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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE
II
Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica – Turma 2014
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DE EDUCANDOS DO ENSIO FUNDAMENTAL II E ENCAMINHAMENTOS EDUCACIONAIS ESPECIALIZADOS
Autor: VERA BEATRIS FERNANDES
Disciplina/Área: Educação Especial
Escola de Implementação do Projeto e sua localização:
Colégio Estadual Tancredo Neves
Município da escola: Francisco Beltrão – PR
Núcleo Regional de Educação:
Francisco Beltrão
Professor Orientador: Dr. Lirane Elize Defante Ferreto de Almeida
Instituição de Ensino Superior:
UNIOESTE – Campus Francisco Beltrão
Relação Interdisciplinar: Educação Especial
Resumo:
Devido à falta de esclarecimento e informações, os educadores encaminham alunos que nem sempre apresentam indicativos de deficiência intelectual para avaliação psicoeducacional. Sendo que, as maiorias dos alunos encaminhados apresentam defasagem de conteúdos, indisciplina, questões linguísticas e culturais. Sendo assim, pretende-se, através da formação continuada, sensibilizar os educadores por meio de informações sobre a deficiência intelectual e seus indicativos, da importância da contribuição para um diagnóstico precoce e um ganho de aprendizagem do aluno que apresenta esse tipo de limitação. Possibilitando aos educadores informações sobre a deficiência intelectual e seus indicativos, conceituando deficiência intelectual. Argumentando a importância da avaliação diagnóstica e seus devidos encaminhamentos do atendimento educacional especializado e sua real contribuição no desenvolvimento educacional do educando com deficiência intelectual. Contribuindo com os educadores dentro de uma política de educação permanente na escola.
Palavras-chave:
Avaliação Diagnóstica; Deficiência Intelectual; Atendimento Educacional Especializado.
Formato do Material Didático:
Unidade Didática
Público:
Educadores
1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Professora PDE: Vera Beatris Fernades
Área/Disciplina PDE: Educação Especial
Professor Orientador IES: Prof. Drª. Lirane Elize Defante Ferreto de Almeida
Escola de Implementação: Colégio Estadual Tancredo Neves
Público alvo de intervenção: Professores do Ensino Comum
.
1.1 LINHA DE ESTUDO: Avaliação para identificação das necessidades
educacionais especiais como mais um recurso para construção do processo de
aprendizagem.
1.2 TEMA: Avaliação Psicoeducacional
1.3 TÍTULO: Avaliação Psicoeducacional no Ensino Fundamental II e
Encaminhamentos para a Educação Especial
1 APRESENTAÇÃO
Para educar uma criança, é necessário ser corajoso, é necessário também enxergar longe. A inteligência animal é astúcia, ela não possui linguagem. A linguagem humana assume seus atos pela palavra que reivindica esses atos. O senso de responsabilidade é ensinado em primeiro lugar pelo exemplo, mas também por meio de palavras (DOLTO, 1998, p. 82).
A unidade didática é a construção de material, elaborado no segundo período
do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), com o acompanhamento da
orientadora da UNIOESTE, que oportunizará a formação continuada aos
educadores, a princípio, do Colégio Estadual Tancredo Neves do município de
Francisco Beltrão-PR, estendendo-se aos demais do Estado do Paraná, através do
GTR, ambos no primeiro semestre de 2015.
O objetivo da escolha desta temática a ser desenvolvida com os docentes do
Ensino Fundamental II, deve-se a necessidade de repassar informações e
orientações sobre os indicativos de deficiência intelectual, encaminhamentos para
avaliação psicoeducacional e atendimentos educacionais especializados. Pois é uma
grande preocupação que carrego desde o início da minha docência na sala de
recursos multifuncional tipo I, através da vivência no cotidiano, pois se observa que
alguns alunos ao ingressarem no Ensino Fundamental II, apresentam dificuldades de
aprendizagem ou são analfabetos funcionais e somente alguns alunos apresentam
necessidades educacionais especiais.
Devido à falta de conhecimento por parte dos educadores da rede regular de
ensino sobre indicativos de deficiência intelectual, encaminham alunos para
avaliação psicoeducacional, que não apresentam necessidades educacionais
especiais e comprometendo o processo de aprendizagem pela dificuldade de
interpretar os indicativos das necessidades de adaptação do currículo para garantir a
aprendizagem a esse aluno. Sendo assim, há a necessidade dos profissionais que
estão atuando em sala de aula de serem sensibilizados da importância de conhecer
sinais que podem caracterizar um aluno que apresenta dificuldades ou limitações no
processo de desenvolvimento da aprendizagem.
Vários são os fatores que comprometem a aprendizagem significativa dos
alunos, um exemplo, pode ser a aquisição da linguagem escrita, que quando
deficitária, implica em dificuldades na redação e na leitura. Essa dificuldade
compromete o desenvolvimento na produção e interpretação de texto. Outro
exemplo seria dos alunos que apresentam dificuldades acentuadas na
aprendizagem e com bloqueios emocionais, além destes existem os que apresentam
deficiência intelectual. As limitações no processo de aprendizagem podem se
manifestar até aos dezoito anos de idade. A experiência própria demonstra que as
dificuldades de aprendizagem durante o Ensino Fundamental I, são impercebíveis,
ou seja, os alunos conseguem acompanhar e apropriarem-se dos conteúdos básicos
do currículo. Mas, isso não se torna possível no ensino fundamental II, pois há uma
exigência do aprofundamento dos conhecimentos. É nesse momento que é
detectado a dificuldade do aluno e em alguns casos, observa-se que a
aprendizagem dos mesmos, apresenta comprometimentos acadêmicos.
O objetivo deste trabalho é o de possibilitar o conhecimento referente aos
indicativos e conceito da deficiência intelectual utilizado para caracterizar o aluno
com necessidades educacionais especiais. A importância da compreensão destas
características reside na possibilidade do professor ter subsídios para adaptar o seu
conteúdo a ser ministrado ao aluno. Para isso, será adotada uma metodologia
explanatória com a realização de oficinas de formação aos professores.
Na 1ª unidade, será apresentado o tema em questão: as políticas públicas da
educação inclusiva, retrospectiva histórica da inclusão e definições de deficiência
intelectual. Na 2ª unidade: o atendimentos educacionais especializados e a
avaliação no Contexto Escolar e na a 3ª unidade – critérios/sugestões de avaliação
no contexto, como identificar um aluno com deficiência intelectual e a
avaliação/como avaliar, quais são os critérios avaliativos.
As três unidades totalizarão quarenta horas de formação aos educadores,
com o objetivo de sensibilizá-los por meio de informações sobre a deficiência
intelectual, indicativos da deficiência e a importância do diagnóstico, o qual consiste
em contribuir positivamente com os educadores, alunos e pais, consequentemente o
encaminhamento do aluno para as atividades de recuperação e inserção social.
Ressalta-se que a formação, também contribuirá com os educadores dentro
de uma política de educação permanente na escola.
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Possibilitar o conhecimento aos educadores do Ensino Fundamental II,
referente aos indicativos e conceito da deficiência intelectual, para os
encaminhamentos educacionais especializados dos alunos do ensino comum.
2.2 Objetivos Específicos
Conceituar deficiência intelectual;
Apresentar os indicativos de deficiência intelectual;
Argumentar a importância da avaliação no contexto e seus devidos
encaminhamentos;
Identificar o atendimento educacional especializado e sua real contribuição no
desenvolvimento educacional do educando com deficiência intelectual.
