33
EL BANDIDAJE EN EL SIGLO XIX: UNA FORMA DE SUBSISTIR Paul VANDERWOOD San Diego State University EN SUS ARDUOS viajes por las retorcidas veredas y los des- trozados caminos del México decimonónico, los viajeros espe- raban siempre encontrarse con los bandidos. Para la ocasión se vestían modestamente y llevaban las joyas menos valiosas que poseían. Algunos ponían al día sus testamentos antes de partir, pero eran una minoría, porque losTandoleros mexi- canos eran tan conocidos por su caballerosidad como por su audacia; tan capaces de asaltar a un obispo como de besar su anillo en acto de contrición. Con frecuencia pedían per- dón a sus víctimas por la necesidad en que se veían, según decían, de privarles de sus pertenencias. Algunas veces res- petaban el último peso de una persona, pues decían que qui- lo necesitara para comer más adelante en el camino. Na- turalmente, los bandidos, en ocasiones, eran crueles y ven- gativos, sobre todo si su esfuerzoles producía escaso botín. Entonces no vacilaban en quitar a su presa todo lo que lleva- ra encima, hasta la ropa interior. Algunos viajeros, sin du- da, se sentían aliviados cuando veían el cráneo ennegrecido de algún bandolero famoso clavado en un árbol por las auto- ridades, a manera de advertencia para los demás. En gene- ral, los viandantes parecían más fascinados que asustados por los bandoleros. Incluso se mostraban decepcionados si termi- naban el viaje sin el menor encuentro con facinerosos. Que- rían tener cosas que contar a su llegada, pues las correrías de los bandidos eran la comidilla del día." 1 Los bandoleros impregnan parte de la historia de México 1 VANDERWOOD, 1981, pp. 3-15. Véanse las explicaciones acerca de si- glas y referencias al final de este artículo. 41

Paul Vanderwood, El Bandidaje en El Siglo XIX

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Paul Vanderwood, El Bandidaje en El Siglo XIX

EL BANDIDAJE EN EL SIGLO XIX: UNA FORMA DE SUBSISTIR

Paul VANDERWOOD San Diego State University

E N SUS ARDUOS viajes po r las re torcidas veredas y los des­trozados caminos del M é x i c o d e c i m o n ó n i c o , los viajeros espe­r a b a n s iempre encontrarse c o n los band idos . Pa ra l a o c a s i ó n se v e s t í a n modes tamen te y l l evaban las joyas menos valiosas que p o s e í a n . A l g u n o s p o n í a n al d í a sus testamentos antes de p a r t i r , pero e r an u n a m i n o r í a , po rque losTandoleros m e x i ­canos e ran t a n conocidos p o r su cabal leros idad c o m o p o r su audacia ; t a n capaces de asaltar a u n obispo c o m o de besar su an i l lo en acto de c o n t r i c i ó n . C o n frecuencia p e d í a n per­d ó n a sus v í c t i m a s p o r la necesidad en que se v e í a n , s e g ú n d e c í a n , de p r iva r l e s de sus pertenencias. A l g u n a s veces res­pe t aban el ú l t i m o peso de u n a persona, pues d e c í a n que q u i ­z á lo necesitara pa ra comer m á s adelante en el c a m i n o . N a ­t u r a l m e n t e , los band idos , en ocasiones, e ran crueles y v e n ­gat ivos , sobre todo si su esfuerzoles p r o d u c í a escaso b o t í n . Entonces n o v a c i l a b a n en q u i t a r a su presa todo l o que l leva­r a enc ima , hasta l a r o p a i n t e r i o r . A l g u n o s via jeros , sin d u ­da , se s e n t í a n a l iv iados cuando v e í a n el c r á n e o ennegrec ido de a l g ú n b a n d o l e r o famoso c lavado en u n á r b o l p o r las auto­r idades , a m a n e r a de adver tenc ia pa ra los d e m á s . E n gene­r a l , los v iandantes p a r e c í a n m á s fascinados que asustados p o r los bandoleros . Inc luso se m o s t r a b a n decepcionados si t e r m i ­n a b a n el v ia je s in el m e n o r encuen t ro con facinerosos. Q u e ­r í a n tener cosas que con ta r a su l legada, pues las c o r r e r í a s de los band idos e r an l a c o m i d i l l a del día." 1

Los bando le ros i m p r e g n a n par te de l a h i s t o r i a de M é x i c o

1 V A N D E R W O O D , 1981, pp. 3-15. V é a n s e las explicaciones acerca de si­glas y referencias al final de este artículo.

41

Page 2: Paul Vanderwood, El Bandidaje en El Siglo XIX

42 PAUL VANDERWOOD

en el siglo pasado, aunque su est i lo, su m o d o de operar y l a resonancia de sus é x i t o s , se fueron modi f i cando a m e d i d a que l a n a c i ó n se mode rn i zaba s iguiendo l incamien tos capitalistas. Las act ividades de los foraj idos s iempre ref le jaron su é p o c a , y eso las hace fuente ines t imable de estudio h i s t ó r i c o . D u r a n t e todo aquel pe r iodo , inmensamente cambian te , las m o t i v a c i o ­nes de los band idos mexicanos parecen haber sido s iempre las mi smas ; s iempre d e m a n d a r o n su p a r t i c i p a c i ó n en los be­neficios de u n a sociedad que les daba pocas opor tun idades l e g í t i m a s de prosperar .

E n general, los bandoleros eran marginados ambiciosos que q u e r í a n su par te . C o n ta l fin frecuentemente t e n í a n l r a t o s con los caciques rura les , y viceversa , y no p o r q u e gus taran m u ­cho unos de o t ros , sino p o r necesidad. C o n frecuencia, las élites p r e f e r í a n e x t e r m i n a r a los facinerosos, no t ransar c o n ellos, pero no s iempre les era posible hacer lo . Los band idos s o l í a n entender el comerc io t an b i e n como los comerciantes a quienes p r o p o r c i o n a b a n m e r c a n c í a s robadas, y si se disgus­t aban p o d í a n ser fuertes compet idores en los negocios. Dadas estas circunstancias, lo m á s sensato era l legar a u n acuerdo. 2

D u r a n t e b u e n a par te del siglo X I X , los bandidos de M é ­x ico t u v i e r o n poder . E n algunas regiones eran ellos quienes d i c t a b a n las condic iones del comerc io . E n l a segunda m i t a d de l s iglo, t e n í a n fuerza suficiente pa ra t r a t a r de i m p o n e r sus exigencias al p r o p i o gob ie rno de l a n a c i ó n . A m e n a z a b a n c o n " I n c o r p ó r a n o s , po rque si no . . . " Y el gob ie rno , en pa r te , a c c e d í a ; en a lgunos casos empleaban a bandoleros famosos en la po l i c í a federal, p rudente po l í t i c a que t u v o precedentes en otros lugares en t i e m p o pasados. C o r n o p o l i c í a s , los band idos ope raban a ambos lados de l a ley pa ra su p rovecho p r o p i o . 3

C u a n d o , en l a ú l t i m a par te del s iglo, nuevos y poderosos incen t ivos capital is tas a t r a j e ron en o t r a d i r e c c i ó n a sus t r a d i ­cionales y b i e n ub icados al iados; cuando pa ra los caciques se

2 T O S C A N O y F L O R E S C A N O , 1976, p. 83; W O L F y H A N S E N , 1967, pp.

170-173; S I N K I N , 1979, p. 102; H O B S B A W M , 1969, pp. 13, 32, 79-82; G L A N T Z , 1964, pp. 44-45, 237-239; V Á Z Q U E Z , 1976, m, p. 48; M A Y E R , 1850, i i , p. 149.

3 V A N D E R W O O D , 1981, pp. 51-53.

Page 3: Paul Vanderwood, El Bandidaje en El Siglo XIX

BANDIDAJE EN EL SIGLO X I X 4 3

v o l v i ó m á s ventajoso aliarse al gob ie rno cen t ra l que o p o n é r ­sele, estos an t iguos socios de los band idos p r e f i r i e r o n finan­c i a r fuerzas de seguridad para darles caza, con lo que los ban­doleros mexicanos salieron m a l l ibrados en sus enfrentamientos c o n l a a u t o r i d a d . Pero no se acoba rda ron ante el re to , y en­tonces, su i m a g e n m e j o r ó en la men te del pueb lo ; aunque esa i m a g e n de fo rmaba la r ea l idad .

L o s band idos no son sólo hombres ; t a m b i é n son mi to s . L a r u t i n a del fo ra j ido , su constante fuga de la l ey , la o c u l t a c i ó n p o r t i e m p o i n d e t e r m i n a d o en escondites carentes de c o m o d i ­dades y el persistente t e m o r a l a t r a i c i ó n de a l g ú n camarada , n o parece i m p e d i r l a a d m i r a c i ó n de que se les rodea. E l m o ­d o de v i v i r de los bandoleros no p o d r í a considerarse bueno . T a m p o c o son muchos los band idos a for tunados en el amor ; son gente so l i t a r ia , y sus pocos escritos resuman au tocompa-s i ó n . C o n segur idad fueron m u c h o s m á s los que m u r i e r o n e n f o r m a v i o l e n t a que los que fa l lec ieron en su cama. M u ­chos fue ron v í c t i m a s de socios desilusionados, codiciosos o de­sesperados que o b t u v i e r o n su l i b e r t a d v e n d i e n d o a l a p o l i c í a los secretos de l a p a n d i l l a . E n pocas palabras , la v i d a de los b a n d i d o s es t r á g i c a , con f recuencia en la r ea l idad y s iempre e n el m i t o , pero este t r á g i c o aspecto de su existencia da p á ­b u l o a su m i t o y les vale la i n m o r t a l i d a d .

L o s mex icanos adoraban a sus bandidos : " A h í viene H e -r a c l i o B e r n a l , el R a y o de S i n a l o a " . Las incurs iones anfibias y f a n t á s t i c a s de S a n t a n ó n cerca de V e r a c r u z ; los intel igentes y burlescos capr ichos de C h u c h o el R o t o , en t o r n o a l a capi ­t a l , f ue ron temas de constante c o m e n t a r i o c a r i ñ o s o . A l g u n o s cons ide raban que C h u c h o el R o t o s e r í a u n b u e n d ipu t ado fe­d e r a l , m e j o r que la m a y o r í a de los que p o s e í a n u n e s c a ñ o , p o r q u e e n t e n d í a m u y b i e n l a e c o n o m í a . O t r o s buscaban su consejo pa ra re fo rmar las pr i s iones . 4 Independien temente de su p o s i c i ó n social , en genera l , l a gente p a r e c í a apreciar a los b a n d i d o s c o m o manifestaciones de independenc ia , de l ib re a i b e d r í o y a u n de protes ta en u n m e d i o social cada vez m á s

4 G O N Z Á L E Z N A V A R R O , 1 9 5 7 , p. 4 3 3 . El Correo del Lunes, junio 9 de 1 8 8 4 ,

pp. 2 - 3 ; El Cable Transatlántico, agosto 2 3 , 1 8 8 1 , p. 3 ; El Monitor Republica­no, junio 1, 1 8 8 4 , p. 3 ; octubre 3 1 , 1 8 8 5 , p. 3 ; El Tiempo, junio 3 , 1884 , p. 4.

Page 4: Paul Vanderwood, El Bandidaje en El Siglo XIX

44 PAUL VANDERWOOD

m a r c a d o p o r l a f r u s t r a c i ó n personal , cuando no p o r el e m ­b r u t e c i m i e n t o y la o p r e s i ó n desembozada. H a s t a donde a l ­canzaba el m i t o , los bandidos p r e f e r í a n l a l i b e r t a d a la segu­r i d a d . P o r d o q u i e r a p l a u d í a l a gente esa a c t i t u d , aunque no se a r r i e sga ran a adop ta r la pa ra s í .

L o s n o m b r e s y las h a z a ñ a s de esos bandoleros s iguen e x i -t ando l a i m a g i n a c i ó n p o p u l a r en M é x i c o . P e r d u r a n en nove­las y t i ras c ó m i c a s ; se les ensalza en las panta l las de cine y de l a t e l e v i s i ó n , y se les h o n r a o r e p u d i a en esa c r e a c i ó n t a n mex icana que es el corrido? A d e m á s , los bandidos menciona­dos son de los m á s famosos de l p a í s ; a l canza ron y conserva­r o n t a l l a ve rdade ramen te nac iona l . S i n e m b a r g o , cientos de o t ros , i g u a l m e n t e apreciados, pero opacados en par te p o r su r e g i o n a l i s m o o loca l i smo, sobreviven en l a t r a d i c i ó n o ra l de los campesinos que t o d a v í a se a fe r ran a su e c o n o m í a t r a d i ­c i o n a l de subsistencia ( la m i l p a ) en pueblos aislados del i n ­t e r i o r , c u y o cent ro social s iguen siendo las cant inas donde a n t a ñ o beb i e r an los band idos . E n estos lugares , el pueb lo si­gue p l a t i cando de sus h é r o e s bandoleros aunque sus nombres sean ignorados en los documentos oficiales, los registros de arrestos de la p o l i c í a , los relatos de viajes y ot ros documentos semejantes.

E l n o m b r e de a l g ú n b a n d i d o del siglo pasado t o d a v í a se ve de vez en cuando p in tado en u n a pared de adobe —l lamado a l pasado c o m o a l i v i o del presente— a u n q u e son m á s v i s i ­bles en nuestros d í a s los nombres de u n a nueva estirpe de ban­d idos r e v o l u c i o n a r i o s , dedicados a socavar a la sociedad c o n t e m p o r á n e a . 6 Pero los band idos del pasado s iguen te-

5 Para ejemplos populares entonces en boga: A N Ó N I M O , 1981?; I S L A ,

1980. U n excelente libro acerca del corrido, M E N D O Z A , 1954. Para corri­dos acerca de bandidos, en el mismo libro, ver pp. 206-221.

