Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos

A EDUCAÇÃO À SERVIÇO DA REDUÇÃO DA ASCARIDÍASE E DA AQUISIÇÃO DE HÁBITOS DE HIGIENE NA ESCOLA

Maria de Fátima Garla Sella1

Eduardo José de Almeida Araújo2 Resumo: A ascaridíase é uma das verminoses mais comuns no Brasil, principalmente nas áreas rurais e na periferia das grandes cidades, onde a população vive em condições caóticas, sem estrutura sanitária básica, sendo maior a incidência dessa parasitose. O objetivo desse artigo é apresentar os resultados de um projeto de intervenção pedagógica realizado na disciplina de Ciências na turma do sétimo ano do ensino fundamental do Colégio Estadual Benjamin Constant, Londrina-PR, no que tange o ensino da Ascaridíase, Fisiologia Intestinal e Hábitos de Higiene por meio de práticas pedagógicas diferenciadas. O referido projeto foi desenvolvido com35 alunos. Além da tradicional exposição do tema por meio de aulas teóricas, foram realizadas diferentes tipos de atividades para fixação dos conteúdos. Antes e depois da realização dessas atividades, aplicou-se um questionário sobre Ascaridíase e hábitos de higiene para todos os alunos participantes do projeto. Os resultados mostraram que após as atividades pedagógicas, os estudantes evidenciaram significativo aumento de apropriação de conhecimento. Ao final do projeto, outro questionário foi aplicado à família dos estudantes e os resultados revelaram que não houve uma sintonia entre as atividades da escola e o ganho de conhecimento na família. Concluiu-se que as atividades pedagógicas utilizadas neste projeto de intervenção pedagógica foram adequadas para transmissão de conhecimento sobre Ascaridíase, Fisiologia Intestinal e Hábitos de Higiene. Palavras-Chave: Higiene. Saúde. Verminose. Prevenção.

1 INTRODUÇÃO

A ascaridíase é uma das verminoses mais comuns no Brasil, principalmente

nas áreas rurais e na periferia das grandes cidades onde a população vive em

condições caóticas, sem estrutura sanitária básica (SILVA; ANDRADE; TAVARES-

NETO, 2003). O causador desta doença é o helminto Ascaris lumbricoides, um dos

parasitas mais comuns em todo o mundo, principalmente nas regiões tropicais e

subtropicais do planeta. Como problema de saúde pública, esse verme destaca-se,

sobretudo, nos segmentos da sociedade de baixo nível socioeconômico.

1 Licenciatura em Ciências (1984), pelo Centro de Estudos Superiores de Londrina. Curso de Habilitação em Biologia (1985) pela Fundação Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Cornélio Procópio. Especialização em Didática e Metodologia do Ensino (1985). Professora de Ciências do Colégio Estadual Benjamin Constant - Ensino Fundamental e Médio, e como Professora de Biologia no Colégio Estadual Nilo Peçanha - Ensino Fundamental e Médio, Londrina-Pr. E-mail: fatimagsbio@hotmail.com. 2 Graduação em Ciências Biológicas (1999) e Mestrado em Morfologia (2002) pela Universidade Federal de Goiás, Doutorado em Biologia Celular (2004) pela Universidade Estadual de Maringá, e Pós-doutorando em Gastroenterologia pela Queen Mary University of London (Reino Unido). Professor adjunto do Departamento de Histologia da Universidade Estadual de Londrina/UEL. E-mail: eduardoaraujo@uel.br.

A infecção causada pelo A.lumbricoides ocorre através da via oral.

Normalmente, as pessoas infectam-se ao ingerir água e/ou alimentos crus

contaminados com ovos do parasito. Maus hábitos de higiene contribuem muito para

a prevalência da ascaridíase. Crianças podem se infectar facilmente através do solo

contaminado, caso levem as mãos contendo ovos do parasito à boca. Os ovos do A.

lumbricoides ingeridos passam pelo estômago e as larvas são liberadas no intestino

delgado. Em seguida elas atravessam a parede do intestino indo para a circulação

sanguínea, chegando ao lado direito do coração para serem impulsionadas aos

pulmões. Nestes órgãos, elas sofrem novas mudanças e migram pela árvore

brônquica e, assim, podem ser eliminadas pela saliva ou serem deglutidas. Ao serem

deglutidas, atingem novamente o intestino delgado, instalando-se até atingir a

maturidade para produzirem novos ovos, reiniciando o seu ciclo (NEVES et al., 1998).

A profilaxia e o tratamento são os principais meios de combater a doença.

Neste sentido, Rey (2008, p. 595) destaca que:

O homem é a única fonte de parasitos, sendo a população infantil, em idade escolar e pré-escolar, a mais pesadamente infectada e, portanto, a que promove maior poluição do meio. O hábito de defecar no chão, comum entre a gente do campo e dos bairros pobres das zonas urbanas, onde as instalações sanitárias são raras ou tão repulsivas que poucos fazem uso delas, conduz à intensa e permanente contaminação dos terrenos do peridomicílio.

Recomenda-se que o tratamento da ascaridíase seja realizado mesmo com

número reduzido de helmintos, evitando assim complicações, devido às possíveis

migrações anômalas (CIMERMAN; CIMERMAN, 1999).

As características de disseminação da ascaridíase evidenciam o quanto é

importante haver mudança de hábito de higiene na vida das pessoas, sobretudo as

que moram próximas a focos de disseminação da doença. Nesse sentido, ações

educativas, se adequadamente utilizadas, podem tornar-se uma importante estratégia

para impulsionar mudança de hábitos. A educação propõe a formação de sujeitos

autônomos, não sendo fundamentada em um só mecanismo e nem na pura razão,

mas em princípios e através de experiências vivenciadas pelos educandos, tendo

como objetivo a emancipação (KANT apud SOUZA, 2010).

