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ORDEM DOS ENGENHEIROS
REGIÃO NORTE
COLÉGIO DE ENGENHARIA CIVIL
Relatório de Estágio Curricular
Nome do Estagiário: Daniel Filipe Pires Gonçalves Membro n.º 068572
Nome do Orientador: António Cardoso Morais dos Santos Lessa Membro n.º 010938
Comissão de avaliação:
Nome:____________________________________________________ Membro n.º________
Nome:____________________________________________________ Membro n.º________
Data ___/___/___
ORDEM DOS ENGENHEIROS – REGIÃO NORTE
Colégio de Engenharia Civil Relatório de Estágio Curricular
Daniel Filipe Pires Gonçalves 2/66
Índice Geral
Capítulo 1. Introdução ..................................................................................................... 3
1.1. Apresentação do Candidato ................................................................................ 3 1.2. Apresentação do Orientador de Estágio .............................................................. 3 1.3. Objetivos do Estágio e tempo de duração ........................................................... 3 1.4. Apresentação da empresa onde se realizou o Estágio ....................................... 4
Dados da empresa .................................................................................................... 5 1.5. Caracterização do enquadramento onde se realizou o estágio ........................... 5 1.6. Resumo do trabalho realizado ............................................................................. 5
1.6.1 Descrição resumida do Estágio ........................................................................ 5 Capítulo 2. Integração na equipa .................................................................................... 7
2.1 Apresentação do organograma .............................................................................. 7 2.2 Descrição da relação do Candidato com os restantes intervenientes .................... 8
Capítulo 3. Trabalho realizado ........................................................................................ 9
3.1 Descrição dos trabalhos que foram executados durante o Estágio ........................ 9 3.2 – Apresentação de uma tarefa acompanhada diretamente .................................. 19 3.3 – Aspectos legais de enquadramento da atividade desenvolvida ........................ 54 3.4 – Apresentação de conhecimentos de Engenharia utilizados durante o Estágio . 56
3.4.1 – Componente académica (relação com matérias da licenciatura*) ............... 56 3.4.2 – Conhecimentos adquiridos em cursos ou ações de formação .................... 59 3.4.3 – Conhecimentos complementares ................................................................ 60 3.4.4 - Descrição das actividades e tarefas realizadas ........................................... 61 3.4.5 - Referência a condicionantes de natureza legal, deontológica, económica, ambiental, social, de segurança e de gestão em geral ........................................... 61
Capítulo 4.Conclusões .................................................................................................. 63
4.1 – Comentário geral acerca do Estágio ................................................................. 63 4.1.1 Análise dos resultados obtidos face aos objectivos e às expectativas iniciais 63
4.2 – Comentário aos ensinamentos recebidos durante o mestrado e em particular sobre a sua relevância para a realização do Estágio. ................................................ 64 4.3 – Perspectivas de trabalho futuro ......................................................................... 64 4.4 – Referência a livros técnicos e a outra bibliografia consultada durante o Estágio ................................................................................................................................... 65 Anexos ....................................................................................................................... 66
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Capítulo 1. Introdução
1.1. Apresentação do Candidato
O relatório de Daniel Filipe Pires Gonçalves, Mestre em Engenharia Civil –
especialização em construções, pela Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto (FEUP) em Setembro de 2010 e inscrito como Membro Estagiário na Ordem dos
Engenheiros – Região Norte, com o n.º 68572, diz respeito ao estágio curricular
realizado no gabinete de projetos denominado “ASL- António Santos Lessa
&Associados, Lda.”, sob orientação do Eng.º António Lessa, sócio-gerente da empresa
e membro da Ordem dos Engenheiros n.º 010938, onde o estagiário ingressou em
Janeiro de 2011.
1.2. Apresentação do Orientador de Estágio
Apresenta-se de seguida, de forma resumida, o curriculum do Eng.º António Cardoso Morais dos Santos Lessa:
Licenciado em Engenharia Civil – Opção de Construções Civis, pela Faculdade
de Engenharia da Universidade do Porto;
Inscrito na Ordem dos Engenheiros como membro sénior com o n.º 010938;
Sócio-gerente da António Santos Lessa &Associados, Lda;
Perito Qualificado para a certificação energética – PQ I-REH com o nº PQ1356;
1.3. Objetivos do Estágio e tempo de duração
O programa e objetivos foram claramente definidos no início do estágio, incidindo sobre
os seguintes temas:
Elaboração de projetos de Térmica, Abastecimento de água, Drenagem de
águas residuais e pluviais e Acústica;
Fiscalização de Obras;
Adquirir as competências técnicas necessárias para elaboração das várias
especialidades referidas;
Compatibilizar as várias especialidades envolvidas no projeto;
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1.4. Apresentação da empresa onde se realizou o Estágio
A ASL ASSOCIADOS é uma empresa fortemente vocacionada na área de projeto,
certificação energética e consultoria em engenharia civil. Fundada em 2006, baseia a
sua estratégia de atuação na oferta de um serviço global de engenharia,
nomeadamente, a Consultoria e Assistência ao Dono da Obra, a Elaboração de
Estudos e Projetos Multidisciplinares, certificação energética, assim como todas as
atividades inerentes à Fiscalização e Gestão de Obra, assegurando assistência na
gestão e supervisão da sua construção (controlo de custos, prazos, encomenda e
receção de materiais, coordenação e gestão de subempreiteiros em obra, etc.).
Tem uma adequada combinação de conhecimentos técnicos, metodologias e
experiência, que assegura aos seus clientes a satisfação das suas necessidades e
introduz vantagens e mais-valias, para tal, muito contribui o facto de a ASL
ASSOCIADOS ser uma sociedade independente de quaisquer fornecedores de bens
de equipamentos, construtores e instaladores.
A ASL ASSOCIADOS é uma sociedade por quotas, tendo os seus quadros distribuídos
por técnicos superiores, médios e serviços de apoio. Possui uma equipa experiente,
responsável, com conhecimentos, abrangendo disciplinas diversificadas, fortemente
motivada e com espírito jovem e inovador. De tal forma, que proporciona ao cliente a
atribuição dos meios necessários, em qualquer momento, para a satisfação dos
objetivos estabelecidos.
A metodologia de trabalho baseia-se, fundamentalmente, na complementaridade,
imparcialidade e inter-relação dos técnicos, o que se traduz, na prática, numa
discussão aprofundada e rigorosa de todas as questões técnicas de um dado projecto -
numa base integrada e sustentada - permitindo assegurar a elevada qualidade técnica
do trabalho não descuidando nenhum pormenor técnico.
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Dados da empresa
Designação: António Santos Lessa & Associados, Lda.
Endereço Postal: Rua Gonçalves Zarco, nº 1129E, 127 4450-685 Leça da Palmeira
Telefones: 220 160 464
e-mail: [email protected]
NIF: 507905130
Delegação Brasil:
Rua Conde de Lages, n.44 sala 603, Glória, CEP 20241-900, Rio de Janeiro, Brasil
Telefones: +55 21 3958 0513
1.5. Caracterização do enquadramento onde se realizou o estágio
O estágio desenvolveu-se maioritariamente na sede da empresa António Santos Lessa
& Associados. Durante o estágio foram desenvolvidos projetos de diversas
especialidades de engenharia civil. Durante este período tornei-me no responsável pela
unidade de negócio Indústria e Energia.
Parte do estágio decorreu ainda em contexto de obra, onde executei funções ao nível
da fiscalização e coordenação de segurança em obra.
1.6. Resumo do trabalho realizado
1.6.1 Descrição resumida do Estágio
O estágio desenvolveu-se maioritariamente na sede da empresa António Santos Lessa
Associados. Durante o estágio foram desenvolvidos projetos de diversas
especialidades de engenharia civil, nomeadamente Comportamento Térmico de
Edifícios, Abastecimento de Água, Drenagem de Águas Residuais e Pluviais, ventilação
natural, exaustão de fumos e gases de combustão, Acústica de edifícios, Estruturas e
Gás.
Durante este período tornei-me RUN (responsável de unidade de negócio) da Indústria
Energia, sendo responsável pelo planeamento e coordenação do trabalho a ser
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realizado pelos meus colegas, bem como a qualidade do trabalho desenvolvido.
Assumi também funções comerciais relacionadas com esta unidade.
Desenvolvi ainda funções relacionadas com a certificação energética de edifícios de
habitação e serviços, incluindo trabalho de escritório e trabalho de exterior, dando
apoio em vistorias. Acompanhei auditorias energéticas e ensaios de BlowerDoor Test.
Efetuei fiscalização de obra e coordenação de segurança em obra, relacionada com a
reabilitação de um edifício multifamiliar situado na Avenida Brasil e coordenação de
segurança numa obra situada na foz do Porto.
Acompanhei a realização de ensaios acústicos em edifícios de habitação e serviços.
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Capítulo 2. Integração na equipa
2.1 Apresentação do organograma
Em seguida apresenta-se o organograma da ASL. O estagiário está definido com as
siglas DPG, sendo responsável pela unidade de negócio Indústria e Energia, tendo
ainda as funções de Projetista e de consultor energético.
Figura 1 - Organograma da ASL
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2.2 Descrição da relação do Candidato com os restantes intervenientes
Durante o estágio procurei sempre criar boas relações de trabalho com os restantes
colegas. Enquanto Responsável pela unidade de Indústria e Energia, assumi a
coordenação de uma equipa de consultores energéticos, respondendo diretamente à
administração. Procurei sempre tratar os meus colegas com o maior respeito e
cordialidade, tentando sempre manter um bom espírito de equipa. De igual modo
procurei sempre respeitar as hierarquias da empresa e todas as opiniões.
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Capítulo 3. Trabalho realizado
3.1 Descrição dos trabalhos que foram executados durante o Estágio
Durante o estágio foram desenvolvidos diversos trabalhos como projetos de engenharia
civil, fiscalização de obra, coordenação de segurança em obra, coordenação,
planeamento, gestão de equipa, gestão de unidade indústria energia, trabalho
comercial da unidade indústria energia, elaboração e análise de propostas e
acompanhamento de ensaios acústicos.
Em seguida é apresentada uma lista de alguns dos trabalhos desenvolvidos:
Reabilitação de Edifício de Habitação Plurifamiliar e Comércio, rua Dr Sousa
Viterbo, Porto - Projeto de Comportamento Térmico.
Figura 2 - Alçado/ corte do edifício
Projeto Urbano da Praça da Criatividade, Armazém das ideias, Creative Box,
Câmara Municipal de Óbidos - Projeto de cumprimento do regulamento dos
sistemas energéticos de climatização em edifícios - RSECE – D.L n.º 79/2006
(simulação dinâmica) e colaboração em projeto de abastecimento de gás.
Figura 3 - Simulação dinâmica multizona através do programa Design Builder
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Reabilitação de edifício em Cedofeita, Porto – Projeto de abastecimento de água
e drenagem de águas residuais e pluviais.
Figura 4 - Projeto de Hidráulicas
Reabilitação de Edifício de Serviços e Habitação Coletiva, Rua do Rosário, Porto
- Projeto de abastecimento de água, drenagem de águas residuais e pluviais,
ventilação natural, exaustão de fumos e gases de combustão.
