Perry AndersonEl Estado Absolutista

7/23/2019 Perry AndersonEl Estado Absolutista

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EST DO

BSOLUTIST

siglo

veintiuno

e itores

perry

anderson



3KI

sig lo ventiun o editores s.a. de c.v.

CERRO DEL AGU A 248 DELEGACION COYO ACAN . 04310 MÉXICO. D.F.

siglo veintiuno de españ a editores s.a.

PRINCIPE DE VERGARA 78 ° DCHA. MADRID. ESPAÑA

ortada de anhelo hernández

rimera edición en español 1979

ecimoquinta edición en español 1998

siglo xxi de españa editores

n coedición con

siglo xxi editores s.a. de c.v

sbn 968-23-0946-8

rimera edición en inglés 1974

nlb

ítulo original: line ges of the bsolulisl st te

erechos reservados conforme a la ley

mpreso y hecho en méxico/printed and made in mexico

INDI E

Prólogo

PRIMERA PARTE

EUROP OCCIDENT L

1. El Esta co absolutista en Occidente

2. Clase y Estado: problem as de periodización

3. España

4. Francia

5. Inglaterra

6. Italia

7. Suecia

SEGUNDA PARTE

EU R OP OR IEN T L

1. El absolutismo en el Este

2. Nobleza y monarqu ía: la variante oriental

3. Prusia

4. Polonia

5. Austria

6. Rusia

7. La Casa del Is lam

C ON C L U S ION ES

DOS NOT S

A. El feuda lismo japo nés

B. El «modo de produc ción asiático»

Indice de nombres



>

1. E L E S T A D O A B S O L U T I S T A E N O C C I D E N T E

L a l a rg a c r i s i s d e la e c o n o m í a y l a s o c i e d a d e u ro p e a s d u ra n t e

l o s s ig l o s x i v y x v p u s o d e m a n i f i e s t o l a s d i f i c u l t a d e s y l o s l í m i -

t e s de l m o d o d e p r o d u c c i ó n f e u d a l e n e l p o s t r e r p e r í o d o m e -

d i e v a l ¿ C u á l f u e el r e s ul t ad o

político

f i n a l d e l a s c o n v u l s i o n e s

c o n t i n e n t a l e s d e e s t a é p o c a ? E n e l t r a n s c u r s o d e l s i g l o x v i

a p a r e c i ó e n O c c i d e n t e e l E s t a d o a b s o l u t i s t a . L a s m o n a r q u í a s

c e n t r a l i z a d a s d e F r a n c i a , I n g l a t e r r a y E s p a ñ a r e p r e s e n t a r o n u n a

r u p t u r a d e c i s iv a c o n l a s o b e r a n í a p i r a m i d a l y f r a g m e n t a d a d e

l a s fo r m a c i o n e s s o c i a l e s m e d i e v a l e s , c o n s u s s i s t e m a s d e f e u d o s

y e s t a m e n t o s . L a c o n t r o v e r s i a a c e r c a d e l a n a t u r a l e z a h i s t ó r i c a

d e e s t a s m o n a r q u í a s p e r s i s t e d e s d e q u e E n g e l s , e n u n a f r a s e

c é l e b re , d e t e r m i n ó q u e e r a n e l p ro d u c t o d e u n e q u i l i b r i o d e c l a s e

e n t r e l a v i e j a n o b l e z a f e u d a l y la n u e v a b u r g u e s í a u r b a n a :

« S i n e m b a rg o , p o r e x c e p c i ó n , h a y p e r í o d o s e n q u e l a s c l a s e s

e n l u c h a e s t á n t a n e q u i l i b r a d a s (Gleichgewicht halten), que e l

p o d e r d el E s t a d o , c o m o m e d i a d o r a p a r e n t e , a d q u i e r e c i e r t a

i n d e p e n d e n c i a m o m e n t á n e a r e s p e c t o a u n a y o t r a . E n e s t e c a s o

s e h a l l a l a m o n a r q u í a a b s o l u t a d e l o s s i g l o s x v n y X V I I I, q u e

m a n t e n í a a n i v e l l a b a l a n z a (gegeneinander balanciert) e n t r e

l a n o b l e z a y e l e s t a d o l l a n o »

2

. L a s m ú l t i p l e s r e s e rv a s d e e s t e

p a s a j e i n d i c a n c i e r t a i n s e g u r i d a d c o n c e p t u a l p o r p a r t e d e E n -

g e ls . P e r o u n d e t e n i d o e x a m e n d e l a s s u c e s i v a s f o r m u l a c i o n e s

t a n t o d e M a rx c o m o d e E n g e l s r e v e l a q u e u n a c o n c e p c i ó n s i m i -

l a r d el a b s o l u t i s m o f u e , d e h e c h o , u n r a s g o r e l a t i v a m e n t e p e r -

m a n e n t e e n s u s o b r a s . E n g e l s r e p i t i ó l a m i s m a t e s i s b á s i c a d e

f o r m a m á s c a t e g ó r i c a e n o t r o l u g a r , s u b r a y a n d o q u e « l a c o n -

d i c i ó n f u n d a m e n t a l d e l a a n t i g u a m o n a r q u í a a b s o l u t a » e r a « e l

e q u i l i b r i o (Gleichgewicht) e n t r e la n o b l e z a t e r r a t e n i e n t e y l a

' Véa se su aná l isis en Passages from A ntiquity to feudalism, Londres ,

1974, que precede a este estudio. [ Tr an si ci on es de la Antigüedad al feuda-

lismo, Mad rid, Siglo XXI , 1979.]

' The origin of the family, prívate property and the State,

en K. Marx

y F. Engels,

Selected Works,

Lo nd res , 1968, p. 588 [

E l origen de la fami-

lia, la propiedad privada y el Estado,

en K. Marx y F. Eng els,

Obras

escogidas, Ma drid, Akal, 1975, II , p. 339); K. Marx y F. Engels, Werke,

volumen 21, p. 167.



10

Europa occidental

b u r g u e s í a »

3

. E v i d e n t e m e n t e , l a c l a s i f i c a c i ó n d e l a b s o l u t i s m o

c o m o m e c a n i s m o d e e q u i l i b r i o p o l í t i c o e n t r e l a n o b l e z a y l a

b u r g u e s í a s e d e s l i z a a m e n u d o h a c i a s u d e s i g n a c i ó n i m p l í c i t a

o e x p l íc i t a e n lo f u n d a m e n t a l c o m o u n t i p o de E s t a d o b u r g u é s

e n c u a n t o t a l . E s t e d e s l i z a m i e n t o e s e v i d e n t e , s o b re t o d o , e n e l

p r o p i o

Manifiesto comunista,

e n e l q u e l a fu n c i ó n p o l í t i c a d e

l a b u r g u e s í a « d u r a n t e e l p e r í o d o d e l a m a n u f a c t u r a » s e c a r a c -

t e r i z a s i n n i n g u n a s o l u c ió n d e c o n t i n u i d a d c o m o « c o n t r a p e s o

(Gegengewicht)

d e l a n o b l e z a e n l a s m o n a rq u í a s f e u d a l e s o a b -

s o l u t a s y, e n g e n e ra l , p i e d r a a n g u l a r (Hauptgrundlage) de las

g r a n d e s m o n a r q u í a s »

4

. L a e q u í v o c a t r a n s i c i ó n d e s d e « c o n t r a -

p e s o » a « p i e d ra a n g u l a r» a p a re c e t a m b i é n e n o t ro s t e x t o s . E n g e l s

p u d o r e f e r i r s e a l a é p o c a d e l a b s o l u t i s m o c o m o l a e r a e n q u e

« la n o b l e z a f e u d a l f u e o b l i g a d a a c o m p r e n d e r q u e e l p e r í o d o

d e s u d o m i n a c i ó n s o c i a l y p o l í t i c a h a b í a l l e g a d o a s u f i n »

5

.

M a r x , p o r s u p a r t e , a f i r m ó r e p e t i d a m e n t e q u e l a s e s t r u c t u r a s

a d m i n i s t r a t i v a s d e l n u e v o E s t a d o a b s o l u t o e r a n u n i n s t r u m e n t o

e s p e c í f i c a m e n t e b u r g u é s . « B a j o l a m o n a r q u í a a b s o l u t a » , e s c r i-

b i ó , « la b u r o c r a c i a n o e r a m á s q u e e l m e d i o p a r a p r e p a r a r l a

d o m i n a c i ó n d e c l a s e d e l a b u rg u e s í a » . Y e n o t ro l u g a r a f i rm ó

q u e « el p o d e r e s t a t a l c e n t r a l i z a d o , c o n s u s ó r g a n o s o m n i p o t e n -

t e s : e l e j é r c i t o p e rm a n e n t e , l a p o l i c í a , l a b u ro c ra c i a , e l c l e ro

y l a m a g i s t r a t u r a — ó r g a n o s c r e a d o s c o n a r r e g l o a u n p l a n d e

d i v i si ó n s i s t e m á t i c a y j e r á r q u i c a d e l t r a b a j o — p r o c e d e d e l o s

t i e m p o s d e l a m o n a rq u í a a b s o l u t a y s i rv i ó a l a n a c i e n t e s o c i e -

d a d b u r g u e s a c o m o u n a r m a p o d e r o s a e n s u s l u c h a s c o n t r a e l

f e u d a l i s m o »

6

.

T o d a s e s t a s r e f l e x i o n e s s o b r e el a b s o l u t i s m o e r a n m á s o

m e n o s f o r t u i t a s y a l u s i v a s : n i n g u n o d e lo s f u n d a d o r e s d el m a -

t e r i a l i s m o h i s t ó r i c o h iz o j a m á s u n a t e o r i z a c i ó n d i r e c t a d e l a s

n u e v a s m o n a r q u í a s c e n t r a l i z a d a s q u e s u r g i e r o n e n l a E u r o p a

d e l R e n a c i m i e n t o . S u e x a c t o s i g n i f i c a d o s e d e j ó a l j u i c i o d e l a s

g e n e r a c i o n e s s i g u i e n t e s , y , d e h e c h o , l o s h i s t o r i a d o r e s m a r x i s t a s

5

Zur Wohnungsfrage,

en

Werke,

vol. 18, p. 258. [

Contr ibuc ión a l pro -

blema de la vivienda,

en

Obras escogidas,

I, p. 636.]

4

K. Marx y F. Engels,

Selected Works,

p. 37

[Obras escogidas,

I, p. 24];

Werke, vol . 4, p. 464.

5

Vber den Verfall des Feudalismus und das Aufkommen der Bourgeoi-

sie, en Werke, vol. 21, p. 398. En la fra se aqui citada, la dom ina ción «polí-

t ica» es expresamente staatliche.

6

La pr imera formulac ión procede de

The Eighteenth Brumaire of Louis

Bonaparte,

en

Selected Works,

p. 171

[El dieciocho Brumario de Luis

Bonaparte,

en

Obras escogidas,

I, p. 340]; la segund a es de

The civil war

in France, en Selected Works, p. 289 [La guerra civil en Francia, en Obras

escogidas, vo l. 1, p. 539],

El Estado absolutista en Occidente

h a n d e b a t i d o e l p r o b l e m a d e la n a t u r a l e z a s o c i a l de l a b s o l u t i s m o

h a s t a n u e s t r o s d í a s . E v i d e n t e m e n t e , u n a s o l u c i ó n c o r r e c t a d e

e s t e p r o b l e m a e s v i t a l p a r a n u e s t r a c o m p r e n s i ó n d e la t r a n s i -

c i ó n d e l f e u d a l i s m o a l c a p i t a l i s m o , y d e l os s i s t e m a s p o l í t i c o s

q u e l a c a r a c t e r i z a r o n . L a s m o n a r q u í a s a b s o l u t a s i n t r o d u j e r o n

u n o s e j é r c i t o s y u n a b u r o c r a c i a p e r m a n e n t e s , u n s i s t e m a n a c i o -

n a l d e i m p u e s t o s , u n d e re c h o c o d i f i c a d o y l o s c o m i e n z o s d e u n

m e r c a d o u n i f i c a d o . T o d a s e s t a s c a r a c t e r í s t i c a s p a r e c e n s e r e m i -

n e n t e m e n t e c a p i t a l i s t a s , y c o m o c o i n c i d e n c o n la d e s a p a r i c i ó n

d e la s e r v i d u m b r e , i n s t i t u c i ó n n u c l e a r d e l p r i m i t i v o m o d o d e

p r o d u c c i ó n f e u d a l e n E u r o p a , l a s d e s c r i p c i o n e s h e c h a s p o r M a r x

y E n g e l s d e l a b s o l u t i s m o c o m o u n s i s t e m a e s t a t a l q u e r e p r e -

s e n t a u n e q u i l i b r i o e n t r e l a b u r g u e s í a y l a n o b l e z a , o i n c l u s o

u n d o m i n i o a b i e r t o d el m i s m o c a p i t a l , h a n p a r e c i d o c o n m u c h a

f r e c u e n c i a p l a u s i b l e s . S i n e m b a r g o , u n e s t u d i o m á s d e t e n i d o

d e l a s e s t r u c t u r a s d e l E s t a d o a b s o l u t i s t a e n O c c i d e n t e n i e g a

i n e v i t a b l e m e n t e l a v a l i d e z d e t a l e s j u i c i o s . E l f i n d e l a s e rv i -

d u m b r e n o s i g n i f i c ó p o r sí m i s m o l a d e s a p a r i c i ó n d e l a s r e la -

c i o n e s f e u d a l e s e n e l c a m p o . L a i d e n t i f i c a c i ó n d e a m b o s f e n ó -

m e n o s e s u n e r ro r c o m ú n , p e ro e s e v i d e n t e q u e l a c o e rc i ó n p r i -

v a d a e x t r a e c o n ó m i c a , l a d e p e n d e n c i a p e r s o n a l y l a c o m b i n a c i ó n

d e l p r o d u c t o r i n m e d i a t o c o n l o s i n s t r u m e n t o s d e p r o d u c c i ó n , n o

d e s a p a r e c i e r o n n e c e s a r i a m e n t e c u a n d o e l e x c e d e n t e r u r a l d e j ó

d e s e r e x t r a í d o e n f o r m a d e t r a b a j o o d e e n t r e g a s e n e s p e c i e

p a r a c o n v e r t i r s e e n r e n t a e n d i n e r o : m i e n t r a s la p r o p i e d a d

a g r a r i a a r i s t o c r á t i c a c e r r ó el p a s o a u n m e r c a d o l i b r e d e t i e r r a s

y a l a m o v i l i d a d r e a l d e l a m a n o d e o b ra —e n o t r a s p a l a b r a s ,

m i e n t r a s e l t r a b a j o n o s e s e p a r ó d e l a s c o n d i c i o n e s s o c i a le s

d e s u e x i s t e n c i a p a r a t r a n s f o r m a r s e e n « f u e r z a d e t r a b a j o » — ,

l a s r e l a c i o n e s d e p r o d u c c i ó n r u r a l e s c o n t i n u a r o n s i e n d o f e u d a -

les . En

El capital,

el m i s m o M a r x c l a r i f i c ó e s t e p r o b l e m a e n s u

c o r r e c t o a n á l i s i s t e ó r i c o d e l a r e n t a d e l s u e l o : « L a t r a n s fo rm a -

c i ó n d e la r e n t a e n t r a b a j o e n la r e n t a e n p r o d u c t o s n o a l t e r a

e n a b s o l u t o , e c o n ó m i c a m e n t e h a b l a n d o , l a e s e n c i a d e l a r e n t a

d e l a t i e r r a [ . . . ] E n t e n d e m o s a q u í p o r r e n t a e n d i n e r o [ •• •]

l a r e n t a e m a n a d a d e u n a m e r a t r a s m u t a c i ó n f o r m a l d e l a r e n t a

e n p r o d u c t o s , d e l m i s m o m o d o q u e e s t a m i s m a e r a s ó l o l a r e n t a

e n t r a b a j o t r a n s f o r m a d a [ . . . ] L a b a s e d e e s t a c l a s e d e r e n t a ,

a p e s a r d e a c e rc a r s e a s u d i s o l u c i ó n , s ig u e s i e n d o l a m i s m a q u e

e n l a r e n t a e n p r o d u c t o s q u e c o n s t i t u y e e l p u n t o d e p a r t i d a .

E l p r o d u c t o r d i r e c t o s i g u e s i e n d o , c o m o a n t e s , p o s e e d o r h e r e -

d i t a r i o o , d e a l g u n a o t r a m a n e ra , t r a d i c i o n a l d e l s u e l o , y q u i e n

d e b e t r i b u t a r l e a l t e r r a t e n i e n t e , e n c u a n t o p r o p i e t a r i o d e l a t i e -

r r a , d e s u c o n d i c i ó n d e t r a b a j o m á s e s e n c i a l , u n t r a b a j o f o r -



12

Europa occidental

z a d o e x c e d e n t a r i o , e s d e c i r , t r a b a j o i m p a g o , e f e c t u a d o s i n e q u i -

v a l e n t e , e n l a f o r m a d e p l u s p r o d u c t o t r a n s f o r m a d o e n d in e -

r o »

7

. L o s s e ñ o r e s q u e c o n t i n u a r o n s i e n d o p r o p i e t a r i o s d e l o s

m e d i o s d e p r o d u c c i ó n f u n d a m e n t a l e s e n c u a l q u i e r s o c i e d a d

p r e i n d u s t r i a l f u e r o n , d e s d e l u eg o , l o s n o b l e s t e r r a t e n i e n t e s . D u -

r a n t e t o d a l a t e m p r a n a e d a d m o d e r n a , l a c l a s e e c o n ó m i c a y

p o l í t i c a m e n t e d o m i n a n t e f u e , p u e s , la misma q u e e n l a e r a m e -

d i e v a l: l a a r i s t o c r a c i a f e u d a l . E s t a n o b l e z a s u f r i ó u n a p r o f u n d a

m e t a m o r fo s i s d u ra n t e l o s s i g l o s s i g u i e n t e s a l f i n d e l a E d a d

M e d i a , p e ro d e s d e e l c o m i e n z o h a s t a e l f i n a l d e l a h i s t o r i a d e l

a b s o l u t i s m o n u n c a f u e d e s a l o j a d a d e s u d o m i n i o d el p o d e r

p o l í t i c o .

