67
Historia y teoría social Peter Burke Amorrortu editores Buenos Aires - Madrid

Peter Burke, Historia y teoría social

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Peter Burke, Historia y teoría social

H i s t o r i a y teoría s o c i a l P e t e r B u r k e

A m o r r o r t u e d i t o r e s B u e n o s A i r e s - M a d r i d

Page 2: Peter Burke, Historia y teoría social

Biblioteca de sociología History and Social Theory, 2"^- Edition, Peter Burke © Peter Burke, 2005 Esta edición se publica por acuerdo con Polity Press Ltd., Cambridge. Traducción: Horacio Pons

© Ibdos los derechos de la edición en castellano reservados por Amorrortu editores S.A., Paraguay 1225, 7° piso - C1057AAS Buenos Aires Amorrortu editores España S.L., C/San Andrés, 28 - 28004 Madrid

www.amorrortueditores.com

La reproducción total o parcial de este libro en forma idéntica o modificada por cualquier medio mecánico, electrónico o informático, incluyendo foto­copia, grabación, digitalización o cualquier sistema de almacenamiento y recuperación de información, no autorizada por los editores, viola dere­chos reservados.

Queda hecho el depósito que previene la ley n° 11.723

Industria argentina. Made in Argentina

ISBN 978-950-518-193-3 ISBN O 7456 3406 O, Cambridge, Reino Unido, edición original

índice general

Burke, Peter Historia y teoría social.-1" ed.- Buenos Aires : Amorrortu, 2007. 320 p. ; 24x13 cm.- (Sociología) Traducción de: Horacio Pons

ISBN 978-950-518-193-3

1. Sociología. I. Pons, Horacio, trad. II. Título. CDD 301

Impreso en los Talleres Gráficos Color Efe, Paso 192, Avellaneda, provin­cia de Buenos Aires, en octubre de 2007.

Tirada de esta edición: 2.500 ejemplares.

9 Prefacio 13 Prefacio a la segunda edición

15 1. Teóricos e historiadores 16 Un diálogo de sordos 18 La diferenciación entre historia y teoría 27 La desestimación del pasado 31 El surgimiento de la historia social 35 La convergencia de la teoría y la historia

41 2. Modelos y métodos 41 La comparación 48 Modelos y tipos 58 Los métodos cuantitativos 64 El microscopio social

71 3. Conceptos centrales 74 Roles y actuaciones 79 Sexo y género 84 Familia y parentesco 88 Comunidades e identidades 93 Clase y estatus 97 Movilidad social y distinción social

101 Consumo e intercambio 107 Capital cultural y social 110 Patrones, clientes y corrupción 115 Poder y cultura política 118 La sociedad civil y la esfera pública 122 Centros y periferias 130 Hegemonía y resistencia 135 Protesta social y movimientos sociales

Page 3: Peter Burke, Historia y teoría social

5. Teoría s o c i a l y c a m b i o s o c i a l

E n l o s capítulos a n t e r i o r e s h e m o s c r i t i c a d o u n a y o t r a v e z e n f o q u e s específicos, d e s d e e l f u n c i o n a l i s m o h a s t a e l e s t r u c t u r a l i s m o , p o r s u i n c a p a c i d a d p a r a e x p l i c a r e l c a m ­b i o . ¿Cómo l o e x p l i c a m o s ? ¿Puede e s a t a r e a d e j a r s e e n m a ­n o s d e l o s h i s t o r i a d o r e s y s u s c o n c e p t o s t r a d i c i o n a l e s , o l o s teóricos s o c i a l e s también están e n c o n d i c i o n e s d e h a c e r u n a p o r t e ? ¿Tenemos h o y a n u e s t r a disposición u n a teoría o a l m e n o s i m m o d e l o d e l c a m b i o s o c i a l ?

E s m e n e s t e r s u b r a y a r d e s d e e l p r i n c i p i o q u e l a e x p r e ­sión «cambio social» e s a m b i g u a . A v e c e s s e l a u t i l i z a e n u n s e n t i d o r e s t r i n g i d o , c o n r e f e r e n c i a a m o d i f i c a c i o n e s e n l a e s t r u c t u r a s o c i a l ( e l e q u i l i b r i o e n t r e l a s d i s t i n t a s c l a s e s s o ­c i a l e s , p o r e j e m p l o ) , p e r o también e n i m s e n t i d o c o n s i d e r a ­b l e m e n t e más a b a r c a d o r , q u e i n c l u y e l a organización polí­t i c a , l a economía y l a c u l t u r a . E n e s t e capítulo p o n d r e m o s e l a c e n t o e n e s a definición más a m p l i a .

C o m o l a s filosofías d e l a h i s t o r i a , d e l a s c u a l e s n o p u e ­d e n d i s t i n g u i r s e d e l t o d o , l o s m o d e l o s o teorías d e l c a m b i o s o c i a l p u e d e n o r d e n a r s e e n u n a s e r i e d e t i p o s p r i n c i p a l e s . A l g u n o s h a c e n hincapié e n f a c t o r e s i n t e r n o s d e l c a m b i o y a m e n u d o d e s c r i b e n l a s o c i e d a d s o b r e l a b a s e d e metáforas orgánicas c o m o «crecimiento», «evolución» y «decadencia». O t r o s d e s t a c a n f a c t o r e s e x t e r n o s y u s a n términos c o m o «préstamo», «difiisión» o «imitación». A l g u n o s m o d e l o s s o n h n e a l e s , c o m o l a s filosofías j u d e o c r i s t i a n a s d e l a h i s t o r i a o l a teoría d e l a «modernización», m i e n t r a s q u e o t r o s s o n cí-c H c o s : así, l a s c o n c e p c i o n e s clásicas d e l c a m b i o r e t o m a d a s p o r M a q u i a v e l o y o t r o s p e n s a d o r e s e n e l R e n a c i m i e n t o , o l a s i d e a s s u b y a c e n t e s e n l a o b r a d e I b n Jaldún, e l g r a n h i s ­t o r i a d o r árabe d e l s i g l o X T V .

Ningún m o d e l o d e c a m b i o s o c i a l satisfará p o r c o m p l e t o a l o s h i s t o r i a d o r e s , d e b i d o a l interés p r o f e s i o n a l d e e s t o s e n l a v a r i e d a d y l a d i f e r e n c i a . P o r e n d e , c o m o d i j o a l g u n a v e z

203

Page 4: Peter Burke, Historia y teoría social

el sociólogo inglés Ronald Dore, «no es posible hacer torti­llas sociológicas sin romper algunos huevos históricos». De todos modos, los historiadores tienen algo que aprender del debate en tomo a modelos rivales, dado que el conocimien­to de la existencia de alternativas es un estímulo para la imaginación.

Los dos principales modelos del cambio social son el del conflicto y el de la evolución o, en aras de la simplicidad, Marx y Spencer.

El modelo de Spencer

«Spencer» es una etiqueta conveniente para designar un modelo que pone el acento en un cambio social que es gradual y acumulativo (la «evolución» opuesta a la «revolu­ción») y está esencialmente determinado desde adentro («endógeno» en oposición a «exógeno»). Con frecuencia, este proceso endógeno se describe en términos de «diferencia­ción estructural»; en otras palabras, el paso de lo simple, no especializado e informal a lo complejo, especializado y for­mal, o, según dice el propio Spencer, de la «homogeneidad incoherente» a la «heterogeneidad coherente» (Sanderson, 1990, págs. 10-35; sobre Spencer, Peel, 1971). En líneas ge­nerales, este es el modelo de cambio utilizado tanto por Durkheim como por Weber.

Durkheim, qviien discrepaba de Spencer en cuestiones fundamentales, como hemos visto (véase supra, pág. 184), lo segm'a al describir el cambio en términos esencialmente evolutivos. Hacía hincapié en el reemplazo paulatino de la «solidaridad mecánica» simple (esto es, la solidaridad de lo similar) por una «solidaridad orgánica» más compleja, la soUdaridad de lo complementario, merced a la creciente división del trabajo en la sociedad (Durkheim, 1893; cf. Lu-kes, 1973, capítulo 7). En cuanto a Weber, prefería evitar el término «evolución», pero, con todo, veía la historia del mundo como una tendencia gradual aunque irreversible hacia formas de organización más complejas e imperso­nales, como la burocracia (véase supra, pág. 53) y el capi­

talismo. Se ha demostrado la posibilidad hacer una síntesis de las ideas de Durkhe ca del cambio social.

El resultado es lo que conocemos com «modernización», que considera el proce esencia, como un desarrollo desde aden mundo externo sólo participa para dar «adaptación». La «sociedad tradicional» y dema» se presentan como tipos antitético los siguientes lineamientos:

1. La jerarquía social tradicional se bas to («adscripción») y la movilidad social es quía moderna, en contraste, se funda en el y la movilidad es elevada. Una sociedad di se supra, pág. 94) es reemplazada por una| ses», con una mayor igualdad de oportun parte, la mudad básica de la sociedad trad queño grupo en el cual todos se conocen, u^ Tras la modernización, por el contrario, la i grande e impersonal, la «Sociedad» con S n esfera económica, esa impersonalidad as\mercado, con su «mano invisible», como la Smith; en la esfera política, adopta la apai Max Weber denominó «burocracia». Grite de comportamiento sustituyen pautas qud ran aplicables a grupos específicos («univei «particiilarismo»). Los grupos en los que 1| ción cara a cara no desaparecen, desde lueí tan a la nueva situación. Para actuar en e sociedad, toman la forma de asociaciones fines específicos: profesiones, iglesias, club< ticos, etc., e ilustran así el surgimiento del (véase supra, pág. 106).

2. Estos modos antitéticos de organizad vinculados a actitudes (si no a «mentalid antitéticas —frente al cambio, por ejemplo dades tradicionales, en las cuales el cambio te suele ser hostil a él o bien desconoce que («amnesia estructural»; véase supra, pág. 1

204

Page 5: Peter Burke, Historia y teoría social

t a l i s m o . S e h a d e m o s t r a d o l a p o s i b i l i d a d , p o r l o t a n t o , d e h a c e r i m a síntesis d e l a s i d e a s d e D u r k h e i m y W e b e r a c e r ­c a d e l c a m b i o s o c i a l .

E l r e s u l t a d o e s l o q u e c o n o c e m o s c o m o e l m o d e l o d e l a «modernización», q u e c o n s i d e r a e l p r o c e s o d e c a m b i o , e n e s e n c i a , c o m o i m d e s a r r o l l o d e s d e a d e n t r o , e n e l c u a l e l m u n d o e x t e r n o sólo p a r t i c i p a p a r a d a r u n estímulo a l a «adaptación». L a «sociedad tradicional» y l a «sociedad m o ­derna» s e p r e s e n t a n c o m o t i p o s antitéticos, d e a c u e r d o c o n l o s s i g u i e n t e s l i n e a m i e n t o s :

1 . L a jerarquía s o c i a l t r a d i c i o n a l s e b a s a e n e l n a c i m i e n ­t o («adscripción») y l a m o v i l i d a d s o c i a l e s e s c a s a . L a j e r a r ­quía m o d e r n a , e n c o n t r a s t e , s e f u n d a e n e l mérito («logro») y l a m o v i l i d a d e s e l e v a d a . U n a s o c i e d a d d e «estados» (véa­s e supra, pág. 94) e s r e e m p l a z a d a p o r u n a s o c i e d a d d e «cla­ses», c o n u n a m a y o r i g u a l d a d d e o p o r t i m i d a d e s . P o r o t r a p a r t e , l a i m i d a d básica d e l a s o c i e d a d t r a d i c i o n a l e s u n p e ­queño g r u p o e n e l c u a l t o d o s s e c o n o c e n , mía «comunidad». T r a s l a modernización, p o r e l c o n t r a r i o , l a u n i d a d básica e s g r a n d e e i m p e r s o n a l , l a «Sociedad» c o n S m a j n i s c u l a . E n l a e s f e r a económica, e s a i m p e r s o n a l i d a d a s u m e l a f o r m a d e l m e r c a d o , c o n s u «mano invisible», c o m o l a c a l i f i c a b a A d a m S m i t h ; e n l a e s f e r a política, a d o p t a l a a p a r i e n c i a d e l o q u e M a x W e b e r denominó «burocracia». C r i t e r i o s i m i v e r s a l e s d e c o m p o r t a m i e n t o s u s t i t u y e n p a u t a s q u e sólo s e c o n s i d e -vaxí a p U c a b l e s a g r u p o s específicos («universalismo» versus «particularismo»). L o s g r u p o s e n l o s q u e h a y u n a i n t e r a c ­ción c a r a a c a r a n o d e s a p a r e c e n , d e s d e l u e g o , p e r o s e a d a p ­t a n a l a n u e v a situación. P a r a a c t u a r e n e l c o n j u n t o d e l a s o c i e d a d , t o m a n l a f o r m a d e a s o c i a c i o n e s v o l u n t a r i a s c o n fines específicos: p r o f e s i o n e s , i g l e s i a s , c l u b e s , p a r t i d o s polí­t i c o s , e t c . , e i l u s t r a n así e l s u r g i m i e n t o d e l «capital social» (véase supra, pág. 106).

2. E s t o s m o d o s antitéticos d e organización s o c i a l están v i n c u l a d o s a a c t i t u d e s ( s i n o a «mentalidades») también antitéticas — a f r e n t e a l c a m b i o , p o r e j e m p l o — . E n l a s s o c i e ­d a d e s t r a d i c i o n a l e s , e n l a s c u a l e s e l c a m b i o e s l e n t o , l a g e n ­t e s u e l e s e r h o s t i l a él o b i e n d e s c o n o c e q u e s e h a p r o d u c i d o («amnesia estructural»; véase supra, pág. 166). P o r s u p a r -

205

Page 6: Peter Burke, Historia y teoría social

te, los miembros de las sociedades modernas, en las que el cambio es rápido y constante, son bien conscientes de la presencia de este, lo esperan y lo aprueban. En rigor, las acciones se justifican en nombre de la «mejora» o el «pro­greso», mientras que instituciones e ideas son condenadas por «anticuadas» y se desdeña el «atraso» de sociedades más tradicionales. Se pasa de vma situación en que «nue­vo» es xm insulto a otra en la que se recomienda por sí solo. El fiaturo no se percibe como una mera reproducción del presente, sino como im espacio para el desarrollo de pro­yectos y tendencias (Koselleck, 1985, págs. 3-20).

3. A estos contrastes básicos pueden agregarse varios otros. La cultvua de las sociedades tradicionales se ha des-cripto a menudo como religiosa, mágica y hasta irracional, mientras la cultura de las sociedades modernas se caracte­riza como secular, racional y científica. Weber, por ejemplo, consideraba que la secularización y la racionalización eran rasgos centrales del proceso de modernización. Resaltaba el papel del «ascetismo ultramundano» (innerweltliche As-kese) y el «desencantamiento del mundo» (Entzauberung der Welt) en el ascenso del capitalismo. También suponía que la burocracia era una forma de organización política más racional que la reemplazada por ella. Vale la pena seña­lar que su empleo del término «racional» no implicaba una aprobación entusiasta de la burocratización. Weber temía lo que llamaba «jaula de hierro» del mxmdo moderno, en el que los individuos deben someterse a reglas inflexibles.

El paralelo entre este modelo de cambio sociocultural y ciertos modelos conocidos de crecimiento económico y de­sarrollo político ha de advertirse con toda evidencia. Por ejemplo, los teóricos del crecimiento económico han hecho hincapié en el «despegue», en virtud del cual se pasa de vma sociedad preindustrial vista como estática a una socie­dad industrial en la que el crecimiento es la situación nor­mal, «El interés compuesto se incorpora, por así decirlo, a sus hábitos y su estructura institucional» (Rostow, 1958). De manera similar, los teóricos del desarrollo político han destacado la difusión de la participación política, así como el surgimiento de la burocracia, y han señalado la apari­

ción de movimientos sociales en Occident< siglo XVIII en adelante (Lemer, 1958; Till

El contraste entre las sociedades tradií ciedades modernas se ha acentuado con e disciplinas. Los geógrafos, por ejemplo, h la modernidad se asocia a cambios en las > espacio, que llega a considerarse abstráete cuanto está disponible para una diversids en vez de permanecer atado a una funcii (Sack, 1986). Los psicólogos sociales desci rroUo de una personalidad «moderna», ca un creciente autocontrol y también por la c patía con otros. Los antropólogos sociales 1 los modos tradicionales de pensamiento concretos y cerrados, con los modernos, n «abiertos» (en otras palabras, conscientes de ideas alternativas) (Horton, 1967,1982

Durante los últimos treinta años, los tei han sentido cada vez más insatisfechos ce subyacentes a este modelo, como la idea d^ vitabihdad y los beneficios de cierto tipo ( (Tipps, 1973; Knobl, 2003). Aun en el cam] económica se ha puesto en tela de juicio la i hacia una sociedad cada vez más rica, y se 1 modelo ecológico alternativo, según el cui económica se expHca, en esencia, como un desaparición de un recurso específico y la: guíente de encontrarle un sustituto (Wilki cuanto a los historiadores culturales, obje tradición como un concepto residual, defir no es moderno; un concepto consensual, qu flictos dentro de las tradiciones, y un conce hace caso omiso de los ajustes de las tradic biantes circunstancias, aun cuando la ge reconozca la existencia de esas adaptaci 1967; Hobsbawm y Ranger, 1983; Heesten 10-25).

A decir verdad, el modelo evolutivo ha s ticas tan severas en los últimos años que 1 empezar por señalar sus méritos. La idea c

206

Page 7: Peter Burke, Historia y teoría social

3 d e l a s s o c i e d a d e s m o d e r n a s , e n l a s q u e e l lo y c o n s t a n t e , s o n b i e n c o n s c i e n t e s d e l a t e , l o e s p e r a n y l o a p r u e b a n . E n r i g o r , l a s i f i c a n e n n o m b r e d e l a «mejora» o e l «pro-s q u e i n s t i t u c i o n e s e i d e a s s o n c o n d e n a d a s 3» y s e desdeña e l «atraso» d e s o c i e d a d e s e s . S e p a s a d e u n a situación e n q u e «nue-0 a o t r a e n l a q u e s e r e c o m i e n d a p o r sí s o l o , p e r c i b e c o m o u n a m e r a reproducción d e l

íomo u n e s p a c i o p a r a e l d e s a r r o l l o d e p r o -d a s ( K o s e l l e c k , 1985, págs. 3-20). i n t r a s t e s básicos p u e d e n a g r e g a r s e v a r i o s •a d e l a s s o c i e d a d e s t r a d i c i o n a l e s s e h a d e s -D c o m o r e l i g i o s a , mágica y h a s t a i r r a c i o n a l , ; u r a d e l a s s o c i e d a d e s m o d e r n a s s e c a r a c t e -a r , r a c i o n a l y científica. W e b e r , p o r e j e m p l o , B l a secularización y l a racionalización e r a n s d e l p r o c e s o d e modernización. R e s a l t a b a c e t i s m o intramundano» { i n n e r w e l t l i c h e As-i n c a n t a m i e n t o d e l mundo» ( E n t z a u b e r u n g a s c e n s o d e l c a p i t a l i s m o . También suponía pia e r a u n a f o r m a d e organización política le l a r e e m p l a z a d a p o r e l l a . V a l e l a p e n a seña-leo d e l término «racional» n o i m p l i c a b a u n a u s i a s t a d e l a burocratización. W e b e r temía «jaula d e hierro» d e l m u n d o m o d e r n o , e n e l n o s d e b e n s o m e t e r s e a r e g l a s i n f l e x i b l e s .

b n t r e e s t e m o d e l o d e c a m b i o s o c i o c u l t u r a l y 3 c o n o c i d o s d e c r e c i m i e n t o económico y d e -3 h a d e a d v e r t i r s e c o n t o d a e v i d e n c i a . P o r (ricos d e l c r e c i m i e n t o económico h a n h e c h o «despegue», e n v i r t u d d e l c u a l s e p a s a d e r e i n d u s t r i a l v i s t a c o m o estática a u n a s o c i e -e n l a q u e e l c r e c i m i e n t o e s l a situación n o r -s c o m p u e s t o s e i n c o r p o r a , p o r así d e c i r l o , a u e s t r u c t i u - a institucional» ( R o s t o w , 1958). l i l a r , l o s teóricos d e l d e s a r r o l l o político h a n fusión d e l a participación política, así c o m o d e l a b u r o c r a c i a , y h a n señalado l a a p a r i ­

ción d e m o v i m i e n t o s s o c i a l e s e n O c c i d e n t e d e s d e fines d e l s i g l o X V I I I e n a d e l a n t e ( L e m e r , 1958; T i U y , 2004).

E l c o n t r a s t e e n t r e l a s s o c i e d a d e s t r a d i c i o n a l e s y l a s s o ­c i e d a d e s m o d e r n a s s e h a a c e n t u a d o c o n e l a p o r t e d e o t r a s d i s c i p h n a s . L o s geógrafos, p o r e j e m p l o , h a n s u g e r i d o q u e l a m o d e r n i d a d s e a s o c i a a c a m b i o s e n l a s c o n c e p c i o n e s d e l e s p a c i o , q u e l l e g a a c o n s i d e r a r s e a b s t r a c t o o «vaciable», e n c u a n t o está d i s p o n i b l e p a r a u n a d i v e r s i d a d d e propósitos, e n v e z d e p e r m a n e c e r a t a d o a u n a función d e t e r m i n a d a ( S a c k , 1986). L o s psicólogos s o c i a l e s d e s c r i b i e r o n e l d e s a ­r r o l l o d e u n a p e r s o n a l i d a d «moderna», c a r a c t e r i z a d a p o r u n c r e c i e n t e a u t o c o n t r o l y también p o r l a c a p a c i d a d d e e m ­p a t i a c o n o t r o s . L o s antropólogos s o c i a l e s h a n c o n t r a s t a d o l o s m o d o s t r a d i c i o n a l e s d e p e n s a m i e n t o , r e l a t i v a m e n t e c o n c r e t o s y c e r r a d o s , c o n l o s m o d e r n o s , más a b s t r a c t o s y «abiertos» ( e n o t r a s p a l a b r a s , c o n s c i e n t e s d e l a e x i s t e n c i a d e i d e a s a l t e m a t i v a s ) ( H o r t o n , 1967 ,1982) .

D u r a n t e l o s últimos t r e i n t a años, l o s teóricos s o c i a l e s s e h a n s e n t i d o c a d a v e z más i n s a t i s f e c h o s c o n l o s s u p u e s t o s s u b y a c e n t e s a e s t e m o d e l o , c o m o l a i d e a d e a t r a s o y l a i n e -v i t a b i l i d a d y l o s b e n e f i c i o s d e c i e r t o t i p o d e c a m b i o s o c i a l ( T i p p s , 1973; K n o b l , 2003). A u n e n e l c a m p o d e l a h i s t o r i a económica s e h a p u e s t o e n t e l a d e j u i c i o l a i d e a d e p r o g r e s o h a c i a i m a s o c i e d a d c a d a v e z más rica, y s e h a p r o p u e s t o u n m o d e l o ecológico a l t e r n a t i v o , según e l c u a l l a iimovación económica s e e x p l i c a , e n e s e n c i a , c o m o i m a r e s p u e s t a a l a desaparición d e u n r e c u r s o específico y l a n e c e s i d a d c o n s i ­g u i e n t e d e e n c o n t r a r l e u n s u s t i t u t o ( W i l k i n s o n , 1973). E n c u a n t o a l o s h i s t o r i a d o r e s c u l t u r a l e s , o b j e t a n l a noción d e tradición c o m o u n c o n c e p t o r e s i d u a l , d e f i n i d o c o m o l o q u e n o e s m o d e r n o ; u n c o n c e p t o c o n s e n s u a l , q u e i g n o r a l o s c o n ­flictos d e n t r o d e l a s t r a d i c i o n e s , y u n c o n c e p t o estático, q u e h a c e c a s o o m i s o d e l o s a j u s t e s d e l a s t r a d i c i o n e s a l a s c a m ­b i a n t e s c i r c u n s t a n c i a s , a u n c u a n d o l a g e n t e n o s i e m p r e r e c o n o z c a l a e x i s t e n c i a d e e s a s a d a p t a c i o n e s ( R u d o l p h , 1967; H o b s b a w m y R a n g e r , 1983; H e e s t e r m a n , 1985, págs. 10-25).

A d e c i r v e r d a d , e l m o d e l o e v o l u t i v o h a s i d o o b j e t o d e crí­t i c a s t a n s e v e r a s e n l o s últimos años q u e l o más j u s t o será e m p e z a r p o r señalar s u s méritos. L a i d e a d e v m a s e c u e n c i a

207

Page 8: Peter Burke, Historia y teoría social

de cambios sociales que, si no inevitables, tienen al menos la probabilidad de seguirse unos a otros, no es algo que pueda rechazarse sin más. La idea de «evolución», con sus ecos de Darwin, tampoco debe desestimarse a la ligera. W. G. Runciman, por ejemplo, ha sostenido que «el proceso mediante el cual las sociedades evolucionan es análogo, aimque en modo alguno equivalente, a la selección natu­ral», y destaca lo que denomina «selección competitiva de prácticas» (Runciman, 1983-1989, vol. 2, págs. 285-310). Buena parte de la historia económica y militar, en especial, campos en los que la idea de competencia alcanza su pimto culminamte, comienza a perfilarse con nitidez si se la ana­liza de este modo.

Otra ilustración llamativa de los méritos del modelo es el estudio de Joseph Lee (1973) sobre la sociedad irlandesa desde la Gran Hambnma de la década de 1840. El libro se organiza alrededor del concepto de modernización, con la esperanza, según lo señala el prefacio, de que este término «demuestre ser inmune a las preocupaciones provincianas implícitas en conceptos igualmente elusivos y más emoti­vos, como gaehzación y anglización». En este caso, la pers­pectiva comparada permite ver lo general en lo particular y sugiere explicaciones de los cambios locales más profimdas o estructiu-ales que las propuestas anteriormente por los historiadores del lugar.

En Alemania encontraremos otro ejemplo de las ven­tajas del modelo. Historiadores tan diferentes en su enfo­que del pasado como Thomas Nipperdey y Hans-Ulrich Wehler analizaron los cambios experimentados por la so­ciedad alemana desde fines del siglo XVIII en adelante se­gún el pimto de vista de la modernización. Nipperdey, por ejemplo, explicó el desarrollo de las asociaciones voluntarias en los años próximos a 1800 como parte del paso general de ima «sociedad estamentaria» tradicional a una «sociedad de clases» moderna (Nipperdey, 1976, págs. 174-205).

En cuanto a Wehler (1987), hizo su propio aporte a la teoría con el concepto de «modernización defensiva», utili­zado para caracterizar las reformas agrarias, administra­tivas y militares implementadas en Prusia y otros estados alemanes entre 1789 y 1815, con el argumento de que re­

presentaban, en esencia, una respuest dirigente percibía como una amenaza Francesa y Napoleón.

La idea de modernización defensiva piada para ima aphcación más amplia, ción tradicional de «Contrarreforma», «contrarrevolución», da a entender que se reformó o modernizó a mediados d reacción ante la Reforma protestante. P cuantos movimientos reformistas decim «Jóvenes Turcos» en el Imperio Otoman ración» Meiji en el Japón, pueden verse j la amenaza planteada por el ascenso dq

Es hora de ocupamos de los defecto^ mulado en los países industrializados a 1 el modelo de la modernización se profimi cada de 1950 para explicar el cambio é (los países «subdesarroUados», como se \ en esos días). No será muy sorprendentej historiadores de la Europa preindustr advirtieron discrepancias entre el mode, específicas que estudiaban. Y expresan cipales de recelos, sobre la dirección, la ei canica del cambio social.

En primer lugar, la ampliación de ni más allá de los dos siglos pasados muestl el cambio no es unilineal y que la histor de una sola mano». En otras palabras, la pre avanza hacia una creciente centra dad, especialización, etc. Algunos partic de la modemización, entre ellos Shmuel i son conscientes de lo que este último Uai descentralización», pero la idea fundam apunta en la dirección opuesta. La reg todavía objeto del análisis exhaustivo q (cf. Runciman, 1983-1989, vol. 2, págs. 3

Un ejemplo de tendencia regresiva qu conocen muy bien es el de Europa en la dencia del Imperio Romano y las invas

208

Page 9: Peter Burke, Historia y teoría social

íiales q u e , s i n o i n e v i t a b l e s , t i e n e n a l m e n o s id d e s e g u i r s e u n o s a o t r o s , n o e s a l g o q u e i r s e s i n más. L a i d e a d e «evolución», c o n s u s 1 , t a m p o c o d e b e d e s e s t i m a r s e a l a l i g e r a . W .

p o r e j e m p l o , h a s o s t e n i d o q u e «el p r o c e s o u a l l a s s o c i e d a d e s e v o l u c i o n a n e s análogo, ido a l g u n o e q u i v a l e n t e , a l a selección n a t u -i l o q u e d e n o m i n a «selección c o m p e t i t i v a d e m c i m a n , 1983-1989, v o l . 2, págs. 285-310). e l a h i s t o r i a económica y m i l i t a r , e n e s p e c i a l , q u e l a i d e a d e c o m p e t e n c i a a l c a n z a s u p i m t o • m i e n z a a p e r f i l a r s e c o n n i t i d e z s i s e l a a n a -)do. ición l l a m a t i v a d e l o s méritos d e l m o d e l o e s p s e p h L e e (1973) s o b r e l a s o c i e d a d i r l a n d e s a H a m b r u n a d e l a década d e 1840. E l l i b r o s e l e d o r d e l c o n c e p t o d e modemización, c o n l a ún l o señala e l p r e f a c i o , d e q u e e s t e término r i n m u n e a l a s p r e o c u p a c i o n e s p r o v i n c i a n a s íonceptos i g u a l m e n t e e l u s i v o s y más e m o t i -ización y anglización». E n e s t e c a s o , l a p e r s ­u a d a p e r m i t e v e r l o g e n e r a l e n l o p a r t i c u l a r y i d o n e s d e l o s c a m b i o s l o c a l e s más p r o f i m d a s ^ q u e l a s p r o p u e s t a s a n t e r i o r m e n t e p o r l o s leí l u g a r . i a e n c o n t r a r e m o s o t r o e j e m p l o d e l a s v e n -l o . H i s t o r i a d o r e s t a n d i f e r e n t e s e n s u e n f o -0 c o m o T h o m a s N i p p e r d e y y H a n s - U l r i c h ^ o n l o s c a m b i o s e x p e r i m e n t a d o s p o r l a s o -^ d e s d e fines d e l s i g l o X V I I I e n a d e l a n t e s e -e v i s t a d e l a modemización. N i p p e r d e y , p o r & e l d e s a r r o l l o d e l a s a s o c i a c i o n e s v o l u n t a r i a s k i m o s a 1800 c o m o p a r t e d e l p a s o g e n e r a l d e estamentaria» t r a d i c i o n a l a i m a «sociedad b m a ( N i p p e r d e y 1976, págs. 174-205). 1 W e h l e r (1987), h i z o s u p r o p i o a p o r t e a l a n c e p t o d e «modemización defensiva», u t i l i -c t e r i z a r l a s r e f o r m a s a g r a r i a s , administrá­i s i m p l e m e n t a d a s e n P m s i a y o t r o s e s t a d o s i 1789 y 1815, c o n e l a r g u m e n t o d e q u e r e ­

p r e s e n t a b a n , e n e s e n c i a , u n a r e s p u e s t a a l o q u e l a c l a s e d i r i g e n t e percibía c o m o u n a a m e n a z a d e l a Revolución F r a n c e s a y Napoleón.

L a i d e a d e modemización d e f e n s i v a e s , s i n d u d a , a p r o ­p i a d a p a r a v m a aplicación más a m p l i a . P o r e j e m p l o , l a n o ­ción t r a d i c i o n a l d e «Contrarreforma», c u y o m o d e l o e s l a «contrarrevolución», d a a e n t e n d e r q u e l a I g l e s i a Católica s e reformó o modernizó a m e d i a d o s d e l s i g l o X V I c o m o reacción a n t e l a R e f o r m a p r o t e s t a n t e . P o r o t r a p a r t e , u n o s c u a n t o s m o v i m i e n t o s r e f o r m i s t a s decimonónicos, d e s d e l o s «Jóvenes Turcos» e n e l I m p e r i o O t o m a n o h a s t a l a «restau­ración» M e i j i e n e l Japón, p u e d e n v e r s e c o m o r e s p u e s t a s a l a a m e n a z a p l a n t e a d a p o r e l a s c e n s o d e O c c i d e n t e .

E s h o r a d e o c u p a m o s d e l o s d e f e c t o s d e l a teoría. F o r ­m u l a d o e n l o s países i n d u s t r i a l i z a d o s a fines d e l s i g l o X I X , e l m o d e l o d e l a modemización s e profundizó d u r a n t e l a dé­c a d a d e 1950 p a r a e x p l i c a r e l c a m b i o e n e l T e r c e r M u n d o ( l o s países «subdesarroUados», c o m o s e l o s d a b a e n l l a m a r e n e s o s días). N o será m u y s o r p r e n d e n t e c o m p r o b a r q u e l o s h i s t o r i a d o r e s d e l a E u r o p a p r e i n d u s t r i a l , e n p a r t i c u l a r , a d v i r t i e r o n d i s c r e p a n c i a s e n t r e e l m o d e l o y l a s s o c i e d a d e s específicas q u e e s t u d i a b a n . Y e x p r e s a r o n t r e s t i p o s p r i n ­c i p a l e s d e r e c e l o s , s o b r e l a dirección, l a explicación y l a m e ­cánica d e l c a m b i o s o c i a l .

E n p r i m e r l u g a r , l a ampliación d e n u e s t r o s h o r i z o n t e s más allá d e l o s d o s s i g l o s p a s a d o s m u e s t r a c o n c l a r i d a d q u e e l c a m b i o n o e s u n i l i n e a l y q u e l a h i s t o r i a n o e s u n a «calle d e u n a s o l a mano». E n o t r a s p a l a b r a s , l a s o c i e d a d n o s i e m ­p r e a v a n z a h a d a u n a c r e c i e n t e centralización, c o m p l e j i ­d a d , especialización, e t c . A l g u n o s p a r t i d a r i o s d e l a teoría d e l a modemización, e n t r e e l l o s S h m u e l E i s e n s t a d t (1973), s o n c o n s c i e n t e s d e l o q u e e s t e último l l a m a «regresión a l a descentralización», p e r o l a i d e a f u n d a m e n t a l d e l a teoría a p u n t a e n l a dirección o p u e s t a . L a regresión n o h a s i d o todavía o b j e t o d e l análisis e x h a u s t i v o q u e s i n d u d a e x i g e (cf. R u n c i m a n , 1983-1989, v o l . 2, págs. 310-20).

