31
0 UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUCIANE APARECIDA MACIEL O TRABALHO INTEGRADO DO PEDAGOGO JUNTO AO PSICOPEDAGOGO QUANTO A INTERVENÇÃO NAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NO ESPAÇO ESCOLAR CURITIBA 2012

O TRABALHO INTEGRADO DO PEDAGOGO JUNTO AO …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/O-TRABALHO-INTEGRADO-DO... · formação em pedagogia dentro do espaço escolar e do profissional em

Embed Size (px)

Citation preview

0

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

LUCIANE APARECIDA MACIEL

O TRABALHO INTEGRADO DO PEDAGOGO JUNTO AO

PSICOPEDAGOGO QUANTO A INTERVENÇÃO NAS DIFICULDADES

DE APRENDIZAGEM NO ESPAÇO ESCOLAR

CURITIBA

2012

1

LUCIANE APARECIDA MACIEL

O TRABALHO INTEGRADO DO PEDAGOGO JUNTO AO

PSICOPEDAGOGO QUANTO A INTERVENÇÃO NAS DIFICULDADES

DE APRENDIZAGEM NO ESPAÇO ESCOLAR

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Especialização em Psicopedagogia da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito parcial para obtenção do título de Especialista. Orientadora: Margaret Maria Schroeder

CURITIBA

2012

2

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................... 04

2 REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................... 09

2.1 APRENDIZADO E DESENVOLVIMENTO ................................................ 09

2.1.1 Dificuldades de Aprendizagem ............................................................... 11

2.1.2 Mediação e a Aprendizagem .................................................…….......... 12

2.1.3 A Importância da Intervenção e Mediação na Aprendizagem ................ 12

2.2 OS CAMPOS DE ATUAÇÃO DO PEDAGOGO E DO

PSICOPEDAGOGO .................................................................................

13

2.2.1 A Integração do Pedagogo e do Psicopedagogo ................................... 16

2.3 O CONTEXTO ESCOLAR ......................................................................... 18

2.3.1 Mediação Pedagógica e a Intervenção Psicopedagógica ...................... 20

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .................................................. 22

4 ANÁLISE DAS OBSERVAÇÕES ................................................................ 23

CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................ 27

REFERÊNCIAS ............................................................................................... 29

3

RESUMO A presente pesquisa se constitui num estudo teórico que tenta justificar a importância de um trabalho mais integrado entre o pedagogo e psicopedagogo, ambos, apesar de ocuparem papéis e funções diferenciadas, possuem certa identidade na especificidade da tarefa que desenvolvem, pois estão preocupados com a superação das dificuldades apresentadas pelos educandos. Busca se a necessidade de existir uma paridade no trabalho de ambos, o que se percebe é que as propostas são desenvolvidas, mas de forma restrita e isolada. O pedagogo no espaço escolar atuando como mediador entre professores, alunos e famílias e dentro deste contexto realizando os encaminhamentos necessários para solucionar as situações problemas apresentadas no seu cotidiano. O psicopedagogo na clínica identificando, diagnosticando e realizando as intervenções necessárias para que o aluno encaminhado pelo profissional pedagogo possa superar as dificuldades de aprendizagem apresentadas no espaço escolar. Ambos profissionais tentam dar conta da mesma questão de forma isolada. Analisando a diferença quando existe uma distância e a falta de comunicação entre os profissionais pedagogo e psicopedagogo, percebe-se que não existe envolvimento de um trabalho integrado frente ao educando que apresenta dificuldades de aprendizagem no espaço escolar. Quando existe esta desintegração destes profissionais, quem acaba sendo prejudicado é o educando, pois a falta de comunicação e articulação durante todo o processo de encaminhamento, acompanhamento e intervenção, acaba falhando nos resultados e muitas das vezes lamentavelmente não chega a um resultado esperado que é o sucesso do educando para superar suas dificuldades de aprendizagem. Acredita-se que a aproximação e interação, integrando esses profissionais contribuem para o sucesso do educando para superar suas dificuldades de aprendizagem, efetivamente ocorrendo uma intervenção mais direcionada que vem de encontro aos objetivos comuns desses profissionais.

4

1 INTRODUÇÃO

O profissional pedagogo diante do seu papel como mediador entre

professores, alunos e famílias, também tem a responsabilidade de organizar o

currículo para que os educandos possam de uma maneira efetiva e concreta

aprender os conteúdos, os quais precisam ser ensinados de forma clara e objetiva e

dentro do prazo estipulado, conforme a burocracia da instituição local.

Durante este processo de ensino aprendizagem a educador ou professor à

frente desta tarefa de transmitir aos alunos os conteúdos, precisa estar sensível aos

resultados, os quais variam de aluno para aluno. No momento em que este

profissional da educação se encontra em sala de aula precisa ter sensibilidade para

perceber aquele aluno que por algum motivo precisa de uma atenção especial ou

diferenciada, pois este aluno poderá apresentar dificuldades de aprendizagem.

Esta dificuldade de aprendizagem apresentada pelos alunos em sala de aula

passa a ser uma preocupação e um desafio para todos os profissionais envolvidos

neste processo.

No momento em que o professor comunica ao pedagogo a existência das

dificuldades de aprendizagem do educando, começa um novo desafio frente a essa

questão. A responsabilidade, sensibilidade e o comprometimento do pedagogo

durante todo o processo devem estar aflorados para que o encaminhamento e o

acompanhamento deste aluno sejam realizados de forma adequada.

Ao encaminhar este aluno para uma avaliação psicopedagógica, o

Psicopedagogo começa sua investigação e tendo em mãos o diagnóstico, na clínica

começa a realizar as intervenções com o processo terapêutico.

Esta intervenção visa somar e unir esforços desenvolvendo um trabalho

integrado. O pedagogo enquanto mediador envolvido no processo educacional,

também deverá atuar no processo terapêutico, repassando o mesmo ao profissional

da sala de aula o professor, conforme as orientações do psicopedagogo.

Acredita-se que se faz necessário o envolvimento maior entre o

Psicopedagogo e o Pedagogo durante todo o processo de intervenção, para

acompanhar os profissionais da educação, pedagogo e o professor, no espaço

escolar, para que possam saber quais os procedimentos devem se aplicar ao

educando para alcançar os resultados esperados.

5

Esta integração entre os profissionais durante o processo terapêutico

contribuirá para o sucesso do educando diante das dificuldades apresentadas em

relação à aprendizagem, alcançando assim os mesmos objetivos. Estes objetivos

visam contribuir para que o aluno compreenda o que lhe é ensinado, superando

suas dificuldades e se desenvolva integralmente.

A integração e aproximação destes profissionais visam à busca de uma

comunicação plena estabelecendo compromissos e comprometimentos de ambas as

partes levando a corresponsabilidade no resultado final deste processo na

superação das dificuldades de aprendizagem apresentada pelo educando.

Assim, os estudos sobre o tema apontam para a necessidade de se buscar

esta integração em conjunto, facilitando o processo, para que os resultados sejam

efetivos e satisfatórios, com a intervenção de forma integrada de ambos os

profissionais, contribuirá de certa forma para o sucesso do processo, promovendo

ao educando a superação de suas dificuldades de aprendizagem no espaço escolar.

