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PDPL-RV promove palestra sobre IATF
O PDPL-RV promoveu, no dia 21 de março, uma palestra sobre o im-pacto da Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) na eficiência re-produtiva de bovinos. A palestrante foi a médica veterinária e superviso-ra técnica em reprodução animal da Ourofino Agronegócio, Michele Bas-tos. Na ocasião, estavam presentes produtores e técnicos do PDPL-RV.
A abertura do evento foi realizada pelo coordenador técnico do Pro-grama, Christiano Nascif, que agra-deceu a todos pela presença e falou sobre a importância da parceria com a Ourofino, cujo objetivo é propor-cionar capacitação aos estagiários e produtores assistidos pelo PDPL-RV.
Michele Bastos agradeceu o con-vite e a oportunidade de conhecer de perto o trabalho do PDPL-RV. Em seguida, discorreu sobre a IATF, tecnologia nova no mercado, cuja maior vantagem é a não dependência da detecção do cio para a realização da inseminação, além de aumentar a taxa de concepção e, consequente-mente, a taxa de prenhez.
A veterinária apresentou dados re-ferentes à eficiência reprodutiva da pecuária no Brasil, que é baixa, ex-plicando suas causas. Também mos-
trou, em números, as significativas perdas que esta baixa eficiência oca-siona, além de explicar aos presen-tes como deve ser feito um manejo eficiente e as vantagens do empenho em alcançar resultados satisfatórios.
Os benefícios da IATF são inúme-ros e alguns produtores do PDPL- RV já utilizam essa tecnologia. É o caso do sr. José Afonso Frederico, cuja propriedade é localizada em Coimbra/MG. Ele adotou a IATF há 4 anos, sob orientação do Programa e recomenda: “Acho que está dando certo. Nós temos que procurar apri-morar cada dia mais esse processo e, com isso, tornar a propriedade mais rentável. Sozinho não tem como fa-zer, tem que ter a assistência do ve-terinário, e nesse ponto o PDPL é fundamental e tem saído na frente”.
Finalizando a palestra, Michele mostrou como a IATF vem crescen-do no Brasil e como é realizada, visto que o processo envolve a insemina-ção e a aplicação de hormônios. Em seguida, Peter Bellico de Paiva, co-ordenador da Ourofino responsável pela região que compreende RJ, ES e MG, também agradeceu o convite e se colocou à disposição do Programa e dos produtores.
A veterinária também ofereceu um curso de IATF e ultrassonografia aos estagiários do PDPL-RV. Confira os detalhes na página 4 desta edição.
Erika VieiraEstudante de Jornalismo
PDPL-RV realiza palestra sobre aditivos na alimentação de ruminantes
O PDPL-RV promoveu no dia 12 de março uma palestra sobre aditi-vos na alimentação de ruminantes, ministrada por Winston Giardini, zootecnista consultor e gerente téc-nico de leite da Alltech do Brasil, e Daniel Navarro, ex-estagiário do PDPL-RV e gerente de vendas da mesma empresa.
Winston Giardini possui experi-ência há mais de 20 anos na região de Castro-PR, tida como uma das principais bacias leiteiras do país. Durante a palestra ele destacou a im-portância e as considerações sobre o uso de aditivos e suas influências na produção leiteira.
Na ocasião foram abordados temas como Ionóforos, adsorventes de mi-cotoxinas, minerais orgânicos e leve-duras na alimentação dos animais, enfatizando os pontos positivos e negativos para cada tecnologia.
O zootecnista Daniel Navarro dis-cursou sobre a utilização e os resulta-dos de produtos desenvolvidos pela empresa, citando resultados obtidos na propriedade do produtor Antônio
Maria da Silva Araújo, assistida pelo PDPL-RV. Ambos enfatizaram ainda que a adoção de todas essas tecnolo-gias só são eficientes se genética, nu-trição, manejo e ambiência para os animais não forem fatores limitantes.
Diante do alto nível das palestras proferidas pelos competentes pro-fissionais, é fácil concluir que a ex-periência foi marcante para quem prestigiou o evento. O estudante de zootecnia e estagiário do PDPL-RV,
Thaylon Moreira Aragão, afirma que “sem dúvidas, esta noite ficou regis-trada em nossa vida acadêmica e será lembrada por todos nós durante nos-sa atuação profissional.” O sentimen-to de Thaylon representa o de todos os participantes.
