5
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA FLORESTAL PLANO DE ENSINO IDENTIFICAÇÃO DA DISCIPLINA DISCIPLINA: RELAÇÕES DA ANATOMIA COM ALGUMAS PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS COMO BASE PARA DETERMINAR A QUALIDADE DE MADEIRAS CURSO: Mestrado ( x ) Doutorado ( x ) DEPARTAMENTO RESPONSÁVEL: Ciência Florestal NÚMERO DE CRÉDITOS : 03 CARGA HORÁRIA: 45 NÚMERO MÁXIMO DE ALUNOS: 15 NÚMERO MÍNINO DE ALUNOS: 02 DOCENTE(S) RESPONSÁVEL(S): Eduardo Luiz Longui, Carmen Regina Marcati e Adriano Wagner Ballarin DISTRIBUIÇÃO DA CARGA HORÁRIA: TEÓRICA: 20h PRÁTICA: 20h TEÓRICO-PRÁTICA: 5 SEMINÁRIOS: - OUTRAS: Parte das aulas práticas será oferecida em laboratórios da UNESP e outra parte (um dia) será na Estação Experimental de Luis Antonio Instituto Florestal, para esta etapa a UNESP deverá providenciar um carro ou microônibus para o deslocamento dos alunos. OBJETIVOS DA DISCIPLINA: (Definição resumida dos objetivos). Por meio desta disciplina objetiva-se criar condições para que os alunos compreendam como as variações anatômicas influenciam na condutividade de água e resistência da madeira nas árvores e posteriormente nas propriedades físicas e mecânicas da madeira serrada. Com base nestas informações os alunos poderão estimar a qualidade das madeiras para diversas aplicações. METODOLOGIA DE ENSINO (Infomar resumidamente, como será desenvolvida a aula, especificando os recursos didáticos a serem empregados) Os conhecimentos serão oferecidos aos alunos por meios de aulas teóricas e práticas: a) teóricas serão empregadas apresentações em PowerPoint, animações e filmes além do uso de lousa e giz e discussão de artigos. b) práticas Os alunos acompanharão alguns ensaios para determinação das

PLANO DE ENSINO - fca.unesp.br · nas propriedades físicas e mecânicas da madeira serrada. Com base nestas informações os alunos poderão estimar a qualidade das madeiras para

Embed Size (px)

Citation preview

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM

CIÊNCIA FLORESTAL

PLANO DE ENSINO

IDENTIFICAÇÃO DA DISCIPLINA

DISCIPLINA: RELAÇÕES DA ANATOMIA COM ALGUMAS PROPRIEDADES FÍSICAS E

MECÂNICAS COMO BASE PARA DETERMINAR A QUALIDADE DE MADEIRAS

CURSO: Mestrado ( x ) Doutorado ( x )

DEPARTAMENTO RESPONSÁVEL: Ciência Florestal

NÚMERO DE CRÉDITOS : 03 CARGA HORÁRIA: 45

NÚMERO MÁXIMO DE ALUNOS: 15 NÚMERO MÍNINO DE ALUNOS: 02

DOCENTE(S) RESPONSÁVEL(S): Eduardo Luiz Longui, Carmen Regina Marcati e Adriano Wagner

Ballarin

DISTRIBUIÇÃO DA CARGA HORÁRIA:

TEÓRICA: 20h PRÁTICA: 20h TEÓRICO-PRÁTICA: 5

SEMINÁRIOS: - OUTRAS: Parte das aulas práticas será oferecida em laboratórios da UNESP e outra parte

(um dia) será na Estação Experimental de Luis Antonio – Instituto Florestal, para esta etapa a UNESP deverá

providenciar um carro ou microônibus para o deslocamento dos alunos.

OBJETIVOS DA DISCIPLINA: (Definição resumida dos objetivos).

