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PEDAGÓGICA - Operação de migração para o novo data ... · dessa ideia, propomos a leitura do conto “Biruta”, de Lígia Fagundes Telles1, cuja 1 TELLES, Lygia Fagundes. Histórias

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FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO

PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICATURMA - PDE/2012

Título: “A arte de enredar o leitor”

Autor: Jussilene Dalke Andrade

Disciplina/Área: Língua Portuguesa

Escola de Implementação do Projeto: Colégio Estadual Eleutério F. Andrade

Município da escola: Quitandinha

Núcleo Regional de Educação: AM-Sul

Professor Orientador: Allan Valenza da Silveira

Instituição de Ensino Superior: UFPR

Relação Interdisciplinar -

Resumo: Aprender a respeito do funcionamento da linguagem escrita através da recontagem de histórias, possibilita que o escritor tenha o compromisso de preservar o enredo mas, imprimindo seu estilo próprio. A proposta do material didático é permitir que os alunos ampliem seu repertório de “contos”, bem como aprendam a ajustar a linguagem às suas intenções comunicativas, isto é, aos efeitos que esperam provocar em seus leitores.

Palavras-chave: Leitores; repertório; recriar.

Formato do Material Didático: Unidade Didática

Público Alvo: Alunos do 2º ano do Ensino Médio do

diurno

1. Apresentação:O contato com diferentes tipos de texto é fundamental não só para formar o

gosto pela leitura, mas para transformar os indivíduos em leitores competentes.

Entretanto, para a maior parte de nossos alunos, esse contato só é possível na

escola e, mesmo assim, raramente é prazeroso; quase sempre, os momentos de

leitura são seguidos de cobranças que impedem a livre fruição do texto. Por outro

lado, a escola não pode deixar a critério do aluno a decisão de ler ou não; é sua

função mostrar que a leitura pode ser uma fonte inesgotável de lazer e novos

conhecimentos.

Para isso, é possível criar no ambiente escolar uma situação que deixe livre a

escolha dos títulos de leitura, bem como os comentários dos alunos e, ao mesmo

tempo, incentive-os a empenhar-se na busca de qualidade da sua leitura.

Partindo de que as narrativas fazem parte do nosso dia a dia em qualquer

situação ou qualquer que seja o espaço físico, dentro ou fora da escola, as sessões

de contos são sempre bem vindas, o que demonstra o gosto por ouvir histórias. Com

isso podemos usar esse gênero para estimular o gosto pela leitura, fazendo a ponte

entre o leitor e o livro e criar um elo imaginário, possibilitando o aprendizado do

conhecimento.

Através desse recurso poderemos aguçar a imaginação dos leitores/ouvintes,

desenvolvendo a capacidade cognitiva de percepção do conto como instrumento de

informação e, muitas vezes, de liberdade para ele próprio.

Para que o leitor possa ser envolvido pela narrativa, é preciso que ele participe

dos fatos que estão sendo narrados, viva o que os personagens estão vivendo, veja o

cenário, como se este estivesse diante de si. Uma narração não deve apenas mostrar

o que acontece, mas prender a atenção do leitor ao contar os fatos.

O que torna uma história interessante é a possibilidade de nos espelharmos ,

aprendermos, emocionarmos ou até nos alegrarmos por não ter que enfrentar aquela

situação. Mesmo não sendo verdadeira, é preciso acreditar que poderia ser , que

aqueles personagens poderiam ser nossos amigos ou nós mesmos. Ainda que esses

personagens não sejam humanos, eles devem ser personificados como seres

humanos, com seus sonhos, fraquezas, qualidades e defeitos, para que o leitor possa

se identificar/confrontar com eles.

Para aprimorar o conhecimento dos alunos apresentaremos sugestões de

atividades relacionadas ao gênero “Conto”.

2. Unidade Didática 1

2. 1 TemaCaracterísticas das histórias de mistério, terror, suspense, ação, ficção

científica, amor e do cotidiano.

Conhecendo as características dos gêneros da narrativa, os alunos poderão

melhor apreciar e produzir textos que falem de amor, mistério, ficção, fatos do

cotidiano, etc. Nesse momento queremos oferecer informações que ajudem a

organizar melhor seus conhecimentos.

2. 2 Objetivo geralConhecer os elementos da narrativa.

2. 3 Objetivo específicoPesquisar diferentes autores como Lygia Fagundes Telles, Orígenes Lessa,

Clarice Lispector e outros, apreciando e analisando as escolhas estilísticas que

realizam ao contar um conto;

Discutir cada recurso utilizado por cada autor e confrontar os diferentes pontos

de vista;

Reconhecer os elementos construtivos característicos do conto possibilitando

que o aluno identifique e compreenda elementos próprios do gênero.

