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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
Versão Online ISBN 978-85-8015-080-3Cadernos PDE
I
AS DANÇAS FOLCLÓRICAS DA REGIÃO SUL DO BRASIL: UMA
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO PARA O ENSINO MÉDIO
Dorotilde Lustoza de Almeida Couto – Professora PDE1
Drª Marilene Cesário - Orientadora IES – UEL.2
RESUMO
O conhecimento das Danças Folclóricas da Região Sul do Brasil favorecem a cultura geral e a internalização do conhecimento sistematizado sobre Folclore e, de modo especial, sobre o folclore da região em que habitamos, pois oportuniza a valorização, por parte dos estudantes, de sua etnia e cultura, o que leva à compreensão das tradições familiares. Além disso, as Danças Folclóricas oportunizam a socialização e têm grande valor histórico-cultural no meio social. Foi nesse sentido que o objetivo geral do estudo, aqui apresentado, foi realizar uma intervenção pedagógica com estudantes do 3º Ano do Ensino Médio, sobre o tema Danças Folclóricas. A intervenção pedagógica teve como objetivo propor atividades metodológicas relacionadas às Danças Folclóricas, de modo a levar os estudantes a identificar as contribuições das mesmas para sua socialização e formação humana. A metodologia utilizada caracterizou-se como intervenção pedagógica e envolveu quatro turmas do 3º Ano do Ensino Médio. Notou-se, no início do processo, que alguns estudantes demonstraram preferir os esportes às danças, mas, durante a implementação do projeto, todos se envolveram entusiasticamente e participaram das Danças com compromisso e responsabilidade. Concluiu-se que houve avanço na aprendizagem e no conhecimento efetivo dos estudantes, além de mudanças comportamentais e éticas, o que é fundamental para a formação humana.
Palavras-chave: Dança Folclórica; Região Sul; Ensino Médio; Dança. INTRODUÇÃO
Na atualidade, é importante o ensino de diferentes estilos de Dança
no contexto escolar. O professor precisa refletir sobre o que significa ensinar
Danças Folclóricas nas aulas de Educação Física, no Ensino Médio, em seu
dia a dia de trabalho. Os professores buscam inserir conhecimentos que
referenciam a dimensão do folclore, ou seja, as tradições, comidas típicas,
1 Professora de Educação Física, formada pela FEFI, ministra aulas no Colégio
Estadual Vicente Rijo, Londrina, PR, e-mail: [email protected]
2 Professora Doutora da UEL (Universidade Estadual de Londrina), e-mail:
Danças Folclóricas, usos e costumes, entre outras manifestações. Em suas
práticas de ensino, recorrem à ousadia e desafiam, pedagogicamente, o
estudante a descobrir a alegria na convivência com seus pares, ao aprenderem
sobre tais conhecimentos folclóricos. As tradições são resguardadas e
passadas oralmente, de modo rígido e conservador, de geração em geração,
assim como também as músicas, as coreografias, os padrões, os usos e
costumes, as atividades espontâneas, naturais da vida, e as experiências
significativas, que são perpetuados como tradições e características de um
povo. A prática das Danças Folclóricas proporciona o desenvolvimento de
valores físicos, morais, sociais, culturais, mentais, recreacionais e terapêuticos.
Percebe-se, assim, a necessidade de instrumentalização, pelo professor, de
práticas educativas, associadas a metodologias mais ousadas e desafiadoras,
que permitam aos estudantes a apropriação dos conhecimentos citados. Diante
da contextualização acima, com este estudo, buscou-se responder o seguinte
problema de pesquisa: Como ensinar Danças Folclóricas para estudantes do 3º
ano do Ensino Médio de modo a incentivar a socialização e melhorar sua
formação humana?
Para responder a essa questão, foram elaborados os seguintes
objetivos:
O objetivo geral foi propor uma intervenção pedagógica sobre o
ensino das Danças Folclóricas para os estudantes do 3º Ano do Ensino Médio,
de modo a levá-los a identificar as contribuições das Danças Folclóricas para
sua socialização e formação humana.
Objetivos específicos: a) Verificar o nível de interesse dos
estudantes em relação ao ensino das Danças Folclóricas na Escola; b)
Identificar a importância da Dança para os estudantes do 3º ano do Ensino
Médio; c) Incentivar a prática das Danças Folclóricas no ambiente escolar.
O presente estudo consistiu em uma proposta de intervenção
pedagógica, cujo conteúdo disciplinar foram as Danças Folclóricas, visando a
resgatar o folclore no contexto educacional. O material utilizado abordou
aspectos teóricos, metodológicos e vivenciais da Dança Folclórica, nos estados
do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, Região Sul do Brasil.