Pretende-se neste estudo analisar o trabalho integrado do Pedagogo junto

ao Psicopedagogo quanto à intervenção nas dificuldades de aprendizagem no

espaço escolar, procurando abordar as ações do profissional pedagogo no espaço

escolar no acompanhamento das intervenções do profissional em psicopedagogia

no que se refere ao atendimento das dificuldades de aprendizagem.

O cenário educacional tem enfrentado muitos desafios que são destacados

pelos dados de pesquisas que mostram a dificuldade de enfrentamento. Para Zorzi

(2003), existe a necessidade de que se desenvolva um esforço conjunto, com a

atuação de profissionais de formações diferentes, mas que sejam complementares

de forma que possa haver a colaboração mútua para a elaboração de novas

propostas educacionais, de novas formas de intervenção no âmbito escolar, que

possam auxiliar o desenvolvimento da educação e no atendimento das dificuldades

de aprendizagem.

No contexto das dificuldades de aprendizagem, de acordo com Sisto et al.

(2008) é imprescindível que se faça a diferenciação das necessidades das crianças

com dificuldades de aprendizagem das de crianças com dificuldades escolares.

Segundo o autor, essas últimas deixam expostas em muitos casos, a falta de

competência da instituição educacional no desempenho de seu papel educacional e

social e não podem ser avaliadas como problemas dos alunos.

6

Neste caso, ao se considerar a escola responsável por uma parte

considerável da formação do ser humano, o trabalho do pedagogo e do

psicopedagogo na instituição escolar assume características preventivas quando

pensado no sentido de pretender trabalhar em prol da criação de competências e

habilidades para solução dessas questões. Com esta intenção e como consequência

do grande número de alunos com dificuldades de aprendizagem e de outros

desafios que envolvem a família e a escola, a intervenção pedagógica e

psicopedagógica tem ganhado ultimamente, espaço nas instituições de ensino.

Pela prática cotidiana pode-se perceber que os problemas relacionados com

o processo de aprendizagem, bem como com as dificuldades de aprendizagem, não

está centralizada apenas no aluno e no professor, e as tendências educacionais

mais modernas passam a identificar este processo com um número maior de

variáveis que necessitam ser apreendidas com bastante cuidado pelo professor,

pelo pedagogo e psicopedagogo.

O problema que surge deste processo é determinar: Como a integração dos

profissionais pedagogo e psicopedagogo pode auxiliar o educando a superar as

dificuldades de aprendizagem no espaço escolar? Como os profissionais da

educação podem aplicar os procedimentos realizados pelo psicopedagogo durante

as intervenções?

Parte-se da hipótese de que para que se realize o encaminhamento é

necessário o apoio dos pais e/ou responsáveis, (participação da família) que muitas

vezes são ausentes, sem comprometimento, também precisa do apoio dos

professores, os quais devido à demanda e números de alunos em sala de aula

acabam ficando sobrecarregados e consequentemente não conseguem colaborar

com trabalho que precisa ser realizado em sala de aula junto ao aluno. Outra

barreira encontrada é o chamado sistema, a burocracia e o tempo que os mesmos

tomam, dificultando o andamento de todo o trabalho a ser realizado.

Diante disso o objetivo geral deste estudo é analisar a importância da

integração realizada com compromisso e responsabilidade pelos profissionais com

formação em pedagogia dentro do espaço escolar e do profissional em

psicopedagogia que vem auxiliar neste processo através das invenções necessárias

para o sucesso do educando.

De forma a alcançar estes objetivos trabalhou-se com os seguintes objetivos

específicos:

7

• Analisar o papel do pedagogo no espaço escolar e a integração ao

psicopedagogo com as intervenções necessárias ao educando;

• Estudar os procedimentos utilizados por estes profissionais diante de

encaminhamentos necessários ao atendimento do educando que apresenta

dificuldades de aprendizagens;

• Estudar os conceitos envolvidos com o processo de intervenção

psicopedagógica e das dificuldades de aprendizagem.

Assim, este trabalho busca abordar a importância da integração dos

profissionais pedagogo quanto, encaminhamento e acompanhamento do aluno que

apresenta dificuldades de aprendizagem, a responsabilidade e a sensibilidade deste

profissional, num trabalho em conjunto, ou seja integrado com o psicopedagogo na

intervenção destas dificuldades dentro do espaço escolar.

Levando a refletir quanto à responsabilidade deste trabalho em conjunto/

integrado na obtenção dos seus resultados.

Esta pesquisa tenta justificar a importância de um trabalho mais integrado

entre o profissional Pedagogo e o profissional com especialização em

psicopedagogia. Esta integração busca um trabalho mais direcionado, mas ambos

com objetivos comuns, diante do desafio de auxiliar o educando em obter sucesso

para superar suas dificuldades de aprendizagem.

O compromisso de ambos profissionais fará muita diferença diante deste

desafio, mesmo com papéis diferentes, como explica Libâneo (1996), referente o

papel do pedagogo no espaço escolar.

O papel do pedagogo no espaço escolar é extremamente importante para o

desenvolvimento e o progresso do aluno, por isso a responsabilidade e a

sensibilidade deste profissional ao encaminhar o discente, que vem apresentando

dificuldades de aprendizagem para o psicopedagogo que realizará intervenções.

Quando se fala no compromisso destes profissionais diante do desafio que

tem como partida inicial o encaminhamento pedagógico até a intervenção

psicopedagógica, para identificar as causas e sintomas das dificuldades de que

estão ocorrendo no processo de ensino e aprendizagem os quais vem impedindo o

educando de conseguir desenvolver suas potencialidades em sala de aula.

Diante do compromisso destes profissionais, relembra-se aqui uma

importante citação de Freire (1979, p. 26) que afirma:

8

O compromisso, próprio da existência humana, só existe no engajamento com a realidade de cujas águas os homens verdadeiramente comprometidos ficam molhados, ensopados. Somente assim o compromisso é verdadeiro. Ao experiênciá-lo, num ato que necessariamente é corajoso, decidido e consciente, os homens já não se dizem neutros.

A estrutura deste estudo parte primeiramente da apresentação dos conceitos

de aprendizado e desenvolvimento, campos de atuação do pedagogo e do

psicopedagogo e o contexto escolar. Destaca-se também a mediação,

encaminhamento o acompanhamento das situações problemas que se apresentam

no cotidiano deste profissional. Analisa o papel do Psicopedagogo diante do

diagnóstico e intervenção, especificando as diferenças entre os profissionais

Psicopedagogo e Pedagogo e qual é a importância de seus papeis durante o

processo de encaminhamento, acompanhamento, diagnóstico e intervenção para o

sucesso dos educando que apresenta dificuldades de aprendizagem. Finalmente,

são abordados e enfatizados alguns aspectos da importância da integração destes

profissionais, favorecendo o sucesso do educando que está apresentando

dificuldade de aprendizagem.

A segunda parte trata dos procedimentos metodológicos adotados para o

desenvolvimento deste estudo.

No terceiro momento desenvolveu-se a análise das observações realizadas

no estudo de campo.

