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Trabalho As Centrais Força Sindical, CUT, UGT, Nova Central, CSB, CTB e CGTB, além de representantes de movimentos sociais, realizam hoje (2), em frente ao Banco Central (BC), em São Paulo (av. Paulista, 1.804), às 10 horas, ato contra os juros altos e o desemprego. O protesto será realizado no dia em que o Copom, órgão do BC, inicia a reu- nião para decidir sobre a nova taxa de juros, que hoje está em 13,25%. A reu- nião será concluída amanhã (3), quan- do será divulgada a taxa Selic. Durante o ato, os sindicalistas tam- bém cobrarão medidas contra o de- semprego e pela criação de outras que promovam o crescimento econômico. “Juros altos e a crise afetam todos os trabalhadores”, afirma Miguel Torres, presidente da Força Sindical. Miguel explica que quem está em- pregado teve de cortar gastos (alguns essenciais, como o consumo de ali- mentos) para manter as contas em dia. Os desempregados demoram a arru- mar emprego, e os jovens que com- pletam 16 anos terão mais dificuldades para ingressar no mercado. “Os juros altos prejudicam o cresci- mento da economia porque reduzem o consumo, a produção e os postos de trabalho”, destaca Miguel. “Precisa- mos de ações que fortaleçam a indús- tria nacional, com geração de empre- gos de qualidade”, declara. Além de São Paulo, as Centrais tam- bém realizarão atos em Brasília (8:30 horas), Goiânia (9 horas) e Salvador (16 horas). Carlos Cavalcanti Lacer- da, secretário de Relações Institucio- nais da Central, que organiza o ato em Brasília, ressalta que os trabalhadores não vão aceitar calados os aumentos nos juros. “Exigimos a queda dos juros para fomentar a produção e gerar em- pregos”, disse. Dirigentes da Força Sindical deba- teram ontem (1) o Programa de Pro- teção ao Emprego, uma alternativa ao lay-off que as Centrais Sindicais estão negociando com o gover- no. “Queremos ter uma alternativa ao lay-off, uma medida prejudicial já que usa o seguro-desemprego para pagar os trabalhadores que es- tão enquadrados no sistema e que, quando termina o período de lay-o- ff, ficam sem o seguro-desemprego caso sejam demitidos ”, disse Miguel Torres, presidente da Central. Pela última proposta debatida com o governo, o programa poderá ter vigência de até seis meses, po- dendo ser prorrogado por mais seis mediante novo acordo. A jornada de trabalho e os salários poderão ser reduzidos, no máximo, em 30%. O valor a ser pago pelo empregador, após a redução salarial, não poderá ser inferior ao salário mínimo. Ha- verá uma complementação de 50% do valor que foi reduzido, limitado ao teto da parcela do seguro-de- semprego. O presidente da Força Sindical deixou claro que nenhum ponto da proposta do governo foi aceito pe- las Centrais, que estão debatendo o programa com suas bases. “Quere- mos tirar as dúvidas porque todos vão precisar. Todas as categorias estão enfrentando problemas por- que a crise se aprofundou muito. Mas a última palavra será sempre do Sindicato”, afirma Miguel. Na reunião, o presidente da Força Sindical-MG, Vandeir Messias Alves, propôs algumas mudanças nas pro- postas do governo, como por exem- plo no valor a ser pago pelo empre- gador, que após a redução salarial não poderá ser inferior aos pisos das categorias, e não ao salário mínimo, como quer o governo. E que esta re- dução não seja aplicada sobre férias, 13º etc, além de a diminuição nos salários ter de ser aplicada de cima para baixo. Mobilização dos trabalhadores da Saúde no Congresso Nacional, em Brasília 80TOQUES Publieditorial Além da São Paulo, as Centrais realizarão manifestações também em Salvador (BA), Goiânia (GO) e Brasília (DF) Hoje começa a reunião da equipe econômica do governo, para decidir se a taxa Selic será mantida, reduzi- da ou aumentada (a última alterna- tiva é a mais provável). A reunião só termina amanhã, com o anúncio da taxa de juros. Paralelamente à reunião, a For- ça Sindical e as demais Centrais, ao lado de movimentos sociais, estarão promovendo uma série de manifes- tações de protesto contra os altos juros e em favor do emprego. As ma- nifestações acontecerão em frente aos prédios do Banco Central em São Paulo, Brasília e Salvador, e em frente à Superintendência da Fazenda, em Goiânia (lembramos que, na última reunião do Copom, nos dias 28 e 29 de abril, os juros chegaram a 13,25% ao ano). Com os juros altos o governo quer conter a inflação, restringindo o con- sumo por meio do encarecimento do crédito. Só que, mesmo assim, a inflação está aí, firme e forte. As úni- cas coisas que os juros efetivamente estão trazendo são a deterioração da indústria nacional, o estrangulamen- to da produção, a inibição do con- sumo, queda nos investimentos e o aumento do desemprego, frustrando tanto os trabalhadores quanto o se- tor produtivo e aprofundando a crise econômica. Em resumo: estamos nas ruas por um País melhor, por uma distribui- ção de renda justa, por menos juros e mais empregos. Os trabalhado- res não podem arcar com o ônus de uma crise que eles não provocaram. E esta luta é de todo o povo brasileiro! Miguel Torres Presidente da Força Sindical Juros: uma luta do povo brasileiro! OPINIÃO PROTESTOS Sindicalistas cobram medidas voltadas ao desenvolvimento econômico Foto: Jaélcio Santana Foto: Jaélcio Santana Centrais realizam ato contra juros altos e desemprego SINDICALIZE-SE PARTICIPE DO SEU SINDICATO! ALTERNATIVAS AO LAY-OFF Sindicalistas debatem crise na economia Miguel: “Queremos uma alternativa ao lay-off, uma medida bastante prejudicial” youtube.com/user/centralsindical facebook.com/CentralSindical flickr.com/photos/forca_sindical [email protected] twitter.com/centralsindical fsindical.org.br