Quanto à realização de ações educativas adequadas, Freire (2002) aponta

que a educação, por não apresentar um conhecimento pronto, necessita iniciar o

trabalho investigando os conhecimentos prévios dos alunos e elaborando estratégias

para que ocorra o processo de ensino e aprendizagem. Neste contexto, é importante

inserir a história da comunidade no currículo escolar, motivando ao ato de ensinar e

aprender.

Foi dentro deste contexto que o presente trabalho foi realizado, tendo como

objetivo aplicar e desenvolver estratégias de ensino sobre ascaridíase, o

funcionamento do sistema digestório, e de hábitos de higiene visando a internalização

de conceitos e mudanças de práticas de vida de estudantes do sétimo ano do período

vespertino, do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Benjamin Constant, na

cidade de Londrina-PR, o qual pertence ao Núcleo Regional de Educação de Londrina

no Estado do Paraná.

2 EXPOSIÇÃO DO TEMA, FIXAÇÃO DO CONTEÚDO E AVALIAÇÃO

Este trabalho foi executado a partir de um projeto de intervenção pedagógica,

o qual foi previamente apresentado e aprovado pela equipe gestora e pedagógica do

Colégio Estadual Benjamin Constant, Londrina-PR, pertencente ao Núcleo Regional

de Educação de Londrina-PR. Vale destacar que, após a explanação dos objetivos e

metodologias da intervenção, a proposta foi recebida com expectativas positivas pela

equipe do Colégio, uma vez que vem ao encontro de algumas demandas da Instituição

de Ensino. Além da busca de transmissão de conteúdo, a tônica na implementação

do projeto foi exatamente consolidar práticas que os alunos exercitem em suas vidas

pessoais e familiares, expandindo os conhecimentos para seus grupos ou pares de

amigos, na comunidade em que vivem.

Trata-se de uma ação educativa que foi bem planejada e executada no

primeiro semestre de 2014, durante cinco meses, em uma turma do 7º ano do Ensino

Fundamental, em três aulas semanais, no período vespertino. A implementação do

projeto faz parte de uma das atividades desenvolvidas pela autora junto ao Programa

de Desenvolvimento Educacional (PDE) - Turma 2013.

O tema proposto para essa ação educativa: Ascaridíase, Fisiologia Intestinal

e Hábitos de higiene, encontram-se inserido nas Diretrizes Curriculares do Paraná, na

unidade Sistemas Biológicos: célula, morfologia e fisiologia dos seres vivos (PARANÁ,

2008), tendo como suporte teórico livros, artigos e informações on-line.

Além das aulas expositivas para a explanação do tema, os alunos

desenvolveram diferentes estratégias de ação por meio de práticas pedagógicas que

visavam à conscientização da prevenção contra a Ascaridíase por intermédio da

aquisição de hábitos de higiene. Para avaliar a efetividade das estratégias

pedagógicas foi utilizado um questionário contendo questões fechadas sobre a

Ascaridíase (Apêndice A). Questionário este que foi aplicado antes e depois da

realização de todas as atividades. Assim, foi possível aferir o nível de conhecimento

que os alunos apresentaram sobre a Ascaridíase antes e após a realização das

estratégias pedagógicas realizadas.

Durante as atividades que serão descritas abaixo, percebeu-se um maior

engajamento dos alunos em atividades que fugiam daquelas praticadas mais

rotineiramente na Escola.

2.1 EXPOSIÇÃO DO TEMA

O tema Ascaridíase, Fisiologia Intestinal e Hábitos de Higiene foi exposto por

meio de apresentação de aulas teóricas (expositivas, dialogadas e participativas). O

tema também foi apresentado por intermédio de slides de PowerPoint reforçando

principalmente ilustrações. Nesta fase da execução do projeto (Exposição do tema),

foram apresentados os seguintes assuntos: 1) Conceituação histórica da verminose

Ascaridíase; 2) Morfologia e ciclo de vida do verme Ascaris lumbricoides; 3) Morfologia

e fisiologia do sistema digestório; Além disso, foram realizadas atividades que

visaram fixar o conteúdo apresentado, dentre elas:1) Observação de vídeos; 2)

Produção de histórias em quadrinhos; 3) Pesquisa na biblioteca e confecção de

cartazes educativos; 4) Trabalho com o lúdico ( jogo- Ascaridíase e o Segundo

Cérebro); 5) Além de práticas em laboratório envolvendo o ensino de lavagem das

mãos, produção de sabonetes líquidos, visualização de lâminas permanentes, vermes

adultos fixados em formol e estudos anatômicos de maquetes humanas.

2.2 FIXAÇÃO DE CONTEÚDO

A seguir serão apresentadas todas as atividades realizadas para fixação de

conteúdos relacionados à Ascaridíase, Hábitos de higiene e Fisiologia Intestinal.

Destacamos que foram utilizadas tanto estratégias tradicionais como também outras

que nós consideramos que poderiam reter a atenção dos alunos por maior tempo.

Todas essas atividades foram planejadas considerando a concepção de memória para

Lent (2001, p.594), o qual destaca que:

O processo de aquisição de novas informações que vão ser retidas na memória é chamado aprendizagem. Através dele nos tornamos capazes de orientar o comportamento e o pensamento. Memória é o processo de arquivamento seletivo destas informações, pela qual podemos evoca-las sempre que desejamos consciente ou inconscientemente. De certo modo, a memória pode ser vista como um conjunto de processos neurobiológicos e neuropsicológicos que permitem a aprendizagem.