3 REFERENCIAL TEÓRICO
Discorrer sobre deficiência intelectual, indicativos e avaliação diagnóstica é de
grande importância para os educadores do ensino comum. Pois se vivencia a
movimento internacional e nacional da inclusão, onde todos tem o direito à
educação, independente da situação financeira, intelectual, credo, racial e etc.
Assim sendo, a unidade didática se encontra fundamentada em conceitos de
autores renomados, como Mazzota (2005), Sassaki (2003), Gomes, et al (2007),
Jesus et al (2007), dentre outros que apresentam em seus estudos sobre a
deficiência intelectual e os indicativos da deficiência intelectual e sobre a avaliação
diagnóstica e encaminhamentos educacionais especializados, que possam auxiliar o
educador nos encaminhamentos educacionais, bem como em suas práticas
educativas, auxiliando o aluno na construção do conhecimento.
3.1 BREVE TRAJETÓRIA HISTÓRICA DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Durante a evolução histórica da humanidade, em épocas com diferentes
concepções de mundo o homem perpassou por várias concepções. Somente eram
aceitos na sociedade pessoas sem deficiência e sem restrição nenhuma. A
deficiência era vista como consequência de possessões demoníacas ou escolha
divina para purificar os pecados dos seus semelhantes, os deficientes eram vítimas
de castigos, torturas e até a morte. Para Amaral apud Franco e Dias (2005, p.12),
“(…) as pessoas com deficiência eram mortos ou abandonados. As crianças que
nasciam cegas eram eliminadas e os que haviam perdido a visão na idade adulta
eram entregues à própria sorte”.
A sociedade, em todas as culturas, atravessou diversas fases no que se refere às práticas sociais. Ela começou praticando a exclusão social de pessoas que - por causa das condições atípicas - não lhe pareciam pertencer à maioria da população. Em seguida, desenvolveu o atendimento segregado dentro de instituições, passou para a prática da integração social e recentemente adotou a filosofia da inclusão social para modificar os sistemas sociais gerais (SASSAKI, 2003, p.16).
No decorrer da história houve grande segregação das pessoas com
deficiência. Mazzotta (1982) ressalta que essa segregação e marginalização das
pessoas com deficiência davam-se ao descredito. Acreditava-se que elas não teriam
condições e nem possibilidade de se desenvolverem no decorrer de suas vidas,
sendo considerados socialmente incapazes. Conforme Mazzotta (1982), as pessoas
mesmo sem ter mudado suas concepções sobre os deficientes considerados como
incapazes, iniciou-se algumas ações que são empreendidas em favor das pessoas
com deficiência, marcadas pelos serviços de assistencialismo, pelo caráter
filantrópico, paternalista e humanitário.
Mesmo com os serviços assistencialistas, ainda continuou-se a ser depositado
esses indivíduos em manicômios, asilos e, na sequência, a rarefação do critério de
normalidade para selecionar os anormais. Ao passar dos tempos, passou-se a
perceber que as pessoas com deficiência, desde que tivessem uma atenção,
poderiam desenvolver suas habilidades, tendo condições de serem inseridas na
sociedade. Assim, passou-se a pensar diferente sobre a pessoa com necessidades
especiais.
[...] Ao carregar no corpo a marca real da sua limitação, torna- se mais árdua a luta do portador de limitação para conquistar o seu lugar na cultura. Um sujeito com limitação possui infinitas possibilidades de se inserir na cultura. É dono de um potencial, que é apenas limitado em algum aspecto. O que muitas vezes ocorre é a cristalização do olhar em torno da limitação, o que impede que lugares, possibilidades e alternativas possam ser abertas (LINS, 2004, p. 39).
Lins (2004) enfatiza que toda a pessoa, mesmo com restrições, é capaz de
ser inserido em uma sociedade, desde que lhe seja oportunizado espaços e ações
para desenvolver suas potencialidades. Foi no âmbito educacional que se iniciou a
construção sociocultural de desconstrução da imagem de um individuo sem
habilidades e potencialidades. O período de 1854 a 1956 foi marcado por iniciativas
oficiais e particulares isolados para atender essa população.
No Brasil o atendimento escolar especial para os indivíduos com deficiência
teve início com a criação do Imperial Instituto dos Meninos Cegos (atualmente
Instituto Benjamin Constant) pelo Imperador Dom Pedro II (1840-1889) por meio do
Decreto Imperial nº 1.428, de 12 de Setembro de 1854, e em 1856, o Imperial
Instituto dos Surdos-Mudos. No século XIX apenas os cegos e os surdos eram
atendidos e se tinha como objetivos uma simples instrução básica, destacando-se o
trabalho manual para o treinamento industrial (MAZZOTTA, 2005).
Com a fundação do instituto dos Meninos Cegos e dos Surdos-Mudos, iniciou-
se um novo ciclo na educação especial, pois a partir dai, iniciaram-se os
atendimentos educacionais especializados. Em relação às demais deficiências,
continuavam a serem excluídas, eram muitas vezes abandonados a sua própria
sorte, ou asilados em instituições e encaminhados para o trabalho forçado em troca
de abrigo.
Partindo de estudos, o médico Jean Marc Itard, no inicio o do século XIX, ao
atender o menino Vitor, conhecido como o Selvagem de Averyron (que todos o
consideravam anormal, sem potencialidades), desenvolveu estratégias para atender
esse menino e assim se consolida a ideia de se fundar uma escola especial, para
atender crianças com deficiência. Em seguida Edward Seguin, após estudos
centralizados nas deficiências, desenvolveu um método de treinamento do cérebro
por meio de atividades físicas e sensoriais, contribuindo para a organização da
Associação Americana sobre Retardamento Mental (AAMR), atual American
Association on Intelectual and Developmental Disabilities (AAIDD) (MIRANDA,
2003).
No Brasil, nesta época, surgem as instituições filantrópicas, centralizada no
atendimento de reabilitação, sem assumir uma abordagem integradora, e os
deficientes e comunidade sem o direito de participação nas decisões ou de
reivindicações (BRASIL, 2008). Esse cenário passou a ter mudanças, a partir da
Declaração Universal dos Direitos Humanos em 1948, onde as pessoas com
deficiências passam a serem vistas como membros de uma sociedade.
Outro marco importante para a educação especial, foi a Lei de Diretrizes e
Bases da Educação (LDB) n° 4024/1961, a qual legalizou os atendimentos
educacionais especializados e que passou a ser contempladas nas políticas públicas
educacionais do Estado brasileiro. Regularizou os atendimentos e serviços ofertados
pelo poder público e pelas instituições assistenciais.
A lei n° 4024/61, permaneceu até 1970, em 1971, ela passa por uma
reformulação e é regulamentada a LDB n°5.692/1971, a qual viabiliza a matrícula
dos deficientes na rede regular de ensino. Através dessa legislação iniciou-se a fase
da integração, com perfil educacional.
Para fundamentar e reafirmar os direitos dos deficientes, em 1988 a
Constituição passa por uma reformulação e contempla no art. 208 em seu terceiro
artigo, que garante o atendimento educacional especializado aos deficientes,
preferencialmente na rede regular de ensino. Com isso, passa-se a priorizar a
integração dos deficientes e a priorizarem projetos institucionais que envolvam
ações da integração.
Com a proposta de Educação para Todos (Jomtien, 1990) e a Declaração de
Salamanca (1994), fortalece o compromisso por uma educação para todos e passa-
se a falar em inclusão, que todos têm direito a uma escola e exercer a sua cidadania
sem restrições.
