
toria
s
Est
udan
tes
Dep
tos
Pro
fess
ores
Fun
cion
ário
s
Dep
tos
Rei
toria
Pre
feitu
ra
outr
os
Ns/
NR
No
. de
estu
dan
tes
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 342
Questão 27 - De onde vêem as informações e os conhecimentos ambientais que você tem?
Fontes de informações ambientais Graduação
0 0
488912
15161925
30
05
101520253035
No
. de
estu
dan
tes
Questão 28 - Como você avalia o seu nível de informação sobre Meio Ambiente?
Nível de informaçao sobre o meio ambiente Graduação
24; 45%
20; 38%
6; 11%
3; 6%
0; 0% Regular
Boa
Ótimo
Ruim
Ns/Nr
Questão 29 - O seu curso contribuir para a formação socioambiental como profissional?
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 343
Contribuição do curso para a formação da Graduação
38; 72%
15; 28%
Sim
Não
Questão 30 - Você acha que as disciplinas são abordadas de forma interdisciplinar no seu curso?
Interedisciplinaridade nas disciplinas Graduação
27; 50%22; 42%
4; 8%
Sim
Não
Não respondeu
Questão 32 - O Campus é utilizado como laboratório de aulas práticas nas disciplinas em geral?
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 344
Utilização do Campus como aula prática Graduação
21; 40%
14; 26%
8; 15%
7; 13% 3; 6% Pouco
Mais ou Menos
Muito
Nada
Ns/Nr
Questão 39 - Você costuma discutir meio ambiente?
Discussões sobre meio ambiente Graduação
19; 36%
19; 36%
14; 26%
1; 2% 0; 0% Muito
Mais ou Menos
Pouco
Nada
Ns/Nr
Onde?
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 345
Onde se discute meio ambiente Graduação
32; 30%
31; 29%
29; 27%
8; 7%
8; 7%
0; 0%
0; 0%com amigos
universidade
na escola
trabalho
na igreja
na família
NS/Nr
Questão 40 - Você conhece algum grupo/entidade/organização que atua na área ambiental?
Entidades que atuam na temática ambiental para a Graduação
12222223333344
556
77
1012
131315
02468
10121416
No
. d
e es
tud
ante
s
Questão 42 - Você participa de algum deles?
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 346
Participação em grupos socioambientais Graduação
40; 75%
13; 25%
Não
Sim
Questão 43 - Você contribui para a melhoria da qualidade ambiental no
Campus?
Contribuição para a qualidade ambiental Graduação
19; 36%
18; 34%
11; 21%
5; 9%Mais Menos
Pouco
Nada
Muito
Exemplifique:
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 347
Realiza reciclagem dos resíduos sólidos (lixo), gera pouco resíduos,
usa permanentes - canecas, lixo no lixo, não joga em locais
impróprios
34
Economiza energia, água, evita desperdício de materiais, comida,
papéis
9
Reutiliza materiais, principalmente papéis 6
Discute a questão ambiental, participa dos grupos, ações 5
Utiliza bicicleta, anda á pé 4
Não faz nada errado, procura não poluir, não causa prejuízos
ambientais
3
Conservação da fauna, não maltrata animais 1
Separa os resíduos químicos dos laboratórios 1
Usa embalagens artesanais 1
Questão 44 - Você contribui para a degradação ambiental?
Contribuição para a degradação ambiental Graduação
22; 41%
20; 38%
8; 15%
2; 4%
1; 2%
nada
pouco
mais ou menos
muito
Nrs/nr
Exemplifique:
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 348
Usa o espaço, usa o Campus 09
Utiliza carro 02
Produz resíduos 02
Joga bituca no chão 02
Fuma 02
Desperdiça água, energia, alimentos 02
Consome produtoscom embalagens descartáveis 01
Usa Descarga 01
Usa herbicida e inseticida 01
Usa o laboratório 01
Pisa na grama 01
Não colabora com grupos ambientais 01
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 349
Questão 45 - Quais as atitudes que você pessoalmente adotaria para a
melhoria ambiental do Campus?
Atitudes que poderão ser adotadas Graduação
16
101016
2021212325
2931
05
101520253035
No. d
e e
stu
dante
s
Questão 46 - Você conhece o Plano Diretor Socioambiental?
Conhece o Plano Diretor - Graduação
28; 53%
25; 47%sim
não
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 350
Questão 47 - Você participa e/ou participou da elaboração do Plano Diretor
Sócio ambiental do Campus Luiz de Queiroz?
Participação no Plano Diretor do Campus Graduação
3; 6%
47; 94%
sim
não
03 pessoas não responderam
Questão 48 - Você gostaria de participar do Plano Diretor Sócio ambiental do Campus Luiz de Queiroz?
Vontade de participar do Plano Diretor Graduação
15; 28%
16; 30%
15; 28%
4; 8%
3; 6% Pouco
Não
Mais ou Menos
Muito
Ns/Nr
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 351
Como?
