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O Projeto
O trabalho, iniciado há 20 anos em uma pequena sala cedida pelo centro espírita Eurípedes Barsanulfo no bairro da Taquara/RJ por Rosângela Chacon, atual presidente e fundadora, tornou-se a Obra Social Dona Meca em 18 de Abril de 2001, depois de mais de dez anos de experiência no atendimento gratuito a crianças portadoras de deficiências.
A instituição tem como meta principal a reabilitação e a integração social de crianças com deficiência na faixa etária de 0 a 12 anos, sendo o seu atendimento restrito a famílias carentes. A Obra Social Dona Meca é atualmente referência no tratamento a crianças portadoras de deficiência e, segundo a coordenadora Paula, pais com maior poder aquisitivo buscam a instituição para tratar seus filhos com recursos próprios. Contudo, em função do direcionamento da instituição, não podem ser atendidos.
Obra Social Dona Meca
Rua Gazeta da Noite, 302, Taquara.
Telefone: 2446-1164 / 2446-3674
A instituição tem 14 salas de atendimento, 3 salas administrativas, sala de música e sensibilização, consultório odontológico, espaço para eventos, cozinha, refeitório, depósito para armazenamento de mantimentos, piscina aquecida com material de primeira linha para atividades aquáticas e laboratório de informática (reativado com as doações da Rede E-Solidário).
A manutenção do piso, paredes e a limpeza são impecáveis, parecia que estávamos realmente em um hospital de primeira linha. A instituição também preza pela organização e se preocupa com cada crianças atendida. Ao chegar na recepção a criança deve se identificar para receber o seu cartão com as terapias que serão realizadas e os respectivos horários. São as mães que levam as crianças até cada sala de atendimento e devem voltar para buscá-las no horário marcado, pois nenhuma criança pode circular sozinha.
Corredor e Recepção - reparem no cuidado com a limpeza e a manutenção
Atividades
Fisioterapia Motora
Fisioterapia Respiratória – na visita tivemos contato com uma criança que possuía sérios comprometimentos respiratórios como conseqüência de meningite e não teria sobrevivido se não fosse pelo amparo da instituição
Fisioterapia Respiratória
Fonoaudiologia
Hidroterapia – Esse trabalho é simplesmente sensacional! Tivemos o privilégio de conferir 3 atendimentos diferentes. No primeiro as terapeutas trabalhavam com manobras e movimento (e muito carinho), pois a criança possuía deficiência física. O segundo atendimento trabalhava interação através de brincadeiras na piscina – era uma criança autista. O terceiro atendimento foi realizado com duas crianças com deficiência motora, novamente com muito carinho..
Integração Sensorial
Odontologia – A instituição possui um consultório montado e fornece o material necessário para os atendimentos, mas infelizmente ainda não conseguiu um dentista que ceda uma manhã ou tarde durante a semana para atendimento.
Pedagogia
Psicologia - Os psicólogos trabalham com as crianças para que aceitem suas deficiências, melhorando a auto-estima e permitindo a evolução do trabalho realizado pelas outras terapeutas.Os psicólogos também atuam com os pais para trabalhar os “conflitos” gerados pela convivência com um filho deficiente. Entre os principais problemas encontrados podemos citar a baixa auto-estima, a culpa e a super-proteção. Para a equipe multidisciplinar do Dona Meca o equilíbrio dos componentes da família é uma variável importante para convivência e superação das dificuldades impostas pela deficiência.
Psicomotricidade
Psicopedagogia
Terapia Ocupacional - A terapia ocupacional realizada pela instituição tem como objetivo contribuir para que as crianças convivam com suas deficiências da melhor forma possível. Por exemplo, uma criança com deficiência visual aprende a maneira correta de encher um copo de água utilizando o dedo como medidor.
Comunicação Suplementar e Alternativa – Muitas crianças atendidas apresentam desenvolvimento cognitivo normal para a faixa etária, mas não conseguem se comunicar em função de alguma deficiência, por isso utiliza-se uma forma alternativa de comunicação através de símbolos ou expressões. O aprendizado é apoiado pela informática através de softwares criados especificamente para esse objetivo. O computador doado anteriormente pelo Bolão Digital da Rede E-Solidário estava na sala da comunicação suplementar e atualmente auxilia crianças com deficiência a se comunicarem….