Em seguida surge o Estatuto da Criança e do Adolescente - Lei n°8069/1990,
que em seu artigo 54, reafirma e garante o direito ao atendimento especializado e
em seu artigo 66 que assegura aos adolescentes com deficiência o direito ao
trabalho protegido.
Com as leis que asseguram a inclusão, o aluno deverá frequentar o ensino
comum e os atendimentos educacionais especializados, houve a preocupação de
construir documentos que viessem ao encontro das necessidades dos educadores
em proporcionar uma educação de qualidade a todos, respeitando a especificidade
de cada um, estimulando suas potencialidades. O Governo Federal publicou um
caderno chamado, Adaptações Curriculares dos Parâmetros Curriculares Nacionais,
estratégias aos professores para trabalhar com alunos com necessidades educativas
especiais (BRASIL, 1999).
Para reafirmar e garantir o acesso e a permanência dos deficientes na rede
regular de ensino e nos atendimentos educacionais especializados complementar ou
suplementar à escolarização, prescreveu-se as Diretrizes Nacionais para a
Educação Especial na Educação Básica (Resolução CNE/CEB nº 2/2001) e em
1999, a Convenção da Guatemala, promulgada no Brasil pelo Decreto nº
3.956/2001, garantindo os mesmos direitos humanos das pessoas com deficiência,
definindo como discriminação com base na deficiência toda diferenciação ou
exclusão que possa impedir ou anular o exercício dos direitos humanos e de suas
liberdades fundamentais.
No Paraná os direitos dos deficientes já mencionados, são garantidos pela
Deliberação n° 02/2003, que normatiza as normas da educação especial,
reafirmando, baseada na LDB nº 9394/1996, a educação especial como modalidade
e que perpassa todos os níveis de ensino com o objetivo de apoiar, complementar,
suplementar ou substituir os serviços educacionais comuns por meio de um conjunto
de recursos, apoios e serviços educacionais, para assegurar a educação e promover
o desenvolvimento dos indivíduos com necessidades educativas especiais, em todos
os níveis, etapas e modalidades de educação, destinada as crianças, adolescente,
jovens e adultos (PARANÁ 2010).
O estado do Paraná, a SEED em concordância com as mantenedoras das
antigas escolas especiais do Paraná, solicitaram a transformação das escolas
especiais, em Escola de Educação Básica, na Modalidade Educação Especial,
conforme o Parecer nº 108/2010- CEE/PR (SEED/PR-2010) “atendendo com
responsabilidade as diferenças individuais, com atendimento prioritário a aqueles
excluídos historicamente” (BANDEIRA, 2010, p.20).
A Secretaria de Educação do Estado do Paraná prioriza dentro das políticas
públicas, o direito a educação de todo o cidadão, a valorização do professor e de
todos os profissionais da educação, o trabalho coletivo e a gestão democrática em
todos os níveis institucionais e o atendimento às diferenças e à diversidade cultural,
reafirmando o compromisso de uma educação de qualidade para todos.
3.2 CONCEITOS E DEFINIÇÕES DA DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
Em 1980, a Organização Mundial da Saúde tentou esclarecer e definir todas
as deficiências, propondo três níveis, deficiência, incapacidade e desvantagem
social, mas em 2001 ela é revista e introduziu o funcionamento global da pessoa
com deficiência. Houve até a cogitação da mudança de terminologia “pessoa
deficiente” por “pessoa em situação de deficiência” (GOMES, et al., 2007, p.13).
São várias definições sobre deficiência, a Convenção da Guatemala,
fundamentada na Constituição Brasileira pelo Decreto nº 3.956/2001, o seu artigo 1º
define como […] “uma restrição física, mental ou sensorial, de natureza permanente
ou transitória, que limita a capacidade de exercer uma ou mais atividades essenciais
da vida diária, causada ou agravada pelo ambiente econômico e social”. Baseada
nesses documentos a deficiência é considerada como um estado, uma situação
(BRASIL, 2001).
No Brasil, fundamentada na Resolução CNE/CEB nº 02 de setembro de 2001,
no artigo 5º, consideram alunos com necessidades educacionais especiais os que
no decorrer do processo educacional apresentam:
I - dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de desenvolvimento que dificultem o acompanhamento das atividades curriculares, compreendidas em dois grupos: a) aquelas não vinculadas a uma causa orgânica específica; b) aquelas relacionadas a condições, disfunções, limitações ou deficiências; II – dificuldades de comunicação e sinalização diferenciadas dos demais alunos, demandando a utilização de linguagens e códigos aplicáveis; III - altas habilidades/superdotação, grande facilidade de aprendizagem que os leve a dominar rapidamente conceitos, procedimentos e atitudes (BRASIL, 2001, p.70).
No capítulo II, do Decreto nº 5.296 de dezembro de 2004, define a deficiência
intelectual:
Significativamente inferior à média, com manifestação antes dos dezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como: comunicação; cuidado pessoal; habilidades acadêmicas; lazer; e trabalho (BRASIL, 2004).
Sendo assim, alunos com deficiência intelectual são aqueles que apresentam
restrições na aprendizagem, com limitações em uma ou mais das áreas: motora,
cognitiva, comunicação ou sócio educacional.
Segundo a SEED-DEEIN, (2013) Possíveis indicadores podem ser
reconhecidos pelos professores, comunidade escolar e família, por meio da
observação do desenvolvimento do aluno, habilidades e comportamentos, gerais ou
característicos, que não correspondem ao esperado para a maioria dos alunos e que
comprometem a aprendizagem escolar, tais como:
atraso no desenvolvimento psicomotor;
atraso no desenvolvimento da linguagem;
dificuldade de recepção, atenção, memorização e reação a estímulos auditivos, visuais e táteis;
dificuldade com relação a criatividade, abstração, conhecimento do mundo e de si mesmo;
déficit nas destrezas, nos saberes e nas estratégias de processamento de informações;
necessidade de supervisão em atividades da vida autônoma;
dificuldade na capacidade de transferir conhecimentos aprendidos numa situação para outra;
limitações nas habilidades das condutas adaptativas, tais como: responder às demandas do meio; ajustar /autorregular o comportamento às diferentes situações e contextos de vida conforme a idade, as expectativas, etc;
aprendizagem acadêmica lenta, com atraso acentuado no rendimento escolar (SEED-DEEIN, 2013, p.12).
Um dos pontos mais relevantes, que o educador deverá observar em seu
aluno, durante a aprendizagem, é se o mesmo apresenta dificuldades de
concentração e memorização. Além Essas dificuldades podem ser observadas
quando a explicação do conteúdo, se o aluno conseguiu compreender o que lhe foi
explicado e se em aulas subsequentes esse aluno consegue desenvolver as
atividades a partir do conteúdo já apresentado. A falta de memorização e retenção
de memória é um dos indicativos de deficiência intelectual entre outros, como atraso
significativo na linguagem e no raciocínio lógico e dificuldades de compreensão nas
diversas áreas do conhecimento.
No momento em que se observam os critérios acima mencionados, o
educador deverá conversar com a equipe pedagógica da escola, para encaminhar a
equipe responsável para a avaliação diagnóstica do aluno. A escola tem a
incumbência de intermediar o conhecimento aos alunos com deficiência intelectual,
respeitando os seus limites, intermediando metodologias para apropriação e
ampliação dos conhecimentos de forma que o aluno adquira autonomia em sua vida
adulta, como diz Padilha (2001, p.135) de “vencer as barreiras de sua deficiência –
expandir possibilidades, diminuir limites, encontrar saídas para estar no mundo, mais
do que ser apenas uma pessoa do mundo”. Sendo assim, além do educador
intermediar o conhecimento, ele deve proporcionar autonomia na vida educacional e
social do aluno com deficiência.
