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Após 23 dias das enchentes, 29 pessoas continuam desaparecidas. As buscas já terminaram, e os familiares dessas pessoas tentam encontrá-las no IML. Em Santana do Mun- daú, Gilmar Mariano teve momentos de agonia gravados por um cinegrafista. Em Rio Largo, Narciso Pereira também foi levado pela cheia. Páginas A9, A10 e A11 Exemplar de assinante CMYK Lula Castello Branco Suplemento Monitoramento eletrônico de presos gera polêmica em AL R$ 2,00 L L JORNA O JORNA O ALAGOAS Maceió, domingo, 11 de julho de 2010 | Ano XVI | Nº 186 | www.ojornalweb.com | www.ojornalweb.com MARÉS MARÉS 03h06.................................................................. 2.2 09h28.................................................................. 0.2 15h39.................................................................. 2.1 21h43.................................................................. 0.3 Copa Copa Copa 2010 2010 DESAPARECIDOS Quase um mês depois, falta encontrar 29 pessoas Quase um mês depois, falta encontrar 29 pessoas Quase um mês depois, falta encontrar 29 pessoas Quase um mês depois, falta encontrar 29 pessoas Quase um mês depois, falta encontrar 29 pessoas C idade histórica vai sediar a 1ª Festa Li- terária de Marechal Deodoro (Flimar), de 1º a 5 de setembro deste ano; lançamento oficial acon- tecerá nesta sexta-feira, no Palácio Provincial de Marechal Deodoro. Páginas B1, B2 e B3 Dois O monitoramento ele- trônico de presos é consi- derado pelos gestores do sistema prisional uma forma de reduzir a super- população carcerária. Mas a OAB não aprova o uso das pulseiras e tornoze- leiras pelos presos. Página A15 Espanha e Holanda jogam por um inédito título mundial Presidente do TSE chega a Alagoas na quinta-feira TV Carolinie será uma estudante de moda em Ti-Ti-Ti, nova novela da Globo Página A2 Mototaxistas já se organizam em associações nos bairros Página A18

OJORNAL 11/107/2010

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CMYK C idade histórica vai Exemplar de assinante O monitoramento ele- trônico de presos é consi- derado pelos gestores do sistema prisional uma forma de reduzir a super- população carcerária. Mas a OAB não aprova o uso das pulseiras e tornoze- leiras pelos presos. 2010 2010 Carolinie será uma estudante de moda em Ti-Ti-Ti, nova novela da Globo Suplemento Página A18 Página A15 Páginas B1, B2 e B3 Página A2 Copa CopaCopa MARÉSMARÉS RR$$ 22,,0000 Lula Castello Branco

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Page 1: OJORNAL 11/107/2010

Após 23 dias das enchentes, 29 pessoas continuam desaparecidas. As buscas já terminaram, e os familiares dessas pessoas tentam encontrá-las no IML. Em Santana do Mun-daú, Gilmar Mariano teve momentos de agonia gravados por um cinegrafista. Em Rio Largo, Narciso Pereira também foi levado pela cheia. Páginas A9, A10 e A11

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Lula Castello Branco

Suplemento

Monitoramentoeletrônico de presos gera polêmica em AL

RR$$ 22,,0000

LLJORNAO JORNAOALAGOASMaceió, domingo, 11 de julho de 2010 || Ano XVI || Nº 186 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm ||

www.ojornalweb.com

MARÉSMARÉS03h06.................................................................. 2.2

09h28.................................................................. 0.2

15h39.................................................................. 2.1

21h43.................................................................. 0.3

CopaCopaCopa 20102010

DESAPARECIDOSQQuuaassee uumm mmêêss ddeeppooiiss,, ffaallttaa eennccoonnttrraarr 2299 ppeessssooaassQQuuaassee uumm mmêêss ddeeppooiiss,, ffaallttaa eennccoonnttrraarr 2299 ppeessssooaassQQuuaassee uumm mmêêss ddeeppooiiss,, ffaallttaa eennccoonnttrraarr 2299 ppeessssooaassQQuuaassee uumm mmêêss ddeeppooiiss,, ffaallttaa eennccoonnttrraarr 2299 ppeessssooaassQQuuaassee uumm mmêêss ddeeppooiiss,, ffaallttaa eennccoonnttrraarr 2299 ppeessssooaass

Cidade histórica vaisediar a 1ª Festa Li-

terária de MarechalDeodoro (Flimar), de 1º a5 de setembro deste ano;lançamento oficial acon-tecerá nesta sexta-feira,no Palácio Provincial deMarechal Deodoro.

Páginas B1, B2 e B3

Dois

O monitoramento ele-trônico de presos é consi-derado pelos gestores dosistema prisional umaforma de reduzir a super-população carcerária. Masa OAB não aprova o usodas pulseiras e tornoze-leiras pelos presos.

Página A15

Espanha eHolanda jogampor um inéditotítulo mundial

Presidente doTSE chega a Alagoas na quinta-feira

TV

Carolinieserá umaestudante demoda emTi-Ti-Ti, novanovela da Globo

Página A2

Mototaxistas já se organizamem associações

nos bairrosPágina A18

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JORNALO JORNALO

Domingo, 11 de julho de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

PolíticaPropaganda eleitoral paga nainternet: Senado analisa projetoLegislação atual só permite esse tipo de anúncio em site do próprio candidato

A propaganda eleitoral pa-ga em sítios noticiosos e de in-formações ao público em geralpassará a ser permitida caso oCongresso aprove o projeto delei do senador Eduardo Azere-do (PSDB-MG) que a Comis-são de Ciência, Tecnologia, Co-municação, Inovação e Infor-mática (CCT) do Senado vaiapreciar na próxima quarta-feira. As informações são daAgência Senado.

A legislação atual só permi-te a propaganda na rede em sítiodo próprio candidato, do parti-do ou da coligação. Também li-bera propaganda por meio de

mensagem eletrônica para en-dereços cadastrados gratuita-mente pelo candidato, partidoou coligação. Autoriza igualmen-te a divulgação em blogs, redessociais, sítios de mensagens ins-tantâneas e assemelhados, cujoconteúdo seja gerado ou editadopor candidatos, partidos ou co-ligações ou de iniciativa de qual-quer pessoa natural.

De acordo com o projeto93/10, que introduz uma sériede modificações no CódigoEleitoral (Lei 4737/65) e na LeiEleitoral (9504/97), será permi-tida a propaganda paga na in-ternet, até a antevéspera do

pleito, em sítios de provedoresde internet que sejam destina-dos à divulgação de notícias ede informações ao público emgeral, inclusive por serviçosde busca. Há um limite de 24exposições para cada candida-to em cada sítio.

Ainda de acordo com o pro-jeto, é vedada qualquer tipo depropaganda, mesmo que gratui-ta, em sítios de empresas não jor-nalísticas ou de informação; emsítios de empresas jurídicas semfins lucrativos; assim como em sí-tios oficiais ou hospedados porórgãos públicos da administra-ção pública direta ou indireta da

União, estados, do Distrito Fede-ral e dos municípios.

OFENSAS - Amatéria versa,em outros artigos, sobre o direi-to de resposta. Quando deferido,o direito implicará na divulgaçãoeletrônica da resposta no mesmoveículo, espaço, local e horário.Apublicação terá de ser feita nomesmo tamanho da que conti-nha a ofensa, com idênticos ca-racteres e outros elementos derealce. A divulgação deverá serfeita em até 24 horas após a en-trega da mídia física com a res-posta do ofendido. O prazo atualé de 48 horas.

Composta por 16 membros, comissão para reforma do Código Eleitoral foi instalada nesta semana

APROVADA

Licença para capacitaçãode professores

AComissão de Educa-ção e Cultura da Câmarados Deputados aprovou,esta semana, substitutivodo parlamentar Wilson Pi-cler (PDT-PR), ao Projetode Lei 3.133/08, do Senado.A proposta altera a Lei deDiretrizes e Bases da Edu-cação (Lei 9.394/96) parainstituir o direito de licen-ça capacitação para profis-sionais da área de educa-ção. As informações são daAgência Câmara.

Pela proposta, a licen-ça capacitação de três me-ses será concedida a cadacinco anos de trabalho efe-tivo. O direito atualmentejá é concedido aos servi-dores públicos reguladospela Lei 8.112/90. Na pro-posta original, a previsãoera de licença sabática deum ano.

Wilson Picler, queacatou parecer do relatoranterior, o deputado fe-deral alagoano JoaquimBeltrão (PMDB), afirmouque a proposta é justa, namedida em que visa ofe-recer melhores condiçõespara a valorização e a ca-pacitação de profissionaisda educação básica pú-blica. Ele ainda afirmouque a medida vai assegu-rar maior isonomia nasatuais regras para afasta-mentos para capacitaçãona rede pública de edu-cação.

PISO - O relator tam-bém retirou da propostaprevisão de que, nos pla-nos de carreira e de cargosdos profissionais da educa-ção pública, esteja garanti-do vencimento inicial igualou superior ao Piso SalarialProfissional Nacional apro-vado em lei federal. Deacordo com o relator, essamedida conflita com deci-são do Supremo TribunalFederal. O STF decidiu queo termo “piso”, a que serefere a Lei 11.738/08, deveser entendido como remu-neração mínima a ser rece-bida pelos profissionais domagistério público, aí in-cluída o vencimento bási-co e as gratificações e van-tagens.

Aproposta, que trami-ta em caráter conclusivo,já foi aprovada pela Co-missão de Trabalho, de Ad-ministração e Serviço Pú-blico, e será analisada ago-ra pelas comissões de Fi-nanças e Tributação e deConstituição e Justiça e deCidadania.

Debates entre candidatos pela webAlém disso, o projeto prevê

a realização de debates pela in-ternet, assegurada a participa-ção de dois terços dos candida-tos às eleições majoritárias e ga-rantida a participação do candi-dato do partido que tenha, pelomenos, dez deputados federais.

Aproposta de Azeredo, rela-

tada na CCT pelo senador Papa-léo Paes (PSDB-AP), condensatemas das emendas apresenta-das pelo Senado e rejeitadas pelaCâmara quando da discussão doprojeto de reforma política apro-vado pelo Congresso em 2009.

O projeto será analisado deforma terminativa na Comissão

de Constituição, Justiça e Cida-dania (CCJ). A sessão delibera-tiva da Comissão de Ciência,Tecnologia, Inovação, Comuni-cação e Informática está marca-da para a próxima quarta-feira,a partir das 8h30 da manhã, nasala 13 da Ala Senador Alexan-dre Costa.

Ministro do STF está na presidênciaA Comissão de juristas cria-

da para Reforma do Código Elei-toral, que será presidida peloministro do Supremo TribunalFederal, José Antônio Dias Tof-foli, será composta por 16 juristas:Admar Gonzaga Neto, se-cretário-geral do Instituto Brasi-leiro de Direito Eleitoral (Ibra-de); Arnaldo Versiani Leite Soa-res, ministro do TSE; Carlos Edu-ardo Caputo Bastos, ex-ministrodo TSE; Carlos Mário da SilvaVelloso, ex-ministro do STF;

Edson de Resende Castro, pro-motor eleitoral e coordenador doCentro de Apoio Eleitoral doMinistério Público de MG;Fernando Neves da Silva, ex-presidente do TSE e presidentedo Ibrade; Hamilton Carvalhido,ministro do STJ e do TSE; JoelsonCosta Dias, ministro substitutodo TSE; José Eliton de FiguerêdoJúnior, membro do InstitutoGoiano de Direito Eleitoral;Luciana Müller Chaves, advo-gada com especialização no

Instituto Internacional de Ciên-cias Sociais; Luiz Fernando Ban-deira de Mello Filho, advogado-geral do Senado Federal; MárcioSilva, advogado e especialista emDireito Eleitoral, Marcus ViniciusFurtado Coelho, secretário geraldo Conselho Federal da OAB;Roberto Monteiro Gurgel Santos,procurador-geral da República;Raimundo Cezar Britto, ex-presi-dente da OAB; e Torquato Lo-re-na Jardim, ex-ministro do TSEe ex-presidente do Ibrade.

Comissão para o Código EleitoralO presidente do Senado,

José Sarney (PMDB-AP), insta-lou esta semana a Comissão daReforma do Código Eleitoralsob a presidência do ministro doSupremo Tribunal Federal(STF), José Antônio Dias Toffoli.A comissão é composta por 16juristas entre os quais o procu-rador-geral da República,Roberto Gurgel.

Sarney e Toffoli ressaltaramque o Código Eleitoral data de1963 - quando ainda vigia aConstituição de 1946 - e quedesde então se acumulam, acada ano novas leis, normas eresoluções. Essa legislação pre-cisa ser simplificada em umCódigo Eleitoral mais simples,claro e compatível com toda amodernização tecnológica atual.

Toffoli destacou que a co-missão cuidará de aperfeiçoar osistema atual e não vai tratar de

reforma eleitoral-partidária - seo voto é proporcional ou distri-tal.

“A comissão não é para re-forma política, não vai discutirsistema eleitoral e organizaçãopartidária. Vai discutir a melho-ria do sistema atualmente exis-tente que, aliás, já funcionamuito bem. Nossa justiça elei-toral é exemplo para o mundo.Aorganização das eleições atra-vés de um órgão do poder ju-diciário independente é umexemplo”, declarou o ministro.

Sarney afirmou que além dareforma que será o objetivodessa comissão, há outra refor-ma necessária para aperfeiçoara democracia: é a reforma políti-co-partidária. Ele lembrou quehá 50 anos apresentou projetopara criação do voto distritalmisto em substituição ao siste-ma de voto proporcional uni-

nominal, que ainda vigoraatualmente.

“O sistema atual de votoproporcional uni-nominal en-fraquece os partidos, pois aspessoas votam em candidatos enão nos partidos”, argumentouSarney. “Esse sistema propor-cional faz com que os candida-tos da eleição proporcionalsejam adversários dentro de ummesmo partido. Isso tambémenfraquece os partidos e a de-mocracia criando mais dificul-dades para o sistema de gover-no”, acrescentou.

“A base de tudo é realmen-te o sistema de escolha. Se nóstemos uma justiça eleitoral queopera muito bem, temos con-dições de ter um sistema polí-tico que sirva a democracia.Muitos dos nossos problemasdecorrem do nosso sistema par-tidário-eleitoral”, disse Sarney.

Pauta [email protected]

ÍNDIOS EM BRASÍLIANa próxima terça-feira, às 9 horas da manhã, em Brasília, repre-

sentantes dos 12 povos indígenas de Alagoas e Sergipe participarãode reunião com o presidente da Fundação Nacional do Índio, MárcioMeira, e com representante do Ministério da Justiça. Areunião é re-sultado de proposta discutida na Sessão Pública realizada no Dia doÍndio, 19 de abril, na Assembléia Legislativa de Alagoas, onde esti-veram os representantes dos povos Kariri-Xokó, Xucuru-Kariri,Tingui-Botó, Aconã, Karapotó, Geripancó, Wassu-Cocal, Katökinn,Karuazu, Kalankó e Koiupanká (estes de Alagoas) e Xokó (de Sergipe).

Na oportunidade, os indigenistas solicitaram o apoio dos depu-tados para que façam gestão junto aos órgãos federais para a criaçãoimediata de Grupos Técnicos (GT) de identificação e demarcação dosterritórios tradicionais; a indenização dos impactos provocados peladuplicação da BR-1001; e da Transnordestina e a permanência dasede da FUNAI em Maceió. “É com esse objetivo que, na segunda-feira (11), a delegação indígena viaja para a capital federal, para ga-rantir efetivamente os seus direitos, historicamente negados pela po-lítica indigenista durante os 510 anos de colonização.”, disse o coor-denador do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) em Alagoas,professor Jorge Vieira, que acompanhará os índios na reunião. Nesteano, são comemorado os 100 anos do indigenista oficial.

“CARA, COROA”

A expressão circula na Internet, em um dos e-mails:“Se você gosta do cara, vote na coroa”. A frase se refere,respectivamente, ao presidente da República Luiz InácioLula da Silva e à candidata do PT à sua sucessão queapóia, a ex-ministra chefe da Casa Civil Dilma Roussef.

ESCLARECIMENTO

Em documento encaminhado a O JORNAL esta se-mana, o vereador Paulo Corintho (PDT) informa queapóia a iniciativa do colega e líder do prefeito CíceroAlmeida na Câmara Municipal de Maceió, GalbaNovaes (PRB), de apresentar projeto de lei que extingue175 cargos comissionados da Casa e que vise abrir con-curso público para preenchimento de cargos noLegislativo municipal. Corintho faz questão de citar, in-clusive, que fez aparte ao discurso de Galba para para-benizá-lo pela iniciativa, a qual representa, segundo ele,“bandeiras que trago comigo desde o inicio da legislatu-ra”.

PEC 300...

Mesmo envolvido com uma pauta extensa de vota-ções que mobilizou as lideranças do Senado, durantedois dias de esforço concentrado, o senador RenanCalheiros encontrou tempo para acompanhar também,na outra Casa do Congresso Nacional, a votação do pisosalarial para os policiais e bombeiros militares. Autor daproposta aprovada no Senado, Renan torcia para a apro-vação da matéria pelos deputados que, há quatro meses,negociavam um texto para votação.

... NO CONGRESSO

Pela proposta aprovada na quarta-feira, em primeiroturno, não será fixado o valor do piso na Constituição eo fundo que vai garantir o beneficio – previsto no textoapresentado por Renan. Ambos serão definidos em leicomplementar a ser enviada ao Congresso em até 180dias após a promulgação da emenda. Para Renan, “oimportante foi avançar na votação da matéria”. Aindade acordo com o senador, após a votação em segundoturno na Câmara, que ele acredita seja antes das elei-ções, a matéria “tem toda chance de repetir a rápidaaprovação no Senado e garantir esta conquista dos poli-ciais brasileiros”, disse Renan.

PRÊMIO PRORROGADO

Foi prorrogado para o dia 19 de julho o prazo parainscrição no Prêmio Alberto Marinho de Jornalismo.Podem concorrer ao prêmio matérias que atendam aotema “A indústria do Seguro como fator de desenvolvi-mento urbano, social, econômico e ambiental no Estadode Alagoas”, publicadas até o dia 18 de julho. O prêmiofoi instituído através de parceria entre o Sindicato dosCorretores de Seguros de Alagoas (Sincor/AL), aFederação Nacional dos Corretores de Seguro (Fenacor)e a Escola Nacional de Seguros (Funenseg), com o apoioinstitucional do Sindicato dos Jornalistas de Alagoas(Sindjornal).

TURISMO

Hoje, um grupo de agentes de Londrina chega aMaceió no voo fretado da operadora CVC, que está tra-zendo também turistas durante todo o mês, para conhe-cer Alagoas. A ação, que tem o apoio das secretarias deTurismo do Estado e de Maceió, além da AssociaçãoBrasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-AL), visa divul-gar os atrativos turísticos com os agentes de viagens,para fortalecer o mercado no Paraná.

DIRETASE as piadinhas com o Flamengo, depois do caso do go-

leiro Bruno, só fizeram aumentar.

Há quem diga que, para jogar no time, é preciso ter ficha cor-rida na polícia.

Bruno é acusado, entre outros delitos, de ser o autorintelectual do assassinato de sua ex-amante, ElizaSamudio.

Fora que estão dizendo que o novo CT do Flamengo será emBangu 2.

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Eleições em áreas de enchentesdevem custar mais R$ 500 milRecursos servirão para documentos e logística; presidente do TSE chega na 5ª

Gilson Monteiro

Repórter

O presidente do TribunalSuperior Eleitoral (TSE), mi-nistro Ricardo Lewandowski,vem a Maceió na próximaquinta-feira colocar, “na pontado lápis”, tudo o que a JustiçaEleitoral precisará para tentardar a máxima normalidade aoprocesso eleitoral nas cidadesafetadas pelas enchentes. E,entre segunda via de docu-mentação, reforço no pessoalde apoio, e as demais mudan-ças na logística do pleito, aJustiça Eleitoral alagoana pre-cisará de um acréscimo deaproximadamente R$ 500 mil.

O levantamento da secre-taria de Administração do Tri-bunal Regional Eleitoral (TRE)só será concluído na próximasemana, mas já se sabe que boaparte do valor vai para as des-pesas com pessoal de apoio,inicialmente orçadas em R$500 mil, mas que, com o refor-

ço para cidades como Rio Lar-go, Murici, Branquinha e San-tana do Mundaú, pelos menosmais R$ 250 mil terão que en-trar na conta do TRE. No total,o pleito em Alagoascustará R$ 4,6 mi-lhões aos cofres pú-blicos em despesascomo transporte deurnas, entregas, con-tratação de alimen-tação, e toda a infra-estrutura para essalogística do pleito.

“O gasto comcusteio de todo oprocesso está na ca-sa dos R$ 4,6 mi-lhão. Diante dessesimprevistos nessascidades, numa pri-meira análise, jácontabilizamos a necessidadede um gasto maior na contra-tação de pessoal de apoio,onde precisamos de um acrés-cimo de 50% nos gastos. Todosesses problemas alteram toda

a tabela de gastos que estavaprogramado, mas ainda nãoterminamos esse levantamen-

to, que deverá ficarpronto até a sema-na que vem”, expli-ca o secretário deAdministração doórgão, José RicardoAraújo Silva.

“Temos que veras mudanças na es-trutura para cadaseção dessas cida-des. No caso dastendas, como o pre-sidente Estácio Ga-ma está propondopara substituir os lo-cais de votação des-

truídos, o TSE tem comocustear as despesas das ForçasArmadas. A logística toda mu-da, e isso acarreta despesas”,afirma Araújo. “Para esses mu-nicípios [afetados pelas en-chentes] queremos ter pelomenos um apoio em cada umdeles”, coloca o secretário.

RELATÓRIO - A soma doque será necessário para reor-ganizar o processo eleitoral emAlagoas será entregue ao pre-sidente do TSE, que irá verifi-car in loco os estragos na cida-de de Rio Largo, na visita dopróximo dia 15. Antes disso,na última sexta-feira, dois as-sessores especiais fizeram vi-sitas a algumas das cidadesque foram inundadas, paraelaborar um relatório dos es-tragos que também será entre-gue a Lewandowski.

Na preparação da visita doministro, os assessores tam-bém acompanharam a reu-nião da última sexta-feira, quereuniu 51 juízes na sede daJustiça Eleitoral, em Maceió.“Estamos providenciandoesse relatório, item por item,e tudo será debatido entre opresidente Estácio Gama, e opresidente do TSE, para quese possa planejar todas essasmudanças na logística da elei-ção”, conclui Araújo.

AA33Domingo, 11 de julho de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Política JORNALO JORNALO

Contexto

EXPRESSASAs aposentadorias e pensões serão reajustadas agora

pelo mesmo percentual aplicado ao salário-mínimo, paratodos os níveis.

O novo critério de reajuste para os benefícios pagos pela pre-vidência social deveu-se à Emenda do senador Paulo Paim (PT-RS), aprovada pelo Congresso Nacional.

A jornalista Acássia Delié lança dia 21 o livro-re-portagem "Por trás dos Muros", que conta a experiênciavivida como assessora do Hospital Portugal Ramalho.

A Comissão de Defesa Civil informa que gastou até agoraR$ 14 milhões com a compra de barracas, alimentos e donati-vos às vítimas das enchentes em Alagoas.

Balanço tenebroso: 79 escolas e 45 unidades de saúdeforam destruídas pelas enchentes dos Rios Canhoto,Mundaú, Paraíba, Camaragibe e Jacuípe.

Roberto Vilanova - [email protected]

COM VOTO E SEM VEZO eleitorado de Arapiraca está ressentido e com razão. O segun-

do maior colégio eleitoral do Estado não tem representante de pesona chapa majoritária.

Os arapiraquenses mais antigos recordam que os dois últimosrepresentantes majoritários, e que chegaram a assumir as vagas noSenado, foram João Lúcio, já falecido, e o ex-prefeito João Nascimento.

E isso faz tempo, ó!João Lúcio era suplente do senador Arnon de Mello - que se li-

cenciou para dar vez a ele; isto no começo da década de 80.E João Nascimento era suplente do então senador Téo Vilela - que

também se licenciou para dar vez a ele; e isto foi na década de 90.De lá para cá Arapiraca não teve mais direito a cargos relevan-

tes na eleição majoritária e, na eleição passada, ficou até mesmo semrepresentante natural na Câmara Federal.

Para quem já chegou a manter dois deputados federais, o eleitorarapiraquense tem razão de se lamentar porque a importância sócio-econômica de Arapiraca não está sendo devidamente reconhecida.

Ou seja: Arapiraca tem voto, mas não tem vez.

BALANÇA

O deputado estadualAlberto Sextafeira (PSB) foiinformado do risco que correnesta eleição, por conta dacondenação em 2004 porabuso de poder econômico -que ele não cumpriu.

SERÁ?

Disseram ao candidato agovernador, Ronaldo Lessa(PDT), que seu ex-advoga-do Adriano Soares está pre-parando a ação para impug-nar sua candidatura combase na Lei do Ficha Limpa.

OCUPADO

O senador FernandoCollor (PTB) explicou quenão pode participar dos de-bates promovidos pelaFederação do Comércio deAlagoas, com os candidatosa governadores, porque estáatarefado no Senado com ostrabalhos da Comissão deInfraestrutura - que ele pre-side.

PRESENTE

Os debates promovidospela Fecomércio começamnesta segunda-feira, 12, comRonaldo Lessa (PDT). Naterça-feira, 13, será a vez dogovernador Téo Vilela(PSDB); no dia 14, comTony Clóvis (PCB), no dia15 será Mário Agra (Psol) eno dia 16 será JefersonPione (PRTB).

TOMA LÁ

O prefeito de MarechalDeodoro, Cristiano Mateus(PMDB), começa a tocar aobra de revitalização da orlalagunar da cidade, cujo di-nheiro é resultado daEmenda ao Orçamento daUnião apresentada por elemesmo, quando era deputa-do federal.

VENHA!...

Quando era deputadofederal, o hoje prefeito deMarechal Deodoro colocouR$ 5 milhões e 700 mil paraa revitalização da orla lagu-nar da cidade - que é ba-nhada pela Lagoa Mundaú.O dinheiro será liberadopela Caixa EconômicaFederal.

AVALISTA

O prefeito CíceroAlmeida (PP)pediu prazoaté final de agosto para re-solver o impasse dos servi-dores da CâmaraMunicipal, que exigem rea-juste salarial e ameaçam re-tornar à greve.

SOBRANDO

A Câmara deVereadores de Maceió alegaque não tem dinheiro parabancar o reajuste dos fun-cionários. Mas, no ano pas-sado devolveu R$ 1,2 mi-lhão de "superávit" no duo-décimo. Ummm...

PRAZO FATAL

O prazo para tentar impugnar candidaturas com basena Lei do Ficha Limpa termina depois de amanhã, terça-feira, 13.

O QUE É O QUE É?

Na verdade, o senador Fernando Collor não gosta dessetipo de debate porque acaba virando sabatina. Ah, bom.

PRIMEIRO TEMPO

A primeira etapa da revitalização da orla lagunar deMarechal Deodoro deve ser inaugurada em outubro.

CONTA GOTAS

Dos R$ 2 bilhões e 100 milhões previstos para o Canaldo Sertão, até agora só foram liberados R$ 380 milhões.

Ministro Ricardo Lewandowski, do TSE, visita Alagoas para saber o que será preciso para realizar eleições

Corregedor vai visitar os cartóriosNa próxima terça-feira, o

corregedor regional eleitoral,juiz federal Raimundo AlvesCampos, vai verificar de pertoa situação dos cartórios de algu-mas cidades afetadas pelas en-chentes no Estado. O magistra-do iniciará as visitas pela cida-de de Quebrangulo, onde o car-tório sofreu os maiores danos.

O corregedor vai conferirpessoalmente como ficou a si-tuação de processos, livros car-torários e a documentação (fo-tocópias) dos eleitores que nor-malmente ficam arquivados noscartórios. Avisita inclui ainda ascidades de Branquinha, e Uniãodos Palmares.

“Ainda não temos a real ava-liação do número de documen-tos danificados ou perdidos.Muita coisa está encharcadamas dá para recuperar. A visi-ta do presidente Estácio Gamafoi para verificar a situação geral

das cidades, visitar escolas e vero que poderá ser feito. No meucaso, irei para verificar assuntosespecíficos da corregedoria,principalmente a situação doscartórios”, planeja o magistrado.

Segundo o juiz eleitoral da28ª Zona, com sede em Que-brangulo, João Paulo Martins, oprocesso eleitoral só não estámais comprometido porqueque a cidade está incluída entreas 11 que implantarão o sistemade identificação biométrica. “Anossa sorte foi o sistema biomé-trico, onde o eleitor será identi-ficado pelas impressões digi-tais”, comemora o juiz.

No dia 21 de junho, o TRE de-terminou a suspensão das ativida-des cartorárias nas zonas eleito-rais de Quebrangulo, São José daLaje (16ª) e Rio Largo (15ª). Pela re-solução 1505, que normatizou asuspensão, os cartórios não têmdata para voltar a funcionar.

DENÚNCIAS - O correge-dor Raimundo Alves anunciapara esta semana o lançamen-to do espaço para denúncias decrimes eleitorais na página daJustiça Eleitoral na internet.Segundo o juiz, as denúnciaspela internet popularizarão aparticipação do eleitor na fisca-lização do processo eleitoral.

Raimundo Alves alerta que,no caso do TRE, será possívelnão ao eleitor não apenas fazera denúncias, mas acompanhá-las. “Estamos providenciando,no setor de informática, um mo-delo que possibilite ao eleitorver o andamento dado a suadenúncia. Esse sistema tambémpermitirá o envio de fotogra-fias e vídeos, que poderão serutilizados como provas. Esse éum modelo que já está dandocerto na procuradoria eleitoral,e que queremos adotar”, teori-za o corregedor. (G.M.)

Possível reforçodas tropas federais

Votação em tendas, preca-riedade na identificação dos elei-tores além das complicações na-turais em um pleito obrigarão aJustiça Eleitoral alagoana a au-mentar o reforço na segurançano dia da eleição - três de outu-bro - nas cidades atingidas pelasenchentes. A solução, aponta opresidente do TRE, desembar-gador Estácio Luiz Gama de Li-ma, poderá ser o reforço de tro-pas federais.

A votação em tendas deveser uma das principais alterna-tivas utilizadas pelo TRE, em ci-dades como Branquinha e Que-brangulo, que tiveram boa partedos locais de votação destruí-dos ou danificados. Muitos estãoocupados com desabrigados.Em Branquinha, a juíza eleito-ral, Aída Cristina, diz que estácom dificuldade até mesmo deencontrar novos locais, conside-rando que 90% do municípiofoi devastado pela força daságuas.

“Adificuldade de conseguirlocais é grande, e não apenasem Branquinha. Em Murici aescola Juvenal Lopes, por exem-plo, abrigava 20 seções, e o pré-dio foi totalmente derrubadopelas chuvas. Fica difícil conse-guir um local que possa com-portar tantos eleitores”, avaliaa magistrada.

“Estamos estudando a utili-zação de tendas. Alguns juízesjá propuseram a utilização deescolas particulares e outros pré-dios públicos, para que possa-mos apelar o mínimo possívelpara o uso de tendas. Mas emsendo inevitável, nessas cidadesestamos estudando pedir o refor-ço de tropas federais, até por-que as próprias tendas seriamfornecidas pelo Exército. Entãoa logística das tendas casa coma questão do reforço das tropas”,calcula o desembargador.

As cidades atingidas pelaschuvas também poderão terum reforço ainda maior daspolícias Militar, Civil e Federal,que antes da tragédia já ha-viam anunciado o envio de umefetivo de cerca de 8 mil ho-mens para atuar em todo oEstado. “A Polícia Militar, Civile Federal já demonstrou todaa disposição em colaborar, esei que poderemos contar comesse reforço”, afirmou.

MAIS REFORÇO - Na últi-ma sexta-feira, o presidenteEstácio Luiz Gama pediu quetodos os juízes eleitorais come-çassem a pensar nos pedidos detropas federais. “Nas cidadesmais críticas, onde se faz neces-sário o reforço no policiamento,vale lembrar que essa avaliação,e consequentemente o pedidoque deverá ser feito ao TSE ficaa cargo do juiz responsável. En-tão devamos começar a avaliaressa necessidade”, alertou o pre-sidente do TRE. (G.M.)

No total, o

pleito deste

ano em

Alagoas

custará

R$ 4,6

milhões

Raimundo Campos: “Ainda não temos a real avaliação do número de documentos danificados ou perdidos”

Marco Antônio

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Tuma é o autor da proposta de contratação de aposentados por invalidez para assessoria intelectual

POR EXECUTIVO

Lei da AlienaçãoParental serápromulgada

O Estatuto da Criança edo Adolescente (ECA) pas-sará a prever punição dosresponsáveis pelas crianças- como a mãe, o pai ou osavós - que atuarem para des-qualificar ou dificultar o con-tato do menor com um dosresponsáveis. Os que foremcondenados estarão sujeitosao pagamento de multas,perda da guarda e à deten-ção de seis meses a doisanos.

É o que prevê o projetode lei do deputado Regis deOliveira (PSC-SP) aprova-do esta semana pelaComissão de Constituição eJustiça do Senado (CCJ), quetrata do conceito de aliena-ção parental.

Como a aprovação no Se-nado ocorreu em caráter ter-minativo, o que dispensa avotação no plenário, a lei en-trará em vigor logo que forsancionada pelo presidenteda República.

CONFLITOS - Em seuparecer, o deputado afirmaque esse problema ganhou“maior dimensão” na déca-da de 80, com aumento deconflitos decorrentes de se-parações conjugais e quedesde então não existe ne-nhum instrumento parareprimi-lo. “Trata-se de umaforma de abuso e de desres-peito aos direitos de perso-nalidade da criança em for-mação”, diz.