U n e j e m p l o d e t e n d e n c i a r e g r e s i v a q u e l o s h i s t o r i a d o r e s c o n o c e n m u y b i e n e s e l d e E u r o p a e n l a época d e l a d e c a ­d e n c i a d e l I m p e r i o R o m a n o y l a s i n v a s i o n e s d e l o s «bár-

209

Page 10: Peter Burke, Historia y teoría social

baros» (una categoría que de por sí merece un nuevo exa­men a la luz de la antropología histórica). La crisis estruc­tural del imperio en el siglo III d.C. fue seguida por un de-mmibe del gobierno central, la declinación de las ciudades y ima tendencia creciente a la autonomía local en los pla­nos económico y político. Se permitió entonces que lombar­dos, visigodos y otros invasores vivieran bajo sus propias leyes, y de ese modo se produjo un pasaje del «universalis­mo» al «particularismo». El intento de los emperadores de garantizar que sus hijos los sucedieran en el trono sugiere que también se pasó del logro a la adscripción. Al mismo tiempo, el cristianismo alcanzó la jerarquía de religión ofi­cial del imperio tras la conversión del emperador Constan­tino. La Iglesia ganó una importancia creciente en la vida cultural, política y hasta económica, mientras que los com­portamientos seculares cedieron paso a las actitudes ultra­mundanas (Brown, 1971).

En otras palabras, el caso del Imperio Romano tardío ilustra lo contrario del proceso de «modemización» en casi todos los dominios sociales. El carácter exhaustivo de la in­versión puede tomarse como pmeba de que las diferentes tendencias están conectadas, tal cual suponen los spence-rianos, y en ese sentido confirma las teorías de la evolución social. De todas maneras, estas teorías se expusieron, con demasiada frecuencia, en una forma que daba a entender la inexistencia de las regresiones. El hecho de que las expre­siones «urbanización», «secularización» y «diferenciación es-tmctural» no tengan antónimos en el lenguaje de la socio­logía nos dice más sobre los supuestos de los sociólogos que sobre la naturaleza del cambio social.

El propio término «modemización» genera la impresión de un proceso lineal. Sin embargo, los historiadores inte­lectuales saben muy bien que la palabra «modemo» —que, paradójicamente, ya estaba en uso en la Edad Media— ha tenido significados muy diferentes en distintos siglos. Aun el modo en que utilizaban el concepto Ranke y Burckhardt, quienes situaban el inicio de la historia moderna en el siglo XV, parece hoy curiosamente pasado de moda. Ranke hacía hincapié en la constmcción del Estado y Burckhardt en el individualismo, pero ni uno ni otro tenían nada que decir

sobre la industrialización. Esa ausene prendemos, ya que la Revolución Indu penetrado en el mundo germanoparlí escribió su Geschichte der romanischen Vólker (1828), y ni siquiera cuando Bur cultura del Renacimiento en Italia (186

Lo que nos dice esta ausencia es qu Ranke y Burckhardt no es la nuestra. E inconveniente de la modernidad es que (Kolakowski, 1990; Latour, 1993). Con^ los historiadores se han visto obligadoi contradictoria expresión «modernidacj modern] para referirse al período trans del Medioevo y el comienzo de la Rev Más recientemente, los sociólogos y otro mino también problemático, «posmodei los cambios sociales y culturales ocurri( neración (véase infra, pág. 245).

En segundo lugar, los historiadores t de la explicación del cambio social incd de la modemización, sobre todo en lo (j puesto de que el cambio es esencialmeri ma social: el desarrollo de su potencial un árbol ramificado. Este supuesto podr ra posible aislar una sociedad en part^ mundo, pero en la práctica el cambio soc producto de encuentros entre cultura^ 231). En los casos de conquista y colo] mente, el impacto violento de fuerzas d dad hace inapropiado examinarlas coi^ meros estímulos a la adaptación, la úni( modelo atribuye a los factores extemos

En tercer lugar, si queremos entendq ce el cambio social, acaso sea una buen^ zar por examinar cómo se produce. Por d spenceriano hace escasa alusión a la me Esa falta de referencia alienta el falso miento en una sola dirección, y da al pr

210

Page 11: Peter Burke, Historia y teoría social

s o b r e l a industrialización. E s a a u s e n c i a n o t i e n e q u e s o r ­p r e n d e m o s , y a q u e l a Revolución I n d u s t r i a l aún n o había p e n e t r a d o e n e l m u n d o g e r m a n o p a r l a n t e c u a n d o R a n k e escribió s u Geschichte der romanischen und germanischen Vólker (1828), y n i s i q u i e r a c u a n d o B u r c k h a r d t escribió L a c u l t u r a del Renacimiento en I t a l i a (1860).

L o q u e n o s d i c e e s t a a u s e n c i a e s q u e l a m o d e m i d a d d e R a n k e y B u r c k h a r d t n o e s l a n u e s t r a . E n o t r a s p a l a b r a s , e l i n c o n v e n i e n t e d e l a m o d e m i d a d e s q u e n o d e j a d e c a m b i a r ( K o l a k o w s k i , 1990; L a t o u r , 1993). C o m o r e s u l t a d o d e e l l o , l o s h i s t o r i a d o r e s s e h a n v i s t o o b l i g a d o s a acuñar l a a u t o -c o n t r a d i c t o r i a expresión «modernidad temprana» [early modern] p a r a r e f e r i r s e a l período t r a n s c u r r i d o e n t r e fines d e l M e d i o e v o y e l c o m i e n z o d e l a Revolución I n d u s t r i a l . Más r e c i e n t e m e n t e , l o s sociólogos y o t r o s a d o p t a r o n u n tér­m i n o también problemático, «posmodemo», p a r a d e s c r i b i r l o s c a m b i o s s o c i a l e s y c i i l t u r a l e s o c u r r i d o s e n l a última g e ­neración (véase infra, pág. 245).

E n s e g u n d o l u g a r , l o s h i s t o r i a d o r e s t i e n e n d u d a s a c e r c a d e l a explicación d e l c a m b i o s o c i a l i n c o r p o r a d a a l m o d e l o d e l a modemización, s o b r e t o d o e n l o c o n c e r n i e n t e a l s u ­p u e s t o d e q u e e l c a m b i o e s e s e n c i a l m e n t e i n t e m o a l s i s t e ­m a s o c i a l : e l d e s a r r o l l o d e s u p o t e n c i a l , e l c r e c i m i e n t o d e u n árbol r a m i f i c a d o . E s t e s u p u e s t o podría f u n c i o n a r s i f u e ­r a p o s i b l e a i s l a r u n a s o c i e d a d e n p a r t i c u l a r d e l r e s t o d e l m i m d o , p e r o e n l a práctica e l c a m b i o s o c i a l e s , a m e n u d o , e l p r o d u c t o d e e n c u e n t r o s e n t r e c u l t u r a s (véase infra, pág. 231) . E n l o s c a s o s d e c o n q u i s t a y colonización, e s p e c i a l ­m e n t e , e l i m p a c t o v i o l e n t o d e f u e r z a s e x t e r n a s a l a s o c i e ­d a d h a c e i n a p r o p i a d o e x a m i n a r l a s c o m o s i s e t r a t a r a d e m e r o s estímulos a l a adaptación, l a única fimción q u e e s t e m o d e l o a t r i b u y e a l o s f a c t o r e s e x t e m o s ( F o s t e r , 1960).

E n t e r c e r l u g a r , s i q u e r e m o s e n t e n d e r por qué s e p r o d u ­c e e l c a m b i o s o c i a l , a c a s o s e a v m a b u e n a e s t r a t e g i a c o m e n ­z a r p o r e x a m i n a r cómo s e p r o d u c e . P o r d e s d i c h a , e l m o d e l o s p e n c e r i a n o h a c e e s c a s a alusión a l a mecánica d e l c a m b i o . E s a f a l t a d e r e f e r e n c i a a l i e n t a e l f a l s o s u p u e s t o d e l m o v i ­m i e n t o e n u n a s o l a dirección, y d a a l p r o c e s o d e c a m b i o l a

2 1 1

Page 12: Peter Burke, Historia y teoría social

apariencia de una secuencia fluida y virtualmente automá­tica de etapas, como si todo lo que la gente tuviera que ha­cer fuese subir a la escalera mecánica. Un ejemplo desusa­damente explícito de lo que podríamos llamar «modelo de la escalera mecánica» es el estudio del economista Walter Rostow sobre las fases del crecimiento económico, desde la «sociedad tradicional», pasando por el «despegue», hasta la «era del consumo masivo elevado».

En contraste, el historiador económico Alexander Gers-chenkron sostuvo que los países de industrialización tar­día, como Alemania y Rusia, se apartaron del modelo de los primeros en industrializarse, sobre todo Gran Bretaña. En los últimos casos, el papel del Estado fue más grande y el móvil de la ganancia, menos importante. El modelo ante­rior era inadecuado para los últimos en llegar, precisamen­te, porque tenían prisa por alcanzar a sus predecesores (Rostow, 1958; Gerschenkron, 1962, págs. 5-30). En com­paración con los primeros países industrializados, las na­ciones de industrialización más tardía tenían ventajas y desventajas, pero tanto en un caso como en otro su situa­ción era diferente.

El historiador holandés Jan Romein generalizó en una teoría del cambio las ventajas de los rezagados y formuló lo que llamó ley de la «primacía morosa», en el sentido de que tma sociedad innovadora solía ser «atrasada» en la gene­ración precedente. El argumento en apoyo de este efecto de salto de rana o «dialéctica del progreso» sostiene que vma sociedad innovadora tiende a invertir mucho —^tanto me­tafórica como literalmente— en una innovación determi­nada y por eso no logra adaptarse cuando los retomos co­mienzan a ser decrecientes (Romein, 1937, págs. 9-64). Po­dría decirse que la historia cultural de Occidente ilustra bastante bien la teoría de Romein, con la aparición del Re­nacimiento en Italia (ima cultura que, al contrario de la francesa, no había invertido demasiado en el gótico o el es­colasticismo), mientras que el romanticismo se desarrolló en Alemania (una cultura que no había hecho una gran in­versión en la Ilustración).

De manera similar, un historiador económico, E. A. Wri-gley (1972-1973), ha contrastado el proceso de cambio so­

cial de Gran Bretaña y Holanda. Hacia XVIII, la población activa de una región Veluwe, ya participaba en la producción así como en la agricultura. Aunque caí fábricas, era una región «modema», pu producido una diferenciación estmctur los adultos sabían leer y escribir. En oti luwe constituye un ejemplo de moderr trialización. Ala inversa, el norte de Ingll del siglo XIX es un ejemplo de industria nización, puesto que ciudades y fábrica analfabetismo y un fuerte sentimiento c

La moraleja de estos ejemplos paree mos buscar las consecuencias de la indui ponerlas uniformes), sino, antes bien, el patibilidad entre diferentes estructuras el crecimiento económico. El ejemplo de la misma dirección, ya que revela la asoc ble desempeño económico con valores j diferentes de los occidentales. Por eso, l(\ nanos se lanzaron a la búsqueda de un de la ética protestante. Uno de ellos, el ni bert Bellah, encontró pmebas de ese ase daño (incluido un concepto, el de tenshoÁ la «vocación»), aun cuando también alert netración de los valores políticos en la eci en marcado contraste con la historia de ( 1957, págs. 114-7).

La obra más importante de sociolog tradición de Spencer es el estudio de No sobre el «proceso de la civilización». Est destino poco común. Publicado por prim nía en 1939, fue virtualmente ignorado Recién en los años setenta (y en el mun en la década siguiente), sociólogos e hisi zaron a considerar esta obra con la sen (cf EUas, 1970, págs. 158-74; Mennell, 1 2001).

El libro de Elias aspiraba a ser una teoría sociológica. Sin embargo, el autor

212

Page 13: Peter Burke, Historia y teoría social

c u e n c i a fluida y v i r t u a l m e n t e automá-s i t o d o l o q u e l a g e n t e t u v i e r a q u e h a -s c a l e r a mecánica. U n e j e m p l o d e s u s a -! l o q u e podríamos l l a m a r «modelo d e L» e s e l e s t u d i o d e l e c o n o m i s t a W a l t e r 3S d e l c r e c i m i e n t o económico, d e s d e l a .», p a s a n d o p o r e l «despegue», h a s t a l a

Ís i v o elevado», s t o r i a d o r económico A l e x a n d e r G e r s -e l o s países d e industrialización t a r -

\, s e a p a r t a r o n d e l m o d e l o d e l o s f i z a r s e , s o b r e t o d o G r a n Bretaña. E n p a p e l d e l E s t a d o f u e más g r a n d e y e l l, m e n o s i m p o r t a n t e . E l m o d e l o a n t e -»ara l o s últimos e n l l e g a r , p r e c i s a m e n -i s a p o r a l c a n z a r a s u s p r e d e c e s o r e s ; h e n k r o n , 1962, págs. 5-30). E n c o m -n e r o s países i n d u s t r i a l i z a d o s , l a s n a -ización más tardía tenían v e n t a j a s y i t o e n u n c a s o c o m o e n o t r o s u s i t u a -

andés J a n R o m e i n generalizó e n v m a s r e n t a j a s d e l o s r e z a g a d o s y formuló l o rimacía morosa», e n e l s e n t i d o d e q u e flora solía s e r «atrasada» e n l a g e n e -I a r g u m e n t o e n a p o y o d e e s t e e f e c t o d e ^ct ica d e l progreso» s o s t i e n e q u e u n a t i e n d e a i n v e r t i r m u c h o — t a n t o m e -I n e n t e — e n u n a innovación d e t e r m i -[ra a d a p t a r s e c u a n d o l o s r e t o m o s c o -i e n t e s ( R o m e i n , 1937, págs. 9-64). P o -ístoria c u l t u r a l d e O c c i d e n t e i l u s t r a a d e R o m e i n , c o n l a aparición d e l R e -( u n a c u l t u r a q u e , a l c o n t r a r i o d e l a e r t i d o d e m a s i a d o e n e l gótico o e l e s -i s q u e e l r o m a n t i c i s m o s e desarrolló ; u r a q u e n o había h e c h o u n a g r a n i n -ón). , u n h i s t o r i a d o r económico, E . A . W r i -j o n t r a s t a d o e l p r o c e s o d e c a m b i o s o ­

c i a l d e G r a n Bretaña y H o l a n d a . H a c i a m e d i a d o s d e l s i g l o X V I I I , l a población a c t i v a d e u n a región m r a l h o l a n d e s a , e l V e l u w e , y a p a r t i c i p a b a e n l a producción d e p a p e l y t e x t i l e s , así c o m o e n l a a g r i c u l t v u " a . A u n q u e carecía d e c i u d a d e s y fábricas, e r a u n a región «modema», p u e s e n e l l a s e había p r o d u c i d o u n a diferenciación e s t r u c t u r a l y l a mayoría d e l o s a d u l t o s sabían l e e r y e s c r i b i r . E n o t r a s p a l a b r a s , e l V e ­l u w e c o n s t i t u y e u n e j e m p l o d e modemización s i n i n d u s ­trialización. A l a i n v e r s a , e l n o r t e d e I n g l a t e r r a a p r i n c i p i o s d e l s i g l o X I X e s u n e j e m p l o d e industrialización s i n m o d e r ­nización, p u e s t o q u e c i u d a d e s y fábricas coexistían c o n e l a n a l f a b e t i s m o y u n f u e r t e s e n t i m i e n t o d e c o m u n i d a d .

L a m o r a l e j a d e e s t o s e j e m p l o s p a r e c e s e r q u e n o d e b e ­m o s b u s c a r l a s c o n s e c u e n c i a s d e l a industrialización ( y s u ­p o n e r l a s u n i f o r m e s ) , s i n o , a n t e s b i e n , e l «ajuste» o l a c o m ­p a t i b i l i d a d e n t r e d i f e r e n t e s e s t r u c t u r a s s o c i o c u l t u r a l e s y e l c r e c i m i e n t o económico. E l e j e m p l o d e l Japón a p u n t a e n l a m i s m a dirección, y a q u e r e v e l a l a asociación d e u n n o t a ­b l e desempeño económico c o n v a l o r e s y e s t m c t u r a s m u y d i f e r e n t e s d e l o s o c c i d e n t a l e s . P o r e s o , l o s sociólogos w e b e -rianos s e l a n z a r o n a l a búsqueda d e u n análogo f u n c i o n a l d e l a ética p r o t e s t a n t e . U n o d e e l l o s , e l n o r t e a m e r i c a n o R o -b e r t B e l l a h , encontró p m e b a s d e e s e a s c e t i s m o i n t r a m u n ­d a n o ( i n c l u i d o u n c o n c e p t o , e l d e tenshoku, m u y p a r e c i d o a l a «vocación»), a u n c u a n d o también alertó a c e r c a d e l a «pe­netración d e l o s v a l o r e s políticos e n l a economía» j a p o n e s a , e n m a r c a d o c o n t r a s t e c o n l a h i s t o r i a d e O c c i d e n t e ( B e l l a h , 1957, págs. 114-7).

L a o b r a más i m p o r t a n t e d e sociología histórica e n l a tradición d e S p e n c e r e s e l e s t u d i o d e N o r b e r t E l i a s (1939) s o b r e e l «proceso d e l a civilización». E s t e e s t u d i o t u v o u n d e s t i n o p o c o común. P u b l i c a d o p o r p r i m e r a v e z e n A l e m a ­n i a e n 1939, f u e v i r t u a l m e n t e i g n o r a d o d u r a n t e décadas. Recién e n l o s años s e t e n t a ( y e n e l m u n d o a n g l o p a r l a n t e , e n l a década s i g u i e n t e ) , sociólogos e h i s t o r i a d o r e s c o m e n ­z a r o n a c o n s i d e r a r e s t a o b r a c o n l a s e r i e d a d q u e merecía ( c f E l i a s , 1970, págs. 158-74; M e n n e l l , 1989; B . G . S m i t h , 2001).

E l l i b r o d e E l i a s a s p i r a b a a s e r u n a contribución a l a teoría sociológica. S i n e m b a r g o , e l a u t o r también tenía s u -

213

Page 14: Peter Burke, Historia y teoría social

mo interés en la historia, y su obra abimda en detalles con­cretos. Se trata de ima monografía, en el sentido de que el primer volumen, sobre todo, se concentra en ciertos aspec­tos de la vida social en Ein*opa occidental, especialmente de fines de la Edad Media. En rigor, el capítulo 2 difícil­mente podría ser más concreto. Dividido en secciones sobre la «compostura en la mesa», el «modo de sonarse la nariz», el «modo de escupir», etc., habla de la existencia de un gran cambio de conducta en el Renacimiento. Nuevos objetos materiales, como el pañuelo de mano y el tenedor, se pusie­ron en uso en esa época, y Elias sostiene que fiieron instru­mentos de lo que él llama «civilización» y define como un cambio en los mnbrales o «fironteras» de la turbación y la vergüenza. En un momento en que la historia de la cultura material y la historia del cuerpo son, al parecer, nuevos descubrimientos, vale la pena recordar que las páginas de Elias sobre este tema fueron escritas en la década de 1930.

Las pintorescas descripciones de nobles medievales que se limpian la nariz con las mangas, escupen en el suelo, etc., no se mencionan por el mero hecho de mencionarlas. La condena de esas conductas en los tratados de buenos modales de los siglos XV y XVI es ima presimta ilustración de lo que Elias denomina «sociogénesis de la civilización oc­cidental». También se la presenta para respaldar una teo­ría general del cambio. Esa teoría puede considerarse como una variación del modelo de la modemización, pero que no es vulnerable, al menos, a algunas de las objeciones antes examinadas.

En primer término, se trata de una teoría multilineal. Elias distingue lo que caracteriza como «dos direcciones principales en los cambios estructurales de la sociedad (...), los que tienden a una diferenciación e integración cre­cientes y los que tienden a una diferenciación e integración decrecientes». Por lo tanto, en principio no hay inconve­nientes para inscribir en el modelo la decadencia del Impe­rio Romano, digamos, aunque Elias podría haber dicho más de lo que dijo sobre el rechazo consciente del compor­tamiento «civilizado» tradicional en ciertos períodos de la historia europea, ya fuera el exhibido por nobles penden­cieros en la Inglaterra de la Restauración o por nobles hún-

214

garos del Renacimiento, ansiosos por d( en contraste con otras noblezas y dejar 1 reivindicación de descendientes de los (Klaniczay, 1990; cf Bryson, 1998, págs

En segundo lugar, Elias no se interés nica del cambio, el «cómo», sino en el «pi más original de su libro no es la vivida cambios en los modales de la mesa, que atención desproporcionada de los lecto mentó planteado en el segundo volumc crecimiento del autocontrol (y, en líneas la integración social) debe explicarse en i Elias presenta esos cambios como conse^ tas del monopolio de la fuerza ejercido p vez más centralizado. El surgimiento de lizado o «absoluto», que transformó a los ros en cortesanos, se explica, a su turí cuencia imprevista de la competencia poi queños Estados durante la Edad Media.

La influencia de la obra de Elias en li eos y sociológicos ha crecido en años recié dos, el libro es vulnerable a ciertas crític Weber, Elias ilustra su teoría con ejempl sivamente de la historia europea, y desj tor dudas acerca de su generalidad. Uno proceso similar de civilización podría rec (supongamos) o en la India (ambas fuer petencia entre pequeños Estados en algu historia). Por otra parte, pese a ser cons gración decrecida», EHas no tenía nada ( procesos «descivilizatorios», aunque esa época del ascenso del nazismo (más adelí seguidores incorporaron a su sistema 1Í malización» y «descivilización») (Woutei 1990; Goody, 2002).

Una crítica más seria es el carácter concepto central de este estudio, «civiliz zación se define, simplemente, desde el p existencia de la vergüenza o el autocont contrar una sociedad que no sea civiliz

Page 15: Peter Burke, Historia y teoría social

a h i s t o r i a , y s u o b r a a b u n d a e n d e t a l l e s c o n -a d e u n a monografía, e n e l s e n t i d o d e q u e e l ; n , s o b r e t o d o , s e c o n c e n t r a e n c i e r t o s a s p e c -s o c i a l e n E u r o p a o c c i d e n t a l , e s p e c i a l m e n t e E d a d M e d i a . E n r i g o r , e l capítulo 2 difícil-i e r más c o n c r e t o . D i v i d i d o e n s e c c i o n e s s o b r e i e n l a mesa», e l «modo d e s o n a r s e l a nariz», cupir», e t c . , h a b l a d e l a e x i s t e n c i a d e u n g r a n i d u c t a e n e l R e n a c i m i e n t o . N u e v o s o b j e t o s m o e l pañuelo d e m a n o y e l t e n e d o r , s e p u s i e -psá época, y E l i a s s o s t i e n e q u e f u e r o n i n s t r u -q u e él l l a m a «civilización» y d e f i n e c o m o v m u m b r a l e s o «fronteras» d e l a tin-bación y l a

i u n m o m e n t o e n q u e l a h i s t o r i a d e l a c u l t u r a h i s t o r i a d e l c u e r p o s o n , a l p a r e c e r , n u e v o s tos , v a l e l a p e n a r e c o r d a r q u e l a s páginas d e te t e m a ñieron e s c r i t a s e n l a década d e 1930. íscas d e s c r i p c i o n e s d e n o b l e s m e d i e v a l e s q u e n a r i z c o n l a s m a n g a s , e s c u p e n e n e l s u e l o ,

n c i o n a n p o r e l m e r o h e c h o d e m e n c i o n a r l a s , e e s a s c o n d u c t a s e n l o s t r a t a d o s d e b u e n o s 3 s i g l o s X V y X V I e s u n a p r e s i m t a ilustración i d e n o m i n a «sociogénesis d e l a civilización o c -ibién s e l a p r e s e n t a p a r a r e s p a l d a r i m a t e o -l c a m b i o . E s a teoría p u e d e c o n s i d e r a r s e c o m o d e l m o d e l o d e l a modemización, p e r o q u e n o , a l m e n o s , a a l g u n a s d e l a s o b j e c i o n e s a n t e s

término, s e t r a t a d e u n a teoría m u l t i l i n e a l . l ie l o q u e c a r a c t e r i z a c o m o «dos d i r e c c i o n e s n l o s c a m b i o s e s t r u c t u r a l e s d e l a s o c i e d a d i e n d e n a u n a diferenciación e integración c r e -u e t i e n d e n a u n a diferenciación e integración . P o r l o t a n t o , e n p r i n c i p i o n o h a y i n c o n v e -n s c r i b i r e n e l m o d e l o l a d e c a d e n c i a d e l I m p e -d i g a m o s , a u n q u e E l i a s podría h a b e r d i c h o I d i j o s o b r e e l r e c h a z o c o n s c i e n t e d e l c o m p o r -ilizado» t r a d i c i o n a l e n c i e r t o s períodos d e l a 3 e a , y a f u e r a e l e x h i b i d o p o r n o b l e s p e n d e n -g l a t e r r a d e l a Restauración o p o r n o b l e s hún­

g a r o s d e l R e n a c i m i e n t o , a n s i o s o s p o r d e f i n i r s u i d e n t i d a d e n c o n t r a s t e c o n o t r a s n o b l e z a s y d e j a r b i e n e s t a b l e c i d a s u reivindicación d e d e s c e n d i e n t e s d e l o s «bárbaros» h u n o s ( K l a n i c z a y , 1990; c f B r y s o n , 1998, págs. 248-75).

E n s e g u n d o l u g a r , E l i a s n o s e i n t e r e s a sólo e n l a mecá­n i c a d e l c a m b i o , e l «cómo», s i n o e n e l «porqué». L a sección más o r i g i n a l d e s u l i b r o n o e s l a v i v i d a descripción d e l o s c a m b i o s e n l o s m o d a l e s d e l a m e s a , q u e t a l v e z a t r a j o u n a atención d e s p r o p o r c i o n a d a d e l o s l e c t o r e s , s i n o u n a r g u ­m e n t o p l a n t e a d o e n e l s e g u n d o v o l u m e n , a s a b e r , q u e e l c r e c i m i e n t o d e l a u t o c o n t r o l (y, e n líneas más g e n e r a l e s , d e l a integración s o c i a l ) d e b e e x p l i c a r s e e n términos políticos. E l i a s p r e s e n t a e s o s c a m b i o s c o m o c o n s e c u e n c i a s i m p r e v i s ­t a s d e l m o n o p o l i o d e l a f u e r z a e j e r c i d o p o r u n E s t a d o c a d a v e z más c e n t r a l i z a d o . E l s u r g i m i e n t o d e e s e E s t a d o c e n t r a ­l i z a d o o «absoluto», q u e transformó a l o s n o b l e s d e g u e r r e ­r o s e n c o r t e s a n o s , s e e x p l i c a , a s u t u r n o , c o m o l a c o n s e ­c u e n c i a i m p r e v i s t a d e l a c o m p e t e n c i a p o r e l p o d e r e n t r e p e ­queños E s t a d o s d u r a n t e l a E d a d M e d i a .

L a i n f l u e n c i a d e l a o b r a d e E l i a s e n l o s círculos históri­c o s y sociológicos h a c r e c i d o e n años r e c i e n t e s . D e t o d o s m o ­d o s , e l l i b r o e s v u l n e r a b l e a c i e r t a s críticas. A d i f e r e n c i a d e W e b e r , E l i a s i l u s t r a s u teoría c o n e j e m p l o s t o m a d o s e x c l u ­s i v a m e n t e d e l a h i s t o r i a e u r o p e a , y d e s p i e r t a así e n e l l e c ­t o r d u d a s a c e r c a d e s u g e n e r a l i d a d . U n o s e p r e g u n t a s i u n p r o c e s o s i m i l a r d e civihzación podría r e c o n o c e r s e e n C h i n a ( s u p o n g a m o s ) o e n l a I n d i a ( a m b a s f u e r o n c a m p o d e c o m ­p e t e n c i a e n t r e pequeños E s t a d o s e n a l g u n o s períodos d e s u h i s t o r i a ) . P o r o t r a p a r t e , p e s e a s e r c o n s c i e n t e d e l a «inte­gración decrecida», E l i a s n o tenía n a d a q u e d e c i r s o b r e l o s p r o c e s o s «descivilizatorios», a u n q u e escribía s u l i b r o e n l a época d e l a s c e n s o d e l n a z i s m o (más a d e l a n t e , e l a u t o r y s u s s e g u i d o r e s i n c o r p o r a r o n a s u s i s t e m a l a s i d e a s d e «infor-malización» y «descivilización») ( W o u t e r s , 1977; M e n n e l l , 1990; G o o d y , 2002).

U n a crítica más s e r i a e s e l carácter problemático d e l c o n c e p t o c e n t r a l d e e s t e e s t u d i o , «civilización». S i l a c i v i l i ­zación s e d e f i n e , s i m p l e m e n t e , d e s d e e l p u n t o d e v i s t a d e l a e x i s t e n c i a d e l a vergüenza o e l a u t o c o n t r o l , será difícil e n ­c o n t r a r u n a s o c i e d a d q u e n o s e a c i v i l i z a d a . E n e f e c t o , e s

215

Page 16: Peter Burke, Historia y teoría social

imposible demostrar que los guerreros medievales o los miembros de las llamadas sociedades primitivas sentían menos vergüenza o turbación que los occidentales; ¿no po­drían, en cambio, mostrar esos sentimientos en situaciones diferentes? (Duerr, 1988-1990). Por otra parte, si «civiliza­ción» es definida con mayor precisión, tropezamos con un tipo diferente de dificultad. ¿Cómo puede uno explorar el ascenso de la civilización en Europa si los criterios civiliza-torios mismos estaban cambiando? A pesar de estas discre­pancias, la perdurable relevancia del estudio de Elias para cualquier teoría del cambio social podrá advertirse en la vasta gama de ensayos recientes que abrevan en su obra, y cuyos temas se extienden desde los samurais japoneses hasta Rusia bajo el estalinismo (Ikegami, 1995; Volkov, 2000).

Si cabe extraer ima conclusión general de esta diversi­dad de ejemplos, es que el cambio social es multilineal y no unilineal. Hay más de un camino hacia la modemidad. Y esos caminos no son necesariamente llanos, como nos lo re­cuerdan los ejemplos de Francia luego de 1789 y Rusia des­pués de 1917. Si buscamos ahora un análisis del cambio so­cial que ponga el acento en la crisis y la revolución, pode­mos acudir al modelo de Marx.

El modelo de Marx

Como «Spencer», «Marx» es una denominación sintética oportuna que emplearemos aquí para referimos a un mo­delo de cambio social al que contribuyeron, entre otros, En-gels, Lenin, Lukács y Gramsci. En pocas palabras, puede describírselo como el modelo o la teoría de una secuencia de sociedades («formaciones sociales») que dependen de siste­mas económicos («modos de producción») y albergan con­flictos internos («contradicciones») conducentes a la crisis, la revolución y el cambio discontinuo. La teoría muestra ambigüedades, por supuesto, que permiten a los intérpre­tes destacar, respectivamente, la importancia de las fuer­zas económicas, políticas y culturales, y debatir si las fuer­

zas productivas determinan las relacioni a la inversa (G. Cohén, 1978; Rigby 198'

En algunos aspectos, Marx propone i variedad del modelo de la modemización modelo supone la existencia de una secuí sociedad: tribal, esclavista, feudal, capit; comunista. El feudalismo y el capitalismo sociales que se analizaron con mayor d virtualmente —como la sociedad tradici( modema— en cuanto opuestos. Al igual q explica el cambio social en términos fu endógenos, haciendo hincapié en la áiné modo de producción (Sanderson, 1990, embargo, al menos en algunas de sus vei marxiano hace fi-ente con éxito a las tres cas planteadas contra Spencer, antes res

En primer lugar, el modelo da cabida Í rección «errónea»; por ejemplo, la Uamí ción» de España e Italia y el ascenso de 1 Europa central y oriental de manera simi gimiento de la burguesía en Inglaterra y landesa. En efecto, como ya lo hemos vis sis marxistas destacan la interdependen social y económico en el centro con el «des, sarroUo» en la periferia (Frank, 1967; M (véase supra, pág. 122).

En segundo lugar, Marx admite las é genas del cambio social. En el caso de Occi coincidencia generalizada en que el lugi chas explicaciones es subordinado. En la f sia entre marxistas de la década de 1950, transición del feudalismo al capitalismo, Paul Sweezy sobre la decadencia del pri factores extemos como la reapertura del I auge correspondiente del comercio y laá fi"entó a un coro de rechazos (Hilton, 1976 propio Marx consideraba que la sociedac de mecanismos de cambio. Al referirse a k India, sugirió que la función de los conqui sión», como él decía) consistía en destruí

216

Page 17: Peter Burke, Historia y teoría social

z a s p r o d u c t i v a s d e t e r m i n a n l a s r e l a c i o n e s d e producción o a l a i n v e r s a ( G . Cohén, 1978; R i g b y , 1987).

E n a l g u n o s a s p e c t o s , M a r x p r o p o n e p o c o más q u e u n a v a r i e d a d d e l m o d e l o d e l a modemización. C o m o S p e n c e r , e l m o d e l o s u p o n e l a e x i s t e n c i a d e u n a s e c u e n c i a d e f o r m a s d e s o c i e d a d : t r i b a l , e s c l a v i s t a , f e u d a l , c a p i t a U s t a , s o c i a h s t a y c o m u n i s t a . E l f e u d a U s m o y e l c a p i t a h s m o , l a s f o r m a c i o n e s s o c i a l e s q u e s e a n a l i z a r o n c o n m a y o r d e t a l l e , s e d e f i n e n v i r t u a l m e n t e — c o m o l a s o c i e d a d t r a d i c i o n a l y l a s o c i e d a d m o d e m a — e n c u a n t o o p u e s t o s . A l i g u a l q u e S p e n c e r , M a r x e x p l i c a e l c a m b i o s o c i a l e n términos f u n d a m e n t a l m e n t e endógenos, h a c i e n d o hincapié e n l a dinámica i n t e r n a d e l m o d o d e producción ( S a n d e r s o n , 1990, págs. 50-74). S i n e m b a r g o , a l m e n o s e n a l g u n a s d e s u s v e r s i o n e s , e l m o d e l o m a r x i a n o h a c e fi-ente c o n éxito a l a s t r e s p r i n c i p a l e s críti­c a s p l a n t e a d a s c o n t r a S p e n c e r , a n t e s r e s u m i d a s .

E n p r i m e r l u g a r , e l m o d e l o d a c a b i d a a l c a m b i o e n l a d i ­rección «errónea»; p o r e j e m p l o , l a l l a m a d a «refeudaliza-ción» d e España e I t a l i a y e l a s c e n s o d e l a s e r v i d u m b r e e n E u r o p a c e n t r a l y o r i e n t a l d e m a n e r a simultánea c o n e l s u r ­g i m i e n t o d e l a bvirguesía e n I n g l a t e r r a y l a RepúbUca H o ­l a n d e s a . E n e f e c t o , c o m o y a l o h e m o s v i s t o , a l g u n o s análi­s i s m a r x i s t a s d e s t a c a n l a i n t e r d e p e n d e n c i a d e l d e s a r r o l l o s o c i a l y económico e n e l c e n t r o c o n e l «desarrollo d e l s u b d e -sarroUo» e n l a p e r i f e r i a ( F r a n k , 1967; W a l l e r s t e i n , 1974) (véase supra, pág. 122).

