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OS EFEITOS DO TREINAMENTO FUNCIONAL NA CAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSOS
Luiz Ricardo de Lima Souza Aluno concluinte do CEDF/UEPA
[email protected] Évitom Corrêa de Sousa
Professor orientador do CEDF/UEPA [email protected]
Resumo A pesquisa trata-se de uma revisão bibliográfica com as seguintes temáticas: Treinamento Funcional (TF), Capacidade Funcional (CF) e Envelhecimento. Este estudo tem como objetivo apontar os efeitos do TF na melhoria e manutenção da CF de idosos, analisados a partir de artigos em revistas científicas associadas ao periódico da Qualis Capes, alguns artigos suplementares e livros sob o olhar de diferentes autores da área do treinamento. Exemplificou-se estratégias e/ou possibilidades do TF otimizar os níveis de funcionalidade necessárias aos idosos. Abordou-se, também, algumas discussões a cerca da diferenciação do TF e o treinamento de força tradicional e suas relações com a força muscular, o equilíbrio, a propriocepção e a flexibilidade relacionadas à CF de idosos, além de apontar curiosidades sobre o core training e desmistificar mitos desta área. Conclui-se que tanto o treinamento de força, quanto o TF proporcionam excelentes condições de desenvolver a CF de idosos, diminuindo os efeitos deletérios do envelhecimento, através do restabelecimento das variáveis da aptidão física. Palavras-chave: Treinamento Funcional. Capacidade Funcional. Envelhecimento. INTRODUÇÃO
A incidência de doenças crônicas, assim como a população da terceira
idade vem aumentando consideravelmente. As doenças crônicas têm
acometido principalmente a população idosa causando limitações funcionais
(MANTOVANI, 2007; ALVES, 2007; MATSUDO, 2001).
Anualmente, cerca de 650 mil novos idosos são inseridos na população
brasileira, alguns com limitações funcionais e a maioria com doenças crônicas.
Em decorrência da violência e outros problemas socioeconômicos, os jovens
estão morrendo precocemente e os idosos estão atingindo idades cada vez
maiores, principalmente pelos avanços da medicina, notadamente, em países
desenvolvidos. Possibilitando assim, o aparecimento de doenças crônicas que
perduram por anos na sociedade, necessitando de gastos com medicação,
2
cuidados constantes e exames periódicos. O número de idosos no Brasil
cresceu cerca de 700% em menos de 50 anos, passou de 3 milhões, em 1960,
para 7 milhões, em 1975, e 20 milhões em 2008, tornando assim, o Brasil
conhecido como um” jovem país de cabelos brancos” (VERAS, 2009).
A limitação funcional ou incapacidade funcional caracteriza-se pela
dificuldade no desempenho de alguns gestos e atividades diárias na vida dos
idosos. Portanto, a ausência da Capacidade Funcional (CF) refere-se à
dificuldade de realizar tarefas do cotidiano de forma autônoma, tornando-os
mais independentes e alcançando melhorias na qualidade de vida (FRANCHI
et al., 2008; ROSA et al., 2003).
O envelhecimento pode ser definido como um processo dinâmico e
progressivo, que gera alterações morfológicas, funcionais e bioquímicas. De
acordo com alguns gerontólogos, acredita-se que a perda de qualidade de vida
dos idosos no Brasil é causada pelo estilo de vida sedentário, ocorrendo uma
diminuição de variáveis importantes para a sua melhoria funcional, como: força,
potência, flexibilidade e equilíbrio. (GLERIA; SANDOVAL, 2011 apud
BANDEIRA, 2009; REBELATTO, 2006; PEREIRA; TEIXEIRA; ETCHEPARE,
2006; OSUTO).
Nessa perspectiva, apontam-se déficits funcionais que acompanham o
processo de envelhecimento, caracterizado pela perda de força muscular,
potência, flexibilidade, equilíbrio, entre outros fatores que estão relacionados à
funcionalidade do ser humano. E essa funcionalidade, principalmente em
idosos, será gradativamente reduzida durante a vida, caso não seja estimulada
adequadamente através de atividades físicas frequentes (REBELATTO, 2006).
Tem sido recomendado que o idoso pratique atividade física como forma
de manter sua funcionalidade. Dentre as atividades mais praticadas,
encontram-se a ginástica, caminhada, hidroginástica, dança, dentre outras.
Entretanto, na atualidade, uma das alternativas para atingir melhorias na
funcionalidade é a utilização do Treinamento Funcional (TF) (MONTEIRO;
EVANGELISTA, 2012; PEREIRA, 2009).