Por meio desta disciplina objetiva-se criar condições para que os alunos compreendam como as variações

anatômicas influenciam na condutividade de água e resistência da madeira nas árvores e posteriormente

nas propriedades físicas e mecânicas da madeira serrada. Com base nestas informações os alunos poderão

estimar a qualidade das madeiras para diversas aplicações.

METODOLOGIA DE ENSINO (Infomar resumidamente, como será desenvolvida a aula, especificando

os recursos didáticos a serem empregados)

Os conhecimentos serão oferecidos aos alunos por meios de aulas teóricas e práticas: a) teóricas –

serão empregadas apresentações em PowerPoint, animações e filmes além do uso de lousa e giz e

discussão de artigos. b) práticas – Os alunos acompanharão alguns ensaios para determinação das

características anatômicas das madeiras e de suas propriedades em Laboratório (s) da UNESP e se

possível da Seção de Madeiras e Produtos Florestais do Instituto Florestal (IF); Visitarão um dos plantios

experimentais em uma das unidades do Instituto Florestal, possivelmente na cidade de Luis Antonio, para

conhecerem o efeito do espaçamento, tipo de solo e condições climáticas (precipitação e temperatura) no

crescimento de árvores e suas implicações na estrutura anatômica da madeira.

Durante as aulas os alunos serão provocados a refletir sobre o uso legal e aproveitamento das madeiras

nativas e exóticas buscando-se contextualizar com a comercialização desta matéria prima.

Ao final do curso, os alunos serão desafiados a propor uma hipótese relacionando a influência da

estrutura da madeira nas propriedades físicas e mecânicas. Dependendo do desdobramento serão

convidados a participar de um trabalho científico em parceria com os docentes colaboradores da UNESP

e a Seção de Madeira e Produtos Florestais (IF) para testarem suas hipóteses e redigirem um artigo

científico para submissão em periódicos da área de madeira.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM: (Descrever os instrumentos de avaliação que serão utilizados, com os critérios para obtenção do

resultado final):

CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO:

1. Participação do aluno nas aulas teóricas e práticas (50%)

2. Prova teórica (30%)

3. Elaboração de uma hipótese de estudo (20%)

EMENTA PROGRAMÁTICA:

Nesta disciplina serão oferecidas condições para que os estudantes compreendam e reflitam sobre a

influência da anatomia da madeira, com diferentes tipos, dimensões e frequência de células, nas

propriedades físicas e mecânicas como base para determinar a qualidade da madeira para as mais diversas

aplicações. O conteúdo apresentado terá como base a literatura de referência na área, bem como

resultados de estudos realizados com diversas espécies nativas de ecossistemas do estado de São Paulo e

plantios experimentais de nativas e exóticas.

Espera-se que ao final da disciplina, os alunos estejam aptos a relacionar como as variações celulares,

tanto as determinadas pelo crescimento e desenvolvimento, quanto àquelas determinadas por fatores

ambientais interferem nas propriedades da madeira das árvores vivas e da madeira serrada, que é

empregada como matéria prima em diversas aplicações.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: (Descrever os assuntos a serem abordados, com as subdivisões necessárias).

Programa teórico

1. De que é feita a madeira?

2. Planos anatômicos de corte;

3. Como definir e mensurar a qualidade da madeira;

4. Por que estudar as correlações da estrutura anatômica com as propriedades físicas e mecânicas da

madeira;

5. Noções gerais sobre as características anatômicas quantitativas da madeira de Angiospermas e

Gimnospermas;

6. Noções gerais sobre densidade e retração da madeira (propriedades físicas);

7. Noções gerais sobre Módulo de elasticidade, Módulo de ruptura, Resistência ao cisalhamento

paralelo à grã (propriedades mecânicas);

8. Influência das variações celulares no sentido radial e axial sobre algumas propriedades físicas e

mecânicas na árvore viva;

9. Influência das variações celulares no sentido radial e axial sobre algumas propriedades físicas e

mecânicas na madeira serrada e a relação com a qualidade da madeira;