Formas de Participação no Plano Diretor - Graduação
18; 32%
20; 35%
7; 13%
11; 20%
Receber informes
Participar de Reuniões
Participar de GT
Ns/Nr
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 352
RELATÓRIO QUESTIONÁRIO SOCIOMBIENTAL - DOCENTES Amostragem: 35 docentes das Unidades do Campus (os gráficos cuja somatória é maior que 35, representam questões com mais de uma opção) Entrevistas realizadas de 21 a 25 de maio de 2006 Questão 1 – Gênero
Gênero - Docentes
2; 6%
33; 94%
F
M
Questão 2 – Idade dos entrevistados
Idade - Docentes
20; 57%9; 26%
5; 14%
1; 3%
0; 0% 46 a 60
36 a 45
mais de 60
26 a 35
16 a 25
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 353
Questão 3 - Unidades dos entrevistados
Unidade - Docentes
32; 91%
2; 6% 1; 3%
ESALQ
CENA
PCLQ
Questão 4 – Deptos dos docentes entrevistados (01 docente da PCLQ e LCF, e 02 CENA)
Departamentos - Docentes
4 43 3 3 3 3 3 3
2 2
0
1
2
3
4
5
LCF LEF LCB LCE LES LER LGN LSN LZT LAN LPVNo
. d
e en
trev
ista
do
s
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 354
Questão 5 - Participa de algum órgão representativo do Campus?
Participação em órgãos colegiados Docentes
33; 69%
12; 25%
3; 6%
Conselho de Depto
CTA e Congreg
Associaçoes
Questão 13 - Tempo e permanência no Campus
Tempo de permanência no campus Docentes
26; 74%
9; 26%
mais de 8h
6 a 8h
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 355
Questão 14 – Principais meios de locomoção para chegar ao Campus?
Meios de transporte para chegar ao campus - Docentes
32; 89%
3; 8%
1; 3%0; 0%
0; 0%carro
pé
bicicleta
onibus
moto
Questão 15 - Com que freqüência você vem ao Campus?
Frequência no campus - Docentes
34; 97%
1; 3%
diariamente
1 a 3 vezes
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 356
Questão 16 - Há quanto tempo você freqüenta o Campus?
Tempo que frequenta o campus - Docentes
22; 62%7; 20%
3; 9%
2; 6%
1; 3%
mais de 20 anos
10 a 20 anos
2 a 5 anos
6 a 10 anos
até 1 ano
Questão 17 - Pensando no Campus, você diria que ele é um lugar:
O que pensa sobre campus - Docentes
32; 94%
2; 6%
Muito agradável
agradável
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 357
Questão 18 - Quais lugares você freqüenta no Campus?
Lugares mais frequentados no campus pelos Docentes
3325 20 17 11 9 8 7 3 3 00
10
20
30
40
No
. d
e en
trev
ista
do
s
Questão 19 - Dos serviços abaixo listados, quais você utiliza?
Local
Frequência
Bancos 33 Bibliotecas 33
Ambulatório Médico 27 Xérox 25
Lanchonete 23 Edusp 19 ACOM 18
Associações 11 Restaurante Universitário 10
Pontos de Vendas 10 Ambul. Odontológico 09
Serviços 7 Serv. Social 7
Ciagri 5 Cefer 3
Curso de Inglês 2 Creche 2 Coral 1 Teatro 1 N. Educ. 0 Psicologia 0
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 358
Questão 20 - Você diria que se interessa pela questão do Meio Ambiente?
Interesse pelo meio ambiente - Docentes
31; 89%
4; 11%
muito
mais ou menos
Questão 21 - O que você acha que faz parte do meio ambiente aqui no Campus?
Componentes do meio ambiente - Docentes
21 19 16 13 13 11 10 8 8 7 5 52 1 10
510152025
árvo
res
tudo
mat
as
anim
ais
anim
ais
solo
s
rios
lago
s
préd
ios
pess
oas
resí
duos ar
clim
a
cv
carr
oNo
. de
entr
evis
tad
os
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 359
Questão 22 - Você percebe alguma mudança no Campus nos últimos tempos?
Percepção sobre mudanças no Campus - Docentes
29; 83%
6; 17%
sim
não
Mudanças no Campus? A que atribui? N. de pessoas
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 360
Aumento da consciência e discussão de temas ambientais, implantação de mudança cultural e de paradigma, maior projetos sócio ambientais e APP
conscientização dos dirigentes e comunidade, aumento da fiscalização
11
melhoria da infraestrutura dos prédios, estacionamento, construções novas, ruas asfaltadas, melhor organização, faixa para pedestres, para portadores de administração do Campus,investimentos, necessidades especiais, sinalização de trânsito e prédios
reivindicação das pessoas e necessidade de melhoria 8
aumento da falta de cuidado com o Campus, perca da estrutura original do mesmo, descuido com as áreas verdes, coleta inadequada do lixo, aumento da poluição das águas
crescimento desordenado do Campus,má administração e terceirização
4
queda, danos em árvores causas naturais (ciclone) 3
aumento do fluxo de carros
expansão do Campus, popularização dos veículos, aumento do poder aquisitivo dos alunos
2
aumento dos carrapatos e animais abandonados expansão do Campus 2
melhoria do tratamento de esgoto, reforma na captação de água
necessidade 2
restrição do uso do Campus à Comunidade externa
falta de educação e diálogo 1
aumento do No. de seguranças (vigias) problemas com segurança 1
melhoria do paisagismo e flores dirigentes e Comissão do Parque 1
Questão 23 - Na sua opinião, a situação do meio ambiente do Campus é:
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 361
Situação do Meio Ambiente - Docentes
18; 51%
10; 29%
5; 14%
2; 6%
; 0% boa
regular
ruim
muito boa
nr/ns
Questão 24 - Você poderia citar 3 (três) exemplos de problemas ambientais que ocorrem no Campus? Qual a ordem de importância desses problemas citados por você? Problemas No. pessoas
Descarte inadequado de resíduos perigosos e químicos 19
Captação,poluição e qualidade das águas 09
Infestação de carrapatos 08
Falta de adequação ambiental (APP), áreas verdes, reflorestamento 07
Tratamento de esgoto 07
Animais abandonados 06
Capivaras 06
Aumento da circulação de carros, trânsito 05
Má distribuição das terras do Campus, espaços não otimizados 02
Excesso/manejo da fauna 02
Desperdício de água 02
Descompromisso da comunidade do Campus, falta de educação ambiental 02
Poluição do ar (gases) 01
Aeroporto e cadeia próximo do Campus 01
Questão 25 - Das questões listadas abaixo, quais você considera que são problemas no Campus?