Página Sindical do Diário de São Paulo - Força Sindical - 02 de junho de 2015

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Page 1: Página Sindical do Diário de São Paulo - Força Sindical - 02 de junho de 2015

Trabalho

As Centrais Força Sindical, CUT, UGT, Nova Central, CSB, CTB e

CGTB, além de representantes de movimentos sociais, realizam hoje (2), em frente ao Banco Central (BC), em São Paulo (av. Paulista, 1.804), às 10 horas, ato contra os juros altos e o desemprego.

O protesto será realizado no dia em que o Copom, órgão do BC, inicia a reu-nião para decidir sobre a nova taxa de juros, que hoje está em 13,25%. A reu-nião será concluída amanhã (3), quan-do será divulgada a taxa Selic.

Durante o ato, os sindicalistas tam-bém cobrarão medidas contra o de-semprego e pela criação de outras que promovam o crescimento econômico. “Juros altos e a crise afetam todos os trabalhadores”, afi rma Miguel Torres, presidente da Força Sindical.

Miguel explica que quem está em-pregado teve de cortar gastos (alguns essenciais, como o consumo de ali-mentos) para manter as contas em dia. Os desempregados demoram a arru-mar emprego, e os jovens que com-pletam 16 anos terão mais difi culdades para ingressar no mercado.

“Os juros altos prejudicam o cresci-mento da economia porque reduzem o consumo, a produção e os postos de trabalho”, destaca Miguel. “Precisa-mos de ações que fortaleçam a indús-tria nacional, com geração de empre-gos de qualidade”, declara.

Além de São Paulo, as Centrais tam-bém realizarão atos em Brasília (8:30 horas), Goiânia (9 horas) e Salvador (16 horas). Carlos Cavalcanti Lacer-da, secretário de Relações Institucio-nais da Central, que organiza o ato em Brasília, ressalta que os trabalhadores não vão aceitar calados os aumentos nos juros. “Exigimos a queda dos juros para fomentar a produção e gerar em-pregos”, disse.