10. Discussão sobre as hipóteses de ocorrência dos padrões radiais;

11. Tradeoff entre condutividade hidráulica e resistência mecânica e suas consequências na qualidade

da madeira

12. Influência dos constituintes químicos na qualidade da madeira;

13. Apresentação de técnicas e ensaios para avaliação da madeira;

14. Influência dos tratos silviculturais e do clima na estrutura e qualidade da madeira;

Programa prático

1. Conhecimento macroscópico da estrutura da madeira de algumas espécies nativas e exóticas por meio

de observação com lupa de 10 aumentos;

2. Noções de preparação de alguns corpos de prova para análises anatômicas quantitativas: comprimento

e espessura de parede de fibras; diâmetro, frequência e porcentagem da área de vasos; altura, largura e

frequência de raios;

3. Noções de preparação de alguns corpos de prova para determinação de algumas propriedades físicas e

mecânicas;

4. Analisar algumas amostras de madeira em conjunto com o conhecimento de suas propriedades físico-

mecânicas para estimar os potenciais usos;

5. Discussão de artigos por meio de leitura guiada;

5. Visita a plantio experimental e discussão sobre a influência dos tratos silviculturais e do clima na

estrutura da madeira.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA:

BAAS, P.; EWERS, F.W.; DAVIS, S.D.; WHEELER, E.A. Evolution of xylem physiology. In: POOLE,

I.; HEMSLEY, A. (eds). Evolution of Plant Physiology. London: Elsevier Academic Press. (Linnaean

Society Symposium Series), 2004. p 273-295.

BARNETT, J.R.; JERONIMIDIS, G. (eds.) Wood quality and its biological basis. Oxford, Blackwell

Publishing Ltd, 2003. 211p.

BURGER, L. M. & RICHTER, H. G. 1991. Anatomia da madeira. São Paulo, Editora Nobel, 154p.

HACKE, U.G., J.S. SPERRY & J. PITTERMANN. 2005. Efficiency versus safety tradeoffs for water

conduction in angiosperm vessels versus gymnosperm tracheids. In: N.M. Holbrook & M.A.

Zwienniecki (eds.) Vascular transport in plants: 333-354. Elsevier Inc., Amsterdam.

HOADLEY, B. Understanding Wood: A Craftsman’s Guide to Wood Technology. Taunton Press,

Newtown, CT, 2000.

IAWA List of microscopic features for hardwood identification. 1989. IAWA Journal. 10 (3):219-332.

LANCHENBRUCH B, MOORE JR, EVANS R (2011) Radial variation in wood structure and function

in woody plants, and hypotheses for its occurrence. In: MEINZER FC, LANCHENBRUCH B,

DAWSON TE (ed) Size-and Age-Related Changes in Tree Structure and Function, pp. 121-164.

MAINIERI, C. & CHIMELO, J.P. 1989. Fichas de características das madeiras brasileiras. Insituto de

Pesquisas Tecnológicas - Divisão de Madeiras, São Paulo, 418p.

MAINIERI, C., CHIMELO, J.P. & ANGYALOSSY-ALFONSO, V., 1983. Manual de identificação das

principais madeiras comerciais brasileiras. PROMOCET, São Paulo, 241p.

MATTHECK, C.; KUBLER, H. Wood – The internal optimization of trees. Berlin, Spring-Verlag. 1995.

129p.

NIKLAS, K.J. Plant biomechanics: an engineering approach to plant form and function. Chicago &

London: The University of Chicago Press, 1992. 607p.

PANSHIN, A.J., DE ZEEUW, C. Textbook of wood technology. 4th Ed. McGraw-Hill, New York,

1980.

DOCENTE RESPONSÁVEL:

Prof. Dr. Eduardo Luiz Longui

Profa. Dra. Carmen Regina Marcati

Prof. Dr. Adriano Wagner Ballarin

Aprovação:

Conselho de Departamento Conselho do Programa

Data: Data:

Chefe:

Coordenador: