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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7 Cadernos PDE II

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ... · processo de ensino e aprendizagem de Geografia. ... Brasil divisão política ... Mapa Brasil Relevo

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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE

II

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEED

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO- SUED

DIRETORIA DE POLÍTICAS E TECNOLOGIAS

EDUCACIONAIS – DPPE

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - UFPR

MOTIVAÇÕES SENSORIAIS PARA O ENSINO DE GEOGRAFIA: A

CARTOGRAFIA TÁTIL

GISELI REHBEIN DE LIMA RODRIGUES

CURITIBA

2014

MOTIVAÇÕES SENSORIAIS PARA O ENSINO DE GEOGRAFIA: A

CARTOGRAFIA TÁTIL

Material didático-pedagógico elaborado para atender ao Programa de Desenvolvimento Educacional PDE da Secretaria Estadual de Educação SEED, 2014-2015. Orientador: Prof. Alcione Luis Pereira Carvalho

CURITIBA

2014

FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO

PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

TURMA PDE/2014-2015 Título: MOTIVAÇÕES SENSORIAIS PARA O ENSINO DE GEOGRAFIA: A CARTOGRAFIA TÁTIL

Autor Giseli Rehbein de Lima Rodrigues

Disciplina/Área (ingresso no PDE) Geografia

Escola de implementação do projeto e sua localização

CEEBJA Paulo Freire

Município da escola Curitiba – PR

Núcleo Regional de Educação NR Curitiba

IES Vinculada Universidade Federal do Paraná – UFPR

Professor orientador Prof Alcione Luis Pereira Carvalho

Resumo

Tema: O presente estudo aborda o uso de mapas táteis em salas de aula do Ensino de Jovens e Adultos (EJA) e Regular (do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental) e sua confecção a partir de materiais alternativo e de baixo custo. Problema: Muitas escolas não dispõem de recursos diferenciados para auxiliar alunos com dificuldades de aprendizagem, relacionadas ou não com a qualidade da visão. Objetivo. Produzir mapas táteis e propor atividades com esses materiais, de forma a favorecer a reflexão dos alunos sobre os conceitos de Geografia, as representações do espaço geográfico e a inferência, ampliando, dessa forma, as possibilidades de aprendizagem significativa e de construção de conhecimentos específicos da disciplina. Justificativa: Pretende-se incentivar o uso de motivações sensoriais para o ensino de Geografia, tendo como recurso a cartografia tátil, de forma a auxiliar os alunos nos processos de interpretação, reflexão sobre os conteúdos e as representações geográficas mais significativas. Metodologia: A metodologia de trabalho compreende, primeiramente, a pesquisa bibliográfica feita em fontes primárias e secundárias, a partir dos seguintes descritores: Inclusão. Cartografia Geral. Cartografia escolar. Cartografia tátil; e em seguida, a proposição de atividades a serem realizadas com os alunos em sala de aula utilizando mapas táteis, sobre os quais apresentar-se-á um roteiro contendo o “passo a passo” sobre como elaborar esses materiais na própria escola, de maneira a subsidiar elementos a outros professores que queiram replicar essa proposta em suas escolas. Resultados esperados: Ensinar os alunos a trabalharem com mapas táteis e dotar a escola de recursos sensoriais para o ensino de Geografia, de forma que a aprendizagem dos conteúdos se torne mais interessante e significativa.

Palavras-chave Ensino de Geografia. Material Didático. Cartografia Tátil.

Formato do material Unidade Didática.

Público-Alvo

Professores da disciplina Geografia no Ensino Fundamental do 6 ao 9º ano na modalidade EJA.

Período de implementação 1° semestre de 2015.

Apresentação

Tenho observado, que, embora as escolas da rede pública de ensino possuam

alguns recursos específicos para o ensino da disciplina, como globo, atlas, mapas, fotos

e acesso a sites especializados, não dispõem de materiais diferenciados para atender

às necessidades de alunos, incluídos ou não, que apresentam dificuldades na

aprendizagem.

Essa é a realidade do Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e

Adultos - CEEBJA Paulo Freire, onde atuo com turmas do 6º ao 9º ano do Ensino

Fundamental na Educação de Jovens e Adultos e do Ensino Regular, e, acredito, esse

seja também um problema vivenciado por professores de muitas outras escolas que se

preocupam com a falta de recursos didático-pedagógicos para complementar o trabalho

teórico e as informações que os mapas planos não conseguem demonstrar.