6 Dos ejemplos recientes son Jenaro V á z q u e z Rojas, maestro de escuela del estado de Guerrero, muerto por soldados del ejército en 1972 y Lucio C a b a ñ a s , también maestro, quien durante siete años eludió la persecución federal, hasta 1974, cuando pereció en un accidente automovi l ís t ico o a manos del ejército —las circunstancias de su muerte no han sido del todo esclarecidas. E n el verano de 1982 la prensa dio cuenta de un brote de bandidaje, dirigido por individuos tipo Robin Hood, en la porción sep­tentrional del estado de Michoacán .

Page 5: Paul Vanderwood, El Bandidaje en El Siglo XIX

BANDIDAJE EN EL SIGLO xix 4 5

n i e n d o a t r ac t ivo . L o s mexicanos a d m i r a n t o d a v í a a aquellos audaces proscr i tos , c o n frecuencia a l t ivos , de t i empos a n t i ­guos que en su imp lacab le b ú s q u e d a de m e j o r a m i e n t o per­sona l d e s d e ñ a b a n su p r o p i a segur idad y desafiaban, c o n ve­h e m e n c i a , u n sis tema social que los m a r g i n a b a o p e r s e g u í a . S í m b o l o s de protesta . . . t a l vez. Po r eso los band idos m e x i ­canos del siglo pasado, encubier tos en sus nuevos m i t o s , de m a n e r a aparente h a n t e rminado por estar en el lugar que siem­p r e qu i s i e ron tener en v i d a , el de m i e m b r o s respetados de l o r d e n establecido en donde q u i z á v e r i f i q u e n s u e ñ o s q u i m é ­r i cos , pero que d i f í c i l m e n t e p o d r í a n i n c i t a r a l c a m b i o .

E l M é x i c o c o l o n i a l s in d u d a t e n í a bandidos , pero su n ú m -r o parece haber sido bastante escaso en muchos periodos. L o s re la tos de viajes, inc lus ive los adversos c o m o el de T h o m a s G a g e , no h a b l a n de encuentros c o n bandoleros ; y los h is to­r iadores mi l i t a r e s h a n observado que los arr ieros no se ar­m a b a n m u c h o p a r a defenderse de los band idos . E l profesor C o l i n M a c L a c h l a n , que e s t u d i ó la c r i m i n a l i d a d en la C o l o n i a a t r a v é s de l a i n s t i t u c i ó n o f i c i a l des t inada a c o m b a t i r l a , l a A c o r d a d a , d e s c u b r i ó pocos procesos de lo c r i m i n a l po r b a n ­d o l e r i s m o y l l e g ó a l a c o n c l u s i ó n de que l a A c o r d a d a era m á s b i e n u n i n s t r u m e n t o de c o n t r o l p o l í t i c o cent ra l izado que de c u m p l i m i e n t o de l a l e y . 7

Pero el band ida je se c o n v i r t i ó en grave p r o b l e m a en las dos ú l t i m a s d é c a d a s de l a C o l o n i a . E l profesor W i l l i a m Tay¬l o r anota el b ro t e en l a N u e v a G a l i c i a , en los alrededores de Guada l a j a r a , y l o re lac iona , entre otras cosas, con el r á p i d o i n c r e m e n t o de la a c t i v i d a d e c o n ó m i c a en el d i s t r i t o . E n la d é ­cada de 1790, d ice : el b a n d o l e r i s m o fue u n a f o r m a caracte­r í s t i c a de a c t i v i d a d i lega l en el oeste de M é x i c o : " L a m a y o r r i q u e z a y el m a y o r comerc io e n t r a ñ a b a n m o v i m i e n t o en los caminos reales, y mayores opor tunidades para los bandidos de l o g r a r u n r á p i d o acceso a la r iqueza t ransportable y a los bene­ficios materiales que p rocuraban u n a e c o n o m í a de c o n t a d o " . 8

U t i l i z a n d o d o c u m e n t o s de los procesos, T a y l o r c o n s i g u i ó

7 T H O M P S O N , 1 9 5 8 ; carta de Christon I . Archer, University of Calgary, a Vanderwood, marzo 2 2 , 1 9 7 8 ; M A C L A C H L A N , 1 9 7 4 , p. 5 1 .

8 T A Y L O R , 1 9 8 2 , p. 5 6 .

Page 6: Paul Vanderwood, El Bandidaje en El Siglo XIX

4 6 PAUL VANDERWOOD

esbozar el p e r f i l del b a n d i d o t í p i c o : " T e n í a poco m á s o poco menos de t r e i n t a a ñ o s , era u n j o r n a l e r o o u n artesano pobre s in t r aba jo regular , analfabeto y r ac i a lmen te es posible que fuera e s p a ñ o l o i n d i o " . 9 A l acercarse la G u e r r a de I n d e p e n ­dencia , el bandoler ismo se h izo e n d é m i c o en la N u e v a Gal ic ia .

T o d o es posible en la gue r r a , y M é x i c o l levaba unos tres­cientos a ñ o s sin guer ra genera l . P o r eso l a gente a p r o v e c h ó las opor tunidades sin precedentes de progresar i n d i v i d u a l m e n ­te q u e b r i n d a b a el q u e b r a n t a m i e n t o de l a a u t o r i d a d real d u ­ran te l a t u r b u l e n c i a del m o v i m i e n t o independent i s ta . Se es­t ab l ec i e ron nuevas bases de poder , y se las d e f e n d i ó de los competidores. L a r iqueza mate r ia l se r e d i s t r i b u í a por la fuerza. L o s secuaces de bandidos c o m o " E l H u a c a l " , " E l Cas t ra ­d o r " y el " C o r o n e l de co rone l e s " , j u n t o con los he rmanos O r t i z y Pedro de N e g r o , se h i c i e r o n t r i s t emente famosos p o r sus c r í m e n e s . Los generales realistas saqueaban igua l que los gue r r i l l e ros nacional is tas , y todos ellos c a m b i a b a n de bando a v o l u n t a d . E l b a n d i d o G a r c í a p a s ó a l servic io de los e s p a ñ o ­les en O r i z a b a , pero cuando l a resistencia general e s p a ñ o l a dec l inaba , v o l v i ó al b a n d o l e r i s m o . L o s mexicanos se queja­b a n de sus b ru ta l idades , y en respuesta G a r c í a se d e d i c ó a en t e r r a r vivas 3. SUS v í c t i m a s . A l fin fue cap turado y deste­r r a d o a C a l i f o r n i a , donde r e a n u d ó sus l a t r o c i n i o s . 1 0

E l profesor C h r i s t o n A r c h e r h a demos t rado que tan to los realistas c o m o los rebeldes p r o l o n g a b a n de l iberadamente l a g u e r r a p o r las fáci les ocasiones de saquear que b r i n d a b a , so capa de p a t r i o t i s m o . L a l í n e a d i v i s o r i a entre guerr i l leros me­xicanos , supuestamente pa t r io tas , y band idos , se h izo t an bo­rrosa que A r c h e r les da el t í t u l o de band idos guerr i l leros . D e ­b i d o a l a i n segu r idad de los caminos , los comerciantes t e n í a n que con t ra ta r unidades a n á l o g a s a las mi l i t a r e s para que p r o ­t eg ie ran sus m e r c a n c í a s en t r á n s i t o . Y a s í , el comerc io na­c iona l d e p e n d í a de la v o l u n t a d de l e j é r c i t o y de los band idos ,

^ X A Y L O R , 1 9 8 2 , p. 37.

^ L Y O N , 1828, I I , pp. 171-172; G U E R R E R O , 1901 , p. 204; V Á Z Q U E Z , 1976, ni,

pp. 1 2 - 1 5 ; H A R D Y , 1 8 2 9 , pp. 1 6 4 - 1 6 5 ; W A R D , 1 8 2 9 , i, p. 2 3 1 ; W O L F y

H A N S E N , 1 9 6 7 , pp. 1 7 0 - 1 7 2 ; T A Y L O E , 1 9 5 9 , p. 3 5 ; V I L L O R O , 1 9 7 6 , n, pp.

3 4 8 - 3 4 9 ; G O N Z Á L E Z y G O N Z Á L E Z , 1 9 7 3 , p. 8 5 .

Page 7: Paul Vanderwood, El Bandidaje en El Siglo XIX

B A N D I D A J E E N E L SIGLO x i x 47

quienes aprovechaban el desorden para enriquecerse. Los ban­dole ros v e n d í a n el p r o d u c t o del p i l la je a comerciantes que lo d i s t r i b u í a n en las ciudades, Guanajuato era u n a de ellas. Agus ­t í n de I t u r b i d e v e n d í a permisos de salida a los e s p a ñ o l e s que t e m í a n ser muer to s d u r a n t e los d i s tu rb ios . Su l u c r o depen­d í a de que c o n t i n u a r a el desorden. S ó l o l a o p o r t u n i d a d de recompensas m u c h o mayores p e r s u a d i ó a I t u r b i d e de t r a i c io ­n a r a su R e y y en tab lar las negociaciones que c o n d u j e r o n a l a I n d e p e n d e n c i a f o r m a l . 1 1

T r a s de u n breve coqueteo con la m o n a r q u í a , u n g r u p o de d i r igen tes mexicanos se d e c i d i ó po r u n a r e p ú b l i c a fede­r a l , en g r a n par te imp u es t a al p a í s po r las real idades del de­so rden n a c i o n a l y sancionada en la C o n s t i t u c i ó n de 1824. D e s p u é s e m p e z ó el debate a r m a d o ent re los caciques. S i n in s t i t uc iones eficaces pa ra m e d i a r en sus diferencias , los me­x icanos padec ie ron 800 revuel tas entre 1821 y 1875.

E l b a n d o l e r i s m o , los a lzamientos campesinos , los e j é r c i ­tos rapaces y las guerras de castas, todo se c o m b i n ó pa ra m a n ­tene r a b u e n a par te de M é x i c o en a g i t a c i ó n . N i n g u n a p r o ­p i e d a d , n i n g u n a r u t a comerc i a l era segura. Las dos fuerzas responsables de la c o n t i n u a c i ó n de l a v i o l e n c i a e r an los b a n ­d idos y el e j é r c i t o , y é s t o s a m e n u d o ope raban c o n j u n t a m e n ­te y v e n d í a n m e r c a n c í a s robadas pa ra su p rovecho m u t u o . L o s band idos h a b í a n su rg ido de l a l u c h a p o r l a I n d e p e n d e n ­c ia en p e q u e ñ a s gavi l las de antecedentes va r ios , un idas po r e l deseo c o m ú n de salir adelante. H a b í a n saqueado t an to en ca l i dad de m o n á r q u i c o s como de republ icanos duran te l a gue­r r a , y al t e r m i n a r é s t a no q u i s i e r o n v o l v e r a sus hogares. T e ­n í a n l a i n t e n c i ó n de t r a t a r con los nuevos d u e ñ o s del poder . R e f o r z a b a n las gavi l las de peones a quienes se h a b í a dado a rmas y m a n d a d o a luchar . D e s p u é s de la v i c t o r i a , estos h o m ­bres comunes se nega ron a ent regar sus r i f les , y cuando el e r a r i o no t u v o con q u é pagarles sus servicios, se v o l v i e r o n bando le ros . I g u a l h i c i e r o n o t ros , dec id idos a p ro teger de la i n t e r v e n c i ó n central ista, la t i e r ra que h a b í a n ocupado duran te l a c o n t i e n d a . T o d o s ellos se c o n v i r t i e r o n en rebeldes dec id i -

1 1 A R C H E R , 1982, pp. 59-60, 73-75, 85-88; cartas personales de Archer a Vanderwood, enero 4 y marzo 22, 1979.

Page 8: Paul Vanderwood, El Bandidaje en El Siglo XIX

48 PAUL VANDERWOOD

dos a r e d i s t r i b u i r el p res t ig io y los bienes en favor p r o p i o , aunque no de acuerdo con n i n g u n a i d e o l o g í a . 1 2

Estos nuevos bandoleros no eran t o d a v í a suf ic ientemente fuertes p a r a regu la r los negocios po r sí mi smos ; no e r an co­m o los Plateados de mediados del siglo. Por eso, muchos de aquellos an t iguos band idos se h i c i e r o n servidores de los in te ­reses regionales en competenc ia . N o h a b í a u n a causa c o m ú n con el M é x i c o p r o v i n c i a l , c o m o no fuera la m u t u a d e t e r m i ­n a c i ó n de tener en j a q u e a la a u t o r i d a d cen t ra l . L o s caciques rura les , muchas veces, e ran enemigos mor ta les p o r cuestio­nes de ven ta ja e c o n ó m i c a , i n f luenc ia p o l í t i c a y pres t igo so­c ia l . C o n frecuencia , el n ú m e r o de armas de fuego con que p o d í a con ta r u n h o m b r e d e c i d í a el vencedor . L a r e l a c i ó n en­tre bandoleros y caciques se asemejaba a u n a sociedad m á s que a u n con t r a to ent re empleador y empleado . E n genera l , los hacendados h u b i e r a n p re fe r ido ahorcar a l b a n d i d o en vez de t r a t a r c o n é l ; y lo p r o b a r o n m á s ta rde cuando respa ldaron la d i c t a d u r a de d o n P o r f i r i o y su p o l i c í a r u r a l ; pero dada l a i n c e r t i d u m b r e de las condic iones que p r i v a r o n , antes de ese m o m e n t o , los propietar ios t e n í a n que entenderse con ellos para ob tener servicios comerciales , p r o t e c c i ó n y r e t r i b u c i ó n . L o s comerciantes t a m b i é n cor te jaban a los band idos p o r t e m o r y p o r a f á n de l u c r o . L o s hacendados h u b i e r a n p re fe r ido u n a p o l i c í a eficaz, pe ro no l a h a b í a Entonces v e n d í a n a los sal­teadores los a r t í c u l o s necesi taban p 3,1*3, c o n t i n u a r c o n sus act ividades i l í c i t a s . C u a n d o lo h a c í a n las au tor idades loca­les y las person.3S acomodadas m i r a b a n hac ia o t ro l ado . Si aauellos del incuentes no s a t i s f a c í a n sus necesidades de u n a m a n e r a l o h a r í a n de o t r a 1 3

L o s bandidos s e r v í a n t a m b i é n a los e j é rc i tos reclutados po r p o l í t i c o s ambic iosos de poder , y a u n de la pres idencia . L o s que ap rovechaban la o p o r t u n i d a d de saquear d e n t r o de los

1 2 L Ó P E Z C Á M A R A , 1967, p. 233; W I N T E R , 1923, p. 330; V Á Z Q U E Z , 1976,

m, p. 60; G U E R R E R O , 1901, pp. 213-214; C O A T S W O R T H , 1978, pp. 10-11. 1 3 T O S C A N O y F L O R E S C A N O , 1976, p. 83; W O L F y H A N S E N , 1967, pp.