ARQUIVADO

Projeto que incluíaestagiário no RGPS

A Comissão de Segu-ridade Social e Famíliada Câmara dos Deputa-dos rejeitou nesta sema-na a inclusão entre os se-gurados obrigatórios doRegime Geral de Previ-dência Social (RGPS) dosestagiários que prestamserviços e recebem remu-neração. As informaçõessão da AgênciaCâmara. A me-dida consta doProjeto de Lei4054/08, da de-putada AlineCorrêa (PP-SP), que já ha-via sido rejei-tado pela Co-missão de Tra-balho, de Ad-ministração eServiço Públi-co. Como foirejeitado nasduas comis-sões que lheanalisaram o mérito, oprojeto será arquivado,caso não haja recursoaprovado para que sejavotado pelo Plenário.

EDUCATIVA - A co-missão acolheu parecerda relatora, deputada JôMoraes (PCdoB-MG),

contrário à proposta. Elaargumenta que o estagiá-rio não exerce uma ativi-dade profissional quejustifique seu enquadra-mento no RGPS, cujo pa-gamento seria oriundode renda. A autora, AlineCorrêa, afirma que os es-

tagiários aca-bam por cons-tituir mão-de-obra especiali-zada de baixocusto, e porisso deveriamreceber os be-nefícios.

No entan-to, a relatora,Jô Moraes,destaca que,pela lei que re-gulamenta oestágio de es-tudantes (Lei

11.788/08), estagiá-rios exercem atividadeeducativa complemen-tar, cujo objetivo é a pre-paração para o trabalhoprodutivo. “Os estágiostêm a finalidade princi-pal de oferecer aprendi-zado ao estudante e nãode assegurar remunera-ção para sua subsistên-cia”, argumenta Jô Mo-raes.

Sarney anuncia esforço concentradoO presidente do Senado,

José Sarney, anunciou, em entre-vista nesta semana, acordo feitocom a Câmara dos Deputadospara a realização de sessões ple-nárias duas vezes por mês, apartir de agosto, em vários es-forços concentrados. As dataspara a realização das sessõesainda estão sendo agendadas.Esta é a solução encontradapara manter as votações do

Congresso durante a campa-nha eleitoral, que terá três me-ses. Além da eleição para pre-sidente da República, haveráescolha de novos governado-res, senadores e deputados.

A primeira reunião já seriarealizada na primeira quinzenade agosto, após o recesso parla-mentar, previsto constitucional-mente para ocorrer entre 18 e 31de julho, caso a Lei de Diretrizes

Orçamentárias seja aprovada. Aaprovação da LDO, em sessãodo Congresso Nacional, ocorreuesta semana. Na entrevista, Sar-ney também comemorou o bomresultado da sessão deliberativada última quarta-feira, quando osparlamentares aprovaram a cria-ção da nova estatal Pré-SalPetróleo S/A, além de propostasde emenda à Constituição (PECs)e vários projetos de lei.

Aposentadoria especial para deficientesO Senado Federal está em-

penhado na discussão e vota-ção da aposentadoria especialpara pessoas com deficiênciaque trabalham na iniciativaprivada e no serviço público.Na última semana, a Comissãode Assuntos Sociais (CAS)aprovou projeto de leida Câmara (PLC40/10 - Complemen-tar) que garante re-gras diferenciadas pa-ra esses trabalhado-res ligados ao Institu-to Nacional do Segu-ro Social (INSS). Já aComissão de Consti-tuição, Justiça e Cida-dania (CCJ) pode vo-tar, na próxima quar-ta-feira (14), projetode lei (PLS 250/05 -Complementar) dosenador Paulo Paim (PT-RS)que regulamenta a aposenta-doria especial para servidorespúblicos com deficiência.

O PLC 40/10 - Complemen-tar já está pronto para ser vo-tado pelo Plenário do Senadoe estabelece tempo de contri-buição diferenciado em fun-

ção do grau de deficiência.Assim, para quem tem defi-ciência leve, esse tempo decontribuição deverá ser de 30anos, se homem, e 25 anos, semulher. Os portadores de de-

ficiência moderadaterão de comprovar27 anos de contribui-ção, se homem, e 22anos, se mulher. Porfim, serão exigidosdos trabalhadores dosetor privado comdeficiência grave 25anos de contribuição,se homem, e 20 anos,se mulher.

Essa proposta ain-da estipula aposenta-doria por idade a par-tir de 60 anos, para

os homens, e de 55 anos, paramulheres. Para reivindicar obenefício, entretanto, é neces-sário comprovar contribuiçãomínima de 15 anos e igual pe-ríodo na condição de trabalha-dor com deficiência.

SERVIÇO PÚBLICO - OPLS 250/05 - Complementardá ao trabalhador com defi-

ciência do setor público a pos-sibilidade de se aposentar vo-luntariamente após 25 anos decontribuição, dez anos de efe-tivo exercício no serviço pú-blico e cinco anos no cargo efe-tivo em que se dará a aposen-tadoria, independentementeda idade.

Na CCJ, o projeto recebeuemenda do senador Pedro Si-mon (PMDB-RS) alterando aclassificação original dada aoportador de deficiência. Coma mudança, ele passou a serqualificado como pessoa aco-metida por limitação físico-motora, mental, visual, auditi-va ou múltipla incurável e per-manentemente compromete-dora de seu estado de saúde.

Como o alcance da propos-ta de Paim é nacional, irá be-neficiar a pessoa com deficiên-cia titular de cargo efetivo naadministração pública direta,autárquica e fundacional daUnião, dos estados, do DistritoFederal e dos municípios. OPLS 250/05 - Complementarainda precisa ser votado pelaCAS antes de seguir para oPlenário do Senado.

Assessoria intelectual remuneradaA Comissão de Consti-

tuição, Justiça e Cidadaniapode votar na quarta-feira,terminativamente, o projetode lei 273/08, do senadorRomeu Tuma (PTB-SP), quealtera o Regime JurídicoÚnico dos servidores públi-cos civis da União (Lei8.112/1990), para permitir queo servidor público que tenhase aposentado por invalidezpossa exercer atividades deassessoria intelectual remu-nerada, tanto no âmbitopúblico quanto privado,

desde que a atividade seja in-compatível com a incapaci-dade que o levou à aposen-tadoria. O relator, senadorNeuto de Conto (PMDB-SC)apresentou voto favorável.

Na justificação, Tuma enu-mera doenças que inviabilizamo dispêndio de energia físicado trabalhador, mas podemnão comprometer o trabalhointelectual da pessoa, comoseria o caso da AIDS, ne-fropatia ou neoplasias gravese cegueira posterior ao in-gresso no serviço público.

Nessas situações, explica ele,ainda que o servidor queiracontinuar, se a junta médicaassim decidir, a pessoa podeser obrigada a se aposentar.

Também por esse motivo,argumenta, um número con-siderável de servidores acabase aposentando com “proven-tos irrisórios” e valores quenão alcançam sequer a metadeda remuneração que recebiamna ativa. Situação que podecomprometer a qualidade devida da pessoa e de suafamília, avalia Tuma.

Contratação de jovens e maiores de 50Em sua reunião da próxima

terça-feira, às 10 horas damanhã, a Comissão de Assun-tos Econômicos (CAE) doSenado deverá analisar a pos-sibilidade de o governo con-ceder benefício fiscal para em-presas que contratarem pes-soas com 50 anos ou mais deidade, ou jovens entre 18 e 24anos.

O relator dessa matéria,senador João Vicente Claudino(PTB-PI), adaptou seu parecerpara acolher projeto do se-nador Mozarildo Cavalcanti(PTB-RR), o PLS 220/00, e partedo PLS 185/03, do entãosenador Sibá Machado (AC).

O projeto de Sibá cria in-centivo fiscal para microem-presas e empresas de pequenoporte, inscritas no SistemaIntegrado de Pagamento deImpostos e Contribuições dasMicroempresas e das Empre-sas de Pequeno Porte (SIM-

PLES), que contratarem jovenspara o primeiro emprego. Aproposta de Mozarildo incen-tiva com redução de impostoa contratação de trabalhadoresa partir de 50 anos.

As duas matérias tramitamem conjunto, a pedido dosenador Romero Jucá (PMDB-RR).

João Vicente Claudino, emseu parecer, optou por aprovaro texto de Mozarildo, na formade um substitutivo, e pela re-jeição do projeto de SibáMachado.

Sua proposta permite aosempregadores deduzirem emdobro, até o limite de 6% dolucro operacional da empresa,as despesas com salários deempregados entre 18 e 24 anosou com mais de 50 anos.

Para ter direito ao benefício,escreveu João Claudino em seuparecer, a empresa precisarácomprovar não ter realizado

demissões nos três meses an-teriores a essas contratações.Ela também deverá mantercontrole em separado das de-spesas vinculadas a esse in-centivo fiscal e respeitar a ex-igência de que essa deduçãodo IR não irá ultrapassar 15%de sua folha de pagamento. Amatéria é terminativa nacomissão.

MG - Outra matéria in-cluída na pauta da CAE é oparecer do relator, senadorCícero Lucena (PSDB-PB), fa-vorável à mensagem 203/10através da qual o Estado deMinas Gerais pede autoriza-ção para contratar emprésti-mo ao Banco Interamericanode Desenvolvimento (BID) novalor de US$ 50 milhões.

O dinheiro tem a finalidadede financiar parcialmente oPrograma de Acesso ao Muni-cípio (Proacesso II).

Congresso promulga PECs na terçaEntre os textos a serem promulgados na sessão estão a que facilita o divórcio e que abre políticas para a juventude

O presidente do Senado,José Sarney, anunciou a reali-zação de sessão do CongressoNacional na próxima terça-feira,às 12 horas, para a promulga-ção de duas Propostas deEmenda à Constituição (PECs)aprovadas pelos senadores noesforço concentrado. As infor-

mações são da Agência Senado.Foram aprovadas - graças a

acordo de líderes, que decidi-ram suprimir os prazos de dis-cussão - a PEC 28/09 e a PEC42/08. A primeira, a chamadaPEC do Divórcio, facilita a dis-solução do casamento civil, su-primindo o requisito de separa-

ção judicial prévia por mais deum ano ou de separação de fatopor mais de dois anos. Já a se-gunda, apelidada de PEC daJuventude, abre espaço para acriação de políticas públicasdestinadas a este segmento dapopulação.

No esforço concentrado os

senadores também votaram ou-tras PECs, que seguem em tra-mitação no Congresso. Vão àanálise da Câmara dos De-putados a PEC 17/08, que pror-roga até 2033 os benefícios fis-cais da Zona Franca de Manaus;a PEC 51/03, que inclui oCerrado e a Caatinga entre os

biomas considerados patrimô-nio nacional; a PEC 89/03, quedá fim à aposentadoria comoforma de punição aos juízes quepraticaram faltas graves; e aPEC 14/08, que torna perma-nente o Fundo de Combate eErradicação da Pobreza.

Ficou para o próximo esfor-

ço concentrado do Senado aconclusão da análise da PEC64/07, que estende a licença-maternidade, obrigatoriamente,de 120 para 180 dias; e a PEC17/10, que trata do quadro deservidores civis e militares dosex-territórios do Amapá e deRoraima.

AA44 Domingo, 11 de julho de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Política JORNALO JORNALO

Projeto de

lei está

pronto para

ser votado

no plenário

do Senado

Projeto já

havia sido

rejeitado

em outras

comissões

da Câmara

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JORNALO JORNALO

Domingo, 11 de julho de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected] AA55

Projeto dificulta o livramento condicional Agência Senado

O tempo de prisão do con-denado por crimes hediondospoderá aumentar. É o queprevê o projeto (PLS 249/05),que será analisado na próximaquarta-feira, a partir das 10h,em decisão terminativa, pelaComissão de Constituição,Justiça e Cidadania (CCJ) doSenado. A proposta aumentade dois terços para quatro quin-tos o tempo mínimo de cumpri-mento da pena desses crimino-sos, em regime fechado, paraterem direito ao livramentocondicional.

O inciso V do artigo 83 doCódigo Penal determina que ojuiz poderá conceder livramen-to condicional ao condenado à

pena privativa de liberdadeigual ou superior a dois anos,desde que “cumprido mais dedois terços da pena, nos casosde condenação por crime he-diondo, prática de tortura, trá-fico ilícito de entorpecentes edrogas afins, e terrorismo, se oapenado não for reincidente es-pecífico em crimes dessa natu-reza”.

A legislação específica quedispõe sobre crimes hediondos(Lei 8.464/07) estabelece que ocondenado cumpra inicialmen-te a pena em regime fechado,tendo depois direito ao livra-mento condicional. Essa reda-ção alterou a Lei 8.072/90, queobrigava os condenados porcrimes hediondos ao cumpri-mento integral da pena. Em

2006, o Supremo TribunalFederal declarou esse disposi-tivo inconstitucional, por des-respeitar o princípio da “indi-vidualização da pena”.

Em sua justificativa, o autordo projeto, senador Hélio Costa(PMDB-MG), classifica como“inadmissível que um homici-da, depois de executar a víti-ma com requintes de cruelda-de, possa ganhar a liberdadeao cumprir apenas dois terçosda pena”. Hélio Costa apresen-tou o projeto em 2005, antes,portanto, da derrubada, peloSTF, de parte da Lei dos CrimesHediondos, em 2006. A partirdaí a hipótese de cumprimen-to integral obrigatório da penapara os condenados por crimeshediondos foi desconsiderada.

De todo modo, o projeto deHélio Costa assegura o livra-mento condicional para essesdetentos, mas somente depoisdo cumprimento mínimo dequatro quintos da pena. Porexemplo, se a pena for de 20anos, o condenado terá decumprir 16 anos, restando ape-nas os quatros anos finais paraa progressão do regime. Pelasregras atuais, ele poderia terdireito a abrandar a pena de-pois de cumprir 13 anos e trêsmeses, restando-lhe, portanto,seis anos e seis meses fora daprisão.

O relator da proposta,Demóstenes Torres (DEM-GO), apresentou relatório querecomenda a aprovação doprojeto.

Relação entre clubes e atletas deve ser revistaBBC Brasil

A prisão do goleiro BrunoFernandes, do Flamengo, acusa-do de participação no desapare-cimento da ex-amante, podelevar os clubes brasileiros a reversua relação com os atletas, diz oespecialista em marketing Alber-to Sutton.

“Isso pode fazer com que re-pensem até que ponto o clubeperdoa o comportamento de de-terminados jogadores apenas porcausa de sua fama”, diz Sutton,brasileiro que há 11 anos atuanos Estados Unidos e tem comoclientes diversas empresas liga-das ao esporte.

Sutton cita os casos de Adria-no e Vágner Love, outros doisjogadores do Flamengo que tam-bém estiveram envolvidos comproblemas com a polícia.

Adriano testemunhou porduas vezes em uma investiga-ção a respeito do tráfico de dro-gas na favela da Vila Cruzeiro,onde tem uma casa. Vágner Loveprestou esclarecimentos à políciaapós o vazamento de um vídeocom imagens suas ao lado de

traficantes armados.Adriano foi interrogado pela

polícia após a divulgação de umafoto sua ao lado de um amigo se-gurando rifles automáticos e fa-zendo o sinal do ComandoVermelho, grupo criminoso doRio. Vágner Love apareceu emum vídeo ao lado de homenscom rifles e uma bazuca, em umafavela carioca.

Segundo o especialista, o casoBruno também pode fazer aindacom que os clubes passem a sermais rígidos na seleção de quempode falar em seu nome, comofazem empresas de outras árease até mesmo algumas equipesestrangeiras.

Ele lembra uma entrevista re-cente em que o próprio Brunoprovocou polêmica ao pergun-tar “quem nunca saiu na mãocom uma mulher”.

“O processo de seleção eaprovação de quem pode falarem nome de uma empresa émuito rígido, mas o mesmo nãoocorre nos clubes brasileiros”,diz Sutton.

PATROCÍNIO - Na opinião

de especialistas em marketingesportivo, a fuga de patrocinado-res e anunciantes é o efeito maisimediato de um escândalo en-volvendo celebridades esporti-vas.

Nos EUA, calcula-se que ogolfista Tiger Woods - envolvi-do em um escândalo de adulté-rio no fim do ano passado - tenhadeixado de ganhar entre US$ 23milhões e US$ 30 milhões com ocancelamento de contratos compatrocinadores.

Logo após a prisão de Bruno,a fabricante de materiais espor-tivos Olympikus suspendeu ocontrato de patrocínio com o go-leiro até o fim das investigações.Os especialistas avaliam, no en-tanto, que ainda é cedo paramedir o impacto do caso do jo-gador brasileiro.

“Em casos de escândalos comcelebridades esportivas, a rea-ção dos patrocinadores costumavariar de cliente para cliente”,diz Mario Flores, diretor da em-presa de marketing esportivo erelações públicas Sportivo, emLos Angeles.

“Alguns patrocinadores se re-

tiram imediatamente, para pre-servar sua imagem. Outros re-cuam e esperam, para avaliar amelhor estratégia”, afirma Flores,que é especialista no mercadoesportivo latino nos EUA.

Os especialistas consultadospela BBC Brasil dizem que a ima-gem do Flamengo não deve so-frer maior impacto. “Não achoque vá prejudicar a imagem doclube. O Flamengo é muitomaior do que um jogador, temuma longa história, e os torce-dores e patrocinadores vão en-tender que se trata de um casopessoal”, diz o jornalista espor-tivo venezuelano René Rincón,que há sete anos atua como re-lações públicas esportivo nosEstados Unidos.

Segundo Sutton, o Flamengoagiu rapidamente para dissociarsua imagem de Bruno e não devesofrer maiores danos.

O Flamengo suspendeu ocontrato com o goleiro, que vaiaté o fim de 2012, logo depoisde sua prisão. O advogado doclube, que até então prestava as-sistência a Bruno, também se re-tirou do caso.

Brasil falha na proteção à mulher

BBC Brasil

O escândalo que envolveo goleiro Bruno Fernandes,do Flamengo, desperta dúvi-das sobre a eficiência do aten-dimento a mulheres vítimasde violência no país, mas es-pecialistas ouvidos pela BBCBrasil avaliam que o proble-ma não é a falta de leis sobreo assunto, e sim um rigormaior na aplicação da legis-lação.

A polícia acusa Bruno deenvolvimento no desapareci-mento de sua ex-amante ElizaSamudio, que acusava o go-leiro de submetê-la a agres-sões físicas e psicológicas.

Para a procuradora de jus-tiça Luiza Nagib Eluf, doMinistério Público do Estadode São Paulo, as investigaçõesindicam que Eliza foi atraídapara uma “emboscada” e, porisso, não há sinais de erro dapolícia no caso.

“Eu não avalio que oBrasil tenha carência de leisou que elas sejam insuficien-tes ou erradas”, diz a procu-radora.

“O que falta é vontade decolocar em prática essas leis,uma polícia mais rápida e em-penhada em proteger a mu-lher e uma Justiça que consi-ga limpar de seus escaninhoso machismo que ainda impe-ra em determinados lugares.”

A opinião de Eluf - quecita a Constituição federal, oCódigo Penal e a Lei Mariada Penha como dispositivosde proteção à mulher - coin-cide com a avaliação do pes-quisador Tim Cahill, da or-ganização de defesa dos direi-tos humanos Anistia Inter-nacional, que diz consideraras leis no Brasil “avançadas”,mas “sua prática, não”.

“O discurso da proteçãoà mulher no Brasil tem avan-çado muito, o país foi o pri-meiro a criar uma delegaciada mulher”, afirma Cahill. “Anecessidade de se lidar como problema é reconhecida,mas ainda há muito a serfeito”.

REPERCUSSÃO - Para acoordenadora estadual depolíticas públicas para a mu-lher do Estado de Minas

Gerais, Eliana Piola, casoscomo o do goleiro Bruno“sempre existiram, mas hojea sociedade vê com outrosolhos”.

“Claro que, por se tratarde uma celebridade, a reper-cussão é maior, mas não de-vemos nos esquecer que,nesse momento, várias mu-lheres no país sofrem comesse tipo de violência”, acres-centa.

“Casos como esses refor-çam nossa convicção de quetoda a sociedade deve ser mo-bilizada para coibir essa vio-lência”, diz a senadora LúciaVânia (PSDB-GO), que foi re-latora do Projeto Maria daPenha, que resultou na lei queaumenta os mecanismos decombater à violência contraa mulher em vigor desde2006.

A senadora diz acreditarque Eliza Samudio poderiater procurado mais ajuda doEstado. “Ela poderia ter de-nunciado mais”, afirmaVânia. “A mulher ainda des-confia dos instrumentos exis-tentes e, culturalmente, aindatem dificuldade para denun-ciar esses casos.”

A procuradora LuizaNagib Eluf cita como um pro-blema o fato de muitas mu-lheres que sofrem violênciadoméstica retirarem a quei-xa uma vez que fazem aspazes com seus companhei-ros.

“É um problema culturala ser superado, mas o fato dea mulher voltar atrás não jus-tifica que não sejam tomadasas providências imediatame-te quando o caso exige”, ava-lia.

Eluf também aponta o“machismo” presente na po-lícia e no Judiciário como umobstáculo no combate à vio-lência contra a mulher.

A senadora Lúcia Vâniamanifesta um ponto de vistasemelhante e afirma que “al-guns juízes ainda titubeiamna aplicação da lei”. Para aparlamentar, o problemaexige um fortalecimento dosmecanismos de proteção àmulher, como as delegaciasda mulher e os abrigos tem-porários para as situações deemergência.

Caso Bruno pode gerar mudançasna Lei de Crimes HediondosCrueldade contra ex-namorada do goleiro provoca clamor popular

Agência Senado

Mais um crime de repercus-são nacional coloca em evidên-cia a legislação relacionada aoschamados crimes hediondos,aqueles considerados maiscruéis ou que rompem com osprincípios éticos mais impor-tantes. O caso do desapareci-mento da jovem Eliza Samudio,que teria a participação do go-leiro Bruno de Souza e de váriasoutras pessoas vinculadas a ele,volta a provocar discussão sobreo assunto. A se confirmarem asafirmações dos investigadoresda Polícia de Minas Gerais, Elizateria sido assassinada de formabárbara, o que enquadraria osautores do homicídio na Lei deCrimes Hediondos.

Crimes como o homicídioqualificado, o latrocínio, a ex-torsão qualificada pela morte,a extorsão mediante sequestro,o estupro, de vulnerável ounão, a epidemia intencional queresulte em morte, a falsificaçãode medicamentos são listadospela Lei dos Crimes Hediondos(Lei 8072/90). Juntamente com aprática de tortura, o tráfico ilíci-to de drogas e o terrorismo, taiscrimes não podem ser suscetí-veis de anistia, graça ou indulto,e nem de fiança.

Além disso, a punição aoscrimes hediondos tem regraspróprias, mais rigorosas, relacio-nadas tanto à progressão do re-gime da pena quanto ao livra-mento condicional. A progres-são de regime, no caso dos con-denados, só pode acontecer apóso cumprimento de dois quintos

da pena, se o detento for primá-rio, e de três quintos se reinci-dente. Já o livramento condicio-nal só pode se acontecer se eletiver cumprido mais de dois ter-ços da pena e se não for reinci-dente em crimes dessa gravida-de.

Em geral, crimes que, pelacrueldade e repercussão, causamgrande clamor popular aumen-tam a pressão por maior rigordas penas e do tratamento aoscondenados. A própria Lei dosCrimes Hediondos previa ocumprimento integral das penas,sem possibilidade de livramen-to condicional. Tal dispositivo,porém, foi derrubado pelo STF,

e nova regra (Lei 11.464/07) foiaprovada pelo Congresso e san-cionada pelo presidente daRepública.

No caso do assassinato deEliza Samudio, a polícia apontadetalhes considerados cruéis emum crime cometido por motivosfúteis: a jovem modelo foi se-questrada duas vezes por Brunoe pessoas ligadas a ele - na últi-ma vez, em 4 de junho deste ano.Num sítio em Vespasiano, MinasGerais, ela teria sido amarradacom uma corda, espancada eestrangulada pelo ex-policialcivil Marcos Aparecido dosSantos, o Bola ou Paulista. Omesmo homem teria colocado

o corpo esquartejado de Elizaem um saco, mas dali retiradouma mão de Eliza, que jogoupara cães. Os ossos teriam sidoescondidos em concreto nomesmo lugar em que a jovemfoi morta, mas a polícia nãodescarta outro meio de oculta-mento do cadáver.

Depois do crime, Brunoteria ateado fogo à mala deEliza em seu sítio e ali tomadocerveja tranquilamente à beirada piscina. Outros suspeitos departiciparem do crime são LuizHenrique Ferreira Romão, oMacarrão, amigo de Bruno; umadolescente primo do goleiro,é a principal testemunha.

Nacional

Bruno é suspeito de ter planejado sequestro e assassinato da ex-namorada por causa do filho em comum

Procuradora Luiza Eluf diz que é preciso colocar as leis em prática

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JORNALO JORNALO

Domingo, 11 de julho de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

OpiniãoHolanda e Espanha protagonizam hoje após 32

anos a primeira final com duas seleções que nuncaforam campeãs do mundo. Desde o jogo entre a pró-pria Laranja e a Argentina em 1978, o futebol nãoassistia a um jogo disputado entre dois países. Issotransforma a partida em um clássico imprevisível,onde não há favoritos e onde todas as jogadas serãodecisivas. Seja dos pés de Robben ou Iniesta, os ar-madores; ou da genialidade de Sneijder ou de Villa.

De um lado a Holanda, com poucas participa-ções em Copas, mas que por duas vezes bateu na tra-ve, com seleções maravilhosas que mudaram o jeito dese jogar futebol, criando, por exemplo em 1974, o es-quema que ficou conhecido como “carrossel holandês”.Desde então ou a Laranja chegou na final ou quem aderrotou jogou a última partida. Esse mundial tam-bém fica marcado pela mudança no futebol holandêsque deixou de ter beleza para buscar resultados.

Do outro lado a Espanha, que conta com um doscampeonatos de futebol mais ricos do mundo, poronde desfilam estrelas sempre apontadas como asmelhores da FIFA. A “Fúria” chegou na África doSul como favorita, tropeçou logo na primeira rodadae depois foi ganhando espaço com vitórias magras esem empolgação, quase mantendo a fama de seleçãoque amarela. Só no finzinho que o misto de Barcelo-na e Real Madrid empolgou.

É um jogo imprevisível, mas que tem tudo paraser um épico do futebol. Assistindo a tudo isso omundo inteiro. Essa partida deve quebrar todos osrecordes de transmissão. Mesmo com a Copa, fican-do marcada pela pouca qualidade técnica, pelo trope-ço dos craques, o excesso de erros de arbitragem, obarulho das vuvuzelas e a instabilidade da jabulani.Isso sem esquecer do pé frio de Mick Jagger ou do vi-sionário polvo Paul.

Fúria ou Laranja?

Ponto de vista

San

São animadoras as estimativas que acabam de ser divulgadaspela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal)quanto aos investimentos estrangeiros diretos (IED) na região em2010. Seu volume deverá alcançar US$ 100 bilhões, retornando aopatamar verificado antes da grande crise mundial. O crescimentoem relação ao ano passado deverá chegar a quase 50%.

A retomada é ainda mais importante se considerarmos que, noexercício anterior, verificou-se queda de 42%, conforme consta do es-tudo “O investimento estrangeiro direto na América Latina e Caribe2009”, divulgado pela Cepal no início de maio. O relatório aponta queo Brasil continuou sendo o principal destino dos recursos, seguidopelo Chile, México, Colômbia e Argentina. Os Estados Unidos, Espa-nha e Canadá, pela ordem, seguiram como os maiores investidores.

A boa notícia contida no estudo não esconde, entretanto, duastendências preocupantes. A primeira refere-se à queda dos aportesno setor primário, em especial nos segmentos agrícola e mineral. Asegunda diz respeito ao fato de a maioria dos investimentos destina-dos à indústria concentrar-se em atividades de intensidade tecnoló-gica baixa e média.

As duas vertentes, se analisadas com senso de realismo, mos-tram que boa parte dos investidores do mundo desenvolvido aindaentende a América Latina como provedora de matérias-primas,commodities de baixo valor agregado e semimanufaturados, em es-pecial insumos industriais. Nem mesmo o avanço do Brasil no agro-negócio, incluindo alta tecnologia agrícola e elevado volume de ex-portações, e em segmentos avançados da indústria, como software eaviões, parece sensibilizar algumas nações quanto às mudanças deperfil de nossa economia e nossa estrutura produtiva.

Os investimentos estrangeiros diretos visam com muito foco aosnossos mercados consumidores (por isso privilegiam os serviços) enossos recursos naturais. Tal expectativa evidencia que, a despeitode todos os avanços da chamada Terceira Revolução Industrial e danova estrutura de produção segmentada da globalização, persiste aanacrônica imagem do Hemisfério Sul exportador de produtos debaixo valor agregado e importador de bens de consumo sofisticados.Aliás, esse olhar anacrônico persistente em parte do mundo desen-volvido também é diagnosticado pelo ex-primeiro-ministro italianoMassimo D’Alema. Em recente visita à Fiesp, ele salientou que aEuropa mantém uma visão antiquada da economia e que precisavaprestar mais atenção no Hemisfério Sul.

O Brasil, seguido por algumas nações, como o Chile e Argentina,é a própria antítese do renitente conceito. Mantém-se, sim, comogrande provedor agropecuário, mas com alta tecnologia e eficiência,conciliando a produção de alimentos com a de biocombustíveis, emespecial o etanol. Ademais, o País tem segmentos industriais deponta, é autossuficiente em petróleo e tem a maior reserva hídrica.

Ou seja, estamos prontos para a nova era da economia mundial,que será marcada pela produção mais limpa e alta valorização dosalimentos, da água e dos combustíveis renováveis. Não há dúvidade que nesses itens encontram-se as melhores oportunidades de in-vestimentos, com retorno absolutamente garantido pela realidade deum mundo cada vez mais carente de comida, água, energia e salu-bridade ambiental. Assim, quem continua apostando em teses dosséculos passados pode comprometer o próprio futuro.

“Estamos prontos para a novaera da economia mundial”

João Guilherme Sabino OmettoEngenheiro, presidente do Grupo São Martinho e vice-presidenteda Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo)

Aposta no passadocompromete

o futuro

Cartas à Redação: [email protected]

O caso envolvendo o goleiro Bruno FernandesSouza, do Flamengo, e a jovem Eliza Samudio, de 25anos, enseja a cada dia mais e mais teorias acerca doque pode ter acontecido com a jovem e também qual oenvolvimento do jogador com os supostos crimes.

De fato, o caso teve um período agudo com o de-poimento de um parente, menor, do goleiro que afir-mou ter sido contratado pelo jogador para matar ajovem com o auxílio de Luiz Henrique FerreiraRomão, conhecido como “Macarrão”.

E a cada novo indício se desenvolve uma novateoria acerca do caso: homicídio doloso, sequestro, cár-cere privado, lesão corporal, ocultação de cadáver sãoapenas alguns dos crimes que diuturnamente são atri-buídos a Bruno e seus amigos e parentes.

De concreto, temos o indiciamento de Bruno eLuiz Henrique pelos crimes de sequestro, cárcere pri-vado e lesão corporal e de outras pessoas ligadas aocaso, inclusive, a esposa do goleiro. A opinião públicajá se manifestou ferozmente com gritos de “assassino”contra o jogador e a confirmação de que o sangue nocarro do goleiro é mesmo de Eliza Samudio apenascorrobora para agravar ainda mais a opinião negativa.

No entanto, o que temos até o presente momentosão uma série de achismos e teorias, porque, de fato,enquanto o corpo não for encontrado ou não houverprovas contundentes, sejam materiais ou testemunhaisque confirmem a morte de Eliza, a tese de homicídionão deve e não pode ser levada a cabo.

Esses “achismos” passam, inclusive, pela modali-dade de pedido de prisão: preventiva ou temporária?Os requisitos para a preventiva são, de acordo com oartigo 311 do CPP: 1) garantia da ordem pública; 2)garantia da ordem econômica; 3) por conveniência dainstrução criminal; 4) para assegurar a aplicação da leipenal, quando houver prova da existência do crime eindício suficiente de autoria.

Já a prisão temporária, baseada na Lei nº 7960/89,prevê, de acordo, com o artigo 1, III, b: “quando hou-ver fundadas razões, de acordo com qualquer provaadmitida na legislação penal, de autoria ou participa-ção do indiciado nos seguintes crimes: b) seqüestro oucárcere privado (art.148, caput, e seus §§ 1° e 2°)”.

Exatamente o estágio em que se encontra o goleiro eos demais, logo a prisão correta a ser pedida pelo MPfoi a temporária, em consonância com a justiça do Riode Janeiro e em contrariu sensu à justiça de MinasGerais que decidiu pela expedição de prisão preventi-va, o que deve ocorrer após os trâmites no Rio deJaneiro serem concluídos, uma vez que o inquérito tra-mita em Minas.

Ademais, o que ainda não é possível é considerarBruno culpado por assassinato, primeiro porque nemprocesso ele ainda responde, uma vez que o inquéritopolicial ainda não foi concluído. Segundo porque emmomento algum se apurou se realmente ele foi oautor de um eventual delito, portanto, existem apenasmuitas especulações, porém, as certezas ainda estãoum pouco distantes do momento presente.

É leviano elencar crimes e relacioná-los ao goleiroe seus amigos/parentes, contudo, a cada dia fica maisclaro que algo, de fato, ocorreu. Mas, se foi Bruno,“Macarrão” ou um terceiro ainda é muito prematuro,como ainda falta se completar nesse quebra-cabeça, afunção/importância da esposa do goleiro que apare-ceu com o filho de Eliza logo na sequência de seu de-saparecimento.

De concreto, até o momento, num olhar jurídicode observador, temos uma possibilidade concreta deque Bruno responda pelos crimes de sequestro, cárce-re privado e lesão corporal, e sua esposa DayanneRodrigues do Carmo Souza provavelmente tambémresponderá por crimes relacionados à criança, já quefoi vista em sua posse logo após o desaparecimento dajovem.