Por essa razão, a presente produção didático-pedagógica, elaborada de acordo

com o Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, da Secretaria de Estado da

Educação do Paraná – SEED, edição 2014/2015, atende ao estabelecido pelas

Diretrizes Curriculares para o ensino de Geografia (PARANÁ, 2008) é apresentada na

forma de Unidade Didática com abordagem centrada no ensino de Geografia a partir da

cartografia tátil e destina-se a professores e alunos do Ensino Fundamental.

Embora a utilização da cartografia tátil seja indicada para o trabalho com alunos

invisuais1, entende-se que esse tipo de material pode auxiliar a todos os alunos na

apreensão de conceitos geográficos, principalmente se esses educandos auxiliarem na

sua confecção a partir de materiais alternativos e de custo baixo.

1 Invisual é um vocábulo utilizado principalmente na área de Artes para designar pessoas deficientes

visuais. A cegueira é constatada no indivíduo que apresenta acuidade visual menor que 0,05 no seu melhor olho sem equipamento auxiliar, o que significa que poderá ver a 3 metros aquilo que um indivíduo sem problemas de visão enxerga a 60 metros. Quanto à baixa visão, existem muitos e distintos tipos que impedem, mesmo com o auxílio de dispositivos tecnológicos, que o indivíduo responda a testes de acuidade visual com símbolos (Loch, 2008, apud NOGUEIRA, 2009, p. 108).

A Unidade Didática constitui a base para a implementação do projeto de

intervenção que contempla 64 horas de atividades, baseando-se nos contéudos sobre o

Brasil, o Brasil na América do Sul e os Continentes; está constituída de um passo a

passo sobre como montar os mapas tateis necessários ao desenvolvimento dos

conteúdos propostos (num total de 32 horas de atividade) e de um Roteiro de Estudos

com propostas de atividades para os alunos (também com 32 horas de atividade).

Acredita-se que a proposição desse projeto e os exemplos de utilização de

mapas tatéis mostrados neste material, possam colaborar para o desenvolvimento no

processo de ensino e aprendizagem de Geografia.

No ensino de Geografia, a dificuldade na representação geográfica é problema

que muitos professores enfrentam. Somente o trabalho com livros didáticos e mapas

não são suficientes para que alguns alunos alcancem a compreensão necessária sobre

os conteúdos geográficos.

Por isso é preciso adotar estratégias diversificadas, lançando mão de recursos

que vêm sendo utilizados com êxito em outras situações educacionais, como é a

proposta da cartografia tátil.

Nesse contexto, segundo Regis et al. (2011, p. 605)

[...] a Cartografia tátil é apresentada como o ramo específico da Cartografia que se ocupa da confecção de produtos cartográficos táteis, como os mapas que podem ser lidos por pessoas cegas e com baixa visão. [...] Esse tipo de mapa é elaborado com relevos, texturas e informações em Braille e são utilizados para auxiliar as pessoas com deficiência visual quanto à orientação, localização e análises espaciais. [...] (REGIS et al., 2011, p. 605).

Assim, a presente Unidade Didática tem abordagem centrada na Cartografia

tátil, elaborada com materiais alternativos para o ensino de Geografia da modalidade

EJA (do 6º ao 9º ano), tornando viável a produção em qualquer instituição escolar,

propondo assim, atividades com os materiais.

UNIDADE DIDÁTICA

Objetivos

Motivar os (as) professores (as) para o uso da metodologia tátil;

Propiciar a motivação e a autonomia dos (as) professores (as) para a produção

de material pedagógico tátil no ensino da Geografia para crianças, adolescentes

e adultos visuais, invisuais e de baixa visão.

A unidade apresenta somente algumas possibilidades de realização de

atividades, portanto, são exemplos da realização de conteúdos, cabendo aos

professores e professoras, promover as adaptações necessárias, conforme o

tema abordado.

Promover uma reflexão sobre a inclusão de alunos com deficiência em sala de

aula, os benefícios tanto para os alunos com deficiência como também os

aspectos positivos para os alunos que não possuem deficiência, o que favorece

a socialização de ambos.

Recursos necessários: algumas sugestões

Os materiais didáticos poderão ser confeccionados artesanalmente, com

materiais alternativos. Por exemplo: papel sulfite A3, papel cartão, tecidos, barbante,

cordão de nylon, cola colorida, cola bidimensional, areia, purpurina, botões etc.

Dicas para o Professor!

Mapa Tátil: a Cartografia

como processo de

comunicação!

