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17/05/2016 1 (parte I) Instrumentação eletrônica para sistemas de medição Capítulo 9 Elementos condicionadores de sinais Prof. Lélio R. Soares Júnior – ENE – FT – UnB Elementos condicionadores de sinais Introdução Converte a saída do sensor em uma forma mais adequada para processamento (tensão, corrente ou tensão AC com frequência variável)

(parte I) Capítulo 9 Elementos condicionadores de sinais · 1 (parte I) ... As pontes de deflexão reativas podem incorporar sensores diferenciais capacitivos ou indutivos em dois

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17/05/2016

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(parte I)

Instrumentação eletrônica para sistemas de medição

Capítulo 9

Elementos condicionadores de sinais

Prof. Lélio R. Soares Júnior – ENE – FT – UnB

Elementos condicionadores de sinais

Introdução

Converte a saída do sensor em uma forma mais adequada para

processamento (tensão, corrente ou tensão AC com frequência variável)

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Elementos condicionadores de sinais

Pontes de deflexão

Circuito equivalente de Thévenin para a ponte de deflexão

Seja o nó C o nó de referência

+

-

+ -

Elementos condicionadores de sinais

Pontes de deflexão

Tensão de circuito aberto:

Impedância de saída:

Para uma carga ZL inserida entre os nós B e D:

No limite:

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Elementos condicionadores de sinais

Pontes de deflexão resistivas

Projeto da ponte de deflexão (assumindo ponte resistiva, Zi → Ri)

Seja R1=RI o elemento sensor e os outros resistores fixos

Dado RI é necessário determinar R3/R2, R4 e VS .

Fatores a serem considerados: faixa de indicação, linearidade e dissipação de potência.

Elementos condicionadores de sinais

Pontes de deflexão resistivas

Dadas as faixas de indicação, seja:

IMIN → RIMIN e IMAX → RIMAX

Onde I é a variável física que causa alteração da resistência do sensor

resistivo

Seja: VMIN = 0

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Elementos condicionadores de sinais

Pontes de deflexão resistivas

Se a potência i2

2RI

no sensor for limitada a ŵ:

Para IMIN ≤ I ≤ IMAX

Não linearidade total na relação entre ETh e I para limites especificados:

Relação ideal

Não linearidade como uma porcentagem da faixa de operação de medida (VMAX)

menor que N^

Para IMIN ≤ I ≤ IMAX

A razão R3/R2 depende do tipo de sensor utilizado

Elementos condicionadores de sinais

Pontes de deflexão resistivas

Então, por substituição

ou

onde

Para balancear a ponte quando I =IMIN

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Elementos condicionadores de sinais

Pontes de deflexão resistivas

Ponte balanceada em I=IMIN

Não linearidade e a sensibilidade

dependem de r

Elementos condicionadores de sinais

Pontes de deflexão resistivas

Para um strain gauge a variação da resistência ∆R = R0Ge é muito

pequena → x é muito próximo de 1

Para r = 1, tem-se máxima sensibilidade: (∂v/∂x)x=1

r = R3/R2 = 1 → R2 = R3 e R4 = RIMIN = R0

Faz-se R2 = R3 = R4 = R0

Então

LINEAR

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Elementos condicionadores de sinais

Pontes de deflexão resistivas

Para um termômetro resistor RT = R0(1+αT) (platina, bastante linear).

Normalmente x varia de 1 a 2 (R0=100Ω e R250 ≈ 200Ω)

A ponte precisa ser “linear” (paga-se o preço de uma menor

sensibilidade→ pode-se usar r ≈ 100

Se TMIN = 0oC e como RT = R0(1+αT)

LINEAR

Elementos condicionadores de sinais

Pontes de deflexão resistivas

Para um termistor (não linear):

Com resistência de 12kΩ a 298K (25oC) e 2kΩ a 348K (75oC), tem-

se que x varia de 1,0 a 0,17.

