5
GALINHA GORDA Local : Pernambuco Desenvolvimento: Brincadeira infantil tradicional , que se fazia durante os banhos de rio ou de poço, tão do agrado das populações nordestinas. As crianças, dentro da água, formavam roda em torno do “mestre”. Este segurava na mão uma pedra escolhida por seu formato ou cor, de modo a distinguir-se das outras. O “mestre” falava e a roda respondia: - Galinha gorda ! - Gorda ela é . . . - Vamos comê-la ? - Vamos a ela. . . Qual é o melhor da galinha ? O fígado ou a titela ? - a titela ! . . . Nesse ponto, o “mestre” jogava a pedra na água, e todos mergulhavam para procurá-la. Quem achasse, guardava-a e por sua vez tornava-se o “mestre”. Titela é o nome dado em Pernambuco ao peito da galinha. Em seu lugar também se usava perguntar: O fígado ou moela ? Fonte: RODRIGUES, Anna Augusta – “Rodas, brincadeiras e costumes”, 1984 Data de coleta : 1955

PERNAMBUCO2

Embed Size (px)

DESCRIPTION

BOTÃO Este objeto tão corriqueiro presta-se a toda uma série de aplicaçõesem vários divertimentos infantis, dos quais alguns são relativamente recentes e continuam em plena voga. GALINHA GORDA • Fonte: RODRIGUES,Anna Augusta – “Rodas, brincadeiras e costumes”, 1984 • Desenvolvimento: Brincadeira infantil tradicional , que se fazia durante os banhos de rio ou de poço, tão do agrado das populaçõesnordestinas. • Local : Pernambuco Data de coleta: 1955

Citation preview

Page 1: PERNAMBUCO2

GALINHA GORDA

Local : Pernambuco

Desenvolvimento: Brincadeira infantil tradicional , que se fazia durante os banhos de rio ou de poço, tão do agrado das populações nordestinas.As crianças, dentro da água, formavam roda em torno do “mestre”.Este segurava na mão uma pedra escolhida por seu formato ou cor, de modo a distinguir-se das outras.O “mestre” falava e a roda respondia:- Galinha gorda !- Gorda ela é . . .- Vamos comê-la ?- Vamos a ela. . .Qual é o melhor da galinha ?O fígado ou a titela ?- a titela ! . . .Nesse ponto, o “mestre” jogava a pedra na água, e todos mergulhavam para procurá-la. Quem achasse, guardava-a e por sua vez tornava-se o “mestre”.Titela é o nome dado em Pernambuco ao peito da galinha.Em seu lugar também se usava perguntar: O fígado ou moela ?

Fonte: RODRIGUES, Anna Augusta – “Rodas, brincadeiras e costumes”, 1984 Data de coleta: 1955

CURRUPICHO OU CORRUPIOLocal : Rio de Janeiro e PernambucoDesenvolvimento:BOTÃO

Page 2: PERNAMBUCO2

Este objeto tão corriqueiro presta-se a toda uma série de aplicações em vários divertimentos infantis, dos quais alguns são relativamente recentes e continuam em plena voga.Assim o futebol de botões que, encontrado no comércio, já prescinde da paciência de colecioná-los como inicialmente se fazia.Outras brincadeiras há, porém, que conservam suas tradicionais características de engenhosa rusticidade.Vejamos algumas:CURRUPICHOAssim designada no Rio de Janeiro e como “Corrupio” em Pernambuco e outras regiões do país.Nos dois furos de um botão médio ou grande enfia-se um cordão e amarram-se as pontas que se torcem entre as cabeças dos dedos, uma para cada lado, quando o fio bem torcido começa a querer enroscar, está pronto o brinquedo para funcionar. Seguram-se firmemente as extremidades ou nelas se enlaça um dedo de cada mão. Distende-se bruscamente o cordão que como uma mola volta a encolher-se e faz o botão girar com incrível velocidade, produzindo um zumbido característico. Em lugar de um botão também se pode utilizar uma tampinha de cerveja na qual se façam dois furinhos.JOGONo chão ou na mesa dispõem-se dois pauzinhos paralelos distantes uns quinze centímetros, e entre eles coloca-se um botão que um parceiro se encarrega de mover com a mão, para defender e impedir o “gol” assim armado. A cerca de um palmo fica o botão - jogador. Os outros dois parceiros se alternam para impulsioná-lo, calcando-lhe fortemente a borda como botão - palheta, e a cada lance procuram fazê-lo passar entre os pauzinhos. Quando o conseguem, o gol assim feito vale um ponto, sendo previamente combinado o total da partida.Fonte: RODRIGUES, Anna Augusta – “Rodas, brincadeiras e costumes”, 1984 Data de coleta: 1955

CURRI, CURRI ?(GULE, GULE)

Local : Pernambuco

Desenvolvimento:CURRI, CURRI ?

Page 3: PERNAMBUCO2

Em todo o interior do Brasil come-se milho assado. Ao fazê-lo, era costume brincar assim, com crianças ou moças.Sacudindo na mão um punhado de grãos, pergunta-se: - Curri, curri ? - Eu entro ! - Com quantos ? - Com quantos ! ( Dizia-se um número qualquer) Se o número coincidisse com os grãos, ganhava-se o punhado. Senão acertasse o próprio dono comia

Fonte: RODRIGUES, Anna Augusta – “Rodas, brincadeiras e costumes”, 1984

Data de coleta: 1955

ADEDANHA

Local : Rio de Janeiro

Desenvolvimento: Brincadeira infantil muito difundida, que consiste em um jogo de palavras assim desenvolvido: ao ser pronunciada a palavra adedanha, todos indicam rapidamente, com os dedos, valores numéricos que, somados, darão um determinado número, imediatamente convertido em uma letra da seqüência do alfabeto. Feito isso, deverão todos citar nomes de país, animal, planta, marca de carro, etc. de acordo com a convenção do grupo, que tenham esta letra como inicial. Quem não conseguir fazê-lo ou então repetir palavras já ditas, leva uma prenda de cada um dos participantes e sai do jogo. Será vencedor aquele que ficar por último.

Page 4: PERNAMBUCO2

Fonte: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - SEES/INEPAC – “Folclore Fluminense”, 1982

Data de coleta: a partir 1976