E na parte final foram desenvolvidas as considerações finais do estudo.

9

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capítulo serão abordados os conceitos envolvidos com o tema

proposto que facilitarão o entendimento do mesmo.

2.1 APRENDIZADO E DESENVOLVIMENTO

Vygotsky (1987) tem como tema central o desenvolvimento humano, o

aprendizado e as relações entre o desenvolvimento e o aprendizado. Sua

preocupação com o desenvolvimento do homem está presente em todas as suas

obras.

O autor não chegou a formular uma concepção estruturada do

desenvolvimento humano, a qual pudesse interpretar o processo de construção

psicológica do nascimento até a idade adulta, oferecendo reflexões e dados de

pesquisa sobre vários aspectos do desenvolvimento e a importância dos processos

de aprendizagem.

Ainda para Vygotsky (1987) desde o nascimento da criança o aprendizado

está relacionado ao desenvolvimento e é um aspecto necessário e universal do

processo de desenvolvimento das funções psicológicas culturalmente organizadas e

especificamente humanas.

Este percurso de desenvolvimento em parte definido pelo processo de

maturação do organismo individual, pertencente à espécie humana, sendo o

aprendizado que possibilita o despertar dos processos internos que se não fosse o

contato indivíduo com certo ambiente cultural, todo este processo de

desenvolvimento não aconteceria.

Para explicar sobre esta questão Oliveira (1993, p. 56-57) utiliza-se de um

exemplo, para esclarecer melhor esta relação:

Um indivíduo que vive num grupo isolado, que não dispõe de um sistema de escrita. Se continuar isolado nesse meio cultural que conhece a escrita, esse indivíduo jamais será alfabetizado. Isto é, só o processo de aprendizagem da leitura e da escrita desencadeado num determinado ambiente sócio-cultural onde isso seja possível, é que poderia despertar os processos de desenvolvimento internos do individuo que permitam a aquisição da leitura e da escrita. Confirmando o mesmo fenômeno, podemos supor que esse indivíduo, por alguma razão deixasse seu grupo de origem e passasse a viver num ambiente letrado, poderia ser submetido a um processo de alfabetização e seu desenvolvimento seria letrado.

10

Diante deste exemplo, percebe-se que na falta de situações propícias ao

aprendizado o desenvolvimento fica impedido. O ser humano é um ser social e a

interação que estabelece com outras pessoas é essencial ao seu desenvolvimento.

O autor supra citado segue esclarecendo que:

Aprendizado ou Aprendizagem é o processo pelo qual o aluno adquire informações, habilidades, valores, etc. a partir de seu contato com a realidade, o meio ambiente, as outras pessoas. É um processo que se diferencia dos fatores inatos (a capacidade de digestão, por exemplo, já nasce com o indivíduo ) e dos indivíduos processos de maturação do organismo, independentes da informação do ambiente ( a maturação sexual, por exemplo). Em Vygotsky, justamente por sua ênfase nos processos sócio-históricos, a idéia de aprendizado inclui a interdependência dos indivíduos envolvidos no processo. O termo que utiliza em russo (obuchenie) significa algo como processo de ensino-aprendizagem, incluindo sempre aquele que ensina e a relação entre essas pessoas. (OLIVEIRA, 1993, p. 75).

A concepção de que o aprendizado possibilita o despertar dos processos

internos dos indivíduos liga o desenvolvimento das pessoas e suas relações com o

ambiente sociocultural em que vive e sua situação de organismo que não se

desenvolve plenamente sem o suporte de outros indivíduos de sua espécie

Portanto é esta importância que Vygotsky (1987) dá ao papel do outro

durante o desenvolvimento dos indivíduos na formulação de um conceito específico

dentro da sua teoria, importante para a compreensão das suas ideias sobre as

relações entre o desenvolvimento e a aprendizagem o conceito da Zona de

Desenvolvimento Proximal.

Para compreender adequadamente o desenvolvimento Vygotsky (1987),

considera não apenas o Nível de Desenvolvimento Real da criança, mas também o

Nível de Desenvolvimento Potencial, ou seja, a capacidade que esta criança tem ao

desempenhar tarefas com a ajuda de adultos ou colegas mais capazes.

Existem determinadas tarefas que a criança não é capaz de realizar sem

que alguém lhe de instruções, lhe dando orientações, faça uma demonstração ou lhe

de uma assistência durante o processo de aprendizagem para que consiga realizar a

tarefa.

É importante ressaltar que não é qualquer indivíduo que pode, a partir da

ajuda de outro, consiga realizar qualquer tarefa, pois a capacidade de se beneficiar

desta ajuda de outra pessoa vai acontecer num certo nível de desenvolvimento.

11

Para definir Zona de Desenvolvimento Proximal, entende-se que aos

caminhos que os indivíduos vão percorrer para desenvolver suas funções que estão

no processo de amadurecimento e se tornarão funções consolidadas , estabelecidas

no seu Nível de Desenvolvimento Real. Ao interferir constantemente na Zona de

Desenvolvimento Proximal das crianças, as pessoas mais experientes contribuem

para movimentar os processos que estão em desenvolvimento.

2.1.1 Dificuldades de Aprendizagem

Conforme destaca Bossa (2000) a aprendizagem é um processo relacionado

com a história de cada aluno e das relações que são estabelecidas pelo mesmo com

o conhecimento obtido ao longo da vida. Contudo, quando se fala em

aprendizagem, não é possível que se relacione a questão unicamente com o aluno,

porque a aprendizagem não é um processo individual que dependa somente do

esforço de quem aprende, mas é sim, um processo coletivo onde a atuação do

professor, do pedagogo e do psicopedagogo são imprescindíveis.

Para Grigorenko; Ternemberg (2003) as dificuldades de aprendizagem estão

relacionadas com um ou mais distúrbios dos processos psicológicos fundamentais

relacionados com o entendimento ou a utilização da linguagem, falada ou escrita,

que pode se revelar na forma de uma aptidão imperfeita para ouvir, pensar, falar, ler,

escrever, soletrar ou realizar cálculos matemáticos.

Para Strick; Smith (2001, p.14) estas dificuldades de aprendizagem são “[...]

problemas neurológicos que afetam a capacidade do cérebro para entender,

recordar ou comunicar informações”.

Segundo Okano et al. (2004, p. 122):

O manejo das dificuldades de aprendizagem no ambiente escolar não se constitui em tarefa fácil, e muitas vezes, a alternativa dada envolve a colocação das crianças em programas especiais de ensino como o proposto para as salas de reforço ou de recuperação paralela, destinadas a alunos com dificuldades não superadas no cotidiano escolar.

Diante do exposto fica clara a noção de que é indispensável que os

educadores resgatem conhecimentos que possam abrir maiores possibilidades de

compreensão de suas práticas e os elementos imprescindíveis para auxiliarem o

progresso e o sucesso dos alunos. Entende-se que desta forma, uma das maneiras

12

de alcançar este intuito é por meio das intervenções possíveis a partir dos

conhecimentos que a Pedagogia e a Psicopedagogia podem proporcionar, pois é a

área que estuda e trabalha diretamente com o processo da aprendizagem e com os

problemas dele decorrentes.