Figura 5 - Alçado do edifício
Reabilitação de edifício de comércio e habitação coletiva, Avenida Gustavo
Eiffel, Porto - Projeto de abastecimento de água, drenagem de águas residuais e
pluviais, ventilação natural, exaustão de fumos e gases de combustão.
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Figura 6 – Alçado do edifício e representação de abastecimento de água
Estação de comboios de Pirituba, CPTM, São Paulo, Brasil – Projeto Básico de
Sistema Viário e Pavimentação, Projeto Básico de Drenagem Superficial
MFA, estação de comboio de Baltazar Fidelis, CPTM, Brasil – Projeto Básico de
Sistema Viário e Pavimentação, Projeto Básico de Drenagem Superficial
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Ozanam IPSS - Certificação energética RSECE com realização de auditoria
energética
Figura 7 - Simulação dinâmica multizona através do programa Design Builder
Reabilitação de edifício multifamiliar na Av. Brasil, Porto - Fiscalização de obra e
Coordenação de Segurança em Obra.
Figura 8 - Imagens da obra
Parque de estacionamento no Porto, RAR, - Coordenação de segurança em
obra
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Figura 9 - Imagens da obra
Reabilitação de Edifício de Comércio e Habitação Coletiva no Porto, Travessa
de Cedofeita, Projeto de abastecimento de água, drenagem de águas residuais
e pluviais, Comportamento Térmico, Ventilação
Reabilitação de edifício de habitação Multifamiliar no Porto - Projeto de
Comportamento Térmico
Expansão da UN2 da Fábrica da Imperial, em Vila do Conde, RAR Imobiliária
S.A. - Projeto de abastecimento de água e drenagem de águas residuais e
pluviais.
Hotel HollidayInn Vila Nova de Gaia - Certificação energética de apart-hotel, 72
frações.
Figura 10 - Hotel HollidayInn
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Alteração/Ampliação de unidade hoteleira, Rua duque de Loulé, Porto - Projeto
RSECE, simulação dinâmica multizona
Figura 11 - Simulação dinâmica multizona através do programa Design Builder
Remodelação e ampliação de edifício de habitação unifamiliar em Vila do Conde
- Projeto de comportamento Térmico
Espaço de receção aos visitantes da Quinta Vale do Conde, Mirandela - Projeto
de abastecimento de água e drenagem de águas residuais e pluviais.
Pavilhão Desportivo de São João de Ver, Câmara Municipal de Santa Maria da
Feira - Projeto RSECE;
Figura 12 - Simulação dinâmica multizona através do programa Design Builder
Pavilhão Desportivo de Fiães, Câmara Municipal de Santa Maria da Feira -
Projeto RSECE;
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Hotel Alendouro, Edifício Hoteleiro em Macedo de Cavaleiros - Certificação
energética RSECE com realização de auditoria energética e acompanhamento
de realização de ensaios acústicos
Edifício de habitação e Comércio, Paredes - Projeto de abastecimento de água e
drenagem de águas residuais e pluviais.
Remodelação interior de um estabelecimento de bebidas com espaço de dança
e espetáculo, Danceteria, Braga - Projeto de abastecimento de água e
drenagem de águas residuais e pluviais.
Reabilitação de Edifício de serviços, rua S. Bento da Vitória, Porto- Projeto de
abastecimento de água, drenagem de águas residuais e pluviais, ventilação
natural, exaustão de fumos e gases de combustão.
Edifício de Habitação Unifamiliar, Vila Nova de Gaia, Projeto de Comportamento
Térmico
Edifício de Habitação Unifamiliar, Vila Nova de Gaia - Projeto de Comportamento
Térmico
Agência Bancária, Banco de Poupança e Crédito (BPC), Província de Benguela,
Município do Lobito, Angola – coordenação de projeto de instalações de
condicionamento de ar e ventilação e instalações de utilização de energia
elétrica, infraestruturas de telecomunicações¸ sistema contra riscos de incêndio
e intrusão
Agência Bancária, Banco de Poupança e Crédito (BPC), Província do Kwanza
Sul, Localidade de Sumbe, Angola – coordenação de projeto de instalações de
condicionamento de ar e ventilação e de projeto de instalações de utilização de
energia elétrica, infraestruturas de telecomunicações¸ sistema contra riscos de
incêndio e intrusão
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Casa Grande do Seixo, edifício de habitação para agro-turismo- Projeto de
abastecimento de água, drenagem de águas residuais e pluviais
Edifício na Maia – Certificação energética de 13 frações de escritórios.
Moradia em Chaves - certificação energética de edifício novo (com base em
DCR)
Edifício em Chaves, construciones Hermanos Carrajo– certificação energética
de frações de serviços.
Edifício multifamiliar, Porto - certificação energética
Moradia na Rua Padre Luís Cabral, Porto - certificação energética
Moradia em Chaves - certificação energética de edifício novo (com base em
DCR)
Quinta de Curvos – certificação energética
Moradia na Foz Velha - fiscalização de obra
Moradia na rua da Fraga, Vila do Conde - Projeto de comportamento térmico
Edifício multifamiliar em Barcelos - Projeto de Comportamento Térmico
Licenciamento de moradia unifamiliar no Porto - Projeto de Condicionamento
Acústico e Projeto de Estruturas
Moradia em Vidago - certificação energética de edifício novo (com base em
DCR)
Moradia em Chaves - certificação energética de edifício novo (com base em
DCR)
Moradia em Amorim certificação energética de edifício novo (com base em DCR)
Moradia em Penafiel - certificação energética de edifício novo (com base em
DCR)
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Certificação energética de edifício no Porto
Restaurante em Chaves - certificação energética de edifício novo (com base em
DCR)
Edifício em Fernão de Magalhães, Francisco Azevedo - Elaboração de Fichas
técnicas da habitação
Edifício de habitação e serviços no Porto – certificação energética e
acompanhamento de ensaios acústicos
Edifício de serviços em Bessa Leite, Porto – certificação energética
Vários edifícios de serviços e habitação designados por OBLCP, OBLC; BPOAB,
BPOOM – certificação energética
Moradia em Viana do Castelo - certificação energética de edifício novo (com
base em DCR)
Determinação da etiqueta Energética de Unidade Habitacional Padrão - Brasil -
Estudo de tipologia CDHU – Brasil, Caconde-SP e Nova Luzitânia – SP
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Figura 13- Determinação da etiqueta energética
Edifício hoteleiro no Porto - certificação energética RSECE
Edifício multifamiliar na Rua da Lapa, Lisboa - certificação energética
Moradia em Chaves - certificação energética de edifício novo (com base em
DCR)
Moradia em Valpaços - certificação energética de edifício novo (com base em
DCR)
Reabilitação de Edifício de Habitação Plurifamiliar e Comércio, rua Dr Sousa
Viterbo, Porto - Projeto de Comportamento Térmico.
Edifício de Comércio e Serviços, Outeiro Jusão, Chaves – Projeto de
Comportamento Térmico – RECS, com elaboração de pré-certificado
Edifício de Habitação Unifamiliar, Av. Bracara Augusta, Chaves – Projeto de
Comportamento Térmico – REH, com elaboração de pré-certificado
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Reabilitação de Edifício Multifamiliar, Rua Tomás Gonzaga, Centro Histórico,
Porto – Projeto de Comportamento Térmico – REH
Edifício de habitação Unifamiliar, Chaves, Projeto de Comportamento Térmico -
REH, com elaboração de pré-certificado
Reabilitação de Edifício de habitação Unifamiliar, Centro Histórico, Porto –
Projeto de Comportamento Térmico – REH
Responsável de unidade de negócio Indústria Energia
Elaboração de propostas de honorários
Coorientação de estagiários do ISEP- Instituto Superior de Engenharia do Porto,
no decorrer de estágios ocorridos na ASl no âmbito do mestrado em Engenharia
Civil.
3.2 – Apresentação de uma tarefa acompanhada diretamente
3.2.1- Introdução
Este capítulo trata da descrição do projeto de Comportamento Térmico do edifício
multifamiliar a reabilitar e ampliar, na freguesia de Santo Ildefonso, concelho de Porto.
O edifício é constituído por rés-do-chão, passando, após a ampliação a ser constituído
por r/c mais dois pisos de habitação, totalizando 15 frações autónomas (cinco frações
por piso) e dois pisos de cave destinados a garagem. As frações autónomas são de
tipologia T0, compostas por zona de sala, quarto e cozinha, sem separação física, e
instalação sanitária.
A fachada principal está orientada a Nordeste e o edifício está implantado a uma
altitude de 132 m com uma distância à costa superior a 5 km.
O estudo inclui uma descrição das características térmicas dos elementos da
envolvente, a quantificação dos diferentes parâmetros térmicos e ainda a quantificação
das necessidades nominais de aquecimento e arrefecimento, atendendo aos requisitos
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mínimos de qualidade impostos pelo Regulamento das Características de
Comportamento Térmico dos Edifícios – RCCTE. Pretende-se assim assegurar a
satisfação das exigências de conforto térmico no interior das frações sem um dispêndio
excessivo de energia. Simultaneamente, pretende-se garantir a minimização da
ocorrência de condensações que possam diminuir a durabilidade e o desempenho
térmico dos elementos da envolvente (paredes, coberturas e pavimentos).
Em seguida apresentam-se as plantas do edifício.
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Figura 14 - Plantas do edifício
3.2.2- Definição de “Zona Independente”
Tomando em consideração os diferentes parâmetros que afetam o comportamento
térmico do edifício, foram analisdas as presentes frações, considerando espaços
aquecidos as áreas assinaladas nas respetivas peças desenhadas.
Para identificação dos tipos de envolvente da fração, procedeu-se ao cálculo do τ nos
espaços não úteis contíguos, garagem e edifício adjacente:
ESPAÇO EM ESTUDO: Garagem Áreas (m2)
Área total em contacto com espaço útil (Ai) 172,66
Área total em contacto com o exterior (Au) 44,11
Ai/Au 0,70
Τ (circulação comum sem abertura direta para o exterior)
0,7 ≤ 0,7
Conclui-se assim que a envolvente de separação da garagem será do tipo, envolvente
interior com requisito interior.
ESPAÇO EM ESTUDO: Edifício adjacente
τ (circulação comum sem abertura direta para o exterior)
0,6 < 0,7
Conclui-se assim que a envolvente de separação do edifício adjacente será do tipo,
envolvente interior com requisito interior.
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Figura 15 - Plantas com marcação de envolventes
Figura 16 - Corte com marcação de envolventes
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Figura 17 - Legenda de marcação de envolventes
3.2.3- Soluções construtivas da envolvente – quantificação dos parâmetros térmicos
Coeficiente de transmissão térmica – U
As soluções construtivas adotadas conciliam, dentro das opções correntes, um bom
comportamento mecânico com um adequado desempenho térmico.
Os valores dos coeficientes de transmissão térmica foram retirados da publicação
LNEC ITE 50 ou, sempre que necessário, calculados de acordo com o anexo VII do
RCCTE.