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 362
Principais problemas apontados pelos Docentes
30 30 27 26 25 25 22 20 17 14 10 10 9 710
10
20
30
40N
o. d
e en
trev
ista
do
s
Questão 26 - Quem você considera responsável pela solução dos problemas que você citou?
Responsáveis pela solução dos problemas - Docentes
2620
12 12 11 11 8 4 2 1 105
1015202530
No
. de
en
trev
ista
do
s
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 363
Questão 27 - De onde vêem as informações e os conhecimentos ambientais que você tem?
Fontes de informações sobre meio ambiente - Docentes
17 16 14 14 13 124 4 2 10
5101520
livro
s
revi
stas
inte
rnet
form
ação
prát
ica
TV
rádi
o
ver.
Cie
nt
conv
ersa
s
curs
os
No
. de
entr
evis
tad
os
Questão 28 - Como você avalia o seu nível de informação sobre Meio Ambiente?
Nível de informação sobre o meio ambiente - Docentes
25; 71%
6; 17%
3; 9%
1; 3%
bom
ótimo
regular
ruim
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 364
Questão 33 - Os cursos que você leciona contribuem para a formação socioambiental dos estudantes?
Curso que leciona contribui para formação socioambiental?
21; 59%10; 29%
2; 6%
1; 3%
1; 3%
muito
mais ou menos
pouco
nada
não sei
Questão 35 - Você acha que existe interdisciplinaridade no curso em que você está envolvido?
Interdiciplinaridade nos cursos - Docentes
18; 51%
10; 29%
7; 20%muito
mais ou menos
pouco
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 365
Questão 36 - As pesquisas que você desenvolve relacionam-se com a área ambiental?
Relação entre pesquisa e meio ambiente - Docente
24; 69%
5; 14%
4; 11% 2; 6% muito
nada
mais ou menos
pouco
Questão 37 - O Campus é utilizado como laboratório para suas pesquisas e aulas práticas?
Utilização do Campus como aula prática - Docentes
17; 50%
6; 17%
4; 11%
4; 11%
4; 11% muito
nada
mais ou menos
pouco
nr/ns
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 366
Questão 39 - Você costuma discutir sobre Meio Ambiente?
Discussão sobre meio ambiente - Docentes
16; 46%
13; 37%
6; 17% Muito
Mais Menos
Pouco
Onde?
Onde se discute meio ambiente - Docentes
25; 34%
17; 23%17; 23%
8; 11%
4; 5%
3; 4%familia
trabalho
escola
Universidade
Não sabe
igreja
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 367
Questão 40 – Você conhece algum grupo/entidade/organização que atua na área ambiental?
Grupos de ações ambientais mais conhecidos - Docentes
17
107 6 6 5 4 4 4 3 2 2 2 2 1 1 1 1 1 10
24
6
810
12
1416
18
No
. de
entr
evis
tad
os
Questão 42 - Você participa de algum deles?
Participação em grupos ambientais - Docentes
27; 77%
8; 23%
não
sim
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 368
Questão 43 - Você contribui para a melhoria da qualidade ambiental no
Campus?
Contribuição para a qualidade ambiental - Docentes
18; 51%10; 29%
7; 20% Mais Menos
Muito
Pouco
Exemplifique:
Realiza reciclagem dos resíduos sólidos (lixo) 8
Estimulando os grupos, ações, valorizando as pessoas, dando exemplo 5
Realiza descarte adequado dos resíduos químicos nos Laboratórios 4
Economiza energia, água, evita desperdício de materiais 4
Não joga lixo em locais inapropriados 4
Preserva plantas, evita destruição da vegetação 2
Apresenta propostas de ações e projetos 2
Utiliza caneca e outros materiais duráveis 2
Através das disciplinas 1
Evita poluir 1
Conservação da fauna 1
Intervenções para não pavimentar locais 1
Reutiliza papel 1
Não fuma 1
Realiza pesquisas 1
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 369
Questão 44 - Você contribui para a degradação ambiental?
Contribui para a degradação do ambiente
0; 0%
17; 49%
12; 34%
6; 17%muito
mais oumenos
pouco
nada
Exemplifique:
Utiliza carro 09
Não sabe onde colocar resíduos laboratoriais 03
Produz resíduos 02
Contribui para a poluição 01
Estaciona carro no gramado 01
Joga bituca no chão 01
Separar papel, vidros, latas, plásticos e alimentos para reaproveitamento
35
Reduzir o consumo de energia elétrica.
33
Reduzir o consumo de água.
32
Racionalizar o uso de papel: imprimir frente e verso e exigir papel reciclado no xerox, etc.