O TF pode ser entendido como uma modalidade do treinamento
resistido, portanto, utilizar o treinamento resistido com o objetivo de melhorar
algumas atividades como o equilíbrio, força muscular, potência, coordenação
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motora e flexibilidade através do TF é proporcionar ao idoso uma possibilidade
de adquirir capacidades funcionais perdidas durante o processo de
envelhecimento. Este trabalho específico, assim como outros tipos de
treinamento, trazem uma melhora na eficiência morfológica e funcional de
idosos, no entanto o TF gera melhores resultados no desempenho e na
independência dos idosos nas atividades de vida diárias, proporcionando aos
mesmos, mais qualidade de vida.
A pesquisa trata de um estudo bibliográfico, exploratório e descritivo de
abordagem quantitativa e enfoque epistemológico nomotético (GIL, 2010). A
amostra foi composta por artigos publicados e disponíveis na íntegra, em
português e inglês entre 1997-2013 e artigos suplementares. Foram critérios de
exclusão, a falta do artigo na íntegra “online” e a completa ausência dos
descritores citados anteriormente. Os artigos foram lidos e examinados, e
aqueles que atendiam aos objetivos propostos, foram incluídos.
O referente estudo apresentará, de forma objetiva, a busca dos efeitos
deste tipo de treinamento para a melhoria da CF, apontados por diversos
autores da área do treinamento.
1 O ENVELHECIMENTO
A expectativa de vida no mundo se elevou de 46,5 anos (1950-1955)
para 66 anos (2000-2005), isto se dá pela queda da taxa de natalidade e o
declínio da taxa de mortalidade. A longevidade só aumenta no mundo e o
número de idosos nos países desenvolvidos possivelmente chegará a setenta
milhões no ano de 2030 (PAULA, 2010).
Antes de entendermos o envelhecimento, devemos saber o que é
qualidade de vida e quais relações se dá com a saúde do idoso. Paula (2010,
apud LEFÉVRE; LEFRÉVE, 2004) aponta que a saúde não é um termo óbvio,
evidente e muito menos autoexplicativo, a saúde não é só a ausência de
doença, mas sim, estar em harmonia consigo e com o meio. A Organização
Mundial de Saúde (OMS), em 1948, traz o conceito de saúde: “o estado, do
mais completo bem-estar físico, mental e social”.
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Oficialmente, o idoso é caracterizado quando atinge idade igual ou
superior a 65 anos, resididos em países desenvolvidos e 60 anos ou mais em
países em desenvolvimento (WHO, 2005; CARVALHO; FORTI, 2008 apud
PIRES; MATIELO JR; GONÇALVES, 1998; MINAYO; HARTZ; BUSS, 2000;
MAZO; LOPES; BENEDETTI, 2001).
O envelhecimento é uma experiência heterogênea, diferenciando-se de
um ser humano para outro, não estando claro como se comporta o nosso corpo
neste processo, principalmente na sociedade brasileira que apresenta tantas
desigualdades sociais e regionais, relacionadas às condições de nutrição,
atividade física e meio ambiente. A principal característica do processo de
envelhecimento é o declínio, normalmente físico, que ocasiona alterações
sociais e psicológicas (MANTOVANI, 2007).
Dentre as correntes teóricas que estudam o envelhecimento, existem
algumas teorias que explicam este fenômeno, no entanto, duas linhas têm
destaque na comunidade científica. Uma defende que seu início dá-se antes do
nascimento, na vida intrauterina e continua ao longo de toda a vida. Já a
segunda, aponta que as perdas funcionais, características desse processo de
envelhecimento, iniciam-se após a maturação sexual e o período de
crescimento, prolongando-se por toda vida e em todos os membros daquela
espécie. (CARVALHO; FORTI, 2008 apud HAYFLICK, 1996; MATSUDO,
2001).
Com o processo de envelhecimento, inicia-se também o declínio
funcional do indivíduo com algumas alterações no organismo. Como por
exemplo, alterações antropométricas, articulares, auditivas, celulares,
cardiovasculares, digestivas, endócrinas, hepáticas, imunológicas,
reprodutoras, musculares, urinárias, nervosas, respiratórias, visuais, ósseas,
psicológicas e até mesmo na pele e nos pelos (BERTANI, CAMPOS,
CORAUCCI NETO, 2010; MANTOVANI, 2007, MATSUDO, 2001).
Com relação às alterações antropométricas, evidencia-se um aumento
do tecido adiposo distribuídos, centripetamente, no subcutâneo do tronco, ao
redor das vísceras e dos órgãos. Além de ocorrer à diminuição da massa
corpórea após os 60 anos de idade e da estatura do indivíduo que ao passar
dos anos pode permanecer inalterada até os 40 anos de idade. Para ocorrer
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esses acontecimentos é importante ressaltar fatores que se relacionam a essas
perdas, como: sedentarismo, fatores sociais, alterações morfológicas e o
catabolismo que está relacionado às doenças agudas e algumas doenças
crônicas. (BERTANI; CAMPOS; CORAUCCI NETO, 2010; MATSUDO, 2001).
