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UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU
EM CIÊNCIA DA MOTRICIDADE HUMANA O PERFIL DO PERSONAL TRAINER NA PERSPECTIVA DE UM TREINAMENTO
FÍSICO ORIENTADO PARA SAÚDE, ESTÉTICA E ESPORTE
por
DAISY RIBEIRO VENANCIO PINHEIRO
Dissertação Apresentada como Pré-qualificação à
Obtenção do Título de Mestre em Ciência da
Motricidade Humana
Orientador: Prof. Dr. Manoel José Gomes Tubino
Rio de Janeiro
2000/2
ii
DEDICATÓRIA
Ao meu marido, Celso Augusto, sempre ao meu lado, compreendendo-me
e ajudando-me a superar todas as dificuldades.
À minha mãe, Marilena, e ao meu irmão, Ricardo, pela força e incentivo
que me foi dado por toda a vida.
Ao meu pai, Manoel, onde quer que esteja, pelo amor que me dedicou.
Aos meus filhos, Fernando e Henrique, luz da minha vida.
iii
AGRADECIMENTOS
Para o meu orientador, Prof. Dr. Manoel Gomes Tubino, que com
competência, capacidade, paciência, incentivo e grande amizade me ajudou na
realização do projeto de estudo, fazendo-me, também, desenvolver como pessoa.
Agradeço imensamente.
Para o Prof. Dr. Heron Beresford, exemplo de amizade e força de vontade.
Para o Prof. Dr. Estélio Dantas e Prof. Dr. José Fernandes Filho, amigos e
exemplos de dinamismo profissional.
Para o Prof. Dr. Olavo Feijó, Profª Drª Elaine Romero, Profª Drª Fernanda
Beltrão, Prof. Dr. Vernon Furtado, Profª Drª Nilza Macário e Prof. Ms. Paulo Soter
que tanto me incentivaram.
Para a Profª Vera Lucia de Menezes Costa, pelo incentivo e confiança
depositada.
Para o Prof. Dr. Eduardo Vianna Silva, pela compreensão e ajuda.
Para os professores colegas que tanto me incentivaram e ajudaram: Adriana
Sampaio, Mercês Nogueira, Gláucia Goulart, Acir Evaristo, Sylvio Malheiro, Adriana
Costa de Sant’Anna, Marcelo Salgado, Cássia Siqueira, José Luiz Carvalho, André
Allão, Rodrigo Castro, Antônio Chiappetta, Delma Oliveira, José Luiz Gama, Vânia
Almeida, Grace Helen Azevedo, Wilson Azevedo e Alexandre Barbosa
E a todos que direta ou indiretamente me ajudaram e/ou contribuíram
durante o estudo.
iv
RESUMO
O Personal Training tem sido uma das metodologias de atividades físicas
mais polêmicas da última década. Nesse sentido, formulou-se este estudo, tendo
como objetivos: (a) Levantar as características pessoais de Personal Trainers; (b)
Identificar a formação técnica à atividade do Personal Trainer; (c) Levantar as
expectativas dos usuários de programas de Personal Training; (d) Analisar as ações
do Personal Trainer em relação ao Manifesto Mundial da Educação Física
FIEP/2000.
Na pesquisa, além de fazer uma passagem no Manifesto Mundial da
Educação Física FIEP/2000 , levantou-se a literatura existente sobre: a interatuação
do Condicionamento Físico e Saúde, Qualidade de Vida, a Relação entre a Estética
e Atividade Física e a Individualidade Biológica, no sentido de propiciar os
fundamentos necessários para o desenvolvimento da mesma.
Com uma amostra de 32 Personal Trainers e 40 usuários de Personal
Training, aplicou-se questionários validados por professores-validadores de
reconhecido valor na comunidade científica da Educação Física.
Após tratamento estatístico, no qual as incidências nas respostas foram
analisadas, chegou-se às conclusões da dissertação. Nesta, verificou-se um conflito
de expectativas entre Personal Trainers e usuários referentes à priorização da
estética pelos usuários e da melhora da qualidade de vida pelos profissionais
entrevistados.
O estudo ainda propôs recomendações para possíveis adequações para os
programas de Personal Training ao concluir que o Personal Training, se for
desenvolvido numa relação Personal Trainer-aluno harmoniosa, poderá contribuir
para que os seus usuários tenham um crescimento de possibilidades para uma
qualidade de vida desejável, mesmo numa sociedade complexa como a atual.
O tema do estudo: O Perfil do Personal Trainer na Perspectiva de um
Treinamento Físico Orientado para Saúde, Estética e Esporte pode ser inserido na
CMH, na área temática da Cultura e Corporeidade, seguindo a linha de pesquisa de
Análise Sócio-Cultural da Corporeidade e do Esporte, por abordar a conduta motora
v
ou comportamento motor do homem como ser compreendido fenomenologicamente
enquanto profissional de Educação Física e atuante como Personal Trainer (objeto
sócio-cultural). Inserido no contexto acadêmico da Educação Física, o tema
proposto tem como objeto teórico e prático de estudo a procura do Perfil Profissional
do Personal Trainer
vi
ABSTRACT
Personal Training has been one of the methodologies of physical activities
more controversies of the last decade. In that sense, this study was formulated, tends
as objectives: (a) To get Personal Trainers's personal characteristics; (b) To identify
the technical formation to Personal Trainer activity; (c) To get the users' expectations
of the Personal Training programs; (d) To analyze Personal Trainer actions in relation
to the World Manifesto of the Physical Education FIEP/2000.
In this research, besides doing a passage in the World Manifesto of the
Physical Education FIEP/2000, the existent literature was got up on: the connection
between Physical Conditioning and Health, Quality of Life, the Relationship between
the Aesthetics and Physical Activity and the Biological Individuality, in the sense of
propitiating the necessary foundations for the development of the same.
With a sample of 32 Personal Trainers and 40 users of Personal Training, it
was applied questionnaires validated for teachers of having recognized value in the
scientific community of the Physical Education.
After statistical treatment, in which the incidences in the answers were
analyzed, it was reached the conclusions of the dissertation. In this, a conflict of
expectations was verified between Personal Trainers and users referring to the
priority of the aesthetics for the users and of the improvement of the life quality for the
professionals interviewees.
The study still proposed recommendations for possible adaptations for the programs
of Personal Training, when ending that Personal Training, if it be developed in a
harmonious relationship between the Personal Trainer and the user, will contribute so
that the users will have a growth of possibilities for a desirable quality of life, even in
a complex society as the current.
vii
LISTA DE ANEXOS
I - QUESTIONÁRIO A........................................................................................ 146 II - QUESTIONÁRIO B........................................................................................ 152 III - CARTA PARA O PROFESSOR VALIDADOR................................................ 156 IV - PARECER A .................................................................................................. 158 V - PARECER B.................................................................................................... 163 VI - VALIDAÇÃO DO QUESTIONÁRIO A PARTE 1........................................... 166 VII - VALIDAÇÃO DO QUESTIONÁRIO A PARTE 2.......................................... 167 VIII - VALIDAÇÃO DO QUESTIONÁRIO B PARTE 1............................................168 IX - VALIDAÇÃO DO QUESTIONÁRIO B PARTE 2 ............................................169
viii
SUMÁRIO
Dedicatória...................................................................................................................ii Agradecimentos...........................................................................................................iii Resumo........................................................................................................................iv Abstract........................................................................................................................vi Lista de Anexos...........................................................................................................vii CAPÍTULO I - PROBLEMATIZAÇÃO
Introduzindo as Questões que Envolvem o Treinamento Personalizado.................................................................1
O Perfil do Personal Trainer no Contexto da CMH...............................14
Relatando os Objetivos e o Propósito do Estudo..................................15
Objetivo Geral.............................................................................15
Objetivos Específicos.................................................................16
Relacionando Alguns Termos Básicos Utilizados.................................16
Justificativa e Relevância do Estudo. ...................................................22
Delimitação do Estudo..........................................................................23
Questões a Investigar...........................................................................24
CAPÍTULO II – REVISÃO DE LITERATURA
Revisando a Literatura..........................................................................25
Revisando o Personal Training na Literatura........................................26
Apresentando o Manifesto Mundial de Educação Física FIEP/2000...................................................................................30
Dissertando sobre Aspectos Interrelacionados do Condicionamento Físico e Saúde......................................................................................32
Ampliando o Entendimento de Qualidade de Vida...............................39
Refletindo sobre Estética e Atividade física..........................................43
A Estética...................................................................................44
A Verdade Estética.....................................................................46
Motricidade e Corporeidade.......................................................50
Relacionando a Estética com o Esporte como Importante Manifestação de Atividade Física ..............................................55
Respeitando a Individualidade Biológica..............................................58 CAPÍTULO III - METODOLOGIA
Tipo de Estudo......................................................................................61
Amostras...............................................................................................62
Instrumentos do Estudo........................................................................63
Validação dos Questionários................................................................64
Esquema do Desenvolvimento do estudo ............................................65
ix
CAPÍTULO IV – APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS
Levantamento das Informações Obtidas no Questionário “A”..............68
Levantamento das Informações Obtidas no Questionário “B”..............83 CAPÍTULO V – CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES.........................................129 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................138
1
CAPÍTULO I
Introduzindo as Questões que Envolvem
o Treinamento Personalizado
A chegada do fim do século e a perspectiva do novo milênio tem levado o
mundo a profundas mudanças nas áreas tecnológica, social, cultural, esportiva e
comportamental.
Nesse contexto de mudanças, o avanço da tecnologia tem propiciado o
surgimento de equipamentos altamente sofisticados e complexos (computadores,
celulares, televisores, vídeo games, etc.), trazendo um grande nível de conforto às
pessoas. Dessa forma, na medida em que o conforto vai ocupando cada vez mais
espaço no cotidiano da vida das pessoas, elas tendem a movimentar-se cada vez
menos, aumentando a inatividade. Além disso, o tempo livre disponível para o lazer
nos grandes centros urbanos vem diminuindo consideravelmente, devido ao grande
tempo despenpedido na execução das tarefas do trabalho diário, assim como no
deslocamento casa-trabalho-casa. Acrescenta-se a isso as imposições de uma
valorizada burocracia que retém as pessoas em intermináveis filas. As atividades de
lazer passivo (cinema, teatro, televisão, vídeos, assistir jogos, vídeo games, entre
2
outros) estão superando as de lazer ativo ( esporte em geral, atividades físicas,
caminhadas, andar de bicicleta, jogos de brincadeiras interativas, andar a cavalo,
etc.). Enfim, a maioria da população, segundo BLAIR et al. (1996), tem diminuído o
gasto diário de calorias, enquanto a minoria que se exercita regularmente tem se
mantido estável em termos quantitativos.
Prosseguindo com ATKINSON (2000), constata-se que a obesidade é um
dos principais problemas de saúde pública, não somente nos EUA, onde 97 milhões
de adultos são obesos (55% da população adulta), mas também nas populações das
várias nações industrializadas. “Na China, segundo os últimos números disponíveis,
um em cada dez homens (12%) é obeso (16% para as mulheres) e a tendência é
aumentar. O problema afeta também vários países da América Latina, como o
México, onde 58% da população é muito gorda e 23% obesa” (id. 2000). Essas
pessoas estão sob o risco de desenvolver um conjunto de enfermidades crônicas ou
agudas, tais como: hipertensão arterial, diabetes, doenças cardiovasculares, infarto,
doenças de vesícula, osteoartrite, asma e até certos tipos de câncer
(CARVALHO,1995).
A obesidade também é um problema crescente entre os jovens, pois os fast
foods estão cada vez mais presentes às refeições. Esse quadro é agravado nas
próprias escolas, onde cada vez menos se entende a necessidade da compreensão
pública do que são padrões corretos de nutrição, bem como a indispensabilidade da
oferta de mais oportunidades para atividades físicas e jogos, com fins educativos
que possam proporcionar lazer e saúde (CARVALHO,1995).
As relações interpessoais vem se transformando na nossa moderna
sociedade, grande parte devido ao notável avanço dos meios de comunicação de
3
massa, trazendo efeitos positivos em vários aspectos da vida humana. Nesse
sentido, não só a idéia da busca da saúde, mas, também, o pelo próprio conceito de
saúde mudou, incorporando o estado de saúde curativa, a saúde preventiva e até
mesmo a promoção da saúde. Na década de 70, Kenneth Cooper, com seu método
aeróbico concebido em 1968, e com o método da Força Aérea Canadense (PIRES
GONÇALVES, 1968), voltados para obtenção da aptidão física, as atividades físicas
passaram a constituir-se em meios de condicionamento e aptidão física, numa
perspectiva de obtenção e manutenção da saúde. Atualmente, a atividade física é
considerada como um meio eficaz para um estilo de vida condutor para saúde,
principalmente quando se alia à uma educação alimentar adequada.