170-173; S I N K I N , 1979, pp. 95-96; H O B S B A W M , 1969, pp. 13, 32, 79-82; G L A N T Z , 1974, pp. 44-45, 237-239; V Á Z Q U E Z , 1976, m, p. 48; M A Y E R , 1850, ii, p. 149.

Page 9: Paul Vanderwood, El Bandidaje en El Siglo XIX

BANDIDAJE EN E L SIGLO XIX 4 9

l í m i t e s de u n a causa p o l í t i c a eran reclutas m u c h o m á s seguros q u e los ind ios , que p o d í a n desertar pa ra vo lve r a su t i e r r a a s embra r y cosechar su g rano . Si ganaban los de su bando , t a n t o m e j o r para los band idos , y si no , era p r á c t i c a c o m ú n p e r d o n a r a los vencidos y a u n recompensar los con la espe­r a n z a de c o m p r a r su obedienc ia . E r a ese t i p o de g a r a n t í a el que c o n v e n í a a los bandidos; pos ter iormente , los dirigentes de l a n a c i ó n les d ie ron trabajo de po l i c í a al servicio del Estado. 1 4

S i n d u d a h u b o en M é x i c o u n a e p i d e m i a de bando le r i smo d e s p u é s de la Independenc ia , pero no fue s ino al estallar la g u e r r a c i v i l en 1857 cuando los band idos empeza ron a tener p o d e r í o r eg iona l . E n la d é c a d a de 1860 la guer ra in tes t ina c u l m i n ó en u n a i n t e r v e n c i ó n ex t ran je ra , en l a que los b a n ­dole ros d e s e m p e ñ a r o n u n papel i m p o r t a n t e , en buena par te a f avor de l ganador . D e s p u é s de la gue r ra los vencedores t u ­v i e r o n entonces que satisfacer exigencias de sus aliados ban ­doleros o atenerse a las c o n s é c u e n c i a s . 1 5

L o s reformis tas , vagamente agrupados c o m o l iberales, to ­m a r o n las r iendas de la n a c i ó n en 1854, con planes para reor-d e n a r la sociedad. R e c o r t a r o n los t radicionales pr iv i leg ios del e j é r c i t o , de la iglesia y de las comun idades i n d í g e n a s en su a f á n de f o r m a r u n a e n t i d a d nac iona l y u n electorado po l í t i ­co . A l m i s m o t i e m p o r e c u b r í a n l a n u e v a es t ruc tura con ele­m e n t o s de r e p u b l i c a n i s m o f o r m a l y cap i t a l i smo, destinados a m o d e r n i z a r a M é x i c o s igu iendo los l i ncamien tos de Esta­dos U n i d o s y E u r o p a occ iden ta l . L a a l t e r a c i ó n del an t iguo o r d e n , n a t u r a l m e n t e c r e ó n u e v o desorden, pero incluso des­p u é s de t r i u n f a r los l iberales en l a con t i enda c i v i l , los i n t r u ­sos ext ranjeros , pa t roc inados p o r el i m p e r i a l i s m o f r a n c é s y alentados p o r la d is idenc ia mex icana , q u e b r a n t a r o n el l ide -r a z g o del p a í s , y la quere l la c i v i l i m p l i c ó a la s o b e r a n í a na­c iona l . N a d a fomenta el bandidaje como u n poder central ine­ficaz e m p a n t a n a d o en u n a g u e r r a po r la superv ivenc ia . Las diferencias entre soldado, bandolero , pa t r io ta y vengador s im­p l e m e n t e desaparecieron.

1 4 LÓPEZ CÁMARA, 1 9 6 7 , pp . 2 3 5 - 2 3 6 ; G U E R R E R O , 1 9 0 1 , pp. 2 1 3 - 2 1 4 ;

t AVLOE, 1 9 5 9 , pp, 6 7 - 6 8 ; Archivo mexicano, 1 8 5 6 - 1 8 6 2 , n, p. 6 7 7 .

^ VANDERWOOD, 1 9 8 1 , p . 6 .

Page 10: Paul Vanderwood, El Bandidaje en El Siglo XIX

50 PAUL VANDERWOOD

Los bandoleros estaban en venta. . . pero al precio que ellos mismos marcaban . Y no vaci laban en cambia r de bando cuan­do a l g u i e n les o f r ec í a u n a paga m e j o r o cuando los resulta­dos en el c ampo de bata l la les aconsejaban cambia r de co lor p o l í t i c o . Los bandidos no exp lo raban , espiaban, o r n a n t e n í a n comunicaciones entre d i s ími l e s unidades mil i tares por u n a pa­ga en efect ivo; en l u g a r de eso saqueaban a su paso y a su a n t o j o . E l saqueo los sustentaba y r e m u n e r a b a . A u n q u e los pa r t i c ipan tes l a m e n t a b a n l a necesidad de emplear en ca l idad de combatientes a bandoleros conocidos, ellos h a c í a n o t ro tan­t o , sobre todo los acosados l iberales con su pres idente B e n i t o J u á r e z . 1 6 D a d o su precar io d o m i n i o de la s i t u a c i ó n , los ban ­d idos los a y u d a b a n a salir del paso. E n p r i m e r l uga r , los fora j idos causaban tales destrozos en el c a m p o que los con­servadores, d u e ñ o s del cap i t a l , no p o d í a n financiar la pac i f i ­c a c i ó n necesaria pa ra consol idar su r é g i m e n . Los bandoleros agotaban los recursos de las de los conservadores. Y poco d e s p u é s , cuando los imper ia l i s tas franceses amenazaban so­focar l a resistencia ñ n a l r e p u b l i c a n a a l a i m p o s i c i ó n de u n m o n a r c a europeo en M é x i c o , las guer r i l l a s de facinerosos e m b e s t í a n po r la r e t aguard ia y a r reba taban l a v i c t o r i a al ene­m i g o , hasta el fin de la g u e r r a de S e c e s i ó n en Estados U n i d o s y l a amenaza de a g r e s i ó n prus iana cont ra Franc ia con­v e n c i e r o n a N a p o l e ó n I I I de r e t i r a r sus t ropas y poner fin a su i n t e r v e n c i ó n en M é x i c o 1 7

¡Y c ó m o peleaban aquellos adversar ios saqueadores! A n ­t o n i o Rojas y sus Gatéanos en Ja l isco eran perseguidos po r los c o n g é n e r e s del c a p i t á n Ber the l in y sus cont raguerr i l le ros f ran­ceses. Rojas era u n asesino de lo peor . Q u e m a b a poblac io­nes enteras cuando no a c o g í a n hosp i t a l a r i amente a los suyos, y dego l laba a los mexicanos que se negaban a p ropo rc iona r ­les a l o j a m i e n t o c ó m o d o y comidas sabrosas. S in d u d a era u n estorbo para los liberales, pero sostuvo su causa en buena parte

1 6 G U E R R E R O , 1901, p. 2 1 3 ; O R T I Z V I D A L E S , 1 9 4 9 , p . 2 1 ; POPOCA y PALA­

CIOS, 1 9 1 2 , pp. 6 2 , 6 5 , 7 3 ; O C H O A CAMPOS, 1 9 6 6 , n, p . 8 7 ; BUENROSTRO,

1874, rv, pp. 3 7 3 - 3 7 5 , v, pp. 415 -416 ; GIRÓN, 1976 , p . 3 5 , citando a UGARTE,

1 9 6 4 , n i , p . 2 4 2 . 1 ; VANDERWOOD, 1 9 8 1 , pp. 6 - 7 .

Page 11: Paul Vanderwood, El Bandidaje en El Siglo XIX

BANDIDAJE EN EL SIGLO X í X 51

del cent ro y el oeste de M é x i c o , en el c r í t i c o a ñ o de 1864. P o r o t r a par te , los combat ientes regulares franceses les h ic ie ­r o n u n favor a los republ icanos al fusi lar a Rdjas , en enero de 1866, cerca de T e c o l o t l á n , Ja l i sco . 1 8

T a l vez B e r t h e l i n fuera a ú n peor que Rojas . E r a el f r a n c é s u n racista sediento de sangre, u n t ig re inc luso en la v i c t o r i a . Se d i s t i n g u í a p o r su a feminada vest imenta , y se adornaba con joyas extravagantes tales c o m o ani l los , afeites y per fumes . M a t ó a cerca de 500 mexicanos en C o l i m a y Ja l i sco . H u b o d í a s en que asesinaba a cua lqu ie r mex icano con el cua l se to­para , independientemente de sus tendencias po l í t i ca s , t a n sólo p a r a p r o b a r l a s u p e r i o r i d a d de la c i v i l i z a c i ó n francesa. Los mi l i c i anos mexicanos acabaron por alcanzarlo, en n o v i e m b r e de 1866, en C o a l c o m á n , M i c h o a c á n . L o m a t a r o n y l l e v a r o n u n pedazo de su cuero cabel ludo a C o a l c o m á n pa ra que los ciudadanos p u d i e r a n oler la pomada que l levaba en el pe lo . 1 9

L a d é c a d a de 1857-1867, de c o n t i n u a a g i t a c i ó n en M é x i ­co, p rodujo todo t ipo de bandidos , desde combatientes en toda regla como Rojas y B e r t h e l i n hasta m u l t i t u d de gavil las y a u n sol i tar ios c o m o " L a C a r a m b a d a " que , vest ida de h o m b r e , asaltaba a los viajeros en los alrededores de Q u e r é t a r o . T r a s de despojar a sus v í c t i m a s , e s g r i m í a la p is to la en u n a m a n o y se desnudaba u n pecho con l a o t r a . " M i r a q u i é n te asal­t ó " , gal leaba, lo que era todo u n a afrenta al m a c h i s m o . 2 0

L o s trenes de abas tec imiento de aquel pe r iodo e ran menos saqueados p o r los bandoleros que los pasajeros de las d i l i g e n ­cias, ya que los convoyes l l evaban buena cus todia , algunas veces, de band idos cont ra tados . Las di l igencias t a m b i é n l le ­v a b a n sus guardias de seguridad, pero eran no tor iamente i n ú ­tiles y a m e n u d o estaban confabulados con los asaltantes. A l ­gunas veces los guardias cobraban a los pasajeros su paga po r adelantado y d e s p u é s d e s a p a r e c í a n . 2 1 E n rea l idad se c r e ó u n

1 8 P A Z , 1944, pp . 33-34, 41-42; V I G I L [1888-1889], v, pp. 678-681; P E ­REGRINA , 1978, pp. 10-11.

1 9 V I G I L [1888-1889], v, pp. 678-681; P A Z , 1944, pp. 33-34, 41-42. 2 Í Í OCHOA CAMPOS , 1966, n, p. 87; F L O R E S y PEREGRINA , 1978, pp. 2-8. 2 1 H I L L , 1860, i i , pp. '223, 270-271; EVANS , 1870, p. 203; G E I G E R , 1874,

pp. 96-97; WILSON , 1856, p. 123; LÓPEZ-PORTILLO Y ROJAS , 1921, p. /7 ; IVIA-

Y E R , 1844, p. 10.

Page 12: Paul Vanderwood, El Bandidaje en El Siglo XIX

52 PAUL VANDERWOOD

sistema de peaje. N o t an b i e n o rgan izado como en E s p a ñ a , donde los viajeros p o d í a n a d q u i r i r u n seguro de viaje l l a m a ­do viaje compuesto, con t r a el r o b o . O b i e n p o d í a n pagar su bo­leto y arriesgarse a u n viaje sencillo, ya que en M é x i c o p o d í a comprarse u n salvoconducto en V e r a c r u z . Algunas veces era posible t a m b i é n a d q u i r i r , del p r i m e r asaltante con que se to­p a b a n , u n salvoconducto v á l i d o pa ra el resto del v i a j e . 2 2 D e o t r o m o d o , el v ia je ro c o r r í a el riesgo de que lo despojaran muchas veces en el c a m i n o hasta su p u n t o de dest ino. T a l vez no quedara mucho para el ú l t i m o asaltante, qu ien entonces so l í a quedarse con la r o p a de los viajeros . N o fueron pocos los que l legaron a a l g ú n hotel de la c iudad de M é x i c o envueltos en p e r i ó d i c o s . Su apresurada car rera del coche al H o t e l I t u r -b i d e so l í a ser todo u n e s p e c t á c u l o pa ra observadores . 2 3

Los bandidos m á s conocidos de esta é p o c a fueron los " P l a ­t eados" de M o r e l o s , que c o m o muchos forajidos e ran t an te­m i d o s , p o r su b r u t a l poder , c o m o admi rados por su a l t i va audac ia . Po r e n c i m a de todo e ran , genera lmente , respetados c o m o representantes del t i p o nac iona l mex icano , el charro, el m e j o r de todos los vaqueros, p o s e í d o po r una arrogancia mas­c u l i n a que p o n í a de rel ieve sus cualidades de j inete y enamo­rado . N o h a b í a p o t r o c e r r i l que se salvara de su reata, n i v í c ­t i m a que se l i b r a r a de sus t i ros . Pero so l í a ser m u c h o menos afor tunado con las mujeres. Los h a b í a elegantes, con sus som­breros de copa al ta y ala ancha, sus chaqueti l las de cuero t i p o bo le ro y sus panta lones b i e n pegados, todo l leno de entor­chados y lazos de p la ta . L o s " P l a t e a d o s " ganaron el n o m b r e p o r sus trajes especialmente o rnamen tados , a s í como las es­puelas de p la ta y las sillas de m o n t a r cargadas de o r n a m e n ­t a c i ó n pla teada. Estos hombres no se consideraban fuera de la ley. I b a n como los bandidos chinos, con las polainas abiertas p a r a dejar ver su costosa r o p a i n t e r i o r , d e m o s t r a c i ó n de que no e ran asaltantes coro unes Los " P l a t e a d o s " bandidos de c a t e g o r í a , se v e s t í a n de acuerdo con ese papel , pero no e ran

MARTÍNEZ Ruiz> 1 9 7 0 , p. 5 8 ; Q L T R Ó S , 1 9 5 9 . p. 2 3 1 .

