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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
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PERFORMANCEPERFORMANCEPERFORMANCEPERFORMANCE::::ORALIDADE, LEITURA E ORALIDADE, LEITURA E ORALIDADE, LEITURA E ORALIDADE, LEITURA E CRIAÇÃO DE TEXTOSCRIAÇÃO DE TEXTOSCRIAÇÃO DE TEXTOSCRIAÇÃO DE TEXTOS
POÉTICOS E MUSICAIS EM SALA DE AULAPOÉTICOS E MUSICAIS EM SALA DE AULAPOÉTICOS E MUSICAIS EM SALA DE AULAPOÉTICOS E MUSICAIS EM SALA DE AULA
JOCIEL DUARTE DOS SANTOS
2
CADERNO PEDAGÓGICOCADERNO PEDAGÓGICOCADERNO PEDAGÓGICOCADERNO PEDAGÓGICO
PERFORMANCEPERFORMANCEPERFORMANCEPERFORMANCE::::ORALIDADE, LEITURA E ORALIDADE, LEITURA E ORALIDADE, LEITURA E ORALIDADE, LEITURA E
CRIAÇÃO DE TEXTOSCRIAÇÃO DE TEXTOSCRIAÇÃO DE TEXTOSCRIAÇÃO DE TEXTOS
POÉTICOS E MUSICAIS EM SALA DE AULAPOÉTICOS E MUSICAIS EM SALA DE AULAPOÉTICOS E MUSICAIS EM SALA DE AULAPOÉTICOS E MUSICAIS EM SALA DE AULA
JOCIEL DUARTE DOS SANTOS
Professora orientadora: LUCIANA FRACASSE
UNICENTRO/PDE
3
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO............................................................................... 04
METOLOLOGIA.................................................................................. 05
1ª AULA............................................................................................. 07
CANÇÃO “PORTA DO MUNDO”.......................................................... 14
2ª AULA.............................................................................................. 15
SONETO DE FIDELIDADE................................................................... 17
3ª E 4ª AULAS..................................................................................... 18
5ª, 6ª, 7ª E 8ª AULAS.......................................................................... 21
CANÇÃO “TARDE EM ITAPUÔ.......................................................... 25
UMA RECEITA DE POEMA.................................................................. 26
9ª, 10ª, 11ª E 12ª AULAS.................................................................... 27
CANÇÃO “GENTE HUMILDE”............................................................. 28
CANÇÃO “SE TODOS FOSSEM IGUAIS A VOCÊ”............................... 30
13ª, 14ª, 15ª E 16ª AULAS.................................................................. 32
CANÇÃO “CIDADÃO”.......................................................................... 32
17ª, 18ª, 19ª E 20ª AULAS.................................................................. 35
CANÇÃO “METADE”........................................................................... 36
21ª, 22ª, 23ª E 24ª AULAS.................................................................. 40
CANÇÃO “VIOLEIRO TRISTE”............................................................ 40
CANÇÃO “QUANDO A GENTE AMA”.................................................. 42
25ª, 26ª, 27ª E 28ª AULAS.................................................................. 45
29ª AULA............................................................................................ 46
30ª AULA............................................................................................ 49
31ª AULA............................................................................................ 52
32ª AULA............................................................................................ 54
CONCLUSÃO....................................................................................... 55
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................... 56
4
APRESENTAÇÃO
“A Educação não muda o mundo. A Educação muda os homens que mudam o mundo.”
(Paulo Freire)
COLEGAS PROFESSORES:
Sou professor há mais de dez anos na Escola Estadual de Ensino
Fundamental Érico Veríssimo, em Laranjeiras do Sul, Paraná. Nesta
escola, leciono Língua Portuguesa para as turmas do 9º ano, e foi para
elas que fiz este projeto de intervenção pedagógica; pensando no aluno
adolescente, que tem acesso a internet, a jogos eletrônicos, a i-pads, a
celulares, a aparelhos de mp3 e a outras tecnologias, e que raramente
para quieto durante a aula, é que fiz estes exercícios. São exercícios que
propositalmente exigem do aluno sua total atenção e interação. Ele, o
estudante, passa a ser parte integrante da aula e por isso não se torna
alienado dos conteúdos, mas participa ativamente deles com todo o seu
ser: corpo, gesto, voz, pensamento, reflexão e emoção. A ideia principal
deste projeto é usar a performance, que geralmente na sala de aula fica
restrita ao professor, como meio pedagógico. Mas o que é performance? É
o momento em que artista/performer e público interagem num único
espaço e tempo. Trazer à tona, aos alunos do 9º ano, o seu potencial
artístico e poético, é um dos nossos objetivos enquanto professor. Assim,
nossas aulas se pretendem dinâmicas e também reflexivas, utilizando-nos
de canções, vídeos, declamações de poemas gravados ou ao vivo, enfim,
5
de todo um aparato que leve o aluno de volta à essência da arte em forma
de música e poesia; fazer com que esse aluno reflita sobre o material dado
em sala de aula e, após a reflexão, possa criar, a partir do que leu e ouviu,
um novo material, uma nova canção, um novo poema, é o nosso intuito.
Levar esse aluno numa jornada que vai da oralidade (a palavra falada) até
a leitura e a escrita (criação literária) e de volta à oralidade (palavra
declamada/cantada para pais, professores e colegas) é o que projetamos
como circuito performático e literário. Que nossos alunos possam ter
contato com o dom da palavra em todo o seu potencial: oral e escrito. Que
nossos alunos possam aprender não só a declamar poemas de grandes
poetas, mas os seus próprios poemas também. Que nossos alunos
possam refletir sobre o que leram sem repetir frases feitas ou sugestões
dadas pelo professor, mas possam ter críticas e ideias próprias acerca do
que leram. Ser cidadão é ter pensamento crítico, é ter capacidade de criar
novos engenhos, novos mundos, novos significados a partir do
conhecimento tradicional. Ser cidadão é ser ativo e criativo, dono da
própria voz, conhecedor do poder das palavras. Que nossos alunos do 9º
ano se transformem em cidadãos plenos é o que pretendemos nesse
projeto de intervenção pedagógica.
METODOLOGIA: COMO FUNCIONAM AS AULAS?
As aulas irão partir de performances em vídeo e áudio ou ainda ao
vivo, sendo disponibilizadas pelo professor. A partir da escuta da canção
ou de assistir ao vídeo com declamação de poema, o aluno será levado à
segunda parte: a leitura do texto. Após uma segunda leitura, o aluno fará
reflexões sobre o conteúdo do texto. Estas reflexões serão em forma
6
escrita e oral, para que todos na sala de aula possam discutir as ideias
abordadas a partir da reflexão textual. Após o fechamento desta atividade,
segue-se então uma atividade de criação literária, na qual o aluno será
instigado a criar novos textos a partir daqueles que leu. E por fim, o aluno
se tornará dono da própria voz e do seu próprio gesto quando transformar
o que escreveu em palavra declamada ou cantada.
Assim, podemos esquematizar as aulas da seguinte forma:
1) PERFORMANCE INICIAL – AUDIÇÃO DE MÚSICA / POESIA / VÍDEO
2) LEITURA DO TEXTO OBJETO DE PERFORMANCE - Poesias de
Vinicius de Moraes, Letras de Canção, etc...