2. 4 Encaminhamento metodológicoNada mais gostoso do que pegar um bom livro para ler e não largar até

concluir a leitura. Às vezes, o livro é tão interessante, prende tanto a nossa atenção,

que nos esquecemos de outros afazeres e prazeres. Outras vezes, vamos esticando

a leitura, numa tentativa de prolongar esses momentos e, quando ela acaba,

sentimos falta da convivência que tivemos com aqueles personagens, com aquele

cenário. Então vamos folheando o livro, relendo trechos, como quiséssemos imprimir

na nossa lembrança aqueles momentos que nos deram tanta satisfação. Partindo

dessa ideia, propomos a leitura do conto “Biruta”, de Lígia Fagundes Telles1, cuja 1 TELLES, Lygia Fagundes. Histórias escolhidas. São Paulo: Boa Leitura, ANO1961.

site:http://www.releituras.com/releituras.asp site http://www.tirodeletra.com.br

leitura permitirá conhecer melhor os recursos de que o autor de narrativas

normalmente se utiliza para enredar seus leitores.

Após a leitura abrir espaço para que os alunos extravasem suas emoções

provocadas pelo conto e relatem experiências semelhantes vividas por eles ou

pessoas conhecidas deles. Em seguida propor uma segunda leitura voltada para

referências do texto aos personagens, à sequência de ações, ao espaço, ao tempo e

ao foco narrativo. Formar pequenos grupos e favorecer um ambiente de discussão

para confrontar diferentes pontos de vista.

2.5 Atividade 1

a) Identificar no texto “Biruta” de Ligia Fagundes Telles os elementos da narrativa:

Narrador e ponto de vista: O conto “BIRUTA” é narrado na terceira pessoa; o

narrador coloca-se fora da narrativa, mas descarta a pretensa objetividade de mero

observador: cola-se à personagem, aproximando-se mais dela através do discurso

indireto livre. Com isso, o leitor é levado a participar mais intensamente do drama do

menino, pois nada é antecipado, de modo que sentimos junto com Alonso o impacto

final da perda do melhor amigo. “Depois apertou-o fortemente contra o peito, como se quisesse enterrá-lo no coração.” Ação, enredo: Em “BIRUTA”, os fatos em sua maioria são narrados no tempo

presente, isto é no momento em que ocorrem. Mas, em alguns momentos, são

narrados em retrospectiva: Alonso recorda-se de que biruta roubara a carne da

geladeira semanas atrás e também relembra sua vida no asilo. “Lá no asilo, no Natal, apareciam umas moças com uns saquinhos de balas e roupas.” Tempo: No conto lido não se menciona a época histórica em que ocorrem os

fatos, mas pode-se deduzir, por pistas como a presença do automóvel, que se passa

em época recente. O passado (as artes de Biruta e o tempo do asilo) é rememorado

através de um flash-back que interrompe a linearidade da narrativa. “Alonso cravou os olhos brilhantes e secos num pedaço de osso roído, meio encoberto sob um rasgão do lençol. Ajoelhou-se. E estendeu a mão tateante. Tirou debaixo do travesseiro uma bola de borracha.” Personagens: No caso do conto “Biruta”, a qualificação dos personagens é

parcimoniosa, mas consistente, e esses acabam se revelando muito mais através de

suas ações.

Descrição dos personagens:

1) Alonso é um menino franzino e maltratado, submisso, leal e corajoso, solitário e

carente. “Alonso foi para o quintal carregando uma bacia cheia de louça suja. Andava cm dificuldade, tentando equilibrar a bacia que era demasiado pesada para seus bracinhos finos.”2) Biruta é pequenino e branco, tem uma orelha em pé e a outra caída. “O cachorro saiu de dentro da garagem. Era pequenino e branco, uma orelha em pé e a outra completamente caída.”3) Leduína, a empregada, apesar de não revelar carinho pelo menino, defende-o

algumas vezes. “Leduína tem aquele jeitão dela, mas duas vezes já me protegeu.”4) Zulu é impaciente, violenta e cruel. “Por que dona Zulu tinha tanta raiva dele? Ele só queria brincar, como as crianças.”5) O doutor, marido de Zulu, pouco citado no enredo, mas é indiferente ao destino do

garoto. “O doutor é bom, quer dizer, nunca se importou nem comigo nem com você, é como se a gente não existisse.”

Espaço: O espaço desempenha papel importante, por mostrar claramente a

marginalização e a solidão de Alonso. Adotado para ser empregado não remunerado,

ele não compartilha do espaço-casa, vivendo na garagem onde dorme com o cão

num velho colchão. “Num velho colchão metido num ângulo da parede em lençóis rasgados.”

b) Para aprofundar a compreensão do universo narrativo e aprimorar a performance

na produção de contos, levar os alunos até a sala de informática, dividi-los em duplas

para pesquisarem diferentes contos e depois escolher o qual mais chamou a atenção

da dupla para fazerem o estudo e análise do conto usando o mesmo roteiro de

identificação dos elementos da narrativa utilizado no conto “BIRUTA”.