Vídeo

D-22 - Cartografia Tátil (complementar)

https://www.youtube.com/watch?v=itEqRIhTBVg

Artigo

Cartografia tátil: acessibilidade e inclusão social

http://www.portal.ufpr.br/Acessibilidade/Cartografia_tatil_acessibilidade_e_inclusao.pdf

5.1 As unidades didáticas

5.2 Unidade 1: Brasil divisão política

O Brasil é dividido em cinco regiões diferentes, que possuem traços comuns no que se refere aos aspectos físicos, humanos, econômicos e culturais.

Fonte: http://www.labtate.ufsc.br/images/m_mapa_do_brasil_politico_3_5.jpg - Acesso em 15/11/14, às 13h42. _________________________ 2 Mapa Tátil: Brasil – Político. Imagem extraída do Laboratório de Cartografia Tátil e Escolar (LabTATE),

pertencente a Universidade Estadual de Santa Catarina - (UFSC).

1) Com a ponta dos dedos contorne o território brasileiro. 2) Proceda da mesma maneira com a divisão política, entre os estados. 3) Você consegue contar quantos estados o Brasil possui? 4) Através do tato identifique o maior e o menor estado brasileiro. 5) Qual oceano banha o país? 6) Você sabia que além da faixa continental o Brasil possui uma área de 12 milhas náuticas (mar territorial), e que nela ocorre uma exploração econômica. Vamos pesquisar quais atividades são desenvolvidas? Professor – Saiba Mais! http://www.infoescola.com/direito/direito-maritimo/

Em maio de 1969, foi aprovada a divisão regional do Brasil em cinco grandes regiões, para fins estatísticos e didáticos. Quais seriam elas? Vamos ao mapa?!

Você Sabia? O Brasil controla, oficialmente, um território marítimo de 3,6 milhões de km2 – área maior que as regiões Nordeste, Sudeste e Sul juntas!

5.2 Unidade II _ Divisão Regional do Brasil

Fonte: http://www.labtate.ufsc.br/images/m_mapa_do_brasil_regioes_2.jpg - Acesso em 15/11/14, às 13h58.

_____________________________________

3 Mapa Tátil: Brasil – Regiões. Imagem extraída do Laboratório de Cartografia Tátil e Escolar

(LabTATE), pertencente a Universidade Estadual de Santa Catarina - (UFSC).

Dica para o Professor! Blog Regina Kaiatkoski – Instituto Paranaense de Cegos http://institutoparanaensedecegos-ipc.blogspot.com.br/ 1) Através do tato contorne o território brasileiro. 2) Você consegue através do tato dizer em quantas regiões o Brasil foi dividido pelo IBGE? 3) Identifique duas regiões brasileiras que fazem limite com o Oceano Atlântico. 4) Qual região do país não faz limite com o Oceano Atlântico? 5) Em qual região do Brasil você mora? 6) Todas as regiões fazem limite entre si?

A Regionalização do

Brasil é de 1970,

adaptada em 1990, em

virtude das alterações

da constituição de

1988.

5.2 Unidade III - O Brasil na América do Sul

Fonte: http://www.labtate.ufsc.br/images/t_mapa_da_america_do_sul_3.jpg - Acesso em:15/11/14, às 14h15.

_________________________ 4

Mapa Tátil: América do Sul. Imagem extraída do Laboratório de Cartografia Tátil e Escolar (LabTATE), pertencente a Universidade Estadual de Santa Catarina - (UFSC).

1) País sul-americano sem saída para o mar: 2) Pais andino, grande produtor de estanho e sem litoral : 3) O nome do trópico que atravessa o Brasil, Paraguai, Argentina e Chile: 4) A cordilheira do oeste da América do Sul: 5) A região desértica muito fria situada na Argentina: 6) Grande exportador de petróleo, capital Caracas: 7) O País mais populoso e extenso da América Latina:

A América do Sul é habitada por 6% da população mundial.

5.2 Unidade IV - Continentes

Fonte: http://www.labtate.ufsc.br/images/m_planisferio_2_3.jpg - Acesso em: 15/11/14, às 14h25. _____________________ 5 Mapa Tátil: Planisfério. Imagem extraída do Laboratório de Cartografia Tátil e Escolar (LabTATE),

pertencente a Universidade Estadual de Santa Catarina - (UFSC).

1) Qual o nome da linha imaginária que divide a Terra em Hemisfério norte e Hemisfério sul?

2) Como se chama a linha que divide a Terra em Hemisfério oriental e Hemisfério ocidental? 3) Quantos e quais são os continentes e os oceanos da Terra?

A Ásia – Além de ser o maior dos continentes, é também o que possui a

maior população do planeta!