Sou professora de Educação Física da Rede Estadual de Educação
e, como as Danças Folclóricas constituem conteúdo estruturante em minha
disciplina de atuação, em minha mediação pedagógica, nos diferentes anos de
prática docente, sempre me interessei em pesquisar como se dá a construção
de conhecimento do estudante em relação às Danças, no que diz respeito à
mudança na expressão corporal e às atitudes com as outras pessoas,
independente da idade ou sexo. Ao utilizar a Dança Folclórica como linguagem
corporal nas aulas de Educação Física, foi possível promover a apreensão de
um conteúdo histórico-cultural como elemento educativo no interior do espaço
escolar.
O tema enfocado por este estudo é apresentado nas Diretrizes
Curriculares da Educação Básica de Educação Física, Diretrizes Curriculares
da Educação Básica da Secretaria de Estado da Educação do Paraná (DCE),
desde o 6º ano, e é contemplado também no Ensino Médio. As danças
abordadas foram: Fandango; Quadrilha; Dança de Fitas; Dança de São
Gonçalo; Frevo; Samba de Roda; Batuque; Baião; Cateretê; Dança do Café;
Cuá Fubá; Ciranda; Curitibano; Quebra-mana; Congada da Lapa; Boi de
Mamão.
No primeiro momento da implementação do projeto de intervenção
pedagógica, foi aplicado aos estudantes um questionário inicial, cujo objetivo
foi investigar o que eles entendiam por Folclore e Danças Folclóricas. Em
seguida, foram distribuídos alguns textos explicativos sobre as características
das Danças Folclóricas, das coreografias e das letras das músicas e, em
seguida, foram oportunizadas experiências de prática das danças. Num
segundo momento, após a implementação, com intuito de mapear as
aprendizagens ocorridas no processo desenvolvido, os estudantes
responderam ao mesmo questionário. Desta forma, pôde-se constatar que
houve progresso e internalização satisfatória de conhecimento sobre Folclore e
Danças Folclóricas, por parte dos estudantes envolvidos.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Dançar é uma atividade que acompanha a humanidade desde os
primórdios da civilização. Para Barreto:
Dançar (...) um dos maiores prazeres que o ser humano pode desfrutar. Uma ação que traz uma sensação de alegria, de poder, de euforia interna e, principalmente de superação dos limites dos seus movimentos. Algumas pessoas não se importam com o passo correto ou errado e fazem do ato de dançar uma explosão de emoção e ritmo que comove quem assiste. (BARRETO, 2004 Apud DCE, p. 71)3
Cabe ressaltar a importância das Danças Folclóricas como prática
pedagógica nas aulas de Educação Física, no Ensino Médio, pois estas
possibilitam o aprimoramento da formação humana, além de serem “utilizadas
como instrumento de socialização" (GIFFONI, 1973). De acordo com Lourenço
Filho (apud. NANNI, 2003, p. 80), as Danças Folclóricas:
[...] apresentam incomparável valor visto que conjugam os mais
diversos aspectos da vida afetiva. Associam a música e o
gesto, a cor e o ritmo, o sentido lúdico e utilitário, a graça e os
atributos da resistência física. Contribuem para o apuro das
relações interpessoais, o desenvolvimento do espírito
comunitário, a compreensão de diferentes papéis na vida
social. Por seus efeitos criadores e catárticos, podem e devem
ser utilizados como instrumento de socialização.
Segundo Giffoni (1973), os valores que as Danças Folclóricas
trazem aos seus praticantes podem ser descritos em quatro categorias: física,
social, cultural e recreacional, pois estas constituem a expressão de emoções,
ideias e significados especiais. Além disso, condicionam comportamentos de
socialização civilizada, por meio de gestos, passos básicos, configurações
espaciais, ritmos próprios, termos e idiomas e atividades características que
revelam peculiaridades de um povo, como bater palmas e pés. Representam,
ainda, os usos, os costumes e os acontecimentos que constituíram as histórias
culturais de um povo.
Conforme Faro (1986 p.13):
É difícil determinar quando, como, onde e por que o homem dançou pela primeira vez. Há indícios de desenhos gravados, nas cavernas de Lascaux, pelo homem pré-histórico, de figuras dançando. E como o homem da Idade da Pedra só gravava nas paredes de suas cavernas o que lhe era importante, como a caça, a alimentação, a vida, o mais provável é que essas figuras dançando fizessem parte de rituais religiosos.