Prosseguindo com as alterações provocadas pelo processo de
envelhecimento, citam-se as mais importantes relacionadas ao foco da
pesquisa onde se trata do equilíbrio, risco de quedas e sustentação do corpo:
musculares e ósseas.
A alteração muscular ocorre entre os 25 e 65 anos com uma diminuição
gradativa de massa magra (toda composição corporal, exceto gordura) por
conta das perdas de massa óssea, no músculo esquelético e de água corporal.
Sabe-se que o músculo é quem sofre a maior perda no processo de
envelhecimento (aproximadamente 40%). As principais causas para essa perda
muscular são apontadas com a diminuição nos níveis de hormônios de
crescimento induzidas pelo processo de envelhecimento e a diminuição no
nível de atividade física. Porém, não podemos deixar de citar outros fatores,
como: nutricionais, hormonais, endócrinos, neurológicos, entre outros
(MATSUDO, 2001).
A perda gradativa da massa do músculo esquelético e da força
ocorrendo com o avanço da idade, denomina-se sarcopenia. Esta perda
acontece em duas fases: uma mais lenta, entre 25 e 50 anos com decréscimo
em torno de 10% e uma mais rápida, entre os 50 e 80 anos com decréscimo
em torno de 40% (GLERIA; SANDOVAL, 2011 apud MORAIS, 2005; PAULA,
2010; TERNES; ZABOT, 2009; MATSUDO, 2001).
Para Bertani, Campos e Coraucci Neto (2010), a sarcopenia é
considerada a principal responsável pela deterioração da CF e mobilidade dos
senescentes, sendo repercutidas na saúde pública no mundo inteiro,
ocasionando consequências negativas no seu andar e equilíbrio, e ainda,
aumentando o maior risco de quedas e possíveis fraturas, a perda da
autonomia e o risco de desenvolver doenças crônicas, como a diabetes,
obesidade, osteoporose, hipertensão, etc.
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O fato é que o “envelhecer” é inevitável, Matsudo (2001) aponta como
devemos pensar este fato, que não só existem elementos negativos com
perdas e disfunções, mas sim positivos também com a maturidade humana.
2 CAPACIDADE FUNCIONAL
Para Andreotti; Okuma (1999) apud Spirduso (1995) os idosos são
classificados em níveis de CF, desde fisicamente dependentes até idosos
atletas.
É importante ressaltar o conceito de CF, definida por Bertani; Campos;
Coraucci Neto (2010) como a potencialidade de um indivíduo desempenhar
com eficiência, autonomia, independência e baixo risco de lesões às atividades
do dia-a-dia.
O acometimento nos idosos das chamadas incapacidades funcionais,
diminuem a independência e autonomia, tornando as tarefas diárias difíceis de
serem executadas (ROSA et al., 2009 apud SAYEG; MESQUITA, 2002).
Para Rosa et al. (2003, p. 41) “A incapacidade funcional define-se pela
presença de dificuldade no desempenho de certos gestos e certas atividades
da vida cotidiana ou mesmo pela impossibilidade de desempenhá-las”. E, pode
também ser caracterizada como uma dificuldade de realizar tarefas da vida
diária do indivíduo, buscando a sua independência de vida em sociedade. Já, a
CF é a potencialidade do indivíduo em realizar estas tarefas do cotidiano, sem
necessitar de nenhum tipo de auxílio, proporcionando maior qualidade de vida
(ALVES et al., 2007).
A principal hipótese é de que a CF é influenciada por fatores
demográficos, socioeconômicos, psicossociais e culturais. E por meio disto,
percebe-se a relação do comportamento com o estilo de vida, como ingerir
bebidas alcoólicas, fumar, fazer exercícios físicos, padecer de estresses
agudos ou crônicos, manter relações sociais como fatores explicativos da CF
(ROSA et al., 2003).
A CF torna-se um novo componente no modelo de saúde dos idosos,
pois envelhecer mantendo os níveis funcionais diminui os problemas na
velhice. Além disso, o comprometimento da CF influencia diretamente à família,
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a comunidade, o sistema de saúde e até mesmo o próprio idoso, pois o grau de
dependência na terceira idade auxiliada pela incapacidade contribui para
diminuição do bem-estar e qualidade de vida dos idosos (ALVES et al., 2007).
No entanto, outros autores apontam que a CF é uma importante
habilidade apresentada pela aptidão física em exercer tarefas que podem
garantir uma independência física e funcional e o bem estar global
(CARVALHO; ASSINI, 2008).
A aptidão física defini-se também como a capacidade de desempenhar
tarefas naturais e ou adquiridas por algum indivíduo, abordadas de duas
formas: aptidão física relacionada as habilidade esportivas e aptidão física
relacionada a saúde (GLANER, 2002 apud CASPERSEN; POWELL;
CHRISTENSON, 1985).
