36
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7 Cadernos PDE II

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · educação, independente da situação financeira, intelectual, credo, ... educador nos encaminhamentos educacionais, bem como

  • Upload
    vandang

  • View
    215

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · educação, independente da situação financeira, intelectual, credo, ... educador nos encaminhamentos educacionais, bem como

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE

II

Page 2: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · educação, independente da situação financeira, intelectual, credo, ... educador nos encaminhamentos educacionais, bem como

Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica – Turma 2014

AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DE EDUCANDOS DO ENSIO FUNDAMENTAL II E ENCAMINHAMENTOS EDUCACIONAIS ESPECIALIZADOS

Autor: VERA BEATRIS FERNANDES

Disciplina/Área: Educação Especial

Escola de Implementação do Projeto e sua localização:

Colégio Estadual Tancredo Neves

Município da escola: Francisco Beltrão – PR

Núcleo Regional de Educação:

Francisco Beltrão

Professor Orientador: Dr. Lirane Elize Defante Ferreto de Almeida

Instituição de Ensino Superior:

UNIOESTE – Campus Francisco Beltrão

Relação Interdisciplinar: Educação Especial

Resumo:

Devido à falta de esclarecimento e informações, os educadores encaminham alunos que nem sempre apresentam indicativos de deficiência intelectual para avaliação psicoeducacional. Sendo que, as maiorias dos alunos encaminhados apresentam defasagem de conteúdos, indisciplina, questões linguísticas e culturais. Sendo assim, pretende-se, através da formação continuada, sensibilizar os educadores por meio de informações sobre a deficiência intelectual e seus indicativos, da importância da contribuição para um diagnóstico precoce e um ganho de aprendizagem do aluno que apresenta esse tipo de limitação. Possibilitando aos educadores informações sobre a deficiência intelectual e seus indicativos, conceituando deficiência intelectual. Argumentando a importância da avaliação diagnóstica e seus devidos encaminhamentos do atendimento educacional especializado e sua real contribuição no desenvolvimento educacional do educando com deficiência intelectual. Contribuindo com os educadores dentro de uma política de educação permanente na escola.

Page 3: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · educação, independente da situação financeira, intelectual, credo, ... educador nos encaminhamentos educacionais, bem como

Palavras-chave:

Avaliação Diagnóstica; Deficiência Intelectual; Atendimento Educacional Especializado.

Formato do Material Didático:

Unidade Didática

Público:

Educadores

Page 4: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · educação, independente da situação financeira, intelectual, credo, ... educador nos encaminhamentos educacionais, bem como

1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Professora PDE: Vera Beatris Fernades

Área/Disciplina PDE: Educação Especial

Professor Orientador IES: Prof. Drª. Lirane Elize Defante Ferreto de Almeida

Escola de Implementação: Colégio Estadual Tancredo Neves

Público alvo de intervenção: Professores do Ensino Comum

.

1.1 LINHA DE ESTUDO: Avaliação para identificação das necessidades

educacionais especiais como mais um recurso para construção do processo de

aprendizagem.

1.2 TEMA: Avaliação Psicoeducacional

1.3 TÍTULO: Avaliação Psicoeducacional no Ensino Fundamental II e

Encaminhamentos para a Educação Especial

Page 5: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · educação, independente da situação financeira, intelectual, credo, ... educador nos encaminhamentos educacionais, bem como

1 APRESENTAÇÃO

Para educar uma criança, é necessário ser corajoso, é necessário também enxergar longe. A inteligência animal é astúcia, ela não possui linguagem. A linguagem humana assume seus atos pela palavra que reivindica esses atos. O senso de responsabilidade é ensinado em primeiro lugar pelo exemplo, mas também por meio de palavras (DOLTO, 1998, p. 82).

A unidade didática é a construção de material, elaborado no segundo período

do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), com o acompanhamento da

orientadora da UNIOESTE, que oportunizará a formação continuada aos

educadores, a princípio, do Colégio Estadual Tancredo Neves do município de

Francisco Beltrão-PR, estendendo-se aos demais do Estado do Paraná, através do

GTR, ambos no primeiro semestre de 2015.

O objetivo da escolha desta temática a ser desenvolvida com os docentes do

Ensino Fundamental II, deve-se a necessidade de repassar informações e

orientações sobre os indicativos de deficiência intelectual, encaminhamentos para

avaliação psicoeducacional e atendimentos educacionais especializados. Pois é uma

grande preocupação que carrego desde o início da minha docência na sala de

recursos multifuncional tipo I, através da vivência no cotidiano, pois se observa que

alguns alunos ao ingressarem no Ensino Fundamental II, apresentam dificuldades de

aprendizagem ou são analfabetos funcionais e somente alguns alunos apresentam

necessidades educacionais especiais.

Devido à falta de conhecimento por parte dos educadores da rede regular de

ensino sobre indicativos de deficiência intelectual, encaminham alunos para

avaliação psicoeducacional, que não apresentam necessidades educacionais

especiais e comprometendo o processo de aprendizagem pela dificuldade de

interpretar os indicativos das necessidades de adaptação do currículo para garantir a

aprendizagem a esse aluno. Sendo assim, há a necessidade dos profissionais que

estão atuando em sala de aula de serem sensibilizados da importância de conhecer

sinais que podem caracterizar um aluno que apresenta dificuldades ou limitações no

processo de desenvolvimento da aprendizagem.

Vários são os fatores que comprometem a aprendizagem significativa dos

alunos, um exemplo, pode ser a aquisição da linguagem escrita, que quando

Page 6: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · educação, independente da situação financeira, intelectual, credo, ... educador nos encaminhamentos educacionais, bem como

deficitária, implica em dificuldades na redação e na leitura. Essa dificuldade

compromete o desenvolvimento na produção e interpretação de texto. Outro

exemplo seria dos alunos que apresentam dificuldades acentuadas na

aprendizagem e com bloqueios emocionais, além destes existem os que apresentam

deficiência intelectual. As limitações no processo de aprendizagem podem se

manifestar até aos dezoito anos de idade. A experiência própria demonstra que as

dificuldades de aprendizagem durante o Ensino Fundamental I, são impercebíveis,

ou seja, os alunos conseguem acompanhar e apropriarem-se dos conteúdos básicos

do currículo. Mas, isso não se torna possível no ensino fundamental II, pois há uma

exigência do aprofundamento dos conhecimentos. É nesse momento que é

detectado a dificuldade do aluno e em alguns casos, observa-se que a

aprendizagem dos mesmos, apresenta comprometimentos acadêmicos.

O objetivo deste trabalho é o de possibilitar o conhecimento referente aos

indicativos e conceito da deficiência intelectual utilizado para caracterizar o aluno

com necessidades educacionais especiais. A importância da compreensão destas

características reside na possibilidade do professor ter subsídios para adaptar o seu

conteúdo a ser ministrado ao aluno. Para isso, será adotada uma metodologia

explanatória com a realização de oficinas de formação aos professores.

Na 1ª unidade, será apresentado o tema em questão: as políticas públicas da

educação inclusiva, retrospectiva histórica da inclusão e definições de deficiência

intelectual. Na 2ª unidade: o atendimentos educacionais especializados e a

avaliação no Contexto Escolar e na a 3ª unidade – critérios/sugestões de avaliação

no contexto, como identificar um aluno com deficiência intelectual e a

avaliação/como avaliar, quais são os critérios avaliativos.

As três unidades totalizarão quarenta horas de formação aos educadores,

com o objetivo de sensibilizá-los por meio de informações sobre a deficiência

intelectual, indicativos da deficiência e a importância do diagnóstico, o qual consiste

em contribuir positivamente com os educadores, alunos e pais, consequentemente o

encaminhamento do aluno para as atividades de recuperação e inserção social.

Ressalta-se que a formação, também contribuirá com os educadores dentro

de uma política de educação permanente na escola.

Page 7: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · educação, independente da situação financeira, intelectual, credo, ... educador nos encaminhamentos educacionais, bem como

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Possibilitar o conhecimento aos educadores do Ensino Fundamental II,

referente aos indicativos e conceito da deficiência intelectual, para os

encaminhamentos educacionais especializados dos alunos do ensino comum.

2.2 Objetivos Específicos

Conceituar deficiência intelectual;

Apresentar os indicativos de deficiência intelectual;

Argumentar a importância da avaliação no contexto e seus devidos

encaminhamentos;

Identificar o atendimento educacional especializado e sua real contribuição no

desenvolvimento educacional do educando com deficiência intelectual.