2.2.1 Exercícios de Fixação

Nas primeiras aulas, para iniciar, trabalhamos com o fornecimento de

questões para os alunos responderem imediatamente a apresentação de um assunto

por intermédio de aula teórica. As questões foram colocadas na lousa e os alunos

respondiam no caderno. Essa é uma técnica tradicionalmente utilizada por muitos

professores da Educação Básica, pois praticamente não há custo e se encaixa bem

na carga-horária disponível para as disciplinas.

Por outro lado, observou que os alunos não demonstraram motivação por

essa atividade. Possivelmente, isso ocorreu por não haver novidade na forma de

trabalhar. Neste sentido, Kenski (2007), relata que: "A possibilidade de professores e

alunos realizarem projetos para a criação de objetos de aprendizagem não deve ser

descartada". Por isso, outras atividades foram implementadas nas aulas seguintes.

2.2.2 Apresentação de Vídeos

Para fomentar a discussão sobre a Ascaridíase, três vídeosforam

apresentados na sala de aula.

a) Vídeo aula do sistema digestório, postado no Youtube por Raquel Farias,

disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=aEo5PmREYA8>, tendo

duração de 6 minutos e 25 segundos. Esse vídeo foi apresentado para os

alunos no dia 14 de abril de 2014 e relata sobre a morfologia e a fisiologia

dos órgãos que compõem o sistema digestório. Pôde-se constatar que

após assistirem aos vídeos os alunos assimilam melhor o conteúdo

(FARIAS, 2011).

b) Vídeo aula ASCARIDÍASE, realizado pelos alunos do 2 º ano do Ensino

Médio da Escola Técnica Estadual (ETEC) Prof.ª. Doroti Quiomi Kanashiro

Toyohara, situada na cidade São Paulo, disponível em:

<http://www.youtube.com/watch?v=EEd1iyDtcCU>. Esse vídeo teve

duração de5 minutos e 36 segundos. Foi Apresentado no dia 14 de abril de

2014, e versa sobre uma história narrada por alunos do 2º ano do Ensino

Médio, que explicam como ocorre a transmissão da Ascaridíase,

destacando o que é Ascaridíase, ciclo de vida, sintomas, diagnóstico,

tratamento e prevenção (LUCENA et al., 2013).

c) Hábitos de Higiene. Disponível em: <www.youtube.com/watch?v=I7TyJ2-

y4Mc>. Esse vídeo teve duração de 2 minutos e 29 segundos. Foi

apresentado no dia 16 de abril de2014, e seu enredo versa sobre um

personagem, o Zé Meleca, que discute a importância de se ter hábitos de

higiene. Reforçando ainda mais a necessidade de adquirir esses costumes

que são muito importantes para a prevenção de verminoses como a

Ascaridíase (NAMARESIAS, 2012).

Por meio destes vídeos os alunos puderam ouvir novamente os conceitos

apresentados e realizaram atividades na forma de questões objetivas, fixando o

conteúdo, que posteriormente foram discutidas e corrigidas no quadro. Vale destacar

que a aplicação de vídeos como recurso pedagógico facilita a transmissão de

conteúdo, não somente através de palavras, mas também de imagens (MARCELINO

JÚNIOR et al., 2004).

2.2.3 História em Quadrinhos

Individualmente os alunos construíram com papel sulfite uma cartilha ilustrada

sobre o assunto em questão. Esta construção resultou em uma história em quadrinhos

sobre: Ascaridíase, Hábitos de Higiene e Fisiologia Intestinal, a qual foi apresentada

em sala de aula. Durante a execução desta atividade, observou-se que os alunos

ficaram bastante motivados e, no final, relataram que tiveram muito prazer em realizá-

la porque esta envolveu não só o conhecimento, mas também a elaboração de

desenhos e a criação de um enredo, oportunizando assim espaço para a criatividade

dos alunos. O resultado foi satisfatório e bastante diversificado, pois cada aluno

abordou um aspecto diferente da doença. Abaixo segue um modelo de história em

quadrinhos desenvolvido por um dos alunos:

O uso de várias práticas pedagógicas, como o lúdico, proporciona maior

interesse dos alunos, incentivando a leitura e a criatividade. Fato que se percebe ao

trabalhar comas Histórias em Quadrinhos, por ser uma atividade pedagógica de fácil

aceitação, apresenta desenhos e uma linguagem fácil, sendo compartilhada de forma

ampla. Oportunizando a construção do processo de aprendizagem, favorece a

expressão das habilidades (ARAÚJO; COSTA; COSTA, 2008 e LEYTEN, 2011).

Para reforçar o uso de Histórias em Quadrinhos no processo de ensino

aprendizagem, Caruso, Carvalho e Silveira (2002, p.8) afirma que:

As histórias em quadrinhos - sejam elas por meio das tirinhas ou dos gibis - promovem o desenvolvimento de habilidades e competências dos alunos, focalizando as questões e os conceitos indispensáveis para a sua alfabetização científica, para sua formação humana, incluindo conceitos ligados à prevenção de doenças, saúde pública em geral e a preservação de meio ambiente.

Figura 1 - Exemplo de História em Quadrinhos sobre Ascaridíase

Fonte: Estudantes do 7º ano, de uma Escola Estadual em Londrina-PR. 2014.