Note-se que, no cálculo dos coeficientes de transmissão térmica das diversas soluções
construtivas, não foram contabilizadas as resistências térmicas relativas a
acabamentos (pinturas, e outros revestimentos), entendendo-se que deste modo a
verificação do regulamento será mais exigente no que respeita ao cálculo das
necessidades nominais de energia útil por estação de aquecimento e de arrefecimento.
Envolvente opaca exterior e interior
Analisaram-se as envolventes verticais opacas exteriores e interiores (paredes), bem
como as envolventes horizontais opacas exteriores (coberturas e pavimentos) e
interiores (pavimentos):
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Envolventes verticais opacas (paredes exteriores e interiores):
i – Elemento tipo PE2: Parede exterior simples de 0,46 m de espessura com isolamento
pelo exterior, constituída (do exterior para o interior) por isolamento térmico em
poliestireno expandido moldado – EPS com 0,04 m de espessura e coeficiente de
condutibilidade térmica de 0,040 W/(m.ºC), formando sistema ETICS, de cor clara;
pano de granito (existente) com 0,40 m de espessura e coeficiente de condutibilidade
térmica de 2,8 W/(mºC) com massa volúmica aparente seca de 2600 kg/m3; reboco
com 0,02 m de espessura e coeficiente de condutibilidade térmica de 1,3 W/(mºC) com
massa volúmica aparente seca de 1900 kg/m3.
PAREDE PE2 di (m) Condutibilidade térmica (W/mºC)
Rj (m2.ºC/W)
Resistência superficial exterior 0,04
Poliestireno expandido expandido - EPS 0,04 0,04 1,00
Granito 0,40 2,80 0,14
Reboco 0,02 1,3 0,02
Resistência superficial interior 0,13
Resistência térmica Total - Rt total (m2.ºC/W) 1,33
Coeficiente de transmissão térmica - U (W/m2.ºC) 0,75
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ii – Elemento tipo PE3a (a construir): Parede exterior dupla de 0,38 m de espessura
com isolamento pelo exterior, constituída (do exterior para o interior) por isolamento
térmico em poliestireno expandido moldado – EPS com 0,06 m de espessura e
coeficiente de condutibilidade térmica de 0,040 W/(m.ºC), formando sistema ETICS, de
cor clara; tijolo com 0,11 m de espessura e resistência térmica de 0,27 m2.ºC/W; caixa-
de-ar com 0,04 m de espessura e resistência térmica de 0,18 m2.ºC/W; tijolo com 0,15
m de espessura e resistência térmica de 0,39 m2.ºC/W; reboco com 0,02 m de
espessura e coeficiente de condutibilidade térmica de 1,3 W/(mºC) com massa
volúmica aparente seca de 1900 kg/m3.
PAREDE PE3a di (m) Condutibilidade térmica (W/mºC)
Rj (m2.ºC/W)
Resistência superficial exterior 0,04
Poliestireno expandido expandido - EPS 0,06 0,04 1,50
Tijolo de 11 0,11 0,27
Caixa-de-ar 0,04 0,18
Tijolo de 15 0,15 0,39
Reboco 0,02 1,3 0,02
Resistência superficial interior 0,13
Resistência térmica Total - Rt total (m2.ºC/W) 2,53
Coeficiente de transmissão térmica - U (W/m2.ºC) 0,40
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iii – Elemento tipo PE3b/PE3c (a construir): Parede exterior dupla de 0,44 m de
espessura com isolamento no espaço de ar de fachada ventilada, constituída (do
exterior para o interior) por chapa lacada ondulada em alumínio / soletos de ardósia, de
cor escura; caixa-de-ar fortemente ventilada de 0,02 m; isolamento térmico em
poliestireno expandido extrudido – XPS com 0,06 m de espessura e coeficiente de
condutibilidade térmica de 0,037 W/(m.ºC); tijolo com 0,11 m de espessura e
resistência térmica de 0,27 m2.ºC/W; caixa-de-ar com 0,04 m de espessura e
resistência térmica de 0,18 m2.ºC/W; tijolo com 0,15 m de espessura e resistência
térmica de 0,39 m2.ºC/W; reboco com 0,02 m de espessura e coeficiente de
condutibilidade térmica de 1,3 W/(mºC) com massa volúmica aparente seca de 1900
kg/m3.
PAREDE PE3b/PE3c di (m) Condutibilidade térmica (W/mºC)
Rj (m2.ºC/W)
Resistência superficial exterior 0,13
Poliestireno expandido extrudido - XPS 0,06 0,037 1,61
Tijolo de 11 0,11 0,27
Caixa-de-ar 0,04 0,18
Tijolo de 15 0,15 0,39
Reboco 0,02 1,3 0,02
Resistência superficial interior 0,13
Resistência térmica Total - Rt total (m2.ºC/W) 2,74
Coeficiente de transmissão térmica - U (W/m2.ºC) 0,37
ORDEM DOS ENGENHEIROS – REGIÃO NORTE
Colégio de Engenharia Civil Relatório de Estágio Curricular
Daniel Filipe Pires Gonçalves 29/66
iv – Elemento tipo PI4: Parede interior em contato com edifício adjacente, de 0,33 m de
espessura com isolamento pelo espaço não útil, constituída (do interior para o espaço
não útil) por reboco com 0,02 m de espessura e coeficiente de condutibilidade térmica
de 1,3 W/(mºC) com massa volúmica aparente seca de 1900 kg/m3; tijolo com 0,25 m
de espessura e resistência térmica de 0,56 m2.ºC/W; isolamento térmico em
poliestireno expandido extrudido – XPS com 0,06 m de espessura e coeficiente de
condutibilidade térmica de 0,037 W/(m.ºC);
PAREDE PI4 di (m) Condutibilidade térmica (W/mºC)
Rj (m2.ºC/W)
Resistência superficial interior 0,13
Reboco 0,02 1,3 0,02
Tijolo 25 0,25 0,56
Poliestireno expandido extrudido - XPS 0,06 0,037 1,62
Resistência superficial interior 0,13
Resistência térmica Total - Rt total (m2.ºC/W) 2,56
Coeficiente de transmissão térmica - U (W/m2.ºC) 0,41
ORDEM DOS ENGENHEIROS – REGIÃO NORTE
Colégio de Engenharia Civil Relatório de Estágio Curricular
Daniel Filipe Pires Gonçalves 30/66
v – Elemento tipo PI5: Parede interior em contato com edifício adjacente, com 0,33 m
de espessura, constituída (do interior para o ENU) por reboco com 0,02 m de
espessura e coeficiente de condutibilidade térmica de 1,3 W/(mºC) com massa
volúmica aparente seca de 900 kg/m3; elemento em betão com massa volúmica
aparente seca de 2400 kg/m3, espessura de 0,25 m e coeficiente de condutibilidade
térmica de 2,0 W/(mºC); isolamento térmico em poliestireno expandido extrudido – XPS
com 0,06 m de espessura e coeficiente de condutibilidade térmica de 0,037 W/(m.ºC);
PAREDE PI5 di (m) Condutibilidade térmica (W/mºC)
Rj (m2.ºC/W)
Resistência superficial interior 0,13
Reboco 0,02 1,3 0,02
Betão 0,25 2 0,13
Poliestireno expandido extrudido - XPS 0,06 0,037 1,62
Resistência superficial interior 0,13
Resistência térmica Total - Rt total (m2.ºC/W) 2,02
Coeficiente de transmissão térmica - U (W/m2.ºC) 0,49
ORDEM DOS ENGENHEIROS – REGIÃO NORTE
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Daniel Filipe Pires Gonçalves 31/66
Envolventes horizontais opacas (cobertura exterior, pavimento exterior e
pavimento interior):
i – Elemento tipo COB1: Cobertura exterior inclinada com espessura de 0,36 m,
constituída (do exterior para o interior) por chapa lacada ondulada em alumínio; caixa-
de-ar fortemente ventilada, isolamento térmico em poliestireno expandido extrudido –
XPS com 0,08 m de espessura e coeficiente de condutibilidade térmica de 0,037
W/(m.ºC); assente sobre camada de regularização com 0,02 m de espessura e
coeficiente de condutibilidade térmica de 0,33 W/(m.ºC); laje aligeirada com 0,24 m de
espessura, com resistência térmica de 0,27 m2.ºC/W; gesso projetado com massa
volúmica aparente seca de 750 kg/m3, espessura de 0,02 m e coeficiente de
condutibilidade térmica de 0,30 W/(mºC).
Cobertura (COB1) di (m) Condutibilidade térmica (W/mºC)
Rj (m2.ºC/W)
Resistência superficial exterior 0,10
Poliestireno expandido extrudido - XPS 0,08 0,037 2,162
Betonilha 0,02 0,33 0,061
Laje aligeirada 0,24 0,27
Gesso projetado 0,02 0,30 0,067
Resistência superficial interior 0,10
Resistência térmica Total - Rt total (m2.ºC/W) 2,759
Coeficiente de transmissão térmica - U (W/m2.ºC) 0,36
ORDEM DOS ENGENHEIROS – REGIÃO NORTE
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Daniel Filipe Pires Gonçalves 32/66
ii – Elemento tipo COB2: Cobertura exterior plana com espessura de 0,38 m,
constituída (do exterior para o interior) por cerâmico com massa volúmica aparente
seca de 2300 kg/m3 e coeficiente de condutibilidade térmica de 1,30 W/(mºC);
isolamento térmico em poliestireno expandido extrudido – XPS com 0,04 m de
espessura e coeficiente de condutibilidade térmica de 0,037 W/(m.ºC); assente sobre
camada de regularização com 0,06 m de espessura e coeficiente de condutibilidade
térmica de 0,33 W/(m.ºC); laje aligeirada com 0,24 m de espessura, com resistência
térmica de 0,27 m2.ºC/W; gesso projetado com massa volúmica aparente seca de 750
kg/m3, espessura de 0,02 m e coeficiente de condutibilidade térmica de 0,30 W/(mºC).
Cobertura (COB2) di (m) Condutibilidade térmica (W/mºC)
Rj (m2.ºC/W)
Resistência superficial exterior 0,04
Cerâmico 0,02 1,30 0,015
Poliestireno expandido extrudido - XPS 0,04 0,037 1,081
Betonilha 0,06 0,33 0,182
Laje aligeirada 0,24 0,27
Gesso projetado 0,02 0,30 0,067
Resistência superficial interior 0,10
Resistência térmica Total - Rt total (m2.ºC/W) 1,755
Coeficiente de transmissão térmica - U (W/m2.ºC) 0,57
ORDEM DOS ENGENHEIROS – REGIÃO NORTE
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Daniel Filipe Pires Gonçalves 33/66
i – Elemento tipo COB3: Cobertura exterior inclinada com espessura de 0,36 m,
constituída (do exterior para o interior) por chapa lacada ondulada em alumínio; caixa-
de-ar fortemente ventilada, isolamento térmico em poliestireno expandido extrudido –
XPS com 0,08 m de espessura e coeficiente de condutibilidade térmica de 0,037
W/(m.ºC); assente sobre camada de regularização com 0,02 m de espessura e
coeficiente de condutibilidade térmica de 0,33 W/(m.ºC); laje aligeirada com 0,24 m de
espessura, com resistência térmica de 0,27 m2.ºC/W; caixa de ar com 0,10 m, de
espessura e resistência térmica de 0,16 m2.ºC/W; gesso cartonado com massa
volúmica aparente seca de 900 kg/m3, espessura de 0,013 m e coeficiente de
condutibilidade térmica de 0,25 W/(mºC).