A coordenação do PDPL-RV agra-dece a Alltech do Brasil pela oportu-nidade, parabeniza pelo brilhantis-mo dos seus profissionais, e se coloca à disposição para novos encontros.
Segmentação dos custos com ordenha na Fazenda Tum –
Tum (Guaraciaba - MG)
Dicas do AgrônomoMEIOSI: Produção de mudas de cana jovens, sadias e com custo
reduzido
Momento do ProdutorHenrique Normando Esteves
Qualidade do LeiteA importância do teste de
CMT
p. 2p. 2
p. 3 p. 4
Winston Giardini ministrando a palestra
Estagiários do PDPL-RV promovem visita de produtores de leite dos Estados Unidos ao Programa
Com o intuito de compartilhar o conhecimento adquirido durante o intercâmbio para o exterior, no último dia 13 os estudantes Bruno Vilarino, Emilio Fonseca, Fernanda Dourado e Alexandre Vilela promo-veram uma palestra para os estagiá-rios da 3ª fase do PDPL-RV, a fim de apresentarem a fazenda onde esta-giaram nos Estados Unidos.
Também estavam presentes seus anfitriões, Janet e Russel Jungemann, de Wolsey, Dakota do Sul, que gen-tilmente se apresentaram, contando a satisfação que tiveram com os trai-nees e o interesse de que novos estu-dantes tenham a oportunidade de se juntarem à equipe.
Os estagiários relataram suas mar-cantes experiências, vividas em um
ano e meio de intercâmbio. Entre elas, apresentaram o manejo e o dia a dia da Fazenda Lazy J, que atualmen-te possui 390 vacas em lactação, pro-duzindo cerca de 14 mil litros diários de leite.
A propriedade atua na atividade leiteira e na produção de grãos, onde predomina o cultivo de milho, soja e alfafa. Foram mostrados fotos e ví-deos das atividades desenvolvidas na propriedade, no que diz respeito ao cuidado com a cria e recria, além do uso de tecnologias pouco difundidas nos rebanhos brasileiros, como pe-dômetro para identificação de cio e controle dos animais por chip.
A mão de obra da propriedade é baseada no trabalho familiar e to-dos atuam, realizando atividades variadas, que vão do cuidado com o rebanho ao manuseio de tratores, máquinas agrícolas e construção de
instalações rurais.Visando o crescimento profissional
e pessoal dos estagiários, o PDPL-RV está iniciando uma parceria direta com a propriedade Lazy J. A cada se-mestre, três estagiários poderão ter a oportunidade de passar o período de um ano na fazenda e, opcionalmente, estudar na Universidade de Minesso-ta por seis meses.
Trata-se de uma excelente oportu-nidade para aprimorar a língua in-glesa, hoje requisito básico para tra-balhar nas grandes empresas, além de adquirir enriquecimento cultural e conhecimento sobre diferentes tec-nologias utilizadas na pecuária leitei-ra, o que é de grande valia para as-censão profissional. Além disso, uma experiência internacional é muito importante para o currículo e para o ingresso do estagiário no mercado de trabalho.