2.2.4 Pesquisa na Biblioteca e Confecção de Cartazes

Esta atividade foi realizada com a internet disponível na biblioteca da escola.

Os alunos ficaram muito surpresos com as imagens do verme, dos ovos, o que

despertou o interesse de estudar ainda mais sobre esta verminose. Ao retornarem

para a sala de aula, cada grupo de cinco alunos escolheram um assunto relacionado

à Ascaridíase, Fisiologia Intestinal e Hábitos de Higiene para a confecção de cartazes.

Estes foram confeccionados em cartolinas coloridas, canetas hidrocolor, lápis e

canetas comuns, que utilizaram desenhos como forma de representar o tema.

Após a confecção dos cartazes, cada grupo fez sua apresentação para todos

os alunos do Colégio, que posteriormente, foram expostos no mural Informativo. Esta

atividade teve um interesse notório dos estudantes e foi possível observar que haviam

entendido a importância dos hábitos de higiene que, segundo eles, muitas vezes,

eram desconhecidas e que não faziam parte do seu cotidiano.

Segundo Zóboli (2002), a atividade de confecção de cartazes na escola é uma

estratégia extremamente rica para os estudantes desenvolverem sua capacidade de

expressão para o público em geral.

Figura 2 - Alunos fixando cartazes informativos sobre Ascaridíase

Fonte: Estudantes do 7º ano, de uma Escola Estadual em Londrina-PR. 2014.

2.2.5 Jogos Educativos

O jogo educativo aqui utilizado pertence ao Projeto Novos Talentos

(Departamento de Histologia) da UEL, o qual se chama: Desvendando o Segundo

Cérebro. O termo “Segundo Cérebro” refere-se ao conjunto de neurônios existentes

na parede do tubo digestório. Trata-se de uma complexa parte do sistema nervoso, a

qual é responsável pelo adequado funcionamento do sistema digestório. O mau

funcionamento desse tema leva a problemas com diarreia, constipação, vômito, má

digestão e má absorção (GERSHON, 2000).

Durante esta atividade os alunos se mostraram motivados em relação a

utilização de jogos para o ensino de ciências. O jogo utilizado se apresenta na forma

de tabuleiros, dados, pinos, cartas de sorte e azar com dicas que ficam de pose com

os jogadores. A cada acerto o jogador ganha uma peça do quebra cabeça e se errar

não ganha nada, isso também ocorre toda vez que um pino rodar o tabuleiro e chegar

ao início novamente. O jogo termina quando todos vencem, ou seja, quando os

jogadores conseguirem terminar o quebra-cabeça. Por isso, além de ser uma

estratégia interessante para transmissão de informações, o jogo também estimula a

cooperatividade.

Figura 3 - Alunos exercitando conceitos relacionados ao Sistema Nervoso Entérico de forma lúdica com o Jogo SEGUNDO CÉREBRO

Fonte: Estudantes do 7º ano, de uma Escola Estadual em Londrina-PR. 2014.

2.2.6 Aulas Práticas de Laboratório

Tema 1: Você sabe lavar as mãos?

Esta prática teve como objetivo verificar se os alunos sabiam ou não lavar as

mãos corretamente, e ao mesmo tempo ensinar-lhes a lavagem de forma a adquirir o

hábito da lavagem das mãos de maneira correta, sobretudo usando um produto

detergente (sabonete). Esta prática foi desenvolvida no Laboratório de Ciências do

Colégio e envolveu todos os alunos.

Materiais utilizados: lâmpada de luz negra, álcool em gel, caneta marca texto

amarela, TNT preto, sabonete comum, papel toalha e alicate.

Procedimentos: Inicialmente foi construída uma câmara escura com o TNT preto

para visualização das mãos. Na sequência, foi pedido que todos lavassem as mãos

com sabonete comum, como costumavam lavar no seu dia a dia. Em seguida, fez-

se a lavagem das mãos com álcool em gel misturado a caneta marca texto amarela.

A visualização foi feita na câmara escura sob a luz negra.

Resultados: O resultado final desta prática mostrou que a maioria dos alunos não

sabe e/ou não tem o hábito de lavar as mãos, pois os testes demonstram marcas

de sujeira nas mãos de praticamente todos os alunos.

Figura 4 - Aluno participando da aula prática em Laboratório “Você sabe lavar suas mãos?”

Fonte: Estudantes do 7º ano, de uma Escola Estadual em Londrina-PR. 2014.

Tema 2: Produção de sabonete líquido

O objetivo desta atividade foi de oportunizar aos alunos desenvolver o seu

próprio sabonete de maneira simples, rápida e de baixo custo. Esta atividade foi

realizada também com o intuito de estimular a aquisição de hábitos de higiene,

sobretudo a lavagem das mãos.

Materiais: 1 L de base para sabonete líquido, 30mlde essência, 3 L de água

filtrada, 3colheres de cloreto de sódio (sal) ou 60 mg, 2 a 3 gotas de corante de

sua preferência, recipiente, espátula, frasco para embalar.

Procedimento: Diluiu-se a base para o sabonete líquido em 3 L de água filtrada,

mexendo devagar para não espumar. Acrescentou-se 30mlde essência e as gotas

de corante mexendo devagar. Adicionou o sal na água, o suficiente para dissolver.

Resultados: Após a confecção dos sabonetes, estes foram embalados em

recipientes próprios e etiquetados de acordo com a essência escolhida pelos

grupos. Os sabonetes confeccionados foram levados pelos estudantes para suas

respectivas residências, juntamente com a receita de preparo.