3 PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Educação Física, 2008, p. 71.
Nos dias atuais, pode-se dividir a dança em três grupos: a ética, a
teatral e a folclórica, abordada neste estudo. Estudos documentam que as
Danças Folclóricas são manifestações de origem popular, muitas vezes,
originadas de festas religiosas. Sabe-se também que as danças já fazem parte
das sociedades humanas há muito tempo, mas a Dança Folclórica remonta ao
Império Romano, pois tem sua origem nos bacanais e nas lupercálias e
saturnálias, entretanto, a razão religiosa que lhes deu vida, pouco a pouco,
desapareceu, dando lugar a manifestações populares com bases distantes das
religiões. Um exemplo disso é o carnaval. Os sacerdotes, aos poucos, foram
transferindo para a praça pública a comemoração de boas colheitas,
casamentos e nascimentos, assim, foram tirando as celebrações e dando lugar
às danças, inclusive, às Danças Folclóricas.
Dessa forma, as danças oportunizam a socialização e têm grande
valor histórico e cultural no meio social. Cabe ressaltar a importância das
Danças Folclóricas, que são, em sua maioria, coletivas, assim, propiciam
aprendizagem corporal e contribuem para a socialização e a formação humana.
É nesse sentido que foram incluídas nas aulas de Educação Física dos
terceiros anos do Ensino Médio e nas demais séries, incluindo o Ensino
Fundamental.
Ao se iniciar a Produção Didático-Pedagógica sobre as Danças
Folclóricas da Região Sul do Brasil, ressaltou-se a importante influência dos
imigrantes para o desenvolvimento sociocultural desta região, o que contribuiu,
de maneira significativa, para o folclore regional. Os primeiros habitantes da
Região Sul Brasileira foram as povos indígenas, os ameríndios. As missões
jesuíticas foram fundadas no oeste do Paraná, no século XVI, quando os
padres jesuítas espanhóis, da Companhia de Jesus, aqui chegaram e
começaram a catequizar e alfabetizar os indígenas e dominar a terra.
Fundaram as aldeias, que chamavam de missões ou reduções, e nelas
acomodaram os indígenas, que se dedicavam à pecuária e à agricultura e
aprendiam novos ofícios com os padres, em convivência pacífica. Chegaram
então os bandeirantes, vindos da capitania de São Paulo, que perseguiram os
indígenas com o intuito de escravizá-los para o trabalho forçado.
Os índios, entretanto, estavam habituados à liberdade, não se
deixaram escravizar e fugiram do local com os padres, para a região do Rio
Grande do Sul e da Argentina, levando a cultura do chimarrão e abandonando
o gado pelos campos. Os paulistas foram chegando no litoral de Santa
Catarina, fundaram as vilas mais antigas do litoral, se interessaram pelo
comércio do gado, juntamente com os tropeiros, e entraram em luta para se
apossarem das terras do Sul. Tal luta foi solucionada pela assinatura dos
tratados que davam limites às terras do Sul do Brasil (MAGNANINI, 1977. p.
146).
A Região Sul ganhou enorme número de imigrantes por iniciativa de
D. Pedro II, que, angustiado com a possibilidade do país ser atacado pelo
Uruguai e pela Argentina, decidiu ceder terras do governo a imigrantes
europeus. Essa ação aconteceu devido aos graves problemas políticos e
econômicos que a Itália e Alemanha enfrentavam na segunda metade do
século XIX (ANTUNES, 1996).
A População da Região Sul cresceu muito depois que os imigrantes
chegaram da Europa e outras regiões. Primeiro chegaram os Açorianos, sem
grande expressão numérica. Houve a chegada, em especial, dos alemães, em
1824, em São Leopoldo, Rio Grande do Sul, e dos Italianos em 1875. O maior
contingente de imigrantes compunha-se de portugueses, alemães e italianos,
mas havia também árabes, poloneses, japoneses e outros. Os imigrantes
fundaram Caxias do Sul, cidade importante do Rio Grande do Sul.
A Região Sul do Brasil é formada pelos estados do Paraná, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul, é a menor das regiões do país e fica no Sul do
Brasil; seu clima é subtropical, entre o tropical e o temperado, onde são
registradas as mais baixas temperaturas do país.
Dada as influências dos imigrantes, as Danças Folclóricas da região
Sul surgem como representação das diferentes culturas ali presentes. Os
benefícios da dança estendem-se além do período escolar e vão até a idade
adulta, desde que os estudantes a tenham incorporado em seus hábitos de
vida.
Os imigrantes das várias etnias que escolheram o Brasil como sua
segunda pátria, por inúmeros motivos, trouxeram, em seus corações, o amor
eterno à sua terra amada, que tiveram que deixar, porém, mantiveram e
mantêm vivas suas tradições, que são passadas de geração em geração,
oralmente, com grande dedicação, mas de modo rígido e conservador para que
possam manter sua identidade. Embora a maioria dos imigrantes que aqui
chegaram seja de origem portuguesa, alemã ou italiana, uma infinidade de
outras etnias enriqueceram a região com suas tradições, compondo o folclore e
as Danças Folclóricas da Região Sul brasileira.