O Quadro de símbolos é utilizado para mostrar as crianças uma forma alternativa de
comunicação
Educação de Jovens e Adultos
Florais - Tratamento com florais para crianças e pais. Acupuntura, Auriculoterapia, Shiatsu – Essas terapias são realizadas somente
com os pais para evitar lesões ou doenças devido ao grande esforço físico, mental e emocional necessário para cuidar dos filhos com deficiência.
sala de shiatsu e acupuntura - somente para pais
Oficina de Artesanato – Projeto ainda em desenvolvimento que tem como objetivo desenvolver as habilidades artesanais de pais e crianças. O curso possibilitará uma fonte alternativa ou complementar de renda para as mães, já que muitas delas não têm como trabalhar devido à dedicação integral que a condição de seus filhos exige.
nosso grupo na Brinquedoteca....
A segunda atividade é a Evangelização das crianças e dos pais, sendo muito valorizada pela instituição e pelos próprios participantes. Devemos lembrar que o projeto teve sua primeira atividade dentro de um centro espírita, dessa forma
sala de evangelização infantil
As reuniões de Evangelização são realizadas separadamente. Para os pais o objetivo é possibilitar a troca de experiências e aprendizados para ajudar no convívio mais harmonioso e na superação das dificuldades que em muitos casos são comuns. Já com as crianças o trabalho é realizado com o objetivo harmonizá-las e passar conhecimentos básicos sobre o espiritismo. Podemos questionar se as crianças com deficiências mais graves conseguem apreender alguma coisa, mas segundo a evangelizadora “Elas aprendem sim” e relata que todas são influenciadas de forma positiva pela reunião porque segundo ela “O espírito está lá, consciente, e consegue aprender”. Essa abordagem não é exclusiva dos espíritas: no filme “Óleo de Lorenzo” podemos ver a odisséia de uma mãe que tem um filho doente e inconsciente, mas continua a leitura de textos e histórias, mesmo estando ele em um estado letárgico. No final do filme, quando a criança consegue expressar algumas respostas, informa que lembrava das histórias contadas.
Todas as crianças e famílias atendidas têm resultados positivos com o tratamento,
aprendendo a conviver de forma mais equilibrada e com maior preparo para superar as dificuldades. Vale ressaltar que resultados positivos não significam a cura. A gravidade das deficiências na maioria das vezes não permite cura, pois são condições de gravidade extrema, com comprometimento físico, mental ou neurológico cujas sequelas são irreversíveis.
A Obra Social Dona Meca define as metas do tratamento de cada criança atendida traçando uma “fronteira” a partir das restrições impostas pela deficiência, e busca, através de terapias médicas, psicológicas e complementares, alcançar os seus objetivos. Mensalmente os terapeutas avaliam as crianças, sua evolução e a necessidade de novas terapias ou de adaptações no tratamento. Mais uma vez comprovamos que não é por acaso que a instituição é considerada referência no atendimento a deficientes.
amigos solidários e as crianças
Atendidos
A obra atende somente crianças até 12 anos, deficientes e oriundas de famílias carentes. Atualmente são mais de 200 crianças atendidas, além de uma fila de espera de cerca de 50 crianças. Além do atendimento gratuito a instituição também doa cestas básicas para as famílias mais carentes.
Casa Lar Dona Meca
A visita do E-Solidário foi planejada para durar 2 horas, pois era uma segunda-feira e todos tinhamos que trabalhar. Mas a instituição realiza tantas atividades solidárias e trabalha de forma tão diversificada que só conseguimos sair depois de 3 horas e meia de visita. Mesmo assim, todos que participaram da visita não se arrependeram.
Nossa última parada foi a Casa Lar Dona Meca, um abrigo criado para acolher crianças deficientes abandonadas. São cerca de 10 atendidos entre crianças e bebês cuja família abandonou ou perdeu a guarda judicial por maus tratos.