Segundo Marruci e Barbosa (2003 apud BILL et al., 2000; BENN et al.,
1996; BASSEY et al., 1992; BADLEY et al., 1984) apontam que a falta de CF
influi negativamente, devido ao aumento da dificuldade de realização e
execução no desenvolvimento de capacidades físicas, decorrentes do
envelhecimento. Indivíduos com baixo nível de força, equilíbrio e flexibilidade
apresentam níveis de CF inferiores aos demais, portanto esses indivíduos não
apresentam aptidão física necessária para executar tarefas importantes de sua
independência funcional (PARTAMIAN; ALMEIDA, 2008).
A flexibilidade caracteriza-se como uma valência física relacionada à CF
dos idosos e defini-se como qualidade motriz que depende da elasticidade
muscular e da mobilidade articular, expressa pela máxima amplitude de
movimentos necessária para a perfeita execução de qualquer atividade física
eletiva, sem que ocorram lesões anatomopatológicas (LEITE; NONAKA, 2009
apud FARINATTI, 2000).
Já a força muscular, considerada um dos componentes mais importantes
da aptidão física, pois na sua ausência os indivíduos não conseguem executar
nenhum movimento, nem se quer manter-se em pé (LEITE; NONAKA, 2009).
Para Fleck e Kraemer (1999, apud KNUTTGEN; KRAEMER, 1987, p. 20), força
muscular caracteriza-se pela “quantidade máxima de força que um músculo
pode gerar em um padrão específico de movimento e em uma determinada
velocidade de movimento”.
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Em indivíduos sedentários, observou-se que entre 20 e 30 anos atingem
um pico de força, que tende a cair gradativamente nos próximos 20 anos. A
perda de força muscular é percebida com maior grau de intensidade a partir
dos 65-70 anos, acometendo graves consequências motoras. Harries e Bassey
(1990) apontam um declínio de 15 % entre 60 e 70 anos, e após os 70 anos,
30% da força máxima é reduzida individualmente a cada década (REBELATTO
et al., 2006).
Esta perda de força muscular causa limitações funcionais nos idosos,
podendo ocorrer quadros patológicos associados ao crescimento da
mortalidade e morbidade, consequentemente, reduzindo os níveis de CF
necessários para desempenhar o mínimo de atividades independentes
(CARVALHO; SOARES, 2004).
Outro componente da aptidão física relacionado à funcionalidade e
saúde dos idosos é o equilíbrio, que é afetado sobre maneira pela redução da
força dos membros inferiores. No entanto, alguns fatores decorrentes do
processo de envelhecimento podem afetar a manutenção do equilíbrio (estático
e dinâmico), como: a deteriorização da visão e dos sistemas vestibular e
somatosensorial (CARVALHO; SOARES, 2004).
Entre 65 e 75 anos de idade, cerca de 30% dos idosos apresentam
sintomas de desequilíbrio, que é um dos principais fatores limitantes para a
realização correta das atividades funcionais pelos idosos. Pelo menos uma vez
por ano ocorrem quedas com essa população, portanto quanto maior a idade,
menor os níveis de equilíbrio e, consequentemente, maior será o risco de
acidentes (GLERIA; SANDOVAL, 2011 apud SILVA, 2008; RUWER; ROSSI;
SIMON, 2005; BOMFIM, 2004).
Contudo, a não otimização das variáveis relacionadas à CF é uma das
maiores causas de morte, hospitalização e morbidade na população idosa
acometendo mais lesões físicas e sequelas psicológicas. Representadas pelos
acidentes corriqueiros com este público em suas tarefas do dia-a-dia,
atribuindo-lhes uma condição comum que se associa com a diminuição da
mobilidade e um crescente risco de incapacidades funcionais (GOULART et al.,
2003).
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3 TREINAMENTO FUNCIONAL
Para muitos, TF é só um método de treinamento que visa à reabilitação
do aluno e ou paciente, afim de simplesmente recuperá-lo de algum tipo de
lesão ou trauma crônico. Entretanto, este método prescrito por professores de
educação física geram adaptações positivas no desempenho das atividades
laborais, do cotidiano, e em atividades esportivas.
O TF define-se como um novo conceito de treinamento especializado de
força, que se utilizam do próprio corpo como instrumento de trabalho e até
mesmo de outros recursos como, bolas suíças, elásticos, entre outros
instrumentos que causam instabilidades e desequilíbrios, causando benefícios
na propriocepção, força, flexibilidade, resistência muscular, coordenação
motora, equilíbrio e condicionamento cardiovascular (MONTEIRO;
EVANGELISTA, 2012; GLÉRIA; SANDOVAL, 2011 apud CAMPOS;
CORAUCCI NETO, 2004).
Este tipo de treinamento é definido como movimentos integrados,
multiplanares, que envolvem estabilização e produção de força. Mais
precisamente, são exercícios que mobilizam mais de um segmento ao mesmo
tempo, podendo ser realizados em diferentes planos e que também envolvem
em diferentes ações musculares (excêntrica, concêntrica e isométrica).