G L A N T Z , 1 9 6 4 , p. 4 4 ; STEPHENS, 1 8 8 4 , p. 1 8 1 ; DUNBAR, 1 8 6 0 - 1 8 6 1 , p.

1 1 4 ; BHCHER, .1880, p. 1 3 7 ; GARCÍA C U B A S , 1 9 4 5 , p. 2 0 1 ; LÓPEZ CÁMARA.

1 9 6 7 , p. 2 3 4 ; Ü N O X , 1 9 0 2 , p. 7 5 .

Page 13: Paul Vanderwood, El Bandidaje en El Siglo XIX

BANDIDAJE EN EL SIGLO X I X 5 3

caballeros n i R o b i n Hoods . Su causa social era su p rop io enr i ­q u e c i m i e n t o . E r a n rudos compet idores en u n sistema que to­d a v í a c a r e c í a de ins t i tuciones b i e n desarrolladas de c a m b i o y medios l e g í t i m o s de e n r i q u e c i m i e n t o . 2 4

Los "Plateados" aparecieron debido a la incapacidad en que se h a l l a r o n generales liberales impor t an te s , como J e s ú s G o n ­z á l e z O r t e g a , de recompensar a sus v o l u n t a r i o s con algo m á s q u e las gracias d e s p u é s de a r reba tar a los conservadores la c i u d a d de M é x i c o en 1860. L a c o m p e n s a c i ó n duran te la cam­p a ñ a h a b í a t o m a d o la f o r m a de p i l l a je , pero ahora el acceso a l a cap i t a l estaba p r o h i b i d o a los saqueadores. T r a s de p r o ­b a r lo que r e d i t u a b a n los campos de comba te , aquellos vete­ranos no estaban dispuestos a v o l v e r a casa pa ra m e r a m e n t e subsis t i r ; se q u e d a r o n con las a rmas y el equ ipo que les ha­b í a n dado y se ded ica ron al b a n d o l e r i s m o . 2 5

Los "P la teados" no fueron sólo u n a gavi l la m u y grande, si­n o t a m b i é n u n f e n ó m e n o social que se daba po r d o q u i e r en M é x i c o . O t r o s " p l a t e a d o s " su rg ie ron en V e r a c r u z , Puebla y G u e r r e r o . E r a n grandes par t idas de hasta m i l hombres que h a c í a n negocios en las zonas donde ope raban . Sus escondites e r a n m u y conocidos: el M o n t e de las Cruces , en la carretera a T o l u c a ; R í o F r í o , en el camino de la capital a Puebla; Cuesta C h i n a , en d i r e c c i ó n de Q u e r é t a r o y T l a l t i z a p á n , en M o r e -los . L o s hacendados les daban caballos, d i n e r o , a lo j amien to , y hasta grandes banquetes , de l o c o n t r a r i o h u b i e r a n p e r d i d o m u c h o m á s , q u i z á todo . Los ricos t e n í a n que l legar a u n ave­n i m i e n t o c o n los band idos . ¿ A q u i e n p o d í a n acud i r en busca de p r o t e c c i ó n ? N o h a b í a fuerza de p o l i c í a eficaz en el p a í s , y denunc ia r a u n band ido era p rovocar su venganza. C u a n d o los foraj idos secuestraban al m a y o r d o m o de u n a hacienda, r e fo rzaban sus exigencias de rescate con amenazas de acabar c o n las cosechas, el ganado y la casa del hacendado recalci­t r a n t e . N o h a b í a mas r emed io que entenderse. Los hacen-

2 4 H O B S B A W M , 1 9 6 9 , p. 2 9 ; L Ó P E Z C Á M A R A , 1 9 6 7 , p. 2 3 3 ; P O P O C A Y P A ­

L A C I O S , 1 9 1 2 , p. 13 . 2 5 P O C O C A Y P A L A C I O S , 1 9 1 2 , pp. 5 - 7 , 9 2 ; V I G I L [ 1 8 8 8 - 1 8 8 9 ] , v , p. 4 4 4 ;

B R A V O U G A R T E , 1 9 6 4 , n i , p. 2 4 2 ; G I R Ó N , 1 9 7 6 , p. 3 5 ; G E I G E R , 1 8 7 4 , pp.

3 0 8 - 3 0 9 .

Page 14: Paul Vanderwood, El Bandidaje en El Siglo XIX

54 P A U L V A N D E R W O O D

dados p r o p o r c i o n a b a n a los bandidos m e r c a n c í a s , a rmas y segur idad . M á s de u n v ia je ro se quejaba de que l o h a b í a n asaltado a l a vis ta de u n a hac ienda , o de que u n hacendado le h a b í a negado a y u d a d e s p u é s de asal tado. 2 6 Estos Platea­dos no e r an servidores a sueldo, c o m o lo h a b í a n sido muchos band idos en d é c a d a s anter iores , sino que e ran sus p rop ios amos . L o s bandoleros de aquel la edad de o ro del p i l l a je no

v s o l í a n cor responder a los favores de los hacendados; se d e c í a que u n o de los m á s intel igentes Plateados, Fel ipe " E l Za r ­c o " , se h a b í a ab ie r to c a m i n o hasta los m á s elevados c í r c u l o s sociales de Cuernavaca . T r a s de conquistarse la conf ianza de los r icos s u g e r í a a l g ú n paseo p o r el c ampo y no t a r d a b a en desviar los pa ra conduc i r los a u n a g u a r i d a de facinerosos. 2 7

A fines de 1861 los Plateados h a b í a n para l izado el comercio en grandes extensiones del estado de M o r e l o s . Las m e r c a n c í a s se desplazaban c o m o ellos q u e r í a n , y e x i g í a n considerables derechos p o r el m o v i m i e n t o de los carros. Las au tor idades , algunas indudablemente coludidas con los salteadores, se nega­b a n a perseguirlos y cuando lo h a c í a n , unos jueces comprens i ­vos, temerosos ta l vez de l a venganza , los p o n í a n en l i b e r t a d . Las bases de l a o p e r a c i ó n e ran el t e m o r y las ganancias . 2 8

A n t e l a i n t e r v e n c i ó n francesa, el presidente B e n i t o J u á r e z x a m n i s t i ó a los Plateados y a l i s tó a la m a y o r parte de ellos como

guerri l leros republicanos. Siempre p r a g m á t i c o s , estos bandidos se p u s i e r o n de par te de los franceses, que les pagaban m u y b ien y de los cuales se p r o m e t í a n u n fu turo mejor . Só lo cuando c a m b i ó el car iz de l a con t i enda en c o n t r a de los i n t e r v e n ­cionistas , los band idos imper ia les se pasaron a l o t r o b a n d o .

2 6 B L O K , 1972, p. 497; H O B S B A W M , 1969, p. 77; D U N B A R , 1860-1861, p.

113; M R P , núra. 3513, Lorenzo Calderón a Mariano R i v a Palacio, no­viembre 30, 1849; M R P , n ú m . 8172, J o s é M a r í a Verdiguel y Fernández a Mariano R i v a Palacio, octubre 21, 1869; M R P , n ú m . 9104, Francisco L i ­m ó n a Mariano R i v a Palacio, febrero 9, 1871; B E R G E , 1975, pp. 19-20; G I R Ó N , 1976, p. 56; P O P O C A Y P A L A C I O S , 1912, pp. 36, 40-41, 76-77; O C H O A

C A M P O S , 1966, n, p. 87; O R T I Z V I D A L E S , 1949, p. 18; G A R C Í A C U B A S , 1945,

p. 200; C O U T U R I E R , 1965, p. 114.

2 7 P O P O C A Y P A L A C I O S , 1912, pp. 33-35; O R T I Z V I D A L E S , 1949, pp. 15-19, 33-36.

2 8 A G N M Leg. 1384, E x p . "Plateados".

Page 15: Paul Vanderwood, El Bandidaje en El Siglo XIX

B A N D I D A J E E N E L S IGLO X I X 55

D e s p u é s de la v i c t o r i a , J u á r e z t e n í a que recompensar a sus i n c ó m o d o s aliados o verlos v o l v e r al bando le r i smo . Pero J u á ­rez , concordando c o n ot ros gobernantes que se e n c o n t r a r o n frente a u n a real idad semejante, t u v o el buen sentido de trans­f o r m a r a los foraj idos en representantes de l a ley . D e este m o d o , los bandoleros fue ron el n ú c l e o de la famosa p o l i c í a r u r a l de M é x i c o , los Rurales.29

E l bandidaje pe r s i s t ió durante la d ic tadura de Por f i r io D í a z , pe ro con u n m a t i z m u y di ferente . H a b í a n desaparecido las grandes cuadr i l las de l pasado, c o m o los Plateados, y su ca­p a c i d a d de d o m i n a r regiones enteras e i m p o n e r sus ex igen­cias a l g o b i e r n o . E n su l u g a r a p a r e c i ó u n n ú m e r o r educ ido de bandoleros sol i tar ios , con pand i l l a s r e l a t ivamente peque­ñ a s , de c o m p a ñ e r o s que t o d a v í a i m p o n í a n a l a i m a g i n a c i ó n de l a gente, pero que y a no e ran u n a amenaza pa ra el o r d e n p ú b l i c o . Ref le j aban con certeza el c a m b i o que se estaba p r o ­d u c i e n d o en el p a í s . A m e d i d a que a f l u í a el capi ta l de i nve r ­s i ó n , resul taba m á s ventajoso pa ra los caudi l los locales, que a n t e r i o r m e n t e h a b í a n i n d u c i d o y favorec ido el bando l e r i smo a m a n e r a de c o r t i n a de desorden c o n t r a el d o m i n i o cen t ra l , s u p r i m i r tales bar reras y un i r se a l a d i c t a d u r a pa ra el e n r i ­q u e c i m i e n t o m u t u o . Y a s í los band idos no só lo p e r d i e r o n a sus m á s in f luyentes asociados en el c a m p o , sino que los mi s ­m o s amigos que los h a b í a n a lentado y sostenido financiaban a h o r a fuerzas de segur idad pa ra darles caza. 3 0

Esta r u p t u r a de l a a n t e r i o r r e l a c i ó n , entre facinerosos y c ó m p l i c e s r icos , no s ign i f icaba que los mexicanos en general rechazaran a aquella nueva g e n e r a c i ó n de bandoleros. S i n em­b a r g o , las act i tudes h a b í a n c a m b i a d o . Los mexicanos h a b í a n ce lebrado d u r a n t e m u c h o t i e m p o a sus bandoleros , pe ro m á s p o r su pode r colec t ivo y su a r rogan te d o m i n i o r eg iona l . M á s que considerar los c o m o sujetos molestos, a los Plateados los

2 9 V A N D E R W O O D , 1981, pp. 11, 51-53; A G N í v í , Leg . 1384, Exp . "Pla­teados"; G U E R R E R O , 1901, p. 217; P A Z , 1944, p. 61; M R P , n ú m . 7445 [cua­derno] Miguel Cárdena Asunc ión [sin firma], febrero 2, 1862 a 20 de abril, 1863; M R P , n ú m . 7533, Miguel C á r d e n a A s u n c i ó n a Mariano R i v a Pala­cio, marzo 11, 1863; V A N D E R W O O D , 1970, pp. 323-344.

3 0 V A N D E R W O O D , 1981, p. 94.

Page 16: Paul Vanderwood, El Bandidaje en El Siglo XIX

56 P A U L V A N D E R W O O D

a d m i r a b a n como mandones severos, pero aquellos bandidos de l p o r f í r i a t o e ran ensalzados p o r el m o d o en que se b u r l a ­b a n del o r d e n establecido, y p o r el i n g e n i o y el v i g o r con que desaf iaban a la a u t o r i d a d , a u n cuando fueran figuras t r á g i ­cas condenadas a la de r ro t a y la m u e r t e t e m p r a n a . P a r e c í a n expresar u n a independenc ia que muchos mexicanos s e n t í a n haber pe rd ido o nunca gozado, y la c u l t u r a popu la r de la é p o ­ca, sobre todo en los co r r idos , los r e v e s t í a de u n a l e g i t i m i d a d que a u g u r a b a pe l ig ro pa ra el gob ie rno cons t i t u ido .