2.1.2 Mediação e a Aprendizagem

Para abordar este assunto, cita-se Vygotsky (apud OLIVEIRA, 1993), já que

o estudioso cita que a mediação é um dos elementos fundamentais para que haja a

efetiva aprendizagem.

Mediação é o processo de intervenção de um elemento intermediário numa

relação, onde a mesma deixa de ser direta e passa a ser mediata por esse

elemento. Vygotsky (1987) trabalha então com a noção de que a relação do homem

com o mundo não é direta, mas uma relação mediada.

Pode-se dizer que o processo de mediação passa a ser fundamentais para

o desenvolvimento das funções psicológicas superiores, tipicamente humanas,

portando são elas que distinguem o homem dos outros animais, sendo o processo

essencial para tornar possíveis atividades psicológicas voluntarias, intencionais e

controladas pelo próprio individuo.

2.1.3 A Importância da Intervenção e Mediação na Aprendizagem

Ao analisarem-se as postulações de Vygotsky (1987) percebe-se a

importância dada por ele da atuação dos outros membros do grupo social na

mediação entre a cultura e o indivíduo e na promoção dos processos

interpsicológicos que serão posteriormente internalizados.

A intervenção destes membros mais maduros da cultura no aprendizado das

crianças é importante durante o seu processo de desenvolvimento do indivíduo com

o seu ambiente sociocultural para se desenvolver plenamente sem o suporte de

outros indivíduos de sua espécie.

Portanto sejam quais forem os mediadores é na Zona de Desenvolvimento

Proximal que a interferência deve acontecer para ser efetiva e transformadora, já

com os processos consolidados, por outro lado, não necessitam da ação externa

para serem desencadeados, mesmos os processos que não foram iniciados.

13

O profissional que está envolvido com a aprendizagem dos alunos, precisa

considerar as etapas intelectuais já alcançadas pela criança do Nível de

Desenvolvimento Real que da criança agindo sempre no sentido de desenvolver

estágios ainda não incorporados por esta criança, funcionando como um motor de

novas conquistas psicológicas.

Ao interferir na Zona de Desenvolvimento Proximal dos alunos neste nível

em que as funções estão em processo de maturação, as mesmas precisam ser

consolidadas, por isso estes profissionais envolvidos provocarão avanços que não

ocorreriam espontaneamente. Isso acontece porque a criança não tem condições de

percorrer sozinha o caminho da aprendizagem.

Neste caso a intervenção de outras pessoas que ocorre aqui é do Pedagogo

do Psicopedagogo, fundamentais para a promoção do desenvolvimento do aluno.

2.2 OS CAMPOS DE ATUAÇÃO DO PEDAGOGO E DO PSICOPEDAGOGO

Segundo Libâneo (1996, p. 116-117):

Pedagogo é o profissional que atua em várias instâncias da prática educativa, direta ou indiretamente ligadas à organização e aos processos de transmissão e assimilação ativa de saberes e modos de ação, tendo em vistos objetivos de formação histórica. Em outras palavras, pedagogo é um profissional que lida com fatos, estruturas, contextos, situações, referentes à prática educativa em suas várias modalidades e manifestações. A atuação do pedagogo escolar é imprescindível na ajuda aos professores no aprimoramento do seu desempenho na sala de aula(conteúdos, métodos, técnicas, formas de organização da classe),na análise e compreensão das situações de ensino com base nos conhecimentos teóricos, ou seja, na vinculação entre as áreas do conhecimento pedagógico e o trabalho de sala de aula.

Neste contexto, destaca-se que uma das questões mais importantes no

contexto educacional atual é a necessária influência do pedagogo na escola.

Segundo Bacheti; Silva; Souza (2010, p. 3), pode-se destacar está influência em três

aspectos:

• Pedagógicos onde a ação do pedagogo abrange atividades referentes ao

planejamento de aulas, interdisciplinaridade, avaliação do aluno,

metodologia/recursos didáticos, alunos com dificuldade de aprendizagem,

elaboração e orientação em projetos, turmas e alunos com baixo rendimento.

14

• Operacionais que estão relacionados com a organização de eventos

comemorativos, dúvidas sobre regulamentos, preenchimento de pautas e

legislações.

• Subjetivos que dizem respeito a assuntos relacionados com indisciplina,

frequência e motivação dos alunos.

No que se refere ao campo de ação do psicopedagogo, pode-se dizer que a

finalidade principal do diagnóstico psicopedagógico é identificar os problemas e os

obstáculos que se apresentam no processo de aprendizagem do aluno que o

impedem de aprender da forma como é esperada pelo meio social (WEISS, 2001).

Complementando a ideia trazida acima, segundo Bossa (2000a, p. 23):

[...] cabe ao psicopedagogo perceber eventuais perturbações no processo aprendizagem, participar da dinâmica da comunidade educativa, favorecendo a integração, promovendo orientações metodológicas de acordo com as características e particularidades dos indivíduos do grupo, realizando processos de orientação. Já que no caráter assistencial, o psicopedagogo participa de equipes responsáveis pela elaboração de planos e projetos no contexto teórico/prático das políticas educacionais, fazendo com que os professores, diretores e coordenadores possam repensar o papel da escola frente a sua docência e às necessidades individuais de aprendizagem da criança ou, da própria ensinagem.

Este papel é desenvolvido por meio de intervenções planejadas pelo

psicopedagogo que envolvam aspectos orgânico, cognitivo, afetivo, social e

pedagógico. Desta forma, os alunos que apresentem dificuldades de aprendizagem

precisam ser identificados o mais precocemente possível, por meio de observações

e avaliações especializadas que conduzam este profissional a implementar

intervenções específicas que envolvam não somente a escola, mas igualmente a

família.

Segundo Fernandez (1991 p. 117) a:

[...] intervenção psicopedagógica não si dirige ao sintoma, mas o poder para mobilizar a modalidade de aprendizagem, o sintoma cristaliza a modalidade de aprendizagem em um determinado momento, e é a partir daí que vai transformando o processo ensino aprendizagem.

O psicopedagogo pode agir em distintos campos, de maneira preventiva e

terapêutica, para trabalhar com os processos de desenvolvimento físico e emocional

e das aprendizagens dos indivíduos, dispondo para tal de inúmeras estratégias com

15

o objetivo de abranger os problemas que podem aparecer ao longo do processo de

ensino e aprendizagem.

Conforme mostra Pain (1989) o atendimento psicopedagógico tem por

objetivo promover o diagnóstico da dinâmica social do aluno e da aprendizagem do

mesmo, de modo a possibilitar modificações e tornar mais fácil o trabalho preventivo,

porque de acordo com o autor, a intervenção pedagógica tem como finalidade,

reconhecer o perfil do aluno, detectando os principais pontos de dificuldades e

necessidades de cada aluno em distintos estágios da sua formação. Esse processo

deve ser desenvolvido em conjunto com a área pedagógica para atender de maneira

individual cada aluno que apresente dificuldades de aprendizagem para que possa

auxiliar o mesmo em suas dificuldades.

Neste processo de intervenção, o psicopedagogo precisa estar atento ao

aluno, mas também receptivo para acolher as necessidades de sua família e da

escola de forma neutra e sem envolvimento emocional.