Utilizados em ambientes que possuam bases de suportes irregulares, como:
areia, pisos escorregadios, depressões no solo, step’s, minicama elástica, etc.
(MONTEIRO; EVANGELISTA, 2012; PEREIRA, 2009).
Desta maneira, entendemos que o TF é o método mais atual para obter
saúde geral e melhoria do condicionamento físico enfatizando o aprimoramento
da CF. Assim como em todos os tipos de treinamento deve-se respeitar os
princípios fundamentais do treinamento, e neste método de treinamento
especializado, chamaremos atenção para dois: a individualidade biológica e a
especificidade do treinamento. A observação adequada desses princípios torna
o TF mais eficiente e seguro em todos os aspectos (MONTEIRO;
EVANGELISTA, 2012; BERTANI; CAMPOS; CORAUCCI NETO, 2010).
Segundo Monteiro e Evangelista (2012) existe um núcleo que é a base
para todos os movimentos do corpo humano, este centro localiza-se nas
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proximidades da região lombo-sacra, a onde estão localizados um grupo com
29 músculos chamados de core, que promovem sustentabilidade da coluna
vertebral, da postura e de órgão internos.
Os músculos que compõem o core divide-se em dois grupos: internos
(transverso do abdômen, oblíquo interno, multifídio e os transversos espinhais
lombares e externos (reto do abdominal, oblíquo externo, eretores da coluna,
quadrado lombar, complexo adutor, quadríceps, isquiotibiais e glúteo máximo).
O core mantém o alinhamento postural e auxilia o equilíbrio postural dinâmico
durante as atividades funcionais (MONTEIRO; EVANGELISTA, 2012).
A instabilidade postural é uma das infinitas maneiras de se treinar a
região do core, e com essa instabilidade o corpo acaba, naturalmente,
estimulando adaptações neuromusculares pra a região do core. É por isso que
boa parte dos sistemas de core training trabalha com movimentos que incluem
instabilidade com instrumentos do tipo: Bola Suíça, Bosu, Liga, Corda, Banco
Rampa, etc. (MONTEIRO; EVANGELISTA, 2012; COUTINHO, 2011).
4 ANÁLISE E RESULTADOS
O TF tem como particularidade o treinamento do core (core training) que
pode trazer diversos benefícios aos idosos, pois se trata de um treinamento
diferenciado que proporciona recrutamento neural mais eficiente, a ativação do
sistema nervoso central com mais rapidez, uma melhor sincronização das
unidades motoras, uma redução dos reflexos neurais inibitórios e a estabilidade
postural, que através da ativação dos músculos da coluna vertebral combinado
com a capacidade de controle neural, e com isto, mantendo a amplitude dos
músculos paravertebrais dentro de um limite de segurança para permitir
atividades a serem realizadas durante a vida diária e/ou esportivas (HIBBS et
al., 2008).
Em relação aos músculos do core aponta-se uma curiosidade importante
de como se comportam durante a realização de algum movimento no corpo
humano. A musculatura envolvente da coluna vertebral responde antes mesmo que os músculos dos membros superiores e inferiores atuem durante os exercícios. Esta antecipação é pensada, justamente, para
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contribuir em uma estabilização da coluna vertebral, favorecendo em termos de
suporte físico contra as forças resultantes do movimento do corpo (HODGES;
RICHARDSON, 1999; HODGES; RICHARDSON, 1997).
A relação entre o início de execução dos membros superiores ou
inferiores, como o músculo deltóide e a atividade postural do reto abdominal,
oblíquo externo, oblíquo interno, transverso abdominal, eretores da espinha,
entre outros, com todos os níveis de direção do movimento é consistente com o
modelo hierárquico de coordenação entre o comando para os movimentos dos
membros e a antecipatória resposta postural. O tempo de reação de ambos os
grupos musculares sugere que a resposta postural pode ser controlada pelo
comando motor da execução dos movimentos dos membros (ALLISON;
MORRIS; LAY, 2008; HODGES; RICHARDSON, 1999).
O momento do aparecimento da “ativação” antecipatória postural da
musculatura abdominal é especifica a direção do movimento do membro, desta
forma, entre o comando para os movimentos dos membros e da resposta
postural é necessário iniciar a sequência apropriada de atividade muscular do
tronco. Com relação ao tempo de reação de movimentos dos membros e a
“resposta” antecipatória postural dos músculos abdominais, o movimento foi
relatado anteriormente (HODGES; RICHARDSON, 1999).
Portanto, fica evidente a resposta antecipatória dos músculos
envolventes da coluna vertebral, como o oblíquo externo, oblíquo interno, reto
abdominal, transverso abdominal, eretores da espinha, entre outros, que são
acionados com o comando dos membros superiores e inferiores durante a
realização de algum movimento.