Casa Lar Dona Meca
A Casa Lar necessita de ajuda constante para se manter e de voluntários para dar
carinho e atenção às crianças.
não foi permitido tirar foto das crianças por estarem abrigadas na instituição
Voluntários
O voluntariado do projeto é simplesmente surpreendente: são 43 funcionários e 100 voluntários extremamente comprometidos com o trabalho. Profissionais de saúde e educação das áreas de fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia e pedagogia se entregam de corpo e alma nos atendimentos. Em cada sala que entramos pudemos comprovar o sorriso, o carinho e a satisfação de estar sendo solidário – um belo exemplo. Além dos voluntários terapeutas e administrativos existem os diretores da instituição que são todos voluntários e fiquei surpreso ao saber que uma boa parte deles possui familia e trabalho profissional, sendo que quase todos dedicam uma parcela diária do seu tempo à instituição.
Temos ainda uma outra categoria de voluntários, os pais, que se sentem tão comprometidos com a instituição que acabam por utilizar o tempo de atendimento dos filhos para trabalhar na limpeza, cozinha e no que mais necessitarem. Forma-se, através dos laços de amor e agradecimento, a família Dona Meca…
Infelizmente a obra necessita de mais voluntários e poderia ampliar ainda mais o seu atendimento caso conseguisse mais terapeutas. Ficamos muito tristes ao saber que existe um consultório odontológico montado, com material de uso fornecido pela instituição, mas não há um dentista que ceda uma manhã ou uma tarde para atendimento na instituição.
A instituição também precisa de um médico por uma manhã ou tarde para atendimento às crianças.
No pátio existe uma pequena biblioteca para crianças, mas falta um contador de histórias. Não é necessário ser um profissional, basta boa vontade, carinho e paciência para alegrar o coração dos pequeninos. Se você trabalha na área de educação, fisioterapia, medicina, psicologia, fonoaudiologia ou qualquer uma das atividades realizadas pela instituição está convidado a conhecer o trabalho e participar dessa linda obra de solidariedade. Não perca a oportunidade!
Doações
Para manter seu alto padrão de atendimento, a instituição precisa de toda ajuda que puder conseguir. O atendimento a portadores de deficiênca exige na grande maioria dos casos um terapeuta para cada criança, além de infraestrutura (piscina aquecida por exemplo) e equipamentos especiais. A Obra Social Dona Meca não cobra por nenhum serviço oferecido ao seu público.
Fraldas, computadores, roupas usadas (bazar), mantimentos (perecíveis e não perecíveis), e muitos itens que estão desprezados em um canto da sua casa podem ajudar essa linda obra de solidariedade. A instituição promove bazar com doações e eventos para arrecadar recursos para manutenção e expansão das atividades.
Como foi a criação da Obra Social Dona Meca
O trabalho da Obra Social Dona Meca teve início na primeira metade da década de 1990
quando o então chamado Grupo Dona Meca, formado por pequeno núcleo de
profissionais da área de saúde, prestava atendimentos voluntários e gratuitos a crianças
com deficiência da região de Jacarepaguá. Alguns membros do grupo possuíam pessoas
com deficiência entre seus familiares, mas a grande maioria da equipe tinha como maior
motivação o ideal de servir ao próximo e prestar serviços à comunidade.
Com o passar dos anos, aquele singelo trabalho cresceu muito, de tal maneira que em
2001 a entidade foi constituída legalmente e foi inaugurada sua sede, dotada de diversas
salas de atendimento terapêutico multidisciplinar e ampla infra-estrutura, especialmente
adaptada ao uso do seu público-alvo.
Com a consolidação do trabalho, a procura por atendimentos cresceu ainda mais
rapidamente do que a sua capacidade de absorção de novas crianças. Apesar de todos os
esforços da instituição, e de já estar atendendo a um número significativo de crianças, a
lista de espera tornou-se significativamente maior do que a sua capacidade instalada de
atendimento. Diante de mais este desafio, a instituição mobilizou-se para adquirir o
terreno contíguo à sua sede, recém construída, para ampliação de suas instalações. O
esforço foi bem sucedido graças a doações de seus associados e colaboradores.
Na seqüência, com apoio do BNDES, e após quase dois anos de obras, em 2005, foi
inaugurada a expansão da OSDM, que lhe confere atualmente instalações com mais de
1.000 m² de área construída, com novas salas de atendimento, uma piscina de
hidroterapia com água aquecida, salão para eventos e um pequeno auditório com
equipamento multimídia, utilizado para a realização de palestras, rodadas de estudo e
para a projeção de filmes e outras apresentações, para seus beneficiários, profissionais e
convidados.