Figura 5 - Alunos participando da aula prática em Laboratório “Produção de sabonete líquido”

Fonte: Estudantes do 7º ano, de uma Escola Estadual em Londrina-PR. 2014.

Tema 3: Visualização de lâminas permanentes e dos vermes adultos

fixados em formol.

Essa atividade teve como objetivo utilizar o microscópio de luz para que os

alunos pudessem visualizar ovos dos vermes. Em seguida observaram também os

vermes adultos, machos e fêmeas, fixados em formol. Assim foi possível perceber

com nitidez as diferenças, quanto a sua morfologia, conforme explicado em sala e

visto nos livros didáticos.

Materiais: Microscópio de luz, lâminas, lamínulas e material de laboratório (vermes

adultos).

Procedimentos: Por meio do Microscópio de luz foram observados os ovos do

verme, além da visualização a olho nu dos vermes.

Resultados: Com esta atividade prática os alunos compreenderam que com o uso

de ferramentas metodológicas pode-se investigar a aprendizagem significativa

sobre os conteúdos explicados, uma vez que tiveram a oportunidade de estar em

contato com o material a ser observado.

Figura 6 - Alunos participando da aula prática em Laboratório “Visualização de lâminas permanentes e dos vermes adultos fixados em formol”

Fonte: Estudantes do 7º ano, de uma Escola Estadual em Londrina-PR. 2014.

Tema 4: Dorso Humano

Esta atividade teve o intuito de apresentar a localização dos órgãos

abdominais e seu funcionamento. Com a utilização do dorso humano os alunos

puderam observar a localização exata dos órgãos do aparelho digestório, com foco

ao intestino delgado, local onde os vermes se desenvolvem e se reproduzem. Assim,

foi possível observar de forma mais concreta o conteúdo sobre anatomia do sistema

digestório apresentado durante a exposição do tema.

Material: Maquete de anatomia humana: Dorso Humano.

Procedimentos: Foi feita a visualização do intestino delgado com a utilização do

dorso humano, de forma a compreender como ele é composto, quais os órgãos que

o constitui, e na medida do possível seu funcionamento.

Resultados: Ao final da aula os alunos fizeram um desenho do aparelho digestório

identificando seus órgãos e funções específicas.

Figura 7 - Alunos participando da aula prática em Laboratório “Dorso Humano”

Fonte: Estudantes do 7º ano, de uma Escola Estadual em Londrina-PR. 2014.

Krasilchik (2008), menciona que dentre as modalidades didáticas empregadas

nas práticas pedagógicas, há várias metodologias que podem ser empregadas, entre

elas, aulas expositivas, aulas práticas, discussões para vivenciar o método científico.

Aulas práticas são as mais adequadas, pois despertam e mantêm o interesse;

envolvem os alunos em investigações científicas; desenvolvem a habilidade e a

capacidade de resolver problemas; compreendem conceitos básicos. A mesma

autora, ainda relata que aulas práticas, não são difundidas com assiduidade, pelos

motivos: falta de tempo, organização de material, domínio dos alunos, sobrecarga de

afazeres para o professor. Apesar de todas essas dificuldades, ainda compensa

trabalhar, ao observar o resultado no final das aulas.

2.2.7 Avaliação

Como forma de avaliar os conhecimentos prévios e científicos dos alunos e

seus níveis de fixação de conteúdos desenvolvidos neste projeto, foi aplicado um

mesmo questionário, antes e depois das atividades realizadas. Questionário este,

contendo questões fechadas sobre a Ascaridíase (Apêndice A). O Quadro 1 apresenta

o resultado dos alunos quanto esta avaliação, as alternativas corretas estão

assinaladas.

Quadro 1 - Repostas dos alunos, antes e após a aplicação das atividades, quanto as questões sobre conceitos relacionados à Ascaridíase.

Alternativas Questão 1 Questão 2 Questão 3

ANTES DEPOIS ANTES DEPOIS ANTES DEPOIS

A 3 10 23 58 39 77 B 48 55 16 0 22 10 C 36 23 13 3 13 3 D 6 16 48 39 13 10 E 0 3 0 0 13 0

Alternativas Questão 4 Questão 5 Questão 6

ANTES DEPOIS ANTES DEPOIS ANTES DEPOIS

A 16 0 39 13 13 3 B 45 35 13 0 16 3 C 6 0 13 6 13 91 D 10 65 13 0 19 3 E 23 0 22 81 39 0

Alternativas Questão 7 Questão 8 Questão 9

ANTES DEPOIS ANTES DEPOIS ANTES DEPOIS

A 22 3 13 0 51 26 B 26 6 19 0 13 0 C 26 6 26 0 13 0 D 13 85 23 0 13 85 E 13 0 19 100 10 13

Alternativas Questão 10

ANTES DEPOIS

A 52 0 B 13 100 C 19 0 D 23 0 E 0 0

Fonte: Estudantes do 7º ano, de uma Escola Estadual em Londrina-PR. 2014.

A partir dos dados representados no quadro acima (Quadro 1), antes da

aplicação das atividades propostas, pode-se verificar que a grande maioria dos alunos

apresentaram pouco conhecimento sobre a verminose no que diz respeito a

nomenclatura do verme, tratamento, profilaxia e transmissão. Nesta fase, os alunos

apresentaram menor índice de acerto nas questões 4, 5, 6, 7, 9 e 10, as quais estão

relacionadas ao conhecimento da Ascaridíase. Por outro lado, tiveram maior acerto

de respostas nas questões 1, 2, 3 e 7, as quais estão relacionadas a hábitos de

higiene.