Vale ressaltar, que esta capacidade de “resposta” antecipatória dos
músculos estabilizadores diminuem ou quase são inexistentes com indivíduos
sedentários, causando assim, dificuldades na estabilização da coluna, poden
do gerar possíveis traumas ao longo do tempo na realização de atividades da
vida diária.
Outra análise deste estudo discutida entre alguns autores é a que o
treinamento de peso pode influenciar positivamente ou negativamente na
flexibilidade. Segundo Weineck (1999) nos treinamentos de força, ocorre uma
redução de 5 a 13 % na capacidade de alongamento de músculos treinados,
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reduzindo assim, os níveis de flexibilidade num período de 48 horas do pós-
treino.
Para Wiemann e Hahn (1997), Monteiro e Farinatti (1996) aponta-se
uma redução dos níveis de flexibilidade após o treinamento de força. No
entanto, existem desacordos entre alguns autores que dizem não ter uma
padronização dos programas de treinamento, não ter uma quantidade reduzida
de exercícios executados, e além do mais, a ausência de um instrumento de
medida dos dados, entre outros, que descaracterizam essa teoria de que a
flexibilidade apresenta níveis de porcentagens reduzidos após o treinamento de
força (CYRINO et al., 2004).
Portanto, esta teoria não é muito aceita na comunidade científica, pois o
treinamento de força, como já foi dito anteriormente, apresentam indivíduos
treinados com níveis de flexibilidade ótimos. Segundo Trash e Kelly (1987), o
treinamento resistido, com ganhos de força muscular pode auxiliar no aumento
da flexibilidade e até mesmo na amplitude de determinadas articulações. E
além do mais, Todd (1985) afirma que existem poucas evidências ou estudos
científicos que favoreçam a teoria da qual a flexibilidade é reduzida com o
treinamento resistido, no máximo os níveis de treinamento serão mantidos, no
entanto, jamais serão reduzidos pelo treino de força. (CORTES et al., 2002).
Em um estudo científico, apontam-se melhorias na amplitude de
movimento nas articulações do tronco, ombro e tornozelo, mais precisamente,
na dorsiflexão do tornozelo e na extensão do ombro, sem nenhum tipo de
treinamento adicional de flexibilidade. Após treinamentos com peso, foram
analisados por Kelly e Trash em um programa de treinamento de 11 semanas,
ao quais todos os grupos musculares foram trabalhados, em três séries de oito
repetições de 8RM (Repetição Máxima). Concluindo assim, que o treinamento
de força não miniminiza os níveis de flexibilidade, pelo contrário, pode até
aumentar a amplitude de articulação de alguns movimentos (FLECK;
KRAEMER, 1999 apud KELLY; TRASH, 1987).
Segundo Cortes et al. (2002 apud BEEDLE et al.,1991), relatam que até
mesmo os levantadores olímpicos, atletas que utilizam o treinamento de força
como principal tipo de treinamento, apresentam níveis de flexibilidade
13
medianos ou acima da média na maioria das articulações, e aliás, seus níveis
são tão elevados que só os ginastas são superiores.
A última discussão deste estudo, e considerada a mais importante, é a
relação entre TF e Treinamento “Tradicional” de Força. Na comunidade
acadêmica o treinamento “tradicional” de força é muito conhecido por seus
benefícios como: ganho de força, potência, condicionamento físico e no
desempenho em outras atividades físicas e/ou esportes. Portanto, muitos
estudiosos se perguntam por que trabalhar com o TF? Um dos argumentos
para responder este questionamento é que para realizar as tarefas da vida
diária deve-se treinar reproduzindo-as, e este meio se dá no TF, promovendo a
integração e funcionalidade dos movimentos. Outros argumentos são algumas
variáveis, como equilíbrio, coordenação motora e principalmente a
propriocepção que são mais estimuladas no TF do que com métodos
tradicionais, como a musculação (MONTEIRO; EVANGELISTA, 2012).
Para se obter um melhor entendimento sobre as característica dos
diferentes tipos de treinamento, mais precisamente entre o Treinamento
“Tradicional” Funcional e o TF, apresentaremos suas relações principalmente,
entre equilíbrio, propriocepção e força muscular, para analisar conjuntamente
entre os pesquisadores, qual seria o melhor treinamento utilizado pelos
indivíduos, de acordo com os objetivos desejados pelos mesmos.
O treinamento “tradicional” funcional ou treinamento de força ou
treinamento resistido ou treinamento de resistência tradicional ou o mais usual,
musculação, apresenta diversas características, como ganho de força
muscular, potência, equilíbrio, resistência, flexibilidade, coordenação.