C h u c h o el R o t o ( J e s ú s A r r i a g a ) , era u n ebanista mest izo de escasos ingresos; hab i t an te de la cap i t a l , que c o m p l e m e n ­t aba sus entradas con el e jercicio del bando le r i smo . Se r u ­m o r a b a que u n a m o r f rus t rado l o h a b í a empu jado a esta ac­t i v i d a d . E n u n ar rebato de p a s i ó n h a b í a p lag iado y v io l ado a l a d a m a que amaba , pero no l a p o d í a cor te jar deb ido a su e levada c o n d i c i ó n . 3 1 Es p robab le que se t r a t a ra de u n m i t o , pe ro subrayaba el real e in f ranqueab le ab i smo que separaba a los pobres de los r icos.

Se c r e í a que su de l i to h a b í a ob l igado a C h u c h o a dedicar­se de l l eno al b a n d o l e r i s m o , m á s c o m o u n caballeresco R o ­b í n H o o d que como u n t e m e r a r i o asesino. A r r i a g a se alaba­ba de nunca matar a sus v í c t i m a s , y la gente lo c re ía . L a Iglesia era u n b lanco f a v o r i t o , p lag iaba a sacerdotes y p e d í a rescate al ob i spo , o s implemente vac iaba las bolsas de los ricos fe l i ­greses que i b a n a misa . C h u c h o i n s i s t í a en que era c r i s t iano . U n jefe p o l í t i c o del estado de M é x i c o o f r e c i ó 2 000 pesos po r l a v i d a de l fo ra j ido . A r r i a g a m e j o r ó la oferta: 2 000 pesos p o r l a v i d a de cua lqu ie r jefe p o l í t i c o a l a m a n o , m á s u n a bo­n i f i c a c i ó n de 1 000 pesos p o r l a cabeza de aquel adversar io en p a r t i c u l a r . P robab lemen te m í t i c o t a m b i é n , este relato i n ­d i c a el l u g a r que pa ra el pueb lo ocupaban los jefes p o l í t i c o s . E r a n s in d u d a las pesadillas del r é g i m e n . 3 2

El Correo del Lunes, de la c iudad de M é x i c o , d e c í a que A r r i a ­ga era u n " b a n d o l e r o c i v i l i z a d o " , sociable, cu l to , elegante e i n s t r u i d o , y anotaba que el g r a n m u n d o de M é x i c o estaba

3 1 Q U I R Ó S , 1959, pp. 343-349. 3 2 Q U I R Ó S , 1959, pp. 349-355; O R T I Z V I D A L E S , 1949, p. 66; El Siglo XIX,

junio 2, 1884, p. 3.

Page 17: Paul Vanderwood, El Bandidaje en El Siglo XIX

BANDIDAJE EN EL SIGLO XIX 5 7

lleno de " C h u c h o s " , todos ansiosos de dinero, pero n inguno tan f ranco e i m p ú d i c o como el b a n d i d o ; la prensa l legaba hasta n o m i n a r a C h u c h o pa ra el Congreso . 3 3

A r r i a g a , descri to como u n i n d i v i d u o de poca estatura, for­n i d o y ba rbado , de rostro amable , fue capturado a los cuaren­ta a ñ o s de edad en O r i z a b a , donde se d e c í a que su ebaniste­r í a era l a fachada pa ra el r o b o que in t en taba de u n a f á b r i c a l oca l de c igarros . L a p o l i c í a lo h a l l ó en c o m p a ñ í a de otros tres bandidos , u n o de ellos el conocido Francisco V a l e r a , y en po­s e s i ó n de b u e n n ú m e r o de armas ocultas. Pero la c á r c e l no p o d í a detener l a rgo t i e m p o a C h u c h o , y su fuga, en 1882, h a c í a a la gente j u r a r que era algo m á s inas ible que u n ser h u m a n o . T r e s veces se e s c a p ó , u n a de ellas b u r l a n d o a dos­cientos soldados que l o cus tod iaban . T r a s de cada u n a de sus recapturas , los mejores abogados de la cap i ta l se enca rga ron de su defensa lega l . L o s mexicanos de clase m e d i a se eno rgu ­l l e c í a n de sus relaciones con el ma lhecho r y t r a t a b a n de ocu l ­t a r lo a sus perseguidores. El Monitor Republicano se l amentaba , inc luso , de que las autor idades q u e r í a n cargarle c ier to n ú m e ­r o de del i tos no aclarados, y e x i g í a l a p r u e b a de su c u l p a . 3 4

C a p t u r a r o n d e f i n i t i v a m e n t e a J e s ú s A r r i a g a en 1884 en Q u e r é t a r o , donde h a b í a v i v i d o con su m u j e r dos a ñ o s , ha­c iendo trabajos de e b a n i s t e r í a y a l igerando los bols i l los de la gente, a veces disfrazado de m u j e r . H a b í a l legado a Q u e r é ­t a r o vest ido de t u r c o , y e m p e z ó sus negocios v e n d i e n d o ro ­sarios a los residentes de la c iudad, a los que consideraba " m u y c a t ó l i c o s " . T a m b i é n r o b ó casas de p r é s t a m o s , y d e s p u é s pre­g u n t ó a u n r e p o r t e r o : " ¿ D e s d e c u á n d o es de l i to r o b a r a los u su re ros?" ¿ C ó m o lo descubr ieron? " M a l d i t a sea. P o r m i a m o r al a r t e " . E l ar te t ea t ra l , p o r q u e lo ap rehend i e ron en u n tea t ro . Su r e t r a to l l evaba cier to t i e m p o c i r c u l a n d o , y lo r econoc ie ron p o r u n a c ica t r i z que t e n í a en la m a n o . A l g u n o s s u p o n í a n que h a b í a escapado hacia las comodidades de E u r o ­pa, que se b a ñ a b a en el m a r de B i a r r i t z , pero A r r i a g a proc la-

3 3 El Correo del Lunes, j u n i o 9, 1884, pp . 2-3; El Cable Transatlántico, agosto 23, 1881, p . 3.

3 4 El Aíonitor Republicano, j u n i o 1, 1884, p. 3; j u n i o 2 1 , 1884, p . 3; El Tiempo, j u n i o 3, 1884, p . 4.

Page 18: Paul Vanderwood, El Bandidaje en El Siglo XIX

5 8 P A U L V A N D E R W O O D

m a b a su p a t r i o t i s m o : t e n í a l a i n t e n c i ó n de m o r i r en M é x i c o y dec l inaba comentar informes de que robaba p r i n c i p a l m e n t e p a r a financiar la e d u c a c i ó n de u n a h i j a en Bruselas. P o r q u e si C h u c h o n o p o d í a ser b u r g u é s , q u e r í a al menos t a l b i e n a n ­danza pa ra su h i j a . 3 5

E l b a n d i d o a s e g u r ó a los periodistas que no t a r d a r í a n en sol tar lo y que p r o n t o p o d r í a estrechar l a m a n o de sus a n t i ­guos amigos , pero m u r i ó en 1885 en las lobregueces de San J u a n de U l ú a . H u b o r u m o r e s de que h a b í a m u e r t o a palos , esto i n f l a m ó l a s i m p a t í a p o p u l a r y p r o v o c ó u n a i n v e s t i g a c i ó n of ic ia l sobre su m u e r t e . E l veredic to final fue d i s e n t e r í a . Pero al cabo C h u c h o fue m á s fuerte que sus captores, p o r q u e l o g r ó s o b r e v i v i r y ha l legado a luci rse en la t e l e v i s i ó n m e x i c a n a . 3 6

E l R a y o de Sina loa , H e r a c l i o B e r n a l , t r a b a j ó de j o v e n en las m i n a s de p la ta de S ina loa . C o n o c i ó l a aspereza de aque­l l a v i d a , pero l a p o l í t i c a de l estado lo a c e r c ó al b a n d o l e r i s m o . D e s p u é s de l a i n t e r v e n c i ó n francesa, S inaloa se d i v i d i ó p o l í ­t i camente entre el presidente J u á r e z y su con t ra r io , D í a z . C o ­m o su padre , H e r a c l i o apoyaba a J u á r e z ; d e s p u é s de T u x t e -pec, las opo r tun idades p o l í t i c a s de H e r a c l i o se e s fumaron y se o r i e n t ó hac ia el band ida je . Las m i n a s de Sinaloa y D u r a n -go, de p r o p i e d a d ex t ran je ra , presentaban u n b lanco fácil y p r o m e t í a n grandes recompensas. L o s contrabandis tas espe­r a b a n l a p l a t a r o b a d a a lo l a rgo de l l i t o r a l del P a c í f i c o . C o n el é x i t o , l a r e a l i dad r eg iona l de B e r n a l se h i n c h ó y c o n v i r t i ó en m i t o n a c i o n a l . 3 7

L a p o l í t i c a p e n e t r ó en las c o r r e r í a s de B e r n a l . Pa ra é s t e e ra m u y d i v e r t i d o p r o v o c a r a l gobernador , po r f i r i s t a , de S i ­na loa , y esto le r e p o r t a b a l l a m a t i v o s encabezados en l a p r e n ­sa. H a b i e n d o ofrec ido el gobe rnado r u n a c o m i d a a u n v i s i ­tante o f i c i a l , B e r n a l o r g a n i z ó en u n pueblec i to u n banque te a ú n m á s suntuoso p a r a sus secuaces. U n a vez i n v i t ó al gober-

3 5 El Tiempo, junio 3, 1884, p. 4; El Monitor Republicano, octubre 3, 1885, p. 3; G O N Z Á L E Z N A V A R R O , 1957, p. 433.

3 6 El Tiempo, noviembre 5, 1885, p. 1; noviembre 13, 1885, p. 3, no­viembre 8, 1885, p. 3; El Monitor Republicano, octubre 31, 1885, p. 3; G O N ­Z Á L E Z Y G O N Z Á L E Z , 1976, I I , p. 203.

3 7 Quinos, 1959, p. 366; G I L L P A T R I C K , 1912, p. 329; G I L L , 1954, pp.

141-147; G I R Ó N , 1976, p. 29; N A K A Y A M A A . , 1975, p. 210.

Page 19: Paul Vanderwood, El Bandidaje en El Siglo XIX

BANDIDAJE E N E L SIGLO x i x 59

n a d o r a u n bai le que él o r g a n i z ó pa ra unos amigos . C o m o e r a de esperar, el gobernador e n v i ó soldados, pero cuando l l e g a r o n el R a y o h a c í a t i e m p o que se h a b í a i d o . A los m e x i ­canos les gus taban las jugar re tas de B e r n a l , inc lus ive las i m a ­g i n a r i a s . Pero no era b r o m a cuando r e u n i ó apoyo sinaloense p a r a los adversarios de D í a z en las elecciones de 1880. E l m o ­v i m i e n t o p r o d u j o algo de calor , pe ro n i n g ú n fuego, y en ton­ces v o l v i ó al bandidaje . " A h í viene H e r a c l i o B e r n a l " era u n a frase p o p u l a r a escala nac iona l que i nd i caba t e r r o r , j u s t i c i a , b u r l a , respeto. B e r n a l d e s e m p e ñ a b a cua lqu i e r pape l menos e l de p e r d e d o r . 3 8

E l R a y o de Sinaloa, s e g ú n parece, sol ic i tó en 1885 u n pues­t o a l servicio del gobierno. A D í a z le m a n d ó decir que a cambio de su l ea l t ad q u e r í a ser n o m b r a d o jefe p o l í t i c o de u n m u n i c i ­p i o sinaloense. P e d í a t a m b i é n 30 000 pesos p a r a su paga y el de u n a u n i d a d de segur idad , y que se dejara l ibres a a lgu­nos m i e m b r o s de su cuadr i l la que t e n í a el gobierno , entre ellos su h e r m a n o . E l presidente se b u r l ó de t an ta p r e s u n c i ó n ; D í a z n o t r a t a b a c o n ladrones . P e r d o n a r í a a B e r n a l si se entre­gaba , pe ro no h a b í a p romesa de e m p l e o . E l rebelde r e c h a z ó t a n adversas condic iones . S i n d u d a h u b i e r a sido u n b u e n p o l i c í a , pero d e b i ó resignarse a seguir siendo u n excelente b a n d o l e r o . 3 9

B e r n a l d o m i n a b a algunas partes de Sina loa y del vec ino D u r a n g o c o n u n a gav i l l a que a veces l l e g a r í a hasta los cien h o m b r e s . I m p o n í a p r é s t a m o s a los r icos residentes de las po­blaciones que asaltaba, atacaba las a r m e r í a s y cuarteles y ven­d í a p la ta de contrabando para financiar sus operaciones. M u l t ó a l a d m i n i s t r a d o r de u n a hac ienda c o n 25 000 pesos p o r osar o p o n é r s e l e . C o m o el a d m i n i s t r a d o r no p u d o r e u n i r l a suma, B e r n a l le h i z o firmar u n a no t a de p romesa . A c o n t i n u a c i ó n t o m ó 9 000 pesos y u n r e h é n p a r a asegurarse de que se c u m ­p l i r í a l a p romesa . A pesar de l a amenaza de l gobernador , de cas t igar a quienes a y u d a r a n a B e r n a l , é s t e m a n t e n í a sustan­ciales v í n c u l o s comerciales . E n c ie r to m o d o , l a gente loca l no p o d í a hacer o t r a cosa. D e n u n c i a r a B e r n a l les h u b i e r a t r a í d o

3 8 G I L L , 1954, pp. 141-147; La República, noviembre 5, 1885, p. 1. 3 9 C O F F I N , 1898, pp. 199-200; W E L L S , 1897, pp. 19-20.