Michele Bastos ministrando a palestra
Maria Alice ReisEstudante de Agronomia
Sistema de boas práticas na fazenda é aplicado nas propriedades assistidas pelo PDPL-RV Jornal da Produção de Leite / Ano XXI - Número 275 - Viçosa, MG - Março de 2012
PDPL-RV Programa de Desenvolvimento da Pecuária Leiteira da Região de Viçosa www.ufv.br/pdpl
2
Programa de Desenvolvimento da Pecuária Leiteira da Região de Viçosa
Publicação editada sob a responsabilidade do
Coordenador do PDPL-RV:Prof. Sebastião Teixeira
Gomes
Jornalista Responsável:José Paulo Martins
(MG-02333-JP)
Redação:Christiano Nascif
Zootecnista
Marcus Vinícius C. MoreiraMédico Veterinário
André NavarroMédico Veterinário
Thiago Camacho RodriguesEngenheiro Agrônomo
Evaldo Paulo FirminoZootecnista
Diagramação e coordenação gráfica:
Erika VieiraMara Freitas
Impressão:Suprema Gráfica e Editora
(32) 3551 2546
Endereço do PDPL-RV: Ed. Arthur Bernardes
Subsolo/ Campus da UFVCep: 36570-000
Viçosa - MG
Telefax: (31) 3899 5250E-mail: [email protected]
www.pdpl.ufv.brTwitter: @PDPLRV
Facebook: Pdpl Minas Gerais
Jornal da Produção de Leite
Matteus de Oliveira FrancoEstudante de Agronomia
É fato que a cana-de-açúcar é uma boa opção para suplementação volu-mosa do rebanho no período seco e por isso é muito utilizada na ativida-de leiteira. Sabe-se também que um canavial deve ser reformado em mé-dia a cada cinco anos, o que repre-senta um gasto considerável no custo de produção de leite.
Visando reduzir estes gastos, surge o sistema MEIOSI (Método Inter-ro-tacional Ocorrendo Simultaneamen-te). A ideia é introduzir uma cultura de alimentos ou adubo verde (Ex.: Crotalária juncea) simultaneamente com a cana, dentro de proporções bem estabelecidas.
Esse sistema destaca-se pela pro-dução da muda da cana-de-açúcar na própria área de renovação e por isso se aplica para plantio de cana de ano e meio, com o início de uma par-te do plantio em setembro/outubro, na proporção de 2:8 (plantio de duas linhas e espaço sem cana equivalente a oito linhas – opção para cultura em rotação), com o objetivo de produzir nesse período mudas suficientes na própria área em reforma para o plan-tio da área total em fevereiro/março. Assim, se ganha com a cultura con-sorciada, que poderá ser comerciali-zada ou enriquecer o solo, e com a produção de mudas jovens e sadias.
A vantagem quantitativa e econô-mica na adoção dessa técnica está
relacionada à idade das mudas, sig-nificando maior vigor, justificando menor consumo de gemas por área, melhor sanidade e maior rendimento de corte.
O plantio realizado nesse sistema elimina a necessidade do carrega-mento e do transporte de mudas, bem como a picagem desta, minimi-zando custos e melhorando a logís-tica das operações. Assim, a muda é cortada e plantada na mesma área, e esta operação pode ser interrompida a qualquer momento, de modo que a muda para o restante da área per-manecerá em pé. Dessa forma, im-previstos durante o plantio não com-prometerão a integridade da muda durante a renovação e, consequente-mente, economiza tempo e melhora a qualidade do plantio.
Um plantio pelo sistema MEIOSI chega a ter custo 25 % menor que um plantio pelo sistema convencional e ainda traz outras vantagens, como:
•As mudas já estão no local do plantio;
• Melhor conservação do solo;• Menor compactação do solo em
razão da redução do tráfego de má-quinas/carroça e animais na área;
• Possibilita melhor controle de er-vas daninhas;
• Redução geral no custo de plantio, devido à comercialização da cultura consorciada ou, no caso de uso de adu-bos verdes, devido à menor necessida-de de adubação no plantio da cana.
Por isso podemos afirmar com se-
gurança que o sistema MEIOSI tem um potencial enorme para ajudar os
MEIOSI: Produção de mudas de cana jovens, sadias e com custo reduzido
Dicas do Agrônomo
produtores a trabalhar cana-de-açú-car de forma eficiente e barata.
Segmentação dos custos com ordenha na Fazenda Tum – Tum (Guaraciaba –MG)
O uso da ordenha mecânica em propriedades leiteiras é um impor-tante fator na redução dos custos da fazenda, através da otimização da mão de obra. Além disso, há uma estreita ligação entre a ordenha e a qualidade de leite.
Na fazenda do sr. Áureo Alcântara, que apresenta um dos melhores índi-ces em qualidade de leite do PDPL- RV, uma atenção especial é dada a esse equipamento.