L o s c a m b i o s e n l a s formas d e e x p l o t a c i ó n f e u d a l q u e a c a e c i e -

ro n a l f i n a l d e l a é p o c a m e d i e v a l n o fu e ro n e n a b s o l u t o i n s i g -

n i f i c a n t e s ; p o r e l c o n t r a r i o , s o n p r e c i s a m e n t e e s o s c a m b i o s l o s

q u e m o d i f i c a n l a s f o r m a s d e l E s t a d o . E l a b s o l u t i s m o f u e e s e n -

c i a l m e n t e e s o : un aparato reorganizado y potenciado de domi-

nación feudal,

d e s t i n a d o a m a n t e n e r a la s m a s a s c a m p e s i n a s e n

s u p o s i c i ó n s o c i a l t r a d i c i o n a l , a p e s a r y e n c o n t r a d e l a s m e j o ra s

q u e h a b í a n c o n q u i s t a d o p o r m e d i o d e l a a m p l i a c o n m u t a c i ó n

d e l a s c a r g a s . D i c h o d e o t r a f o r m a , e l E s t a d o a b s o l u t i s t a n u n c a

f u e u n á r b i t r o e n t r e l a a r i s t o c r a c i a y l a b u r g u e s í a n i , m u c h o

m e n o s , u n i n s t r u m e n t o d e l a n a c i e n t e b u r g u e s í a c o n t r a l a ar i s-

t o c r a c i a : f u e e l n u e v o c a p a ra z ó n p o l í t i c o d e u n a n o b l e z a a m e -

n a z a d a . Ha c e v e i n t e a ñ o s , H i l l r e s u m í a a s í e l c o n s e n s o d e u n a

g e n e r a c i ó n d e h i s t o r i a d o r e s m a r x i s t a s , i n g le s e s y r u s o s : « L a

m o n a r q u í a a b s o l u t a f u e u n a f o r m a d i f e r e n t e d e m o n a r q u í a f e u-

d a l , d i s t i n t a d e la m o n a r q u í a d e e s t a m e n t o s f e u d a l e s q u e l a

p r e c e d i ó , p e r o l a c l a s e d o m i n a n t e c o n t i n u ó s i e n d o l a m i s m a ,

e x a c t a m e n t e i g ua l q u e u n a r e p ú b l i c a , u n a m o n a r q u í a c o n s t i t u -

c i o n a l y u n a d i c t a d u r a f a s c i s t a p u e d e n s e r t o d a s e l la s f o r m a s

' El capital,

Madr id, Sig lo X XI , 1975-1979, libro n i, vol. 8, pp. 110, 113,

114. La exposición que hace Dobb de este problema fundamental , en su

réplica a Sweezy, en el famoso debate de los años cincuenta sobre la

transición del feudalismo al capitalismo, es lúcida e incisiva: Science and

Society, xiv , 2, prim aver a de 1950, pp. 157-67, esp ecia lme nte 163-4 [el con-

junto del debate, con algunas aportaciones más actuales, se recoge en

Rodney Ai t ton , comp. ,

The transition from feudalism to capitalism,

Lon-

dres, NLB, 1976; trad. cast.:

La transición del capitalismo al feudalismo,

Barcelona, Critica, 1977]. La importancia teórica del problema es evidente.

En el caso de un país como Suecia, por ejemplo, los habituales estudios

históricos todavía afirman que «no hubo feudalismo», a causa de la ausen-

cia de una servidumbre propiamente dicha. Por supuesto, las relaciones

feudales predominaron en el campo sueco, de hecho, durante toda la

última era medieval.


d e d o m i n a c ió n de l a b u r g u e s í a » L a n u e v a f o r m a d el p o d e r

n o b i l i a r i o e s t u v o d e t e rm i n a d a , a s u v e z , p o r e l d e s a r ro l l o d e l a

p r o d u c c i ó n e i n t e r c a m b i o d e m e r c a n c í a s e n l a s f o r m a c i o n e s s o-

c i a l es d e t r a n s i c i ó n d e l a p r i m e r a é p o c a m o d e r n a . A l t h u s s e r h a

e s p e c i f i c a d o c o r r e c t a m e n t e s u c a r á c t e r e n e s t e s e n t i d o : « E l r é-

g i m e n p o l í t i c o d e l a m o n a rq u í a a b s o l u t a e s t a n s ó l o l a n u e v a

f o r m a p o l í ti c a n e c e s a r i a p a r a e l m a n t e n i m i e n t o d e l d o m i n i o y

e x p l o t a c i ó n f e u d a l e n u n p e r í o d o d e d e s a r r o l l o d e u n a e c o n o -

m í a d e m e r c a d o »

9

. P e r o l a s d i m e n s i o n e s d e l a t r a n s f o r m a c i ó n

h i s t ó r i c a q u e e n t r a ñ a e l a d v e n i m i e n t o d e l a b s o l u t i s m o n o d e b e n

s e r m i n i m i z a d a s d e n i n g u n a m a n e r a . P o r e l c o n t r a r i o , e s f u n -

d a m e n t a l c o m p r e n d e r t o d a l a l ó g ic a y l a i m p o r t a n c i a d e l c a m -

b i o d e c i s i v o e n l a e s t ru c t u ra d e l E s t a d o a r i s t o c rá t i c o y d e l a

p r o p i e d a d f e u d a l q u e p r o d u j o e l n u e v o f e n ó m e n o d e l a b so -

l u t i s m o .

E l f e u d a l i s m o c o m o m o d o d e p r o d u c c i ó n s e d e f i n í a o r i g i n a -

riamente p or un a

unidad

o rg á n i c a d e e c o n o m í a y p o l í t i c a , p a r a -

d ó j i c a m e n t e d i s t r i b u i d a e n u n a c a d e n a d e s o b e r a n í a s f r a g m e n -

t a d a s a l o l a rg o d e t o d a l a fo rm a c i ó n s o c i a l . L a i n s t i t u c i ó n d e

l a s e r v i d u m b r e c o m o m e c a n i s m o d e e x t r a c c i ó n d e l e x c e d e n t e

fu n d í a , e n e l n i v e l m o l e c u l a r d e l a a l d e a , l a e x p l o t a c i ó n e c o -

nómica y l a coerc ión po l í t i co - lega l . E l señor , a su vez , t en ía que

p r e s t a r h o m e n a j e p r i n c i p a l y s e r v i c io s d e c a b a l l e r í a a u n s e ñ o r

s u p r e m o q u e r e c l a m a b a e l d o m i n i o ú l t i m o d e l a t i e r r a . C o n l a

c o n m u t a c i ó n g e n e r a l i z a d a d e l a s c a r g a s p o r u n a r e n t a e n d i n e r o ,

' Christoph er H ill , «Coment»,

Science and Society,

xvn , 4 , o toñ o de

1953, p. 351

[La transición del feudalismo al capitalismo,

cit .] . Los tér-

minos de es ta a f irmación deben tratarse con mucho cuidado. El carácter

general y caracterizador de una época del absolutismo hace inadecuada

cualquier comparación formal entre él y los regímenes locales y excep-

cionales del fascismo.

' Louis Althusser,

Montesquieu, la politique et l'histoire,

Par ís, 1969,

página 117 [Montesquieu, la política y la historia, Madrid, Ciencia Nueva ,

1968, p. 97]. Aquí se selecciona esta formulación por ser reciente y repre-

sentativa. La creencia en el carácter capitalista o cuasi capitalista del

abso lut i smo puede encontrarse todavía , s in embargo , de forma ocas ional .

Poulantzas comete la imprudencia de clasif icarlo así en su, por otra

parte , importante obra Pouvoir politique et classes sociales, Par ís, 1968,

páginas 169-80 [Poder político y clases sociales en el Estado capitalista,

Madrid, Siglo XXI, 1972, pp. 202-211], aunque sus términos son vagos y

ambiguos. El reciente debate sobre el absolutismo ruso en las revistas

históricas soviéticas revela algunos ejemplos aislados similares, aunque

cronológicamente más matizados; véase, por ejemplo, A. Ya. Avrej, «Russ-

kii absoliutizm i evo rol' v utverzhdenie kapitalizma v Rossii»,

Istoriya

SSSR, febr ero de 1968, pp. 83-104, que consid era al ab sol ut ism o com o «el

prototipo del Estado burgués» (p. 92). Los puntos de vista de Avrej fueron

criticados con dureza en el debate posterior, y no expresan la tendencia

general de la discusión.



14

Europa occidental

l a u n i d a d c e l u l a r d e l a o p r e s i ó n p o l í t i c a y e c o n ó m i c a d e l c a m -

p e s i n a d o s e v i o g r a v e m e n t e d e b i l i t a d a y e n p e l i g ro d e d i s o lu -

c i ó n ( e l f i n a l d e e s t e c a m i n o s e r í a e l « t r a b a j o l i b r e » y e l « c o n -

t r a t o s a l a r i a l » ) . E l p o d e r d e c l a s e d e l o s s e ñ o re s f e u d a l e s q u e d ó ,

p u e s , d i r e c t a m e n t e a m e n a z a d o p o r l a d e s a p a r i c i ó n g r a d u a l d e

l a s e r v i d u m b r e . E l r e s u l t a d o f u e u n desplazamiento de la coer-

c i ó n p o l í t i c a e n u n s e n t i d o a s c e n d e n t e h a c i a u n a c i m a c e n t r a -

l i z a d a y m i l i t a r i z a d a : e l E s t a d o a b s o l u t i s t a . L a c o e rc i ó n , d i l u i d a

en e l p lano de la a ldea , se concen t ró en e l p lano «nac iona l» . E l

r e s u l t a d o d e e s t e p r o c e s o f u e u n a p a r a t o r e f o r z a d o d e p o d e r

r e a l , c u y a fu n c i ó n p o l í t i c a p e rm a n e n t e e r a la r e p re s i ó n d e l a s

m a s a s c a m p e s i n a s y p l e b e y a s e n l a b a s e d e la j e r a r q u í a s o c i a l .

E s t a n u e v a m a q u i n a r i a d e E s t a d o , s i n e m b a r g o , e s t a b a i n v e s -

t i d a p o r s u p ro p i a n a t u ra l e z a d e u n a fu e rz a c o a c t i v a c a p a z d e

d e s t r u i r o d i s c i p l i n a r a i n d i v i d u o s y g r u p o s

dentro

d e l a m i s m a

n o b l e z a . C o m o v e re m o s , l a l l e g a d a d e l a b s o l u t i s m o n u n c a fu e ,

p a ra l a p ro p i a c l a s e d o m i n a n t e , u n s u a v e p ro c e s o d e e v o l u c i ó n ,

s i n o q u e e s t u v o m a r c a d a p o r r u p t u r a s y c o n f l i c t o s e x t r e m a d a -

m e n t e d u ro s e n e l s e n o d e l a a r i s t o c r a c i a f e u d a l , a c u y o s i n t e -

r e s e s c o l e c t i v o s e n ú l t i m o t é r m i n o s e rv í a . A l m i s m o t i e m p o , e l

c o m p l e m e n t o o b j e t i v o d e l a c o n c e n t r a c i ó n p o l í t ic a d e l p o d e r e n

l a c ú s p i d e d e l o r d e n s o c i a l , e n u n a m o n a r q u í a c e n t r a l i z a d a , f u e

l a c o n s o l i d a c i ó n , p o r d e b a j o d e é s t a , d e l a s u n i d a d e s d e p ro -

p i e d a d f e u d a l . C o n e l d e s a r r o l l o d e l a s r e l a c i o n e s m e rc a n t i l e s ,

l a d i s o l u c i ó n d e l o s l a z o s p r i m a r i o s e n t r e l a e x p l o t a c i ó n e c o -

n ó m i c a y l a c o e rc i ó n p o l í t i c o - l e g a l c o n d u j o n o s ó l o a u n a c r e -

c i e n t e p r o y e c c i ó n d e e s t a ú l t i m a s o b r e l a c ú s p i d e m o n á r q u i c a

d e l s i s t e m a s o c i al , s i n o t a m b i é n a u n f o r t a l e c i m i e n t o c o m p e n -

s a t o r i o d e l o s t í t u l o s d e p ro p i e d a d q u e g a ra n t i z a b a n a q u e l l a

e x p l o t a c i ó n . E n o t r a s p a l a b ra s : c o n l a r e o rg a n i z a c i ó n d e l si s-

t e m a p o l í t i c o f e u d a l e n s u t o t a l i d a d , y l a d i s o l u c i ó n d e l s i s t e m a

o r i g i n a l d e f e u d o s , l a p ro p i e d a d d e l a t i e r r a t e n d i ó a h a c e r s e

p r o g r e s i v a m e n t e m e n o s « c o n d i c i o n a l » , a l t i e m p o q u e l a s o b e -

r a n í a s e h a c í a c o r r e l a t i v a m e n t e m á s « a b s o l u t a » . E l d e b i l i t a -

m i e n t o d e l a s c o n c e p c i o n e s m e d i e v a l e s d e v a s a l l a j e s e d e s a r r o l l ó

e n a m b a s d i r e c c i o n e s : m i e n t r a s c o n f e r í a a l a m o n a r q u í a u n o s

p o d e r e s n u e v o s y e x t r a o r d i n a r i o s , e m a n c i p ó l a s p r o p i e d a d e s d e

l a n o b l e z a d e s u s t r a d i c i o n a l e s l i m i t a c i o n e s . E n la n u e v a é p o c a ,

l a p r o p i e d a d a g r a r i a a d o p t ó s il e n c i o s a m e n t e u n a f o r m a a l o d i a l

( p a r a u s a r u n t é r m i n o q u e h a b r í a d e v o l ve r s e a n a c r ó n i c o e n

u n c l im a j u r í d i c o t r a n s f o r m a d o ) . L o s m i e m b r o s i n d i v i d u a l e s d e

l a c l a s e a r i s t o c r á t i c a , q u e p e r d i e r o n p r o g r e s i v a m e n t e l o s d e r e -

c h o s p o l í t i c o s d e r e p re s e n t a c i ó n e n l a n u e v a e r a , r e g i s t r a ro n

a v a n c e s e n l a p r o p i e d a d , c o m o r e v e r s o d e l m i s m o p r o c e s o h i s -


15

t ó r i c o . E l e f e c t o f i n a l d e e s t a r e d i s t r i b u c i ó n d e l p o d e r s o c i a l

d e la n o b l e z a f u e r o n l a m a q u i n a r i a d e E s t a d o y e l o r d e n j u r í d i c o

a b s o l u t i s t a s , c u y a c o o r d i n a c i ó n h a b r í a d e a u m e n t a r l a e f i c a c i a

d e l d o m i n i o a r i s t o c r á t i c o al r e d u c i r a u n c a m p e s i n a d o n o s e r-

v i l a n u e v a s fo rm a s d e d e p e n d e n c i a y e x p l o t a c i ó n . L o s e s t a d o s

m o n á r q u i c o s d e l R e n a c i m i e n t o f u e r o n , a n t e t o d o y s o b r e t o d o ,

i n s t r u m e n t o s m o d e r n i z a d o s p a r a el m a n t e n i m i e n t o d e l d o m i n i o

n o b i l i a r i o s o b r e la s m a s a s r u r a l e s .

A l m i s m o t i e m p o , s i n e m b a r g o , l a a r i s t o c r a c i a t e n í a q u e

a d a p t a r s e a u n n u e v o a n t a g o n i s t a : l a b u r g u e s í a m e r c a n t i l q u e

s e h a b í a d e s a r r o l l a d o e n la s c i u d a d e s m e d i e v a l e s . Ya s e h a v i s t o

q u e f u e p r e c i s a m e n t e l a i n t r o m i s i ó n d e e s t a t e r c e r a p r e s e n c i a

l o q u e i m p i d i ó q u e l a n o b l e z a o c c i d e n t a l a j u s t a r a c u e n t a s c o n

e l c a m p e s i n a d o a l m o d o o r i e n t a l , e s t o e s, a n i q u i l a n d o s u r e s i s-

t e n c i a y e n c a d e n á n d o l o a l s e ñ o r í o . L a c i u d a d m e d i e v a l p u d o

d e s a r r o l l a r s e g r a c i a s a l a d i s p e r s i ó n j e r á r q u i c a d e l a s o b e r a n í a

e n e l m o d o d e p ro d u c c i ó n f e u d a l , q u e h a b í a l i b e r a d o a l a s ec o -

n o m í a s u r b a n a s d e l a d o m i n a c i ó n d i r e c t a d e u n a c l a s e d o m i -

n a n t e r u r a l

1 0

. E n e s t e s e n t i d o , c o m o y a h e m o s v i s t o , l a s c i u -

d a d e s n u n c a f u e r o n e x ó g e n a s a l f e u d a l i s m o d e O c c i d e n t e . D e

10

El famo so debate entre Sweezy y Dobb, con las contr ibuc iones de

Takahashi, Hilton y Hil l , en

Science and Society,

1950-53

[La transición

del feudalismo al capitalismo, cit .] , es hasta ahora el únic o tratamien to

marxista sistemático de los problemas fundamentales de la transición del

feudal i smo a l capi ta l i smo. En un importante aspecto , s in embargo , es te

debate g ira en torno a un problema fa l so . Sweezy argumentó ( s iguiendo

a Pirenne) que el «primer motor» de la transición fue un agente «externo»

de disolución, esto es, los enclaves urbanos que destruyeron la economía

agraria feudal por la expansión del intercambio mercantil en las ciuda-

des. Dobb replicó que el impulso hacia la transición debe situarse dentro de

las contradicciones de la propia economía agraria, generadoras de una

diferenciación social del campesinado y de la expansión del pequeño pro-

ductor. En un ensayo posterior sobre el mismo tema, Vilar formuló ex-

plícitamente el problema de la transición como un problema de determi-

nación de la correcta combinación de cambios agrarios «endógenos» y

comerciales-urbanos «exógenos», a la vez que insist ía por su parte en la

impo rtancia de la econo mía mercan til atlántica del s iglo xvi: «Problem s

in the formation of capitalism»,

Past and Present,

10, nov iem bre de 1956,

páginas 33-34. [«El problema de la formación del capitalismo», en

Creci-

miento y desarrollo, Barcelon a, Ariel , 1974.] En un impo rtante y reciente

estudio, «Town and country in the transit ion to capitalism» [New Left

Review, 93, septiem bre-octu bre de 1975; incluid o también en La transición

del feudalismo al capitalismo,

cit .] , John Merrington ha resuelto esta anti-

nomia demostrando la verdad bás ica de que e l feudal i smo europeo —lejos

de constituir una economía exclusivamente agraria— es el

primer

m o d o

de producción de la historia que concede un lugar estructural autónomo

a la producción y al comercio urbanos. En este sentido, el crecimiento

de las ciudades en el feudalismo de Europa occidental es una evolución

tan «interna» como la disolución del señorío.