3) REFLEXÃO INDIVIDUAL E EM GRUPO SOBRE O TEXTO
4) PARTILHA DA REFLEXÃO
5) ESCRITA CRIATIVA A PARTIR DO QUE FOI LIDO EM AULA
6) PERFORMANCE PARA OS COLEGAS DO TEXTO PRODUZIDO EM
AULA
7) ENSAIO USANDO VOZ, CORPO E GESTO
8) PERFORMANCE FINAL DECLAMANDO OU CANTANDO AS
PRODUÇÕES DE AULA PARA COLEGAS, PAIS E PROFESSORES.
Aproveitamos para esclarecer que este esquema pedagógico foi
desenvolvido desde o primeiro semestre de 2013 sob orientação da profª
Lívia Petry Jahn da Unicentro que estimulou o meu trabalho junto aos
alunos sob a ótica da oralidade, da performance e da criatividade em sala
de aula, e no segundo semestre deu-se continuidade deste trabalho sob
7
orientação da profª Luciana Fracasse, também da Unicentro, que da
mesma forma me orientou com sua competência e disponibilidade para
que este trabalho viesse a se concretizar.
1ª aula
Com o recurso didático da apresentação em Power Point abaixo,
explicação sobre o que consiste o projeto para que os alunos se sintam
motivados e interessados quanto à participação das atividades a serem
desenvolvidas.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL -PDE
PROFESSOR JOCIEL DUARTE DOS SANTOS
PERFORMANCE, ORALIDADE, LEITURA E CRIAÇÃO DE TEXTOS POÉTICOS E
MUSICAIS EM SALA DE AULA
8
No sentido etimológico dapalavra, a literatura não ocorresem a escrita. Ela é por definição,a arte de letras. No entanto, anarrativa oral se distingue danarrativa escrita quanto à suaforma; mas culturalmente, suadiferença não é significativa.Millman Parry escreveu: “Aliteratura subdivide-se em duasgrandes partes; não tanto porhaver duas espécies de cultura,mas por haver duas espécies deforma: uma parte da literatura éoral, outra é escrita." (PARRY,1975 apud KELLOGS &SCHOLLES, 1977, p. 43)
Este projeto partiu da necessidade de trazer para a sala de aula noções como performance
(Zumthor, 2010), oralidade (Kellogs & Scholles, 1977), poesia (Goldstein, 1999/ Trevisan, 1993) e
música, além é claro, de propiciar aos alunos momentos de criação literária e performática.
9
A poesia tem um caráter de oralidade muito
importante: ela é feita para ser falada, recitada.
Mesmo que estejamos lendo um poema silenciosamente,
percebemos seu lado musical, sonoro, pois nossa audição capta a articulação (modo de pronunciar) das
palavras do texto.(GOLDSTEIN, 1999, p.22)
Este trabalho engloba a oralidade da poesia e da música, o estudo das formas textuais em sala de aula, o aprendizado sobre os ritmos, as rimas, os sons e os versos que formam os poemas e as canções. E tem por objetivos a criação de novos poemas e canções pelos alunos, bem como sua declamação e apresentação através dos gestos e da voz dos aprendizes.
10
OQUE É POESIA?
Poesia é algo que nos obriga a ir além daquilo que se vê, atranspor as palavras. Tentamos produzir em nós uma sensaçãoou sentimento semelhante ao do poeta. Nesse sentido, toda poesiaexige um poeta, ou antes, dois: o poeta-autor e o poeta-leitor.(TREVISAN, 1993, p.20-21)
Armindo TrevisanAquarela de Eduardo Arigony
PERFORMANCE SEGUNDO PAUL ZUMTHOR:
Na situação de oralidade a "formação" se opera pela voz, que carrega a palavra. A primeira "transmissão" é obra de uma
pessoa utilizando sua voz e seu gesto. A "recepção" vai se fazer pela audição acompanhada da visão. É com efeito, próprio da situação oral, que transmissão e recepção constituam um ato
único de participação, de co-presença. Esse ato único é a performance. (ZUMTHOR, 2010, p.52)
11
OBJETIVOS GERAIS
Levar para a sala de aula noções de performance, texto poético, texto musical, oralidade, leitura,
criação literária, dando ao aluno a possibilidade de vivenciar a poesia e a música de forma global.
Performance de Contaçãode Histórias executada
por Beatrice Birra no Museu de Arte Africana
no Instituto Smithsonianem Washington,Estados Unidos.
Painel de azulejos em Azeitão, Portugal. OBJETIVOS
ESPECÍFICOS1 - Realizar aulas dinâmicas com leituras
e declamações de textos poéticos.
2- Realizar aulas dinâmicas com audição e leitura de textos musicais.
3- Dar ênfase às noções de oralidade e performance através de declamação de
poesias e performances musicais.
4- Dar ênfase a questões como ritmo, verso e rima nos textos poéticos e musicais.
5- Dar espaço para que os alunos criem, através de textos, poesias e músicas próprias.
6 - Dar espaço para que os alunos apresentem em forma de performance, ou seja, de um sarau-espetáculo, o resultado dos textos e
músicas criados em sala de aula.
12
Selos chineses sobre histórias tradicionais orais.
Casa de Impressão Filatélica Beijing – China – 2004.
CRONOGRAMAAs aulas serão organizadas em eixos temáticos a serem abordados durante 4 períodos semanais
durante 8 semanas consecutivas.
REFERÊNCIASGOLDSTEIN, Norma. Versos, Sons e Ritmos. SãoPaulo, Ática, 1999.
KELLOGS, Robert; SCHOLLES, Robert. The Nature
of Narrative (A Natureza da Narrativa - Tradução:Livia Petry Jahn) New York, McGraw-Hill, 1977.
MORAES, Vinicius. Poesia Completa e Prosa. Rio deJaneiro, José Aguilar, 1968.
TREVISAN, Armindo. Reflexões sobre a poesia. PortoAlegre, InPress/UFRGS, 1993.
ZUMTHOR, Paul. Performance, Recepção e Leitura.São Paulo, Cosac & Naif, 2010.
13
Crédito das imagens, acessadas em 03 de junho de 2013:Slide 1 http://www.portalcantu.com.br/
Slide 2http://www.luizberto.com/mala-da-cobra-arievaldo-vianna/quadras-e-glosas-inspiradas
Slide 4http://www.elephantjournal.com/2012/09/drawing-on-the-well-of-breath-matt-odwyer/
Slide 3http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-481997721-livro-entrevero-de-causos-luiz-odilom-pereira-rodrigues-_JM
Slide 5 http://yogini.wordpress.com/2007/03/13/60/mans-first-breath/
Slide 6 http://armindotrevisan.blogspot.com.br/
Slide 7 http://todaysmama.com/2011/09/what-to-do-at-aulani/aulani-storytelling/
Slide 8http://sirissihistory.si.edu/ipac20/ipac.jsp?&profile=all&source=~!sichronology&uri=full=3100001~!12671~!0#focus
Slide 9 pt-br.facebook.com
Slide 10http://shop.stamp-lover.com/china-postage-stamp-stories-of-chinese-idioms-1-for-kids-edu-p-489.html
Assim sendo, mostrarei que o tema central do projeto é
“Performance”, que irá ser trabalhado e desenvolvido a partir de poemas e
de canções.
Na sequência, dialogarei com a turma, seguidos de questionamentos:
-O que os alunos entendem por poesia, quais são as suas preferências
poéticas e musicais. Explicação da relação entre poesia e música.