32
Participar eventualmente de atividades educativas sócio ambientais no campus: palestras, cursos etc.
29
Uso da caneca e de outros materiais duráveis em todos os locais do campus. 28
Dar carona. 26
Participar continuamente de iniciativas, campanhas e programas socioambientais no campus.
23
Promover ações socioambientais no campus.
22
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 370
Questão 45 - Quais as atitudes que você pessoalmente adotaria para a melhoria ambiental do Campus?
Atitudes que você adotaria para melhoria ambiental - Docente
35 33 32 32 29 28 26 23 2212
3010203040
No
. de
entr
evis
tad
os
Questão 46 - Você já ouviu falar do plano diretor sócioambiental participativo que está em elaboração?
Conhece o Plano Diretor Docentes
25; 71%
10; 29%
sim
não
Deixar de usar o carro/ moto uma vez por semana.
12
Adotar um animal abandonado no Campus.
03
Não faria nada pela melhoria ambiental do Campus
0
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 371
Questão 47 - Você participa e/ou participou da elaboração do Plano Diretor Sócio ambiental do Campus Luiz de Queiroz?
Participação no Plano Diretor do Campus - Docentes
4; 11%
31; 89%
sim
não
Questão 48 - Você gostaria de participar do Plano Diretor Sócio ambiental do Campus Luiz de Queiroz?
Gostaria de participar do Plano Diretor - Docentes
13; 36%
8; 23%8; 23%
3; 9%
3; 9% mais ou menos
pouco
não
muito
não sabe
Como?
Como gostaria de participar do Plano - Docentes
18; 49%
10; 27%
9; 24% informativos
reuniões
Grupo tematico
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 372
RELATÓRIO QUESTIONÁRIO SOCIOAMBIENTAL - FUNCIONÁRIOS Amostragem: 40 funcionários das Unidades do Campus (PCLQ, ESALQ, CENA, CIAGRI, UBAS, Terceirizados) (os gráficos cuja somatória é maior que 40, representam questões com mais de uma opção) Entrevistas realizadas de 21 a 25 de maio de 2006 Questão 1 – Gênero
Gênero - Funcionários
28; 70%
12; 30%
F
M
Questão 2 – Idade dos entrevistados
Idade
2; 5%
4; 10%
19; 47%
15; 38%
0; 0%
16 a 25
26 a 35
36 a 45
46 a 60
mais de 60
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 373
Questão 3 - Unidades dos entrevistados
Unidades dos Funcionários
13; 32%
9; 22%4; 10%
2; 5%
3; 8%
9; 23% ESALQ
PCLQ
CENA
CIAGRI
UBAS
Terc
Questão 4 – Participa de algum órgão representativo do Campus indicado abaixo?
Participação em órgãos colegiados - Funcionários
1; 3% 7; 18%
32; 79%
Conselho Depto..Curso
Associações
Não
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 374
Questão 5 – Atividade exercida
Setores/serviços - Funcionários
14; 35%
15; 37%
6; 15%
5; 13%
Administ.
Técnico
Manut.
Segurança
Questão 13 - Tempo de permanência no Campus?
Termpo de permanência no Campus - Funcionários0; 0%
0; 0%
2; 5%
16; 40%22; 55%
até 01 h.
1 a 4h.
4 a 6h.
6 a 8h.
mais 8h.
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 375
Questão 14 – Principais meios de locomoção para chegar ao Campus?
Meios de transporte para chegar no campus - Funcionários
24; 55%11; 26%
1; 2%
5; 12% 2; 5%
carro
onibus
bicicleta
a pé
moto
Questão 15 – Com que freqüência você vem ao Campus
Frequência no Campus - Funcionários
38; 95%
0; 0%
2; 5%
0; 0% diariamente
de 1 a 3vezes/semanaeventualmente
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 376
Questão 16 - Há quanto tempo você freqüenta o Campus?
Tempo que frequenta o Campus - Funcionários
2; 5%
5; 13%
5; 13%
13; 32%
15; 37%
0; 0%
até 01
de 2 a 5
6 a 10
10 a 20
mais de 20
Ns/NR
Questão 17 - Pensando no Campus, você diria que ele é um lugar:
O que o pensa sobre o campus - Funcionários
31; 77%
9; 23%
0; 0%
0; 0%
0; 0%Muito Agradável
Agradável
Pouco Agradável
Desagradável
Ns/NR
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 377
Questão 18 - Quais lugares você freqüenta no Campus?
Lugares frequentados no campus - Funcionários22 22 21
11
8 75
4 4 4
1 00
5
10
15
20
25ru
as
Dep
tos/
Lab.
préd
io c
entr
al
CV
gram
adão
Are
asE
xper
imen
tais
lago
s
trilh
as e
mat
as
Are
ao
Cor
eto
CE
U e
Vila
outr
os
No
. de
fun
cio
nár
ios
Questão 19 - Dos serviços abaixo listados, quais você utiliza?
Local Frequência
Ambulatório Médico 32 Bancos 31 Associaçoes 27 Ambul. Odontológico 21 Xérox 19 Restaurante Universitário 19 Pontos de Vendas 17 Lanchonete 16 Bibliotecas 13 ACOM 12 Serv. Social 11 Cefer 10 Edusp 9 Serviços 9 N. Educ. 6 Curso de Inglês 6 Ciagri 6 Psicologia 5 Creche 4 Coral 3 Teatro 1
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 378
Questão 20 - Você diria que se interessa pela questão do Meio Ambiente?