16

Europa occidental

h e c h o , l a c o n d i c i ó n fu n d a m e n t a l d e s u e x i s t e n c i a fu e l a « d e s t o -

t a l i z a c i ó n » ú n i c a d e l a s o b e ra n í a e n e l m a rc o d e l p o d e r p o l í t i c o -

e c o n ó m i c o d e l f e u d a l i s m o . De a h í l a r e s i s t e n c i a d e l a s c i u d a d e s

de Occiden te a lo l a rgo de la peor c r i s i s de l s ig lo x iv , que

• r r u i n ó t e m p o r a l m e n t e a t a n t a s f a m i l i a s p a t r i c i a s d e l a s u r b e s

m e d i t e r r á n e a s . L o s B a r d i y P e r u z z i se h u n d i e r o n e n F l o r e n c i a ,

m i e n t r a s S i e n a y B a r c e l o n a d e c a í a n ; p e r o A u g s b u r g o , G é n o v á

y V a l e n c i a i n i c i a b a n p r e c i s a m e n t e s u a s c e n s o . D u r a n t e l a d e p r e -

s i ó n f e u d a l s e d e s a r r o l l a r o n i m p o r t a n t e s i n d u s t r i a s u r b a n a s , t a-

l e s c o m o d e l h i e r ro , e l p a p e l y l o s t e x t i l e s . C o n s i d e ra d a a d i s -

t a n c i a , e s t a v i t a l i d a d e c o n ó m i c a y s o c i a l a c t u ó c o m o u n a i n t e r -

f e r e n c i a o b j e t i v a y c o n s t a n t e e n l a l u c h a d e c l a s e s p o r l a t i e r r a ,

b l o q u e ó c u a l q u i e r s o l u c i ó n re g r e s i v a q u e p u d i e r a n d a r l e l o s

n o b l e s . E s s i g n i f i c a t i v o , e n e f e c t o , q u e l o s a ñ o s t r a n s c u r r i d o s

e n t r e 1 45 0 y 15 00 , q u e p r e s e n c i a ro n l o s p r i m e r o s p a s o s d e l a s

m o n a r q u í a s a b s o l u t a s u n i f i c a d a s d e O c c i d e n t e , f u e r a n t a m b i é n

l o s a ñ o s e n q u e s e s u p e ró l a c r i s i s l a rg a d e l a e c o n o m í a f e u d a l

g r a c i a s a u n a n u e v a c o m b i n a c i ó n d e l o s f a c t o r e s d e p r o d u c c i ó n ,

e n t r e l o s q u e , p o r v e z p r i m e ra , j u g a ro n u n p a p e l p r i n c i p a l l o s

• v a n e e s t e c n o l ó g i c o s e s p e c í f i c a m e n t e

urbanos.

E l c o n j u n t o d e

i n v e n t o s q u e c o i n c i d e c o n el g o z n e s i t u a d o e n t r e l a s é p o c a s

« m e d i e v a l » y « m o d e r n a » e s d e m a s i a d o b i e n c o n o c i d o p a r a v o l -

v e r a d i s c u t i r l o a q u í . E l d e s c u b r i m i e n t o d e l p r o c e s o

seiger

p a r a

• e p a r a r l a p l a t a d e l m i n e r a l d e c o b r e r e a b r i ó l a s m i n a s d e

E u r o p a c e n t r a l y p r o v o c ó u n n u e v o f l u j o d e m e t a l e s e n l a e c o-

n o m í a i n t e r n a c i o n a l ; la p r o d u c c i ó n m o n e t a r i a d e E u r o p a c e n -

t ra l se qu in t up l ic ó en t re 1460 y 1530. E l des ar ro l lo de lo s caño-

n e s d e b ro n c e c o n v i r t i ó a l a p ó l v o ra , p o r v e z p r i m e ra , e n e l

a r m a d e g u e r r a d e c i s i va , y r e d u j o a p u r o a n a c r o n i s m o l a s d e -

f e n s a s d e l o s c a s t i l l o s s e ñ o r i a l e s . E l i n v e n t o d e l o s t i p o s m ó v i l e s

p r o d u j o l a l l e g a d a d e la i m p r e n t a . L a c o n s t r u c c i ó n d e g a l e o n e s

d e t r e s m á s t i l e s y c o n t i m ó n a p o p a h i z o l o s o c é a n o s n a v e g a -

b l e s p a r a l a s c o n q u i s t a s u l t r a m a r i n a s

1 1

. T o d o s e s t o s i n v e n t o s

Sobre cañones y galeones, véase Cario Cipolla,

Guns and sails in

the early phase of European expansión, 1400-1700, Lon dres, 1965 [Cañones

A , \ ¿ V

a

/ ?

m e r

,

a fase de la ex

P™sión europea, 1400-1700, Barcelona

Ariel , 1967]. Sobre la imprenta, las reflexiones recientes más audaces

aunque dañadas por la monomanía habitual en los historiadores de la

tecnología son las de Elizabeth L. Eisen stein, «S ome conjectu res abo ut

the impact of pnnting of Western society and thought: a preliminary

report»,

Journal of Modern History,

ma rzo-d iciem bre de 1968 pp 1-56 v

«The advent of printing and the problem of the Renaissancd», Past and

Present,

45, nov iem bre de 1969, pp. 19-89. Los descu brim ien tos técn icos

más importantes de esta época pueden considerarse, en cierto sentido

como var iac iones dentro de un mismo campo, e l de las comunicac iones '

Afectan, respectivamente, al dinero, el lenguaje, los viajes y la guerra'


7

t é c n i c o s d e c i s i v o s , q u e e c h a r o n l o s f u n d a m e n t o s d e l R e n a c i -

m i e n t o e u r o p e o , s e c o n c e n t r a r o n e n l a s e g u n d a m i t a d d e l s i -

g l o x v , y fu e e n t o n c e s , h a c i a 1 4 70 , c u a n d o a l f i n c e d i ó e n F ra n c i a

e I n g l a t e r r a l a s e c u l a r d e p r e s i ó n a g r í c o l a .

E s t a fu e p r e c i s a m e n t e l a é p o c a e n q u e a c a e c i ó , e n u n p a í s

t r a s o t r o , u n r e p e n t i n o y s i m u l t á n e o r e s u r g i m i e n t o d e l a a u t o -

r i d a d y la u n i d a d p o l í t i c a s . D e s d e l o m á s h o n d o d el t r e m e n d o

c a o s f e u d a l y d e l a s c o n v u l s i o n e s d e l a s g u e r r a s d e l a s R o s a s ,

de l a guerra de lo s Cien Años y de l a segunda guerra c iv i l de

C a s t i ll a , l a s p r i m e r a s m o n a r q u í a s « n u e v a s » s e i r g u i e r o n , p r á c -

t i c a m e n t e a l m i s m o t i e m p o , d u r a n t e l o s r e i n a d o s d e L u i s X I

e n F r a n c i a , F e r n a n d o e I s a b e l e n E s p a ñ a , E n r i q u e V I I e n I n -

g l a t e r r a y M a x i m i l i a n o e n Au s t r i a . As í , c u a n d o l o s e s t a d o s

a b s o l u t i s t a s q u e d a r o n c o n s t i t u i d o s e n O c c i d e n t e , s u e s t r u c t u r a

e s t a b a d e t e r m i n a d a f u n d a m e n t a l m e n t e p o r e l r e a g r u p a m i e n t o

f e u d a l c o n t r a e l c a m p e s i n a d o , t r a s l a d is o l u c i ó n d e la s e r v i d u m -

b r e ; p e r o e s t a b a sobredeterminada s e c u n d a r i a m e n t e p o r e l a u g e

d e u n a b u r g u e s í a u r b a n a q u e , t r a s u n a s e r i e d e a v a n c e s t é c n i-

c o s y c o m e r c i a l e s , e s t a b a d e s a r r o l l a n d o y a l a s m a n u f a c t u r a s

p r e i n d u s t r i a l e s e n u n v o l u m e n c o n s i d e r a b l e . E s t e i m p a c t o s e -

c u n d a r i o de l a b u r g u e s í a u r b a n a s o b r e l as f o r m a s d e l E s t a d o

a b s o l u t i s t a fu e l o q u e M a rx y E n g e l s i n t e n t a r o n c a p t a r c o n lo s

e r r ó n e o s c o n c e p t o s d e « c o n t r a p e s o » y « p i e d r a a n g u l a r » . D e h e-

c h o , E n g e l s e x p re s ó l a v e rd a d e ra r e l a c i ó n d e fu e rz a s c o n b a s -

t a n t e e x a c t i t u d e n m á s d e u n a o c a s i ó n : a l h a b l a r d e l o s n u e v o s

d e s c u b r i m i e n t o s m a r í t i m o s y de l a s i n d u s t r i a s m a n u f a c t u r e r a s

d e l R e n a c i m i e n t o , E n g e l s e s c r i b i ó q u e « a e s t a g r a n t r a n s f o r -

m a c i ó n d e l a s c o n d i c i o n e s e c o n ó m i c a s v i t a l e s d e l a s o c i e d a d n o

s i g u i ó e m p e r o e n e l a c t o u n c a m b i o c o r r e s p o n d i e n t e d e s u

a r t i c u l a c i ó n p o l í t i c a . E l o rd e n e s t a t a l s i g u i ó s i e n d o f e u d a l

m i e n t r a s l a s o c i e d a d s e h a c í a c a d a v e z m á s b u r g u e s a »

1 2

. La

que serán, en una época posterior, los grandes temas f i losóficos de la

Ilustración . . .

w

_ .

12

Anti-Dühring, Mo scú , 1947, p. 126 [Anti-Duhring, en Max y Enge ls,

Obras, vol. 35, Bar celon a, Crítica, 1977, p. 108]; véa nse t am bié n las pá-

ginas 186-7 [p. 169], donde se mezclan formulaciones correctas e incorrec-

tas Hil l cita estas página s en su «Comentario» para exculpar a Engels

de los errores del concepto de «equil ibrio». En general, es posible encon-

trar textos de Marx y Engels en los que se define el absolutismo de forma

más adecuada que en los textos citados anteriormente. (Por ejemplo, en

e l m i s m o Manifiesto comunista hay una referencia directa al «absolutism o

feudal»: Selected Works, p. 56 [Obras escogidas, I, p. 33]; véase ta mb ién

el artículo de Marx «Die moralisierende Kritik und die kntisierende Mo-

ral» de 1847, en

Werke,

vol. 4, pp. 347, 352-3.) Dif ícil me nte pod ría se r de

otra forma, dado que la consecuencia lógica de bautizar a los estados

abso lut i s tas como burgueses o semiburgueses ser la negar la naturaleza



16

Europa occidental

a m e n a z a d el m a l e s t a r c a m p e s i n o , t á c i t a m e n t e c o n s t i t u t i v a d e l

E s t a d o a b s o l u t i s t a , s e v i o a s í a c o m p a ñ a d a s i e m p r e p o r l a pr e -

s i ó n d e l c a p i t a l m e r c a n t i l o m a n u f a c t u r e r o d e n t r o d e l c o n j u n t o

d e l a s e c o n o m í a s o c c i d e n t a l e s , p a r a m o l d e a r l o s c o n t o r n o s d e l

p o d e r d e l a c l a s e a r i s t o c rá t i c a e n l a n u e v a e r a . L a fo rm a p e c u -

l i a r d e l E s t a d o a b s o l u t i s t a e n Oc c i d e n t e s e d e r i v a d e e s t a d o b l e

d e t e r m i n a c i ó n .

L a s f u e r z a s d u a l e s q u e p r o d u j e r o n l a s n u e v a s m o n a r q u í a s

d e l a E u r o p a r e n a c e n t i s t a e n c o n t r a r o n u n a s o la c o n d e n s a c i ó n

j u r í d i c a . E l r e s u r g i m i e n t o d e l d e r e c h o r o m a n o , u n o d e l o s g r a n -

d e s m o v i m i e n t o s c u l t u r a l e s d e l p e r í o d o , c o r r e s p o n d í a a m b i g u a -

m e n t e a l a s n e c e s i d a d e s d e l a s d o s c l a s e s s o c i a l e s c u y o p o d e r

y c a t e g o r í a d e s i g u a l e s d i e r o n f o r m a a l a s e s t r u c t u r a s d e l E s t a d o

a b s o l u t i s t a e n O c c i d e n t e . E n sí m i s m o , el c o n o c i m i e n t o r e n o v a d o

d e l a j u r i s p r u d e n c i a r o m a n a d a t a b a y a d e l a B a j a E d a d M e d i a .

E l e n o r m e d e s a r r o l l o de l d e r e c h o c o n s u e t u d i n a r i o n u n c a h a b í a

s u p r i m i d o el r e c u e r d o y l a p r á c t i c a d e l d e r e c h o c iv i l r o m a n o

e n l a p e n í n s u l a q u e p o s e í a s u m á s l a rg a t r a d i c i ó n , I t a l i a . F u e

p r e c i s a m e n t e e n B o l o n i a d o n d e I r n e v i o , « a n t o r c h a d e l d e r e c h o » ,

h a b í a c o m e n z a d o d e n u e v o e l e s t u d i o s i s t e m á t i c o d e l a s c o d i -

f i c a c i o n e s d e J u s t i n i a n o , a c o m i e n z o s d e l s i g l o x n . L a e s c u e l a d e

g l o s a d o r e s p o r é l f u n d a d a r e c o n s t r u y ó y c l a s i f i c ó m e t ó d i c a m e n -

t e e l l e g a d o d e l os j u r i s t a s ro m a n o s p a r a l o s c i e n a ñ o s s i g u i e n -

tes . Su ob ra f ue con t in ua da , en lo s s ig los x iv y xv , po r lo s «co-

y la realidad de las propias revoluciones burguesas en Europa occidental

Pero no hay duda de que, en medio de una confus ión recurrente ei

sent ido

principal

de sus com entar ios iba en la l ínea del con cep to del

«contrapeso», con el desl izamiento concomitante hacia el de la «piedra an-

gular». No hay ninguna necesidad de ocultar este hecho. El inmenso res-

peto polít ico e intelectual que debemos a Marx y a Engels es incompatible

con ninguna piedad hacia el los. Sus errores —a menudo más reveladores

que las verdades de otros— no deben eludirse, s ino que deben ser iden-

tif icados y superados. Hay que hacer, además, otra advertencia. Durante

largo t iempo ha estado de moda despreciar la contribución relativa de

Engels a la creación del materialismo histórico. Para aquellos que todavía

se inclinan a aceptar esta noción recibida, es necesario decir tranquila

y escandalosamente: los ju ic ios históricos de Engels son casi s iempre

superiores a los de Marx; poseía un conocimiento más profundo de la

historia europea y una percepción más precisa de sus sucesivas y más

notables estructuras. En toda la obra de Engels no hay nada que pueda

compararse con las i lusiones y prejuicios de los que en ocasiones fue

capaz Marx en el campo de la historia, como en la fantasmagórica Secret

diplomatic history of the eighteenth century [La diplomacia secreta

Madrid, Taller de Sociología, 1979], (No es necesario insist ir en la supre-

macía de la contribución global de Marx a la

teoría general

del materia-

l ismo histórico.) La estatura de Engels en sus escritos históricos es, pre-

cisamente, lo Que hace oportuno l lamar la atención sobre sus errores

espec í f icos .


19

m e n t a r i s t a s » , m á s p r e o c u p a d o s p o r la a p l i c a c ió n c o n t e m p o r á n e a

d e l a s n o r m a s l e g a le s r o m a n a s q u e p o r e l a n á l i s i s a c a d é m i -

c o d e s u s p r i n c i p i o s t e ó r i c o s , y q u e , e n e l p ro c e s o d e a d a p t a r e l

d e r e c h o r o m a n o a l as c o n d i c io n e s d r á s t i c a m e n t e t r a n s f o r m a d a s

d e s u t i e m p o , c o r r o m p i e r o n s u p r í s t i n a f o r m a l i m p i á n d o l o a l a

v e z d e s u s c o n t e n i d o s p a r t i c u l a r i s t a s

B

. P a r a d ó j i c a m e n t e , l a m i s -

m a i n f i d e l i d a d d e s u s tr a s p o s i c i o n e s d e la j u r i s p r u d e n c i a l a t i n a

« u n l v e rs a l iz ó » a é s t a al s u p r i m i r l a s n u m e r o s a s p a r t e s d e l d e r e -

c h o c i vi l r o m a n o q u e e s t a b a n e s t r i c t a m e n t e r e l a c i o n a d a s c o n

l a s c o n d i c i o n e s h i s t ó r i c a s d e l a An t i g ü e d a d (p o r e j e m p l o , s u

e x h a u s t i v o t r a t a m i e n t o d e l a e s c l a v i t u d )

M

. A p a r t i r d e s u p r i -

m e r r e d e s c u b r i m i e n t o e n e l s i g lo x n , l o s c o n c e p t o s l e g a l e s r o-

m a n o s c o m e n z a r o n a e x t e n d e r s e g r a d u a l m e n t e h a c i a e l e x t e r i o r

d e I t a l i a . A f i n a l e s d e l a E d a d M e d i a , n i n g ú n p a í s i m p o r t a n t e

d e E u r o p a o c c i d e n t a l e s t a b a a l m a r g e n d e e s t e p r o c e s o . P e r o

l a « r e c e p c i ó n » d e c i s i v a d e l d e r e c h o r o m a n o — s u t r i u n f o j u r í -

d i c o g e n e r a l — o c u r r i ó e n l a e r a d e l R e n a c i m i e n t o , c o r r e l a t i v a -

m e n t e c o n l a d e l a b s o l u t i s m o . L a s r a z o n e s e c o n ó m i c a s d e s u

p r o f u n d o i m p a c t o f u e r o n d o b l e s y r e f l e j a b a n la c o n t r a d i c t o r i a

n a t u r a l e z a d e l m i s m o l e g a d o o r i g i n a l r o m a n o .