A atuação escolar se estabelece a partir da cooperação mútua de seus

colaboradores, professores, pedagogos e psicopedagogos, caminhando para a

relação entre o processo de ensino da escola e a modalidade de aprendizagem de

cada aluno.

De acordo com Chamat (2008, p. 26):

O psicopedagogo, no papel de agente corretor, deve priorizar o 'conhecimento' do paciente, mesmo que para tal tenha de realizar encaminhamento a outros profissionais. Seu papel é de focalizar a problemática dentro do contexto causa/sintoma e atuar sobre eles. Deve planejar sua atuação desde o contato telefônico.

Partindo do exposto pode-se dizer que a intervenção psicopedagógica na

instituição escolar segue rumo a observação do aluno, das relações pessoais e

vínculos entre o processo de ensino e a aprendizagem, e das formas que cada aluno

participa deste processo, das relações do poder, e das relações entre escola, família

e comunidade. As contribuições do psicopedagogo devem abranger propostas que

beneficiem a resolução de problemas por meio de mudanças que possam contribuir

para que todos desenvolvam suas atividades com mais eficácia e eficiência.

Pode-se concluir que o papel do psicopedagogo na instituição escolar é

também atender aqueles alunos que se sentem impedidos de aprender, alunos que

apresentem transtornos de aprendizagem, reintegrar o sujeito da aprendizagem a

16

uma vida escolar e social mais serena, bem como auxilia o processo de inter-relação

pessoal entre aluno, professores, e outros sujeitos envolvidos no processo de

aprendizagem, assim, auxilia no processo de (re) significação dos conceitos que

podem influenciar o aluno no movimento do aprender.

2.2.1 A Integração do Pedagogo e do Psicopedagogo

O pedagogo no contexto educacional é o profissional que vai realmente

assegurar que escola cumpra a sua função.

Segundo Oliveira (1993, p. 105) "a intervenção pedagógica tem um papel central

na trajetória dos educandos que passam pela escola".

Na escola o resultado esperado por profissionais da educação pedagogos,

professores e família é a aprendizagem do educando, sendo está aprendizagem o

produto deste processo escolar, esta intervenção é um processo pedagógico

privilegiado.

Quando o educando não tem condições de percorrer sozinho, o caminho do

aprendizado começa as intervenções de outras pessoas, que no caso especifico da

escola é o pedagogo que vai fazer a mediação entre a solicitação do profissional de

sala de aula o professor, aluno e o profissional especializado o psicopedagogo.

Neste momento a sensibilidade e o compromisso do profissional pedagogo

diante do desafio apresentado fazem grande diferença para assegurar a este

educando que ao final de todo o processo de intervenção que sofrerá, este

educando tenha uma formação de qualidade e ampla fornecendo subsídios para que

o mesmo seja sujeito de seu próprio desenvolvimento.

A importância da parceria desses profissionais na realização de um trabalho

mais integrado para com o aluno que apresenta Dificuldade de Aprendizagem se faz

necessário destacar alguns procedimentos de como esta parceria pode acontecer e

ambos o Pedagogo e o Psicopedagogo consigam desenvolver este trabalho

integrado.

Nesta integração entre o Pedagogo e o Psicopedagogo o Pedagogo deverá

se envolver no processo terapêutico, tendo como base as indicações do

Psicopedagogo, o qual traçará planos de ação com ênfase nos aspectos

pedagógicos das dificuldades apresentadas pelo aluno.

17

Ambos atuarão no processo terapêutico, mas somente o Psicopedagogo

poderá fazer as avaliações necessárias e concluir o diagnóstico, já que nesse

conjunto o Psicopedagogo é o profissional que tem a formação para realizar este

trabalho.

Como se pode verificar segundo o Conselho Nacional da Associação

Brasileira de Psicopedagogia:

O Psicopedagogo é o profissional que auxilia na identificação e na resolução dos processos de aprender. Ele está capacitado a lidar com as Dificuldades de Aprendizagem visando intervenções em busca das soluções das mesmas, tendo como enfoque o aprendiz, ou a instituição de ensino público ou privado. Atua em instituições escolar onde desenvolve projetos para a prevenção para os problemas de aprendizagem e também atua em clinicas, realizando diagnóstico e intervenção psicopedagógica, utilizando métodos, instrumentos e técnicas próprias da psicopedagogia. (ABPP, 1997, s/p).

Observou-se que a aproximação e integração destes profissionais

contribuirão na busca de uma comunicação e colaboração para planejar estabelecer

compromissos e acordos entre ambos, para executar a tarefa educativa de uma

intervenção mais direcionada aos objetivos comuns do Pedagogo e do

Psicopedagogo, resultando na superação das Dificuldades de Aprendizagem

apresentadas pelo aluno.

Durante toda a história da educação a pergunta o porquê de alguns alunos

apresentarem Dificuldades de Aprendizagem, procurando as causas destas

Dificuldades ou que poderia estar impedindo a aprendizagem destes alunos.

Segundo ABPP (1997, s/p):

[...] já culpou-se a fome, miséria e a pobreza como suas causadoras, já colocou-se a responsabilidade sobre a família, sobre a escola, sobre o sistema educacional do país, sobre a classe dominante. Busca-se em cada momento desenvolver estratégias para abater este obstáculo e muito pouco se conseguiu para superá-lo.

Frente a tudo isso se percebe a necessidade desta integração Pedagogo e

Psicopedagogo, pois com a desintegração dos profissionais Pedagogo e

Psicopedagogo quem acaba sendo prejudicado é o aluno, pois a falta de coerência

pode não só retardar a eficácia do processo corretor, como também não chegar a

nenhum resultado. Esta integração do Pedagogo e do Psicopedagogo, no sentido de

um maior envolvimento para o desencadeamento de um trabalho mais integrado e

18

direcionado com objetivos comuns do Psicopedagogo e do pedagogo para com o

aluno com dificuldades de aprendizagem.

2.3 O CONTEXTO ESCOLAR

Para Libâneo (1990, p. 07) a escola pode ser definida como o espaço que:

[...] assegura a todos a formação cultural e cientifica para a vida pessoal, profissional e cidadã, possibilitando uma relação autônoma, crítica e construtiva com a cultura em suas várias manifestações: a cultura promovida pela ciência, pela técnica, pela estética, pela ética, bem como a cultura paralela (meios de comunicação) e pela cultura cotidiana.

No contexto escolar, de acordo com Martins; Figueiredo (2011) o papel do

professor é o de mediador do processo de ensino-aprendizagem, onde deve assumir

um papel interveniente na solução de problemas e desenvolvimento de um trabalho

consciente, que possa promover a aprendizagem de todos os alunos. Desta forma, a

escola é um dos espaços mais privilegiados para atenuar e sanar os problemas de

aprendizagem.

Diante disso, a maneira utilizada para desenvolver seu trabalho pelo

educador tem influência direta e determinante no processo de aprendizagem, onde

deve haver oportunização de aulas significativas, interessantes, congregando

conhecimentos de sua área de atuação e apoio de pedagogos e psicopedagogos

como instrumentos para favorecer o ensino/aprendizagem.