Além disso, estão ocorrendo modificações substanciais nas distribuições das
populações dos países desenvolvidos, em relação às faixas etárias. Pela primeira
vez na história da humanidade, o número de pessoas com idade acima dos 60 anos
será superior ao número de crianças e adolescentes com idade de 14 anos ou
menos. Embora essa mudança tenha começado nos países desenvolvidos, de
acordo com GRANATO (1999), tudo indica que, brevemente, esse fenômeno atingirá
todo o planeta. No Brasil, a previsão é que ocorra por volta de 2050, quando um
(01) entre cinco (05) brasileiros terá 60 anos ou mais (id. 1999).
PAIXÃO et al. (1997) complementa o assunto, dizendo:
Hoje, o Brasil é um país que toma consciência que o envelhecimento da sua população se dá a passos largos. Segundo dados do IBGE (1991), analisados pelo médico Renato Veras em sua tese de doutorado, defendida na Universidade de Londres, a população brasileira vai crescer cinco vezes como um todo, entre os anos 1950 e 2025, mas vai se multiplicar por 15 a população de mais de 60 anos, nesse mesmo período. E mais: o Brasil será, naquele mesmo ano, o sexto país mundial em população idosa, com 33,1 milhões de pessoas de mais de 60 anos. Superado apenas pela China, Índia, a antiga URSS, EUA e Japão. Hoje com apenas 8% da população brasileira no ano 2025, 15% da população terá mais de 60 anos. (id. 1997).
4
Os profissionais da área biológica, incluindo, os de educação Física,
acreditando nesta maior expectativa de vida, investem cada vez mais em
conhecimentos e formações específicas para atuarem com os grupos de longevos.
Estes grupos requerem atendimento a necessidades específicas próprias da faixa
etária de senescentes, até então pouco conhecidas, demandando procedimentos
adequados.
Motivadas por essa gama de informações, o interesse pela busca de uma
melhor qualidade de vida torna-se imperioso, aumentando a expectativa de vida da
população.
Quando o termo “qualidade de vida” é abordado, pode-se recorrer a
DANTAS (1998) que diz : “Apenas a pessoa que vê satisfeitas suas carências
fisiológicas e de segurança perseguirá o afeto, auto-estima e auto-realização. Estas
últimas necessidades poderiam suprir-se, entre outros meios, através de um
programa de atividade física bem organizado” (id.1998,p.6-7). Pela assertiva do
autor, percebe-se que a qualidade de vida se liga invariavelmente ao conceito de
saúde, o qual já é entendido desvinculado da doença, seja nos aspectos preventivos
ou curativos. A saúde, nesta linha de pensamento, deve ser considerada como uma
das variáveis na busca da qualidade de vida. Essa percepção provocou um aumento
crescente na demanda pelos programas de atividades físicas em academias, praias,
parques, áreas livres e espaços públicos.
Embora tenha sido elaborado na Antigüidade, a sociedade contemporânea
adotou, como uma espécie de “slogan”, parte do aforismo de Juvenal “Mens sana in
corpore sano” em prol da valorização da saúde. Constatando-se na mídia e no
debate acadêmico que a atividade física nunca esteve tão discutida como nos dias
5
de hoje, pode-se dizer que a expressão de Juvenal reflete a visão popular
generalizada da valorização da atividade física, da mesma forma que a ciência, hoje
voltada para a saúde, valoriza a atividade física, resgatando o conceito de Fitness
(GERALDES e DANTAS,1998) e adotando o conceito de Wellness, que segundo
MELOGRANO & KLINZING (1982), traduz-se em o “aprazimento geral do indivíduo”.
Com toda essa procura pela busca da saúde, grande parte das pessoas
começou a querer “investir nelas mesmas”, a querer usufruir do direito a uma vida
saudável, mais prazerosa. A população vem sendo informada pelos meios de
comunicação de massa que a atividade física tem sido recomendada com empenho
pelos médicos, em decorrência dos provados benefícios que traz à saúde.
Entretanto, existem fatores (falta de disponibilidade, falta de disposição e motivação,
local adequado, entre outros) que dificultam o acesso aos programas de atividades
físicas, pois é difícil superar a pressão sócio-econômica-cultural das sociedades
capitalistas, industrializadas e consumistas, conciliando um programa de atividades
físicas às necessidades individuais, ao trabalho, à família e ao lazer.
Baseando-se nas observações empíricas de PINHEIRO (2000), nota-se que,
para muitas pessoas, freqüentar uma academia ou clube torna-se um sacrifício, já
que não conseguem sentir-se à vontade nesse ambiente, por serem tímidas ou
inibidas. Existem aquelas já plenamente conscientes do valor do bem estar físico e
procuram exercitar-se, mas não dispõem de tempo, nem de estímulo externo para
iniciar um programa. Há aqueles que necessitam ter mais confiança na rotina de
exercícios que lhes é prescrita e, ainda, os que buscam os almejados resultados
estéticos, porém difíceis de serem alcançados em atividades físicas padronizadas. É
muito importante saber quando as pessoas precisam de um trabalho específico,
6
principalmente aquele que envolve reabilitação e que, por sua natureza, inspira
cuidados especiais.
Existe, também, um fator relevante que distingue e diferencia as pessoas
umas das outras, ou seja, nunca foi observado dois seres humanos exatamente
iguais em relação às suas características genotípicas e fenotípicas. Os hábitos
alimentares, tipo de atividade profissional, estilo de vida, comportamento e
preferências variam muito entre as pessoas. Pode-se concluir que um grupo de duas
ou mais pessoas não deveria executar exercícios físicos oriundos de um mesmo
programa sem que haja uma adequação às características e histórico de vida de
cada indivíduo.
Na busca de soluções para seus problemas, a sociedade tem concentrado
suas ações na oferta de caminhos individuais, onde os atendimentos são cada vez
mais personalizados.
Para compreender melhor esta escolha de caminhos individuais, recorre-se
à linha de pensamento de LIPOVETSKY(s.d.), onde o processo de personalização
dá novo sentido à organização e orientação, gerindo novos comportamentos que
conclamam os indivíduos ao exercício do direito de realizar-se com autonomia, à
parte do que é comum. “O processo de personalização: estratégia global, mutação
geral no fazer e no querer das nossas sociedades” (LIPOVETSKY, s/d, p.10). Nesta
mutação histórica da sociedade pós-moderna reina a indiferença de massa, onde o
individualismo personalizado se torna legítimo. Há evidências, segundo o autor, que
existe uma nova fase na história do individualismo ocidental, dando sentido ao que é
novo, ao tipo de organização e de controle social, rompendo com a ordem
disciplinar-revolucionária-convencional que tanto predominou até meados deste
7
século. Nesta nova fase está inserido o respeito pelas diferenças, o culto da
libertação pessoal, a livre expressão, valores que dão uma nova significação à
autonomia pessoal, manifestado na tendência de sentido de humanização, da
diversificação, da psicologização das modalidades da socialização. Esses valores
revelam um novo conceito de liberdade que permitem o livre desenvolvimento da
personalidade íntima, reconhecendo os desejos singulares, moldando, assim, as
instituições, de acordo com as aspirações dos indivíduos. Esta é a Era da
Personalização, cujo valor fundamental é o da realização pessoal e o respeito pela
singularidade subjetiva, onde o indivíduo tem valor principal não somente na esfera
econômica, política e do saber, mas nos costumes e no cotidiano.
Foi a sociedade pós-moderna, ávida de identidade, que instituiu a ruptura
com as tradições em nome do “neo-individuialismo”, deixando a apatia e a
monotonia das crenças no futuro, na ciência e na técnica e optando pelo querer viver
já e agora, “ser-se jovem em vez de forjar o homem novo” (LIPOVESTKY, s/d, p.11).
Não que a era da sociedade pós-moderna queira acabar com a era do consumo
passivo, mas no conjunto acabam colaborando para o desmoronamento da era
moderna rígida, em direção a caminhos mais flexíveis, a diversidade, a escolhas
privadas, tendo em vista o princípio das singularidades individuais.
LIPOVESTKY(s/d) analisa esta mudança comportamental, o
“neoindividualismo” da sociedade pós-moderna, como fruto do próprio processo de
personalização: o narcisismo, “conseqüência e manifestação miniaturizada do
processo de personalização, símbolo da passagem do individualismo limitado ao
individualismno total, segunda revolução individualista” (id. s.d., p.13). Esta imagem
representa perfeitamente os desejos individualistas, entretanto não se identifica com
8
o indivíduo desgarrado do social, apenas simboliza uma destituição de pontos altos
coletivos, políticos e ideológicos que estão se desfazendo: “uma fase chega ao fim,
uma nova fase aparece, ligada por fios mais complexos do que à primeira vista pode
parecer, às nossas origens políticas e ideológicas” (id. s.d., p.13).
Pelas assertivas de LIPOVETSKY(s/d, p.56), “[...] o narcisismo torna
possível a assimilação dos modelos de comportamento apurados por todos os
ortopedistas da saúde física e mental: instituindo um «espírito» vergado à formação
permanente, o narcisismo coopera na grande obra de gestão científica dos corpos e
das almas”.
É a era da produção do sujeito pela personalização do corpo “[...]promovido
à categoria de verdadeiro objeto de culto” (LIPOVETSKY, s/d,p.57). Este mesmo
autor diz, ainda:
Investimento narcísico do corpo directamente legível através de mil práticas quotidianas; angústia da idade e das rugas (C.N.. pp.351-367); obsessões com a saúde, com a «lina», com a higiene: rituais de controlo (check-up) e de manutenção (massagens, sauna, desportos, regimes); cultos solares e terapêuticos (sobreconsumo de cuidados médicos e de produtos farmacêuticos), etc. Incontestavelmente, a representação social do corpo sofreu uma mutação cuja profundidade pode já ser posta em paralelo com o abalo democrático da representação de outrem; é o advento deste novo imaginário social do
corpo que resulta o narcisismo.” (id. s/d, p.57-58).
É o corpo mudando sua condição de materialidade em proveito da sua
identificação com a pessoa, ou seja, com o ser-sujeito. Complementando com o
mesmo autor:
O corpo já não designa uma abjeção ou uma máquina, designa a nossa identidade profunda da qual não há motivo para ter vergonha e que pode, portanto, exibir-se nua nas praias ou nos espetáculos, na sua verdade natural. Enquanto pessoa, o corpo ganha dignidade; devemos respeitá-lo, quer dizer zelar pelo seu bom funcionamento, lutar contra a sua obsolescência, combater os signos da sua degradação através de uma constante reciclagem cirúrgica,
desportiva, dietética, etc” (LIPOVETSKY, s/d, p.58).
9
Inspirado na tese de LIPOVETSKY (s/d), pode-se dizer que os cuidados com
o corpo refletem o imperativo da juventude, a luta contra o tempo, contra o
envelhecimento, contra o desgaste, contra o seu mau funcionamento. Conservar-se,
manter-se jovem, não envelhecer é o “imperativo da funcionalidade pura, o mesmo
imperativo de reciclagem, o mesmo imperativo de dessubstancialização, espiando os
estigmas do tempo, a fim de dissolver as heterogeneidade da idade” (id. s/d, p.58-
59). Isso é a finalidade de um sistema personalizado: ganhar tempo e ganhar contra
o tempo.
Procurando satisfazer as aspirações pessoais dos indivíduos que querem
manter-se jovens e saudáveis, dentro de uma ótica mercadológica de oferta e
demanda, a prática de exercícios veio evoluindo ao longo dos anos, passando pela
ginástica calistênica, musculação, ginástica aeróbica, ginástica localizada, step,
hidroginástica, body-pump, entre outros, além de todas as práticas esportivas, quer
sejam individuais ou coletivas (PINHEIRO,1998). Os profissionais de Educação
Física, na tentativa de melhorar suas perspectivas de atendimento, neste
contextualizado processo de personalização, viram-se obrigados a mesclar as
diversas metodologias de aplicação de exercícios, tanto cadiopulmonar quanto
neuromuscular, a fim de promover uma maior variação de atividades físicas, fazendo
com que as pessoas não perdessem o interesse pela sua prática, assim como
atingissem seus objetivos e necessidades individuais.