14
Canção cantada pelo professor regente
Porta do mundo1
2
Peão Carreiro e Zé Paulo
O som da viola bateu No meu peito doeu, meu irmão Assim eu me fiz cantador Sem nenhum professor aprendi a lição São coisas divinas do mundo Que vem num segundo a sorte mudar Trazendo pra dentro da gente As coisas que a mente vai longe buscar
Em versos se fala e canta O mal se espanta e a gente é feliz No mundo das rimas e trovas Eu sempre dei prova das coisas que fiz Por muitos lugares passei Mas nunca pisei em falso no chão Cantando interpreto a poesia Levando alegria aonde há solidão...
1 Fonte da letra da canção: PEÃO CARREIRO e ZÉ PAULO. (Dupla Sertaneja) Porta do Mundo. Letra e música disponível no “Portal Terra” site letras.mus.br. 1988..Álbum: Raízes Sertanejas. http://saudade.netlivre.org/arquivos/category/peao-carreiro-e-ze-paulo Acesso em outubro de 2013. 2 Crédito das imagens, acessadas em outubro de 2013. http://tubediscovery.blogspot.com.br/2012/09/sites-e-canais-com-musicas-sem-direitos.html http://www.kboing.com.br/peao-carreiro-e-ze-paulo/
15
Mostrando e ouvindo a canção, quero que os alunos reflitam sobre
como é importante nos comunicarmos por meio de canções e poemas.
2ª aula
Será mostrada a imagem3 a seguir do poeta Vinicius de Moraes e se
questionará aos alunos se conhecem esse homem? Quem é ele? O que
ele fez de importante?
Marcus Vinícius da Cruz de Melo Moraes nasceu em 19 de Outubro de 1913, na cidade do Rio de Janeiro – RJ, e pertenceu à segunda geração do Modernismo no Brasil. Era filho de Clodoaldo Pereira da Silva Moraes, funcionário da prefeitura, poeta, violonista amador, e de Lídia Cruz de Moraes, pianista também amadora. Viveu toda a sua infância no Rio, tendo nascido no bairro da Gávea, aos três anos se mudou para Botafogo para morar com os avós e estudar na Escola Primária Afrânio Peixoto. Foi também na sua infância que escreveu seus primeiros versos. Em 1924 entrou para o Colégio Santo Inácio, em Botafogo, onde cantava no coro da igreja e montava pecinhas de teatro.
3 Crédito da imagem, acessada em outubro de 2013. http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2012/03/12/917054/baixe-obra-poetica-completa-vinicius-moraes-gratuitamente.html
16
Em 1929 concluiu o curso ginasial e a família retornou para a Gávea. Nesse mesmo ano, ingressou na Faculdade de Direito do Catete e se formou em Direito em 1933, ano em que publicou “O caminho para a distância”, seu primeiro livro de poesia. Em 1935, recebeu o prêmio Filipe d’Oliveira pelo livro “Forma e exegese”. Em 1936, empregou-se como censor cinematográfico, representando o Ministério da Educação e Saúde. Dois anos depois, em 1938, ganhou bolsa do Conselho Britânico para estudar língua e literatura inglesas na Universidade de Oxford, e nesse ano publicou os “Novos poemas”. Com o inicio da Segunda Guerra Mundial, retornou ao Rio de Janeiro. Nos anos seguintes publicou ainda muitos poemas e ficou conhecido como um dos poetas brasileiros que mais conseguiu traduzir em palavras o sentimento do amor, tornando-se assim um dos poetas mais populares da Literatura Brasileira. Atuou também no campo musical, fazendo parceria com cantores e compositores brasileiros, e, por fim, tornou-se também cronista. Produziu os sonetos mais conhecidos da Literatura Brasileira, e escreveu ainda alguns poemas infantis em meados de 1970. Vinícius de Moraes faleceu no Rio de Janeiro, no dia 09 de Setembro de 1980.4
Em seguida será apresentado na tela o poema Soneto de Fidelidade
em forma de Vídeo5, depois, em forma escrita6.
4 Biografia de Vinícius de Moraes. Disponível no Portal Terra.”InfoEscola Navegando e Aprendendo”. Por Ana Paula Araújo. (sem data) Acesso em outubro de 2013. http://www.infoescola.com/escritores/biografia-de-vinicius-de-moraes/ 5 Fonte do vídeo, acessado em outubro de 2013. http://www.youtube.com/watch?v=eHgU4ERc7Nc 6 Fonte da imagem, acessada em outubro de 2013 http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-514465577-pen-drive-com-100-musicas-de-vinicius-de-moraes-_JM
17
Soneto de Fidelidade
Vinicius de Moraes
De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.7
7 MORAES, Vinícius de, Antologia Poética. Editora do Autor: Rio de Janeiro, 1960. p. 96.
18
O soneto será lido em voz alta para que possam ser trabalhadas a voz
e a postura.
A turma será dividida em grupos e cada grupo analisará o poema,
fazendo suas anotações, primeiramente darão as ideias, os sentimentos, as
emoções do eu-poético/eu-lírico que são apresentadas no poema.
Após a análise do poema, os alunos deverão prepará-lo para ser
declamado pelo grupo, por parte do grupo ou individualmente. (Cada grupo terá a
liberdade de usar a maneira mais criativa de representar).
3ª e 4ª aulas
Explicação sobre o que são versos, sons, ritmos e rimas.
Verso é considerado cada linha de um poema. Pode ser apresentado
como uma palavra ou segmento de palavras com um tipo de rítmica.
Ocorre em sílabas longas ou breves (versos métricos), de acordo com o
número de sílabas (versos silábicos), segundo a acentuação (versos
rítmicos).
“Quem é esse viajante } VERSO Quem é esse menestrel Que espalha esperança E transforma sal em mel?” (Milton Nascimento)
Retomar o texto “Soneto de Fidelidade”, pedir que cada aluno leia
uma estrofe. Aproveitar para verificar o conhecimento de que cada linha
métrica é um verso; cada conjunto de versos é uma estrofe, que este
19
poema possui rimas; que a rima é a repetição de sons no final dos versos
de um poema; registrando no quadro (lousa), as atividades propostas
separadamente.
Atividade
1) Podemos classificar um texto de várias maneiras. Podendo ser um anúncio, poema, dentre outros. Como pode ser classificado o texto Soneto de Fidelidade?
2) Responda:
a- Quantos versos e quantas estrofes tem o poema lido?
___________________________________________________________. b- Explique o que é uma rima e retire do texto quatro exemplos de rima.
___________________________________________________________. c- Releia o soneto.
Qual verso mais lhe chamou a atenção? Por quê? ___________________________________________________________.
O soneto será entregue aos alunos faltando palavras para que os
versos sejam completados, sempre observando o uso correto de rima
métrica e estrutura do poema.8
8 Modelo de atividade baseado no Blog da professora Vilma Freitas (16/04/2011), acessado em outubro de 2013 http://estudantes2011.zip.net/arch2011-04-10_2011-04-16.html
20
Soneto de Fidelidade Vinícius de Moraes De tudo, ao seu amor _______serei_______ ______, e com tal _____, e sempre, e tanto Que mesmo em______ do __________ Dele se ________mais meu __________- Quero _______ em cada _______momento E em seu _______hei de espalhar meu ______ E _______meu_____ derramar meu _____ Ao seu pesar ou seu _________ E assim, quando ________me procure Quem sabe a _______, a angústia de quem _______ Quem sabe a _______ ,fim de quem __________
Eu possa me ______do _____ (que tive): Que não seja ________posto que é ______ Mas que seja _________ enquanto ______
Durante essa atividade, os alunos ouvem a canção “Monte Castelo”9
composta por Renato Russo. O objetivo dessa canção é mostrar que o
amor é um sentimento universal e extrapola a barreira do tempo e do
espaço.