Apresentam também, melhorias no desempenho motor, aceleração da síntese
proteica, maior deposição de cálcio nas áreas onde houve maior descarga de
peso sobre os ossos, mudanças na composição corporal, melhoria no
metabolismo basal nos indivíduos que praticam o treinamento. E maior
obtenção da CF para exercer atividades diárias, pois o treinamento de força
também é funcional e proporciona melhores condições de funcionalidade no
indivíduo verificado em benefícios da musculatura do core (SANTARÉM, 2013;
GUILHERME; JUNIOR, 2006)
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Um estudo de campo realizado por Andrades e Saldanha (2012),
apontou ganhos nos níveis de equilíbrio e propriocepção em alunas que
praticaram o TF durante 6 semanas, sendo cada treino com duração de 1 hora,
durante 3 vezes por semana. 30 mulheres na faixa etária de 20 a 58 anos,
saudáveis e fisicamente ativas praticantes de musculação da academia Pró
Corpo em Cidreira / RS no ano de 2009 foram submetidos em 2 grupos: o
grupo controle que praticou exercícios de musculação, apenas em máquinas,
e um grupo experimental que realizou um treinamento com ênfase na região do
core. Após as 6 semanas de treinamento, constatou-se após a avaliação de
equilíbrio e propriocepção no teste “Parada de Cegonha” um ganho de 294%
no grupo experimental com os olhos abertos e 275% com os olhos fechados e
nenhum ganho significativo no grupo controle.
Os benefícios que o TF proporciona ao equilíbrio e a propriocepção nos
indivíduos são evidentes, no entanto, o treinamento resistido utilizado no
estudo se deu apenas em máquinas, tornando minimamente eficaz este tipo de
treinamento no equilíbrio e propriocepção dos indivíduos, pois, vale ressaltar,
que o treino em aparelhos apenas “foca” o ganho nos níveis de força muscular.
Sabe-se, também, que o treinamento resistido não é ou não deveria ser
praticado apenas em aparelhos de musculação, mas sim em exercícios com
pesos livres, de estabilização e um maior estímulo à musculatura intra-
abdominal. Contudo, o estudo aponta com clareza a melhor eficiência do TF
nos níveis de equilíbrio e propriocepção do que a musculação realizada em
aparelhos, mas é claro que “musculação também é TF, apenas é necessário
saber utilizá-la”.
Em Monteiro e Evangelista (2012) exemplifica-se o estudo publicado
pela Revista da Sociedade Brasileira de Geriatria, que realizou uma análise
comparativa entre TF e treinamento de resistência tradicional. Os estudos
apontam que o TF obteve maior manutenção dos ganhos nas tarefas
funcionais do que o treinamento de resistência tradicional. No entanto, Monteiro
e Evangelista (2012 apud MACALUSO; DE VITO, 2004) apresentam a
discussão deste quadro em sua revisão bibliográfica que somente 3 dos 11
estudos utilizam-se de tarefas funcionais, e dos 3, apenas 2 apresentaram
resultados satisfatórios.
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E, além disso, Santos, Sousa e Moreira (2013) e Moreira et al. (2012)
apresentam estudos comparativos que confirmam a valorização e eficiência do
treinamento de força tradicional na CF de idosos. Portanto, não é evidente a
superioridade do TF em relação ao treinamento de força tradicional, mas sim,
talvez, essa manutenção dos ganhos por um período maior de tempo. E um
estudo mais recente de Martuscello et al. (2013) comprova que o treinamento
traidicional de força pode até se tornar mais eficiente que o próprio TF, onde
ele realizou uma revisão de literatura, que analisaram a ativação dos músculos
do core em diferentes exercícios. E ao final do estudo, percebeu-se que
exercícios básicos como o achamento e o levantamento terra obtiveram
resultados melhores que o treinamento do core (MARTUSCELLO et al. 2013).
Aliás, podemos inferir que a existência do TF está intimamente
relacionada à indústria midiática e o marketing do treinamento esportivo que
através de seu amplo poder de alienação, induziram leigos e até profissionais
da área de saúde de que o TF obtém resultados de equilíbrio, coordenação
motora e propriocepção mais avançados que o treinamento tradicional. No
entanto, o estudo acima infere que TF é o mesmo que o Treinamento de força,
e que esta indústria utilizou-se de uma jogada de marketing para vender
equipamentos utilizados no TF. Porém, é importante observar que está idéia
teve seu lado positivo, ao qual proporcionou um “ineditismo” com uma
variabilidade de treinamento e auxiliou na desmotivação de atletas que
praticam o treinamento de força (SANTOS; SOUSA; MOREIRA, 2012).
Contudo, o TF desenvolve melhorias fisiológicas, psicológicas,
morfológicas, bioquímicas e funcionais no idoso, que são desenvolvidas
através de adaptações produzidas por este treinamento. Além de produzir
aumento das variáveis da aptidão física, e consequentemente, maior CF em
realizar suas atividades diárias, com um aumento da força muscular, potência,
resistência, flexibilidade, equilíbrio, coordenação motora, condicionamento
cardiovascular, etc., consequentemente, diminuindo o risco de acidentes no
cotidiano do idoso. Apresentam também melhoras significativas nos aspectos
psicológicos, como: diminuição da ansiedade e do estresse, diminuição do
consumo de medicamentos, melhora das funções cognitivas e socialização
(SCOSS; SALVIANO, 2013; TERNES; ZABOT, 2009 apud SANTARÉM, 2004).