E n s e g u n d o l u g a r , M a r x a d m i t e l a s e x p l i c a c i o n e s exó-g e n a s d e l c a m b i o s o c i a l . E n e l c a s o d e O c c i d e n t e , e x i s t e u n a c o i n c i d e n c i a g e n e r a l i z a d a e n q u e e l l u g a r a s i g n a d o a d i ­c h a s e x p l i c a c i o n e s e s s u b o r d i n a d o . E n l a f a m o s a c o n t r o v e r ­s i a e n t r e m a r x i s t a s d e l a década d e 1950, c o n r e s p e c t o a l a transición d e l f e u d a l i s m o a l c a p i t a l i s m o , l a explicación d e P a u l S v s ^ e e z y s o b r e l a d e c a d e n c i a d e l p r i m e r o a c a u s a d e f a c t o r e s e x t e m o s c o m o l a r e a p e r t u r a d e l Mediterráneo y e l a u g e c o r r e s p o n d i e n t e d e l c o m e r c i o y l a s c i u d a d e s s e e n -fi-entó a u n c o r o d e r e c h a z o s ( H i l t o n , 1976). P o r o t r o l a d o , e l p r o p i o M a r x c o n s i d e r a b a q u e l a s o c i e d a d asiática carecía d e m e c a n i s m o s d e c a m b i o . A l r e f e r i r s e a l o s británicos e n l a I n d i a , sugirió q u e l a función d e l o s c o n q u i s t a d o r e s ( s u «mi­sión», c o m o él decía) consistía e n d e s t m i r e l m a r c o s o c i a l

217

Page 18: Peter Burke, Historia y teoría social

tradicional y de ese modo hacer posible el cambio (Avineri, 1968).

En líneas generales, así como el modelo de Spencer pre­senta el proceso de modemización como vma serie de desa­rrollos paralelos en diferentes regiones, Marx propone una explicación más global, que resalta las conexiones entre los cambios en vma sociedad y los cambios en otra. De manera análoga, hemos visto que el marxista Wallerstein no estu­dia el surgimiento individual de Estados o economías euro­peas, sino la «economía mundial», es decir, un sistema in­ternacional, y pone de relieve los aspectos exógenos del cambio (Frank, 1967; Wallerstein, 1974).

En tercer lugar, Marx se interesa mucho más que Spen­cer por la mecánica del cambio social, sobre todo en el caso de la transición del feudalismo al capitalismo. El cambio se considera en términos esencialmente dialécticos; en otras palabras, se pone el acento en el conflicto y en consecuen­cias que no sólo son imprevistas, sino lo contrario de lo pla­neado o esperado. Así, las formaciones sociales que antaño desencadenaban fuerzas productivas se transforman luego «en sus trabas», y la burguesía cava su propia fosa al dar vida al proletariado (Marx y Engels, 1848; cf G. Cohén, 1978).

En lo concemiente a la oposición entre desarrollo uni­lineal y desarrollo multilineal, los marxistas discrepan. La secuencia tribal-esclavista-feudal-capitalista-socialista es obviamente unilineal. Sin embargo, el propio Marx consi­deraba que este esquema sólo era pertinente para la histo­ria europea. No esperaba que la India y ni siquiera Rusia siguieran el camino occidental, aunque no aclaró cuáles eran, a su juicio, los caminos que tomarían. Algunos análi­sis inscriptos en la tradición marxista son decididamente multihneales. Perry Anderson (1974), por ejemplo, resalta la diversidad de caminos posibles hacia la modemidad re­curriendo a la metáfora balística de la «trayectoria» con preferencia a la de «evolución», y describe «pasajes» de la Antigüedad al feudalismo y «linajes» del Estado absolutis­ta (cf Skocpol, 1984, págs. 170-210). Por lo demás, Barring-ton Moore (1966) distingue tres principales mtas históri­cas al mundo modemo. Está la mta «clásica» de la revolu­

ción burguesa, como en los casos de Ingl Estados Unidos; la de la revolución camp taria), en los casos de Rusia y China, y, pe lución conservadora o desde arriba, en los Japón (cf Skocpol, 1984, págs. 318-55).

El énfasis en la revolución (examinad es, desde luego, una característica salien Marx. En el modelo de Spencer, el camh dual y automático, y, para decirlo de alg tmctvu-as evolucionan por sí solas. En el n por el contrario, el cambio es abmpto y la ras se derrumban en el transcurso de vi dramáticos acontecimientos. En la Revo por ejemplo, la abolición de la monarquía; dal, la expropiación de la Iglesia y de los reemplazo de las provincias por departai jeron en vm lapso relativamente breve (cf.

La tensión, por no decir «contradicció] marxiano, entre el determinismo económ rismo colectivo de la revolución ha sido se: rosas oportunidades, y la cuestión ha dése Has entre diferentes escuelas de interpret do, el modelo de Marx plantea, sin resolví de la relación entre los acontecimientos p^ bio social, así como el problema de la a^ compendiado en una famosa frase: «Los h historia, pero no en circvmstancias de su Los seguidores de Marx se han dividido er nómicos», «políticos» y «culturales» sobre 1 ferentes interpretaciones de ese epigrama

A pesar de estas tensiones —o a causa c délo de Marx parece enfrentar mejor que 1 Spencer las críticas de los historiadores. Es sorprendente, pues los historiadores conod este modelo y no son pocos los que contribi cario. Es difícil pensar en un gran aporte a (en su contraste con la sociología histórica' la modemización como marco de referenc el modelo de Marx es utilizado en estudios capitalismo nelle campagne (1947), de En

218

Page 19: Peter Burke, Historia y teoría social

ción b u r g u e s a , c o m o e n l o s c a s o s d e I n g l a t e r r a , F r a n c i a y E s t a d o s U n i d o s ; l a d e l a revolución c a m p e s i n a ( y n o p r o l e ­t a r i a ) , e n l o s c a s o s d e R u s i a y C h i n a , y , p o r último, l a r e v o ­lución c o n s e r v a d o r a o d e s d e a r r i b a , e n l o s c a s o s d e P r u s i a y Japón (cf. S k o c p o l , 1984, págs. 318-55).

E l énfasis e n l a revolución ( e x a m i n a d a supra, pág. 51) e s , d e s d e l u e g o , u n a característica s a l i e n t e d e l m o d e l o d e M a r x . E n e l m o d e l o d e S p e n c e r , e l c a m b i o e s s u a v e , g r a ­d u a l y automático, y , p a r a d e c i r l o d e algún m o d o , l a s e s ­t r u c t u r a s e v o l u c i o n a n p o r sí s o l a s . E n e l m o d e l o m a r x i a n o , p o r e l c o n t r a r i o , e l c a m b i o e s a b r u p t o y l a s v i e j a s e s t r u c t u ­r a s s e d e r r u m b a n e n e l t r a n s c u r s o d e u n a s e c u e n c i a d e dramáticos a c o n t e c i m i e n t o s . E n l a Revolución F r a n c e s a , p o r e j e m p l o , l a abolición d e l a monarquía y d e l s i s t e m a f e u ­d a l , l a expropiación d e l a I g l e s i a y d e l o s aristócratas y e l r e e m p l a z o d e l a s p r o v i n c i a s p o r d e p a r t a m e n t o s s e p r o d u ­j e r o n e n x m l a p s o r e l a t i v a m e n t e b r e v e ( c f S e v i ^ e l l , 1996).

L a tensión, p o r n o d e c i r «contradicción», e n e l s i s t e m a m a r x i a n o , e n t r e e l d e t e r m i n i s m o económico y e l v o l u n t a ­rismo c o l e c t i v o d e l a revolución h a s i d o señalada e n n u m e ­r o s a s o p o r t u n i d a d e s , y l a cuestión h a d e s e n c a d e n a d o b a t a ­l l a s e n t r e d i f e r e n t e s e s c u e l a s d e interpretación. D e t a l m o ­d o , e l m o d e l o d e M a r x p l a n t e a , s i n r e s o l v e r l o , e l p r o b l e m a d e l a relación e n t r e l o s a c o n t e c i m i e n t o s políticos y e l c a m ­b i o s o c i a l , así c o m o e l p r o b l e m a d e l a a g e n c i a h u m a n a , c o m p e n d i a d o e n v m a f a m o s a frase: «Los h o m b r e s h a c e n l a h i s t o r i a , p e r o n o e n c i r c u n s t a n c i a s d e s u p r o p i a elección». L o s s e g u i d o r e s d e M a r x s e h a n d i v i d i d o e n m a r x i s t a s «eco­nómicos», «políticos» y «culturales» s o b r e l a b a s e d e s u s d i ­f e r e n t e s i n t e r p r e t a c i o n e s d e e s e e p i g r a m a .

A p e s a r d e e s t a s t e n s i o n e s — o a c a u s a d e e l l a s — , e l m o ­d e l o d e M a r x p a r e c e e n f r e n t a r m e j o r q u e l a a l t e r n a t i v a d e S p e n c e r l a s críticas d e l o s h i s t o r i a d o r e s . E s t o n o e s d e l t o d o s o r p r e n d e n t e , p u e s l o s h i s t o r i a d o r e s c o n o c e n m u c h o m e j o r e s t e m o d e l o y n o s o n p o c o s l o s q u e c o n t r i b u y e r o n a m o d i f i ­c a r l o . E s difícil p e n s a r e n v m g r a n a p o r t e a l a h i s t o r i a s o c i a l ( e n s u c o n t r a s t e c o n l a sociología histórica) q u e s e v a l g a d e l a modemización c o m o m a r c o d e r e f e r e n c i a . P o r s u p a r t e , e l m o d e l o d e M a r x e s u t i l i z a d o e n e s t u d i o s clásicos c o m o / / capitalismo nelle campagne (1947), d e E m i l i o Serení, q u e

219

Page 20: Peter Burke, Historia y teoría social

se ocupa de Italia en la generación posterior a su unifica­ción en 1860; el famoso La formación de la clase obrera en Inglaterra (1963), de Edward Thompson; La République au uillage (1970), de Mam-ice Agulhon, un estudio del este de Provenza en la primera mitad del siglo XIX, y Europa y la gente sin historia (1982), del antropólogo Eric Wolf, un examen de la interacción de las culturas mundiales desde 1492 en adelante, cuyo título (tomado en forma demasiado literal por Edward Said) contrasta y vincula, a la vez, a «la gente que reivindica como suya la historia y la gente a la cual se ha negado la historia» (Wolf, 1982, pág. 29).

Tal vez no sea una coincidencia que esos libros, y otros que podrían haberse citado, se dediquen al siglo del propio Marx y la transición que este mejor conoció y analizó, el as­censo del capitalismo. El modelo marxiano es considerable­mente menos satisfactorio como interpretación de los anti­guos regímenes de las sociedades preindustriales.

Dicho modelo omite, por ejemplo, tomar en cuenta los factores demográficos, que bien pueden haber sido los mo­tores más importantes del cambio en esas sociedades (véa­se infra, pág. 227). Tampoco tiene mucho que ofrecer al análisis del conflicto social en ellas. En la práctica, los his­toriadores marxistas de los antiguos regímenes se valen de ima versión débil del modelo, cuando lo necesario sería una versión modificada. El conflicto social en la Francia del siglo XVII, por ejemplo, se ha presentado como un anuncio de los conflictos del siglo XIX (véase supra, pág. 94). Hace relativamente poco que los historiadores marxistas comen­zaron a prestar seria atención a solidaridades sociales que no son las de la clase, y el título de uno de los artículos de Edward Thompson, «Class struggle without class» [«Lucha de clases sin clases»], ilustra no sólo el amor del autor por la paradoja, sino también la dificultad de encontrar una conceptualización alternativa (Hobsbawm, 1971; E. P. Thompson, 1991, págs. 16-91).

¿Una tercera vía?

Vista la existencia de dos modelos de da uno de los cuales tiene sus propios pu les, vale la pena investigar la posibilid Este objetivo acaso parezca algo semejí química, esto es, una unión de opuestc menos en algunos aspectos, los modelos rios y no contradictorios, y una serie de ciones concretas median entre ellos.

Intentos de síntesis

Por ejemplo, podría decirse que la cé' Alexis de Tocqueville sobre la Revolucii cual esta se presenta como un catalizac ya habían comenzado a producirse en e media entre los modelos de cambio evok rio. Por otra parte, un examen del impc plido durante esa misma revolución pe eos, sobre todo el de los jacobinos, sugier el rol de las asociaciones voluntarias y cambio discontinuo son perfectamente La formación de la clase obrera en Ingl son, que comienza con un ataque contra neral y contra la diferenciación estruct incluye una fascinante descripción del p tos y las sociedades de amigos en la In pios del siglo XIX, los «rituales de muti; mandad de Malteros, la Sociedad Uní cual otorga respaldo empírico a un asp^ la modemización que en realidad se proj Thompson, 1963, págs. 418-29).

Buen número de sociólogos histórict Marx y Spencer (en especial a la varieí modelo) e intentado una síntesis. La de mación del mundo modemo expuesta po re es, en lo fimdamental, de orientación corpora ideas de la teoría de la moden

220

Page 21: Peter Burke, Historia y teoría social

311 l a generación p o s t e r i o r a s u u n i f i c a -a o s o L a formación de l a clase obrera en d e E d w a r d T h o m p s o n ; L a République e M a u r i c e A g u l h o n , u n e s t u d i o d e l e s t e ) r i m e r a m i t a d d e l s i g l o X I X , y E u r o p a y a (1982), d e l antropólogo E r i c W o l f , u n acción d e l a s c u l t u r a s m u n d i a l e s d e s d e u y o título ( t o m a d o e n f o r m a d e m a s i a d o S a i d ) c o n t r a s t a y v i n c u l a , a l a v e z , a «la ;a c o m o s u y a l a h i s t o r i a y l a g e n t e a l a a historia» (Wo l f , 1982, pág. 29). n a c o i n c i d e n c i a q u e e s o s l i b r o s , y o t r o s e c i t a d o , s e d e d i q u e n a l s i g l o d e l p r o p i o

b q u e e s t e m e j o r conoció y analizó, e l a s -fio. E l m o d e l o m a r x i a n o e s c o n s i d e r a b l e -F a c t o r i o c o m o interpretación d e l o s a n t i -l a s s o c i e d a d e s p r e i n d u s t r i a l e s . t n i t e , p o r e j e m p l o , t o m a r e n c u e n t a l o s pos , q u e b i e n p u e d e n h a b e r s i d o l o s m o -i t e s d e l c a m b i o e n e s a s s o c i e d a d e s (véa-|. T a m p o c o t i e n e m u c h o q u e o f r e c e r a l ;o s o c i a l e n e l l a s . E n l a práctica, l o s h i s -i s d e l o s a n t i g u o s regímenes s e v a l e n d e e l m o d e l o , c u a n d o l o n e c e s a r i o sería u n a i . E l c o n f l i c t o s o c i a l e n l a F r a n c i a d e l t ip io , s e h a p r e s e n t a d o c o m o u n a n u n c i o [l s i g l o X I X (véase supra, pág. 94). H a c e I q u e l o s h i s t o r i a d o r e s m a r x i s t a s c o m e n -[ia atención a s o l i d a r i d a d e s s o c i a l e s q u e s e , y e l título d e u n o d e l o s artículos d e , «Class s t r u g g l e w i t h o u t class» [«Lucha

1»] , i l u s t r a n o sólo e l a m o r d e l a u t o r p o r lambién l a d i f i c u l t a d d e e n c o n t r a r u n a

a l t e r n a t i v a ( H o b s b a w m , 1 9 7 1 ; E . P . ágs. 16-91).

¿Una t e r c e r a vía?

V i s t a l a e x i s t e n c i a d e d o s m o d e l o s d e l c a m b i o s o c i a l , c a ­d a u n o d e l o s c u a l e s t i e n e s u s p r o p i o s p u n t o s f u e r t e s y débi­l e s , v a l e l a p e n a i n v e s t i g a r l a p o s i b i l i d a d d e u n a síntesis. E s t e o b j e t i v o a c a s o p a r e z c a a l g o s e m e j a n t e a u n a b o d a a l -química, e s t o e s , u n a unión d e o p u e s t o s . S i n e m b a r g o , a l m e n o s e n a l g u n o s a s p e c t o s , l o s m o d e l o s s o n c o m p l e m e n t a ­rios y n o c o n t r a d i c t o r i o s , y u n a s e r i e d e e s t u d i o s d e s i t u a ­c i o n e s c o n c r e t a s m e d i a n e n t r e e l l o s .

Intentos de síntesis

P o r e j e m p l o , podría d e c i r s e q u e l a célebre exposición d e A l e x i s d e T o c q u e v i l l e s o b r e l a Revolución F r a n c e s a , e n l a c u a l e s t a s e p r e s e n t a c o m o u n c a t a l i z a d o r d e c a m b i o s q u e y a habían c o m e n z a d o a p r o d u c i r s e e n e l a n t i g u o régimen, m e d i a e n t r e l o s m o d e l o s d e c a m b i o e v o l u t i v o y r e v o l u c i o n a ­rio. P o r o t r a p a r t e , u n e x a m e n d e l i m p o r t a n t e p a p e l c u m ­p l i d o d u r a n t e e s a m i s m a revolución p o r l o s c l u b e s políti­c o s , s o b r e t o d o e l d e l o s j a c o b i n o s , s u g i e r e q u e u n énfasis e n e l r o l d e l a s a s o c i a c i o n e s v o l u n t a r i a s y u n hincapié e n e l c a m b i o d i s c o n t i n u o s o n p e r f e c t a m e n t e c o m p a t i b l e s . A u n L a formación de l a clase obrera en I n g l a t e r r a , d e T h o m p ­s o n , q u e c o m i e n z a c o n u n a t a q u e c o n t r a l a sociología e n g e ­n e r a l y c o n t r a l a diferenciación e s t r u c t u r a l e n p a r t i c u l a r , i n c l u y e u n a f a s c i n a n t e descripción d e l p a p e l d e l o s s i n d i c a ­t o s y l a s s o c i e d a d e s d e a m i g o s e n l a I n g l a t e r r a d e p r i n c i ­p i o s d e l s i g l o X I X , l o s «rituales d e mutualidad» d e l a H e r ­m a n d a d d e M a l t e r o s , l a S o c i e d a d Unánime, e t c . , c o n l o c u a l o t o r g a r e s p a l d o empírico a u n a s p e c t o d e l a teoría d e l a modemización q u e e n r e a l i d a d s e p r o p o n e s o c a v a r ( E . P . T h o m p s o n , 1963, págs. 418-29).

B u e n número d e sociólogos históricos h a n r e c u r r i d o a M a r x y S p e n c e r ( e n e s p e c i a l a l a v a r i e d a d w e b e r i a n a d e l m o d e l o ) e i n t e n t a d o u n a síntesis. L a descripción d e l a f o r ­mación d e l m u n d o m o d e m o e x p u e s t a p o r B a r r i n g t o n M o o ­r e e s , e n l o f u n d a m e n t a l , d e orientación m a r x i s t a , p e r o i n ­c o r p o r a i d e a s d e l a teoría d e l a modernización, m i e n t r a s

2 2 1

Page 22: Peter Burke, Historia y teoría social

que Charles Tilly, ex discípulo de Moore, es un «modemiza-dor» capaz de responder a algunas de las críticas marxistas de este enfoque. Wallerstein combina una perspectiva fim-damentalmente marxista con elementos de la teoría evo­lucionista que constituyó su marco formativo, sobre todo el acento puesto en la competencia entre Estados, sea en bus­ca de lucro o de hegemonía. En su estudio de las revolucio­nes, Theda Skocpol se confiesa deudora tanto de Marx co­mo de Weber.

Sin embargo, ni siquiera ima síntesis de Marx y Spen­cer podría enfi-entar todas las objeciones que se han formu­lado a estos modelos, que comparten serias limitaciones de perspectiva. Ambos fueron elaborados a fin de explicar la industrialización y sus consecuencias, y son mucho menos satisfactorios en su descripción de los cambios previos ocu­rridos a mediados del siglo XVIII. Por ejemplo, la «sociedad tradicional» de Spencer y la «sociedad feudal» de Marx son, en sustancia, categorías residuales, mundos en espejo don­de las características principales de la sociedad «modema» y «capitalista» no hacen sino aparecer invertidas. En este aspecto, el uso de términos como «preindustrial», «prepolí-tico» y hasta «prelógico» es extremadamente revelador, puesto que deja ver la omisión del tratamiento de las parti­cularidades de sociedades que no se ajustan a un modelo específico.

¿Hay una tercera vía, un modelo o ima teoría del cambio social que vaya más allá de Marx y Spencer? Del renaci­miento de la sociología histórica, en la década de 1980, par­ticipó una serie de intentos de encontrarla, encarados, en­tre otros, por Anthony Giddens (1985), Michael Mann (1986-1993) y Charles Tilly (1990), todos los cuales hacen hincapié en la política y la guerra. Giddens, por ejemplo, presentó su estudio The Nation-State and Violence con una crítica del evolucionismo social, precisamente con el argu­mento de que este resalta los factores económicos («recur­sos distributivos») a expensas de los políticos (Giddens, 1985, págs. 8-9). Mann propone lo que llama una «historia del poder», en la que sugiere que «el crecimiento del Estado moderno, medido por la economía, no se explica primor-dialmente en términos intemos, sino sobre la base de rela-

222

ciones geopolíticas de violencia» (Mam pág. 490). Tilly se ocupa tanto del «c «coerción», pero dice ir más allá de sus mente, por el hecho de «situar la orga ción y los preparativos para la guerra del anáhsis» (Tilly, 1990, pág. 14).

En este aspecto, los tres sociólogos c tre sí (y con Perry Anderson, cuyo volun lutista tenía mucho que decir sobre la bien con historiadores de la primera m Durante algún tiempo, un gmpo de esto tuvo que la centralización política de \o\ la época de los Habsburgo y los Borboné un subproducto de las exigencias de la g ron una teoría general cara a los histori! momentos anteriores del siglo XX: la d^ política exterior».

El argumento dice más o menos lo s XVI y XVTI fueron una era de «revolució hubo un desarrollo creciente de los eje ventarlos, los gobernantes tenían que más a sus subditos por medio de los im] tos, a su tumo, contribm'an a facilitar e modo, se instaló lo que se ha denomina tracción y coerción» (Tilly, 1975, pág. 9 del Estado centralizado no fue tanto < plan o una teoría (como el «absolutismcj secuencia imprevista de la competencia arena intemacional. De manera complej tudio comparativo de las revoluciones, peso explicativo que sus predecesores a'. nacionales, incluidas las guerras.

La idea de que crisis como las guerras actúan a modo de catalizadores o acelei mentan la velocidad del cambio social ei marcha, ha sido explorada con mayor d toriadores que observaron la Primera Gi de bandos opuestos. Arthur Marwick (1£ acontecimientos de 1914-1918 propicia miento» de las diferencias sociales en Gr

Page 23: Peter Burke, Historia y teoría social

c i o n e s geopolíticas d e violencia» ( M a n n , 1986-1993, v o l . 1 , pág. 490) . T i l l y s e o c u p a t a n t o d e l «capital» c o m o d e l a «coerción», p e r o d i c e i r más allá d e s u s p r e d e c e s o r e s , j u s t a ­m e n t e , p o r e l h e c h o d e «situar l a organización d e l a c o e r ­ción y l o s p r e p a r a t i v o s p a r a l a g u e r r a e n e l c e n t r o m i s m o d e l análisis» ( T i l l y , 1990, pág. 14).

E n e s t e a s p e c t o , l o s t r e s sociólogos c o i n c i d e n n o sólo e n ­t r e sí ( y c o n P e r r y A n d e r s o n , c u y o v o l u m e n E l Estado abso­lutista tenía m u c h o q u e d e c i r s o b r e l a g u e r r a ) , s i n o t a m ­bién c o n h i s t o r i a d o r e s d e l a p r i m e r a m o d e m i d a d e u r o p e a . D u r a n t e algún t i e m p o , \m g m p o d e e s t o s h i s t o r i a d o r e s s o s ­t u v o q u e l a centralización política d e l o s s i g l o s X V I y X V I I , l a época d e l o s H a b s b u r g o y l o s B o r b o n e s , f u e p o c o más q u e i m s u b p r o d u c t o d e l a s e x i g e n c i a s d e l a g u e r r a , y así i l u s t r a ­r o n i m a teoría g e n e r a l c a r a a l o s h i s t o r i a d o r e s a l e m a n e s d e m o m e n t o s a n t e r i o r e s d e l s i g l o X X : l a d e l a «primacía d e l a política exterior».

E l a r g u m e n t o d i c e más o m e n o s l o s i g u i e n t e . L o s s i g l o s X V I y X V I I f u e r o n u n a e r a d e «revolución militar» e n l a q u e h u b o u n d e s a r r o l l o c r e c i e n t e d e l o s ejércitos. A fin d e s o l ­v e n t a r l o s , l o s g o b e r n a n t e s tenían q u e e x p r i m i r todavía más a s u s s u b d i t o s p o r m e d i o d e l o s i m p u e s t o s . L o s ejérci­t o s , a s u t u m o , contribuían a f a c i l i t a r e s a exacción; d e t a l m o d o , s e instaló l o q u e s e h a d e n o m i n a d o u n «ciclo d e e x ­tracción y coerción» ( T i l l y , 1975, pág. 96). E l s u r g i m i e n t o d e l E s t a d o c e n t r a l i z a d o n o f u e t a n t o e l r e s u l t a d o d e u n p l a n o \ m a teoría ( c o m o e l «absolutismo») c u a n t o u n a c o n ­s e c u e n c i a i m p r e v i s t a d e l a c o m p e t e n c i a p o r e l p o d e r e n l a a r e n a i n t e m a c i o n a l . D e m a n e r a c o m p l e m e n t a r i a , e n s u e s ­t u d i o c o m p a r a t i v o d e l a s r e v o l u c i o n e s , S k o c p o l d i o m a y o r p e s o e x p l i c a t i v o q u e s u s p r e d e c e s o r e s a l o s c o n f l i c t o s i n t e r ­n a c i o n a l e s , i n c l u i d a s l a s g u e r r a s .

L a i d e a d e q u e c r i s i s c o m o l a s g u e r r a s y l a s r e v o l u c i o n e s actúan a m o d o d e c a t a l i z a d o r e s o a c e l e r a d o r e s , q u e i n c r e ­m e n t a n l a v e l o c i d a d d e l c a m b i o s o c i a l e n v e z d e p o n e r l o e n m a r c h a , h a s i d o e x p l o r a d a c o n m a y o r d e t a l l e p o r d o s h i s ­t o r i a d o r e s q u e o b s e r v a r o n l a P r i m e r a G u e r r a M u n d i a l d e s ­d e b a n d o s o p u e s t o s . A r t h u r M a r w i c k (1965) sugirió q u e l o s a c o n t e c i m i e n t o s d e 1914-1918 p r o p i c i a r o n e l «desdibuja-miento» d e l a s d i f e r e n c i a s s o c i a l e s e n G r a n Bretaña, m i e n -

223

Page 24: Peter Burke, Historia y teoría social

tras que Jürgen Kocka (1973) adujo que en Alemania los «mismos» acontecimientos las agudizaron aún más (cf. Mann, 1986-1993, vol. 2, págs. 740-802). Las dos socieda­des reaccionaron ante la guerra de maneras contrapues­tas, porque sus estructuras anteriores al conflicto eran muy diferentes.

Sin embargo, la contribución más importante a una ter­cera vía es, con seguridad, la de Michel Foucault en Vigilar y castigar (1975) y otros estudios. Centrado en la Europa occidental del período 1650-1800, Foucault cuenta la histo­ria de un gran cambio en las teorías del castigo, de la p;mi-ción a la disuasión, y también en su práctica, del «espec­táculo» a la «vigilancia». El autor rechazó las explicaciones de la abolición de las ejecuciones públicas que la atribuyen a razones humanitarias, así como había desestimado las mismas explicaciones en lo concemiente a la creación de los asilos para dementes.

En contraste, Foucault destaca la aparición de lo que llama «sociedad disciplinaria», cada vez más visible desde fines del siglo XVII en los cuarteles, las fábricas y las es­cuelas, no menos que en las prisiones. Como ilustración vi­vida de este nuevo tipo de sociedad, escoge un famoso pro­yecto de principios del siglo XIX: la constmcción de vm «Pa­nóptico», una prisión ideal en la que un solo carcelero pue­de ver todo sin ser visto por nadie. Por momentos, Foucault parece poner cabeza abajo la teoría de la modemización, al hablar del surgimiento de la disciplina en vez del surgi­miento de la libertad.

Como es evidente, en su tratamiento del cambio social no hay lugar para el «proceso de la civilización». También Elias queda cabeza abajo, junto con Spencer. Lo único que cambia, según Foucault, es el modo de represión: física en el antiguo régimen, psicológica después. La idea convencio­nal de «progreso» es sustituida por el «desplazamiento», un término más frío y clínico. De todas formas, esta visión de una sociedad represivamente burocrática tiene algo impor­tante en común con la de Max Weber (O'Neill, 1986).

Los historiadores han criticado con frecuencia la obra de Foucault, y sus críticas han sido tanto justas como injus­tas. En el caso de Vigilar y castigar, se ha dicho que las con­

clusiones «no están fundadas en una im vística» (Spierenburg, 1984, pág. 108). O historiadores hacen a Foucault se refien dad a la variación local, su tendencia a ih ciones sobre Europa con ejemplos france rentes regiones no tuvieran sus propias les. Por otro lado, si estimamos que Fou modelo simple de cambio y no pretende c toria, estas críticas resultan virtualment

Esta redefinición del objetivo del autoi cera crítica perjudicial para su obra: la oí men de la mecánica del cambio. Uno de lo más destacados del movimiento que prod del hombre» o, al menos, el «descentran (véase infra, pág. 254), Foucault parece verificación de la teoría mediante el exai ciones de los reformadores del castigo, a que el nuevo sistema resultante no tenía ellas y revelar lo que realmente lo había pr< desde luego, es en extremo inabordable pretende estar arrasando con las explica tradicionales, no es insensato esperar qué

A mi juicio, lo más valioso de la obra di neral, y de Vigilar y castigar en particulai tivo, y no el lado positivo. Después de sua vas del saber convencional, la historia de xualidad, etc., nunca volverá a ser la misi teoría del cambio social, pues Foucault re con la creencia en el progreso, que él ha ht cavar. Como en el caso de Nietzsche (vmí; predilectos), quienes rechazan sus respuei do incapaces de eludir sus pregvmtas.

Patrones de población

Otros análisis del cambio social rompei como con Spencer, porque son cíchcos y nc cadencia de Occidente (1918-1922), de Os' el Estudio de la historia (1935-1961), de.

224

Page 25: Peter Burke, Historia y teoría social

íocka (1973) a d u j o q u e e n A l e m a n i a l o s c i m i e n t o s l a s a g u d i z a r o n aún más (cf . , v o l . 2, págs. 740-802). L a s d o s s o c i e d a -a n t e l a g u e r r a d e m a n e r a s c o n t r a p u e s -s t r u c t u r a s a n t e r i o r e s a l c o n f l i c t o e r a n

i contribución más i m p o r t a n t e a u n a t e r -m r i d a d , l a d e M i c h e l F o u c a u l t e n V i g i l a r y o t r o s e s t u d i o s . C e n t r a d o e n l a E u r o p a iodo 1650-1800, F o u c a u l t c u e n t a l a h i s t o -i b i b e n l a s teorías d e l c a s t i g o , d e l a p u n i -h , y también e n s u práctica, d e l «espec-ncia». E l a u t o r rechazó l a s e x p l i c a c i o n e s a s e j e c u c i o n e s públicas q u e l a a t r i b u y e n

i t a r i a s , así c o m o había d e s e s t i m a d o l a s )nes e n l o c o n c e m i e n t e a l a creación d e n e n t e s . F o u c a u l t d e s t a c a l a aparición d e l o q u e tsciplinaria», c a d a v e z más v i s i b l e d e s d e Ü e n l o s c u a r t e l e s , l a s fábricas y l a s e s -l u e e n l a s p r i s i o n e s . C o m o ilustración ví-\o d e s o c i e d a d , e s c o g e vn f a m o s o p r o -I d e l s i g l o X I X : l a constmcción d e v m «Pa­lón i d e a l e n l a q u e u n s o l o c a r c e l e r o p u e -[ v i s t o p o r n a d i e . P o r m o m e n t o s , F o u c a u l t ía a b a j o l a teoría d e l a modemización, a l l i e n t o d e l a d i s c i p l i n a e n v e z d e l s u r g i -j;ad. i t e , e n s u t r a t a m i e n t o d e l c a m b i o s o c i a l 1 e l «proceso d e l a civilización». También a a b a j o , j u n t o c o n S p e n c e r . L o único q u e i c a u l t , e s e l m o d o d e represión: física e n ., psicológica después. L a i d e a c o n v e n c i o -i s s u s t i t u i d a p o r e l «desplazamiento», u n ' clínico. D e t o d a s f o r m a s , e s t a visión d e s i v a m e n t e burocrática t i e n e a l g o i m p o r -n l a d e M a x W e b e r ( O ' N e i l l , 1986). •es h a n c r i t i c a d o c o n ft*ecuencia l a o b r a críticas h a n s i d o t a n t o j u s t a s c o m o i n j u s -Igilary castigar, s e h a d i c h o q u e l a s c o n ­

c l u s i o n e s «no están f u n d a d a s e n u n a investigación a r c h i -vística» ( S p i e r e n b u r g , 1984, pág. 108). O t r a crítica q u e l o s h i s t o r i a d o r e s h a c e n a F o u c a u l t s e r e f i e r e a s u i n s e n s i b i l i ­d a d a l a variación l o c a l , s u t e n d e n c i a a i l u s t r a r g e n e r a l i z a ­c i o n e s s o b r e E u r o p a c o n e j e m p l o s fi-anceses, c o m o s i d i f e ­r e n t e s r e g i o n e s n o t u v i e r a n s u s p r o p i a s e s c a l a s t e m p o r a ­l e s . P o r o t r o l a d o , s i e s t i m a m o s q u e F o u c a u l t p r o p o n e u n m o d e l o s i m p l e d e c a m b i o y n o p r e t e n d e c o n t a r t o d a l a h i s ­t o r i a , e s t a s críticas r e s u l t a n v i r t u a l m e n t e i r r e l e v a n t e s .