Portanto, tornou-se inevitável o surgimento do que se chamou “Treinamento
Personalizado”, mais conhecido na versão inglesa como “Personal Training”. Nada
mais sendo que um programa de exercícios físicos personalizados, elaborado de
acordo com os objetivos e necessidades individuais, acompanhado por um
10
profissional habilitado e, dentro do possível, levado a efeito em locais onde a pessoa
possa sentir-se relaxada e receptiva a este programa. Pode-se dizer que o Personal
Training é caracterizado como a busca de aperfeiçoamento físico – englobando o
Fitness (GERALDES e DANTAS,1998) e o Wellness (MELOGRANO & KLINZING,
1982), despontando na segunda metade da década de 90.
Atualmente, há uma crescente procura por profissionais especializados
nesta área, que buscam atender as necessidades e expectativas em relação à forma
física e saúde da população. Pelo poder da moda, pelos exemplos e resultados
alcançados por algumas pessoas públicas que contrataram este tipo de prestação
de serviço, está ocorrendo a popularização do Personal Trainer (profissional de
Educação Física que atua na área do Personal Training), antes só acessível a esses
poucos privilegiados. Tornou-se uma atividade mais abrangente, em termos
populacionais, constituindo-se numa importante especialização da área de
Educação Física que traz importantes benefícios às pessoas.
O Personal Training surge como um indicativo de que a Educação Física
está acompanhando a evolução social - a Era da Personalização abrangida por
LIPOVETSKY (s/d).
Cada vez mais, o Personal Training vem conquistando seu espaço nas
esferas sociais e, atualmente, pode ser considerado um alvo de consumo da
sociedade. A classe média alta adota o método de forma particular entre as pessoas
e as academias, por sua vez, sentindo o forte retorno financeiro que poderiam obter,
logo trataram de incentivar e disponibilizar esse tipo de atividade.
O Personal Training, graças ao nível de remuneração alcançada e ao
sentimento de realização que possibilita, tornou-se uma das especializações mais
11
cobiçadas pelos profissionais de Educação Física, segundo dados da ABPT –
Associação Brasileira de Personal Trainers (1999). Tanto que os profissionais que
atuam como Personal Trainers, diante da grande oportunidade de ascensão
profissional, começaram a investir em si mesmos, procurando cursos de pós-
graduação e inovando no mercado. Surgiram, então, os Centros de Treinamento
Personalizado ou Estúdios de Treinamento Personalizado ou, ainda, Estúdios de
Personal Training, espaços destinados à prática de atividades físicas de acordo com
os limites, objetivos e necessidades dos clientes. As sessões para a prática das
atividades são destinadas a pequenos grupos, sempre acompanhados por
profissionais experientes. Nesses centros, de um modo geral, há locais específicos
para a realização da avaliação física, além da indispensável avaliação nutricional,
levada a efeito por profissional capacitado. Assim, esses “espaços” contam com
uma equipe multidisciplinar, que poderia agregar, ainda, a valiosa ajuda de vários
outros profissionais como: psicólogos, cardiologistas, ortopedistas, entre outros, de
forma a atender o nível de exigência dos professores e adequando-se ao esquema
de trabalho a ser realizado com os clientes.
Devido a grande velocidade das mudanças, não foi possível se desenvolver
estudos aprofundados no assunto que pudessem esclarecer e respaldar todos os
aspectos e particularidades do Personal Training, inclusive em relação ao perfil do
profissional que atua nesse campo de atividade. Diante do alargamento do campo
de atuação do profissional de Educação Física, que fez surgir essa ocupação
específica para prover o atendimento personalizado – Personal Training, surgiu a
necessidade de investigar-se essa área de atuação no mercado de trabalho.
12
Por outro lado, os cursos de especialização e de extensão em Personal
Training são ministrados por professores em todo Brasil, segundo suas próprias
conveniências e idiossincrasias, sem terem como referência propósitos orientadores
que possam promover a convergência entre os cursos. Dessa forma, o aprendizado
proporcionado por esses cursos tende a ficar prejudicado e sua formação não estará
apoiada em procedimentos e técnicas que sigam um conteúdo significativo, criando
certa insegurança, já que os formandos nunca terão a certeza se os conhecimentos
adquiridos são de fato os que melhor contribuem para o desenvolvimento do seu
trabalho.
Outra observação importante desta análise conjuntural é o lançamento do
Manifesto Mundial de Educação Física FIEP/2000, editado pela Fédération
Internationale d’Education Physique (FIEP) em janeiro de 2000. Nesse Manifesto
foram desenvolvidos capítulos específicos sobre a renovação do conceito da
Educação Física, a Educação Física na perspectiva da Educação Continuada e as
Relações da Educação Física com o Esporte, os quais evidenciam novas
expectativas das atividades físicas. Essas novas proposições também passaram a
exigir um repensar sobre o perfil do Personal Trainer.
Diante do apresentado até o momento, tornou-se imperiosa a necessidade
de se definir o perfil desejável do Personal Trainer para que mais adiante, possam
ser também definidos os conceitos e metodologias a serem aplicados e que poderão
vir a contribuir para a melhora da qualidade dos serviços prestados por esses
profissionais.
Surgiram, então, preocupações em relação à qualidade do atendimento aos
usuários de Personal Trainers, principalmente em relação aos grandes centros
13
urbanos. Pergunta-se: os usuários estão satisfeitos com o atendimento de seus
professores ? A atuação do profissional do Personal Training está sendo adequada
e bem aplicada ?
Enfim, nessa conjuntura, encontra-se o problema do estudo: quem é o
Personal Trainer que está atuando nos grandes centros urbanos brasileiros, nesse
momento de mudanças em relação às atividades físicas das pessoas ? Qual é o
perfil ideal para esse profissional ?
Todos esses questionamentos vão ao encontro da necessidade de se
descobrir as particularidades inerentes ao Personal Trainer para que se possa criar
um perfil para o mesmo. Compreender o conceito de Personal Training e aplicá-lo
não é suficiente, pois a questão do estudo, o que é ser um Personal Trainer, está
relacionada à identificação do seu perfil profissional, para que, assim, possa ser
determinado o embasamento teórico necessário à sua formação e forma de atuação.
Além disso, o estudo, para que ganhe ainda mais sentido, deverá propiciar
uma proposta de adequação do Personal Training ao novo entendimento da
Educação Física, na sua interatuação como meio eficaz para a promoção da saúde
e estética.
14
O Perfil do Personal Trainer no Contexto da
Ciência da Motricidade Humana (CMH)
É necessário compreender a fenomenologia do Personal Trainer como
objeto teórico e formal da CMH, mais especificamente como objeto sócio-cultural,
verificando, analisando, interpretando e classificando suas condutas motoras
intencionais, considerando-se a procura de um perfil ideal para esse profissional e o
meio pelo qual irá desenvolver-se o objeto de estudo do tema proposto. O valor do
Personal Trainer é atribuído à qualidade desse profissional que, por meio de seus
serviços, pode suprimir, de forma positiva, as carências e necessidades de seus
usuários, bem como as suas próprias, melhorando assim a qualidade de vida dos
mesmos. Não só os profissionais, mas também a sociedade serão beneficiados com
as informações obtidas pelo estudo do tema proposto, pois os professores que
tiverem a intenção de trabalhar como Personal Trainers terão mais condições de se
qualificarem adequadamente, podendo otimizar seus trabalhos, atendendo às
exigências de mercado e passando a transmitir maior credibilidade à sociedade, já
que passam a oferecer serviços de melhor qualidade.
O tema do estudo: O Perfil do Personal Trainer na Perspectiva de um
Treinamento Físico Orientado para Saúde, Estética e Esporte pode ser inserido na
CMH, na área temática da Cultura e Corporeidade, seguindo a linha de pesquisa de
Análise Sócio-Cultural da Corporeidade e do Esporte, por abordar a conduta motora
ou comportamento motor do homem como ser compreendido fenomenologicamente
enquanto profissional de Educação Física e atuante como Personal Trainer (objeto
sócio-cultural). Inserido no contexto acadêmico da Educação Física, o tema
15
proposto tem como objeto teórico e prático de estudo a procura do Perfil Profissional
do Personal Trainer.
Relatando os Objetivos e o Propósito do Estudo
Como o estudo supõe uma investigação a cerca do campo de atuação do
Personal Trainer, identificando os principais fatores que caracterizam um modelo
desejável deste profissional no renovado contexto da Educação Física, os objetivos
deste estudo são:
Objetivo Geral
Investigar o campo de atuação do Personal Trainer, identificando os
principais fatores que caracterizam o seu Perfil Profissiográfico e, em função do
obtido, propor pressupostos teóricos que possam adequar a atuação deste
profissional ao renovado conceito de Educação Física, estabelecido no Manifesto
Mundial FIEP/2000 de Educação Física.
16
Objetivos Específicos
1. Levantar as características pessoais de Personal Trainers.
2. Identificar a formação técnica à atividade do Personal Trainer.
3. Levantar as expectativas dos usuários de programas de Personal Training.
4. Analisar as ações do Personal Trainer em relação ao Manifesto Mundial
FIEP/2000 de Educação Física.
Relacionando Alguns Termos Básicos Utilizados
Existem vários conceitos utilizados e que são muito próximos em seus
significados, não havendo a necessidade de se adotar apenas um conceito. Dessa
forma, a compatibilização destes conceitos permitirá uma interpretação do que é
Personal Training e Personal Trainer.
Personal Training
- Aula particular (MONTEIRO, 1998).
- Um programa de exercícios físicos personalizado, elaborado de acordo com os
objetivos e necessidades individuais, acompanhado por um profissional habilitado
(PINHEIRO,1999).
- É caracterizado como a busca de aperfeiçoamento físico (PINHEIRO,1999).
17
- Treinamento personalizado (PINHEIRO,1999).
- A área da Educação Física que o Personal Trainer atua.
- Processo de aplicação e execução de testes e tarefas realizados de maneira
sistemática e individualizada; atendimento personalizado (NOVAES & VIANNA,
1998).
- Atividade física desenvolvida com base em um programa particular, especial, que
respeita a individualidade biológica, preparada e acompanhada por profissional de
educação física, realizada em horários preestabelecidos para, com segurança,
proporcionar um condicionamento adequado, com finalidade estética, de
reabilitação, de treinamento ou de manutenção da saúde (DOMINGUES, 1998).
- Processo permanente de manutenção do condicionamento físico como fator
indispensável à obtenção da saúde, em busca da qualidade de vida (COSSENZA &
CONTURSI, 1998).
- Treinamento físico individualizado (OLIVEIRA,R., 1999).
Personal Trainer
- É o profissional de Fitness licenciado em Educação Física, qualificado a
desenvolver e prescrever programas de treinamento físico individualizado,
preferencialmente com conhecimentos nas áreas de treinamento desportivo,
fisiologia do exercício, anatomia e biomecânica do movimento (OLIVEIRA, R., 1999).
- É o profissional habilitado que trabalha com Personal Training (PINHEIRO,1999).
18
Os profissionais que atuam como Personal Trainers devem dominar conhecimentos
de áreas distintas e, se necessário, dispor de uma equipe multidisciplinar para
oferecer um melhor atendimento a seus clientes (NOVAES & VIANNA, 1998).
- Profissional com conclusão do curso de Educação Física, que tem em geral quatro
anos e meio, acrescido de algumas especializações e estágios em diferentes áreas
(DOMINGUES, 1998).
Outros termos a esclarecer:
Centro de Treinamento Personalizado ou Estúdios de Personal Training
- Espaço equipado com o mínimo de aparelhagem de treinamento físico, destinado à
prática de atividades físicas personalizadas, objetivando proporcionar melhor
atendimento, aprimoramento de resultados, favorecimento do bem estar dos
indivíduos, da aquisição do hábito de praticar atividades físicas, bem como da
tomada de consciência das suas necessidades para tal (ABPT, 1999).
Saúde
- BOUCHARD (1990) define saúde como um estado de bem estar geral, incluindo
muitos aspectos, entre eles: físico, psicológico, sociais, emocionais, espirituais e
ambientais.
