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Veículo de divulgação oficial da Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto (AEAARP).
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dir oria da fa aliação dos úl| andoA diretoria da AEAARP faz uma avaliação dos úl| mos anos comemorando conquistas, como a união entre os profi ssionais e a grande obra de ampliação
ddddddd dddddddddddd fffff llllll ãããããã dddddddd úúúúúll ddddddddd
Comemorando resultados
EVENTO2015 começou com a Semana
de Tecnologia da Construção
HISTÓRIAO quiosque que deu lugar à
grande expansão do salão social
MECÂNICAEngenheiros criam um motor
de carro feito de plásOco
painelAno XVIII nº 240 março/ 2015
A E A A R P
Neste mês, a atual gestão administra|va da AEAARP completa dois anos de mandato e se
encerra.
Foi um período de muito trabalho e conquistas.
O início foi embasado em uma situação sólida da en|dade herdada da nossa administração
anterior, que nos permi|u avançar e estabelecer em defini|vo, um modelo apropriado de
gestão.
Ao longo desse tempo, nos dispusemos a cumprir tudo o que nos propusemos a fazer por
ocasião de nossa eleição em 2013.
O aprimoramento na promoção dos eventos técnicos, a busca por novos e jovens associa-
dos, o aperfeiçoamento de convênios com en|dades de ensino e empresas, a reestruturação
dos planos de saúde, a implementação de ações ins|tucionais e de interesse público, a mo-
dernização administra|va e financeira visando a eficiência, a regularização e manutenção
patrimonial e o apoio aos associados com a disponibilização de espaços e de equipamentos
para trabalho e lazer.
Em decorrência do resultado posi|vo ob|do nessas ações, conseguimos viabilizar a implan-
tação de uma ampliação em nossas dependências, iniciada no mês de janeiro e que deverá ser
concluída proximamente, quando será disponibilizada para uso de nossos associados.
Mais que isso, a grande conquista desse tempo, foi a forma de gestão implantada, onde
imperou a transparência, a austeridade e a boa relação entre todos os envolvidos na adminis-
tração, ou seja, os diretores, os conselheiros, os funcionários, os colaboradores e os associados.
Por fim, quero deixar registrado, que quando assumi a presidência da AEAARP pela primeira
vez há quatro anos, me dispus a exercer essa função nos termos do estatuto social e com todo
o empenho e disposição que o cargo exige. Invoquei também a proteção de Deus.
Reafirmei essa intenção há dois anos quando fui reeleito e hoje ao encerrar o período de
quatro anos na presidência da AEAARP, estou convicto de que consegui a|ngir esses obje|vos.
Agradeço o apoio de todos que par|ciparam e contribuíram para a obtenção desses resul-
tados, mas principalmente dos associados, que através do voto depositaram sua confiança no
grupo de colegas que trilharam juntos essa jornada.
A Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto que completa 67 anos
de existência, é, segundo recente declaração pública do Presidente do Conselho Regional de
Engenharia e Agronomia de São Paulo (CREA-SP), a melhor en|dade de classe da área do Brasil.
Me sinto honrado por ter exercido essa função nos úl|mos quatro anos e contribuído jun-
tamente com nossos colegas de gestão, para dar con|nuidade à grandeza de nossa en|dade,
iniciada em 1948 e construída à par|r dessa data, passo a passo, por todos os gestores que
nos antecederam.
Deus nos protegeu.
Obrigado.
Eng. civil João Paulo de Souza Campos FigueiredoPresidente
Eng.º Civil João PauloS. C. Figueiredo
Editorial
Expediente
A S S O C I A Ç Ã ODE ENGENHARIAARQUITETURA EAGRONOMIA DERIBEIRÃO PRETO
Horário de funcionamentoAEAARP CREADas 8h às 12h e das 13h às 17h Das 8h30 às 16h30Fora deste período, o atendimento é restrito à portaria.
ÍndiceESPECIAL 05A prioridade é o coletivo
OPINIÃO 10Preço da irresponsabilidade
ENGENHARIA 116ª Semana de Tecnologia da Construção
ENGENHARIA 16Campo magnético contra o balanço
MEMÓRIA 18O fim do quiosque
PESQUISA 20Reduzindo custos de certificação
AGRONOMIA 22Mais tecnologia, menos agrotóxico
INDICADOR VERDE 23
CREA-SP 24Para exercer a profissão em outra região, tire um visto
MECÂNICA 25Motores de carros feitos de plástico
NOTAS E CURSOS 26
Rua João Penteado, 2237 - Ribeirão Preto-SP - Tel.: (16) 2102.1700Fax: (16) 2102.1717 - www.aeaarp.org.br / [email protected]
Eng. civil João Paulo de Souza Campos FigueiredoPresidente
Arq. e urb. Ercília Pamplona Fernandes Santos1º Vice-presidente
Eng. civil Ivo Colichio Júnior2º Vice-presidente
DIRETORIA OPERACIONALDiretor Administrativo: eng. civil Hirilandes AlvesDiretor Financeiro: eng. civil e seg. do trab. Luis Antonio BagatinDiretor Financeiro Adjunto: eng. civil Elpidio Faria JúniorDiretor de Promoção da Ética de Exercício Profissional: eng. eletr. Tapyr Sandroni JorgeDiretor Ouvidoria: eng. civil Milton Vieira de Souza Leite
DIRETORIA FUNCIONALDiretor de Esportes e Lazer: eng. civil Edes JunqueiraDiretor de Comunicação e Cultura: eng. civil José Aníbal LagunaDiretor Social: arq. e urb. Marta Benedini VecchiDiretor Universitário: arq. e urb. José Antonio Lanchoti
DIRETORIA TÉCNICAAgronomia, Agrimensura, Alimentos e afins: eng. agr. Gilberto Marques SoaresArquitetura, Urbanismo e afins: arq. e urb. Carlos Alberto Palladini FilhoEngenharia e afins: eng. civil José Roberto Hortencio Romero
CONSELHO DELIBERATIVOPresidente: eng. civil Wilson Luiz Laguna
Conselheiros TitularesEng. agr. Callil João FilhoEng. civil Carlos Eduardo Nascimento AlencastreEng. civil Cecilio Fraguas JúniorEng. civil Edgard CuryEng. agr. Dilson Rodrigues CáceresEng. seg. do trab. Fabiana Freire Grellet FrancoEng. agr. Geraldo Geraldi JúniorEng. mec. Giulio Roberto Azevedo PradoEng. elet. Hideo KumasakaEng. civil Iskandar AudeEng. civil José Galdino Barbosa da Cunha JúniorArq. e urb. Maria Teresa Pereira LimaEng. civil Nelson Martins da CostaEng. civil Ricardo Aparecido DebiagiConselheiros SuplentesEng. agr. Alexandre Garcia TazinaffoArq. e urb. Celso Oliveira dos SantosEng. agr. Denizart BolonheziArq. Fernando de Souza FreireEng. civil Leonardo Curval MassaroEng. agr. Maria Lucia Pereira Lima
CONSELHEIROS TITULARES DO CREA-SP INDICADOS PELA AEAARPEng. mec. Giulio Roberto Azevedo Prado e eng. civil e seg. do trab. Hirilandes Alves
REVISTA PAINELConselho Editorial: - eng. agr. Dilson Rodrigues Cáceres, eng. mec. Giulio RobertoAzevedo Prado, eng. civil José Aníbal Laguna e eng. civil e seg. do trab. Luis Antonio Bagatin [email protected]
Coordenação Editorial: Texto & Cia Comunicação – Rua Joaquim Antonio Nascimento 39,cj. 13, Jd. Canadá, Ribeirão Preto SP, CEP 14024-180 - www.textocomunicacao.com.brFones: 16 3916.2840 | 3234.1110 - [email protected]
Editores: Blanche Amancio – MTb 20907 e Daniela Antunes – MTb 25679
Colaboração: Bruna Zanuto – MTb 73044
Publicidade: Departamento de eventos da AEAARP - 16 2102.1719Angela Soares - [email protected]
Foto da capa: Daniela AntunesTiragem: 3.000 exemplaresLocação e Eventos: Solange Fecuri - 16 2102.1718Editoração eletrônica: Mariana Mendonça NaderImpressão e Fotolito: São Francisco Gráfica e Editora Ltda.