Com r entre 0,25 e 0,30, pode-se compensar a não linearidade do

sensor com a não linearidade da ponte de deflexão

Seja uma faixa de operação de saída de 1V:

298K → 0V e 348K → 1V

As incógnitas VS, R4 e R3/R2 podem ser obtidas pela solução de três

equações independentes, vista a seguir.

NTC → (T ↑ → R ↓)

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Elementos condicionadores de sinais

Pontes de deflexão resistivas

Obs. Como se trata de um Termistor NTC

interprete ETh como -0.5V e -1.0V ou Vs

como negativo

Elementos condicionadores de sinais

Pontes de deflexão resistivas

Para dois termômetros resistores (metálicos), R1=R0(1+αT1) e

R2=R0(1+αT2), e assumindo ponte equilibrada quando T1 = T2.

R4/R0=R3/R0 → R4=R3

Se R3 for tal que R3/R0 >> 1

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Elementos condicionadores de sinais

Pontes de deflexão resistivas

Elementos condicionadores de sinais

Para ponte com quatro strain gauges (um par oposto em tensão e outro par oposto em compressão) tem-se maior sensibilidade.

Há compensação intrínseca de temperatura

E → Módulo de Young

Viga suspensa

Elementos condicionadores de sinais

Pontes de deflexão reativas

• A fonte VS é AC• Normalmente dois braços são reativos e dois braços são resistivos

Sensor capacitivo de nível

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Elementos condicionadores de sinais

Pontes de deflexão reativas

Seja ETh = 0 para h = hMIN →

Se R3/R2 >> 1

Elementos condicionadores de sinais

Pontes de deflexão reativas

As pontes de deflexão reativas podem incorporar sensores diferenciais capacitivos ou indutivos em dois de seus braços.

Linear e

independente da frequência.

Obs: Desprezaram-se resistências

parasitas

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Elementos condicionadores de sinais

Pontes de deflexão reativas

No caso de sensor capacitivo diferencial de deslocamento

xd

AC

+=

εε0

1xd

AC

−=

εε0

2

Linear e independente da

frequência.

Elementos condicionadores de sinais

Amplificadores

Amplifica sinais de baixo nível:

• Amplificador de tensão – entrada tensão, saída tensão (V/V)• Amplificador de corrente – entrada corrente, saída corrente (A/A)• Amplificador de transcondutância – entrada tensão, saída corrente (A/V)• Amplificador de transresistência – entrada corrente, saída tensão (V/A)

Ex. tensões de saída de termopares e ponte de deflexão com strain gauges

precisam ser amplificadas

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Elementos condicionadores de sinais

Amplificadores

Amplificador operacional ideal

ZIN → ∞ (correntes de entrada, i+ e i- nulas)

ZOUT → 0

AOL → ∞ (v+=v- → curto-circuito virtual p/

realimentação negativa)

BW → 0 a ∞ (largura de banda)

CMRR → ∞ (relação de rejeição de modo comum)

VOS → 0 (tensão de offset de entrada)

iB → 0 (corrente de polarização de entrada)

CM

OL

A

ACMRR =

( )

2

−+

−+

+=

+−=

VVV

VAVVAV

CM

CMCMOLOUT

2

−+ +=

iiiB

Elementos condicionadores de sinais

Amplificadores

Slew rate de um amplificador operacional

Velocidade de resposta do amplificador operacional a uma variação de tensão na entrada. Este valor na teoria deveria ser infinito, o que não ocorre na realidade.

Onda

quadrada de

entrada

Onda de saída limitada

pelo Slew rate do

amplificador

=dt

dvSR outmax

Ex:

-5V

+5V

s

V

s

VSR

µµ 6,3

1

36

10==

O Amp. Op. 741 tem um slew rate de 0,5V/µs.