Cobertura (COB3) di (m) Condutibilidade térmica (W/mºC)
Rj (m2.ºC/W)
Resistência superficial exterior 0,10
Poliestireno expandido extrudido – XPS 0,08 0,037 2,162
Betonilha 0,02 0,33 0,061
Laje aligeirada 0,24 0,27
Caixa-de-ar 0,10 0,16
Gesso cartonado 0,013 0,25 0,052
Resistência superficial interior 0,10
Resistência térmica Total - Rt total (m2.ºC/W) 2,905
Coeficiente de transmissão térmica - U (W/m2.ºC) 0,34
ORDEM DOS ENGENHEIROS – REGIÃO NORTE
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Daniel Filipe Pires Gonçalves 34/66
iii – Elemento tipo PAV1: Pavimento em contacto com o exterior, com espessura de
0,38 m, constituída (do exterior para o interior); por linóleo com massa volúmica
aparente seca de 1200 kg/m3 e coeficiente de condutibilidade térmica de 0,17 W/(mºC;
camada de regularização com 0,02 m de espessura e coeficiente de condutibilidade
térmica de 0,33 W/(m.ºC); betão leve com espessura de 0,04 m de espessura, massa
volúmica aparente seca de 550 kg/m3 e coeficiente de condutibilidade térmica de 0,19
W/(mºC); laje aligeirada com 0,24 m de espessura, com resistência térmica de 0,30
m2.ºC/W; reboco com 0,02 m de espessura e coeficiente de condutibilidade térmica de
1,3 W/(m.ºC); isolamento térmico em poliestireno expandido moldado – EPS com 0,04
m de espessura e coeficiente de condutibilidade térmica de 0,040 W/(m.ºC).
Pavimento (PAV1) di (m) Condutibilidade térmica (W/mºC)
Rj (m2.ºC/W)
Resistência superficial interior 0,04
Linóleo 0,005 0,17 0,029
Betonilha 0,02 0,33 0,061
Betão leve 0,04 0,19 0,211
Laje aligeirada 0,24 0,30
Reboco 0,02 1,3 0,015
Poliestireno expandido moldado - EPS 0,04 0,04 1,000
Resistência superficial exterior 0,17
Resistência térmica Total - Rt total (m2.ºC/W) 1,923
Coeficiente de transmissão térmica - U (W/m2.ºC) 0,52
ORDEM DOS ENGENHEIROS – REGIÃO NORTE
Colégio de Engenharia Civil Relatório de Estágio Curricular
Daniel Filipe Pires Gonçalves 35/66
iv – Elemento tipo PAV2: Pavimento em contacto com garagem, com espessura de
0,40 m, constituída (do interior para o espaço não útil); por linóleo com massa volúmica
aparente seca de 1200 kg/m3 e coeficiente de condutibilidade térmica de 0,17 W/(mºC;
camada de regularização com 0,02 m de espessura e coeficiente de condutibilidade
térmica de 0,33 W/(m.ºC); betão leve com 0,06 m de espessura, massa volúmica
aparente seca de 550 kg/m3 e coeficiente de condutibilidade térmica de 0,19 W/(mºC);
laje aligeirada com 0,24 m de espessura, com resistência térmica de 0,30 m2.ºC/W;
reboco com 0,02 m de espessura e coeficiente de condutibilidade térmica de 1,3
W/(m.ºC); isolamento térmico em poliestireno expandido moldado – EPS com 0,04 m
de espessura e coeficiente de condutibilidade térmica de 0,040 W/(m.ºC).
Pavimento (PAV2) di (m) Condutibilidade térmica (W/mºC)
Rj (m2.ºC/W)
Resistência superficial interior 0,17
Linóleo 0,005 0,17 0,029
Betonilha 0,02 0,33 0,061
Betão leve 0,06 0,19 0,316
Laje aligeirada 0,24 0,30
Reboco 0,02 1,3 0,015
Poliestireno expandido moldado - EPS 0,04 0,04 1,000
Resistência superficial exterior 0,17
Resistência térmica Total - Rt total (m2.ºC/W) 2,133
Coeficiente de transmissão térmica - U (W/m2.ºC) 0,47
ORDEM DOS ENGENHEIROS – REGIÃO NORTE
Colégio de Engenharia Civil Relatório de Estágio Curricular
Daniel Filipe Pires Gonçalves 36/66
Pontes térmicas planas:
i – Elemento tipo PTP1: Ponte térmica plana da envolvente exterior (PE3a) com 0,38 m
de espessura com isolamento pelo exterior, constituída (do interior para o exterior) por
reboco com 0,03 m de espessura e coeficiente de condutibilidade térmica de 1,3
W/(mºC) com massa volúmica aparente seca de 1900 kg/m3; forra de tijolo com 0,04 m
de espessura e resistência térmica de 0,10 m2.ºC/W; elemento em betão com massa
volúmica aparente seca de 2400 kg/m3, espessura de 0,25 m e coeficiente de
condutibilidade térmica de 2,0 W/(mºC); isolamento térmico em poliestireno expandido
moldado – EPS com 0,06 m de espessura e coeficiente de condutibilidade térmica de
0,04 W/(m.ºC) de cor clara.
PILARES/VIGAS PTP1_PE3a di (m) Condutibilidade térmica (W/mºC)
Rj (m2.ºC/W)
Resistência superficial exterior 0,04
Poliestireno expandido moldado - EPS 0,06 0,04 1,50
Betão 0,25 2 0,13
Forra de tijolo 0,04 0,10
Reboco 0,03 1,3 0,02
Resistência superficial interior 0,13
Resistência térmica Total - Rt total (m2.ºC/W) 1,92
Coeficiente de transmissão térmica - U (W/m2.ºC) 0,52
ORDEM DOS ENGENHEIROS – REGIÃO NORTE
Colégio de Engenharia Civil Relatório de Estágio Curricular
Daniel Filipe Pires Gonçalves 37/66
ii – Elemento tipo PTP2_PI4: Ponte térmica plana da envolvente interior (PI4) com 0,33
m de espessura, constituída (do interior para o ENU) por reboco com 0,02 m de
espessura e coeficiente de condutibilidade térmica de 1,3 W/(mºC) com massa
volúmica aparente seca de 900 kg/m3; elemento em betão com massa volúmica
aparente seca de 2400 kg/m3, espessura de 0,25 m e coeficiente de condutibilidade
térmica de 2,0 W/(mºC); isolamento térmico em poliestireno expandido extrudido – XPS
com 0,06 m de espessura e coeficiente de condutibilidade térmica de 0,037 W/(m.ºC);
PILARES/VIGAS PTP2_PI4 di (m) Condutibilidade térmica (W/mºC)
Rj (m2.ºC/W)
Resistência superficial interior 0,13
Reboco 0,02 1,3 0,02
Betão 0,25 2 0,13
Poliestireno expandido extrudido - XPS 0,06 0,037 1,62
Resistência superficial interior 0,13
Resistência térmica Total - Rt total (m2.ºC/W) 2,02
Coeficiente de transmissão térmica - U (W/m2.ºC) 0,49
ORDEM DOS ENGENHEIROS – REGIÃO NORTE
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Daniel Filipe Pires Gonçalves 38/66
iii – Elemento tipo PTP3: Ponte térmica plana da envolvente exterior (PE2) com 0,46 m
de espessura com isolamento pelo exterior, constituída (do interior para o exterior) por
reboco com 0,02 m de espessura e coeficiente de condutibilidade térmica de 1,3
W/(mºC) com massa volúmica aparente seca de 1900 kg/m3; elemento em betão com
massa volúmica aparente seca de 2400 kg/m3, espessura de 0,25 m e coeficiente de
condutibilidade térmica de 2,0 W/(mºC); pano de granito (existente) com 0,15 m de
espessura e coeficiente de condutibilidade térmica de 2,8 W/(mºC) com massa
volúmica aparente seca de 2600 kg/m3; isolamento térmico em poliestireno expandido
moldado – EPS com 0,04 m de espessura e coeficiente de condutibilidade térmica de
0,04 W/(m.ºC) de cor clara.
PILARES/VIGAS PTP3_PE2 di (m) Condutibilidade térmica (W/mºC)
Rj (m2.ºC/W)
Resistência superficial exterior 0,04
Poliestireno expandido moldado - EPS 0,04 0,04 1,00
Granito 0,15 2,8 0,054
Betão 0,25 2 0,13
Reboco 0,03 1,3 0,02
Resistência superficial interior 0,13
Resistência térmica Total - Rt total (m2.ºC/W) 1,36
Coeficiente de transmissão térmica - U (W/m2.ºC) 0,73
ORDEM DOS ENGENHEIROS – REGIÃO NORTE
Colégio de Engenharia Civil Relatório de Estágio Curricular
Daniel Filipe Pires Gonçalves 39/66
iv – Elemento tipo PTP4: Ponte térmica plana da envolvente exterior (PE3a) com 0,38
m de espessura com isolamento pelo exterior, constituída (do interior para o exterior)
por reboco com 0,02 m de espessura e coeficiente de condutibilidade térmica de 1,3
W/(mºC) com massa volúmica aparente seca de 1900 kg/m3; elemento em betão com
massa volúmica aparente seca de 2400 kg/m3, espessura de 0,30 m e coeficiente de
condutibilidade térmica de 2,0 W/(mºC); isolamento térmico em poliestireno expandido
moldado – EPS com 0,06 m de espessura e coeficiente de condutibilidade térmica de
0,04 W/(m.ºC) de cor clara.
PILARES/VIGAS PTP4_PE3a di (m) Condutibilidade térmica (W/mºC)
Rj (m2.ºC/W)
Resistência superficial exterior 0,04
Poliestireno expandido moldado - EPS 0,06 0,04 1,50
Betão 0,30 2 0,15
Reboco 0,02 1,3 0,01
Resistência superficial interior 0,13
Resistência térmica Total - Rt total (m2.ºC/W) 1,84
Coeficiente de transmissão térmica - U (W/m2.ºC) 0,54
ORDEM DOS ENGENHEIROS – REGIÃO NORTE
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Daniel Filipe Pires Gonçalves 40/66
v – Elemento tipo PTP5: Ponte térmica plana da envolvente exterior (PE3b) com 0,44 m
de espessura com isolamento no espaço de ar de fachada ventilada, constituída (do
exterior para o interior) por chapa lacada ondulada em alumínio / soletos de ardósia, de
cor escura; caixa-de-ar fortemente ventilada de 0,02 m; isolamento térmico em
poliestireno expandido extrudido – XPS com 0,06 m de espessura e coeficiente de
condutibilidade térmica de 0,037 W/(m.ºC); elemento em betão com massa volúmica
aparente seca de 2400 kg/m3, espessura de 0,25 m e coeficiente de condutibilidade
térmica de 2,0 W/(mºC); forra de tijolo com 0,04 m de espessura e resistência térmica
de 0,10 m2.ºC/W; reboco com 0,03 m de espessura e coeficiente de condutibilidade
térmica de 1,3 W/(mºC) com massa volúmica aparente seca de 1900 kg/m3.