Inaugurando a ampliação em março de 2005, a instituição aumentou o seu número de
atendimentos de 92 (em 2003, antes das obras) para 194 crianças (ao final de 2006)
sendo a sua maior conquista a melhoria qualitativa do atendimento, uma vez que
atualmente oferece outras modalidades de terapias que são de extrema importância no
tratamento de seus beneficiários.
A proposta da OSDM de atendimento à criança e ao adolescente portador de deficiência
em programa de proteção e garantia de seus direitos baseia-se nos princípios teóricos de
uma abordagem construtivista e sócio-interacionista. A OSDM utiliza-se da filosofia de
que o ser humano se desenvolve no ambiente familiar e social frente a estímulos
contínuos, sem esquecer, portanto, da consciência e respeito aos limites para a
construção do conhecimento.
Para o desenvolvimento desta proposta, a instituição lança mão de sua experiência na
área de habilitação e reabilitação, trabalhando com o suporte de uma equipe inter e
multidisciplinar constituída de: médicos, fisioterapeutas, psicólogos, fonoaudiólogos,
psicomotricistas, pedagogos, dentre outros profissionais.
A metodologia baseia-se no lúdico, no prazer da criança em participar ativamente do
processo do seu desenvolvimento, integrando-se à natureza, à saúde e à alimentação
num ambiente de curiosidade, imaginação e segurança emocional, onde a criança pode
criar, expressar-se livremente e permitir o desenvolvimento de suas possibilidades.
Para o sucesso deste amplo programa, a família é incorporada ao processo terapêutico
através de orientações com psicólogos e da participação em dinâmicas de reflexão e
conhecimento em cada área de atendimento. Este esforço é realizado para que a
integração família-terapia se forme e esta se torne um elo de facilitação entre o terapeuta
e a criança. Reuniões periódicas entre a equipe e os pais são organizadas para informar
quanto à evolução de cada criança no processo terapêutico.
As atividades da instituição são realizadas de segunda a sexta-feira, no horário de 8 às
17 horas.
A metodologia de atendimento cumpre as seguintes etapas:
• Cadastramento dos beneficiários que chegam a instituição;
• Anamnese;
• Atendimento direto aos beneficiários pelos vários setores da instituição;
• Realização de reuniões para orientação às famílias;
• Desenvolvimento de hábitos e atitudes que contribuam para a socialização e o
convívio em família e na sociedade;
• Encaminhamento e acompanhamento dos beneficiários para outras instituições
existentes, se assim for necessário.
A OSDM presta atendimento terapêutico multidisciplinar aos seus beneficiários e
atendimento social e moral às suas famílias. De acordo com a avaliação do Serviço
Social, outros auxílios dentro da necessidade da cada família também costumam ser
oferecidos. A instituição oferece ainda alimentação e transporte aos beneficiários e a
seus acompanhantes.
São oferecidos atendimentos nas seguintes especialidades:
• Clínica Médica
• Fisioterapia
• Fisioterapia Respiratória
• Psicologia
• Psicopedagogia
• Psicomotricidade
• Hidroterapia
• Fonoaudiologia
• Terapia Ocupacional
• Odontologia
A instituição oferece ainda as seguintes atividades complementares:
• Apoio em Aprendizagem – para as crianças;
• Natação – para as crianças;
• Informática – para as crianças e responsáveis;
• Música e Dança – para as crianças;
• Capoeira – para as crianças;
• Festas, Comemorações e Passeios – para crianças e responsáveis;
• Fisioterapia, Shiatsu e Acupuntura – para responsáveis;
• Educação de Jovens e Adultos – para responsáveis.
Número de Crianças Atendidas:
• Ano de 2001: 53 crianças
• Ano de 2002: 75 crianças
• Ano de 2003: 92 crianças
• Ano de 2004: 102 crianças
• Ano de 2005: 154 crianças
• Ano de 2006: 194 crianças
Atualmente, a instituição é referência no atendimento de crianças portadoras de
necessidades especiais, recebendo encaminhamentos de hospitais e clínicas de toda a
cidade.