Diante da participação dos alunos, do interesse dos mesmos sobre o
assunto e a comparação do tema amor através dos tempos, o professor
debate sobre o assunto, levando sempre o aluno a perceber que o amor e
9 Discografia de "Monte Castelo" Canção da Banda Legião Urbana. Álbum: As Quatro Estações. Lançamento: 1989. Gênero: Rock Alternativo. Duração: 3:49. Composição: Renato Russo.
21
o tema estudado estão presentes em diferentes épocas e contextos
sociais.
5ª, 6ª, 7ª e 8ª aulas
Apresentação de texto teórico através de lâminas em Power Point.
A poesia lírica ou gênero lírico está presente nas sete
artes tradicionais na maneira de como a
linguagem humana é utilizada com fins estéticos.
Retrata algo que tudo pode acontecer, dependendo da imaginação do autor e do leitor. Poesia,segundo o modo de falar comum, quer dizer duas coisas: arte, que a ensina, e a obra fita com a arte; a arte é a poesia, a obra em
forma de poesia, o poeta artífice.
22
O sentido da mensagem poética também pode ser importante, ainda que seja a forma estética a definir um texto como poético. A poesia compreende aspectos metafísicos
(no sentido de sua imaterialidade) e da possibilidade de esses elementos
transcenderem ao mundo fático.
Para a contagem das sílabas em um verso usam-se muitas vezes critérios que não os estritamente
gramaticais. Em poesia, portanto, leva-se em conta mais o que se ouve do que se lê ou vê, ou seja, importa mais como ouvimos as vogais do que sua expressão escrita.
23
Um recurso sonoro muito usado em poemas é a rima.
Rimas são repetições dos mesmos sons no final das palavras. Auxiliam para dar
ritmo ao poema e os tornam mais agradáveis
aos nossos ouvidos. Rimas ajudam a criar
uma melodia, uma música, e, muitas vezes,
nos levam a saber os poemas de cor.
Fragmento do soneto de Vinícius de Moraes
As rimas geralmente são compostas com as últimas palavras ao final dos dois versos. Nesse caso são chamadas de finais. Também aparecem no meio de dois versos, então são chamadas de rimas internas. Mas os poetas podem ou
não optar em não usar nenhuma rima em seus poemas.
É importante lembrar que as rimas são um recurso
poético muito forte, mas não bobrigatório.
24
Para a contagem das sílabas em um verso usam-se muitas vezes critérios que não os
estritamente gramaticais. Em poesia, leva-se em
conta mais o que se ouve do que se vê ou lê. Ou
seja, importa mais como ouvimos as vogais do que
sua expressão escrita.
Contagem das sílabas no verso
Crédito das imagens, acessadas em 27 de novembro de 2013:
Slide 1http://universidadehumanista.blogspot.com.br/2013/03/as-sete-artes.html
Slide 2http://www.tattoopins.com/337/plume-tete-d-indien-categorie-tatouages-portrait-realise-par/ORd3d3Lm1hZ2ljLXN0dWRpby5mci91cGw/
Slide 4http://www.portugues.com.br/literatura/rimas-pobres-ricas-raras.html
Slide 3http://www.infoescola.com/literatura/silabas-poeticas-ou-metricas/
http://www.luizberto.com/mala-da-cobra-arievaldo-vianna/quadras-e-glosas-inspiradashttp://yogini.wordpress.com/2007/03/13/60/mans-first-breath/
Slide 5http://minasdemim.blogspot.com.br/2013/07/poema-e-poesia-poem-and-poetry.html
Texto adaptado de http://precisoaprenderlinguasestrangeiras.blogspot.com.br/p/analise-de-poemas-camoesvinicius-oraes.html
Slide 6http://clikaki.com.br/wp-content/uploads/2013/05/agora-um-poema-rima-100x100.jpg
25
Atividade poética Tarde em Itapoã10 Vinicius de Moraes Um velho calção de banho O dia pra vadiar Um mar que não tem tamanho E um arco-íris no ar Depois na praça Caymmi Sentir preguiça no corpo E numa esteira de vime Beber uma água de coco É bom Passar uma tarde em Itapuã Ao sol que arde em Itapuã Ouvindo o mar de Itapuã Falar de amor em Itapuã Enquanto o mar inaugura Um verde novinho em folha Argumentar com doçura Com uma cachaça de rolha E com o olhar esquecido No encontro de céu e mar Bem devagar ir sentindo A terra toda a rodar É bom Passar uma tarde em Itapuã Ao sol que arde em Itapuã Ouvindo o mar de Itapuã Falar de amor em Itapuã Depois sentir o arrepio Do vento que a noite traz 10 MORAES, Vinícius de. Letra de música disponível no Portal Terra. letra.mus.br/viníciusdemoraes80508. Gravadora Novo Millennium 2005. Álbum: Toquinho e Vinícius. http://www.vagalume.com.br/toquinho-e-vinicius/discografia/novo-millennium-toquinho-e-vinicius.html Acesso em outubro de 2013.
26
E o diz-que-diz-que macio Que brota dos coqueirais E nos espaços serenos Sem ontem nem amanhã Dormir nos braços morenos Da lua de Itapuã É bom Passar uma tarde em Itapuã Ao sol que arde em Itapuã Ouvindo o mar de Itapuã Falar de amor em Itapuã
Uma receita de poema
*Primeira fase são os ingredientes
- Um ótimo recheio das poesias são as paixões.
Assim, você vai rechear seu poema com seus ódios e seus amores.
- Fazer uma lista de coisas que você detesta e uma das coisas que você
adora. Listar pelo menos dez itens.
Podem ser palavras ou frases inteiras. Você decide.
- Agora vamos acrescentar alguns ingredientes poéticos. Começamos pelo
estranhamento.
- Ao lado da linha, salpicar algumas palavras estranhas, esquisitas,
incomuns.
- Você pode também achar uma palavra que acha bonita para colocar ao
lado de cada coisa que você gosta na lista. Por exemplo: Eu amo.
Tentar fazer as relações surpreendentes.
27
Misturar toda essa massa de palavras com a brincadeira de palavras
misturadas com emoções e criar um poema que trate dos mais variados
temas.
- Selecionar dez palavras de cada grupo para formar um texto poético.
- Formar grupos e separar a letra da canção “Tarde em Itapoã” em vários
pedaços. Perceber qual grupo concluirá a montagem primeiro.
- Representar para os demais colegas. Cada grupo achará uma maneira
diferente de apresentá-la.
-Cada grupo falará das suas sensações sentidas após a leitura e a
reflexão sobre o texto. Escrever as sensações sentidas e apresentá-las
para os demais.
9ª, 10ª, 11ª e 12ª aulas
Vinícius de Moraes “Há canções e há momentos / Que eu não sei como explicar / Em que a
voz é um instrumento / Que eu não posso controlar / Ela vai ao infinito
/ Ela amarra todos nós / E é um só sentimento / Na plateia e na voz”
(NASCIMENTO; BRANDT, 2010).
- Levar um vídeo com apresentação das canções “Gente humilde”11 e
“Se todos fossem iguais a você”12 de Vinícius de Moraes.
- Deixar as letras das canções expostas no PowerPoint.