Page 20: Paul Vanderwood, El Bandidaje en El Siglo XIX

60 P A U L V A N D E R W O O D

represalias, que el estado no hubiera podido combatir . V a l í a m á s cooperar con él que arr iesgar lo todo a su ta lante . A d e m á s , hasta los p o l i c í a s y soldados c o m p r e n d í a n que era ventajoso v e n d e r armas y mun ic iones a los bando le ros . 4 0

Las ambic iones p o l í t i c a s de B e r n a l n u n c a d i s m i n u y e r o n . S i d o n P o r f i r i o no le dejaba p a r t i c i p a r en su a d m i n i s t r a c i ó n , t e n d r í a que d e r r i b a r l o . Se a d h i r i ó a las revueltas con t ra el r é ­g i m e n po r f i r i s t a , s in é x i t o , y en 1887 p r e s e n t ó su p r o p i a p la ­t a f o r m a p o l í t i c a , que p e d í a la a d h e s i ó n a la C o n s t i t u c i ó n de 1857, en p a r t i c u l a r a la s e c c i ó n en que p r o h i b í a las reeleccio­nes. Pero el electorado que o t rora apoyara ta l propuesta ahora era p a r t i d a r i o de man tene r a D í a z . E l re to de B e r n a l sencilla­men te l legaba demasiado tarde; sus d í a s estaban contados . 4 1

E l fin de l a gue r ra con t ra los yaquis en Sonora p e r m i t i ó al e j é r c i t o federal dedicarse a B e r n a l . Pa ra a y u d a r al e j é r c i t o se r e c l u t a r o n fuerzas con t raguer r i l l e ras ent re los que cono­c í a n sus cos tumbres y su t e r r i t o r i o . A l l í no h a b í a so l ida r idad campes ina . E l c o m ú n de los mexicanos se negaban a seguir los ins t in tos revolucionar ios de Berna l y se u n i e r o n a la perse­c u c i ó n . L o s gobernadores de Sinaloa y D u r a n g o of rec ieron u n a recompensa de 10 000 pesos po r B e r n a l , y dos m i e m b r o s de l a gav i l l a m o r d i e r o n el anzuelo y c o n t r i b u y e r o n a prepa­r a r l a emboscada en l a que m u r i ó B e r n a l el 5 de enero de 1888. L a gav i l l a se d i v i d i ó , y algunos m i e m b r o s parece que se u n i e r o n al famoso bando le ro I g n a c i o Pa r r a , de q u i e n se dice fue maestro de Pancho V i l l a . Los federales d i e ron muer te a B e r n a l , pero no al R a y o de Sina loa . L o s p e r i ó d i c o s p u b l i ­c a ron u n epi taf io que se e n t e n d í a , él m i s m o h a b í a redactado la v í s p e r a de su m u e r t e . Cosa i n c r e í b l e : l a m e n t a b a no haber ha l l ado u n l u g a r en l a sociedad m e x i c a n a . ¡ Q u é i r o n í a ! L a gente a d m i r a b a a B e r n a l p o r su pos tu ra fuera de las estruc­turas sociales, y él h a b í a deseado s iempre pasar a la a d m i n i s ­t r a c i ó n . Pero B e r n a l a c a b ó p o r tener su n i c h o den t ro del sis­t e m a . N i c o l e G i r ó n , que ha es tudiado al h o m b r e y al m i t o B e r n a l , d e s c u b r i ó que lo h a n celebrado en trece canciones,

4 0 G I R Ó N , 1976, pp. 50, 57-58, 61, 65; El Tiempo, noviembre 12, 1885, p. 3; C H A N D L E R , 1978, pp. 45, 185.

4 ! G I L L , 1954, p. 147.

Page 21: Paul Vanderwood, El Bandidaje en El Siglo XIX

B A N D I D A J E E N EL SIGLO XIX 61

c u a t r o poemas y cua t ro p e l í c u l a s , a lguna de ellas adaptada a l a t e l e v i s i ó n . Los mexicanos al parecer lo r ecue rdan con nos t a lg i a . 4 2

San u n i ó n , o t ro b a n d i d o ac lamado , l o g r ó n o t o r i e d a d a es­ca la nac iona l en v í s p e r a s de la R e v o l u c i ó n . D u r a n t e m á s de u n a ñ o e l u d i ó a los celebrados Rura les , que t e n í a n f ama de apresar s iempre a su h o m b r e , pero no p o d í a n echar el guan­te a S a n t a n ó n . . . y en real idad, tampoco a otros muchos como é l . Las veces que estuvo a p u n t o de caer a g r a n d a r o n los m i ­tos que el pueb lo ansiaba creer acerca del b a n d i d o . La Evolu­ción, de D u r a n g o d e d u c í a , en j u l i o de 1910, que los Rura le s d e b í a n estar d i spa rando a S a n t a n ó n con balas de salva. E r a l a ú n i c a e x p l i c a c i ó n de que el b a n d i d o se escapara s iempre p o r " u n p e l o ' ' . T a l vez los Rurales no t i r aban m u y b i e n , pero n a d i e se a t r e v í a a dec i r lo y no d igamos creer lo. . . aunque e ra l a v e r d a d . 4 3

Santana R o d r í g u e z Palafox ( S a n t a n ó n ) era u n mestizo anal­fabeto que se h a b í a fugado de u n a p l a n t a c i ó n de c a ñ a , s i tuada cerca de su p o b l a c i ó n na ta l , San J u a n Evangel i s ta , en el es­t ado de V e r a c r u z .

O d i a b a a sus amos, se los h izo saber, h u y ó , fue cap tu rado y t e r m i n ó l i t e r a lm en t e encadenado a su miserable t raba jo . L a t u r b u l e n c i a de R o d r í g u e z h i zo que lo des t ina ran a u n ba­t a l l ó n de i n f a n t e r í a del e j é r c i t o en Oaxaca , pero d e s e r t ó en 1903 y v o l v i ó a su casa, donde e n c o n t r ó que su m a d r e h a b í a sido mal t ra tada p o r las autoridades. S e g ú n u n i n f o r m e , l a ha­b í a n apaleado hasta darle muer te , detalle q u i z á inventado para l e g i t i m a r sus t r o p e l í a s . O t ro s d e c í a n que h a b í a dado con unos pis toleros, s iendo j o v e n e i n q u i e t o , o que h a b í a ido a para r al bandidaje de d o l o r po r la m u e r t e de su j o v e n esposa. U n o s i n s i s t í a n en que h a b í a dejado el t rabajo h o n r a d o de la p l a n ­t a c i ó n para dedicarse a roba r ganado. O t r o s o p i n a b a n que

4 2 G I R Ó N , 1976, pp . 19-20; G I L L , 1954, p. 139; El Monitor Republicano, febrero 1, i887, p. 2; GONZÁLEZ Y GONZÁLEZ , 1976, III , p. 29; (,X.TRÓS, 1959,

pp. 368-369; R E Y E S , 1920, p. 245. 4 3 La Evolución, j u l i o 1, 1910, p. 1; m i examen de los blancos ut i l iza­

dos por los rurales en sus ejercicios de t i ro , y que se conservan en el A r c h i ­v o General de la N a c i ó n , demuestran que sus integrantes eran tiradores mediocres.

Page 22: Paul Vanderwood, El Bandidaje en El Siglo XIX

62 P A U L V A N D E R W O O D

lo h a b í a n acusado in jus tamente de abigeo y d e s p u é s lo ha­b í a n asignado al e j é r c i t o . 4 4

Las frustraciones de S a n t a n ó n , cua lquiera que fuera su o r i ­gen, l o l a n z a r o n a u n band ida je d i r i g i d o , p r i n c i p a l , pe ro n o exc lus ivamente , con t r a los extranjeros cul t ivadores de c a ñ a y d u e ñ o s de ingenios en el sur de V e r a c r u z . A s e s i n ó a l ge­rente nor teamer icano de u n ingen io y a t a c ó a otros var ios con u n g r u p o de t a n só lo siete c o m p a ñ e r o s . E l hecho de que no lo p u d i e r a n apresar d io p á b u l o a l a i m a g i n a c i ó n popu la r . D e ­c í a n que S a n t a n ó n no usaba armas de fuego, sino sólo u n m a ­chete. E r a u n centauro p ro teg ido po r las sombras de l a noche. D e hecho, nadie lo h a b í a v i s to ; nadie lo c o n o c í a . A d e m á s , era an f ib io , lo que expl icaba que asaltara barcos de carga flu­viales s in que lo v i e r a n l legar . L o s cuentos de sus aventuras se d i f u n d i e r o n t a n r á p i d a m e n t e como la ficción. S a n t a n ó n no vac i l aba en asesinar a los explotadores , pero t a m b i é n r ec lu -t aba p o r la fuerza ayudantes en los poblados i n d í g e n a s , y los p o n í a al frente como carne de c a ñ ó n cuando atacaba. Fusi laba a los desertores. L o s i n d í g e n a s deseosos de vengarse se u n i e ­r o n a las fuerzas federales pa ra dar le caza. 4 5

D o n Por f i r io se p r e o c u p ó seriamente cuando supo que San-t ana R o d r í g u e z ta l vez es tuviera coqueteando con las ideas de los l iberales radicales , que desde el e x i l i o en Estados U n i ­dos p recon izaban el d e r r o c a m i e n t o de la d i c t adura . E l pres i ­dente e n v i ó apresuradamente a V e r a c r u z considerables re­fuerzos, consistentes en Rura l e s , u n b a t a l l ó n de soldados y a r t i l l e r í a de c a m p a ñ a . 4 6

4 4 Q U Í R Ó S , 1959, pp . 370-373; Periódico Oficial, octubre 27, 1910, pp. 2-3; El Nacional, febrero 15, 1959, pp . 3, 9; El Imparcial, octubre 19, 1910, pp . 1, 5; octubre 20, 1910, pp . 1, 5; El País, octubre 17, 1910, p . 2; El Dictamen, j u n i o 26, 1910, p . 4-.

4 5 Periódico Oficial, octubre 27, 1910, p. 3; Q U Í R Ó S , 1959, pp . 273-274; El País, octubre 18, 1910, p . 1; El Dictamen, j u n i o 14, 1910, p. 1; j u n i o 15, 1910, p . 1; j u n i o 16, 1910, p. 1; j u n i o 18, 1910, p. 1; j u n i o 25, 1910, p. 4; j u l i o 2, 1910, p . 1; j u l i o 14, 1910, pp. i - 2 ; j u l i o 27, 1910, p. 1; sep­t iembre 28, 1910, p. 1; noviembre 3, 1910, p. 1.

4 6 El Dictamen, j u n i o 18, 1910, p. í ; El Nacional, febrero 15, 1959, pp. 3, 9; APD, Legajo x i x , n ú m . 004020, octubre 18, 1910; El Tiempo, octu­bre 19, 1910, p. 1; CASASOLA , 1960, i , p. 215; El Imparcial, enero 22, 1911, p . 1; VALADÉS , 1973, i , p, 193; ADN, XÍ /481 .5/310, folletos 1-3.

Page 23: Paul Vanderwood, El Bandidaje en El Siglo XIX

BANDIDAJE EN EL SIGLO X I X 6 3

C i e r t a m e n t e , los l iberales de V e r a c r u z conectados c o n los des terrados h a b í a n t r a t ado de rec lu ta r al b a n d i d o , y hasta le h a b í a n n o m b r a d o jefe de u n e j é r c i t o l i b e r a l inexis ten te . Se i g n o r a si S a n t a n ó n s e n t í a a ñ n i d a d i d e o l ó g i c a p o r la causa, p e r o es seguro que h u b i e r a aceptado a y u d a de cua lqu ie r la­d o . S e g ú n in formes posteriores, en poder de l bando le ro ha­b í a planes de i n s u r r e c c i ó n l iberales , pero esto puede haber s ido u n a a ñ a g a z a del gobierno pa ra jus t i f i ca r l a r e p r e s i ó n con­t r a los radicales en todo el p a í s . 4 7

U n d i p u t a d o federal , Sa lvador D í a z M i r ó n , m á s conocido p o r su p o e s í a que po r su l abo r leg is ladora , r e c i b i ó en u n m o ­m e n t o de capr icho pres idencia l un idades de l e j é r c i t o pa ra ras t raer a l bando le ro . Poeta con t r a b a n d i d o . L o s mexicanos apenas p o d í a n contenerse. M u c h o s se en tus iasmaban con las h a z a ñ a s de S a n t a n ó n . La Evolución d e c í a que era u n fora j ido , p e r o a lababa su rad ica l o p o s i c i ó n a l a a u t o r i d a d . Y t i t u l a b a u n a r t í c u l o que t ra taba de él : " E l h é r o e de l d í a " . 4 8

L o s R u r a l e s al fin a lcanzaron a S a n t a n ó n en M e c a y o p á n , en o c t u b r e de 1910. Los ba t idores de l a p o l i c í a r u r a l lo hic ie­r o n salir de u n c a m p a m e n t o c o n v e i n t i s é i s c o m p a ñ e r o s y se t r a b ó u n v i o l e n t o combate a t i ros . Las un idades del e j é r c i t o , que estaban cerca, se presentaron r á p i d a m e n t e y pus ie ron en fuga a los foraj idos que , tras de seis horas de comba te , deja­r o n ocho mue r to s , entre ellos S a n t a n ó n . L o s Rura les recibie­r o n el c r é d i t o p o r esa m u e r t e deb ido a que el teniente que los m a n d a b a , Francisco C á r d e n a s , g a l o p ó hasta el puesto de t e l é g r a f o s m á s cercano pa ra c o m u n i c a r el t r i u n f o a sus supe­r iores en l a cap i t a l . ( E n 1913, C á r d e n a s a s e s i n ó al pres iden­te Franc isco I . M a d e r o . Su papel en la m u e r t e de S a n t a n ó n le h a b í a v a l i d o el ascenso a c a p i t á n . ) L o m á s p robab le es que fuera u n soldado del e jé rc i to regular q u i e n d ie ra muer te a San­t a n ó n , y es dudoso que los Rura les h u b i e r a n p o d i d o l i d i a r

4 7 P A D U A , 1 9 3 6 , pp . 4 6 - 4 8 , 6 5 - 6 7 , 7 5 , 8 1 ; RDS , a rch ivo n ú r a .