Por que o trabalho é feito somente com crianças com deficiência? Você tem filho ou
parente com deficiência?
Pessoalmente, não tenho filhos, ainda. Entre meus parentes, existem sim alguns com
deficiência, mas são casos leves de deficiência física e mental, nada que comprometa
uma vida normal e participativa na sociedade.
O trabalho da OSDM já surgiu com foco definido, bem delimitado. Trabalhar com
crianças com deficiência, como na área de saúde em geral, exige muito conhecimento
técnico, atendimento especializado. Neste sentido, a instituição definiu que deveria ser
fiel às suas origens e investir para oferecer um atendimento de qualidade e o mais
completo possível ao seu público-alvo. Este direcionamento é determinante, por
exemplo, ao se desenhar um projeto arquitetônico ou na aquisição de equipamentos.
Nossa sede, nossas atividades, nossa equipe de profissionais e de voluntários são
totalmente preparados para lidar com esta clientela. Vale citar, ainda, que a grande
região de Jacarepaguá é extremamente carente de instituições que atendem a criança
com deficiência. E isto vale também para o restante da cidade – recebemos
encaminhamentos de diversos hospitais, inclusive da Zona Sul e da Baixada
Fluminense.
De toda maneira, a instituição não oferece apenas atendimento terapêutico, existe uma
ampla diversidade de atividades complementares oferecidas para as crianças e também
para as suas famílias, como: informática, alfabetização, natação, apoio em
aprendizagem, etc.
Os médicos que trabalham no local são todos voluntários?
Não. O voluntariado tem uma força muito grande na instituição, são cerca de 150
envolvidos nas áreas terapêutica, pedagógica, administrativa, entre outras. Porém, a
instituição conta com 23 profissionais remunerados também distribuídos por diversas
áreas.
Quantas crianças são atendidas?
Atualmente, a instituição atende 206 crianças.
Quais são as maiores dificuldades enfrentadas pela Obra Social Dona Meca?
Recursos, sem sombra de dúvidas. O custeio das rotinas institucionais é pesado e todo
atendimento é feito de forma gratuita, ninguém paga nada. Contamos quase que
exclusivamente com as doações de pessoas físicas e algumas poucas empresas que
mensalmente contribuem para nossa manutenção. No final de 2006, conseguimos fechar
um convênio com a Prefeitura do Rio que repassará uma verba bastante tímida para
atendermos 10 crianças. Ou seja, o poder público acaba de se comprometer com o
custeio de 10 crianças, mas e as outras 196?
Custear a manutenção da instituição é um desafio diário, mas estamos trabalhando
arduamente nesta direção, inclusive para ampliar nossa capacidade de atendimento.
Segundo levantamento feito recentemente, identificamos que podemos atender até 300
crianças dentro de nossas instalações atuais.
Temos diversos projetos elaborados, alguns que conferem deduções em impostos para
empresas patrocinadoras. Nosso objetivo é fortalecer nossa rede de relacionamentos e
dar maior visibilidade ao fantástico trabalho que é realizado aqui, mas que é ainda
pouco conhecido.
Quais são as maiores necessidades?
Tudo é necessário e tudo se aproveita, desde recursos financeiros a fraldas descartáveis
ou roupas usadas. Nós realizamos, por exemplo, um bazar onde expomos de tudo:
roupas, calçados, utilidades domésticas, móveis, material de informática, eletrônicos,
coisas novas e usadas em bom estado de conservação. Estamos precisando também de
um veículo novo para fazer o transporte das crianças que tem maior dificuldade de
mobilidade, alimentos para cesta das famílias em situação de vulnerabilidade social,
material de escritório, enfim, todo pode ser aproveitado. É válido também reiterar a
convocação aos voluntários, sobretudo profissionais da área de saúde, temos muito
respeito pela força do voluntariado e a experiência nos mostra que os que vêm nos
conhecer se apaixonam pelo trabalho.
Obra Social Dona Meca
Rua Gazeta da Noite, 302, Taquara.
Telefone: 2446-1164 / 2446-3674
E-mail: [email protected]
Luiza Souto