E c o n ó m i c a m e n t e , l a r e c u p e r a c i ó n e i n t r o d u c c i ó n d e l d e r e -

c h o c i v i l c l á s i c o f a v o r e c i ó , f u n d a m e n t a l m e n t e , e l d e s a r r o l l o d e l

c a p i t a l l i b r e e n l a c i u d a d y e n e l c a m p o , p u e s t o q u e l a g r a n

n o t a d i s t i n t i v a d e l d e re c h o c i v i l r o m a n o h a b í a s i d o s u c o n c e p -

c i ó n d e u n a p r o p i e d a d p r i v a d a a b s o l u t a e in c o n d i c i o n a l . L a c o n -

c e p c i ó n c lá s i c a d e la p r o p i e d a d q u i r i t a r i a s e h a b í a h u n d i d o

p r á c t i c a m e n t e e n la s o s c u r a s p r o f u n d i d a d e s d e l p r i m e r f e u d a -

l i s m o . C o m o s e h a d i c h o a n t e s , e l m o d o d e p r o d u c c i ó n f e u d a l

s e d e f i n í a p r e c i s a m e n t e p o r l o s p r i n c i p i o s j u r í d i c o s d e u n a p r o -

p i e d a d « e s c a l o n a d a » o c o n d i c i o n a l , q u e s e r v í a d e c o m p l e m e n t o

a s u s o b e r a n í a f r a g m e n t a d a . E s t e e s t a t u t o d e l a p r o p i e d a d s e

a d a p t a b a b i e n a l a e c o n o m í a a b r u m a d o r a m e n t e n a t u r a l q u e

u

Véase H. D. Hazeltine, «Román and canon law in the Middle Ages»,

The Cambridge Mediaeval History,

v, Ca mb ridg e, 1968, pp. 737-41. El cla-

s ic i smo renacent i s ta habría de ser muy cr í t ico , consecuentemente con la

obra de los comentaristas.

14

«Pero debido a la aplicación de ese derecho a hechos jurídicos ente-

ramente diversos, desconocidos por la Antigüedad, se planteó la^tarea de

construir el hech o jurídica mente , s in contra dicción ninguna , y esa

preocupación pasó casi de modo absoluto al primer plano y, con el la,

aparec ió la concepc ión de l derecho ahora dominante , como un complejo

comp acto de normas , lóg icamente exento de contradicc ión y de l a u -

nas, que debe ser aplicado ; y esa conce pción re sultó ser la única decisiva

para el pensamiento jurídico.» Weber, Economy and socicty, II, p. 855

[Economía y sociedad,

México , FCE, 1974, I p. 6¿5]



16

16 Europa occidental

e m e r g i ó e n l a E d a d O s c u r a , a u n q u e n u n c a f u e c o m p l e t a m e n t e

i d ó n e a p a r a e l s e c t o r u r b a n o q u e s e d e s a r r o l l ó e n l a e c o n o m í a

m e d i e v a l . E l r e s u r g i r d e l d e r e c h o r o m a n o d u r a n t e l a E d a d

M e d i a c o n d u j o , p u e s , a u n e s fu e rz o d e l o s j u r i s t a s p o r « s o l id i -

f i c a r » y d e l i m i t a r l os c o n c e p t o s d e p r o p i e d a d , i n s p i r a d o s p o r

l o s p r e c e p t o s c l á s i c o s a h o r a d i s p o n i b l e s . Un o d e e s t o s i n t e n t o s

fu e e l d e s c u b r i m i e n t o , a f i n a l e s d e l s i g l o x n , d e la d i s t i n c i ó n

e n t r e dominium directum y dominium utile p a ra e x p l i c a r l a

e x i s t e n c i a d e u n a j e r a r q u í a d e v a s a l l a j e y, p o r t a n t o , d e u n a

m u l t i p l i c i d a d d e d e r e c h o s s o b r e l a m i s m a t i e r r a

1 5

. O t ro fu e l a

c a r a c t e r í s t i c a n o c i ó n m e d i e v a l d e «seisin» , c o n c e p c i ó n i n t e r m e -

d i a e n t r e l a « p ro p i e d a d » y l a « p o s e s i ó n » l a t i n a s , q u e g a r a n t i z a b a

l a p r o t e c c i ó n d e l a p r o p i e d a d c o n t r a l a s a p r o p i a c i o n e s c a s u a l e s

y l a s r e c l a m a c i o n e s c o n f l i c t i v a s , a l a v e z q u e m a n t e n í a e l p r i n -

c i p i o f e u d a l d e lo s m ú l t i p l e s t í t u l o s p a r a e l m i s m o o b j e t o ; e l

d e r e c h o d e «

seisin

» n u n c a f u e e x c l us i v o n i p e r p e t u o

1 6

. L a r e a p a -

r ic ió n p l e n a d e l a i d e a d e u n a p r o p i e d a d p r i v a d a a b s o l u t a d e

l a t i e r r a f u e u n p r o d u c t o d e l a p r i m e r a é p o c a m o d e r n a : h a s t a

q u e l a p r o d u c c i ó n y e l i n t e r c a m b i o d e m e r c a n c í a s n o a l c a n -

z a ro n u n o s n i v e l e s s e m e j a n t e s o s u p e r i o r e s a l o s d e l a An t i -

g ü e d a d — t a n t o e n l a a g r i c u l t u r a c o m o e n l a s m a n u f a c t u r a s — ,

l o s c o n c e p t o s j u r í d i c o s c r e a d o s p a r a c o d i f i c a r l o s n o p u d i e r o n

e n c o n t r a r d e n u e v o s u p r o p i a j u s t i f i c a c i ó n . L a m á x i m a d e

su -

perficies solo cedit — p r o p i e d a d d e la t i e r r a s i n g u l a r e i n c on d i -

c i o n a l — v o l v i ó a s e r p o r s e g u n d a v e z u n p r i n c i p i o o p e ra t i v o

( a u n q u e t o d a v í a n o d o m i n a n t e ) e n l a p r o p i e d a d a g r í c o l a , p r e -

c i s a m e n t e a c a u s a d e l a e x p a n s i ó n d e la s r e l a c i o n e s m e r c a n t i l e s

e n el c a m p o , q u e h a b r í a n d e c a r a c t e r i z a r l a la r g a t r a n s i c i ó n d e l

f e u d a l i s m o a l c a p i t a l i s m o e n O c c i d e n t e . E n l as m i s m a s c i u d a -

d e s , h a b í a c r e c i d o e s p o n t á n e a m e n t e d u r a n t e l a E d a d M e d i a u n

d e r e c h o c o m e r c i a l r e l a t i v a m e n t e d e s a r r o l l a d o . E n e l s e n o d e l a

e c o n o m í a u r b a n a , e l i n t e r c a m b i o d e m e r c a n c í a s h a b í a a l c a n z a d o

u n c o n s i d e r a b l e d i n a m i s m o e n l a é p o c a m e d i e v a l y , e n a l g u n o s

a s p e c t o s i m p o r t a n t e s , su s f o r m a s d e e x p r e s i ó n l e ga l e s t a b a n

m á s a v a n z a d a s q u e s u s m i s m o s p r e c e d e n t e s r o m a n o s : p o r e j e m -

p l o , e n el d e r e c h o p r o t o m e r c a n t i l y e n e l d e r e c h o m a r í t i m o .

15

Sobr e e sta discusió n, véase J.-P. Lévy, Histoire de la proprieté,

París, 1972, pp. 44-6. Otra consecuencia irónica de los esfuerzos por encon-

trar una nueva claridad jurídica, inspirada por las investigaciones me-

dievales en los códigos romanos, fue, naturalmente, la aparición de la

def in ic ión de los s iervos como

glebae adscripti.

16

Sobr e la recepción del conce pto de seisin, véase P. Vinogradoff ,

Román law in mediaeval Europe, Lo nd res , 1909, pp. 74-7, 86, 95-6; Lévy,

Histoire de la propriété, pp . 50-2.


13

2

P e r o n o h a b í a a q u í t a m p o c o n i n g ú n m a r c o u n i f o r m e d e t e o r í a

n i p r o c e d i m i e n t o l e g a le s . L a s u p e r i o r i d a d d e l d e r e c h o r o m a n o

p a ra l a p r á c t i c a m e r c a n t i l e n l a s c i u d a d e s r a d i c a , p u e s , n o s ó l o

e n s u s c l a r a s n o c i o n e s d e p r o p i e d a d a b s o l u t a , s i n o t a m b i é n e n

s u s t r a d i c i o n e s d e e q u i d a d , s u s c á n o n e s r a c i o n a l e s d e p r u e b a

y s u h i n c a p i é e n u n a j u d i c a t u r a p r o f e s i o n a l , v e n t a j a s q u e l o s

t r i b u n a l e s c o n s u e t u d i n a r i o s n o r m a l m e n t e n o e r a n c a p a c e s d e

p r o p o r c i o n a r

1 7

. L a r e c e p c i ó n d e l d e r e c h o r o m a n o e n l a E u r o p a

re n a c e n t i s t a fu e , p u e s , u n s i g n o d e la e x p a n s i ó n d e la s r e l a c i o -

n e s c a p i t a l i s t a s e n l a s c i u d a d e s y e n e l c a m p o : económicamente,

r e s p o n d í a a l o s i n t e r e s e s v i t a l e s d e l a b u rg u e s í a c o m e rc i a l y

m a n u f a c t u r e r a . E n A l e m a n i a , p a í s e n e l q u e e l i m p a c t o d e l

d e r e c h o r o m a n o f u e m á s d r a m á t i c o , p o r q u e s u s t i t u y ó a b r u p t a -

m e n t e a l o s t r i b u n a l e s l o c a l e s , e n e l p r o p i o h o g a r d e l d e re c h o

c o n s u e t u d i n a r i o t e u t ó n i c o , d u ra n t e lo s s i g l o s x v y x v i , e l í m p e t u

i n i c i a l p a r a s u a d o p c i ó n t u v o l u g a r e n l a s c i u d a d e s d e l s u r y e l

o e s t e , y p ro v i n o d e s d e a b a j o a t r a v é s d e l a p r e s i ó n d e l i t i g a n t e s

u r b a n o s p o r u n d e r e c h o j u r í d i c o c l a r o y p r o f e s i o n a l

1 8

. S in em-

b a r g o , e s t e d e r e c h o f u e a d o p t a d o m u y p r o n t o p o r l o s p r í n c i p e s

a l e m a n e s , y a p l i c a d o e n s u s t e r r i t o r i o s e n u n a e s c a l a m u c h o

m ay or y a l se rv ic io de f ines mu y d i ver sos .

P o r q u e ,

políticamente,

e l r e s u r g i r d e l d e r e c h o r o m a n o c o r r e s -

p o n d í a a l a s e x i g e n c i a s c o n s t i t u c i o n a l e s d e l o s E s t a d o s f e u d a -

l e s r e o rg a n i z a d o s d e la é p o c a . De h e c h o , n o p u e d e h a b e r n i n g u -

n a d u d a d e q u e , a e s c a l a e u r o p e a , e l d e t e r m i n a n t e

principal

d e

l a a d o p c i ó n d e l a j u r i s p r u d e n c i a r o m a n a r a d i c a e n e l g i r o d e

l o s g o b i e r n o s m o n á r q u i c o s h a c i a el i n c r e m e n t o d e l o s p o d e r e s

La relación del anterior derecho medieval con el romano en las

ciudades todavía necesita considerable investigación. El relativo avance

de las normas legales que rigen las operaciones en

commenda

y el co-

merc io marí t imo en la Edad Media , no es sorprendente: e l mundo ro-

mano, como ya hemos v i s to , carec ía de compañías empresar ia les y abar-

caba a un Mediterráneo unificado. Por tanto, no había ninguna razón

para desarrollar ni las unas ni las otras. Por otra parte, el temprano

estudio del derecho romano en las ciudades ital ianas sugiere que lo que

en t iempos de l Renac imiento aparec ía como práct ica contractual «me-

dieval» podría haberse inspirado originariamente en preceptos legales

derivados de la Antigüedad. Vinogradoff no t ieme ninguna duda de que

el derecho contractual romano ejerció una influencia directa en los códi-

gos de negocios de los burgueses urbanos durante la Edad Media:

Román

law in mediaeval Europe,

pp. 79-80, 131. En la Eda d Media, la prop ieda d

inmueble urbana, con su «posesión l ibre», s iempre estuvo más cerca de

las normas romanas que la propiedad rural, como es obvio.

Wolfgang Kunkell , «The reception of román law in Germany: an

interpretation», y Georg Dahm, «On the reception of Román and Italian

law in Germany», en G. Strauss, comp.,

Pre-Reformation Germany,

Lon-

dres, 1972, pp. 271, 274-6, 278, 284-92.



16


c e n t r a l e s . H a y q u e r e c o r d a r q u e e l s i s t e m a l e g a l r o m a n o c o m -

p r e n d í a d o s s e c t o r e s d i s t i n t o s y a p a r e n t e m e n t e c o n t r a r i o s : e l

d e r e c h o c iv il , q u e r e g u l a b a l a s t r a n s a c c i o n e s e c o n ó m i c a s e n t r e

l o s c i u d a d a n o s , y e l d e r e c h o p ú b l i c o , q u e r e g í a l a s r e l a c i o n e s

p o l í t i c a s e n t r e e l E s t a d o y s u s s ú b d i t o s . E l p r i m e r o e r a e l

jus,

e l s e g u n d o l a lex. E l c a r á c t e r j u r í d i c a m e n t e i n c o n d i c i o n a l d e la

p r o p i e d a d p r i v a d a , c o n s a g r a d o p o r e l p r i m e r o , e n c o n t r ó s u

e q u i v a l e n t e c o n t r a d i c t o r i o e n l a n a t u r a l e z a f o r m a l m e n t e a b s o -

l u t a d e l a s o b e ra n í a i m p e i a l e j e r c i d a p o r e l s e g u n d o , a l m e n o s

d e s d e e l Do m i n a d o e n a d e l a n t e . L o s p r i n c i p i o s t e ó r i c o s d e e s t e

imperium

p o l í t i c o f u e r o n l o s q u e e j e r c i e r o n u n a i n f l u e n c i a y

u n a a t r a c c i ó n p r o f u n d a s s o b r e la s n u e v a s m o n a r q u í a s d e l R e n a-

c i m i e n t o . S i l a r e v i t a l i z a c i ó n d e l a n o c i ó n d e p ro p i e d a d q u i r i -

t a r i a t r a d u c í a y, s i m u l t á n e a m e n t e , p r o m o v í a el c r e c i m i e n t o

g e n e r a l d e l i n t e r c a m b i o m e r c a n t i l e n la s e c o n o m í a s d e t r a n s i -

c i ó n d e a q u e l l a é p o c a , e l r e s u rg i m i e n t o d e l a s p r e r ro g a t i v a s

a u t o r i t a r i a s d e l D o m i n a d o e x p r e s a b a y c o n s o l i d a b a l a c o n c e n -

t r a c i ó n d e l p o d e r d e l a c l a s e a r i s t o c rá t i c a e n u n a p a r a t o d e E s -

t a d o c e n t r a l i z a d o q u e e r a l a r e a c c i ó n n o b l e f r e n t e a a q u é l . E l

d o b l e m o v i m i e n t o s o c i a l i n s e r t o e n l a s e s t r u c t u r a s d e l a b s o l u -

t i s m o o c c i d e n t a l e n c o n t r ó a s í s u c o n c o r d a n c i a j u r í d i c a e n l a

r e i n t r o d u c c i ó n d e l d e r e c h o r o m a n o . L a f a m o s a m á x i m a d e U l-

p i a n o

quod principi placuit legis habet vicem,

« l a v o l u n t a d

d e l p r í n c i p e t i e n e fu e rz a d e l e y »— s e c o n v i r t i ó e n u n i d e a l c o n s -

t i t u c i o n a l e n l a s m o n a r q u í a s r e n a c e n t i s t a s d e t o d o el O c c i de n -

t e L a i d e a c o m p l e m e n t a r i a d e q u e l o s r e y e s y p r í n c i p e s

e s t a b a n

ab legibus solutus,

o l ib r es de l as ob l i gac ion es l ega les

a n t e r i o r e s , p r o p o r c i o n ó l a s b a s e s j u r í d i c a s p a r a a n u l a r l o s p r i -

v i l e g i o s m e d i e v a l e s , i g n o r a r lo s d e r e c h o s t r a d i c i o n a l e s y s o m e -

t e r l as li b e r t a d e s p r i v a d a s .

E n o t r a s p a l a b r a s , e l a u g e d e l a p r o p i e d a d p r i v a d a d e s d e

a b a j o , s e v i o e q u i l i b r a d o p o r el a u m e n t o d e la a u t o r i d a d p ú b l i c a

d e s d e a r r i b a , e n c a r n a d a e n el p o d e r d i s c r e c i o n a l d e l m o n a r c a .

L o s e s t a d o s a b s o l u t i s t a s d e O c c i d e n t e a p o y a r o n s u s n u e v o s f i-

n e s e n p r e c e d e n t e s c l á s i c o s : e l d e r e c h o r o m a n o e r a e l a r m a

i n t e l e c t u a l m á s p o d e ro s a q u e t e n í a n a s u d i s p o s i c i ó n p a ra s u s

c a r a c t e r í s t i c o s p r o g r a m a s d e i n t e g r a c i ó n t e r r i t o r i a l y c e n t r a l i s -

m o a d m i n i s t r a t i v o . D e h e c h o , n o f u e a c c i d e n t a l q u e l a ú n i c a

m o n a r q u í a m e d i e v a l q u e l o g r a s e u n a c o m p l e t a e m a n c i p a c i ó n d e

l a s a t a d u r a s r e p r e s e n t a t i v a s o c o r p o r a t i v a s f u e s e e l p a p a d o ,

Un ideal, pero en modo alguno el único: como veremos, la com-

pleja práct ica del absolut ismo estuvo muy lejos de corresponder a la

máxima de Ulpiano.


23

p r i m e r s i s t e m a p o l í t i c o d e l a E u r o p a f e u d a l q u e u ti l i z ó e n

s r a n e s c a l a l a j u r i s p r u d e n c i a r o m a n a c o n la c o d i f i c a c i ó n d e l

d e re c h o c a n ó n i c o e n l o s s i g l o s x n y

X I I I

. L a a f i r m a c i ó n d e u n a

plenitudo potestatis d e l p a p a d e n t ro d e l a Ig l e s i a e s t a b l e c i ó e l

precedent e

p a r a l a s p r e t e n s i o n e s p o s t e r i o r e s d e l o s p r í n c i p e s

s e c u l a r e s , r e a l i z a d a s a m e n u d o , p r e c i s a m e n t e , c o n t r a l a s d e s -

o r b i t a d a s a s p i r a c i o n e s r e l i g i o s a s . P o r o t r a p a r t e , y d e l m i s m o

m o d o q u e l o s a b o g a d o s c a n o n i s t a s d e l p a p a d o f u e r o n l o s q u e

c o n s t r u y e r o n e h i c i e r o n f u n c i o n a r s u s a m p l i o s c o n t r o l e s a d m i -

n i s t r a t i v o s s o b r e la Ig l e s i a, f u e r o n lo s b u r ó c r a t a s s e m i p r o f e s i o -

n a l e s a d i e s t r a d o s e n e l d e r e c h o r o m a n o q u i e n e s p r o p o r c i o n a r o n

l o s s e r v i d o r e s e j e c u t i v o s f u n d a m e n t a l e s d e l o s n u e v o s e s t a d o s

m o n á r q u i c o s . D e f o r m a c a r a c t e r í s t i c a , l a s m o n a r q u í a s a b s o l u -

t a s d e O c c i d e n t e s e a s e n t a r o n e n u n c u a l i f i c a d o e s t r a t o d e

l e g i s ta s q u e p r o v e í a n d e p e r s o n a l a s u s m a q u i n a r i a s a d m i n i s t r a -

t ivas : lo s letrados e n E s p a ñ a , l os maltres des requétes e n

F ra n c i a , l o s

doctores

e n A l e m a n i a . I m b u i d o s e n l a s d o c t r i n a s

r o m a n a s d e l a a u t o r i d a d d e l p r í n c i p e p a r a d e c r e t a r y e n l a s c on -

c e p c i o n e s r o m a n a s d e la s n o r m a s l e g a le s u n i t a r i a s , e s to s b u r ó -

c r a t a s - j u r i s t a s f u e r o n lo s c e l o s o s d e f e n s o r e s de l c e n t r a l i s m o

re a l e n e l c r í t i c o p r i m e r s i g l o d e la c o n s t ru c c i ó n d e l E s t a d o

a b s o l u t i s t a .