E s t a redefinición d e l o b j e t i v o d e l a u t o r n o e v i t a u n a t e r ­c e r a crítica p e r j u d i c i a l p a r a s u o b r a : l a omisión d e u n e x a ­m e n d e l a mecánica d e l c a m b i o . U n o d e l o s r e p r e s e n t a n t e s más d e s t a c a d o s d e l m o v i m i e n t o q u e proclamó l a «muerte d e l hombre» o , a l m e n o s , e l «descentramiento d e l sujeto» (véase i n f r a , pág. 254), F o u c a u l t p a r e c e h a b e r e l u d i d o l a verificación d e l a teoría m e d i a n t e e l e x a m e n d e l a s i n t e n ­c i o n e s d e l o s r e f o r m a d o r e s d e l c a s t i g o , a fin d e d e m o s t r a r q u e e l n u e v o s i s t e m a r e s u l t a n t e n o tenía n a d a q u e v e r c o n e l l a s y r e v e l a r l o q u e r e a l m e n t e l o había p r o d u c i d o . L a t a r e a , d e s d e l u e g o , e s e n e x t r e m o i n a b o r d a b l e , p e r o s i a l g u i e n p r e t e n d e e s t a r a r r a s a n d o c o n l a s e x p l i c a c i o n e s históricas t r a d i c i o n a l e s , n o e s i n s e n s a t o e s p e r a r q u e l a l l e v e a c a b o .

A m i j u i c i o , l o más v a l i o s o d e l a o b r a d e F o u c a u l t e n g e ­n e r a l , y d e V i g i l a r y castigar e n p a r t i c u l a r , e s e l l a d o n e g a ­t i v o , y n o e l l a d o p o s i t i v o . Después d e s u s críticas c o r r o s i ­v a s d e l s a b e r c o n v e n c i o n a l , l a h i s t o r i a d e l a prisión, l a s e ­x u a l i d a d , e t c . , n u n c a volverá a s e r l a m i s m a . Y t a m p o c o l a teoría d e l c a m b i o s o c i a l , p u e s F o u c a u l t reveló s u s vínculos c o n l a c r e e n c i a e n e l p r o g r e s o , q u e él h a h e c h o t a n t o p o r s o ­c a v a r . C o m o e n e l c a s o d e N i e t z s c h e ( u n o d e s u s filósofos p r e d i l e c t o s ) , q u i e n e s r e c h a z a n s u s r e s p u e s t a s s i g u e n s i e n ­d o i n c a p a c e s d e e l u d i r s u s p r e g u n t a s .

Patrones de población

O t r o s análisis d e l c a m b i o s o c i a l r o m p e n t a n t o c o n M a r x c o m o c o n S p e n c e r , p o r q u e s o n cíclicos y n o l i n e a l e s . L a de­cadencia de Occidente (1918-1922), d e O s w ^ a l d S p e n g l e r , y e l Estudio de l a historia (1935-1961), d e A r n o l d T o y n b e e ,

225

Page 26: Peter Burke, Historia y teoría social

veían la historia como el relato de ima sucesión de culturas que atravesaban el mismo ciclo de crecimiento, madura­ción, decadencia y caída. Entre las teorías cíclicas de apli­cación más limitada se cuentan las «ondas largas» del eco­nomista ruso Nikolai Kondratieíf, los ciclos más cortos del economista francés Clément Juglar y la descripción de la «circulación de las élites» de Pareto.

El imponente estudio de 'Ib3aibee, que este tardó más de veinticinco años en escribir y que se extiende a lo largo de más de seis mil páginas, analizó veintiima «civilizaciones» distintas como protagonistas de la historia, examinando sus orígenes como respuestas a los «desafíos» de su entor­no, su «crecimiento» y, sobre todo, sus crisis y decadencias, en las cuales la guerra y el surgimiento de un proletariado (incluido un proletariado «extemo», como los bárbaros que invadieron el Imperio Romano) tuvieron im papel crucial. Instituciones como los Estados y las iglesias imiversales permitieron a las civilizaciones «rehacerse», en ocasiones más de una vez, pero no pudieron detener una «disolución final». Estas tesis generales se basaban en una serie de vi­vidos ejemplos tomados de las lecturas históricas asombro­samente amplias de TbsTibee, por no mencionar su apela­ción a un variado grupo de geógrafos, antropólogos, sociólo­gos y psicólogos (sobre todo Cari Gustav Jung).

La primera respuesta a la obra de Tbynbee fue, en gene­ral, de admiración, pero pasado un tiempo su proyecto fue objeto de crecientes críticas. Se imputaba al historiador un esquematismo inconveniente, por no dialogar con las ideas de sociólogos históricos como Max Weber y Vilfredo Pareto, por ignorar virtualmente el lugar de las ciencias naturales en la civilización y, sobre todo, por estudiar las «civilizacio­nes» como entidades limitadas cuyo número podía estable­cerse con precisión, así como por decir demasiado poco so­bre su interacción.

En tanto que Tbynbee escribió acerca de la totalidad de la historia humana, el historiador francés Femand Brau­del se concentró en los siglos XVI y XVII. De todos modos, propuso algunas conclusiones de mayor alcance. En El Me­diterráneo y el mundo mediterráneo en la época de Felipe II (1949), imo de los estudios más famosos del pasado que se

hayan publicado en el siglo XX, Brande cambios históricos se producen a difen tres en particular: el largo plazo de la «: historia de repetición constante»; el plaz( temas económicos, los Estados, las soci( zaciones», y, por último, el corto plazo de tos. En los dos primeros casos, Braudel cíclico: describió la geohistoria como un siempre recurrentes» y contrastó épocas propicia a la creación de grandes imper lipe II, con los tiempos que alentaban su igual que el economista Fran9ois Simi£ encontró una fuente de inspiración, Bra ria como la alternancia de fases de exp contracción («fases A» y «fases B»),

En la segunda mitad del siglo XK, las fortalecieron gracias al trabajo de los d( eos, en opinión de los cuáles el factor m cambio social es el aumento o el declive (j

En su estudio de la provincia de Lan| oeste de Francia, durante los comienzo! demo, Emmanuel Le Roy Ladurie (196^ Braudel, recurrió al concepto de Kondral «ondas largas» en la economía. Para él! verdadero motor del cambio social es la j bro es la historia de lo que llamó «un graij tendido desde fines del siglo XV hasta pj XVIII». El patrón básico mostraba un cri de una declinación, seguida a su vez de x En la fase de expansión se produjo ima es fica, y tras ella sobrevinieron el desmo subdivisión de las granjas, im alza de lo Le Roy Ladurie denomina «una victoria c sas de la renta y los salarios; en otras pa ria de la clase que vive del lucro, los emp glo XVII, empero, la productividad agríco y, como consecuencia, las principales ten cas y sociales se revirtieron.

De conformidad con los pronósticos d blación comenzó a presionar sobre los me

226

Page 27: Peter Burke, Historia y teoría social

h a y a n p u b U c a d o e n e l s i g l o X X , B r a u d e l s o s t i e n e q u e l o s c a m b i o s históricos s e p r o d u c e n a d i f e r e n t e s v e l o c i d a d e s , t r e s e n p a r t i c u l a r : e l l a i ^ o p l a z o d e l a «geohistoria», «una h i s t o r i a d e repetición constante»; e l p l a z o m e d i o d e «los s i s ­t e m a s económicos, l o s E s t a d o s , l a s s o c i e d a d e s y l a s c i v i l i ­zaciones», y , p o r último, e l c o r t o p l a z o d e l o s a c o n t e c i m i e n ­t o s . E n l o s d o s p r i m e r o s c a s o s , B r a u d e l adhirió a l m o d e l o cíclico: describió l a g e o h i s t o r i a c o m o u n t i e m p o d e «ciclos s i e m p r e recurrentes» y contrastó épocas c o m o e l s i g l o X V I , p r o p i c i a a l a creación d e g r a n d e s i m p e r i o s c o m o e l d e F e ­l i p e I I , c o n l o s t i e m p o s q u e a l e n t a b a n s u fragmentación. A l i g u a l q u e e l e c o n o m i s t a F r a n g o i s S i m i a n d , e n c u y a o b r a encontró u n a f u e n t e d e inspiración, B r a u d e l veía l a h i s t o ­ria c o m o l a a l t e r n a n c i a d e f a s e s d e expansión y f a s e s d e contracción («fases A» y «fases B»).

E n l a s e g u n d a m i t a d d e l s i g l o X X , l a s teorías cíclicas s e f o r t a l e c i e r o n g r a c i a s a l t r a b a j o d e l o s demógrafos históri­c o s , e n opinión d e l o s c u a l e s e l f a c t o r más i m p o r t a n t e d e l c a m b i o s o c i a l e s e l a u m e n t o o e l d e c l i v e d e l a población.

E n s u e s t u d i o d e l a p r o v i n c i a d e L a n g u e d o c , e n e l s u d ­o e s t e d e F r a n c i a , d u r a n t e l o s c o m i e n z o s d e l período m o ­d e r n o , E m m a n u e l L e R o y L a d u r i e ( 1 9 6 6 ) , e x discípulo d e B r a u d e l , recurrió a l c o n c e p t o d e Kondratieíf a c e r c a d e l a s «ondas largas» e n l a economía. P a r a él, s i n e m b a r g o , e l v e r d a d e r o m o t o r d e l c a m b i o s o c i a l e s l a población, y s u l i ­b r o e s l a h i s t o r i a d e l o q u e llamó «un g r a n c i c l o a g r a r i o , e x ­t e n d i d o d e s d e fines d e l s i g l o X V h a s t a p r i n c i p i o s d e l s i g l o XVIII». E l patrón básico m o s t r a b a u n c r e c i m i e n t o s e g u i d o d e u n a declinación, s e g u i d a a s u v e z d e ^ma recuperación. E n l a f a s e d e expansión s e p r o d u j o x m a explosión demográ­fica, y t r a s e l l a s o b r e v i n i e r o n e l d e s m o n t e d e t i e r r a s , l a subdivisión d e l a s g r a n j a s , un a l z a d e l o s p r e c i o s y l o q u e L e R o y L a d u r i e d e n o m i n a «xma v i c t o r i a d e l lucro» a e x p e n ­s a s d e l a r e n t a y l o s s a l a r i o s ; e n o t r a s p a l a b r a s , x m a v i c t o ­ria d e l a c l a s e q u e v i v e d e l l u c r o , l o s e m p r e s a r i o s . E n e l s i ­g l o X V I I , e m p e r o , l a p r o d u c t i v i d a d agrícola llegó a s u t e c h o y , c o m o c o n s e c u e n c i a , l a s p r i n c i p a l e s t e n d e n c i a s económi­c a s y s o c i a l e s s e r e v i r t i e r o n .

D e c o n f o r m i d a d c o n l o s pronósticos d e M a l t h u s , l a p o ­blación comenzó a p r e s i o n a r s o b r e l o s m e d i o s d e s u b s i s t e n -

2 2 7

Page 28: Peter Burke, Historia y teoría social

cia. El crecimiento fiie seguido por la declinación, resultado de factores como el hambre, la peste, la emigración y ca­samientos más tardíos. El lucro fue derrotado por la renta, y el especulador —según el lenguaje de Pareto—, por el rentista. Propiedades que se habían fragmentado volvie­ron a imificarse. En una mirada general sobre el período 1500-1700, Le Roy Ladurie sugiere que la región fimcionó como «un ecosistema homeostático» o, en una expresión que se sacó de contexto y ganó notoriedad, ima «historia in­móvil». La pregunta obvia en este punto es: ¿cuáles son los factores que rompen el ciclo? En muchos casos, la intrusión de algo externo al sistema, uno de los «encuentros» que examinaremos más adelante (pág. 232).

El modelo malthusiano de Le Roy Ladurie (o «neomal-thusiano», como él prefiere llamarlo) ha sido criticado por algunos marxistas, quienes sostienen que los especialistas que recurren a él subestiman la importancia del conflicto de clases en las sociedades que ellos estudian. Sin embar­go, otros historiadores marxistas, especialmente en Freui-cia, han revisado sus modelos para dar mayor cabida a la demografía, y ahora se valen de tendencias poblacionales con el fin de resolver el clásico problema de la transición del feudalismo al capitalismo. Los estudios de la revolu­ción, como el de Goldstone acerca del primer mundo mo­derno, han comenzado a tomar en consideración la presión de la población sobre los recursos como ima precondición del derrumbe de los Estados.

En historia económica, el trabajo de Braudel (1979) so­bre el primer capitalismo moderno diferenció una serie de economías dominadas por determinadas ciudades: Ve-necia, Genova, Amberes, Amsterdam. En historia política, Auge y caída de las grandes potencias (1987), de Paul Ken­nedy, estudió la sucesión de hegemonías imperiales duran­te los últimos quinientos años, de China y España a Gran Bretaña y Estados Unidos, y destacó lo que el autor llama «extensión imperial excesiva» como un factor clave de la declinación. Kennedy se concentra en la interacción de la economía y la estrategia, y se refiere en particular al desvío de recursos de la creación de riqueza al establecimiento y mantenimiento de la hegemonía, un proceso que a largo

228

plazo conduce a la declinación política, la estructura de los imperios pierde «est número de militares y funcionarios aume base económica no puede sostenerlos. D estudios recientes del sistema mtindial délo de Wallerstein se interesan cada ve: y los «cambios de hegemom'a» a largo pía: dirían, una sucesión de sistemas mundi£ solo (Abu-Lughod, 1989; Frank y Gills, págs. 143-99 y 278-91).

Patrones de cultura

Otra crítica planteada a los modelos es que conceden muy poco espacio a la cj más o menos como ima superestructura torta, en lugar de ver en ella una fuerza; cial (como muchos especialistas hacen h(

¿Cómo cambian los patrones cultura rán dos célebres exámenes de la cuestión] toriador del arte Emst Gombrich y en la i la ciencia Thomas Kuhn, interesados, t otro, por la «cultura» en el sentido tradici las ciencias, y particularmente por la his dones culturales.

Como hemos visto, uno de los concept brich era lo que él llamaba «esquema» esquemas explica muy bien la persistem nes artísticas a largo plazo; pero, ¿qué p£ Para resolver este problema, (jombrich i^ la «corrección» del esquema, a cargo de le vierten discrepancias entre el modelo tr£^ dad que observan. Esta solución plantea tión de la circularidad. ¿Cómo pueden loj tar im esquema con la realidad si su pro es un producto del esquema?

Una posible respuesta a esta pregun nos lugares y períodos, al menos, los arti tes de que hay esquemas alternativos. C

Page 29: Peter Burke, Historia y teoría social

p l a z o c o n d u c e a l a declinación política. C o n l a expansión, l a e s t r u c t i u - a d e l o s i m p e r i o s p i e r d e «estabilidad», p u e s e l número d e milit£u-es y f u n c i o n a r i o s a u m e n t a e n e x c e s o y l a b a s e económica n o p u e d e s o s t e n e r l o s . D e m a n e r a s i m i l a r , e s t u d i o s r e c i e n t e s d e l s i s t e m a m u n d i a l b a s a d o s e n e l m o ­d e l o d e W a l l e r s t e i n s e i n t e r e s a n c a d a v e z más e n l o s c i c l o s y l o s «cambios d e hegemonía» a l a r g o p l a z o o , c o m o a l g u n o s dirían, x m a sucesión d e s i s t e m a s m t m d i a l e s , e n v e z d e u n o s o l o ( A b u - L u g h o d , 1 9 8 9 ; F r a n k y G i l l s , 1 9 9 3 , s o b r e t o d o págs. 1 4 3 - 9 9 y 2 7 8 - 9 1 ) .

Patrones de c u l t u r a

O t r a crítica p l a n t e a d a a l o s m o d e l o s d e M a r x y S p e n c e r e s q u e c o n c e d e n m u y p o c o e s p a c i o a l a c u l t u r a y l a t r a t a n más o m e n o s c o m o u n a s u p e r e s t r u c t u r a , e l g l a s e a d o d e l a t o r t a , e n l u g a r d e v e r e n e l l a u n a f u e r z a p a r a e l c a m b i o s o ­c i a l ( c o m o m u c h o s e s p e c i a l i s t a s h a c e n h o y e n día).

¿Cómo c a m b i a n l o s p a t r o n e s c u l t u r a l e s ? S e e n c o n t r a ­r án d o s célebres exámenes d e l a cuestión e n l a o b r a d e l h i s ­t o r i a d o r d e l a r t e E m s t G o m b r i c h y e n l a d e l h i s t o r i a d o r d e l a c i e n c i a T h o m a s K u h n , i n t e r e s a d o s , t a n t o u n o c o m o e l o t r o , p o r l a «cxiltura» e n e l s e n t i d o t r a d i c i o n a l d e l a s a r t e s y l a s c i e n c i a s , y p a r t i c u l a r m e n t e p o r l a h i s t o r i a d e l a s t r a d i ­c i o n e s c u l t u r a l e s .

C o m o h e m o s v i s t o , u n o d e l o s c o n c e p t o s c l a v e s d e G o m ­b r i c h e r a l o q u e él l l a m a b a «esquema» v i s u a l . E l u s o d e e s q u e m a s e x p l i c a m u y b i e n l a p e r s i s t e n c i a d e l a s t r a d i c i o ­n e s artísticas a l a r g o p l a z o ; p e r o , ¿qué p a s a c o n e l c a m b i o ? P a r a r e s o l v e r e s t e p r o b l e m a , G o m b r i c h i n t r o d u j o l a i d e a d e l a «corrección» d e l e s q u e m a , a c a r g o d e l o s a r t i s t a s q u e a d ­v i e r t e n d i s c r e p a n c i a s e n t r e e l m o d e l o t r a d i c i o n a l y l a r e a l i ­d a d q u e o b s e r v a n . E s t a solución p l a n t e a , a s u v e z , l a c u e s ­tión d e l a c i r c u l a r i d a d . ¿Cómo p u e d e n l o s a r t i s t a s c o n t r a s ­t a r x m e s q u e m a c o n l a r e a l i d a d s i s u p r o p i a visión d e e s t a e s x m p r o d u c t o d e l e s q u e m a ?

U n a p o s i b l e r e s p u e s t a a e s t a p r e g i m t a e s q u e e n a l g u ­n o s l u g a r e s y períodos, a l m e n o s , l o s a r t i s t a s s o n c o n s c i e n ­t e s d e q u e h a y e s q u e m a s a l t e r n a t i v o s . C o m o e n e l c a s o d e

2 2 9

Page 30: Peter Burke, Historia y teoría social

la historia de las mentalidades (véase supra, pág. 140), pue­de sugerirse que el conocimiento de las alternativas reduce el poder de la tradición y da a los individuos más libertad para tomar decisiones. Un ejemplo sorprendente, que res­palda esta rectificación de los conceptos de Grombrich, pro­viene de China en el siglo XVII. En esa época, algunos pin­tores paisajistas chinos cambiaron su estilo tras haber te­nido la oportimidad de ver ciertos grabados europeos lleva­dos al país por misioneros cristianos. Esos artistas no imi­taron el estilo occidental, pero el hecho de conocerlo los ayudó a liberarse de las formas tradicionales de represen­tación del paisaje (Cahill, 1982).

Por su parte, Thomas Kuhn analizó lo que denominaba «estructura de las revoluciones científicas». Mientras Fou-cault señalaba las rupturas epistemológicas sin tratar de explicarlas, Kuhn se concentró en el proceso de cambio. Y así como Gombrich hablaba de los «esquemas», Kuhn em­pleó la noción paralela de «paradigma» científico, una con­cepción del mtmdo de la natxu-aleza que influía en lo que él llamaba «ciencia normal», la práctica cotidiana de la comu­nidad científica. Un ejemplo obvio es la concepción tradi­cional del imiverso con la Tierra en su centro, un paradig­ma asociado a Aristóteles y Ptolomeo.

Kuhn argumentaba que los grandes cambios o «revolu­ciones» en el paradigma científico se producen en ima serie de etapas. En primer lugar, algunos observadores advier­ten anomalías; en otras palabras, información incongruen­te con el paradigma. En segundo lugar, para admitir esas anomalías, el paradigma se modifica o se emparcha, como ocvurió con los famosos «epiciclos» introducidos en el siste­ma tolemaico para posibilitar predicciones más exactas de la posición de los planetas. En tercer lugar, las discrepan­cias entre las observaciones específicas y el paradigma ge­neral se multiplican y conducen a una situación de «crisis». Aparecen nuevas hipótesis, como la teoría copemicana de que el centro del imiverso es el Sol. Para terminar, en una dramática «revolución», una especie de «mudanza guestál-tica», la comunidad científica adopta una de esas teorías antagónicas, que se convierte así en im nuevo paradigma. Constatamos, una vez más, los usos del término «comuni­

dad», por difícil que sea definirlo (T. S. K págs. 239-319).

La obra misma de Kuhn exponía un p£ historia de la ciencia. En ocasiones, ese p£ ticado por tratarse de im modelo cíclico qu( so científico. Kuhn negó, en efecto, que la rroUara por acumulación. De todas mane aun cuando el camino fuera zigzagueante; progresos hacia lo que él denominó «una o vez más detallada y refinada de la natura] ideas se presentaron en un contexto estríe co, vale la pena preguntarse si su noció puede ser útil cuando se trata de examin cambio cultural. En la historia de la antroj tura histórica, por ejemplo, se han identi nes kuhnianas. En el caso de la geograñi que Colón se hizo a la vela con el paradigr tres continentes sólidamente arraigado er cuando descubrió la Hispaniola creyó que í Transcurrieron algunos años antes de qi fuera revisado y América pasara a ser el ci

Podrían plantearse observaciones sin; las percepciones estereotipadas del «otroí jas, judíos, lunáticos, homosexuales, y as Edward Said veía el orientalismo, entre <; una serie de paradigmas de investigacióí riador del arte perteneciente a la tradicii Gombrich, el australiano Bernard Smit que los europeos del siglo XVIII veían a le cífico con que se encontraban por primera tereotipos clásicos como el del buen salva edición de su libro, el autor señaló que es día traducirse en términos kuhnianos) (B

Como los paradigmas científicos, est prejuicios son, con frecuencia, el fundara cotieiiana. Como los paradigmas científico refutación y en ocasiones se los modifi( abandona. La formación, la modificación esta clase de estereotipos, junto con otras social y cultural, son particularmente vis:

230

Page 31: Peter Burke, Historia y teoría social

as m e n t a l i d a d e s (véase supra, pág. 1 4 0 ) , p u e -ue e l c o n o c i m i e n t o d e l a s a l t e r n a t i v a s r e d u c e tradición y d a a l o s i n d i v i d u o s más l i b e r t a d c i s i o n e s . U n e j e m p l o s o r p r e n d e n t e , q u e T e s ­tificación d e l o s c o n c e p t o s d e G o m b r i c h , p r o -i e n e l s i g l o X V I I . E n e s a época, a l g u n o s p i n ­a s c h i n o s c a m b i a r o n s u e s t i l o t r a s h a b e r t e -t i i d a d d e v e r c i e r t o s g r a b a d o s e u r o p e o s U e v a -• m i s i o n e r o s c r i s t i a n o s . E s o s a r t i s t a s n o i m i -• o c c i d e n t a l , p e r o e l h e c h o d e c o n o c e r l o l o s r s e d e l a s f o r m a s t r a d i c i o n a l e s d e r e p r e s e n -laje ( C a h i l l , 1 9 8 2 ) . e, T h o m a s K u h n analizó l o q u e d e n o m i n a b a i l a s r e v o l u c i o n e s científicas». M i e n t r a s F o u -l l a s r u p t u r a s epistemológicas s i n t r a t a r d e o h n s e concentró e n e l p r o c e s o d e c a m b i o . Y b r i c h h a b l a b a d e l o s «esquemas», K u h n e m -p a r a l e l a d e «paradigma» científico, u n a c o n -m d o d e l a n a t u r a l e z a q u e i n f l m ' a e n l o q u e él i a normal», l a práctica c o t i d i a n a d e l a c o m u -a. U n e j e m p l o o b v i o e s l a concepción t r a d i -e r s o c o n l a T i e r r a e n s u c e n t r o , u n p a r a d i g -Aristóteles y P t o l o m e o . n e n t a b a q u e l o s g r a n d e s c a m b i o s o «revolu-^ a d i g m a científico s e p r o d u c e n e n i m a s e r i e p r i m e r l u g a r , a l g u n o s o b s e r v a d o r e s a d v i e r ­

e n o t r a s p a l a b r a s , información i n c o n g r u e n -ügma. E n s e g u n d o l u g a r , p a r a a d m i t i r e s a s ¡aradigma se m o d i f i c a o s e e m p a r c h a , c o m o f a m o s o s «epiciclos» i n t r o d u c i d o s e n e l s i s t e -) a r a p o s i b i l i t a r p r e d i c c i o n e s más e x a c t a s d e os p l a n e t a s . E n t e r c e r l u g a r , l a s d i s c r e p a n -b s e r v a c i o n e s específicas y e l p a r a d i g m a g e -l i c a n y c o n d u c e n a u n a situación d e «crisis», 'as hipótesis, c o m o l a teoría c o p e m i c a n a d e 3 I u n i v e r s o e s e l S o l . P a r a t e r m i n a r , e n u n a olución», u n a e s p e c i e d e «mudanza guestál-i d a d científica a d o p t a u n a d e e s a s teorías l e se c o n v i e r t e así e n u n n u e v o p a r a d i g m a , m a v e z más, l o s u s o s d e l término «comuni­

dad», p o r difícil q u e s e a d e f i n i r l o ( T . S . K u h n , 1 9 6 2 , 1 9 7 4 , págs. 2 3 9 - 3 1 9 ) .

L a o b r a m i s m a d e K u h n exponía u n p a r a d i g m a p a r a l a h i s t o r i a d e l a c i e n c i a . E n o c a s i o n e s , e s e p a r a d i g m a f u e c r i ­t i c a d o p o r t r a t a r s e d e u n m o d e l o cíclico q u e n i e g a e l p r o g r e ­s o científico. K u h n negó, e n e f e c t o , q u e l a c i e n c i a s e d e s a ­r r o l l a r a p o r acumulación. D e t o d a s m a n e r a s , afirmó q u e , a u n c u a n d o e l c a m i n o f u e r a z i g z a g u e a n t e y n o l i n e a l , había p r o g r e s o s h a c i a l o q u e él denominó «una comprensión c a d a v e z más d e t a l l a d a y r e f i n a d a d e l a naturaleza». S i b i e n s u s i d e a s s e p r e s e n t a r o n e n u n c o n t e x t o e s t r i c t a m e n t e científi­c o , v a l e l a p e n a p r e g u n t a r s e s i s u noción d e p a r a d i g m a p u e d e s e r útil c u a n d o s e t r a t a d e e x a m i n a r o t r o s t i p o s d e c a m b i o c u l t u r a l . E n l a h i s t o r i a d e l a antropología y l a e s c r i ­t u r a histórica, p o r e j e m p l o , s e h a n i d e n t i f i c a d o r e v o l u c i o ­n e s k u h n i a n a s . E n e l c a s o d e l a geografía, e s b i e n s a b i d o q u e Colón s e h i z o a l a v e l a c o n e l p a r a d i g m a t r a d i c i o n a l d e t r e s c o n t i n e n t e s sólidamente a r r a i g a d o e n l a c a b e z a , y q u e c u a n d o descubrió l a H i s p a n i o l a creyó q u e e r a p a r t e d e A s i a . T r a n s c u r r i e r o n a l g u n o s años a n t e s d e q u e e l p a r a d i g m a f u e r a r e v i s a d o y América p a s a r a a s e r e l c u a r t o c o n t i n e n t e .

Podrían p l a n t e a r s e o b s e r v a c i o n e s s i m i l a r e s a c e r c a d e l a s p e r c e p c i o n e s e s t e r e o t i p a d a s d e l «otro»: caníbales, b m -j a s , judíos, lunáticos, h o m o s e x u a l e s , y así s u c e s i v a m e n t e . E d w a r d S a i d veía e l o r i e n t a l i s m o , e n t r e o t r a s c o s a s , c o m o u n a s e r i e d e p a r a d i g m a s d e investigación. Y f u e u n h i s t o ­riador d e l a r t e p e r t e n e c i e n t e a l a tradición d e W a r b u r g y G o m b r i c h , e l a u s t r a l i a n o B e r n a r d S m i t h , q u i e n sugirió q u e l o s e u r o p e o s d e l s i g l o X V I I I veían a l o s p u e b l o s d e l P a ­cífico c o n q u e s e e n c o n t r a b a n p o r p r i m e r a v e z a l a l u z d e e s ­t e r e o t i p o s clásicos c o m o e l d e l b u e n s a l v a j e ( e n l a s e g u n d a edición d e s u l i b r o , e l a u t o r señaló q u e e s t e a r g u m e n t o p o ­día t r a d u c i r s e e n términos k u h n i a n o s ) ( B . S m i t h , 1 9 6 0 ) .

C o m o l o s p a r a d i g m a s científicos, e s t o s e s t e r e o t i p o s o p r e j u i c i o s s o n , c o n f r e c u e n c i a , e l f u n d a m e n t o d e l a acción c o t i d i a n a . C o m o l o s p a r a d i g m a s científicos, están s u j e t o s a refutación y e n o c a s i o n e s s e l o s m o d i f i c a y h a s t a s e l o s a b a n d o n a . L a formación, l a modificación y e l a b a n d o n o d e e s t a c l a s e d e e s t e r e o t i p o s , j u n t o c o n o t r a s c l a s e s d e c a m b i o s o c i a l y c u l t u r a l , s o n p a r t i c u l a r m e n t e v i s i b l e s e n e l c a s o d e

2 3 1

Page 32: Peter Burke, Historia y teoría social

encuentros entre personas de diferentes culturas, sobre todo cuando tales encuentros son prolongados, como ocurre en situaciones de conquista o colonización.

Encuentros

Tanto el modelo de Marx como el de Spencer se concen­tran en el cambio social que se genera dentro de una socie­dad determinada. Sin embargo, en la historia hay muchos casos de cambio puesto en marcha desde afuera, en virtud de encuentros de distintos tipos, desde el comercio hasta la invasión. Para examinar las consecuencias de esos encuen­tros, especialmente con los indios norteamericanos, los antropólogos, cuya disciplina misma se creó y desarrolló en el contexto del contacto cultural y el imperiahsmo, introdu­jeron el concepto de «aculturación», a veces definido como la asimilación de ima cultura más débil o subordinada a los valores de ima cultura dominante (Dupront, 1965; Spicer, 1968).

Una generación después, algunos historiadores hicie­ron suyo el concepto. En este aspecto, el precursor fue el norteamericano Oscar Handlin, cuyo Hbro Boston's Immi-grants, subtitulado «A study in acculturation», se remonta a 1941. Más recientemente, el historiador fi-ancés Robert Muchembled (1978) aplicó el término a los encuentros cul­turales dentro de Europa, para examinar lo que denominó «aculturación del mundo rural» en el nordeste de Francia a fines del siglo XVI. Muchembled hizo hincapié en que el auge de los juicios por brujería coincidió con el ataque de la Contrarreforma a la «idolatría», así como con la difusión del alfabetismo. El centro (o el clero) trataba de modificar los valores de la periferia (o los legos).

El inconveniente de esta ampliación del concepto reside en el supuesto de que el clero y el pueblo pertenecían a cul­turas diferentes; la idea, sin duda, es exagerada. La distan­cia cultural entre uno y otro tal vez se haya incrementado en un momento en que una mayor proporción del clero se educaba en seminarios, pero es improbable que haya sido tan grande como la que había entre los indígenas america-

232

nos y los colonos europeos. En este sent res de Europa usan el término «acultui ñera descaminada. Tal vez sería más ij tentos de evangelizar a la gente común c y la Contrarreforma como casos de la «r nificados entre grupos (Greyerz, 1984, i

Sea como fuere, según ya hemos vist para hacer justicia a la complejidad de 1¿ encuentros culturales, deberíamos sur «aculturación» los de «transculturación ral» y «traducción cultural». El valor dd tas quedó ilustrado con claridad en un < tactos entre cristianos y musulmanes eij val. Hasta cierto punto, podría decirse res se dedican a lo mismo que los antrd zando términos diferentes. El ámbito d de los antropólogos demostraron su vale cación de lo ocurrido y, en particular, el carlismos de cambio social y cultural, su de sobrevenir (Glick y Pi-Sunyer, 1969),

Por su parte, los historiadores puede sarrollo de la teoría social si presentan u riedad de ejemplos. Las conquistas, p( constituyen un tipo particularmente drí tros entre culturas, pocas veces eiiscuti sociales (Foster, 1960). Así, la conquista glaterra en 1066 ha sido descripta come* en la historia europea de la disrupción debido a la irrupción súbita de una teci na» (White, 1962, p^. 38).

Fuera de Europa, la conquista españ Perú y la conquista británica de la Indi claros ejemplos de cambio social inducid (en ambos casos, con la ayuda de una ni, litar). En todas estas situaciones, los T{ plazaron a las élites tradicionales. Los i más baja de la jerarquía social fueron d dad y parecen haberse producido, al mei sa de malentendidos, un factor en la his mo la ignorancia, no ha recibido la aten

Page 33: Peter Burke, Historia y teoría social

p e r s o n a s d e d i f e r e n t e s c u l t u r a s , s o b r e íncuentros s o n p r o l o n g a d o s , c o m o o c u r r e íonquista o colonización.

) d e M a r x c o m o e l d e S p e n c e r s e c o n c e n -i o c i a l q u e se g e n e r a d e n t r o d e u n a s o c i e -S i n e m b a r g o , e n l a h i s t o r i a h a y m u c h o s l i e s t o e n m a r c h a d e s d e a f u e r a , e n v i r t u d Üstintos t i p o s , d e s d e e l c o m e r c i o h a s t a l a m i n a r l a s c o n s e c u e n c i a s d e e s o s e n c u e n -[te c o n l o s i n d i o s n o r t e a m e r i c a n o s , l o s i d i s c i p l i n a m i s m a s e creó y desarrolló e n t a c t o c u l t u r a l y e l i m p e r i a l i s m o , i n t r o d u -le «aculturación», a v e c e s d e f i n i d o c o m o n a c u l t u r a más débil o s u b o r d i n a d a a l o s t u r a d o m i n a n t e ( D u p r o n t , 1 9 6 5 ; S p i c e r ,

fi después, a l g u n o s h i s t o r i a d o r e s h i c i e -i t o . E n e s t e a s p e c t o , e l p r e c u r s o r f u e e l pcar H a n d l i n , c u y o h b r o Boston's Immi-) «A s t u d y i n acculturation», s e r e m o n t a i t e m e n t e , e l h i s t o r i a d o r francés R o b e r t i) aphcó e l término a l o s e n c u e n t r o s c u l -l u r o p a , p a r a e x a m i n a r l o q u e denominó l u n d o rural» e n e l n o r d e s t e d e F r a n c i a a '.. M u c h e m b l e d h i z o hincapié e n q u e e l 3 o r brujería coincidió c o n e l a t a q u e d e l a l a «idolatría», así c o m o c o n l a difusión c e n t r o (o e l c l e r o ) t r a t a b a d e m o d i f i c a r

riferia (o l o s l e g o s ) . e d e e s t a ampliación d e l c o n c e p t o r e s i d e u e e l c l e r o y e l p u e b l o pertenecían a c u l -i d e a , s i n d u d a , e s e x ^ e r a d a . L a d i s t a n -t n o y o t r o t a l v e z s e h a y a i n c r e m e n t a d o q u e i m a m a y o r proporción d e l c l e r o s e

u i o s , p e r o es i m p r o b a b l e q u e h a y a s i d o q u e había e n t r e l o s indígenas a m e r i c a -

n o s y l o s c o l o n o s e u r o p e o s . E n e s t e s e n t i d o , l o s h i s t o r i a d o ­r e s d e E u r o p a u s a n e l término «aculturación» d e i m a m a ­n e r a d e s c a m i n a d a . T a l v e z sería más útil e s t u d i a r l o s i n ­t e n t o s d e e v a n g e l i z a r a l a g e n t e común d u r a n t e l a R e f o r m a y l a C o n t r a r r e f o r m a c o m o c a s o s d e l a «negociación» d e s i g ­n i f i c a d o s e n t r e g r u p o s ( G r e y e r z , 1 9 8 4 , págs. 5 6 - 7 8 ) .