- Para a Organização Mundial de Saúde (OMS,1995), a definição de saúde é mais
do que não se padecer de nenhuma moléstia, é usufruir de bem-estar; é o atingir-se
19
o nível de capacidade “física, emocional, intelectual e social” que se responsabilizará
pelo aprazimento geral do indivíduo – Wellness (DANTAS, 1998).
- BLAIR et al (1994) diz que saúde, além de não ser a ausência de doença, deve ser
também a capacidade de desenvolver as atividades da vida diária sem dificuldades,
desfrutando-se das mesmas.
- Saúde é um processo de preservação permanente pela vida, desenvolvido em
conjunto com a inter-relação dos aspectos do corpo, mente e sentimentos (EDLIN e
GOLANTY, 1992).
Qualidade de Vida
- O conceito individual de qualidade de vida depende das carências que a pessoa
apresenta. Pode-se, por conseqüência, definir o nível de qualidade de vida ideal
como o grau ótimo de atendimento das necessidades existentes em cada um de nós
(DANTAS, 1998).
- Grau maior ou menor de satisfação das carências pessoais; observa-se que a
busca pela boa qualidade de vida consiste mais claramente em visar situações
prazerosas e menos em evitar aborrecimentos ou vivências problemáticas
(DANTAS, 1998).
- Em comunicação pessoal com TUBINO (2000), qualidade de vida das pessoas
será uma resultante da harmonização do estilo de vida, da saúde e dos indicadores
coletivos de qualidade de vida, tais como índice de desenvolvimento humano, índice
de pobreza, segurança, educação, relação com o meio ambiente, renda per capita e
outros.
20
- KAGAN & KAGAN (apud ALVAREZ, 1996) consideraram quatro dimensões da
qualidade de vida: profissional, sexual, social e emocional.
- PENCKOFER & HOLMS (1984), defendem que a qualidade de vida pode ser
medida pela satisfação com a vida percebida pelos indivíduos, incluindo satisfação
com a família, com a vida social, sexual e as satisfações com as atividades físicas e
trabalho.
- Para NAHAS (1996), a inter-relação mais ou menos harmoniosa de inúmeros
fatores que moldam e diferenciam o cotidiano do ser humano resulta numa rede de
fenômenos, pessoas e situações que, abstratamente, pode ser chamada de
qualidade de vida.
- Apesar da proliferação de instrumentos e o crescimento rápido da literatura voltada
para medir a qualidade de vida (GEORGE & BEARON, 1980; GUYATT et al, 1993),
não existe uma concordância no seu significado. Na literatura médica, o termo
qualidade de vida tem sido usado para distinguir diferentes pacientes ou grupos de
pacientes.
- Vários autores salientam que a qualidade de vida é diretamente proporcional ao
status funcional, que é traduzido basicamente pela capacidade de desenvolver
atividades diárias.
- KAPLAN & BUSH (1982), introduziram o termo "qualidade de vida relacionada à
saúde" para separar os efeitos da saúde, da satisfação no emprego, meio ambiente
e outros fatores que influenciam na percepção da qualidade de vida.
- Para GILL & FEINSTEIN (apud ALVAREZ,1996), fatores diretamente relacionados
à saúde, tais como, bem-estar físico, funcional, emocional, bem-estar mental, estão
21
incluídos no conceito de qualidade de vida, bem como outros elementos: trabalho,
família, amigos, e outras circunstâncias da vida.
CMH – Ciência da Motricidade Humana
- Ciência da Motricidade Humana é a área do saber, de forma interdisciplinar e
através dos mecanismos cognoscitivos da pré-compreensão, da compreensão
fenomenológica e da explicação fenomênica, que estuda as múltiplas possibilidades
intencionais das condutas motoras do Ser do Homem em uma perspectiva
ontológica, êntica, ôntica, antropológica e axiológicamente concebida a partir de
suas complexas necessidades ou carências de natureza: física/biológica,
bioenergética, psicológica, social/cultural, cósmica e humana ou enquanto pessoa
humana (Conceito emitido na Proposta do Curso de Mestrado da Universidade
Castelo Branco/1997).
22
Justificativa e Relevância do Estudo
O Personal Training é uma das especializações cujo espaço de ocupação
profissional é um dos mais procurados pelos profissionais de Educação Física e, por
isso, merece um estudo que leve à identificação das características necessárias ao
Personal Trainer, bem como à sua formação técnica e os conhecimentos
indispensáveis aos trabalhos de Personal Training. A literatura nacional existente
sobre Personal Training conta com poucos estudos, havendo, inclusive, a
recomendação, por parte de alguns autores, MONTEIRO (1998), PEREIRA COSTA
e TUBINO em NOVAES e VIANNA (1998), GALVÃO em DOMINGUES (1998), que o
assunto seja pesquisado com maior profundidade.
Considerando o valor do Personal Training no mercado profissional da
Educação Física, atualmente, espera-se que, não só os profissionais, mas também a
sociedade, sejam beneficiados com as informações obtidas pelos resultados desse
estudo, pois os profissionais que tiverem a intenção de atuar como Personal Trainers
terão mais condições de se qualificarem adequadamente, podendo desenvolver
melhores trabalhos, atendendo às exigências do mercado e passando a transmitir
maior credibilidade à sociedade por oferecerem serviços de melhor qualidade.
Além disso, os resultados da pesquisa poderão ser considerados como
referencial teórico quanto aos objetivos da formação desse profissional, adequando-
se sua atuação ao renovado conceito de Educação Física, estabelecido no
Manifesto Mundial de Educação Física FIEP/2000.
Esse estudo poderá, ainda, contribuir para implementar uma nova imagem
23
ao profissional de Educação Física, uma vez que este passará a ser identificado por
sua competência e comprometimento com a educação continuada, saúde, estética e
esporte, além de cientificá-lo quanto as suas reais responsabilidades e atitudes
esperadas por parte de seus usuários.
Delimitação do Estudo
A pesquisa delimitou-se ao estado do Rio de Janeiro na aplicação do
instrumentos do estudo, onde se localiza uma grande parte das propostas de
Personal Training do país.
A população da pesquisa foi constituída de Personal Trainers atuantes,
graduados em Educação Física, de ambos os sexos, fixando-se apenas nos
graduados em Educação Física, já que após a Regulamentação do Profissional de
Educação Física, pela lei 9.696/98, somente estes podem atuar no trabalho de
Personal Training.
24
Questões a investigar
É necessário compreender a atuação do Personal Trainer como um campo
de investigação pertinente à CMH, mais especificamente em termos sócio-culturais,
os quais remetem a uma interpretação dos seus serviços. Nessa linha de raciocínio,
o estudo apresentou as seguintes questões:
1. Quais são as principais características pessoais do Personal Trainer ?
2. Qual a formação técnica necessária à atividade do Personal Trainer ?
3. Quais são as expectativas dos usuários de Personal Training ?
4. Onde o Manifesto Mundial FIEP/2000 de Educação Física se
interrelaciona com o Personal Training ?
Saber se o profissional de Educação Física, apenas graduado, pode atuar
como Personal Trainer é uma informação que contribuirá na questão da exigência ao
Personal Trainer ter ou não uma Especialização Lato Sensu.
25
CAPÍTULO II
Revisando a Literatura
O estudo, para que atingisse seus objetivos, necessitou de aprofundamentos
em alguns tópicos, os quais forneceram os elementos e pressupostos teóricos para
o seu desenvolvimento. Nesse sentido, iniciou-se com uma revisão literária sobre o
Personal Training e por uma passagem no Manifesto Mundial de Educação Física
FIEP/2000 para o enquadramento das atividades de Personal Training nesta
renovada visão da Educação Física. Depois, achou-se importante passar por uma
revisão sobre a interatuação do Condicionamento Físico e Saúde, Qualidade de
Vida, a Relação entre a Estética e Atividade Física e, finalizando com uma revisão
sobre a Individualidade Biológica.
26
Revisando o Personal Training na Literatura
CAGIGAL(1981) previu para os anos 90 que a prática esportiva alcançaria o
nível ideal, realizando a promoção de “esporte escolar para todos”, o “planejamento”,
o “esporte federado”, assim como o desenvolvimento das estruturas básicas como o
Personal Trainer. Como pode observar-se, sem dúvida alguma, as expectativas de
CAGIGAL(1981) em relação ao Personal Trainer foram alcançadas, pois o
surgimento dessa especialidade na área da Educação Física ocorreu no final da
década de 80 e início de 90. O Personal Trainer, atualmente, está em plena
atividade e tem representatividade na Educação Física.
Não se pode deixar de citar, no presente subtópico, a ABPT - Associação
Brasileira de Personal Trainers. Fundada pelo Professor de Educação Física
ANDRÉ GALVÃO, em 1997, a ABPT foi criada com o objetivo de congregar os
profissionais que atuam como Personal Trainers, resguardando a sociedade dos
leigos que se fazem passar como Personal Trainers, pois naquela época a
Educação Física ainda não era regulamentada e o mercado estava cheio de “falsos
profissionais”, colocando em risco a saúde da população, bem como a imagem e o
conceito do profissional de Educação Física. Com a Regulamentação, finalmente, o
Personal Training tornou-se uma área específica dos Profissionais da Educação
Física.
No Brasil, a literatura nacional existente sobre Personal Training, apresenta-
se de forma escassa e eminentemente técnica, sendo que já foram publicados as
seguintes obras: SILVA (1995), BRASS (1995), RODRIGUES (1996), CARVALHO e
27
COSSENZA (1997), GUEDES JR. (1997), DELIBERADOR (1998), MONTEIRO
(1998), NOVAES e VIANNA (1998), RODRIGUES e CONTURSI (1998),
DOMINGUES FILHO (1998), MOSCATELO (1998), O´BRIEN (1999), OLIVEIRA R.
(1999), PORTO (2000).
Em todos os livros supracitados, foi abordado o fator estético como
prioridade para demanda dos usuários de um programa de Personal Training.
Em pesquisa realizada com alunos de academias do Rio de Janeiro (BING-
BIEHL,1989), constatou-se que 78% procuravam a atividade física para emagrecer,
12% para ganhar massa muscular, 4% procuravam na academia a chance de se
socializar e apenas 6% encaravam a atividade que iriam iniciar como um modo de se
obter e manter a saúde. Um outro estudo feito em algumas academias da zona sul
do Rio de Janeiro (id. 1989), classe social média inferior e superior (IBOPE,1989),
72% dos freqüentadores das academias tomou a decisão emotivamente como
modismo e estética e apenas 9% por fatores ligados à saúde.
Outra pesquisa feita pelos estudantes de Educação Física, da UNESA-RJ
(apud RODRIGUES e CONTURSI, 1998), com alunos de Personal Trainers das
principais academias da Zona Sul do Rio de Janeiro, 70% das pessoas que
contrataram Personal Trainers procuravam este tipo de trabalho para emagrecer
e/ou por estética; 12% com fins terapêuticos; 8% para ganhar massa muscular; 6%
encaravam a atividade como meio de obter saúde e 4% por outros fatores: modismo
ou não gostavam de fazer exercícios ou preparação física. Assim sendo, 78% dos
entrevistados contrataram um Personal Trainer visando alcançar resultados
estéticos.
Nestas duas pesquisas citadas, o fator estético mostrou-se como o de maior
28
procura de atividade física pelas pessoas. Esses dados encontrados, segundo
BING-BIEHL(1989), podem ser compreendidos pela condição de ser o Brasil um
país de clima predominantemente tropical, dispensando atenção especial à estética
(BING-BIEHL, 1989). Entretanto, o autor se fixou num argumento que não justifica o
fato encontrado, pois a questão é mais de razão cultural do que pelo clima favorável.
Apesar dos altos índices encontrados nessas pesquisas, apontando a
estética como o maior motivo pelo qual as pessoas têm procurado uma atividade
física, os livros sobre Personal Training não apresentam conteúdo de acordo com o
principal objetivo - a estética. Apenas GUEDES JR. (1997) e RODRIGUES e
CONTURSI (1998) apresentam a estética como motivo mais forte para a procura,
sendo que de maneira resumida.
Embora os autores concordem em ser esse o principal objetivo pelo qual
uma pessoa procura um Personal Trainer, tratam em seus livros de alguns aspectos
direcionados ao condicionamento físico visando a saúde, como tantos outros livros
sobre atividade física, sendo que alguns têm abordagens mais aprofundadas como:
NOVAES e VIANNA (1998); MONTEIRO (1998); DOMINGUES FILHO (1998) e
O´BRIEN (1999).