L a i m p r o n t a d e e s t e c u e r p o i n t e r n a c i o n a l d e le g i s t a s , m á s q u e

c u a l q u i e r o t r a f u e r z a , f u e la q u e r o m a n i z ó l o s s i s t e m a s j u r í d i c o s

d e E u r o p a o c c i d e n t a l d u r a n t e e l R e n a c i m i e n t o . P u e s l a t r a n s -

f o r m a c i ó n d e l d e r e c h o r e f l e j a b a i n e v i t a b l e m e n t e la d i s t r i b u c i ó n

d e l p o d e r e n t r e l a s c l a s e s p o s e e d o ra s d e la é p o c a : e l a b s o l u t i s -

m o , e n c u a n t o a p a r a t o d e E s t a d o r e o r g a n i z a d o d e la d o m i n a c i ó n

n o b i l i a r i a , f u e el a r q u i t e c t o c e n t r a l d e l a r e c e p c i ó n d e l d e r e c h o

r o m a n o e n E u r o p a . I n c l u s o a l lí d o n d e l a s c i u d a d e s a u t ó n o m a s

i n i c i a ro n e l m o v i m i e n t o , c o m o e n A l e m a n i a , f u e r o n l o s p r í n c i -

p e s q u i e n e s s e a p o d e r a r o n d e é l y l o d o m e s t i c a r o n ; y a l l í d o n d e

e l p o d e r r e a l f u e i n c a p a z d e i m p o n e r e l d e r e c h o c i v i l , c o m o e n

I n g l at e r r a, é s t e n o p u d o e c h a r r a íc e s e n e l m e d i o u r b a n o E n

20

El derecho ro man o nunca fue adop tado en Inglaterra, a causa, espe-

cialmente, de la temprana centralización del Estado anglonormando, cuya

unidad administrativa hizo a la monarquía inglesa relativamente indife-

rente a las ventajas del derecho civil durante su difusión medieval;

véanse los pert inentes comentarios de N. Cantor,

Mediaev al history,

Lon-

dres 1963, pp. 345-9. A com ienzo s d e la época mod erna, las d inastías

Tudór y Éstuardo introdujeron nuevas inst i tuciones jurídicas de derecho

civil (Cámara estrellada, Almirantazgo, Cancillería), pero en último ter-

mino fueron incapaces de prevalecer sobre el derecho consuetudinario:

tras los fuertes conflictos entre ambos a principios del siglo xvn, la

revolución inglesa de 1640 selló la victoria del último. Para algunas refle-



16


e l p r o c e s o s o b r e d e t e r m i n a d o d e r e n a c i m i e n t o d e l o r o m a n o , l a

p re s i ó n p o l í t i c a d e l o s E s t a d o s d i n á s t i c o s t u v o l a p r i m a c í a : l a s

e x i g e n c ia s d e « c l a r id a d » m o n á r q u i c a d o m i n a r o n a l a s d e « se -

g u r i d a d » m e r c a n t i l

2 1

. A u n q u e t o d a v ía e x t r e m a d a m e n t e i m p e r -

f e c t o e i n c o m p l e t o , e l c r e c i m i e n t o e n r a c i o n a l i d a d f o r m a l d e

l o s s i s t e m a s le g a l e s d e l a p r i m e r a E u r o p a m o d e r n a f u e o b r a

p r e p o n d e r a n t e m e n t e , d e l a b s o l u t i s m o a r i s t o c r á t ic o .

E l p r i n c i p a l e f e c t o d e la m o d e r n i z a c i ó n j u r í d i c a f u e , p u e s

e l r e f o r z a m i e n t o d e l d o m i n i o d e l a c l a s e f e u d a l t r a d i c i o n a l . L a

a p a r e n t e p a r a d o j a d e e s t e f e n ó m e n o q u e d ó r e f l e j a d a e n t o d a

l a e s t r u c t u r a d e l a s m o n a r q u í a s a b s o l u t a s , c o n s t r u c c i o n e s e x ó -

t i c a s e h í b r i d a s c u y a f a c h a d a « m o d e r n a » t r a i c i o n a b a u n a y o t r a

v e z u n s u b t e r r á n e o a r c a í s m o . E s t o p u e d e v e r s e c o n t o d a c l a-

r i d a d e n e l e s t u d i o d e l a s i n n o v a c i o n e s i n s t i t u c i o n a l e s q u e a n u n -

c i a r o n y t i p i f i c a r o n s u l le g a d a : e j é r c i t o , b u r o c r a c i a , i m p u e s t o s ,

c o m e r c i o , d i p l o m a c i a . P o d e m o s p a s a r r e v i s t a b r e v e m e n t e a c a d a

u n a d e e l l a s . S e h a s e ñ a l a d o c o n f r e c u e n c i a q u e e l E s t a d o a b s o -

l u t i s t a e c h ó l o s c i m i e n t o s d e l e j é r c i t o p ro fe s i o n a l , q u e c r e c i ó

i n m e n s a m e n t e e n t a m a ñ o c o n l a r e v o l u c i ó n m i l i t a r i n t r o d u c i d a

e n

J ° n

S

'

g l O S X V I y X V n p o r M a u r i c i o

d e O r a n g e , G u s t a v o A d o l f o

y W a l l e n s t e i n ( i n s t ru c c i ó n y l í n e a d e i n f a n t e r í a p o r e l h o l a n d é s -

c a rg a d e c a b a l l e r í a y s i s t e m a d e p e l o t o n e s p o r el s u e c o ; m a n d ó

ú n i c o v e r t i c a l p o r e l c h e c o ) * L o s e j é r c i t o s d e F e l i p e I I c o n t a -

b a n c o n u n o s 6 0 .0 00 h o m b re s , m i e n t r a s q u e lo s d e L u i s X IV

c i e n a n o s d e s p u é s , t e n í a n h a s t a 3 00 .0 00 . T a n t o l a fo rm a c o m o l a

f u n c i ó n d e e s a s t r o p a s d i v e r g í a e n o r m e m e n t e d e la q u e m á s

a d e l a n t e s e r í a c a r a c t e r í s t i c a d e l m o d e r n o E s t a d o b u r g u é s N o

c o n s t i t u í a n n o r m a l m e n t e u n e j é r c i t o n a c i o n a l o b l i g a t o r i o , s i n o

u n a m a s a m i x t a e n la q u e l os m e r c e n a r i o s e x t r a n j e r o s d e s e m -

p e ñ a b a n u n p a p e l c o n s t a n t e y c e n t r a l . E s t o s m e r c e n a r i o s s e

r e c l u t a b a n , s i g n i f i c a t i v a m e n t e , e n z o n a s q u e q u e d a b a n f u e r a d e l

p e r í m e t r o d e l a s n u e v a s m o n a r q u í a s c e n t r a l i z a d a s , f r e c u e n t e -

xiones sobre es te proceso , véase W. Holdsworth , A history of English

law,

iv, Londres, 1924, pp. 284-5.

vngnsn

21

Est os so n los dos tér mino s uti l izados por Weber para señalar los

respectivos intereses de las dos fuerzas interesadas en la romanización

«Por regla general, los funciona rios aspiran a la claridad ; las capas

burgu esas a la seg un dad de la aplicación del derecho.» Véase su exce-

ÍocLad

8

T

e

p

n

p

aC

62W0]

n ECOn

°

my and socie

'y- PP- M7-8 [Economía y

Micha el Robe rts «The military rev olut ion, 1560-1660», en

Essays in

aT

¡\

L o n d r

,

e S

'

1 9 6 7

' PP-

19 5

2 2 5

- es un l ibró fund am ental

Gustavus Adolphus: a history of Sweden, 1611-1632,

vol. n Lon dres 1958

páginas 169-89. Roberts quizá sobrevalora el crecimiento cuantitativo

dé

los ejércitos en esta época.


25

m e n t e e n r e g i o n e s m o n t a ñ o s a s q u e s e e s p e c i a l i z a b a n e n p r o -

v e e r l o s - l o s s u i z o s fu e r o n l o s gurkas d e l o s p r i m e r o s t i e m p o s

d e l a E u r o p a m o d e r n a . L o s e j é r c i t o s f r a n c e s e s , h o l a n d e s e s , e s-

t a ñ ó l e s a u s t r í a c o s o i n g l e s e s i n c l u í a n a s u a b o s , a l b a n e s e s , s u i-

zos i r l a n d e s e s , g a l e s e s , t u r c o s , h ú n g a r o s o i t a l i a n o s

2 3

. La razón

s o c ia l m á s o b v i a d e l f e n ó m e n o m e r c e n a r i o f u e , p o r s u p u e s t o ,

l a n a t u r a l n e g a t i v a d e l a c l a s e n o b l e a a r m a r e n m a s a a s u s

p r o p i o s c a m p e s i n o s . « E s p r á c t i c a m e n t e i m p o s i b l e a d i e s t r a r a

t o d o s l o s s ú b d i t o s d e u n a r e p ú b l i c a e n l a s a r t e s d e la g u e r r a ,

V a l m i s m o t i e m p o c o n s e rv a r l o s o b e d i e n t e s a l a s le y e s y a l o s

m a g i s t r a d o s » , c o n f e s a b a J e a n B o d i n . « E s t a f u e , q u i z á , l a p r i n -

c i p a l r a z ó n p o r l a q u e F ra n c i s c o I d i s o l v i ó l o s s i e t e r e g i m i e n t o s ,

c a d a u n o d e 6 .0 00 i n f a n t e s , q u e h a b í a c r e a d o e n e s t e r e i n o »

2 4

.

A l a i n v e r s a , p o d í a c o n f i a r s e e n la s t r o p a s m e r c e n a r i a s , d e s c o -

n o c e d o ra s i n c l u s o d e l a l e n g u a d e l a p o b l a c i ó n l o c a l , p a r a e x t i r -

p a r l a r e b e l i ó n s o c i a l . L o s Landsknechten a l e m a n e s s e e n f r e n t a -

ro n c o n l o s l e v a n t a m i e n t o s c a m p e s i n o s d e 15 49 e n I n g l a t e r r a ,

e n l a z o n a o r i e n t a l d e l p a í s , m i e n t r a s l o s a r c a b u c e ro s i t a l i a n o s

a s e g u r a b a n l a l i q u i d a c i ó n d e l a r e b e l i ó n ru r a l e n l a z o n a o c c i -

d e n t a l ; l a g u a rd i a s u i z a a y u d ó a r e p r i m i r l a s g u e r r i l l a s d e b o l o -

ñ e s e s y camisards de 1662 y 1702 en Fr an c ia . La im po r t an c i a

f u n d a m e n t a l d e l o s m e r c e n a r i o s d e s d e G a l e s a P o l o n i a , c a d a

v e z m á s v i s i b l e d e s d e f i n a l e s d e l a E d a d M e d i a , n o fu e s i m -

p l e m e n t e u n e x p e d i e n t e p r o v i s i o n a l d e l a b s o l u t i s m o e n e l d e s -

p u n t a r d e s u e x i s t e n c i a , s i n o q u e l o m a rc ó h a s t a e l m i s m o m o -

m e n t o d e s u d e s a p a r i c i ó n e n Oc c i d e n t e . A f i n a l e s d e l si g l o x v m ,

i n c l u s o d e s p u é s d e l a i n t ro d u c c i ó n d e l a r e c l u t a o b l i g a t o r i a e n

l o s p r i n c i p a l e s p a í s e s e u ro p e o s , h a s t a d o s t e r c i o s d e c u a l q u i e r

e j é r c i t o « n a c i o n a l» p o d í a n e s t a r f o r m a d o s p o r s o l d a d e s c a e x-

t r a n j e r a a s a l a r i a d a

2 5

. E l e j e m p l o d e l a b s o l u t i s m o p r u s i a n o — q u e

c o m p r a b a y s e c u e s t r a b a s u m a n o d e o b r a f u e r a d e s u s f r o n t e r a s

u t i l i z a n d o l a s u b a s t a y l a l e v a p o r l a fu e rz a — e s u n r e c u e rd o

d e q u e n o h a b í a n e c e s a r i a m e n t e u n a c l a r a d i f e r e n c i a e n t r e

a m b o s .

A l m i s m o t i e m p o , s in e m b a r g o , l a f u n c i ó n d e e s t a s v a s t a s y

n u e v a s m a s a s d e s o l d a d o s e r a t a m b i é n c l a r a m e n t e d i f e r e n t e d e

l a f u n c i ó n d e l o s p o s t e r i o r e s e j é r c i t o s c a p i t a l i s t a s . H a s t a a h o r a

El ensayo de Victor Kiernan, «Foreing mercenaries and absolute

monarchy» , Past and present, 11, abril de 1957, pp. 66-86 r eim pr es o en

T. Aston (comp.) ,

Crisis in Europe, 1560-1660,

Lo nd res , 1965, pp. 117-40,

es un es tudio incomparable de l fenómeno mercenar io , a l que poco se

ha añadido después.

24

Jean Bodin,

Les six livres de la République,

Par ís, 1578 p. 669.

25

Walter Dorn, Competition for empire, Nu eva York , 1940, p. 83.



16

16

Europa occidental

n o e x i s t e n i n g u n a t e o r í a m a r x i s t a d e l a s c a m b i a n t e s f u n c i o n e s

s o c i a l e s d e J a g u e r r a e n l o s d i f e r e n t e s m o d o s d e p ro d u c c i ó n .

No e s é s t e e l l u g a r p a ra e s t u d i a r e s e t e m a . C o n t o d o , p u e d e

a f i r m a r s e q u e l a g u e r r a e r a , p o s i b l e m e n t e , e l m o d o m á s racional

y m á s rápido d e q u e d i s p o n í a c u a l q u i e r c l a s e d o m i n a n t e e n e l

f e u d a l i s m o p a r a e x p a n d i r l a e x t r a c c i ó n d e e x c e d e n t e . E s c i e r t o

q u e n i l a p ro d u c t i v i d a d a g r í c o l a n i e l v o l u m e n d e l c o m e rc i o

q u e d a r o n e s t a n c a d o s d u r a n t e la E d a d M e d i a . P a r a l o s s e ñ o r e s ,

s i n e m b a r g o , c r e c í a n m u y l e n t a m e n t e e n c o m p a r a c i ó n c o n l a s

r e p e n t i n a s y m a s i v a s « c o s e c h as » q u e p r o d u c í a n l a s c o n q u i s t a s

t e r r i t o r i a l e s , d e l a s q u e l a s i n v a s i o n e s n o r m a n d a s d e I n g l a t e r r a

o S ic i l i a , l a t o m a a n g e v i n a d e Ná p o l e s o l a c o n q u i s t a c a s t e l l a n a

d e A n d a l u c í a f u e r o n s ó l o l o s e j e m p l o s m á s e s p e c t a c u l a r e s . E r a

l ó g i c o , p u e s , q u e l a d e f i n i c i ó n s o c i a l d e l a c l a s e d o m i n a n t e

f e u d a l f u e s e m i l i t a r . L a e s p e c í f i c a r a c i o n a l i d a d e c o n ó m i c a d e l a

g u e r r a e n e s a fo r m a c i ó n s o c ia l e s l a m a x i m i z a c i ó n d e l a r i q u e -

z a , y s u p a p e l n o p u e d e c o m p a ra r s e a l q u e d e s e m p e ñ a e n l a s

f o r m a s d e s a r r o l l a d a s d e l m o d o d e p r o d u c c i ó n q u e le s u c e d e ,

d o m i n a d o p o r e l r i t m o b á s i c o d e l a a c u m u l a c i ó n d e l c a p i t a l y

p o r e l « c a m b i o i n c e s a n t e y u n i v e r s a l » (M a rx ) d e l o s fu n d a m e n -

t e s e c o n ó m i c o s d e t o d a fo r m a c i ó n s o c i a l . L a n o b l e z a fu e u n a

c l a s e t e r r a t e n i e n t e c u y a p r o f e s i ó n e r a la g u e r r a : s u v o c a c i ó n

s o c i a l n o e r a u n m e r o a ñ a d i d o e x t e rn o , s i n o u n a fu n c i ó n i n t r í n -

s e c a a s u p o s i c i ó n e c o n ó m i c a . E l m e d i o n o rm a l d e l a c o m p e t e n -

c i a i n t e r c a p i t a l i s t a e s e c o n ó m i c o , y s u e s t r u c t u r a e s t í p i c a m e n t e

a d i t i v a : l a s p a r t e s r i v a l e s p u e d e n e x p a n d i r s e y p r o s p e r a r — a u n -

q u e d e f o r m a d e s ig u a l — a lo l a r g o d e u n a m i s m a c o n f r o n t a c i ó n ,

p o r q u e l a p r o d u c c i ó n d e m e r c a n c í a s m a n u f a c t u r a d a s e s il i m i ta -

d a p o r n a t u ra l e z a . P o r e l c o n t r a r i o , e l m e d i o t í p i c o d e l a c o n -

f r o n t a c i ó n i n t e r f e u d a l e r a m i l i t a r y s u e s t r u c t u r a s i e m p r e e r a ,

p o t e n c i a l m e n t e , l a d e u n c o n f l i c t o d e s u m a n u l a e n e l c a m p o

d e b a t a l l a , p o r e l q u e s e p e r d í a n o g a n a b a n c a n t i d a d e s f i j a s

d e t i e r r a s . E s t o e s a s í p o rq u e la t i e r r a e s u n m o n o p o l i o n a t u r a l :

s ó l o s e p u e d e r e d i v i d i r , p e r o n o e x t e n d e r i n d e f i n i d a m e n t e . E l

o b j e t o c a t e g o r i a l d e l a d o m i n a c i ó n n o b i l i a r i a e r a e l t e r r i t o r i o ,

i n d e p e n d i e n t e m e n t e d e l a c o m u n i d a d q u e lo h a b i t a s e . L o s p e r í -

m e t r o s d e s u p o d e r e s t a b a n d e f i n i d o s p o r la t i e r r a c o m o ta l , y

n o p o r e l i d i o m a . L a c l a s e d o m i n a n t e f e u d a l e r a , p u e s , e s e n c i a l -

m e n t e m ó v i l e n u n s e n t i d o e n q u e . a c l a s e d o m i n a n t e c a p i t a l i s t a

n u n c a p u d o s e r l o d e s p u é s , p o r q u e e l m i s m o c a p i ta l e s pa r

exce-

llence

i n t e r n a c i o n a l m e n t e m ó v i l y p e r m i t e q u e s u s p r o p i e t a r i o s

e s t é n f i j o s n a c i o n a l m e n t e ; p e r o l a t i e r r a e s n a c i o n a l m e n t e i n-

m ó v i l y l o s n o b l e s t i e n e n q u e v i a j a r p a ra t o m a r p o s e s i ó n d e

e l l a . C u a l q u i e r b a ro n í a o d i n a s t í a p o d í a , a s í , t r a n s f e r i r s u r e s i -