O universo escolar é composto por indivíduos que apresentam
diferenças individuais, culturais e inteligências múltiplas e, ao se incentivar os
estudantes a praticar a Dança, que é uma atividade física benéfica ao
organismo, nos aspectos biopsicossociais, propicia-se uma formação humana
integral, além disso, espera-se que o estudante incorpore esse hábito saudável
de lazer em sua vida adulta. Concretiza-se, assim, o principal objetivo de
professores e educadores: preparar o estudante para a convivência, a
comunicação, a reflexão e o diálogo com as diferentes culturas e para suas
horas de lazer com atividades rítmicas, as Danças.
Foi muito interessante estimular, no espaço escolar, a apropriação
de conhecimentos relativos às Danças Folclóricas praticadas pelo povo
brasileiro, para incentivar a socialização e melhorar a formação humana dos
estudantes.
Como no Brasil há uma grande pluralidade de manifestações
folclóricas que enriquecem a cultura nacional, torna-se necessária sua
valorização no contexto escolar. Assim, por este valioso motivo, o Folclore, as
Tradições e as Danças Folclóricas devem constar do Projeto Político
Pedagógico dos Colégios Estaduais e do Planejamento Anual dos
\Professores, para a efetivação do trabalho interdisciplinar nas diversas áreas:
Artes, Educação Física, Português, Filosofia, Matemática, História e Geografia.
O trabalho interdisciplinar contribui, significativamente, para o conhecimento
efetivo do estudante, pois este pode entender o tema a partir de abordagens
das diversas áreas, sendo que cada uma focaliza um determinado aspecto, o
que propicia a ampliação do conhecimento e a fixação da aprendizagem.
O trabalho interdisciplinar favorece a fixação dos conteúdos,
aprimora os conhecimentos dos estudantes e seus resultados são
surpreendentes para professores e familiares. Ao se trabalhar o tema: Folclore,
tradições e Danças Folclóricas, priorizou-se o conhecimento trazido pelo
estudante, pois muitos são descendentes de imigrantes e gostam de socializar
com os amigos o que aprendem com os familiares. O tema folclore é ainda
mais contundente nesta questão, pois não se trata de um conhecimento
erudito, mas que é adquirido no meio em que se vive, de forma natural e não
institucional.
É importante destacar que muitos estudantes do Colégio Estadual
Vicente Rijo, Londrina/PR, são descendentes de imigrantes e sentem-se
orgulhosos e valorizados quando se solicita a eles que contem aos colegas de
sala de aula como as tradições folclóricas fazem parte da vida de seus
familiares. Eles cantam músicas folclóricas, ensinam coreografias de danças,
jogos e brincadeiras populares aprendidos em família.
O professores, como mediadores do conhecimento, devem valorizar
a bagagem cultural trazida pelo estudante em relação ao tema em questão e, a
partir desses conhecimentos, dar sequência ao trabalho, de modo a realizar a
socialização do conhecimento trazido pelos estudantes. É fundamental
aproveitar a colaboração espontânea dos estudantes e incentivar pesquisas
qualitativas sobre o tema Folclore: músicas, brincadeiras populares, contos,
lendas e Danças Folclóricas. Acredita-se, dessa maneira, que a aprendizagem
será efetiva, pois o processo se dá forma natural e inevitavelmente.
Algumas Danças e vários eventos festivos relacionados ao Folclore,
como o Carnaval, as Festas Juninas, as Cavalhadas e a Festa do Divino, são
comemorações folclóricas realizadas em todo o país que também se destacam
na região sul do Brasil, conforme apresentado abaixo:
1.CARNAVAL
No Rio de Janeiro, o Carnaval atrai turistas de vários países. É uma
festa de explosão de ritmos, cores e alegria, que envolve todos os participantes
como também os espectadores. Os turistas trazem divisas ao Brasil.
Carnaval do Rio de Janeiro. Portela
Link: https://www.youtube.com/watch?v=m85jz91DE
2. FESTAS JUNINAS
As Festas Juninas de Parintins realizam-se, todos os anos, no mês
de junho, nos dias 28, 29 e 30. O festival folclórico do Amazonas reúne cerca
de cem mil visitantes na Ilha de Tupinambara, a 420 quilômetros de Manaus.
O Festival de Parintins é tão grandioso que é comparado ao desfile
das Escolas de Samba no Carnaval. Festas Juninas de Parintins.