Painel não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados. Os mesmos também nãoexpressam, necessariamente, a opinião da revista.
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AEAARP
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AEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAAEAARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARPARP
ESPECIAL
Uma conversa entre as pessoas que trabalharam pela AEAARP
nos úlgmos dois anos revela a sintonia de objegvos e ideais no
balanço deste mandato e conclui pelo incengvo ao associagvismo
é o coletivoA prioridade
6
Revista Painel
“Estou na associação desde 1977, formei
em 1975. E estou porque quero. Não
adianta você querer forçar as pessoas.”
João Paulo Figueiredo
ESPECIAL
Dois anos depois de tomar posse pela
segundavezcomopresidentedaAEAARP,
o engenheiro João Paulo Figueiredo diz
que cumpriu os obje�vos aos quais se
propôsque foramosdepautaro trabalho
comuma agenda posi�va, de valorização
da harmonia e a sintonia entre os
associados, apostando na convergência
de ideias e posições. “Conseguimos
fazer com que a gestão fosse posi�va
na agenda técnica, ins�tucional, social
e na agenda de prestação de serviços
aos associados, uma vez que �vemos
importantes conquistas, como, por
exemplo, em relação aos contratos dos
planos de saúde”, comenta.
Assim como a agenda que se propôs
a cumprir, João Paulo também faz uma
A diretoria da AEAARP nos últimos dois anos foi harmonicamente composta por engenheiros, arquitetos e agrônomos
João Paulo Figueiredo
7
AEAARP
“Os conselhos (CREA e CAU) são obrigatórios. A Associação é uma
engdade facultagva, vem para cá quem quer. Eu dificilmente fico atrás
das pessoas para que venham para a Associação. Elas têm de vir por
vontade própria. Se não for assim, não fica. A pessoa tem de perceber e
entender que a Associação está aqui para ser posigva para o associado.”
João Paulo Figueiredo
João Paulo com os ex-presidentes da AEAARP - respeito à história e sintonia
Ercília Pamplona
avaliação posi�va dos resultados ob�-
dos em diversas áreas. “Quando eu che-
guei, exis�am questões programadas,
contratadas, e eu acho também que
uma administração séria e austera, sem
deixar de fazer o necessário. Tudo o que
foi pedido, solicitado e conversado foi
feito e sempre �ve a preocupação de
recorrer à diretoria e ao conselho para
decidir tudo o que estávamos fazendo”,
diz ele em relação à gestão da en�dade.
A convergência valorizada por João
Paulo como resultado de seu mandato
deu-se principalmente no es~mulo à
convivência entre os associados e o res-
peito às opiniões expressas e deba�das
na en�dade. No passado, por razões
pessoais ou disputas pontuais, ele con-
ta que, no decorrer do tempo, algumas
pessoas se afastaram da en�dade. E
ressalta que nos úl�mos dois anos hou-
ve uma reaproximação.
“Tivemos dois anos de céu de briga-
deiro, sem desavenças, salvo coisas que
foram superadas. Conseguimos indicar
uma pessoa muito bem capacitada para
ser o sucessor. Este grupo tem a mesma
filosofia com a qual trabalhamos nos úl-
�mos anos”, explica.Milton Vieira Leite
8
Revista Painel
ESPECIAL
Para o engenheiro Milton Vieira Leite,
diretor de Ouvidoria da AEAARP, o êxito
observado por João Paulo deveu-se ao
empenho de todos em tomar decisões
cole|vamente. “Todos fomos convoca-
dos para as reuniões e a gente par|cipa-
va de tudo. Em nenhum momento houve
divergência que não fosse sobre a discus-
são do assunto, sem ranço”, lembra.
“Foi um modelo na forma de divulgar
novas tecnologias, valorizar os profissio-
nais e impedir que se faça da en|dade
um trampolim para benescio pessoal”,
observa Milton.
Milton e João Paulo ressaltam que
o equilíbrio financeiro alcançado pela
en|dade possibilitou o inves|mento se-
guro na ampliação do salão nobre, uma
obra que está em andamento e que vai
proporcionar um novo perfil de atendi-
mento para eventos na en|dade.
“A pargcipação de cada um independe
de cargo na diretoria ou conselho.”
José Aníbal Laguna
ModeloO engenheiro agrônomo Callil João
Filho diz que a gestão que se encerra
construiu um modelo de gestão que de-
verá ser seguido pelas demais. “Nós te-
mos dupla responsabilidade: perpetuar
o modelo e dinamizar a associação”,
conclui. O diálogo entre os profissio-
nais congregados pela AEAARP – enge-
nheiros, arquitetos e agrônomos – com
respeito às suas caracterís|cas é, para
Callil, um exemplo de grande sinergia
experimentada nestes úl|mos anos.
“Cada um de nós é bem menor que
a associação e temos que transformar
a en|dade em berço de harmonia, pro-
dução e produ|vidade”, diz. Para ele, um
dos desafios é o de atrair jovens. “Temos
de buscar uma oxigenação, com jovens,
ideais, espírito de coragem e cole|vida-
de. Só erra agora quem quer, e será por
vaidade ou imposição de ideias”.
A arquiteta Ercília Pamplona foi a pri-
meira mulher a ocupar a presidência da
en|dade e sente-se gra|ficada por ter
composto uma diretoria com sete ar-
quitetos. Na condição de vice-presiden-
te, ela assumiu o posto em períodos de
afastamento de João Paulo. Ele lembra
que quando Ercília foi indicada ao car-
go sequer a conhecia, mas depositou
no grupo que o acompanhava toda a
José Aníbal Laguna, Ercília Pamplona e Edinéia de Araújo Torres trabalham cotinianamente na obra
José Aníbal Laguna
9
AEAARP
“Temos de ser leão, e não um rato que ruge.”
Callil João Filho
confiança necessária para tê-la como
parceira neste processo. “E foi uma gra-
ta surpresa, uma grande profissional e
companheira de trabalho”.
O engenheiro José Aníbal Laguna,
diretor de Comunicação, lembra que a
en�dade promoveu umamudança esta-
tutária para abrigar os arquitetos, uma
vez que se desvincularam do CREA para
O associa�vismono Brasil
A reunião de pessoas em torno
de um mesmo obje�vo – ins�-
tucional, profissional, religioso,
polí�co ou beneficente – tem
registros desde a an�guidade. Al-
gumas fontes indicam que o asso-
cia�vismo já exis�a no berço da
civilização, em Roma e na Grécia
an�gas. No Brasil, estemodelo de
organização foi formatado por lei
a par�r de 1860. Qualquer pessoa
poderia fundar uma associação,
inclusive os escravos. Porém, não
bastava querer, a corte imperial
precisava aprovar o surgimento
do grupo e, posteriormente, seu
estatuto, segundo Ronaldo Perei-
ra de Jesus, que apresentou ar�-
go sobre o tema à Universidade
Federal de Juiz de Fora (MG).