El Estado absolutista en Occidente 16

26

,

i a

d e u n c o n f í n a o t ro d e l c o n t i n e n t e s i n s u f r i r p o r e l l o

ni neuna

d i s l o c a c i ó n . L o s l i n a j e s a n g e v i n o s p o d í a n g o b e rn a r i n d i -

f e r e n t e m e n t e e n H u n gr í a .. I n g l a t e r r a o N á p o l e s ; lo s n o r m a n d o s

e n An t i o q u í a , S i c i l i a o In g l a t e r r a ; lo s b o rg o ñ o n e s e n P o r t u g a l

o Z e l a n d a ; l o s l u x e m b u r g u e s e s e n l a s t i e r r a s d e l R i n o e n B o -

h e m i a l o s f l a m e n c o s e n Ar t o i s o B i z a n c i o ; l o s H a b s b u r g o e n

Au s t r i a , l o s P a í s e s B a j o s o E s p a ñ a . E n e s a s v a r i a d a s t i e r r a s

n o e r a p r e c i s o q u e s e ñ o r e s y c a m p e s i n o s c o m p a r t i e r a n u n a l e n-

g u a c o m ú n . N o e x i s t í a s o l u c i ó n d e c o n t i n u i d a d e n t r e l o s t e r r i -

t o r i o s p ú b l i c o s y l o s d o m i n i o s p r i v a d o s , y e l m e d i o c l á s i c o p a ra

s u a d q u i s i c i ó n e r a l a g u e r r a , e n c u b i e r t a d e f o r m a i n v a r i a b l e

b a j o r e c l a m a c i o n e s d e l e g i t i m i d a d r e l i g i o s a o g e n e a l ó g i c a . L a

g u e r r a n o e r a e l « d e p o r t e » d e l o s p r í n c i p e s , s i n o s u d e s t i n o . M á s

a l l á d e l a l i m i t a d a d i v e r s i d a d d e c a r a c t e r e s e i n c l i n a c i o n e s

i n d i v i d u a l e s, la g u e r r a l e s a t r a í a i n e x o r a b l e m e n t e c o m o u n a n e -

c e s i d a d s o c i a l d e s u e s t a d o . P a ra M a q u i a v e l o , c u a n d o e s t u d i a

l a E u ro p a d e c o m i e n z o s d e l s i g l o x v i , l a ú l t i m a n o r m a d e s u

s e r e r a u n a v e rd a d t a n o b v i a e i n e v i t a b l e c o m o t a e x i s t e n c i a

d e l c i e l o p o r e n c i m a d e s u s c a b e z a s : « Un p r í n c i p e , p u e s , n o

d e b e t e n e r o t r o o b j e t o n i o t r o p e n s a m i e n t o , n i c u l t i v a r o t r o

a r t e m á s q u e l a g u e r r a , e l o r d e n y l a d i s c i p l i n a d e l o s e j é r c i t o s ,

p o rq u e é s t e e s e l ú n i c o a r t e q u e s e e s p e ra v e r e j e r c i d o p o r e l

q u e m a n d a »

L o s e s t a d o s a b s o l u t i s t a s r e f l e j a b a n e sa r a c i o n a l i d a d a r c a i c a

e n s u m á s í n t i m a e s t r u c t u r a . E r a n m á q u i n a s c o n s t r u i d a s e s p e -

c i a l m e n t e p a ra e l c a m p o d e b a t a l l a . E s s i g n i f i c a t i v o q u e e l p r i -

m e r i m p u e s t o r e g u l a r d e á m b i t o n a c i o n a l e s t a b l e c i d o e n F r a n -

cia, la taille royale, s e r e c a u d a r a p a r a f i n a n c i a r l a s p r i m e r a s

u n i d a d e s m i l i t a r e s r e g u l a r e s d e E u r o p a , l a s

compagn ies d or-

donnance d e m e d i a d o s d e l s ig l o x v , c u y a p r i m e r a u n i d a d e s t a b a

c o m p u e s t a p o r a v e n t u r e r o s e s c o c e s e s . A m e d i a d o s d e l si g lo

XVI,

e l 8 0 p o r 1 00 d e l a s r e n t a s d e l E s t a d o e s p a ñ o l s e d e s t i n a b a n

a g a s t o s m i l i t a r e s . V i c e n s V i v e s p u d o e s c r i b i r q u e : « e l i m p u l s o

h a c i a l a m o n a r q u í a a d m i n i s t r a t i v a a la m o d e r n a s e i n i c ia e n e l

o c c i d e n t e d e E u r o p a c o n l a s g r a n d e s o p e r a c i o n e s n a v a l e s e m -

p r e n d i d a s p o r C a r l o s V c o n t r a l o s t u r c o s e n e l M e d i t e r r á n e o

occ iden ta l en 1535»

27

. Ha c i a m e d i a d o s d e l s i g l o x v n , l o s d e s e m -

b o l s o s a n u a l e s d e l o s p r i n c i p a d o s d e l c o n t i n e n t e , d e s d e S u e c i a

24

Nicco ló Machiavell i ,

II Principe e Discorsi,

Mil án, 1960, p. 62

[El

Principe, Bar celon a, Brugu era, 1978. p. 140],

J. Vicens Vives, «Estructura administrativa estatal en los siglos xvi

y xvn» , XI Congrés International des Sciences Historiques. Rapports, iv,

Gotemburgo, 1960; ahora reimpreso en Vicens Vives,

Coyuntura económica

y reformismo burgués,

Bar celon a, Ariel, 1968, p. 116.



16


h a s t a el P i a m o n t e , se d e d i c a b a n p r e d o m i n a n t e e i n v a r i a b l e m e n t e ,

e n t o d a s p a r t e s , a la p r e p a r a c i ó n o s o s t e n i m i e n t o d e l a g u e r r a ,

i n m e n s a m e n t e m á s c o s t o s a e n t o n c e s q u e en e l R e n a c i m i e n t o .

Un s i g l o d e s p u é s , e n l a s p a c í f i c a s v í s p e ra s d e 1 7 89 , y d e a c u e rd o

c o n Ne c k e r , d o s t e r c i o s d e l g a s t o d e l E s t a d o f r a n c é s s e d e d i -

c a b a n t o d a v í a a l a s fu e rz a s m i l i t a r e s . E s e v i d e n t e q u e e s t a

m o r f o l o g í a d el E s t a d o n o c o r r e s p o n d e a l a r a c i o n a l i d a d c a p i t a -

l i s ta ; r e p r e s e n t a e l r e c u e r d o a m p l i a d o d e l a s f u n c i o n e s m e d i e -

v a l e s d e l a g u e r r a . P o r s u p u e s t o , l o s g r a n d i o s o s a p a ra t o s m i l i-

t a r e s d e l ú l t i m o E s t a d o f e u d a l n o s e m a n t u v i e r o n o c i o s o s . L a

p e r m a n e n c i a v i r t u a l d e l c o n f l i c t o i n t e r n a c i o n a l a r m a d o e s u n a

d e l a s n o t a s c a r a c t e r í s t i c a s d e t o d o e l c l i m a d e l a b s o l u t i s m o :

l a p a z fu e u n a m e t e ó r i c a e x c e p c i ó n e n l os s ig l o s d e s u d o m i n a -

c i ó n e n Oc c i d e n t e . S e h a c a l c u l a d o q u e e n t o d o e l s i g l o x v i

s ó l o h u b o v e i n t i c i n c o a ñ o s s i n o p e ra c i o n e s m i l i t a r e s d e l a rg o

a l c a n c e e n E u r o p a

2 8

; y q u e e n e l s i g l o x v n s ó l o t r a n s c u r r i e r o n

s i e t e a ñ o s s i n g r a n d e s g u e r r a s e n t r e e s t a d o s

2 9

. E s t a s u c e s i ó n

d e g u e r r a s r e s u l t a a j e n a a l c a p i t a l , a u n q u e , c o m o v e r e m o s , e n

ú l t i m o t é r m i n o c o n t r i b u y e r a a e l l a s .

L a b u ro c ra c i a c iv i l y e l s i s t e m a d e i m p u e s t o s c a r a c t e r í s t i c o s

d e l E s t a d o a b s o l u t i s t a n o f u e r o n m e n o s p a r a d ó j i c o s . P a r e c e n

r e p r e s e n t a r u n a t r a n s i c i ó n h a c i a l a a d m i n i s t r a c i ó n l e g a l r a c i o n a l

d e W e b e r , e n c o n t r a s t e c o n la j u n g l a d e d e p e n d e n c i a s p a r t i c u -

l a r i s t a s d e l a B a j a E d a d M e d i a . A l m i s m o t i e m p o , s i n e m b a rg o ,

l a b u r o c r a c i a d e l R e n a c i m i e n t o e r a t r a t a d a c o m o u n a p r o p i e d a d

v e n d i b l e a i n d i v i d u o s p r i v a d o s : i m p o r t a n t e c o n f u s i ó n d e d o s

ó r d e n e s q u e e l E s t a d o b u r g u é s s i e m p r e h a m a n t e n i d o d i f e r e n -

c i a d o s . As í, e l m o d o d e i n t e g r a c i ó n d e l a n o b l e z a f e u d a l e n e l

E s t a d o a b s o l u t i s t a q u e p r e v a l e c i ó e n O c c i d e n t e a d o p t ó l a f o r m a

d e a d q u i s i c i ó n d e « c a rg o s »

3 0

. E l q u e c o m p r a b a p r i v a d a m e n t e

u n a p o s i c i ó n e n e l a p a r a t o p ú b l i c o d e l E s t a d o l a a m o r t i z a b a p o r

m e d i o d e l a c o r ru p c i ó n y l o s p r i v i l e g i o s a u t o r i z a d o s ( s i s t e m a

d e h o n o r a r i o s ) e n l o q u e e r a u n a e s p e c i e d e c a r i c a t u r a m o n e t a -

r i z a d a d e l a i n v e s t i d u ra d e u n f e u d o . E n e f e c t o , e l m a r q u é s d e l

Va s t o , g o b e rn a d o r e s p a ñ o l d e M i l á n e n 1 54 4, p u d o s o l i c i t a r a l o s

p o s e e d o re s i t a l i a n o s d e c a rg o s e n e s a c i u d a d q u e o f r e c i e r a n s u s

R. Ehrenberg,

Das Zeitalter der Fugger,

Jena, 1922, i, p. 13.

29

G. N. Clark,

The seventeenth century,

Lon dres, 1947, p. 98. Ehr enb erg,

con una def inic ión l igeramente dist inta , ofrece una est imación algo más

baja, veintiún años.

30

El mejor estudio de conjunto de este fenó men o internacional es e l

de K. W. Swart,

Sale of offices in the seventeenth century,

La Ha ya, 1949;

el estudio nacional más amplio es el de Roland Mousnier, La venalité des

offices sous Henri IV at Louis XIII,

Ruán , s. f.


29

fortunas

a C a r l o s

V

e n s u h o ra d e n e c e s i d a d d e s p u é s d e l a

d e r r o t a d e C e r e so l e , d e a c u e r d o e x a c t a m e n t e c o n e l m o d e l o d e

l a s t r a d i c i o n e s f e u d a l e s

3 1

. E s o s t e n e d o re s d e c a rg o s , q u e p ro l i -

f e r a r o n e n F r a n c i a , I t a li a , E s p a ñ a , G r a n B r e t a ñ a u H o l a n d a ,

p o d í a n e s p e ra r o b t e n e r u n b e n e f i c i o d e h a s t a e l 3 00 o e l 4 00

p o r 1 00 d e s u c o m p r a , y p o s i b l e m e n t e m u c h o m á s . E l s i s t e m a

na c i ó

e n e l s i g l o x v i y s e c o n v i r t i ó e n u n s o p o r t e f i n a n c i e r o

f u n d a m e n t a l d e l o s E s t a d o s a b s o l u t i s t a s d u r a n t e e l s i g l o x v n .

S u c a r á c t e r g r o s e r a m e n t e p a r a s i t a r i o e s e v i d e n t e : e n s i t u a c i o n e s

e x t r e m a s (d e l a q u e e s u n e j e m p l o F ra n c i a e n l a d é c a d a d e 1 6 3 0 )

p o d í a c o s t a r a l p r e s u p u e s t o r e a l e n d e s e m b o l s o s ( p o r a r r e n d a -

m i e n t o d e i m p u e s t o s y e x e n c i o n e s ) c a s i t a n t o c o m o le p r o p o r -

c i o n a b a e n r e m u n e r a c i o n e s . E l d e s a r r o l l o d e la v e n t a d e c a r g o s

fu e , d e s d e l u e g o , u n o d e l o s m á s l l a m a t i v o s s u b p ro d u c t o s d e l

i n c r e m e n t o d e m o n e t a r i z a c i ó n d e l a s p r i m e r a s e c o n o m í a s m o -

d e rn a s y d e l r e l a t i v o a s c e n s o , d e n t ro d e é s t a s , d e l a b u rg u e s í a

m e r c a n t i l y m a n u f a c t u r e r a . P e r o l a i n t e g r a c i ó n d e e s t a ú l t i m a

e n e l a p a ra t o d e l E s t a d o , p o r m e d i o d e l a c o m p ra p r i v a d a y d e

l a h e r e n c i a d e p o s i c i o n e s y h o n o r e s p ú b l i c o s , t a m b i é n p o n e d e

m a n i f i e s t o s u p o s i c i ó n s u b o r d i n a d a d e n t r o d e u n s i s t e m a p o lí -

t i c o f e u d a l e n e l q u e l a n o b l e z a c o n s t i t u y ó s i e m p re , n e c e s a r i a -

m e n t e , l a c i m a d e l a j e r a rq u í a s o c i a l . L o s

officiers

de los par la -

m e n t o s f r a n c e s e s , q u e j u g a r o n a l r e p u b l i c a n i s m o m u n i c i p a l y

a p a d r i n a r o n l a s m a z a r i n a d a s e n l a d é c a d a d e 1 65 0, s e c o n v i r -

t i e r o n e n lo s m á s a c é r r i m o s d e f e n s o r e s d e l a r e a c c i ó n n o b i l i a r i a

e n l a d e 1 78 0. L a b u ro c ra c i a a b s o l u t i s t a r e f l e j ó , y a l m i s m o

t i e m p o f r e n ó , e l a s c e n s o d e l c a p i t a l m e r c a n t i l .

S i l a v e n t a d e c a rg o s fu e u n m e d i o i n d i r e c t o d e o b t e n e r

r e n t a s d e l a n o b l e z a y d e l a b u r g u e s í a m e rc a n t i l e n t é rm i n o s

b e n e f i c i o s o s p a r a e l l a s , e l E s t a d o a b s o l u t i s t a g r a v ó t a m b i é n , y

s o b r e t o d o , n a t u r a l m e n t e , a l o s p o b r e s . L a tr a n s i c i ó n e c o n ó m i c a

d e l a s p r e s t a c i o n e s e n t r a b a j o a l a s r e n t a s e n d i n e r o v i n o a c o m -

p a ñ a d a , e n O c c i d e n t e , p o r l a a p a r i c i ó n d e i m p u e s t o s r e a l e s p a r a

f i n a n c i a r l a g u e r r a q u e , e n la l a rg a c r i s i s f e u d a l d e f i n a l e s d e

l a E d a d M e d i a , y a fu e r o n u n a d e la s p r i n c i p a l e s c a u s a s d e l o s

d e s e s p e r a d o s l e v a n t a m i e n t o s c a m p e s i n o s d e l a é p o c a . « U n a c a -

d e n a d e r e b e l i o n e s c a m p e s i n a s d i r i g i d a s c l a r a m e n t e c o n t r a l o s

i m p u e s t o s e s t a l l ó e n t o d a E u r o p a [ . . . ] N o h a b í a m u c h o q u e

e l e g i r e n t r e l o s s a q u e a d o re s y l o s e j é r c i t o s a m i g o s o e n e m i g o s :

u n o s se l l e v a b a n t a n t o c o m o l o s o t ro s . P e ro e n t o n c e s a p a re -

51

Federico Chabod, Scritti sul Rinascimento, Tu rin, 1967, p. 617. Lo s

funcionarios mi laneses rechazaron la demanda de su gobernador, pero

sus homólogos de otros lugares quizá no fueran tan decididos.