3 REFERENCIAL TEÓRICO

Discorrer sobre deficiência intelectual, indicativos e avaliação diagnóstica é de

grande importância para os educadores do ensino comum. Pois se vivencia a

movimento internacional e nacional da inclusão, onde todos tem o direito à

educação, independente da situação financeira, intelectual, credo, racial e etc.

Assim sendo, a unidade didática se encontra fundamentada em conceitos de

autores renomados, como Mazzota (2005), Sassaki (2003), Gomes, et al (2007),

Jesus et al (2007), dentre outros que apresentam em seus estudos sobre a

deficiência intelectual e os indicativos da deficiência intelectual e sobre a avaliação

diagnóstica e encaminhamentos educacionais especializados, que possam auxiliar o

educador nos encaminhamentos educacionais, bem como em suas práticas

educativas, auxiliando o aluno na construção do conhecimento.

Page 8: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · educação, independente da situação financeira, intelectual, credo, ... educador nos encaminhamentos educacionais, bem como

3.1 BREVE TRAJETÓRIA HISTÓRICA DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

Durante a evolução histórica da humanidade, em épocas com diferentes

concepções de mundo o homem perpassou por várias concepções. Somente eram

aceitos na sociedade pessoas sem deficiência e sem restrição nenhuma. A

deficiência era vista como consequência de possessões demoníacas ou escolha

divina para purificar os pecados dos seus semelhantes, os deficientes eram vítimas

de castigos, torturas e até a morte. Para Amaral apud Franco e Dias (2005, p.12),

“(…) as pessoas com deficiência eram mortos ou abandonados. As crianças que

nasciam cegas eram eliminadas e os que haviam perdido a visão na idade adulta

eram entregues à própria sorte”.

A sociedade, em todas as culturas, atravessou diversas fases no que se refere às práticas sociais. Ela começou praticando a exclusão social de pessoas que - por causa das condições atípicas - não lhe pareciam pertencer à maioria da população. Em seguida, desenvolveu o atendimento segregado dentro de instituições, passou para a prática da integração social e recentemente adotou a filosofia da inclusão social para modificar os sistemas sociais gerais (SASSAKI, 2003, p.16).

No decorrer da história houve grande segregação das pessoas com

deficiência. Mazzotta (1982) ressalta que essa segregação e marginalização das

pessoas com deficiência davam-se ao descredito. Acreditava-se que elas não teriam

condições e nem possibilidade de se desenvolverem no decorrer de suas vidas,

sendo considerados socialmente incapazes. Conforme Mazzotta (1982), as pessoas

mesmo sem ter mudado suas concepções sobre os deficientes considerados como

incapazes, iniciou-se algumas ações que são empreendidas em favor das pessoas

com deficiência, marcadas pelos serviços de assistencialismo, pelo caráter

filantrópico, paternalista e humanitário.

Mesmo com os serviços assistencialistas, ainda continuou-se a ser depositado

esses indivíduos em manicômios, asilos e, na sequência, a rarefação do critério de

normalidade para selecionar os anormais. Ao passar dos tempos, passou-se a

perceber que as pessoas com deficiência, desde que tivessem uma atenção,

poderiam desenvolver suas habilidades, tendo condições de serem inseridas na

sociedade. Assim, passou-se a pensar diferente sobre a pessoa com necessidades

especiais.

Page 9: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · educação, independente da situação financeira, intelectual, credo, ... educador nos encaminhamentos educacionais, bem como

[...] Ao carregar no corpo a marca real da sua limitação, torna- se mais árdua a luta do portador de limitação para conquistar o seu lugar na cultura. Um sujeito com limitação possui infinitas possibilidades de se inserir na cultura. É dono de um potencial, que é apenas limitado em algum aspecto. O que muitas vezes ocorre é a cristalização do olhar em torno da limitação, o que impede que lugares, possibilidades e alternativas possam ser abertas (LINS, 2004, p. 39).

Lins (2004) enfatiza que toda a pessoa, mesmo com restrições, é capaz de

ser inserido em uma sociedade, desde que lhe seja oportunizado espaços e ações

para desenvolver suas potencialidades. Foi no âmbito educacional que se iniciou a

construção sociocultural de desconstrução da imagem de um individuo sem

habilidades e potencialidades. O período de 1854 a 1956 foi marcado por iniciativas

oficiais e particulares isolados para atender essa população.

No Brasil o atendimento escolar especial para os indivíduos com deficiência

teve início com a criação do Imperial Instituto dos Meninos Cegos (atualmente

Instituto Benjamin Constant) pelo Imperador Dom Pedro II (1840-1889) por meio do

Decreto Imperial nº 1.428, de 12 de Setembro de 1854, e em 1856, o Imperial

Instituto dos Surdos-Mudos. No século XIX apenas os cegos e os surdos eram

atendidos e se tinha como objetivos uma simples instrução básica, destacando-se o

trabalho manual para o treinamento industrial (MAZZOTTA, 2005).

Com a fundação do instituto dos Meninos Cegos e dos Surdos-Mudos, iniciou-

se um novo ciclo na educação especial, pois a partir dai, iniciaram-se os

atendimentos educacionais especializados. Em relação às demais deficiências,

continuavam a serem excluídas, eram muitas vezes abandonados a sua própria

sorte, ou asilados em instituições e encaminhados para o trabalho forçado em troca

de abrigo.

Partindo de estudos, o médico Jean Marc Itard, no inicio o do século XIX, ao

atender o menino Vitor, conhecido como o Selvagem de Averyron (que todos o

consideravam anormal, sem potencialidades), desenvolveu estratégias para atender

esse menino e assim se consolida a ideia de se fundar uma escola especial, para

atender crianças com deficiência. Em seguida Edward Seguin, após estudos

centralizados nas deficiências, desenvolveu um método de treinamento do cérebro

por meio de atividades físicas e sensoriais, contribuindo para a organização da

Associação Americana sobre Retardamento Mental (AAMR), atual American

Association on Intelectual and Developmental Disabilities (AAIDD) (MIRANDA,

2003).

Page 10: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · educação, independente da situação financeira, intelectual, credo, ... educador nos encaminhamentos educacionais, bem como

No Brasil, nesta época, surgem as instituições filantrópicas, centralizada no

atendimento de reabilitação, sem assumir uma abordagem integradora, e os

deficientes e comunidade sem o direito de participação nas decisões ou de

reivindicações (BRASIL, 2008). Esse cenário passou a ter mudanças, a partir da

Declaração Universal dos Direitos Humanos em 1948, onde as pessoas com

deficiências passam a serem vistas como membros de uma sociedade.

Outro marco importante para a educação especial, foi a Lei de Diretrizes e

Bases da Educação (LDB) n° 4024/1961, a qual legalizou os atendimentos

educacionais especializados e que passou a ser contempladas nas políticas públicas

educacionais do Estado brasileiro. Regularizou os atendimentos e serviços ofertados

pelo poder público e pelas instituições assistenciais.

A lei n° 4024/61, permaneceu até 1970, em 1971, ela passa por uma

reformulação e é regulamentada a LDB n°5.692/1971, a qual viabiliza a matrícula

dos deficientes na rede regular de ensino. Através dessa legislação iniciou-se a fase

da integração, com perfil educacional.

Para fundamentar e reafirmar os direitos dos deficientes, em 1988 a

Constituição passa por uma reformulação e contempla no art. 208 em seu terceiro

artigo, que garante o atendimento educacional especializado aos deficientes,

preferencialmente na rede regular de ensino. Com isso, passa-se a priorizar a

integração dos deficientes e a priorizarem projetos institucionais que envolvam

ações da integração.

Com a proposta de Educação para Todos (Jomtien, 1990) e a Declaração de

Salamanca (1994), fortalece o compromisso por uma educação para todos e passa-

se a falar em inclusão, que todos têm direito a uma escola e exercer a sua cidadania

sem restrições.

Em seguida surge o Estatuto da Criança e do Adolescente - Lei n°8069/1990,

que em seu artigo 54, reafirma e garante o direito ao atendimento especializado e

em seu artigo 66 que assegura aos adolescentes com deficiência o direito ao

trabalho protegido.