No site do “Projeto Releituras”, há links para vários escritores que se destacaram na

produção de contos. Também poderia ser acessado o site da “Olimpíada de Língua

Portuguesa”.

c) Utilizar diferentes estratégias de leitura oral, como a dialogada, expressiva ou

dramatizada, de forma a dinamizar a percepção dos diferentes temas, estilos e

recursos dos contos.

2.6 Observações importantes

É importante que o professor observe e interaja com seus alunos auxiliando-os em

suas dificuldades de análise.

2.7 Sugestão para o professorPropor aos alunos a leitura de outros contos sem seguir rigidamente um roteiro

de análise. Eles poderão apresentar à classe suas observações sobre os elementos

da narrativa, recursos de estilo e outros aspectos presentes nos textos lidos. Durante

o tempo em que se dedicarem a esse trabalho independente, aproveitar para atender

e auxiliar os alunos com maior dificuldade.

2.8 Sugestão de avaliação Aferir o desenvolvimento dos alunos nas habilidades propostas, por meio de

uma avaliação processual, durante a aplicação das atividades ou outras formas

escolhidas pelo professor.

3. Unidade Didática 2Para ajudar os alunos a aprimorar suas narrativas, propomos nesta unidade

exercícios de escrita de textos, envolvendo os aspectos já trabalhados na leitura da

unidade 1.

3.1 TemaA arte de enredar o leitor através da organização das narrativas para

divulgação.

3.2 Objetivo Geral Expandir as ideias sobre os aspectos a serem trabalhados no conto para

enriquecimento da narrativa.

3.3 Objetivo EspecíficoRefletir a respeito das operações envolvidas no reconto de uma história:

omissões, acréscimos, inversões, substituições;

Editar e revisar os textos recontados pelos alunos observando todos os

aspectos trabalhados no desenvolvimento do conto;

Organizar a coletânea com os textos produzidos pelos alunos e fazer a

divulgação do material elaborado.

3. 4 Encaminhamento metodológicoRecontar histórias é uma situação que possibilita aprender a respeito do

funcionamento da linguagem escrita. Recontar não é mera reprodução, é recriação,

pois ainda que o escritor tenha o compromisso de preservar o enredo, imprime à

história seu estilo próprio. A proposta tende a permitir que os alunos ampliem seu

repertório de contos, bem como tomem o gosto pela leitura e aprendam a ajustar a

linguagem às suas intenções comunicativas, isto é, aos efeitos que esperam provocar

em seus leitores.

No primeiro momento enfocar a criação de personagens e a expansão de

ideias para enriquecimento da narrativa através de vários contos selecionados pelo

professor.

Organizar a turma em duplas e pedir que selecionem um dos contos lidos para

produzir uma nova versão para ele. A partir dos exemplos comentados, propor que,

antes de começarem a escrever, pensem como querem recontá-lo: substituindo

palavras difíceis por outras mais simples para facilitar a compreensão, transformando

passagens de sequência narrativa em diálogo para dar maior leveza.

Após a produção, reservar algumas aulas para reformular o texto. Afinal, um

texto bem escrito é normalmente fruto de sucessivas versões. Para facilitar o

trabalho, o professor pode promover o intercâmbio entre as duplas: uma dupla

compara as duas versões do conto escolhido pela outra, elaborando uma pauta com

sugestões para a revisão. Insistir que a proposta não é deixar o texto ficar igual ao

modelo, mas potencializar as intenções de cada dupla.

Concluir as atividades de edição e revisão dos contos recriados pelos alunos.

3.5 Atividade 1 a) Selecionar bons contos adequando à faixa etária dos alunos para que possam

despertar o interesse pela leitura. Discutir sobre a seleção dos fatos, expansão de

ideias, construção de personagens, caracterização do espaço, foco narrativo e

sequência. Os alunos farão o registro de suas ideias no decorrer da leitura do texto.