Os problemas relacionados com as dificuldades de aprendizagem no

contexto escolar se mostram de maneira complicada porque trazem ocultas múltiplas

variáveis. A partir disso, pode-se observar que não se deve deixar de considerar que

na realidade, a responsabilidade da aprendizagem não é apenas do aluno, mas de

todos os envolvidos na educação.

De acordo com Furtado; Borges (2007, p. 3) é de grande importância

entender que as dificuldades de aprendizagem podem acontecer por causas

orgânicas e também emocionais. Por causa desta característica, torna-se necessário

que seja feita a identificação correta do problema, para que se possa desenvolver

um trabalho educacional que tenha como objetivo principal auxiliar o processo.

Desta forma os autores concluem que: “A dificuldade de aprendizagem é uma

19

síndrome biopsicossocial a ser compreendida em pelo menos três constituintes

básicas: a criança, a família e a escola”.

Desta forma, fica clara a importância das ações desenvolvidas pelo

pedagogo e pelo psicopedagogo para auxiliar todos os alunos que apresentem

dificuldades de aprendizagem, que reprovam, que não conseguem acompanhar os

colegas e que em inúmeros casos são deixados para trás no processo de

aprendizagem.

A abordagem psicopedagógica da dificuldade de aprendizagem envolve os

processos de desenvolvimento e os caminhos da aprendizagem. Abrange o aluno de

forma interdisciplinar no âmbito escolar, visando propiciar o necessário apoio em

diversas áreas do conhecimento, mas considerando a aprendizagem no contexto

escolar, familiar; e nos aspectos afetivo, cognitivo e biológico.

De acordo com Bossa (2000a) o pedagogo pode desenvolver diversas ações

no âmbito da escola, sendo sua intervenção possuidora de um caráter preventivo,

incluindo:

• orientação aos pais;

• auxílio aos professores e equipe no que se refere nas questões pedagógicas;

• colaborando com a direção para que se desenvolva um bom relacionamento

entre a equipe pedagógica e administrativa da escola;

• socorro ao aluno que esteja padecendo por qualquer que seja o motivo.

No que se refere ao campo de atuação do psicopedagogo, são muitas as

intervenções que este profissional pode desenvolver para auxiliar os alunos quando

necessitam, pois se sabe que existem inúmero fatores que podem interferir no

processo de aprendizagem do aluno na escola, sem que o professor perceba, como

é o caso da maioria das crianças com dificuldades de aprendizagens, e que em

muitas vezes são ocasionadas por motivos de simples resolução.

Segundo mostram Okano; Loureiro (2008, p. 288):

A importância dos programas de suporte psicopedagógicos na escola foi também relatada por Cosden, Morrison, Albanese e Macias (2001), referindo que os estudantes com dificuldades de aprendizagem que frequentaram o programa por um período de aproximadamente três anos, além de apresentarem um melhor rendimento acadêmico, também apresentaram um autoconceito geral mais positivo.

20

Quando se parte da consideração de que o ambiente escolar seja

responsável por grande parte da formação do aluno, a intervenção psicopedagógica

na instituição escola assume um caráter preventivo no sentido de buscar a criação

de competências e habilidades para solução dos problemas que decorrem do

grande número de alunos que apresentam dificuldade de aprendizagem e de outros

desafios que envolvem a família e a escola, por isso esta intervenção tem galgado

cada vez mais espaço nas instituições de ensino.

2.3.1 Mediação Pedagógica e a Intervenção Psicopedagógica

Para abordar de maneira mais clara esta pesquisa, é necessário esclarecer

o significado das palavras acima citadas mediação e intervenção, as quais vêm sido

citadas ao longo desta pesquisa.

Na educação os educadores usam muito a palavra intervenção, assim como

os psicopedagogos, ao verificar o seu significado no dicionário Aurélio o mesmo

informa que um dos significados para a palavra intervenção é mediação, e para o

verbo intervir, “coloca-se no meio”. Assim concluímos que as duas palavras querem

dizer a mesma coisa, sendo uma palavra o significado da outra palavra.

Os primeiros mediadores são aqueles que apresentam o mundo à criança,

ensinado os seus primeiros hábitos, valores, conceitos e regras. Interpondo-se entre

a criança e o mundo que a cerca, filtrando informações, proporcionando a

construção de uma nova, personalidade. É a família que faz o papel dos primeiros

mediadores, sendo fonte das primeiras aprendizagens da criança.

Os professores também se tornam importantes mediadores para esta

criança, interpondo-se entre a criança e um mundo social mais amplo, a escola, a

qual se responsabiliza pela socialização e o conhecimento sistematizado os

“conteúdos”.

Quando a escola orienta no processo aprendizagem de conhecimentos, seja

qual for à metodologia que será utilizada, neste momento a escola está intervindo,

cujo objetivo central é a aprendizagem destes conhecimentos selecionados.

A psicopedagogia também se utiliza da intervenção colocando-se no “meio”

e realizando a mediação entre a criança e seus objetos de conhecimentos. Partindo

do diagnóstico o psicopedagogo interagirá com a criança na perspectiva do

desaparecimento dos sintomas e na possibilidade de que esta criança venha

21

aprender normalmente ou pelo menos acompanhe no nível mais alto de suas

condições pessoais ou orgânicas lhe permitam.

Neste sentido especificamente verifica-se a paridade da intervenção que

ambos os profissionais, pedagogo e psicopedagogo realizam sobre o processo de

aprendizagem e desenvolvimento da criança ou do aluno.

Na intervenção dos alunos com dificuldade de aprendizagem, os dois

profissionais trabalhando juntos com o mesmo objetivo alcançarão com sucesso o

resultado final que é o sucesso deste educando para superar suas dificuldades de

aprendizagem.

Diante do exposto neste capítulo destaca-se a importância de verificar na

prática todo este processo, assim, no capítulo a seguir serão abordados os aspectos

metodológicos que se fizeram necessários para o desenvolvimento desta revisão de

literatura e da observação prática descrita na sequencia.

22

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Para o desenvolvimento deste estudo foi empregada a pesquisa bibliográfica

visando elaborar uma revisão da literatura. Os dados foram obtidos por meio de

algumas fontes principais: monografias, livros e periódicos, distinguindo a pesquisa

como bibliográfica e documental, no que se refere às técnicas e os instrumentos de

observação; e monográfica, quanto ao método.

Fundamentando a metodologia adotada pode-se dizer que a finalidade da

pesquisa bibliográfica é colocar o investigador em contato direto com tudo aquilo que

foi escrito a respeito do tema que pretende pesquisar.

Segundo Lakatos; Marconi (1992, p. 43-44), a pesquisa bibliográfica:

[...] trata-se de levantamento de toda a bibliografia já publicada, em forma de livros, revistas, publicações avulsas e empresa escrita. Sua finalidade e colocar o pesquisador em contado direto com tudo aquilo que foi escrito sobre determinado assunto.

De acordo com Gil (2002, p. 50) “[...] a principal vantagem da pesquisa

bibliográfica reside no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de

fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente”.