Com as leis que asseguram a inclusão, o aluno deverá frequentar o ensino

comum e os atendimentos educacionais especializados, houve a preocupação de

construir documentos que viessem ao encontro das necessidades dos educadores

em proporcionar uma educação de qualidade a todos, respeitando a especificidade

de cada um, estimulando suas potencialidades. O Governo Federal publicou um

Page 11: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · educação, independente da situação financeira, intelectual, credo, ... educador nos encaminhamentos educacionais, bem como

caderno chamado, Adaptações Curriculares dos Parâmetros Curriculares Nacionais,

estratégias aos professores para trabalhar com alunos com necessidades educativas

especiais (BRASIL, 1999).

Para reafirmar e garantir o acesso e a permanência dos deficientes na rede

regular de ensino e nos atendimentos educacionais especializados complementar ou

suplementar à escolarização, prescreveu-se as Diretrizes Nacionais para a

Educação Especial na Educação Básica (Resolução CNE/CEB nº 2/2001) e em

1999, a Convenção da Guatemala, promulgada no Brasil pelo Decreto nº

3.956/2001, garantindo os mesmos direitos humanos das pessoas com deficiência,

definindo como discriminação com base na deficiência toda diferenciação ou

exclusão que possa impedir ou anular o exercício dos direitos humanos e de suas

liberdades fundamentais.

No Paraná os direitos dos deficientes já mencionados, são garantidos pela

Deliberação n° 02/2003, que normatiza as normas da educação especial,

reafirmando, baseada na LDB nº 9394/1996, a educação especial como modalidade

e que perpassa todos os níveis de ensino com o objetivo de apoiar, complementar,

suplementar ou substituir os serviços educacionais comuns por meio de um conjunto

de recursos, apoios e serviços educacionais, para assegurar a educação e promover

o desenvolvimento dos indivíduos com necessidades educativas especiais, em todos

os níveis, etapas e modalidades de educação, destinada as crianças, adolescente,

jovens e adultos (PARANÁ 2010).

O estado do Paraná, a SEED em concordância com as mantenedoras das

antigas escolas especiais do Paraná, solicitaram a transformação das escolas

especiais, em Escola de Educação Básica, na Modalidade Educação Especial,

conforme o Parecer nº 108/2010- CEE/PR (SEED/PR-2010) “atendendo com

responsabilidade as diferenças individuais, com atendimento prioritário a aqueles

excluídos historicamente” (BANDEIRA, 2010, p.20).

A Secretaria de Educação do Estado do Paraná prioriza dentro das políticas

públicas, o direito a educação de todo o cidadão, a valorização do professor e de

todos os profissionais da educação, o trabalho coletivo e a gestão democrática em

todos os níveis institucionais e o atendimento às diferenças e à diversidade cultural,

reafirmando o compromisso de uma educação de qualidade para todos.

Page 12: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · educação, independente da situação financeira, intelectual, credo, ... educador nos encaminhamentos educacionais, bem como

3.2 CONCEITOS E DEFINIÇÕES DA DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

Em 1980, a Organização Mundial da Saúde tentou esclarecer e definir todas

as deficiências, propondo três níveis, deficiência, incapacidade e desvantagem

social, mas em 2001 ela é revista e introduziu o funcionamento global da pessoa

com deficiência. Houve até a cogitação da mudança de terminologia “pessoa

deficiente” por “pessoa em situação de deficiência” (GOMES, et al., 2007, p.13).

São várias definições sobre deficiência, a Convenção da Guatemala,

fundamentada na Constituição Brasileira pelo Decreto nº 3.956/2001, o seu artigo 1º

define como […] “uma restrição física, mental ou sensorial, de natureza permanente

ou transitória, que limita a capacidade de exercer uma ou mais atividades essenciais

da vida diária, causada ou agravada pelo ambiente econômico e social”. Baseada

nesses documentos a deficiência é considerada como um estado, uma situação

(BRASIL, 2001).

No Brasil, fundamentada na Resolução CNE/CEB nº 02 de setembro de 2001,

no artigo 5º, consideram alunos com necessidades educacionais especiais os que

no decorrer do processo educacional apresentam:

I - dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de desenvolvimento que dificultem o acompanhamento das atividades curriculares, compreendidas em dois grupos: a) aquelas não vinculadas a uma causa orgânica específica; b) aquelas relacionadas a condições, disfunções, limitações ou deficiências; II – dificuldades de comunicação e sinalização diferenciadas dos demais alunos, demandando a utilização de linguagens e códigos aplicáveis; III - altas habilidades/superdotação, grande facilidade de aprendizagem que os leve a dominar rapidamente conceitos, procedimentos e atitudes (BRASIL, 2001, p.70).

No capítulo II, do Decreto nº 5.296 de dezembro de 2004, define a deficiência

intelectual:

Significativamente inferior à média, com manifestação antes dos dezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como: comunicação; cuidado pessoal; habilidades acadêmicas; lazer; e trabalho (BRASIL, 2004).

Sendo assim, alunos com deficiência intelectual são aqueles que apresentam

restrições na aprendizagem, com limitações em uma ou mais das áreas: motora,

cognitiva, comunicação ou sócio educacional.

Segundo a SEED-DEEIN, (2013) Possíveis indicadores podem ser

reconhecidos pelos professores, comunidade escolar e família, por meio da

observação do desenvolvimento do aluno, habilidades e comportamentos, gerais ou

Page 13: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · educação, independente da situação financeira, intelectual, credo, ... educador nos encaminhamentos educacionais, bem como

característicos, que não correspondem ao esperado para a maioria dos alunos e que

comprometem a aprendizagem escolar, tais como:

atraso no desenvolvimento psicomotor;

atraso no desenvolvimento da linguagem;

dificuldade de recepção, atenção, memorização e reação a estímulos auditivos, visuais e táteis;

dificuldade com relação a criatividade, abstração, conhecimento do mundo e de si mesmo;

déficit nas destrezas, nos saberes e nas estratégias de processamento de informações;

necessidade de supervisão em atividades da vida autônoma;

dificuldade na capacidade de transferir conhecimentos aprendidos numa situação para outra;

limitações nas habilidades das condutas adaptativas, tais como: responder às demandas do meio; ajustar /autorregular o comportamento às diferentes situações e contextos de vida conforme a idade, as expectativas, etc;

aprendizagem acadêmica lenta, com atraso acentuado no rendimento escolar (SEED-DEEIN, 2013, p.12).

Um dos pontos mais relevantes, que o educador deverá observar em seu

aluno, durante a aprendizagem, é se o mesmo apresenta dificuldades de

concentração e memorização. Além Essas dificuldades podem ser observadas

quando a explicação do conteúdo, se o aluno conseguiu compreender o que lhe foi

explicado e se em aulas subsequentes esse aluno consegue desenvolver as

atividades a partir do conteúdo já apresentado. A falta de memorização e retenção

de memória é um dos indicativos de deficiência intelectual entre outros, como atraso

significativo na linguagem e no raciocínio lógico e dificuldades de compreensão nas

diversas áreas do conhecimento.

No momento em que se observam os critérios acima mencionados, o

educador deverá conversar com a equipe pedagógica da escola, para encaminhar a

equipe responsável para a avaliação diagnóstica do aluno. A escola tem a

incumbência de intermediar o conhecimento aos alunos com deficiência intelectual,

respeitando os seus limites, intermediando metodologias para apropriação e

ampliação dos conhecimentos de forma que o aluno adquira autonomia em sua vida

adulta, como diz Padilha (2001, p.135) de “vencer as barreiras de sua deficiência –

expandir possibilidades, diminuir limites, encontrar saídas para estar no mundo, mais

do que ser apenas uma pessoa do mundo”. Sendo assim, além do educador

intermediar o conhecimento, ele deve proporcionar autonomia na vida educacional e

social do aluno com deficiência.

Page 14: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · educação, independente da situação financeira, intelectual, credo, ... educador nos encaminhamentos educacionais, bem como

3.3 AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA

Para Sant’Anna (1998, p.29-30) avaliação é: Um processo pelo qual se procura identificar, aferir, investigar e analisar as modificações do comportamento e rendimento do aluno, do educador, do sistema, confirmando se a construção do conhecimento se processou, seja este teórico (mental) ou prático.

Avaliar consiste em avaliar um tudo, dentro de um contexto social e

educacional, com o objetivo de identificar as dificuldades para dar os devidos

encaminhamentos educacionais. Encaminhar um aluno para a avaliação diagnóstica,

com suspeita de necessidades educacionais especiais é um assunto muito debatido

entre os profissionais da educação, o qual apresenta muitas dúvidas no momento do

encaminhamento.