3.3 AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA
Para Sant’Anna (1998, p.29-30) avaliação é: Um processo pelo qual se procura identificar, aferir, investigar e analisar as modificações do comportamento e rendimento do aluno, do educador, do sistema, confirmando se a construção do conhecimento se processou, seja este teórico (mental) ou prático.
Avaliar consiste em avaliar um tudo, dentro de um contexto social e
educacional, com o objetivo de identificar as dificuldades para dar os devidos
encaminhamentos educacionais. Encaminhar um aluno para a avaliação diagnóstica,
com suspeita de necessidades educacionais especiais é um assunto muito debatido
entre os profissionais da educação, o qual apresenta muitas dúvidas no momento do
encaminhamento.
Sendo assim, o educador do ensino comum quando perceber, que o aluno
apresenta alguma dificuldade, o mesmo deve passar a acompanhar mais de perto o
desenvolvimento e deverá avaliar no contexto escolar, com apoio da equipe técnico-
pedagógica ou do educador especializado.
A avaliação no contexto escolar está contemplada na Deliberação Nº
02/2003- CEE/PR, no capítulo V:
Art. 24 O estabelecimento de ensino deve realizar avaliação, no contexto escolar, para a identificação das necessidades educacionais do aluno, do professor e da escola e para a tomada de decisões quanto aos recursos e apoios necessários à aprendizagem, conforme o que segue: I. a avaliação de que trata o caput deverá ser realizado pelo professor de sala de aula, como apoio da equipe técnico-pedagógica ou de professor especializado, podendo contar, ainda, com profissionais dos serviços especializados (interno/externo) sempre que é necessário. II. no caso de encaminhamento do aluno para a classes especiais e escolas especiais, cabe a mantenedora garantir ao estabelecimento de ensino meios para a realização da avaliação por equipe multiprofissional.
A deliberação esclarece que é de competência e de responsabilidade do
estabelecimento de ensino, realizar avaliação no contexto escolar para identificação
das necessidades educacionais especiais, e encaminhamentos dos atendimentos
educacionais especializados, bem como, metodologias para trabalhar as adaptações
curriculares, adequada a cada situação.
Para isso, o Departamento de Educação Especial e Inclusão (SEED, 2007, p.
9), esclarece que:
O processo de avaliação, possibilita a identificação dos sucessos, das dificuldades e fracassos, apoiando encaminhamentos e tomadas de decisões sobre ações necessárias, sejam elas de natureza pedagógica, estrutural ou administrativa. As informações obtidas permitem conhecer, descrever, compreender, explicar, prever e formular um juízo de valor acerca da realidade avaliada e permitem também tomar decisões socioeducativas, sociais e terapêuticas, para prevenir possíveis distorções ou disfuncionalidades, ou para modificar e, em suma, otimizar - quando necessário - a realidade avaliada. Esta avaliação configura-se tanto como uma prática de investigação do processo educacional quanto como um meio de transformação da realidade escolar. É a partir da observação, da análise, da reflexão crítica e do registro sobre a realidade/contexto, pelos profissionais envolvidos nesse modo de avaliar, que se estabelecem as necessidades, prioridades e as propostas de ação para os processos de ensino e de aprendizagem, proporcionando informações a fim de melhorar a ação docente do professor e a aprendizagem dos alunos.
No momento em que o educador passa a observar o aluno, avaliá-lo no
contexto escolar, além da identificação das dificuldades, desenvolverá ações e
estratégias para possibilitar a apropriação dos conteúdos trabalhados. Após o
término dessa prática avaliativa o educador e a equipe pedagógica e/ou o
profissional da educação especial, poderão verificar se realmente o aluno apresenta
traços e indicativos de uma necessidade educacional especial, o mesmo deverá ser
encaminhado para um psicólogo, o qual passará a fazer testes como WISC, Bender,
Raven, Colúmbia, com o objetivo de medir a capacidade geral ou específica de
aptidões do aluno.
São várias as etapas que se deve perpassar no processo de avaliação
pedagógica no contexto escolar, o qual envolve procedimentos sistemáticos, que
obtêm como instrumentos, observações, entrevistas, jogos, análise da produção do
aluno, entre outros, o qual permite o enfrentamento de dados, com análise criteriosa
de todas as informações coletadas, tanto os aspectos qualitativos sobre os
quantitativos.
Para o Departamento de Educação Especial e Inclusão – SEED (2008, p.3),
deve-se avaliar:
O contexto sociocultural em que se encontra inserido o aluno. O desenvolvimento motor, cognitivo, sócio afetivo e escolar do aluno. As estratégias de aprendizagem utilizadas pelo aluno. A metodologia utilizada pelo professor, nas intervenções no dia-a-dia. Os conhecimentos tácitos (prévios) que o aluno manifesta na sala de aula, assim como as dificuldades/necessidades individuais, em relação aos novos conteúdos de aprendizagem.
O instrumento de avaliação poderá ser formal ou informal, como jogos, testes
pedagógicos envolvendo aspectos: cognitivos, acadêmicos, psicomotores, motores,
entre outros. Para isso a SEED encaminhou aos educadores das Salas
Multifuncionais Tipo I, um caderno de Curso de Avaliação Psicoeducacional no
Contexto Escolar e em anexo as fichas, roteiros e análise dos relatórios de
avaliação.
Um dos instrumentos de avaliação é a entrevista com a família, o qual tem
como o objetivo o de obter o máximo de informações referente ao desenvolvimento
integral do aluno frente às fases de desenvolvimento e das dificuldades
apresentadas. O qual deve ocorrer em clima de reciprocidade, sob forma de
relações dialógicas. Primeiramente deve-se fazer a entrevista com a família sobre a
estrutura e característica do ambiente familiar.
Em sequência deverá ser realizada a entrevista com educadores e equipe
pedagógica, que fornecerão informações sobre o aluno no contexto escolar, o
desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem, as intervenções
pedagógicas, estratégias metodológicas e avaliativas adotadas.
A entrevista com o aluno visa identificaras características individuais
(capacidades/ potencialidades/possibilidades/preferências/interesses/habilidades/
dificuldades e necessidades individuais), que definem a forma como o aluno
desempenha as tarefas no âmbito escolar e familiar.
O aluno que está sendo avaliado deverá ser observado sistematicamente em
todos os espaços educacionais, tanto na individualidade, quanto na coletividade,
como na sala de aula, biblioteca, recreio, entrada e saída. Os registros devem ser
feitos imediatos após a observação. Deve-se observar como é o seu procedimento a
respeito do seu material escolar, pois os mesmos apontam dados valiosos. Os dados
coletados podem ser escritos em cadernos, folhas de registro, textos, relatórios,
desenhos e outras produções realizadas no âmbito escolar, sem perder de vista a
necessidade de contextualizá-las.
Ao finalizar a avaliação, deverá ser feito um relatório descritivo de todo o
trabalho realizado pela equipe avaliadora, com linguagem clara e objetiva,
contemplando as dificuldades apresentadas pelo aluno e seu perfil de
desenvolvimento. A partir da avaliação é possível definir as intervenções que
deverão ser desenvolvidas pelo educador de sala de aula, do apoio pedagógico
especializado e os compromissos que a família terá que assumir junto ao aluno
visando orientar o processo educacional do aluno, atender as características
individuais do mesmo, assim como ajudar na reorganização da prática docente, até
como uma ação preventiva.
A Equipe Multidisciplinar deverá finalizar o diagnóstico e fazer os devidos
encaminhamentos do avaliado para o atendimento educacional especializado se
apresentar defasagem intelectual, ou sala apoio, caso o mesmo apresente
defasagem de conteúdos.