11 Fonte do vídeo, acessado em outubro de 2013. http://www.youtube.com/watch?v=sp2nkNNAc4I 12 Fonte do vídeo, acessado em outubro de 2013. http://www.youtube.com/watch?v=XswzObX0kk4&feature=youtu.be
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Gente HumildeVinícius de Moraes
Tem certos diasEm que eu penso em minha genteE sinto assimTodo o meu peito se apertarPorque parece que aconteceDe repenteComo um desejo de eu viver sem me notar
Igual a tudo, quando eu passoNum subúrbioEu muito bem, vindo de tremDe algum lugarAí me dá uma invejaDessa genteQue vai em frenteSem nem ter com quem contarSão casas simplesCom cadeiras na calçadaE na fachada, escrito em cimaQue é um lar
Paisagem de subúrbio, 1930Emiliano Di Cavalcanti (Brasil, 1897-1976)Óleo sobre tela
29
Pela varanda, flores tristesE baldiasComo a alegria que não temOnde encostarE aí me dá uma tristezaNo meu peitoFeito um despeito de eu não terComo lutarE eu não creioPeço a Deus por minha genteÉ gente humildeQue vontade de chorar
Crédito das imagens, acessadas em 27 de novembro de 2013:
Slide 1http://www.liliancomunica.com.br/site/index.php/tag/gente-humilde/
Slide 2http://peregrinacultural.wordpress.com/tag/pintura-brasileira/
Slide 3http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2013/10/musical-sobre-100-anos-de-vinicius-de-moraes-acontece-em-bertioga-sp.html
http://www.luizberto.com/mala-da-cobra-arievaldo-vianna/quadras-e-glosas-inspiradashttp://yogini.wordpress.com/2007/03/13/60/mans-first-breath/
MORAES, Vinícius de. Gente Humilde.http://letras.mus.br/vinicius-de-moraes/1287345/ Se todosfossem iguais a você. Letra e música disponíveis no portalTerra.letras.mus.br. Acesso em outubro de 2013.
30
Se todos fossem iguais a vocêVinícius de Moraes
Vai tua vidaTeu caminho é de paz e amor
A tua vidaÉ uma linda canção de amorAbre os teus braços e canta
A última esperançaA esperança divina
De amar em paz
Se todos fossemIguais a vocêQue maravilha viverUma canção pelo arUma mulher a cantarUma cidade a cantar, a sorrir, a cantar, a pedirA beleza de amarComo o sol, como a flor, como a luzAmar sem mentir, nem sofrer
31
Existiria a verdadeVerdade que ninguém vêSe todos fossem no mundo iguais a você
Crédito das imagens, acessadas em 27 de novembro de 2013:
Slide 1http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-514306976-lp-vinil-vinicius-se-todos-fossem-iguais-a-voc-_JM
Slide 2http://coverbrasil-leko017.blogspot.com.br/2013/05/va-vinicius-se-todos-fossem-iguais-voce.html
Slide 3http://blogdoemilsontavares.blogspot.com.br/2013/10/100-anos-de-vinicius-de-moraes.html
http://www.luizberto.com/mala-da-cobra-arievaldo-vianna/quadras-e-glosas-inspiradashttp://yogini.wordpress.com/2007/03/13/60/mans-first-breath/
MORAES, Vinícius de. Se todos fossem iguais a você.http://letras.mus.br/vinicius-de-moraes/49284/ Letra e músicadisponíveis no portal Terra.letras.mus.br. Acesso em outubro de 2013.
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- Analisar as letras reflexiva e oralmente.
- Leitura em voz alta, prestando atenção na postura do corpo e da voz.
- Separar a turma em dois grupos.
- Um grupo apresenta a canção ”Gente Humilde”, o outro grupo apresenta
a canção “Se todos fossem iguais a você”.
- Em seguida, cada grupo explicitará quais as sensações sentidas com
aquela canção, quais as ligações que podemos fazer com nossa realidade.
(A cada grupo é dado tempo para análise e discussão, depois, em grande
grupo, cada grupo expõe o que discutiu e analisou).
- Cantar a letra da canção ou recitá-la em forma de poema expressando
tristeza, preocupação, felicidade, etc.
13ª, 14ª, 15ª e 16ª aulas Apresentar por meio de áudio13 e imagem14 a canção: “Cidadão” do
cantor e compositor Zé Geraldo.
Tá vendo aquele edifício moço,
ajudei a levantar
foi um tempo de aflição
13 Fonte da letra e da música GERALDO, Zé. Cidadão. Disponível no portal Terra.letrasmus.br/Ze-Geraldo/68686/. Álbum Terceiro Mundo, de 1979. http://pt.wikipedia.org/wiki/Z%C3%A9_Geraldo Acesso em outubro de 2013. 14 Crédito da imagem, acessada em outubro de 2013. http://hofmannstoll.blogspot.com.br/2010/12/musica-brasileira-ze-geraldo-terceiro.html
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eram quatro
conduções
duas pra ir, duas pra voltar
hoje depois dele pronto
olho pra cima e fico tonto
mas me vem um cidadão
e me diz desconfiado tu ta aí admirado
ou tá querendo roubar?
Meu domingo está perdido
Vou pra casa entristecido
Dá vontade de beber,
E pra aumentar o meu tédio
Eu nem posso olhar pro prédio
Que eu ajudei a fazer
Tá vendo aquele colégio moço?
Eu também trabalhei lá
Lá eu quase me arrebento
Pus a massa fiz cimento
Ajudei a rebocar
Minha filha inocente
Vem pra mim toda contente
Pai vou me matricular
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Mas me diz um cidadão
Criança de pé no chão
Aqui não pode estudar
Essa dor doeu mais forte
Por que que eu deixei o norte?
Discussão oral sobre o tema abordado.
1. Observando os versos da letra da canção, qual tema central podemos
identificar?
2. Qual o momento em que o personagem da canção sente mais dor?
3. O cidadão disse que seu filho não pode estudar na escola. Por quê?
Esses fatos acontecem ainda hoje? Se acontecem, o que deve e pode ser
feito para ser mudado?
4. O cidadão tinha outra profissão antes de ser pedreiro? Que versos da
letra da canção mostram isso?
5. O que você entende pela expressão “Hoje o homem criou asas”?
6. Quais são as principais queixas apresentadas na letra dessa canção?
Observando também como o autor se manifesta.
O uso das rimas no texto.
Propor aos alunos cantarem juntos, ou individualmente, a canção em
karaokê15, observando a ênfase na voz e na expressão ao cantar pelo
estilo do que se está propondo no texto.
Usar o texto para fazer declamação de texto poético, separando a turma
em grupos para que declamem. 15 Vídeo disponível em http://www.youtube.com/watch?v=5nWc59-z2rM&feature=youtu.be Acesso em outubro de 2013.
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Separar a turma em dois grupos para que representem a canção de
alguma maneira.
Propor para que, em duplas, criem uma paródia a partir da canção
“Cidadão” do cantor e compositor Zé Geraldo.
Após as apresentações, iniciar uma avaliação individual sobre os temas
propostos relacionados à canção e ao poema:
1. A canção proposta ajudou você a refletir sobre algum assunto em
particular?
2. Você considera esta canção ultrapassada?
3. Você considera esta canção bonita, feia, ou outro adjetivo? Comente.
4. Faça uma consideração pessoal falando sobre a vantagem de se
trabalhar com a canção, se ela ajudou melhor você no conhecimento e na
reflexão de algum assunto.
17ª, 18ª, 19ª e 20ª aulas Primeiramente mostrar um vídeo16 do youtube com o Cantor Oswaldo
Montenegro.
Depois, mostrar aos alunos a apresentação em Power point a seguir.