A metodologia desta pesquisa partiu de pesquisas bibliográficas associadas

e da experiência vivenciada pela autora como pedagoga em uma instituição escolar

pública, na qual as dificuldades apresentadas pelo percurso acima citada, como

família, estrutura e sistema burocrático lento, são presentes.

É neste contexto que irá se buscar e também analisar, que o

comprometimento e a responsabilidade destes profissionais em buscar mecanismos

para obter sucesso no seu trabalho, junto ao desafio de auxiliar os alunos que

apresentam dificuldades de aprendizagem a superar suas dificuldades.

Este desafio vai além do profissionalismo, precisa realmente contar com a

insistência, argumentação e a força de vontade, destes profissionais, para superar

todas as dificuldades apresentadas em seu percurso, e só assim conseguir ajudar o

discente a obter sucesso.

23

4 ANÁLISE DAS OBSERVAÇÕES

Campo de Observação: Colégio Estadual

Localização: Cidade de Curitiba - PR

Período da observação: Durante o ano letivo de 2010

Esta observação foi realizada junto à equipe pedagógica do turno tarde, e foi

a diferença do trabalho pedagógico realizado nesta instituição pública de ensino que

levou a autora desta monografia à reflexão da importância deste trabalho integrado

entre o profissional da educação Pedagogo e o profissional Psicopedagogo.

Ao observar o trabalho de uma pedagoga atuante na rede pública do Colégio

Estadual, localizado na cidade de Curitiba no Estado do Paraná das séries finais do

ensino fundamental, chama a atenção o comprometimento da mesma com a

aprendizagem dos alunos em termos de equalização de oportunidades e de

qualificação das mudanças estruturais, para assegurar a todos a mesma

oportunidade de desenvolvimento.

Com várias turmas heterogêneas principalmente no nível de aprendizagem

na instituição escolar, há alunos que precisam de atenção e intervenções

redobradas e consequentemente, encaminhamento diferenciado para superar as

dificuldades de aprendizagem apresentadas na escola.

Este trabalho se torna diferenciado pela incessante e incansável busca da

profissional à frente do mesmo para superar os obstáculos que surgem diante do

desafio que começa ao encaminhar o educando ao especialista em psicopedagogia.

O encaminhamento do educando passa por diversas fases começando pela

burocracia, de postos de saúde e seguidamente as dificuldades financeiras das

famílias, também as estruturas dentro do próprio espaço escolar o qual ainda não

proporciona ao profissional acompanhar de maneira efetiva e qualitativa o educando

durante todo o processo de intervenção junto ao psicopedagogo.

Mesmo assim diante das dificuldades apresentadas ao longo do percurso

que esta profissional se depara a mesma insistentemente, começa esta busca com

responsabilidade sem deixar se abater.

Esta busca começa primeiramente na família do educando, verificando as

suas possibilidades para que ocorra um encaminhamento efetivo e quando verifica

que o mesmo não é possível, diante das dificuldades financeiras e muitas vezes a

24

própria estrutura familiar apresentada. Mesmo assim a profissionais continua a sua

trajetória para o encaminhamento do educando que apresenta dificuldades de

aprendizagem.

A busca agora é como fazer com que o educando chegue até o profissional

especializado em psicopedagogia para que o mesmo consiga desenvolver o seu

trabalho.

Com solicitações atendidas pelos seus superiores dentro da escola, sendo

estas solicitações de apoio financeiro e suporte para a família ou o responsável pelo

educando, novamente e incansavelmente é mais uma vez notificado este

responsável o mesmo é informado que terá o apoio necessário para que o educando

chegue até o psicopedagogo.

Após conquistar o apoio financeiro para poder encaminhar o educando e

convencer o responsável por este educando, da necessidade do mesmo de procurar

auxilio do profissional em psicopedagogia para a superação em suas dificuldades de

aprendizagem, começa a busca por este profissional especializado e o

acompanhamento de forma integrada.

O objetivo desta integração durante o acompanhamento do educando

encaminhado ao psicopedagogo é trazer para o espaço escolar em que o aluno esta

inserido os procedimentos que resultarão durante as intervenções realizadas.

Para ocorrer esta parceria integrando pedagogo e psicopedagogo, a

pedagoga em questão determina certa periodicidade para o contato com os

professores e o psicopedagogo, para a adequação do trabalho que esta sendo

desenvolvido na clinica.

O psicopedagogo oferece ao pedagogo que repassa aos professores as

orientações mais especificas, levando os a refletir e rever seus trabalhos junto ao

aluno, propondo se necessários novos encaminhamentos.

A troca de informações é extremamente importante, pois é através dela que

são fornecidos dados pelos professores que podem complementar ou alterar o

trabalho que esta sendo desenvolvido pelo psicopedagogo na clinica.

A pedagoga procura conscientizar o professor no sentido de que ele consiga

fazer de uma maneira simples e eficaz a mediação com o objetivo de intervir nas

dificuldades de aprendizagem apresentadas pelo educando.

25

O psicopedagogo e o pedagogo veem a necessidade de pontuar durante o

trabalho que vem sendo desenvolvido, alguns aspectos importantes junto aos

professores, para que o objetivo comum entre ambos seja atingido.

Estes aspectos são que todos durante todo o processo de intervenção ao

educando consiga olhar para si e reconhecer-se também como aprendiz, como

alguém que não sabe tudo, com alguém que possui qualidades e defeitos, que se

encontra disposto a se aperfeiçoar constantemente.

Os profissionais junto a este trabalho precisam estar se ajustando ao

contexto que se dá a relação de ensino aprendizagem, pois o profissional ligado a

educação precisa focalizar suas atividades dirigidas ao aprendizado, relacionado,

adequando o material a ser utilizado as características do educando.

Ter a sensibilidade e a capacidade de ler e interpretar além do

comportamento ou dificuldades apresentadas, o que realmente esta por trás de

determinadas atitudes e certas situações demonstrada por este educando.

O incentivo a este educando assim como a estimulação ao mesmo durante o

desenvolvimento do seu auto conceito positivo aumentará a sua autoestima,

oportunizando situações que propiciem o desenvolvimento da sua auto imagem

positiva, respeitando as suas iniciativas, esforços e desta maneira ressaltando suas

capacidades e suas potencialidades.

Todos os profissionais envolvidos neste processo quando necessário e sem

constrangimento precisam buscar o auxílio uns aos outros, pois a comunicação e

troca de informação, proporciona o sucesso para que o educando possa superar as

suas dificuldades.

A pedagoga provou que com comprometimento e responsabilidade diante

deste desafio e incansavelmente buscando a integração, junto ao psicopedagogo e

demais profissionais da educação envolvidos durante todo o processo, contribuiu

para o sucesso e superação das dificuldades apresentadas pelo educando em

relação à dificuldade de aprendizagem e até de certa forma dando a este educando

a possibilidade de atuar de forma autônoma, frente a determinadas situações

apresentadas no seu cotidiano.

Esta observação é enriquecedora, pois a convivência com alguns

profissionais da educação que dizem: "Fiz a minha parte encaminhei o aluno agora

cabe a família fazer a sua, lavo minhas mãos".