O avaliar no contexto educacional é de grande importância devido à falta de
repasses financeiros as escolas, para o pagamento dos psicólogos, os quais são os
profissionais qualificados para o fechamento dos diagnósticos da presença ou não
da deficiência intelectual.
4 MEDOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa qualitativa de cunho exploratória, o qual se
fundamenta na pesquisa bibliográfica e contato com educadores. O objetivo é
possibilitar o conhecimento aos educadores do Ensino Fundamental II, referente aos
indicativos e conceito da deficiência intelectual, para adequação dos
encaminhamentos, avaliações, mediações e as intervenções pedagógicas aos
alunos que apresentam necessidades educacionais especiais do ensino comum.
O trabalho será desenvolvido com os educadores do ensino Fundamental II,
do Colégio Estadual Tancredo Neves do município de Francisco Beltrão-PR., entre
os meses de fevereiro a maio do ano de 2015. Será promovida formação
continuada, destinado aos professores, gestores e pedagogos da escola,
interessados em participar.
A atividade será abordada em três unidades de conteúdo. A primeira unidade
totalizará doze horas, a segunda unidade 16 horas e a terceira, 12 horas, totalizando
40 horas. O público-alvo da formação continuada serão os educadores da rede
regular do Ensino Fundamental II do Colégio Estadual Tancredo Neves.
UNIDADE DIDÁTICA I - POLÍTICAS PÚBLICAS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
TEMPO DE DURAÇÃO: 12 horas
CONTEÚDO: Apresentação do tema da formação e dos conteúdos do primeiro
módulo: As políticas públicas da educação inclusiva, retrospectiva histórica da
inclusão e definições de deficiência intelectual.
OBJETIVO: Apresentar a temática aos participantes e a importância da definição de
deficiência intelectual e as políticas públicas da educação inclusiva para assegurar a
atenção integral aos alunos.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Para a abertura da formação, será feito uma breve apresentação pessoal e
do material produzido a ser trabalhada, com uso do recurso data show, o qual
totalizará 12 h. Após as apresentações será apresentado o vídeo Menestral – Willian
Shakespeare, com duração de 13 minutos e 38 segundos. Ao término do vídeo será
analisado e discutido, deixando livremente os educadores a exporem suas ideias.
Finalizando a discussão, será apresentado o questionário com quatro questões com
relato de casos de alunos com necessidades educacionais especiais. Cada questão
relatará e descreverá o comportamento e procedimento de cada aluno. Perante as
questões, o educador deverá relatar qual seria o procedimento do mesmo e o
encaminhamento que faria perante cada situação.
O questionário será recolhido, sendo que o mesmo será retomado e entregue
aos educadores no último dia da formação continuada, para que cada um
novamente analise cada caso, baseado nas informações trabalhadas no decorrer da
formação, quais seriam as mudanças em seus procedimentos, perante cada
situação apresentada e após as informações e o conhecimento adquirido na
formação continuada.
Dando sequência, será trabalhado com os participantes a temática das
políticas públicas da educação inclusiva, retrospectiva histórica da inclusão e as
definições de deficiência intelectual.
OFICINA 01 – APRESENTAÇÃO DA UNIDADE DIDÁTICA
TEMPO DE DURAÇÃO - 04 HORAS
Conteúdo: Apresentação da unidade didática que será trabalhado;
Discussão do vídeo Menestrel de William-Shakespeare
Análise do questionário.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Apresentação dos trabalhos que será desenvolvido durante as oficinas,
prosseguindo com os trabalhos, será passada o vídeo Menestrel de William-
Shakespeare, disponível no endereço <http://www.gpportal.com.br/2010/07/o-
menestrel-william shakespear e.html>, acessado em 21 de Nov. de 2014, com a
duração de 13 minutos e 38 segundos e será discutido entre os participantes.
Sinopse do vídeo Menestrel de William-Shakespeare:
Disponível em: <http://www.gpportal.com.br/2010/07/o-menestrel-william-shakespeare.html>. Acesso em 21 nov. 2014.
O Texto retrata que o mestre de tudo é o tempo. E este tem uma força tão
grande que às vezes chega a ser assustadora. O tempo é a essência de tudo, o
começo e o fim. Hoje, quem é capaz de administrar seu tempo e usá-lo de tal modo
a não desperdiçá-lo, com certeza será aquele que terá uma vida serena e cheia de
conquistas.
O maior segredo de todos está em saber pesar passado, presente e futuro,
ou seja, utilize seu passado como experiência, aprenda com ele de tal modo a
crescer e se fortalecer. Plante sua vida no terreno do hoje, o presente é como o
nome, uma dádiva; viva a cada novo dia como se fosse o último. E para o futuro
deixe os projeto e metas, porque aquele que sabe aonde quer chegar já tem um
caminho a percorrer, mas para quem não sabe, qualquer caminho é válido.
Reflexão: Pense Nisso. “Dê tempo ao tempo, só não se esqueça de que o
tempo não lhe dá tempo”! (Vanderlei Moraes) disponível no endereço eletrônico:
http://www.gpportal.com.br/2010/07/o-menestrel-william-shakespeare.html, Acesso
em 16 de Nov. de 2014.
Ao finalizar a reflexão do vídeo, será distribuído o questionário aos
educadores para a análise e preenchimento do mesmo.
ENTREVISTA COM OS PROFESSORES DA REDE REGULAR DE ENSINO
AVALIAÇÃO E ENCAMINHAMENTOS
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Colégio:
Professor:
Disciplina:
Data:
Leia com atenção cada um dos casos abaixo relacionados e de os devidos
encaminhamentos e sugestões cabíveis para cada caso.
São apresentados logo abaixo casos de quatro alunos, com idade de onze
anos e frequentam o 6º ano do Ensino Fundamental, baseado nas informações, dos
casos, responda:
Qual seria a suspeita do diagnóstico de cada um?
Qual seria o procedimento educacional do educador?
Qual seria o encaminhamento para cada um?
Caso Nº 1
Durante as aulas, o educando não consegue prestar atenção a detalhes e
comete erros por descuido durante as atividades em sala de aula e não as termina
nem as da sala de aula e nem as tarefas direcionadas pelo educador.
Parece não ouvir quando se fala diretamente com ele, mexe com as mãos, pés
e não permanece sentado por muito tempo. Corre na sala de um lado para o outro.
Tem dificuldade em brincar ou envolver-se em atividades de lazer de forma calma.
Não para e frequentemente está a “mil por hora”. Fala em excesso e não sabe
esperar a vez para falar e responde as perguntas de forma precipitada antes delas
terem sido terminadas. Tem dificuldade de esperar sua vez e interrompe os outros
ou se intromete (por exemplo: intromete-se nas conversas, jogos, etc.).
Apresenta defasagem cognitiva com pequena distorção idade/série em relação
aos demais colegas. Grande dificuldade na compreensão dos enunciados das
tarefas e de recordar atividades acadêmicas. Dificuldades de acompanhar o ritmo de
aprendizagem dos colegas da mesma idade, no que se refere às disciplinas que
exigem esforço intelectual.
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Caso Nº 2
O educando durante as aulas não cumpre com as tarefas escolares, falta as
aulas sem justificativa e conversa demasiadamente durante as aulas. Não segue
regras estabelecidas pelo educador durante as aulas e apresenta mal
comportamento que compromete o andamento educacional e social em sala de aula.
