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O sismo de 2008 na Bacia de Santos (magnitude 5.0) e a sismicidade das margens passivas do Brasil: causas e consequências.
IAG- Universidade de São Paulo
Marcelo Assumpção (IAG-USP)
22/04/200821h (hora local)
Metade dos sismos intraplaca no Brasil (m>5) ocorrem nas margens continentais passivas.
Mundo todo
25%
Algumas margens passivas são mais ativas, outras não.
Compilação de sismos intraplacade Schulte & Mooney, 2005(mag > 4,5)
Bastante atividade na África
Pouca atividade na América do Norte
Schulte & Mooney, 2005
Grand Banks 1929 com M=7,2 !
Sismos: catálogo uniforme
limite crostaContinental/Oceânica
Epicentros ao longo do talude!(comum em outras regiões)
Epicentros ao longo do talude,onde há maior espessura sedimentar.
Sismo de 2008: Epicentro no início do talude,próximo a um canyon. Erro 10 a 20 km
epicentro global, regional
Sismos: catálogo geral
limite crostaContinental/Oceânica(Leplac)
Crosta oceânica?/manto aflorante?
Capricornio Lineament
Cabo Frio Fault
Relação com falhas ou estruturas?
VCL = Volcanic Crustal Limit (Mohriak etal.2010)
1955Mag=6,1
1939
1988
1990
1972
20082008
Estatística
10 anos
100 anos
um sismo a cada20-25 anos
Relação frequência-magnitude
Log Nc(100) = 4.41 – 0.75 mag
crosta
Moho
Profundidade
P
pP
Vp (km/s)P
rofu
ndid
ade.
(km
)
Vp (km/s)
Profundidade17.5 km
sedimentos
crosta sup.
crosta inf.
mantoMoho
pP – P (s)
Foco na crosta inferior,bem abaixo dos sedimentos
Mecanismo Focal: modelamento da forma de onda
Mecanismo Focal
duas opçõespara a falha
Conclusões das Observações (1)1) A profundidade focal do Sismo de São Vicente foi de
17-18 km, situado na crosta inferior, ~10 km abaixo do pacote sedimentar. Similar aos outros sismos com mecanismos conhecidos (foco na crosta).
2) Não há relação com exploração de petróleo!
2) O mecanismo focal não foi falha normal, nem inversa. Os dois planos nodais são: a) vertical NNW-SSE, b) sub-horizontal com mergulho < 5º
Bem diferente dos outros sismos!
3) Não foi escorregamento do talude!
Causas
m tomography, CRUST2.0
Lithgow-Berteloni et al.(2004)
compressionstrike-slipextension
SHmax
Modelo global Observações
A Placa Sul-Americana está sob compressão E-W a NW-SE
C
DHD
Cio
+_+_ +_
maioria: falhas inversas
S1
S1?
100 km
Tensões Flexurais pela carga de sedimentos
compressionextension sediment load
200 MPaextension
compression
Chang et al.(1992)
Cloetingh et al.(1989)
100 km
Moho
S1
100 km Chang et al.(1992)Moho
elastic
viscous
Modelo conceitual de esforços de flexura
Stein et al. (1989)
Além de esforços flexurais, há esforços locais de“espalhamento gravitacional” do continente em direção ao oceano.
Conclusões (Modelo/Teoria) (2)
5) A inclinação do eixo P (sismo de S.Vicente) pode ser relacionada com efeitos de flexura na transição entre compressão abaixo da carga máxima (talude) e tração periférica.
5) Outros fatores que contribuem para a sismicidade nas plataformas continentais:
a) crosta extendida é mais fraca.
b) superposição de tensões: compressão regional + espalhamento continental
Rede Sismográfica do Brasil
Apoio Petrobrás
Risco de Magnitude 7?
Grand Banks, Canada 1929
Grand Banks, Canada 1929
Escorregamentodo talude -> tsunami
Grand Banks, Canada 1929
10 anos
100 anos
Relação frequência-magnitude
Mag=7+ um a cada 700 anos
Obrigado !
Sá (2004)
Isostatic gravity anomaly(~Free-Air)
Continental margin:Seismicity beneath the continental slope
- P axes not well constrained- reverse faulting !
Espessura crustal (Zalan et al., AAPG 2011)