Interesse pelo Meio Ambiente - Funcionários
28; 70%
8; 20%
4; 10%0; 0%
0; 0%
Muito
Mais ou Menos
Pouco
Nada
Ns/Nr
Questão 21 - O que você acha que faz parte do meio ambiente aqui no Campus?
O que faz parte do Meio Ambiente do Campus - Funcionários
25
1916
1311 11
9 9 9 9 8 75
3 30 0
0
5
10
15
20
25
30
No
. de
fun
cio
nár
ios
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 379
Questão 22 - Você percebe alguma mudança no Campus nos últimos tempos?
Mudanças percebidas no Campus - Funcionários
não; 3; 8%
sim; 37; 92%
não
sim
Qual? Mudança Percebida A quem atribui N. de
Entrevistados
Fechamento do Campus à comunidade e restrição de áreas problemas com a segurança
ciclone, risco de queda de árvores, carrapatos, necessidade de coibir o uso do Parque
11
Aumento da conscientização e discussão de temas ambientais
novos cursos, aumento da consc.ambiental e da educação das pessoas
6
Maior limpeza, organização, introdução da coleta seletiva, uso de duráveis
diminuição do fluxo de pessoas, Prefeitura do Campus, ao USP Recicla, trabalho em equipe para limpeza pós ciclone
5
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 380
Mudança Percebida A quem atribui N. de Entrevistados
Aumento do fluxo de carros aumento do fluxo 5
Extinção ou queda de árvores ciclone 3
Mais calmo e equilibrado, diminuição de carros
fechamento do Campus, carrapatos, ciclone
3
Identificação dos prédios e melhoria na infra estrutura dos prédios
necessidade da Universidade
2
Aumento da falta de cuidado com o Campus, e do lixo
aumento do fluxo de pessoas, usuários e novos cursos
2
Aumento dos animais abandonados falta de supervisão nos serviços
1
Limitação da liberdade no trabalho
filosofia de trabalho 1
Mudança do Prefeito do Campus novas oportunidades 1
Mudança do prédio da Divisão Administrativa
política 1
Aumento dos carrapatos Capivaras 1
Aumento da poluição das águas às pessoas 1
Retirada de bebedouros coibição do uso do Campus pela comunidade
1
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 381
Questão 23 - Na sua opinião, a situação do meio ambiente do Campus é:
Situação do meio ambiente no Campus - Funcionários
4; 10%
25; 62%
11; 28%
0; 0%
0; 0% Muito
Boa
Regular
Ruim
Ns/Nr
Questão 24 - Você poderia citar 3 (três) exemplos de problemas ambientais que ocorrem no Campus? Qual a ordem de importância desses problemas citados por você?
Problemas No. pessoas
Priori 1 Priori 2 Priori 3
Outros * 17
Animais abandonados 16 2 9 5
Infestaçao de carrapatos 13 12 0 1
Poluiçao da águas e bebedouros 10 4 3 3 Falta de sensib. e acondicionamento/ incorreto do lixo 9 5 3 1
Aumento da circulaçao de carros 8 3 2 3
Descarte inadequado de resíduos perig/quim 8 6 2 0
Riscos de quedas de árvores 4 2 2 0
Falta de adequaçao ambiental e de áreas verdes 3 1 2 0
Capivaras 3 2 1 0
Falta de banheiros públicos 2 0 1 1
Falta de açoes educativas com usuários 2 0 1 1
Poluiçao do ar pela caldeira do LAN 2 0 0 2
Questão 25 - Das questões listadas abaixo, quais você considera que são problemas no Campus?
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 382
Principais Problemas do Campus - Funcionários
33
28
20 1916 16 15 14
11 108 8
6 5
1 0 00
5
10
15
20
25
30
35
No
. d
e fu
nci
on
ário
s
Questão 26 - Quem você considera responsável pela solução dos problemas que você citou?
Quem são os responsáveis pelas soluções dos problemas - Funcionários
21
1410 9 7 6 5 4 3 3 1 0 0
05
10152025
No
. de
pes
soas
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 383
Questão 27 - De onde vêem as informações e os conhecimentos ambientais que você tem?
Fontes de informações sobre meio ambiente - Funcionários
19
13 1210
8 86
4 4 30 0
0
5
10
15
20T
V
conv
ersa
s
Rev
ista
s
inte
rnet
Rád
io
livro
s
form
açao
prof
.
curs
os
prát
ica
prof
.
Ver
.C
ient
if.
outr
os
Ns/
NR
No
. de
pes
soas
Questão 28 - Como você avalia o seu nível de informação sobre Meio Ambiente?
Nível de informação sobre meio ambiente Funcionários
1; 3%
20; 49%
19; 48%
0; 0%
0; 0%
Ótimo
Boa
Regular
Ruim
Ns/Nr
Questão 38 - O seu trabalho contribui para a melhoria ambiental do Campus?
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 384
O Trabalho contribui para o Meio Ambiente do Campus
25; 62%7; 17%
4; 10%
3; 8% 1; 3%Muito
Mais ou Menos
Pouco
Nada
Ns/Nr
Exemplifique: Joga lixo no lugar adequado (lixo no lixo) 8 Uso de materiais permanentes: 7 Economia e racionalização de energia e água 7 Através da educação infantil, e orientação às pessoas 4 Cuidando da limpeza do ambiente 2 Outros: (cuidando da segurança, dos animais, tratando dos resíduos químicos) 1
Questão 39 - Você costuma discutir sobre Meio Ambiente?