Os fatos e tipos penais serão mutantes até a con-clusão do inquérito e tudo poderá ganhar novos con-tornos se e quando o corpo da jovem for encontrado.

A verdade aparecerá, é apenas uma questão detempo, pois com a diligência das provas, da polícia ecom os depoimentos as lacunas serão preenchidas.

Que se indiciem os culpados, mas não se faça umacaça às bruxas injustificada com uma cruzada pela de-fesa do indiciamento por homicídio por conta e forçada opinião pública ou dos achismos e outras coisaspresentes até então.

Achismos, coisas e tal...“O que ainda não é possível é considerar Bruno culpado por assassinato”

Antonio GonçalvesAdvogado criminalista e especialista em Criminologia Internacional

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Marcial LimaProfessor

O que istonos diz?

“Iniciamos com12 crianças.

Hoje, são1,2 mil jovens”

Há muito, voltando de umencontro da AssociaçãoMundial de CidadesEducadoras (hoje com 281 asso-ciados, 8 no Brasil), dissemos aogovernador de então: “Agora,tenho certeza de que não souum ser delirante. Ideias, aquiconsideradas exóticas, há váriosanos são realizadas em outroslocais com resultados significa-tivos”. Desse impulso, nasceu oprojeto A Escola como PóloCultural da Comunidade; hojeamputado, como se pode ler noartigo O Preço daDescontinuidade, publicado em24.06.2009.

Sendo a esperança no futuroa matéria prima do educador, àguisa de reflexão, sempre en-contramos ânimo para repercu-tir fatos que vêm reforçar as-suntos aqui focalizados. É ocaso da edição especial da revis-ta Carta Capital, onde se inda-gava a empresários, intelectuaise artistas sobre as principais ne-cessidades para o desenvolvi-mento do País. Na enquete,Luiz Gonzaga Belluzo, profes-sor da Unicamp e ex-chefe daSecretaria Especial de AssuntosEconômicos do Ministério daFazenda, opina que, no Brasilde hoje, a infraestrutura, a edu-cação e a política cultural sãoquestões fundamentais, comple-tando: “Quando me refiro a po-lítica cultural, estou falando daintegração do indivíduo, dosgrupos sociais, ao mundo con-temporâneo, sabendo dos valo-res que queremos preservar”. Econtinua: “Não podemos sepa-rar da questão da compreensão,do entendimento e da crítica, acapacidade de formular proje-tos”.

Adiante, encontramos JorgeFurtado, diretor do filme Ilhadas Flores, afirmando que aIndústria Cultural - não poluen-te e autossustentável - por se re-lacionar com outros setores pro-dutivos (comunicação, turismo,serviços), emprega profissionaisde todas as áreas, com saláriosmais altos que a agricultura e aindústria tradicional. “A riquezacultural brasileira é imensa e oseu público consumidor temgrande potencial de crescimen-to”.

Às folhas tantas, a pedagogaDagmar Garroux observa que,para evitar a brutal evasão esco-lar, a educação precisa ser maisatraente e inclusiva. “Temosque reverter esse quadro melan-cólico em que se encontra aeducação brasileira”. E afirmaque, em 1980, ao iniciar um tra-balho pedagógico no CapãoRedondo, periferia de SP, áreade baixa renda e altos índicesde criminalidade, começou ou-vindo a comunidade.“Iniciamos com 12 crianças emnossa residência. Hoje, na Casado Zezinho, criada há 16 anos,atendemos 1,2 mil jovens, numaárea de 3 mil metros quadra-dos”. O segredo? “Primeiro oacolhimento. Depois de acolhi-da, a criança é constantementeestimulada a criar. Aqui, a arte éfundamental”.

Capacitação, sensibilidade,atitude, persistência. Eis a ques-tão!

Após tramitar durante dezenove anos foi aprovada em 07 dejulho do corrente ano no Senado Federal a lei que institui a PolíticaNacional dos Resíduos Sólidos, devendo a mesma ser encaminhadapara a sanção presidencial.

Com a entrada em vigência desta nova legislação fica proibida acriação e/ou a continuação da existência de lixões. Todas as prefeitu-ras deverão construir aterros sanitários adequados ambientalmente.Sendo ainda proibido a catação de lixo, morar ou criar animais nosfuturos aterros sanitários.

Contando com 58 artigos que ocupam 43 páginas, a PolíticaNacional dos Resíduos Sólidos apresenta algumas novidades, entreelas aquela que obriga fabricantes, importadores, distribuidores evendedores a realizarem o recolhimento de embalagens usadas, in-clusive agrotóxicos, pilhas, baterias, pneus, óleos lubrificantes, lâm-padas e eletroeletrônicos.

Outra inovação diz respeito à responsabilidade compartilhadaenvolvendo os governos estaduais e federal, as prefeituras, as em-presas e a sociedade na gestão dos resíduos sólidos. Neste textolegal encontra-se estabelecido que a sociedade terá de acondicionarde forma adequada seu lixo para a coleta, inclusive fazendo a sepa-ração no município onde houver a coleta seletiva.

Outro fator importante diz respeito que a União e os governosestaduais poderão conceder incentivos à indústria de reciclagem. Pe-la nova política, os municípios só receberão recursos do governo fe-deral para projetos de limpeza pública e manejo de resíduos sólidosapós a aprovação dos planos de gestão municipal de resíduos sólidos.

Outro beneficio da citada legislação diz respeito às cooperativasde catadores de material reciclável, sendo as mesmas incluídas nagestão da responsabilidade compartilhada, devendo ainda receberincentivos poder público.

Através do programa de incentivo e com a nova ordem jurídicarelacionada aos resíduos sólidos, o Brasil procurará resolver um dosgrandes problemas que é a produção de lixo nas cidades, que chegaà média geral a 150 mil toneladas por dia; desse total apenas 13%tem destinação correta em aterros sanitários. Em 2008 apenas 405dos 5.564 municípios brasileiros tinham um programa de coleta sele-tiva de lixo.

Estudos indicam (Abrelp) que o mercado de limpeza urbana noBrasil movimentou em 2008 R$ 16,5 bilhões, sendo gastos atualmen-te no Brasil aproximadamente R$ 8,00 por habitante por mês, paraque se realize o serviço de limpeza urbana, que inclui desde a coletadiária até a destinação final dos resíduos.

Em nosso estado, apenas o município de Maceió tem uma desti-nação final correta das mais variadas classes de resíduos.

Urge então a necessidade de que as demais prefeituras iniciem umprocesso de desativação dos lixões, com a implantação de aterros sani-tários, inclusive o Conselho Nacional do Meio Ambiente recentemen-te editou uma resolução que de certa forma diminui algumas exi-gências de natureza técnica, administrativa e jurídica nos processosrelativos ao licenciamento ambiental destes equipamentos urbanos.

Lembro-me de quando exercia um cargo de direção no Institutodo Meio Ambiente do Estado de Alagoas, há alguns anos, que o go-verno do Estado realizou um amplo diagnóstico sobre a situação dadisposição final dos resíduos sólidos gerados em todos os municí-pios. Neste sentido, é importante que as ações que foram levantadasneste estudo técnico sejam postas em prática, iniciando desta manei-ra um processo de erradicação de todos os lixões de nosso Estado.Ressalto apenas, que não se faz necessário a realização de novos es-tudos, pois os mesmos já existem. Não se deve fazer o que se faz como complexo lagunar. Novos estudos, novos estudos e na prática nada.

Alder FloresAlder Flores, advogado, químico, esp. em Direito,Engenharia e Gestão Ambiental, auditor Ambiental

“A sociedade terá de acondicionar deforma adequada seu lixo para a coleta”

O fim dos lixões

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AA77Domingo, 11 de julho de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

JORNALO JORNALO

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Sobreviventes e familiares das mais de 8 mil vítimas do massacre encerram hoje marcha iniciada quinta-feira

Muitas questões continuam em abertoDeutsche Welle

Em 11 de julho de 1995,tropas sérvias marcharamsobre Srebrenica, cidade daBósnia-Herzegóvina que foradeclarada área de segurançapela Organização das NaçõesUnidas. Os soldados escolhe-ram muçulmanos do sexomasculino, entre 12 e 80 anosde idade, e os chacinaram. Ofato ocorreu com a anuênciapassiva dos capacetes azuisda ONU, sob cuja custódia seencontravam os cerca de 40mil civis muçulmanos desar-mados.

Nos últimos anos, no Valedo Drina (rio na fronteirasérvio-bósnia) foram exuma-dos, de 275 valas comuns, osrestos de 8.372 vítimas domassacre, das quais 6.557foram identificadas. Porémestes números ainda não sãodefinitivos, já que muitos civismuçulmanos ainda são tidoscomo desaparecidos.

Mesmo 15 anos depois,ainda é difícil esclarecer oocorrido de forma meticulosae abrangente, afirma ManfredEisele, major-brigadeiro doExército alemão encarregadodo planejamento das opera-ções de paz da ONU entre1994 e 1998.

Diversas nações agiam ati-vamente por trás dos bastido-res, e seus diplomatas e ge-nerais implementavam as de-cisões dos diferentes gover-nos na Iugoslávia em disso-lução. Contudo, terminada aguerra, eles não puderam con-tribuir para os relatórios daONU, por não ter permissãopara prestar declarações, ex-plica Eisele.

Segundo o militar alemão,o papel dos países europeusno conflito da antiga Iugos-lávia e na guerra da Bósnia éfortemente determinado porfatores históricos. “As ocor-rências de 1995 nos Bálcãsforam marcadas por posiçõesque as nações [da Europa] jáhaviam adotado em 1914 [iní-cio da Primeira GuerraMundial].”

Eisele duvida que os res-ponsáveis pela operação depaz no Conselho de Se-gurança da ONU realmentetivessem a força e a intençãode proteger os 40 mil civismuçulmanos na área deSrebrenica.

Essa hipótese é confirma-da por pesquisas do jornalis-ta holandês Huub Jaspers.Estas mostram que, antesmesmo do massacre, as gran-

des nações no Conselho deSegurança já teriam tido in-formações sobre os planos sér-vios de ataque.

“No fundo, o Conselho deSegurança é principal respon-sável pelo que aconteceu emSrebrenica. Os governos dospaíses que lá estavam recebe-ram, de seus serviços de inte-ligência, informações sobre oque estava sendo preparado.Porém eles nada fizeram comessas informações, não impe-diram esse drama. Esta é umadas grandes questões que,ainda hoje, estão em jogo: porquê?”

TRAUMA - Hoje, o go-verno do país de Jaspers tam-bém é responsabilizado pelogenocídio de Srebrenica.Quando os encarregados naONU propuseram um ataqueaéreo contra as tropas sér-vias, a Holanda interveio, te-mendo por seus 450 solda-dos mobilizados para a pro-teção do enclave bósnio. Eassim a ONU não voou, omassacre aconteceu, e os ca-pacetes azuis observaramtudo passivamente.

No momento, Axel Hage-dorn, advogado de cerca de 8mil familiares das vítimas, seempenha, diante tanto doSupremo tribunal holandêsquanto da Corte Europeia deJustiça, para suspender a imu-nidade das Nações Unidas,que, em sua opinião, deve-riam ter passado por cima dobloqueio dos holandeses.

“Se a ONU tiver que com-parecer diante da Justiça,então não será mais possívelo Estado holandês colocar aculpa na ONU, e esta noEstado holandês, como é ocaso no momento. A promes-sa quebrada permanece sendoo grande trauma, enquanto aONU nem mesmo se descul-par – ou a Holanda. É sim-

plesmente assustador que nãose consiga nem a menos pro-nunciar uma desculpa.”

Para os soldados holande-ses, aquela operação tambémse tornou traumática, afirmao jornalista Jaspers. Ao seremenviados, eles estavam total-mente mal preparados e malarmados, e com indicaçõesequivocadas sobre sua mis-são. Muitos deles são agoradoentes, cometeram suicídioou se encontram na prisão porterem assassinado alguém.

RUANDA - Apenas umano após o massacre deSrebrenica, foi a vez o geno-cídio em Ruanda. Vinte anosantes iniciara-se o regime deterror do Khmer Vermelho noCamboja, que fez milhões demortos. São datas históricasque testemunham o fracassoda ONU. Porém esta poucoaprendeu com essas lições,critica Eisele.

“É dramaticamente subde-senvolvida a disposição dosEstados de assumir a respon-sabilidade pelas minoriasoprimidas, e de perceber essaresponsabilidade como umdever de proteção”

VALAS - Srebrenica esuas cercanias estão “etnica-mente limpas”. Na própriacidade só vivem, hoje, de 3%a 5% de muçulmanos, amaioria, mulheres à procurade seus parentes. Grandeparte das famílias partiu parao exílio, para o Canadá, aNova Zelândia e os EstadosUnidos.

Nesse ínterim, a buscapelas vítimas se arrasta. Oscadáveres foram atirados emvalas comuns e, para apagaras evidências, foram maistarde desenterrados com tra-tores de lâmina e transporta-dos para um segundo ou ter-ceiro local.

Fifa nega homenagem a bósniosA Sociedade Internacional

de Povos Ameaçados emitiu umcomunicado, na sexta-feira, emSarajevo, capital da Bósnia-Herzegovina, informando quea Fifa negou o pedido feito porela e por outras associações paraque antes do início da final daCopa do Mundo da África doSul, neste domingo, em Johan-nesburgo, entre as seleções daHolanda e Espanha, houvesseum minuto de silêncio em me-mória dos 8.372 mortos no mas-sacre de Srebrenica, ocorrido nodia 11 de julho de 1995.

A decisão foi tomada nasexta-feira pela Fifa, em res-posta ao pedido da organiza-ção juntamente com diversasoutras associações de sobrevi-ventes bosnienses. O docu-mento com a chancela da en-tidade máxima que cuida dofutebol mundial veio com a ru-brica do secretário geral,Jérôme Valcke.

Amissiva, que traz o pesar

da Fifa pelas vítimas da carni-ficina ocorrida em Srebrenica,também cita a data como im-portante na vida de NelsonMandela, que ficou preso por27 anos por lutar contra o apar-theid, política imposta pelo go-verno branco sul-africano naqual excluía a maioria negra doconvívio com a minoria bran-ca, descendentes dos coloniza-dores holandeses e ingleses.

“Como podem supor, essedia tem grande significadopara o continente africano e,sobretudo, para a África doSul. Por isso esperamos quecompreendam que nenhumdesses acontecimentos horrí-veis será lembrado particular-mente na final do Mundial”,escreveu a Fifa.

Em maio passado, as asso-ciações dos sobreviventes dacarnificina ocorrida no país daregião dos Balcãs tinham soli-citado à Fifa a homenagem.Também pediram que a enti-

dade máxima do futebol mun-dial deixasse 8.372 assentos va-zios para lembrar as vitimasdo genocídio. Além disso, ex-ternaram a posição de que erauma pena que a data da finaldo Mundial fosse exatamenteno fatídico dia. Recordaramque o Parlamento da UniãoEuropeia elegeu o dia em me-mória às vitimas do genocídioem todos os países que fazemparte do bloco.

Os cerca de oito mil mor-tos pelo exército sérvio coman-dado pelo general RatkoMladic eram homens muçul-manos que moravam no últi-mo enclave a ser tomado pelogoverno sérvio. A guerra civilna Bósnia-Herzegovina duroucerca de três anos e meio.

Quinze anos depois da car-nificina o general Ratko Mladicfoi acusado pelo TribunalInternacional para a antigaIugoslávia (TPIY) de genocí-dio. Ele segue foragido.

TPI cobra captura de criminososGENEBRA- Em junho últi-

mo, o promotor chefe doTribunal Penal Internacionalpara a antiga Iugoslávia (TPII),Serge Brammertz, recomendouà Sérvia que mude sua atualestratégia para capturar os cri-minosos de guerra fugitivosRatko Mladic e Goran Hadzic.

Em uma audiência noConselho de Segurança daONU, o jurista belga garantiuque as autoridades sérvia con-tinuam os esforços paraprendê-los, mas “eles até agoranão produziram resultadostangíveis e acreditamos firme-mente que a atual estratégiada Sérvia precisa de uma revi-são”, disse Brammertz.

Em sua opinião, as forçasde segurança sérvias e as au-toridades devem “intensificar”suas atuações para consegui-rem a prisão de Mladic, ex-comandante militar servo-bós-nio acusado pelo genocídio deSrebrenica em 1995 - quandomais de 8.000 muçulmanosforam mortos - e de outros cri-mes; e Hadzic, antigo líder dossérvios da Croácia.

Segundo o promotor, elepediu ao governo sérvio queamplie suas investigações, in-tensifique os registros e dedi-que mais recursos à caça dosdois suspeitos, “principal prio-ridade” do Tribunal.

Brammertz ressaltou queafirmou à União Europeia anecessidade de manter a pres-são sobre Belgrado, que nosúltimos meses “relaxou” apósver melhoras na cooperaçãodo país balcânico com o TPI.

Por sua vez, o embaixadorda Sérvia na ONU, FeodorStarcevic, assegurou ao Con-selho de Segurança que são le-vados a cabo diariamente re-gistros relacionados com oscasos de Mladic e Hadzic.

“A Sérvia sabe muito bemque a prisão desses dois fugi-tivos colocará fim aos rema-nescentes do passado que têmpesado na recuperação da so-ciedade sérvia”, defendeu.

A família de Mladic afirmaque o ex-militar de 68 anosmorreu e no dia 16 de junho úl-timo apresentou a um tribu-nal de Belgrado uma solicita-ção para declará-lo morto, de-pois de sete anos sem infor-mações sobre ele.

Mladic é acusado de geno-cídio relacionado com a ma-tança de cerca de 8.000 homensmuçulmanos em Srebrenica,do cerco a Sarajevo e de ou-tros crimes cometidos duran-te a guerra bósnia (1992-1995).

Hadzic, de 50 anos, é procu-rado por supostamente come-ter crimes contra a humanida-de durante a guerra, na Croácia.

Massacre de Srebrenica completa 15 anosMarcha iniciada quinta-feira termina hoje com enterro de 731 vítimas do maior genocídio pós Segunda Guerra

Mais de 5 mil pessoas mar-cham desde quinta-feira paralembrarem o aniversário domassacre de Sbrenica ondeforam mortos 8 mil mulçuma-nos.

Uma caminhada de 110 kmpelas montanhas da Bósnia quecomeçou em Nezuk, no nor-deste do país e terminará emSebrenica na manhã deste do-mingo.

A marcha organizada pelasassociações dos direitos huma-

nos reúne ativistas e sobrevi-ventes.

Hoje haverá um enterro co-letivo para 731 vítimas cujoscorpos estavam enterrados emvalas comuns. Elas serão enter-radas em Potoari, lugarejo noleste da Bósnia-Herzegóvina.

Um dos acusados destemassacre Rakto Mladic conti-nua sem prestar contas à jus-tiça.

A família do fugitivo deguerra entrou com uma peti-

ção para que ele seja declaradolegalmente morto.

Mladic foi indiciado há 15anos atrás por genocídio, pelomassacre de Srebrenica, no qualforam mortos 8 mil homensmuçulmanos, e pelo cerco de43 meses da cidade de Sarajevo.

A União Europeia estabele-ceu a sua detenção comocondição-chave para o prosse-guimento de negociações paraa entrada da Sérvia no grupodos Vinte e Sete.

JORNALO JORNALO

Domingo, 11 de julho de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Centenas de corpos ainda hoje são encontrados em valas comuns

Ratko Mladic está foragido

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Internacional

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Deraldo Francisco

Editor-Geral

Vinte e três dias depois da tragédia provocada pelas en-chentes que atingiram 28 cidades alagoanas, com desta-que para Santana do Mundaú, União dos Palmares,

Branquinha, Murici e Rio Largo – que estão no caminho dorio Mundaú, as buscas terminaram com a informação oficialde que pelo menos 29 pessoas ainda estão desaparecidas. Osdados são das prefeituras municipais e, na Coordenadoria deDefesa Civil e Corpo de Bombeiros, são tratados como esta-tísticas. Ou seja, essas pessoas não têm nomes. São númerosdas cidades fornecidos pelos respectivos prefeitos que, nosmunicípios, foram procurados pela família de alguém que estádesaparecido. Existem planos para liberação de cestas bási-cas, de colchões, localização de terreno e instalação de barra-cas. Mas não existe plano para localizar os desaparecidos.Hoje, eles são pouco em relação ao que foi divulgado no iní-cio, quando eram contadas exatas 1.089 pessoas com paradei-ro desconhecido. Mas o fato é que elas existem. Os familiaresnão têm esperança nenhuma de encontrá-las com vida. Porisso, querem o corpo para fazer o sepultamento e convivercom a dor da perda, mas com a certeza. Hoje, eles só têm ador. A reportagem de O JORNAL foi buscar algumas históriassobre esses desaparecidos. Só para lembrar, no início da pro-dução da matéria, eles [os desaparecidos] eram 69. O corpo deuma mulher foi encontrado em Murici, e, na sexta-feira, o nú-mero caiu para 29. Duas histórias com nomes, relatos verda-deiros e fotografias serão contadas amiúde pela reportagem.Das outras 27 pessoas foram encontradas poucas informa-ções. No entanto, pior que isso é o fato de informar que asbuscas por desaparecidos ou corpos foram encerradas. Hoje,quem tiver algum parente desaparecido deve fazer as buscaspor conta própria. Fica a certeza de que, nos próximos dias, oscadáveres sejam encontrados, um a um, na beira do rio, ousob montanhas de areia que estão sendo removidas pela natu-reza e pelo homem. Todos os dias, familiares dessas pessoasvão ao IML de Maceió tentar reconhecer, entre os mortos nãoidentificados, o corpo do seu parente levado pela cheia.

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Depois da enchente, os dias de tragédiaainda continuam paramuitas famílias quevivem à espera de reencontrar seus parentes

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DESAPARECIDOSQuem são e onde eles estão?

No alto de sua pousada,Gilmar foi filmado, pelaúltima vez, pouco antes deo imóvel ruir pelas forçasdas águas

Cortesia: Quitério Fernades

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Em Santana do Mundaú, desespero foi gravadoSexta-feira, dia 18 de junho,

7h30 da manhã, a população deSantana do Mundaú percebeuma repentina elevação do níveldo rio. Eles se preparam para opior. Achuva era fina, mas insis-tente. “Choveu muito, mas nãodava para aquilo [enchente]tudo. O problema é mais acima”,disse Quitério Fernandes, cine-grafista que fez as imagens daenchente e da agonia de muitaspessoas.

Depois do meio-dia, a situação já erade calamidade nomunicípio. Boa parteda cidade era um riosó. Quitério Fernan-des gravava tudo.“Diga ao pessoal queestou do lado de cá,filmando a cheia”,disse ele para a irmãJosélia, que passavacorrendo sobre aponte que ameaçavadesabar. A ponteficou comprometida,mas resistiu à en-chente e continua ligando a ci-dade a Correntes (PE).

Muita gente se salvou apenascom a roupa que vestia. Poucaspessoas ainda tiraram parte damobília de dentro de casa. Masnão adiantou muito porque tudofoi molhado e arrastado sem omenor cuidado.

Às 14h, a população nãotinha mais nenhuma esperançade que o rio baixasse. No pe-queno centro da cidade, a águajá cobria o telhado das lojas e

armazéns. “A água subiu tantoque lavou os pés da santa”, disseo prefeito Elói da Silva. A igre-ja de Santa Ana, padroeira da ci-dade, fica na parte alta da cida-de e foi pra lá que muita correupara escapar da enchente. O pre-feito ficou desabrigado e per-noita na casa de um primo.

Bem perto da ponte, na co-bertura de um prédio de doisandares, Gilmar Mariano

Brasileiro, de 41 anos,estava assustado, ten-tando achar um lugarseguro para descer ese salvar. No prédiofuncionava a únicapousada da cidade,de propriedade deGilmar Brasileiro.

Mais cedo, ele en-tregou sua motocicle-ta ao amigo JurandirAlves e pediu que elea levasse para umlugar seguro. En-quanto isso, GilmarBrasileiro ficou noprédio, para vigiar a

mobília. “Ele disse que não iasair para as pessoas não saquea-rem a pousada”, contouJurandir. O que ele pôde, levoupara o segundo o andar.

Depois foi para a cobertura,na tentativa de se salvar por-que, por dentro do prédio, nãohavia mais condições. A águajá passava de oito metros de pro-fundidade. Gilmar Brasileiro foivisto com vida até as 16h. Na ci-dade há relatos de que, depoisdesse horário, o prédio desabou

e ele lançou-se na água.“Eu estava lá no alto [morro

com plantação de laranja] e vitudo. O Gilmar correu de um ladopro outro e, em dado momento,o prédio caiu inteirinho, sem se

desmanchar. Ele pulou na água,como se fosse nadar para sobre-viver. Mas, depois desse tempotodo, como a gente não tem no-tícias deles, não sei não”, disse ojovem Diego Silva. (D.F.)

Buscas foram feitas na cidade e pela regiãoEm Santana do Mundaú,

Gilmar Brasileiro é a única pes-soa desaparecida. Duas criançasmorreram no período da en-chente, mas não se sabe se há re-lação das mortes com o fenô-meno. Numa comunidade co-lombola que fica nos arredoresda cidade, a menina JosineideMaria da Silva, de nove anos,morreu afogada num açude.No Sítio Cocau, o menino JoséOrlando da Silva, de oito anos,morreu soterrado por uma bar-reira. Sem contar com a de-struição, estes foram os dados

trágicos em Santana doMundaú.

Na cidade, a maioria dos fa-miliares de Gilmar Brasileironão tem mais esperança de en-contrá-lo vivo. O aposentadoGabriel Mariano Alves, de 72anos, pai do rapaz, é maiscauteloso. “Deus é quem sabecomo ele [Gilmar] está”, disseele. Experiente, Gabriel Alvesconta que, há 18 anos houveuma cheia parecida com estaem Santana do Mundaú e, dastrês pessoas levadas pelas águas,o resgate encontrou o corpo de

apenas uma. “Até hoje nãotemos notícias dessas outrasduas”, comentou Gabriel Alves.

A dona de casa LivaneteMaria Brasileiro, 66 anos, mãede Gilmar, diz que só quer tero direito de fazer o sepulta-mento do corpo do filho.“Depois desse tempo todo semnotícias, não tenho mais esper-anças de encontrar meu filhovivo”, contou com lágrimas nosolhos. Ela perdeu a casa e, nomomento, está abrigada na casade uma filha, na zona rural dacidade.

Gilmar Brasileiro foi levadopela cheia e, no local onde elehospedava os poucos visitantesque pernoitavam na cidade, háapenas um monte de restos deparede. Amaior parte do prédiofoi arrastada pelas águas.Amigos e familiares do rapazprocuraram por ele nos escom-bros de outras casas e prédios eaté nos arredores da cidade.Uma policial militar, irmã deGilmar, atuou junto a umaequipe especial do resgate, masnão conseguiu encontrar ocorpo dele. (D.F.)

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Dona Livanete já não tem esperanças de encontrar o filho com vida “Seu” Gabriel confia em Deus o paradeiro do filho: “Ele quem sabe” Dona Ilda só soube do sumiço do marido quatro dias depois

Renato conta que o pai era forte mas não suportou força da água

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Fotos: Marco Antônio

Aposentado foi arrastado pelo rio

A cidade de Rio Largotambém foi duramente cas-tigada pelo Rio Mundaú. AIlha Angelita, que fica nosarredores do Centro, virourio. As casas foram encober-tas pela água e, as que a na-tureza não derrubou serãodemolidas pelo homem. Nailha, todos perderam suascasas, mas nin-guém morreu.Também não hou-ve desaparecidospor lá.

Bem pertinhoda ilha, atravessan-do a ponte, ficava aRio Pousada, umdos prédios dos daregião pertencenteao aposentado Nar-ciso Pereira, de 76anos. A pousadafica bem perto dorio, onde esgoto doprédio é jogado.

No sábado, dia19, quando a enchente che-gou forte a Rio Largo,Narciso Pereira estava ten-tando salvar parte da mobí-lia, levando tudo para o pri-meiro andar. Entre 9h e 10hda manhã, ele desceu parapegar alguma coisa e a pare-de dos fundos caiu sobre ele,arrastando-o para dentro dorio. “Meu pai era um homemforte, mas, devido à idade,não pôde reagir contra afúria do rio”, contou o co-merciante Pedro Pereira,filho de Narciso Pereira.

Dona Ilda Pereira daSilva, esposa do aposenta-do, disse que só ficou saben-do do sumiço do maridoquatro dias depois. “Umamulher me disse que viuquando ele caiu, bateu coma boca num móvel e foi le-vado para o pronto-socorro.Meu filho [Renato Pereira] já

andou por todosos hospitais deMaceió e até noIML, mas nãoencontrou ne-nhuma notícia.Não tenho maisesperança de en-contrá-lo vivo.“Tem gente quese apega demaisàs coisas mate-riais e se esquecede Jesus”, co-mentou donaIlda.

Ela lamenta aquantidade de

informações distorcidas quetem recebido. “Tem genteque fica fazendo brincadei-ras com essa situação. Eupeço às pessoas que só pro-curem a família se realmen-te tiverem algum tipo de in-formação que possa levar aele ou ao corpo dele”, pediudona Ilda. Todos os dias, ofilho, Renato Pereira, vai aoIML na tentativa de reco-nhecer o corpo do pai. Nacidade, este é o único casoconcreto de desaparecimen-to. (D.F.)

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Gilmar não apareceu

Narciso: sem notícias

Em Santana do Mundaú, moradores ainda recordam o desespero da cheia

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IML recebeu maioria dos 29 corposEm relação ao número de

mortos, até sexta-feira, a DefesaCivil e o Corpo de Bombeirosfalavam em pessoas. No en-tanto, alguns corpos “se perde-ram” no caminho do IML. Issoporque, no Estácio de Lima,deram entrada seis corpos pro-venientes de União dosPalmares; seis de Murici; doisde Branquinha; quatro de RioLargo e dois de Santana doMundaú. Assim, pelo menosdo IML, os números sobre asmortes nas enchentes de junhochegam a 20 pessoas. Vale lem-brar que, nem todos os corposforam identificados no IML deMaceió.

No Estácio de Lima há re-gistros de óbitos de JoséCassiano da Silva, de 50 anos;Nelson Aniceto da Silva, 60;

João Djalma da Silva; ManoelAmaro da Silva, 89; CarlosSérgio da Silva, 47, e Fábio daSilva, 27, todos provenientesde União dos Palmares.

Da cidade de Murici, oIML recebeu os corpos deSebastião Miguel da Silva, 77;José Valdevino dos Santos;João Cândido da Silva Filho,51; Manoel Leite de Carvalho,e uma mulher encontrada naúltima quarta-feira. De RioLargo, deram entrada os cor-pos de quatro pessoas nãoidentificadas. De Branquinha,foram Gerbânia Zacarias daSilva, 20, e José Pergentino daSilva, 46. Duas crianças mor-reram em Santana do Ipa-nema, mas os corpos nãoderam entrada no IML deMaceió. (D.F.)

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Ponte Nova não suportou a força das águas caiu: agora é recosntruir

Número de desaparecidos sugeria centenas de mortosQuarenta e oito horas de-

pois do início das enchentes dejunho, dados da Defesa Civildavam conta de que 1.089 pes-soas estavam desaparecidas emAlagoas. Os números assusta-ram o Brasil e veio ajuda detodos os lados para trabalharnas buscas por estas pessoas.Cães farejadores especializa-dos em localizar corpos, espe-cialistas em catástrofes com ex-periência internacional, técni-cas e equipamentos avançadosem buscas e salvamento.

Uma semana depois, aForça-Tarefa foi desmontadacom o saldo de apenas quatrocorpos encontrados. A previ-são era de que houvesse, pelomenos 300, conforme cálculoempírico e otimista da DefesaCivil. Técnicos do órgão traba-

lharam com a possibilidade de,pelo menos um terço dos desa-parecidos estarem mortos.

Isso depois de vários sobre-vôos sobre a região destruídapelas enchentes. Desolador, ocenário justificava o número dedesaparecidos e, por extensão,“casava” com a estimativa demortos. “Quando recebemos ainformação sobre o número dedesaparecidos, estivemos na re-gião e vimos o cenário de des-truição, imaginamos que o nú-mero de mortos passasse detrezentas vítimas”, disse ummajor do Corpo de Bombeiros,envolvido nas buscas pelos de-saparecidos.

Vinte e três dias [completa-dos hoje] depois da tragédia, ainformação sobre o número ofi-cial de pessoas desaparecidas

ainda é alto, mas está bemlonge do que se pensou no iní-cio. Os três índices iniciais jánão existiam mais. Sobre aquantidade de desaparecidos,o número inicial era 1.089; de-pois passou para 135; permane-ceu vários dias em 67 e agoracaiu para menos da metade.

Até sexta-feira, o relatóriosobre os danos causados pelasenchentes de junho em Alagoastrazia a informação de que,àquele momento [sexta-feirapela manhã], 29 pessoas esta-vam desaparecidas em Ala-goas. Com uma ressalva: aDefesa Civil tinha números,mas não tinha nomes.

A justificativa foi a de queas informações vieram das pre-feituras que as coletaram juntoàs secretarias municipais de as-

sistência social. Os dados reve-lavam que, entre estas 29 pes-soas, 17 são de União dosPalmares; oito, de Branquinha;um, de Rio Largo; duas deMurici e uma de Santana doMundaú. Para esta, há nome,sobrenome, fotografia e até re-gistro de horas antes de ela de-saparecer nas águas do rio.

Sobre Rio Largo, a reporta-gem de O JORNAL esteve emtodas as escolas para onde foramlevados os desabrigados em buscade informações sobre parentes dedesaparecidos. No entanto, ne-nhum deles denunciou ter aomenos um parente sumido.

Em Branquinha e União dosPalmares, as conversas sobredesaparecidos são muitas, masnomes e informações sobreestas pessoas são poucas. (D.F.)