A análise da tabela 1 permite distin-guir o custo de cada componente en-volvido no processo de ordenha me-cânica na Fazenda Tum-Tum (dados
Rafael GasparoniEstudante de AgronomiaJosé TeotônioEstudante de Zootecnia Ítalo VolpiniEstudante de Medicina Veterinária
referentes ao ano de 2011). O custo do processo de ordenha para retirar 1 litro de leite é de aproximadamen-te R$ 0,09. Se somado ao gasto com ordenhador (R$ 0,11/L), passa para R$ 0,20/L. Esse gasto está um pouco elevado, visto que a mão de obra e os equipamentos foram projetados para uma produção de leite superior à atu-al. Isso se deve ao fato da propriedade ter começado na atividade leiteira há aproximadamente 2 anos. A expec-tativa é que esse valor diminua para R$ 0,15/L.
Os produtores se queixam dos cus-tos com assistência técnica e manu-tenção, no entanto, estes não são os maiores custos com ordenha, como pode ser verificado no gráfico 1. As-sim, é importante fazer manutenções com a periodicidade recomendada, visto que o custo é pouco significa-tivo.
O gasto relacionado à mão de obra na ordenha representa maior partici-pação no custo, e, na Fazenda Tum- Tum, equivale a 53% do custo total da ordenha. Daí a importância do bom treinamento da mão de obra, para que os procedimentos sejam realizados de forma rápida e eficien-te, buscando maior número de vacas ordenhadas por hora. Dessa forma, haverá uma “diluição” deste custo, em virtude da maior eficiência dos funcionários.
As depreciações de instalações e equipamentos equivalem a 15% do custo anual, enquanto gastos com energia equivalem a 8%. Outro ponto importante são as despesas com pré e pós-dipping, bem como detergente para limpeza dos equipamentos, que equivalem a 13% do custo.
Em uma propriedade leiteira, os custos destinados ao processo de
ordenha representam pouco em rela-ção ao custo total do leite, geralmen-te variam de 1 a 1,5% da renda bruta (a mão-de-obra não está incluída neste valor). Porém, é imprescindí-
Custos
R$/dia
R$/ordenha
R$/ordenha/vaca
R$/vaca/dia
R$/litro
R$/mês
Dipping
2,970
1,485
0,093
0,186
0,012
90,347
Limpeza
2,820
1,410
0,088
0,176
0,011
85,784
Peças
3,970
1,985
0,124
0,248
0,016
120,767
Assist. Técnica
1,640
0,820
0,051
0,103
0,007
49,889
Equipamentos6,300
3,150
0,197
0,394
0,025
191,646
DepreciaçãoInstalações
1,480
0,740
0,046
0,093
0,006
45,022
Ordenhador
27,180
13,590
0,849
1,699
0,109
826,816
Energia
3,940
1,970
0,123
0,246
0,016
119,855
Total
50,300
25,150
1,572
3,144
0,201
1530,126
vel dar atenção ao custo de ordenha, bem como toda a rotina deste pro-cesso, de modo a preservar a saúde do rebanho e a lucratividade da pro-priedade.
Gráfico 1 - Distribuição dos custos dos itens referentes ao processo de ordenha mecânica
Esquema do sistema de MEIOSI
Tabela 1 - Distribuição dos gastos de uma ordenha mecânica
MEIOSI: Cana-de-açúcar e crotalária
Momento do Produtor: Henrique Normando Esteves
3
O produtor Henrique Normando iniciou na atividade leiteira em me-ados de 2007. Sua propriedade, Fa-zenda Perfeita União, está localizada no município de São Geraldo-MG. Com intuito de produzir de maneira eficiente, ele decidiu buscar parcerias de suporte técnico-administrativas, e desde então passou a fazer parte do quadro de produtores de leite inte-grados ao PDPL-RV.
A fazenda, que era voltada para a produção de bovinos de corte, foi adaptada para a produção de leite no sistema semi-confinado. O produtor ainda possui outras atividades, como a produção de café, bovinos de corte e eucalipto, mas o foco principal é a atividade leiteira.
Atualmente a propriedade conta com 66 animais, a maioria com grau sanguíneo variando de 3/4 a 7/8. Desse total, 22 são vacas em lactação, 10 vacas secas, 27 novilhas, 3 novi-lhos, 4 bezerras, 2 bezerros, 2 rufiões e 1 animal de trabalho.
