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Doc. reservado à formação Ana P. Dias e Mariana Oliveira Pinto
Lisboa, 5 de Junho de 2009
Doc. reservado à formação Ana P. Dias e Mariana Oliveira Pinto
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Compreensão e
Expressão oral
Doc. reservado à formação Ana P. Dias e Mariana Oliveira Pinto
• O que é a compreensão do oral?
• O que é a expressão oral?
Doc. reservado à formação Ana P. Dias e Mariana Oliveira Pinto
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Doc. reservado à formação Ana P. Dias e Mariana Oliveira Pinto
A Compreensão do Oral e a Expressão Oral no novo Programa de Português para o Ensino Básico
• As competências específicas implicadas nas actividades linguísticas que seprocessam no modo oral
são a compreensão do oral
e a expressão oral; (pág.
15)
Entende‐se por compreensão do oral a capacidade para atribuir significado a
discursos orais em diferentes variedades do português. Esta competência envolve
a recepção e a descodificação de mensagens por acesso a conhecimentoorganizado na memória;
Entende‐se por expressão oral a capacidade para produzir sequências fónicas
dotadas de significado e conformes à gramática da língua. Esta competência
implica a mobilização de saberes linguísticos e sociais e pressupõe uma atitudecooperativa na interacção comunicativa, bem como o conhecimento dos papéis
desempenhados pelos falantes em cada tipo de situação; (pág. 16)
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Orientações de gestão 1º ciclo
1.5.2.3 No domínio da compreensão do oral as crianças deverão desenvolver habilidades de escuta para serem capazes de extrair informação dos textos ouvidos. É
fundamental a realização de
actividades que ensinem os alunos a escutar, a reter e a registar a informação pertinente a partir de discursos com diferentes graus de
formalidade e complexidade.
A aprendizagem sistemática de vocabulário é
indispensável para compreender os discursos ouvidos. É preciso promover o
alargamento do vocabulário do aluno para que ele compreenda os discursos da escola, se integre plenamente na vida do grupo a que agora pertence e na comunidade de que faz parte.
pág. 69
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Orientações de gestão 1º ciclo
1.5.2.4 No domínio da expressão oral é
fundamental que se evolua de situações de comunicação oral informais para situações
progressivamente mais formais. A criança aprenderá
primeiro a utilizar a palavra para gerir os conflitos e as interacções sociais, respeitando as regras de convivência social e as regras da língua. A seguir aprenderá
a
gerir situações de comunicação oral formal, aprendendo a preparar o seu discurso, a apresentá‐lo
e a agir em situação, de acordo com as
reacções do público.
O trabalho a desenvolver deverá
proporcionar aos alunos situações explícitas
de aprendizagem de técnicas de expressão oral e de
mobilização de novos vocábulos ou estruturas que ouviu ou leu e que deverá
integrar nos seus discursos. pág. 69
Doc. reservado à formação Ana P. Dias e Mariana Oliveira Pinto
Resultados esperados – 2º ciclo
pág. 75
Doc. reservado à formação Ana P. Dias e Mariana Oliveira Pinto
Resultados esperados – 2º ciclo
pág. 76
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Orientações de gestão 3º ciclo
Nestes dois anos [8º
e 9º], o trabalho sobre o texto argumentativo (compreensão e
produção) alarga‐se na análise da estrutura argumentativa, do tipo de
fundamentação apresentada e do seu valor (objectivo/subjectivo); importa também
atender à
interpretação e à
utilização pelos alunos (na oralidade e na escrita) dos
processos de persuasão (justificação, explicação, demonstração, refutação).
3.5.1.3 Ao longo deste ciclo, sempre em função de contextos significativos ecom objectivos definidos, o aluno deverá
testemunhar e realizar exposições orais.
pág. 144
Doc. reservado à formação Ana P. Dias e Mariana Oliveira Pinto
Orientações de gestão 3º ciclo
3.5.2.2 O trabalho no campo da comunicação oral deve proporcionar o contacto com
usos da linguagem mais formais e convencionais, que exijam um controlo consciente e
voluntário da enunciação, tendo em vista a importância assumida pelo domínio da
palavra pública no exercício da cidadania. É importante que os alunos aprofundem a
consciência da acção realizada através da fala, que implica o conhecimento das
especificidades do oral e das convenções que regulam esta modalidade de comunicação,
em termos linguístico‐discursivos, retóricos e contextuais.Este trabalho concretiza‐se através da observação e da reflexão analítica sobre um
conjunto alargado de textos que integre as práticas orais próprias e as de outros.