Cidade de Santana doMundaú foi devastadapela força do rio

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Alagoas está no topo do rankingdos crimes contra homossexuais16 assassinatos em 2010 fazem do Estado o lugar onde mais se mata pela intolerância

Elisana Tenório

Repórter

Dados do Movimento GayNacional apontam Alagoas co-mo líder no ranking brasileirodos assassinatos a homosse-xuais. O dado estatístico quedeixa o Estado numa péssimaposição no que diz respeito aosdireitos humanos aponta que,apenas este ano foram notifica-dos 16 crimes confirmadamen-te contra homossexuais: sendo11 de gays, três de travestis edois de lésbicas.

Para o presidente do GrupoGay de Alagoas (GGAL), NildoCorreia, esta realidade é resul-tado da falta de políticas públi-

cas, sobretudo nas áreas de edu-cação e geração de renda, e deum desempenho “insosso” porparte da polícia na apuração doscrimes. “É preciso rever, comurgência, muitas coisas para quea situação atual seja revertida”,alertou Nildo Correia.

Em 2008, Alagoas estava noquinto lugar no ranking nacio-nal dos assassinatos de homos-sexuais; ano passado, subiu,para o terceiro lugar. Agora,tornou-se campeão. Acada dia,a situação se agrava ainda mais.De janeiro a maio deste ano ti-nham sido registrados oito cri-mes. De maio para cá já são 16.Os últimos dois foram notifica-dos este mês.

Dos 16 crimes ocorridos esteano, seis aconteceram no inte-rior do Estado: Chã do Pilar,Arapiraca, Murici, Messias edois em São Miguel dos Cam-pos. Os outros 10 ocorreram nagrande Maceió. As principaisvítimas são os travestis, que ge-ralmente são assassinadosquando estão trabalhando nasruas, ou seja, fazendo progra-mas sexuais. “60% das vítimasdos crimes homofóbicos sãotravestis. A maioria dos assas-sinos são clientes – muitos ho-mens casados – que terminamnão querendo pagar o preçoacertado para o programa. Elesmatam para não serem identi-ficados”, explicou Rafael da

Silva Gomes, gerente da Diver-sidade Sexual da Secretaria deEstado da Mulher, Cidadania eDireitos Humanos.

O episódio protagonizadona semana passada, próximo aoprédio do Tribunal Regional doTrabalho (TRT), localizado aAvenida da Paz, pode exempli-ficar o que vem acontecendo. Otravesti Marcelo Pedro Justino,25 anos, conhecido como Mar-cela Presley, foi atingido comquatro tiros porque o cliente nãoquis desembolsar o preço acer-tado para o programa sexual.Resultado: ele foi morto e, atéagora, ninguém sabe nenhumdetalhe que possa levar ao cri-minoso.

Rafael da Silva Gomes afirma que 60% dos crimes são cometidos contra travestis pelos próprios clientes

Nildo aponta educação e oportunidade como problemas para gays

Seds e GLBT: números divergentesNa prática, Seds e o Movi-

mento LGBT não conseguemchegar a um entendimento so-bre esses dados. Enquanto omovimento alega que foram re-gistrados 16 assassinatos esteano, a Secretaria argumenta quedesses, apenas 10 têm caracte-rísticas homofóbicas.

“Enquanto isso, não po-demos traçar o plano e, con-

sequentemente, confeccionara cartilha com as prioridades.Antes de mais nada, é preci-so que a Secretaria de DefesaSocial retire a nomenclatura‘crime passional’ dos 10casos”, disse Rafael da SilvaGomes.

ACartilha Contra a Homo-fobia foi criada em 2008 peloMovimento Gay Nacional.

Além de estatísticas oficiais hápropostas de políticas públicaspara serem desenvolvidas nosestados brasileiros em váriasáreas, como educação, saúde,geração de renda.

O secretário da Defesa Soci-al, Paulo Rubim foi procuradopela equipe de O JORNAL, masele alegou não ter agenda parareceber a reportagem. (E.T.)

GGAL lamenta faltade comunicação

O presidente do GGAL temoutra queixa: da aparente faltade interesse do poder públicopara resolver o problema daviolência. Ele afirmou que, hátrês meses, desde quando fo-ram divulgados os dados quecomprovam que Alagoas é acampeão nacional em crimeshomofóbicos, a entidade en-viou relatório para o presiden-te da Ordem dos Advogadosdo Brasil em Alagoas(OAB/AL), Omar Coelho.

Em anexo, foi enviado tam-bém um pedido de audiênciapara que o assunto fosse dis-cutido. “Depois, tentamos fa-zer um contato telefônico. Mas,até agora, não obtivemos res-posta”.

O presidente da OAB/AL,Omar Coelho, afirmou, entre-tanto, não ter conhecimentodesse relatório. Ele, inclusive,levantou a possibilidade dodocumento ter sido encami-nhado para a Comissão dasMinorias da OAB. No entanto,Omar Coelho se comprome-teu a fazer contato com oGGAL para que um encontroseja marcado para breve. “Porenquanto, não tenho referên-cias para fazer sobre o caso.Mas, depois que a reuniãoacontecer, iremos nos pronun-ciar sobre esta questão”, de-clarou Omar Coelho.

O presidente da Comissãodas Minorias da OAB, AlbertoJorge, revelou que o relatóriodo GGAL também não chegouas suas mãos. (E.T.)

Estado carece deopção e rigor

Para o presidente doGGAL, Nildo Correia, doisfatores facilitam a violênciacontra gays, travestis e lésbi-cas: a falta de opções de em-prego e o pouco rigor comque a polícia parece tratar oscasos. As estatísticas compro-vam que a maioria desses cri-mes permanece impune.

“Avulnerabilidade encon-trada nas ruas é muito gran-de. E estas pessoas estão nasruas porque precisam ter umarenda para se sustentar. Comogeralmente não encontramtrabalho formal vão se pros-tituir. Essa realidade é resul-tado da ausência de políticaspúblicas e de muito precon-ceito. É preciso mudar comurgência tudo isso”, alertaNildo Correia.

Aprincipal vítima dos cri-mes homofóbicos são os tra-vestis. O presidente do GGALconta que geralmente elessaem de casa muito cedo, poisnão conseguem ser aceitospela família. A expulsão re-sulta em mais preconceito: en-contram várias barreiras naescola, no trabalho, no bairroonde moram, enfim, em di-versos segmentos da socieda-de.

“O grau de escolaridadedos travestis é muito baixo.Se a família não os aceita, ima-gina a escola. Recentemente,esta realidade melhorou umpouco por conta da lei esta-dual que passou a autorizaro uso do nome social no ma-terial escolar. Mas é precisomais. É preciso, por exemplo,um trabalho mais centradona qualificação dos educado-res para evitar o preconcei-to”, opinou Nildo Correia.

Ele explica que é preci-so também que sejam ofere-cidos cursos específicos degeração de renda especifica-mente para este público. Ameta é fazer com que os alu-nos encontrem uma alter-nativa de geração de rendae, assim, não precisem maisse prostituir.

Outro impasse é a formacomo a Secretaria de Estadode Defesa Social (Seds) defi-ne os crimes homofóbicos.“Em muitos deles, a secreta-ria simplesmente não o reco-nhece como crime homofóbi-co e sim como crime passio-nal. E isso complica muito.Aliás, isso e outros fatores fa-vorecem a impunidade. Dadécada de 1980 para cá mais,de 150 casos ficaram impu-nes. Dentre esses, o mais em-blemático talvez seja do ex-vereador por Coqueiro Seco,Renildo, que foi morto deforma monstruosa”, lembrouNildo.

Aliás, a definição se é ounão crime homofóbico dadapela Seds também chama aatenção e chateia o gerente deDiversidade Sexual da Secre-taria da Mulher, Cidadania eDireitos Humanos, Rafael daSilva Gomes. Ele reconheceque, até agora, o plano “Ala-goas contra a Homofobia”não foi implantado por contadisso. (E.T.)

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Marco Antônio

Thallysson Alves/Estagiário

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22 estados experimentaram monitoramento

Desde 2007, 22 estadosbrasileiros já fizeram testes ex-perimentais de monitoramen-to com presos. A aprovação danova legislação permite a con-clusão de processos de licitaçãopara contração de empresasque possam fiscalizar os de-tentos e para a compra dosequipamentos adequados.

Estudos apontam que omonitoramento eletrônico re-sultaria, aproximadamente,num gasto mensal de R$500,

por preso monitorado. Sendoassim, a Lei surge como uma al-ternativa otimização dos re-cursos para o sistema prisio-nal, e para a redução da popu-lação carcerária, por permitir asaída do sistema prisional paraa reintegração social do con-denado, sem a perda do poderde vigilância do Estado, umavez que fora implantada umequipamento que permite o tra-balho, educação e convívio fa-miliar. (T.M.)

Medida pode ter controle de detentos

Em Alagoas, 3.075 presosocupam as 1.350 vagas das pen-itenciárias do Estado. Segundoo intendente-geral do SistemaPenitenciário, Coronel. DárioCesar, 900 presos alagoanosfazem parte do regime semi-aberto. “Mas este regime foi in-terditado pela justiça em 2008,por encontrar irregularidadesna estrutura da execução penaldo regime”, explicou, sereferindo a inadequação daunidade prisional, bem como aausência quase que absoluta depolíticas públicas voltadas paraa reinserção social do detento,até a falta de fiscalização e mo-nitoramento estatais das saídastemporárias e trabalho externo.

De acordo com o CoronelDário Cesar, entre 10% e 12%das fugas se dão nos perío-dos de saídas autorizadas,como festas de fim de ano oumorte de parente. Ele acred-ita que a Lei é uma alternati-va positiva para o sistema eque, se regulamentada, deveter um controle efetivo na fis-calização dos presos. “Seriauma forma eficaz de moni-torar os presos, ao invés deocupar o sistema peniten-ciário. O condenado tem queser penalizado, mas precisatambém passar por umprocesso de reeducação eressocialização”, comentouDário Cesar. (T.M.)

OAB: atentado contra a ressocialização

Apesar de o Congresso Na-cional ser favorável ao monito-ramento eletrônico de condena-dos, bem como experiências in-ternacionais seguirem a mesmalinha, a solução tecnológica nãoencontrou amparo da Ordemdos Advogados do Brasil (OAB),que entende que a solução fereos princípios da intimidade e daprivacidade, expõe a pessoa mo-nitorada ao preconceito e aten-ta contra sua ressocialização.

No entanto, o presidente daOAB em Alagoas, Omar Coêlhode Mello, lembra que a constitu-cionalidade da lei ainda estásendo analisada e discutida pelaComissão de Estudos Consti-tucionais da OAB.

O presidente se diz favorá-vel ao monitoramento eletrôni-co, por entender que a falênciae as inúmeras mazelas do siste-ma prisional brasileiro fazemcom que atualmente inexistamformas de controle sobre os pre-sos que são liberados condicio-nalmente. “Infelizmente a gran-de maioria aproveita a liberda-de concedida para delinquir. Omonitoramento só não pode serutilizado para marginalizar opreso. Mas, em análise final, con-sidero que o sistema servirá parapreservar inocentes que são ví-timas de vários criminosos quese aproveitam da lei para come-ter crimes, a exemplos dos psi-copatas”, observou. (T.M.)

A polêmica do monitoramento de presosA medida poderá ser um instrumento para driblar a superlotação no sistema penitenciário; OAB vê problemas

Teresa Machado

Repórter

Os presos que cumprempena nos regimes semiabertoe prisão domiciliar, e que nãoforem considerados de alta pe-riculosidade, poderão ser mo-nitorados eletronicamente. Amedida passou a valer desdeque o presidente Luiz InácioLula da Silva sancionou a Leinº. 12.258, em junho deste ano,que autoriza o monitoramen-to por meio de aparelhoscomo pulseiras ou tornozelei-ras, que possuem tecnologiade Sistema de PosicionamentoGlobal (GPS), Sistema Globalpara Comunicações Móveis(GSM) ou radiofrequência. EmAlagoas, a Lei ainda será regu-lamentada pelo PoderExecutivo.

De acordo com a legislação,o condenado será orientadosobre os cuidados com o equi-pamento eletrônico e o cum-primento das determinações le-gais. A remoção, violação, oudanificação do equipamentoacarretarão a imediata regres-

são do regime, a anulação daautorização de saída temporá-ria ou da prisão domiciliar. Opreso também poderá receberadvertência por escrito, casoseja notificada alguma modifi-cação no aparelho. Também re-ceberá as visitas e contatos deresponsáveis pelo monitora-mento.

Segundo dados do Minis-tério da Justiça, a populaçãocarcerária do Brasil é de473.626 presos. Destes, 66.670cumprem a condenação emregime semiaberto, e 19.438,em regime aberto. De acordocom a Câmara dos Deputados,cada preso brasileiro custa emtorno de R$ 1.600 por mês aoscofres públicos. Os númerossão alarmantes e ressaltam aincapacidade dos governos fe-deral e estadual de fornecercondições mínimas para a exe-cução das penas, o que resul-tam em superlotação, inexis-tência de condições básicas dehigiene, assistência médica eoportunidades para a resso-cialização do infrator – comotrabalho e educação.

Yvette Moura

Com a saída de detentosque estão no regime semiaberto presídiospoderão ter mais condições deressocialização

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Roupas padronizadas garantem ao cliente reconhecer o mototaxista: prestação de serviço e confiança

Fotos: Yvette Moura

Estratégias para garantir o freguêsPara garantir a preferência

dos passageiros, os mototaxis-tas adotaram vários tipos derecurso. José da Silva, queexerce a atividade há apenasum mês, já transporta cincoclientes fixos diariamente, edisponibiliza até capa dechuva para eles. “Muitos pas-sageiros elogiam”, conta, sa-tisfeito.

Até agora, o motoqueiro jáconduziu pelo menos 50 pes-soas. “Mas a capa de chuva nãoé o único adereço. Existem tou-cas descartáveis para quem nãoquer colocar o capacete dire-tamente na cabeça e até coletescom alças, para que o passa-geiro não precise segurar nacintura do motoqueiro”, expli-ca Dorgival Menezes.

Segundo ele, a postura nahora de subir à moto é polê-mica entre os casais mais ciu-

mentos, que não gostam desaber do parceiro com as mãosna cintura alheia. “Tem mu-lher que briga só de imaginaro marido assim com uma pas-sageira”, conta, rindo.

No caso das passageiras, eledestaca que podem ser leva-das por condutoras, diminuin-do o risco de desavenças ma-trimoniais e de desconforto porandar com um homem desco-nhecido. “Temos quatro mu-lheres, chamadas de motogirls,aqui no Jacintinho, e elas fazembastante sucesso”, dizDorgival.

O valor da corrida é outroquesito bastante decisivo nahora de conquistar a clientela.Entre os motoqueiros doJacintinho, ela custa de R$3 epode custar até R$20, quandoo destino do passageiro é maisdistante. Mas sempre pode ser

negociada, ficando ainda maisacessível. (G.L.)

SEM AMEAÇA À CONCORRÊNCIA

Para os condutores, oserviço de mototaxi não re-presenta uma ameaça aos out-ros meios de transporte dealuguel, como taxistas, que co-bram mais caro. Eles alegamque cada um tem o perfil dopúblico-alvo diferente. “Aocontrário do que muita gentepensa, mototaxista não leva omesmo cliente que poderiapegar um táxi. Se a pessoa vaisair sozinha e quer chegar logono destino, ela pega uma moto.Mas se vai com a família, sequer mais conforto, não vaideixar de recorrer ao táxi”, de-fende o vice-presidente doSimeal, Sérgio Santos. (G.L.)

Segurança é aspecto que preocupaEm um serviço de transporte

como esse, outro quesito funda-mental é a segurança tanto dequem viaja como de quem con-duz o veículo. O motoqueiro Joséda Silva conta que já houve casosde colegas de trabalho vítimasde assaltos porque trans-portaram pessoas que os ren-deram, roubando, inclusive, amoto. “Ele foi levar um homemno trapiche, uma vez, mas quan-do chegou ao destino, o pas-sageiro era um ladrão e levoutudo”, lembrou.

Para evitar situações assim, asassociações orientam os moto-taxistas a nunca pegar pas-sageiros nas ruas, aleatoriamente,e sim nos pontos característicosdos bairros, onde os motoqueirosaguardam juntos. “Isso evita,também, que outros transporta-dores de passageiros reclamemda atuação do mototáxi, pois ele

só leva quem o procura; não hádisputa”, explica DorgivalMenezes.

Para não submeter a popu-lação à situação contrária, comrisco de ser transportada por as-saltantes, os motoqueiros devemusar coletes de identificação e terum número para o qual o pas-sageiro possa ligar e se certificardo caráter de seu condutor. “Ocerto seria já ter padronizado oserviço para que a identificaçãofosse a mesma em toda a cidade,mas como existe um projeto daPrefeitura para implantar essamedida, não podemos adiantarnada por nossa conta”, adiantouo presidente do Simeal, AlcidesAraújo.

No Jacintinho, os moto-queiros usam camisa e colete pre-tos, com o nome da associação eo telefone em letras amarelas. Jáno Benedito Bentes, onde fun-

cionam até rotas de trajeto fixode motoqueiros (como a linhaBenedito-Shopping PátioMaceió) o colete tem cor e nú-mero próprios. “Por enquanto, aforma que encontramos degarantir um mínimo de segu-rança é disponibilizando umacentral de telefone para o clienteligar, caso duvide da identidadedo motoqueiro. Aí ele pode teracesso a todas as informaçõessobre a pessoa e denunciar casonão seja realmente ligado à as-sociação”, disse Alcides.

Mas até agora, não foi reg-istrado nenhum caso de ameaçaà segurança dos passageiros,pelo menos no Jacintinho. “Osque trabalham aqui no bairrocresceram nessas imediações.Nós conhecemos todo mundo,de certa forma transportamossempre gente amiga”, conta ocondutor José da Silva. (G.L.)

Exigências para ser profissionalPara trabalhar como moto-

queiro, é preciso se enquadrarem uma série de requisitos. Deacordo com Alcides Araújo, oSimeal exige que os condutoresfaçam curso de direção defen-siva de 30 horas/aula doDepartamento Estadual deTrânsito de Alagoas (Detran-AL). “Além disso, é preciso termais de 21 anos de idade e pelomenos dois anos de experiên-cia. Não pode ter antecedentescriminais, nem deixar de man-ter o capacete asseado.Também não permitimos otransporte de três passageirospor vez e nem de crianças”, ex-plicou o presidente doSindicato.

Nas associações dos bairros,

convênios com lojas de autope-ças são outro recurso usadopelos coordenadores do serviçode transporte para garantir efi-ciência e segurança. NoJacintinho, quem precisar fazerqualquer reparo na motocicle-ta tem descontos especiais epode parcelar o investimento,“só não pode descuidar do equi-pamento”, adiantou DorgivalMenezes.

Aregulamentação da ativi-dade de mototaxista está pre-vista na lei federal 12.009, de29 de julho do ano passado.Ela descreve todos os requi-sitos mínimos necessáriospara admissão do motoquei-ro e deixa a cargo dos órgãosmunicipais a legalização e fis-

calização nas cidades.Em Maceió, a legislação não

cobre a atividade, mas já existeuma negociação entre a SMTT,as associações e o Sindicato deMotociclistas para legalizar aoferta do transporte. SegundoAlcides Araújo, a principal van-tagem dessa regulamentação éa possibilidade de padronizara identificação dos motoquei-ros, oferecendo maior seguran-ça aos passageiros e a eles pró-prios.

ASMTT foi procurada pelareportagem para comentar asnegociações, mas não se pro-nunciou. (G.L.)

*Sob a supervisão da Editoriade Cidades

Mototaxistas ganham as ruas de MaceióDepois de virar sucesso no interior, o novo meio de transporte de aluguel começa a virar moda na capital

Gabriela LapaEstagiária*

Tradicional no interior doEstado, o serviço de mototáxiestá ficando cada vez mais po-pular nas ruas de Maceió.Coordenado pelas associaçõesde bairro há pelo menos dezanos, o oficio começou a existir

sem regulamentação municipal,mas conseguiu garantir umaclientela fiel, atraída pela agili-dade das duas rodas. Aos pou-cos, a atividade vem ganhandoespaço e, nos pontos estrategi-camente montados nos bairros,até disque-passageiro já oferece.

“É prático. Quando preci-samos chegar logo a algum

lugar, é bem melhor”, defen-deu o servente José CláudioSantos, adepto do transporte.Ele prefere o mototáxi quandoprecisa se deslocar em horáriosde pico, com o trânsito conges-tionado, principalmente se forpor avenidas estreitas como asdo Jacintinho.

Lá, o transporte de passagei-

ros surgiu há 12 anos, com oaval do Sindicato de Mo-tociclistas de Alagoas (Simeal),mas sem regulamentação mu-nicipal. “Nós começamos a ofe-recer o serviço para ajudar a po-pulação, já que o bairro não temlinhas de ônibus suficiente. Hojecontamos com 40 motoqueiros”,explica o presidente da

Associação de Mototaxistas doJacintinho, Dorgival Menezes.

Há uma semana ele discu-te, com a direção do Simeal e aSuperintendência Municipal deTransporte e Trânsito (SMTT)uma forma de regulamentar aatividade para que todas as as-sociações de Maceió trabalhempadronizadas.

De acordo com o Sindicato,no interior, há mais de 700 mo-toqueiros trabalhando no ramo,identificados por coletes e nú-meros de cadastro. “Aqui, nacapital, não temos esse quanti-tativo, mas há pelo menos umaassociação em cada bairro”,disse Alcides Sampaio, presi-dente do órgão.

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Cidades JORNALO JORNALO

Mototaxistas conquistam clientes

e garantem queserviço não atrapalha a

concorrência

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Cidades JORNALO JORNALO

Cláudio Soriano diz que acidentes acontecem por descuido dos pais

Comportamento dos pais contribui para acidentesCláudio Soriano revelou

que os pais, muitas vezes, con-tribuem para determinadasocorrências. E, lembra que háobjetos que são guardados emlocais inadequados. “O potede biscoito ou bala fica semprena parte alta e o material delimpeza num espaço de fácilalcance no armário, ou melhorna parte baixa”, reclamou.

A maioria dos internamen-tos que acontece envolvendoos menores de 14 anos temcomo causa, em primeirolugar, o acidente de trânsito eas queimaduras por águaquente (escaldamento). por-que os pais utilizam hábitosinadequados, como tomarcafé quente com a criança,mexer panela no fogo com o

bebê no braço, entre outros.Ele afirma que de cada dez

internamentos infantis na alados prontos socorros, cerca de60% ocorreram por descuidodos pais. “Há dois locais nasresidências que são perigosospara as crianças: a cozinha eo banheiro”, lembrou CláudioSoriano.

Nem mesmo os playgro-

unds, espaço tão desejadoquanto disputado pelos me-nores, oferecem isenção dosacidentes. Uns que podemocorrer por pura traquinageme outros devido a manuten-ção dos brinquedos. CláudioSoriano lembrou que, há trêsanos uma criança faleceu comtétano, após se ferir em umapeça enferrujada. (M.L.)

Hora de pegar a estrada: atenção redobradaQuem vai viajar tem que

ficar atento a certos detalhesdesde a hora em que vai fazeras malas. “A segurança dos fi-lhos é importante e, essesdevem ser conduzidos dentrodo que prevê a legislação detrânsito”, orienta a chefe deServiços de Educação no Trân-sito, Maria Amélia Quintella.

Ela lembra que a desobe-diência no trânsito é um dosfatores que contribuem para onúmero de ocorrências, algu-mas fatais. Amélia explica quemuitas vezes os acidentes nãosão decorrentes da condiçãoda via, mas do condutor queé imprudente, se arriscandoem manobras perigosas. E afir-ma que via, condutor e veícu-

lo devem estar em condiçõesideais, para impedir que tragé-dias aconteçam. “Bom senso eprudência são importantesno trânsito, para im-pedir que acidentesaconteçam. O bomandamento do trân-sito depende da via,do condutor e do veí-culo”, afirmou.

Nas rodovias, ocondutor deve obe-decer a sinalizaçãopermitida e fazercom que os passagei-ros estejam dentrodos padrões de segu-rança, utilizando ocinto de segurança.Já as crianças, de acordo com

a resolução 277, que a partirde primeiro de setembro entra

em vigor, devem es-tar acondicionadasno bebê conforto, ca-deirinha e cinto, deacordo com a faixaetária de cada uma.

Dados do Depar-tamento Nacional deTrânsito (Denatran)de 2008 mostram queaconteceram 22. 272mortes por acidentes,envolvendo menoresde zero a 12 anos e802 vítimas fataisnessa mesma faixa

etária. Na campanha nacio-nal de trânsito deste ano queacontecerá no segundo semes-

tre o tema terá como base aimportância do uso do cintode segurança pelo condutor epassageiro. Aredução do riscode morte para quem usa é de50%.

O mecânico Cláudio Farias,recomenda que antes de viajaruma revisão básica deve serfeita no veículo. A manuten-ção deve passar pela checa-gem dos pneus, dos níveis deóleo, água, a situação dos frei-os e da suspensão, para-brisas,sistema elétrico, limpadores euma avaliação no motor. Fariasexplica que é ideal observartodos esses pontos, para evitaracidentes ou mesmo interrom-per a viagem em meio a rodo-via. (M.L.)

Nos dias de lazer, as crianças estão mais vulneráveis a acidentes que, às vezes, acontecem no ambiente mais seguro: em casa

Mônica Lima

Repórter

As crianças estão de férias.O período que é aguardado commuita expectativa; afinal é tempopara brincar e aproveitar ao má-ximo cada dia. Mas, para os pais,é tempo de redobrar a atençãopara evitar acidentes, que ocor-rem, em sua maioria, em casa,pois muitos acreditam que esseé o lugar mais seguro e, por issomesmo, relaxam na atenção. Paraevitar as ocorrências, que podemtransformar a alegria dos diasde folga em tristeza e até tragé-dias, é necessário adotar cuida-dos essenciais na residência e osque vão pegar a estrada devemse preocupar com o estado doveículo e os cuidados de segu-rança.

Dados mostram que os aci-dentes mais perigosos ocorremem casa e aumentam durante asférias. Eles podem ser evitadosdesde que os pais adotem medi-das simples de prevenção. Cho-ques elétricos, queimaduras, in-toxicação, sufocações, quedas eaté afogamentos são os que maisacontecem no lar, envolvendocrianças com idades entre 1 e os14 anos.

O presidente do Conselhodos Direitos da Criança e daSociedade Alagoana de Pediatria,Cláudio Soriano, informou quea falta de supervisão de um adul-to é um dos fatores que contri-

buem para os acidentes, queacontecem em dois grupos: osdomésticos e os que ocorrem forade casa. “Os acidentes, de umaforma geral, são responsáveispelas mortes envolvendo crian-ças de até os 14 anos. Desses,40% são relacionados ao trânsi-to, alguns envolvem pedestres eem bicicletas”, especificou.

Um fato chama a atenção dopediatra: os afogamentos. Essetipo de acidente ocupa a segun-da posição nos casos de mortesno Brasil. Cláudio Soriano afir-mou que eles acontecem commais frequência durante as fé-rias, atingindo especialmentepessoas da faixa etária até os 14anos. E o que tem mais chama-do a sua atenção é que as crian-ças geralmente se afogam na pre-sença de um adulto. Ele explicaque a distração é um item quecontribui, uma vez que, os paisou responsáveis se descuidamdurante o lazer. “A supervisãodeve ser contínua, independe deser nas férias. Não se pode per-der a criança de vista, até porqueo afogamento é uma morte si-lenciosa”, destacou.

Na relação dos acidentes quemais têm vitimado crianças estáa sufocação, seguida das quei-maduras por fogo e choque elé-trico, em função de instalaçõeselétricas mal feitas, que muitasvezes ficam expostas, facilitan-do o alcance das crianças semprecheias de curiosidade.

Férias e filhos: como garantir segurança?

Para Maria AméliaQuintela, na hora

de pegar a estrada,as atenções devem

se voltar para oscuidados com ocarro e com as

crianças

Yvette MouraMarco Antônio

“As criançasdevem

ser conduzidas

como prevê a

legislação”

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Municí iosp

Escola Municipal Humberto Castelo Branco funciona como abrigo provisório em Jacuípe

Maria Benilza mostra entulhos encontrados no banheiro do abrigo provisório que vive com a família no município de Jacuípe Criança mostra escorpião encontrado em abrigo, em Maragogi

Desabrigados relatam que os alimentos recebidos não são suficientes para atender à demanda

Desabrigados reclamam da falta de assistênciaMARAGOGI - Se os abri-

gos deveriam funcionar comoponto de apoio para aquelesque perderam tudo, nem to-dos estão cumprindo esse pa-pel. Cinco famílias que estãoalojadas na Escola MunicipalArlindo Estanislau da Silva,em Maragogi, reclamam daprecariedade do abrigo e dafalta de assistência. Segundoos desabrigados, a quantida-de de alimentos que chega aolocal é insuficiente, e faltamprodutos de limpeza e higie-ne pessoal, como sabonetes,escovas e pastas dentais.

O desempregado JardielNilo, 46 anos, conhecido como“Meu Jovem”, revela que asdoações que chegam através

do Corpo de Bombeiros nãoatendem às necessidades dosdesabrigados. “Somos 17 pes-soas: 8 adultos e 9 crianças.Recebemos cestas básicas, masa comida não é suficiente eestá acabando. Prometerammais alimentos, que até agoranão chegaram”, afirma. Paraele, a Defesa Civil e a Secre-taria de Assistência Social es-tão sendo omissa com as víti-mas das chuvas.

“Meu Jovem” cobra dacoordenadora da Defesa Civilde Maragogi, Aliete Estanis-lau, mais empenho em solu-cionar os problemas do abrigo.O desempregado relata quealém da falta de alimentos, fal-tam também produtos de hi-

giene. “Fizemos uma limpezaassim que chegamos à escolae encontramos até escorpião.Um dos banheiros tambémestá interditado, e o outro apre-senta problemas. Mas nãotemos alternativa, somos obri-gados a ficar aqui no abrigopor falta de opção”, expôs.

A dona de casa Maria Be-nilza Nascimento, 26 anos,conta que a coordenação daDefesa Civil procurou os de-sabrigados, oferecendo umsubsídio de R$ 100 para o alu-guel de novas casas, mas aproposta não foi aceita. “Comesse valor, só conseguiremoslocar casas em outras áreas derisco. Nas próximas chuvas,passaremos pela mesma si-

tuação. Queremos um auxí-lio maior para morar em lo-cais seguros e evitar novosacidentes”.

Maria Nascimento acres-centa que outra opção dadapela Defesa Civil foi a trans-ferência para a quadra públi-ca municipal, mas a propos-ta também não foi aceita. “Olocal não tem estrutura paraabrigar cinco famílias. Não hádivisões, é um espaço aberto.Como poderemos viver emum lugar assim? Sugerimos aconstrução de novas casas ouum auxílio para que possa-mos nos mudar. Não temoscomo morar em uma quadracom crianças pequenas”,acrescenta a dona de casa.

Defesa Civil rebate as acusações

MARAGOGI - A coorde-nadora da Defesa Civil em Ma-ragogi, Aliete Estanislau, negaque o órgão esteja sendo omissocom os desabrigados pelas chu-vas. Ela garante que percorreupessoalmente os pontos que fun-cionam como abrigo e que estáviabilizando, em parceria com oCorpo de Bombeiros, a distri-buição de cestas básicas nesteslocais. No entanto, afirma que asvítimas das chuvas não estariamcolaborando com o trabalho de-senvolvido no município.

“A Defesa Civil tem percor-rido todos os abrigos, buscandose inteirar sobre as reais neces-sidades. Mas merece destaque ofato de que quatro, das cincofamílias que estão na EscolaArlindo Estanislau da Silva, não

perderam suas casas, porquemoravam em residências alu-gadas. Ou seja, poderiam prov-idenciar outro espaço sem queisso representasse nenhum pre-juízo aos seus orçamentos”, ob-servou a coordenadora.

Estanislau acrescentou que aDefesa Civil também disponibi-lizou a quadra pública municipalpara que as famílias ficassem alo-jadas, mas a proposta não foi acei-ta pelos desabrigados. “A pre-feitura está cadastrando as víti-mas para que recebam um auxí-lio, mas elas estão resistindo emaderir ao programa porque jul-gam o valor irrisório. Sem co-laboração, o nosso trabalho ficalimitado. Isso prejudica tanto aDefesa Civil quanto eles, que con-tinuam em abrigos”, revelou.

O dia-a-dia dos abrigos provisóriosDezenas de pessoas perderam suas casas durante as enchentes e sofrem em moradias improvisadasEduardo Almeida

Repórter

MARAGOGI - A chuva quedesabou sobre o Estado, no mêspassado, obrigou centenas depessoas a deixarem suas casaspara se abrigar em escolas públi-cas, creches e quadras poliespor-tivas. Além de perder documen-tos, móveis e eletrodomésticos,os desabrigados tiveram queaprender a conviver e compar-tilhar objetos com pessoas des-conhecidas, em ambientes im-provisados – e algumas vezes,hostis. A reportagem de O JOR-NAL foi conferir como vivem

estas famílias.O trabalhador rural José Félix

da Silva Filho, de 45 anos, ga-rante que a falta de espaço é umdos maiores problemas enfren-tados pelos abrigos. Desalojadopela segunda vez, o morador deJacuípe divide quatro salas deaula da Escola Municipal Hum-berto Castelo Branco com outras26 pessoas. Sete famílias ocupamo espaço desde que o rio que dánome a cidade provocou o des-moronamento de suas casas. Elesaguardam, amontoados, que aprefeitura providencie novascasas populares.

“Falta espaço, cama, colchão,

lençol, comida. Tudo o que vocêimaginar. As doações chegam, ébem verdade, mas a quantidadenão é suficiente para sustentar26 pessoas por muito tempo.Também faltam roupas, leitepara as crianças e medicamentos.Estamos sendo acompanhadospela Secretaria de AssistênciaSocial e temos recebido as doa-ções, mas ainda é preciso mais”,revelou o trabalhador rural, emtom de revolta com a atuação dopoder público na escola em queestá abrigado.