Em alguns momentos apresenta agressividade física ou verbal e
constantemente tenta chamar a atenção do educador sendo inconveniente em sala
de aula. Durante as atividades em grupo é egoísta e não tem paciência com os
colegas e as vezes apresenta atitudes de agressividade, para conseguir o que
pretende ou levanta questionamentos e discussões, de modo a provocar uma
agitação geral da turma.Durante a explanação do conteúdo pelo educador, o
educando questiona ou pergunta de forma a colocar em causa o professor, ou a
desvalorização do conteúdo das aulas.
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Caso Nº 3
Vocabulário suficiente para vida diária. Tem dificuldade para organizar
tarefas/atividades de planejar suas ações e falta criatividade. É desorganizado com
seu material, perde-os com frequência. Durante as aulas, observa-se que o
educando não retém memória, concentram-se no máximo três minutos e distrai-se
facilmente com estímulos externos.
Evita, não gosta ou se envolve contra a vontade em tarefas que exigem
esforço mental prolongado. Não compreende ideias abstratas (como as metáforas, a
noção de tempo e os valores monetários), não estabelece ou apresenta dificuldades
de relações sociais, compreender e obedecer a regras, e realizar atividades
cotidianas – como, por exemplo, as ações de autocuidado.
Não segue instruções até o fim e não termina deveres de escola, tarefas ou
obrigações sem o auxílio de alguém. Dificuldade em abstrair conhecimento do
mundo e de si mesmo e na capacidade de transferir conhecimentos aprendidos
numa situação para outra.
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Caso Nº 4
O educando apresenta comportamento adequado a sua idade cronológica
apresenta hábitos de higiene. Cumpre ordens simples e complexas, apresenta boa
memória de retenção e concentração.
É organizado com as tarefas/atividades, planeja suas ações e apresenta boa
criatividade. É organizado com seu material. Segue instruções até o fim e participa
das aulas e termina deveres de escola, tarefas ou obrigações sem o auxílio do
educador, exceto em matemática.
Apresenta conhecimento do mundo e de si mesmo e na capacidade de
transferir conhecimentos aprendidos numa situação para outra. Mas durante as
aulas de matemática, apresenta dificuldades em desenvolver as atividades
solicitadas, aguarda sempre o educador responder para depois copiá-las.
Apresentam dificuldades as quatro operações e na resolução de situações
problemas. Quando o educador atende-o na individualidade, explicando-lhe a base
da atividade, o mesmo retém memória e aprendizagem. Não atinge a média nas
avaliações em matemática, apresentando dificuldades nas áreas acadêmicas de
matemática.
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OFICINA 3 e 4 - LEGISLAÇÃO BRASILEIRA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
TEMPO DE DURAÇÃO - 8 HORAS
CONTEÚDO: Contexto histórico e legislação brasileira referente ao direito dos
alunos com deficiência Intelectual e/ou múltiplas deficiências.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Apresentação de slides com um resumo dos fundamentos legais e histórico
da educação especial.
Disponível em: https://www.google.com.br/search?newwindow=1&biw=1366&bih= 623&tbm= isch&oq=inclus%C3%A3o+&gs_l=img.3..0l10.1049531.1051465.0.1052760.7.7.0.0.0.0. 328.1435. 1j3j1j2.7.0....0...1c.1.32.img..3.4.734.1CLP_9Yvxxk&q=inclus%C3%A3
o. Acesso: 18 Nov. de 2014.
CONTEÚDOS TRABALHADOS
Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988;
Declaração Mundial de Educação para Todos (1990);
Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei 8.069/1990;
Declaração de Salamanca (1994);
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN, Lei 9394/1996;
Diretrizes Nacionais para Educação Especial – Parecer 17/2001;
Deliberação 02/2003 do Conselho Estadual de Educação do Paraná;
Convenção Sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (2006) –ONU.
Instrução nº 016/2008 – SUED/SEED. Política Nacional De Educação
Especial Na Perspectiva Da Educação Inclusiva, SEESP/MEC, 2008.
Política Nacional para Educação Especial na Perspectiva da Educação
Inclusiva, apoiada pelo Decreto Nº 7.611, de 17 de novembro de 2011;
Debater e refletir teoricamente com os professores sobre os aspectos Legais
e históricos da concepção de deficiências, com textos: Mazzotta,(1990) Jannuzzi
(1992); Mendes, (1995); Carvalho, (1997); Mantoan (1997) Miranda 2003);
Junqueira (2007); dentre outros; (Leitura, debates, anotações)
Avaliação: Observar a participação do grupo no decorrer dos trabalhos.
UNIDADE II – CARACTERIZAÇÃO DA DEFICIENCIA INTELECTUAL E
ATENDIMENTOS EDUCACIONAIS ESPECIALIZADOS
TEMPO DE DURAÇÃO - 16 HORAS
CONTEÚDO: Deficiência Intelectual;
Atendimentos educacionais especializados;
Avaliação diagnóstica.
OBJETIVO: Relatar aos participantes os conceitos de deficiência intelectual, os
atendimentos educacionais especializados e a importância da avaliação diagnóstica.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A unidade dois iniciará com a explanação sobre as diferenças dos alunos,
cada um tem seu jeito de aprender, assim como cada professor tem sua maneira de
ensinar, mas que cada um, deverá buscar as diversas formas de aprender, bem
como de ensinar. Para melhor entender as dificuldades de nossos alunos, será
apresentado o filme “Como Estrelas na Terra”, disponível no endereço eletrônico
<http://www.youtube.com/watch?v=6rxSS46Fwk4>. Acesso em 10 Nov. 2014.
Esse filme que deixa claro sobre a dificuldade de um aluno em aprender e a
falta de compreensão e de conhecimento por parte dos educadores em ensiná-lo. Ao
finalizar o filme, será trabalhado com os participantes um questionário com questões
que possibilitarão aos educadores analisarem-no. Em sequência, serão trabalhados
com slides conceitos sobre a deficiência intelectual, os Atendimentos Educacionais
Especializados (AEE) na rede regular de ensino, deixando claro aos educadores que
cada área de deficiência é um AEE, sendo que o aluno terá direito a frequentar
mediante os exames e diagnóstico clínico e pedagógico. Será enfatizado, que
somente através de avaliações e diagnóstico, que o aluno terá seu direito garantido
em frequentar o AEE. Qual é a incumbência de cada atendimento e os devidos
encaminhamentos, exames e avaliação diagnóstica.
Avaliação: Observar a participação do grupo no decorrer dos trabalhos.
OFICINA 5 – DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
DURAÇÃO 4 HORAS
CONTEÚDO: Filme – Como Estrelas na Terra. Análise do filme.
Disponível em <http://ulbra-to.br/encena/2013/11/18/Como-Estrelas-na-Terra-vivenciando-a-Dislexia>. Acesso em: 09 Nov. de 2014.
Encaminhamento Metodológico
O filme “Como estrelas na terra”: Segue abaixo o endereço do
filme:<http://www.youtube.com/watch?v=6rxSS46Fwk4> Acesso em: 09 de Nov. de
2014. Sob direção de Aamir Khan, gênero dramático, apesar de origem Indiano o
idioma é Inglês/ Hindi, lançado em 2007, sua duração é de 163 minutos.