Assim, ensinar a língua oral não significa tão‐só
trabalhar a capacidade de falar em geral,
mas antes desenvolver o domínio dos géneros que apoiam a aprendizagem escolar do
português e de outras áreas disciplinares e também os géneros públicos no sentido mais
amplo do termo
(exposição, entrevista, debate, teatro, palestra, etc.).
pág. 145‐146
Doc. reservado à formação Ana P. Dias e Mariana Oliveira Pinto
Orientações de gestão 3º ciclo
Para que os alunos atinjam os desempenhos descritos para esta competência, énecessário criar oportunidades de aprendizagem variadas, p. ex.:
i)Construção de um contexto de aprendizagem cooperativo que ajude o aluno a tornar‐se confiante e competente no uso da linguagem falada;
ii) Escuta guiada de documentos orais de diferentes tipos, representativos de situações
de interlocução autênticas e apresentando usos diversificados da língua, quer em
português padrão quer noutras variedades;
pág. 146
Doc. reservado à formação Ana P. Dias e Mariana Oliveira Pinto
Orientações de gestão 3º ciclo
iii) Exercícios de comparação entre diferentes formas de utilizar a língua oral em
contexto, confrontando os recursos verbais e não verbais utilizados e os efeitos
produzidos;
iv) Envolvimento em actividades diversificadas de comunicação oral, que permitam
ao aluno desempenhar vários papéis, quer em termos do treino da escuta, quer no
campo da expressão oral;
v) Participação em actividades orientadas para o aprofundamento da confiança e
da fluência na expressão oral formal: debate, relato, síntese, exposição oral,
dramatização, etc.;
vi) Avaliação dos graus de correcção e de adequação nos seus desempenhos e nos
dos colegas.
pág. 146
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Compreensão e Expressão oral: representação dos princípios e pressupostos do Programa
3•P
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Compreensão e Expressão oral: representação dos princípios e pressupostos do Programa
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• Princípio da progressão (articulação horizontal)
...
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• Valorização das competências de estudo
• Articulação horizontal
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Compreensão e Expressão oral: modelos teóricos4
Doc. reservado à formação Ana P. Dias e Mariana Oliveira Pinto
Processo de compreensão
Doc. reservado à formação Ana P. Dias e Mariana Oliveira Pinto
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antecipar
inferir
reter
reconhecer
seleccionar
interpretar
contextoobjectivos
tema
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Modelo de Expressão oral
1. Planificar o discurso
preparar o temausar suportes escritos (guiões, notas)
identificar conceitos/ palavras chave
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2. Conduzir o discurso2.1 Conduzir o tema
iniciar ou propor um temadesenvolver um temadar por terminada uma conversação
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2.2 Conduzir a interacção
manifestar que se quer intervirescolher o momento adequado para intervirceder o turno de palavra no momento adequado
Doc. reservado à formação Ana P. Dias e Mariana Oliveira Pinto
2.3 Negociar o significado
saber avaliar a compreensão do interlocutor
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3. Produzir o textosimplificar a estrutura da fraseeliminar palavras irrelevantesautocorrigir-seprecisar o significado do que se quer dizerrepetir e resumir ideias importantesarticular de forma clara
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4. Aspectos não verbais
controlar a vozusar códigos não verbais adequadosdirigir o olhar para os interlocutores
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Tarefas5
• Identificar:a competência que está a ser trabalhada;os destinatários (ciclo);os descritores de desempenho associados;
• Listar pontos fortes e pontos fracos da actividade;
• Propor alterações no sentido de melhorar os pontos fracos identificados.
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Tarefa n.º1
ComentáriosO tema desta actividade (um computador) limita o seu público-alvo, de alguma forma, a alunos de classe média e familiarizados com as TIC; é inadequado para turmas de alunos que não tenham este tipo de competências.
Partindo do princípio de que os alunos têm os conhecimentos necessários, o primeiro exercício (identificação do tema) é útil e o texto tem as características de um enunciado autêntico. No entanto, seria talvez necessário ensinar previamente algum do vocabulário, para que a escuta fosse eficaz.
Note-se que o texto, embora seja uma imitação de discurso espontâneo, é muito denso, com pouca redundância e poucas oportunidades de recuperar informação não retida; é também uma actividade de escuta «cega», que não corresponde ao que aconteceria na vida real.
Valeria a pena o professor «representar» o texto para corrigir estas lacunas e/ou fornecer uma imagem da situação.
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Tarefa n.º1(continuação)
ComentáriosA segunda actividade é basicamente um exercício de vocabulário, que convoca palavras que já foram necessárias ao primeiro exercício; se os alunos só as estão a aprender agora, confrontaram-se com dificuldades desnecessárias antes. Como já foi mencionado, seria útil ensinar ou rever este vocabulário previamente.
O último exercício exige a reciclagem das palavras aprendidas: é útil para praticar vocabulário, mas não para treinar a escuta activa. Se perceberam o enunciado e têm as palavras à sua frente, e já ouviram o texto, então podem fazer o exercício partindo apenas da leitura, não há necessidade de escuta.
No entanto, se forem solicitados a preencher os espaços em branco enquanto escutam, como é sugerido, é improvável que escrevam suficientemente depressa. Uma solução seria deixar os alunos preencher os espaços em branco à sua vontade e depois usar a escuta activa para verificar a validade das respostas.
Doc. reservado à formação Ana P. Dias e Mariana Oliveira Pinto
Tarefa n.º2
ComentáriosTrata-se de uma actividade aparentemente destinada a crianças (e menos apropriada para jovens).