Sugestão de pesquisa:

Mapa Brasil Região Sul http://www.labtate.ufsc.br/images/m_mapa_do_brasil_regiao_sul_2.jpg Mapa Brasil Regiões http://www.labtate.ufsc.br/images/m_mapa_do_brasil_regioes_2.jpg Mapa Brasil Relevo http://www.labtate.ufsc.br/images/m_mapa_do_brasil_relevo_2_3_5.jpg Mapa America do Sul http://www.labtate.ufsc.br/images/t_mapa_da_america_do_sul_3.jpg Mapa Brasil Político http://www.labtate.ufsc.br/images/m_mapa_do_brasil_politico_3_5.jpg Mapa América do Sul - Politico http://www.labtate.ufsc.br/images/b_mapa_america_do_sul_politico.jpg Mapa Paraná http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=125 Blog - Acessibilidade Geográfica http://acessibilidadegeografica.blogspot.com.br/2012/04/cartografia-tatil.html Confecção Mapa Brasil - Tátil http://www.diariodeourinhos.com.br/tablet/noticia.asp?cod=12483

GLOSSÁRIO2, 3

Termo

Definição

Fonte de consulta

Braille

Modalidade de escrita designada pelo nome de seu autor, o cego LOUISE BRAILLE (1852). É constituída por um alfabeto convencional no qual as letras – bem como os algarismos e os símbolos – são figurados pelas posições de 1 a 6 pontos salientes, tatilmente perceptíveis, encaixados num quadro de 6 lugares para cada unidade.

PIÉRON, Henri. Dicionário de Psicologia.

Tradução e notas de Dora Barros Culligan. 7ªed. Baseada na 4ª Ed. Francesa/ ver. E amp. Sob a direção de François Bresson e Gustave Durup. Rio de Janeiro: Globo, 1987 (p.67)

Carta

Representação dos aspectos naturais e artificiais da Terra, destinada a fins práticos da atividade humana, permitindo a avaliação precisa de distâncias, direções e a localização geográfica de pontos, áreas e detalhes; representação plana, geralmente em média ou grande escala, duma superfície da Terra, subdividida em folhas, de forma sistemática, obedecido um plano nacional ou internacional. Nome tradicionalmente empregado na designação do documento cartográfico de âmbito naval. É empregado no Brasil, também como sinônimo de mapa em muitos casos.

OLIVEIRA, Cêurio. Dicionário Cartográfico

4. ed. Rio de Janeiro : IBGE, 1993 (p. 74)

Carta em alto-relevo

Representação topográfica em três dimensões, podendo ser diferentes as escalas planimétricas e altimétricas.

OLIVEIRA, Cêurio. Dicionário Cartográfico

4. ed. Rio de Janeiro : IBGE, 1993 (p. 79)

Cegueira

Privação da capacidade visual, definida habitualmente com menos de 20/200 de acuidade no melhor olho, após correção, ou seja, a condição em que o campo visual está de modo contraído que subtende uma distância angular não superior a 20º.

CABRAL, Álvaro; NICK, Eva. Dicionário Técnico de Psicologia São Paulo: Cultrix

(p.56)

Privação da visão

PIÉRON, Henri. Dicionário de Psicologia.

Tradução e notas de Dora Barros Culligan. 7ªed. Baseada na 4ª Ed. Francesa/ ver. E amp. Sob a direção de François Bresson e Gustave Durup. Rio de Janeiro: Globo, 1987

Deficiência

Carência de alguma coisa. Falta de capacidade para ajustamento, como, p. ex., para superar obstáculos (a deficiência nesse caso é barreira subjetiva, interna).

DORIN, E. Dicionário de Psicologia: abrangendo terminologia de ciências correlatas. São Paulo: Melhoramentos (p.54)

2 Glossário (elementos pós-textuais). O glossário localiza-se antes das referências, em folha distinta, com o título GLOSSÁRIO centralizada na primeira linha de texto, em letras maiúsculas negritadas. Uma linha em branco deve separar o título de seu respetivo texto. A disposição dos termos e sua respectiva definição ficam a critério do autor (UFPR. Normas para Apresentação de Documentos Científicos: Redação e Editoração. Paraná: Editora UFPR, 2001, p. 48).

3 Este Glossário constitui um suporte aos professores de Geografia que pretendem replicar a experiência em suas escolas.

Termo

Definição

Fonte de consulta

Deficiente O que apresenta uma deficiência mental, sensorial ou motora.