Link http://viagem.estadao.com.br/noticias/geral,parintins-e-festa-
junina-do-amazonas,20010617p58338
Quadrilhas
As Festas Juninas são comemoradas em todo o Brasil e também se
destacam nos três estados da região sul do Brasil: Paraná, Santa Catarina e
Rio Grande do Sul. Estas acontecem no mês de junho, principalmente, nas
seguintes datas: 13 de junho, em homenagem a Santo Antônio; 24 de junho,
em homenagem a São João; e 29 de junho, em homenagem a São Pedro e
São Paulo.
Nessas festas, são acesas fogueiras, o ambiente é enfeitado com
bandeirinhas e são servidas comidas típicas. Os casais dançam a Quadrilha.
Os participantes vestem-se com roupas feitas com tecido xadrez ou
estampado, usam chapéu de palha e muitos adereços coloridos. As músicas
são alegres e as coreografias interessantes divertem os participantes das
festas.
Coreografia:
Link: https://www.youtube.com/watch?v=fGyZhtTopM4
Título: Quadrilha Tradicional – Projeto Ciranda – UCB
São João do Brasil
Link: https://www.youtube.com/watch?v=tZ-m2g6PjNg
3. CAVALHADAS
As Cavalhadas acontecem no Paraná e também no Rio Grande do
Sul. No Paraná, as Cavalhadas também refletem um imaginário medieval de
lutas e acontecem nas cidades litorâneas, desde 1810, e, aos poucos,
forneceram subsídios para que também se realizassem em Morretes,
Guarapuava, Curitiba, Lapa, Castro e Palmas.
As Cavalhadas de Guarapuava fortaleceram-se com o advento da
criação de equinos na região, principalmente, do cavalo. Em Guarapuava,
houve uma ampliação deste tipo de corrida e competição folclórica. A parte
lúdica veio dos escravos. Guarapuava sempre primou pela preservação da
tradição e da cultura folclóricas.
Cavalhadas em Guarapuava Realização Felchak Produções
Artísticas. Link:
https:youtube.com/results?search_query=Cavalhadas+de+Guarapuava
4. FESTA DO DIVINO
A Festa do Divino Espírito Santo existe há mais de cem anos. A
música, principal elemento da festa, é executada em uma viola caipira, que é
acompanhada pela cantoria das louvações dos participantes. São cerca de
setenta e seis versos e alguns participantes afirmam que há quase cinquenta
anos esses versos nunca mudaram.
“Vinde Espírito Santo enchei o coração de vossos fiéis acendei neles
o fogo do vosso Amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a
face da terra. Protegei-nos”
Link: http://www.festadodivino.org.br/?page_id=16
Para Kunz (1998), quando se compreende a Dança como uma das
manifestações culturais criadas pelo ser humano e, ainda, se considera que
essa arte é relegada, na maioria das vezes, às academias, assim, não está ao
alcance de todos, é necessário repensar essa atividade na escola, enquanto
mediadora da construção do conhecimento, da compreensão e da expressão,
aliada ao prazer e à alegria do movimento.
As propostas deste trabalho foram desenvolvidas por meio de
atividades teóricas e práticas, tais como pesquisas gerais em laboratório de
informática e biblioteca, aulas com filmes e vídeos, elaboração de cartazes,
organização e participação no Festival de Danças Folclóricas da Região Sul do
Brasil, na escola. Essas atividades foram desenvolvidas com o intuito de
transmitir o sentido da dança na sociedade, além de motivar, incentivar e
estimular a participação dos estudantes nas Danças Folclóricas, por meio de
estratégias diversificadas, de modo a oportunizar atitudes crítico-reflexivas
acerca da dança. Inicialmente, os estudantes fizeram uma pesquisa qualitativa
para a verificação do que eles gostam ou gostariam de aprender sobre Danças
Folclóricas
Nessa direção, para melhor ensinar a temática Danças Folclóricas,
na escola, a metodologia utilizada na intervenção pedagógica, aqui
apresentada, utilizou-se de diversas estratégias, a saber: textos explicativos
sobre as características das Danças Folclóricas e como são desenvolvidas,
letras das músicas e suas coreografias, além de procedimentos metodológicos
elaborados com base em minha prática pedagógica, nesses anos de trabalho
com a docência.
PERCURSO METODOLÓGICO:
Este projeto foi desenvolvido com os estudantes do 3º Ano do
Ensino Médio do Colégio Estadual Vicente Rijo, Ensino Fundamental e Médio,
do município de Londrina PR.
Primeiramente, o projeto foi apresentado à direção, à equipe
pedagógica e ao conselho escolar, para ser analisada a importância desse
conhecimento no âmbito escolar e, assim, viabilizada a proposta do mesmo.