Sendo assim, o educador do ensino comum quando perceber, que o aluno

apresenta alguma dificuldade, o mesmo deve passar a acompanhar mais de perto o

desenvolvimento e deverá avaliar no contexto escolar, com apoio da equipe técnico-

pedagógica ou do educador especializado.

A avaliação no contexto escolar está contemplada na Deliberação Nº

02/2003- CEE/PR, no capítulo V:

Art. 24 O estabelecimento de ensino deve realizar avaliação, no contexto escolar, para a identificação das necessidades educacionais do aluno, do professor e da escola e para a tomada de decisões quanto aos recursos e apoios necessários à aprendizagem, conforme o que segue: I. a avaliação de que trata o caput deverá ser realizado pelo professor de sala de aula, como apoio da equipe técnico-pedagógica ou de professor especializado, podendo contar, ainda, com profissionais dos serviços especializados (interno/externo) sempre que é necessário. II. no caso de encaminhamento do aluno para a classes especiais e escolas especiais, cabe a mantenedora garantir ao estabelecimento de ensino meios para a realização da avaliação por equipe multiprofissional.

A deliberação esclarece que é de competência e de responsabilidade do

estabelecimento de ensino, realizar avaliação no contexto escolar para identificação

das necessidades educacionais especiais, e encaminhamentos dos atendimentos

educacionais especializados, bem como, metodologias para trabalhar as adaptações

curriculares, adequada a cada situação.

Para isso, o Departamento de Educação Especial e Inclusão (SEED, 2007, p.

9), esclarece que:

Page 15: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · educação, independente da situação financeira, intelectual, credo, ... educador nos encaminhamentos educacionais, bem como

O processo de avaliação, possibilita a identificação dos sucessos, das dificuldades e fracassos, apoiando encaminhamentos e tomadas de decisões sobre ações necessárias, sejam elas de natureza pedagógica, estrutural ou administrativa. As informações obtidas permitem conhecer, descrever, compreender, explicar, prever e formular um juízo de valor acerca da realidade avaliada e permitem também tomar decisões socioeducativas, sociais e terapêuticas, para prevenir possíveis distorções ou disfuncionalidades, ou para modificar e, em suma, otimizar - quando necessário - a realidade avaliada. Esta avaliação configura-se tanto como uma prática de investigação do processo educacional quanto como um meio de transformação da realidade escolar. É a partir da observação, da análise, da reflexão crítica e do registro sobre a realidade/contexto, pelos profissionais envolvidos nesse modo de avaliar, que se estabelecem as necessidades, prioridades e as propostas de ação para os processos de ensino e de aprendizagem, proporcionando informações a fim de melhorar a ação docente do professor e a aprendizagem dos alunos.

No momento em que o educador passa a observar o aluno, avaliá-lo no

contexto escolar, além da identificação das dificuldades, desenvolverá ações e

estratégias para possibilitar a apropriação dos conteúdos trabalhados. Após o

término dessa prática avaliativa o educador e a equipe pedagógica e/ou o

profissional da educação especial, poderão verificar se realmente o aluno apresenta

traços e indicativos de uma necessidade educacional especial, o mesmo deverá ser

encaminhado para um psicólogo, o qual passará a fazer testes como WISC, Bender,

Raven, Colúmbia, com o objetivo de medir a capacidade geral ou específica de

aptidões do aluno.

São várias as etapas que se deve perpassar no processo de avaliação

pedagógica no contexto escolar, o qual envolve procedimentos sistemáticos, que

obtêm como instrumentos, observações, entrevistas, jogos, análise da produção do

aluno, entre outros, o qual permite o enfrentamento de dados, com análise criteriosa

de todas as informações coletadas, tanto os aspectos qualitativos sobre os

quantitativos.

Para o Departamento de Educação Especial e Inclusão – SEED (2008, p.3),

deve-se avaliar:

O contexto sociocultural em que se encontra inserido o aluno. O desenvolvimento motor, cognitivo, sócio afetivo e escolar do aluno. As estratégias de aprendizagem utilizadas pelo aluno. A metodologia utilizada pelo professor, nas intervenções no dia-a-dia. Os conhecimentos tácitos (prévios) que o aluno manifesta na sala de aula, assim como as dificuldades/necessidades individuais, em relação aos novos conteúdos de aprendizagem.

O instrumento de avaliação poderá ser formal ou informal, como jogos, testes

pedagógicos envolvendo aspectos: cognitivos, acadêmicos, psicomotores, motores,

Page 16: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · educação, independente da situação financeira, intelectual, credo, ... educador nos encaminhamentos educacionais, bem como

entre outros. Para isso a SEED encaminhou aos educadores das Salas

Multifuncionais Tipo I, um caderno de Curso de Avaliação Psicoeducacional no

Contexto Escolar e em anexo as fichas, roteiros e análise dos relatórios de

avaliação.

Um dos instrumentos de avaliação é a entrevista com a família, o qual tem

como o objetivo o de obter o máximo de informações referente ao desenvolvimento

integral do aluno frente às fases de desenvolvimento e das dificuldades

apresentadas. O qual deve ocorrer em clima de reciprocidade, sob forma de

relações dialógicas. Primeiramente deve-se fazer a entrevista com a família sobre a

estrutura e característica do ambiente familiar.

Em sequência deverá ser realizada a entrevista com educadores e equipe

pedagógica, que fornecerão informações sobre o aluno no contexto escolar, o

desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem, as intervenções

pedagógicas, estratégias metodológicas e avaliativas adotadas.

A entrevista com o aluno visa identificaras características individuais

(capacidades/ potencialidades/possibilidades/preferências/interesses/habilidades/

dificuldades e necessidades individuais), que definem a forma como o aluno

desempenha as tarefas no âmbito escolar e familiar.

O aluno que está sendo avaliado deverá ser observado sistematicamente em

todos os espaços educacionais, tanto na individualidade, quanto na coletividade,

como na sala de aula, biblioteca, recreio, entrada e saída. Os registros devem ser

feitos imediatos após a observação. Deve-se observar como é o seu procedimento a

respeito do seu material escolar, pois os mesmos apontam dados valiosos. Os dados

coletados podem ser escritos em cadernos, folhas de registro, textos, relatórios,

desenhos e outras produções realizadas no âmbito escolar, sem perder de vista a

necessidade de contextualizá-las.

Ao finalizar a avaliação, deverá ser feito um relatório descritivo de todo o

trabalho realizado pela equipe avaliadora, com linguagem clara e objetiva,

contemplando as dificuldades apresentadas pelo aluno e seu perfil de

desenvolvimento. A partir da avaliação é possível definir as intervenções que

deverão ser desenvolvidas pelo educador de sala de aula, do apoio pedagógico

especializado e os compromissos que a família terá que assumir junto ao aluno

visando orientar o processo educacional do aluno, atender as características

individuais do mesmo, assim como ajudar na reorganização da prática docente, até

Page 17: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · educação, independente da situação financeira, intelectual, credo, ... educador nos encaminhamentos educacionais, bem como

como uma ação preventiva.

A Equipe Multidisciplinar deverá finalizar o diagnóstico e fazer os devidos

encaminhamentos do avaliado para o atendimento educacional especializado se

apresentar defasagem intelectual, ou sala apoio, caso o mesmo apresente

defasagem de conteúdos.

O avaliar no contexto educacional é de grande importância devido à falta de

repasses financeiros as escolas, para o pagamento dos psicólogos, os quais são os

profissionais qualificados para o fechamento dos diagnósticos da presença ou não

da deficiência intelectual.

4 MEDOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa qualitativa de cunho exploratória, o qual se

fundamenta na pesquisa bibliográfica e contato com educadores. O objetivo é

possibilitar o conhecimento aos educadores do Ensino Fundamental II, referente aos

indicativos e conceito da deficiência intelectual, para adequação dos

encaminhamentos, avaliações, mediações e as intervenções pedagógicas aos

alunos que apresentam necessidades educacionais especiais do ensino comum.

O trabalho será desenvolvido com os educadores do ensino Fundamental II,

do Colégio Estadual Tancredo Neves do município de Francisco Beltrão-PR., entre

os meses de fevereiro a maio do ano de 2015. Será promovida formação

continuada, destinado aos professores, gestores e pedagogos da escola,

interessados em participar.