PTP5_PE3b di (m) Condutibilidade térmica (W/mºC)
Rj (m2.ºC/W)
Resistência superficial exterior 0,13
Poliestireno expandido extrudido - XPS 0,06 0,037 1,61
Betão 0,25 2 0,125
Forra de tijolo 0,04 0,10
Reboco 0,03 1,3 0,023
Resistência superficial interior 0,13
Resistência térmica Total - Rt total (m2.ºC/W) 2,13
Coeficiente de transmissão térmica - U (W/m2.ºC) 0,47
ORDEM DOS ENGENHEIROS – REGIÃO NORTE
Colégio de Engenharia Civil Relatório de Estágio Curricular
Daniel Filipe Pires Gonçalves 41/66
vi – Elemento tipo PTP6_PI4: Ponte térmica plana da envolvente interior (PI4) com 0,35
m de espessura, constituída (do interior para o ENU) por reboco com 0,01 m de
espessura e coeficiente de condutibilidade térmica de 1,3 W/(mºC) com massa
volúmica aparente seca de 900 kg/m3; elemento em betão com massa volúmica
aparente seca de 2400 kg/m3, espessura de 0,30 m e coeficiente de condutibilidade
térmica de 2,0 W/(mºC); isolamento térmico em poliestireno expandido extrudido – XPS
com 0,04 m de espessura e coeficiente de condutibilidade térmica de 0,037 W/(m.ºC);
PILARES/VIGAS PTP6_PI4 di (m) Condutibilidade térmica (W/mºC)
Rj (m2.ºC/W)
Resistência superficial interior 0,13
Reboco 0,01 1,3 1,3
Betão 0,30 2 0,15
Poliestireno expandido extrudido - XPS 0,04 0,037 1,08
Resistência superficial interior 0,13
Resistência térmica Total - Rt total (m2.ºC/W) 1,50
Coeficiente de transmissão térmica - U (W/m2.ºC) 0,67
ORDEM DOS ENGENHEIROS – REGIÃO NORTE
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Daniel Filipe Pires Gonçalves 42/66
vii – Elemento tipo PTP7: Ponte térmica plana da envolvente exterior (PE3c) com 0,44
m de espessura com isolamento no espaço de ar de fachada ventilada, constituída (do
exterior para o interior) por chapa lacada ondulada em alumínio / soletos de ardósia, de
cor escura; caixa-de-ar fortemente ventilada de 0,02 m; isolamento térmico em
poliestireno expandido extrudido – XPS com 0,06 m de espessura e coeficiente de
condutibilidade térmica de 0,037 W/(m.ºC); elemento em betão com massa volúmica
aparente seca de 2400 kg/m3, espessura de 0,30 m e coeficiente de condutibilidade
térmica de 2,0 W/(mºC); reboco com 0,02 m de espessura e coeficiente de
condutibilidade térmica de 1,3 W/(mºC) com massa volúmica aparente seca de 1900
kg/m3.
PTP7_PE3c di (m) Condutibilidade térmica (W/mºC)
Rj (m2.ºC/W)
Resistência superficial exterior 0,13
Poliestireno expandido extrudido - XPS 0,06 0,037 1,61
Betão 0,30 2 0,15
Reboco 0,02 1,3 0,015
Resistência superficial interior 0,13
Resistência térmica Total - Rt total (m2.ºC/W) 2,05
Coeficiente de transmissão térmica - U (W/m2.ºC) 0,49
ORDEM DOS ENGENHEIROS – REGIÃO NORTE
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Daniel Filipe Pires Gonçalves 43/66
Envolvente envidraçada exterior i – Envidraçado vertical inserido nas fachadas Nordeste e Noroeste do R/C: caixilharia
(vertical) em alumínio, sem quadrícula e com corte térmico; de abrir; vidro duplo FLOAT
6 mm / câmara 14 mm AR / NEUTRALUX 4 mm incolor e proteção interior em portadas
de madeira interiores de cor clara:
U = 1,50 W/m2.ºC
gvidro=0,57 –(sem proteção)
g100%=0,27 < 0,56 OK– Consulta da tabela V.4 do RCCTE por o sombreamento ser
opaco e interior.
ii – Envidraçado vertical inserido nas fachadas Nordeste e Noroeste do 1º e 2º pisos e
fachada Sudoeste: caixilharia (vertical) em alumínio, sem quadrícula e com corte
térmico; de abrir; vidro duplo FLOAT 6 mm / câmara 14 mm AR / NEUTRALUX 4 mm
incolor e proteção interior em cortina opaca de cor clara:
U = 1,50 W/m2.ºC
gvidro=0,57 –(sem proteção)
g100%=0,28 < 0,56 OK– Consulta da tabela V.4 do RCCTE por o sombreamento ser
opaco e interior.
iii – Envidraçado vertical inserido na fachada Sudoeste: caixilharia (vertical) em
alumínio, sem quadrícula e com corte térmico; de abrir; vidro duplo FLOAT 6 mm /
câmara 14 mm AR / NEUTRALUX 4 mm incolor e proteção interior em cortina
ligeiramente transparente de cor clara:
U 1,50 W/m2.ºC
gvidro=0,57 –(sem proteção)
g100%=0,29 < 0,56 OK– Consulta da tabela V.4 do RCCTE por o sombreamento ser
opaco e interior.
Fatores de sombreamento
Apresenta-se uma representação das medições de ângulos de sombreamento.
ORDEM DOS ENGENHEIROS – REGIÃO NORTE
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Daniel Filipe Pires Gonçalves 44/66
Figura 18 – Determinação de ângulos de sombreamento, em corte e planta
Envolvente dos vãos abertos (Porta exterior)
A porta de acesso à habitação será em madeira maciça de cor escura, com 5 cm de
espessura:
U=2,58 W/m2ºC – segundo o ITE 50
Pé direito ponderado
Fração Pé-direito (m)
Área (m2)
A 3.0 31.74
B 3.0 36.51
C 3.0 36.51
D 3.0 36.30
E 3.0 31.60
F 2.5 33.17
G 2.5 28.45
H 2.5 28.45
I 2.5 28.45
J 2.5 49.52
K 3.18 33.17
L 3.15 28.44
M 3.24 28.45
N 3.34 28.44
O 3.49 49.51
Verificação dos requisitos mínimos
Apresenta-se de seguida a tabela seguinte, com um resumo dos requisitos mínimos e
os valores dos coeficientes de transmissão térmica de cada elemento da envolvente.
ORDEM DOS ENGENHEIROS – REGIÃO NORTE
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Daniel Filipe Pires Gonçalves 45/66
VERIFICAÇÃO DOS REQUISITOS MÍNIMOS ZONA CLIMÁTICA I2/V1
Coeficientes de transmissão térmica superficiais
Elemento U (W/m2.ºC) UMÁX. (W/m2.ºC)
Verificação
Parede exterior PE2 0,75 1,60 OK
Parede exterior PE3a 0,40 1,60 OK
Parede exterior PE3b/PE3c 0,37 1,60 OK
Parede interior PI4 0,41 2,00 OK
Parede interior PI5 0,49 2,00 OK
Cobertura exterior COB1 0,36 1,00 OK
Cobertura exterior COB2 0,57 1,00 OK
Cobertura exterior COB3 0,34 1,00 OK
Pavimento exterior PAV1 0,52 1,00 OK
Pavimento interior PAV2 0,47 1,30 OK
Ponte térmica plana PTP1_PE3a 0,52 ≤ 2x0,40 (0,80) OK
Ponte térmica plana PTP2_PI4 0,49 ≤ 2x0,41 (0,82) OK
Ponte térmica plana PTP3_PE2 0,73 ≤ 2x0,75 (1,5) OK
Ponte térmica plana PTP4_PE3a 0,54 ≤ 2x0,40 (0,80) OK
Ponte térmica plana PTP5_PE3b 0,47 ≤ 2x0,37 (0,73) OK
Ponte térmica plana PTP6_PI4 0,67 ≤ 2x0,41 (0,82) OK
Ponte térmica plana PTP7_PE3C 0,49 ≤ 2x0,37 (0,73) OK
3.2.4 Inércia térmica
As frações apresentam inércia térmica forte.
3.2.5 Perdas de calor pelas pontes térmica lineares
São calculadas através do produto do coeficiente de transmissão térmica linear da
ponte térmica pelo desenvolvimento linear da ponte térmica, medido pelo interior.
Os valores do coeficiente de transmissão térmica linear foram calculados de acordo
com o anexo IV do RCCTE.
3.2.6 Perdas de calor associadas à renovação de ar
Por razões de higiene e conforto dos ocupantes, é necessário que as frações sejam
ventiladas em permanência por um caudal mínimo de ar.
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O valor respeitante à ventilação natural é retirado do Anexo IV do RCCTE, tendo em
conta que o edifício se encontra na Região A, no interior de uma zona urbana,
Rugosidade tipo I, altura acima do solo inferior a 10 metros, resultando numa classe de
exposição 1, não apresenta caixas de estore e considera-se não haver dispositivos de
admissão de ar nas fachadas. As caixilharias têm classe de permeabilidade ao ar,
Classe 3.
Considera-se que perante uma variação de pressão entre 20 e 200 Pa, o caudal não
varia mais do que 1,5 vezes, considera-se que as portas das frações não são bem
vedadas, e verifica-se existência de uma área, de vãos envidraçados, inferior a 15% da
área útil de pavimento.
3.2.7 Ganhos térmicos
Consideram-se os ganhos térmicos associados a fontes internas de calor e os ganhos
associados ao aproveitamento da radiação solar.
Os ganhos internos estão associados ao calor do metabolismo dos ocupantes e ao
calor libertados por equipamentos e dispositivos de iluminação. Foram calculados
enquadrando o edifício no âmbito dos edifícios de habitação, de acordo com o Anexo
IV do RCCTE.
Os ganhos associados ao aproveitamento da radiação solar foram calculados tendo em
conta haver um aproveitamento de 100% da área envidraçada na estação de
aquecimento e de apenas 30% na estação de arrefecimento. Considera-se que na
estação de arrefecimento as proteções dos vãos envidraçados (quando existem) estão
ativadas a 70%.
3.2.8 Necessidades de energia para a preparação de água quente sanitária
Considerou-se que a fração tem uma ocupação permanente durante todos os dias do
ano e que o aquecimento da água é feito recorrendo a um sistema coletivo de painéis
solares com depósito de acumulação solar e com o apoio de uma caldeira a gás natural
coletiva.
Sistema composto por 8 coletores da marca Baxi Roca, modelo Sol 200 com uma área
total de 15,4 m2, fornecendo anualmente 12978 kWh e dois depósitos da mesma
marca, modelos 500L e 1000L. O conjunto forma um sistema completo, integrando
igualmente suportes, tubagens e controladores próprios e montado orientado a
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Sudoeste; sobre a cobertura plana e sobre suporte próprio que lhe confere uma
inclinação total de 20 graus. A cada fração corresponde um Esolar de 865 kWh e 1,0
m2 de painel solar. O apoio individual será realizado por caldeira mural coletiva, a gás
natural, da marca Baxi Roca modelo BIOS 65F, com potência nominal de 65 kW e
eficiência a 30 % de carga nominal de 107,6 %, com a redução de 10 % da sua
eficiência por não existir isolamento adequado das condutas, perfazendo uma
eficiência final de 97,6 %,, resultando numa potência de 4,3KW por fração.