Onde discute meio ambiente - Funcionários
30; 40%
16; 21%2; 3%
18; 24%
3; 4% 6; 8%trabalho
igreja
familia
escola
grupos
universidade
Onde?
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 385
Discussões sobre meio ambiente - Funcionário
15; 37%
11; 28%
2; 5%12; 30% 0; 0%Muito
Mais ou Menos
Pouco
Nada
Ns/Nr
Questão 41 - Quais os grupos/estágios/comissões do Campus que contribuem para ampliar seus conhecimentos socioambientais?
Conhecimento de grupo/entidade/organização que atua na área ambiental - Funcionários
22
87
65 5
4 43 3 3 3
2 2
0
5
10
15
20
25
Questão 42 - Você participa de algum deles?
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 386
Participação em grupos socioambientais - Funcionários
29; 72%
11; 28%
Sim
Não
Questão 43 - Você contribui para a melhoria da qualidade ambiental no Campus?
Contribuição para a qualidade ambiental funcionários
21; 52%13; 33%
4; 10%
2; 5%0; 0%
muito
mais ou menos
pouco
nada
nsnr
Como?
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 387
Contribuição para a melhoria ambiental do Campus - Funcionários
19
107 7 5 4 4 2 2
02468
101214161820
Sep
araç
ão d
olix
o re
cicl
ável
Joga
ndo
Lixo
no L
ugar
Uso
de
mat
eria
isO
utro
s(C
uida
ndo
da
Eco
nom
ia e
reci
onal
izaç
ão
Red
ução
de
resí
duos
Red
ução
de
resí
suos
Cui
dand
o da
limpe
za d
o
atra
vés
daed
ucaç
ão
Questão 44. Você contribui para a degradação ambiental?
Contribuição para degradação do meio ambiente - Funcionários
0; 0%
1; 3%
7; 18%
26; 64%
6; 15%Muito
Mais ou Menos
Pouco
Nada
Ns/Nr
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 388
Exemplifique:
Fumo 01
Utilizo carro 03
Desperdício de água 01
Geração de resíduos 01
Utiliza ar condicionado 01
Questão 46 - Você já ouviu falar do plano diretor socioambiental
participativo que está em elaboração?
Conhecimento do Plano Diretor - Funcionários
27; 67%
13; 33%
sim
não
Como?
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 389
Como tomou conhecimento do P.Diretor - funcionários
14; 34%
8; 19%5; 13%
5; 13%
5; 13%3; 8% ns.nr
entrevista
e-mail,Acom
Amigos
USP Recicla
Folder
Questão 47 - Você participa e/ou participou da elaboração do Plano Diretor Socioambiental do Campus Luiz de Queiroz?
Participação no Plano Diretor - Funcionários
3; 8%
37; 92%
Sim
Não
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 390
Questão 48 - Você gostaria de participar do Plano Diretor Socioambiental do Campus Luiz de Queiroz?
Interesse de participar do Plano - Funcionários
7; 18%
11; 27%
11; 27%
11; 28% Muito
Mais ou Menos
Pouco
Não
Como?
Como gostaria de participar - Funcionários
9; 20%
8; 18%27; 62%
grupo de trabalho
reuniões/encontros
informativos
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 391
RELATÓRIO QUESTIONÁRIO SOCIOAMBIENTAL – PÓS GRADUAÇÃO Amostragem: 40 alunos da ESALQ e CENA (os gráficos cuja somatória é maior que 40, representam questões com mais de uma opção) Entrevistas realizadas de 21 a 25 de maio de 2006 Questão 1 – Gênero
Questão 2 – Idade dos entrevistados
Questão 4 - Unidades dos entrevistados
Questão 5 – Departamento dos entrevistados (05 pessoas não responderam)
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 392
Questão 6 - Participa de algum órgão representativo do Campus?
P a r t i c i p a ç ã o e m ó r g ã o s d e r e p r e s e n t a ç ã o
3 6 , 8 5 %
4 , 1 0 % 2 , 5 %
N ã o P a r t . A s s o c ia ç õ e s C o n s e lh o D e p t o .
Questão 8 - Nível na pós-graduação
Questão 11 - Curso de Pós-graduação
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 393
Questão 13 - Tempo e permanência no Campus
Questão 14 – Principais meios de locomoção para chegar no Campus
Questão 15 – Com que freqüência você vem ao Campus
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 394
Questão 16 - Há quanto tempo você freqüenta o Campus?
Questão 17 - Pensando no Campus, você diria que ele é um lugar:
Questão 18 - Quais lugares você freqüenta no Campus? 19. Dos serviços abaixo listados, quais você utiliza?
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 395
Local
Frequência
Bibliotecas 38
Xérox 35
Bancos 33
Lanchonete 32
Restaurante Universitário 32
Ambulatório Médico 28
Cefer 19
Edusp 19
Ambul. Odontológico 19
Ciagri 15
Pontos de Vendas 8
Serv. Social 8
Associações 6
Serviços 3
Creche 3
Coral 3
ACOM 2
Psicologia 2
Curso de Inglês 1
Teatro 0
N. Educ. 0
Questão 20 - Você diria que se interessa pela questão do Meio Ambiente?