Após a realização das diferentes práticas pedagógicas, pôde-se observar uma

expressiva evolução no que tange aos acertos dos alunos para as questões

relacionadas à Ascaridíase. Isso, por si só, demonstra que as atividades realizadas

foram efetivas para transmissão de informações sobre essa doença, para esse grupo

de discentes. Desta forma, podemos dizer que uma intervenção didático-pedagógica

sistematizada por tempo, procedimentos, objetivos e metodologia alternativa pode

propiciar um desenvolvimento muito mais interessante quanto a um determinado

assunto.

Destaque para as questões de número 5, 6, 7, 8 e 10 que expressaram

aumento significativo de respostas corretas, sendo respectivamente 59%, 78%, 72%,

81% e 87%. Isso revela que este trabalho, por sua particularidade teórico-

metodológica, configurou uma ressignificação no ensino e na aprendizagem do grupo

de alunos. Isto evidência, de modo peculiar, que propostas inovadoras podem garantir

resultados e/ou efeitos de aprendizagem que, de fato, sejam mais satisfatórios do que

em aulas tradicionalmente marcadas por procedimentos repetitivos, não motivadores,

sem desafios e/ou dinâmicas mais diversificadas que proporcionem um engajamento

mais reflexivo e crítico por parte dos alunos e, consequentemente, de grupos externos

como a família, por exemplo.

Com o intuito de se verificar se o aluno estava transmitindo o conteúdo para

a sua família, um segundo questionário (Apêndice B) foi aplicado à família,

especificamente ao familiar que prepara os alimentos/refeições. Infelizmente, um

número muito pequeno (61%) dos participantes deste trabalho nos trouxe esse

questionário respondido. Os poucos questionários que retornaram foram tabulados e

o resultado está no Quadro 2, as respostas corretas estão assinaladas.

Quadro 2 - Repostas de familiares dos alunos que participaram de atividades diversificadas para o

ensino da Ascaridíase

Alternativas Questão 1 Questão2 Questão3 Questão4 Questão5

A 40 45 60 5 5

B 30 35 30 35 40

C 20 20 0 50 10 D 10 0 10 10 45 E 0 0 0 0 0

Alternativas Questão 6 Questão 7 Questão 8 Questão9 Questão 10

A 30 0 20 40 50 B 0 20 0 10 0 C 10 45 30 35 10 D 15 35 0 5 40 E 45 0 50 10 0

Fonte: Estudantes do 7º ano, de uma Escola Estadual em Londrina-PR. 2014.

O questionário para a família foi aplicado ao final de todas as atividades, é

possível considerar que os resultados obtidos demonstram que a família dos alunos

participantes deste projeto continuou com baixo conhecimento sobre hábitos de

higiene e, principalmente, sobre a Ascaridíase. Vale destacar mais uma vez que nem

todos que participaram desta pesquisa, retornaram com o questionário que deveria ter

sido respondido pela família. Isso, por si só, corrobora que alguns não são muito

comprometidos com as atividades desenvolvidas pela escola. Também é possível

considerar que os conhecimentos transmitidos aos estudantes são poucos

disseminados para os demais membros de seus círculos familiares. Uma vez que as

famílias pertencentes à comunidade escolar em questão apresentam baixo nível sócio

econômico e cultural, o que reflete o seu não envolvimento na vida escolar de seus

filhos

Segundo Araújo e Rocha (2007), faz-se necessário o desenvolvimento de

processos de formação e capacitação permanente de profissionais de todas as áreas,

entre elas a educação, de forma a incorporar não apenas novos conhecimentos, mas

mudanças na cultura no comportamento e na gestão pública, garantindo práticas

pautadas nos princípios da promoção da saúde.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho teve como objetivo apresentar diferentes alternativas

metodológicas sobre Ascaridíase, e suas relações com a Fisiologia Intestinal e os

Hábitos de Higiene. As atividades desenvolvidas com os alunos seguiram uma

sequência pedagógica e diferentes metodologias, com o objetivo de verificar a

aprendizagem e possíveis mudanças de hábitos. A partir dos resultados observados

foi possível constatar que apresentam algumas dificuldades em construir conceitos de

forma crítica, apesar do grande envolvimento, participação e interesse por eles

demonstrado. Parece haver ainda uma grande tendência a enxergarem os hábitos

cotidianos de forma pontual, e de não relacioná-los aos conteúdos científicos

apreendidos na escola.

Este trabalho foi socializado entre os professores da rede pública (GTR),

como forma de incentivar o aprofundamento teórico-metodológico nas áreas de

conhecimento, por meios de trocas de ideias e experiências sobre as áreas

curriculares, sendo bem aceito por eles, por ser uma proposta que vem de encontro

com a realidade que se convive em sala de aula. Além de ser de fácil aplicação, e

envolver a comunidade escolar no que diz respeito a promover mudanças de

costumes e garantir a saúde e a qualidade de vida.

Diante disso, faz-se necessário um olhar mais cuidadoso de que é

fundamental a aplicação de diferentes metodologias em salas de aulas para a

verificação concreta da aprendizagem. Pode-se considerar que após o

desenvolvimento de todo o projeto de intervenção pedagógico proposto, é possível

considerar que os objetivos propostos foram atingidos, sobretudo quando se observou

o aumento do interesse e motivação dos alunos nas aulas.