S e a c o m o f u e r e , según y a h e m o s v i s t o (supra, pág. 1 5 5 ) , p a r a h a c e r j u s t i c i a a l a c o m p l e j i d a d d e l o s r e s u l t a d o s d e l o s e n c u e n t r o s c u l t u r a l e s , deberíamos s u m a r a l c o n c e p t o d e «aculturación» l o s d e «transculturación», «hibridez c u l t u ­ral» y «traducción cultural». E l v a l o r d e n o c i o n e s c o m o e s ­t a s quedó i l u s t r a d o c o n c l a r i d a d e n u n e x a m e n d e l o s c o n ­t a c t o s e n t r e c r i s t i a n o s y m u s u l m a n e s e n l a España m e d i e ­v a l . H a s t a c i e r t o p u n t o , podría d e c i r s e q u e l o s h i s t o r i a d o ­r e s s e d e d i c a n a l o m i s m o q u e l o s antropólogos, p e r o u t i l i ­z a n d o términos d i f e r e n t e s . E l ámbito d o n d e l o s c o n c e p t o s d e l o s antropólogos d e m o s t r a r o n s u v a l o r f i i e e l d e l a e x p l i ­cación d e l o o c u r r i d o y , e n p a r t i c u l a r , e l análisis d e l o s m e ­c a n i s m o s d e c a m b i o s o c i a l y c u l t u r a l , s u s m o d o s específicos

! d e sobreverür ( G l i c k y P i - S u n y e r , 1 9 6 9 ) . P o r s u p a r t e , l o s h i s t o r i a d o r e s p u e d e n c o n t r i b u i r a l d e -

' s a r r o l l o d e l a teoría s o c i a l s i p r e s e n t a n u n a más a m p l i a v a ­riedad d e e j e m p l o s . L a s c o n q u i s t a s , p o n g a m o s p o r c a s o , c o n s t i t u y e n u n t i p o p a r t i c u l a r m e n t e dramático d e e n c u e n ­t r o s e n t r e c u l t u r a s , p o c a s v e c e s d i s c u t i d o p o r l o s teóricos s o c i a l e s ( F o s t e r , 1 9 6 0 ) . Así, l a c o n q u i s t a n o r m a n d a d e I n ­g l a t e r r a e n 1 0 6 6 h a s i d o d e s c r i p t a c o m o «el e j e m p l o clásico e n l a h i s t o r i a e u r o p e a d e l a disrupción d e u n o r d e n s o c i a l d e b i d o a l a irrupción súbita d e u n a tecnología m i l i t a r a j e ­na» ( W h i t e , 1 9 6 2 , pág. 3 8 ) .

F u e r a d e E u r o p a , l a c o n q u i s t a española d e México y d e l Perú y l a c o n q u i s t a británica d e l a I n d i a s o n , i g u a l m e n t e , c l a r o s e j e m p l o s d e c a m b i o s o c i a l i n d u c i d o d e s d e e l e x t e r i o r ( e n a m b o s c a s o s , c o n l a a 5 a i d a d e u n a n u e v a tecnología m i ­l i t a r ) . E n t o d a s e s t a s s i t u a c i o n e s , l o s recién l l e g a d o s d e s ­p l a z a r o n a l a s élites t r a d i c i o n a l e s . L o s c a m b i o s e n l a c a p a más b a j a d e l a jerarquía s o c i a l f u e r o n d e s i m i l a r p r o f u n d i ­d a d y p a r e c e n h a b e r s e p r o d u c i d o , a l m e n o s e n p a r t e , a c a u ­s a d e m a l e n t e n d i d o s , u n f a c t o r e n l a h i s t o r i a s o c i a l q u e , c o ­m o l a i g n o r a n c i a , n o h a r e c i b i d o l a atención q u e m e r e c e .

2 3 3

Page 34: Peter Burke, Historia y teoría social

Los funcionarios de la East India Company, por ejem­plo, veían la estructura social india con ojos ingleses, como xm sistema de terratenientes y arrendatarios. Considera­ban a los zamindars, que eran algo parecido a recaudado­res de impuestos, como terratenientes. En el lenguaje de Kuhn, se aferraban a su paradigma e ignoraban las ano­malías. Sin embargo, la práctica de la conquista difiere de la práctica de la ciencia en un aspecto crucial. Los conquis­tadores tenían el poder de convertir sus percepciones en realidad al tratar a los zammdars como terratenientes. Po­dríamos decir que «traducían» la sociedad india a términos que les eran inteligibles. En xm caso clásico de «construc­ción» o reconstrucción cultural, una mala comprensión de la estructura social fiie causa de xm cambio en esta misma (Neale, 1957; B. Cohn, 1962).

Axmque hay menos pruebas disponibles en el caso de la conqxiista normanda, puede sospecharse que algo parecido sucedió en Inglaterra luego de 1066. Los normandos no lo­graron entender el complejo sistema social de los anglosa­jones, en el cual el estatus se expresaba sobre la base de di­ferentes cantidades de «indemnización» [wergild], es decir, el monto de la compensación que debía pagarse a los pa­rientes de la víctima según la categoría de la persona asesi­nada. Como no pudieron comprender el sistema local, los normandos redujeron la Inglaterra anglosajona a ima so­ciedad de siervos, hombres Hbres y caballeros. Al igual que el ejemplo anterior, este sugiere que algxmos grupos pue­den ser más importantes que otros en la «constitución» cul­tural de la sociedad {infra, pág. 249). También pone de re­lieve la importancia de xm período bastante breve de inno­vación, tras el cual la sociedad «cristaliza» en estructuras relativamente inflexibles.

En el estudio del Perú colonial, el historiador fi-ancés Nathan Wachtel (1971) se focalizó en la crisis provocada por la conquista española. Las palabras claves de su des­cripción del cambio social y cultural acaecido entre 1530 y 1580 son «acultxu-ación» y «desestructuración» (tomó esta última del sociólogo italiano Vittorio Lantemari). De ma­nera similar, Le Roy Ladurie describió la revuelta de los protestantes de las Cevenas, a comienzos del siglo XVIII

234

Page 35: Peter Burke, Historia y teoría social

( l i n a reacción a n t e e l e d i c t o d e i l e g a l i d a d d e l p r o t e s t a n t i s ­m o p r o m u l g a d o p o r L u i s X T V ) , c o m o u n a p r o t e s t a c o n t r a l a «desculturación».

A l h a b l a r d e «desestructuración», W a c h t e l s e r e f i e r e a l a r u p t u r a d e l o s vínculos e n t r e d i f e r e n t e s p a r t e s d e l s i s t e m a s o c i a l t r a d i c i o n a l . L a s i n s t i t u c i o n e s y c o s t u m b r e s t r a d i c i o ­n a l e s s o b r e v i v i e r o n a l a c o n q u i s t a , p e r o l a v i e j a e s t r u c t u r a s e desintegró. L o s t r i b u t o s s u b s i s t i e r o n , p o r e j e m p l o , p e r o s i n e l a n t i g u o s i s t e m a d e redistribución a c a r g o d e l E s t a d o d e l c u a l habían f o r m a d o p a r t e . También s e m a n t u v i e r o n l o s j e f e s l o c a l e s , p e r o s u relación c o n e l g o b i e r n o c e n t r a l y a n o f i i e l a q u e había s i d o e n l o s días d e l o s i n c a s . L a religión t r a d i c i o n a l persistió, a u n q u e a h o r a e r a u n c u l t o n o o f i c i a l e i n c l u s o c l a n d e s t i n o , c a l i f i c a d o d e «idolatría» p o r l o s m i s i o ­n e r o s españoles, q u e h i c i e r o n t o d o l o p o s i b l e p o r e r r a d i ­c a r l o . E s p e c i a l i s t a s e n l o q u e B o u r d i e u l l a m a «violencia simbólica», l o s s a c e r d o t e s españoles e r a n , e n s u s t a n c i a , m i s i o n e r o s d e l c a m b i o o l a reestructuración s o c i o c u l t u r a l .

U n a característica i m p o r t a n t e d e l a versión d e l a a c u l ­turación e x p u e s t a p o r W a c h t e l e s q u e s e o c u p a n o sólo d e l c o n t a c t o c u l t u r a l «objetivo», s i n o también d e l o q u e e l a u ­t o r , e n c o n s o n a n c i a c o n e l h i s t o r i a d o r m e x i c a n o M i g u e l León P o r t i l l a ( 1 9 5 9 ) , denominó «visión d e l o s vencidos»; e n o t r a s p a l a b r a s , l a visión d e l a c u l t i m a d o m i n a n t e d e s d e a b a j o . S u preocupación p o r e l c o n t e x t o político d e l c o n t a c t o c u l t u r a l y s u interés e n l a percepción m u t u a d e l o s m i e m ­b r o s d e l a s d o s c u l t u r a s d a n a l v i e j o m o d e l o d e l a a c u l t u r a ­ción i m a n u e v a y p e n e t r a n t e a g u d e z a , q u e l e o t o r g a x m c a ­rácter n o sólo d e s c r i p t i v o s i n o también e x p l i c a t i v o .

L a c o n q u i s t a española d e l N u e v o M u n d o e s t u v o a c o m ­pañada d e l a difusión d e e n f e r m e d a d e s e u r o p e a s c o m o l a v i r u e l a , a l a s q u e l a población indígena e r a s u m a m e n t e v u l n e r a b l e . L o s cálculos varían, p e r o h a y c o i n c i d e n c i a e n q u e v a r i o s m i l l o n e s d e p e r s o n a s — a p r o b a b l e m e n t e , l a m a ­y o r p a r t e d e l a población— m u r i e r o n e n l a s p r i m e r a s g e n e ­r a c i o n e s p o s t e r i o r e s a l a c o n q u i s t a d e México ( M c N e i l l , 1 9 7 6 ; C r o s b y , 1 9 8 6 ) . E n líneas más g e n e r a l e s , l a s g r a n d e s e p i d e m i a s o f i - e c e n u n t i p o d i f e r e n t e d e ilustración d e l c a m ­b i o s o c i a l r e s u l t a n t e d e l a penetración d e s d e a f u e r a . E n 1 3 4 8 , p o r e j e m p l o , l a P e s t e N e g r a , t r a n s m i t i d a p o r l a s r a -

2 3 5

Page 36: Peter Burke, Historia y teoría social

tas, invadió Eiuropa desde Asia y mató aproximadamente a ima tercera parte de la población en muy poco tiempo. La ulterior escasez de mano de obra provocó, a largo plazo, im­portantes cambios en la estructura social europea.

La importancia de los acontecimientos

Las pestes, como los encuentros culturales y las revolu­ciones, proporcionan sorprendentes ejemplos del papel de los acontecimientos en el proceso de cambio social, un pa­pel que algimos sociólogos e historiadores solían negar o, en todo caso, minimizar.

Como sus compatriotas Durkheim y Simiand, Braudel juzgaba superficial la historia narrativa tradicional {histoi-re événementielle). Para él, los acontecimientos no eran otra cosa que pompa y espuma, sólo interesantes por lo que revelaban acerca de las corrientes subyacentes de la histo­ria. Braudel veía a los individuos como prisioneros del des­tino: en última instancia, sus intentos de influir en el curso de las cosas eran fiitiles. El «héroe» de su principal obra, Felipe II, se asemeja más a un antihéroe, impotente para cambiar el curso de la historia. Supongamos, con todo, que hubiese decidido escribir sobre Rusia en la época de Lenin. ¿Le habría sido tan sencillo ignorar el papel del individuo en la historia?

Braudel inspiró a sus sucesores y, a la vez, los incitó a reaccionar contra su modelo de cambio social. Emmanuel Le Roy Ladurie, por ejemplo, encontró cabida en su histo­ria para los acontecimientos que aquel dejaba a un lado, y presentó vividas viñetas de conflicto y protesta sociales a fin de mostrar cómo percibían y respondían los contempo­ráneos al cambio económico y social. En la fase de expan­sión, describió el carnaval de los romanos celebrado en el Delfinado en 1580, durgmte el cual artesanos y campesinos declararon que la élite de su ciudad «se había enriquecido a expensas de los pobres» (más adelante, el autor hizo de este acontecimiento dramático el eje de un estudio de microhis-toria de las dimensiones de un libro). En la fase de contrac­ción, examinó la revuelta del Vivarais en 1670 como ejem­

plo de «una reacción más instintiva que del campo». De todas maneras, el térmii velador. Como Braudel, Le Roy Ladur acontecimientos reflejaban las estruct modificaban.

Un enfoque alternativo hace hincap llamarse «manejo» del cambio. Dos ejeir de la historia del Japón quizá contribuya problema. Es evidente que los gobernar] paces de refi-enar el cambio social que C| las olas (en realidad, esa era justamenti quería plantear a sus cortesanos al Uei mar). Sea como fuere, los gobernantes i en Bizancio (véase supra, pág. 98) y tan; el siglo XVII, en un momento en que las' el comercio se expandía, el régimen jají procuró congelar la estructura social mi por el que se disponía que los cuatro pri| cíales debían alinearse en el siguiente campesinos, artesanos y comerciantes, rar, la medida no impidió a los comercia] canzar un estatus social extraoficial más chos samurais.

Por otra parte, la abohción de los si por el régimen Meiji, que reemplazó a 1868, fue una medida con importantes dales. Por ejemplo, muchos ex samurá carse entonces a los negocios, una can para ellos (Moore, 1966, págs. 275-90). ¿ Meiji tuvo éxito y el de Tbkugawa tracas via es que imo trató de resistirse al cam Sin embargo, acaso merecería la pena e dad de que el régimen Meiji hubiera h contribuir a lo inevitable; que se hubies que podríamos denominar «manejo» de tanto dar órdenes a las olas como desvi£ dirección deseada.

En la gran novela histórica Elgatopc seppe de Lampedusa, ambientada en del siglo XIX, un aristócrata dice a otn

236

Page 37: Peter Burke, Historia y teoría social

pío d e «una reacción más i n s t i n t i v a q u e r a c i o n a l a l a c r i s i s d e l campo». D e t o d a s m a n e r a s , e l término «reacción» e s r e ­v e l a d o r . C o m o B r a u d e l , L e R o y L a d u r i e suponía q u e l o s a c o n t e c i m i e n t o s r e f l e j a b a n l a s e s t r u c t u r a s , y n o q u e l a s m o d i f i c a b a n .

U n e n f o q u e a l t e r n a t i v o h a c e hincapié e n l o q u e p u e d e l l a m a r s e «manejo» d e l c a m b i o . D o s e j e m p l o s c o n t r a s t a n t e s d e l a h i s t o r i a d e l Japón quizá c o n t r i b u y a n a e s c l a r e c e r e s t e p r o b l e m a . E s e v i d e n t e q u e l o s g o b e r n a n t e s n o s o n más c a ­p a c e s d e r e f i r e n a r e l c a m b i o s o c i a l q u e C a n u t o d e c o n t e n e r l a s o l a s ( e n r e a l i d a d , e s a e r a j u s t a m e n t e l a i d e a q u e e l r e y quería p l a n t e a r a s u s c o r t e s a n o s a l l l e v a r l o s a o r i l l a s d e l m a r ) . S e a c o m o f u e r e , l o s g o b e r n a n t e s i n t e n t a r o n h a c e r l o e n B i z a n c i o (véase supra, pág. 9 8 ) y también e n Japón. E n e l s i g l o X V I I , e n v m m o m e n t o e n q u e l a s c i u d a d e s crecían y e l c o m e r c i o s e expandía, e l régimen japonés d e T o k u g a w a procuró c o n g e l a r l a e s t r u c t v u " a s o c i a l m e d i a n t e i m d e c r e t o p o r e l q u e s e disponía q u e l o s c u a t r o p r i n c i p a l e s g r u p o s s o ­c i a l e s debían a l i n e a r s e e n e l s i g u i e n t e o r d e n : s a m u r a i s , c a m p e s i n o s , a r t e s a n o s y c o m e r c i a n t e s . C o m o e r a d e e s p e ­r a r , l a m e d i d a n o impidió a l o s c o m e r c i a n t e s a d i n e r a d o s a l ­c a n z a r u n e s t a t u s s o c i a l e x t r a o f i c i a l más a l t o q u e e l d e m u ­c h o s s a m u r a i s .

P o r o t r a p a r t e , l a abolición d e l o s s a m u r a i s d i s p u e s t a p o r e l régimen M e i j i , q u e reemplazó a l d e T o k u g a w a e n 1 8 6 8 , f u e u n a m e d i d a c o n i m p o r t a n t e s c o n s e c u e n c i a s s o ­c i a l e s . P o r e j e m p l o , m u c h o s e x s a m u r a i s d e c i d i e r o n d e d i ­c a r s e e n t o n c e s a l o s n e g o c i o s , u n a c a r r e r a a n t e s c e r r a d a p a r a e l l o s ( M o o r e , 1 9 6 6 , págs. 2 7 5 - 9 0 ) . ¿Por qué e l régimen M e i j i t u v o éxito y e l d e T o k u g a w a fracasó? L a r e s p u e s t a o b ­v i a e s q u e uno t ra tó d e r e s i s t i r s e a l c a m b i o y o t r o l o a3aidó. S i n e m b a r g o , a c a s o merecería l a p e n a e x p l o r a r l a p o s i b i l i ­d a d d e q u e e l régimen M e i j i h u b i e r a h e c h o a l g o más q u e c o n t r i b u i r a l o i n e v i t a b l e ; q u e s e h u b i e s e i n t e r e s a d o p o r l o q u e podríamos d e n o m i n a r «manejo» d e l c a m b i o s o c i a l : n o t a n t o d a r órdenes a l a s o l a s c o m o d e s v i a r l a c o r r i e n t e e n l a dirección d e s e a d a .

E n l a g r a n n o v e l a histórica íJZ^aíopardo ( 1 9 5 8 ) , d e G i u -s e p p e d e L a m p e d u s a , a m b i e n t a d a e n S i c i l i a a m e d i a d o s d e l s i g l o X I X , i m aristócrata d i c e a o t r o q u e «es m e n e s t e r

2 3 7

Page 38: Peter Burke, Historia y teoría social

que todo cambie para que nada cambie». Algunas aristo­cracias (sobre todo la británica) parecen haber tenido un talento especial para este tipo de adaptación a las nuevas circunstancias, así como para hacer sacrificios o conce­siones tácticas en interés de una estrategia de superviven­cia a largo plazo de la familia o la clase. Con seguridad, esas actividades merecen tener su lugar en cualquier teo­ría del cambio social.

También sería dable esperar que la teoría especificara los tipos de situación en que una estrategia de esas caracte­rísticas tiene oportunidad de éxito. Dos estudios indepen­dientes del comportamiento aristocrático, respectivamente consagrados a la Inglaterra decimonónica y el Rajastán del siglo XX, proponen descripciones de notable similitud de una de esas situaciones. Ambos describen ima clase diri­gente dividida entre un grupo superior más afín al cambio y un grupo inferior que arriesgaba perder más con él. Sin embargo, en los dos casos el grupo inferior acudió al supe­rior, como imponía la tradición, en busca de liderazgo. En una situación así, era muy difícil que el grupo que más po­día perder organizara la resistencia al cambio. Por ello, la clase dirigente en su conjunto siguió la política de «adapta­ción» de sus líderes y el cambio social se produjo sin violen­cia (F. M. L. Thompson, 1963; Rudolph y Rudolph, 1966).

Si los individuos, los grupos y los acontecimientos tie­nen un lugar importante en el proceso de cambio social, tanto la forma como el contenido del análisis (sea este pro­puesto por historiadores sociales, sociólogos o antropólogos sociales) quizá necesiten revisión. De hecho, el giro (o el re­tomo) a la narración ha sido objeto de muchos debates re­cientes en las tres disciplinas. El problema podría plan­tearse en la forma de un dilema. El análisis de las estmctu-ras es demasiado estático y no permite ni a escritores ni a lectores tomar conciencia suficiente del cambio. Por otro lado, el relato histórico tradicional es absolutamente inca­paz de dar cabida a esas estructuras. En consecuencia, se ha puesto en marcha una búsqueda de nuevas formas na­rrativas apropiadas para la historia social.

Podría considerarse que se trata de la búsqueda de una narración «trenzada», dado que entrelaza el análisis con el

relato (Fischer, 1976). Como alteraativ; de narración «densa», según el modelo densa» de Geertz, en razón de que las nu constmirse de tal manera que sean capa peso explicativo más grande que las anti por su parte, en las acciones de individ Sea como fuere, vemos a algunos histor teoría literaria, en especial a la teoría de contrEir la forma literaria más adecuada (Abbott, 2002).

Las nuevas formas —nuevas para k menos— incluyen historias que exponer tos desde varios puntos de vista (véase i ocupan de la experiencia de personas coj en el rüvel local, en lo que podría denoj rraciones» (Burke, 1991).

El giro hacia la microhistoria fue ex£ tulo 2. A veces adopta la apariencia d como en el estudio de Le Roy Ladurie s de Montaillou, pero también puede asui Uno de los ejemplos más espectaculares es la historia de Martin Guerre.

Mailin era un campesino del sudoe había partido de la granja familiar par guerras contra España; a su regreso co tmso, un hombre que pretendía ser ME ocupado su lugar. La historia ha sido n riadora Natalie Zemon Davis (1983), n( dades dramáticas, sino también con el c sobre las estmcturas sociales, incluida sobre el modo como se las experimentab na. En su relato, la figura central no es su mujer, Bertrande de Rols. Abandon Bertrande no era ni esposa ni viuda. D decisión de reconocer al intmso como s cido, cualesquiera que fuesen los moti'^ única manera honorable de escapar a sible.

El retomo o el resurgimiento de la en la última generación también está a

238

Page 39: Peter Burke, Historia y teoría social

r e l a t o ( F i s c h e r , 1 9 7 6 ) . C o m o a l t e r n a t i v a , podría h a b l a r s e d e narración «densa», según e l m o d e l o d e l a «descripción densa» d e G e e r t z , e n razón d e q u e l a s n u e v a s f o r m a s d e b e n c o n s t r u i r s e d e t a l m a n e r a q u e s e a n c a p a c e s d e s o p o r t a r u n p e s o e x p l i c a t i v o más g r a n d e q u e l a s a n t i g u a s ( i n t e r e s a d a s , p o r s u p a r t e , e n l a s a c c i o n e s d e i n d i v i d u o s p r o m i n e n t e s ) . S e a c o m o f u e r e , v e m o s a a l g i m o s h i s t o r i a d o r e s a c u d i r a l a teoría l i t e r a r i a , e n e s p e c i a l a l a teoría d e l r e l a t o , a fin d e e n ­c o n t r a r l a f o r m a l i t e r a r i a más a d e c u a d a a s u s n e c e s i d a d e s ( A b b o t t , 2 0 0 2 ) .

L a s n u e v a s f o r m a s — n u e v a s p a r a l o s h i s t o r i a d o r e s , a l m e n o s — i n c l u y e n h i s t o r i a s q u e e x p o n e n l o s a c o n t e c i m i e n ­t o s d e s d e v a r i o s p u n t o s d e v i s t a (véase infra, pág. 2 5 4 ) o s e o c u p a n d e l a e x p e r i e n c i a d e p e r s o n a s c o m v m e s y c o r r i e n t e s e n e l n i v e l l o c a l , e n l o q u e podría d e n o m i n a r s e «microna-rraciones» ( B u r k e , 1 9 9 1 ) .

E l g i r o h a c i a l a m i c r o h i s t o r i a f u e e x a m i n a d o e n e l capí­t u l o 2 . A v e c e s a d o p t a l a a p a r i e n c i a d e u n a descripción, c o m o e n e l e s t u d i o d e L e R o y L a d u r i e s o b r e l a c o m u n i d a d d e M o n t a i l l o u , p e r o también p u e d e a s u m i r l a d e i m r e l a t o . U n o d e l o s e j e m p l o s más e s p e c t a c u l a r e s d e e s t e último c a s o e s l a h i s t o r i a d e M a r t i n G u e r r e .

M a r t i n e r a u n c a m p e s i n o d e l s u d o e s t e d e F r a n c i a q u e había p a r t i d o d e l a g r a n j a f a m i l i a r p a r a p a r t i c i p a r e n l a s g u e r r a s c o n t r a España; a s u r e g r e s o comprobó q u e u n i n ­t r u s o , i m h o m b r e q u e pretendía s e r M a r t i n G u e r r e , había o c u p a d o s u l u g a r . L a h i s t o r i a h a s i d o r e f e r i d a p o r l a h i s t o ­riadora N a t a l i e Z e m o n D a v i s ( 1 9 8 3 ) , n o sólo p o r s u s c u a l i ­d a d e s dramáticas, s i n o también c o n e l o b j e t o d e a r r o j a r l u z s o b r e l a s e s t r u c t u r a s s o c i a l e s , i n c l u i d a l a d e l a f a m i l i a , y s o b r e e l m o d o c o m o s e l a s e x p e r i m e n t a b a e n l a v i d a c o t i d i a ­n a . Én s u r e l a t o , l a figura c e n t r a l n o e s t a n t o M a r t i n c o m o s u m u j e r , B e r t r a n d e d e R o l s . A b a n d o n a d a p o r s u m a r i d o , B e r t r a n d e n o e r a n i e s p o s a n i v i u d a . D a v i s s u g i e r e q u e s u decisión d e r e c o n o c e r a l i n t r u s o c o m o s u e s p o s o d e s a p a r e ­c i d o , c u a l e s q u i e r a q u e f u e s e n l o s m o t i v o s , e r a p a r a e l l a l a única m a n e r a h o n o r a b l e d e e s c a p a r a e s a situación i m p o ­s i b l e .

E l r e t o m o o e l r e s u r g i m i e n t o d e l a narración histórica e n l a úl t ima generación también está a s o c i a d o a u n r e c o n o -

2 3 9

Page 40: Peter Burke, Historia y teoría social

cimiento de la capacidad de ciertos acontecimientos de so­cavar estructuras, como se comprueba con mayor eviden­cia en el caso de las revoluciones. En el estudio de estas ha habido una tendencia a desestimar la inquietud por las precondiciones o «desencadenantes», en beneficio del in­terés por lo que Noel Parker llama «narración revoluciona­ria», definida como la forma «dentro de la cual los aconteci­mientos y las acciones que constituyen una revolución u otra se interpretan y se modifican» (Parker, 1999, págs. 111-59; cita en pág. 112). La cuestión es, empero, que la na­rración forma parte de la experiencia de los propios agen­tes antes de que especiaUstas ulteriores la tomen y modifi­quen. Es modelada por la experiencia de los acontecimien­tos pero a su vez la modela y, de tal modo, hace lo propio con la siguiente fase de la acción.

Al menos en algunos casos, las revoluciones pasadas proporcionan im modelo o im paradigma para el presente. En ciertos aspectos, por ejemplo, la Revolución Francesa fue percibida como ima repetición de la Revolución Inglesa de la década de 1640, incluida la decapitación del rey, y Trotski y otros protagonistas de la revolución bolchevique vieron esta como una reproducción de la de 1789. Como en el caso de los paradigmas científicos, pueden advertirse anomalías, diferencias entre el nuevo acontecimiento y el viejo modelo, pero, aun cuando se trate de revoluciones, las tradiciones culturales conservan su poder.

La tensión entre los nuevos acontecimientos y las viejas percepciones apenas ha sido estudiada. Una de las excep­ciones a esta regla, así como una de las exploraciones más originales del cambio cultural y social que hayan aparecido en la última generación, es un estudio de Hawai realizado por un antropólogo de Chicago, Marshall Sahlins, que co­mienza con la llegada del capitán Cook a las islas en 1779 y pasa del relato a la interpretación y del análisis de una si­tuación específica a la teoría general.

Se nos cuenta que, en su visita a Hawai, Cook disñnitó de una entusiasta bienvenida tributada por varios millares de personas, que acudieron a recibirlo en sus canoas. Lo es­coltaron hasta un templo, donde el visitante participó en un ritual en que se le rindió culto. Algunas semanas des-

240

pues volvió a la isla, y esta vez la recepci fría. Los hawaianos cometieron entonce bos, y cuando Cook intentó detenerlos años más tarde, sin embargo, el nuevo decidió implementar una política de air comerciales con Gran Bretaña, en un manejar el cambio social.

Sahlins interpreta la recepción de Co( exactos, las distintas versiones de este diante la hipótesis de que los hawaianoj encamación de su dios Lono, dado que s| producido en momentos en que se espera por añaeiidura, que tanto el asesinato d de Cook fueron un acto ritual, la muerte que las políticas pro británicas de KameH piadas para el hombre que había hereda] pitan inglés (M. Sahlins, 1985, págs. Ij con Obeyesekere, 1992). |

Esta interpretación le sirve a Sahlinsj manera más general lo que llama interac acontecimientos; hace entonces dos obse mentarías. En primer lugar, los aconteC dos fueron «ordenados por la cultura». Ll cibieron a Cook con las lentes de su propi ral y actuaron en consecuencia, dando as¡ «firma» cultural distintiva. En otras pali ce hincapié en el «ajuste» entre los fact exógenos, de manera similar a los teórie; antes examinados. Su análisis recuerda de Braudel sobre los aconteciníientos co! prueba revelador de estructuras, y taml res de Gombrich por los esquemas cultuí

Por otro lado, a diferencia de Braudel lins sugiere que en el proceso de asimila] tecimientos, de «reproducción de ese coi imagen», la cultura hawaiana «cambió de decisiva». Por ejemplo, se incrementó la y plebeyos, porque a la diferenciación ec se superpuso la distinción entre europeo respuesta de los jefes consistió en adopt

I

Page 41: Peter Burke, Historia y teoría social

p u e s volvió a l a i s l a , y e s t a v e z l a recepción f u e m u c h o más fría. L o s h a w a i a n o s c o m e t i e r o n e n t o n c e s u n a s e r i e d e r o ­b o s , y c u a n d o C o o k intentó d e t e n e r l o s l o m a t a r o n . U n o s años más t a r d e , s i n e m b a r g o , e l n u e v o j e f e K a m e h a m e h a decidió i m p l e m e n t a r i m a política d e a m i s t a d y r e l a c i o n e s c o m e r c i a l e s c o n G r a n Bretaña, e n u n i n t e n t o , quizá, d e m a n e j a r e l c a m b i o s o c i a l .

S a h l i n s i n t e r p r e t a l a recepción d e C o o k ( o , p a r a s e r más e x a c t o s , l a s d i s t i n t a s v e r s i o n e s d e e s t o s i n c i d e n t e s ) m e ­d i a n t e l a hipótesis d e q u e l o s h a w a i a n o s v i e r o n e n él u n a encamación d e s u d i o s L o n o , d a d o q u e s u l l e g a d a s e había p r o d u c i d o e n m o m e n t o s e n q u e s e e s p e r a b a a e s t e . S u g i e r e , p o r añadidura, q u e t a n t o e l a s e s i n a t o c o m o l a veneración d e C o o k f u e r o n u n a c t o r i t u a l , l a m u e r t e d e l d i o s . Y s u p o n e q u e l a s políticas p r o británicas d e K a m e h a m e h a e r a n a p r o ­p i a d a s p a r a e l h o m b r e q u e había h e r e d a d o e l mana d e l c a ­p i tán inglés ( M . S a h l i n s , 1 9 8 5 , p ^ s . 1 0 4 - 3 5 ; compárese c o n O b e y e s e k e r e , 1 9 9 2 ) .

E s t a interpretación l e s i r v e a S a h l i n s p a r a c o m e n t a r d e m a n e r a más g e n e r a l l o q u e l l a m a interacción d e s i s t e m a s y a c o n t e c i m i e n t o s ; h a c e e n t o n c e s d o s o b s e r v a c i o n e s c o m p l e ­m e n t a r i a s . E n p r i m e r l u g a r , l o s a c o n t e c i m i e n t o s p r o d u c i ­d o s f u e r o n «ordenados p o r l a cultura». L o s h a w a i a n o s p e r ­c i b i e r o n a C o o k c o n l a s l e n t e s d e s u p r o p i a tradición c u l t u ­r a l y a c t u a r o n e n c o n s e c u e n c i a , d a n d o así a l o s s u c e s o s u n a «firma» c u l t u r a l d i s t i n t i v a . E n o t r a s p a l a b r a s , S a h l i n s h a ­c e hincapié e n e l «ajuste» e n t r e l o s f a c t o r e s endógenos y exógenos, d e m a n e r a s i m i l a r a l o s teóricos d e l a recepción a n t e s e x a m i n a d o s . S u análisis r e c u e r d a e l p u n t o d e v i s t a d e B r a u d e l s o b r e l o s a c o n t e c i m i e n t o s c o m o i m r e a c t i v o d e p m e b a r e v e l a d o r d e e s t m c t u r a s , y también e v o c a e l i n t e ­rés d e G o m b r i c h p o r l o s e s q u e m a s c u l t u r a l e s .

P o r o t r o l a d o , a d i f e r e n c i a d e B r a u d e l y G o m b r i c h , S a h ­l i n s s u g i e r e q u e e n e l p r o c e s o d e asimilación d e e s o s a c o n ­t e c i m i e n t o s , d e «reproducción d e e s e c o n t a c t o a s u p r o p i a imagen», l a c u l t u r a h a w a i a n a «cambió d e m a n e r a r a d i c a l y decisiva». P o r e j e m p l o , s e incrementó l a tensión e n t r e j e f e s y p l e b e y o s , p o r q u e a l a diferenciación e n t r e a m b o s g m p o s s e s u p e r p u s o l a distinción e n t r e e u r o p e o s y h a w a i a n o s . L a r e s p u e s t a d e l o s j e f e s consistió e n a d o p t a r n o m b r e s i n g l e -

2 4 1

Page 42: Peter Burke, Historia y teoría social

ses como «King George» o «Billy Htt», como si quisieran re­saltar que ellos eran al pueblo lo que los europeos eran a los hawaianos, es decir, el miembro dominante de la relación. En un examen final del cambio social o histórico, Sahlins señala que todos los intentos conscientes de impedir el cam­bio e incluso de adaptarse a él tuvieron como secuela otros cambios, y concluye que toda reproducción cultural implica alteración. Las categorías culturales siempre corren ries­gos cuando se las utiliza para interpretar el mundo (M. Sahlins, 1981, 1985, págs. vii-xvü y 136-86; W. H. Sewell, 1996, pág. 879).