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 396
Questão 21 - O que você acha que faz parte do meio ambiente aqui no Campus?
Mundanças no Campus A que atribui Numero de entrevistados
Melhoria da infraestrutura dos prédios, estacionamento, Departamentos, segurança, aumento de laboratórios, sinalização de trânsito
Administração do Campus, investimentos, Prefeitura, conscientização dos dirigentes
7
Queda e danos em árvores, descuido dos jardins, mini ciclone, descuido com as áreas verdes
Causas naturais (ciclone), Prefeitura do Campus, expansão do Campus 7
Aumento da consciência e discussão de temas ambientais, implantação de projetos sócio ambientais, APP, uso de materiais duráveis (canecas) e coleta seletiva
Projetos sócio ambientais, APP, uso de materiais duráveis (canecas) e coleta seletiva 06 esforço dos Prefeitos do Campus, mobilizacão das pessoas e USP Recicla
6
Restrição do uso do Campus à comunidade externa
Proibição na entrada do Campus e ciclone 5
Aumento dos carrapatos e animais abandonados
Crescimento desordenado do campus
4
Aumento do fluxo de carros perca da estrutura original do Campus
Expansão do Campus, popularização dos veículos 3
Maior controle nas trilhas clandestinas, diminuição de animais (gatos e cachorros)
Prefeitura do campus e usp recicla 2
“Crise ambiental” Crescimento desordenado do campus
1
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 397
Questão 22 - Você percebe alguma mudança no Campus nos últimos tempos?
Questão 23 - Na sua opinião, a situação do meio ambiente do Campus é:
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 398
Questão 24 - Você poderia citar 3 (três) exemplos de problemas ambientais que ocorrem no Campus? Qual a ordem de importância desses problemas citados por você? Problemas No. pessoas
Captação,poluição e qualidade das águas 18
Infestação de carrapatos e capivaras 16
Descarte inadequado de resíduos perigosos e químicos 11
Animais abandonados 09
Falta de adequação ambiental (APP), áreas verdes, reflorestamento 08
Falta de reciclagem e lixeiras 08
Descompromisso da comunidade do Campus, falta de educação ambiental 07
Aumento da circulação de carros, trânsito 05
Má distribuição das terras do Campus, espaços não otimizados 04
Poluição sonora 01
Poluição do ar (gases) 01
Questão 25 - Das questões listadas abaixo, quais você considera que são problemas no Campus?
Questão 26 - Quem você considera responsável pela solução dos problemas que você citou?
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 399
Questão 27 - De onde vêem as informações e os conhecimentos ambientais que você tem?
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 400
Questão 28 - Como você avalia o seu nível de informação sobre Meio Ambiente?
Questão 29 - O seu curso contribuir para a formação sócioambiental como profissional?
Questão 31 - Você acha que as disciplinas são abordadas de forma interdisciplinar no seu curso?
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 401
Questão 32 - O Campus é utilizado como laboratório de aulas práticas nas disciplinas em geral?
Questão 39 - Você costuma discutir meio ambiente?
Onde?
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 402
Questão 40 - Você conhece algum grupo/entidade/organização que atua
na área ambiental?
Grupos ambientais mais conhecidos entre os alunos de PG
24
16 1610 9
5 4 3 3 3 3 2 2 2 2 2 2 2 1 1 1 0 0 0 00
5
10
15
20
25
30
No
. de
entr
evis
tad
os
Questão 42 - Você participa de algum deles?
Participação em grupos socioambientais PG
36; 90%
4; 10%
não
sim
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 403
Questão 43 - Você contribui para a melhoria da qualidade ambiental no Campus?
Contribuição para a qualidade ambiental PG
8; 20%
17; 42%
13; 32%
1; 3%
1; 3%
Muito
Mais Menos
Pouco
nada
Ns/Nr
Exemplifique:
Não joga lixo em locais inapropriados 15
Participando dos grupos ou ações, valorizando as pessoas, dando
exemplos, separando o lixo, orientando as pessoas, diminuindo
resíduos e solventes
10
Utiliza caneca e outros materiais duráveis 9
Economiza energia, água, energia elétrica, evita desperdício de
materiais
8
Realiza reciclagem dos resíduos sólidos (lixo) 6
Recicla, economiza e separa papéis 6
Não utiliza transporte que poluem (uso de bicicleta ou a pé) 5
Realiza descarte adequado dos resíduos químicos nos Laboratórios 3
Preserva plantas, evita destruição da vegetação, não destrói a
biodiversidade
3
Apresenta propostas de ações e projetos 2
Conservação da fauna 2
Reutiliza papel 1
Não fuma 1
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 404
Questão 44 - Você contribui para a degradação ambiental?
Contribuição para a degradação ambiental PG
1; 3% 3; 8%
13; 32%22; 54%
1; 3% muito
mais ou menos
pouco
nada
Nrs/nr
Exemplifique:
Falta de conscientização ambiental (esquece de separar os resíduos de laboratórios, utiliza materiais não recicláveis, uso de lâmpadas, consumo de produtos em embalagens
9
Produz resíduos, utiliza solventes orgânicos, compactação do solo nas áreas de trabalho
6
Utiliza carro
3
Estaciona carro no gramado
2
Agricultura em áreas experimentais, coleta de plantas e insetos
2
Contribui com a poluição não tomando medidas coerentes para o ambiente
1
Joga bituca de cigarro no chão
1
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 405
Questão 45 - Quais as atitudes que você pessoalmente adotaria para a melhoria ambiental do Campus?