A propriedade possui 36,6 ha volta-dos para a atividade leiteira. Destes, 1,8 ha destinam-se à produção da ca-na-de-açúcar, 0,8 ha à capineira e 3,6
ha ao plantio de milho para silagem. O restante da área é formado de ca-pim Brachiaria brizantha. A divisão de piquetes ainda está sendo estuda-da, para um melhor aproveitamento e rendimento desta forrageira.
A fase de cria é bem conduzida em abrigos individuais, que permitem a movimentação dos animais por uma determinada área de pasto de tifton 85. O desaleitamento ocorre aos 90 dias de vida, possibilitando a diminuição dos transtornos com bezerros. Estes permanecem por al-gum tempo nas casinhas individuais, até que se forme um pequeno lote, quando é feita a mudança para o de transição.
A fase de recria está dividida em lotes homogêneos em pasto de Bra-chiaria brizantha como fonte de vo-lumoso no período chuvoso e cana corrigida no período de estiagem. Os animais recebem 2 kg de concentra-do com 18% de proteína bruta (PB) e sal mineral à vontade no cocho. Esta categoria conta com animais de boa genética, o que possibilita prever um grande crescimento no volume de leite e na produtividade dos animais em um futuro próximo.
A propriedade possui boas insta-lações para o manejo do rebanho durante a ordenha. A estrutura é do tipo espinha de peixe e o sistema uti-lizado é o de balde ao pé. Entretanto, a estrutura atende a todas as exigên-cias para a implantação de um siste-
Rodrigo Pinto PiresEstudante de Zootecnia
Yuri César TristãoEstudante de Agronomia
Victor Hugo A. BarbosaEstudante de Medicina Veterinária
INDICADORESProdução diária
Produção/vaca em lactação
Média de vacas em lactação
Vacas em lactação/total de vacas
Produção por área para pecuária
Vacas em lactação/total do rebanho
UnidadeL/dia
L/dia
Cab
%
L/ha/ano
%
Hoje234,42
10,78
21,75
72,3
2.376,72
33,83
2013400
14
28
80
4.055
40
ma canalizado diretamente ao tan-que, que deverá ser implantada com o aumento da produção. A ordenha é realizada pelo retireiro Márcio e sua esposa Roseli, que contam também com a ajuda de seus filhos.
Visando melhorar a genética do rebanho, desde 2007 o produtor vem realizando o acasalamento dirigido em seus animais, utilizando touros selecionados, além de exercer uma pressão de seleção através do des-carte de animais com pouca aptidão leiteira.
Sempre buscando melhorar o con-forto e a produção, o sr. Henrique implantou eucalipto e gliricidia ao redor do bezerreiro e em algumas áreas de pastagem. Para os animais de recria, foram construídas áreas cobertas próximas ao bebedouro e cochos, minimizando o estresse ca-lórico sofrido pelos animais devido ao clima da região, caracterizado por altas temperaturas.
Com esses pensamentos, o pro-dutor Henrique Normando tem de-
monstrado que acredita na atividade leiteira e vem investindo cada vez mais em sua propriedade. Juntamen-te com o PDPL-RV, vem crescendo
no setor e obtendo resultados cada vez melhores. A tabela abaixo mostra alguns indicadores da propriedade e as projeções para 2013.
Produtor Henrique Normando Esteves e sua esposa, Pollyana Esteves
Lote de vacas em lactação Sala de Ordenha
Lote de novilhas em reprodução
A importância do teste de CMTQualidade do leite
Renata VasconcelosEstudante de Medicina Veterinária
RECEITA
A mastite subclínica, por ser pou-co evidente e passar despercebida aos olhos do produtor, proporciona enormes prejuízos, tanto por com-prometer a sanidade animal, quanto por causar perdas significativas na produção e qualidade do leite.
O teste de CMT (California Masti-tis Test) é o método mais conhecido de diagnóstico de mastite subclínica. Seu princípio baseia-se na avaliação indireta da contagem de células so-máticas presentes no leite. Essas cé-lulas são compostas por leucócitos, que são responsáveis pela defesa do organismo, e por células de desca-mação do epitélio secretor do leite, e ambas apresentam-se em quantida-des elevadas quando há uma infec-ção da glândula mamária.