Callil João Filho
José Aníbal Laguna, Milton Vieira Leite, João Paulo Figueiredo, Callil João Filho e Ercília Pamplona vistoriam a obra
aderir ao CAU, criado recentemente.
Para ele, os avanços conquistados
pela en�dade nos úl�mos anos propor-
cionaram uma solidez que não pode ser
ameaçada. Para Callil, “a terra só é boa
se ela for cul�vada, se não �ver uma se-
mente boa, também não fru�fica, não
aparece, torna-se um ser inerte. E a as-
sociação é terra boa”.
10
Revista Painel
Marcos Cintra*
Entre 2013 e 2014 o rombo nas con-
tas públicas mais que dobrou no Brasil,
passando de 3,25% para 6,7% do PIB.
Ano passado o déficit nominal brasileiro
foi o maior em uma década e hoje é um
dos mais elevados do mundo, ficando
atrás apenas de Venezuela (12%), Egito
(11,9%) e Japão (8%).
A má gestão orçamentária criou uma
situação de descalabro nas contas pú-
blicas e, por conta disso, o país está ini-
ciando um severo ajuste fiscal. É o preço
que o brasileiro vai pagar por causa de
intervenções desastradas do governo
na economia ao longo dos úl�mos anos
e pelas ações populistas e irresponsá-
veis que destruíram fundamentos que
levaram anos para serem consolidados,
como os sistemas de meta de inflação e
de superávit primário.
Vale lembrar que em junho de 2013,
em uma audiência pública na Câmara
dos Deputados, o então ministro da Fa-
zenda, Guido Mantega, exaltava a polí�-
ca econômica dizendo que o país cami-
nhava para um déficit zero e que “não
há como ques�onar a solidez das contas
do governo”. Como em outras ocasiões,
Mantega errou. O déficit não só dobrou
de tamanho em apenas um ano e a tal
“solidez das contas do governo” não
passou de palavras sem fundamento.
O resultado nega�vo de 6,7% do PIB
nas contas do governo representa a di-
ferença entre o total da receita e o total
da despesa ao longo de 2014, incluindo
o pagamento dos juros da dívida públi-
ca. O déficit apurado se revelou pior que
o apurado em países que es�veram no
centro da crise europeia, como Grécia
(déficit de 4% do PIB) e Espanha (déficit
de 5,6% do PIB).
Cumpre destacar que a deterioração
fiscal brasileira deriva da destruição da
polí�ca de geração de superávit primá-
rio, calculado antes das despesas com
os juros da dívida pública, cuja adoção
se deu em 1999. Esse sistema foi es-
sencial para reduzir o endividamento
público e ajudou a melhorar a confiança
OPINIÃO
irresponsabilidadePor Marcos Cintra
Doutor em Economia pela
Universidade Harvard (EUA),
professor gtular e vice-presidente
da Fundação Getulio Vargas
Preço da
dos inves�dores externos no Brasil. Nos
úl�mos anos houve um claro abandono
pelo governo federal desse regime em
nome de uma polí�ca orçamentária de
cunho meramente eleitoreiro e assis-
tencialista, que fez o saldo posi�vo das
contas da União, que chegou a 2,5% do
PIB no período 2007-08, encerrar 2014
com déficit em 0,3% do PIB.
Os erros e os desmandos observados
nos úl�mos anos levaram a atual situ-
ação fiscal. Para tentar consertar o es-
trago foi convocado o ministro Joaquim
Levy, cuja missão será pilotar um ajuste
da ordem de mais de R$ 100 bilhões
este ano. Algumas ações já foram divul-
gadas e envolvem a elevação de tribu-
tos e a redução de gastos em áreas da
seguridade social e do financiamento
estudan�l, por exemplo. Novas e duras
medidas devem ser anunciadas ao lon-
go do ano.
Este e o próximo ano, pelo menos,
vão exigir enormes sacrixcios dos con-
tribuintes, empresários e trabalhado-
res brasileiros. É preciso recuperar no-
vamente a credibilidade na esfera das
contas públicas, ob�da a duras penas a
par�r do final dos anos 90, cujo preço
será uma combinação de recessão, de-
semprego e mais impostos. A irrespon-
sabilidade fiscal do atual governo fará
com que o país ande para trás.
11
AEAARP
Sistema logísgco de transportes do estado, sistemas impermeabilizantes
e a implantação do VLT carioca foram os destaques da semana
ENGENHARIA
Sob a coordenação técnica do en-
genheiro civil João Paulo Figueiredo,
presidente da AEAARP, a 6ª Semana de
Tecnologia da Construção foi pautada
por alterna|vas tecnológicas, sobretu-
do no que diz respeito ao sistema de
transporte. Na palestra de abertura, o
engenheiro agrônomo Antônio Duarte
Nogueira Júnior, secretário de Logís|ca
e Transportes do Estado de São Paulo,
apresentou um relato sobre o setor e
expôs os inves|mentos que serão feitos
nos próximos anos.
O engenheiro civil José Mario Andrello
mostrou a aplicação e importância dos
sistemas de impermeabilização. Na úl|-
ma palestra, o engenheiro civil Mateus
Araújo e Silva mostrou a experiência da
implantação do modelo de transporte
com Veículos Leves Sobre Trilhos (VLT)
na cidade do Rio de Janeiro (RJ).
João Paulo considera que o primeiro
evento técnico do ano abriu com quali-
dade o ano de 2015. “Os inves|mentos
nos eventos técnicos significam inves|-
mentos no futuro de nossas carreiras e
de nossos colegas”, observa.
Veja a seguir o resumo das palestras.
Os vídeos com a íntegra estão disponí-
veis na sede da Associação.João Paulo Figueiredo
6ª Semana de Tecnologiada Construção
A Semana de Tecnologia da Construção abriu a agenda de eventos técnicos da AEAARP em 2015
12
Revista Painel
O Sistema Logís|co deTransportes do Estadode São PauloAntônio Duarte Nogueira Júnior,
engenheiro agrônomo e secretário de
Logís|ca e Transportes do Estado de
São Paulo
Antônio Duarte Nogueira Júnior apre-
sentou dados nacionais, estaduais e
da região administra|va de Ribeirão
Preto. Ele se concentrou principalmen-
te nas informações acerca do sistema
de transportes. Apresentou dados da
Agência de Transporte do Estado de São
Paulo (Artesp) que demonstram que no
quadriênio 2011-2014, Ribeirão Preto
recebeu melhorias e manutenção na
pavimentação do Anel Viário, a entrega
do viaduto Henri Nestlé e o Trevo Waldo
Adalberto da Silveira, mais conhecido
como Trevão. Já no triênio 2015-2018,
estão previstos R$ 228 milhões em in-
ves|mentos rodoviários na Região Ad-
ministra|va de Ribeirão Preto. Destes,
R$ 68 milhões serão só para a cidade de
Ribeirão Preto.