Atitudes que adotaria para a melhoria ambiental do campus PG
18 18 15 15 13 13 13 11 95 20
5
10
15
20
No
. de
entr
evis
tad
os
Questão 46 - Você já ouviu falar do plano diretor sócio-ambiental participativo que está em elaboração?
Conhece o Plano Diretor - PG
20; 50%20; 50%sim
não
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 406
Questão 47 - Você participa e/ou participou da elaboração do Plano Diretor
Sócio ambiental do Campus?
Participação no Plano Diretor PG
2; 5%
38; 95%
sim
não
Questão 48 - Você gostaria de participar do Plano Diretor Sócio ambiental
do Campus Luiz de Queiroz?
Gostaria de participar do Plano Diretor PG
3; 8%
14; 34%
8; 20%
14; 35%
1; 3% Muito
Mais ou Menos
Pouco
Não
Ns/Nr
Como?
Como gostaria de participar do plano PG
7; 16%
13; 30%24; 54%
receber informes
reunioes/eventos
grupo trabalho
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 407
3. ANEXO – ROTEIRO PARA DIRETRIZES Roteiro para Elaboração dos Indicadores Socioambientais para o Campus “Luiz de Queiroz”
OFICINA DE INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 17 de março de 2008 OBJETIVO Que cada grupo construa indicadores de sustentabilidade, preenchendo completamente a ficha do indicador, para ser posteriormente discutida em plenária. METODOLOGIA Palestra sobre a importância da construção de indicadores de desenvolvimento sustentável. Explicação sobre a metodologia de construção de indicadores e da ficha a ser preenchida. Formação dos grupos de trabalho, em função do número de participantes. Trabalho do grupo: � Discutir com o grupo e priorizar inicialmente alguns indicadores � Preencher a ficha com todos os detalhes para cada indicador Análise conforme modelos de construção de indicadores. Discussão em plenária. CRITERIOS DE ESCOLHA DE INDICADORES Sugestão: A) Pertinência B) Robustez do indicador C) Qualidade da informação D) Metadados: variáveis, periodicidade, unidade de medida, método de coleta ou medição e fontes
E) Segurança na direcionalidade F) Relação com meta e objetivo da política de sustentabilidade G) Representação gráfica H) Consistência interna da ficha do indicador
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 408
4. ANEXO - OFICINA DE CONSTRUÇÃO DE INDICADORES
FICHA METODOLÓGICA
Descrição dos principias itens da ficha
Nome do indicador
Deve-se utilizar um nome que seja claro, conciso e agradável ao usuário, e que defina exatamente o que mostra o indicador.
Descrição curta do indicador
Deve-se apresentar uma descrição curta do que mostra o indicador, principalmente quando este recebe um nome mais científico ou técnico; utilize linguagem clara e simples.
Relevância ou pertinência do indicador
Deve-se especificar a importância que tem o indicador proposto no contexto da avaliação ambiental com respeito à sustentabilidade. Em essência, trata-se de conectar o conteúdo do indicador com os problemas, perspectivas e desafios da sustentabilidade almejada.
Categoria
Especificar aqui a característica central do indicador – do ponto de vista temático, por exemplo, se está relacionado ao tema ambiental, social, econômico ou institucional. Do ponto de vista do modelo PEIR, especificar se refere-se a medida da pressão, estado, impacto ou resposta.
Alcance que mede o indicador
Deve-se especificar as dinâmicas que capta ou mostra o indicador.
Limitações do indicador
Deve-se deixar claro que dimensões e dinâmicas não podem ser captadas pelo indicador.
Fórmula do indicador
Deve-se especificar as variáveis e operações que são necessárias para se obter o indicador. Estipular a unidade de medida em que se expressa o indicador.
Definição das variáveis que compõem o indicador
Cada uma das variáveis que compõem o indicador deve ser definida com detalhe, de forma que se diminua o risco de interpretações errôneas. Conforme for, especificar a definição e a instituição que a utiliza.
Cobertura ou escala do indicador
Cobertura ou escala do indicador.
Fonte dos dados Especificar a fonte de dados para cada variável.
Disponibilidade de dados
Refere-se a disponibilidade dos dados, em termos de acessibilidade. Por exemplo, “plenamente disponível em formato físico ou eletrônico”; acesso restrito a instituições públicas …
CADERNO 2 – ANEXOS – PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL 409
Periodicidade dos dados
Deve-se especificar a periodicidade para cada variável. Esta periodicidade é entendida como o período de tempo em que se atualiza os dados.
Período da série de tempo atualmente disponível
Especificar o período de tempo que compreende a série atualmente disponível.
Peridiocidade de atualização do indicador
Recomendação do grupo quanto ao período de tempo para atualização do indicador.
Requisitos de coordenação inter-institucional para fluxo dos dados
Deve-se especificar as necessidades institucionais imprescindíveis para que a informação flua desde a fonte até a equipe de gestão dos indicadores.
Relação do indicador com objetivos de políticas, normas ou metas existentes
Deve-se especificar se existem políticas, metas, normas de qualidade relevantes para o indicador, para facilitar avaliação.
Relevância para a tomada de decisão
Identificar como o indicador contribui no processo de tomada de decisão
Gráfico ou representação
Elaborar uma representação gráfica.
Tendência e desafios
Tabela de dados