É interessante verificar que os autores, mesmo apresentando a estética
como o primeiro objetivo pelo qual o Personal Trainer é procurado, não o colocam
como prioridade em suas obras, nem o apresentam como referência à cultura que
norteia a valorização do corpo.
Em relação às características pessoais do Personal Trainer, a criatividade, a
capacidade de comunicação e a experiência foram citadas como umas das
principais do Personal Trainer por RODRIGUES (1996), DOMINGUES FILHO
29
(1998), RODRIGUES e CONTURSI (1998), O´BRIEN (1999) e OLIVEIRA R. (1999),
referindo-se, ainda, a esse profissional como um profissional diferenciado da área da
Educação Física.
NOVAES e VIANNA (1998) e MONTEIRO (1998) não citam as duas
primeiras características pessoais supracitadas de maneira direta, mas tocam no
assunto, relacionando-as com a motivação, que deve ser mantida durante todo o
treinamento personalizado.
Alguns autores, ainda apontam como características do Personal Trainer:
ser motivador, ter posição de confiança e responsabilidade, profissionalismo, bom
senso, bom relacionamento com o aluno, estilo pessoal e competência (NOVAES e
VIANNA, 1998; DOMINGUES FILHO, 1998; O´BRIEN, 1999; OLIVEIRA,R., 1999).
Em relação à formação técnica do Personal Trainer, vários autores o
classificam como um profissional diferenciado, não só quanto aos aspectos
pessoais, mas também quanto aos conhecimentos específicos exigidos
(RODRIGUES, 1996; DOMINGUES FILHO 1998; RODRIGUES e CONTURSI, 1998;
O´BRIEN, 1999; OLIVEIRA, R.,1999).
Percebe-se na literatura uma unanimidade em considerar-se o Personal
Trainer como um profissional graduado em Educação Física, apontando ainda que
este profissional deve possuir alguns conhecimentos específicos. Os conhecimentos
específicos mais citados são: treinamento desportivo, fisiologia do exercício,
biomecânica, prescrição de exercícios, anatomia, avaliação física, marketing
pessoal, ciências dos esportes, nutrição e psicologia.
Os autores não indicam, em suas obras, se o Personal Trainer deve ou não
ser um especialista (título resultante de uma Pós-Graduação Lato Sensu). Mas, em
30
contrapartida, todos assinalam alguns conhecimentos específicos que consideram
relevantes para a execução dos trabalhos de Personal Training.
Apresentando o Manifesto Mundial de Educação Física FIEP/2000.
O Manifesto Mundial de Educação Física FIEP/2000 (FÉDÉRATION
INTERNATIONALE D’EDUCATION PHYSIQUE - FIEP, 2000) reuniu idéias que há
tanto vinham sendo debatidas e discutidas no meio acadêmico da Educação Física.
Idéias estas que fundamentam a renovada visão da Educação Física em seu sentido
mais amplo: o reconhecimento do homem como um ser passível de influências
físico-psico-sociais geradas pela interatuação e inter-relação entre o seu corpo, sua
mente e o ambiente onde vive, ou seja, o renovado conceito de Educação Física
abrange o homem na sua totalidade.
O Manifesto reconhece que a Educação Física é um direito fundamental de
todos e deve ser vista como um processo de Educação Permanente. Isso leva a
entender que a atividade física dirigida é considerada um meio efetivo de Educação
seja qual for a idade do praticante e a finalidade do processo de Educação. Dessa
forma, a Educação Física pode ser encarada como um processo de
desenvolvimento humano que se utiliza de exercícios e atividades de lazer ativo ao
longo das vidas das pessoas.
O Manifesto (FIEP,2000) diz: a Educação Física “[...] ao Reconhecer que
práticas corporais relacionadas ao desenvolvimento de valores podem levar a
31
participação de caminhos sociais responsáveis e busca da cidadania [...]“(id. cap.II,
art. 2). Essa citação mostra a Educação Física como um meio efetivo para a
formação integral dos indivíduos (crianças, jovens e adultos), tendo como principais
objetivos: corpo são e equilibrado; aptidão para a ação e valores morais.
Além de ser reconhecida na perspectiva de Educação Permanente do ser na
sua totalidade, a Educação Física promove “[...]uma educação efetiva para a saúde
e ocupação saudável do tempo livre e lazer [...]” (FIEP,2000, cap.II, art. 2), quando
oferece opções para prática de atividades e o conhecimento necessário para a
execução das mesmas, desenvolvendo o hábito para a prática de forma regular nas
pessoas, seja por meio do Esporte-Educacional e do Esporte-Lazer ou de Tempo
Livre.
Assim sendo, a Educação Física “[...] Constitui-se num meio efetivo para a
conquista de um estilo de vida ativo dos seres humanos [...]”(FIEP,2000, cap.II, art.
2), “[...] contribuindo para a qualidade de vida de seus beneficiários [...]“(id. 2000,
cap.VII, art. 7).
De acordo com os conceitos apresentados pelo Manifesto Mundial de
Educação Física FIEP/2000 e considerando que as atividades provenientes do
Personal Training são desenvolvidas tratando as pessoas na sua totalidade;
segundo a individualidade biológica de cada um (genótipo e fenótipo); objetivando a
saúde e/ou a estética e/ou o condicionamento físico; visando o bem estar geral das
pessoas (corpo e espírito); objetivando melhorar a qualidade de vida;
proporcionando o desenvolvimento do hábito salutar da prática de atividades físicas;
e sempre de acordo com o processo de Educação Permanente, o Personal Training
deve ser entendido, também, como um dos processos da Educação Física que
32
permitem o desenvolvimento humano – sua formação integral, o alcance de
aspirações relacionadas com a estética, além de, preventivamente, atuar na redução
de enfermidades resultantes da obesidade, doenças cardíacas, algumas formas de
câncer e depressão. Portanto, está plenamente inserido no renovado conceito de
Educação Física, expresso pelo Manifesto Mundial de Educação Física FIEP/2000.
A Educação Física desenvolvida de forma consciente, respeita as diferenças
bio-psico-sociais, ou seja, as individualidades de cada um e não dicotomiza o ser
humano, não separando o corpo físico do mental, entendendo que ambos funcionam
de modo integral. Assim sendo, Personal Training ou Treinamento Personalizado
traz em seu significado o sentido da Educação Física, cujo profissional tem o
compromisso com a formação e o desenvolvimento do ser humano.
Dissertando Sobre Aspectos
Interrelacionados do Condicionamento Físico e Saúde
Tomando como referência as antigas formas de se obter condicionamento
físico, vê-se que há muito tempo o homem se preocupa com o seu corpo.
Entretanto, o corpo não era considerado apenas uma “massa física”, mas sim um
estado sólido do ser do homem, onde os antigos consideravam o corpo como um ser
pulsante, um organismo vivo possuindo corpo e espírito, passível de influências
externas e possíveis mudanças internas (RIBEIRO,1998).
33
GERALDES e DANTAS (1998), analisando o passado das práticas das
atividades físicas, disseram:
Os motivos e a evolução dos métodos e objetivos que levam o homem à busca da atividade física, vêm de épocas remotas. O conceito de totalidade orgânica tem ganho adeptos desde a antiga Grécia. CLARKE (1976) cita que no século V antes de Cristo, os atenienses reconheciam a necessidade do equilíbrio mental, social e físico. Os mesmos ideais foram apregoados, diversos séculos mais tarde, por filósofos europeus como Locke e Rousseau. (GERALDES e DANTAS, p.2).
Segundo esses mesmos autores, além dos gregos, os romanos, no século I
da Era Cristã, anunciavam essa necessidade de equilíbrio mental, social e físico
através de parte do aforismo de Juvenal, que ofereceu a expressão mens sana in
corpore sano.
Na era contemporânea, o condicionamento físico foi cultuado nos períodos
de guerras (Guerra Civil Americana e a Primeira Guerra Mundial). Nessa época, os
pesquisadores do assunto eram médicos e tinham como objetivo principal melhorar
o desempenho físico dos homens que iam para os confrontos, ou seja, visavam o
homem bem condicionado fisicamente para as batalhas. Paralelamente, os
treinadores recebiam as influências dos tipos de preparação física direcionados para
os homens que participavam dos confrontos. Os estudiosos passaram a analisar os
resultados obtidos nos treinamentos dessas competições e, a partir daí, o
treinamento físico foi evoluindo e aperfeiçoado.
Os anos de 1912 e 1930 foram caracterizados pelo surgimento de
diferenciados métodos de treinamento que, de um modo geral, tornaram-se
sistematizados. O treinamento finlandês, pioneiro na sistematização de treinamento
para atletas, contribuiu para o desenvolvimento do condicionamento físico. Além
das situações de guerra, houve um importantíssimo confronto de desempenho físico
34
entre os EUA e outras potências mundiais, que contribui muitíssimo para a ciência
aplicada ao treinamento físico. Provocados pelos maus resultados dos estudantes
americanos nas provas propostas no confronto oportunizado por uma pesquisa, os
EUA criaram o President’s Council on Physical Fitness and Sports, órgão que tinha
como objetivo informar e alertar à população americana sobre o perigo nacional
desses resultados e acionar, dinamicamente, um ofensivo programa de longo prazo,
a fim de solucionar tal problema (GERALDES e DANTAS,1998).
Após a Segunda Grande Guerra, houve um considerado desenvolvimento da
Educação Física, em razão da necessidade da democracia defender seus ideais
perante o desafio imposto pelo nazismo e o fascismo. Assim sendo, nessa época, o
condicionamento físico era objetivado para atuação militar, diferentemente dos ideais
de condicionamento físico atualmente adotados (GERALDES e DANTAS,1998).
As guerras acabaram, a iminência de confrontos entre as grandes potências
ficou remota e a necessidade de hegemonia física restringe-se quase que
exclusivamente às olimpíadas. Percebe-se, cada vez, mais um aumento da procura
pela prática da atividade física por parte da população.
O crescente interesse pelas atividades físicas fundamenta-se nos seus
benefícios, cujos valores, cultivados desde os antigos, foram comprovados e
ratificados em pesquisas recentes (ALVAREZ,1996). Sabe-se que o
desenvolvimento do estudo científico em relação ao exercício físico é um
acontecimento recente (id.1996). Somente na última parte do século XlX, estudiosos
da fisiologia humana começaram a utilizar o exercício com o intuito de interferir no
organismo humano e seus sistemas com o propósito de começar a entender melhor
o seu funcionamento fisiológico (id.1996). Nos últimos 70 anos, a ciência tem
35
documentado de forma mais detalhada as interferências do treinamento físico nos
músculos esqueléticos, nos sistemas circulatório e cardiovascular e nas funções
pulmonar e endócrina, demostrando à população a eficiência dos exercícios físicos
em prol da saúde, mais precisamente nos últimos 20 anos (id.1996).
Atualmente, as atividades físicas são recomendadas pelos profissionais da
saúde como promotora e mantenedora da saúde, uma vez que são o meio de
proporcionar a adequação das qualidades físicas (resistência cardiorrespiratória,
força/resistência muscular e flexibilidade) aos variados métodos de condicionamento
cardio e neuromuscular, caracterizando-se assim a aptidão física relacionada à
saúde (BERLIN,1990; MONTEIRO,1998).
Segundo BOUCHARD et al.(1990), os benefícios que o exercício promove
reduzem a ansiedade e a depressão, além de terem um forte impacto positivo sobre
outros aspectos psicológicos, tanto em pessoas normais como naquelas com
patologias diagnosticadas. BAUCK (1989), já seguia também a teoria que a prática
regular do exercício físico torna a pessoa mais calma, diminuindo a obesidade,
reprimindo a estimulação simpática (adrenalina) e ressaltando a estimulação
parassimpática, a pessoa fica mais relaxada e calma. Isso traz muitos benefícios
como, por exemplo, para o sistema cardiovascular, tornando o sangue mais fluído,
além de reduzir a porção prejudicial do colesterol, reduz a hipertensão arterial e
melhora o fluxo das coronárias. São inúmeros os benefícios provenientes dos
exercícios físicos regulares, até os hábitos nocivos à saúde como álcool e fumo
também são minimizados. Enfim, a prática de atividades físicas regulares pode
aumentar consideravelmente a tolerância ao estresse, subentendendo-se também
que, uma pessoa bem condicionada fisicamente realiza suas funções orgânicas
36
satisfatoriamente, bem como está apta a exercer suas atividades da vida diária de
forma saudável.