DORIN, E. Dicionário de Psicologia: abrangendo terminologia de ciências correlatas São Paulo: Melhoramentos

(p.74)

Educação Especial

De maneira geral, o qualificativo “especial” reenvia a uma característica julgada diferente em relação à ordem comum ou corrente. Uma educação dita “especial” foi introduzida, no final do século XIX, por Victor Duruy, em oposição à educação secundária clássica. Era uma educação secundária moderna, sem o latim, culmitando em profissões, variáveis segundo as localidades em função de suas indústrias. Não foi este sentido que vigorou: o “especial”, no ensino ou na educação, foi principalmente definido, não e relação aos conteúdos pedagógicos como precedentemente, mas em função de uma população específica de alunos, cujas denominações diferentes se sucederam: segundo as épocas, anormais, atrasados, inadaptados, deficientes, defasados... É no nível institucional da educação “especial” que se mostrou o mais exigente, em termos de escolas ou turmas destinadas a estes alunos, fora da educação “normal”.

PLAISANCE, Éric. Dicionário de Educação. Coordenação; Agnès van

Zanten. – Petrópolis: Vozes, 2011 (p.267)

Eficiência

Proporção entre a energia consumida e o efeito produzido. Em Psicologia, proporção de energia para determinado esforço.

CABRAL, Álvaro; NICK, Eva. Dicionário Técnico de Psicologia São

Paulo: Cultrix, (p.101)

Rendimento, efeito útil de um movimento qualquer do organismo ou de parte do organismo, compreendido numa margem de medida tão precisa quanto possível. A eficiência no decorrer de um teste se estabelece segundo critérios convenientemente escolhidos (tempo, número de resultados bons ou maus, frequência, etc.)

PIÉRON, Henri. Dicionário de Psicologia - tradução e notas de Dora Barros Culligan. 7ªed. baseada na 4ª Ed. francesa/ ver. e amp. sob a direção de François Bresson e Gustave Durup. Rio de Janeiro: Globo, 1987 (p.165)

Mapa

Lençol de brim utilizado pelos marinheiros portugueses nas macas (consultar curso de Cartografia Moderna - Histórico). Cf carta. 3. Representação gráfica, geralmente numa superfície plana e em determinada escala, das características naturais e artificiais, terrestres ou subterrâneas, ou ainda, de outro planeta. Os aspectos são representados dentro da mais rigorosa localização possível, relacionados, em geral, a um sistema de referências de coordenadas. Igualmente uma parte ou total da esfera celeste.

OLIVEIRA, Cêurio. Dicionário Cartográfico 4. ed.

Rio de Janeiro : IBGE, 1993 (p. 322)

Termo

Definição

Fonte de consulta

Mapa em alto-relevo

Mapa ou carta impressa em plástico e moldada em forma tridimensional. A forma plástica é conseguida, geralmente, por calor e vácuo sobre um modelo do terreno, a fim de se ter a representação tridimensional. V. mapa (tridimensional) em plástico.

OLIVEIRA, Cêurio. Dicionário Cartográfico

4. ed. Rio de Janeiro : IBGE, 1993 (p. 329)

Mapa para cegos

Representação estereográfica, geralmente em plástico, duma cidade ou bairro, e destinada a orientar o trânsito pedestre de um cego. O mesmo que mapa táctil.

OLIVEIRA, Cêurio. Dicionário Cartográfico

4. ed. Rio de Janeiro : IBGE, 1993 (p. 329)

Mapa (tridimensional) em plástico

Forma topográfica impressa em plástico, numa primeira etapa, e moldada, numa segunda etapa, em forma tridimensional. O relevo na folha em plástico é conseguido pelo aquecimento e vácuo sobre a forma. A sucção provocada pelo vácuo na folha amolecida pelo calor resulta na sua perfeita aderência na forma onde o relevo foi anteriormente executado. O mesmo que mapa em alto-relevo.

OLIVEIRA, Cêurio. Dicionário Cartográfico

4. ed. Rio de Janeiro : IBGE, 1993 (p. 336)

Maqueta / Maquete

Representação em terceira dimensão, de uma área, mostrando a conformação do terreno, modelado em escala, e, em geral, pintada, a fim de representar, realisticamente, os detalhes artificiais e naturais. A escala vertical é, quase sempre, exagerada, mas não em demasia, no sentido de acentuar os aspectos do relevo. cf. modelo.

OLIVEIRA, Cêurio. Dicionário Cartográfico

4. ed. Rio de Janeiro : IBGE, 1993 (p. 338)

Relevo em degraus Carta em alto-relevo realizada sob a forma de patamares sucessivos, sem desbastar as arestas nem rechear as concavidades.

OLIVEIRA, Cêurio. Dicionário Cartográfico

4. ed. Rio de Janeiro : IBGE, 1993 (p. 485)

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2001.