No entanto, é um exemplo do tipo de exercício que pode ser improvisado pelo professor, no qual as palavras do texto e a complexidade das instruções podem ser adaptadas ao nível da turma. Por outro lado, os ouvintes podem solicitar a repetição da informação ou clarificação da mesma.
Implica mais trabalho por parte do professor, mas é mais fácil para os alunos e fornece um tipo de escuta mais autêntico do que os enunciados gravados.Resista à tentação de escrever o texto que vai dizer! (embora possa ser útil usar notas).
Note-se, no entanto, que este não é um tipo particularmente autêntico de interacção; é mais um jogo do que uma tentativa de simular uma situação comunicativa natural.
Doc. reservado à formação Ana P. Dias e Mariana Oliveira Pinto
Tarefa n.º3
Comentários
Trata-se de uma actividade de escuta muito comum; é usada sobretudo para testar, visto que é muito fácil de classificar objectivamente. No entanto, é provavelmente menos eficaz para treinar a prática de escuta activa do que as duas anteriores.
Faltam-lhe as características mais comuns das situações de escuta reais - é baseada num texto denso e obviamente escrito; tem uma forte componente de leitura, pelo que é mais adequada à prática desta do que da escuta.
Doc. reservado à formação Ana P. Dias e Mariana Oliveira Pinto
Tarefa n.º3 (continuação)
Comentários
Pode ser melhorada em termos de actividade de escuta se se trabalharem primeiro as questões com a turma, verificando a sua compreensão. Isso fornece informação prévia e expectativas sobre o texto que vão ouvir, dando pistas sobre a estratégia de escuta a usar.
É até possível pedir aos alunos que adivinhem as respostas antes de ouvirem o texto; isto activa os seus conhecimentos e constitui-se como um desafio maior e mais motivante.
Para praticar a escuta selectiva, pode pedir-se aos ouvintes que respondam apenas a uma ou duas questões específicas de cada vez que ouvirem o texto.
Doc. reservado à formação Ana P. Dias e Mariana Oliveira Pinto
Tarefa n.º4CARACTERÍSTICAS DE UM ACTIVIDADE DE EXPRESSÃO ORAL BEM SUCEDIDA
Os alunos falam muito. A maior parte do tempo destinado à actividade é, de facto, ocupada pelo aluno a falar. Isto pode parecer óbvio, mas frequentemente acontece que parte do tempo é ocupada pelo professor a falar ou por pausas.
A participação é equilibrada. A interacção em sala de aula não é dominada por uma minoria de participantes que gostam de falar; todos têm a sua vez de falar e os contributos são equilibrados.
A motivação é grande. Os alunos anseiam por falar - porque estão interessados no assunto e têm algo a dizer sobre ele, ou porque querem contribuir para atingir o objectivo de uma dada tarefa.
A linguagem apresenta um nível aceitável. Os alunos expressam-se com enunciados relevantes, facilmente compreensíveis por todos e com um nível de correcção aceitável.
Doc. reservado à formação Ana P. Dias e Mariana Oliveira Pinto
Tarefa n.º4PROBLEMAS COM AS ACTIVIDADES DE EXPRESSÃO ORAL
Inibição. Ao contrário da leitura, da escrita ou das actividades de escuta, falar requer algum grau de exposição imediata perante um público. Os alunos sentem-se frequentemente inibidos em falar perante os colegas e o professor; receiam cometer erros, receiam críticas, ficar mal vistos ou, simplesmente, sentem vergonha por causa da atenção que o seu discurso poderá suscitar.
Nada para dizer. Mesmo que não fiquem inibidos, ouvimos frequentemente os alunos queixarem-se de que não conseguem pensar em nada para dizer; não têm motivo para se expressarem, para além do sentimento de culpa de que deviam estar a falar.
Doc. reservado à formação Ana P. Dias e Mariana Oliveira Pinto
Tarefa n.º4 (continuação)PROBLEMAS COM AS ACTIVIDADES DE EXPRESSÃO ORAL
Participação fraca ou desigual. Apenas um participante pode falar de cada vez se quiser ser ouvido; e num grupo grande, isto significa que cada um terá muito pouco tempo para falar. Este problema relaciona-se com o facto de alguns alunos terem tendência par falar muito, enquanto outros falam pouco ou nada.
Língua de escolarização. Em turmas com alunos cuja língua materna não é o português (situação cada vez mais frequente nas escolas), há que atender a que esses alunos terão mais dificuldades na expressão oral, o que coloca o problema da necessidade de diferenciação de percursos e tarefas (e de, por exemplo, em trabalhos de grupo, misturar esses alunos com falantes nativos).
Doc. reservado à formação Ana P. Dias e Mariana Oliveira Pinto
Bibliografia
Cassany, D.; Luna, Marta y Sanz, Glòria. Enseñar lengua. Barcelona: Graó, 1994 ( [email protected] )
UR, Penny. A Course in Language Teaching: Trainee Book. Cambridge University Press, 1999
UR, Penny. Discussions that work : task-centred fluency practice: Cambridge University Press, 1981 (Cambridge Handbooks for Language Teachers)