16 Vídeo disponível em http://www.youtube.com/watch?v=ujQoUEdXr_8 Acesso em outubro de 2013.
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MetadeOswaldo Montenegro
Que a força do medo que tenhoNão me impeça de ver o que anseioQue a morte de tudo em que acreditoNão me tape os ouvidos e a bocaPorque metade de mim é o que eu gritoA outra metade é silêncio
Que a música que ouço ao longeSeja linda ainda que tristeza
Que a mulher que amo seja pra sempre amadaMesmo que distante
Pois meta.de de mim é partidaA outra metade é saudade
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Que as palavras que faloNão sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervorApenas respeitadas como a única coisaQue resta a um homem inundado de sentimentosPois metade de mim é o que ouçoA outra metade é o que calo
Que a minha vontade de ir emboraSe transforme na calma e na paz que mereçoQue a tensão que me corrói por dentroSeja um dia recompensadaPorque metade de mim é o que pensoA outra metade um vulcão
Vulcão Tungurahua em Guayaquil, Equador
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Que o medo da solidão se afasteE o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável
Que o espelho reflita meu rosto num doce sorrisoQue me lembro ter dado na infância
Pois metade de mim é a lembrança do que fuiA outra metade não sei
Que não seja preciso mais do que uma simples alegriaPra me fazer aquietar o espíritoE que o seu silêncio me fale cada vez maisPois metade de mim é abrigoA outra metade é cansaço
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Oswaldo MontenegroFoto interna de disco de vinil
Que a arte me aponte uma respostaMesmo que ela mesma não saibaE que ninguém a tente complicarPois é preciso simplicidade pra fazê-la florescerPois metade de mim é plateiaA outra metade é cançãoQue a minha loucura seja perdoadaPois metade de mim é amorE a outra metade também
Crédito das imagens, acessadas em 27 de novembro de 2013:
Slide 1http://www.jornaltudobh.com.br/tudo-mais/oswaldo-montenegro-faz-show-em-bh/
Slide 2 http://nanynhajuli.blogspot.com.br/2012/06/bb-ta-com-saudade.html
Slide 4http://www.csmonitor.com/Science/2010/0602/New-study-could-explain-why-volcanoes-form-far-from-the-edges-of-tectonic-plates
Slide 3 http://papodehomem.com.br/o-amor-que-ninguem-ve/
http://www.luizberto.com/mala-da-cobra-arievaldo-vianna/quadras-e-glosas-inspiradashttp://yogini.wordpress.com/2007/03/13/60/mans-first-breath/
Slide 5 http://www.houzz.com/photos/300477/Ung-Drill-Mirror-contemporary-mirrors-
Slide 6http://atualidadesp.blogspot.com.br/2013/10/silencio-sobre-audiencia-incomoda-sinte.html
Slide 7http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-515450054-oswaldo-montenegro-ao-vivo-_JM
MONTENEGRO. Oswaldo. Metade. Letra e música disponíveis noPortal Terra.letras.mus.br/Osvaldo-montenegro/72954/ Álbum: Trilhasde 1977. Gravadora Independente. Acesso em outubro de 2013.
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Separarei a turma em grupos e levar aos alunos a anotarem os
principais pontos tratados na canção.
Observarei se eles se identificam com alguma das estrofes mostradas,
e por quê?
Farei com que eles declamem oralmente a letra da canção, como um
poema, sempre prestando atenção nos detalhes do corpo, da voz e das
expressões, sempre indagando se conseguimos demonstrar mais
subjetividade ao tema quando mudamos nossa postura.
A partir da letra da canção proposta como tema, os alunos produzirão
poemas com o tema “Metade”. Esta será uma atividade individual para ser
apresentada aos colegas em forma de declamação.
21ª, 22ª, 23ª e 24ª aulas Audição de canções:
Violeiro Triste17 Alvarenga e Ranchinho
Canta, canta bem-te-vi Pra mim ouvir Canta, canta sabiá Pra me consolá
Que a tristeza e a sôdade Tão me fazendo chorá
17 ALVARENGA e RANCHINHO (DUPLA SERTANEJA) Violeiro triste. Letra e música disponíveis no Portal Terra.letras.mus.com.br e vídeos do youtube Url do vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=izhgN1kBsz4 Acesso em outubro de 2013.
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Que a tristeza e a sôdade Tão me fazendo chorá
Tem uma viola Que nas noite de luá Quando pego a ponteá Chora até os passarinhos
E quando a lua Lá no céu me vê sozinho Põe a sua luz prateada Clareando o meu ranchinho
Canta, canta bem-te-vi Pra mim ouvir Canta, canta sabiá Pra me consolá
Que a tristeza e a sôdade Tão me fazendo chorá Que a tristeza e a sôdade Tão me fazendo chorá
Aqui na mata Tenho tudo que eu quero Tenho o canto do bodéro Tenho o céu e a natureza
E quando a lua vem saindo Que beleza Só me falta um amor Pra matar minha tristeza
Canta, canta bem-te-vi Pra mim ouvir Canta, canta sabiá Pra me consolá
Que a tristeza e a sôdade Tão me fazendo chorá Que a tristeza e a sôdade Tão me fazendo chorá.
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Quando a gente ama18
Composição: Marcelo Barbosa Barreti / Nil Bernardes / Fábio Caetano Interpretação de Osvaldo Montenegro
Quem vai dizer ao coração, Que a paixão não é loucura Mesmo que pareça Insano acreditar
Me apaixonei por um olhar Por um gesto de ternura Mesmo sem palavra Alguma pra falar
Meu amor,a vida passa num instante E um instante é muito pouco pra sonhar
Quando a gente ama, Simplesmente ama É impossível explicar Quando a gente ama Simplesmente ama!
Atividade proposta19
Certas canções, principalmente as que tratam de amor, são
verdadeiras poesias. A canção "Quando a gente ama" é uma dessas. Dá
18 MONTENEGRO, Oswaldo. Quando a gente ama. Letra e Música disponíveis no Portal Terra.letras.mus.com.br/Oswaldo-Montenegro. Álbum: “A partir de agora”. 2006. Vídeos do youtube acessados em outubro de 2013. http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=WI7341mhliw (Legendado) http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=WI7341mhliw (versão playback) http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=k-oUl6bd3v0 19 Adaptada de http://www.linguaportuguesa.net.br/2010/09/analise-da-musica-quando-gente-ama.html Acesso em novembro de 2013.
43
vontade de ouvir, ouvir de novo e cantar... A catarse que dá, a emoção
dos sentimentos que afloram em uma canção é, para mim, uma das muitas
funções mais belas da arte: induzir a sentimentos. Ouvindo uma canção,
você pode se sentir tão alegre ou tão triste, de acordo com seus
pensamentos e acontecimentos do dia, ou pela interpretação de quem
canta. Já em outras canções, a paz é tão gostosa... Essa me dá uma
sensação de paz maravilhosa, pela simplicidade de falar do maior
sentimento humano de uma maneira que qualquer pessoa pode entender:
simplesmente.
Interpretação
No trecho:
"Quem vai dizer ao coração, / Que a paixão não é loucura / Mesmo que pareça / Insano acreditar, temos uma personificação do órgão humano. Como se precisássemos
dizer a ele, ao coração, depois de ouvir suas indagações sobre a paixão,
sobre as insanidades do amor. E, fazendo isso, explicar que a paixão,
sentimento que o coração estaria sentindo, "não é loucura", mesmo que
aparentemente pareça.
insano adj.1. Louco, demente. 2. Ímprobo. 3. Excessivo. 4. Contínuo.