Estas sugerencias generales proponen un paradigma posible para los estudios del cambio en otros lugares, o al menos nos incitan a preguntamos si Hawai era un ejemplo privilegiado o excéntrico de contacto cultural, y si este últi­mo es una manera privilegiada o excéntrica de estudiar el cambio social. ¿Son válidas o al menos sugerentes las gene­ralizaciones de Sahlins acerca de la relación entre estmc­turas y acontecimientos, en contextos tan distantes de su «campo» como, digamos, la Reforma alemana o la Revolu­ción Francesa?

Generaciones

La idea de «generación» fascinó durante mucho tiempo a historiadores y sociólogos. Una razón de la fascinación es que el concepto parece reflejar nuestra propia experiencia de crecimiento y autodefinición colectiva en contraste con personas mayores que nosotros. Otra razón es que promete relacionar los cambios en las estmcturas con los individuos y los acontecimientos, en virtud de la sensación de perte­nencia a un gmpo etario determinado: la generación de 1789, por ejemplo (como escribió el joven Wordsworth: «Bendición fue en ese amanecer estar vivo / Pero ser joven era el propio Edén»), o la generación española de 1898, que vivió el fin de un imperio.

Hay algunos análisis importantes de lo que podríamos llamar teoría de la generación; se destaca, sobre todo, la insistencia de Karl Mannheim en el papel de lo que él de­

nominaba «una ubicación común dentro i e histórico» en la creación de una visión mentalidad determinadas (Mannheim, 320). Sin embargo, la teoría no ha tenidc dones en la práctica, y los pocos estudioí pan principalmente de historia del arte y: der, 1926; Peyre, 1948; Burke, 1972, pá^ den, 1974).

Una interesante excepción a esta rej antropológico de una pequeña ciudad de^ cabo en la década de 1960, que distinguí generaciones «declinante», «dominante» 3 función de las reacciones a los acontecim —por no decir traumáticos— de la Guerr El primer gmpo había constituido sus ac conflicto y el segundo participó en los coi que el tercero era demasiado joven para que estos contrastes se extendían mucho fera política, es tentador explicarlos en t Persiste un problema: para evaluar la ií sucesos de 1936-1939 en la formación de de esa ciudad es necesario, pero a la vez: nar un «gmpo de control», una comunidi haya vivido la Guerra Civil (Lisón Toloi 190-201).

Acaso sea útil estudiar las generación* naciones, como ejemplos de comunidades integrantes de ima generación dada com periencias y recuerdos que contribuyen suerte de alianza contra la generación de adelante, también contra la de sus hijos, tan creencias o valores, pero cada uno, i ponde a la misma situación.

Quiéranlo o no, muchos lectores de est a lo que podemos llamar generación «pos| da por los acontecimientos de 1968 o 198 cias de la posmodemidad para la historia minarán en el siguiente capítulo.

242

Page 43: Peter Burke, Historia y teoría social

n o m i n a b a «mía ubicación común d e n t r o d e l p r o c e s o s o c i a l e histórico» e n l a creación d e u n a visión d e l m u n d o o u n a m e n t a l i d a d d e t e r m i n a d a s ( M a n n h e i m , 1 9 5 2 , págs. 2 7 6 -3 2 0 ) . S i n e m b a r g o , l a teoría n o h a t e n i d o m u c h a s t r a d u c ­c i o n e s e n l a práctica, y l o s p o c o s e s t u d i o s d e c a s o s s e o c u ­p a n p r i n c i p a l m e n t e d e h i s t o r i a d e l a r t e y l a l i t e r a t u r a ( P i n -d e r , 1 9 2 6 ; P e y r e , 1 9 4 8 ; B u r k e , 1 9 7 2 , págs. 2 3 5 - 4 3 ; R a m s -d e n , 1 9 7 4 ) .

U n a i n t e r e s a n t e excepción a e s t a r e g l a e s u n e s t u d i o antropológico d e i m a pequeña c i u d a d d e Aragón, l l e v a d o a c a b o e n l a década d e 1 9 6 0 , q u e distinguió t r e s g r u p o s , l a s g e n e r a c i o n e s «declinante», «dominante» y «emergente», e n función d e l a s r e a c c i o n e s a l o s a c o n t e c i m i e n t o s f o r m a t i v o s — p o r n o d e c i r traumáticos— d e l a G u e r r a C i v i l Española. E l p r i m e r g r u p o había c o n s t i t u i d o s u s a c t i t u d e s a n t e s d e l c o n f l i c t o y e l s e g u n d o participó e n l o s c o m b a t e s , m i e n t r a s q u e e l t e r c e r o e r a d e m a s i a d o j o v e n p a r a r e c o r d a r l o s . A u n ­q u e e s t o s c o n t r a s t e s s e extendían m u c h o más allá d e l a e s ­f e r a política, e s t e n t a d o r e x p l i c a r l o s e n términos políticos. P e r s i s t e i m p r o b l e m a : p a r a e v a l u a r l a i m p o r t a n c i a d e l o s s u c e s o s d e 1 9 3 6 - 1 9 3 9 e n l a formación d e l a s g e n e r a c i o n e s d e e s a c i u d a d e s n e c e s a r i o , p e r o a l a v e z i m p o s i b l e , e x a m i ­n a r i m «grupo d e control», u n a c o m u n i d a d s i m i l a r q u e n o h a y a v i v i d o l a G u e r r a C i v i l (Lisón T o l o s a n a , 1 9 6 6 , págs. 1 9 0 - 2 0 1 ) .

A c a s o s e a útil e s t u d i a r l a s g e n e r a c i o n e s , a l i g u a l q u e l a s n a c i o n e s , c o m o e j e m p l o s d e c o m u n i d a d e s i m a g i n a d a s . L o s i n t e g r a n t e s d e u n a generación d a d a c o m p a r t e n c i e r t a s e x ­p e r i e n c i a s y r e c u e r d o s q u e c o n t r i b u y e n a u n i r l o s e n u n a s u e r t e d e a l i a n z a c o n t r a l a generación d e s u s p a d r e s y , más a d e l a n t e , también c o n t r a l a d e s u s h i j o s . Quizá n o c o m p a r ­t a n c r e e n c i a s o v a l o r e s , p e r o c a d a u n o , a s u m a n e r a , r e s ­p o n d e a l a m i s m a situación.

Quiéranlo o n o , m u c h o s l e c t o r e s d e e s t e l i b r o p e r t e n e c e n a l o q u e p o d e m o s l l a m a r generación «posmodema», m a r c a ­d a p o r l o s a c o n t e c i m i e n t o s d e 1 9 6 8 o 1 9 8 9 . L a s c o n s e c u e n ­c i a s d e l a p o s m o d e m i d a d p a r a l a h i s t o r i a y l a teoría s e e x a ­minarán e n e l s i g u i e n t e capítulo.

2 4 3

Page 44: Peter Burke, Historia y teoría social

6 . P o s m o d e m i d a d y p o s m o d e m i s m o

A l g u n o s a n a l i s t a s d e l a s o c i e d a d contemporánea h a n l l e g a d o a d e s c r i b i r l a n o sólo c o m o «posindustrial» y «tardo-capitalista», s i n o también c o m o «posmodema». U n o d e l o s p r i m e r o s e n u t i l i z a r e l c o n c e p t o f u e e l h i s t o r i a d o r A m o l d T b y n b e e ( p a r a l a h i s t o r i a d e l a i d e a , véase P . A n d e r s o n , 1 9 9 8 ) . D e s d e l o s días d e I b y n b e e , s i n e m b a r g o , l o s h i s t o r i a ­d o r e s — a d i f e r e n c i a d e l o s e c o n o m i s t a s , l o s geógrafos o l o s sociólogos—han h e c h o u n a p o r t e s o r p r e n d e n t e m e n t e e s c a ­s o a l d e b a t e s o b r e l a n a t u r a l e z a d e l a p o s m o d e m i d a d . H a ­b l o d e «sorpresa» p o r q u e l a periodización e s u n a d e l a s i n ­q u i e t u d e s c e n t r a l e s d e l o s h i s t o r i a d o r e s . U n a d e l a s c o n t r i ­b u c i o n e s q u e podrían h a c e r e s d e carácter escéptico. P a r a u n h i s t o r i a d o r , s o b r e t o d o s i s e i n t e r e s a e n l a s t e n d e n c i a s d e l a r g o p l a z o , e s i n e v i t a b l e q u e e l término «posmodemo» p a r e z c a un e j e m p l o más d e l a hipérbole a l a q u e g e n e r a c i o ­n e s d e i n t e l e c t u a l e s , d e s d e e l R e n a c i m i e n t o e n a d e l a n t e , h a n r e c u r r i d o p a r a p e r s u a d i r a o t r o s d e q u e s u período o generación e s e s p e c i a l . L a retórica d e u n a generación c u a l ­q u i e r a parecería s m n a m e n t e p l a u s i b l e s i n o e x i s t i e r a n l o s e j e m p l o s d e s u s p r e d e c e s o r e s .

S e a c o m o f u e r e , e l c o n c e p t o «posmodemo» e s a m b i g u o . A l g u n o s u t i l i z a n e l término e n oposición a «moderno», c o ­m o descripción d e u n a época c o m p l e t a m e n t e n u e v a , m i e n ­t r a s q u e o t r o s c o n s i d e r a n l a p o s m o d e m i d a d ( e n francés, surmodernité) c o m o u n a intensificación o aceleración d e t e n d e n c i a s m o d e r n a s o , e n p a l a b r a s d e l sociólogo alemán U l r i c h B e c k , u n a «segunda modemidad» ( G i d d e n s , 1 9 9 0 ; B e c k , 2 0 0 0 ) .

C u a l q u i e r a q u e s e a e l a d j e t i v o q u e e m p l e e m o s p a r a c a ­l i f i c a r l a , i m c a m b i o f u n d a m e n t a l d e a c t i t u d e s s e h a p r o d u ­c i d o e n l a l i l t i m a generación e n t r e l o s h i s t o r i a d o r e s y l o s teóricos s o c i a l e s , así c o m o e n l a c u l t u r a e n g e n e r a l . H a y i m a t e n d e n c i a a a t r i b u i r m e n o s i m p o r t a n c i a a l a s e s t m c t u -

2 4 5

Page 45: Peter Burke, Historia y teoría social

ras, asociada a una vertiginosa sensación de libertad y también de incertidumbre y precariedad. Esta mudanza es, sin duda, una. respuesta a la aceleración del cambio so­cial. Así como advertimos que las oportimidades de tener un empleo seguro y duradero están en franco retroceso o que hay \m movimiento cada vez más grande de personas, bienes y mensajes a través de las fronteras políticas, tam­bién tenemos creciente conciencia de lo que Sahlins llama el «riesgo» de las categorías siempre que se las usa en la vi­da cotidiana (M. Sahhns, 1985, pág. 149). Como lo expresa de manera memorable el sociólogo polaco Zygmunt Bau-man (2000), vivimos en una época de fluidez, un mundo «líquido» donde aim las relaciones personales parecen me­nos constantes que en otros tiempos.

Ese es el nuevo entorno social y cultural en que traba­jan los historiadores y teóricos que abordaremos en este ca­pítulo. Sus respuestas conscientes a la posmodernidad pueden describirse, al igual que gran parte de la literatura y el arte contemporáneos, como ejemplos de posmodemis­mo. Sin embargo, en los casos de la historia y la teoría so­cial es más preciso y quizá sea más esclarecedor hablar de «posmodemismo», y más especialmente de los movimien­tos paralelos de desestabilización y descentramiento.

Desestabilización

Al hablar de «desestabilización», me refiero al abandono del supuesto de la fijeza en beneficio del supuesto de la flui­dez o, para modificar la metáfora, el dermmbe de la idea tradicional de estmcturas, sean económicas, sociales, polí­ticas o culturales. En gran medida, conceptos como «flujo» y «transformación» han reemplazado a conceptos como «es-tmctura».

Un signo del cambio es el surgimiento del análisis de re­des en antropología, sociología e historia. El análisis de re­des es un método, pero está vinculado a cierta imagen de la sociedad. En vez de examinar estructuras sociales más o menos firmes, los analistas de redes toman como eje las re­

laciones sociales centradas en un sólo in que suelen utilizar en su trabajo es el «in Como hemos visto {supra, pág. 103), la id social no es nueva, pero ha llegado a relac concepción de la sociedad como la suma los individuos que siguen estrategias bas tativa de retomos. Constatamos así un i individualismo metodológico (véase supp

El ejemplo del chisme brinda una vív la diferencia entre los enfoques fimciona Mientras un análisis fimcional del chisrc actividad reúne a los miembros de un gn que más reciente se centra en los chisr mente considerados, la competencia enl pleo de ese medio para obtener informac a sus vecinos (Gluckman, 1963; Paine, 11

Cuando la señora Thatcher declaró qi existe», verbalizó una tendencia, además a tm anticuado individualismo inglés. El co Michael Mann está de acuerdo: «Yo ab to el concepto de "sociedad"». En vez de h ras o «totalidades limitadas», Mann pon de redes, en especial lo que él llama «múl espaciales de poder superpuestas y ent referencia a la antigua Grecia, por ejem] de esas redes: la de la ciudad Estado, la d griego y, por último, la antigua idea de h

De modo similar, el antropólogo Eric tencia de entidades como las tribus, las dente» —otros tantos sistemas limitadoi blar de «haces de relaciones» o de «una t sos interconectados» (Wolf, 1982, págs. 1993, vol. 1, págs. 1-2 y 223-7). Por lo me: microhistoriadores que estudian las rede se supra, pág. 68) lo hacen por razones se Mann y Wolf

Este intento de reemplazar o reconcí de estmctura cuenta con algunos preceda Greorg Simmel, por ejemplo, sostem'a qu sino el nombre dado a una serie de inán

246

Page 46: Peter Burke, Historia y teoría social

l a c i o n e s s o c i a l e s c e n t r a d a s e n u n sólo i n d i v i d u o . L a teoría q u e s u e l e n u t i l i z a r e n s u t r a b a j o e s e l «intercambio social». C o m o h e m o s v i s t o {supra, pág. 1 0 3 ) , l a i d e a d e i n t e r c a m b i o s o c i a l n o e s n u e v a , p e r o h a l l e g a d o a relacionársela c o n u n a concepción d e l a s o c i e d a d c o m o l a s u m a d e l a s a c c i o n e s d e l o s i n d i v i d u o s q u e s i g u e n e s t r a t e g i a s b a s a d a s e n l a e x p e c ­t a t i v a d e r e t o m o s . C o n s t a t a m o s así ^xn r e s u r g i m i e n t o d e l i n d i v i d u a l i s m o metodológico (véase supra, pág. 1 8 4 ) .

E l e j e m p l o d e l c h i s m e b r i n d a u n a v i v i d a ilustración d e l a d i f e r e n c i a e n t r e l o s e n f o q u e s f u n c i o n a l e i n d i v i d u a l i s t a . M i e n t r a s u n análisis f u n c i o n a l d e l c h i s m e señala q u e e s t a a c t i v i d a d reúne a l o s m i e m b r o s d e u n g m p o d a d o , u n e n f o ­q u e más r e c i e n t e s e c e n t r a e n l o s c h i s m o s o s i n d i v i d u a l ­m e n t e c o n s i d e r a d o s , l a c o m p e t e n c i a e n t r e e l l o s y s u e m ­p l e o d e e s e m e d i o p a r a o b t e n e r información o i m p r e s i o n a r a s u s v e c i n o s ( G l u c k m a n , 1 9 6 3 ; P a i n e , 1 9 6 7 ) .

C u a n d o l a señora T h a t c h e r declaró q u e «la s o c i e d a d n o existe», verbalizó u n a t e n d e n c i a , además d e d a r expresión a u n a n t i c u a d o i n d i v i d u a l i s m o inglés. E l sociólogo históri­c o M i c h a e l M a n n está d e a c u e r d o : «Yo aboliría p o r c o m p l e ­t o e l c o n c e p t o d e "sociedad"». E n v e z d e h a b l a r d e e s t m c t u ­r a s o «totalidades limitadas», M a n n p o n e e n j u e g o l a i d e a d e r e d e s , e n e s p e c i a l l o q u e él l l a m a «múltiples r e d e s s o c i o -e s p a c i a l e s d e p o d e r s u p e r p u e s t a s y entrecruzadas». C o n r e f e r e n c i a a l a a n t i g u a G r e c i a , p o r e j e m p l o , d i s t i n g u e t r e s d e e s a s r e d e s : l a d e l a c i u d a d E s t a d o , l a d e l s i s t e m a e s t a t a l g r i e g o y , p o r último, l a a n t i g u a i d e a d e h u m a n i d a d .

D e m o d o s i m i l a r , e l antropólogo E r i c W o l f negó l a e x i s ­t e n c i a d e e n t i d a d e s c o m o l a s t r i b u s , l a s n a c i o n e s u «Occi­dente» — o t r o s t a n t o s s i s t e m a s H m i t a d o s — , y prefirió h a ­b l a r d e «haces d e relaciones» o d e «una t o t a l i d a d d e p r o c e ­s o s interconectados» ( W o l f , 1 9 8 2 , págs. 3 - 7 ; M a n n , 1 9 8 6 -1 9 9 3 , v o l . 1 , págs. 1 - 2 y 2 2 3 - 7 ) . P o r l o m e n o s a l g u n o s d e l o s m i c r o h i s t o r i a d o r e s q u e e s t u d i a n l a s r e d e s d e l p a s a d o (véa­s e supra, pág. 6 8 ) l o h a c e n p o r r a z o n e s s e m e j a n t e s a l a s d e M a n n y W o l f .

E s t e i n t e n t o d e r e e m p l a z a r o r e c o n c e p t u a l i z a r l a i d e a d e e s t m c t u r a c u e n t a c o n a l g u n o s p r e c e d e n t e s sociológicos. G e o r g S i m m e l , p o r e j e m p l o , sostenía q u e «sociedad n o e s s i n o e l n o m b r e d a d o a u n a s e r i e d e i n d i v i d u o s c o n e c t a d o s

2 4 7

Page 47: Peter Burke, Historia y teoría social

por la interacción». Norbert Elias, a quien hoy se ve como teórico social con mejores ojos que en su propio tiempo, desarrolló ese aspecto con su concepto de «figuración», vm patrón de relaciones sociales ejemplificado en el micronivel por vm partido de fiitbol, en un nivel medio por una corte del siglo XVTII (uno de sus ejemplos favoritos) y en un ma-cronivel por una nación, que podría considerarse como ima red de redes. A su juicio, las personas se agrupan de dife­rentes maneras en diferentes tipos de sociedades (Elias, 1969, págs. 18 y 208-13; 1970, págs. 128-33).

Un enfoque similar fue el adoptado por Fierre Bour-dieu, que criticó los enfoques de Durkheim y Lévi-Strauss por ser, en su opinión, demasiado rígidos y mecánicos. Bourdieu prefería la noción de «campo», más flexible. Para ser más precisos, digamos que distingm'a ima serie de cam­pos: el religioso, el literario, el económico, etc. Los actores sociales «se definen por sus posiciones relativas en ese es­pacio», también descripto por Bourdieu como un «campo de fuerzas» que impone ciertas relaciones a quienes entran a él, «relaciones que no son reducibles a las intenciones de agentes individuales y ni siquiera a las interacciones di­rectas entre ellos».

Se han hecho interesantes intentos de utilizar el con­cepto de campo de Bourdieu para analizar el «nacimiento» de los escritores e intelectuales franceses como un grupo consciente de sí mismo en los siglos XVII y XIX, respectiva­mente (con ello se reveló, de paso, la dificultad de definir el espacio «literario» o «intelectual») (Bourdieu, 1993; Viala, 1985; Charle, 1990). Por otra parte, la ciencia jesuíta ha sido analizada como un «campo cultural» en un estudio de la relación entre el discurso, su ámbito institucional y el contexto político más general. La autora de este análisis sostiene que un discurso, en ocasiones visto como estático (supra, pág. 146), «nunca está fijo, sino que es, antes bien, objeto de una negociación, constitución y reconstitución constantes» bajo las presiones originadas en el campo (Feldhay, 1999).

248

Page 48: Peter Burke, Historia y teoría social

. N o r b e r t E l i a s , a q u i e n h o y s e v e c o m o m e j o r e s o j o s q u e e n s u p r o p i o t i e m p o , ícto c o n s u c o n c e p t o d e «figuración», u n ;s s o c i a l e s e j e m p l i f i c a d o e n e l m i c r o n i v e l fútbol, e n u n n i v e l m e d i o p o r u n a c o r t e 0 d e s u s e j e m p l o s f a v o r i t o s ) y e n u n m a -ición, q u e podría c o n s i d e r a r s e c o m o i m a j u i c i o , l a s p e r s o n a s s e a g r u p a n d e d i f e -1 d i f e r e n t e s t i p o s d e s o c i e d a d e s ( E l i a s , ) 8 - 1 3 ; 1 9 7 0 , págs. 1 2 8 - 3 3 ) . tiilár f u e e l a d o p t a d o p o r F i e r r e B o u r -^ e n f o q u e s d e D u r k h e i m y Lévi-Strauss ^ión, d e m a s i a d o rígidos y mecánicos, l a noción d e «campo», más flexible. P a r a i g a m o s q u e distinguía i m a s e r i e d e c a m -l i t e r a r i o , e l económico, e t c . L o s a c t o r e s

1 p o r s u s posiciones relativas e n e s e e s -s c r i p t o p o r B o u r d i e u c o m o u n «campo d e l e c i e r t a s r e l a c i o n e s a q u i e n e s e n t r a n a n o s o n r e d u c i b l e s a l a s i n t e n c i o n e s d e

l e s y n i s i q u i e r a a l a s interacciones d i -

i t e r e s a n t e s i n t e n t o s d e u t i l i z a r e l c o n -p o u r d i e u p a r a a n a l i z a r e l «nacimiento» i n t e l e c t u a l e s f r a n c e s e s c o m o u n g r u p o 5mo e n l o s s i g l o s X V I I y X I X , r e s p e c t i v a -•eveló, d e p a s o , l a d i f i c u l t a d d e d e f i n i r e l 0 «intelectual») ( B o u r d i e u , 1 9 9 3 ; V i a l a , ) ) . P o r o t r a p a r t e , l a c i e n c i a jesuíta h a 10 u n «campo cultural» e n u n e s t u d i o d e 1 d i s c u r s o , s u ámbito i n s t i t u c i o n a l y e l l a s g e n e r a l . L a a u t o r a d e e s t e análisis s c u r s o , e n o c a s i o n e s v i s t o c o m o estático n u n c a está fijo, s i n o q u e e s , a n t e s b i e n , )ciación, constitución y reconstitución a s p r e s i o n e s o r i g i n a d a s e n e l c a m p o

Construcciones culturales O t r o a s p e c t o d e l a desestabilización e s e l interés c r e ­

c i e n t e m o s t r a d o t a n t o p o r h i s t o r i a d o r e s c o m o p o r teóricos e n l o q u e podríamos l l a m a r «constructibilidad» d e l a c u l t u ­r a o l a s o c i e d a d . L a difusión d e l c o m p u e s t o «sociocultural» e s e l s i g n o d e u n a m a y o r c o n c i e n c i a a c e r c a d e e s a p l a s t i c i ­d a d o m a l e a b i l i d a d . H o y s e t i e n d e a a t r i b u i r a l a c u l t u r a u n carácter a c t i v o y n o p a s i v o . L o s e s t r u c t u r a l i s t a s y a habían a v a n z a d o e n e s a dirección u n a generación atrás, y b i e n p o ­dría s o s t e n e r s e q u e Lévi-Strauss, e n p a r t i c u l a r , p u s o c a b e ­z a a b a j o a M a r x ( e n o t r a s p a l a b r a s , volvió a H e g e l ) a l s u g e ­rir q u e l a s e s t r u c t u r a s r e a l m e n t e p r o f u n d a s n o s o n o r d e n a ­m i e n t o s económicos y s o c i a l e s , s i n o categorías m e n t a l e s .

E n n u e s t r o s días, e m p e r o , e l e s t r u c t u r a l i s m o y e l m a r ­x i s m o s o n f r e c u e n t e m e n t e t a c h a d o s d e d e t e r m i n i s t a s , y e l énfasis r e c a e e n l a c r e a t i v i d a d c o l e c t i v a ( C e r t e a u , 1 9 8 0 ) . Antaño s e suponía q u e c o n c e p t o s c o m o e l género, l a c l a s e o l a c o m u n i d a d e r a n h e c h o s s o c i a l e s d u r o s y o b j e t i v o s ; h o y s e l o s c o n s i d e r a c l a r a m e n t e «construidos» o «constituidos» ( H a c k i n g , 1 9 9 9 ; B u r k e , 2 0 0 4 c , págs. 7 4 - 9 9 ) . E n c o n t r a s t e c o n l o s e s t r u c t u r a l i s t a s , l o s p o s e s t r u c t u r a l i s t a s h a c e n h i n ­capié e n l a a g e n c i a h u m a n a y también e n e l c a m b i o , n o t a n t o e n l a construcción c o m o e n l a reconstrucción, u n p r o ­c e s o d e creación c o n t i n u a . E s p o r e s t a razón q u e e l término «esencialismo» e s u n o d e l o s i n s u l t o s más g r a n d e s e n s u v o ­c a b u l a r i o .

E n e s t e a s p e c t o , F o u c a u l t , c o n s u e s t u d i o d e l o s c a m ­b i a n t e s p u n t o s d e v i s t a o c c i d e n t a l e s s o b r e l a l o c u r a ( 1 9 6 1 ) y l a s e x u a l i d a d ( 1 9 7 6 - 1 9 8 4 ) , y s u crítica d e l a s c o n c e p c i o ­n e s e m p o b r e c i d a s d e l o «real» q u e o m i t e n l a r e a l i d a d d e l o i m a g i n a d o , h a d i s f r u t a d o d e u n a e n o r m e i n f l u e n c i a . S i n e m b a r g o , s u o b r a f o r m a p a r t e d e u n a t e n d e n c i a más a m ­p l i a y también más p r o l o n g a d a . L o s psicólogos guestálti-c o s , p o r e j e m p l o , veían l a percepción c o m o u n a e s p e c i e d e construcción (supra, pág. 1 4 6 ) . L o s fenomenólogos i n s i s t i e ­r o n d u r a n t e m u c h o t i e m p o e n l o q u e a v e c e s s e d e n o m i n a «construcción s o c i a l d e l a realidad» ( B e r g e r y L u c k m a n n , 1 9 6 6 ) . M a r x i s t a s «culturales» c o m o L o u i s A l t h u s s e r ( 1 9 7 0 ) y M a u r i c e G o d e l i e r s e c u e n t a n e n t r e l o s teóricos q u e d e s t a -

2 4 9

Page 49: Peter Burke, Historia y teoría social

carón la importancia del pensamiento y la imaginación en la producción de lo que llamamos «sociedad» (Godelier, 1984, págs. 125-78). El teórico crítico Cornelius Castoria-dis (1975) también ha sido influyente en esta materia, aun­que el lanzamiento de la expresión l'imaginaire probable­mente se debe sobre todo al ejemplo del psicoanahsta Jac-ques Lacan.

Con su crítica de Lévi-Strauss y otros estructuralistas, fundada en que el concepto de «reglas» culturales implícito en su obra es demasiado mecánico. Fierre Bourdieu apim-taba en la misma dirección. Como alternativa, propuso el concepto más flexible de habitus, derivado de Aristóteles (por la vía de Santo Tbmás de Aquino y el historiador del arte Erwin Fanofsky). El habitus es definido como un con­junto de «esquemas que permiten a los agentes generar una infinidad de prácticas adaptadas a situaciones que cambian incesantemente» (Bourdieu, 1972, págs. 16 y 78-87). El núcleo del concepto es ima suerte de «improvisación regulada», una expresión que recuerda las fórmulas y los temas de los poetas orales anteriormente estudiados (véa­se supra, pág. 158).

Como Foucault (y el filósofo Maurice Merleau-Fonty), Bourdieu debilitó la distinción clásica entre mente y cuer­po asociada con Descartes y parodiada como la doctrina del «fantasma en la máquina». No es sencillo clasificar como «mentales» o «materiales» las prácticas que estudió en sus escritos. For ejemplo, el honor de los cabiles de Argelia, en­tre quienes Bourdieu hizo su trabajo de campo, se expresa tanto en su manera enhiesta de caminar como en todo lo que dicen. La «deliberación de una tortuga», desplegada en resistencia consciente o inconsciente a las autoridades por trabajadores rurales húngaros como el tío Róka (descripto supra, pág. 134), proporciona otra vivida ilustración de lo que Bourdieu caracteriza como habitus.

En los campos de la literatura y la filosofía, o el espacio entre ellas, un supuesto similar de creatividad cultural es­tá en la base de la «deconstrucción» practicada por el filóso­fo francés Jacques Derrida y sus seguidores; en otras pala­bras, su abordaje distintivo de los textos, para desentrañar sus contradicciones, alertar sobre sus ambigüedades o jue-

250

Page 50: Peter Burke, Historia y teoría social

g o s d e s e n t i d o s y l e e r l o s c o n t r a sí m i s m o s y s u s a u t o r e s . S i e l interés e n l a s o p o s i c i o n e s b i n a r i a s f u e e l s e l l o caracterís­t i c o d e l e s t r u c t u r a l i s t a , e s p o s i b l e r e c o n o c e r a l p o s e s t r u c t u -r a l i s t a e n s u i n q u i e t u d p o r s o c a v a r e s a s categorías; d e allí e l interés d e D e r r i d a e n l a i d e a d e l «suplemento», q u e a l a v e z s e s u m a a a l g o y l o s u p l a n t a ( D e r r i d a , 1 9 6 7 , págs. 1 4 1 -6 4 , y 1 9 7 2 ; c f N o r r i s , 1 9 8 2 ; C u U e r , 1 9 8 3 ) .

¿Cómo r e a c c i o n a r o n l o s h i s t o r i a d o r e s a n t e e s t o s p l a n ­t e o s ? S i d e f i n i m o s l a deconstrucción, e l p o s e s t r u c t u r a l i s m o y d e s a r r o l l o s c o n e x o s d e m a n e r a p r e c i s a , e n c o n t r a r e m o s r e l a t i v a m e n t e p o c o s e j e m p l o s d e s u i n f l u e n c i a . A u n q u e l a p a l a b r a «deconstrucción» ( e n e l s e n t i d o d e «desmontaje») está c a d a v e z más d e m o d a , sólo a l g u n o s h i s t o r i a d o r e s , s o ­b r e t o d o n o r t e a m e r i c a n o s , r e v e l a n l a inspiración d e D e r r i ­d a e n l a s u s t a n c i a d e s u o b r a .

J o a n S c o t t , p o r e j e m p l o , h a a n a l i z a d o l a relación e n t r e l a h i s t o r i a d e l a s m u j e r e s y l a h i s t o r i a e n g e n e r a l d e s d e e l p u n t o d e v i s t a d e l a «lógica d e l suplemento». H a r r y H a -r o o t u n i a n p r o p u s o u n a n u e v a y c o n t r o v e r t i d a m a n e r a d e l e e r e l d i s c u r s o d e l «nativismo» ( e s d e c i r , e l s e n t i d o d e i d e n ­t i d a d ) e n e l Japón d e l período T b k u g a v i ^ a , u t i l i z a n d o l a n o ­ción d e «esquemas c o n c e p t u a l e s c o m o f o r m a s d e juego» a m o d o d e antídoto c o n t r a l a concepción t r a d i c i o n a l d e l a ideología e n c u a n t o r e f l e j o d e l a s o c i e d a d . E l e s t u d i o d e S t u a r t C l a r k d e d i c a d o a l a i d e a d e brujería h a c e u n d e s u ­s a d o hincapié e n e l l e n g u a j e y l a i n e s t a b i l i d a d d e l o s s i g n i ­ficados. I n s p i r a d o e n D e r r i d a , C l a r k señala q u e «al m i s m o t i e m p o q u e l o s e u r o p e o s i n s t r u i d o s s e c o m b i n a r o n p a r a h a ­c e r d e l o s s i g l o s X V I y X V I I l a g r a n época d e l a n t i d e m o n i s -m o , s u s s i s t e m a s d e c r e e n c i a s dependían n e c e s a r i a m e n t e d e l o q u e e l l o s p r o c u r a b a n excluir» ( J . W . S c o t t , 1 9 9 1 , págs. 4 9 - 5 0 ; H a r o o t i m i a n , 1 9 8 8 , s o b r e t o d o págs. 1 - 2 2 ; S . C l a r k , 1 9 9 7 , pág. 1 4 3 ) .

P o r o t r a p a r t e , e l e s t u d i o d e T i m o t h y M i t c h e l l s o b r e e l E g i p t o decimonónico s e b a s a e n e l c o n c e p t o d e r r i d i a n o d e différance —«no i m patrón d e d i s t i n c i o n e s o i n t e r v a l o s e n ­t r e l a s c o s a s , s i n o u n d i f e r i m i e n t o s i e m p r e i n e s t a b l e o u n d i f e r i r adentro»— a fin d e r e p e n s a r l a s c o n c e p c i o n e s a c e p ­t a d a s d e l a c i u d a d c o l o n i a l . M i t c h e l l p r o c l a m a l a p a r a d o j a d e q u e , «para r e p r e s e n t a r s e c o m o m o d e r n a , l a c i u d a d d e -

2 5 1

Page 51: Peter Burke, Historia y teoría social

pende del mantenimiento de la barrera que deja al otro afuera. Esta dependencia hace del afuera, lo oriental (. ..), una parte integrante de la ciudad moderna» (Mitchell, 1988, págs. 145 y 149).

Con escasas excepciones como las recién mencionadas, la profesión histórica exhibe aún ciertos recelos con respec­to al posmodemismo, como se demostró en 1991, cuando Lawrence Stone escribió una carta a la conocida revista Past and Present con referencia a la amenaza planteada a la historia por quienes afirman que «no hay nada al mar­gen del texto» o que «lo real es tan imaginado como lo ima­ginario». Dos respuestas a ese mensaje se publicaron en un número ulterior de la revista. Es significativo que ambas provinieran de miembros de xma generación más joven de historiadores, aunque también es probable que la mayoría de los integrantes de esa generación, por lo menos en Gran Bretaña, estuvieran más cerca de la posición de Stone (Sto­ne, 1991; Joyce, 1991; C. Kelly, 1991).