Sinopse: Esse filme foi dirigido por Aamir Khan com o título original “Taare Zameen
Par – Every Child is Special”, o lançamento foi em 2007 e se passa na Índia, conta a
história de um menino com dislexia e um professor sensível, inspirado e inspirador
de uma prática de ensino específica para atender seu aluno. É a história de um
ensino distante das diferenças, com professores burocráticos e desalmados e a luta
de uma criança de 8 anos que entende o mundo de uma forma diferente . Conta
ainda à história de pais esforçados, porém cegos diante da singularidade de seus
filhos obedecendo as normas de uma sociedade competitiva e consumista de bens
materiais. É também a história de que uma andorinha faz o verão sim. Um professor,
apenas um salva seu aluno. Podemos sozinhos mudar uma trajetória, salvar do
mundo uma criança. Disponível em:
http://cultescolar.blogspot.com.br/2013/09/como-estrelas-na-terra.html.n Acesso em:
09 Nov. de 2014.
Questões norteadoras para discussão do filme:
1) Como é tratado o “diferente” na sala de aula? 2) Quando o aluno apresenta dificuldades no conteúdo trabalhado, geralmente o professor procura saber o porquê do seu desinteresse? 3) você professor busca metodologias e recursos diversos para ensinar os alunos? 4) Qual análise que você faz da escola, família e professores de Ishaan?
5) Na prática profissional você já vivenciou em sala de aula situações iguais à do filme? Se sim, de que forma você procedeu? 6) na sua opinião o professor encontra-se preparado para enfrentar os desafios da inclusão? 7) Na sua opinião, de que forma pode-se tornar a inclusão efetiva nas escolas? Avaliação: Observar a participação do grupo no decorrer dos trabalhos.
Disponível em: https://www.google.com.br/search?newwindow=1&biw=1366&bih= 623&tbm=isch&oq=incl%C3%A3o+&gs_l=img.3..0l10.1049531.1051465.0.1052760.7.7.0.0.0.0. 328.1435. 1j3j1j2.7.0....0...1c.1.32.img..3.4.734.1CLP_9Yvxxk&q=inclus%C3%A3
o. Acesso: 18
Nov. de 2014.
OFICINA 6 e 7 – ATENDIMENTOS EDUCACIONAIS ESPECIALIZADOS
TEMPO DE DURAÇÃO - 8 HORAS
CONTEÚDO: Deficiência Intelectual;
Atendimentos educacionais especializados.
METODOLOGIA: Será trabalhado através de slides, conceitos sobre deficiência
intelectual apresentada na fundamentação teórica da produção, que contempla a
Organização Mundial da Saúde, a Convenção da Guatemala, a Constituição
Brasileira, Decreto nº 3.956/2001, e a Resolução CNE/CEB nº 02 de setembro de
2001.
Além dos conteúdos acima mencionados, será analisada com os educadores
a Instrução N° 016/2011 SEED/SUED, que define além da deficiência intelectual, os
atendimentos educacionais especializados, ofertados a rede regular de ensino, bem
como da regulamentação e organização dos atendimentos e demais regulamentação
que regem as Salas de Recursos Multifuncional Tipo I. A Instrução N° 016/2011
SEED/SUED a ser trabalhado com os educadores, está disponível no endereço
eletrônico,
<http://www.educacao.pr.gov.br/arquivos/File/instrucoes/Instrucao162011.pdf>.
Acesso em 06 Nov. 2014.
Avaliação: Observar a participação do grupo no decorrer dos trabalhos.
OFICINA 8 – AS VÁRIAS FORMAS DE AVALIAR
TEMPO DE DURAÇÃO - 4 HORAS
CONTEÚDO: AVALIAÇÃO
METODOLOGIA: Serão trabalhados três vídeos e análise será feito através de
questionamentos, pontuados pela professora PDE, sobre o conteúdo, “Avaliação”.
Vídeo I – Avaliação da aprendizagem ainda é bicho papão – pes – projetos
educacionais.wmv. Disponível no endereço eletrônico <
https://www.youtube.com/watch?v=JUly_0STUOg>. Acesso em: 20 de Nov. de
2014, com a duração de 6 min 48 seg.
Este vídeo foi enviado em 13 de set de 2011, faz parte do acervo da PES –
PROJETOS EDUCACIONAIS E SOCIAIS LTDA, de autoria da professora Eleonora
Cavalcante, diretora educacional da empresa PES – PROJETOS EDUCACIONAIS E
SOCIAIS LTDA. Na realidade, foi criado a partir de uma apresentação em power
point, idealizada e utilizada pela autora durante o período em que era coordenadora
pedagógica do Colégio Sagrado Coração de Jesus (CAVALCANTI, 2001)
O objetivo do vídeo é gerar subsídios para que educadores reflitam sobre
suas práxis educacionais, entendendo-as como reflexos do meio social, proveniente
de políticas educacionais inadequadas, mas possíveis de serem transformadas em
razão de uma mudança de cultura de todos (pais, educadores, estudantes...).
Música - "I Ka Barra" por Habib Koité, Bamada (Google Play • eMusic •
iTunes)
Artista - Habib Koité
Categoria - Educação
Licença padrão do YouTube
Vídeo II – “O papel da Avaliação na Aprendizagem”, disponível em <
https://www.youtube.com/watch?v=NyV47Ty3JzA>. Acesso em: 19 Nov. de 2014.
Sua duração é de 9 min e 16 seg. Contempla a importância de avaliar, mas também
enfatiza as formas de avaliar, como avaliar, quando avaliar e para que avaliar. Avaliar
não é punir o aluno, mas sim, verificar se o mesmo apropriou-se dos conteúdos e
proporcionar ao educador análise dos instrumentos avaliativos, metodologias e
técnicas na transmissão do conteúdo.
Vídeo III – “Re-significando a Avaliação” disponível em <
https://www.youtube.com/watch?v=ImI60Gn4txs>. Acessado em: 20 Nov. de
2014, tempo de duração são de 3 min 51 seg. Enfoca que a avaliação é carregada
de diferentes significados, varias formas de avaliar e de observar, pois são muitos os
fatores, tato dentro da escola como fora, interfere no desenvolvimento dos alunos.
Que avaliar antes de tudo é proporcionar o educando possibilidades de perceber
seus avanços e necessidades de novas investidas no seu desenvolvimento.
Ao finalizar os vídeos, organizar em grupos os participantes, que deverão
analisar/debater as questões abaixo relacionadas e apresentar para os demais
participantes.
Questões norteadoras dos vídeos:
1) O que é avaliar?
2) Para que avaliar?
3) Quando avaliar?
4) Na opinião do grupo, por que é importante avaliar?
5) O que os vídeos têm em comum, um com o outro?
6) E com o conteúdo trabalhado? 7) Síntese – análise critica dos vídeos.
Exposição dos trabalhos em grupo.
Avaliação: Observar a participação, interesse e opiniões dos participantes,
durante as oficinas.
UNIDADE III – AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA
TEMPO DE DURAÇÃO: 12 horas
CONTEÚDO: Critérios/sugestões de avaliação diagnóstica;
Identificação do aluno com deficiência intelectual;
Avaliação/como avaliar, quais são os critérios avaliativos.
OBJETIVO: Identificar através de critérios alunos com suspeita de deficiência
intelectual e fazer os devidos encaminhamentos educacionais especializados.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
No módulo passado, foi trabalhado conceitos sobre a deficiência intelectual,
bem como critérios que poderão identificar as dificuldades de aprendizagem,
portanto os participantes da formação já têm noções de critérios e de como
identificar alunos com suspeita de deficiência intelectual. Sendo assim, serão
formados grupos e cada grupo deverá criar dados fictícios de um aluno e construir
uma avaliação no contexto educacional e apresentarem ao grande grupo, utilizando
como apoio os anexos do caderno de Curso de Avaliação Psicoeducacional no
Contexto Escolar, encaminhado pela SEED - DEEIN aos educadores das Salas
Multifuncionais Tipo I.