A atividade será abordada em três unidades de conteúdo. A primeira unidade

totalizará doze horas, a segunda unidade 16 horas e a terceira, 12 horas, totalizando

40 horas. O público-alvo da formação continuada serão os educadores da rede

regular do Ensino Fundamental II do Colégio Estadual Tancredo Neves.

Page 18: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · educação, independente da situação financeira, intelectual, credo, ... educador nos encaminhamentos educacionais, bem como

UNIDADE DIDÁTICA I - POLÍTICAS PÚBLICAS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

TEMPO DE DURAÇÃO: 12 horas

CONTEÚDO: Apresentação do tema da formação e dos conteúdos do primeiro

módulo: As políticas públicas da educação inclusiva, retrospectiva histórica da

inclusão e definições de deficiência intelectual.

OBJETIVO: Apresentar a temática aos participantes e a importância da definição de

deficiência intelectual e as políticas públicas da educação inclusiva para assegurar a

atenção integral aos alunos.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Para a abertura da formação, será feito uma breve apresentação pessoal e

do material produzido a ser trabalhada, com uso do recurso data show, o qual

totalizará 12 h. Após as apresentações será apresentado o vídeo Menestral – Willian

Shakespeare, com duração de 13 minutos e 38 segundos. Ao término do vídeo será

analisado e discutido, deixando livremente os educadores a exporem suas ideias.

Finalizando a discussão, será apresentado o questionário com quatro questões com

relato de casos de alunos com necessidades educacionais especiais. Cada questão

relatará e descreverá o comportamento e procedimento de cada aluno. Perante as

questões, o educador deverá relatar qual seria o procedimento do mesmo e o

encaminhamento que faria perante cada situação.

O questionário será recolhido, sendo que o mesmo será retomado e entregue

aos educadores no último dia da formação continuada, para que cada um

novamente analise cada caso, baseado nas informações trabalhadas no decorrer da

formação, quais seriam as mudanças em seus procedimentos, perante cada

situação apresentada e após as informações e o conhecimento adquirido na

formação continuada.

Dando sequência, será trabalhado com os participantes a temática das

políticas públicas da educação inclusiva, retrospectiva histórica da inclusão e as

definições de deficiência intelectual.

Page 19: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · educação, independente da situação financeira, intelectual, credo, ... educador nos encaminhamentos educacionais, bem como

OFICINA 01 – APRESENTAÇÃO DA UNIDADE DIDÁTICA

TEMPO DE DURAÇÃO - 04 HORAS

Conteúdo: Apresentação da unidade didática que será trabalhado;

Discussão do vídeo Menestrel de William-Shakespeare

Análise do questionário.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Apresentação dos trabalhos que será desenvolvido durante as oficinas,

prosseguindo com os trabalhos, será passada o vídeo Menestrel de William-

Shakespeare, disponível no endereço <http://www.gpportal.com.br/2010/07/o-

menestrel-william shakespear e.html>, acessado em 21 de Nov. de 2014, com a

duração de 13 minutos e 38 segundos e será discutido entre os participantes.

Sinopse do vídeo Menestrel de William-Shakespeare:

Disponível em: <http://www.gpportal.com.br/2010/07/o-menestrel-william-shakespeare.html>. Acesso em 21 nov. 2014.

O Texto retrata que o mestre de tudo é o tempo. E este tem uma força tão

grande que às vezes chega a ser assustadora. O tempo é a essência de tudo, o

começo e o fim. Hoje, quem é capaz de administrar seu tempo e usá-lo de tal modo

a não desperdiçá-lo, com certeza será aquele que terá uma vida serena e cheia de

conquistas.

O maior segredo de todos está em saber pesar passado, presente e futuro,

Page 20: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · educação, independente da situação financeira, intelectual, credo, ... educador nos encaminhamentos educacionais, bem como

ou seja, utilize seu passado como experiência, aprenda com ele de tal modo a

crescer e se fortalecer. Plante sua vida no terreno do hoje, o presente é como o

nome, uma dádiva; viva a cada novo dia como se fosse o último. E para o futuro

deixe os projeto e metas, porque aquele que sabe aonde quer chegar já tem um

caminho a percorrer, mas para quem não sabe, qualquer caminho é válido.

Reflexão: Pense Nisso. “Dê tempo ao tempo, só não se esqueça de que o

tempo não lhe dá tempo”! (Vanderlei Moraes) disponível no endereço eletrônico:

http://www.gpportal.com.br/2010/07/o-menestrel-william-shakespeare.html, Acesso

em 16 de Nov. de 2014.

Ao finalizar a reflexão do vídeo, será distribuído o questionário aos

educadores para a análise e preenchimento do mesmo.

ENTREVISTA COM OS PROFESSORES DA REDE REGULAR DE ENSINO

AVALIAÇÃO E ENCAMINHAMENTOS

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Colégio:

Professor:

Disciplina:

Data:

Leia com atenção cada um dos casos abaixo relacionados e de os devidos

encaminhamentos e sugestões cabíveis para cada caso.

São apresentados logo abaixo casos de quatro alunos, com idade de onze

anos e frequentam o 6º ano do Ensino Fundamental, baseado nas informações, dos

casos, responda:

Qual seria a suspeita do diagnóstico de cada um?

Qual seria o procedimento educacional do educador?

Qual seria o encaminhamento para cada um?

Caso Nº 1

Durante as aulas, o educando não consegue prestar atenção a detalhes e

comete erros por descuido durante as atividades em sala de aula e não as termina

nem as da sala de aula e nem as tarefas direcionadas pelo educador.

Parece não ouvir quando se fala diretamente com ele, mexe com as mãos, pés

Page 21: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · educação, independente da situação financeira, intelectual, credo, ... educador nos encaminhamentos educacionais, bem como

e não permanece sentado por muito tempo. Corre na sala de um lado para o outro.

Tem dificuldade em brincar ou envolver-se em atividades de lazer de forma calma.

Não para e frequentemente está a “mil por hora”. Fala em excesso e não sabe

esperar a vez para falar e responde as perguntas de forma precipitada antes delas

terem sido terminadas. Tem dificuldade de esperar sua vez e interrompe os outros

ou se intromete (por exemplo: intromete-se nas conversas, jogos, etc.).

Apresenta defasagem cognitiva com pequena distorção idade/série em relação

aos demais colegas. Grande dificuldade na compreensão dos enunciados das

tarefas e de recordar atividades acadêmicas. Dificuldades de acompanhar o ritmo de

aprendizagem dos colegas da mesma idade, no que se refere às disciplinas que

exigem esforço intelectual.

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Caso Nº 2

O educando durante as aulas não cumpre com as tarefas escolares, falta as

aulas sem justificativa e conversa demasiadamente durante as aulas. Não segue

regras estabelecidas pelo educador durante as aulas e apresenta mal

comportamento que compromete o andamento educacional e social em sala de aula.

Em alguns momentos apresenta agressividade física ou verbal e

constantemente tenta chamar a atenção do educador sendo inconveniente em sala

de aula. Durante as atividades em grupo é egoísta e não tem paciência com os

colegas e as vezes apresenta atitudes de agressividade, para conseguir o que

pretende ou levanta questionamentos e discussões, de modo a provocar uma

agitação geral da turma.Durante a explanação do conteúdo pelo educador, o

educando questiona ou pergunta de forma a colocar em causa o professor, ou a

desvalorização do conteúdo das aulas.

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Caso Nº 3

Vocabulário suficiente para vida diária. Tem dificuldade para organizar

tarefas/atividades de planejar suas ações e falta criatividade. É desorganizado com

Page 22: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · educação, independente da situação financeira, intelectual, credo, ... educador nos encaminhamentos educacionais, bem como

seu material, perde-os com frequência. Durante as aulas, observa-se que o

educando não retém memória, concentram-se no máximo três minutos e distrai-se

facilmente com estímulos externos.

Evita, não gosta ou se envolve contra a vontade em tarefas que exigem

esforço mental prolongado. Não compreende ideias abstratas (como as metáforas, a

noção de tempo e os valores monetários), não estabelece ou apresenta dificuldades

de relações sociais, compreender e obedecer a regras, e realizar atividades

cotidianas – como, por exemplo, as ações de autocuidado.

Não segue instruções até o fim e não termina deveres de escola, tarefas ou

obrigações sem o auxílio de alguém. Dificuldade em abstrair conhecimento do

mundo e de si mesmo e na capacidade de transferir conhecimentos aprendidos

numa situação para outra.