Desta forma é possível acreditar que o uso de diferentes estratégias de ensino

concretiza o processo de ensino e aprendizagem, e abrem-se novos campos de

pesquisas e mudanças de posturas de muitos professores. Sugere-se também que

esse artigo como Trabalho de Conclusão do Programa de Desenvolvimento

Educacional (PDE/2013), possa acrescentar mais alguns pontos já na acalorada

discussão sobre o uso de diferentes metodologias em sala de aula.

REFERÊNCIAS

ARAÚJO, M. B. S.; ROCHA, P. M. Trabalho em equipe: um desafio para a consolidação da estratégia de saúde da família. Ciência e Saúde Coletiva, v. 12, n. 2, p. 455-464, mar./abr. Rio de Janeiro, 2007. ARAÚJO, G. C.; COSTA, M. A.; COSTA, E. B. As histórias em quadrinhos na educação: possibilidades de um recurso didático-pedagógico. A Margem, v.1, n. 2, p. 26-36, jul./dez. Uberlândia, 2008. CARUSO, F; CARVALHO, M.; SILVEIRA, M. C. Uma proposta de ensino e divulgação de ciências através dos quadrinhos. Ciência & Sociedade, n. 8, Rio de Janeiro, 2002. CIMERMAN, B.; CIMERMAN, S. Parasitologia humana e seus fundamentos gerais. Rio de Janeiro: Atheneu, 1999. FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 25. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2002. GERSHON, M. D. O Segundo cérebro. Rio de Janeiro: Campus, 2000. KRASILCHIK, M. Prática de ensino de biologia. São Paulo: Edusp, 2008. KENSKI, V. M. Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação. 3. ed. Campinas: Papirus. 2007. LENT, R. Cem bilhões de neurônios: conceitos fundamentais da Neurociências. São Paulo: Atheneu, 2001. LUYTEN, S. M. B. História em Quadrinhos. Um recurso de aprendizagem. Introdução. In: MELLO de SOUZA, M. C.(Org.). História em quadrinhos: um recurso de aprendizagem. Brasília: MEC, 2011. MARCELINO JÚNIOR, C. A. C. et al. Perfumes e essências: a utilização de um vídeo na abordagem das funções orgânicas. Química Nova na Escola, v. 19, n. 1, p. 15-18, São Paulo, 2004. NEVES,D. P. et al. Parasitologia humana. 9. ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 1998. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares da educação básica. Curitiba, 2008. RECEITA PARA VOCÊ FAZER O SEU PRÓPRIO SABONETE LÍQUIDO. Disponível em: <http://www.arteblog.net/2007/09/23/receita-de-sabonete-liquido/>. Acesso em: 06 Nov. 2013. REY,L. Parasitologia: parasitos e doenças parasitárias do homem nos Trópicos ocidentais.4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Coogan, 2008.

SOUZA, R. D. A ação educativa e o esclarecimento: o conceito de autonomia e heteronomia na filosofia da educação de Kant e Paulo Freire. 2010. Disponível em: <http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File /2010/artigos teses/FILOSOFIA/Artigos/kant_freire.pdf>. Acesso em: 17 Maio 2013. SILVA, M. T. N.; ANDRADE, J.; TAVARES-NETO, J. Asma e ascaridíase em crianças de 2 a 10 anos de um bairro de periferia. Jornal de Pediatria, Porto Alegre, v. 79, n. 3, jun. 2003. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/jped/v79n3/v79n3a08.pdf>. Acesso em: 17 de Maio 2013. SILVA, Raquel. Você sabe lavar as mãos? Disponível em: <http://pontociencia.org.br/pdfexperimento/voce_sabe_lavar_as_maos.pdf>. Acesso em: 22 Out. 2013. ZÓBOLI, G. Práticas de ensino: subsídios para atividades docentes. 11. ed. São Paulo: Ática, 2002. FARIAS, R. Vídeo aula de sistema digestório. 2011. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=aEo5PmREYA8>. Acesso em: 13 Maio 2013. LUCENA, L. et al. Ascaridíase. 2013. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=EEd1iyDtcCU>. Acesso em: 04 Set. 2013. NAMARESIAS. Ascaridíase. 2012. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=I7TyJ2-y4Mc>. Acesso em: 16 Abr. 2013.

APÊNDICE A - Questões aplicadas aos alunos, antes e após explicação do conteúdo

Colégio Estadual Benjamin Constant - Ensino Fundamental e Médio. Aluno: ______________________________________ Nº _____ 7º _____

QUESTIONÁRIO PARA ESTUDANTES SOBRE HÁBITOS DE HIGIENE E ASCARIDÍASE 1) Que tipo de água você utiliza para costuma utilizar para beber? a) água da torneira fervida. b) água da torneira filtrada. c) água da torneira sem ferver ou filtrar. d) água mineral – retirada de uma mina. e) água mineral – comprada. 2) Você tem hábito de consumir frutas e verduras lavadas? a) sim, utilizo água filtrada para lavar as frutas e verduras. b) sim, utilizo água fervida para lavar as frutas e verduras. c) sim, utilizo água com vinagre ou água sanitária para lavar as frutas e verduras. d) sim, utilizo água da torneira mesmo para lavar as frutas e verduras. e) não sei como é feita a higiene das frutas e verduras na minha casa. 3) Você tem o hábito de lavar as mãos antes das refeições? a) sim, para isso utilizo água e sabonete ou sabão. b) sim, para isso só utilizo água. c) sim, para isso só passo as mãos na água e enxugo na roupa. d) às vezes e quando lavo eu só uso água. e) não tenho esse hábito. 4) Os vermes são seres vivos. Você saberia identificar a que reino ele pertence? a) sim, ao reino dos fungos. b) sim, ao reino das bactérias. c) sim, ao reino dos protozoários. d) sim, ao reino dos nematelmintos. e) não sei a que reino eles pertencem. 5) A lombriga quando está no interior do nosso corpo alimenta-se de que? a) das células. b) do sangue. c) das fezes. d) da saliva. e) dos alimentos que estão no nosso intestino.