Para finalizar a formação, será distribuída aos participantes a entrevista que
foi entregue e respondida por cada participante no primeiro dia, para analisarem
novamente o questionário, fazendo as devidas mudanças respectivas dentro dos
conhecimentos adquiridos durante o curso e a apresentação de cada participante,
sobre os conhecimentos adquiridos durante a formação.
OFICINA 9 e 10 – AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA
TEMPO DE DURAÇÃO - 8 HORAS
CONTEÚDO: Critérios/sugestões de avaliação diagnóstica;
Identificação do aluno com deficiência intelectual;
Avaliação/como avaliar, quais são os critérios avaliativos.
METODOLOGIA: Será trabalhado através de slides os questionários das entrevistas
e relatórios, os quais constam em anexo no caderno do Curso de Avaliação
Psicoeducacional no Contexto Escolar, disponibilizado aos educadores das Salas
Multifuncional Tipo I, em 2013, pela Secretaria de Estado da Educação-
Departamento de Educação Especial e Inclusão Educacional.
Anexo I – Entrevista com os pais ou responsável. Dados fornecidos pelos pais
ou responsável, que contribuirão no fechamento do diagnóstico final. Focalizando a
importância da mesma, pois através dela é possível levantar dados informativos
respectivos sobre a gestação, nascimento e as fases do desenvolvimento, conhecer
o aluno integralmente nos aspectos (fisiológicos, biológicos,solciológicos,
psicológicos e cognitivos) pois os relatados informados serão de grande importância
para a continuidade e fechamento do diagnóstico do aluno.
Anexo II - Identificação das necessidades educacionais especiais/ coletada
pelos profissionais da educação. A importância do relato dos educadores da rede
regular de ensino, como é o comportamento do aluno durante as aulas com os
educadores e colegas. Quais são as dificuldades que devem ser relatadas, descritas
nas áreas do conhecimento acadêmico de português e matemática. Os dados e
informações relatados pelos professores do ensino comum são de grande relevância
para a avaliação diagnóstica, pois através dos relatos dos mesmos que será
possível averiguarem as áreas do desenvolvimento que o aluno apresenta
dificuldades e poder assim, conhecer/investigar os problemas de aprendizagem que
o aluno apresenta.
Anexo III – Informações sociais – Dados coletados dos próprios alunos
durante a avaliação no contexto escolar, pelo profissional especializado/e ou
psicopedagogo da escola, onde o próprio aluno descreverá dados significativos para
o fechamento do diagnóstico. Através dele será possível observar e analisar o
relacionamento interpessoal e intrapessoal. Se o aluno demonstra interesse e
iniciativa para realização as atividades acadêmicas; reações diante as frustrações;
controla suas emoções; autoimagem - positiva ou negativa, cuidados pessoais,
aparência, entre outros; características de humor; ajusta-se as normas escolares;
manifestações afetivas - carinhoso, agressivo entre outros.
Anexo IV – Material escolar. Como o aluno faz uso do material escolar, se é
organizado ou não, Como é a letra, se faz troca de letras, omissão ou acrescenta
letras nas palavras e se emprega e faz uso adequadamente da gramática. Esses
dados são de grande relevância, os quais apontarão atitudes e interesses referentes
aos diversos campos do conhecimento e das habilidades adaptativas do aluno no
contexto escolar.
Anexo V – Roteiro para a elaboração do relatório de avaliação no contexto
escolar. Observar as áreas que devem constar na avaliação final do aluno. Esse
relatório é de grande importância, pois dará o diagnóstico final, fundamentado nos
demais dados coletados, acima já mencionados e relatados, pelos profissionais da
educação e demais áreas observadas e relatadas que foram observadas durante o
processo avaliativo.
Terminando a apresentação e estudos dos anexos, serão formados grupos
com os participantes, que analisarão os slides e anexos trabalhados, deverão
construir uma avaliação no contexto educacional, com dados fictícios de um aluno e
para finalizar a oficina e deverão apresentar aos demais participantes.
Avaliação: Observar a participação do grupo no decorrer dos trabalhos.
OFICINA 11 – AVALIAÇÃO FINAL
TEMPO DE DURAÇÃO - 4 HORAS
CONTEÚDO: Análise da entrevista
METODOLOGIA: A formação iniciará com comentários sobre a entrevista feita no
primeiro dia da formação, que os participantes analisaram e completaram será
devolvida e analisada na individualidade, podendo ser reestruturada. Serão
argumentadas as questões e respostas e feito o questionamento das seguintes
questões:
O que mudariam?
O que observou?
Continuaria com a mesma suspeita do diagnóstico?
E os procedimentos, você mudaria?
O que você complementaria?
Quanto ao encaminhamento, seria o mesmo?
Após análise da avaliação individual, cada um apresentará a sua entrevista
para o grupo, relatando o que permanece e o que mudaria, após os conhecimentos
adquiridos durante a formação.
A avaliação da formação continuada será feita através do relato dos
participantes, da avaliação que os mesmos fizeram no primeiro encontro, dos relatos
e análises dos avanços nos procedimentos do diagnóstico e dos encaminhamentos
dos alunos, verificando se a formação possibilitou o conhecimento aos educadores
do Ensino Fundamenta II, referente aos indicativos e conceito da deficiência
intelectual, para os encaminhamentos educacionais especializados dos alunos da
rede regular de ensino. Finalizar a formação com o vídeo “motivação para
Professores”, Disponível no endereço eletrônico <
https://www.youtube.com/watch?v=hsd08NEpQUE> Acessado em 20 Nov. de 2014.
Duração 7 minutos e 41 segundos.
REFERENCIAL BIBLIOGRAFICO
BANDEIRA, Paulo Alves Escola. Projeto politico pedagógico, Santo Antônio do Sudoeste, 2010. BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes nacionais para a educação especial a educação básica / Secretaria de Educação Especial – MEC; SEESP, 2001. _____.Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais. Brasília: UNESCO, 1994, BRASIL. _____, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva. Brasília: MEC, 2008. _____.Ministério da Educação. Parâmetros curriculares nacionais. Adaptações Curriculares. Brasília 1999. _____.Decreto nº 3.956, de 8 de outubro de 2001. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2001/d3956.htm> Acesso em 08 de Dez. de 2014. _____. Decreto nº 5.296 de 2 de dezembro de 2004. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5296.htm>. Acesso em: 30 de Abr. de 2014. CAVALCANTE, Eleonora. Projetos educacionais e sociais LTDA. 2011. Disponível em : < https://www.youtube.com/watch?v=JUly_0STUOg>. Acesso em: 20 de Nov. de 2014. D’ANTINO, M.E.F. A máscara e o rosto da instituição especializada: marcas que o passado abriga e o presente esconde. São Paulo: Memnon, 1988.
DOLTO. Françoise. Os Caminhos da educação. 1ª edição. São Paulo. Martins Fontes, 1998 FRANCO, R.J.D. e SILVEIRA, T. R. da S. A pessoa cega no processo histórico: um breve percurso. Revista Benjamin Constant, Ano 11, (30), p. 3-9. Rio de Janeiro: IBCENTRO/MEC, 2005 HONORA M. & FRIZANCO M. L., Esclarecendo as deficiências: Aspectos teóricos e práticos para contribuir com uma sociedade inclusiva. Ciranda Cultural, 2008.
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MAZZOTTA, Marcos José da Silveira. Fundamentos de educação especial. São Paulo: Pioneira, 1982.
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SASSAKI, R. K. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. 5ª ed. Rio de Janeiro: WVA, 2003.