Me apaixonei por um olhar / Por um gesto de ternura Mesmo sem palavra / Alguma pra falar Neste trecho, vemos os argumentos do apaixonado, que se apaixona por
um gesto, um sorriso, uma ternura, uma palavra. Por isso, até mesmo a
falta do acreditar e a referência à loucura.
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Meu amor, a vida passa num instante / E um instante é muito pouco pra sonhar
A magia infinita dos apaixonados que querem eternizar os sentimentos e
os momentos com o ser amado. Em contraste, a efemeridade da vida, que
passa de forma tão rápida e é muito pouca para realizar nossos sonhos.
Para que perder tempo então em complicações ou análises sobre ela?
Argumento próprio dos que amam, dos que sonham e querem ver seus
sonhos realizados com a pessoa amada.
Quando a gente ama / Simplesmente ama / É impossível explicar / Quando a gente ama / Simplesmente ama
Quem já não ouviu essa frase, ou não a disse? Amo porque amo e pronto,
diz a cultura popular, a vizinha, o amigo, o feio, o bonito. Há como explicar
porque se ama a João e não a Pedro? Por que se ama o feio, se bonito lhe
parece? Não há como! Como na letra, o amor é simples de sentir.
Simplesmente acontece, sem rodeios, explicações detalhadas ou avisos.
- Separar a turma em quatro grupos e pedir que eles sintetizem e
expliquem o que entenderam do verso sorteado, quais os sentimentos
presentes e as emoções que sentiram. Inventar novas estrofes com os
versos postos.
Responder individualmente:
a) Que características principais são destacadas em cada um dos textos?
b) Que diferença você consegue perceber entre os dois textos?
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c) Qual dos dois textos conseguiu mexer mais com os teus sentimentos?
Por quê?
- Separar a turma em quatro grupos e pedir que eles sintetizem e
expliquem o que entenderam do verso sorteado, quais os sentimentos
presentes e as emoções que sentiram. Inventar novas estrofes com os
versos postos.
* Quem vai dizer ao coração, / Que a paixão não é loucura / Mesmo que pareça / Insano acreditar, * Me apaixonei por um olhar / Por um gesto de ternura Mesmo sem palavra / Alguma pra falar * Meu amor, a vida passa num instante / E um instante é muito pouco pra sonhar * Quando a gente ama / Simplesmente ama / É impossível explicar / Quando a gente ama / Simplesmente ama" - Declamar as letras das canções
- Cantar juntos, no vídeo que será projetado no telão em forma de
playback.
- Cada aluno fará uma apresentação solo da música oralmente.(cantando
ou declamando)
- Observar a diferença entre os estilos que cantam e que geralmente
ouvem.
25ª, 26ª, 27ª e 28ª aulas
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1. Cantar com voz bem alta as canções apresentadas no karaokê (mesmo
que desafinadas)
2. Fazer ginástica abdominal ensinando a puxar e soltar o fôlego no
momento certo.
Contar números até o máximo do fôlego.
Repetir várias vezes e ir aumentando a contagem. Fazer narração de gol
usando mesma técnica.
3. Cantar com a boca fechada, fazendo o som da música sem abrir a boca.
4. Chamar o nome do colega sussurrando.
5. Falar o nome de um colega em vários tons; em tom de entusiasmo, em
tom de alegria, em tom de tristeza.
6. Ouvir os colegas declamando frases; com olhos vendados, os alunos
tentam descobrir quem as declamou.
7. Apartir de pequenas histórias, dramatizar a mesma cena de várias
maneiras: em tom de entusiasmo, em tom de alegria, em tom de tristeza.
8. Aula-ensaio dos poemas e canções que serão apresentados aos pais.
29ª aula
Aula-Ensaio para preparar os alunos para o uso da voz em
público.
Exercícios vocais usando consoantes e vogais, utilizando a respiração
abdominal, utilizando papéis ,objetivando (dar a entonação de um locutor
de futebol, por exemplo), exercitando a desinibição em público, e
principalmente o volume da voz.
Exercício 1: em pé e em círculo, os alunos aprendem a respirar pelo
abdômen, utilizando o ar inspirado pelo nariz para encher o abdômen
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fazendo uma espécie de balão de ar na barriga. Inspiram o ar pelo nariz e
expiram pela boca usando todo o pulmão e o abdômen.
Exercício 2: imaginado que possuem uma vela acesa à sua frente, os
alunos expiram o ar do abdômen soltando a voz junto, entoando a vogal
“a” e sustentando a vogal o máximo que podem. Repetem o exercício com
as vogais “e”, “i”, “o”, e “u”.
Exercício 3: os alunos buscam agora diferenciar os sons das
consoantes repetindo várias vezes os exercícios de dizer os seguintes
sons consonantais das letras: “p”, “b”, “k”, “t” e “r”. Logo a seguir, das
letras “s”, “z”, “x” e “v”.
Exercício 4: em pé e em círculo, os alunos repetem, escandindo as
sílabas, os seguintes trava-línguas: “Três Tigres Tristes comeram três
pratos de trigo bem triturado.” e “O rato roeu a rolha da garrafa de cachaça
real do rei Rui da Rússia.”
Este exercício pode ser feito também individualmente dizendo bem
rápido e acertando o trava-línguas.
Exercício 5: em pé e divididos em dois grupos, os alunos cantam a
seguinte canção folclórica, escandindo as sílabas e pronunciando e
articulando bem cada som:
Como pode um peixe vivo viver fora da água fria. 2 vezes Como poderei viver. 2 vezes Sem a sua, sem a sua, sem a sua companhia - 2 vezes
Fazer uma espécie de jogral com os dois grupos, cada um cantando
uma parte da música para o outro e depois os dois grupos cantando a
música juntos.
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Exercício 6: trabalhar a entonação na voz de cada um. Escolher doze
alunos ou mais que se candidatem a participar da atividade. Dar, a cada
um deles, um tipo de voz. Exemplo:
1. Locutor de Futebol
2. Criança Manhosa
3. Fofoqueira
4. Pregador Evangélico
5. Político em Comício
6. Velha ranzinza
7. Atendente de Telemarketing
8. Camelô ou vendedor de feira
9. Bêbado
10. Adolescente Rebelde
11. Apresentador de Telejornal
12. Cantor Sertanejo
13. Caipira
14. Pedro Malasartes
15. Malandro carioca
16. Surfista
17. Chefão da Máfia
Exercício final: cada aluno recebe seu "tipo de voz" escrito num papel que
ele não pode mostrar aos demais. Ele, então, tem de entoar com essa voz,
a seguinte parlenda (sem jamais se desviar do texto):
HOJE É DOMINGO / PÉ DE CACHIMBO / O CACHIMBO É DE OURO / BATE NO TOURO / O TOURO É VALENTE / BATE NA GENTE / A GENTE É FRACO / CAI NO BURACO/ O BURACO É FUNDO / ACABOU-SE O MUNDO.
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Depois de cada apresentação, os colegas têm de adivinhar que voz
era aquela que o aluno estava fazendo. O professor pode dar pistas, mas
jamais contar qual era a voz, exceto se depois de um bom tempo, ninguém
acertar. Os alunos podem fazer gestos, imitando os personagens de suas
respectivas vozes.
30ª aula
Aula-Ensaio para preparar os alunos para o uso do gesto e do corpo
em público:
Exercícios de expressão corporal, jogos teatrais para não atores (jogo
do espelho, jogo do urso de Nanterre, jogo do gato e rato, utilização de
personagens em caminhadas) etc..