16


c i e r o n l o s r e c a u d a d o r e s d e i m p u e s t o s y a r r a m b l a r o n c o n t o d o

l o q u e p u d i e r o n e n c o n t r a r . L o s s e ñ o r e s r e c o b r a b a n e n ú l t i m o

t é r m i n o d e s u s h o m b r e s e l i m p o r t e d e l a « a y u da » q u e e l l o s

m i s m o s e s t a b a n o b l i g a d o s a p r e s t a r a su s o b e r a n o . E s i n d u d a b l e

q u e d e t o d o s l o s m a l e s q u e a f l i g í a n a l o s c a m p e s i n o s , l o s q u e

s u f r í a n c o n m á s d o l o r y m e n o s p a c i e n c i a e r a n lo s q u e p r o v e n í a n

d e l a s c a rg a s d e l a g u e r r a y d e l o s r e m o t o s i m p u e s t o s »

32

. P rác-

t i c a m e n t e e n t o d a s p a r t e s , e l t r e m e n d o p e s o d e l o s i m p u e s t o s

— la

taille

y la

gabelle

e n F r a n c i a , l o s s e r vi c io s e n E s p a ñ a -

c a y ó s o b re l o s p o b re s . No e x i s t í a n i n g u n a c o n c e p c i ó n d e l « c iu -

d a d a n o » j u r í d i c o , s u j e t o a l f i s c o p o r e l m i s m o h e c h o d e p e r t e -

n e c e r a l a n a c i ó n . L a c l a s e s e ñ o r i a l , e n l a p r á c t i c a y e n t o d a s

p a r t e s , e s t a b a r e a l m e n t e e x e n t a d e l i m p u e s t o d i r e c t o . P o r s h n e v

h a b a u t i z a d o c o n r a z ó n a l a s n u e v a s c o n t r i b u c i o n e s i m p u e s t a s

p o r e l E s t a d o a b s o l u t i s t a c o n e l n o m b r e d e « r e n t a f e u d a l c e n -

t r a l i z a d a » , p a ra o p o n e r l a s a l o s s e rv i c i o s s e ñ o r i a l e s q u e fo rm a -

b a n l a « r e n t a f e u d a l l o c a l »

3 3

: e s t e d o b l e s i s t e m a d e e x a c c i ó n

c o n d u j o a u n a t o r m e n t o s a e p i d e m i a d e r e b e l i o n e s d e l o s p o b r e s

e n l a F ra n c i a d e l s i g l o x v n , e n l a s q u e l o s n o b l e s p ro v i n c i a n o s

c o n d u j e r o n m u c h a s v e c e s a s u s p r o p i o s c a m p e s i n o s c o n t r a l o s

r e c a u d a d o r e s d e i m p u e s t o s c o m o m e j o r m e d i o p a r a e x t r a e r l e s

d e s p u é s s u s c a rg a s l o c a l e s . L o s fu n c i o n a r i o s d e l f i s c o t e n í a n

q u e s e r c u s t o d i a d o s p o r u n i d a d e s d e f u s i l e r o s p a r a c u m p l i r s u

m i s i ó n e n e l c a m p o : r e e n c a r n a c i ó n e n f o r m a m o d e r n i z a d a d e

l a u n i d a d i n m e d i a t a e n t r e c o e r c i ó n p o l í ti c o - l e g a l y e x p l o t a c i ó n

e c o n ó m i c a c o n s t i t u t i v a d e l m o d o d e p r o d u c c i ó n f e u d a l e n c u a n -

to tal .

L a s f u n c i o n e s e c o n ó m i c a s d e l a b s o l u t i s m o n o s e r e d u j e r o n ,

s i n e m b a r g o , a s u s i s t e m a d e i m p u e s t o s y d e c a rg o s . E l m e rc a n -

t i l is m o , d o c t r i n a d o m i n a n t e e n e s t a é p o c a , p r e s e n t a l a m i s m a

a m b i g ü e d a d q u e la b u r o c r a c i a d e s t i n a d a a r e a l iz a r l o , c o n l a

m i s m a r e g r e s i ó n s u b t e r r á n e a h a c i a u n p r o t o t i p o a n t e r i o r . I n d u -

d a b l e m e n t e , e l m e r c a n t i l i s m o e x i g í a l a s u p r e s i ó n d e l a s b a r r e r a s

p a r t i c u l a r i s t a s o p u e s t a s al c o m e r c i o d e n t r o d e l á m b i t o n a c i o n a l ,

e s f o r z á n d o s e p o r c r e a r u n m e r c a d o i n t e r n o u n i f i c a d o p a r a l a

p r o d u c c i ó n d e m e r c a n c í a s . A l p r e t e n d e r a u m e n t a r el p o d e r d e l

E s t a d o e n r e l a c i ó n c o n l o s o t r o s e s t a d o s , e l m e r c a n t i l i s m o

a l e n t a b a l a e x p o r t a c i ó n d e b i e n e s a l a v e z q u e p ro h i b í a l a d e

D

. o « '

Rural economy and

country lije in the mediaeval West, Lon-

dres, 1968, p. 333 [ Ec on om ía rural y vida campesina en el Occidente me-dieval, Barcelona, Península, 1973].

B. F. Porshnev, Les soulévements populaires en France de 1623 á

1648, París, 1965, pp. 395-6 [ed. c ast. abrev iada: Los levantamientos popu-

lares en Francia en el siglo XVII,

Mad rid, Sig lo XX I, 1978].


18

3

m e t a l e s

p re c i o s o s y d e m o n e d a , e n l a c r e e n c i a d e q u e e x i s t í a

u

n a c a n t i d a d f i j a d e c o m e rc i o y d e r iq ue za e n e l m u n d o . P o r

d e c i r l o c o n la f a m o s a f r a s e d e He c k s h e r : « e l E s t a d o e r a a l a

vez el s u j e t o y e l o b j e t o d e l a p o l í t i c a e c o n ó m i c a m e rc a n t i l i s -

t a

»

M

. S u s c r e a c i o n e s m á s c a r a c t e r í s t i c a s f u e r o n , e n F r a n c i a , l a s

m a n u f a c t u r a s r e a l e s y l o s g r e m i o s r e g u l a d o s p o r el E s t a d o , y e n

Ing laterra ,

l a s c o m p a ñ í a s p r i v i l e g i a d a s . L a g e n e a l o g í a m e d i e v a l

y c o r p o r a t i v i s t a d e l o s p r i m e r o s a p e n a s n e c e s i t a c o m e n t a r i o ;

l a r e v e l a d o ra f u s i ó n d e l o s ó rd e n e s p o l í t i c o y e c o n ó m i c o e n l a s

s e g u n d a s e s c a n d a l i z ó a A d a m S m i t h . E l m e r c a n t i l i s m o r e p r e s e n -

taba

e x a c t a m e n t e l a s c o n c e p c i o n e s d e u n a c l a s e d o m i n a n t e f e u -

d a l q u e s e h a b í a a d a p t a d o a u n m e r c a d o i n t e g r a d o , p e r o p r e -

s e rv a n d o s u v i s i ó n e s e n c i a l s o b re l a u n i d a d d e lo q u e F ra n c i s

B a c o n l l a m a b a « c o n s i d e r a c i o n e s d e a b u n d a n c i a » y « c o n s i d e r a -

c i o n e s d e p o d e r» . L a c l á s i c a d o c t r i n a b u r g u e s a d e l laissezfaire,

c o n s u r ig uros a s e p a ra c i ó n fo rm a l d e l o s s i s t e m a s p o l í t i c o s y

e c o n ó m i c o , e s t a r í a e n s u s a n t í p o d a s . E l m e r c a n t i l i s m o e r a , p r e -

c i s a m e n t e , u n a t e o r í a d e l a i n t e r v e n c i ó n c o h e r e n t e d e l E s t a d o

p o l í t i c o e n e l f u n c i o n a m i e n t o d e l a e c o n o m í a , e n i n t e r é s a

l a v e z d e l a p r o s p e r i d a d d e é s t a y d e l p o d e r d e a q u é l . L ó g i c a -

m e n t e , m i e n t r a s l a t e o r í a d e l laissez faire s e r í a s i e m p re « p ac i -

f i s ta» ,

b u s c a n d o q u e l o s b e n e f i c i o s d e l a p a z e n t r e l a s n a c i o n e s

i n c r e m e n t a r a n u n c o m e r c i o i n t e r n a c i o n a l m u t u a m e n t e v e n t a -

j o s o , l a t e o r í a m e r c a n t i l i s t a ( M o n t c h r é t i e n , B o d i n ) e r a p r o f u n -

d a m e n t e « b e l i c is t a » a l h a c e r h i n c a p i é e n l a n e c e s i d a d y r e n t a -

b i l i d a d d e l a g u e r r a

3 S

. A l a i n v e r s a , el o b j e t i v o d e u n a e c o n o m í a

* Hecksher af irma que e l objeto del mercant i l i smo era aumentar e l

«poder del Estado» antes que «la riqueza de las naciones», y que eso

significab a una subordin ación, según las palabras de Baco n de las «con-

sideraciones de abundancia» a las «consideraciones de poder» (Bacon alabó

a Enrique VII por haber limitado las importaciones de vino en bar-

cos ingleses basándose en esto) . Viner , en una ef icaz respuesta , no t iene

ninguna dificultad en mostrar que la mayoría de los escritores mercan-

til istas dan a ambos igual importancia y los

c o n s i d e r a n

compatibles .

«Power versus plenty as objectives of foreign policy in the 17th and lBth

centuries»,

World Politics,

I, 1, 1948, reim pre so en D. Colem an, co m p.,

Revisions in mercantilism,

Lon dres , 1969, pp. 61-91. Al m ism o tiem po Vin er

subestima claramente la diferencia entre la teoría y la práctica del mer-

cantilismo y las del

laissez-faire

que le siguió. En realidad, tanto H ecksh er

como Viner pierden de vista, por razones diferentes, el punto esencial,

que es la indistinción de econom ía y pol í t ica en la época de transic ión

que produjo las teorías mercantilistas. La discusión en torno a si una

de ellas tenía «primacía» sobre la otra es un anacron ismo porq ue en la

práctica no existió tal separación rígida de ambas hasta la l legada del

te '

5

» f s'^berner, ^

guerre

¿

ans

la pensée économique du XVI' au XVIII•

silcle,

Par ís, 1939, pp . 7-122.



16


fu e r t e e r a l a v i c t o r i o s a p ro s e c u c i ó n d e u n a p o l í t i c a e x t e r i o r d e

c o n q u i s t a . C o lb e r t d i j o a L u is X I V q u e l a s m a n u f a c t u r a s r e a l e s

e r a n s u s r e g i m i e n t o s e c o n ó m i c o s y l o s g r e m i o s s u s r e s e rv a s E l

m á s g ra n d e d e l o s m e rc a n t i l i s t a s , q u e r e s t a b l e c i ó l a s f i n a n z a s

d e l E s t a d o f r a n c é s e n d i ez m i l a g r o s o s a ñ o s d e a d m i n i s t r a c i ó n ,

l a n z ó a s u s o b e ra n o a l a d e s g ra c i a d a i n v a s i ó n d e Ho l a n d a e n

1672 con es te expres ivo conse jo : «Si e l rey log rara poner a

t o d a s l a s P ro v i n c i a s Un i d a s b a j o s u a u t o r i d a d , s u c o m e rc i o p a s a -

r í a a s e r el c o m e rc i o d e l o s s ú b d i t o s d e s u m a j e s t a d , y e n t o n c e s

n o h a b r í a n a d a m á s q u e p e d i r » * C u a t r o d é c a d a s d e c o n f l i c t o

e u r o p e o i ba n a s e g u i r a e s t a m u e s t r a d e r a z o n a m i e n t o e c o n ó -

m i c o q u e c a p t a p e r f e c t a m e n t e la l ó g i c a s o c i a l d e l a a g re s i ó n

a b s o l u t i s t a y d e l m e r c a n t i l i s m o d e p r e d a d o r : e l c o m e r c i o d e l o s

h o l a n d e s e s e r a t r a t a d o c o m o l a t i e r r a d e l o s a n g l o s a j o n e s o l a s

p r o p i e d a d e s d e lo s m o r o s , c o m o u n o b j e t o f í s i c o q u e p o d í a

t o m a r s e y g o z a r s e p o r l a f u e r z a m i l i t a r c o m o m o d o n a t u r a l d e

a p r o p i a c i ó n , y p o s e e r s e d e s p u é s d e f o r m a p e r m a n e n t e . E l e r r o r

ó p t i c o d e e s t e j u i c i o p a r t i c u l a r n o l o h a c e m e n o s r e p r e s e n t a t i v o -

o s e s t a d o s a b s o l u t i s t a s s e m i r a b a n e n t r e s í c o n lo s m i s m o s o j o s .

L a s t e o r í a s m e rc a n t i l i s t a s d e la r iq ue za y d e l a g u e r r a e s t a b a n ,

p o r s u p ue s t o, c o n c e p t u á b a n t e i n t e r c o n e c t a d a s : e l m o d e l o d e

s u m a n u la d e c o m e r c i o m u n d i a l q u e i n s p i r a b a s u p r o t e c c i o n i s -

m o e c o n ó m i c o s e d e r i v a b a d e l m o d e l o d e s u m a n u l a d e p o l í t i c a

i n t e rn a c i o n a l , i n h e re n t e a s u b e l i c i s m o .

N a t u r a l m e n t e , e l c o m e r c i o y la g u e r r a n o f u e r o n l a s ú n i c a s

a c t i v i d a d e s e x t e rn a s d e l E s t a d o a b s o l u t i s t a e n Oc c i d e n t e S u

o t r o g r a n e s fu e rz o s e d i r i g i ó a l a

diplomacia,

q u e fu e u n o d e

o s g r a n d e s i n v e n t o s i n s t i t u c i o n a l e s d e l a é p o c a , i n a u g u ra d o e n

l a r e d u c i d a á r e a d e I t a l i a e n e l s i g l o x v , i n s t i t u c i o n a l i z a d o e n

e l m i s m o p a í s c o n l a p a z d e L o d i , y a d o p t a d o e n E s p a ñ a , F ra n -

c ia , Ing la te r ra , Aleman ia y toda Europa en e l s ig lo Xv i . La d ip lo -

m a c i a fu e , d e h e c h o , l a i n d e l e b l e m a rc a d e n a c i m i e n t o d e l

E s t a d o r e n a c e n t i s t a . C o n s u s c o m i e n z o s n a c i ó e n E u ro p a u n s i s -

t e m a in t e rn a c i o n a l d e e s t a d o s , e n e l q u e h a b í a u n a p e rp e t u a

« e x p l o r a d o r , d e l o s p u n t o s d é b i l e s e n el e n t o rn o d e u n E s t a d o

o d e l o s p e l i g ro s q u e p o d í a n e m a n a r c o n t r a é l d e s d e o t r o s e s -

t a d o s » . L a E u r o p a m e d i e v a l n u n c a e s t u v o c o m p u e s t a p o r u n

p á g t a a

^ T

G

°

ubert

'

Louis XTV et

™g' millions de frangais,

Par ís, 1966,

B . F. Porshnev, «Les rapports polit iq ues de l 'Europe occidenta le et

t t ^ Z Z ^ t -

á r é p

°

q u e d e I a

S

u e r r e d e s T r

ente Ans» ,

XI- Congrés

? Z T ° ? l

d e S SC

T

CeS H i s t o r i

^ s , Upsala, 1960, p. 161: incursión ex'

w T ^ n . n H

S P

?

C U a t ¡ V a e n l a g u e r r a d e l o s

Treinta Años, que es un

buen ejemplo de la fuerza y la debil idad de Porshnev. Al contrario de


33

r o n i u n t o c l a r a m e n t e d e l i m i t a d o d e u n i d a d e s p o l í t i c a s h o m o g e -

e s d e c i r , p o r u n s i s t e m a i n t e rn a c i o n a l d e e s t a d o s . S u

m a p a p o l í t ic o e r a i n e x t r i c a b l e m e n t e c o n f u s o y e n r e d a d o : e n el

p s t a b a n g e o g r á f i c a m e n t e e n t r e m e z c l a d a s y e s t r a t i f i c a d a s d i fe -

r e n t e s i n s t a n c i a s j u r í d i c a s , y a b u n d a b a n l a s a l i a n z a s p l u r a l e s ,

l a s s o b e r a n í a s a s i m é t r i c a s y l o s e n c l a v e s a n o m a l o s

38

- D e n t ro d e

e s t e i n t r i n c a d o l a b e r i n t o n o h a b í a n i n g u n a p o s i b i l i d a d d e q u e

s u r e i e r a u n s i s t e m a d i p l o m á t i c o f o r m a l , p o r q u e n o h a b í a u n i -

formid ad n i p a r i d a d d e c o n c u r r e n t e s . E l c o n c e p t o d e c r i s t i a n d a d

l a t i n a d e la q u e e r a n m i e m b r o s t o d o s lo s h o m b r e s , p r o p o r c i o -

n a b a a l o s c o n f l i c t o s y l a s d e c i s i o n e s u n a m a t r i z i d e o l ó g i c a

u n i v e r s a l i s t a q u e c o n s t i t u í a e l r e v e r s o n e c e s a r i o d e la e x t r e m a d a

h e t e ro g e n e i d a d p a r t i c u l a r i s t a d e l a s u n i d a d e s p o l í t i c a s . As i , l a s

« e m b a j a d a s » e r a n s i m p l e s v i a j e s d e s a l u t a c i ó n , e s p o r á d i c o s y n o

r e t r i b u i d o s , q u e p o d í a n s e r e n v i a d a s t a n t o p o r u n v a s a l l o o s u b -

v a s a l l o d e n t r o d e d e t e r m i n a d o t e r r i t o r i o , c o m o e n t r e p r i n c i p e s

d e d i v e r s o s t e r r i t o r i o s , o e n t r e u n p r í n c i p e y s u s o b e ra n o . L a

c o n t r a c c i ó n d e l a p i r á m i d e f e u d a l e n l a s n u e v a s m o n a r q u í a s

c e n t r a l i z a d a s d e l a E u r o p a r e n a c e n t i s t a p r o d u j o , p o r v e z p r i -

m e r a , u n s i s t e m a f o r m a l i z a d o d e p r e s i ó n e i n t e r c a m b i o í n t e r -

e s t a t a l , c o n e l e s t a b l e c i m i e n t o d e l a n u e v a i n s t i t u c i ó n d e l a s

e m b a i a d a s r e c í p r o c a m e n t e a s e n t a d a s e n e l e x t r a n j e r o , c a n ci l le -

r í a s p e r m a n e n t e s p a r a l a s r e l a c i o n e s e x t e r i o r e s y c o m u n i c a c i o -

n e s e i n f o r m e s d i p l o m á t i c o s s e c r e t o s , p r o t e g i d o s p o r e l n u e v o

c o n c e p t o d e « e x t r a t e r r i t o r i a l i d a d »

3 9

. E l e s p í r i t u r e s u e l t a m e n t e

s e c u l a r d e l e g o í s m o p o l í t i c o q u e i n s p i r a r í a e n a d e l a n t e l a p r á c -

t i c a d e l a d i p l o m a c i a fu e e x p re s a d o c o n t o d a n i t i d e z p o r b r -

m o l a o B a r b a r o , e l e m b a j a d o r v e n e c i a n o q u e f u e su p r i m e r t eó -

r i c o . « L a p r i m e r a o b l i g a c i ó n d e u n e m b a j a d o r e s e x a c t a m e n t e

l o q u e h a n d ic h o s u s c o l e ga s oc c i d en t a l es , su f a l l o n i á s ™ t a n t e n o

es un rígido «dogm atismo», sino un «ingenio» superfe rti l no siem pre

limkado adecuadamente por la disciplina de las pruebas; claro está que

ese mis mo rasgo es el que le convierte , en otro asp ecto en un histo-

riador original e imaginativo. Las sugerencias al f inal de su ensayo sobre

e l c o n c e p t o d e « u n s i s te m a in t e rn a c io n a l d e e s t a d o s ._ s o n i n f a n t e s .