6) Você sabe qual é o nome científico da lombriga? a) Sim, Taeniasolium. b) Sim, Ancylostomoduodenale. c) Sim, Ascaris lumbricoides. d) Sim, Enterobius vermiculares. e) não sei. 7) Qual é o nome da doença causada pela lombriga? a) Esquistossomose. b) Solitária. c) Amarelão. d) Ascaridíase. e) Cisticercose. 8) Como uma pessoa pode adquirir a verminose causada pela lombriga? a) Nadando em água parada. b) Através da transfusão de sangue. c) Usando roupas de outras pessoas. d) Andando descalça. e) Não ter hábitos de higiene. 9) O que acontece com os ovos da lombriga após serem ingeridos? a) Eclodem e ficam no intestino até a fase adulta. b) Eclodem e ficam no intestino até a fase jovem e em seguida instalam-se no coração. c) Não ficam em nenhum órgão do corpo, apenas passam por eles. d) Eclodem no intestino, passam para o sangue, circulam pelo corpo e voltam ao intestino delgado. e) Eclodem no estômago onde passam para a corrente sanguínea, indo para vários órgãos e se instalam no pâncreas. 10) Qual é o órgão do corpo humano onde a lombriga realmente se instala? a) estômago. b) intestino delgado. c) intestino grosso. d) fígado. e) coração.

APÊNDICE B - Questões aplicada a pessoa que prepara alimentos na casa

Colégio Estadual Benjamin Constant - Ensino Fundamental e Médio. Aluno: ____________________________________________ Nº _____ 7º ___

QUESTIONÁRIO PARA APLICAR COM A PESSOA QUE PREPARA OS ALIMENTOS NA SUA CASA

Dados do Entrevistado: Nome: ___________________________________________________ Data do nascimento: ____ / _____ / ______ Idade: ______ Sexo: ( ) Masculino ( ) feminino Data da entrevista: ____ / ____ / ____ Profissão do Pai: __________________________ Profissão da Mãe:__________________________ 1) Vocês se preocupam com a qualidade da água que sua família consome? a) sim, em 100% do que consumimos. b) sim, em quase tudo que consumimos. c) sim, mas nem sempre é possível. d) sim, mas não tenho tempo para cuidar disso. e) não entendo bem o que eu poderia fazer pela qualidade da água da minha família. 2) Você tem hábitos mandar seus filhos lavar as mãos antes das refeições e verifica se lavaram corretamente? a) Sim, sempre peço para eles lavarem as mãos e verifico se estão limpas. b) Sim, sempre peço para eles lavarem as mãos, mas não costumo verificar se lavaram. c) Não, pois eles sabem que precisam lavar as mãos antes das refeições. d) Não, mas olho suas mãos e dou bronca se estiverem sujas. e) Não ligo, pois já ensinei quando eram pequenos. 3) Uma pessoa que está com lombriga deve fazer o que? a) Procurar um médico ou posto de saúde. b) Fazer chás diversos. c) Tomar antibiótico. d) Ir à farmácia e comprar remédio sem receita médica. e) Comprar analgésico no caso de ter dor. 4) Você sabe o que é ascaridíase? a) é um fungo, popularmente conhecido por pé de atleta. b) é uma Bactéria, popularmente conhecida por lombriga. c) é um verme, popularmente conhecida por lombriga. d) é um parasita, popularmente conhecido por toxoplasmose. e) é um protozoário, popularmente conhecido por cisticercose.

5) A lombriga é a causadora de uma doença conhecida por: a) Esquistossomose. b) Solitária. c) Amarelão. d) Ascaridíase. e) Cisticercose. 6) Como uma pessoa pode pegar lombriga? a) Nadando em águas paradas. b) Através de transfusão de sangue. c) Usando roupas de outras pessoas. d) Andando descalça. e) Não ter higiene com alimentos e água. 7) Você sabe nos dizer em qual órgão do corpo humano a lombriga se instala? a) coração. b) estômago. c) intestino delgado. d) intestino grosso. e) fígado. 8) Quais os principais meios de se evitar pegar lombrigas? a) através do uso de inseticidas. b) promover campanhas de vacinação em massa. c) melhorar as moradias e estimular o uso de telas nas portas e janelas. d) drenar e aterrar lagoas. e) promover uma campanha de educação para a população de noções básicas de higiene, incluindo a fervura da água. 9) Você costuma fazer, pelo menos 1 vez por ano, exames para detectar verminose ou prefere tomar medicação sem fazer exames? a) não tomo remédio sem fazer exames para verminose. b) faço exames para verminose, mas se for preciso tomo remédios sem mesmo ter feito esses exames. c) não costumo fazer exames para verminose, mas tomo remédios se for necessário.

d) não costumo fazer exames para verminose e não acho necessário tomar remédio por causa disso. e) nunca fiz exame para verminoses.

10) Você sabe quais são os sintomas ocasionados pela lombriga? a) dor de barriga, náuseas (enjoo), convulsões, esgotamento físico e mental. b) esgotamento físico e dor no coração. c) fortes dores no peito e na barriga. d) náuseas (enjoo), dor de barriga e icterícia (pele amarelada). e) dor de cabeça e icterícia (pele amarelada).