Duarte Nogueira ressaltou que o es-
tado de São Paulo tem 198 mil km de
estradas e que apenas 1.055 km são
rodovias federais – Presidente Dutra,
Régis Bitencourt, Fernão Dias e Trans-
brasiliana. As outras dividem-se da se-
guinte forma: 22 mil km são rodovias
estaduais, sendo que 6.600 km são ad-
ministrados pela inicia|va privada e os
170 mil km que restam são municipais,
dos quais 14.500 km são asfaltados e o
restante são estradas de terra.
O secretário faz uma comparação
com Roma (Itália), que há dois mil anos
|nha 100 mil km de estradas sob o co-
mando do Império Romano, sendo que
naquela época a região abrigava cerca
de 43 milhões de pessoas. “Percebemos
que pouco inovamos no que diz res-
peito à fonte de receita para construir
rodovias. Faço este paradoxo para pro-
vocar os engenheiros e tomadores de
decisão para buscarem mais inovação,
parcerias, planejamento em longo pra-
zo e qualidade nas obras”.
“Temos que pensar na intermodali-
dade para melhorar a logís|ca de trans-
porte e incrementar outros modais:
ferroviário, hidroviário, dutoviário e ae-
roviário”, alerta Nogueira. Hoje, a mo-
vimentação ferroviária de açúcar pro-
duzido na região de Ribeirão Preto, por
exemplo, representa 17,7% do total de
produtos transportados por este modal
no estado de São Paulo.
Ribeirão Preto tem o quarto aeroporto
mais movimentado do estado, ficando
atrás dos aeroportos Internacional de
Guarulhos, de Congonhas e Internacional
de Viracopos. O secretário contou que,
em janeiro deste ano, reuniu-se com o mi-
nistro da Secretaria de Aviação Civil paraAntônio Duarte Nogueira Júnior
Estudantes e profissionais participaram do evento
13
AEAARP
tratar das obras no Aeroporto Leite Lo-
pes, de Ribeirão Preto, que contará com
o deslocamento da pista, aumento do pá-
|o e do terminal de passageiros e, assim,
tornar-se um aeroporto internacional.
Duarte Nogueira finalizou a palestra
afirmando que a Secretaria de Logís-
|ca e Transportes poderá contribuir
muito para o diagnós|co do potencial
da região de Ribeirão Preto no que diz
respeito ao Plano Diretor de Logís|ca e
Transportes (PDLT 2030).
Sistemas deImpermeabilização – NBR9575/2010 – Solução eProjetoJosé Mario Andrello,
engenheiro civil e diretor da Petra
Consultoria
A impermeabilização é uma das prin-
cipais ferramentas de proteção das es-
truturas contra a infiltração de água. E
existem várias normas para projetar e
executar esse sistema de proteção. “É
muito importante que todos esses con-
ceitos sejam bem observados na hora
de fazer e executar o projeto”, ressalta
o engenheiro civil José Mario Andrello.
A impermeabilização tem de estar
prevista em todas as fases da obra: te-
lhados e coberturas, terraços, calhas
de escoamento da água, caixas d’água,
piscinas, floreiras, paredes externas, es-
quadrias, peitoris de janelas, soleiras de
portas, muros de arrimo. “Deve-se pe-
gar os projetos de estrutura, hidráulico
e elétrico e compa|bilizar com o proje-
to de impermeabilização. A falha de um,
afeta diretamente no outro”, diz.
Hoje, existem 24 sistemas de imper-
meabilização norma|zados, no entanto
“existem inúmeros fabricantes no mer-
cado, com mais de 500 produtos com
desempenhos variados”, complementa
Andrello. A qualidade da mão de obra
é outro fator determinante para a insta-
lação eficaz do sistema de impermeabi-
lização. “A contratação de empresa es-
pecializada é mais cara do que a de um
empreiteiro, porém a empresa está ca-
pacitada e, além disso, ela emite a ART
se responsabilizando por eventuais pro-
blemas”. O sistema de impermeabiliza-
ção torna-se complexo porque envolve
muitas normas. “É preciso conhecer as
normas, os |pos de concreto, os mate-
riais e os sistemas impermeabilizantes
para garan|r o bom desempenho do
produto”.
José Mário Andrello
14
Revista Painel
A impermeabilização deve sempre
ser feita com substratos novos, em lo-
cais limpos e sem sujeira e contamina-
ções. “Já vi obras com dois ou três sis-
temas de impermeabilização aplicados
um em cima do outro e que con|nu-
am vazando. Tem que arrancar tudo e
refazer”. Andrello afirma que prever o
escoamento da água de forma adequa-
da garante em até 40% a eficiência de
drenagem do sistema. Além disso, o en-
genheiro ressalta que o construtor sem-
pre deve deixar um manual de uso para
o proprietário. “O manual serve como
guia. Por exemplo, se uma cozinha não
tem ralo, não pode ser lavada. Ou o pro-
prietário não pode re|rar determinado
piso que está sobre um sistema imper-
meabilizante, porque poderá romper
esse sistema e gerar danos futuros”.
Da chuva, do lençol freá|co ou por
condensação, a água pode aparecer
de várias formas e pode tornar-se um
perigo para as construções. “Existem
danos nas edificações que incomodam
este|camente e são insalubres como,
por exemplo, o mofo. Porém, há outros
danos que são muito sérios como a cor-
rosão de uma laje”. A alcalinidade do
concreto, que chega próximo a 13, é o
que protege uma estrutura da corrosão.
“Para garan|r a qualidade de qual-
quer sistema de impermeabilização,
o ideal é que os cantos das estruturas
sejam arredondados, pois assim facilita
o serviço e evita pontos falhos na apli-
cação”. Existem muitos |pos de infiltra-
ção: percolação da água, capilaridade,
condensação. E para cada um desses
existe um sistema de impermeabiliza-
ção adequado. “Deve-se levar em conta
o |po de estrutura, do substrato, se a
obra é abrigada ou exposta ao tempo e
as influências que ocorrerão pela ação
da água, da umidade e dos vapores so-
bre a obra”, finaliza o engenheiro.
Projeto do VLT noRio de JaneiroMateus Araújo e Silva,
engenheiro civil da Consultoria Cita|s
O engenheiro civil Mateus Araújo e
Silva par|cipou do projeto do Veícu-
lo Leve sobre Trilho (VLT) que ligará o
centro da cidade do Rio de Janeiro-RJ
à região portuária do município, proje-
to conhecido como VLT carioca – Por-
to Maravilha. Com 28 quilômetros de
extensão, o sistema de transporte teráJosé Aníbal Laguna
seis linhas, 42 estações com distância
média de 400 metros entre elas.
“A ideia do VLT carioca existe há, pelo
menos, cinco anos”, diz. O projeto ligará
importantes pontos da cidade como o
Teatro Municipal do Rio de Janeiro, Pra-
ça Mauá, Praça XV, Avenida Beira Mar
entre outros. As caracterís|cas básicas
deste projeto são: ambiente clima|za-
do, fácil acesso, integração com metrôs,
trens e ônibus e baixa emissão de gás
carbônico. “Europa e Estados Unidos
u|lizam muito os veículos sobre trilhos.
E essa ideia voltou com tudo para o Bra-
sil com a promessa de revitalização do
espaço urbano”.