» A Engels le gustaba citar el ejemplo de Borgona: «Carlos el Calvo,

por ejemp lo era subdito feudal del emp erado r por una parte de sus t ie-

rras v del rev de Francia por otra; pero, por otra parte, el rey de

Francia s u s e ñ o r feudal era al mismo tiempo subdito de Carlos el Calvo,

s u p r o p i o vasallo, en algunas regiones.» Véase su importante manuscrito,

« t u S po stu ma men te Uber den Verfall des Feudalismus und das Auf-

kommen der Bourgeoisie, en Werke, vol . 21 p. 396.

» Sobre todo este desarrollo de la nueva diplomacia en los albores de

la E u r o p a moderna, véase la gran obra de Garrett Mattingly, ^atssance

diplomacy,

Lond res, 1955,

passim.

La frase de Barbaro se cita en la

página 109.



16


l a m i s m a q u e l a d e c u a l q u i e r o t ro s e rv i d o r d e l g o b i e rn o , e s t o

e s , h a c e r , d e c i r , a c o n s e j a r y p e n s a r t o d o l o q u e s i r v a m e j o r

a la c o n s e r v a c i ó n y e n g r a n d e c i m i e n t o d e s u p r o p i o E s t a d o . »

C o n t o d o , e s t o s i n s t r u m e n t o s d e l a d i p l o m a c i a — e m b a j a -

d o r e s o s e c r e t a r i o s d e E s t a d o — n o e r a n t o d a v í a a r m a s d e u n

m o d e r n o E s t a d o n a c i o n a l . L a s c o n c e p c i o n e s i d e o l ó g i c a s d el

« n a c i o n a l i s m o » f u e r o n a j e n a s , c o m o t a l e s , a la n a t u r a l e z a í n t i m a

d e l a b s o l u t i s m o . L o s e s t a d o s m o n á r q u i c o s d e l a n u e v a é p o c a

n o d e s d e ñ a r o n l a m o v i l i z a c ió n d e l o s s e n t i m i e n t o s p a t r i ó t i c o s

d e s u s s ú b d i t o s e n lo s c o n f l i c t o s m i l i t a r e s y p o l í t i c o s q u e o p o -

n í a n m u t u a y c o n s t a n t e m e n t e a l a s d i v e r s a s m o n a r q u í a s d e

E u r o p a o c c i d e n t a l . P e r o l a e x i s t e n c i a d i f u s a d e u n p r o t o n a c i o -

n a l i s m o p o p u l a r e n l a I n g l a t e r r a d e l o s T u d o r , l a F r a n c i a b o r -

b ó n i c a o l a E s p a ñ a d e lo s H a b s b u r g o f u e , b á s i c a m e n t e , u n s i g n o

d e l a p r e s e nc i a b u r g u e s a e n la p o l í t i c a m á s q u e de j a r s e go-

b e r n a r p o r e l lo s , l o s g r a n d e s y l o s s o b e r a n o s s i e m p r e m a n i p u -

l a r o n e s o s s e n t i m i e n t o s . L a a u r e o l a n a c i o n a l d e l a b s o l u t i s m o

e n O c c i d e n t e — a m e n u d o m u y a p a r e n t e m e n t e p r o n u n c i a d a

( I s a b e l I, L u i s X I V ) - e r a , e n r e a l i d a d , c o n t i n g e n t e y p r e s t a d a .

L a s n o r m a s d i r e c t r i c e s d e a q u e l l a é p o c a r a d i c a b a n e n o t r o lu -

g a r : l a ú l t i m a i n s t a n c i a c te l e g i t i m i d a d e r a l a

dinastía

y no el

t e r r i t o r i o . E l E s t a d o s e c o n c e b í a c o m o p a t r i m o n i o d e l m o n a r -

c a y , p o r t a n t o , e l t í t u l o d e s u p ro p i e d a d p o d í a a d q u i r i r s e p o r

u n a u n i ó n d e p e r s o n a s :

felix Austria.

E l m e c a n i s m o s u p r e m o

d e la d i p l o m a c i a e r a , p u e s , e l m a t r i m o n i o , e s p e j o p a c í f i c o d e

l a g u e r r a , q u e t a n t a s v e c e s p r o v o c ó . L a s m a n i o b r a s m a t r i m o -

n i a l e s , m e n o s c o s t o s a s c o m o v í a d e e x p a n s i ó n t e r r i t o r i a l q u e

l a a g r e s i ó n a r m a d a , p r o p o r c i o n a b a n r e s u l t a d o s m e n o s i n m e d i a -

t o s ( c o n f r e c u e n c i a s ó l o a l a d i s t a n c i a d e u n a g e n e ra c i ó n ) y

e s t a b a n s u j e t a s p o r e ll o a i m p r e d e c i b l e s a z a r e s d e m o r t a l i d a d

e n e í i n t e rv a l o a n t e r i o r a l a c o n s u m a c i ó n d e u n p a c t o n u p c i a l

y s u g o c e p o l í t i c o . De a h í q u e e l l a rg o ro d e o d e l m a t r i m o n i o

c o n d u j e r a d i r e c t a m e n t e y t a n a m e n u d o a l c o r t o c a m i n o d e

l a g u e r r a . L a h i s t o r i a d e l a b s o l u t i s m o e s t á p l a g a d a d e e s o s c o n -

f l i c t o s , c u y o s n o m b r e s d a n f e d e e l l o : g u e r r a s d e s u c e s i ó n d e

E s p a ñ a , A u s t r i a o B a v i e r a . N a t u r a l m e n t e , s u r e s u l t a d o f i n a l p o -

d í a a c e n t u a r l a « f l o t a c i ó n » d e l a d i n a s t í a s o b re e l t e r r i t o r i o q u e

™

r

?

l e s

y urbanas mostraron, por supuesto , formas espon-

táneas de xenofobia; pero esta tradicional reacción negativa hacia las

n ? , r ™ ? i

e s a j e n a s e s m u y d i s t i n t a d e l a

identificación nacional positiva

A* 1. a aparecer en los med ios l iterarios burgu eses a principio s

Z , T ,

e r n a

-

L a

/

U S 1 Ó n d e a m b a s

P °

d í a

Producir

1

, en situaciones

de: crisis, estallid os patr ióticos po pulares de un carácter inco ntrola do y

sedicioso: los comuneros en España o la Liga en Francia.

El Estado absolutista en Occidente 20

34

l a s

h a b í a o c a s i o n a d o . P a r í s p u d o s e r d e r r o t a d a e n J a r u i n o s a

l u c h a m i l i t a r p a ra l a s u c e s i ó n e s p a ñ o l a ; p e ro l a c a s a d e B o rb ó n

h e r e d ó

M a d r i d . E l í n d i c e de l p r e d o m i n i o f e u d a l e n e l E s t a d o

a b s o l u t i s t a e s e v i d e n t e t a m b i é n e n la d i p l o m a c i a .

I n m e n s a m e n t e e n g r a n d e c i d o y r e o r g a n i z a d o , e l E s t a d o f e u d a l

d e l a b s o l u t i s m o e s t u v o , a p e s a r d e t o d o , c o n s t a n t e y p r o f u n -

d a m e n t e s o b r e d e t e r m i n a d o p o r e l c r e c i m i e n t o d e l c a p i t a l i s m o

e n e l s e n o d e la s f o r m a c i o n e s s o c i a l e s m i x t a s d e l p r i m e r p e r í o d o

m o d e r n o . E s t a s f o r m a c i o n e s e r a n , d e s d e l ue g o , u n a c o m b i n a -

c i ó n d e d i f e r e n t e s m o d o s d e p r o d u c c i ó n b a j o e l d o m i n i o — d e c a -

d e n t e — d e u n o d e e l lo s : e l f e u d a l i s m o . T o d a s l a s e s t r u c t u r a s

d e l E s t a d o a b s o l u t i s t a r e v e l a n l a a c c i ó n a d i s t a n c i a d e la n u e v a

e c o n o m í a q u e se a b r í a p a s o e n el m a r c o d e u n s i s t e m a m á s

a n t i g u o : a b u n d a b a n l a s « c a p i t a l iz a c i o n e s » h í b r i d a s d e la s f o r -

m a s f e u d a l e s , c u y a m i s m a p e r v e r s i ó n d e i n s t i t u c i o n e s f u t u r a s

( e j é r c i t o , b u r o c r a c i a , d i p l o m a c i a , c o m e r c i o ) e r a u n a r e c o n v e r -

s i ó n d e o b j e t o s s o c i a le s a n t e r i o r e s p a r a r e p e t i r l o s .

A p e s a r d e e s o , l a s p r e m o n i c i o n e s d e u n n u e v o o r d e n p o l í t i c o

c o n t e n i d a s d e n t r o d e e l l a s n o f u e r o n u n a f a l s a p r o m e s a . L a

b u r g u e s í a d e O c c i d e n t e p o s e í a y a s u f i c i e n t e f u e r z a p a r a d e j a r

s u b o r r o s a h u e l l a s o b r e e l E s t a d o d e l a b s o l u t i s m o . L a a p a r e n t e

p a r a d o j a d e l a b s o l u t i s m o e n O c c i d e n t e f u e q u e r e p r e s e n t a b a

f u n d a m e n t a l m e n t e u n a p a r a t o p a r a l a p r o t e c c i ó n d e l a pr o p i e-

d a d y l o s p r i v i l e g i o s a r i s t o c rá t i c o s , p e ro q u e , a l m i s m o t i e m p o ,

l o s m e d i o s p o r l o s q u e s e r e a l i z a b a e s t a p ro t e c c i ó n p o d í a n

a s e g u r a r simultáneamente l o s i n t e r e s e s b á s i c o s d e l a s n a c i e n t e s

c l a s e s m e r c a n t i l y m a n u f a c t u r e r a . E l E s t a d o a b s o l u t i s t a c e n t r a -

l i zó c a d a v e z m á s e l p o d e r p o l í t i c o y s e m o v i ó h a c i a s i s t e m a s

l e g a l e s m á s u n i f o r m e s : l a s c a m p a ñ a s d e R i c h e l i e u c o n t r a l o s

r e d u c t o s d e l o s h u g o n o t e s e n F r a n c i a f u e r o n c a r a c t e r í s t i c a s . E l

E s t a d o a b s o l u t i s t a s u p r i m i ó u n g r a n n ú m e r o d e b a r r e r a s c o-

m e r c i a l e s i n t e r n a s y p a t r o c i n ó a r a n c e l e s e x t e r i o r e s c o n t r a l o s

c o m p e t i d o r e s e x t r a n j e r o s : l a s m e d i d a s d e P o m b a l e n e l P o r tu -

g a l d e l a I l u s t r a c i ó n f u e r o n u n d r á s t i c o e j e m p l o . P r o p o r c i o n ó

a l c a p i t a l u s u r a r i o i n v e r s i o n e s lu c r a t i v a s , a u n q u e a r r i e s g a d a s ,

e n la h a c i e n d a p ú b l i c a : l o s b a n q u e ro s d e Au g s b u rg o e n e l s i-

g lo xv i y lo s o l igarcas genoveses de l s ig lo XVI I h i c i e r o n f o r t u n a s

c o n s u s p r é s t a m o s a l E s t a d o e s p a ñ o l . M o v il iz ó l a p r o p i e d a d

ru r a l p o r m e d i o d e l a i n c a u t a c i ó n d e l a s t i e r r a s e c l e s i á s t i c a s :

d i s o l u c i ó n d e l o s m o n a s t e r i o s e n I n g l a t e r r a . P r o p o r c i o n ó s i n e -

c u r a s r e n t a b l e s e n l a b u r o c r a c i a : l a

paulette

e n F ra n c i a r e g l a -

m e n t a r í a s u p o s e s i ó n e s t a b l e . P a t r o c i n ó e m p r e s a s c o l o n i a l e s y

c o m p a ñ í a s c o m e rc i a l e s : a l m a r B l a n c o , a l a s An t i l l a s , a l a b a h í a

d e H u d s o n , a L u i s i a n a . E n o t r a s p a l a b r a s , el E s t a d o a b s o l u t i s t a



36

Europa occidental

r e a l i z ó a l g u n a s f u n c i o n e s p a r c i a l e s e n l a acumu lación originaria

n e c e s a r i a p a r a e l t r i u n f o f in a l de l m o d o d e p r o d u c c i ó n c a p i t a -

l i s t a . L a s r a z o n e s p o r l a s q u e p u d o l l e v a r a c a b o e s a fu n c i ó n

« d u a l » r e s i d e n e n l a n a t u ra l e z a e s p e c í f i c a d e l o s c a p i t a l e s m e r -

c a n t i l y m a n u f a c t u r e r o : c o m o n i n g u n o d e e l l os s e b a s a b a e n

l a p r o d u c c i ó n e n m a s a c a r a c t e r í s t i c a d e l a i n d u s t r i a m a q u i n i -

z a d a p r o p i a m e n t e d i c h a , t a m p o c o e x i g ía n u n a r u p t u r a r a d i c a l

c o n e l o r d e n a g r a r i o f e u d a l q u e t o d a v í a e n c e r r a b a a la v a s t a

m a y o r í a d e la p o b l a c i ó n ( el f u t u r o t r a b a j o a s a l a r i a d o y m e r -

c a d o d e c o n s u m o d e l c a p i t a l i s m o i n d u s t r i a l ) . D i c h o d e o t r a f o r -

m a , e s o s c a p i t a l e s p o d í a n d e s a r r o l l a r s e d e n t r o d e l o s l í m i t e s

e s t a b l e c i d o s p o r e l m a r c o f e u d a l r e o r g a n i z a d o . E s t o n o q u i e r e

d e c i r q u e s i e m p re o c u r r i e r a a s í : l o s c o n f l i c t o s p o l í t i c o s , r e l i -

g i o s o s o e c o n ó m i c o s p o d í a n fu n d i r s e e n e x p l o s i o n e s r e v o l u c i o -

n a r i a s c o n t r a e l a b s o l u t i s m o , e n c o y u n t u r a s e s p e c í f i c a s , t r a s u n

d e t e r m i n a d o p e r í o d o d e m a d u r a c i ó n . E n e s te e s t a d i o , s i n e m -

b a r g o , h a b í a s i e m p r e u n p o t e n c i a l terreno de compatibilidad

e n t r e l a n a t u r a l e z a y e l p r o g r a m a d e l E s t a d o a b s o l u t i s t a y l a s

o p e r a c i o n e s d e l c a p i t a l m e r c a n t i l y m a n u f a c t u r e r o . E n la c o m -

p e t e n c i a i n t e r n a c i o n a l e n t r e c l a se s n o b l e s q u e p r o d u j o el e n d é-

m i c o e s t a d o d e g u e r r a d e e s a é p o c a , l a a m p l i t u d d e l s e c t o r

m e r c a n t i l d e n t r o d e c a d a p a t r i m o n i o « n a c i o n a l» t u v o s i e m p r e

u n a i m p o r t a n c i a d e c i s i v a p a r a s u r e l a t i v a f u e r z a m i l i t a r y p o -

l í t i ca . En la luc ha co n t ra sus r ivales , to da s l as m on ar qu ía s t e -

n í a n , p u e s , u n g r a n i n t e r é s e n a c u m u l a r m e t a l e s p r e c i o s o s y

p r o m o v e r e l c o m e r c i o b a j o s u s p r o p i a s b a n d e r a s . D e a h í e l

c a r á c t e r « p r o g r e s i s t a » q u e l o s h i s t o r i a d o r e s p o s t e r i o r e s h a n

a t r i b u i d o t a n f r e c u e n t e m e n t e a l a s p o l í t i c a s o f i c i a l e s d e l a b s o -

l u t i s m o . L a c e n t r a l i z a c i ó n e c o n ó m i c a , e l p r o t e c c i o n i s m o y l a

e x p a n s i ó n u l t r a m a r i n a e n g r a n d e c i e r o n a l ú l t i m o E s t a d o f e u d a l

a l a v e z q u e b e n e f i c i a b a n a l a p r i m e r a b u r g u e s í a . I n c r e m e n t a -

r o n l o s i n g r e s o s f i s c a l e s d e l p r i m e r o a l p r o p o r c i o n a r o p o r t u n i -

d a d e s d e n e g o c i o a l a s e g u n d a . L a s m á x i m a s c i r c u l a r e s d e l m e r -

c a n t i l i s m o , p r o c l a m a d a s p o r e l E s t a d o a b s o l u t i s t a , d i e r o n e l o -

c u e n t e e x p re s i ó n a e s a c o i n c i d e n c i a p ro v i s i o n a l d e i n t e r e s e s .

E ra m u y l ó g i c o q u e e l d u q u e d e C h o i s e u l d e c l a r a s e , e n l a s

ú l t i m a s d é c a d a s d e l ancien régime a r i s t o c r á t i c o e n O c c i d e n t e :

« De l a a r m a d a d e p e n d e n l a s c o l o n i a s ; d e l a s c o l o n i a s e l c o -

m e r c i o ; d el c o m e r c i o la c a p a c i d a d d e u n E s t a d o p a r a m a n t e n e r

n u m e r o s o s e j é r c i t o s , p a r a a u m e n t a r s u p o b l a c i ó n y p a r a h a c e r

p o s i b l e s la s e m p r e s a s m á s g l o r i o s a s y m á s ú t i l e s »

4 1

.

Citado por Gerald Graham,

The politics of naval supremacy,

Cam-

bridge, 1965, p. 17.


37

a n e c i ó E r a u i i E s t a d o b a s a d o e n l a s u p r e m a c í a s o c a d e l a

s S t S K a r s í » RSSÍ

d e s p u é s d e l a « d e P o m b a l ; l o s e s p e c u l a d o r e s p a r i s i n o s

S i i S S p S r S l

d e l E s t a d o a b s o l u t i s t a f u e l a d o m i n a c i ó n d e l a n o b l e z a f e u ü *

e n l a é o o c a d e la t r a n s i c i ó n a l c a p i t a l i s m o . S u f i n a l s e ñ a l a r í a

L c r i s i s d e l p o d e r d e e s a c l a s e : l a l l e g a d a d e l a s r e v o l u c i o n e s

b u r g u e s a s y l a a p a r i c i ó n d e l E s t a d o c a p i t a l i s t a .

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Perry AndersonEl Estado Absolutista