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Os PCN’s e as Línguas Estrangeiras Modernas no Ensino Médio: Apreciação crítica dos documentos. Alunos: Eduardo Humberto Laísa Pereira Sousa

Os PCN’s e as Línguas Estrangeiras Modernas No

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Análise dos PCN's

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Os PCN’s e as Línguas Estrangeiras Modernas no

Ensino Médio:Apreciação crítica dos documentos.

Alunos: Eduardo Humberto

Laísa Pereira Sousa

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ObjetivosSintetizar pontos relevantes quanto ao que

apresentam os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN’s – quanto ao ensino de Línguas Estrangeiras Modernas no Ensino Médio.

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SínteseCom relação as Línguas Estrangeiras

Modernas – LEM – os PCN’s se dividem em dois eixos de observações. O primeiro diz respeito à validade do ensino de línguas estrangeiras no Brasil, sua trajetória, e as novas concepções pensadas para sua remodulação no ensino médio. O segundo aborda as competências e as habilidades a serem desenvolvidas no ensino de LE.

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Primeiro Eixo – (Re)Visão panorâmica do ensino de LEM no ensino médio

A nova formulação dos PCN’s levou em conta os insucessos dos anos anteriores e culminou na adoção do caráter prático da língua.

“... embora a legislação da primeira metade deste século já indicasse o caráter prático que deveria possuir o ensino das línguas estrangeiras vivas, nem sempre isso ocorreu. Fatores como o reduzido número de horas reservado ao estudo das línguas estrangeiras e a carência de professores com formação linguística e pedagógica, por exemplo, foram os responsáveis pela não aplicação efetiva dos textos legais. (2000, p. 25).”

Devido ao reconhecimento de sua importância as LEM são integradas dentro de uma área de conhecimentos. Ademais, os documentos passam a reconhecer suas funções dentro da comunicação humana.

“Ao figurarem inseridas numa grande área - Linguagens, Códigos e suas Tecnologias -, as Línguas Estrangeiras Modernas assumem a sua função intrínseca que, durante muito tempo, esteve camuflada: a de serem veículos fundamentais na comunicação entre os homens. (2000, p. 26).”

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As línguas passam a serem estudadas, não com base em métodos que visem saber mais sobre a língua do que a língua em si, mas com base nos que visem a abordagem da comunicação. “Nessa linha de pensamento, deixa de ter sentido o ensino de línguas que objetiva apenas o

conhecimento metalingüístico e o domínio consciente de regras gramaticais que permitem, quando muito, alcançar resultados puramente medianos em exames escritos. ( 2000, p. 26).”

Os documentos descrevem o objetivo maior do ensino médio, relacionando-o com o ensino de LEM. Segundo esses a escola forma profissionais para o mercado de trabalho e, por tanto, o idioma que integrará o currículo da escola deve atentar-se às necessidades da região da mesma. “... o Ensino Médio possui, entre suas funções, um compromisso com a educação para o

trabalho. Daí não pode ser ignorado tal contexto, na medida em que, no Brasil atual, é de domínio público a grande importância que o inglês e o espanhol têm na vida profissional das pessoas. Torna-se, pois, imprescindível incorporar as necessidades da realidade ao currículo escolar de forma a que os alunos tenham acesso, no Ensino Médio, àqueles conhecimentos que, de forma mais ou menos imediata, serão exigidos pelo mercado de trabalho. (2000, p. 27).”

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Os documentos propõem a reforma no ensino de línguas no país, com o intuito de aproveitar os aspectos positivos do ensino. Ademais, a comunicação é posta como fator chave desta proposta, pois confere significância ao ensino de línguas, não deixando-a como uma disciplina a mais no currículo.

“Convém, pois, ao inserir um ou mais idiomas estrangeiros na grade curricular, procurar aproveitar os pontos positivos dessas e de outras experiências semelhantes, no sentido de que o Ensino Médio passe a organizar seus cursos de Línguas objetivando tornar-se algo útil e significativo, em vez de representar apenas uma disciplina a mais na grade curricular. (2000, p.28).”