Os coletores devem ser certificados, instalados por um instalador acreditado e
certificado junto da Direcção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) e possuir no final,
aquando da emissão da certificação energética (CE), um contrato que assegure o
funcionamento e manutenção por um período mínimo de 6 anos. Cópias da certificação
dos coletores instalados, da certificação/acreditação do instalador e do contrato de
manutenção devem fazer parte do processo certificação energética (CE).
Figura 19 – Representação da localização dos painéis solares
3.2.9 Sistemas de aquecimento do ar, arrefecimento do ar, aquecimento de água
quente sanitária e de aproveitamento das energias renováveis
Caldeira mural para aquecimento central e produção de águas quentes sanitárias
(mista) coletiva, a gás natural, da marca Baxi Roca modelo BIOS 65F, com potência
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nominal de 65 kW e eficiência a 30 % de carga nominal de 107,6 %, interligada a
radiadores distribuídos pelas várias frações, resultando numa potência de 4,3KW por
fração.
Como ainda não está previsto o sistema de arrefecimento ambiente, e segundo o ponto
6 do artº 15 do DL nº80/2006 de 4 de Abril, considerou-se para o cálculo de Ntc, que o
sistema de arrefecimento é uma máquina frigorífica com eficiência (COP) de 3.
O aquecimento de águas quentes sanitárias será efetuado através da mesma caldeira
coletiva utilizada para aquecimento, a gás natural, da marca Baxi Roca modelo BIOS
65F, com potência nominal de 65 kW e eficiência a 30 % de carga nominal de 107,6 %,
resultando numa potência de 4,3KW por fração.
Considerou-se que as redes de tubagem de distribuição de AQS não estão isoladas
com o mínimo de 10 mm de isolamento térmico, ou seja, considerou-se um rendimento
de 97,6%
3.2.10 Pormenores construtivos
Apresentam-se cortes construtivos relativos às paredes, pavimentos e todas as
situações causadoras de pontes térmicas, conforme previsto no RCCTE: ligação da
fachada com cobertura, ligação entre duas paredes verticais, ligação da fachada com
pavimento sobre espaço não útil, ligação de fachada com varanda, ligação de fachada
com padieira, ombreira, ou peitoril, ligação de fachada com pavimento exterior e
ligação da fachada com pavimentos intermédios.
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Figura 20 – Representação dos pormenores de pontes térmicas lineares
3.2.11 Verificação dos requisitos energéticos do edifício
Apresentam-se em anexo as notas de cálculo que demonstram que, de acordo com o
especificado no Regulamento (artigos 5º, 6º, 7º e 8º), o presente edifício satisfaz as
exigências regulamentares.
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Fracção Autónoma Nº
Ap (m2)
Taxa Ren. (RPH)
Nic (kWh/ m2.ano)
Ni (kWh/ m2.ano)
Nvc (kWh/ m2.ano)
Nv (kWh/ m2.ano)
Nac (kWh/ m2.ano)
Na (kWh/ m2.ano)
Ntc (kgep/ m2.ano)
Nt (kgep/ m2.ano)
A 31.74 0.75 76.96 84.94 2.30 16 22.08 74.52 2.54 10.97
B 36.51 0.75 58.23 72.82 2.69 16 19.20 64.78 2.14 9.55
C 36.51 0.75 56.69 71.38 2.72 16 19.20 64.78 2.13 9.53
D 36.30 0.75 56.88 71.49 2.73 16 19.31 65.16 2.14 9.58
E 31.60 0.85 85.08 85.61 3.98 16 22.18 74.85 2.63 11.02
F 33.17 0.75 36.58 70.80 2.93 16 21.13 71.31 2.14 10.41
G 28.45 0.75 27.84 68.10 3.78 16 24.63 83.14 2.38 11.98
H 28.45 0.75 27.84 68.10 3.93 16 24.63 83.14 2.38 11.98
I 28.45 0.75 24.50 68.10 3.54 16 24.63 83.14 2.35 11.98
J 49.52 0.85 43.74 75.09 3.41 16 14.15 47.76 1.60 7.27
K 33.17 0.75 58.11 81.51 5.37 16 21.13 71.31 2.33 10.50
L 28.44 0.75 52.18 74.65 5.96 16 24.64 83.16 2.59 12.04
M 28.45 0.75 53.90 74.60 5.74 16 24.63 83.14 2.60 12.04
N 28.44 0.75 52.09 72.10 5.50 16 24.64 83.16 2.59 12.02
O 49.51 0.85 67.51 79.81 5.21 16 14.16 47.77 1.81 7.31
Nic - valor das necessidades nominais de energia útil, por estação de
aquecimento, por metro quadrado de área útil de cada zona independente de um
edifício.
Ni - valor máximo admissível das necessidades nominais de energia útil, por
estação de aquecimento, por metro quadrado de área útil de cada zona
independente de um edifício.
Nvc - valor das necessidades nominais de energia útil, por estação de
arrefecimento, por metro quadrado de área útil de cada zona independente de
um edifício.
Nv - valor máximo admissível das necessidades nominais de energia útil, por
estação de arrefecimento, por metro quadrado de área útil de cada zona
independente de um edifício.
Nac - valor das necessidades nominais de energia útil, para aquecimento de
água quente sanitária, por metro quadrado de área útil de cada zona
independente de um edifício.
Na - valor máximo admissível das necessidades nominais de energia útil, para
aquecimento de água sanitária, por metro quadrado de área útil de cada zona
independente de um edifício.
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Ntc - valor das necessidades nominais globais de energia primária, por metro
quadrado de área útil de cada zona independente de um edifício.
Nt - valor máximo admissível das necessidades nominais de energia primária,
por metro quadrado de área útil de cada zona independente de um edifício.
3.2.12 Comparação entre o RCCTE e REH
O decreto-lei 118/2013 procedeu à alteração da regulamentação de térmica aprovando
o REH – Regulamento de desempenho energético de edifícios de habitação.
Nesse sentido decidiu-se efetuar uma comparação entre o RCCTE e o REH para o
edifício em estudo. Em relação ao REH foram ainda estudadas as alterações que
entraram em vigor em 01/01/2016.
RCCTE REH até 31/12/2015
REH após 01/01/2016
VERIFICAÇÃO DOS REQUISITOS MÍNIMOS
ZONA I2/V1 ZONA I2/V2 ZONA I2/V2
Elemento U (W/m2.ºC)
UMÁX. (W/m2.ºC)
Verif. UMÁX. (W/m2.ºC)
Verif. UMÁX. (W/m2.ºC)
Verif.
PE2 0,75 1,60 OK 1,60 OK 0,40 KO
PE3a 0,40 1,60 OK 1,60 OK 0,40 OK
PE3b/PE3c 0,37 1,60 OK 1,60 OK 0,40 OK
PI4 0,41 2,00 OK 2,00 OK 2,00 OK
PI5 0,49 2,00 OK 2,00 OK 2,00 OK
COBE1 0,36 1,00 OK 1,00 OK 0,35 KO
COBE2 0,57 1,00 OK 1,00 OK 0,35 KO
COBE3 0,34 1,00 OK 1,00 OK 0,35 OK
PAVE1 0,52 1,00 OK 1,00 OK 0,35 KO
PAVI2 0,47 1,30 OK 1,30 OK 1,30 OK
PTP1_PE3a 0,52 0,80 OK 0,80 OK 0,90 OK
PTP2_PI4 0,49 0,82 OK 0,82 OK 0,90 OK
PTP3_PE2 0,73 1,5 OK 1,5 OK 0,90 OK
PTP4_PE3a 0,54 0,80 OK 0,80 OK 0,90 OK
PTP5_PE3b 0,47 0,73 OK 0,73 OK 0,90 OK
PTP6_PI4 0,67 0,82 OK 0,82 OK 0,90 OK
PTP7_PE3C 0,49 0,73 OK 0,73 OK 0,90 OK
Vãos envidraçad.
1,50 - - - - 2,40 OK
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Verifica-se que os valores de limite de coeficientes de transmissão térmica superficial
sofreram uma grande redução com as alterações de 01/01/2016.
Foi escolhida uma fração (fração M) para comparação dos resultados do RCCTE, REH
e REH com as alterações de Janeiro de 2016.
Fracção Autónoma Nº
Ap (m2)
Taxa Ren. (RPH)
Nic (kWh/ m2.ano)
Ni (kWh/ m2.ano)
Nvc (kWh/ m2.ano)
Nv (kWh/ m2.ano)
Nac (kWh/ m2.ano)
Na (kWh/ m2.ano)
Ntc (kgep/ m2.ano)
Nt (kgep/ m2.ano)
Ntc/ Nt
Classe
RCCTE M 28.45 0.75 53.90 74.60 5.74 16 24.63 83.14 2.60 12.04 0,22 A+
Ntc
(KWhep/ m2.ano)
Nt
(KWhep/ m2.ano)
REH M 28.45 0.58 35.15 53.57 12.30 9.13 - - 54.23 119.03 0,46 A
REH 2016
M 28.45 0.58 35.15 37.73 12.30 9.13 - - 53.49 96.95 0,55 B
Na fração em estudo verificou-se que com a entrada do REH a classificação energética
desceu uma classe, de A+ para A, e com as alterações de Janeiro de 2016 desceu
mais uma classe passando para classe B.
A fração em estudo não cumpre o Nv- valor máximo admissível das necessidades
nominais de energia útil, por estação de arrefecimento. Com a entrada das alterações
de 2016 a fração também não cumpre o Ni- valor máximo admissível das necessidades
nominais de energia útil, por estação de aquecimento.
O REH, com as alterações de janeiro de 2016, veio agravar de forma significativa quer
os limites máximos de coeficientes de transmissão térmica superficial, quer os limites
das necessidades nominais de energia útil, quer da estação de aquecimento quer da
estação de arrefecimento.
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3.3 – Aspectos legais de enquadramento da atividade desenvolvida
Decreto-Lei n.º 80/2006 de 4 de Abril – Aprova o Regulamento das
Características de Comportamento Térmico dos Edifícios (RCCTE).
Decreto-Lei n.º 118/2013 de 20 de Agosto - Sistema de certificação Energética
dos Edifícios (SCE), Regulamento de desempenho Energético de edifícios de
habitação e edifícios de comércio e serviços
Decreto-Lei n.º 68-A/2015 de 30 de Abril - Procede à primeira Alteração ao Dec.
Lei n.118
Decreto-Lei n.º 194/2015 - Procede à segunda alteração ao Decreto-Lei n.º
118/2013, de 20 de agosto, alterado pelo Decreto-Lei n.º 68 -A/2015 de 30 de
abril e à primeira alteração ao Decreto -Lei n.º 53/2014, de 8 de abril
Decreto-Lei n.º 251/2015 - Procede à terceira alteração ao Decreto-Lei n.º
118/2013, de 20 de agosto
Despacho n.º 15793-D/2013 - Fatores de conversão entre energia útil e energia
primária.