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Elementos condicionadores de sinais

Amplificadores

Amplificador operacional real

Características do Op Amp OPA27

Elementos condicionadores de sinais

Amplificadores

Aplicações:

a) Amplificador inversor

Para evitar componente na

tensão de saída devido às

correntes de

polarização, i+e i-

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Elementos condicionadores de sinais

Amplificadores

b) Amplificador não inversor

RIN = R1//RF

Elementos condicionadores de sinais

Amplificadores

c) Seguidor de tensão (buffer)

Serve para conectar uma fonte de tensão de alta impedância de saída a uma

carga com baixa impedância de entrada (isso em termos relativos)

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Elementos condicionadores de sinais

Amplificadores

d) Amplificador de diferença

Para um funcionamento preciso a concordância entre as resistências deve ser

muito alta.

Alto ganho →

RIN pequeno

Elementos condicionadores de sinais

Amplificadores

Amplificador de diferenças para uma ponte resistiva com straing gauges

Pequena deformação → pequena variação de resistência →

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Elementos condicionadores de sinais

Amplificadores

e) Amplificador AC (também atenua componentes de alta frequência)

Elementos condicionadores de sinais

Amplificadores

Observações:

Filtro passa-faixa

BW = f2 - f1

R = RF Na entrada não inversora

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f) Somador ponderado inversor

Elementos condicionadores de sinais

Amplificadores

Ex. de uso: em circuito de

conversão D/A

Elementos condicionadores de sinais

Amplificadores

g) Amplificador de instrumentação (amplificador de diferença de alto desempenho)

Deseja-se:

• Alta impedância de entrada

• Alto CMRR

• Baixo VOS

• Baixa dependência de VOS com a temperatura

• K preciso em uma larga faixa de valores e ajustado por apenas

uma resistência

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Elementos condicionadores de sinais

Amplificadores

VB

VA

Se V1=V2=VCM, VA=VB=VCM→ ACM=1 para A1 e para A2

Comercializado na forma de CI

( )

( )

+−=−

+−=−

G

AB

G

GAB

R

RVVVV

RR

RVVVV

1

12

1

12

21

2

Divisor de tensão

( )

( )

+−=

−×=

G

OUT

ABOUT

R

RVVV

VVV

1

1221

1

Elementos condicionadores de sinais

Amplificadores

Exemplo: INA115

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Elementos condicionadores de sinais

Amplificadores

Amplificador operacional real

Tensão de offset (deslocamento) de entrada, VOS

γ (µV/oC) → coeficiente de VOS em relação à temperatura T

Alguns Amp Ops possuem terminais de ajuste de offset (ex: 741)

Para um amplificador em malha fechada (configuração inversora)

Elementos condicionadores de sinais

Amplificadores

Relação de rejeição de modo comum, CMRR

Ganho de modo comum

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Elementos condicionadores de sinais

Amplificadores

• Isso para um correta concordância entre as resistências

• Caso ocorram problemas na concordância entre as resistências, os efeitos da tensão de modo comum serão ainda mais pronunciados na saída.

Elementos condicionadores de sinais

Amplificadores

Caracterísiticas dinâmicas

Modelo de 1ª ordem:

Frequência de corte (-3dB)

O produto ganho-banda passante se mantém constante:

(ganho em malha fechada x largura de

banda em malha fechada)

=

AOLxfB

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Elementos condicionadores de sinais

Amplificadores

Caracterísiticas dinâmicas

πτ2 OL

BOL

AfA

OL=→Produto ganho – largura de banda em malha aberta:

O produto ganho – largura de banda passante se mantém constante:

πττω

ωτω

2

1

1

1)( =→=→

+=

OLOL BBOL

OL fj

AjG

Produto ganho – largura de banda em malha fechada:

πτπτ

β

ββ 22

1

11 OLOL

OL

OLB

OL

OL AA

A

Af

A

ACL

=+

+=

+→

πτ

β

τ

βω

β

ωτ

β

ωτβωτ

β

ωτω

2

1

1

11

1

)1(

11

1)(

OLB

OLB

OL

OL

OL

OL

OL

OL

OL

CL

Af

A

Aj

A

A

jA

A

j

A

j

A

jG

OLCL

+=→

+=→

++

+=

++=

++

+=

+

-

β

GOL(jω)