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Caso Nº 4

O educando apresenta comportamento adequado a sua idade cronológica

apresenta hábitos de higiene. Cumpre ordens simples e complexas, apresenta boa

memória de retenção e concentração.

É organizado com as tarefas/atividades, planeja suas ações e apresenta boa

criatividade. É organizado com seu material. Segue instruções até o fim e participa

das aulas e termina deveres de escola, tarefas ou obrigações sem o auxílio do

educador, exceto em matemática.

Apresenta conhecimento do mundo e de si mesmo e na capacidade de

transferir conhecimentos aprendidos numa situação para outra. Mas durante as

aulas de matemática, apresenta dificuldades em desenvolver as atividades

solicitadas, aguarda sempre o educador responder para depois copiá-las.

Apresentam dificuldades as quatro operações e na resolução de situações

problemas. Quando o educador atende-o na individualidade, explicando-lhe a base

da atividade, o mesmo retém memória e aprendizagem. Não atinge a média nas

avaliações em matemática, apresentando dificuldades nas áreas acadêmicas de

matemática.

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Page 23: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · educação, independente da situação financeira, intelectual, credo, ... educador nos encaminhamentos educacionais, bem como

OFICINA 3 e 4 - LEGISLAÇÃO BRASILEIRA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

TEMPO DE DURAÇÃO - 8 HORAS

CONTEÚDO: Contexto histórico e legislação brasileira referente ao direito dos

alunos com deficiência Intelectual e/ou múltiplas deficiências.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Apresentação de slides com um resumo dos fundamentos legais e histórico

da educação especial.

Disponível em: https://www.google.com.br/search?newwindow=1&biw=1366&bih= 623&tbm= isch&oq=inclus%C3%A3o+&gs_l=img.3..0l10.1049531.1051465.0.1052760.7.7.0.0.0.0. 328.1435. 1j3j1j2.7.0....0...1c.1.32.img..3.4.734.1CLP_9Yvxxk&q=inclus%C3%A3

o. Acesso: 18 Nov. de 2014.

CONTEÚDOS TRABALHADOS

Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988;

Declaração Mundial de Educação para Todos (1990);

Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei 8.069/1990;

Declaração de Salamanca (1994);

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN, Lei 9394/1996;

Diretrizes Nacionais para Educação Especial – Parecer 17/2001;

Deliberação 02/2003 do Conselho Estadual de Educação do Paraná;

Convenção Sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (2006) –ONU.

Instrução nº 016/2008 – SUED/SEED. Política Nacional De Educação

Especial Na Perspectiva Da Educação Inclusiva, SEESP/MEC, 2008.

Page 24: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · educação, independente da situação financeira, intelectual, credo, ... educador nos encaminhamentos educacionais, bem como

Política Nacional para Educação Especial na Perspectiva da Educação

Inclusiva, apoiada pelo Decreto Nº 7.611, de 17 de novembro de 2011;

Debater e refletir teoricamente com os professores sobre os aspectos Legais

e históricos da concepção de deficiências, com textos: Mazzotta,(1990) Jannuzzi

(1992); Mendes, (1995); Carvalho, (1997); Mantoan (1997) Miranda 2003);

Junqueira (2007); dentre outros; (Leitura, debates, anotações)

Avaliação: Observar a participação do grupo no decorrer dos trabalhos.

Page 25: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · educação, independente da situação financeira, intelectual, credo, ... educador nos encaminhamentos educacionais, bem como

UNIDADE II – CARACTERIZAÇÃO DA DEFICIENCIA INTELECTUAL E

ATENDIMENTOS EDUCACIONAIS ESPECIALIZADOS

TEMPO DE DURAÇÃO - 16 HORAS

CONTEÚDO: Deficiência Intelectual;

Atendimentos educacionais especializados;

Avaliação diagnóstica.

OBJETIVO: Relatar aos participantes os conceitos de deficiência intelectual, os

atendimentos educacionais especializados e a importância da avaliação diagnóstica.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

A unidade dois iniciará com a explanação sobre as diferenças dos alunos,

cada um tem seu jeito de aprender, assim como cada professor tem sua maneira de

ensinar, mas que cada um, deverá buscar as diversas formas de aprender, bem

como de ensinar. Para melhor entender as dificuldades de nossos alunos, será

apresentado o filme “Como Estrelas na Terra”, disponível no endereço eletrônico

<http://www.youtube.com/watch?v=6rxSS46Fwk4>. Acesso em 10 Nov. 2014.

Esse filme que deixa claro sobre a dificuldade de um aluno em aprender e a

falta de compreensão e de conhecimento por parte dos educadores em ensiná-lo. Ao

finalizar o filme, será trabalhado com os participantes um questionário com questões

que possibilitarão aos educadores analisarem-no. Em sequência, serão trabalhados

com slides conceitos sobre a deficiência intelectual, os Atendimentos Educacionais

Especializados (AEE) na rede regular de ensino, deixando claro aos educadores que

cada área de deficiência é um AEE, sendo que o aluno terá direito a frequentar

mediante os exames e diagnóstico clínico e pedagógico. Será enfatizado, que

somente através de avaliações e diagnóstico, que o aluno terá seu direito garantido

em frequentar o AEE. Qual é a incumbência de cada atendimento e os devidos

encaminhamentos, exames e avaliação diagnóstica.

Avaliação: Observar a participação do grupo no decorrer dos trabalhos.

Page 26: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · educação, independente da situação financeira, intelectual, credo, ... educador nos encaminhamentos educacionais, bem como

OFICINA 5 – DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

DURAÇÃO 4 HORAS

CONTEÚDO: Filme – Como Estrelas na Terra. Análise do filme.

Disponível em <http://ulbra-to.br/encena/2013/11/18/Como-Estrelas-na-Terra-vivenciando-a-Dislexia>. Acesso em: 09 Nov. de 2014.

Encaminhamento Metodológico

O filme “Como estrelas na terra”: Segue abaixo o endereço do

filme:<http://www.youtube.com/watch?v=6rxSS46Fwk4> Acesso em: 09 de Nov. de

2014. Sob direção de Aamir Khan, gênero dramático, apesar de origem Indiano o

idioma é Inglês/ Hindi, lançado em 2007, sua duração é de 163 minutos.

Sinopse: Esse filme foi dirigido por Aamir Khan com o título original “Taare Zameen

Par – Every Child is Special”, o lançamento foi em 2007 e se passa na Índia, conta a

história de um menino com dislexia e um professor sensível, inspirado e inspirador

de uma prática de ensino específica para atender seu aluno. É a história de um

ensino distante das diferenças, com professores burocráticos e desalmados e a luta

de uma criança de 8 anos que entende o mundo de uma forma diferente . Conta

ainda à história de pais esforçados, porém cegos diante da singularidade de seus

filhos obedecendo as normas de uma sociedade competitiva e consumista de bens

materiais. É também a história de que uma andorinha faz o verão sim. Um professor,

apenas um salva seu aluno. Podemos sozinhos mudar uma trajetória, salvar do

Page 27: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · educação, independente da situação financeira, intelectual, credo, ... educador nos encaminhamentos educacionais, bem como

mundo uma criança. Disponível em:

http://cultescolar.blogspot.com.br/2013/09/como-estrelas-na-terra.html.n Acesso em:

09 Nov. de 2014.

Questões norteadoras para discussão do filme:

1) Como é tratado o “diferente” na sala de aula? 2) Quando o aluno apresenta dificuldades no conteúdo trabalhado, geralmente o professor procura saber o porquê do seu desinteresse? 3) você professor busca metodologias e recursos diversos para ensinar os alunos? 4) Qual análise que você faz da escola, família e professores de Ishaan?

5) Na prática profissional você já vivenciou em sala de aula situações iguais à do filme? Se sim, de que forma você procedeu? 6) na sua opinião o professor encontra-se preparado para enfrentar os desafios da inclusão? 7) Na sua opinião, de que forma pode-se tornar a inclusão efetiva nas escolas? Avaliação: Observar a participação do grupo no decorrer dos trabalhos.

Disponível em: https://www.google.com.br/search?newwindow=1&biw=1366&bih= 623&tbm=isch&oq=incl%C3%A3o+&gs_l=img.3..0l10.1049531.1051465.0.1052760.7.7.0.0.0.0. 328.1435. 1j3j1j2.7.0....0...1c.1.32.img..3.4.734.1CLP_9Yvxxk&q=inclus%C3%A3

o. Acesso: 18

Nov. de 2014.