SUGESTÃO: Propomos os seguintes contos: “O voador”, dos Irmãos Grimm; “O

diamante”, de Luis Fernando Veríssimo; e “Medo”, de Cora Coralina, extraídos do

caderno “Na Ponta do Lápis” da Olimpíada de Língua Portuguesa escrevendo o

futuro, ano V - número 12, ps.16 e 17, dezembro de 20092.

b) Analisar diferentes versões do conto “A Gata Borralheira”: “Bicho de Palha”, de

Luis da Câmara Cascudo e “Capa de Junco”, adaptação de um conto do folclore

inglês3. Propor algumas perguntas que ajudem o aluno a conhecer melhor os contos:

Quais as personagens principais? O que acontece na história? De quem o narrador

está falando? Compare as narrativas, destacando as semelhanças e diferenças

(personagens, ambiente, enredo, complicação, desfecho) entre os contos. Elaborar

um quadro com a síntese do que foi observado organizando as informações nas duas

versões do conto (“Bicho de Palha” e “Capa de Junco”).

c) Produção textual:

O texto deverá ser iniciado por uma das passagens abaixo:

Texto 1:Quando nada mais importa, descobrimos o valor que damos a cada coisa, o sentido

exato daquela caixa de música ou da lembrança mais remota da infância, que teima

em voltar cada vez mais nítida...

REVILLION, Monique. Kiwi. Teresa, que esperava as uvas e outros contos. São

Paulo: Geração Editorial, 2006. p. 22. (fragmento).

Texto 2:Meu nome é... Sou um advogado criminalista. O caso que vou relatar comprova,

como disse alguém cujo nome não recordo, que a verdade é mais estranha que a

ficção porque não é obrigada a obedecer ao possível...

FONSECA, Rubem. A Bíblia e a Bengala. São Paulo: Companhia das letras, 2005,

p. 7. (fragmento).

IMPORTANTE: Como um conto deve apresentar, desenvolver e solucionar um 2 Ministério da educação,Olimpíada de língua portuguesa, Escrevendo o Futuro, ano V – número

12, dezembro de 2009. Site http://www.escrevendoofuturo.org.br3 As versões do conto “A gata Borralheira” foram retiradas do caderno “Na Ponta do Lápis” da

Olimpíada de língua portuguesa escrevendo o futuro, ano v- número 12 dezembro de 2009. Site http://www.escrevendoofuturo.org.br

conflito, o aluno deverá definir que tipo de conflito pode ser vivido pela personagem

principal, quais os motivos para os principais acontecimentos, a linguagem que será

utilizada, elementos de cenário, referências temporais para que possa organizar os

fatos narrados.

ATENÇÃO: Cada aluno deverá elaborar seu conto e depois trocar com um colega de

sala. Cada um deverá ler o texto do outro observando as características do conto.

Todo texto pode ser melhorado: que sugestões faria ao seu colega para reescrever o

conto criado por ele, de modo a alcançar um maior impacto junto ao leitor?

SUGESTÃO: Cada aluno deverá reler o seu texto, analisando as sugestões

recebidas. Pedir para que ele refaça o texto, incorporando as modificações que lhe

parecerem mais interessantes.

c) Organizar a turma em duplas e pedir para que os alunos escolham um dos contos

lidos e trabalhados no decorrer das atividades. O qual eles mais se identificaram que

selecionem para produzirem uma nova versão para ele. Após a produção os textos

deverão ser revisados e reescritos para a elaboração do “Livro de Contos”.

3.6 Observações importantes Caso o professor perceba alguma dificuldade específica de um aluno ou grupo de

alunos, proponha exercícios individuais para trabalhar os aspectos problemáticos.

3.7 Sugestão para o professor O professor poderá sugerir a alteração de um dos aspectos trabalhados no conto.

Como, por exemplo, alterar o foco narrativo para tornar o texto mais instigante;

caracterizar o cenário de forma a acentuar o clima da narrativa; introduzir numa

sequência cronológica um flash-back, para trabalhar os aspectos problemáticos.

3.8 Sugestão de Avaliação Acompanhar o processo de recontar contos desenvolvido pelos alunos no decorrer

do processo ensino-aprendizagem.

4. Considerações Finais As sugestões apresentadas pretendem contribuir para a aprendizagem dos alunos

e o entusiasmo de desenvolver um novo projeto. A preocupação é integrar todos os

alunos ao processo pedagógico para que criem novas condições de conhecimento

participando ativamente do ensino-aprendizagem.

5. Referências ANTUNES, Irandé. Aula de Português: encontro & interação. São Paulo 8ª ed., abril

de 2009.

__________. Muito Além da Gramática: Por um ensino de línguas sem pedras no

caminho. São Paulo, 4ª ed., setembro de 2009.

MOISES, Massaud. A Criação Literária. Prosa. São Paulo: Cultrix. 2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba, 2009.

LISPECTOR, Clarice. Felicidade Clandestina. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1977.

TELLES, Lygia Fagundes. Venha ver o pôr do sol & outros contos. São Paulo;

Ática 1988.

Ministério da Educação, Olimpíada de Língua Portuguesa, Escrevendo o Futuro,

ano V – número 12, dezembro de 2009.

ABAURRE, Maria Luiza M. & ABAURRE, Maria Bernadete M. & PONTARA, Marcela.

Português contexto, interlocução e sentido. 1ª edição, São Paulo, 2010, editora

Moderna.