Todavia, manter-se saudável não é apenas estar bem condicionado
fisicamente, a busca de aperfeiçoamento físico ou da aptidão física ou aptidão do
organismo – Fitness (GERALDES e DANTAS, 1998), objetivando a saúde, deve
estar acompanhada da busca do equilíbrio mental, ou seja, para obter-se saúde total
é necessário a integração do corpo e mente (FEIJÓ,1998).
Na expressão Fitness, surgida na década de 70, seu conceito estava
relacionado às capacidades: física, cognitiva, emocional, moral, espiritual entre
outras. Entretanto, a maneira como o corpo vem sendo cultuado pela sociedade
deixa de lado a existência da sua parceria com a mente, permitindo que o verdadeiro
conceito de Fitness ficasse deturpado.
A Ciência em prol da saúde, diante de tal constatação, tem contribuído muito
para que os conceitos de saúde e corpo sejam reformulados.
É sabido, hoje, por meio de muitas investigações, do Princípio da
Simultaneidade. Segundo FEIJÓ (1998), este princípio está baseado na Teoria do
Contínuo Energético Bipolar: o homem é um contínuo energético bipolar –
corpo/mente. Essa teoria é fundamentada no contínuo energético por considerar
que os pólos, corpo e mente, fundem-se em um único corpo energético da mesma
natureza, ou seja, o ser humano. Dessa forma, colocar o corpo submisso à mente, e
vice-versa, é dicotomizar o ser humano, pois estes dois elementos que formam o ser
humano (corpo e mente), funcionam e reagem simultaneamente.
Essa teoria vem explicar as reações que o ser humano sofre quando não se
leva em consideração o corpo e a mente como partes vivas do organismo.
37
Para muitos o termo saúde ainda significa, simplesmente, a ausência de
doença e um grande número de pessoas que não apresentam sinais de
enfermidades consideram-se sadios. Ser sadio não é simplesmente ter um corpo
sem doenças, bem torneado e magro, mas sim, uma combinação do sentir-se bem
consigo mesmo e com aquilo que faz.
Nos dizeres de BLAIR et al. (1994), a saúde, além de não ser a ausência de
doença, deve ser também a capacidade de desenvolver as atividades da vida diária
sem dificuldades, desfrutando-se das mesmas. Esses autores indicam que pessoas
com estilo de vida ativo raramente fatigam-se com as atividades da vida diária, tendo
em geral maior capacidade para enfrentar situações emergenciais e participam com
mais freqüência e sem dificuldades de atividades recreativas com grau de
intensidade de esforço maior, ou seja, de atividades de lazer ativo mais intensas.
A palavra saúde deveria estar associada ao corpo e à mente,
simultaneamente, ao invés de ser associada, apenas, à ausência de doença. Bem
dizem EDLIN e GOLANTY (1992) que colocam o processo mental como o fator mais
importante para a saúde. Esses autores defendem que o processo mental determina
a maneira pela qual uma pessoa coordena seu estado psíquico e social, como serão
suas atitudes frente às situações de vida, ou seja, como um indivíduo reage e
interage diante dos acontecimentos e incertezas da vida.
Ainda com EDLIN e GOLANTY (1992), dentro dessa nova visão de saúde,
ressalta-se que cada indivíduo deve desenvolver a capacidade e responsabilidade
para otimizar seu senso de bem-estar e auto-estima, criando condições e
sentimentos favoráveis que possam ajudar a prevenir doenças. Portanto, o bem-
estar envolve várias características, indicando que saúde não é adquirida por certo
38
tempo específico, mas num processo contínuo ao longo da vida. Entre as
características do bem-estar cita-se: estar livre de sintomas e de doenças ou dores
tanto quanto possível; ser capaz de se tornar um indivíduo ativo; e preservar a paz
de espírito na maior parte do tempo. Esses autores completam o assunto dizendo
que saúde é um processo de preservação permanente pela vida, desenvolvido em
conjunto com a interrelação dos aspectos do corpo, mente e sentimentos. Essa
mesma percepção de saúde foi encontrada por BOUCHARD et al.(1990), como
mencionado no capítulo anterior.
Com o que foi exposto em relação ao termo Fitness e ao conceito de saúde,
a adoção do termo Fitness não estará perfeitamente adequada se não estiver
associado à palavra Wellness (MELOGRANO e KLINZING, 1982). Tema de debates
nos Estados Unidos, desde a década de 70, o Wellness, expressão que significa
bem estar geral, procura harmonizar o corpo como um todo na busca do corpo
perfeito e sadio (SABA,1998). Wellness, na área da Educação Física, é um
programa que favorece todos os campos do bem-estar físico, mental, emocional,
intelectual, social e espiritual. O ser saudável requer um compromisso contínuo com
o estilo de vida, uma grande vontade de mudar em busca da melhor qualidade de
vida e da longevidade.
Continuando com SABA (1998), Wellness é uma forma de prevenção e
educação da saúde em busca do bem-estar total. Envolve a melhora da saúde
global, atividades físicas prazerosas, diminuição de peso, diminuição no consumo de
gordura, alimentação adequada, lazer, diminuição do colesterol, diminuição do
índice de suicídios, diminuição do consumo de álcool e drogas, melhora do sistema
cardiovascular, redução do stress, melhora da auto-estima e, também, a chance de
39
redução dos efeitos do envelhecimento. Enfim, o conceito de Wellness vem
contribuir, significativamente, para a melhora da qualidade de vida das pessoas.
Ampliando o Entendimento de Qualidade de Vida
Em 1964, WEINER já apontava estudos que evidenciavam a atividade física
regular como protetora dos indivíduos contra certas doenças, aumentando a
expectativa e a qualidade de vida das pessoas. E essas evidências podem ser
resultado de considerações antropológicas entre pessoas com variados níveis
ocupacionais ou atividades de lazer ativo. Portanto, torna-se necessário resgatar o
valor de um estilo de vida ativo. WEINER(1964) e PAFFENBARGER(1990) citaram
também estudos que mencionavam o estilo de vida ativo como condicionante de
longevidade.
O estilo de vida ativo vem sendo defendido por estudiosos do
desenvolvimento sócio-cultural, uma vez que constataram que as comunidades onde
a civilização ocidental influenciou mudanças rápidas na rotina diária das pessoas,
passaram de uma vida ativa a uma vida sedentária. É o caso dos vários grupos
Inuitas (CARRIER et al., 1972; MAYNARD, 1976; BANG et al., 1976) que passaram
a adotar um estilo de vida semelhante ao dos grandes centros urbanos modernos.
As pesquisas confirmam que a origem do sedentarismo do homem moderno está
relacionada com o seu modo de vida, as mudanças que está sofrendo em
conseqüência de uma vida menos ativa, resultado de uma oferta tecnológica
40
abundante de conforto e praticidade que dispensa, cada vez mais, o gasto calórico
diário da população, dificultando a manutenção de uma composição corporal
adequada e saudável e incapacitando a população de chegar nos anos finais de vida
com qualidade. Acrescenta-se a isso as mudanças negativas nos hábitos
alimentares das populações em geral (ALVAREZ, 1996). Desse modo, a obesidade
está crescendo vertiginosamente, como resultado da troca de estilo de vida, tendo
como conseqüência um aumento do índice de doenças cardiovasculares, reduzindo
assim a expectativa de vida, bem como a qualidade de vida dessa comunidade
(id.1996).
PATE et al. (1995) afirma que não é necessário um programa de atividades
físicas rigoroso para ser ativo fisicamente ou ter um estilo de vida ativo. Entretanto,
sugere a introdução de pequenas mudanças na rotina de vida diária. Com o
aumento da atividade física diária e, consequentemente, maximizando o gasto
calórico diário. Apenas com estas pequenas mudanças no dia-a-dia das pessoas,
esses autores afirmam que, certamente, os riscos de doenças crônicas diminuiriam,
contribuindo para melhorar a qualidade de vida.
Quando tocamos no termo “qualidade de vida”, torna-se necessário mostrar
a importância do seu significado. Lyndon Johnson, presidente dos EUA em 1964, foi
a primeira personalidade que empregou a expressão qualidade de vida, ao declarar
que "os objetivos não podem ser medidos através do balanço dos bancos. Eles só
podem ser medidos através da qualidade de vida que proporcionam às pessoas "
(PAIXÃO et al., 1997).
Citando KAGAN e KAGAN(apud ALVAREZ, 1996), pode-se considerar
quatro dimensões da qualidade de vida: profissional, sexual, social, e emocional. Da
41
mesma forma, PENCKOFER e HOLMS(1984) já defendiam que a qualidade de vida
pode ser medida pela satisfação com a vida percebida pelos indivíduos, incluindo
satisfação com a família, com a vida social, sexual e com as atividades físicas, além
do trabalho.
ALVAREZ(1996) apresentou uma proposta sobre o assunto muito oportuna
para o estudo, que diz:
Com o propósito de esclarecer a utilização do termo qualidade de vida, GILL & FEINSTEIN (1994) pesquisaram 579 referências bibliográficas que diziam fornecer um compêndio compreensivo sobre esta questão e verificaram que, qualidade de vida, ao invés de ser uma descrição do status de saúde dos indivíduos, é uma reflexão do modo como eles percebem e reagem sobre o seu estado de saúde e outros aspectos não médicos de suas vidas. Nos textos revisados, os autores afirmam que estas percepções e reações podem ser melhor determinadas, se for sugerido aos pacientes a darem pontuação e indicarem os principais itens que afetam a sua qualidade de vida. A qualidade de vida inclui não somente os fatores diretamente relacionados à saúde, tais como, bem-estar físico, funcional, emocional, bem-estar mental, mas também elementos como, trabalho, família, amigos, e outras circunstâncias da vida. (id. 1996).
Continuando o tema com as idéias de DANTAS (1998), perguntando-se a
várias pessoas o significado do termo “qualidade de vida”, diferentes respostas
serão encontradas. O autor indica que “O conceito individual de qualidade de
vida depende das carências que a pessoa apresenta”(id.1998,p.6) e,
ainda, define o “[...]nível de qualidade de vida ideal como o grau ótimo
de atendimento das necessidades existentes em cada um de
nós”(id.1998,p.6). Complementando com suas palavras:
Apenas a pessoa que vê satisfeitas suas carências fisiológicas e de segurança perseguirá o afeto, auto-estima e auto-realização. Estas últimas necessidades poderiam suprir-se, entre outros meios, através de um programa de atividade física bem organizado. (DANTAS,1998, p.6).
42
A atividade física, nesse contexto, pode ser considerada um meio efetivo
para se atingir a desejável qualidade de vida.
Recentemente, TUBINO(2000) foi mais abrangente na sua definição sobre o
termo “qualidade de vida”. Partindo do pensamento de ORTEGA Y GASSET (apud
TUBINO,2000,p.1): “Eu sou eu e as minhas circunstâncias”, TUBINO diz que “a
premissa fundamental da interpretação de Qualidade de Vida é “a harmonia do eu
com as suas circunstâncias”. Fica implícito que as circunstâncias individuais estarão
sempre interrelacionadas com as circunstâncias coletivas que as envolvem. Na
verdade, há uma conciliação de circunstâncias” (id.,2000, p.1).
Portanto, para TUBINO(2000), qualidade de vida das pessoas é uma
resultante da harmonização do estilo de vida, da saúde, ou seja, dos indicadores
individuais de qualidade de vida com os indicadores coletivos de qualidade de vida.
“Estes fatores se interagem e não podem, em nenhum momento, serem
considerados isoladamente” (TUBINO,2000,p.2).
43
Refletindo sobre Estética e Atividade Física
Nos dias de hoje, fala-se muito na estética ligada ao culto ao corpo, à beleza
plástica tão desejada e conquistada a qualquer preço. Da mesma maneira, o esporte
tem sido bastante cultuado, embora de forma mais assistida do que praticada,
estando mais ligado ao alto rendimento e ao espetáculo.
Baseado em algumas teorias sobre a estética, NOVAES(1998) aponta o
surgimento de muitas reflexões a respeito da estética e tenta explicar tal fato, por
tratar-se de“ [...]um objeto de desejo e de consumo no mercado das necessidades
do homem moderno” (id.1998,p.4). Nesta perspectiva, EAGLETON (1993) tenta
justificar as interpretações da estética como “[...]uma nova espécie de
transcendentalismo, no qual os desejos, as crenças e os interesses agora ocupam
lugares a priori tradicionalmente reservados ao Espírito do Mundo ou ao ego
absoluto” (id.1993,p.4-5).