Page 28: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · educação, independente da situação financeira, intelectual, credo, ... educador nos encaminhamentos educacionais, bem como

OFICINA 6 e 7 – ATENDIMENTOS EDUCACIONAIS ESPECIALIZADOS

TEMPO DE DURAÇÃO - 8 HORAS

CONTEÚDO: Deficiência Intelectual;

Atendimentos educacionais especializados.

METODOLOGIA: Será trabalhado através de slides, conceitos sobre deficiência

intelectual apresentada na fundamentação teórica da produção, que contempla a

Organização Mundial da Saúde, a Convenção da Guatemala, a Constituição

Brasileira, Decreto nº 3.956/2001, e a Resolução CNE/CEB nº 02 de setembro de

2001.

Além dos conteúdos acima mencionados, será analisada com os educadores

a Instrução N° 016/2011 SEED/SUED, que define além da deficiência intelectual, os

atendimentos educacionais especializados, ofertados a rede regular de ensino, bem

como da regulamentação e organização dos atendimentos e demais regulamentação

que regem as Salas de Recursos Multifuncional Tipo I. A Instrução N° 016/2011

SEED/SUED a ser trabalhado com os educadores, está disponível no endereço

eletrônico,

<http://www.educacao.pr.gov.br/arquivos/File/instrucoes/Instrucao162011.pdf>.

Acesso em 06 Nov. 2014.

Avaliação: Observar a participação do grupo no decorrer dos trabalhos.

OFICINA 8 – AS VÁRIAS FORMAS DE AVALIAR

TEMPO DE DURAÇÃO - 4 HORAS

CONTEÚDO: AVALIAÇÃO

METODOLOGIA: Serão trabalhados três vídeos e análise será feito através de

questionamentos, pontuados pela professora PDE, sobre o conteúdo, “Avaliação”.

Vídeo I – Avaliação da aprendizagem ainda é bicho papão – pes – projetos

educacionais.wmv. Disponível no endereço eletrônico <

Page 29: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · educação, independente da situação financeira, intelectual, credo, ... educador nos encaminhamentos educacionais, bem como

https://www.youtube.com/watch?v=JUly_0STUOg>. Acesso em: 20 de Nov. de

2014, com a duração de 6 min 48 seg.

Este vídeo foi enviado em 13 de set de 2011, faz parte do acervo da PES –

PROJETOS EDUCACIONAIS E SOCIAIS LTDA, de autoria da professora Eleonora

Cavalcante, diretora educacional da empresa PES – PROJETOS EDUCACIONAIS E

SOCIAIS LTDA. Na realidade, foi criado a partir de uma apresentação em power

point, idealizada e utilizada pela autora durante o período em que era coordenadora

pedagógica do Colégio Sagrado Coração de Jesus (CAVALCANTI, 2001)

O objetivo do vídeo é gerar subsídios para que educadores reflitam sobre

suas práxis educacionais, entendendo-as como reflexos do meio social, proveniente

de políticas educacionais inadequadas, mas possíveis de serem transformadas em

razão de uma mudança de cultura de todos (pais, educadores, estudantes...).

Música - "I Ka Barra" por Habib Koité, Bamada (Google Play • eMusic •

iTunes)

Artista - Habib Koité

Categoria - Educação

Licença padrão do YouTube

Vídeo II – “O papel da Avaliação na Aprendizagem”, disponível em <

https://www.youtube.com/watch?v=NyV47Ty3JzA>. Acesso em: 19 Nov. de 2014.

Sua duração é de 9 min e 16 seg. Contempla a importância de avaliar, mas também

enfatiza as formas de avaliar, como avaliar, quando avaliar e para que avaliar. Avaliar

não é punir o aluno, mas sim, verificar se o mesmo apropriou-se dos conteúdos e

proporcionar ao educador análise dos instrumentos avaliativos, metodologias e

técnicas na transmissão do conteúdo.

Vídeo III – “Re-significando a Avaliação” disponível em <

https://www.youtube.com/watch?v=ImI60Gn4txs>. Acessado em: 20 Nov. de

2014, tempo de duração são de 3 min 51 seg. Enfoca que a avaliação é carregada

de diferentes significados, varias formas de avaliar e de observar, pois são muitos os

fatores, tato dentro da escola como fora, interfere no desenvolvimento dos alunos.

Que avaliar antes de tudo é proporcionar o educando possibilidades de perceber

Page 30: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · educação, independente da situação financeira, intelectual, credo, ... educador nos encaminhamentos educacionais, bem como

seus avanços e necessidades de novas investidas no seu desenvolvimento.

Ao finalizar os vídeos, organizar em grupos os participantes, que deverão

analisar/debater as questões abaixo relacionadas e apresentar para os demais

participantes.

Questões norteadoras dos vídeos:

1) O que é avaliar?

2) Para que avaliar?

3) Quando avaliar?

4) Na opinião do grupo, por que é importante avaliar?

5) O que os vídeos têm em comum, um com o outro?

6) E com o conteúdo trabalhado? 7) Síntese – análise critica dos vídeos.

Exposição dos trabalhos em grupo.

Avaliação: Observar a participação, interesse e opiniões dos participantes,

durante as oficinas.

Page 31: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · educação, independente da situação financeira, intelectual, credo, ... educador nos encaminhamentos educacionais, bem como

UNIDADE III – AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA

TEMPO DE DURAÇÃO: 12 horas

CONTEÚDO: Critérios/sugestões de avaliação diagnóstica;

Identificação do aluno com deficiência intelectual;

Avaliação/como avaliar, quais são os critérios avaliativos.

OBJETIVO: Identificar através de critérios alunos com suspeita de deficiência

intelectual e fazer os devidos encaminhamentos educacionais especializados.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

No módulo passado, foi trabalhado conceitos sobre a deficiência intelectual,

bem como critérios que poderão identificar as dificuldades de aprendizagem,

portanto os participantes da formação já têm noções de critérios e de como

identificar alunos com suspeita de deficiência intelectual. Sendo assim, serão

formados grupos e cada grupo deverá criar dados fictícios de um aluno e construir

uma avaliação no contexto educacional e apresentarem ao grande grupo, utilizando

como apoio os anexos do caderno de Curso de Avaliação Psicoeducacional no

Contexto Escolar, encaminhado pela SEED - DEEIN aos educadores das Salas

Multifuncionais Tipo I.

Para finalizar a formação, será distribuída aos participantes a entrevista que

foi entregue e respondida por cada participante no primeiro dia, para analisarem

novamente o questionário, fazendo as devidas mudanças respectivas dentro dos

conhecimentos adquiridos durante o curso e a apresentação de cada participante,

sobre os conhecimentos adquiridos durante a formação.

OFICINA 9 e 10 – AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA

TEMPO DE DURAÇÃO - 8 HORAS

CONTEÚDO: Critérios/sugestões de avaliação diagnóstica;

Identificação do aluno com deficiência intelectual;

Avaliação/como avaliar, quais são os critérios avaliativos.

Page 32: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · educação, independente da situação financeira, intelectual, credo, ... educador nos encaminhamentos educacionais, bem como

METODOLOGIA: Será trabalhado através de slides os questionários das entrevistas

e relatórios, os quais constam em anexo no caderno do Curso de Avaliação

Psicoeducacional no Contexto Escolar, disponibilizado aos educadores das Salas

Multifuncional Tipo I, em 2013, pela Secretaria de Estado da Educação-

Departamento de Educação Especial e Inclusão Educacional.

Anexo I – Entrevista com os pais ou responsável. Dados fornecidos pelos pais

ou responsável, que contribuirão no fechamento do diagnóstico final. Focalizando a

importância da mesma, pois através dela é possível levantar dados informativos

respectivos sobre a gestação, nascimento e as fases do desenvolvimento, conhecer

o aluno integralmente nos aspectos (fisiológicos, biológicos,solciológicos,

psicológicos e cognitivos) pois os relatados informados serão de grande importância

para a continuidade e fechamento do diagnóstico do aluno.