Conforme o desempregadoJardiel Nilo, de 46 anos, sobra es-paço na Escola Arlindo Estanislau

da Silva, onde está alojado, emMaragogi. “Meu Jovem”, como éconhecido, reclama apenas dáfalta de privacidade. “Às vezes, agente quer fazer um carinho amais na esposa. Mas os filhos estãopor ali, ou então algum outro de-sabrigado, e a gente fica sem jeito.Tem que ir se virando como pode,quando aparece alguma oportu-nidade. O problema é que quasenunca aparece”, contou.

“Meu Jovem” divide o espa-ço no qual está abrigado comoutras quatro famílias, que so-mam dezessete pessoas. O de-sempregado afirma que, apesarda falta de privacidade, o local

proporcionou a integração entreas vítimas das chuvas. “As crian-ças fizeram novas amizades enós, adultos, estamos aprenden-do a conviver com pessoas com-pletamente diferentes de nós. Setem o lado ruim, também há umlado bom”, falou, referindo-seao clima fraternal que, segundoele, existe no local.

Apesar de reconhecer as di-ficuldades enfrentadas nos abri-gos provisórios, como a falta deespaço e de privacidade, a donade casa Maria Nazaré dos Santos,de 49 anos, diz que é privilegia-da. “Quantas pessoas perderamsuas casas e não podem estar

aqui? A gente é que parar de re-clamar e agradecer por estar vivo.E viver aqui é até engraçado, por-que a gente encontra todo tipo depessoa, e tem que conviver que-rendo ou não”, obervou a donade casa, que reside em Jacuípe.

Maria de Nazaré afirma, en-tretanto, que espera receber omais rápido possível uma novaresidência, já que a sua está com-prometida. “ADefesa Civil disseque terá que demolir a casa. Es-pero ganhar logo uma nova, por-que não há nada como o nossolugar, onde a gente pode ficar àvontade. Não reclamo do abrigo,mas não há comparação”.

Fotos: Eduardo Almeida

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Indústria no Agreste de AL, que teve investimento de R$ 1,6 milhão, está com as atividades paralisadas Unidade de fecularia foi construída com recursos do Ministério do Desenvolvimento Agrário

Manutenção na fábrica fez com que maquinário não fosse danificado Gestor do APL destaca importância da reabertura de fábrica

Atravessadores compram parte da produçãoA maior parte da mandioca

produzida em Alagoas vai paraoutros Estados. Isso ocorre por-que o mercado de farinha e fé-cula é restrito. Os Estados vizi-nhos são os que mais lucram,comprando o produto alagoanoa um valor irrisório e tomandoconta do mercado de farinha.Depois que a raiz vai paraPernambuco ou Sergipe, ela voltanovamente na forma de farinha.

A unidade mista surgiu paraevitar essa situação, em que a maio-

ria dos produtores de mandiocavende a raiz por um valor que nãodá para cobrir os custos da produ-ção.

O Estado produz, cerca de300 mil toneladas de mandiocapor ano, de acordo com a Secre-taria de Planejamento do Estadode Alagoas (Seplan). No entan-to, quase 70% da matéria-primaé vendida para outros Estadose volta a Alagoas na forma defarinha industrializada.

Nelson Ribeiro, explicou que

Alagoas é excedente na produ-ção de matéria-prima, mas apre-senta alto déficit de derivados.Para ele, a instalação da fecula-ria contribuiu para diversificara produção. "Os atravessadorescompram a matéria-prima porum preço mais baixo do que é co-mercializado em Alagoas e con-seguem levar o produto para ou-tros Estados", aponta.

INCENTIVO - O pouco es-tímulo para a produção de fa-

rinha é outra das causas apon-tada pelos especialistas pelafalta de lucro da mandioca co-mercializada em Alagoas. Des-de sua inauguração, a fábricanão conseguiu dar regularida-de a sua produção. Para Nel-son Ribeiro, o fechamento dafábrica é muito ruim porqueabriu espaço para os atraves-sadores, que já compram pro-dutos em Alagoas, e isso fezcom que o preço diminuísse.

Continua na página A22

APL fortalece produtores em AL

A construção da indústriada fécula foi contemplada noPlano de Ação do Programa deArranjos Produtivos Locais, de-senvolvido pelo Governo deAlagoas, com o apoio do Se-brae. O APL Mandioca no A-greste ganhou força nos últi-mos anos, com a moderniza-ção de agroindústrias e casasde farinha e a diversifi-cação de produtos.Além da tradicionalfarinha, os agricul-tores também já pro-duzem variadosbiscoitos e bolos epassaram aaproveitar integral-mente toda a planta,desde a raiz até asfolhas.

O arranjo en-volve um aglomera-do de empresas eprodutores de ummesmo setor, local-izados em ummesmo território, com vínculosde articulação, cooperação eaprendizagem.

O gerente da fecularia, JoséCarlos Duarte explicou que oum dos motivos para que opreço da mandioca não sofresse

nenhuma queda foi à comprafeita pela Conab que absorveparte da produção do Agres-te.

Quando a Conab começoua adquirir a produção, o sacocom 50 quilos era compradopor R$ 30,00 e hoje o preço é

R$ 45,00. "Aospoucos, os produ-tores estão con-seguindo equilibraro preço da farinhae comercializar emgrande escala. Coma reabertura da fec-ularia a situação vaiser bem melhor",expôs NelsonRibeiro.

O empreendi-mento conta com aparceria de diversasprefeituras daregião Agreste, do

Governo do Estado deAlagoas, da Fundação deAmparo à Pesquisa do Estadode Alagoas (Fapeal), Banco doBrasil, Caixa Econômica Fe-deral, Banco do Nordeste, Uni-versidade Federal de Alagoas(Ufal), Associação dosMunicípios de Alagoas (AMA),entre outros.

Fecularia está fechada há dois anosIndústria foi criada em 2005, na zona rural de Arapiraca, para equilibrar preço da mandioca no EstadoCarolina Sanches

Repórter

SUCURSAL DO AGRESTE- A primeira agroindústria defécula de mandioca de Alago-as, instalada em 2005, está comas máquinas paradas há doisanos por causa de um proble-ma de infraestrutura. O pro-jeto da unidade mista instala-da na zona rural de Arapiracaé mantido pelo consórcio demunicípios do Agreste (Con-siagre). Até julho de 2008, a fá-brica estava absorvendo cercade 10% da produção de man-dioca, beneficiando 50 tonela-das de raiz por dia, transfor-mando-a em fécula e farinha.

Construída com recursosdo Ministério do Desenvolvi-mento Agrário, que somam R$1,6 milhão, a fecularia surgiucomo uma alternativa econô-mica, depois que o fumo -principal produto de exporta-ção até o início da década de1990 - entrou em declínio, emconseqüência da baixa dos pre-ços e demanda.

O consórcio que faz parteda fecularia é formado por no-ve municípios que concentrama maior produção de mandio-ca do Estado. As prefeiturasque participam do consórciosão as de Arapiraca, Coité doNóia, Feira Grande, Girau doPonciano, Igaci, Junqueiro, La-

goa da Canoa, São Sebastião eTaquarana.

A capacidade da fábrica éde 50 toneladas por dia, pro-duzindo em média 20 tonela-das de fécula (o amido damandioca). Com a paralisaçãodas atividades, produtores fo-ram obrigados a vender paraatravessadores por um preçomais baixo.

O gestor do Arranjo Produ-tivo Local (APL) Mandioca noAgreste, Nelson Ribeiro, ex-plicou que o mercado tem con-dições de absorver a produ-ção do Agreste, estimada em300 mil toneladas, correspon-dendo a 70% de todo Estado."O maior problema quando a

fecularia funcionava era a faltade regularidade. Algumas ve-zes por causa de um equipa-mento com defeito os traba-lhos eram suspensos e isso im-pedia que fossem feitos gran-des contratos", disse.

Outro fator apontado porRibeiro era a falta de capitalde giro para garantir a com-pra dos agricultores. "Para quea fecularia funcione de formaadequada é necessário que osequipamentos estejam funcio-nando e que os produtorespossam estar seguros de quetêm a compra garantida", ex-pôs.

De acordo com o gerenteindustrial da fecularia do

Agreste, José Carlos Duarte, aparalisação da fábrica ocorreupor que uma das máquinas, acaldeira, quebrou e inviabili-zou o processo de produção."A demora para consertar acaldeira aconteceu porqueexistia um processo de licita-ção que deveria ser aprovadopelo Ministério Público e issolevou tempo. Nesses dois anosque a fecularia ficou parada asmáquinas passaram por cons-tantes manutenções e isso con-tribuiu para que não fossemdanificados", expôs.

Duarte informou que foicomprada uma nova caldeira,com recursos da Prefeitura deArapiraca, e que só esta fal-

tando a compra de uma es-trutura metálica para o arma-zenamento de água para quea produção seja retomada. Eleexplicou que a proposta é rea-brir com produção de goma,que não acontecia anterior-mente. A previsão é que issoaconteça esta semana. "Já estatudo pronto para que as má-quinas comecem a produzirgoma e a indústria volte afuncionar. Só estamos espe-rando que a empresa respon-sável pelo fornecimento deenergia aumente a potênciada rede. Mas já estamos pro-videnciando isso e esta sema-na já deve começar o trabalhona fecularia", explicou.

Compra

feita pela

Conab

garante

preço da

mandioca

no Estado

Fotos: Carolina Sanches

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Produtores entram em nova fase com foco na ampliação de mercado

Região Agreste possui mais de 26 mil agricultores familiares que são responsáveis por 75% de toda mandioca produzida em Alagoas

Classificadora exige produto de qualidadeOs produtores de mandio-

ca também comemoram a ins-talação de uma classificadorae empacotadora de farinha,que esta prevista para começara funcionar até o final desteano.

Foram capacitadas 29 casasde farinha no Agreste e, se-gundo Nelson Ribeiro, apenas100 estão em condições paraparticipar da entrega a classi-ficadora. "Pretendemos fecharcontrato e definir cotas paraos agricultores familiares. Acapacidade da empacotadoraé de 40 toneladas por dia e aregião tem como ofertar esseproduto. para isso, a pordu-ção deve passar por critériosde qualidades e nem todas ascasas de farinha tem condições

para isso", explicou o gestor.Para melhorar a qualidade

da produção, a proposta doAPL e da Cooperal é arealização de capa-citações e cursos aospequenos agriculto-res. O objetivo é es-timular a diversifi-cação da produção,melhorar o desem-penho dos empreen-dimentos rurais li-gados à atividade,estimular a criaçãode novos negócios ea geração de empre-gos. Também seráutilizado o manualque foi criado porpesquisadores em2007. Na ocasião, técnicos do

Sebrae e da Fundacentro rea-lizaram um estudode campo nas casasde farinha da re-gião Agreste deAlagoas.

O trabalho re-sultou na criaçãodo "Manual deReferência paraCasas de Farinha",com orientações erecomendaçõespara a melhoria daqualidade do pro-duto, resultandoem maior produti-vidade, melhoria

no padrão de vida dostrabalhadores e maior prote-ção do meio ambiente.

O conteúdo do manual

está dividido em cinco temas.São eles: Boas Práticas de Fa-bricação (BPF); DiagnósticoAmbiental; Saúde e Segurançano Trabalho; Ergonomia; eProjeto Arquitetônico. Sobreo processo de produção da fa-rinha de mandioca são con-templados, de forma bem di-dática, os cuidados que de-vem ser tomados nas seguin-tes etapas: Recepção das raí-zes; Descascamento; Lavagem;Prensagem; Peneiramento;Torração (secagem); segundoPeneiramento; Torração final;Resfriamento; e Ensacamen-to. Também são abordados osprocedimentos para o destinofinal dos resíduos e efluentesda fabricação de farinha.

Pequenos produtores buscam expandir

Somente na região Agrestede Alagoas são mais de 26 milagricultores familiares, concen-trados em 14 municípios, res-ponsáveis por 75% de toda amandioca produzida no Estado.A cada safra, conforme estima-tivas do APL e do InstitutoBrasileiro de Geografia eEstatística (IBGE), são produzi-das aproximadamente 320 miltoneladas de mandioca na re-gião.

Este ano, produtores que in-tegram o Fórum da Mandiocaentraram em uma nova fase comprojeto focado para ampliação demercado. "Entramos agora numasegunda etapa, que deve prosse-guir até 2012, quando até lá espe-ramos que todos os produtorescaminhem por conta própria.Estamos buscando novas parce-rias, a exemplo do Programa daAgricultura Familiar (PAA), quedetermina a compra de 30% damerenda escolar dos pequenosagricultores. É preciso que os pro-dutores tenham regularidade equalidade para ampliar a comer-

cialização", avaliava o gestor doAPL, Nelson Vieira.

Um projeto de reestrutura-ção da fecularia também preten-de fazer com que as vendas me-lhorem. O projeto foi aprovadopelo Banco do Brasil e tambémconta com recursos do Ministériodo Desenvolvimento Social. Oúnico entrave para que ele sejacolocado em prática e a falta darenovação da licença ambiental.Os produtores informaram queo processo para que isso aconte-ça esta em andamento.

COOPERATIVA - Compos-ta por agricultores familiares, aCooperativa dos Produtores Ru-rais do Agreste Alagoano (Coo-peral) é responsável pela admi-nistração da fecularia. A entida-de esta com uma nova diretoriaque assumiu no mês passado. Aproposta da atual gestão é forta-lecer a parceria com o APLe pre-feituras municipais para melho-rar a qualidade da produção noEstado e diminuir a ação dosatravessadores.

AA2222 Domingo, 11 de julho de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Arapiraca JORNALO JORNALO

Previsão do

APL é que a

classificadora

comece a

funcionar

até o final

deste ano

Fotos: Arquivo

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AA2233Domingo, 11 de julho de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Arapiraca JORNALO JORNALO

Botânica Margaret Mee desenhava as plantas que via na floresta Artista tinha como especialidade as plantas da Amazônia brasileiraTrabalhos mostram preocupação com a preservação ambiental

Uma mostra da obra deixada pela botânica inglesaMargaret Mee pode ser conferida na exposição “UmaVisão da Amazônia”, que está aberta, na unidade Sesc

Arapiraca, até o dia 30 deste mês. A mostra, uma parceria doSesc Nacional e da Fundação Botânica Margaret Mee, reúne20 ilustrações científicas, todas do livro Flores da Amazônia.

Nascida na Inglaterra e formada em Pintura e Design, emLondres, Margaret tinha como especialidade as plantas daAmazônia brasileira. Teria sido no Brasil que ela descobriuhabilidade para desenhar espécies vegetais. Ao mudar-separa o País, em 1952, na companhia do marido, a inglesa foiensinar arte na Escola Britânica de São Paulo e, lá, tornou-seuma artista de botânica pelo Instituto de Botânica de SãoPaulo em 1958. Começava, assim, sua aventura pela selvabrasileira e, pouco tempo depois, pela Amazônia. Suas expe-dições à floresta aconteceram no período de 1964 a 1988.

Margaret Mee não apenas desenhava e pintava as plan-tas que via na floresta como também colecionava algumas es-pécies para registrá-las depois. Há informações de que suaobra é composta por mais de 400 ilustrações em guache, 40livros de esboços e 15 diários. As três publicações mais co-nhecidas do seu trabalho são Flowers of the Brazilian Forests(1968), Flowers of the Amazon (1980) e In Search of Flowersof the Amazon Forest (1988), todas esgotadas e só encontra-das à venda em alfarrábios.

Mee morreu em 1988, na Inglaterra, em um acidente deautomóvel. Em 1989, em homenagem à inglesa, foi criada, noRio de Janeiro, a Fundação Botânica Margaret Mee. Declaradade Utilidade Pública Federal, a instituição tem como objeti-vo dar continuidade ao trabalho de Margaret Mee, que de-dicou sua vida à documentação e à defesa da biodiversida-de da flora brasileira e a conservação de seus ecossistemas.Com essa finalidade, a fundação atribui bolsas de estudopara os estudantes brasileiros de botânica e ilustração botâ-nica, com a oportunidade de estudarem na Inglaterra ou deconduzirem trabalhos de investigação de campo no Brasil.

Arapiraca tem mostra de Margaret MeeEXPOSIÇÃO

Obra deixada pela botânica inglesa pode ser conferida na unidade do Sesc até o dia 30 deste mês

SERVIÇO

Exposição Uma Visão da Amazônia, de Margaret MeeLocal: Espaço multieventos da unidade Sesc Arapiraca (Rua Manoel Cazuza, s/n,Santa Edwiges, Arapiraca-AL)Período da exposição: até 30 de julho (a visitação pode ser feita de segundaa sexta-feira, das 14h às 18h)Entrada francaMais informações: 0800 284 2440

Fotos: Divulgação

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A24 Domingo, 11 de julho de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: [email protected]

Arapiraca JORNALO JORNALO

Talento e musicalidade urbana

João Felipe Barbosa Baía, natural deArapiraca/Al, onde cresceu e iniciou a sua car-reira musical oficialmente aos 15 anos. Poremjá tinha contato com a musica e o publico aalgum tempo fazendo pequenas apresenta-ções. Enquanto se dedicava a musica tambémse dividiu outras atividades como Kung-Fu eNatação onde obteve grande desempenho. Foipor muitas vezes prestigiado e elogiado porpessoas que não conheciam seu trabalho, ehoje aos 16 anos tem seu nome circulando comfreqüência entre os futuros nomes da musicabrasileira. João Felipe, é o filho mais novo dojornalista Roberto Baía e de Arlete Barbosa, otalentoso garoto já esteve participando de im-portantes eventos a exemplo do Festival deCultura que homenageia Delmiro Gouveis,Festival da Juventude em Traípu, sempre éconvidados para as expressivas festas sociaise ontem participou com sucesso de uma bala-da pop rock onde se fez tributo ao LegiãoUrbana no Clube dos Fumicultores!

FIG é o que há!

Para ir ao Festival de Inverno de Garanhuns-PE nada mais charmoso que uma jaqueta jeans,ou até mesmo de couro e um chapéu de feltro...Para quem gosta de curtir um friozinho, e umaboa música, somado a uma temperatura que

na madrugadapode chegar a13º , além deatrações cultu-rais diversifica-das, é só come-çar a se organi-zar para na se-gunda quinze-na desse mêsde julho viajarpara Gara-nhuns a "Cida-de das Flores",conhecida tam-bém por "SuíçaP e r n a m -bucana" e cur-tir a 20ª ediçãodo Festival deInverno deGaranhuns queacontece entreos dias 15 a 24de julho. Comosempre a pro-gramação ofi-cial do FIG im-pressiona eatrai muitagente, este anoa lista de artis-ta convidadomostra maisuma vez o po-tencial do even-to: Alceu Valença, Gal Costa, Belo Xis comNeguinha da Beija-Flor, Skank, The Fevers,Adilson Ramos, Elba Ramalho, ReginaldoRossi, Pitty, Marcelo D2, Os Paralamas doSucesso, Paulinho da Viola, centena de artis-tas regionais de todo o seguimentos das Belas-Artes. O FIG é um evento onde se respira cul-tura!

IMPERDÍVEL!!

O fotografo André Fon comunica a popu-lação alagoana que no próximo dia 17 de julhoas 22h no Armazem Uzina festa beneficente"SOS ALAGOAS" para arrecadar alimentospara os desabrigados das chuvas do nosso es-tado... Serão dois ambientes climatizados umcom uma megaboate com o "DJ GUGA E SEUSEQUIPAMENTOS" e o outro com Show delançamento da banda "DUARHEM" e Showda banda de pagode "TABAKANA" e das ban-das de pop rock "LEBRE DE MARÇO" e "PA-LHAÇO PARANOIDE" ingresso 2 kg de ali-mentos por pessoa.... Participe venha se diver-tir e ajudar a aliviar o sofrimento dos nossosirmãos Alagoanos que perderam tudo!!

Concurso Miss Mundo OficialO Concurso Miss Mundo Alagoas é um evento de Miss Oficial que está diretamente ligado ao

concurso Miss Mundo Brasil (WWW.missmundobrasil.com.br). O Miss Mundo Brasil há mais de50 anos envia candidatas para o Miss Mundo Internacional e, em Alagoas, está retomando um tra-balho por meio do jornalista Artur Cavalcante, franqueado oficial, que tem a missão de realizar oconcurso e enviar uma alagoana para representar o Estado no concurso Miss Mundo Brasil 2010,entre 1 e 8 de agosto, em Angra dos Reis, Rio de Janeiro. O Concurso Miss Mundo Alagoas 2010será realizado na cidade de Arapiraca, 17 de julho, às 22hs, assim a capital do Agreste de Alagoasse viverá momentos de "Capital da Beleza Feminina" no buffet casa de festas eventos Levino´s Hall,com representantes várias regiões do Estado. Portanto as candidatas irão chegar em nossa cidadenos dias 15 e 16 para participarem de provas que serão classificatórias para a grande final do con-curso, dia 17 de julho. Durante os três dias em que as candidatas estiverem em nossa cidade, par-ticiparão de encontros sociais e farão visitas aos órgãos públicos e empresas da região.

GrandMondePor Aroldo MarquesE-mail: [email protected]

Modo de Vida Poder

À FantasiaPara marcar as comemorações do jubileu

de ouro de sua esposa Cleonice NascimentoLúcio, o empresário Jarbas Lucio se encon-tra felicíssimo e empenhado com sua famí-lia para com a realização do aniversário daquerida Cleonice que acontecerá em breve.O niver terá como tema festa a fantasia, cadaconvidado com seu personagem. Uma festa"bohème chic" que vai reunir o jet set da so-ciedade alagoana. Uma festa com muita sur-presa no ar!

Mister Alagoas NE 2010Alguns dos homens mais bonitos do es-

tado de Alagoas disputarão o título de "MisterAlagoas NE 2010" no dia 29 de Agosto, noTeatro SESI Arapiraca (Alagoas). Será umevento de moda e beleza, para um acesso vipexclusivo de 240 convidados e um júri com-posto por mulheres e homens que entendemde beleza masculina, entre eles: celebridades,figuras do mundo da moda e beleza, todos for-madores de opiniões. Os 15 candidatos re-presentaram municípios e empresas aqui doestado de Alagoas onde irão desfilar e seremavaliados com trajes de abertura, moda praiae moda casual para a escolha de 07 finalistas,e então será escolhido o "Mister Alagoas NE2010".O concurso Mister Alagoas NE 2010tem o objetivo de tornar conhecido o homemmais bonito do Estado.

Incerteza & CarnavalLápis de cor e caneta nas mãos vão à agen-

da, anote tudo que passou, avalie as coisasboas e brinde ao sucesso! Apague tudo quenão deu certo... Vamos fazer uma agenda deprováveis coisas prósperas... Volta às aulas, co-meçar de novo! Estive pensando na Copa doMundo, na derrota do Brasil... E se o Brasilfosse hexa campeão, como estaríamos? Felizesé claro!... Porque não damos a importânciadevida à sustentabilidade ecológica, o vaza-mento do petróleo no golfo do México é umacalamidade mundial. Aqui são muito saluta-res as campanhas solidarias as vitimas dasenchentes, mas será que os irmãos solidáriosirão sustentar essa motivação por muitotempo?... Será que as casas dos desabrigadosserão construídas mesmo, como será feito opassa e repassa desse dinheiro federal? E opleito político será favorecido de quê forma.Nossas vidas são constantes interrogações,desconfianças e incertezas de um mundo me-lhor... Aí vem o Natal, o Réveillon e oCarnaval... Depois é tudo quarta-feira decinza!!!

50ª turma O Summer Spa by Prodieta chega a sua

quinta década propondo uma semana de pro-gramação completa de atividades, que promo-vem a saúde do corpo e da mente, no perío-do de 25 de julho a 01 de agosto. Unindo exer-cícios físicos, acompanhamento nutricional epsicológico, além de tratamentos de bem-estarcom o Kur Boutique, empresa do grupo doKurotel Centro de Longevidade e Spa, quemparticipa do spa do Summerville Beach Resort,situado na praia de Muro Alto - Porto deGalinhas (PE), conta com completa infraestru-tura e apoio para a mudança de hábitos, ma-nutenção de peso ou controle de taxas.

Posse de reeleiçãoPós-graduado em Direito Processual o advogado Wesley

Souza de Andrade é o nome de maior referência profissionalno contexto social alagoano, casado com a bacharela ElianeFelix de Andrade e pais de duas filhas, Letícia (03 anos deidade), e a Lavínia ainda no ventre materno de Eliane que daráa luz em breves dias. Doutor Wesley Souza foi reeleito presi-dente do Rotary Club de Arapiraca, e na última sexta-feira dia09 de julho, esteve em festa de solenidade de posse, enquantosua esposa Eliane Felix de Andrade empossou Adjane sua su-cessora à presidência da Casa da Amizade.

Shopping Pátio ArapiracaMuito bem, tudo de vento em polpa, os alicerçares do

Shopping Pátio Arapiraca praticamente concluídos é o que dizAdoniran Guerra assessor e consultor do maior centro de com-prar que está sendo construído em Arapiraca, que a princípioteria suas obras concluídas ainda este ano. Portanto ventos fa-voráveis sopraram para se fazer um maior investimento. Dia16 de julho, Guerra receberá todos os investidores para apre-ciação do andamento das obras do Shopping Pátio em clima de

festa e feijoada.

La Bareda GrillUm dos restaurantes mais freqüentados de Arapiraca, por

sua excelente qualidade de cozinha e atendimento o La BaredaGrill uma organização do empresário Valmir Da La Corte, o LaBareda Grill anda de vento em polpa com ultimando seus pro-jetos estruturantes de reformas e para servir melhor a socieda-de arapiraquense e alagoana nos convida para o show de inau-guração que vai acontecer no dia 12 de agosto tendo o cantore compositor Guilherme Arantes com convidado especial, paraabertura do show o nosso Lourenço e sua Banda. A festa temassinatura de D2 Produções e assessoria da casa com o RP Salú.Informações pelo celular: 99856993.

Prêmio Homens de Sucesso Numa festa totalmente black-tie que vai acontecer no mês

de agosto, o mês masculino que se comemora o Dia dos Pais,e se faz alusão a masculinidade este colunista realizará o PremioHomens de Sucesso com um jantar dançante em noite de gala

aos seletos segmentos empresariais, profissionais liberais e po-líticos. Os homens serão indicados por uma comissão femini-na de Mulheres de Sucesso e na noite do Prêmio receberão umcélebre troféu em homenagem ao mérito, por participar da so-ciedade contribuindo para com o progresso de nossa cidade edo nosso país! Top do Top!

TeatroRir é o melhor remédio, já popularizou a coluna da revis-

ta Seleções Reader´s Digest. Sendo assim, agora é preparar ocampo para a chegada da comédia OS MELHORES DOMUNDO FUTEBOL CLUBE. Inédito em Alagoas, o espetácu-lo será apresentado nos dias 14 e 15 de agosto, no TeatroGustavo Leite - Centro de Convenções de Maceió. Formadapor Pipo, Welder, Adriana, Siri, Jovane e Victor, a Cia "OsMelhores do Mundo" é um fenômeno nacional. O grupo nas-ceu há 15 anos em Brasília e é sinônimo de casa lotada por ondepassa. Já estiveram em Maceió 3 vezes com os espetáculosHermanoteu na Terra de Godah e Notícias Populares e tudoindica que o sucesso com essa nova peça será ainda maior. Bomprestigiar!

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ArapiracaR. Pedro N. de Albuquerque, 573, Centro - 82

3530.4209/ 3521.2409

Eliane Felix e Wesley Souza deAndrade, felizes com a chegada de

Lavínia. Parabéns!

João Felipe é a grande sensação do pop rock do momento

Bianca Oliveira é uma dasfortes concorrentes a Miss

Mundo Alagoas 2010

Gilberto, Camilla Reis e Artur Cavalcante

Cleonice Lúcio e Jarbas Lúcio festa de arromba em clima à la fantasia

Diego Marques Mister Alagoas NE presença confirmada em Arapiraca

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JORNALO JORNALO

Domingo, 11 de julho de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Economia

Para Verônica Ferreira, abrir a empresa foi bem rápido e fácil José Carlos deixou de ser gerente e hoje é empreendedor individual Para Mônica Moura, o acesso ao crédito ainda é complicado

Para Izabel Vasconcelos, gerente do Sebrae/AL, sair da informalidade é garantir a cidadania empresarial

Saiba mais

O Empreendedor Individualé a pessoa que trabalha por contaprópria e que se legaliza comopequeno empresário. Para serum empreendedor individual, énecessário faturar, no máximo,até R$ 36.000,00 por ano, não terparticipação em outra empresacomo sócio ou titular e ter umempregado contratado que re-ceba o salário mínimo ou o pisoda categoria.

ALei Complementar nº 128,de 19/12/2008, criou condiçõesespeciais para que o trabalhadorconhecido como informal, possase tornar um Empreendedor In-dividual legalizado.

Entre as vantagens ofereci-das por essa lei, está o registro noCadastro Nacional de PessoasJurídicas (CNPJ), o que facilita-

rá a abertura de conta bancária,o pedido de empréstimos e aemissão de notas fiscais.

Além disso, o EmpreendedorIndividual será enquadrado noSimples Nacional e ficará isentodos impostos federais (Impostode Renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL).

Pagará apenas o valor fixomensal de R$ 52,15 (comércio ouindústria) ou R$ 56,15 (prestaçãode serviços), que será destinadoà Previdência Social e ao ICMSou ao ISS. Essas quantias serãoatualizadas anualmente, de acor-do com o salário mínimo.

Com essas contribuições, oEmpreendedor Individual teráacesso a benefícios como auxí-lio maternidade, auxílio doença,aposentadoria, entre outros.

Aformalização do Empreen-

dedor Individual pode ser feitapela Internet no endereçowww.portaldoempreende-dor.gov.br de forma gratuita.

Após o cadastramento, oCNPJ e o número de inscrição naJunta Comercial são obtidos ime-diatamente, gerando um docu-mento que deve ser impresso,assinado e encaminhado à JuntaComercial acompanhado de có-pia da Identidade e do CPF.

O Empreendedor Individualtambém poderá fazer a sua for-malização com a ajuda de em-presas de contabilidade que sãooptantes pelo Simples Nacionale estão espalhadas pelo Brasil.Essas empresas irão realizar aformalização e a declaração anu-al sem cobrar nada no primeiroano.

Alagoanos saem da informalidadeMeta do Sebrae é formalizar 16 mil até dezembro, mas atualmente mais de 3 mil já são empreendedores individuaisNide Lins

Repórter

José Carlos da Silva, 26 anos,até um ano e meio atrás era ge-rente de vendas, mas como todobrasileiro abriu seu próprio ne-gócio no ramo de alimentos e be-bidas. Ele vivia na ilegalidade,porque temia que os tributos fos-sem maiores que sua lanchone-te. Quando descobriu que pode-ria ser um Empreendedor Indi-vidual (EI) correu em busca de in-formações no Sebrae e finalmen-te conseguiu sair da informali-dade. Com orgulho, o alagoano,diz que agora é um empreende-dor individual, com CNPJ, dei-xou o mundo da ilegalidade ecomemora os bons resultados.

Entre eles, negociar melhor comos fornecedores preço e prazopara os produtos da lanchonete.

José Carlos agora está no uni-verso de 3.639 empreendedoresindividuais do Estado que desdejulho do ano passado saíram dainformalidade. Do total dos no-vos empreendedores legaliza-dos, 2.349 são de Maceió, 269 deArapiraca, 94 de Rio Largo, 88 dePenedo, e os demais estão distri-buídos entre outros municípiosalagoanos.

O segmento varejista lidera onúmero de empreendedores in-dividuais, seguido pelo salão debeleza, lanchonete, mini-merca-dos e ambulantes.

Segundo a gerente de Políti-cas Públicas do Sebrae/AL, Izabel

Vasconcelos, a meta do Serviçode Apoio à Micro e Pequena Em-presa é formalizar 16 mil até de-zembro deste ano.

Segundo dados do IBGE2007, em Alagoas 169 mil microempresas estão na ilegalidadecontra 67 mil formais registradosna Junta Comercial do Estado.

O processo de formalizaçãonão custa nada, apenas é preci-so da carteira de identidade, CPF,comprovante de residência e ocadastramento é através do en-dereço eletrônico www.portal-doempreendedor.com.br. Casonão tem computador ou nãoconsiga fazer o cadastro o Se-brae/AL tem uma equipe paraauxiliar os futuros EI.

Para ser um empreendedor in-

dividual a receita bruta anual é deR$ 36mil, uma média de R$ 3mil pormês e ter apenas um empregado.

"Formalizar é conquistar ci-dadania empresarial, além denovas oportunidades, como aces-so ao crédito, vender para o go-verno e aumentar a clientela.também passa a contribuir coma Previdência Social e receberbenefícios, como salário mater-nidade, auxílio doença, entre ou-tros", diz Izabel.

Já a costureira Verônica Fer-reira, 40 anos, já passou pela ex-periência de ficar doente por oitodias e só contabilizou prejuízo.

"Quando adoeci foi horrível,não tive direito a nada. não pa-gava Previdência. E como nãotinha como trabalhar, passei o

maior sufoco", conta ela, queagora também é uma empreen-dedora individual.

"Sempre sonhei em ter minhaempresa, mas nunca tinha di-nheiro para abrir. Como EI nãopaguei nada para abrir a empre-sa. Foi rápido e fácil", diz.

Outra que também diz termudado de vida é Monica Mou-ra de Araújo, 38 anos. Ela fez umpouco de tudo, de diarista a te-lefonista de telemarketing. Masquando abriu uma pequena grá-fica de cartões, convites, e outrosimpressos, viu sua vida mudar.