Após a elaboração do projeto, iniciou-se a fase de implementação do
mesmo com os estudantes do Colégio. Foram realizadas atividades teóricas e
práticas sobre o tema Danças Folclóricas. Como o objetivo geral era propor
uma intervenção pedagógica sobre o ensino das Danças Folclóricas para os
estudantes do 3º Ano do Ensino Médio, buscou-se identificar quais as
contribuições das Danças Folclóricas para a socialização e a formação
humana. A implementação da proposta de intervenção contou com um
questionário inicial e final, que foi aplicado aos estudantes envolvidos nesse
processo, a fim de se levantar o conhecimento dos mesmos sobre Danças
Folclóricas.
O questionário envolveu questões sobre: a compreensão do que é
folclore; conhecimentos sobre a Dança Folclórica da região sul do Brasil; a
importância de se aprender sobre Danças Folclóricas nas aulas de Educação
Física; se o estudante assistiu ou fez alguma apresentação de Dança
Folclórica; se considera que as Danças Folclóricas podem contribuir para sua
formação humana; e, ainda, se considera esse conhecimento importante para
ser ensinado nas aulas de Educação Física.
Após a realização do questionário inicial, os estudantes foram
divididos em grupos, nos quais foram realizadas ações que lhes permitiram a
pesquisa, o debate, a discussão e a escolha de músicas/coreografias de seus
interesses. Tais procedimentos tiveram o intuito de preparar os estudantes para
que estes pudessem elaborar/construir/organizar um Festival de Danças
Folclóricas que foi realizado no final da intervenção didática.
Os dados dos questionários, inicial e final, serviram de subsídio para
uma reelaboração de meu próprio conhecimento, com o objetivo de
redimensionar as atividades pedagógicas desenvolvidas na escola.
Após todo o trabalho de intervenção, foi reaplicado o mesmo
questionário, o questionário final, com os mesmos estudantes, e ficou evidente
que houve avanço na aprendizagem efetiva dos mesmos.
DANCAS FOLCLÓRICAS DA REGIÃO SUL DO BRASIL
O folclore diz respeito a manifestações espontâneas do homem que
se tornam tradicionais. Para Lima:
FOLCLORE é a ciência do homem que estuda o homem cultural, nas suas expressões de cultura espontâneas, de sentir, pensar, agir e reagir, e no contexto da sociedade em que vive, portanto como homem social” (LIMA, 1972)
As danças também fazem parte do folclore, pois:
As Danças sempre foram um importante componente cultural da
humanidade. O folclore brasileiro é rico em Danças que representam
as tradições e a cultura de uma determinada região. As Danças
Folclóricas estão ligadas aos aspectos religiosos, festas, lendas, fatos
históricos, acontecimentos do cotidiano e brincadeiras - (Fonte;
suapesquisa.com).
As Danças pesquisadas abrangeram os Estados do Paraná, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul. As características das músicas e das Danças
Folclóricas variam de acordo com as etnias e regiões. As músicas são
compostas com letras simples, populares, e são muito animadas. Os figurinos e
os cenários são representativos de cada região e etnia. Geralmente, as danças
realizam-se em espaços públicos, praças, ruas, largos e Centros de Tradição
Gaúcha, CTG. As Danças Folclóricas, em sua maioria, têm coreografias
coletivas e circulares e seus participantes se beneficiam emocionalmente ao
vivenciá-las. São acompanhadas por instrumentos musicais e inspiram-se em
histórias populares, culturais, conforme as tradições e a identidade dos povos
de cada região.
Danças Folclóricas do Paraná: Fandango (Dança típica do litoral
paranaense), Curitibano, Quebra-Mana; Dança de São Gonçalo; Pau-de-fitas; e
Congada da Lapa.
Danças Folclóricas de Santa Catarina: Boi de Mamão, também
conhecida como Bumba-meu-boi; Boi-bumbá; Boi-de-cara-preta); Dança do
Vilão; e Balainha (dança Folclórica também conhecida como Arcos Floridos ou
Jardineira).
Danças Folclóricas do Rio Grande do Sul: Chimarrita; Milonga;
Vaneirão/Vaneira/Vaneirinha; Chula; Pezinho; Xote ou Chote; Bugio; Mazurca;
Contrapasso; Marcha; Polca; Chamamé; Rancheira; Balaio; Caranguejo; Xote
Carreirinha; e Xote das Duas Damas.
A intervenção pedagógica teve a duração de 32 horas/aula divididas
em 04 fases:
1ª Fase:
09 horas/aula, que foram desenvolvidas no período entre 02/07/2015
e 30/07/2015.
- Preparação e apresentação do projeto para o diretor e equipe
pedagógica (01 h/a).
- Avaliação diagnóstica – Produção inicial, por meio de aplicação de
questionário (01 h/a).