Despacho n.º 15793-E/2013 - Regras de simplificação a utilizar nos edifícios
sujeitos a grandes intervenções, bem como existentes.
Despacho n.º 15793-G/2013 - Elementos mínimos a incluir no procedimento de
ensaio e receção das instalações e dos elementos mínimos a incluir no plano de
manutenção (PM).
Despacho n.º 15793-I/2013 - Metodologias de cálculo para determinar as
necessidades nominais anuais de energia útil para aquecimento e arrefecimento
ambiente.
Despacho n.º 15793-J/2013 - Regras de determinação da classe energética.
Despacho n.º 15793-K/2013 - Parâmetros térmicos para o cálculo.
Despacho n.º 15793-L/2013 - Metodologia de apuramento da viabilidade
económica da utilização ou adoção de determinada medida de eficiência
energética.
Portaria n.º 349-B/2013 - Metodologia de determinação da classe de
desempenho energético para a tipologia de pré -certificados e certificados SCE.
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Portaria n.º 349-C/2013 - Procedimentos de licenciamento ou de comunicação
prévia de operações urbanísticas de edificação, bem como de autorização de
utilização.
Portaria n.º 405 - Procede à primeira alteração da Portaria n.º 349-C/2013, de 2
de dezembro, que estabelece os elementos que deverão constar dos
procedimentos de licenciamento ou de comunicação prévia de operações
urbanísticas de edificação, bem como de autorização de utilização.
Portaria n.º 349-D/2013 - Requisitos de conceção relativos à qualidade térmica
da envolvente e à eficiência dos sistemas técnicos dos edifícios novos, dos
edifícios sujeitos a grande intervenção e dos edifícios existentes.
Dec. Retificação n.º 3 - Retifica a portaria n. 349-D/2013, de 2 de dezembro
Portaria 17-A/2016 - Primeira alteração à Portaria n.º 349-D/2013, de 2 de
dezembro
Portaria n.º 353-A - Estabelece os valores mínimos de caudal de ar novo por
espaço, bem como os limiares de proteção e as condições de referência para os
poluentes do ar interior dos edifícios de comércio e serviços novos, sujeitos a
grande intervenção e existentes.
Decl. Retificação n. 127 - Rectifica o despacho n. 15793-K
Decl. Retificação n. 128 - Rectifica o despacho n. 15793-I
Decl. Retificação n. 129 - Rectifica o despacho n. 15793-D
Decl. Retificação n. 130 - Rectifica o despacho n. 15793-F
Decl. Retificação n. 2 - Rectifica a portaria n.º 353-A/2013, de 4 de dezembro
Decl. Retificação n. 4 - Rectifica a portaria n. 349-C/2013, de 2 de dezembro
ITE 50 - Coeficientes de Transmisão térmica de elementos da envolvente dos
edifícios.
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3.4 – Apresentação de conhecimentos de Engenharia utilizados durante o Estágio
3.4.1 – Componente académica (relação com matérias da licenciatura*)
A minha formação académica na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
possibilitou-me a aprendizagem de muitas das noções listadas anteriormente,
nomeadamente através das seguintes disciplinas:
Desenho Assistido por Computador (1.º Ano)
Esta disciplina, embora lecionada no 1.º ano, foi fundamental uma vez que permitiu-me
adquirir conhecimentos acerca de sistemas computacionais de desenho assistido por
computador, permitindo compreender os princípios básicos de programação em
computação gráfica e utilizar programas correntes de Desenho Assistido por
Computador, na elaboração e impressão de peças desenhadas de projetos de
Engenharia Civil.
Arquitectura (2.º Ano)
A cadeira de arquitetura permitiu-me desenvolver a capacidade de ler e interpretar
diferentes projetos de arquitetura, familiarizando-me, assim, com a linguagem
específica do desenho técnico de representação, suporte essencial na elaboração de
projetos das diversas especialidades de Engenharia Civil.
Física das Construções (3.º Ano)
A cadeira de Física das Construções, lecionada pelo Prof. Vítor Abrantes, permitiu-me
adquirir conhecimentos de matérias relacionadas com a Física das Construções,
nomeadamente: comportamento ao fogo de edifícios, características de
comportamento térmico e características de comportamento acústico de edifícios. Por
outro lado, foi também abordada a aplicação Regulamentar das matérias enunciadas,
nomeadamente: segurança contra incêndio em edifícios de habitação, características
do comportamento térmico de edifícios e ruído.
Tecnologia das Construções (3.º Ano)
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Esta cadeira, igualmente lecionada pelo Prof. Vítor Abrantes, permitiu-me desenvolver
conhecimentos acerca das diferentes tecnologias construtivas existentes. Salientam-se
alguns dos temas abordados que considero da maior relevância para o
desenvolvimento do presente estágio: impermeabilização e drenagem de fundações,
paredes, pavimentos, coberturas, janelas e proteções, instalações de águas e esgotos.
O projeto, a obra e a qualidade foram também abordados nesta disciplina,
particularmente a representação esquemática dos pormenores construtivos estudados.
Esta cadeira, em conjugação com a matéria interiorizada em “Desenho Assistido por
Computador”, foi essencial ao longo do meu estágio, nomeadamente na elaboração
das peças desenhadas e na realização de alguns esquemas inseridos nas Condições
Técnicas Especiais.
Gestão de Projecto (4.º Ano)
A cadeira de Gestão de Projetos, lecionada pelo Prof. Hipólito de Sousa, permitiu
familiarizar-me com a atividade da construção e adquirir conhecimentos relativamente
ao acto de construir, com maior ênfase para as etapas a montante da execução física
das obras.
Considero que as matérias lecionadas nesta disciplina são fundamentais para qualquer
profissional da área de projeto, tendo consultado várias vezes a bibliografia fornecida
nesta cadeira ao longo do estágio.
Manutenção e Reabilitação de Edifícios (5.º Ano)
Esta cadeira, lecionada pelo Prof. Rui Calejo em regime de opção livre, permitiu-me
adquirir conhecimentos acerca das principais patologias existentes nos edifícios bem
como definir uma estratégia adequada para identificar as suas causas e a forma de
encarar uma possível reparação. Por outro lado, foi-me dada a possibilidade de utilizar
equipamentos de diagnóstico tal como termohigrómetros e humidímetros, permitindo-
me um contacto mais direto com os casos estudados.
Patologia e Reabilitação de Edifícios (5.º Ano)
A disciplina "Patologia e Reabilitação de Edifícios", lecionada pelo Prof. Peixoto de
Freitas, permitiu-me adquirir conhecimentos técnico-científicos nas áreas da Humidade
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na Construção, Ventilação Natural, Patologia da Construção e Reabilitação de
Edifícios. A elaboração de projetos nessas áreas foi também abordada, definindo-se
em particular qual a metodologia mais adequada de um projeto de reabilitação e
apresentando alguns exemplos de projetos realizados.
Térmica de edifícios(5.º Ano)
A disciplina "Térmica de edifícios", lecionada pelo Prof. Vasco Peixoto de Freitas,
permitiu-me adquirir conhecimentos técnico-científicos nas áreas relacionadas com a
térmica de edifícios, nomeademente o regulamento RCCTE regulamento das
caraterísticas de comportamento térmico de edifícios. No contexto da disciplina foi
elaborado um projeto de térmica de uma moradia unifamiliar. Foram ainda
apresentadas diversas medidas de melhoria a aplicar na reabilitação de edifícios.
Instalação de Edifícios (5.º Ano)
A disciplina "Instalação de Edifícios", lecionada pelo Prof. Carlos Alberto Medeiros,
permitiu-me adquirir conhecimentos técnico-científicos em Projeto de Abastecimento de
água e drenagem de águas residuais e pluviais. No decorrer da disciplina elaborei um
Projeto dessas especialidades para um edifício multifamiliar.
Dissertação de MESTRADO: Validação de Modelos de Cálculo Por Comparação
com Medições “In Situ” – Condições Fronteira
Com o desenvolvimento da dissertação tomei conhecimento com programas de
simulação dinâmica que se revelaram de extrema relevância no decorrer do estágio.
O objectivo principal da dissertação foi o de validação de modelos de cálculo por
comparação com medições “in situ”, incidindo sobre as condições fronteira,
nomeadamente o clima.
O estudo recaiu sobre uma moradia unifamiliar situada na cidade do Porto. onde foram
colocados sensores de temperatura e humidade por forma a comparar com os
resultados de simulação dinâmica realizada através do software EnergyPlus.
Para realizar as simulações o programa utiliza um ficheiro climático. Normalmente são
utilizados ficheiros TMY, ou seja ano meteorológico típico. Neste caso foi utilizado um
ficheiro climático obtido através das medições da estação meteorológica da FEUP.
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Procedeu-se à comparação, dos parâmetros climáticos mais importantes, utilizados
pelo EnergyPlus através do ficheiro típicoTMY e os valores reais medidos pela estação
da FEUP.
Efetuou-se uma análise de sensibilidade através da alteração de parâmetros climáticos,
presentes no ficheiro climático. Esta permitiu aproximar os resultados das simulações
aos resultados dos sensores e inferir a relevância, de cada parâmetro, nas simulações.
3.4.2 – Conhecimentos adquiridos em cursos ou ações de formação
A Engenharia Civil é hoje uma profissão em constante evolução, verificando-se nos
últimos anos um considerável desenvolvimento dos materiais e técnicas de construção
e a entrada em vigor de vários regulamentos cada vez mais exigentes. Esta mudança
tem sido acompanhada por uma constante evolução de variados softwares,
Por estas razões, considero fundamental assistir regularmente a cursos de formação
relacionados com a nossa atividade profissional. Listam-se de seguida os cursos e
seminários mais relevantes frequentados:
Curso de Ética e Deontologia Profissional da Ordem dos Engenheiros, 84º
Curso, 7 e 8 de Março de 2014 (9 horas), Sede da OERN, com classificação
final de 18 valores.
Curso de Projetista de redes de Gás, CICCOPN, de 11 de Novembro a 5 de
Dezembro de 2013 – concluída com aprovação.
Formação em Projeto de Acústica, não certificada, de Maio a Setembro de 2011
(30 horas) – pela empresa LogAcústica, Engº Tiago Ferreira – Especialista em
Engenharia Acústica, Ordem dos Engenheiros, Engº Vasco Pinto (Instalações da
ASL).
Qualificação de Auditores ISO 50001 – Sistemas de Gestão de Energia,
CERTIF/ADENE, Outubro de 2014 (40 horas) – concluída com aprovação.
Obtive o grau de LEED GREEN ASSOCIATE, através de aprovação em exame
internacional, pelo USGBC – United States Green Building Council (existem
apenas 7 profissionais detentores deste título em Portugal). O LEED é um
sistema de certificação energética e ambiental – Leadership in Energy and
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Environmental Design; Frequência de várias formações online relacionadas com
o sistema de certificação LEED.
Formação em Avaliação das estratégias LEED para optimização de energia,
Janeiro de 2012 (40 horas), Arq. Luciana, ISQ (Instalações da ASL).