Dirigentes da Força Sindical deba-teram ontem (1) o Programa de Pro-teção ao Emprego, uma alternativa ao lay-off que as Centrais Sindicais estão negociando com o gover-no. “Queremos ter uma alternativa ao lay-off , uma medida prejudicial já que usa o seguro-desemprego para pagar os trabalhadores que es-tão enquadrados no sistema e que, quando termina o período de lay-o-ff , fi cam sem o seguro-desemprego caso sejam demitidos ”, disse Miguel Torres, presidente da Central.

Pela última proposta debatida com o governo, o programa poderá ter vigência de até seis meses, po-dendo ser prorrogado por mais seis mediante novo acordo. A jornada de trabalho e os salários poderão ser reduzidos, no máximo, em 30%. O valor a ser pago pelo empregador, após a redução salarial, não poderá ser inferior ao salário mínimo. Ha-verá uma complementação de 50% do valor que foi reduzido, limitado

ao teto da parcela do seguro-de-semprego.

O presidente da Força Sindical deixou claro que nenhum ponto da proposta do governo foi aceito pe-las Centrais, que estão debatendo o programa com suas bases. “Quere-mos tirar as dúvidas porque todos vão precisar. Todas as categorias estão enfrentando problemas por-que a crise se aprofundou muito. Mas a última palavra será sempre do Sindicato”, afi rma Miguel.

Na reunião, o presidente da Força Sindical-MG, Vandeir Messias Alves, propôs algumas mudanças nas pro-postas do governo, como por exem-plo no valor a ser pago pelo empre-gador, que após a redução salarial não poderá ser inferior aos pisos das categorias, e não ao salário mínimo, como quer o governo. E que esta re-dução não seja aplicada sobre férias, 13º etc, além de a diminuição nos salários ter de ser aplicada de cima para baixo.

Mobilização dos trabalhadores da Saúde no Congresso Nacional, em Brasília 80TOQUES

Publieditorial

Além da São Paulo, as Centrais realizarão manifestações também em Salvador (BA), Goiânia (GO) e Brasília (DF)

Hoje começa a reunião da equipe econômica do governo, para decidir se a taxa Selic será mantida, reduzi-da ou aumentada (a última alterna-tiva é a mais provável). A reunião só termina amanhã, com o anúncio da taxa de juros.

Paralelamente à reunião, a For-ça Sindical e as demais Centrais, ao lado de movimentos sociais, estarão promovendo uma série de manifes-tações de protesto contra os altos juros e em favor do emprego. As ma-nifestações acontecerão em frente aos prédios do Banco Central em São Paulo, Brasília e Salvador, e em frente à Superintendência da Fazenda, em Goiânia (lembramos que, na última reunião do Copom, nos dias 28 e 29 de abril, os juros chegaram a 13,25% ao ano).

Com os juros altos o governo quer conter a infl ação, restringindo o con-sumo por meio do encarecimento do crédito. Só que, mesmo assim, a infl ação está aí, fi rme e forte. As úni-cas coisas que os juros efetivamente estão trazendo são a deterioração da indústria nacional, o estrangulamen-to da produção, a inibição do con-sumo, queda nos investimentos e o aumento do desemprego, frustrando tanto os trabalhadores quanto o se-tor produtivo e aprofundando a crise econômica.

Em resumo: estamos nas ruas por um País melhor, por uma distribui-ção de renda justa, por menos juros e mais empregos. Os trabalhado-res não podem arcar com o ônus de uma crise que eles não provocaram. E esta luta é de todo o povo brasileiro!

Miguel TorresPresidente

da Força Sindical

Juros: uma luta do povo brasileiro!

OPINIÃO

Miguel Torres

PROTESTOS

Sindicalistas cobram medidas voltadas ao desenvolvimento econômico

Foto: Jaélcio Santana

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Centrais realizam ato contra juros altos e desemprego

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Sindicalistas debatem crise na economia

Miguel: “Queremos uma alternativa ao lay-off , uma medida bastante prejudicial”

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