A região central do Rio de Janeiro
sofreu forte degradação ao longo dos
anos, comenta o engenheiro, e a in-
serção de um VLT é uma das soluções
que contribuirá com a revitalização do
espaço. “Além disso, esse transporte é
ecologicamente menos degradante do
que os ônibus”, ressalta Silva. Com o
novo uso do solo e a mudança na mo-
bilidade urbana, a expecta|va de em-
prego aumenta na região. “O padrão
mais frequente de viagem é o trajeto
casa-trabalho. Educação também é um
forte polo gerador de viagens”.
Para construir um quilômetro de
VLT são inves|dos R$ 45 milhões. Já a
construção de um quilômetro de metrô
passa de R$ 80 milhões, segundo o en-
genheiro. Além do circuito feito pelos
passageiros, a construção do VLT tem
de prever o pá|o de manobra e como
será feita a manutenção e o sistema
operacional. “Quem paga essa conta? O
usuário do sistema”.
Em novembro de 2010, começaram
15
AEAARPrevistapainel
ANUNCIENA
PAINEL
16 | [email protected]
Mateus Araujo e Silva
os estudos técnicos para a implanta-
ção do VLT carioca. Foram feitos cinco
relatórios que abordaram os seguintes
aspectos: estudo de demanda, projeto
funcional, projeto básico, modelagem
econômico-financeira e modelagem
jurídico-ins|tucional. Silva atuou na pri-
meira etapa deste projeto.
A es|ma|va de demanda de pas-
sageiros é baseada em algumas pre-
missas: definição dos |pos de viagens
realizadas na área em questão, levanta-
mentos de dados através de pesquisas
e abordagem sobre o comportamento
dos usuários. “Fazemos pesquisas para
definir quem são os usuários potenciais
do VLT”. Essas pessoas estão divididas
nas seguintes classes: não-motoriza-
dos (andantes ou ciclistas), motoristas,
passageiros (seja de táxi ou carona),
ônibus, metrô e van. “O VLT concorre
com esses outros meios”, porém tem
algumas observações a serem levadas
em consideração. O ciclista ou andante,
explica o engenheiro, dificilmente migra
para o modo de transporte motorizado.
E o passageiro que recebe carona tam-
bém. Portanto, esses grupos são des-
considerados nos cálculos dos futuros
passageiros do VLT carioca.
O Modelo Logit Mul|nomial serviu
como base para a pesquisa de demanda
do usuário do VLT carioca. Silva ponde-
ra que os principais fatores de escolha
de um meio de transporte pelo usuário
são tempo e custo. A pesquisa também
revelou o comportamento dos usuá-
rios dos modos cole|vos (trens, vans,
ônibus) e individual motorizado (au-
tomóvel, moto, táxi) da área do Porto
Maravilha e es|mou o con|ngente de
usuários que poderão migrar para o uso
do VLT. Todo esse processo depende de
algumas variáveis como, por exemplo,
atributos dos modos de viagens (tem-
po, custo, conforto e confiabilidade),
polí|cas públicas de transporte (u|li-
zação de bilhete único), caracterís|cas
do usuário (mo|vo da viagem: trabalho
ou estudo, renda domiciliar). No caso
do VLT carioca foram entrevistados 236
indivíduos da classe individual motori-
zado e 1994 pessoas da classe cole|vo.
16
Revista Painel
ENGENHARIA
Engenheiros e arquitetos sabem bem
que grandes construções não são estrutu-
ras estáveis. Em razão dos ventos, prédios
muito altos podem passar por situações
que promovam movimentação. Para re-
solver esta questão e evitar a fadiga dos
materiais, os engenheiros responsáveis
pelo projeto da torre Shanghai Tower
(construída no distrito financeiro de Pu-
dong de Shanghai, a maior cidade da Chi-
na) decidiram usar um sistema ambicioso.
Em vez de u�lizar apenas os pêndulos,
que são escolhidos geralmente para a
compensação dos movimentos, eles ins-
talaram um ímã gigantesco.
Eles esperamque nenhum�pode sensa-
ção seja sen�da por quem es�ver nos 121
andares da torre chinesa, mesmo entre
aqueles que es�verem no topo dos mais
de 630 metros que fazem parte da obra.
O sistema funciona da seguinte forma:
cabos de aço seguram um pêndulo— com
1.000 toneladas de aço —, que é man�do
em inércia para a verificação de possíveis
instabilidades. Para evitar que todo esse
peso cause balanços ainda maiores, gran-
des amortecedores hidráulicos são ins-
talados nas bases do pêndulo. Abaixo de
tudo isso está o ímã.
O objeto é composto por 125 ímãs de
alto campo, aplicados sob uma grande
estrutura de cobre (disposta em uma pla-
ca de 10 metros por 10 metros). Quando
Campo magnéticoEm Shanghai, engenheiros usam um gigantesco ímã para
estabilizar os 630 metros da torre de 121 andares
contra o balanço
Fotos Sinelab
17
AEAARP
alguma instabilidade é sen�da no prédio,
o pêndulo acima se move e a�va uma cor-
rente elétrica no “prato de cobre”, que
consegue criar um campo contrário às
forças externas e mantém tudo no lugar
correto.
Toda a energia necessária é criada no
próprio sistema. A a�vação dos campos
magné�cos é capaz de transformá-los em
energia elétrica, dispensando qualquer
fonte externa. O resultado é estabilidade
em toda a construção, mesmo com for~s-
simos ventos, e racionalidade no uso da
energia.
Fonte: Insgtuto de Engenharia
Rodovia Régis BittencourtDuplicação e dispositivo
de acesso
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oferecendo qualidade, agilidadee pleno atendimento.
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Concreto
Tubo Circular
18
Revista Painel
No final dos anos de 1980 a sede da
AEAARP resumia-se a um andar, com salas
que hoje são ocupadas pelo CREA-SP. O
engenheiro Juarez Correia Barros Junior
era o presidente. A en�dade �nha espaços
para reuniões formais, mas carecia de um
lugar para o convívio social.
“O Juarez pediu ajuda para as constru-
toras e eu convenci aquela onde eu tra-
balhava em colaborar com a en�dade”,
lembra o engenheiro José Ba�sta Ferreira,
O fimO primeiro espaço de convívio social da AEAARP foi
demolido para dar lugar à ampliação do salão de festas
do quiosque
MEMÓRIA
recém-chegado à cidade. Ele conta que o
inves�mento foi o equivalente à metade
do preço de uma casa de conjunto habi-
tacional.
O quiosque foi o primeiro espaço de
convívio social da AEAARP, onde foram rea-
lizados encontros fes�vos e reuniões. Para
José Ba�sta, essas oportunidades são im-
portantes para criar afinidades, expor con-
trapontos e, desta forma, ampliar vínculos
de amizade e profissionais. “Assim surgem João Paulo Figueiredo e José Batista Ferreira
Contamos com suacolaboração!
Destine16% dovalorda ARTpara aAEAARP
(Associação deEngenharia, Arquitetura
e Agronomia deRibeirão Preto)
Agora você escreve o nome
da entidade e destina parte do
valor arrecadado pelo CREA-SP
diretamente para a sua entidadeideias e diminuem as diferenças”, opina.
José Ba�sta lembra que anos mais tar-
de o propósito do quiosque foi estendido
para o salão de festas. “Foi uma semen-
te que prosperou, fru�ficou”, conclui ao
avaliar a demolição do lugar. A área pas-
sa a ser ocupada pela laje de ampliação
do salão de festas e pela área de apoio
para os serviços necessários à realização
de eventos.