Os vínculos encontrados entre os elementos da estética com a moral e a
ética tentam justificar o significativo valor atribuído à estética pela sociedade. Trata-
se da estética que mantém uma relação transcendental com o ser belo, o ser bom e
o ser verdadeiro, tomando como referência os postulados de SCHILLER e VIEIRA,
em NOVAES (1998), e RODHEN (1986) que colocam o homem dentro de uma
perspectiva metafísica, situando-o à sua natureza mista, a inconsciente e instintiva e
a consciente ligada à sensibilidade e moralidade.
Neste tópico, pela importância que a estética se apresenta nas suas
relações com o esporte, considerado como uma das maiores manifestações de
44
atividade física, e o trabalho profissional do Personal Trainer, faz-se necessário
aprofundar o assunto em alguns subtópicos: a estética, verdade estética, a
corporeidade e a motricidade, e finalmente abordar-se a relação entre a estética e
esporte, para que a linha de desenvolvimento transcorra adequadamente.
A Estética
Quando se fala em estética, as primeiras palavras que vêm à mente são
beleza e belo. Não há dúvida quanto ao sentido popular e cotidiano desaas
palavras. Entretanto, qual o verdadeiro significado de beleza ? O que é ser belo ?
O que é belo para um pode não ser para outro, portanto, não pode ser
considerado como uma qualidade objetiva que alguns objetos possuem. A beleza
pode existir nas formas mais distintas proporcionalmente à índole dos entes em que
se encontram. A beleza, segundo DUARTE JR.(1986), não é um atributo objetivo
que determinados objetos detêm e outros não. “Ela não se encontra nem no objeto
em si mesmo, nem isoladamente nos sujeitos humanos” (id.1986,p.45). De acordo
com este autor, a beleza é a relação que um sujeito mantém com um objeto, de
acordo com uma determinada percepção.
DUARTE JR.(1986) já indicava que a beleza do corpo influencia e motiva,
entretanto, há uma complexidade por trás dessa aparência estética quando
analisada filosófica e sociologicamente. Continuando com esse autor, a estética tem
relação não somente com o ser belo, mas também com o ser bom.
45
Não há um critério único e universal que possa dar a certeza dos conceitos
do que é belo ou do que é feio. No entanto, os antigos filósofos qualificaram o
Universo como belo (kosmos) ou puro (mundus) e, nunca, como bom (agathós, em
grego; bonus, em latim), segundo DUARTE JR. (1986). “Bom é critério ético. Belo e
puro são critérios estéticos” , já dizia ROHDEN (1966, p.39). Enquanto a beleza ou
o belo são considerados como uma espécie de bem, trata-se o bem como uma
potência cognoscitiva, satisfazendo apenas ao apetite natural do conhecimento.
Sendo assim, o belo estaria relacionado, principalmente, com o transcendental bom,
assim como com o transcendental verdadeiro, sendo o melhor conceito utilizando
ambos, conjuntamente, o transcendental bom e o verdadeiro (ESTRADA, s/d).
Dessa forma, ESTRADA (s/d) esclarece:
Mas, aún, como todos los trascedentales se convierten mutuamente, puede considerarse a la belleza como outro de los trascedentales, que se explica muy especialmente por su relación com las demás propriedades trascendetales del ser. (id. s/d.,p.63).
A estética pode ser considerada a ciência que estuda o belo e está
estreitamente ligada à interpretação da cultura ao corpo e, nos dias de hoje, tem
feito emergir muitas reflexões por tratar-se de “[...] um objeto de desejo e de
consumo no mercado das necessidades do homem moderno” (NOVAES,1998, p.4).
Atualmente, a estética é apontada como o principal fator que motiva as pessoas a
procurarem a prática de atividades físicas, confirma NOVAES(1998).
Seguindo o pensamento de EAGLETON (1993), este já tinha justificado as
interpretações da estética como “[...] uma nova espécie de transcendentalismo, no
qual os desejos, as crenças e os interesses agora ocupam lugares a priori
tradicionalmente reservados ao Espírito do Mundo ou ao ego absoluto” (id. 1993,
p.4-5). O culto ao corpo, portanto, passa a ser não mais uma questão frívola, mas
46
uma questão de notória importância. Diante desta concepção de estética, o corpo
pode estar caracterizado como o jogo, o cultivo da harmonia e dos equilíbrios de
beleza. Complementando, o corpo pode ser considerado, ainda, segundo os
postulados sobre estética, como conduta disciplinar (NOVAES,1998), quando
analisado pelos valores éticos e morais.
A Verdade Estética
RHODEN (1966) diz que a natureza humana começa com a possibilidade de
existência de um ser bom consciente, implicando na existência, também, de um ser
mau consciente. Para ele, as duas existências conscientes de um ser bom ou mau
abrem as portas para a possibilidade de ser, em algum tempo, um ser consciente
bom, porque com elas aparecem as distinções e diferenciações entre si,
proporcionando a liberdade do exercício de escolha do ser humano. Ainda diz o
mesmo autor que ser bom não significa ser belo, mas o ser belo pode significar ser
bom. “Só um ser consciente e livre pode estar realmente dentro da zona do bom e
do belo” (id. 1966,p.41). Ser livre, consciente e estar no plano do bom implica numa
harmonização consciente com o Todo, porém de forma dolorosa. Tudo que envolve
dificuldade não é belo, porém, pode ser bom. Entretanto, este mesmo autor usa as
palavras de Mahatma Ghandi, quando disse: “ a verdade é dura como diamante e
delicada como flor de pessegueiro” para explicar que o ser humano quando encontra
a sua verdade, não é apenas um ser bom ou “feiamente bom”, mas um ser
47
“belamente bom”. “O ser belo é o esplendor do ser-bom. A beleza é a exultante
leveza da bondade.” (id. 1966,p.41-42).
Segundo BERESFORD (1994), a ética está baseada no conjunto das regras
de conduta, válidas universalmente, dentro de uma perspectiva metafísica,
contribuindo para reflexão dos problemas de ordem moral, entre outros: sentido de
existência humana, obrigações e deveres, a essência do bem e do mal, valor da
consciência moral. Complementando, utiliza-se as palavras de VAZQUES
(ibid.1994,p.33) quando diz que a ética é “ciência de uma forma específica de
comportamento humano” e a moral a base axiológica que sustenta o comportamento
humano.
A busca pela estética, por manter uma relação transcendental com o ser
belo, o ser bom e o ser verdadeiro, seria uma forma do ser entrar em contato com
valores éticos e morais. “A ética é a ciência da moral. A ética é a teoria e a moral a
prática. A ética é o mandamento e a moral os fatos. A ética é o espírito e a moral o
corpo” (VARGAS,1995,p.79).
Nas reflexões sobre a relação estético-moral de SCHILLER (apud
NOVAES,1998), o homem está situado entre a submissão à sua natureza sem
qualquer tipo de interferência, quando esta é inconsciente e instintiva e, uma
segunda natureza, a consciente ligada à moralidade e sensibilidade. A relação
estético-moral ficou ainda mais afirmada quando surgiu o imperativo categórico
kantiano, pois elevou a condição da natureza mista do ser humano, defendida por
SCHILLER (ibid. 1998).
O homem traz em sua essência a necessidade de atribuir valor aos seres
(HESSEN, 1980). O ato de valorar faz parte do seu cotidiano. O valor pode ser
48
considerado uma qualidade estrutural quando constitui organização e integração de
sentido em relação às carências suprimidas. Portanto, se o ser humano atribui
significativo valor à estética (NOVAES, 1998), pode-se dizer que, por trás desta
atribuição de valor, há um grande sentimento de satisfação quando esta suprime
uma carência. E qual seria esta carência ? Para NOVAES (1998), a estética, como
princípio fundamental à busca do homem como um ser perfeito, “[...] converte a
sensibilidade e o limitado em infinito e eterno, levando à harmonia” (id.1998,p.9).
Poder-se-ia dizer, então, que a carência do ser humano, em relação à estética, está
relacionada à busca da perfeição, do ser belo e do ser bom , do ser estético, do
“homem cósmico, [...] o homem puro, o homem kosmos, homem-mundus, o homem-
univérsico ” (RHODEN,1966,p.41).
Para VIEIRA DE MELLO em CAVALCANTE (1993), o esteticismo apresenta
caráter filosófico brasileiro, quando “[...] busca estabelecer um diagnóstico do caráter
do povo brasileiro e sua prática generalizada, combatendo as ideologias
contestadoras deste caráter, e as tentativas de simplificação do problema filosófico
brasileiro” (ibid.1993,p.17). Sendo assim, a busca pela estética se apresenta como
um fundamental instrumento diagnosticador do caráter do povo brasileiro, assim
como uma forma inconsciente de reação social por uma nova ética. Pelo menos no
Brasil, isto talvez possa ser justificado por PAIM (apud VIEIRA DE MELLO,1980),
quando diz que é notório a inaptidão do povo brasileiro para ajustar-se às regras e
normas, “[...] o plano ético, no Brasil, é o próprio campo da fluidez e da indefinição”
(ibid. 1980,p.10).
Tomando-se como pressuposto a existência de um ser bom, implícito no ser
belo ou na beleza, pode-se apontar à categoria estética uma dimensão sociológica
49
relacionada com a moral, ou a nova moral (BAYER, 1995). Portanto, a estética,
como o lado bom do ser consciente, se conjuga à consciência coletiva da moral,
supondo-se que a busca pela estética tem se manifestado um meio inconsciente das
pessoas tentarem reconstruir seus valores morais, isto é, um meio de construir uma
nova moral, uma nova ética (PINHEIRO, 2000).
EAGLETON em NOVAES (1998, p.9), diz que a harmonia pela estética
conduz “a reconciliação da sensação e do espírito, da matéria e da forma, da
mudança e da permanência, da finitude e infinitude”. Nos escritos de MAFESOLLI
(ibid. 1998), a estética é uma forma de caracterizar novos estilos, sendo que, no jogo
da estética ou das aparências é que se verifica “a tendência atual do homo
aesthethicus pós-moderno de romper com o racionalismo e deixar valer a força da
emoção e da natureza” (ibid.1998,p.12). Ainda, SCHILLER (apud NOVAES, 1998)
vê o enobrecimento da vida instintiva na educação estética do homem, o meio mais
importante para a auto-valorização e “[...] é no jogo da estética que ele se completa,
atinge a auto-realização suprema e realiza a sua dupla natureza” (id. 1998,p.10), o
racionalismo e o instinto sensível.
No mundo contemporâneo, a sociedade dos países mais desenvolvidos dá
mais valor à qualidade de vida, enquanto que a sociedade dos países em
desenvolvimento valoriza mais os bens materiais (NOVAES, 1998). Diante de tal
fato, poder-se-ia atribuir à valorização estética como uma forma de despertar da
consciência de uma sociedade, para o amadurecimento social, isso porque a
cobiçada “beleza do corpo” ou aparência física não está sendo analisada, aqui,
simplesmente como expressão da vaidade pessoal, mas como um fenômeno
presente, consciente ou inconscientemente, na vida das pessoas, no sentido do
50
corpo/comunicação. A aparência estética atua na dinâmica do comportamento
humano (id. 1998).
Finalizando o subtópico, com NOVAES (1998):
A aparência estética da pessoa pode, então, ser entendida como o topo de um iceberg humano. A aparência estética da pessoa pode ser tratada como o resultado visível do processo complexo da evolução humana, fenômeno obviamente polivalente, pelas suas magnitudes filosófica, biológica, psicológica e sociológica. Educar esteticamente a personalidade, portanto, não é tarefa elementar, já que transcende o simples gestual dos músculos. (id. 1998,p.154).