8 1 2 . 0 0 / 4 5 0 , W i l s o n a K n o x , diciembre 1 5 , 1 9 1 0 ; El Nacional, febrero 1 5 , 1 9 5 9 , pp . 3 , 9 ; El Dictamen, j u n i o 22, 1 9 1 0 , p . 1; C O C K C R O F T , 1 9 6 8 , pp. 1 5 4 - 1 5 5 , 1 8 0 .

4 8 Q U Í R Ó S , 1 9 5 9 , pp. 3 7 4 - 3 7 6 ; PADUA, 1 9 3 6 , p . 6 4 ; El Nacional, febrero

1 5 , 1 9 5 9 , pp . 3 , 9 ; La Evolución, j u l i o 1, 1 9 1 0 , p . 1; El Dictamen, j u n i o 22, 1 9 1 0 , p . 1; j u l i o 2 2 , 1 9 1 0 , p . 1.

Page 24: Paul Vanderwood, El Bandidaje en El Siglo XIX

64 P A U L V A N D E R W O O D

con los band idos sin apoyo del e j é r c i t o . Pero tales pre tens io­nes e r a n par te del proceso de f o r m a c i ó n de i m a g e n que daba a la fuerza de p o l i c í a r u r a l m a y o r i m p o r t a n c i a de l a que en r e a l i d a d m e r e c í a su a c t u a c i ó n . 4 9

E l desorden fomentado po r la R e v o l u c i ó n M e x i c a n a de 1910 fue el m á s desar t icu lador y m o r t í f e r o hasta ese m o m e n ­t o . C o n d o n P o r f i r i o en t e m p r a n o ex i l i o , los enconados c o m ­pet idores p o r el poder estaban me jo r def in idos y organizados que n u n c a , y esto era u n o de los resultados del desar ro l lo ca­pi ta l i s ta . Campesinos , proletar ios , inversionistas extranjeros, u n a b u r g u e s í a i nc ip i en t e , las élites t rad ic ionales , u n a m u l t i ­t u d de m a r g i n a d o s , s in o l v i d a r a las potencias extranjeras en compe tenc ia , todos t e n í a n i n t e r é s en el resul tado, que p r o ­m e t í a al vencedor mayores recompensas que antes. D u r a n t e casi seis a ñ o s h izo f u r o r l a lucha , l lena de alianzas apresura­das y promesas i n c u m p l i d a s , hasta que en 1917 u n a f a c c i ó n encabezada p o r elementos de la clase m e d i a t r i u n f ó con d i f i ­c u l t a d . Estos r e q u i r i e r o n otras tres d é c a d a s pa ra asentar de­b i d a m e n t e S U S intereses.

L i b e r a d o s p o r la v io l enc i a de la r e v o l u c i ó n de las i n h i b i ­doras es t ructuras de l a sociedad p o r f i r i a n a , m u c h o s mex ica ­nos d o r a r o n su p r o s c r i p c i ó n con u n m a t i z de p a t r i o t i s m o y saquearon a v o l u n t a d pa ra su provecho. A mediados de 1911, el n u e v o pres idente , Francisco I . M a d e r o , t r a t ó de r e d u c i r el desorden con soluciones antes probadas: o f r ec ió a aquellos agresivos opor tun i s tas puestos en su h i p e r t r o f i a d a fuerza de p o l i c í a federal , pero l a estratagema no d i o resu l tado , p o r q u e la r ecompensa p o r el t raba jo pol ic iaco no e q u i v a l í a , n i con m u c h o , a las ganancias que p r o c u r a b a el saqueo i n d i s c r i m i ­nado . L a incapac idad de M a d e r o pa ra i m p e d i r este desor­den, pero sobre todo por el hecho de que la rebe l ión no h a b í a se­gu ido su curso —fal taba decidir su o r i e n t a c i ó n fundamen ta l—

4 9 Mexican Herald, octubre 2 5 , 1 9 1 0 , p . 3 ; El Dictamen, 19 de octubre, Í 9 1 0 , pp . í, 4; octubre 2 0 , 1 9 1 0 , p. í; noviembre 2 2 , 1 9 1 0 , p.. 1; APD, Leg. L X I X , n ú m . 0 0 4 0 2 1 , octubre 18 , 1 9 1 0 ; Leg. L X I X , n ú m . 0 0 4 0 2 5 , oc­

tubre 1 9 , 1 9 1 0 ; Periódico Oficial, octubre 2 7 , 1 9 1 0 , pp. 1-2; AGS, voí . 5 4 , n ú m . 1 8 2 - 1 8 3 ; PADUA, 1 9 3 6 , pp. 7 8 - 8 1 ; El Imparcial, octubre 19 , 1 9 1 0 , pp.

1, 5; octubre 2 0 , 1 9 1 0 , pp. 1, 5; enero 2 2 , 1 9 1 1 , p. 1; El País, octubre 2 0 , 1 9 1 0 , p. 3 ; 2 2 de octubre, 1 9 1 0 , p. 2 ; febrero 1, 1 9 1 1 , p. 3 .

Page 25: Paul Vanderwood, El Bandidaje en El Siglo XIX

B A N D I D A J E E N E L SIGLO X I X 6 5

M a d e r o p e r d i ó en 1913 el poder y la v i d a a manos de u n usur­p a d o r , V i c t o r i a n o H u e r t a . D u r a n t e algo m á s de u n a ñ o , los r e v o l u c i o n a r i o s r ivales , d i r i g i d o s p o r el ac tual p a n t e ó n de h é r o e s , en t re ellos Pancho V i l l a , E m i l i a n o Zapa ta y V e n u s -t i a n o C a r r a n z a , l i m a r o n suficientemente sus diferencias p r i n ­cipales pa ra expulsar a H u e r t a y d e s p u é s v o l v i e r o n a d i spu ta r p o r el sent ido ve rdadero de l a R e v o l u c i ó n M e x i c a n a . C u a n ­d o d e s a p a r e c i ó l a causa c o m ú n que con f igu ra ra la con t i enda o r i g i n a l , los depredadores t o m a r o n p a r t i d o de acuerdo con l a gananc ia po tenc ia l y se pasaron a u n adversar io cuando les p a r e c i ó m á s c o n v e n i e n t e . 5 0

Bando le ros como J o s é I n é s C h á v e z G a r c í a , a t e r ro r i zaban e l B a j í o , i g u a l que aquellos sangrientos bandidos patr io tas de l a I n t e r v e n c i ó n Francesa. Es posible que fuera C h á v e z el peor de todos . Se d e c í a v i l l i s t a , a u n q u e V i l l a l o d e s c o n o c í a , y des­de mediados de 1915 hasta 1918, C h á v e z i m p e r ó en M i c h o a -c á n y los d i s t r i tos vecinos de G u a n a j u a t o y Ja l isco. E l y sus fuerzas celebraban sus v ic to r ias v i o l a n d o v í r g e n e s en los pue­b los que saqueaban. E l es tupro era su m a r c a de f á b r i c a . L á z a r o C á r d e n a s , B e n i g n o Ser rano y A n a c l e t o L ó p e z m a n ­d a r o n co lumnas c o n t r a C h á v e z , q u i e n las e l u d í a con astutas t á c t i c a s guer r i l l e ras , pe ro l a " i n f l u e n z a e s p a ñ o l a " , que azo­t a b a g r a n par te de M é x i c o en 1918, al f i n a l c a n z ó a I n é s C h á ­vez G a r c í a y a c a b ó c o n é l . 5 1

E l m i s m o Pancho V i l l a sigue siendo u n e n i g m a en los es­t u d i o s de l b a n d o l e r i s m o . D e j o v e n , en D u r a n g o , fue abigeo, de esto no cabe d u d a . N o se sabe exactamente q u é lo e m p u ­j a r í a a r o b a r ganado. U n o s d i c e n que agravios personales, o t ros que el a f á n de l u c r o . Pero cuando e s t a l l ó l a R e v o l u c i ó n e r a capataz en u n a empresa cons t ruc to ra de fer rocarr i les en C h i h u a h u a . A l g u n o s d i r igen tes de l a r e b e l i ó n convenc ie ron a V i l l a de que l l eva ra a l a l u c h a a los hombres con los que t rabajaba. Parece ignorarse lo que le ofrecieron concretamente a c a m b i o . 5 2

5 0 V A N D E R W O O D , 1 9 8 1 , pp. 1 6 5 - 1 7 9 . 5 1 V A L D O V I N O S G A R Z A , 1 9 6 0 , pp. 1 2 - 2 7 ; S C H U S T E R , 1 9 4 7 , pp. 2 4 6 , 2 6 4 ;

G A S A S O L A , 1 9 6 0 , I I , p. 1 2 9 7 . 5 2 S T I L L W E L L y C R O W E L L , 1 9 2 8 , p. 3 8 ; B U S H , 1 9 3 9 , pp. 2 2 6 - 2 3 1 ; B E E Z L E Y ,

1 9 7 3 , pp. 3 6 - 3 7 ; V A N D E R W O O D , 1 9 7 6 , pp. 5 6 0 - 5 6 1 .

Page 26: Paul Vanderwood, El Bandidaje en El Siglo XIX

6 6 P A U L V A N D E R W O O D

V i l l a t u v o suerte en aquel la fase i n i c i a l de la R e v o l u c i ó n y t e r m i n ó siendo de los vencedores. É s t o s lo co locaron en la p r i m e r a empacadora de carne de C h i h u a h u a . E n v i a b a carne de res a los Estados U n i d o s ; no se sabe b i e n de d ó n d e sacaba el ganado , pero su t r a to i n d i c a que c o n o c í a el negoc io . 5 3

D u r a n t e la cont ienda pa ra d e r r i b a r a H u e r t a y la lucha i n ­tes t ina q u e s i g u i ó , V i l l a se m o s t r ó a la vez r e f o r m a d o r social y l u c r a d o r , pero hay sustancial con t rove r s i a entre los h is to­riadores acerca del grado en que fue u n o y o t ro . L e v a n t ó gran­des e j é r c i t o s en el no r t e , si b i e n se sabe poco de sus m é t o d o s de r e c l u t a m i e n t o y los incent ivos que o f r e c í a , es seguro que m u c h o s c reye ron en el h o m b r e y / o en sus promesas. A l mi s ­m o t i e m p o , V i l l a rec lu taba combat ien tes a l a fuerza. E n al­gunos casos l a e l e c c i ó n era s imple con V i l l a o fusi lado; pero t a l ex igenc ia es m á s a t r i b u i b l e a los ind i sc ip l inados lugar te ­nientes que al jefe m i s m o . 5 4

A l dec l inar su suerte en 1916 y 1917, los habitantes de pue­blos situados en el t e r r i to r io natal de V i l l a en Ch ihuahua , crea­r o n un idades especiales de segur idad , l l amadas defensas socia­les, p a r a pro teger sus personas y sus pueblos de lo que ellos consideraban depredaciones del Cen tau ro del N o r t e . Sus h o m ­bres v i o l a r o n y p i l l a r o n en N a m i q u i p a , p o b l a c i ó n que h a b í a s u m i n i s t r a d o a n t e r i o r m e n t e soldados p a r a la R e v o l u c i ó n , y en a lgunas ocasiones sin d u d a pa ra el p r o p i o V i l l a . 5 5 F i n a l ­m e n t e , en 1920 el acosado rebelde a c e p t ó del gob ie rno u n a hac i enda en D u r a n g o a c a m b i o de su p a c í f i c a obediencia . A l hacer lo d i j e r o n algunos que t r a i c ionaba a la R e v o l u c i ó n . A u n al i r c rec iendo V i l l a en l a e s t i m a c i ó n nac iona l y ser m á s cele­b r a d o en l a r e t ó r i c a of ic ia l , sigue siendo bastante con t rove r t i -

5 3 B E E Z L E Y , 1 9 7 3 , pp. 9 3 , 1 0 7 . 5 4 E l material impreso relativo a V i l l a es voluminoso y creciente. E n

su m a y o r í a po lémico o por lo menos muy parcializado. Ú l t i m a m e n t e han aparecido varias investigaciones eruditas acerca de Vi l la , destacando Frie­drich Katz , The Secret War in Mexico; Europe, the United States, and the Mexican Revolution. (Chicago: University of Chicago Press, 1 9 8 1 ; trad. La guerra se­creta en Mexico. M é x i c o , Ediciones E r a , 1 9 8 2 , 2 tomos), y del mismo autor, "Pancho Vi l l a and the attack on Columbus, New Mexico", American His­torical Review 8 3 (February, 1 9 7 8 ) pp. 1 0 1 - 1 3 0 .

5 5 S E P Ú L V E D A O T A I Z A , 1 9 7 5 , pp. 1 1 - 1 2 ; R O C H A I S L A S , 1 9 7 9 .

Page 27: Paul Vanderwood, El Bandidaje en El Siglo XIX

BAN DIDAJ E E N EL SIGLO x i x 67

d o entre quienes m e j o r lo conocieron, la gente de su t i e r r a . 5 6

P a r a u n a persona puede ser bando le ro el que p a r a o t r a es u n h é r o e . U n comerc ian te t iene u n a r m a l i s ta p a r a rechazar a los malhechores y o t ro f o r m a u n a sociedad c o n band idos p a r a su beneficio m u t u o . U n campesino esconde a u n reo per­seguido de sus posibles captores mient ras otros co laboran con l a l ey p a r a dar le caza. Es posible que u n a c o m u n i d a d entera def ienda a u n bandolero por no considerar sus actividades fue­r a de l o m o r a l n i de las no rmas de l a c o m u n i d a d . Pero el mis¬m o bandole ro q u i z á no sea socorr ido en u n pueb lo vecino que t e n g a u n a idea di ferente de lo que es conduc ta aceptable . 5 7

C o n el t i e m p o , las acti tudes p ú b l i c a s pa ra con u n b a n d i d o t a l vez c a m b i e n , u n a é p o c a lo ensalza, o t r a lo t eme . Y estos sen t imien tos encontrados en t o r n o a los band idos son tan to e s t imulados como confundidos p o r el hecho de que son t a m ­b i é n s í m b o l o s y sus his tor ias m i t o s .