16
Todavia, o TF apresenta praticamente, as mesmas relações de benefício
que o treinamento “tradicional” funcional, com um atenuante. Seus exercícios
diferenciados aplicam “maior sobrecarga no núcleo” (músculos do core), e por
isso ativam todos os músculos estabilizadores da coluna vertebral com mais
intensidade, consequentemente, as condições de equilíbrio e propriocepção
serão desenvolvidas com mais eficiência.
Portanto, o treinamento de força e o TF, apresentam características
muitos semelhantes, pois ambos promovem a funcionalidade no ser humano, e
melhores condições de vida para exercer atividades diárias e ou treinamentos
específicos em atletas. A relação entre equilíbrio e força é evidente nos
diferentes tipos de treinamento, pois ambos apresentam maiores níveis de
equilíbrio e força no pós-treino, no entanto, o treino de força obtém níveis
maiores de força muscular e o TF, maiores níveis de equilíbrio, coordenação
motora e propriocepção. Sobretudo, o tipo de treinamento utilizado dependerá
do objetivo que o aluno necessitará para obter um melhor desempenho físico e
mental nas suas atividades diárias.
CONCLUSÃO
O TF se tornou uma excelente ferramenta de trabalho para os
educadores físicos minimizarem acidentes no cotidiano do idoso, aumentando
seus níveis de equilíbrio, coordenação motora e propriocepção, níveis estes,
ainda mais estimulados que o próprio treinamento de força se trabalhado de
forma correta.
Esta pesquisa vem desmistificar a diferenciação entre o treinamento de
força e o TF. Pois, o conjunto de estudos demonstrou não existir pesquisas o
suficiente que apontem que o TF promove resultados mais eficientes que o
treinamento com peso. Existem estudos, até apontados na pesquisa, que
mostraram resultados melhores nos níveis de equilíbrio e propriocepção no TF
do que no treinamento de força, porém, esta pesquisa abordou apenas uma
forma de tratamento do treino de força, não eficaz para as variáveis avaliadas.
Portanto, é necessária a realização de mais estudos que comprovem esta
teoria, ao qual venho inferir que faltam maiores constatações científicas.
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Conclui-se que tanto o treinamento de força, quanto o TF proporcionam
excelentes condições de desenvolver a CF de idosos e diminui os efeitos
deletérios do envelhecimento, minimizando as quedas e auxiliando na
independência funcional de idosos em suas atividades da vida diária.
THE EFFECTS OF FUNCTIONAL TRAINING ON FUNCTIONAL
CAPACITY IN ELDERLY
Abstract The research it is a literature review with the following themes: Functional Training (TF), Functional Capacity (CF) and Aging. This study aims to point out the effects of TF in the improvement and maintenance of CF elderly, analyzed from scientific journal articles associated with the periodic Qualis Capes and books from the perspective of different authors in the area of training. Exemplified up strategies and / or possibilities TF optimize levels of functionality necessary for the elderly. Approached was also some discussion about the differentiation of TF and traditional strength training and their relationships with muscle strength, balance, proprioception and flexibility related to CF elderly, while pointing out curiosities about core training and demystify myths this area. We conclude that both strength training, as TF provide excellent conditions to develop CF elderly and reduces the deleterious effects of aging by restoring the physical fitness variables such as strength, balance, flexibility and proprioception. Keywords: Functional Training. Functional Capacity. Aging. REFERÊNCIAS ALISSON, G. T.; MORRIS, S. L.; LAY, B. Feedforward responses of transverses abdominis arte directionally specific and act asymmetrically: implications for core stability theories. Journal of Orthopaedic and Sports Physical Therapy, v.38, n.5, p. 228-237, May. 2008. ALVES, L. C. et al. A influência das doenças crônicas na capacidade funcional dos idosos do Município de São Paulo, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 8, n. 23, p. 1924-1930, ago. 2007. ANDRADES, M. T. de; SALDANHA, R. P. Treinamento funcional: o efeito da estabilização do core sobre o equilíbrio e propriocepção de mulheres adultas saudáveis e fisicamente ativas. Revista Vento e Movimento, v.1, n.1, Abr. 2012. ANDREOTTI, R. A.; OKUMA, S.S. Validação de uma Bateria de Testes de Atividade de Vida Diária para Idosos Fisicamente Independentes. Revista Paulista de Educação Física. São Paulo, v.13, n.1, p.46-66, Jan/Jun. 1999. BERTANI, R. F.; CAMPOS, M. de A.; NETO, B. Musculação: a revolução antienvelhecimento. Rio de Janeiro: Sprint, 2010.
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