"Na minha empresa façotudo, arte, imprimo, visito osclientes, mas é meu negócio. SerEI tem suas vantagens, como ovalor mensal da empresa dá para

pagar sem problemas. Agora ofinanciamento ainda é poucopara os pequenos empresários,principalmente porque não te-mos capital de giro. Como em-presa, eu acreditava que o aces-so ao crédito seria melhor, masalém de não ser fácil é pouco",conta Mônica.

José Carlos da Silva tambémconcorda com Mônica. Ele, comogerente no comércio, ganhava umsalário mínimo por mês. Agoracom a lanchonete chega até maisde três salários. Mas, assim comoMônica, diz que o acesso ao cré-dito não é tão fácil. "Quem vaiabrir uma empresa deve calculardireitinho, porque se dependerde empréstimo de banco pode sefrustrar", alerta João Carlos.

Fotos: Nide Lins

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Fundo imobiliário é alternativapara se investir no mercadoEm 2010, captações, apesar dos riscos, já somam R$ 1,029 bilhão

G1

Aforte procura por imóveisno mercado brasileiro, que atraiinvestidores e impulsiona o au-mento dos preços de empreen-dimentos em todo o País, favo-rece também a propagação dosfundos imobiliários. A aplica-ção é considerada por algunseconomistas uma alternativapara quem deseja aproveitar o

bom momento do mercado,mas não tem dinheiro para com-prar uma casa ou apartamento,por exemplo.

Dados reunidos pelo Sindi-cato das Empresas de Compra,Locação e Administração deImóveis Comerciais de SãoPaulo (Secovi-SP) indicam quedez novos fundos imobiliárioschegaram ao mercado em 2010,em lançamentos que somaram

R$ 1,029 bilhão até maio. Omontante é bem maior que osR$ 561 milhões que os fundosimobiliários representaram noBrasil em 2008, e deve superara soma de R$ 2,878 bilhões queo segmento registrou em lança-mentos no ano passado, quan-do houve a criação de 23 novosfundos no total.

“Este ano o lançamento denovos fundos no mercado deve

superar os números de 2009, háuma demanda boa tanto de em-presas quanto de pessoas físi-cas”, estima o economista-chefedo Secovi-SP, Celso Petrucci. Há,de acordo com o Secovi, 34 fun-dos imobiliários listados atual-mente na Bovespa, totalizandoR$ 4,9 bilhões e com distribuiçãoentre mercado de escritórios(40%), shopping centers (30%)e pulverização dos demais.

AA2266 Domingo, 11 de julho de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Economia JORNALO JORNALO

Muitas construções podem ser financiadas com recursos dos fundos

- O que são os fundos imo-biliários?

- São grupos de investimen-to formados por investidoresque têm o objetivo de aplicardinheiro em todo tipo de negó-cios da base imobiliária: desdeo desenvolvimento de empreen-dimentos imobiliários até imó-veis prontos. Tem que ser ad-ministrado por uma instituiçãofinanceira.

O empreendimento ou partedele é construído com o dinhei-ro dos investidores: opções comflats, shoppings, hospitais e pré-dios comerciais são maioria. Orendimento para o investidorpode vir do pagamento de alu-guéis ou da simples valoriza-ção da cota comprada por cadaparticipante do fundo.

- Como investir em umfundo?

- Atualmente, há 34 opções

de fundos imobiliários listadosna Bolsa de Valores de São Paulo(Bovespa). Quem quiser inves-tir deve procurar uma correto-ra de confiança e se informarsobre qual a história, objetivos,rentabilidade e gestores de cadafundo.

- Depois de quanto tempodá para resgatar o dinheiro?

- Para sair de um fundo, nãohá tempo mínimo definido: épreciso, no entanto, vender acota que você comprou, o queé feito na Bolsa de Valores deSão Paulo (Bovespa). Um fundoimobiliário é bastante semelhan-te a uma empresa de capitalaberto, com seus acionistas, au-mentos de capital, assembléias,distribuições de resultado etc.

- Quais as vantagens dosfundos imobiliários?

- Pessoas físicas que tiverem

menos do que 10% das cotas deum fundo imobiliário têm isen-ção do Imposto de Renda sobreos ganhos, desde que o fundotenha, no mínimo, 50 cotistas.

- Quais as desvantagens?- Para o professor da Funda-

ção Getúlio Vargas, William Eid,a escassez de compradores e abaixa diversificação ainda fazemdo fundo uma opção poucoatraente para a pessoa física.

“A maioria dos fundos in-veste em um só empreendimen-to, então o ganho depende inte-gralmente do sucesso dele. Alémdisso, ainda não tem mercadopara vender quando você quersair. Há outras opções melhorespara a classe média”, diz Eid.

- Os fundos imobiliáriossão rentáveis?

- Há riscos como todo inves-timento. O caso mais emblemá-

tico de sucesso de um fundo éo do Shopping Higienópolis,que detém 25% do capital doempreendimento e cujo valorda cota subiu de R$ 100 no lan-çamento, em 2007, para R$ 372em maio deste ano.

- “Esse é fácil de vender,porque o shopping já funcio-na e deu certo. Mas há risco,há muitos outros que forammicos”, alerta William Eid.

- O consultor Sérgio Belleza,da Fundo imobiliário Consul-toria de investimentos, discorda.“Pelo contrário, há muita de-manda para se vender fundosimobiliários, pois estamos atra-vessando o melhor ano de todosem colocação de fundos imobi-liários”, diz Belleza.

Fonte:economistas Sérgio Belleza, William

Eid, Sílvio Paixão

Modalidade viável e de longo prazo

Especialistas consultadospelo G1, no entanto, alertam: ofundo imobiliário pode ser con-siderado opção de investimen-to viável para quem procuraretorno no longo prazo, desdeque o poupador faça o “deverde casa” de pesquisa sobre osgestores do fundo e planejecuidadosamente omontante a ser inves-tido.

“É preciso saberquem é o dono dofundo, de onde viráa renda. Por exemplo:a Petrobras vai alugaro prédio? Bom sinal.O prédio será em Xi-ririca da Serra e só de-pois vão achar um lo-catário? Mais risco”,ensina o professor Síl-vio Paixão, da Funda-ção Instituto de Pes-quisas Contábeis, Atuariais eFinanceiras (Fipecafi), que des-taca que é preciso definir umpercentual a ser investido. “Éinvestimento de longo prazo:para quem só vai pensar neledaqui a um, dois anos, no mí-nimo”, diz.

SAÍDA DIFÍCIL - Tantoplanejamento e cuidado são ne-cessários porque os fundosimobiliários são do tipo fecha-dos, ou seja: quem entra sópode sair depois de vender acota, como se fosse uma ação,

na Bolsa de Valoresde São Paulo (Boves-pa), como explica oconsultor Sérgio Bel-leza Filho.

“Não é um fun-do aberto como ren-da fixa, que vocêresgata quandoquer sair. É fechado,então se você quero dinheiro de voltatem que mandarvender suas cotas,como se fosse a açãode uma empresa”,

diz Belleza.O G1 conversou com econo-

mistas do setor e especialistasem finanças pessoais, que expli-caram como funciona o inves-timento e os cuidados que vocêdeve tomar antes de decidir sevale ou não apena colocar di-nheiro em um fundo imobiliá-rio. Confira:

Saiba mais sobre os fundos imobiliários

O investidor

deve saber

que se trata

de um fundo

fechado,

com regras

para se sair

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PEDIDOS SURREAIS

Quando o freguês expressa um desejo que não está aoseu alcance, é hora de dizer não. “Não adianta garantirao cliente que pode fazer tudo e depois decepcioná-lo”,diz Miranda. “É melhor ser sincero e dizer que, infe-lizmente, não vai poder atendê-lo”, diz o consultorMarcelo Cherto. “Se for o caso, indique outras em-presas que possam viabilizar o negócio. A sua firmanão vai receber nada, mas vai ganhar credibilidadejunto ao cliente. Quem sabe, em um futuro próxi-mo, essa outra empresa não retribua, indicando o seunegócio para um cliente dela?”

CLIENTES QUE TOMAM O SEU TEMPO

Se você gasta tempo com quem nunca está preparado,nem com disposição de ouvir os seus conselhos, está na horade mudar. Esse tipo de cliente é um desperdício de energia e di-ficilmente vai gerar um retorno compensador. Você nãopode ajudar quem não quer ser ajudado.

DESCONTOS E PECHINCHAS

Todos os trabalhos têm um preço justo. Sea empresa propõe um preço e o cliente pedeum desconto, ok, faz parte da negociação.Mas, se o cliente continua pechinchando, in-sistindo para que o preço seja ainda menor,é sinal de que não valoriza o trabalho daempresa. Talvez seja hora de dizer não.Se o cliente em questão for muito impor-tante para o negócio, uma solução é ofer-ecer o produto por um valor simbólico. Edeixar claro que se trata de uma cortesia.

PERSONALIDADE DIFÍCIL

Nada é bom o bastante para esse cliente.Ele reclama de tudo e de todos, e transfor-ma a sua vida (e a de seus funcionários) emum inferno. Talvez seja a hora de se livrardesse incômodo e dar atenção apenas para

aqueles que apreciam a empresa. Claro que é precisobom senso: não é o caso de dispensar o freguês naprimeira reclamação. Para Roberto Meir, especialistainternacional em relações de consumo e atendimentoa clientes, rejeitar o interessado é uma decisão que sódeve ser tomada em último caso. “Hoje em dia, umcliente pode destruir o seu negócio usando a internet.Então, vale a pena tentar atendê-lo”, diz.

DEPENDÊNCIA DEGRANDES CLIENTES

Essa é uma situação comum: muitas vezes a empresasofre ao depender completamente de um grande cliente.“Nestes casos, costuma-se aceitar situações que beiramo abuso”, diz Miranda. “Por isso, é importante fazer ogerenciamento de riscos para poder estabelecer limitese saber quando se deve dizer não”.

MIMOS E AGRADOS

Encher o cliente de agrados nem sempre é a melhorestratégia. Veja o exemplo de Marcelo D’Angelo, 30anos, diretor financeiro da CompTotal, empresapaulista de comércio de componentes eletrôni-cos.Em2008, a Comp investiu R$ 500 mil para im-

portar da China um isolante termorretrátil, es-pécie de fita isolante que se contrai quando

aquecida por sopro térmico, aderindo às su-perfícies de componentes, cabos e conec-tores. Assim que recebeu o produto,Marcelo foi inundado por pedidos deamostras. No início, cedeu, mandandopedaços da fita para clientes em todo oBrasil. “Mas, no final de 2009, vi que nãopodia mais agir assim. Fui criterioso. Dissenão para aqueles que nitidamente queriamusar a amostra sem intenção de encomen-dar nada. Falei que poderia enviar, medianteum depósito em conta, para aqueles queainda estavam em dúvida. E disse sim paraaqueles que eu queria muito que se tor-nassem meus clientes”.

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AA2277Domingo, 11 de julho de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Economia JORNALO JORNALO

Quando dizer não para o cliente?Acreditar que o consumidor tem sempre razão pode ser uma armadilha fatal para o empreendedorLeonardo Millen

Pequenas Empresas, Grandes Negócios

Seja qual for o tamanho ousegmento da sua empresa, apressão por resultados é cons-tante. Por isso, muitos em-

preendedores acreditam quedevem fazer de tudo para agra-dar aos clientes antigos, e darconta das expectativas daque-les que consideram ser consu-midores em potencial. Mas,esse raciocínio pode ser umaarmadilha. Nem sempre a em-

presa pode ou deve atenderaos desejos dos clientes. Por in-crível que pareça, dizer um so-noro não a alguns pedidospode ser um bom negócio.Antes de fazer concessões, dardescontos mirabolantes e dis-ponibilizar a equipe para pres-

tar um tratamento diferencia-do, é necessário calcular seaquele freguês vale mesmo àpena. “Qualquer cliente dá tra-balho. O que é preciso avaliaré se os dois lados vão sair ga-nhando”, diz Carlos AlbertoMiranda, sócio da consultoria

Ernst & Young, responsável naAmérica do Sul por empresasde alto impacto. Vários fatorespodem influir na decisão, masexistem duas perguntas que osempresários devem tentar res-ponder. Você está focado nosseus clientes mais lucrativos,

ou perdendo tempo com genteque não traz dinheiro para aempresa? O cliente em ques-tão se identifica com o seu mo-delo de negócio? Comece poraí. Depois, verifique se o seucaso se encaixa em alguns dosexemplos a seguir.

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JORNALO JORNALO

Domingo, 11 de julho de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

ImobiliárioImóveis.com

EM FOCO

O superintendente da Norcon emAlagoas, Álvaro Dantas, diz que a criseque afetou os mercados em 2008 e 2009 já épágina virada. Para ele, 2010 ficará marca-do como o ano da construção civil

Theodomiro Jr. [email protected]

ALERTA AOS CORRETORESO leitor André Gonçalves enviou uma pergunta que me-

rece a atenção não somente dos consumidores e investidores domercado imobiliário, mas, principalmente, dos profissionais queintermediam a compra e venda de casas, apartamentos e terre-nos: o corretor de imóveis. “Qual a responsabilidade do cor-retor de imóveis se ele repassar informações errôneas sobreo imóvel vendido?” Quem responde é a advogada EmanuelaVeneri. "O corretor de imóveis também tem responsabilidadepelas informações e omissões de informações. Com a alteração doCódigo Civil, o corretor passa a ter responsabilidade não só pelasinformações solicitadas pelo comprador, mas sim por todas queforem importantes para o negócio. Nestes casos, a pessoa que com-prou um imóvel e se sentir lesado por informações errôneas ouomissões pode processar a parte culpada. Por isso, é muito im-portante ficar atento ao contrato de compra e venda, verifican-do se existe cláusula específica para cada questão vital na nego-ciação, como prazo, rescisão e multa por atraso e inadimplência".

EM PÉ DE IGUALDADE

O mercado imobiliário está vendo surgir no hori-zonte novas construtoras que, estimuladas pelo progra-ma Minha Casa, Minha Vida, estão concorrendo em péde igualdade com empresas de peso do setor emAlagoas.

VERGA E UNICON

Para citar apenas duas construtoras, temos o caso daVerga e da Unicon, que lançaram recentemente dois em-preendimentos no bairro de Santa Amélia, de frente paraa lagoa. Ao observar a folheteria dos dois produtos, pode-se observar o cuidado em manter o cliente muito bem in-formado.

PRAIAS INTERDITADAS 1

Alagoas apresenta 22 trechos do litoral alagoano impró-prios para o banho de mar. O número foi divulgado peloInstituto do Meio Ambiente (IMA) após um levantamen-to realizado em 54 pontos monitorados pelo órgão am-biental.

PRAIAS INTERDITADAS 2

As praias da Ponta Verde, Pajuçara, Jatiúca e Cruz dasAlmas têm vários pontos interditados. A lista completa estána internet em www.ima.gov.br.

NA ARGENTINA?

De olho no filão da construção civil, a Basf, empresaalemã do setor químico, inaugurou sua primeira Casa deEficiência Energética (CasaE) na América do Sul. Sabe ondea empresa ergueu sua CasaE? Na Argentina.

ECONOMIA ENERGÉTICA

O imóvel de 200 metros quadrados foi construídocom materiais e soluções sustentáveis que, segundo aempresa, permitem a economia de 70% da energia ne-cessária para o seu funcionamento.

EM SALA DE AULA

Cerca de 280 colaboradores da Construção civil ala-goana iniciam nesta segunda (12) a nova turma do cursode ensino fundamental promovido pelo Serviço Social daIndústria (Sesi) em parceria com a Associação das Empresasdo Mercado Imobiliário de Alagoas (Ademi-AL). A aulainaugural do curso ocorrerá no auditório da Casa daIndústria Napoleão Barbosa, a partir das 17h30.

NIVER

Quem aniversariou esta semana foi o empresárioHelder Rebelo, diretor da construtora HF. Ele assinao projeto do Edifício Avenue Center, na Praia daAvenida.

JO

RN

AL

Falta de pessoal para atender demanda provocada pelo programa Minha Casa, Minha Vida atinge construtoras de todo o País

O aquecimento da constru-ção no primeiro semestre do anofez com que a atenção dos em-presários se voltasse ainda maispara a dificuldade de obter mãode obra qualificada.

Segundo sondagem do setorrealizada pela ConfederaçãoNacional da Indústria (CNI), afalta de trabalhador qualifica-do passou de segunda para pri-meira preocupação dos empre-gadores no período, comparadoao ano de 2009. Nos últimos trêsmeses do ano passado, o pri-meiro lugar era ocupado pelaelevada carga tributária.

"Em dezembro de 2009,nossa pesquisa piloto mostravaque a carga tributária era omaior problema para o setor daconstrução. Hoje é contratar pes-soas qualificadas, que vai desdeo pedreiro ao gerente de obra",explica Renato da Fonseca, ger-ente-executivo da Sondagem daConstrução Civil. A evoluçãodo emprego é calculada de trêsem três meses.

Aexpectativa é de que o pro-blema se agrave no curto prazo,mas que aos poucos se norma-lize, como resultado de investi-mentos das próprias empresasem qualificação desde que osetor começou a ficar mais aque-cido no ano passado. "Essaquestão dificulta o crescimentode imediato, faz as obras anda-rem mais devagar, mas temmuita gente se especializando,fazendo os cursos necessários",diz.

“A saída para a falta de mãode obra qualificada no mercadodeve partir das próprias cons-trutoras”, concorda MarcosHolanda, presidente do Sindi-cato da Indústria da Construçãode Alagoas (Sinduscon-AL).

A pesquisa da CNI mostraque o nível de atividade daconstrução se intensificou noprimeiro trimestre de 2010. Emmarço, o indicador do setorficou em 55,8 pontos, onde nú-meros acima de 50 pontos indi-cam aumento da atividade. O

índice está 2,6 pontos acima doresultado de fevereiro. Isso sig-nifica que mais empresas res-ponderam que a atividade cres-ceu mais em março do que nomês anterior.

Também há mais empresasneste começo de ano dizendoque contrataram mais que noúltimo trimestre de 2009.Segundo a sondagem, o indica-dor sobre evolução do númerode empregados ficou em 56,4pontos, ante 53,6 no período an-terior. "O índice acima de 50pontos mostra que há mais em-presas contratando do que de-mitindo e a expectativa é de queo ritmo de contratações aumen-te mais", diz o gerente da pes-quisa.

O índice que mostra a dispo-sição das empresas continua-rem contratando ficou em 66,2pontos em março, mesmo nívelde janeiro deste ano (66,8 pon-tos). As contratações devem sermais forte por parte das grandescompanhias, grupo em que o

indicador de expectativa de em-prego ficou em 74,1 pontos.

Aarrancada da atividade daconstrução em março está rela-cionada às obras de infraestru-tura, que não apresentaramcrescimentos nos dois meses an-teriores. Neste grupo, o indica-dor sobre o nível da atividadeem março ficou em 56 pontos,enquanto mercado mobiliárioficou em 53,9 pontos.

"Infraestrutura demorou umpouco mais para se recuperarno começo do ano que o setormobiliário. Por conta da novida-de da sondagem, ainda fica di-fícil analisar se é algo sazonalou se houve algum impacto es-pecífico", explica Fonseca.

O aquecimento da constru-ção também é verificado nasvendas da indústria de mate-riais, cujo faturamento cresceu26% em março sobre fevereiro.Projeções mostram que oProduto Interno Bruto da cons-trução deve crescer 9% em 2010em relação a 2009.

IMÓVEIS USADOS

Antes de fechar negócio confira adocumentação e eventuais defeitos

Depois de inúmeras buscas,você finalmente acha um apar-tamento que atende a todas assuas necessidades - de localiza-ção, tamanho e preço. Realizadaa compra, faz a mudança e des-cobre, num dia de chuva, umvazamento no teto de um doscômodos. Para evitar dor de ca-beça ao comprar um imóvelusado, alguns cuidados são ne-cessários.

Rachaduras, infiltrações edefeitos na iluminação são al-guns detalhes que podem ser"maquiados" e, portanto, omiti-dos durante uma negociação.Por isso, é necessária uma ava-liação criteriosa para conferir asreais condições da casa ou apar-tamento que está em vista.

O engenheiro civil FlávioFigueiredo, especialista em ava-liações de imóveis, ressalta queexistem várias formas de mas-carar um problema:

"É comum a camuflagem detrincas, fissuras e marcas deumidade com pintura ou outrotipo de revestimento. Vale res-saltar que esse procedimentopode causar sérios riscos ao mo-

rador. Por isso, é essencial queo comprador consulte um en-genheiro ou arquiteto, para quese faça uma análise profunda."

"É melhor verificar com al-guns vizinhos informaçõessobre o condomínio e visitar oimóvel e as redondezas em diase horários diferentes tambémsão dicas importantes", orientaa consultora em conflitos imo-biliários, a advogada CharlenePóvoas.

Segundo ela, uma reclama-ção bastante comum é a entre-ga da posse quando o imóvelestá alugado para terceiro: im-portante certificar-se de que ovendedor ofereceu ao inquilinoo direito de preferência da com-pra de forma escrita e documen-tada e que tomou as medidascabíveis para solicitar a devo-lução do imóvel", acrescenta

A advogada diz que, caso ovendedor omita alguma infor-

mação quanto a problemas exis-tentes no imóvel, ele deve as-sumir a responsabilidade.

Em termos de documenta-ção, Charlene ressalta que devehaver cópia da escritura e doregistro do imóvel junto ao car-tório de Registro de Imóveis; ea certidão negativa de débitoscondominiais, caso não estejamquitados, os débitos recairãosobre o novo proprietário.

A lista prossegue com a cer-tidão de propriedade com nega-tiva de ônus vintenária (situaçãodo imóvel durante os vinte úl-timos anos); certidões pessoaisdo vendedor em distribuidorescivis, trabalhista, justiça fede-ral, cartório de protesto e execu-tivos fiscais devem ser verifica-dos na cidade na qual se locali-za o imóvel e na qual resida ovendedor, caso sejam diferen-tes; e certidão negativa de IPTUe o carnê com as parcelas qui-tadas. ""Se for uma casa, é pre-ciso a certidão de propriedade,com averbação da construção,pois o novo proprietário corre orisco de estar comprando ape-nas o terreno.”

Escassez de mão de obraqualificada preocupa setor Construtoras precisarão qualificar profissionais e ainda manter ritmo de obras

Thiago Medeiros(Cortesia)

Cópia da escritura e do registro do imóvel junto ao cartório de Registro de Imóveis;

Certidão negativa de débitos condominiais (caso não estejam quitados, os débitos re-

cairão sobre o novo proprietário);

Certidão de propriedade com negativa de ônus vintenária (situação do imóvel durante

os vinte últimos anos);

Certidões pessoais do vendedor em distribuidores civis, trabalhista, justiça federal,

cartório de protesto e executivos fiscais (devem ser verificados na cidade na qual se lo-

caliza o imóvel e na qual resida o vendedor, caso sejam diferentes);

Certidão negativa de IPTU e o carnê com as parcelas quitadas; e

Certidão de propriedade, com averbação da construção (pois o novo proprietário corre

o risco de estar comprando apenas o terreno, e não a construção).

AO COMPRAR UM IMÓVEL USADO CONFIRA A PAPÉLADANECESSÁRIA PARA UMA TRANSAÇÃO SEGURA

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JORNALO LO

DoisJORNA

BB11Domingo, 11 de julho de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || ee--mmaaiill:: ccuullttuurraa@@oojjoorrnnaall--aall..ccoomm..bbrr Confira as promoçõesna Revista da TV

Elô Baêta

Repórter

Na entrada da cidade, a clave de sol - finca-da no solo da cidade de Marechal Deodorona última segunda-feira em substituição a

do seu virtuoso filho Nelson da Rabeca - irradiaum conclame inspirador ao seu ar musical natu-ral, íntimo, espontâneo; a adentrar nas veias de artejorrando do seu povo; nas cores dos delicados esuaves fios do seu artesanato. Nos acordes majes-tosos das filarmônicas soando em cada pedra dassuas estreitas e históricas ruas. Na sua secular ar-quitetura, no seu valioso patrimônio sacro. Nos pal-cos dos seus saudosos festivais de cultura, de me-moráveis acontecimentos históricos, de tradiçõespopulares, de um folclore cultuado.

Primogênita a erguer o estandarte de capitaldas Alagoas e o bastão honroso de terra-mãe doproclamador da República do Brasil, o primeiroa sentar no trono presidenciável brasileiro,Deodoro da Fonseca, a histórica e culturalMarechal Deodoro está prestes a retirar da "manga"mais uma poderosa carta no seu baralho culturalcom um naipe que irá reviver os ares artísticos deséculos atrás.

Acidade se prepara para respirar, receber, sen-tir; para abraçar calorosamente as artes na 1ª FestaLiterária de Marechal Deodoro (Flimar), que serárealizada de 1º a 5 de setembro deste ano. Épocaem que o seu chão irá sentir os passos de escrito-res, poetas, historiadores, cronistas, contadoresde histórias, repentistas, teatrólogos, artistas, ci-neastas.... Tempo de louvar mestres nas letras, nasartes.

Dentre os inúmeros preparativos para o even-to está sendo dada uma atenção especial ao seulançamento, durante este mês e em agosto, emAlagoas e outros estados. Tudo começa com aapresentação da programação na cidade-berço doevento a sua população, a personalidades e ór-gãos ligados à cultura e ao turismo, na manhã dopróximo dia 16, às 9h, no Palácio Provincial deMarechal Deodoro. Na noite do dia 22, o lança-mento chega à capital federal para abrir a sua im-portância à bancada alagoana no Senado e naCâmara, aos habitantes das Alagoas que residempor lá, aos amantes de arte e cultura, no MercadoMunicipal de Brasília.

Já no dia 6 de agosto, a pioneira festa apresen-tará os seus encantos à cidade histórica de Parati,no Rio de Janeiro, encerrando o seu calendário delançamento em Maceió, no dia 27 do mesmo mês,no Hotel Ponta Verde.

Continua nas páginas B2 e B3.

Berço da música e,

em breve, das letras

Marechal Deodoro

Cidade histórica será palco da 1ª Festa Literária de Marechal Deodoro (Flimar), de 1º a 5 de setembro desteano. Evento terá palestras, mesas-redondas, debates, atividades artísticas e culturais de diversas áreas. Inicia-tiva, com investimento de R$ 200 mil, vai receber mais de 40 escritores, entre alagoanos, nacionais e interna-cionais; lançamento oficial acontece nesta sexta-feira, às 9h, no Palácio Provincial de Marechal Deodoro

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A clave de sol foi instalada no último dia 5, no acesso à cidade - antes ocupado pelo monumento do deodorense Nelson da Rabeca - para dar ainda mais visibilidade ao município como o celeiro musical de Alagoas

Ruas da primeira capital do Estado abrigarão exibição de teatro e cinema de rua, apresentações artísticas, exposições e atividades literárias

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JORNALO JORNALOVariedadesDomingo, 11 de julho de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected] BB22

Continuação da página B1

A 1ª Festa Literária deMarechal Deodoro tem alagoa-nidade por todos os lados,desde a escolha da cidade paraabrigá-la às homenagens queserão prestadas a dois filhosilustres das suas terras. O cen-tenário do crítico, ensaísta, tra-dutor, filólogo, lexicógrafo e di-cionarista Aurélio Buarque de

Holanda - comemorado emmaio deste ano -, nascido nopequenino município litorâneode Passo do Camaragibe, tam-bém será lembrado, sendo oescritor o grande homenagea-do da Flimar.

Já o nome da escritora deo-dorense surge para estamparo Prêmio Escritora Arriete

Vilela - Concurso de Redação,que será lançado durante afesta literária, sobre o temaAurélio Buarque de Holanda.Poderão participar todos os es-tudantes da rede de ensino dacidade, sendo o melhor textoagraciado com um computa-dor e um dicionário; para osque conseguirem colocação do

segundo ao sexto lugar serãodistribuídos bicicletas e dicio-nários, e os que atingirem dasétima à décima colocação re-ceberão dicionários. A premia-ção será entregue no dia daProclamação da República - 15de novembro.

Inspirada na Festa Literáriade Parati (Flip) pelo secretário

de Cultura de Marechal, o es-critor Carlito Lima, incentiva-da pela atual gestão municipal,com orçamento de cerca de R$200 mil e o apoio de inúmerosparceiros, a 1ª Flimar chegapara construir mais um capí-tulo no livro histórico da cida-de. Sem dúvida será um tempode alta para o entrelace entre as

cores, o talento, o jeito e os tre-jeitos artísticos de deodoren-ses, maceioenses, alagoanos.Uma iniciativa que tem tudopara chegar, crescer e frutifi-car, para deixar sementes, pararevolucionar a cultura alagoa-na. (E.B.)

Continua na página B3.

Com a singela proposta deresgate dos tempos áureos dosfestivais de cultura realizadosna cidade em décadas passa-das, adentrando fundo na me-mória dos deodorenses maisantigos e acendendo chamasainda mais ardentes nas novasgerações, ressaltada pelo atualsecretário de Cultura deMarechal Deodoro, CarlitoLima, a Flimar vem com o de-senho de se consolidar no ca-lendário cultural alagoanocomo um evento anual, con-templando especialmente a li-teratura, sem esquecer os di-versos segmentos da arte, dacultura, da história deodoren-se, alagoana.

Serão cinco dias de pales-tras, mesas-redondas, debates;de uma variedade de ativida-des literárias; da musicalidadeclássica dos concertos; da so-

noridade popular de corais egrupos do Estado; de cinemae teatro ao ar livre; de mostrasartísticas; da ascensão dos fol-guedos e das tradicionais fi-larmônicas nos palcos da ci-dade. A festa pioneira nasAlagoas pretende levar os seusencantos a toda a rede de en-sino do município - com 13mil alunos, distribuídos em 23escolas -, aos dez mil habitan-tes que povoam as suas histó-ricas ruas, a visitantes, turistase ao povo em geral, sendo es-perados pelos organizadoresdo evento cerca de três mildeles.

A Flimar será adornadacom a presença de mais de 40escritores - do Estado, de foradele e de outros países -, den-tre eles, os alagoanos Romeude Loureiro, Carlos Nealdo,Enaura Quixabeira, Edilma

Bonfim, Ledo Ivo; o paulistaInácio de Loyola Brandão, opernambucano Maurício MeloJúnior, o uruguaio RobertoBianchi, a argentina AdrianaRuiz, como participantes dosdebates e palestras, que serãorealizados no auditório doEspaço Cultural Santa MariaMagdalena da Alagoa do Sul(antigo nome do município deMarechal Deodoro) - com ca-pacidade para 300 lugares - enas escolas da cidade.

Trinta tendas serão arma-das nas ruas e na orla lagunardeodorenses para receber aarte de diversos municípiosalagoanos, a Feirinha doArtesanato de Marechal, amostra de autores alagoanos,a poesia popular, o cordel, ocantador de viola, os contado-res de histórias, o teatro derua, com a ilustre presença de

artistas convidados, comoChico de Assis, Paulo Poeta,Rogério Dias, Jorge Calheiros,dentre outros. Esses locaistambém serão abrilhantadoscom apresentações das ban-das filarmônicas do municí-pio e de grupos folclóricos ala-goanos.

As praças serão invadidaspor uma programação cultu-ral e literária intensa para ascrianças. A casa onde nasceue viveu o marechal Deodoroda Fonseca será dedicada aolançamento de livros. Já oPonto de Cultura - recente-mente reformado - será palcode uma exposição de pinturase fotografias. As igrejas tam-bém não poderiam faltar noroteiro da festa como célebrescartões-postais da cidade. Épara lá que a Flimar levará di-versos concertos. (E.B.)

Homenagens aos alagoanos Aurélio Buarque de Holanda e Arriete Vilela

Flimar nas praças, escolas, ruas e orla lagunar

Até a cadeia da cidadeabriu as suas portas em louvorà arte. O local foi cuidadosa-mente reformado e transfor-mado em um cinema, levandoà população em caráter defini-tivo - não só durante a festa -a exibição de filmes nacionaisnuma parceria com o Institutodo Patrimônio Histórico eArtístico Nacional (Iphan). Asétima arte permanecerá pre-sente durante todo o evento le-vando à tela ao ar livre diver-sas produções numa promo-ção do Sesc-Sesi, e o telão mon-tado no Cais das Lanchas seráinvadido pela produção nacio-nal rodada nas terras deodo-renses, O bem amado.

Na noite anterior ao encer-ramento da festa (4 de setem-bro), os Seresteiros da Pitan-

guinha darão início aos primei-ros acordes nos seus instru-mentos em celebração ao even-to, percorrendo e deixandoecos do seu inesquecível e in-confundível som pelas ruas docentro da histórica cidade.

A 1ª Festa Literária deMarechal Deodoro tambémterá outros enfeites, como CaféLiterário, visita às igrejas e aoCentro Histórico da cidade -com guias turísticos -, distri-buição de livros doados em co-munidades carentes, Expressodo Saber (Biblioteca Ambulantedo Instituto Arnon de Mello),Exposição de Coleções Filaté-licas nos Correios, encerrandoo seu louvor à Literatura comuma exuberante Cavalhada nobucólico e histórico bairro deTaperaguá. (E.B.)