Na realização do teste de CMT há coleta de uma pequena quantidade de leite em uma placa com quatro cavidades, referentes a cada quarto mamário. Após adição do reagente, observa-se a formação de um gel, que apresenta variados graus de vis-cosidade, que podem ser expressos em cinco escores: negativo, traços, +, ++ ou +++. Estes apresentam cor-relação com a quantidade de células somáticas presentes na amostra e com a perda de produção de leite, como mostra a tabela abaixo.
Dentre as possíveis medidas a se-
rem adotadas após realização do tes-te de CMT, destaca-se:
1. Formação de um lote de vacas com escore de CMT elevado ou for-mação de linha de ordenha, evitando a contaminação dos equipamentos e mãos do ordenhador durante a reti-rada do leite;
2. Avaliação da eficácia do trata-mento de vaca seca através de um CMT comparativo antes e após o tratamento;
3. Desvio do leite das vacas afetadas do tanque, especialmente os produ-tores que ganham bonificação por qualidade;
4. E, principalmente, manutenção dos equipamentos e adequação do manejo de ordenha. Dessa forma, a saúde da glândula mamária é manti-da, evitando novas infecções.
É indicado fazer o teste de CMT pelo menos uma vez por mês, pois possibilita o monitoramento dos ani-mais, auxiliando na tomada de deci-são. Por exemplo, se uma vaca apre-senta um escore de CMT elevado por um período prolongado, esta apresen-ta mastite subclínica crônica. O pro-dutor pode, então, optar pelo descarte do animal ou realizar o tratamento, se possível, dependendo do agente.
O CMT é um teste prático, aces-sível, e por ser um bom método diagnóstico de mastite subclínica, torna-se uma ferramenta de suporte ao produtor de leite e ao consultor técnico.
4
IngredientesPudim:1 lata de leite condensado1 xícara (chá) de chocolate em pó2 vezes a mesma medida (da lata) de leite3 ovos
Modo de fazerCalda:Em uma panela derreta o açúcar até ficar dourado. Junte meia xícara (chá) de água quente, mexa com uma colher e deixe ferver até dissolver os torrões de açúcar e a calda engrossar. Forre uma fôrma com furo central (19 cm de diâmetro), utilizando esta calda, e reserve.
Pudim:Bata no liquidificador o leite condensado, o leite, o chocolate e os ovos, até que fique homogêneo. Despeje na fôrma caramelada. Cubra a fôrma com papel alumínio e asse em banho-maria em for-no médio (180º C) por cerca de 1 hora e 30 minutos. Espere esfriar e leve à geladeira por aproximadamente 6 horas. Desenforme e sirva.
Fonte: http://www.nestle.com.br/site/cozinha/receitas/
Pudim de ChocolatePDPL-RV promove curso de IATF para estagiários
O PDPL-RV promoveu, nos dias 19 e 20 de março, um curso a respeito da Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF), ministrado pela médica veterinária Michele Bastos, Supervi-sora Técnica em Reprodução Animal da Ourofino Agronegócio.
O curso contou com a presença dos estagiários de Medicina Veterinária, além dos médicos veterinários An-dré Navarro e Marcus Moreira, téc-nicos do PDPL-RV. Na parte teórica, pela manhã, foram abordados temas relacionados à fisiologia do ciclo es-tral de fêmeas bovinas, o controle farmacológico desta fase reprodu-tiva, bem como o impacto da IATF na eficiência reprodutiva. Além dis-so, foram apresentados os principais protocolos utilizados e os fatores a serem observados para a obtenção de sucesso com a técnica.
À tarde foi realizada a parte práti-
ca do curso, que ocorreu na Fazenda Oásis, do produtor Sérgio H. V. Ma-ciel, em Coimbra-MG. Os estudantes, auxiliados pela dra. Michele e pelos técnicos, realizaram o exame ultras-sonográfico transretal nos animais, observando algumas estruturas como útero, bexiga e ovários, com ênfase nos folículos presentes nestes, em di-versas fases de desenvolvimento.