- Apresentação do Projeto para os estudantes; Estudo de textos
sobre As Danças Folclóricas da Região Sul do Brasil (2 h/a).
- Conceito de Folclore: textos e vídeos (04 h/a).
- Vídeos dos Filmes: O Início da Dança I e II; Richard Gere: Dança
Comigo (01 h/a).
2º Fase:
08 horas/aula, que foram desenvolvidas no período entre 04/08/2015
e 27/08/2015.
- Problematização Inicial (PI) da implementação do projeto sobre
Danças Folclóricas: Abordagem teórica; Conceito de Danças Folclóricas;
Contextualização do Conhecimento sobre as Danças Folclóricas:
Teórico/prático; Leitura e interpretação do texto “Danças Folclóricas da Região
Sul do Brasil” e vivências corporais das danças (02 h/a).
- Danças Folclóricas do Paraná. Aulas teórico/práticas (02 h/a).
- Danças Folclóricas de Santa Catarina. Aulas Teórico/práticas (02
h/a).
- Danças Folclóricas do Rio Grande do Sul. Aulas teórico/práticas
(02 h/a).
- Estratégias: Apreciação de Vídeos de Danças Folclóricas,
apresentação de músicas, letras de músicas e coreografias das danças citadas
abaixo, que foram apresentadas pelos estudantes no Festival de Danças
Folclóricas no dia 29/10/2015.
3ª Fase:
06 horas/aula, que foram desenvolvidas no período entre
01/09/2015 e 29/09/2015.
- Apresentação do vídeo: “Região Sul do Brasil”, sobre imigrantes,
seu estabelecimento na região sul do Brasil e sua contribuição cultural: Usos,
Costumes, Tradições, Comidas Típicas, Cultura, Turismo e Danças Folclóricas.
– Discussão: Danças Folclóricas, socialização, formação humana e reflexões
sobre os temas folclóricos apresentados no vídeo (02 h/a).
- Realização de vivências motoras das atividades rítmicas e
coreografias das Danças Folclóricas da Região Sul do Brasil, selecionadas
pelos estudantes.
- Sequência pedagógica do ensino das Danças Folclóricas: Vídeos,
Músicas, Letras e Coreografias (02 h/a).
- Coreografia da Quadrilha de Festas Juninas (02 h/a).
4ª Fase:
09 horas/aula, que foram desenvolvidas no período entre 01/10/2015
e 29/10/2015
- Apresentação de vídeos sobre Danças Folclóricas (01h/a).
- Pesquisa na Internet, no laboratório de Informática da escola.
LINKS disponibilizados pela Professora PDE (01 h/a).
- Atividades teórico/práticas rítmicas. Ensaios das Coreografias
(01h/a).
- Confecção de Cartazes sobre Folclore, Danças Folclóricas da
Região Sul do Brasil, Mapas do Brasil, Estados da Região Sul, Siglas e
Capitais (02 h/a).
- Ensaios das Coreografias das Danças Folclóricas para a
Apresentação (01h/a).
- Aplicação do questionário após as intervenções (final) e análise
comparativa com o questionário respondido no início. Espaço para reflexões e
comparações do conhecimento efetivo adquirido após o final da implementação
do Projeto As Danças Folclóricas do Sul do Brasil: Uma Proposta de
Intervenção para o Ensino Médio (01 h/a).
- Festival de Danças Folclóricas da Região Sul do Brasil. Cartazes
expostos no local do Festival (02 h /a).
Após estudos sobre as danças apresentadas anteriormente, foi
realizada, com os estudantes, a vivência das seguintes Danças do Folclore do
Rio Grande do Sul: Balaio, Caranguejo, Xote Carreirinha e Xote das Duas
Damas. Foram disponibilizados sites e vídeos das danças, o que propiciou aos
estudantes a apreensão e a exploração dos movimentos nas aulas práticas,
para que estes organizassem coreografias para a apresentação no Festival
realizado no Colégio no final da intervenção pedagógica.
Em cada uma das danças ensinadas, obedeceu-se à sequência
pedagógica das aulas de Danças Folclóricas, que contempla: 1º – Música
Orquestrada – Nas aulas de exercícios rítmicos, foi sendo inserida,
gradativamente, a sequência coreográfica, ao som da música orquestrada; 2º –
Letra e música foram ensinadas aos estudantes e eles cantaram enquanto
dançaram; 3º – Coreografia - Os passos e a sequência coreográfica já haviam
sido ensinados, como exercícios rítmicos, nas aulas anteriores, ao som das
músicas escolhidas para a coreografia de cada dança.