Anexo II - Identificação das necessidades educacionais especiais/ coletada

pelos profissionais da educação. A importância do relato dos educadores da rede

regular de ensino, como é o comportamento do aluno durante as aulas com os

educadores e colegas. Quais são as dificuldades que devem ser relatadas, descritas

nas áreas do conhecimento acadêmico de português e matemática. Os dados e

informações relatados pelos professores do ensino comum são de grande relevância

para a avaliação diagnóstica, pois através dos relatos dos mesmos que será

possível averiguarem as áreas do desenvolvimento que o aluno apresenta

dificuldades e poder assim, conhecer/investigar os problemas de aprendizagem que

o aluno apresenta.

Anexo III – Informações sociais – Dados coletados dos próprios alunos

durante a avaliação no contexto escolar, pelo profissional especializado/e ou

psicopedagogo da escola, onde o próprio aluno descreverá dados significativos para

o fechamento do diagnóstico. Através dele será possível observar e analisar o

relacionamento interpessoal e intrapessoal. Se o aluno demonstra interesse e

iniciativa para realização as atividades acadêmicas; reações diante as frustrações;

controla suas emoções; autoimagem - positiva ou negativa, cuidados pessoais,

aparência, entre outros; características de humor; ajusta-se as normas escolares;

manifestações afetivas - carinhoso, agressivo entre outros.

Page 33: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · educação, independente da situação financeira, intelectual, credo, ... educador nos encaminhamentos educacionais, bem como

Anexo IV – Material escolar. Como o aluno faz uso do material escolar, se é

organizado ou não, Como é a letra, se faz troca de letras, omissão ou acrescenta

letras nas palavras e se emprega e faz uso adequadamente da gramática. Esses

dados são de grande relevância, os quais apontarão atitudes e interesses referentes

aos diversos campos do conhecimento e das habilidades adaptativas do aluno no

contexto escolar.

Anexo V – Roteiro para a elaboração do relatório de avaliação no contexto

escolar. Observar as áreas que devem constar na avaliação final do aluno. Esse

relatório é de grande importância, pois dará o diagnóstico final, fundamentado nos

demais dados coletados, acima já mencionados e relatados, pelos profissionais da

educação e demais áreas observadas e relatadas que foram observadas durante o

processo avaliativo.

Terminando a apresentação e estudos dos anexos, serão formados grupos

com os participantes, que analisarão os slides e anexos trabalhados, deverão

construir uma avaliação no contexto educacional, com dados fictícios de um aluno e

para finalizar a oficina e deverão apresentar aos demais participantes.

Avaliação: Observar a participação do grupo no decorrer dos trabalhos.

OFICINA 11 – AVALIAÇÃO FINAL

TEMPO DE DURAÇÃO - 4 HORAS

CONTEÚDO: Análise da entrevista

METODOLOGIA: A formação iniciará com comentários sobre a entrevista feita no

primeiro dia da formação, que os participantes analisaram e completaram será

devolvida e analisada na individualidade, podendo ser reestruturada. Serão

argumentadas as questões e respostas e feito o questionamento das seguintes

questões:

O que mudariam?

O que observou?

Continuaria com a mesma suspeita do diagnóstico?

Page 34: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · educação, independente da situação financeira, intelectual, credo, ... educador nos encaminhamentos educacionais, bem como

E os procedimentos, você mudaria?

O que você complementaria?

Quanto ao encaminhamento, seria o mesmo?

Após análise da avaliação individual, cada um apresentará a sua entrevista

para o grupo, relatando o que permanece e o que mudaria, após os conhecimentos

adquiridos durante a formação.

A avaliação da formação continuada será feita através do relato dos

participantes, da avaliação que os mesmos fizeram no primeiro encontro, dos relatos

e análises dos avanços nos procedimentos do diagnóstico e dos encaminhamentos

dos alunos, verificando se a formação possibilitou o conhecimento aos educadores

do Ensino Fundamenta II, referente aos indicativos e conceito da deficiência

intelectual, para os encaminhamentos educacionais especializados dos alunos da

rede regular de ensino. Finalizar a formação com o vídeo “motivação para

Professores”, Disponível no endereço eletrônico <

https://www.youtube.com/watch?v=hsd08NEpQUE> Acessado em 20 Nov. de 2014.

Duração 7 minutos e 41 segundos.

Page 35: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · educação, independente da situação financeira, intelectual, credo, ... educador nos encaminhamentos educacionais, bem como

REFERENCIAL BIBLIOGRAFICO

BANDEIRA, Paulo Alves Escola. Projeto politico pedagógico, Santo Antônio do Sudoeste, 2010. BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes nacionais para a educação especial a educação básica / Secretaria de Educação Especial – MEC; SEESP, 2001. _____.Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais. Brasília: UNESCO, 1994, BRASIL. _____, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva. Brasília: MEC, 2008. _____.Ministério da Educação. Parâmetros curriculares nacionais. Adaptações Curriculares. Brasília 1999. _____.Decreto nº 3.956, de 8 de outubro de 2001. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2001/d3956.htm> Acesso em 08 de Dez. de 2014. _____. Decreto nº 5.296 de 2 de dezembro de 2004. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5296.htm>. Acesso em: 30 de Abr. de 2014. CAVALCANTE, Eleonora. Projetos educacionais e sociais LTDA. 2011. Disponível em : < https://www.youtube.com/watch?v=JUly_0STUOg>. Acesso em: 20 de Nov. de 2014. D’ANTINO, M.E.F. A máscara e o rosto da instituição especializada: marcas que o passado abriga e o presente esconde. São Paulo: Memnon, 1988.

DOLTO. Françoise. Os Caminhos da educação. 1ª edição. São Paulo. Martins Fontes, 1998 FRANCO, R.J.D. e SILVEIRA, T. R. da S. A pessoa cega no processo histórico: um breve percurso. Revista Benjamin Constant, Ano 11, (30), p. 3-9. Rio de Janeiro: IBCENTRO/MEC, 2005 HONORA M. & FRIZANCO M. L., Esclarecendo as deficiências: Aspectos teóricos e práticos para contribuir com uma sociedade inclusiva. Ciranda Cultural, 2008.

LINS, N. M. A inclusão como conquista de lugar simbólico. In: SILVA, M. F. (Org.). Educação Inclusiva: uma visão diferente. Natal: EDUFRN, 2004.

MAZZOTTA, Marcos José da Silveira. Fundamentos de educação especial. São Paulo: Pioneira, 1982.

Page 36: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · educação, independente da situação financeira, intelectual, credo, ... educador nos encaminhamentos educacionais, bem como

_____, MAZZOTTA, M. J. S. Educação especial no Brasil: história e políticas

públicas, 5ª Ed. São Paulo: Cortez. 2005. MIRANDA, Arlete Aparecida Bertoldo. A prática pedagógica do professor de alunos com deficiência mental. 2003. 210 f. Tese (Doutorado em Educação) - Universidade Metodista de Piracicaba, Piracicaba, Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_nlinks&ref=000188&pid=S1413-6538 200800020000800053&lng=em> Acessado em: 31 de out. de 2014. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Textos da semana pedagógica julho/2007 – Estudos para a organização e elaboração do plano de trabalho docente. Curitiba. SEED/SUED/. 2007.

_____,Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Orientações pedagógicas para reavaliação de alunos de sala de recursos de 5ª à 8ª séries - Área da deficiência mental e distúrbios de aprendizagem. Curitiba. SEED/SUED/. 2008. _____, Secretaria de Estado da Educação. DEEIN, Departamento de Educação Especial e Inclusão. Instrução nº 016/ 2011. Disponível no endereço eletrônico < http://www.educacao.pr.gov.br/arquivos/File/instrucoes/Instrucao162011.pdf>. Acesso em: 19 de Nov. de 2014. _____, Secretaria de Estado da Educação. DEEIN, Departamento de Educação Especial e Inclusão. Centro Estadual de Avaliação e Orientação Pedagógica. Curso de avaliação psicoeducacional no contexto escolar. Curitiba, 2013. _____,Coletânea de legislação educacional. 2010. Disponível em: < www.educacao.pr.gov.br> . Acesso em: 31 de out. de 2014, às 10h. GOMES, A.L. L.. et al. Atendimento educacional especializado. São Paulo: MEC/SEESP, 2007.

JESUS, D.M. et al. Inclusão práticas pedagógicas e trajetórias de pesquisa. Porto Alegre: Mediação, 2007.

SANT’ANNA, I.M. Por que avaliar? Como avaliar? Critérios e instrumentos. 3ª Edição, Petrópolis, RJ: Vozes, 1998.

SASSAKI, R. K. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. 5ª ed. Rio de Janeiro: WVA, 2003.