No segundo dia, foi feita novamente a ultrassonografia, dessa vez incluin-
do animais gestantes. Ao término do curso, foi possível concluir que a IATF é uma técnica que otimiza a insemi-nação artificial, possibilitando au-mentar a taxa de prenhez no rebanho.
Para os estudantes foi fundamental conhecer os diferentes tipos de pro-tocolos e pôr em prática o conteúdo abordado na teoria. Dessa forma, poderão auxiliar o produtor de modo ainda mais eficiente no manejo re-produtivo dos animais.
Isabela Porto VelosoEstudante de Medicina Veterinária
As 10 maiores produtividades do mês de fevereiro de 2012
As 10 maiores produções do mês de fevereiro de 2012
Produtor Município Produção
Antônio Maria da Silva Araújo Cajuri 105.9581
José Afonso Frederico Coimbra 69.6042
Hermann Muller Visconde do Rio Branco 48.6413
Marco Tulio Kfoufri Araujo Oratórios 36.7124
Paulo Martiniano Cupertino Coimbra 35.5705
Sérgio H. V. Maciel Coimbra 22.8096
Paulo Frederico Araponga 22.1007
Renato A. Júnior Pedra do Anta 21.7508
José Renato Araújo Piranga 19.7089
Cristiano José da Silva Lana Piranga 18.56010
Produtor MunicípioProdutividadepor vacas em
lactaçãoAntônio Maria da Silva Araújo Cajuri 26,671
José Afonso Frederico Coimbra 21,622
Davi C. F. de Carvalho Senador Firmino 21,333
Paulo Martiniano Cupertino Coimbra 18,044
Ozanan Luiz Moreira Ubá 17,295
João Bosco Diogo Porto Firme 18,886
Célio Coelho Porto Firme 14,287
Antônio Saraiva Porto Firme 15,468
Áureo de Alcântra Ferreira Guaraciaba 14,669
Rogério Barbosa Teixeiras 14,5210
Produtividade por vaca total
20,4117,5217,3015,1414,9114,7513,0913,0812,3412,23
Escore
0
Traços
+
++
+++
Viscosidade
Ausente
Leve
Leve/Moderada
Moderada
Intensa
CCS (Cels/ml)
100.000
300.000
900.000
2.700.000
8.100.000
Perdas na produção de leite
5%
8%
9 a 18%
19 a 25%
26 a 46%Fonte: Philpot e Nickerson, 1991.
Estudantes realizando a prática
Calda:1 xícara (chá) de açúcar
Estagiários do Programa participam de curso de ultrassom
O PDPL-RV não para de capacitar! Juntamente com a empresa Ourofino Agronegócio, o Programa realizou, nos dias 21 e 22 de março, o curso de ultrassom para os estagiários de Me-dicina Veterinária da terceira fase. O mesmo foi ministrado pela doutoran-da e supervisora técnica em reprodu-ção animal da Ourofino, Michele Bas-tos, sendo composto por quatro horas de conteúdo teórico e doze de prático.
A parte teórica abordou, inicial-
mente de forma bem objetiva, a fisio-logia animal ligada à reprodução, bem como os diversos hormônios envolvi-dos nas etapas do ciclo reprodutivo da vaca.
Além disso, Michele apresentou a importância crescente da tecnologia, hoje ganhando espaço no campo, através do diagnóstico precoce de gestação por meio da imagem real e simultânea dos órgãos genitais (útero e ovários).
Já a prática, foi dividida em dois momentos. O primeiro, na Unidade de Ensino Pesquisa e Extensão em Gado de Leite (UEPE-GL) da UFV e
o segundo na Fazenda Nô da Silva, do produtor Antônio Maria da S. Araújo. Nessa etapa, os estagiários puderam colocar em prática o correto manuseio do aparelho de ultrassom, bem como realizar o diagnóstico reprodutivo dos animais examinados.
Sem medir esforços, PDPL-RV e Ourofino Agronegócio promoveram um excelente evento de capacitação dos futuros profissionais da assis-tência técnica do nosso país. Com o avanço tecnológico, dominar novas técnicas torna o profissional diferen-ciado na competição por um espaço no mercado de trabalho.
Lidiane Monteiro FinotiEstudante de Medicina Veterinária