“Há a necessidade de os associados
entenderem que todos os vetores po-
dem construir algo posi�vo, e isso vem
do convívio, desde o estagiário até o em-
presário”, opina. O engenheiro João Paulo
Figueiredo, presidente da AEAARP, lembra
que par�cipou de encontros realizados
no quiosque. “A en�dade precisa atender
às necessidades dos tempos atuais, estar
conectada com as mudanças e com o seu
próprio crescimento, valorizando sempre
as inicia�vas que nos trouxeram até aqui”.
20
Revista Painel
Reduzindo custos
Pesquisadores desenvolveram técnica para aumentar a
precisão das informações de medidas inerciais
de certificação
Projeto de pesquisa da Escola de En-
genharia de São Carlos (EESC) da USP,
do Ins�tuto de Ciências Matemá�cas
e de Computação (ICMC) da USP, em
São Carlos, e da Universidade Federal
de São Carlos (UFSCar) visa o�mizar a
precisão e a confiabilidade das unida-
des de medidas inerciais — sensores
compostos por um magnetômetro, um
acelerômetro e um giroscópio — que
não passaram por um processo de cer-
�ficação. O projeto foi selecionado na
primeira chamada do Programa em Pes-
quisa eScience, lançado pela Fundação
de Amparo à Pesquisa do Estado de São
Paulo (Fapesp).
Dependendo da aplicação, os senso-
res precisam passar por um processo
de cer�ficação, porém isso os encare-
ce muito. Esse �po de procedimento é
obrigatório, por exemplo, nos sensores
das aeronaves que precisam transmi-
�r um sinal altamente confiável para a
cabine de controle. Em contrapar�da,
existem sensores que, dependendo
do uso, não necessitam de cer�ficação
como, por exemplo, aqueles usados em
veículos terrestres e aéreos não tripula-
dos de pequeno porte.
O grupo de pesquisa coordenado pelo
professor Marco Terra, do Departamen-
to de Engenharia Elétrica e de Compu-
tação da EESC, conseguiu desenvolver
técnicas para aumentar a precisão das
informações das unidades de medidas
inerciais. Chamadas de “Filtragem Ro-
busta”, elas complementam a leitura
dos algoritmos conhecidos como filtros
de Kalman — um algoritmo pode ser
entendido como um conjunto de ações
que, quando executadas em uma deter-
minada sequência, levam a um resulta-
do específico desejado — e ajudam a
minimizar alguns ruídos na transmissão
de dados.
“Os estudos desses algoritmos têm
sido publicados em revistas interna-
cionais e têm contribuído com a teoria
de sistemas de controle e de filtragem.
Estamos agora aplicando essas técnicas
na robó�ca, em par�cular em veículos
autônomos”, comentou o professor.
Medidas inerciaisAs leituras das unidades de medidas
inerciais que não são cer�ficadas, e por
isso de baixo custo, apresentam em ge-
ral menor precisão do que as das unida-
des cer�ficadas. Para aumentar a con-
fiabilidade dessas medidas, a pesquisa
busca implementar filtros recursivos
robustos em FPGA (Field Programmable
Gate Arrays) — um �po de hardware
que pode ser programado para uma ou
mais funções específicas do usuário —
no sistema embarcado que irá receber
as informações das unidades de medi-
das inerciais e comandar as ações do
caminhão autônomo com segurança.
PESQUISA
21
AEAARP
“Desenvolvemos a teoria de es�ma-
�va de variáveis em tempo real. Desse
modo, assim que os dados são gerados,
eles também são processados e uma in-
terpretação é dada no mesmo instante
para es�mar o que vai ocorrer no futu-
ro próximo”, explicou Terra. A pesquisa,
que está em desenvolvimento, é aplica-
da em um caminhão autônomo — que
dispensa motorista — para desenvolver
es�ma�vas de variáveis em tempo real,
como velocidade, distância e posiciona-
mento. As unidades de medidas iner-
ciais transmitem as informações capta-
das, e posteriormente o algoritmo faz
a leitura de cada variável e transmite a
um sistema que por sua vez realiza o co-
mando final.
“A junção dos dados da unidade de
medida inercial com a precisão da leitu-
ra através da ‘Filtragem Robusta’ pode
dar a autonomia necessária para o ve-
ículo andar sem motorista ou ser um
grande auxílio para prevenir acidentes
aumentando a sua capacidade de dirigi-
bilidade”, explicou o professor. O estudo
será desenvolvido por um período de
dois anos. “A expecta�va é de que a pes-
quisa gere uma patente”, afirmou Terra.
O projeto de pesquisa coordenado
pelo professor Terra, chamado de “Sis-
tema de referência de a�tude, orienta-
ção e posição baseado em filtro de Kal-
man robusto implementado em FPGA”
foi um dos quatro selecionados na pri-
meira chamada do Programa em Pes-
quisa eScience. Lançado pela Fapesp, o
programa pretende explorar avanços de
estudos em computação que ajudem a
vencer desafios cien~ficos e tecnológi-
cos em outros domínios, e vice-versa.
A inicia�va da Fapesp, lançada em
2013, também busca organizar, classi-
ficar, visualizar e facilitar o acesso ao
gigantesco volume de dados constante-
mente gerados em todos os campos de
pesquisa, a fim de obter novos conhe-
cimentos e fazer análises abrangentes
e originais. O termo eScience muitas
vezes é considerado sinônimo da ciên-
cia desenvolvida a par�r da análise de
grande quan�dade de informações, pois
resume o desafio de pesquisa conjunta.
Fonte: Agência USP
22
Revista Painel
O sistema de pulverização eletrostá�ca
desenvolvido pela Embrapa reduziu mais
de 90% a quan�dade de agrotóxicos co-
mumente aplicada na pulverização con-
vencional. Esta foi a conclusão de uma
avaliação feita pela B&D Equipamentos
Agrícolas que testou a tecnologia em es-
tufas da empresa Kiara Foods para o con-
trole da mosca-branca em hortaliças, pra-
ga considerada de dixcil controle e ataca
diversas espécies vegetais.
A Embrapa assinou recentemente um
contrato de licenciamento para a produ-
ção e comercialização do pulverizador
pneumá�co eletrostá�co. Os resultados
dos testes surpreenderam o pesquisador
Aldemir Chaim, da Embrapa Meio Am-
menos agrotóxicoAs gotas produzidas pelo equipamento têm diâmetro de
40 micrômetros, o que aumenta a eficácia da técnica
Mais tecnologia,
AGRONOMIA
Aldeir Chaim
biente (SP), que coordenou o desenvolvi-
mento da tecnologia.
“Além dos aspectos relacionados à eco-
nomia para o produtor, deve ser levada
em consideração a redução de impacto
ambiental pela diminuição das perdas de
agrotóxico e de resíduos nos alimentos,”
pondera o pesquisador informando que
a Embrapa deverá realizar mais testes em
campo para comprovar esses resultados,
inclusive u�lizando o equipamento para
aplicar produtos biológicos.
“Com a pulverização eletrostá�ca,
as ninfas [insetos na fase jovem] que se
escondem na parte inferior das folhas
são a�ngidas pelo químico aplicado,”
diz Chaim. Ele explica que eficiência é
decorrente da atração eletrostá�ca do
agrotóxico: o produto possui uma carga
elétrica oposta à da planta, o que provoca
sua aderência mesmo nas áreas de dixcil
acesso, como a parte de baixo das folhas,
por exemplo.