Si, por otro lado, pasamos del posmodemismo a la pos­modemidad, como se la describió antes, este término pare­ce apropiado, por su mayor vaguedad, para caracterizar ciertos nuevos rasgos de la práctica histórica. Por ejemplo, se ha desechado la «historia social de la cultura», como la hacía Amold Hauser, en beneficio de lo que el historiador fi-ancés Roger Chartier (1997) ha definido como «historia cultural de la sociedad». Los historiadores reconocen cada vez más el poder de lo «imaginado», como sucede en el estu­dio de G«orges Duby (1978) sobre la idea de los «tres órde­nes» de la sociedad (véase supra, pág. 94), o en obras re­cientes sobre las imágenes de Francia y la India (Nora, 1984-1993; Inden, 1990). Por lo demás, estudios también recientes acerca de la historia social del lenguaje se han ocupado no sólo de la influencia de la sociedad sobre el len­guaje, sino también de la situación inversa; por ejemplo, la importancia de expresiones opuestas como «clase media» y «clase obrera» en la constitución de los grupos sociales (BurkeyPorter, 1987; Corfield, 1991).

Formas de organización social como la «tribu» o la «cas­ta», antaño consideradas «hechos sociales», son hoy vistas como representaciones colectivas. Por ejemplo, según el

antropólogo fi-ancés Jean-Loup Amselk nicos como los bambaras o los fulanis fueron ima invención lisa y llana de ac niales y antropólogos, aunque más ai afiñcanos hicieron suyos esos términos res tienen una opinión similar con resi la India). El propio Amselle (1990) e como «bambaras» son descripciones, —^una idea que critica por su carácter i tancialista»—, sino de sistemas de tj tural. Su argumento es dual y se refiere mo al tiempo. En términos espaciales, r entre los gmpos, mientras que con el posible observar un proceso de «recias (sobre las castas, véase Dirks, 2001).

Ni siquiera la ciudad de ladrillos y á dad material si las hay, es vista ya come La han disuelto teóricos urbanos comj quien hace notar la dispersión de las r la importancia de los flujos: flujos de p^ cías, de información. En el sistema d días, «la ciudad está en todas partes y geógrafos, sociólogos e historiadores ; baño. Mas aflá de la ciudad, Castells li la era de Internet, «las redes constituye gía social de nuestra sociedad». Si tiet de redes antes mencionado es, entre oí ma de la posmodemidad y posiblement ordenamientos modernos —^ya no podi tructuras»— sobre el pasado (Castell 469; cf. Abrams, 1978; Amin y Thrift, 5

En el estudio de Schama sobre los h( XVII encontraremos una rica descripci ceso de constmcción cultural. El autor larmente en la manera como los holán una nueva nación, se forjaron una iden diversidad de tópicos, desde la limpiez fumar y desde el culto de los antiguos b de la República Holandesa como el nue función de la construcción identitaria.

252

Page 52: Peter Burke, Historia y teoría social

l i m i e n t o d e l a b a r r e r a q u e d e j a a l o t r o i d e n c i a h a c e d e l a f u e r a , l o o r i e n t a l (. . . ) , a n t e d e l a c i u d a d moderna» ( M i t c h e l l , 1 4 9 ) . ; c e p c i o n e s c o m o l a s recién m e n c i o n a d a s , i c a e x h i b e aún c i e r t o s r e c e l o s c o n r e s p e c -m o , c o m o s e demostró e n 1 9 9 1 , c u a n d o íscribió u n a c a r t a a l a c o n o c i d a r e v i s t a ; o n r e f e r e n c i a a l a a m e n a z a p l a n t e a d a a e n e s a f i r m a n q u e «no h a y n a d a a l m a r -l e «lo r e a l e s t a n i m a g i n a d o c o m o l o i m a -u e s t a s a e s e m e n s a j e s e p u b h c a r o n e n i m e l a r e v i s t a . E s s i g n i f i c a t i v o q u e a m b a s i e m b r o s d e u n a generación más j o v e n d e q u e también e s p r o b a b l e q u e l a mayoría d e e s a generación, p o r l o m e n o s e n G r a n m más c e r c a d e l a posición d e S t o n e ( S t o -9 9 1 ; C . K e l l y , 1 9 9 1 ) . o , p a s a m o s d e l p o s m o d e m i s m o a l a p o s -I s e l a describió a n t e s , e s t e término p a r e -s u m a y o r v a g u e d a d , p a r a c a r a c t e r i z a r • Q s d e l a práctica histórica. P o r e j e m p l o ,

a «historia s o c i a l d e l a cultura», c o m o l a s e r , e n b e n e f i c i o d e l o q u e e l h i s t o r i a d o r i r t i e r ( 1 9 9 7 ) h a d e f i n i d o c o m o «historia edad». L o s h i s t o r i a d o r e s r e c o n o c e n c a d a e l o «imaginado», c o m o s u c e d e e n e l e s t u -i b y ( 1 9 7 8 ) s o b r e l a i d e a d e l o s «tres órde-d (véase supra, pág. 9 4 ) , o e n o b r a s r e ­imágenes d e F r a n c i a y l a I n d i a ( N o r a ,

1 9 9 0 ) . P o r l o demás, e s t u d i o s también e l a h i s t o r i a s o c i a l d e l l e n g u a j e s e h a n l a i n f l u e n c i a d e l a s o c i e d a d s o b r e e l l e n -

n d e l a situación i n v e r s a ; p o r e j e m p l o , l a D r e s i o n e s o p u e s t a s c o m o «clase media» y

a constitución d e l o s g r u p o s s o c i a l e s 9 8 7 ; C o r f i e l d , 1 9 9 1 ) . mización s o c i a l c o m o l a «tribu» o l a «cas-e r a d a s «hechos sociales», s o n h o y v i s t a s i o n e s c o l e c t i v a s . P o r e j e m p l o , según e l

antropólogo francés J e a n - L o u p A m s e l l e , t r i b u s o g m p o s ét­n i c o s c o m o l o s b a m b a r a s o l o s f u l a n i s d e África o c c i d e n t a l f u e r o n u n a invención l i s a y l l a n a d e a d m i n i s t r a d o r e s c o l o ­n i a l e s y antropólogos, a u n q u e más a d e l a n t e l o s p r o p i o s a f i - i c a n o s h i c i e r o n s u y o s e s o s términos ( a l g u n o s h i s t o r i a d o ­r e s t i e n e n una opinión s i m i l a r c o n r e s p e c t o a l a s c a s t a s d e l a I n d i a ) . E l p r o p i o A m s e l l e ( 1 9 9 0 ) e s t i m a q u e términos c o m o «bambaras» s o n d e s c r i p c i o n e s , n o d e i d e n t i d a d e s — u n a i d e a q u e c r i t i c a p o r s u carácter e s e n c i a l i s t a o «sus-tancialista»—, s i n o d e s i s t e m a s d e transformación c u l ­t u r a l . S u a r g u m e n t o e s d u a l y s e r e f i e r e t a n t o a l e s p a c i o c o ­m o a l t i e m p o . E n términos e s p a c i a l e s , n o h a y límites c l a r o s e n t r e l o s g r u p o s , m i e n t r a s q u e c o n e l p a s o d e l t i e m p o e s p o s i b l e o b s e r v a r u n p r o c e s o d e «reclasificación incesante» ( s o b r e l a s c a s t a s , véase D i r k s , 2 0 0 1 ) .

N i s i q u i e r a l a c i u d a d d e l a d r i l l o s y a r g a m a s a , i m a e n t i ­d a d m a t e r i a l s i l a s h a y , e s v i s t a y a c o m o u n a e n t i d a d s o c i a l . L a h a n d i s u e l t o teóricos u r b a n o s c o m o M a n u e l C a s t e l l s , q u i e n h a c e n o t a r l a dispersión d e l a s r e l a c i o n e s s o c i a l e s y l a i m p o r t a n c i a d e l o s flujos: flujos d e p e r s o n a s , d e m e r c a n ­cías, d e información. E n e l s i s t e m a m u n d i a l d e n u e s t r o s días, «la c i u d a d está e n t o d a s p a r t e s y e n todo», y o b l i g a a geógrafos, sociólogos e h i s t o r i a d o r e s a r e i m a g i n a r l o u r ­b a n o . M a s allá d e l a c i u d a d , C a s t e l l s h a s o s t e n i d o q u e , e n l a e r a d e I n t e r n e t , «las r e d e s c o n s t i t u y e n l a n u e v a m o r f o l o ­gía s o c i a l d e n u e s t r a sociedad». S i t i e n e razón, e l análisis d e r e d e s a n t e s m e n c i o n a d o e s , e n t r e o t r a s c o s a s , u n sínto­m a d e l a p o s m o d e m i d a d y p o s i b l e m e n t e u n a proyección d e o r d e n a m i e n t o s m o d e r n o s — ^ y a n o p o d e m o s l l a m a r l o s «es­tructuras»— s o b r e e l p a s a d o ( C a s t e l l s , 1 9 6 8 , 1 9 9 6 , pág. 4 6 9 ; c f A b r a m s , 1 9 7 8 ; A m i n y T h r i f l ; , 2 0 0 2 ) .

E n e l e s t u d i o d e S c h a m a s o b r e l o s h o l a n d e s e s e n e l s i g l o X V I I e n c o n t r a r e m o s u n a rica descripción histórica d e l p r o ­c e s o d e constmcción c u l t u r a l . E l a u t o r s e i n t e r e s a p a r t i c u ­l a r m e n t e e n l a m a n e r a c o m o l o s h o l a n d e s e s , p o r e n t o n c e s u n a n u e v a nación, s e f o r j a r o n u n a i d e n t i d a d . E x a m i n a i m a d i v e r s i d a d d e tópicos, d e s d e l a l i m p i e z a h a s t a e l hábito d e f u m a r y d e s d e e l c u l t o d e l o s a n t i g u o s bátavos h a s t a e l m i t o d e l a República H o l a n d e s a c o m o e l n u e v o I s r a e l , y l o s v e e n fimción d e l a constmcción i d e n t i t a r i a . P o r e j e m p l o , s o b r e

2 5 3

Page 53: Peter Burke, Historia y teoría social

la base de la interpretación de las leyes dietéticas judías propuesta por la eintropóloga Mary Douglas, Schama su­giere que «el hecho de ser militantemente limpios era ima afirmación de distinción». No estamos lejos de la idea fi"eu-diana del narcisismo de las pequeñas diferencias (Schama, 1987, págs. 375-96; Douglas, 1966).

Este cambio en el estudio de la cultura ha sido enorme­mente esclarecedor, pero también plantea problemas. Se­ría difícü negar el reduccionismo implícito en algunos en­foques tradicionales de la cultura, tanto durkheimianos co­mo marxistas, pero la reacción en sentido opuesto quizás haya ido demasiado lejos. El énfasis actual en la creativi­dad cultural y la cultura como una fuerza activa en la his­toria debe estar acompañado de alguna idea de las coaccio­nes dentro de las cuales esa creatividad se desenvuelve. En vez de limitamos a reemplazar la historia social de la cul­tura por la historia cultural de la sociedad, necesitamos trabajar con las dos ideas en conjunto y de manera simul­tánea, por ardua que sea la tarea. En otras palabras, lo más útil es ver la relación entre cultura y sociedad en tér­minos dialécticos, y considerar que una y otra son a la vez activas y pasivas, determinantes y determinadas (cf Sa­muel, 1991).

De un modo u otro, la constmcción cultural debería ver­se como un problema y no como un supuesto: un problema, además, que merece analizarse con mayor detalle. ¿De qué manera uno constmye una nueva concepción de la clase, digamos, o del género? ¿Y quién es «uno»? ¿Cómo podemos explicar la aceptación de la innovación? O, para dar vuelta el problema, ¿es posible explicar por qué las concepciones tradicionales dejan de ser convincentes para ciertos gmpos en ciertos momentos?

Descentramiento

En paralelo con el interés por la desestabilización en­contramos su equivalente espacial, el desplazamiento o «descentramiento». No debe asombrar, por lo tanto, que los

geógrafos hayan hecho una importante estudio de la posmodernidad (Soja, 198£ Amin y Thrift, 2002). Sin embargo, el des( se limita a la geografía. También afecta las otras cosas. Los especialistas solían escrih punto de vista, pero ahora hacen un esfiiei múltiples perspectivas los temas que es aspecto, como en otros, Norbert Elias ñie i una generación atrás sostuvo que «la socio en cuenta, a la vez, las perspectivas de la ] cera personas»; en otras palabras, tanto la sobre quienes se escribe como la de la pers (Ehas, 1970, pág. 127). El filósofo Hans-j planteó un argumento similar en el cont^ prefación de textos. Sugirió a la sazón un e que partiera de la conciencia de la necesa entre el escritor original y el intérprete pos (1960) señaló la necesidad de permitir que cuestionara los puntos de vista del intérpn inversa.

En cierto sentido, este enfoque abreva Í Los historiadores intentan desde hace mi las actitudes características del período e tudian, y desde Malinowski los antropólog sado en lo que este llamaba «punto de vists lo común, dichas actitudes se abordaban ci datos, utilizados pero también puestos a u tor, así como en la novela decimonónica clá los personajes estaban subordinadas a la (j nisciente.

La novedad consiste en el descentrami( to de vista académico, en cuanto se lo pres^ te como uno más entre otros. Las personal nes se escribe, vivas o muertas, son ahora como materia prima que como socios en modo que el historiador o antropólogo se m y hacia adelante entre el pasado y el pre estudiada y la cultura del estudioso, para trastar sus teorías e interpretaciones con ] especialistas son más conscientes que ante

254

Page 54: Peter Burke, Historia y teoría social

erpretación d e l a s l e y e s dietéticas judías antropóloga M a r y D o u g l a s , S c h a m a s u ­

b o d e s e r m i l i t a n t e m e n t e l i m p i o s e r a u n a itinción». N o e s t a m o s l e j o s d e l a i d e a freu-s m o d e l a s pequeñas d i f e r e n c i a s ( S c h a m a , ? 6 ; D o u g l a s , 1 9 6 6 ) . n e l e s t u d i o d e l a c u l t u r a h a s i d o e n o r m e -

i o r , p e r o también p l a n t e a p r o b l e m a s . S e -B 1 r e d u c c i o n i s m o implícito e n a l g i m o s e n -Üe? d e l a c u l t u r a , t a n t o d u r k h e i m i a n o s c o -p r o l a reacción e n s e n t i d o o p u e s t o quizás k d o l e j o s . E l énfasis a c t u a l e n l a c r e a t i v i -c u l t m a c o m o u n a f u e r z a a c t i v a e n l a h i s -icompañado d e a l g u n a i d e a d e l a s c o a c c i o -c u a l e s e s a c r e a t i v i d a d s e d e s e n v u e l v e . E n ^ a r e e m p l a z a r l a h i s t o r i a s o c i a l d e l a c u l -i r i a c u l t u r a l d e l a s o c i e d a d , n e c e s i t a m o s i o s i d e a s e n c o n j u n t o y d e m a n e r a s i m u l -i q u e s e a l a t a r e a . E n o t r a s p a l a b r a s , l o i relación e n t r e c u l t u r a y s o c i e d a d e n tér-I , y c o n s i d e r a r q u e u n a y o t r a s o n a l a v e z S , d e t e r m i n a n t e s y d e t e r m i n a d a s ( c f S a -

o t r o , l a construcción c u l t u r a l debería v e r -s m a y n o c o m o u n s u p u e s t o : u n p r o b l e m a , e c e a n a l i z a r s e c o n m a y o r d e t a l l e . ¿De qué s t r u y e u n a n u e v a concepción d e l a c l a s e , ñero? ¿Y quién e s «uno»? ¿Cómo p o d e m o s ición d e l a innovación? O , p a r a d a r v u e l t a p o s i b l e e x p l i c a r p o r qué l a s c o n c e p c i o n e s m d e s e r c o n v i n c e n t e s p a r a c i e r t o s g r u p o s i t o s ?

i t o

) n e l interés p o r l a desestabilización e n -u i v a l e n t e e s p a c i a l , e l d e s p l a z a m i e n t o o )». N o d e b e a s o m b r a r , p o r l o t a n t o , q u e l o s

geógrafos h a y a n h e c h o u n a i m p o r t a n t e contribución a l e s t u d i o d e l a p o s m o d e r n i d a d ( S o j a , 1 9 8 9 ; H a r v e y , 1 9 9 0 ; A m i n y T h r i f t , 2 0 0 2 ) . S i n e m b a r g o , e l d e s c e n t r a m i e n t o n o s e l i m i t a a l a geografía. También a f e c t a l a s a c t i t u d e s , e n t r e o t r a s c o s a s . L o s e s p e c i a l i s t a s solían e s c r i b i r d e s d e u n s o l o p u n t o d e v i s t a , p e r o a h o r a h a c e n ^m e s f u e r z o p o r v e r d e s d e múltiples p e r s p e c t i v a s l o s t e m a s q u e e s t u d i a n . E n e s t e a s p e c t o , c o m o e n o t r o s , N o r b e r t E l i a s f u e u n p i o n e r o , p u e s x m a generación atrás s o s t u v o q u e «la sociología d e b e t o m a r e n c u e n t a , a l a v e z , l a s p e r s p e c t i v a s d e l a p r i m e r a y l a t e r ­c e r a personas»; e n o t r a s p a l a b r a s , t a n t o l a d e l a s p e r s o n a s s o b r e q u i e n e s s e e s c r i b e c o m o l a d e l a p e r s o n a q u e e s c r i b e ( E h a s , 1 9 7 0 , pág. 1 2 7 ) . E l filósofo H a n s - G e o r g G a d a m e r planteó u n a r g u m e n t o s i m i l a r e n e l c o n t e x t o d e l a i n t e r ­pretación d e t e x t o s . Sugirió a l a sazón u n e n f o q u e dialógico q u e p a r t i e r a d e l a c o n c i e n c i a d e l a n e c e s a r i a d i s c r e p a n c i a e n t r e e l e s c r i t o r o r i g i n a l y e l intérprete p o s t e r i o r . G a d a m e r ( 1 9 6 0 ) señaló l a n e c e s i d a d d e p e r m i t i r q u e e l t e x t o también c u e s t i o n a r a l o s p u n t o s d e v i s t a d e l intérprete, así c o m o a l a i n v e r s a .

E n c i e r t o s e n t i d o , e s t e e n f o q u e a b r e v a e n u n a tradición. L o s h i s t o r i a d o r e s i n t e n t a n d e s d e h a c e m u c h o r e c o n s t r u i r l a s a c t i t u d e s características d e l período específico q u e e s ­t u d i a n , y d e s d e M a l i n o w s k i l o s antropólogos s e h a n i n t e r e ­s a d o e n l o q u e e s t e l l a m a b a «punto d e v i s t a d e l nativo». P o r l o común, d i c h a s a c t i t u d e s s e a b o r d a b a n c o m o p a r t e d e l o s d a t o s , u t i l i z a d o s p e r o también p u e s t o s a u n l a d o p o r e l a u ­t o r , así c o m o e n l a n o v e l a decimonónica clásica l a s v o c e s d e l o s p e r s o n a j e s e s t a b a n s u b o r d i n a d a s a l a d e l n a r r a d o r o m ­n i s c i e n t e .

L a n o v e d a d c o n s i s t e e n e l d e s c e n t r a m i e n t o d e e s t e p t m -t o d e v i s t a académico, e n c u a n t o s e l o p r e s e n t a s i m p l e m e n ­t e c o m o i m o más e n t r e o t r o s . L a s p e r s o n a s a c e r c a d e q u i e ­n e s s e e s c r i b e , v i v a s o m u e r t a s , s o n a h o r a t r a t a d a s m e n o s c o m o m a t e r i a p r i m a q u e c o m o s o c i o s e n l a e m p r e s a , d e m o d o q u e e l h i s t o r i a d o r o antropólogo s e m u e v e h a c i a atrás y h a c i a a d e l a n t e e n t r e e l p a s a d o y e l p r e s e n t e , l a c u l t u r a e s t u d i a d a y l a c u l t u r a d e l e s t u d i o s o , p a r a c o m p a r a r y c o n ­t r a s t a r s u s teorías e i n t e r p r e t a c i o n e s c o n l a s n u e s t r a s . L o s e s p e c i a l i s t a s s o n más c o n s c i e n t e s q u e a n t e s d e l a r g u m e n t o

2 5 5

Page 55: Peter Burke, Historia y teoría social

planteado por Karl Mannheim en la década de 1920, y rei­terado en época más reciente, en el sentido de que el cono­cimiento —^incluido el de ellos mismos— está socialmente situado (Maimheim, 1952, págs. 134-90; Haraway, 1988). De allí el atractivo actual, en las distintas disciplinas, de las ideas sobre el diálogo expuestas por Bajtin (1981; cf. Morson y Emerson, 1990, págs. 231-68).

En todo caso, la perspectiva dual propiciada por Elias y Gadamer ha sido reemplazada por una perspectiva múlti­ple. Los integrantes de la cultura estudiada nimca hablan con una sola voz. El movimiento que propicia escribir la historia «desde abajo», reconstruir la «visión de los venci­dos» o el pimto de vista de las «clases subalternas», planteó muy claramente este argumento (véase supra, págs. 132 y 234). El siorgimiento de la historia de las mujeres svmió una más a la diversidad de perspectivas, pues implicaba el in­tento de escribir la historia desde puntos de vista femeninos.

En procura de combinar esas diferentes perspectivas, algunos historiadores y otros profesionales se decidieron a experimentar con nuevas formas narrativas. Antaño re­chazada por los especiaUstas que deseaban ser «analíti­cos», la narración ha recuperado prestigio como xm modo de entender el mundo (Stone, 1979; Ricceur, 1983-1985; Burke, 1991). Por ejemplo, el antropólogo Richard Price (1990) ha adaptado el dispositivo de los puntos de vista múltiples —utilizado con gran efecto en novelas y películas como El ruido y la furia (1929), de William Faulkner, y Rashomon (1950), de Akira Kiu-osawa— a una descripción de Surinam en el siglo XVIIL En vez de yuxtaponer relatos individuales, Price presenta la situación como si se la viera a través de los ojos de tres agentes colectivos: los esclavos negros, los funcionarios holandeses y los misioneros mora-vos. El autor vincula y comenta estas tres perspectivas, pe­ro se limita a exponer su comentario como una opinión más, una cuarta voz, la de un «historiador etnográfico» (cf Berkhofer, 1995, págs. 170-201). En otras palabras, ejem­plifica la narración «multívoca» o «polifónica» descripta y recomendada por Bajtin.

Como resultado del descubrimiento del pueblo, las mu­jeres y los colonizados hecho por el mundo académico, la

256

Page 56: Peter Burke, Historia y teoría social

I

última generación h a s i d o t e s t i g o d e l d e r r u m b e d e l l l a ­m a d o g r a n r e l a t o (le grand récit) d e l p a s a d o h u m a n o , e s e n ­c i a l m e n t e l a h i s t o r i a d e l a emancipación d e l h o m b r e c o n t a ­d a p o r l a Ilustración. L a s d u d a s s o b r e l a v e r o s i m i l i t u d d e

3 e s a h i s t o r i a f o r m a n p a r t e d e l a condición p o s m o d e m a , s e ­gún l a d e s c r i b e e l filósofo fi-ancés J e a n - F r a n ^ o i s L y o t a r d . «El G r a n R e l a t o h a p e r d i d o s u credibilidad». E l c o n t e x t o e n

f e l c u a l L y o t a r d h i z o e s t a observación e r a u n e x a m e n d e l a legitimación d e l c o n o c i m i e n t o , p e r o l a expresión acuñada p o r él, y s u s f o r m u l a c i o n e s a l t e m a t i v a s : «gran narración»,

i «narración maestra» o «metarrelato», h a n s i d o a d o p t a d a s , y d e s d e e n t o n c e s l a proposición c e n t r a l e s m a t e r i a d e d e ­b a t e . ( M e g i l l [ 1 9 9 5 ] d i s t i n g u e e n t r e l a «narración maestra»

y d e t m s e g m e n t o d e l p a s a d o , e l «gran relato» d e t o d o e l p a s a ­d o y e l «metarrelato» q u e j u s t i f i c a a l s e g u n d o . ) H a y v m a a f i ­n i d a d e v i d e n t e e n t r e l a teoría d e L y o t a r d y l a o b r a d e m i ­c r o h i s t o r i a d o r e s c o m o L e R o y L a d u r i e , q u e también s e r e ­m o n t a a l a década d e 1 9 7 0 ( L y o t a r d , 1 9 7 9 , pág. 3 7 ; c f

a B e r k h o f e r , 1 9 9 5 ; C o x y S t r o m q u i s t , 1 9 9 8 ) . L a i d e a d e u n g r a n r e l a t o s e a s o c i a a m e n u d o c o n e l a s ­

c e n s o d e l a «civilización occidental», n o m b r e d e l o q u e solía m o d o s e r u n a m a t e r i a o b l i g a t o r i a e n a l g i m a s d e l a s p r i n c i p a l e s

; u n i v e r s i d a d e s n o r t e a m e r i c a n a s . E l R e n a c i m i e n t o , l a R e ­f o r m a , e l d e s c u b r i m i e n t o e u r o p e o d e o t r o s c o n t i n e n t e s y l a expansión d e n t r o d e e l l o s , l a revolución científica, l a I l u s ­tración y l a Revolución F r a n c e s a , s e p r e s e n t a b a n t r a d i c i o -n a l m e n t e c o m o o t r o s t a n t o s capítulos d e i m r e l a t o t r i u n f a l , y l a h i s t o r i a d e l a I n d i a , p o r e j e m p l o , s e i n c o r p o r a b a a e s t e o ( s i n o s e a j u s t a b a a l m o d e l o ) s e l a c o n s i d e r a b a «indigna» d e u n a atención s e r i a ( C o x y S t r o m q u i s t , 1 9 9 8 , págs. 9 5 -1 8 0 ) . W o l f r e s u m e así l a h i s t o r i a e n u n a c a r i c a t u r a d e l i b e ­r a d a : «la a n t i g u a G r e c i a d i o o r i g e n a R o m a , R o m a a l a E u ­r o p a c r i s t i a n a , l a E u r o p a c r i s t i a n a a l R e n a c i m i e n t o , e l R e -

1 n a c i m i e n t o a l a Ilustración y l a Ilustración a l a d e m o c r a c i a política y l a Revolución Industrial» ( W o l f , 1 9 8 2 , pág. 5 ) .

H o y , s i n e m b a r g o , a l g u n o s e s p e c i a l i s t a s h a n d e s c e n t r a -d o t o d a s e s a s h i s t o r i a s d e n t r o d e l G r a n R e l a t o . P o r e j e m ­p l o , e l c o n o c i m i e n t o d e l a p o r t e d e o t r a s c u l t u r a s — e n e s p e ­c i a l , l a d e l m u n d o musulmán— a l R e n a c i m i e n t o h a traído

1 a p a r e j a d o e l «reencuadre» d e n u e s t r a i m a g e n d e e s e m o v i -

2 5 7

Page 57: Peter Burke, Historia y teoría social

miento (Farago, 1995; Burke, 2004a). El relato de la revo­lución científica del siglo XVII ha sido reescrito de manera similar.

Por paradójico que parezca, el auge de la expresión «revolución científica» debió mucho a Herbert Butterfield, el especialista célebre por su crítica de la interpretación whig —o preocupada por el presente— de la historia (véase supra, pág. 164). De todas maneras, Butterfield contó ima historia preocupada por el presente acerca de los «orígenes de la ciencia moderna» como una revolución asociada al surgimiento de la objetividad y la libertad de pensamiento. Aim Joseph Needham, el gran historiador de la ciencia chi­na, creía que «la ciencia moderna nació en Europa y sólo en Em-opa», y escribió su historia de la ciencia y la civilización en China para explicar por qué, y no únicamente para dar a conocer los muchos logros chinos en ese terreno.

En contraste, Thomas Kuhn, como hemos visto, utilizó el término «revolución» en plural y destacó la sustitución regular de irnos paradigmas por otros. En nuestros días, algunos historiadores cuentan una historia aún más plura­lista, y sostienen que la ciencia no es sino ima manera en­tre otras de conocer, un estilo de pensamiento que a veces alcanzó una hegemonía intelectual, pero sólo en ciertos lu­gares y ciertos momentos (Butterfield, 1949; J. Needham, 1963; Cunninghamy WiUiams, 1993).

¿Más allá del eurocentrismo? Uno de los más grandes entre los grandes relatos conta­

dos por los historiadores es la historia del «ascenso de Occi­dente». El desafío consiste en explicar no sólo cómo (y cuán­do) los europeos se adelantaron a sus competidores econó­micos y militares, sino también qué consecuencias tuvo pa­ra el resto del mundo el establecimiento de la hegemom'a europea. No hace falta decir que, en la era del poscolonia-Usmo (véase supra, pág. 152), está historia es cada vez más controvertida.

En los últimos cien años, los especiahstas occidentales han hecho ima serie de intentos de liberarse del eurocen­

trismo y adoptar vma perspectiva comp resultado de ser criticados, a su vez, po trataban de evitar: datar el ascenso de demasiado temprana, suponer la sup tura occidental, ver al resto del mund estereotipos (del tipo analizado por E(] la historia de Occidente como la nom cual las demás culturas divergen y pre pío, por qué razón China no tuvo una re industrial.

Consideremos el ejemplo de Max duda uno de los eruditos menos euroc po. Weber, en efecto, dedicó gran parte nal al intento de definir las característi civilización occidental (sobre todo lo c «racionalidad» institucionalizada), por ciones sistemáticas entre Europa y ¿ económico, político y religioso, e inclus música. Prestó particular atención al s testantismo, el capitalismo y la buroc argumentando que los tres fenómenos mismo tiempo estaban conectados, y \ fenómenos ocurridos en otros lugares.

Eso no impidió que se lo acusara de i pues de todo, aceptaba la teoría occide «despotismo oriental». Creía en una jei cabezada por los caucásicos. Daba por rioridad de la cultura occidental. En es cepción de Weber se asemejaba a la de telectuales occidentales de su época. L( intento sistemático y riguroso de expli dental desde el punto de vista de formi tuosas de reglas) de organización come cracia y el capitalismo. Su famoso ensaj testante y el espíritu del capitalismo magna empresa (Blaut, 2000, págs. lí

Uno de los pocos historiadores a qu amplitud en la historia mundial fue A Estudio de la historia ya hemos exam que fuesen sus fallas —y los críticos

258

Page 58: Peter Burke, Historia y teoría social

t r i s m o y a d o p t a r u n a p e r s p e c t i v a c o m p a r a t i v a , c o n e l único r e s u l t a d o d e s e r c r i t i c a d o s , a s u v e z , p o r l a m i s m a f a l t a q u e t r a t a b a n d e e v i t a r : d a t a r e l a s c e n s o d e O c c i d e n t e e n f e c h a d e m a s i a d o t e m p r a n a , s u p o n e r l a s u p e r i o r i d a d d e l a c u l ­t u r a o c c i d e n t a l , v e r a l r e s t o d e l m v m d o a través d e t o s c o s e s t e r e o t i p o s ( d e l t i p o a n a l i z a d o p o r E d w a r d S a i d ) o t r a t a r l a h i s t o r i a d e O c c i d e n t e c o m o l a n o r m a c o n r e s p e c t o a l a c u a l l a s demás c i d t u r a s d i v e r g e n y p r e g u n t a r s e , p o r e j e m ­p l o , p o r qué razón C h i n a n o t u v o u n a revolución científica o i n d u s t r i a l .

C o n s i d e r e m o s e l e j e m p l o d e M a x W e b e r , q u e f u e s i n d u d a v m o d e l o s e r u d i t o s m e n o s eurocéntricos d e s u t i e m ­p o . W e b e r , e n e f e c t o , dedicó g r a n p a r t e d e s u v i d a p r o f e s i o ­n a l a l i n t e n t o d e d e f i n i r l a s características d i s t i n t i v a s d e l a civilización o c c i d e n t a l ( s o b r e t o d o l o q u e d e n o m i n a b a s u «racionalidad» i n s t i t u c i o n a l i z a d a ) , p o r m e d i o d e c o m p a r a ­c i o n e s sistemáticas e n t r e E u r o p a y A s i a e n l o s ámbitos económico, político y r e l i g i o s o , e i n c l u s o e n e l t e r r e n o d e l a música. Prestó p a r t i c u l a r atención a l s u r g i m i e n t o d e l p r o ­t e s t a n t i s m o , e l c a p i t a l i s m o y l a b u r o c r a c i a e n O c c i d e n t e , a r g u m e n t a n d o q u e l o s t r e s fenómenos e r a n s i m i l a r e s y a l m i s m o t i e m p o e s t a b a n c o n e c t a d o s , y contrastándolos c o n fenómenos o c u r r i d o s e n o t r o s l u g a r e s .

E s o n o impidió q u e s e l o a c u s a r a d e e u r o c e n t r i s m o . D e s ­pués d e t o d o , a c e p t a b a l a teoría o c c i d e n t a l t r a d i c i o n a l d e l «despotismo oriental». Creía e n u n a jerarquía d e r a z a s e n ­c a b e z a d a p o r l o s caucásicos. D a b a p o r d e s c o n t a d a l a s u p e ­r i o r i d a d d e l a c u l t u r a o c c i d e n t a l . E n e s t o s a s p e c t o s , l a c o n ­cepción d e W e b e r s e a s e m e j a b a a l a d e l a mayoría d e l o s i n ­t e l e c t u a l e s o c c i d e n t a l e s d e s u época. L o i n u s u a l e n él e r a e l i n t e n t o sistemático y riguroso d e e x p l i c a r e l l i d e r a z g o o c c i ­d e n t a l d e s d e e l p u n t o d e v i s t a d e f o r m a s r a c i o n a l e s ( r e s p e ­t u o s a s d e r e g l a s ) d e organización c o m o e l d e r e c h o , l a b u r o ­c r a c i a y e l c a p i t a l i s m o . S u f a m o s o e n s a y o s o b r e l a ética p r o ­t e s t a n t e y e l espíritu d e l c a p i t a l i s m o f u e u n a p o r t e a e s a m a g n a e m p r e s a ( B l a u t , 2 0 0 0 , págs. 1 9 - 3 0 ) .

U n o d e l o s p o c o s h i s t o r i a d o r e s a q m e n s e leyó c o n i g u a l a m p l i t u d e n l a h i s t o r i a m i m d i a l fiie A m o l d T o y n b e e , c u y o Estudio de la historia y a h e m o s e x a m i n a d o . C u a l e s q u i e r a q u e f u e s e n s u s f a l l a s — y l o s críticos h a n señalado m u -

2 5 9

Page 59: Peter Burke, Historia y teoría social

chas—, esta obra imponente representó im gran intento de descentrar la historia. Por lo demás, como Weber y Tbyn­bee (cuya biografía ha escrito), William McNeill es imo de los especialistas menos eurocéntricos de su generación, \m cruzado de la historia mimdial y autor de uno de los libros más exitosos sobre el tema, The Rise of the West (1963).