L o s h é r o e s band idos se ye rguen c o m o s í m b o l o s de l ibe r ­t a d en su a c t i t u d dec id ida y a u n noble frente a las cadenas d e l m u n d o m o d e r n o . C o n á n i m o despreocupado y cerv iz al­t i v a , d e s a f í a n a la a u t o r i d a d que los acosa. Y los poderosos h a n reacc ionado m o l d e a n d o esos s í m b o l o s a su gusto y adap­t á n d o l o s a su causa.

S I G L A S Y R E F E R E N C I A S

A D N Archivo de la Defensa Nacional, M é x i c o . A G N M Archivo General de la Nac ión , R a m o de Gobernación,

M é x i c o . A G S Archivo General Estado de Sonora, M é x i c o . A P D Archivo Porfirio D í a z , Universidad de las Amér icas ,

Cholula, M é x i c o . M R P Mariano R i v a Palacio Papers, Rare Documents, Ben­

son Lat in American Collection, University of Texas at Austin.

R D S Records of the Department of State relating to the In­ternal Affairs of Mexico, 1910-1929, Record Group 59, National Archives Microfilm Publication (Microcopy No. 274), Department of State, U . S . National Archives.

5 6 D U L L E S , 1972, pp. 66-70, 178-180. 5 7 P I T T - R I V E R S , 1954, pp. 178-179.

Page 28: Paul Vanderwood, El Bandidaje en El Siglo XIX

68 P A U L V A N D E R W O O D

Anónimo

1981? Chucho el Roto. S E P , M é x i c o , Cuadernos Mexicanos, A ñ o 1, n. 4.

A R C H E R , Christon I .

1982 "Banditry and revolution in New Spain, 1790-1821", Bibliotheca Americana, i (November, 1982), pp. 58-89.

Archivo mexicano

1856-1862 Archivo Mexicano: Colección de leyes, decretos, circulares y otros documentos. 6 t., M é x i c o , Imprenta de V . G . Torres.

B E C H E R , Henry C .

1880 A trip to Mexico, being notes of a journey from Lake Erie to Lake Tezcuco [sic] and back. . . Toronto, Will ing and Williamson.

B E E Z L E Y , Wil l iam H .

1973 Insurgent governor: Abraham Gonzalez and the Mexican Revo­lution in Chihuahua. Lincoln, University of Nebraska Press.

B E R G E , Dennis E . (trad, y ed.)

1975 Considerations on the political and social situations of the Me­xican Republic, 1847. E l Paso, Texas, Western Press.

B L O K , Anton

1972 i £ T h e peasant and the brigand: social banditry recon­sidered", Comparative Studies in Society and History, xiv (September), pp. 494-503.

B R A V O U G A R T E , J o s é

1963-1964 Historia sucinta de Michoacán. 3 t., M é x i c o , Editorial Jus .

B U E N R O S T R O , Felipe

1874 Historia del primero y segundo congresos constitucionales de la república mexicana. 9 t., M é x i c o , Tipograf ía de F . Mata .

B U S H , D r . I r a . J .

1939 Gringo Doctor. Caldwell , Caxon Printers. C A S A S O L A , Gustavo

.1960 Historia gráfica de la revolución mexicana. 5 t., M é x i c o , Ed i ­torial F . Tri l las .

C H A N D L E R , Billy Joe

1978 The Bandit King, Lampido of Brazil. College Station T e ­xas A & M Press.

Page 29: Paul Vanderwood, El Bandidaje en El Siglo XIX

BANDIDAJE E N E L SIGLO x i x 69

C O A T S W O R T H , John H .

1978 " T h e mobility of labor in nineteenth century Mexican agriculture" (Paper presented at meeting of American Historical Association, San Francisco, December, 1978).

C O C K C R O F T , James D .

1968 Intellectual precursors of the Mexican Revolution, 1900-1913. Austin, University of Texas Press.

C O F F I N , Alfred O .

1898 Land without chimneys: or, the byways of Mexico. Cincinna­ti, Editor Publishing Company.

C O U T U R I E R , Edith B.

s.f.

D U L L E S , J . W . F .

1972

D U N B A R , Edward

1860-1861

E V A N S , Albert S.

1870

Hacienda de Hueyapan: The history of a Mexican social and economic institution. P h D Dissertation, Columbia University.

Yesterday in Mexico: A chronicle of the Revolution, 1919-1936. Austin, University of Texas Press.

The Mexican Papers. and Company.

New York: J . A . H . Hasbrouck

Our sister Republic: a gala trip through tropical Mexico in 1869-1870. Hartford, Columbian Book Company.

F L O R E S , Guadalupe M a r í a y Angé l i ca P E R E G R I N A

1978 "Historiografía: las gavillas en Jalisco de 1856 a 1863", Boletín del Archivo Histórico de Jalisco, n (mayo-agosto), pp. 2-7.

G A R C Í A C U B A S , Antonio

1945 El libro de mis recuerdos. M é x i c o , Editorial Patria.

G E I G E R , John Lewis

1874

G I L L , Mario

1954

A beep at Mexico: narrative of a journey across the Republic from the Pacific to the Gulf in December, 1873 and January, 1874. London, Thrubner and Company.

"Heraclio Bernal, caudillo frustrado", Historia Mexi­cana, iv: l (13) (julio-septiembre), pp. 138-158.

Page 30: Paul Vanderwood, El Bandidaje en El Siglo XIX

70 P A U L V A N D E R W O O D

G I L L P A T R I C K , Owen W .

1912 Wanderings in Mexico: the spirited chronicle of adventure in

G I R O N , Nicole

1976

Mexican highways and by-ways by Wallace Gillpatrick. London, E , Nash.

Heraclio Bernal; ¿bandolero, cacique o precursor de la Revolu­ción? M é x i c o , Instituto Nacional de Antropología e Historia.

G L A N T Z , Margo, ed.

1964 Viajes en México: crónicas extranjeras. M é x i c o , Secretaría de Obras Públicas .

G O N Z Á L E Z Y G O N Z Á L E Z , Luis

1973 " T h e Revolution of Independence", in Cos ío Villegas, Daniel, et al., A compact History of México. M é x i c o , E l Colegio de M é x i c o .

1976 ' ' E l liberalismo triunfante", en Historia general de Méxi­co. M é x i c o , E l Colegio de M é x i c o , t. 3.

G O N Z Á L E Z N A V A R R O , M o i s é s

1957

G U E R R E R O , Julio

1901

H A R D Y , R . W . H .

1829

Historia moderna de México. El Porfinato: La vida social. M é ­xico, Editorial Hermes.

La génesis del crimen en México, estudio de psiquiatría social. M é x i c o , Librería de la V d a . de C h . Bouret.

Travels in the interior of Mexico in 1825, 1826, 1827 and 1828. London, Henry Colburn and Richard Bentley.

H I L L , S . S .

1860 Travels in Peru and Mexico. 2 t., London, Longman, Green, Longman and Roberts.

H O B S B A W M , E r i c J .

1969 Bandits. New York , Delacorte Press.

I S L A , Carlos

1980 Chucho el Roto. Mexico, Ediciones E L A .

K N O X , Thomas W .

1902 The boy travellers in Mexico: adventures of two youths in a jour­ney to Northern and Central Mexico. . . New York, Harper and Brothers.

Page 31: Paul Vanderwood, El Bandidaje en El Siglo XIX

B A N D I D A J E E N E L SIGLO x i x 71

L Ó P E Z C Á M A R A , Francisco

1967 La estructura económica y social de México en la época de la reforma. M é x i c o , Siglo X X I Editores.

L Ó P E Z - P O R T I L L O y R O J A S , J o s é

1921 Elevación y caída de Porfirio Díaz. M é x i c o , Librería Espa­ñola.

L Y O N , G . F . Captain

1828 Journal of a residence and tour in the Republic of Mexico in the year 1826, with some account of the mines in that country. 2 t., London, John Murray.

M A C L A C H L A N , Col in M .

1974 Criminal justice in eighteenth century Mexico: a study of the Tribunal of the Acordada. Berkeley, University of Califor­nia Press.

M A R T Í N E Z R U I Z , Enrique

1970 " L a crisis del orden público en España y la creación de la Guardia C i v i l " , Revista de Estudios Históricos de la Guardia Civil, v, pp. 49-70.

M E Y E R , Brantz

1844 Mexico as it was and as it is. New York , J . Winchester, New World Press.

1850 Mexico, Aztec, Spanish and Republican: a historical, geograph­ical, statistical and social account of that Country. . . 2 t., Hartford, S. Drake and Company.

M E N D O Z A , Vicente T .

1954 El corrido mexicano. M é x i c o , Fondo de Cultura Econó­mica.

N A K A Y A M A A . , Antonio

1975 Sinaloa: el drama y sus actores. M é x i c o , Instituto Nacio­nal de Antropología e Historia. (Colecc ión Científ ica, n ú m . 20.)

O C H O A C A M P O S , M o i s é s

1966 La Revolución Mexicana. 4 t., M é x i c o , Talleres Gráficos de la N a c i ó n .

O R T I Z V I D A L E S , Salvador

1949 Los bandidos en la literatura mexicana. M é x i c o [Porrúa] .

Page 32: Paul Vanderwood, El Bandidaje en El Siglo XIX

72 P A U L V A N D E R W O O D

P A D U A , C . D .

1936 Movimiento revolucionario — 1906 en Veracruz. . . Cuernavaca.

P A Z , Ireneo

1944 Algunas campañas, 1836-1876. M é x i c o . Ediciones de la Secretaría de Educac ión Pública.

P E R E G R I N A , Angél ica

1978 "Documentos: Antonio Rojas, un bandido jalisciense", Boletín del Archivo Histórico de Jalisco, II (mayo-agosto), pp. 9-12.

P I T T - R I V E R S , Ju l ián A .

1954 The People of the Sierra. Chicago, University of Chicago Press.

P O P O C A Y P A L A C I O S , Lamberto

1912 Historia del vandalismo en el estado de Morelos, ¡ayer como ahora! 1860 (Plateados), 1911 (Zapatistas). Puebla, Tipo­grafía Guadalupana.

Q U I R Ó S , Constancio Bernaldo de

1959 El bandolerismo en Españay México. M é x i c o , Editorial J u ­rídica Mexicana.

R E Y E S , J . Ascens ión

1920 Heraclio Bernal (El Rayo de Sinaloa). San Antonio, Casa Edi­torial Lozano.

R O C H A I S L A S , Marta E v a

1979 " D e l Vi l í i smo y las Defensas Sociales en Chihuahua, 1915-1920", Tesis, Universidad A u t ó n o m a de M é x i c o .

S C H U S T E R , Ernest Otto

1947 Pancho Villa }s shadow: the true story of México 's Robin Hood as told by his interpreter. New York, Exposition Press.

S E P Ú L V E D A O T A I Z A , X i m e n a

1975 La Revolución en Bachíniva. Méx ico , Departamento de Et­nología y Antropolog ía Social, Instituto de Antropolo­gía e Historia.

S I N K I N , Richard N .

1979 The Mexican Reform, 1855-1876: A study in liberal nation building. Austin, University of Texas Press.

Page 33: Paul Vanderwood, El Bandidaje en El Siglo XIX

B A N D I D A J E E N E L SIGLO X I X 73

S T E P H E N S , C . A .

s.f. The knockabout club in the tropics. The aventures of a party of young men in New Mexico. Boston, Estes and Lauriat .

S T I L L W E L L , Arthur E . y James R . C R O W E L L

1928 " I had a hunch", Saturday Evening Post, cc (February 28), pp. 38.

T A Y L O E , Edward Thornton

1959 Mexico, 1825-1827: the journal and correspondence of Edward Thornton Tayloe. Gardiner, C . Harvey, ed. Chapel Hill , University of North Carolina Press.

T A Y L O R , Wil l iam B.

1982 "Leaving poverty behind: bandit gangs in rural Jalis­co, Mexico, 1794-1821", Biblioteca Americana, i (No­vember, 1982), pp. 28-57.

T H O M P S O N , J . E r i c S . , ed.

1958 Thomas Gage's travels in the New World. Norman, U n i ­versity of Oklahoma Press.

T O S C A N O M O R E N O , Alejandra y Enrique F L O R E S C A N O

1976 " E l sector externo y la organizac ión espacial y regio­nal de M é x i c o 1521-1910", en Wilkie, James W . , Me­yer, Michael C . y M o n z ó n de Wilkie, Edna , eds. Con­temporary Mexico: Papers of the IV International Congress of Mexican History. Berkeley, University of California Press.

V A L A D É S , J o s é C .

1963 Historia general de la Revolución Mexicana. 10 t., M é x i c o , M . Quesada Brandi.

V A L D O V I N O S G A R Z A , José

1960 Tres capítulos de la política michoacana. M é x i c o , Ediciones " C a s a de M i c h o a c á n " .

V A N D E R W O O D , Paul J .

1970 "Genesis of the Rurales: Mexico's early struggle for public security", Hispanic American Historical Review, i (May) .

1976 " T h e counter-guerrilla strategy of Porfirio Diaz" , His­panic American Historical Review, L V I , pp. 551-579.

1981 Disorder and progress: bandits, police and Mexican development. Lincoln, University of Nebraska.