Formação específica em LEED, Janeiro de 2012 (20 horas), Arq. Luciana, ISQ
(Instalações da ASL).
Ação de Formação Regulamento de Desempenho Energético de Edifícios de
Habitação (REH), FEUP- Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto,
27 de Março de 2014.
Formação online em etiquetagem energética, Brasil.
Formação em Auditorias energéticas de Edifícios, de Outubro de 2011 a Março a
2012, Engª Joana Cardoso e Engº José Oliveira (instalações da ASL).
Formação específica em Coaching Comercial, Novembro de 2011 (15 horas),
Eng. Sérgio Almeida, ISQ, (instalações da ASL).
Formação específica em Comunicação com clientes, Novembro de 2011 (15
horas), Eng. Sérgio Almeida, ISQ, (instalações da ASL).
Curso de Formação Profissional de Sensibilização para a Norma ISSO
9001:2015, 21 de Outubro de 2015 (3 horas), Sabforma.
3.4.3 – Conhecimentos complementares
Foram obtidos diversos conhecimentos através de leitura de legislação em vigor e
através de catálogos técnicos de equipamentos e materiais.
Em contexto empresarial foram obtidos diversos conhecimentos relacionados com
organização de trabalho e procedimentos mais adequados tendo obtido contacto com a
norma de qualidade ISO 9001:2015 que foi implementada na empresa. A ASL foi a
primeira empresa a ser certificada em Portugal com a nova norma ISO:9001:2015, pela
SGS.
Foram obtidos conhecimentos relacionados com tecnologias inovadoras
nomeadamente através do estudo do LEED com análise de diversos casos onde foram
implementados sistemas inovadores ligados com a eficiência energética.
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3.4.4 - Descrição das atividades e tarefas realizadas
Durante o estágio estive ligado a várias atividades, tal como tive oportunidade de
descrever ao longo deste relatório. Encarei cada tarefa como uma oportunidade única
de aprendizagem, tentando absorver o maior conhecimento possível. Cada tarefa
apresenta diferente grau de complexidade bem como diferentes obstáculos a
ultrapassar. Na área de projeto é necessário ter uma boa capacidade de trabalho em
equipa de forma a compatibilizar as diversas especialidades de engenharia e
arquitetura tentando sempre adaptar as soluções de forma a ir de encontro às
exigências dos regulamentos e às pretensões do requerente.
Nas tarefas de fiscalização de obra verificou-se ser necessário desenvolver um grande
esforço de articulação em termos de prazos e estimativas orçamentais e coordenação
da relação entre proprietário, equipas de arquitetura e especialidades e construtor civil.
Nas tarefas relacionadas com a coordenação as maiores dificuldades predem-se com o
cumprimento de prazos de entrega, cumprimento de budgets de projetos e a
conjugação destes com o relacionamento pessoal com os diversos intervenientes.
Tive ainda oportunidade de desenvolver tarefas comerciais, ao nível de elaboração de
propostas de honorários onde tem que ser pesado o tempo necessário para o
desenvolvimento do projeto, com a análise do custo hora, vs. a apresentação de uma
proposta que seja competitiva. Outro aspeto interessante prendeu-se com o contato
direto na tentativa de angariação de novos parceiros / clientes. Para cumprir da melhor
forma possível a tarefa de responsável de unidade de negócio tive que conhecer de
forma pormenorizada todos os procedimentos da mesma, todos os parceiros, definir
budgets para desenvolvimento de tarefas e coordenar os trabalhos a serem
desenvolvidos pela equipa de forma hierarquizada.
3.4.5 - Referência a condicionantes de natureza legal, deontológica, económica,
ambiental, social, de segurança e de gestão em geral
Durante o exercício de engenharia somos confrontados com diversas condicionantes
de várias naturezas. Durante o decorrer do estágio fui confrontado com algumas
condicionantes de natureza legal/deontológica. A título de exemplo posso referir alguns
casos na elaboração de certificação energética de edifícios novos, que apresentavam
alguns pontos não conformes com o regulamento RCCTE, como a falta de contrato de
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manutenção de painéis solares. Nesses casos demonstrei claramente aos clientes que
essas situações eram impeditivas de emissão do certificado energético e tentava
demonstrar que o referido plano de manutenção aumentaria a vida útil dos painéis, o
que se revelaria ser uma mais valia. Em termos de segurança observei em obra a
relutância de alguns trabalhadores em usar EPIs, nomeadamente capacetes. Optei por
tomar uma posição intransigente no cumprimento de todas as regras de segurança. Em
termos de gestão observei algumas condicionantes relacionadas com o tempo de
desenvolvimento de determinada tarefa, nomeadamente na execução de projetos em
que numa situação inicial, pela falta de experiência, se demora mais no
desenvolvimento dos mesmos, sendo por vezes difícil cumprir os “budgets” definidos
pela empresa. Nessas situações optei por efetuar parte do trabalho “fora de horas” de
forma a cumprir os prazos e “budgets” da empresa e cumprir com um elevado grau de
qualidade que os projetos devem apresentar e faz parte da política da empresa.
Procurei sempre apresentar um trabalho de excelência.
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Capítulo 4.Conclusões
4.1 – Comentário geral acerca do Estágio
Ao concluir o presente estágio gostaria de salientar que os objetivos inicialmente
propostos foram totalmente atingidos, tendo mesmo sido ultrapassados em certos
aspetos. Considero que este período de aprendizagem foi muito importante para a
minha futura vida profissional, tendo tido a possibilidade de compreender
condicionantes do foro ético, legal, económico e humano que não poderia entender
sem uma confrontação com o exercício real da profissão. Considero que foi muito
enriquecedor, tanto a nível pessoal como profissional, ter a oportunidade de trabalhar
com a equipa de Engenheiros da empresa “António Santos Lessa e Associados”. A
grande maioria dos colegas com quem tive a oportunidade de colaborar, apresentam
uma grande experiência e elevados conhecimentos nas diversas áreas ligadas à
engenharia civil. Os conselhos, as críticas e as simples conversas foram determinantes
na minha integração e na resolução de pequenos problemas e dúvidas.
Foi um privilégio poder trabalhar sob a orientação do Eng.º António Lessa, pessoa pela
qual possuo uma grande admiração. A sua vasta experiência enquanto Engenheiro
quer ao nível de projeto, certificação energética e direção/fiscalização de obra, quer ao
nível de gestão de equipas e faceta comercial foi uma mais-valia, sendo de salientar a
sua dedicação e apoio, transmitindo-me motivação para atingir/exceder os objetivos
traçados.
4.1.1 Análise dos resultados obtidos face aos objetivos e às expectativas iniciais
Durante o período de estágio as minhas expectativas foram largamente superadas,
devido ao conjunto de experiências enriquecedoras que fui experimentando.
Os objetivos propostos para o estágio foram claramente atingidos, tendo desenvolvido
trabalhos relacionados com projeto de várias especialidades bem como fiscalização de
obras, tendo adquirido competências técnicas para executar qualquer dos trabalhos
indicados.
Acabei por exceder as expetativas ao tornar-me no responsável pela área de negócio
de Indústria e Energia da empresa ASL.
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4.2 – Comentário aos ensinamentos recebidos durante o mestrado e em particular sobre a sua relevância para a realização do Estágio.
A Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto apresenta, na minha opinião, um
curso de Engenharia Civil de elevada qualidade que prepara os seus estudantes para
um exercício de uma engenharia de excelência.
A minha formação académica na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
possibilitou-me a aprendizagem de muitas das noções e conceitos necessários para
elaboração do estágio. Como referido no Ponto 3.4.1, foram várias as disciplinas que
têm relação direta com os conhecimentos que tive que aplicar durante o estágio como
por exemplo Desenho Assistido por Computador (1.º Ano), Arquitetura (2.º Ano), Física
das Construções (3.º Ano), Tecnologia das Construções (3.º Ano), Gestão de Projeto
(4.º Ano), Manutenção e Reabilitação de Edifícios (5.º Ano), Patologia e Reabilitação
de Edifícios (5.º Ano), Térmica de edifícios (5.º Ano), Instalação de Edifícios (5.º Ano),
Dissertação de MESTRADO: Validação de Modelos de Cálculo Por Comparação com
Medições “In Situ” – Condições Fronteira.
4.3 – Perspectivas de trabalho futuro
O exercício da profissão de Engenharia Civil está neste momento bastante dificultado
pela crise que o país atravessa. Esta situação obriga-nos a desenvolver um esforço
ainda maior por forma a melhorarmos os nossos conhecimentos e criar um currículo
que seja diferenciador. Apesar da situação delicada que o país atravessa, a minha
experiência fez-me ver que fiz a escolha certa ao optar pela Engenharia Civil uma vez
que adoro o trabalho que tenho desenvolvido e considero que a engenharia tem um
papel extremamente importante na sociedade em especial numa altura complicada
como a que atravessamos.
Assim tenho o objetivo de aumentar cada vez mais os meus conhecimentos em termos
gerais da engenharia civil com o desenvolvimento de várias especialidades de projeto
bem como realizar trabalhos relacionados com apoio a obra. Pretendo em especial
elaborar trabalhos relacionados com a área de reabilitação pois é uma área que me
desperta elevado interesse. Pretendo ainda especializar-me cada vez mais na área
ligada a energia / térmica de edifícios pois considero ser uma área de futuro, quer
ligada à construção quer ligada à reabilitação de edifícios.
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4.4 – Referência a livros técnicos e a outra bibliografia consultada durante o
Estágio
A Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto apresenta, na minha opinião, um
curso de Engenharia Civil de elevada qualidade. Contudo, como seria de esperar,
nenhum curso de engenharia possibilita, por si só, a aquisição de todos os
conhecimentos necessários para um correto desempenho da atividade profissional.
Por este motivo, tive sempre o cuidado de consultar a bibliografia relacionada de forma
a desenvolver os meus conhecimentos. Para além dos inúmeros catálogos de
materiais, normas, livros e projetos existentes na ASL, optei também por adquirir
algumas publicações que considerei importantes para o exercício da profissão. Listam-
se de seguida as publicações consultadas que considero mais relevantes para o
estágio desenvolvido:
[1] Rodrigues, A.M., Canha da Piedade, A., Braga, A.M. Térmica de Edifícios,
Edições Orion, Amadora, 2009.
[2] Freitas, V.P., Manual de Apoio ao Projeto de Reabilitação de edifícios Antigos,
Ordem dos Engenheiros da Região Norte, Porto, 2012.
[3] Pedroso, V.M.R., Manual dos Sistemas Prediais de Distribuição e Drenagem de
Águas, LNEC, 4ª edição, 2008.
[4] Carvalho, L.M.R, Barbosa, J.C.L, Teixeira, T.M.M. e Calado, V.M.L, Manual de
Instalação de Sistemas Solares Térmicos, Publindústria, 2ª Edição, Junho de
2015.
[5] Maria, D.C., Fiscalização e acompanhamento de obra, Rei dos Livros, 2ª Edição,
2010.
[6] Guimarães, J, Instalações de Redes de Gás, Verlag Dashofer, 2ª Edição, 2009.