Segundo o Ins�tuto Nacional
do Câncer (INCA), são consu-
midas 1 milhão de toneladas
de agrotóxicos anualmente
no país, o que equivale a um
consumo médio de 5,2 kg de
veneno agrícola por pessoa.
23
AEAARP
25%
Vai ser a redução do impacto
ambiental causado pela Torre
Eiffel, com a instalação de duas
turbinas eólicas com capacidade
para gerar juntas cerca de 10 mil
kWh de energia. Esse número
será suficiente para alimentar
o primeiro andar da edificação,
onde estão localizados osmuseus,
lanchonetes e restaurantes do
monumento. As duas turbinas
de eixo ver�cal foram instaladas
no segundo nível da torre, a 122
metros do solo, uma posição que
maximiza a captura de vento,
que pode acontecer a par�r de
qualquer direção. As estruturas
foram pintadas de forma a se
“camuflarem” na arquitetura da
torre. O projeto faz parte de uma
revitalização, que irá es�mular a
sustentabilidade e preservação
dos recursos do p laneta .
A renovação do monumento
irá custar € 30 milhões (R$ 97
milhões).
Fonte: info.abril.com.br
INDICADORVERDE
Com pedido de patente solicitado em
2013, o bico pneumá�co eletrostá�co da
Embrapa produz um dos maiores índices
de carga de eletrificação de gotas já regis-
trados no mundo para esse �po de equi-
pamento, o que resulta em maior atração
à superxcie das plantas.
Chaim detalha que o resultado tam-
bém ocorre devido ao tamanho reduzido
das gotas que o disposi�vo da Embrapa
produz. “Com diâmetro abaixo de 40 mi-
crômetros, as gotas são levadas para o in-
terior das plantas pelo próprio jato de ar
que pulveriza o líquido proporcionando o
a�ngimento de regiões escondidas,” ex-
plica. Um fio de cabelo fino, por exemplo,
tem cerca de 60micrômetros de diâmetro.
Outra vantagem da tecnologia no com-
bate ao inseto é uma turbulência pro-
duzida pelo bico que provoca o voo das
moscas. “Esses insetos em voo se choca-
riam imediatamente com uma gigantesca
nuvem de minúsculas gotas eletrificadas,
essa é minha hipótese para explicar em
parte essa grande eficácia da tecnologia,”
analisa Chaim.
Além das vantagens econômicas, a re-
dução da quan�dade de agrotóxicos tam-
bém resulta emmenor impacto ambiental
provocado por perdas e carreamento des-
ses químicos bem como reduz seus resí-
duos nos alimentos.
Para o pesquisador, o custo de desen-
volvimento de novas moléculas de agro-
tóxicos é extremamente oneroso para
www.aeaarp.org.br
Veja na área de no~cias do site da AEAARP os
resultados ob�dos com os testes.
as indústrias. Não é raro o aparecimento
de resistência das pragas a moléculas de
agrotóxicos, o que gera grandes prejuízos
financeiros para essas empresas, pois são
obrigadas a re�rá-los do mercado antes
de recuperarem os seus inves�mentos
de pesquisa. Assim, uma tecnologia de
aplicação de agrotóxicos mais eficientes,
pode aumentar a vida ú�l de comerciali-
zação dos agrotóxicos, bem como a efici-
ência no controle das pragas e doenças.
O Laboratório de Tecnologia de Apli-
cação de Agrotóxicos da Embrapa Meio
Ambiente estuda a pulverização eletros-
tá�ca desde 1984. “Trata-se de um traba-
lho muito complexo que exige considerar
variáveis como posicionamento de ele-
trodos, influência da vazão dos líquidos,
riscos de fuga de corrente, entre outros”,
detalha. Para complicar, as caldas de agro-
tóxicos apresentam condu�vidades elétri-
cas diferentes, que em alguns casos, pode
gerar curto-circuito com uma fina camada
líquida na ponta do bico, problema que
compromete a eficiência na geração das
gotas eletrificadas.
Desde 2006, a Embrapa Meio Ambien-
te desenvolveu e testou em laboratório
dezenas de protó�pos de pulverizadores
eletrostá�cos. Dependendo do �po de
equipamento, da cultura e alvo ar�ficial, a
pulverização eletrostá�ca proporcionava
um aumento de deposição entre 30 a 70%
em relação à ob�da pelos pulverizadores
convencionais.
24
Revista Painel
CREA-SP
tire um vistoPara exercer a profissão em outra região,
O ar�go 69 da Lei nº 5.194/66, que re-
gulamenta as profissões nas áreas da en-
genharia, agronomia, geologia, geografia
emeteorologia, determina que somente
poderão par�cipar de licitações empre-
sas e profissionais que apresentem visto
do Conselho Regional da jurisdição onde
a obra, o serviço técnico ou projeto deva
ser executado. Essa aplicação foi refor-
çada pela previsão con�da no inciso I
do Ar�go 30 da Lei nº 8.666/93, que
autoriza o órgão ou en�dade licitante a
exigir, para fins de qualificação técnica
dos interessados, registro ou inscrição
na en�dade profissional competente.
Conforme Resolução 413/93 do
CONFEA, a pessoa jurídica registrada em
qualquer Conselho Regional, quando for
exercer a�vidades emcaráter temporário
na jurisdição de outro Regional, fica
obrigada a auten�car nele o seu registro,
concedido para os seguintes efeitos e
prazos de validade:
- Execução de obras ou prestação de
serviços: não será superior a 180 dias e
poderá ser concedido para a�vidades
parciais do objeto social da pessoa jurídi-
ca. Será válido para exercer as a�vidades,
com os respec�vos responsáveis técni-
cos, na jurisdição do CREA onde serão
executadas as a�vidades técnicas. O res-
ponsável técnico da pessoa jurídica para
cada a�vidade a ser exercida na nova
região, deve estar registrado ou com o
respec�vo registro visado no Conselho
Regional onde for requerido o visto.
- Participação em licitações: será
concedida até a validade da cer�dão do
CREA de origem da empresa somente
para par�cipação em licitações na juris-
dição do CREA onde será realizado o cer-
tame. Esse �pode visto não temvalidade
para a execução de obras ou prestação
de serviços, cumprindo à pessoa jurídica,
caso seja vencedora, solicitar seu visto
para execução de obras.
Unidades dos CREAsAcre www.creaac.org.br (68) 3214 7550
Alagoas www.crea-al.org.br (82) 2123 0852
Amapá www.creaap.org.br (96) 3223 0318
Amazonas www.crea-am.org.br (92) 2125 7111
Bahia www.creaba.org.br (71) 3453 8990
Ceará www.creace.org.br (85) 3453 5800
Distrito Federal www.creadf.org.br (61) 3961 2800
Espírito Santo www.creaes.org.br (27) 3334 9900
Goiás www.crea-go.org.br (62) 3221 6200
Maranhão www.creama.org.br (98) 2106 8300
Mato Grosso www.crea-mt.org.br 0800 647 3033
Mato Grosso do Sul www.creams.org.br (67) 3368 1000
Minas Gerais www.crea-mg.org.br 0800 031 2732
Pará www.creapa.com.br (91) 4006 5500
Paraíba www.creapb.org.br (83) 3533 2525
Paraná www.crea-pr.org.br 0800 41 0067
Pernambuco www.creape.org.br (81) 3423 4383
Piauí www.crea-pi.org.br (86) 2107 9292
Roraima www.crearr.org.br (95) 3224 1392
Rondônia www.crearo.org.br (69) 2181 1095
Rio de Janeiro www.crea-rj.org.br (21) 21792000 /
2179 2007
Rio Grande do Norte www.crea-rn.org.br (84) 4006 7200
Rio Grande do Sul www.crea-rs.org.br (51) 3320 2100
Santa Catarina www.crea-sc.org.br (48) 3331 2000
São Paulo www.creasp.org.br 0800 17 18 11
Sergipe www.crea-se.org.br (79) 3234 3000
Tocan�ns www.crea-to.org.br (69) 8413 3431
25
AEAARP
MECÂNICA
Os plás|cos estão chegando à única
parte dos automóveis que parecia ser
território exclusivo dos metais: os mo-
tores. Engenheiros alemães e japone-
ses, trabalhando conjuntamente, cons-
truíram o primeiro bloco de motor de
plás|co reforçado com fibras.