En ese libro, McNeill sostuvo que durante dos mil años (entre 500 a.C. y 1500 d.C.) hubo un «equilibrio» de cuatro grandes civilizaciones en Eurasia: la china, la india, la me-diooriental y la occidental. «Los occidentales están tan acostumbrados a poner su propia historia en primer pla­no», escribió, «que tal vez sea conveniente exphcar el carác­ter marginal de la historia romana y europea entre los si­glos IV y II a.C». Recién alrededor de 1500, Europa occi­dental comenzó a adelantarse a sus competidores, por ima combinación de razones que van desde la tecnología naval y la relativa inmunidad a las enfermedades hasta la dispo­sición a aprender de otras culturas, y sólo hacia 1850 el de­rrumbe de los imperios chino, mongol y otomano puso fin al equihbrio cultural en Eurasia.

A su tumo, McNeill (1963) ha sido criticado por euro-céntrico, por dar muy poco espacio a la historia del Áfi-ica subsahariana o las Américas antes de la llegada de Colón y por manejarse con una oposición binaria entre «barbarie» y «civilización» que los especialistas de nuestros días que­rrían limitar, si no evitar por completo (McNeill comenzó a escribir su libro hace ya medio siglo). Se ha criticado inclu­so su interés en la creciente intensidad de la interacción cultural a lo largo de los milenios. En una época de descen­tramiento, todo intento de escribir la historia del mundo con una línea argumental clara está condenado a desper­tar críticas (cf Feierman, 1995, págs. 41-2).

La historia del mundo de McNeill contrasta los centros culturales con lo que el autor llama «bordes» o «márgenes». La historia económica del mundo escrita por teóricos mar­xistas del sistema mundial como Wallerstein se vale aún más de los conceptos de «núcleo» y «periferia». Estos teóri­cos también tienen una línea argumental clara: el ascenso del capitalismo occidental, el imperialismo y «una econo­mía mundial europea» basada en una división intemacio-

260

nal del trabajo que provocó la perifer rroUo del resto del planeta (Frank, 19( Frank y Gills, 1993). Por esta y otras ra ha tachado de eurocéntricos.

Dentro de esta tradición, la histoij es, sin lugar a dudas, la contada poi acerca del sistema mimdial entre 12 Medio Oriente es el «corazón» y Euro Abu-Lughod puntualiza que, luego de en el siglo XV, en el océano índico se pij nómico, y los europeos supieron llení «La caída de Oriente precede al as(j (Abu-Lughod, 1989, pág. 361).

El surgimiento del capitalismo y ( dial, y sus consecuencias para el restí ma central de otra historia mundial d( na, Europa y la gente sin historia, d mación, este era antropólogo, y su lü que decir sobre el cambio cultural y de los textos de los teóricos del sistem. cupados, como señala el propio Wolf, manera el núcleo sometió a la periferi tudiar cómo los pueblos de esta últim al sistema y cuáles fueron sus reaccioij Esa serie de reacciones es el principa] Wolf, quien no logró, empero, evitar q^ cara por tratar de constmir una únic; al mismo tiempo que se lo elogiaba po nativa (Wolf, 1982, pág. 22; cf Roberti Feierman, 1995, págs. 48-9).

Wolf y los teóricos del sistema munj las consecuencias del surgimiento del tal para el mundo. En contraste, el hj Eric Jones y el sociólogo John Hall hai ma de Weber, pero le dan distintas n proponen explicaciones encontradas d lismo en Occidente. Aunque Jones an He la política, con elementos tomados presa para señalar las «economías de los grandes Estados, en El milagro é

Page 60: Peter Burke, Historia y teoría social

n a l d e l t r a b a j o q u e provocó l a periferización y e l s u b d e s a -r r o l l o d e l r e s t o d e l p l a n e t a ( F r a n k , 1 9 6 7 ; W a l l e r s t e i n , 1 9 7 4 ; F r a n k y G i l l s , 1 9 9 3 ) . P o r e s t a y o t r a s r a z o n e s , también s e l o s h a t a c h a d o d e eurocéntricos.

D e n t r o d e e s t a tradición, l a h i s t o r i a más d e s c e n t r a d a e s , s i n l u g a r a d u d a s , l a c o n t a d a p o r J a n e t A b u - L u g h o d a c e r c a d e l s i s t e m a m u n d i a l e n t r e 1 2 5 0 y 1 3 5 0 , e n l a q u e M e d i o O r i e n t e e s e l «corazón» y E u r o p a u n «subsistema». A b u - L u g h o d p u n t u a l i z a q u e , l u e g o d e l a r e t i r a d a d e C h i n a e n e l s i g l o X V , e n e l océano índico s e p r o d u j o u n «vacío» e c o ­nómico, y l o s e u r o p e o s s u p i e r o n l l e n a r l o . E n e s e s e n t i d o : «La caída d e O r i e n t e p r e c e d e a l a s c e n s o d e Occidente» ( A b u - L u g h o d , 1 9 8 9 , pág. 3 6 1 ) .

E l s u r g i m i e n t o d e l c a p i t a l i s m o y d e u n m e r c a d o m u n ­d i a l , y s u s c o n s e c u e n c i a s p a r a e l r e s t o d e l g l o b o , s o n e l t e ­m a c e n t r a l d e o t r a h i s t o r i a m u n d i a l d e inspiración m a r x i a -n a , Europa y la gente sin historia, d e E r i c W o l f . P o r f o r ­mación, e s t e e r a antropólogo, y s u l i b r o t i e n e m u c h o más q u e d e c i r s o b r e e l c a m b i o c u l t u r a l y s o c i a l q u e c u a l q u i e r a d e l o s t e x t o s d e l o s teóricos d e l s i s t e m a m u n d i a l , más p r e o ­c u p a d o s , c o m o señala e l p r o p i o W o l f , «por e n t e n d e r d e qué m a n e r a e l núcleo sometió a l a periferia», y n o t a n t o p o r e s ­t u d i a r cómo l o s p u e b l o s d e e s t a última f u e r o n a r r a s t r a d o s a l s i s t e m a y cuáles f u e r o n s u s r e a c c i o n e s a n t e e s t e p r o c e s o . E s a s e r i e d e r e a c c i o n e s e s e l p r i n c i p a l t e m a d e l e s t u d i o d e W o l f , q u i e n n o logró, e m p e r o , e v i t a r q u e a s u v e z s e l o c r i t i ­c a r a p o r t r a t a r d e c o n s t r u i r i m a única narración m a e s t r a , a l m i s m o t i e m p o q u e s e l o e l o g i a b a p o r p r o p o n e r u n a a l t e r ­n a t i v a ( W o l f , 1 9 8 2 , pág. 2 2 ; c f R o b e r t s o n , 1 9 9 2 , págs. 3 0 - 1 ; F e i e r m a n , 1 9 9 5 , págs. 4 8 - 9 ) .

W o l f y l o s teóricos d e l s i s t e m a m u n d i a l s e c o n c e n t r a n e n l a s c o n s e c u e n c i a s d e l s u r g i m i e n t o d e l c a p i t a l i s m o o c c i d e n ­t a l p a r a e l m u n d o . E n c o n t r a s t e , e l h i s t o r i a d o r económico E r i c J o n e s y e l sociólogo J o h n H a l l h a n r e t o m a d o a l p r o b l e ­m a d e W e b e r , p e r o l e d a n d i s t i n t a s r e s p u e s t a s . E n e f e c t o , p r o p o n e n e x p l i c a c i o n e s e n c o n t r a d a s d e l a s c e n s o d e l c a p i t a ­l i s m o e n O c c i d e n t e . A u n q u e J o n e s a n a l i z a c o n c i e r t o d e t a ­l l e l a política, c o n e l e m e n t o s t o m a d o s d e l a teoría d e l a e m ­p r e s a p a r a señalar l a s «economías d e escala» d e q u e g o z a n l o s g r a n d e s E s t a d o s , e n El milagro europeo ( 1 9 8 1 ) s e i n -

2 6 1

Page 61: Peter Burke, Historia y teoría social

teresa esencialmente por el cambio económico en Europa en la muy larga duración. En ima comparación y contraste de Europa con China y la India, sostiene que la industriah-zación fiie «un crecimiento con profundas raíces en el pasa­do». Hace notar que los europeos hicieron más que otros pueblos por controlar el crecimiento demográfico, pero su principal explicación del «milagro» es ecológica. El acento recae en la «variedad geológica, climática y topográfica» de Europa, que permitió una «amplia disponibihdad de recur­sos» y una menor vulnerabilidad a los desastres naturales. En años recientes, su libro fue objeto de críticas por «expo­ner la mayor parte de las posiciones eurocéntricas como he­chos categóricos e indiscutidos», aunque destaca la buena suerte de Europa, sus ventajas ecológicas, y no sus logros (E. L. Jones, 1981; se hallará una crítica en Blaut, 2000, págs. 78-112).

En Poderes y libertades (1985), Hall, que se define como un «historiador filosófico» de nuestros días, a la manera de \m Emest Gellner y un Michael Mann, hace hincapié en la política. Sugiere que el capitalismo fiie incapaz de desarro­llarse en lo que él llama Estados «cimeros» [capstone sta-tes], como el Imperio Chino, donde el gobierno presidía un conjunto de sociedades separadas y consideraba los víncu­los entre ellas, incluidos los económicos, como una amena­za a su poder. En China había demasiado Estado, mientras que en el mundo islámico había demasiado poco: los gobier­nos eran excesivamente débiles o efímeros para prestar los servicios que necesitaba una sociedad comercial.

Si Adam Smith acertaba (como Hall cree) al sugerir que las condiciones políticas necesarias para alcanzar «el más alto grado de opulencia» son, simplemente, «la paz, im­puestos sencillos y una tolerable administración de justi­cia», Europa fue un ejemplo del justo medio. En ella, la Iglesia y el imperio se neutralizaron entre sí y permitieron, de tal modo, el surgimiento de un «sistema multipolar» de Estados rivales en los que se brindaban servicios a los co­merciantes sin demasiada interferencia en sus negocios. Este sistema de Estados eliminó los principales obstáculos al ascenso del capitalismo y explica el «dinamismo único» de Occidente. También este enfoque ha sido tachado de eu-

rocéntrico. La respuesta de Gellner (1 consistió en decir que la concepción d «constituyen el modelo que exphca tod( abamdonada, y en su reemplazo se pro] «somos una aberración que sólo puede ( vestigan las otras formas sociales, más 1985, 1988; Adam Smith citado en J.. 154; la crítica se encontrará en Blaut, 2

En cuanto se trata de una antigua ci hubo una sucesión de innovaciones tea vora a la imprenta. China plantea prob a quien procure explicar el ascenso de O cado sinólogo, Mark Elvin, dio con una una generación atrás, cuando sostuvo q abrieron paso hacia una revolución indi han encerrados en una «trampa de equí que permitía un «crecimiento cuantita un «estancamiento cualitativo» (Elviij 316), el equivalente local de la «historia Ladurie. Hace poco, Kenneth Pomers tela de juicio esa interpretación, al soí divergencia» entre China y Occidente n de 1500, como tantos historiadores han cientos años más tarde, y fue, en esen( control europeo de los recursos de las 2004).

Las implicaciones de este argumen de la historia mimdial son de trascend de las economías occidentales sólo con razones aún más fuertes que antes par toria del mundo. Para hacerlo con éx «provincializar Europa», será necesari de diferentes continentes escriban libi no sólo en grandes equipos, como es el de la humanidad de la Unesco, sino ta tres o cuatro personas, que faciliten u tal vez lo que Gadamer llamó «fusión d

- krabarty, 2000). Aun así, persiste un se mostrar a los lectores el «panorama g( un «gran relato» eurocéntrico.

262

Page 62: Peter Burke, Historia y teoría social

rocéntrico. L a r e s p u e s t a d e G e l l n e r ( 1 9 8 8 ) a e s t a crítica consistió e n d e c i r q u e l a concepción d e q u e l o s e u r o p e o s «constituyen e l m o d e l o q u e e x p l i c a t o d o l o demás» h a s i d o a b a n d o n a d a , y e n s u r e e m p l a z o s e p r o p u s o l a i d e a d e q u e «somos u n a aberración q u e sólo p u e d e e n t e n d e r s e s i s e i n ­v e s t i g a n l a s o t r a s f o r m a s s o c i a l e s , más típicas» ( J . A . H a l l , 1 9 8 5 , 1 9 8 8 ; A d a m S m i t h c i t a d o e n J . A . H a l l , 1 9 8 6 , pág. 1 5 4 ; l a crítica s e encontrará e n B l a u t , 2 0 0 0 , p ^ s . 1 2 8 - 4 8 ) .

E n c u a n t o s e t r a t a d e u n a a n t i g u a civilización e n l a q u e h u b o v m a sucesión d e i n n o v a c i o n e s tecnológicas, d e l a pól­v o r a a l a i m p r e n t a . C h i n a p l a n t e a p r o b l e m a s p a r t i c u l a r e s a q u i e n p r o c u r e e x p l i c a r e l a s c e n s o d e O c c i d e n t e . U n d e s t a ­c a d o sinólogo, M a r k E l v i n , d i o c o n u n a i n g e n i o s a solución u n a generación atrás, c u a n d o s o s t u v o q u e l o s c h i n o s n o s e a b r i e r o n p a s o h a c i a u n a revolución i n d u s t r i a l p o r q u e e s t a ­b a n e n c e r r a d o s e n v m a «trampa d e e q u i l i b r i o d e a l t o nivel», q u e permitía u n «crecimiento cuEmtitativo» p e r o a l e n t a b a u n «estancamiento cualitativo» ( E l v i n , 1 9 7 3 , págs. 2 8 5 -3 1 6 ) , e l e q u i v a l e n t e l o c a l d e l a «historia inmóvil» d e L e R o y L a d u r i e . H a c e p o c o , K e n n e t h P o m e r a n z ( 2 0 0 0 ) p u s o e n t e l a d e j u i c i o e s a interpretación, a l s o s t e n e r q u e l a «gran divergencia» e n t r e C h i n a y O c c i d e n t e n o ocurrió a l r e d e d o r d e 1 5 0 0 , c o m o t a n t o s h i s t o r i a d o r e s h a n a f i r m a d o , s i n o t r e s ­c i e n t o s años más t a r d e , y f u e , e n e s e n c i a , e l r e s u l t a d o d e l c o n t r o l e u r o p e o d e l o s r e c u r s o s d e l a s Américas ( G o o d y , 2 0 0 4 ) .

L a s i m p l i c a c i o n e s d e e s t e a r g u m e n t o p a r a l a e s c r i t u r a d e l a h i s t o r i a m u n d i a l s o n d e t r a s c e n d e n c i a . S i e l a s c e n s o d e l a s economías o c c i d e n t a l e s sólo comenzó e n 1 8 0 0 , h a y r a z o n e s aún más f u e r t e s q u e a n t e s p a r a d e s c e n t r a r l a h i s ­t o r i a d e l m u n d o . P a r a h a c e r l o c o n éxito, y d e e s e m o d o «provincializar Europa», será n e c e s a r i o q u e e s p e c i a l i s t a s d e d i f e r e n t e s c o n t i n e n t e s e s c r i b a n l i b r o s e n colaboración, n o sólo e n g r a n d e s e q u i p o s , c o m o e s e l c a s o d e l a Historia de la humanidad d e l a U n e s c o , s i n o también e n g r u p o s d e t r e s o c u a t r o p e r s o n a s , q u e f a c i l i t e n u n diálogo i n t e n s o y t a l v e z l o q u e G a d a m e r llamó «fusión d e horizontes» ( C h a -k r a b a r t y , 2 0 0 0 ) . A u n así, p e r s i s t e u n s e r i o p r o b l e m a : cómo m o s t r a u * a l o s l e c t o r e s e l «panorama general» s i n v o l v e r a u n «gran relato» eurocéntrico.

2 6 3

Page 63: Peter Burke, Historia y teoría social

Globalización Las historias del nmndo son cada vez más frecuentes.

En inglés, The Rise ofthe West, de McNeill, disfrutó de un virtual monopoho durante décadas, al menos en el campo académico, pero hoy tiene varios competidores. Entre 1997 y 2000 se publicaron tres importantes trabajos sobre histo­ria mundial: Armas, gérmenes y acero, de Jared Diamond; La riqueza y la pobreza de las naciones, de David Landes, y The World and the West, de Philip Curtin, más o menos al mismo tiempo que ima nueva Historia de la humanidad en varios volúmenes auspiciada por la Unesco.

Tanto el impulso de escribir libros de este tipo como el de criticarlos por eurocéntricos pueden considerarse signos de la «globalización» de nuestro tiempo, entendida como una mayor conciencia del mundo en su conjunto, resultan­te de la creciente intensidad de las comunicaciones inter­continentales. Esta tendencia cultural se extiende a la his­toria (aun cuando todavía se escriben muchas obras histó­ricas desde una perspectiva nacional) y también a la teoría social. El sueño de Freyre con respecto a la tropicalización de la teoría social comienza poco a poco a convertirse en realidad, y los estudios poscoloniales son un ejemplo sobre­saliente de esta tendencia.

Como el posmodemismo, con el cual está conectada, la idea de globalización se ha convertido en un tema de de­bate: un debate, una vez más, en el que los historiadores —al menos hasta hace poco— tuvieron un papel relativa­mente escaso, a pesar de que la «globalización» describe una tendencia en el tiempo (A. G. Hopkins, 2002, págs. 1-10). La historia de la globalización recién comienza a escri­birse, tomando el tema de McNeill de una tendencia de lar­go plazo hacia interacciones cada vez más intensas entre diferentes partes del mundo, pero liberándolo de la gravo­sa cuestión del ascenso de Occidente. Esa historia es una arena posible para el desarrollo de interacciones cada vez más vigorosas entre la historia y la teoría: económica, so­cial, política o cultural. Los geógrafos han empezado a ana­lizar la «compresión» del mundo y la «deslocalización» re­sultante del surgimiento de nuevas formas de comunica-

264

Page 64: Peter Burke, Historia y teoría social

d e l m u n d o s o n c a d a v e z más f r e c u e n t e s . ise ofthe West, d e M c N e i l l , disfrutó d e u n 0 d u r a n t e décadas, a l m e n o s e n e l c a m p o l o y t i e n e v a r i o s c o m p e t i d o r e s . E n t r e 1 9 9 7 r o n t r e s i m p o r t a n t e s t r a b a j o s s o b r e h i s t o -las, gérmenes y acero, d e J a r e d D i a m o n d ; )breza de las naciones, d e D a v i d L a n d e s , y le West, d e P h i l i p C u r t i n , más o m e n o s a l e u n a n u e v a Historia de la humanidad e n ! a u s p i c i a d a p o r l a U n e s c o . J s o d e e s c r i b i r l i b r o s d e e s t e t i p o c o m o e l eurocéntricos p u e d e n c o n s i d e r a r s e s i g n o s ion» d e n u e s t r o t i e m p o , e n t e n d i d a c o m o m c i a d e l m u n d o e n s u c o n j u n t o , r e s u l t a n -1 i n t e n s i d a d d e l a s c o m i m i c a c i o n e s i n t e r -t a t e n d e n c i a c u l t u r a l s e e x t i e n d e a l a h i s -) todavía s e e s c r i b e n m u c h a s o b r a s histó-e r s p e c t i v a n a c i o n a l ) y también a l a teoría e F r e y r e c o n r e s p e c t o a l a tropicahzación L 1 c o m i e n z a p o c o a p o c o a c o n v e r t i r s e e n u d i o s p o s c o l o n i a l e s s o n u n e j e m p l o s o b r e -índencia. o d e m i s m o , c o n e l c u a l está c o n e c t a d a , l a ción s e h a c o n v e r t i d o e n u n t e m a d e d e -u n a v e z más, e n e l q u e l o s h i s t o r i a d o r e s

h a c e p o c o — t u v i e r o n u n p a p e l r e l a t i v a -p e s a r d e q u e l a «globalización» d e s c r i b e

e l t i e m p o ( A . G . H o p k i n s , 2 0 0 2 , págs. 1 -; l a globalización recién c o m i e n z a a e s c r i -t e m a d e M c N e i l l d e i m a t e n d e n c i a d e l a r -; e r a c c i o n e s c a d a v e z más i n t e n s a s e n t r e d e l m u n d o , p e r o liberándolo d e l a g r a v o -i c e n s o d e O c c i d e n t e . E s a h i s t o r i a e s u n a a e l d e s a r r o l l o d e i n t e r a c c i o n e s c a d a v e z t r e l a h i s t o r i a y l a teoría: económica, s o -u r a l . L o s geógrafos h a n e m p e z a d o a a n a -ón» d e l m u n d o y l a «deslocalización» r e -i m i e n t o d e n u e v a s f o r m a s d e c o m u n i c a ­

ción; l o s e c o n o m i s t a s e s t u d i a n l a aparición d e c o r p o r a c i o ­n e s t r a n s n a c i o n a l e s , y l o s politólogos d e b a t e n l a d e c a d e n ­c i a d e l E s t a d o nación y e l p o s i b l e n a c i m i e n t o d e u n a d e m o ­c r a c i a c o s m o p o l i t a . L o s sociólogos s e p r e g u n t a n s i l a c u l t u ­r a m u n d i a l c o m i e n z a a s e r más homogénea o más c o m p l e ­j a . L o s antropólogos, c u y o s o b j e t o s t r a d i c i o n a l e s d e interés están e n p r o c e s o d e desaparición, d i r i g e n s u m i r a d a h a c i a l a interacción e n t r e l o l o c a l y l o g l o b a l , o l o q u e A r j u n A p p a -d u r a i l l a m a «esferas públicas diaspóricas» y «cofradías m e ­diáticas d e masas», c o m u n i d a d e s i m a g i n a d a s d i s e m i n a d a s p o r e l g l o b o p e r o r e u n i d a s p o r l a televisión e I n t e r n e t ( H a n -n e r z , 1 9 9 2 , 1 9 9 6 ; R o b e r t s o n , 1 9 9 2 ; M a s s e y , 1 9 9 4 ; A r c h i b u -g i y H e l d , 1 9 9 5 ; A p p a d u r a i , 1 9 9 6 ; S t e g e r , 2 0 0 3 : u n a minús­c u l a selección d e u n a l i t e r a t u r a e n c o n s t a n t e expansión).

E l a p o r t e q u e l o s h i s t o r i a d o r e s p u e d e n h a c e r a e s t a c o n ­versación m u l t i d i s c i p l i n a r i a c o n s i s t e e n u n s e n t i d o más a g u d o d e l o s p r o c e s o s , q u e h a g a más v i s i b l e l a relación e n ­t r e e l p r e s e n t e y e l p a s a d o . E l término «globalización» s e utihzó e n l a década d e 1 9 8 0 y s e adoptó — g l o b a l m e n t e — e n l a década s i g u i e n t e , p e r o e l p r o c e s o q u e d e s c r i b e e s m u ­c h o más a n t i g u o . S i d e f i n i m o s l a globalización e n términos d e r e l a c i o n e s c a d a v e z más e s t r e c h a s e n t r e p e r s o n a s d e d i f e r e n t e s p a r t e s d e l p l a n e t a , e s o b v i o q u e e l p r o c e s o está e n m a r c h a d e s d e h a c e v a r i o s m i l e s d e años, p o r m u c h o q u e s e h a y a a c e l e r a d o e n l a s d o s o t r e s últimas décadas. A l g u ­n o s a n a l i s t a s , c o m o e l h i s t o r i a d o r C h r i s t o p h e r B a y l y , d i v i ­d e n e s e p r o c e s o e n v E u i a s e t a p a s : e n p r i m e r l u g a r , l a «glo­balización arcaica», s e g u i d a d e l a «protoglobalización» d e l o s s i g l o s X V I I y X V I I I ( c u a n d o l a s Compañías d e l a s I n ­d i a s O r i e n t a l e s h o l a n d e s a y británica y a e r a n c o r p o r a c i o ­n e s t r a n s n a c i o n a l e s ) , l a globalización «moderna», d e s d e 1 8 0 0 h a s t a 1 9 5 0 , y l a globalización «poscolonial» d e s d e e n ­t o n c e s . N o p o c o s h i s t o r i a d o r e s h a n d e s t a c a d o l a i m p o r t a n ­c i a d e l a última p a r t e d e l s i g l o X I X c o m o p u n t o d e i n f l e ­xión, n o sólo e n l a h i s t o r i a d e u n m e r c a d o m u n d i a l , s i n o también e n l a d e l a s c o m u n i c a c i o n e s g l o b a l e s , g r a c i a s a l t e ­légrafo y e l teléfono ( R o b e r t s o n , 1 9 9 2 , págs. 5 7 - 6 0 ; A . G . H o p k m s , 2 0 0 2 ; B a y l y , 2 0 0 4 ) .

S i u n a contribución d e l o s h i s t o r i a d o r e s a l d e b a t e g l o b a l p a s a p o r r e c o r d a r a s u s i n t e r l o c u t o r e s d e s d e cuándo p e r d u -

2 6 5

Page 65: Peter Burke, Historia y teoría social

ra el proceso de interacción, otra consiste en señalar los lí­mites de la globalización en el presente, sobre todo cuando se trata de la identidad global. Como Braudel se complacía en insistir, diferentes tipos de cambios se producen a dife­rentes velocidades. En nuestros días, la tecnología se mue­ve con tanta rapidez que casi todos nos sentimos mareados. Las instituciones quedan rezagadas, pese a la necesidad de adaptarlas a un mundo cambiante. Aún más lentos son los cambios en las mentalidades: y es necesario que así sea, vista la importancia de los primeros dos o tres años para el desarrollo futuro del individuo.

En el siglo XIX, por ejemplo, las naciones se construye­ron mucho más rápidamente que las identidades naciona­les. Como observó un líder político, tras haber hecho Itaha, ahora era menester hacer a los italianos. De manera simi­lar, los intentos de crear ima identidad europea van a la za­ga de las instituciones de la Unión Europea, y antes de re­solver el problema de crearla, los acontecimientos ya lo han sobrepasado; o, mejor que los acontecimientos, una tenden­cia: la tendencia a la globalización.

Esperemos que un enfoque más global de la historia y la teoría social sea más común en un futuro no demasiado distante, no sólo para estudiar el proceso de hibridación cultural sino también para ejemplificarlo.

A modo de conclusión

Este ensayo ha sido un intento deliberado de ocupar el término medio entre los extremos que David Hume llama­ba «entusiasmo» y «superstición»: en este caso, el ardor acrítico por nuevos enfoques y la devoción ciega por la prác­tica tradicional. Espero que persuada a los historiadores de la necesidad de atribuir a la teoría social más importancia de la que muchos le conceden actualmente, y a los teóricos sociales, de mostrar un mayor interés en la historia.

A esta altura resultará claro, si no fue obvio desde el co­mienzo, que los empiristas y los teóricos no son dos grupos compactos, sino dos extremos de un espectro. En el lado

teórico, los préstamos conceptuales si disciplinas vecinas. Así, los historiadoi de los antropólogos, que a su vez los t tas, que los toman de los matemáticos

A cambio, los historiadores, como 1( nen recordatorios de la complejidad y rienda y las instituciones humanas, c tablemente simplifican. Esa variedac teóricos se equivoquen al simplificar. gumentar anteriormente (véase sup] plificación es su función, su aporte a 1^ entre enfoques y disciplinas. Lo que s sin embargo, es que la teoría nuncí simplemente al pasado.

Lo que puede hacer la teoría, por si; los historiadores nuevas preguntas ac( o nuevas respuestas a preguntas con teorías son de una variedad casi infi: problemas a quienes aspiran a utiliz gar, está el problema de elegir entre de ordinario sobre la base del ajuste x entre la teoría general y la cuestión eS riador tiene en mente. Está, asimismo ciliar la teoría y sus implicaciones con ceptual del prestatario. Es muy posibl lectores con inclinaciones más filosój este libro es una apología del eclecticis menudo formulada (en ocasiones, coi historiadores que se apropian de con< utilizarlos en su trabajo. En lo que con sin embargo, rechazo la acusación, al i mo se define como el intento de sostei] proposiciones incongruentes. Por el cq no significa otra cosa que la búsqueda tes lugares, me complace confesarme decir que la apertura a nuevas ideas, provinieren, así como la capacidad de tivos propios y encontrar la manera d es el sello distintivo tanto del buen buen teórico.

266

Page 66: Peter Burke, Historia y teoría social

T

iteracción, o t r a c o n s i s t e e n señalar l o s lí-ización e n e l p r e s e n t e , s o b r e t o d o c u a n d o i t i d a d g l o b a l . C o m o B r a u d e l s e complacía i t e s t i p o s d e c a m b i o s s e p r o d u c e n a d i f e -s . E n n u e s t r o s días, l a tecnología s e m u e -e z q u e c a s i t o d o s n o s s e n t i m o s m a r e a d o s , q u e d a n r e z a g a d a s , p e s e a l a n e c e s i d a d d e n u n d o c a m b i a n t e . Aún más l e n t o s s o n l o s l e n t a l i d a d e s : y e s n e c e s a r i o q u e así s e a , p i a d e l o s p r i m e r o s d o s o t r e s años p a r a e l d e l i n d i v i d u o . , p o r e j e m p l o , l a s n a c i o n e s s e c o n s t r u y e -ápidamente q u e l a s i d e n t i d a d e s n a c i o n a -i u n líder político, t r a s h a b e r h e c h o I t a l i a , ; e r h a c e r a l o s i t a l i a n o s . D e m a n e r a s i m i -3 c r e a r u n a i d e n t i d a d e u r o p e a v a n a l a z a -i o n e s d e l a Unión E u r o p e a , y a n t e s d e r e -1 d e c r e a r l a , l o s a c o n t e c i m i e n t o s y a l o h a n e j o r q u e l o s a c o n t e c i m i e n t o s , v m a t e n d e n -i l a globalización. 3 u n e n f o q u e más g l o b a l d e l a h i s t o r i a y l a más común e n u n f u t u r o n o d e m a s i a d o p a r a e s t u d i a r e l p r o c e s o d e hibridación b i e n p a r a e j e m p l i f i c a r l o .

clusión

^ s i d o u n i n t e n t o d e l i b e r a d o d e o c u p a r e l t r e l o s e x t r e m o s q u e D a v i d H u m e U a m a -y «superstición»: e n e s t e c a s o , e l a r d o r s e n f o q u e s y l a devoción c i e g a p o r l a prác-s p e r o q u e p e r s u a d a a l o s h i s t o r i a d o r e s d e ribmr a l a teoría s o c i a l más i m p o r t a n c i a l e c o n c e d e n a c t u a l m e n t e , y a l o s teóricos a r i m m a y o r interés e n l a h i s t o r i a , esultará c l a r o , s i n o f u e o b v i o d e s d e e l c o -a p i r i s t a s y l o s teóricos n o s o n d o s g r u p o s .os e x t r e m o s d e u n e s p e c t r o . E n e l l a d o

teórico, l o s préstamos c o n c e p t u a l e s s u e l e n t o m a r s e d e l a s d i s c i p l i n a s v e c i n a s . Así, l o s h i s t o r i a d o r e s t o m a n e l e m e n t o s d e l o s antropólogos, q u e a s u v e z l o s t o m a n d e l o s lingüis­t a s , q u e l o s t o m a n d e l o s matemáticos.

A c a m b i o , l o s h i s t o r i a d o r e s , c o m o l o s etnógrafos, p r o p o ­n e n r e c o r d a t o r i o s d e l a c o m p l e j i d a d y v a r i e d a d d e l a e x p e ­riencia y l a s i n s t i t u c i o n e s h u m a n a s , q u e l a s teorías i n e v i ­t a b l e m e n t e s i m p l i f i c a n . E s a v a r i e d a d n o i m p l i c a q u e l o s teóricos s e e q u i v o q u e n a l s i m p l i f i c a r . T a l c o m o traté d e a r ­g u m e n t a r a n t e r i o r m e n t e (véase supra, pág. 5 6 ) , l a s i m ­plificación e s s u fimción, s u a p o r t e a l a división d e l t r a b a j o e n t r e e n f o q u e s y d i s c i p l i n a s . L o q u e sí i n d i c a l a v a r i e d a d , s i n e m b a r g o , e s q u e l a teoría n u n c a p u e d e «aplicarse» s i m p l e m e n t e a l p a s a d o .

L o q u e p u e d e h a c e r l a teoría, p o r s u l a d o , e s s u g e r i r l e s a l o s h i s t o r i a d o r e s n u e v a s p r e g u n t a s a c e r c a d e «su» período, o n u e v a s r e s p u e s t a s a p r e g u n t a s c o n o c i d a s . También l a s teorías s o n d e u n a v a r i e d a d c a s i i n f i n i t a , l o c u a l p l a n t e a p r o b l e m a s a q u i e n e s a s p i r a n a u t i l i z a r l a s . E n p r i m e r l u ­g a r , está e l p r o b l e m a d e e l e g i r e n t r e teorías antagónicas, d e o r d i n a r i o s o b r e l a b a s e d e l a j u s t e más o m e n o s p r e c i s o e n t r e l a teoría g e n e r a l y l a cuestión específica q u e e l h i s t o ­riador t i e n e e n m e n t e . Está, a s i m i s m o , e l p r o b l e m a d e c o n ­c i l i a r l a teoría y s u s i m p l i c a c i o n e s c o n t o d o e l a p a r a t o c o n ­c e p t u a l d e l p r e s t a t a r i o . E s m u y p o s i b l e q u e a l g u n o s d e s u s l e c t o r e s c o n i n c l i n a c i o n e s más filosóficas c o n s i d e r e n q u e e s t e l i b r o e s u n a apología d e l e c l e c t i c i s m o , u n a acusación a m e n u d o f o r m u l a d a ( e n o c a s i o n e s , c o n j u s t i c i a ) c o n t r a l o s h i s t o r i a d o r e s q u e s e a p r o p i a n d e c o n c e p t o s y teorías p a r a u t i l i z a r l o s e n s u t r a b a j o . E n l o q u e c o n c i e r n e a e s t e e n s a y o , s i n e m b a r g o , r e c h a z o l a acusación, a l m e n o s s i e l e c l e c t i c i s ­m o s e d e f i n e c o m o e l i n t e n t o d e s o s t e n e r simultáneamente p r o p o s i c i o n e s i n c o n g r u e n t e s . P o r e l c o n t r a r i o , s i e l término n o s i g n i f i c a o t r a c o s a q u e l a búsqueda d e i d e a s e n d i f e r e n ­t e s l u g a r e s , m e c o m p l a c e c o n f e s a r m e ecléctico. S e podría d e c i r q u e l a a p e r t u r a a n u e v a s i d e a s , p r o v e n g a n d e d o n d e p r o v i n i e r e n , así c o m o l a c a p a c i d a d d e a d a p t a r l a s a l o s o b j e ­t i v o s p r o p i o s y e n c o n t r a r l a m a n e r a d e v e r i f i c a r s u v a l i d e z , e s e l s e l l o d i s t i n t i v o t a n t o d e l b u e n h i s t o r i a d o r c o m o d e l b u e n teórico.

2 6 7

Page 67: Peter Burke, Historia y teoría social

Para resumir el valor de la teoría en una sola frase, po­dríamos decir que, al igual que la comparación, ensancha la imaginación de los historiadores, pues los hace más conscientes de las altemativas a sus supuestos y explica­ciones habituales.

268