26

Presenciar a dedicação, o respeito e o comprometimento desta profissional

leva a refletir qual é o papel de cada um quando educadores ou quanto o trabalho

junto à educação a qual um gesto ou uma conduta do profissional que esta a sua

frente fala muito e faz a grade diferença na vida dos alunos, os quais muitas vezes

são rotulados, mal interpretados e só precisam ser tratados ou trabalhados de forma

sensível e responsável pelos profissionais da educação.

27

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Visto nesse trabalho a importância da integração entre Psicopedagogo e

Pedagogo, formando canais mais fluentes na comunicação e interação entre ambos

os profissionais, fazendo necessário que estes profissionais desenvolvam este

trabalho integrado. Apesar de ambos possuírem certa identidade na especificidade

do trabalho desenvolvido, pois ambos estão preocupados com efetiva

aprendizagem, onde o aluno possa desenvolver-se de forma integral e autônoma

superando as Dificuldades de Aprendizagem.

Pode-se ver durante este trabalho que existe uma paridade no trabalho do

Psicopedagogo e do Pedagogo, pois ambos estão mediando no processo de

aprendizagem e de certa forma interferindo neste processo, colaborando para que o

aluno que apresenta Dificuldade de Aprendizagem possa se desenvolver

integralmente.

Percebendo a paridade do trabalho do Psicopedagogo e do Pedagogo vê-se

a importância de que ambos os profissionais comecem a desenvolver um trabalho

mais integrado. Integração esta que vise uma intervenção mais direcionada, já que

ambos profissionais tem um objetivo comum frente a esse aluno que apresenta

Dificuldades de Aprendizagem.

Juntos numa parceria o Pedagogo e os demais profissionais da educação

inseridos na escola deverão envolver-se no processo terapêutico, tendo como

parâmetro as indicações e orientações do psicopedagogo, que traça os seus planos

de ação enfatizando os aspectos pedagógicos apresentados pelo aluno com

Dificuldades.

Acreditando que a integração entre esses profissionais durante toda a

intervenção assim como no processo terapêutico, possa contribuir para o sucesso e

a superação das Dificuldades apresentada pelo aluno em relação à aprendizagem e

de certa forma auxiliará este aluno para que o mesmo possa atuar de forma

autônoma, diante aos desafios apresentados pela dificuldade de aprendizagem.

Esta proposta de trabalho integrado é um desafio, que diante das

observações realizadas no cotidiano real onde práticas são desenvolvidas com a

aproximação e interação desses profissionais contribuindo para a melhoria de canais

mais fluentes de comunicação estabelecendo compromissos e acordos levando a

responsabilidade durante o processo terapêutico envolvendo o profissional

28

Pedagogo e Psicopedagogo. Está aproximação garanti ainda uma adequação do

trabalho desenvolvido na clinica juntamente com o trabalho desenvolvido na escola.

Sendo assim tanto o Psicopedagogo quanto o Pedagogo, devem assumir o

compromisso e perceber a importância de se repensar refletindo em torno desse

caminho. Este caminho se baseia numa proposta de integração de trabalhos, o qual

não é inédito, mas que depende fundamentalmente das vontades e do compromisso

de ambos profissionais envolvidos para ser colocados em prática resultado o

sucesso especificamente do aluno que apresenta Dificuldade de Aprendizagem.

Por isso acredita-se na veracidade desta citação de Paulo Freire. (1079, p.

26) afirmando:

O compromisso, próprio da existência humana, só existe no engajamento com a realidade de cujas águas os homens verdadeiramente comprometidos ficam molhados, ensopados. Somente assim o compromisso é verdadeiro. Ao experiênciá-lo, num ato que necessariamente é corajoso, decidido e consciente, os homens já não se dizem neutros.

29

REFERÊNCIAS ABPP. Síntese do Projeto de Lei no 3.124/97 do Deputado Barbosa Neto. Disponível em: http://www.abpp.com.br/leis_regul_regulprof.htm. Acesso feito em fev./2013. BACHETI, Luciane Serrate Pacheco; SILVA, Maria Izabel Costa da; SOUZA, Márcia Alessandra de Fernandes. Reflexões acerca do papel do pedagogo na educação profissional: articulando os saberes do docente e do pedagogo. II Seminário Nacional de Educação Profissional e Tecnológica. Belo Horizonte: Cefet-MG, 2010. BOSSA, Nadia Aparecida. A psicopedagogia no Brasil: Contribuições a partir da pratica. Porto Alegre: Artmed, 2000. ______. Dificuldades de Aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2000a. CHAMAT, Leila Sara José. Técnicas de Intervenção Psicopedagógica: Para dificuldades e problemas de aprendizagem. São Paulo: Vitor, 2008. FERNANDEZ, Alícia. A inteligência Aprisionada. Porto Alegre: Artmed, 1991. FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979. FURTADO, Ana Maria Ribeiro; BORGES, Marizinha Coqueiro. Dificuldades de aprendizagem. Vila Velha: ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil, 2007. GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2002. GRIGORENKO, Elena L.; STERNBERG, Robert J. Crianças Rotuladas - O que necessário Saber sobre as Dificuldades de Aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2003. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Atlas, 1992. LIBÂNEO, José Carlos. Adeus professor, adeus professora? Novas exigências profissionais e profissão docente. São Paulo, Cortes, 1990. ______. Pedagogia, Ciência da Educação. São Paulo: Cortez, 1996. MARTINS, Marlene Nunes; FIGUEIREDO, Lília Márcia de Souza. Um olhar psicopedagógico sobre dificuldades de aprendizagem. Revista Científica Eletrônica de Ciências Sociais Aplicadas da Eduvale. Jaciara, ano IV, n. 06, nov./2011. OKANO, Cynthia Barroso; LOUREIRO, Sonia Regina; LINHARES, Maria Beatriz Martins e MARTURANO, Edna Maria. Crianças com dificuldades escolares atendidas em programa de suporte psicopedagógico na escola: avaliação do autoconceito. Psicol. Reflex. Crit., v. 17, n. 1, p. 121-128, 2004.

30

OKANO, Cynthia Barroso; LOUREIRO, Sonia Regina. Suporte psicopedagógico na escola: estudo de seguimento com escolares. Psic. - Teor. e Pesq., v. 24, n. 3, p. 287-294, 2008. OLIVEIRA, Marta Kohl de. Vygotsky. Aprendizagem e Desenvolvimento um processo Sócio-Histórico. São Paulo: Scipione, 1993. PAIN, Sara. Diagnóstico e tratamento dos problemas de aprendizagem. 3 ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989. SISTO, Firmino F. et al, Atuação psicopedagogica e aprendizagem escolar. 11 ed. Petrópolis: Vozes, 2008. STRICK, Lisa; SMITH, Corinne. Dificuldades de aprendizagem de A a Z – Um guia completo para pais e educadores. Porto Alegre: Artmed, 2001. WEISS, Maria Lúcia Lemme. Psicopedagogia Clinica: uma visão escolar. 8 ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2001. ZORZI, Jaime Luiz. Aprender a ler e a escrever: indo além dos métodos. In: SCOTZ, Beatriz Judith Lima et al. (orgs). Psicopedagogia - Contribuições para a educação pós-moderna. Petrópolis: Vozes, 2004.