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Segundo eixo – As competências a serem desenvolvidas

Retoma o termo ‘significativo’ com respeito à aprendizagem de línguas estrangeiras. A noção de habilidade é substituída pela de competência por sua adequação no que tange a relevância para aprender língua. “Ao pensar-se numa aprendizagem significativa, é necessário considerar os motivos

pelos quais é importante conhecer-se uma ou mais línguas estrangeiras ... A competência comunicativa só poderá ser alcançada se, num curso de línguas, forem desenvolvidas as demais competências que a integram, ... (2000, p. 28).”

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Compr. escrita Compr. oral Prod. escrita Prod. oral

Analisar os recursos expressivos da linguagem verbal, relacionando textos/contextos mediante a natureza, função, organização, estrutura, de acordo com as condições de produção/recepção.

Saber distinguir entre as variantes linguísticas.

Compreender de que forma determinada expressão pode ser interpretada em razão de aspectos sociais e/ou culturais.

Escolher o registro adequado à situação na qual se processa a situação

Compreender de que forma determinada expressão pode ser interpretada em razão de aspectos sociais e/ou culturais.

Utilizar os mecanismos de coerência e coesão na produção em língua estrangeira.

Escolher o vocábulo que melhor reflita a ideia que pretenda comunicar.

Utilizar os mecanismos de coerência e coesão na produção em língua estrangeira.

Quanto às competências orais e escritas, pode-se representá-las da seguinte forma:

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O ensino de língua estrangeira deve ser interdisciplinar, mesclando-se entre as outras áreas e disciplinas do currículo. “... além de trabalhar-se um conteúdo relacionado à competência gramatical,

estará sendo desenvolvida, simultaneamente, a competência sociolinguística, posto que aspectos sociais e culturais obrigatoriamente serão abordados.(2000, p. 30).”

Em suma, como bem dizem os documentos: “... é preciso pensar-se o ensino e a aprendizagem das Línguas Estrangeiras

Modernas no Ensino Médio em termos de competências abrangentes e não estáticas, uma vez que uma língua é o veículo de comunicação de um povo por excelência e é através de sua forma de expressar-se que esse povo transmite sua cultura, suas tradições e seus conhecimentos (2000, p. 30).”

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Algumas considerações...“Este trabalho nos possibilitou perceber que, em parte, que alguns professores de LE ainda não possuem o conhecimento suficiente

do que propõem os PCNs, e quando os conhecem, não conseguem colocá-los em prática de forma efetiva, por vários motivos. Um deles são os poucos períodos semanais em cada turma, o que dificulta um trabalho mais dinâmico e contextualizado. Outro ponto negativo observado é a carência de professores, uma vez que, na maior escola estadual da cidade, há apenas dois professores para atender diversas turmas em três turnos.”

“ Um aspecto positivo a se considerar, é que, diferente do que se supunha, os professores entrevistados demonstraram algum conhecimento dos PCNs, mesmo que não aprofundado.”

DIAS, Clarissa Nicolodi ; SOUZA, Antônio Escandiel de. O Ensino Da Língua Estrangeira Na Escola Pública E As Proposições Dos Parâmetros Curriculares Nacionais (Pcns): Um Estudo Reflexivo.

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Referência Bibliográfica DIAS, Clarissa Nicolodi ; SOUZA, Antônio Escandiel de. O Ensino Da Língua Estrangeira Na Escola Pública E

As Proposições Dos Parâmetros Curriculares Nacionais (Pcns): Um Estudo Reflexivo. Disponível em: http://www.letras.ufscar.br/linguasagem/edicao20/reflexoes/001.pdf , acessado em 15 de outubro de 2015.

MURRIE, Zuleika Felice (org.). Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Brasília: MEC, 2000.