E a cadeia virou cinema

Cadeia foi transformada em cinema para a exibição diária de filmes

Carlito Lima mostra onde serão armadas tendas com exposição de artesanato, livros e produções artísticas de vários municípios do Estado

Escritora Arriete Vilela dá nome ao prêmio de redação; dicionarista Aurélio será o grande homenageado

Alessandra Vieira

Alessandra Vieira

ArquivoArquivo

Page 31: OJORNAL 11/107/2010

07h00 - Info10h30 - Brasil Caminhoneiro 11h00 - Caçadora de Relíquias12h00 - Band Esporte Clube14h30 - Direto da África 15h00 - Copa do Mundo

- Holanda x Espanha17h30 - Terceiro Tempo20h30 - Domingo no Cinema

- Jogada Final22h30 - The Unit - Tropa de Elite23h15 - Diário da África 23h30 - Canal Livre00h30 - Mundo Fashion01h00 - Cine Band

- O Mistério de Candyman03h00 - Vida Vitoriosa

VariedadesDomingo, 11 de julho de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

TTVV AABBEERRTTAAEDUCATIVA Canal 3

01h15 - IURD05h25 - Bíblia em Foco05h55 - Desenhos Bíblicos 06h45 - Nosso Tempo 07h15 - Desenhos Bíblicos08h00 - Record Kiks09h00 - Ponto de Luz10h00 - Alagoas da Sorte

11h00 - Informativo Cesmac11h30 - Conexão 12h00 - Tudo é Possível16h00 - Programa do Gugu 20h00 - Domingo Espetacular00h00 - Serie: Heroes01h15 - IURD

TV GAZETA05h40 - Santa Missa 06h40 - Sagrado06h50 - Gazeta Rural 07h20 - Pequenas Empresas07h55 - Globo Rural08h50 - Grande Prêmio da Inglaterra

de Fórmula 1 10h45 - Auto Esporte11h00 - Esporte Espetacular 12h20 - Aventuras do Didi12h55 - Os Caras de Pau13h40 - Temperatura Máxima

- O Medalhão15h10 - Copa 2010

- Holanda x Espanha18h00 - Domingão do Faustão20h45 - Fantástico23h15 - SOS Emergência23h45 - Copa 2010

- Central da Copa00h45 - Domingo Maior

- O Atirador - Apontando Para a Morte02h20 - Sessão de Gala

- A Guerra dos Winters

Canal 7 TV BANDEIRANTES Canal 38

TV ALAGOASA emissora não forneceu sua programação.

Canal 5

TV PAJUÇARA Canal 11

06h00 - Via Legal06h30 - Brasil Eleitor07h00 - Palavras de Vida08h00 - Santa Missa09h00 - Viola Minha Viola10h00 - A Turma do Pererê10h30 - Esquadrão Sobre Rodas11h00 - Castelo Rá-Tim-Bum11h30 - Janela Janelinha12h00 - ABZ do Ziraldo12h45 - Curta Criança13h00 - Um Menino Muito Maluquinho13h30 - Catalendas14h00 - Dango Balango14h30 - TV Piá15h00 - Stadium16h00 - A'Uwê17h00 - Ver TV

18h00 - De Lá pra Cá18h30 - Cara e Coroa19h00 - Papo de Mãe20h00 - Conexão Roberto D'Ávila21h00 - Repórter África - Copa 201022h30 - Nova África23h00 - Cine Ibermédia00h45 - A Grande Música01h45 - DOC TV02h45 - Curta Brasil

JORNALO JORNALO

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Continuação da página B2

Veja o que alguns escritores participantes pensam sobre a Flimar

ADRIANA RUIZ

Palestra: A integraçãodos escritores sul-ameri-canos.

“Eu considero muito impor-

tante a realização deste even-

to como uma oportunidade

para iniciar um trabalho con-

junto entre escritores de difer-

entes lugares. Além disso,

desde o pessoal, em Alagoas,

encontrei o meu paraíso na

terra, a sua geografia, suas

belezas naturais e seu povo

que sempre nos acolhem com

carinho e bondade”.

JANAÍNA AMADO

Palestra: Feminismo, co-munismo, loucura e poesia:o caso da escritora JacintaPassos (1914-1973).

“Eventos literários desse

tipo são sempre impor-

tantes porque fertilizam o

terreno da literatura, fazen-

do germinar ideias em

torno de livros e autores.

Em um Estado e cidade car-

entes de livros e da cultura

escrita, um evento como

esse poderá ser um marco

para a difusão da literatu-

ra que se faz em Alagoas e

em outros estados. Espero

que seja o primeiro de

muitos em Marechal

Deodoro”.

MAURÍCIO MELO

Palestra: Panoramaliterário de Alagoas na dé-cada de 30

“A literatura é a forma mais

plena e divertida de se en-

tender a humanidade. Nós,

que tivemos o privilégio e

a oportunidade de ler um

pouco mais, temos o dever

de tentar incentivar a leitu-

ra. Se, dessa reunião, ficar

em Marechal Deodoro um

bom leitor, isso já demon-

stra a importância do even-

to. Mas sou otimista.

Acredito que, a partir daí, a

literatura se aprofundará

um tanto mais nessa

gente”.

IGNÁCIO DE LOYOLA

Palestra: Como escrevemos?O que é inspiração? De ondevêm as ideias, os assuntos, ospersonagens.

“A Festa literária tem váriossignificados. Primeiro para apopulação local que, durantealguns dias, tem contato comlivros, com autores; ouvepalestras, assiste a shows, de-scobre que o livro é festa, éprazer. As pessoas vão mer-gulhar em milhares de vol-umes. Descobrirão depois quealguma coisa se modificounelas e, certamente, vão es-perar o próximo ano. Para osautores, será o contato com osleitores. Vamos ouvir suas per-guntas, seus questionamen-tos, suas interpretações. Vamossaber quem atingimos. Maisdo que isso, as Festas do Livroampliam a cultura do País.Que elas existam em todas ascidades, grandes e pequenas,mas principalmente nas pe-quenas, e nas menores, e nasvilas”.

CARLITO LIMA

“Será um evento de grande

impacto, ousado. Tenho certeza

de que, depois da Flimar, as

pessoas, principalmente as cri-

anças, mudarão a cabeça em

relação à cultura alagoana, à

literatura. Toda a revolução

feita no mundo foi através da

leitura. Com esse evento pre-

tendemos estimular e desen-

volver uma política de hábito

de leitura nas escolas e na

população em geral, aumen-

tando a autoestima e desen-

volvendo o nível cultural.

Queremos também transmitir

o conceito de tradição, iden-

tidade cultural, preservação

de patrimônio à população.

Deixar essa semente. Será o

início de uma revolução cul-

tural”.

ANTÔNIO TORRES

Palestra: Para gostar deler e ouvir em sala deaula.

“Com a realização da sua

primeira festa literária,

Marechal Deodoro, com

certeza, inscreverá o seu nome

no mapa cultural de Alagoas,

do Nordeste e do País, pas-

sando a ter o mesmo prestígio

nacional de Passo Fundo, com

as suas famosas Jornadas

Literárias; de Paraty, com a

Flip; de Porto de Galinhas, com

a Fliporto”.

Fotos: Divulgação

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Hércules Mendes (*)

Nasci em Maceió, no Bairro deJaraguá, ao lado da Igreja BomJesus dos Navegantes, a 26 de

agosto de 1938. Logo em seguida muda-mos para a Rua da Igreja (Barão deJaraguá), para uma casa de porta e janelas,vizinha a uma Casa Mortuária. Meus pais,Ezequiel de Oliveira Mendes (conhecidocomo Isaac) e Maria Guiomar de AlmeidaMendes (Guió), tomaram como meus pa-drinhos Eulália e José de Barros Lima, queera titular de Cartório e dono da citadaMortuária.

Ao todo fomos cinco irmãos (Heckel,Helda, Herbert, Hélia e Hércules) dosquais restam apenas eu e a Hélia. Porcerto, Paisaac e Mãeguió (era assim queeu os chamava) eram muito otimistas, aoponto de me colocarem o nome deHércules, o grande herói da MitologiaGrega, fruto de uma aventura amorosa deZeus com Alcmena. Sentindo-se traída, asua esposa e minha madrasta Hera, leva-da pela ira, me impôs o gigantesco castigode realizar aqueles impossíveis “12Trabalhos“ (o que sem dúvida me deu oque fazer...).

Fiz o curso primário no GrupoDiégues Júnior, o Ginasial no Diocesano eo Colegial no antigo Liceu Alagoano. Foiem Jaraguá, onde havia os armazéns deaçúcar, os calungas, os vendedores depeixe, as vendedoras de sururu, os verdu-reiros, os vendedores de quebra-queixo,de doce-americano, de pirulitos (daquelesde forma cônica e arrumados numa tábuavazada), os compradores de revista e gar-rafa, os amoladores de tesoura, o baixomeretrício, os trapiches, os caranguejos, asratoeiras de lata, as tetéias, a barraca doseu Ciço Cacundinha – dono de uma bar-raca que vendia frutas, refrescos, pão doce-, o seu Fortes – cheio de medalhas no pa-letó, bengala, chapéu, gravata vermelha,andava com pasta e um cachorro a seulado -, o Eu com Isso – vivia dizendo “e eucom isso dona moça” -, o Suíço – andavacom uma cuia de queijo na cabeça e diziaque se comunicava com outros planetas -,a Zefa Baraúna – velhinha que andava pe-dindo esmola -, e Amaro Beleza – a bocacheia de dente de ouro, dono de um cami-nhão que transportava açúcar em Jaraguá-, onde passei a minha infância e adoles-cência.

Nesse ambiente descobri que tinha ha-bilidade para caricaturar pessoas.Surgiram alguns desenhos engraçados: ode seu Zé Oscar, exímio alfaiate do bairro;Miss Alagoas, Terezinha Baltazar; meuirmão, Heckel; minha irmã Hélia, carre-gando seu enorme livro de anatomia e dealgumas de suas colegas que estudavamsempre juntas, Eleusa, Elisabeth e Estela;a prima Ednólia; meu padrinho Barros;Renato, da barbearia; Seu Fortes; o Suiço eoutros.

Lá também começou a despertar emmim o interesse pela música. Na oficinade artefatos de tartaruga, do meu pai (eletambém tinha um bar: A Tartaruga), os ar-tífices formavam um conjunto (tipo regio-nal), onde aprendi a tocar alguns instru-mentos de percussão. Na minha casahavia um rádio de pé, móvel esquisito da-queles antigos que funcionava à base deválvulas, onde, aos domingos, escutava os

virtuoses da gaita-de-boca, na antigaRádio Nacional. Eduardo Nadruz - o Eduda gaita -, Fred Wiliams, os Harmonicats.Fui atraído pela harmônica de boca e co-mecei a tocar algumas músicas simples,em um pequeno realejo. Após pegar ojeito, ganhei uma Chromatic HarmonicaProfissional, 64 vozes, da Hering. Um pre-sente do Heckel. Essa gaita com chave, deescala cromática, possibilitava tocar músi-cas clássicas como, a Dança ritual do fogo,Capricho espanhol, Malagueña e outras. Eduera excepcional, chegou ao ponto de estu-dar dez anos pra executar o Moto perpétuo,de Paganini, música dedicada aos virtuo-ses do violino. Foi o primeiro músico nomundo a executá-la em instrumento desopro. Tive o privilégio de assisti-lo no an-tigo auditório da Rádio Difusora. Fantás-tico!

Lembro que na vizinha Casa Mortuá-ria nós fazíamos uma gostosa batucada

usando instrumentos improvisados: omóvel (que servia de suporte para os cai-xões em fase de acabamento, com fazen-da, ornamentos e alças, caixa de pregos,realejo, garrafa, caixa de fósforos, etc.),isso sem o conhecimento do meu padri-nho. Ficava um olheiro na porta, paraquando ele apontasse no início da ruatudo voltasse ao normal. Silêncio absolu-to. O interessante é que quem passava nãoentendia nada daquele espetáculo.

Durante a minha passagem pelo Liceu,a convite de Nereu Cavalcanti, decidimosproduzir, em parceria, um livro de humorque contasse alguma coisa da História doColégio, juntando poesia (sonetos) e cari-catura (portrait charge). Então, vários pro-fessores foram focalizados: Mário Broad,Camerino, Rosalvo Lobo, Radi, DeraldoCampos, Padre Beckman, Padre Orestes,Padre Pontes, Wanilo Galvão, HélioGazaneo, Paulo Albuquerque, Sílvio de

Macedo e outros. Este livro continua iné-dito. Ao sair do Liceu, surgiu a oportuni-dade de trabalhar no Departamento deObras Públicas (DOP) como desenhistatécnico (desenho arquitetônico e topográ-fico), em 1957.

De Jaraguá, passamos a morar naClarêncio Jucá, no Farol. Foi quando mecasei. Nas horas livres comecei a estudarviolão e, para minha alegria, ganhei umDi’Giorgio, série artística, assinado, deuma acústica muito especial, escolhido ecomprado por Mirandinha (um baita pre-sente da Hélia, no meu aniversário)

Convivi, nos âmbitos de trabalho, ga-lerias e jornalismo, com: Arnoldo Jambo,Carlos Moliterno, Dra. Zélia e Dr. ViníciusMaia Nobre, Dr. Santives Simon, Dr.Messias de Gusmão, Japson Almeida, JoséRonaldo, Laís Carnaúba, Dra. LeilaPedrosa, Edmilson Pontes, Walter Cunha,Celso Araújo Silva, Paulo Tenório,

Erickson MontenegroBörner, Arivan, JoFerreira, Luis GutenSávio Almeida e tantfícil não esquecer amenos importantes.

Nesse ínterim, DrDOP, que era amCardoso Ayres, da Ede Pernambuco, cGovernador Muniz Fde Murilo Mendes, ucom duração de umMurais e Painéis. AEscola e tive o privilésinamentos do Mestrteresse pelos assuntopara um estágio na de onde migrei, apósVicar Publicidade, aoVirgulino, famoso picom quem estabelec

JORNALO JORNALO

BB44

Es açopDomingo, 11 de julho de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: ojorn

Héracles em grego e Hércules latinizado. Há uma trági-ca e triste história fundando Hércules, uma vítima, semqualquer dúvida, de Hera. Não fosse Teseu e o Oráculo deDelfos jamais teria realizado sua penitência, que foi daíque saíram os imensos e colossais trabalhos que teve derealizar. Mas o maior deles, jamais foi contido na mitolo-gia: reencarnar-se, completamente salvo, na figura de umfranzino alagoano que se agigantaria por um humor exce-lentemente fino e por traços de arte que todos nós valori-zamos. E foi assim: pelos lados de Jaraguá, filho de Isaac,

nasceu este Mendes homenageado nesta edição de Espaçoe cantado por Gonzaga Leão em poema que dignifica estapágina.

Dar conta desse Héracles Hércules Mendes é uma belatarefa alagoana. Devo dizer que sempre o admirei, espe-cialmente pela modéstia de sua vida: ser um Hércules e sermodesto é dar uma de Abelardo Barbosa, que “está comtudo e não está prosa”. O delicioso depoimento deHércules - o Mendes – foi do melhor agrado de Espaço; es-pero que seja, também, de nosso nobre leitor.

A arte e a vida de Hércules Men

UMAS POUCAS PALAVRAS

A força de Hércules nas Alagoas

A mentira política (bico-de-pena e aguada sobre papel) Homens, carangueijos e caramujos (bico-de-pena e aguada sobre papel

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o, Prof. Cajueiro, Joelosé Alberto, Joareznberg, Bráulio Leite,tos outros que fica di-lgumas pessoas não

ra. Zélia, Diretora domiga do Prof. LulaEscola de Belas Artesconseguiu junto aoFalcão, com empenhouma bolsa de Estudo

m ano, na cadeira deAssim, fui aluno daégio de receber os en-re. Diante do meu in-os, Lula me indicouNorton Publicidade,algum tempo, para a

o lado de Wellingtonintor pernambucano,ci estreita amizade e

que me deu significativa ajuda no meioartístico daquele Estado.

Essa especialização, momentos depois,me permitiu ser convidado a apresentar oprojeto do Mural do Estádio Rei Pelé que,de três sugestões diferenciadas, umadelas foi aprovada e executada em temporecorde, com o auxílio da equipe que tra-balhava na construção do Estádio. Abroum parêntese para denunciar o descasopelo trabalho de arte na nossa terra. Opainel desde a primeira reforma realizadano estádio foi totalmente desfigurado.Chamaram um pintor de parede (sem de-mérito) e o mandaram executar o traba-lho. Insisti inúmeras vezes para assessoraro trabalho retomando as características dooriginal, sem ônus para o poder públicomas desisti, diante de tanta incompreen-são e resistência.

Ao ser requisitado pela Secretaria deEducação por Dr. Deraldo Campos, então

Secretário de Viação e Educação, a um sótempo, me relacionei com o próprio Dr.Deraldo, Dona Judith, Dra. Edy Marreta,Januário Procópio, Dr. Sebastião Bastos,Zezé Batinga, Leano Góes e ainda outros.Durante essa nova fase, havia terminadoo curso de Economia quando fui convida-do por José de Melo Gomes, atendendo auma solicitação de Eurides Porangaba,Diretor do Produban, para fazer um cursode especialização da CEPAL em Fortaleza,abrindo caminho, se aprovado, para in-gressar no Banco como Funcionário.

O fato de assumir essas novas funçõesnão me afastou da atividade artística.Sempre houve compreensão e estímulopor parte dos dirigentes da Empresa,então presidida por Dr. Carlos RamiroBastos. Tive o privilégio de coordenar vá-rias áreas, como: Divisão Financeira,Divisão de Análise de Projetos,Departamento Industrial, Planejamento

Integrado. Assessorar a Presidência e oDepartamento de Marketing.

Ao terminar o colegial e ingressar noDOP, já namorava a Nadja, filha deFrancisco Araújo e Marina Maia Gomes,que morava em frente, na Barão deJaraguá. Casamos e surgiram duas filhas:Maria Jaqueline e Mônica, casadas respec-tivamente com José de Deus Massa Filhoe Francisco Malaquias de Almeida Júnior.E quatro netos: as gêmeas, Eduarda eFernanda, Francisco e Lucas.

Convém salientar que me formei tra-balhando. Mesmo à noite, em casa, sobrea prancheta, completava o minguado sa-lário de “auxiliar de desenhista, nível 05,extra-numerário mensalista” (se fossepelo nome...). Parodiando Millor, quedisse haver se tornado jornalista de tantolevar tapinhas na cabeça, com o jornal en-rolado, do professor de piano, ao erraralgum trecho da partitura, posso afirmar

que me tornei bancário de tanto sentar emdesconfortáveis bancos de prancheta.

Em toda a minha vida procurei fazeras coisas com apuro e dedicação. Semprefui de pavio curto, crítico e exigente(Nadja que o diga). O conhecimento e aexperiência guiaram a minha formação.Há quem afirme que são características dovirginiano. Apesar de autodidata, fiz al-guns cursos e estágios interessantes. Ocurso do IUB foi excelente, mesmo sendopor correspondência; o de Murais ePainéis, muito especial, que me levou a es-tagiar em agências de publicidade de re-conhecido mérito, na época; o doMinistério de Educação, para conseguir oCertificado de Registro de Professor, foiótimo - instrutores de grande entusiasmoe competência; os de marketing tambémmuito bons; investi muito em livros.

(*) Depoimento ao Grupo Agenda.

[email protected]

O que faz HérculesHércules de Almeida Mendes nascido em 1938. Tem

formação acadêmica em Ciências Econômicas, com várioscursos de especialização e em nível de pós-Graduação. Écolaborador em vários Jornais e Revistas, onde se desta-cam as tiras diárias publicadas no jornal Gazeta deAlagoas e na revista Evidência. Realizou várias mostras:Maceió, Recife, Rio, Curitiba, Roma. Participou emConcursos e Mostras de Humor, com trabalhos seleciona-

dos em Maceió, Recife, Teresina, Salvador,Piracicaba, Rio, Caratinga, Itabira, Brasília,

Espanha, Bélgica, Coréia, China, Romênia, Irã.É também escultor e trabalha em criação demarcas e peças publicitárias. Publicou juntocom Nunes Lima e Manuel Viana, o Livro de

Graça. Edita o jornalzinho Franzino. Realizoua arte final do Brasão de Armas e Bandeira de

Alagoas (Projeto: Dr. Théo Brandão).

ndes (I)

Lula Castello Branco

Um esforço Hercúleo

l), homenagem a Josué de Castro Homens e peixes (bico-de-pena e aguada sobre papel)

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JORNALO JORNALOVariedadesDomingo, 11 de julho de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected] BB66

Hoje

Em Breve

[email protected]

Roteiro Artes plásticas Música Teatro Dança Cinema Literatura Artesanato

�� Jam session no Quintal restaurante, música e bar (Praça São Pedro, 460, na praia deGarça Torta - próximo ao restaurante Lua Cheia), a partir das 14h, com os músi-cos Carlos Bala (bateria), Osman (voz e violão - foto), Fabinho Oliveira (baixo e vocal),Jiuliano Gomes (teclado) e convidados. Couvert artístico: R$ 3. Mais informações:(82) 9939-0391.

�� Música ao vivo com o grupo Isli de Leon no Sesc Guaxuma (R. Coronel MárioSaraiva, s/n), a partir das 13h. Mais informações: 0800 284 2440, 3325-5021 / (82)3377-3280.

�� A banda Revelação vai se apresentar no Sesc Arapiraca (R. Manoel Cazuza, s/n,Santa Edwiges), a partir das 12h. Ingressos: gratuito para comerciários com car-teira do Sesc. Mais informações: 0800 284 2440.

Quarta-feira

�� A comédia Os Melhores do MundoFutebol Clube chega a Maceió nosdias 14 (19h e 21h30) e 15 (20h30)de agosto, no Teatro Gustavo Leite(Centro Cultural e de Exposições deMaceió). Ingressos: R$ 30 (meia-entrada) e R$ 60 (inteira), à vendano stand Sue Chamusca (MaceióShopping). Mais informações: (82)3235-5301 / 9925-7299 / info@cha-musca. com.br / www.chamus-ca.com.br.

Sexta-feira

�� Show com Sonic Junior em Arapira-ca no dia 16 de julho. Participaçõesde Janu, Dona Flô, A.S.U. e Dj Peixe.Ingressos: R$ 10, a venda na FotoNacional e 15 Magazine (Arapi-raca).

Sábado

�� O 1° Reggae na Ribeira vai aconte-cer em Penedo, no próximo dia17, a partir das 22h, no BNB ClubPenedo/AL, com a participaçãodas bandas Vibrações, AlmaRasta, Adam Roots e Sinergia.Ingressos: R$ 12, à venda nosstands Viva Alagoas, em Maceió;Bar do Vaguinho, Thc Surf, bancade revista Openeda, AcademiaBiotipo e São Francisco Enxoval,em Penedo. Mais informações:www. cafecomreggae.com.br /http:// evertonbatistarasta.blogs-pot.com / (82) 8825-1577 / 9657-3517 / 8863-7287 / 9954-3561.Excursões: (82) 8821-1533.

Em Cartaz

�� Inscrições para o Overdoze, ação queencerra a mostra Aldeia SescGuerreiro das Alagoas, até 2 deagosto, para artistas que desejamapresentar seus trabalhos. Os in-teressados devem enviar projetosimplificado para o Sesc Centro,contendo nome do grupo ou pro-ponente, linguagem (teatro, dança,circo, música, literatura, artes vi-suais ou audiovisual), título daobra, release e contato. Mais in-formações: (82) 3326-3133 / 3326-3700.

�� A exposição Uma Visão da Amazônia,até 30 de julho (visitação pode serfeita de segunda a sexta-feira, das14h às 18h), no Espaço Multieventosda Unidade Sesc Arapiraca (R.Manoel Cazuza, s/n, Santa Edwiges).A mostra reúne 20 Ilustrações cien-tíficas de plantas da Amazônia dabotânica inglesa Margaret Mee.Entrada franca. Mais informações:0800 284 2440.

�� A oficina Um desvio de percepção: Tim Burton e a descoberta do mundo pelofantástico será oferecida pelos instrutores Ricardo Lessa Filho e RanieriBrandão nos dias 17 e 18 de julho, das 9h às 12h, no Cine SESI Pajuçara. Ocurso pretende ingressar nos universos criados pelo cineasta norte-ameri-cano e observar os pontos em que o desvio e a distorção presentes em tudoaquilo que ele olha (personagens, cenários) surgem com mais força e repre-sentam incursões em nossa própria humanidade no que ela tem de mais re-pulsivo e terrivelmente belo. Inscrições: de 6 a 17 de julho, na bilheteria doCine SESI Pajuçara. Valor: R$ 30.

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JORNALO JORNALO

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SocialDomingo, 11 de julho de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: [email protected]

JetNewsCCoomm GGllóórriiaa

Com suas presenças, as irmãs Ingrid Brêda e Francisa Brêda Lima, donas de belezas marcantes, sempre enaltecem os grandes eventos que acontecem na cidade

Chico Brandão

No próximo dia 24, a querida Giulia Gênnova Coelho celebrará seus 15 anos, em grande estilo, com festa em clima do filme Bonequinha de Luxo

Chico Brandão

1A noite de ontem foi especial,na Barra de São Miguel. O chef

Wanderson Medeiros levou suaNova Cozinha Nordestina para oRitual Gastronômico do KenoaResort. O jantar teve como temauma Noite do Mar de Alagoas,onde obviamente os privilegiadosno menu foram os pescados. O jan-tar faz parte da programação doRitual Gastronômico, evento ondeo chef César Santos promove duasnoites (ontem e hoje) de jantaresespeciais no resort.

2Falta pouco para Arapiraca setransformará na capital alagoa-

na da beleza. No dia 17, acontece-rá a grande final do concurso MissMundo Alagoas 2010, uma versãoestadual do Concurso MissMundo Brasil, que possui mais de50 anos de tradição. A escolha damais bela alagoana será criteriosa,uma vez que a escolhida irá repre-sentar o Estado na etapa nacional,que deverá acontecer em agostona cidade carioca de Angra dosReis.

3Gastão Arruda prepara saboro-sas novidades em seus restau-

rante Hibiscus. Ele que já mantêmum dos cardápios mais elogiadosda cidade, mandou avisar que embreve o menu ganhará novos pra-tos.

4Nedeje Feitosa sabe muito bemcomo consquistar sua clientela.

Primeiro realizou uma preciosa pes-quisa de mercado e pode entendero que os maceioenses queriam.Depois, lotou sua Idear HomeDesign com o que há de melhorpara a arquitetura e decoração.

5A nota é para as fãs da NaturaSève, que quer trazer um novo

sentido para o banho e quer a par-ticipação de suas consumidorasatravés de um concurso cultural.O concurso, lançado este mês, vaiestimular as consumidoras a in-ventarem novos "propósitos para obanho". Para participar é precisoresponder a pergunta "Como obanho pode transformar o seu diaem um dia especial?" no hotsite deNatura Sève, www.natura.net/seveaté o dia 05/11 . O prêmio é uma via-gem para a Ilha do Pico, próximaà Paraty.

6Flávia Coutinho retornou de SãoPaulo onde esteve fazendo ga-

rimpo fashion. Ela se prepara paraampliar seu club Lyon, trazendocoleções para as mulheres e crian-ças, como a Richards Feminina,Calvin Klein e Lyon Kids.

7Já Mário Marroquim lançou oPiazza Verde, que será erguido

próximo ao Corredor Verra Arruda.Serão apartamentos com 130m² etrês suítes.

[email protected]

Chico Brandão

A sempre elegante MarizaAraújo volta a circular noseventos sociais e filantrópicosque acontecem em Maceió

O industrial Gilvan Leite estáde volta ao nosso convívio depois de alguns dias, com sua esposa, em terras peruanas

Chico Brandão

Todo mundo está cansa-do de saber que beber águaé essencial para nossa sobre-vivência, visto que cerca de75% do corpo humano écomposto de água. Agora,um novo estudo, realizadonos Estados Unidos, nos ofe-rece mais uma razão - comose precisasse - para não nosesquecermos de tomar águadurante todo o dia, mesmoque não sintamos sede: elamelhora o estado de alerta -o que é particularmente im-portante para aqueles queestudam ou trabalham ànoite -, previne desmaios epromove a perda de peso.Isso mesmo! Água pode aju-dar a emagrecer.

EMAGRECEDORA

Manchas, envelhecimen-to precoce, queimaduras so-lares e até mesmo câncer depele, são conseqüências daexposição desprotegida aosraios Ultravioleta (UV). OSol é o grande vilão no quediz respeito ao envelheci-mento precoce da pele. Parase proteger, a dica da colunaé a linha Prev-aging daPharmapele, que é compos-ta por dois produtos rejuve-nescedores que mantém apele sempre jovem, radian-te, macia e protegida da ra-diação UV do sol.

PREV-AGING

O projeto Maceió MaisVerde, idealizado pelaSecretaria Municipal deProteção ao Meio Ambiente(Sempma), já plantou quase300 mil árvores na capital atéo mês de junho. Para acom-panhar a evolução dos plan-tios basta prestar atenção nopainel instalado na AvenidaFernandes Lima, no Farol. Ameta do projeto é plantar 1milhão de árvores emMaceió até o ano de 2012.Com isso, aumenta o núme-ro de espaços arborizados nacidade - que é o principal ob-jetivo do projeto. E para en-grossar ainda mais os núme-ros, a Sempma colocou emfuncionamento, desde o iní-cio do mês de junho, oDisque Árvore. É só ligarpara o número 0800 82 8000e esperar no máximo trêsduas úteias para que umaequipe técnica vá até o locale avalie o tipo de muda quepoderá ser plantada.

MAIS VERDE

Hoje, os amigos Manuele Márcia Marques comGilvan e Marlene Leite re-tornam do Peru, onde apssa-ram alguns dias, num mere-cido período de descanso. Aestes dois casais que ridos,as nossas boas vidas. Semdúvidas, eles serão presençasde destaque em Moro NumPaís Tropical, que acontecedia 31, do próximo mês, noRitz Lagoa da Anta.

DE VOLTA

Com as baterias recarregadas, os amigos Manuel e Márcia Marques, retonaram hoje de uma viagem a um país da América Latina

“A maior felicidade é a certeza de sermos amados,apesar de sermos como somos”

RECADO

EElleenniillssoonn GGoommeess

Chico Brandão

Laryce Nogueira agora tem umanova rotina: cuidar do pequenoSebastião Nogueira Neto, queacabou de nascer. Parabéns!

Chico Brandão

Dilminha Sarmento épresença confirmada na noitede amigos que será realizadanum cinco estrelas da cidade

Chico Brandão

8Ana e Aninha Loureiro têmcolecionado elogios com as

peças da atual coleção. Todasquerem sua ankle boot, entreoutros modelos, para dar umupgrade no visual.

9Você já comeu escargot.Esse costuma ser o terror

das mesas. É um molusco quevem sendo aos poucos incor-porado aos cardápios mais re-quintados. Pode ser servidocomo entrada, dentro da pró-pria concha ou numa conchade porcelana, com o formatode caracol. Fixe a concha coma pinça apropriada e, com aoutra mão, retire o escargotusando o garfinho especial. Ésimples e gostoso.

10Que tal realizar um re-juvenescimento cutâ-

neo em 3D? Isso é possívelcom o tratamento Cutera, queas médicas Mary Lane Malta,, Vanessa Cavalcante e MariaThereza Alenca realizam emsua clínica de estética Vidda,localizada no Farol. O triosegue conquistando os vipsque não dispensam cuidarde da pele e do corpo.

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JORNALO JORNALOSocialDomingo, 11 de julho de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: [email protected]

Olga Bongiovani, Arthur e Almir Slama

Fábio Arruda e Beth Szafir

Peças da nova coleção de Matha Medeiros

Daniela Mercury, a anfitriã e Gisele Fraga

Deuzeni Goldman e Bia Dória

Dr. Edmundo Melo e sra. Gleide Melo, pais da noiva

Kaká Rodas e Moana Malta

Dr. e dra. Petrúcio e Judilene Soares, pais do noivo

Edênia Diniz com o maridão Francivaldo Diniz, que não poupa elogios à sua mulher que é um dosreferências na cidae com as joias de sua Plátanos

O rei Pelé, quando de passagem por Maceió distribuindo autógrafos para fãs como a bonita Laura Melro

Cristiano Matheus e Melinda

Sabrina Parlatore, Luciana Vendramini e Ildi Silva

Martha Medeiros está com tudo enão está prosa. Ela ainda coleciona elo-gios pelo belíssimo lançamento que rea-lizou no Jóquei Club de São Paulo à con-vite de Joao Dória Junior, último dia 30de junho. Famosas e mais famosas mar-caram presença no evento. Entre as pre-senças Daniela Mercury, Daniela Albu-querque. Martinha apresentou peçasinspirada nas mulheres que ficaram imor-talizadas pelo seu estilo e o resultado nãopoderia ser melhor: reservas e mais re-servas. Parabéns por seu sucesso!

MADE IN ALAGOAS

O castelo da gastronomia volta a todo gla-mour de sempre, pois Micheline Braga estade volta a casa de onde nunca deveria tersaído, recebendo como rei e rainha ilustrevips da cidade como no lindo casamento deAndré Luiz e Glícia, que tiveram padrinhoscomo Cristiano Mateus, Melinda, João eRosana Beltrão, entre outros convidados quesacudiram ao som da dupla sertaneja Rafhaele Gabriel neste final de semana. Os pais donoivo estavam radiantes com a beleza da ce-rimônia. A festa foi belíssima e com requin-te em todos os detalhes. Aos recém-casados,os nossos parabéns. Que Deus lhes abençoemnesta nova etapa que se inicia na vida devocês dois.

ANDRÉ LUIZ & GLÍCIA

ARede de lojas Guido, que está prestes a com-pletar 52 anos no mercado, inaugura mais um em-preendimento, desta vez trazendo uma inovação noramo que mais cresce no segmento mobiliário.Nesta terça-feira, dia 13, a Praça Lions, no bairro daPajuçara, será palco da inauguração da GuidoModulados, uma loja exclusiva, onde o cliente teráacompanhamento de profissionais das áreas de ar-quitetura e design para elaboração e acompanha-mento dos projetos de cada ambiente planejado.Além de ambientes exclusivos, os projetos são ela-borados sem custo e compromisso para o cliente,a Guido Planejados chega ao mercado com o obje-tivo de garantir um produto final que atenda asnecessidades e expectativas de cada consumidor. Aloja conta com showroom de ambientes prontos,com sugestões de salas, banheiros, cozinhas, quar-tos, área de serviços e até escritórios, além dos mó-veis e eletrodomésticos que trazem para este seg-mento um novo conceito de negócio que reúne emum único lugar todas as soluções para quem pre-cisa montar ou renovar um ambiente. Confiram!