Para preparar corporalmente os alunos e integrar melhor a turma,
faremos os seguintes exercícios:
Jogo do Urso (finalidade de integrar o grupo)
A turma escolhe alguém para ser o urso. Todos os outros alunos,
quando o urso começar a caminhar, têm de ficar numa posição congelada,
sem se mexer minimamente. O urso irá se aproximar de um por um e irá
fazer caretas, cócegas, pegar no cabelo, enfim, fará coisas para que cada
colega se mexa ou sorria. Aquele que se mexer ou sorrir, imediatamente
virará urso também e terá a mesma tarefa: distrair de alguma maneira a
concentração dos colegas, até todos terem virado urso ou alguém ganhar
o jogo pelo uso da concentração.
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Jogo do Gato e do Rato (finalidade de integração da turma)
A turma escolhe alguém para ser o gato. Todos os outros,
automaticamente serão ratos. Para o rato escapar do gato, ele tem de
estar de braço dado com um colega. Só que os ratos têm de trocar de par,
e assim, quando não estiverem de braço dado com ninguém, o gato pode
pegá-los. A quem o gato pegar, vira gato também. Fazer com que os
alunos escolham uma dupla para iniciar o exercício e ao longo de sua
execução, troquem de duplas.
Jogo do Espelho (finalidade de integração, concentração e uso do corpo)
Esta atividade é feita em duplas. Um da dupla será Charles Chaplin, e
o outro será seu espelho. Tudo que o artista fizer, o espelho tem de repetir
igual. Se o aluno levantar o pé e depois a perna, o aluno que faz o espelho
tem de imitar o gesto, se possível no mesmo momento em que este
acontece. Os alunos têm de se olhar nos olhos e se concentrar nos gestos
e caretas dos colegas e imitá-los o mais perfeitamente possível. Depois o
que faz o espelho troca de lugar com o que fez o artista e assim, os dois
da dupla experimentam os dois tipos de papel: como espelho e como
Charles Chaplin.
Caminhada: em pé (finalidade de integração, concentração e desinibição)
Pedir para que os alunos caminhem de acordo com aquilo que o
professor for dizendo, mostrar, em seus gestos e passos, o sentimento
despertado pela ordem do professor.
1. Caminhe como se você estivesse no shopping prestes a comprar algo
muito bacana.
2. Caminhe como se você fosse encontrar o amor da sua vida.
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3. Caminhe com pressa, você vai perder o ônibus! É o show do Metallica!
4. Caminhe como se você estivesse indo ao seu primeiro emprego.
5. Caminhe como se você estivesse de férias na praia.
6. Caminhe como se você estivesse voltando do velório do seu melhor
amigo.
7. Caminhe como se você tivesse acabado de ser contratado pela Rede
Globo.
8. Caminhe como se você fosse a Rainha da Inglaterra.
9. Caminhe como se você fosse soldado.
10. Caminhe como se você tivesse ganhado na Mega Sena.
11. Caminhe imaginando que você está voltando de uma balada,
completamente bêbado.
12. Caminhe como se você fosse um orangotango.
Exercício da Caminhada de Personagens (finalidade de integração,
concentração e desinibição)
O professor propõe, como exercício final, que cada aluno caminhe
com o gestual de um personagem. O professor distribui para cada aluno
um papel com um personagem de contos de fadas e o aluno tem de
caminhar como o personagem e depois fazer a voz do personagem e
apresentá-lo aos colegas. Exemplos de personagens que podem ser
distribuídos aos alunos:
1. Soldado do Rei
2. Rei
3. Rainha
4. Príncipe Encantado
5. Princesa
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6. Fada
7. Bruxa
8. Duende
9. Dragão
10. Lobo Mau
11. Vovozinha
12. Marinheiro
13. Pirata
14. Bispo
15. Cavaleiro do Rei
16. Camponês
17. Camponesa
18. Vendedor ambulante
19. Artesão
20. Feiticeiro
21. Rainha das Fadas
22. Anjo bom
A apresentação com a voz do personagem pode ser assim: "Olá meus
súditos, ajoelhem-se todos, eu sou a Rainha." Portanto, o aluno deverá se
identificar com cada personagem escolhido.
31ª aula
Aula-Ensaio para preparar os alunos para sua apresentação
Utilização de exercícios de relaxamento e respiração. Ensaio dos
alunos que irão declamar e cantar.
53
Pedir para que os alunos sentem em suas carteiras da maneira mais
confortável possível. Pedir a todos que fechem seus olhos. Colocar a
canção "Orinoco Flow"20 e pedir aos alunos que respirem profundamente.
Pedir que contem três respirações profundas e então iniciar o relaxamento.
Pedir aos alunos que relaxem seus pés e sintam a planta dos pés, os
dedos e o calcanhar bem relaxados. Depois passar para a parte posterior
das pernas, a "batata" da perna, depois relaxar os joelhos, relaxar as
coxas, relaxar o quadril, relaxar o abdômen, pedir aos alunos que sintam
agora o ar entrando nos pulmões mais relaxados, relaxar os pulmões,
relaxar o peito, relaxar a coluna, relaxar os ombros, relaxar os braços,
relaxar as mãos, relaxar o pescoço, relaxar a boca, a face, os olhos, o
nariz, relaxar a testa, relaxar o couro cabeludo. E então pedir aos alunos
que imaginem uma luz entrando pelo alto da cabeça e indo em direção ao
coração. Essa luz se espalha do coração para o resto do corpo deles e os
deixa relaxados e saudáveis, corajosos e bem dispostos, com excelentes
condições de cantarem e declamarem, essa luz os deixa seguros e
confiantes frente o público. Depois pedir que respirem mais uma vez
profundamente e abram os olhos devagar, mexendo os dedos das mãos
de forma bem lenta.
Após este exercício, ensaiar os alunos que queiram declamar ou
cantar em primeiro lugar.
20 Discografia de "Orinoco Flow" Canção da cantora irlandesa Enya. Álbum: Orinoco Flow. Lançamento: 1988. Gênero: New Age. Duração: 4:25. Composição: Enya e Roma Ryan. Produção: Enya e Nicky Ryan.
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32ª aula
Aula-Ensaio para preparar os alunos para sua apresentação
Utilização de exercícios de respiração, relaxamento e técnicas
corporais. Ensaio dos alunos para apresentação de suas músicas e
poesias ao público.
Repetição do Exercício de relaxamento e respiração da aula anterior.
Ensaio com os outros alunos que ficaram para apresentar depois. Usar o
exercício da dança do elefante para soltar o corpo dos alunos.
Dança do Elefante: de pé, com os braços ao longo do corpo, os alunos
balançam o corpo e os braços para os dois lados, girando o corpo e os
braços, soltando os braços cada vez mais, como se fossem bonecos de
areia, pesados e moles.
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CONCLUSÃO
SARAU-ESPETÁCULO
Após ensaiar nas aulas, os alunos do 9º ano realizarão um sarau-
espetáculo em que as canções e os textos poéticos criados em sala de
aula serão apresentados aos pais, colegas e professores da escola, assim,
o talento e a criatividade dos jovens da turma serão mostrados a todos.
Este sarau-espetáculo será o fechamento de todo o trabalho realizado em
classe, que retomando os princípios da performance, culminará na
apresentação dos alunos. Dessa maneira, encerraremos todo um trabalho
com textos poéticos e musicais, indo da primeira performance em sala de
aula (vídeo, powerpoint, audição de canções, etc.), passando pela análise
e criação de textos e culminando numa outra performance na qual a
palavra poética é expressada no corpo, no gesto e na voz dos alunos.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
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