O desenvolvimento das ações aqui relatadas tem, na Mostra de
Cartazes e no Festival de Danças Folclóricas, momentos significativos para a
formação docente e discente, bem como, para a socialização e formação
humana dos estudantes envolvidos. O Festival de Danças Folclóricas,
organizado pelos estudantes, e a confecção de cartazes constituíram formas
de avaliação de todo o Projeto de Intervenção Pedagógica e da Unidade
Didático-Pedagógica. Por meio destas ações, pôde-se perceber a aquisição e
socialização do conhecimento adquirido pelos os estudantes, que redundou em
formação docente. As ações desenvolvidas foram constituídas como questões
problematizadoras, pois visaram a identificar o que os estudantes conseguiram
apreender sobre Danças Folclóricas e suas características.
No início do Festival, ao apreciarem o vídeo Hino Nacional
Tradicional no data show, os estudantes também cantaram. Ao assistirem ao
vídeo Hino Nacional Ritmos Brasileiros, notou-se grande interesse quando
viram a Capoeira, a Dança Folclórica Catira, a Escola de Samba e o desfile de
Carnaval. Comentaram que a Porta-Bandeira portava a Bandeira do Brasil em
vez da Bandeira da Escola de Samba. Assistiram à apresentação do CTG e
depois cada turma apresentou um tipo de dança: 3º A dançou Xote Carreirinha;
3º B dançou Balaio; 3º C dançou Xote das Duas Damas e o 3º D dançou
Caranguejo. No final do Festival, ao som do Hino Nacional Forró, os estudantes
escolheram pares, dançaram e assinaram a lista de presença e participação na
apresentação das Danças Folclóricas do Festival. Foi mais uma avaliação que
comprovou o ótimo resultado da implementação do projeto As Danças
Folclóricas da Região Sul do Brasil: Uma Proposta de Intervenção para o
Ensino Médio.
Ao se analisar, refletir, observar e discutir os conhecimentos tratados
e os aspectos positivos e negativos, pude ter uma visão, de diferentes ângulos,
sobre questões relacionadas às Danças Folclóricas. Os dados dos
questionários contribuíram, de forma significativa, para subsidiar a
reelaboração de meu próprio conhecimento, com o objetivo de redimensionar
minhas atividades pedagógicas na escola.
Para os estudantes do Colégio Estadual Vicente Rijo e convidados,
o Festival foi mais uma oportunidade de conhecer as Danças Folclóricas
apresentadas pelo Centro de Tradição Gaúcha (CTG) e pelos próprios
estudantes. Para a comunidade escolar, foi uma oportunidade de assistir a
apresentações dessa bela arte que é a Dança Folclórica, o que contribui para a
socialização do conhecimento da cultura paranaense, da região sul do Brasil, e
consequentemente, para sua preservação.
Em relação aos benefícios obtidos para a formação docente, o
intercâmbio cultural entre Instituições de Ensino Superior e Escolas Estaduais é
o principal objetivo do PDE, uma vez que aproxima Professores Universitários
e Estaduais, promovendo interatividade e um diálogo rico de informações e
possibilidades reais de transformações necessárias para a excelência do
ensino.
Com os novos conhecimentos proporcionados pelo PDE e IES,
neste caso, a Universidade Estadual de Londrina PR, UEL, os maiores
beneficiados são os estudantes, pois este recebem, por meio da mediação
profissional e de práticas pedagógicas inovadoras, um excelente produto
cultural, que é o conhecimento socializado.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pode-se concluir, no final deste trabalho, que foi gratificante para os
estudantes, que, muitas vezes, mesmo não considerando interessante o tema
ou as danças, empenharam-se e dedicaram-se, com responsabilidade, para
realizar as pesquisas, as atividades propostas no projeto e as vivências das
Danças Folclóricas apresentadas no Festival. Foi significativo observar, nesse
processo, que os estudantes do 3º ano do Ensino Médio reconheceram a
relevância do conhecimento adquirido e do trabalhado de forma sistematizada
sobre Danças Folclóricas, Socialização e Formação Humana.
Esta sistematização foi realizada por meio de práticas agradáveis
sobre o conteúdo trabalhado, o que possibilitou uma maior proximidade com a
Cultura Folclórica da Região Sul do Brasil, para que a cultura musical, artística
e corporal dos estudantes não fique restrita à indústria cultural americana.
Entende-se, porém, que este tipo de trabalho deve prosseguir nos
anos seguintes, começando a ser desenvolvido em séries iniciais, pois o ideal é
que, desde cedo, os estudantes recebam formação sobre a importância do
Folclore e de suas Tradições, das Danças Folclóricas e da cultura de seu
estado e da região sul, para que possam colaborar para a conservação de suas
tradições e preservar a característica folclórica da transmissão oral, passando-
a de geração para geração.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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