PARA DECORAR

O Forró Fios ainda repercurte, depois delotar o Armazém Uzina, numa noite promo-vida pelo salão Fios de Cabelo e produzidapor Luciana Amaral e Manuela Toledo. Todosjá estão à espera da próxima edição, no anoque vem.

FORRÓ FIOS

A primavera pro-mete muitas belezaspara as noivas deAlagoas. a empre-sária Neide Freireestá selecionandopara sua maisonpeças lindíssi-mas que combi-nam com oclima da estação.Ela que possui umadas agendas maiscocorridas da cida-de, prova, ao longodos anos, que seusucesso ainda temmuito a crescer.Parabéns por suasconquistas!

NEIDE FREIRE

Comer bem é a pedida para um domin-go como este. Que tal conhecer os saboresdo churrasco servido no Portenho, que ficadentro do Famiglia Giuliano?

PORTENHO

O Recife é sede da versão regional do Prazeresda Mesa Ao Vivo, que integra a programação doAno da Gastronomia no Recife, nos dias 28 e 29 comeventos na Faculdade Maurício de Nassau. Na pro-gramação, haverá dois jantares especiais, nos quaiscozinham os chefs do restaurantes Eñe (SP), doBananeira (SP) e do Oficina do Sabor (PE).

EM RECIFE

MMaaiiss......

NNuuppcciiaall MMaaiiss......

NNooiivvaass

Os noivos Glícia Melo e André Luiz Soares,que receberam a benção numa linda cerinmônia

Jean Charles

Monique e Mônica Casado, anfitriãs perfeitas

Chico Brandão

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Page 37: OJORNAL 11/107/2010

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CopaCopaCopa 20102010JORNALO LO JORNA

Domingo, 11 de julho de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm | e-mail: [email protected]

Capítulo finalHolanda e Espanha decidem hoje na África quem vai entrar para a galeria dos campeões do mundo

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JORNALO LO JORNAEsportesDomingo, 11 de julho de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Johannesburgo - Romáriorevelou quinta-feira que estácom o “coração dividido” nafinal da Copa do Mundo daÁfrica do Sul, que será realiza-da hoje, entre Holanda eEspanha. Ele jogou nos dois paí-ses durante a sua vitoriosa car-reira e virou um fã tanto do fu-tebol holandês quanto do espa-nhol. Por isso mesmo, não quisarriscar um palpite sobre quemserá o vencedor.

A carreira internacional deRomário começou justamentena Holanda, onde defendeu oPSV Eindhoven por cinco tem-poradas, entre 1988 e 1993.Depois, ele seguiu direto paraa Espanha, para jogar peloBarcelona. No futebol espanhol,foi atacante também do time doValencia, o que totaliza um pe-ríodo de quase três anos mo-rando no país.

“Joguei nos dois países,por isso estou com o coraçãodividido”, disse Romário, du-rante a entrevista coletiva dequinta-feira em Johannes-burgo para promover a Copado Mundo de 2014, da qualele é uma espécie de embaixa-dor. “É uma final para quemgosta de futebol, pois são asduas melhores equipes tecni-camente da competição. Porisso, estão na final”.

“É complicado dizer quemserá o campeão. Mas o fato éque quem ganha com umafinal como essa é o futebol”,explicou Romário, que não he-sitou ao apontar quem consi-dera ser o craque da Copa de2010, posto que ele próprio jáocupou em 1994. “Sneijder”,respondeu o ex-atacante bra-sileiro, citando o camisa 10 daseleção holandesa.

Durante a entrevista, emque apareceu elegante com umterno e gravata - “Já estou meacostumando com esse tipo deroupa”, contou -, Romário tam-bém falou sobre a Copa de2014. “Em casa, temos quefazer um papel muito melhordo que fizemos nas duas últi-mas edições do Mundial (eli-minação nas quartas de finalem ambas). Meu grande sonhopara 2014 é que o Brasil sejacampeão”, revelou.

Confiante no sucesso da or-ganização da Copa do Mundono Brasil, Romário falou bas-tante sobre a expectativa do tor-cedor brasileiro para receber acompetição, citando a “espe-rança, ansiedade e felicidadedo povo com o Mundial”. “Para2014, vai ser um Brasil diferen-te, bem melhor. Vamos mostrarnossa cara”, prometeu.

BateProntoVictor Mélo - [email protected]

A FINAL EM NÚMEROS

A grande decisão da Copa pode ser analisada pelos números dei-xados por Holanda e Espanha ao longo da competição. As estatísti-cas explicam muito sobre a forma de as duas seleções atuarem. Osholandeses jogam um futebol menos vistoso, mas têm no confrontoa vantagem dos gols e dos arremates. Eles marcaram 12 vezes noMundial, executando 80 chutes, sendo 41 na direção da trave. Opercentual de gols por tentativas é de 15%, números altos se compa-rarmos aos da Espanha.

A Fúria tem como principal característica o passe. Nesta Copa,seus jogadores tocam a bola pacientemente durante boa parte do jogoe, sem afobação, buscam vitórias simples, sem a imponência das golea-das. Por isso, pode ser a seleção campeã menos eficiente nos arrematesda história. Em 106 conclusões durante o torneio, apenas sete balan-çaram as redes. Os atletas espanhóis têm um aproveitamento de ape-nas 7%, estatística que preocupa até Manolo do Bumbo, torcedor maisapaixonado da Espanha.

Em comum aos finalistas podem ser destacadas a eficiência, em re-lação aos resultados, e a habilidade. Certamente, a Espanha tem maisjogadores que sabem adestrar a Jabulani, mas os holandeses são maisagudos. Na Fúria, David Villa é o jogador mais indicado para decidiruma partida. Na Laranja, esse número sobe para dois: Sneijder e Robben.

Por outro lado, a Espanha se orgulha do poder de sua defesa. Comos três setores atuando de forma compacta, o time sofreu apenas doisgols na competição. AHolanda, com uma dupla de zaga não muito con-fiável, já foi vazada cinco vezes.

Se a Laranja tem orgulho de seu poder de finalização, a Fúria chamaa atenção pela capacidade de controlar o jogo através de um dos prin-cipais fundamentos: o passe. Ao longo do Mundial, de acordo com es-tatísticas da Fifa, a Espanha distribuiu 4026 passes, completando 3387e tendo um aproveitamento de 81%. A Holanda passou a bola 3336vezes, acertando 2434 e fechando as estatísticas com um percentual deacerto de 71%. Nesse fundamento, a Fúria conquistou a vitória maisimportante de sua jornada. Quarta-feira, contra a Alemanha, o timedominou a partida com precisa troca de bolas e não deu espaço ao ad-versário. Os alemães caíram na armadilha espanhola e só chegaram comperigo durante toda a semifinal apenas uma vez. A Laranja não depen-de tanto do contra-ataque quanto a seleção germânica. Experiente, aequipe pode até esperar o adversário, mas o seu bote, até pela qualida-de de seus chutadores, é mais venenoso. Hoje, vai ser o duelo do toquemágico contra o arremate mortal. O fundamento mais importante vaidecidir o oitavo país distinto a levantar a Copa do Mundo.

BOLA PARADA

O técnico Luís Felipe Scolari costumava dizer em seustempos de Grêmio que um time pouco faltoso não vai muitolonge em competições no formato de copa. Ele demonstravaaté com estatísticas que os maiores vencedores cometem maisinfrações. A Espanha contraria essa definição. Em seis jogos, otime de Vicente Del Bosque cometeu 62 faltas e levou apenastrês cartões amarelos. A Holanda bate bem mais: foram 98 fal-tas e 15 cartões.

Holanda e Espanha fizeram apenas um gol a partir de jo-gadas de bola parada nesse Mundial, mas eles foram decisivos.A Laranja marcou contra o Brasil depois de um escanteiocompletado por Sneijder; a Fúria despachou a Alemanha numacabeçada de Puyol após a cobrança de um corner.

CURTO-CIRCUITO

Em cima do muroRomário fica com o “coração dividido” na final da Copa

O atacante Romário se destacou no PSV, da Holanda, e no Barcelona, da Espanha, e conhece bem os países

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Fora de controlePara psicólogos, parte emocional derrubou o Brasil na Copa do Mundo

Nem falta de qualidade téc-nica, nem de preparo físico. Ogrande problema da seleçãobrasileira foi o desequilíbrioemocional do grupo, segundopsicólogos ouvidos pela repor-tagem. “Tecnicamente, eles es-tavam bem, faltou equilíbrioemocional. Logo que o jogo ter-minou, você via que a emoçãodeles estava no gargalo”, ob-servou a psicóloga DanielaZanuncini.

O presidente da AssociaçãoPaulista da Psicologia do Es-porte, João Ricardo Cozac, ob-servou um quadro mais com-plexo, o da pirâmide - que, deum lado, tem a parte técnica,do outro, a física e, na base, aemocional. “O Brasil tinha umlado técnico mediano, o físicocom vários problemas de le-sões e a base completamentedesestruturada”.

Tal constatação, porém, nãoveio a partir de apenas umjogo. Segundo eles, a queda doBrasil envolve uma série de fa-tores. A começar do compor-tamento do técnico Dunga.“Ele estava abalado, alguém da

família estava doente e issogera uma perda emocional”,explicou Daniela. Daí vêm asatitudes inadequadas, confor-me resume Cozac: “Tanto nascoletivas como no banco, eledava claras evidências de quenão tinha condições para assu-mir a seleção brasileira numaCopa do Mundo”.

Outro fator foi a expecta-tiva em cima do grupo e aimpossibilidade de desapon-tar: a ansiedade de desempe-nho. “É a pior coisa que podeacontecer com um indivíduo.Essa necessidade de cumpriruma meta te faz respirarmenos e você não raciocinadireito. A tendência é a perdade performance”, disse a psi-cóloga.

Apesar de Dunga ter man-tido quase a mesma escalaçãodurante os 47 meses em que li-derou a equipe, isso não signi-fica que os atletas se conheçamrealmente. “Mesmo uma famí-lia que se conheça há 4, 10, 30anos terá conflitos e, se nãosouber como lidar, terá proble-mas”, disse Daniela.

33Domingo, 11 de julho de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

JORNALO LO JORNAEsportes

PORT ELIZABETH - Depoisde anos se preparando para se-diar o maior evento esportivo domundo, o governo sul-africanoadmite que a Copa do Mundovai dar prejuízos. O Mundial irágerar uma renda para a econo-mia sul-africana de US$ 4,9 bi-lhões em 2010, praticamente omesmo valor que foi gasto naconstrução de estádios e infraes-trutura pelo governo federal.

O problema é que essa contade gastos não inclui o que pro-víncias e cidades tiveram de in-jetar para ganhar o direito deser sede. Entre ganhos e gastos,o buraco pode chegar a US$ 1

bilhão. Mesmo assim, o presi-dente sul-africano Jacob Zumajá fala em concorrer para sersede dos Jogos Olímpicos de2020.

Os cálculos foram apresen-tados há duas semanas pelo mi-nistro de Finanças da África doSul, Pravin Gordhan. Já os lu-cros ficarão apenas na promes-sa. Dos 33,7 bilhões de randsgastos na Copa, 11,7 bilhõesforam usados na construção ereforma de dez estádios - cincosão novos. Outros 11,7 bilhõesde rands foram usados paratransporte. A segurança custouos 1,3 bilhão de rands, contra

1,5 bilhão de rands para teleco-municações.

Pelo menos outros 5 bilhõesde rands foram gastos pelas ci-dades, de acordo com o pró-prio governo central sul-africano. O governo estima que130 mil empregos foram cria-dos para a Copa do Mundo,mas não diz quantos desses vãopermanecer. Já o dinheiro queingressou com o turismo e como Mundial, o governo estimaque o volume foi o equivalen-te a 0,4% do PIB do país - 33 bi-lhões de rands. A Fifa é outraque sai da África com lucrosde US$ 200 milhões.

O quadro poderia ser evita-do com um trabalho preventivode psicologia, como 20 das 32seleções fizeram desde 4 anosantes da Copa, segundo os es-pecialistas. “Mais uma vez, fal-tou apoio psicológico, por puropreconceito e desinformação dacomissão técnica”, reclamouCozac.

A última vez em que a sele-ção teve um suporte desse tipofoi em 2002, quando conquistouo pentacampeonato liderada porFelipão. De lá para cá, o grupo en-frentou problemas opostos, masambos com solução associada aotrabalho emocional. “Em 2006,faltou comprometimento dosatletas e era necessário motivar,principalmente, os mais velhos àbeira de encerrar a carreira”, disseo psicólogo. “Agora, o técnico foi

centralizador e, ao mesmotempo, inseguro nas decisões, oque pode ter comprometido oresto do grupo”.

Cozac aproveita para deixarum recado, em tom de apelo,para a Copa do Mundo de 2014,que será realizada no próprioPaís e, por isso mesmo, sujeita auma pressão enorme. “Haverámuito mais cobrança e o nível deestresse subirá. Por isso, é maisdo que imprescindível que co-mece agora um trabalho deacompanhamento psicológico,tão logo seja nomeado nova co-missão técnica”.

Para não repetir, pela tercei-ra vez, o erro do futebol brasi-leiro de “considerar o trabalhopsicológico uma fragilidade”.“Em vez de combater, prefere-se ocultar”, afirmou.

Mundial vai dar prejuízo à ÁfricaTrabalho preventivo com os atletas Seleção brasileira teve uma pane no segundo tempo da partida contra a Holanda, nas quartas de final

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Victor Melo

Editor de Esportes

Espanha e Holanda trabalharam de-mais para chegar à decisão de hoje daCopa, marcada para as 15h30, emJohanesburgo. As duas seleções organiza-ram grupos fortes, se destacaram nas eli-minatórias e chegaram à África na tropade elite. Ao lado do Brasil, elas eram favo-ritas no Mundial e a ascensão à final nãopode ser considerada surpresa.

A Laranja e a Fúria tinham antes daCopa que lidar com a fama de não tercemcamisa para ficar com a taça. Hoje, parauma delas, o discurso vai mudar. AEspanha era a favorita em quase todas ascasas de apostas do mundo, estreou naCopa com uma derrota inesperada para aSuíça, por 1 x 0, mas não se desesperou e,na base de seu impressionante toque debola, abriu caminho rumo à decisão.

AHolanda ostenta antes de a bola rolarhoje uma invencibilidade de 25 jogos. NaCopa foram seis partidas e seis vitórias.Assim, a Laranja chegou à sua terceira finalda história. O país tem experiência em de-cisões de Mundial, ao contrário do adver-sário, que, antes da África, nunca haviapassado pelas semifinais.

A Espanha foi econômica nos gols du-rante a Copa, foram apenas sete, sendoque cinco deles foram marcados pelo ata-cante David Villa. A Holanda já balançouas redes 12 vezes, tendo o meia Sneijdercomo artilheiro, assinalando os mesmoscinco tentos do goleador espanhol.

CONFIANÇA – A Fúria chegou àdecisão após derrotar a Alemanha, con-siderada antes do jogo o melhor time daCopa. Até desta partida, o time deVicente Del Bosque ainda não havia con-vencido, apesar de a imprensa sempredestacar o potencial que ostentava. Noclássico, envolveu o adversário com tantafacilidade que todo o seu prestígio foi re-cuperado. O treinador espanhol, inclu-sive, disse que contra adversários menosfamosos os seus jogadores tiveram difi-culdades em lidar com a obrigação devencer.

Para o jogo contra a Laranja, o trei-nador tenta conter a euforia. “A chaveé seguir com nossa ideia de jogo, nossaboa organização e, a partir dessaordem, a qualidade individual deve setornar decisiva. Precisamos nos defen-der como contra Portugal e Alemanha”,comentou.

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Esportes JORNALO LO JORNA

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Meu reino por uma estrelaNa África, Espanha e Holanda lutam hoje pelo inédito título da Copa do Mundo

JOHANNESBURGO - Depois dequatro grandes gerações de craques eduas finais de Copa do Mundo, os ho-landeses têm uma certeza. Chegou ahora da “Laranja Mecânica” ser a oi-tava equipe a se sagrar campeã mun-dial de futebol, juntando-se aAlemanha, Argentina, Brasil, França,Inglaterra, Itália e Uruguai.

“Nosso grupo foi formado há doisanos. Temos toque de bola, sabemosfinalizar e possuímos garra para en-frentar todos os desafios”, afirmouWesley Sneijder, que poderá recebermais dois prêmios hoje, após a deci-são contra a Espanha, no estádio Soccer

City, em Johannesburgo. O camisa 10briga pela artilharia (soma cinco golsao lado do atacante espanhol Villa) etambém pode ser indicado como omelhor jogador do Mundial.

Arjen Robben, companheiro deSneijder na armação e finalização dasjogadas do time holandês, é outro queestá bastante otimista “Crescemosmuito durante a competição. A equi-pe ganhou força e confiança para che-gar forte na partida decisiva”.

Robben e Sneijder sonham em con-cretizar uma temporada que estásendo fantástica. Os dois foram muitobem em suas equipes (Bayern de

Munique e Internazionale), que chega-ram à decisão da Liga dos Campeõesda Europa. Com vitória do time italia-no. “Desta vez, lutamos juntos pelataça”, brincou Robben.

O capitão Van Bronckhorst, vete-rano das Copas de 1998 e 2006, fazcoro aos seus companheiros e já fazuma previsão. “Seria fantástico rece-ber a taça das mãos de NelsonMandela”, disse o lateral-esquerdo,de 35 anos. O otimismo holandês nãochegou agora. Antes do Mundial, oex-volante Edgard Davids já afirma-ra. “É a vez da Holanda.” A respos-ta virá hoje.

A Holanda multiplicou suas forçasapós eliminar o Brasil nas quartas definal, apesar de seu treinador não terdado tanta importância a essa partida.“Os jogos-chave para a Holanda nestaCopa foram dois. O primeiro foi con-tra o Japão, na primeira fase, porque erauma partida em que chegaríamos aos

seis pontos e garantiríamos a classifi-cação para as oitavas de final. Depois, apartida contra a Eslováquia, na segun-da fase, porque todo mundo pensouque seria fácil e nós temos um históri-co de nos complicarmos em partidasassim no passado. Depois destes jogos,não tive mais que motivar meus jo-

gadores e o time estava definido”, afir-mou Bert Van Marwijk.

URUGUAI - Na fase seguinte, a se-leção não precisou gastar todo seu fute-bol para passar pelo Uruguai e hoje con-fia no talento de Robben e Sneijder parafazer a diferença frente à Espanha. (V.M)

Técnico holandês fala sobre jogos-chave

Sneijder diz que chegou a hora da Laranja

O meia-armador Sneijder e o atacante David Villa são os jogadores mais badalados dos finalista da Copa do Mundo

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Esportes55

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DURBAN - Em entrevistapublicada sexta-feira pelapágina eletrônica da revistafrancesa France Football, oárbitro inglês Howard Webb,confirmado pela Fifa para ap-itar a partida final da Copado Mundo da África do Sulentre Holanda e Espanha, nopróximo domingo, dia 11, emJohannesburgo, disse quequando erra fica "váriasnoites sem dormir".

"Espero que não haja con-trovérsias, pois quando meequivoco é horrível porquenão durmo por várias noites",disse o árbitro. "Mas, àsvezes, é preciso tomar de-cisões importantes. E se nãoestá preparado para fazer issosó para evitar polêmica, éporque não está fazendo bem

o seu trabalho", afirmou o in-glês.

ATUAÇÃO - HowardWebb tem 38 anos e apita noCampeonato Inglês desde2003. Apitou, neste Mundialde 2010, a partida entreEspanha e Suíça, na qual osespanhóis perderam por 1 x0. Sobre a final da Copa doMundo, Webb disse que aFifa não lhe alertou sobrenada em especial. Afirmouainda que não vai permitirjogadas violentas.

"O mais importante écoibir as jogadas violentas. AComissão Executiva (arbi-tragem Fifa) elogiou o cartãovermelho dado ao francêsRibéry por sua entrada sobreLisandro López nas semifi-

nais (entre Bayern de Mu-nique e Lyon) da Liga dosCampeões da Europa. Essetipo de entrada queremoscombater", afirmou.

O árbitro inglês disseainda que os árbitros foramsubmetidos a uma pre-paração especial por conta daaltitude. Ele admitiu tambémque houve problemas de co-municação nos estádios sul-africanos por conta do ruídoproduzido pelas vuvuzelas."O barulho é ensurdecedor.Quando fazíamos as nossaspreparações antes das par-tidas, a Fifa colocava o somdas vuvuzelas nos autofalantes para nos acostumar-mos. E assim nos preparamospara esta Copa do Mundo",finalizou.

Holanda e Espanha atuamcom esquemas diferentes. ALaranja, do técnico Bert VanMarwijk, é bem moderna, al-ternando o 4-3-3, quando tem aposse de bola, para um 4-5-1,quando precisa ocupar os es-paços do adversário.

Jogando no 4-4-2, a Fúriaaposta na força de seu meio-campo, formado por Busquets,Xabi Alonso, Xavi e Iniesta, paraimprensar os adversários. Otreinador ainda não encontrouo companheiro ideal de DavidVilla, na frente. Ele já testouFernando Torres, que não estáno esplendor de sua forma físi-ca, e, assim como fez contra aAlemanha, pode escalar hojePedro. Os laterais devem ser

Sérgio Ramos, pela direita, eCapdevilla, pela esquerda. Nazaga, a dupla do BarcelonaPiqué e Puyol já está confirma-da, com o excelente Casillas, doReal, fechando o gol.

A Holanda tem o goleiroStekelenburg, os laterais Vander Wiel e Van Bronckhorst, quealternam as subidas ao ataque.A zaga deve contar hoje comHeitinga e Mathijsen e, prote-gendo a defesa, De Jong e VanBommel devem ser confirma-dos. Sneijder é o criador das jo-gadas e, mais à frente, Robben,pela direita, Van Persie, maisfixo como centroavante, e Kuyt,pela esquerda, têm a missão dedar trabalho à defesa adver-sária. (V.M)

Esquemas distintos movem os finalistas

Árbitro promete coibir jogo violento

Robben não costuma perdoaros goleiros

GGUUIIAA DDOO

TTOORRCCEEDDOORR

X

QQuuaannddoo:: hojeOOnnddee: Soccer City, JohannesburgoHHoorraa: às 15h30 (de Brasília)Árbitro: Howard Webb(Inglaterra)

HHOOLLAANNDDAA - Stekelenburg; Van derWiel, Heitinga, Mathijsen e VanBronckhorst; De Jong, Van Bommele Sneijder; Kuyt, Van Persie eRobben. Técnico: Bert Van Marwijk.

EESSPPAANNHHAA – Casillas, Sérgio Ramos,Puyol, Piqué, Capdevilla; Busquets,Xabi Alonso, Xavi e Iniesta; Pedro eDavid Villa. Técnico: Vicente DelBosque.

O zagueiro Puyol (centro) é odestaque da sólida defesa espanhola

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Johannesburgo - O Brasil nãotem um jogador sequer concor-rendo ao título de melhor da Copado Mundo de 2010. A queda nasquartas de final diante da Holandae as atuações sem brilho nas ou-tras partidas levaram os brasilei-ros a serem preteridos na lista de10 finalistas, elaborada pelo Grupode Estudos Técnicos da Fifa. Aes-colha, porém, não deve ter levadoem conta apenas critérios técni-cos, uma vez que teve lugar paraum jogador do continente anfi-trião do Mundial, o ganenseAsamoah Gyan.

Entraram também na relaçãotrês espanhóis (Xavi, Iniesta eDavid Villa), dois holandeses(Sneijder e Robben), dois alemães(Schweinsteger e Özil), além douruguaio Diego Forlan e o argen-tino Lionel Messi.

Apesar da eliminação nas oi-tavas de final e de não ter feitonenhum gol na Copa, Messi foilembrando pelas boas partidas,lances de efeito e as várias assis-tências feitas para gols daArgentina. Asamoah Gyan tevealtos e baixos ao longo do torneioe seu principal lance foi o pênal-ti que cobrou no travessão no úl-timo lance da prorrogação do jogoentre Gana e Uruguai. Poste-riormente sua equipe foi elimina-da nos pênaltis.

A escolha do melhor domundo é feita, agora, por jornalis-tas credenciados para a cobertu-ra da Copa do Mundo. Avotação

começou na sexta e se encerra ime-diatamente após o fim do jogode hoje entre Espanha e Holanda.É uma mudança em relação aosanos anteriores, quando a vota-ção foi encerrada antes da final.Por isso, o goleiro Oliver Kahnfoi eleito o melhor em 2002, ape-sar da atuação ruim na final con-tra o Brasil, e Zidane levou o tro-féu em 2006, mesmo dando a ca-beçada em Materazzi na decisãoentre Itália e França.

PASSADO - Kahn esteve pre-sente à apresentação, sexta, dosdez finalistas e reconheceu que éimportante considerar a atuaçãodo jogador na decisão da Copaantes de escolher. “Acho impor-tante avaliar também o desempe-nho na final. É preciso ver quemvai ganhar a Copa para decidir”,disse. E suas preferências? “Gostodo Sneijder, na Holanda, doIniesta e do Villa, na Espanha”. Osdois últimos brasileiros a ganharo troféu foram Romário, em 1994,e Ronaldo, em 1998.

REVELAÇÃO - Três jogado-res disputam o título de revela-ção - para atletas de até 21 anos.O meio-campista Andre Ayew,de Gana, de 20 anos, filho deAbedi Pelé; o mexicano Giovanidos Santos, atacante de 21 anos,e o meia-atacante ThomasMüller, da Alemanha, são os can-didatos ao prêmio de Revelaçãoda Copa.

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Espanhóis lideram a disputa pela Bola de Ouro da Copa do Mundo

JOHANNESBURGO- A Fifaanunciou que não há mais in-gresso disponível para a final daCopa do Mundo na África doSul. Assim, o estádio Soccer City,em Johannesburgo, estará com-pletamente lotado hoje, quandoHolanda e Espanha se enfrentamna decisão do título - o local temcapacidade para 88.460 torce-dores.

O Mundial na África do Sultem sido um sucesso de público.O público total é de 3,2 milhõesde torcedores nos estádio, o que

coloca essa competição em ter-ceiro lugar no ranking histórico,atrás apenas da Alemanha/2006(3,4 milhões) e dos EstadosUnidos/1994 (3,6 milhões).

Na média, a Copa na Áfricado Sul levou aos estádios 49.324torcedores por partida, mas essenúmero deve aumentar atédomingo, pois o Soccer City e oNelson Mandela Bay estarão lota-dos. Nesse ranking, o Mundialdos Estados Unidos aparece fol-gado na liderança, com 68.991pessoas por jogo.

Não há mais ingressos para a decisão

JOHANNESBURGO -Campeão mundial com a se-leção alemã tanto como joga-dor quanto como treinador,Franz Beckenbauer é uma dasmaiores lendas da história dofutebol. E, mesmo tendo vistoa sua Alemanha ser elimina-da na semifinal, avalia queHolanda e Espanha merecemfazer a grande final da Copana África do Sul, que será dis-putada hoje, em Johan-nesburgo.

“É uma final merecida”,afirmou Beckenbauer, emJohannesburgo, durante even-to promocional da Copa de2014. Mas ele não quis apontarum favorito na decisão entreEspanha e Holanda. “Não seiquem vai ganhar. Acho quecada seleção tem 50% de chan-ces”, disse o ex-jogador e ex-treinador, que é presidente dehonra do Bayern de Munique.

Segundo Beckenbauer, osespanhóis foram melhores em

campo e mereceram ganharda Alemanha por 1 x 0, na se-mifinal da Copa, disputadana última quarta, em Durban.“A atuação da Espanha no se-gundo tempo da partida foiuma das melhores da compe-tição”, elogiou o astro, que de-fendeu a permanência do téc-nico Joachim Löw na seleçãoalemã.

Beckenbauer avaliou que aseleção germânica fez umaótima Copa.

O craque do Mundial

Beckenbauer exalta os finalistas

Sneijder é umdos favoritosna disputapela Bolade Ouro

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77Domingo, 11 de julho de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

JORNALO LO JORNAEsportes

Marcelo Alves

Repórter

Após espantar uma dúvidaque pairava sobre o potencialdo elenco do CRB com a vitó-ria sobre Confiança, por 1 x 0,o time regatiano terá amanhã ànoite mais um duelo peloCampeonato do Nordeste para,assim, confirmar a boa fase. OGalo, que segue contratandoreforços, enfrenta os reservasdo Fortaleza, às 21h, no EstádioRei Pelé. O alvirrubro praianoestá na sétima colocação, com12 pontos conquistados. Já oFortaleza, antepenúltimo colo-cado, ocupa a 13ª posição databela de classificação, com ape-nas sete pontos.

Para a sequência doNordestão, a diretoria do Galocontratou o técnico Freitas paraorganizar o elenco. Além donovo comandante, que estreoucom vitória sobre o Confiança,

chegaram para reforçar o elen-co o zagueiro Jalmir e o atacan-te Nino Guerreiro, e ainda estãosendo reintegrados jogadoresque foram desligados do timeregatiano logo após a demissãode Celso Teixeira. Retornaramao grupo do CRB, o lateral-di-reito Amaral, o goleiro Cris e olateral-esquerdo Yuri. Outro quepode pintar de novo na Pajuçaraé o atacante Edson Di.

Quanto ao jogo de amanhã,o técnico Freitas terá o retornodo volante Ewerton e o atacan-te Edmar. Já o volante Jonathane o atacante Emílio estão se re-cuperando de contusão.

O time regatiano pode con-quistar sua segunda vitória esomar mais três pontos na com-petição, chegando aos 15, e seaproxima do G4 do Nordestão.Já equipe do Fortaleza, que nãoestá bem na competição, vemde uma derrota em casa, por 1x 0, para Treze-PB e vai colocar

até o auxiliar do técnico ZéTeodoro, Juarez Sobrero, comotreinador.

CRB - Hudson; Janiel,

Toninho e Ítalo; Amaral,André Silva, Lê, Ewerton,Valdeir e Reatinho; Edmar.Técnico: Freitas Nas-cimento.

FORTALEZA –Douglas;Wellington, Romário Mendes,Basílio e Ronaldo; Leandro, Ro-gério, Bismarck e Niel; Ro-binson e Reginaldo Júnior.

Compromisso marcadoNo Rei Pelé, CRB vai enfrentar amanhã o Fortaleza pelo Campeonato do Nordeste

O atacante Edmar voltou a treinar na semana passada e deve reforçar o time do CRB no jogo de amanhã

O Campeonato Brasileiroda Série B recomeça na próx-ima terça-feira, após a paradada Copa do Mundo. E aequipe do ASA já terá pelafrente uma maratona de jogos.O primeiro desafio do timearapiraquense será contra oNáutico, na próxima terça-feira, às 21h50, no Estádio dosAflitos. E na próxima sexta-feira, um dia após o confron-to contra o Náutico, o ASAjog-ará contra o Brasiliense, às 21h,no Estádio Coaracy Fonseca,em Arapiraca. O ASA é o 11ºcolocado na competição, com1º pontos.

Para enfrentar a maratonade jogos, o clube alvinegro deuinício à preparação com ante-

cedência. Na última quinta-feira, o ASA bateu o Vitória(BA), por 2 x 0, em um amis-toso solidário em favor das ví-timas das enchentes. Além doamistoso, que serviu de avali-ação para os jogadores recém-contratados e outros que aindanão atuaram na competição,o técnico Vica está intensifi-cando os treinamentos. On-tem, a equipe treinou nos doisperíodos. Os treinamentosaconteceram no município deJunqueiro.

Para a partida contra oNáutico, o técnico Vica nãopoderá contar com três atle-tas. O zagueiro Edson Venenoe o volante Rincón receberãoo terceiro cartão amarelo e

terão que cumprir suspensãoautomática. O terceiro atleta éo meia Ciel. O jogador está noDepartamento Médico se re-cuperando de uma fisgada nacoxa.

Apesar da ausência dostrês jogadores, o meia atacanteLuiz Mário, um dos três jo-gadores contratados pelo ASA,está regularizado e é mais umaopção para o vica. Enquantoaos outros dois atletas con-tratados: o lateral esquerdoJoão Victor (Democratas-DF) eo volante Márcio (Rio Branco-SP) ainda não tiveram seusnomes divulgados no BoletimInformativo Diário (BID) daConfederação Brasileira deFutebol (CBF). (M.A)

ASA volta a jogar pelaSérie B na terça-feira

CSA treina pensandono duelo com Sergipe

Surpreendendo no Campeo-nato do Nordeste, o CSAenfren-ta a equipe do Sergipe, na pró-xima quarta-feira, às 20h30, noEstádio João da Hora, em Ara-caju. As duas equipes estão emsituações opostas. O Azulão, quelidera a competição com 17 pon-tos, entra em campo com a mis-são de permanecer no topo da ta-bela de classificação. Enquanto,do outro lado, o time sergipanoamarga a penúltima colocaçãona tabela, com apenas sete pon-tos somados. A partida entre asduas equipes é válida pela 10ªrodada do Nordestão.

Continuar pontuando nacompetição e carimbar antecipa-damente a classificação. Essa é ameta do time azulino para darmaior comodidade ao grupoantes da estreia na 2ª Divisão do

Campeonato Alagoano, no dia22 de agosto contra o Capelense.“A nossa meta é somar pontospara matematicamente carimbarmatematicamente a classifica-ção”, disse o técnico Lino.

O treinador azulino reve-lou que o segredo da boa cam-panha do CSA no Nordestãoé trabalho em conjunto. “Tra-balhando assim, os jogadorestêm mais força e conseguemsuperar as adversidades du-rante as partidas”, contou.Com a boa situação da equipe,Lino já demonstra preocupa-ção com o interesse de clubespelos atletas azulinos. “Sabiaque ia perder atletas pela boacampanha do CSA na compe-tição, mas a diretoria está tra-balhando para recompor oelenco”, afirmou. (M.A)

Lula Castello Branco

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