Uma das formas mais simples de redu-
zir o consumo de combus{vel é diminuir
o peso dos carros. A subs|tuição dos me-
tais por plás|cos chegou a níveis eleva-
dos e a opção da indústria vinha sendo a
de subs|tuir o aço por metais mais leves
ou por fibras especiais. Nestes casos, pe-
sava ainda mais o valor da matéria-prima.
A equipe do Ins|tuto Fraunhofer,
organização de pesquisa alemã, e da
Sumitomo Bakelite, japonesa, espe-
cializada em plás|cos, apresentou um
protó|po que tem demonstrado a via-
bilidade do projeto. “Nós usamos um
compósito reforçado com fibras para
fabricar um bloco de cilindros para um
motor experimental monocilíndrico,”
conta Lars-Fredrik Berg, gerente de de-
senvolvimento do projeto.
“O bloco de cilindro pesa cerca de
20% menos do que seu equivalente de
alumínio e tem o mesmo custo,” acres-
centou. Os desafios do projeto são os
de fazer com que o plás|co resista a
temperaturas extremas, alta pressão e
vibrações, sem deformar ou trincar.
Materiais com essas caracterís|cas
são conhecidos há algum tempo, mas
sua manufatura é complicada, exigindo
a fabricação quase artesanal de cada
peça, algo impensável para a indústria
automobilís|ca.
Híbrido metal-compósitoPara trazer o material para a linha de
produção, a saída encontrada foi a de
construir uma peça híbrida, sem perder
tempo com as partes mais delicadas.
Isso inclui, por exemplo, a chamada ca-
misa do pistão.
“Primeiro nós analisamos o projeto
feitos de plásticoMotores de carros
do motor e iden|ficamos as áreas sujei-
tas a maiores cargas térmicas e mecâni-
cas. Nessas áreas nós usamos inserções
de metal para reforçar sua resistência
ao desgaste,” conta Berg.
Os blocos de plás|co estão sendo fa-
bricados com plás|cos termorrígidos gra-
nulados, acrescidos de fibra de vidro, em
um processo de moldagem por injeção. O
material é fundido, e solidifica-se depois
de ser injetado no molde sob pressão.
Menos ruído e menos calorOs testes do protó|po do motor de
plás|co mostraram dois ganhos adicio-
nais: ele emite menos ruído e irradia
menos calor que os motores inteira-
mente metálicos.
A equipe anunciou que já está tra-
balhando na construção de um motor
mul|cilindro, que já deverá ter também
o virabrequim de plás|co.
Fonte: inovacaotecnologica.com.br
O uso do material reduz o peso do carro e é uma das
úlgmas fronteiras da indústria na busca por este objegvo
26
Revista Painel
NOTAS E CURSOS
Mörtelpad, que consiste em placas pré-fabricadas de argamassa, foi um dos produtos de
destaque da BAU 2015, feira de arquitetura, materiais e sistemas para construção realizada
em Munique (Alemanha). Produzida com recursos de origem mineral, a tecnologia permite
a aplicação de argamassa na superscie de pisos e paredes de maneira prá|ca e uniforme. O
Mörtelpad é composto por uma camada retangular de argamassa reves|da por um adesivo
solúvel em água de cerca de três milímetros de espessura. Quando dissolvido, o material
colante é absorvido pela massa, tornando-a homogênea para aplicação. Para aplicar a
argamassa, basta umedecer a superscie, colocar as placas pré-fabricadas, cortando-as de
acordo com o tamanho e formato necessários, e molhar a massa por cerca de cinco segun-
dos. Algumas das vantagens do produto são: a redução do tempo de preparo e aplicação
da argamassa, a eliminação de ferramenta auxiliar para fixação do material e a redução da
geração de resíduos constru|vos. No site www.aeaarp.org.br há um vídeo que demonstra
a aplicação do produto.
Fonte: techne.pini.com.br
Empresa alemã cria argamassa em placas
O economista Florian
Schumacher concluiu em sua
tese de doutorado na Esalq/
USP que o custo de instalação
de lombadas eletrônicas não
é eficientes sob a maioria das
condições de tráfego no Brasil.
“A discussão desse tema é
muito importante, porque
os acidentes de trânsito são
uma das principais causas
de mortes e lesões corporais
no Brasil e no mundo, e
geram grande impacto
econômico e social”, afirma.
As convencionais, por outro
lado, têm custos eficientes,
mas apresentam em vários
impactos colaterais como, por
exemplo, o atraso de veículos
de emergência e a penalização
de pessoas portadoras de
necessidades especiais. Um
levantamento realizado pelo
Sistema de Informações de
Mortalidade, do Ministério da
Saúde, revela que, em 2010,
foram registradas 40.989
ocorrências de acidentes que
terminaram em óbitos no
País. Florian conclui que é
necessário reduzir o valor de
implantação das lombadas
eletrônicas.
Fonte: Agência USP
A eficiência das
lombadas no trânsito
O Cole|vo Escafandro criou o projeto Rios (In)visíveis de São Paulo, que surgiu inicialmente
como um trabalho de mapeamento, e devido a boa aceitação e divulgação nas redes sociais
tornou-se um mapa colabora|vo aberto para as pessoas contarem suas histórias, mostrando
outras perspec|vas do espaço urbano e das margens ocultas da cidade. No início foram usa-
dos dados do Plano Diretor de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais do Município de São
Paulo (PMAPSP). Hoje, no site do projeto os visitantes podem fazer upload de fotos an|gas
de rios e córregos e deixar um relato sobre o tema. O resultado é um mapa que mostra a
cidade de uma outra forma. No site www.riosdesaopaulo.org é possível visualizar o projeto.
Fonte: ArchDaily
Rios
Para comemorar os 40 anos de existência, o Ins|tuto de Engenharia Nuclear (IEN), montou
uma exposição para contar sua história. A mostra está no Museu de Astronomia e Ciências
Afins (Mast). Entre os tópicos expostos, em painéis e vitrines, estão: o primeiro reator nuclear
de pesquisa construído pela indústria brasileira, a produção de radiofármacos para medicina
nuclear, além da constribuição do IEN ao domínio da tecnologia do combus{vel nuclear e
à segurança das usinas de Angra dos Reis. A exposição fica no Mast até o final de abril. O
museu fica na cidade do Rio de Janeiro-RJ e no site www.mast.br é possível acessar várias
informações sobre a história da ciência no Brasil.
História da engenharia nuclear
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AEAARP