Motricidade e Corporeidade
O homem é considerado como ser fenomenológico por suas carências e
necessidades de caráter compreensivo, isto é, leva-se em conta as relações intra e
interpessoais advindas dos comportamentos motores dotados de significação, de
vivências e convivências sócio-culturais, valorativas, assim como as
transcendências manifestadas de sua natureza como pessoa humana, enquanto
micro dentro do cosmos e as interferências multidimensionais da expansão da
consciência humana (BERESFORD, 1999). A natureza humana é, antes de tudo,
metafísica, confirmando-se nos pensamentos do filósofo contemporâneo
MERLEAU-PONTY (1994):
[...] que o Homem não é só corpo. Um espírito o penetra e o anima e permite-lhe ser, na realidade, um corpo humano. Afigura-se obstinação facciosa esquecer a espiritualidade humana. [...] matéria, vida e espírito não se apresentam como três ordens de realidades ou três ordens de seres, mas como três planos de significação, ou três formas de unidade (id.1994,p.89).
51
Essa natureza metafísica diz respeito ao Homem contextualizado na esfera
cósmica, segundo sua motricidade. Para entender o que é motricidade, deve-se,
primeiramente, reconhecer que o homem não é apenas um organismo ao nível do
biológico. Existe, entre este organismo e o mundo, um corpo que abrange o
biológico, o psicológico, o social, pulsando diante das percepções sentidas e vividas,
por ser o homem, em si e a partir de si mesmo, provido de uma orientação e uma
capacidade de intercâmbio com o mundo em que vive, dando condição de existência
às coisas (MERLEAU-PONTY,1994).
A motricidade, então, emerge da dinâmica destas percepções que levam o
homem ao conhecimento dos objetos ou dos seus movimentos, materializada pela
corporeidade, cujo corpo é o lugar, a cena, onde se movimenta a vida deste homem.
Nas palavras de MERLEAU-PONTY(1994), “[...] o organismo porque totalidade,
apreende-se, qual fenômeno dotado de uma actividade determinada, e só em
actividade pode compreender-se corretamente [...]”, “[...] o homem é um pensamento
em acto” (id. 1994,p.89), sendo: o corpo o veículo do ser no mundo, vinculando a
interioridade da consciência à exterioridade do mundo, permitindo na percepção o
primeiro contato do sujeito com este mundo; e motricidade a verdade original da
percepção deste mundo. A consciência deve ser sempre um ato dotado de
significação e, assim, concebe a motricidade como a intencionalidade que conduz o
homem, enquanto ser práxico ou ser carente por sua natureza, ao movimento em
busca da realização e auto-realização. “Existe um movimento intencional do corpo,
diferente do simples movimento no espaço, e que tange ao caminho e abertura para
as coisas, para os outros”(id. 1994,p.90).
52
A motricidade humana confere ênfase à capacidade do homem mover-se no
mundo temporalmente e a corporeidade é considerada como a materialização desse
movimento ou como a capacidade do homem estar no mundo no tempo e no
espaço. A corporeidade, existindo no mundo das experiências humanas, é a
condição de presença do ser no espaço tridimensional (físico, psíquico e espiritual)
em que participa, adquirindo, assim, significação (FEITOSA,1996).
Portanto, seguindo a linha de pensamento de FEITOSA (1996), a
motricidade como energia ontológica (estudo dos seres em geral como objeto de
estudo), revela-se na corporeidade como matéria ontológica, sendo essas duas
manifestações modos complementares do ser Homem.
Para se entender o significado de corporeidade, SANTIN(1996) diz que é
necessário adentrar no significado antropológico que traz em sua bagagem histórica,
ou seja, retomar o antigo discurso da corporeidade para que seja possível a
continuidade ou descontinuidade da discussão sobre corporeidade. Na tentativa de
obter o seu entendimento, estudiosos como HUSSERL(id.1996) perseguiu os vários
possíveis significados que a corporeidade traz ao longo dos tempos, propondo a
superação desse carrossel de significações para se repensar sobre a corporeidade a
partir do “corpo vivente”, deixando para trás o modelo clássico de pensamento,
corpo versus corporeidade.
53
A seguir, SANTIN(1996) explica:
A proposta da fenomenologia de HUSSERL, de deixar que as coisas falem, tornou-se um caminho obrigatório para obter uma interpretação e uma compreensão mais fiel de qualquer realidade. Será preciso deixar que o corpo fale pelo corpo. A razão já falou durante muito tempo do corpo, segundo as regras da racionalidade. Conseguimos, por esse caminho, obter a corporeidade racional. Precisamos encontrar o caminho que nos leve à corporeidade corporal. Esta só será alcançada quando for revelada pela fenomenologia do corpo, organismo vivo e vivente. O corpo precisa falar de si mesmo, segundo as regras da corporeidade ou da fenomenologia corporal “(id.1996,p.94).
LEVINAS (apud SANTIN, 1996) tenta entender corporeidade considerando-a
como a dinâmica da linguagem do corpo que se estabelece num discurso direto,
comparando-a à linguagem de alguns poetas que não apresenta apenas idéias, mas
acima de tudo revela “presença, uma manifestação, uma visibilidade, talvez dito com
maior precisão, uma fisionomia, um rosto” (id.1996,p.95).
Cita-se ainda os dizeres de BARTHES(apud SANTIN,1996,p94) quando diz:
“meu corpo não tem as mesmas idéias que eu” e as palavras de PASCAL
(ibid.1996,p.94): “o coração tem razões que a razão desconhece” para enriquecer o
pensamento de LEVINAS (ibid.1996).
Embora existam tantas definições e tantos entendimentos sobre as palavras
motricidade, corporeidade e corpo, esses mestres supracitados, e mais tantos outros
estudiosos no assunto, chegam a conclusão que a questão deve ser analisada, não
somente na esfera antropológica, mas também fora dela, pois a antropologia de
nossa herança filosófica ainda divide o corpo que sente do que vê e do que é visto.
Não podendo haver distinção entre eles, mas uma inter-relação comum, sem saídas
ou entradas paralelas, e o cruzamento simultâneo de suas reações e ações, fazendo
acontecer uma totalidade simultânea e indivisível. Sendo assim, SANTIN(1996,p.96)
conclui que “a corporeidade é a condição humana, ou seja, o modo de ser do
54
homem. Para GRUPE a existência humana acontece pelo fato de o homem existir
como um ser corporal no mundo“.
Adotando-se ainda as palavras deste mesmo autor,
O que se pretende expor aqui é a não-aceitação de um corpo como recipiente de uma consciência ou de um espírito, mas entendê-lo dentro de um processo evolutivo cujo resultado é a compreensão de um corpo conscientizado e, até, espiritualizado (SANTIN,1996,p.96).
BERESFORD (1997) diz que nossa cultura ainda está repleta de
impregnações do dualismo cartesiano e valores religiosos tradicionais, não
permitindo que se absorva adequadamente a idéia do homem indivisível, atingindo,
até mesmo, as áreas de estudos que se ocupam diretamente com o corpo.
Tomando as palavras deste mesmo autor, “...talvez pela falta de aprofundamento
nas doutrinas contemporâneas...”, os estudiosos do assunto “...contam com uma
série de dificuldades para admitirem que o homem não tem um corpo, mas que o
homem é um corpo” (id.1997,p.18).
Pode-se dizer, diante desse complexo de pensamentos, que o fundamental
nessa discussão não é reconstruir simples e isoladamente a imagem do corpo, pois
assim fazia a antropologia tradicional. “O fundamental é descrever a fenomenologia
dessa corporeidade; em outras palavras, como aconteceria o processo fatual de sua
manifestação” (SANTIN,1996,p.97). Por mais que seja um resultado de
investigações antropológicas, a corporeidade passou a ser uma “imposição de
interesses socio-políticos e ideológicos. É por isso que o tema da corporeidade não
conduz apenas à antropologia, mas exige uma profunda investigação sociológica”
(id. 1996,p.97).
55
Relacionando a Estética com o Esporte como Importante Manifestação de Atividade
Física
De acordo com WERNECK (1991,p.47), educação “é o ato de transmissão
não só de um conhecimento instrucional, mas principalmente na transferência de
uma escala de valores que deve ser bastante refletida e conscientemente aceita.” A
educação então passa a ser um processo cultural de humanização do homem, não
só apreendendo valores como, também, instaurando valores. Seguindo com
EDGAR MORIN citado por SILVA (2000), educação é o processo permanente de
transformação, seja por meios formais e não-formais, preparando o homem para
enfrentar as incertezas, deixando o indivíduo dotado de ações e reações para
enfrentar as situações da vida.
Estudiosos da ciência do esporte, como TUBINO(1992), defendem o
esporte como o caminho mais efetivo para a formação dos indivíduos, “a prática
esportiva como educação social será indispensável no desenvolvimento de suas
potencialidades e imprescindível nos seus processos de emancipação” (id.1992,
p.33). Seguindo essa linha conceitual de educação, o esporte, considerado como
uma manifestação de atividade física das mais importantes nesta transição de
séculos, pode ser apreciado como um meio eficaz e capaz de promover as
transformações interpessoais, assim como as intrapessoais, tão necessárias para a
formação do indivíduo. O esporte-educação e o esporte-lazer, vertentes do esporte,
têm o papel fundamental de proporcionar vivências e mudanças em prol de uma
sociedade mais saudável e feliz, pois estão baseados em princípios pré-
56
estabelecidos: participação, cooperação, co-educação, co-responsabilidade e
integração (id. 1992).
Relacionando a estética com o Esporte, considerado como importante
manifestação de atividade física, pode-se dizer que a estética está para a superação
do determinismo da natureza pessoal, assim como a atividade física se torna um
poderoso meio para a conquista desta estética ou aparência estética. Entretanto, a
atividade física apenas tornar-se-á um eficiente e eficaz meio capaz de fazer com
que a pessoa alcance os elementos da estética: moralidade, equilíbrio, harmonia e
desenvolvimento, com liberdade (NOVAES,1998), se em seu conteúdo pedagógico
estiverem as bases que regem o esporte-educação, promovendo, assim, a
modelagem estética da pessoa. Pelo jogo da estética, o homem chega à realização
suprema, sendo que os fundamentos do esporte-educação podem ser considerados
o caminho para que a atividade física modele esteticamente este homem
(PINHEIRO, 2000).
Recorre-se aos dizeres de BERESFORD (1994), entendendo que a questão
ética é fundamental para seguir o raciocínio:
O esporte pode se tornar um meio consciente de educação humanista e para a cidadania, na medida em que tiver as suas leis ou regras baseadas num princípio ético, e com isso fundamentar moralmente as normas de conduta de seus praticantes, assim como também dos membros da comunidade desportiva como um todo (id.1994,p.25).
Já que a estética tem a ética e a moral como elementos de suporte, o jogo
da estética, no contexto do esporte, pode possibilitar o desenvolvimento dos
indivíduos, ”...numa estrutura de relações recíprocas e com a natureza, sua
formação corporal e as próprias potencialidades, preparando-os para o lazer e o
exercício crítico da cidadania” (TUBINO, 1996,p.19).
57
Continuando com ASSIS em DANTAS(1994,p.144), “Estamos vivendo uma
sociedade de rendimento, na qual só vale quem rende, onde o diálogo, a liberdade
e, principalmente, a solidariedade, foram negligenciados.” Esta sociedade exigente,
reunindo a insegurança e a ansiedade, reforçando o conformismo e o consumismo,
é regida por critérios econômicos e rejeita critérios éticos, segundo PINHEIRO
(2000). Seguindo com este último, o autor arrisca em dizer que, no mundo atual, a
sociedade urge a estética do esporte, mais precisamente, o esporte-educação. A
estética esportiva
“[...] com o fortalecimento do fair-play, nascendo um novo espírito esportivo, despertando a conscientização, desenvolvendo a convivência social, devolvendo a oportunidade da vivência corporal. A estética do esporte, aliada à ciência e à filosofia, possuindo como principal fundamento o desenvolvimento do ser conscientemente belo e bom [...] “ (PINHEIRO,2000,p.10).
“É por princípio ético que a sociedade clama a estética esportiva”
(PINHEIRO, 2000, p.10).
Além do que foi exposto, PINHEIRO (2000) cita a contribuição dos meios de
comunicação e da tecnologia para a estética do esporte, a fotografia que nasceu de
uma necessidade humana de se aproximar do real, captando originalmente uma
infinidade de possibilidades expressivas e estéticas, assim como as imagens da
televisão e vídeo, principalmente, quando utilizado o recurso do slow-motion.
PINHEIRO (2000,p.10) ainda afirma que “O esporte, neste aspecto, obtém um
fortíssimo aliado na sua relação com a estética, pois a beleza de um atleta em
movimento, os momentos de um jogo coletivo ou individual, [...] a dança da beleza
corporal, [...] encantam milhares de pessoas com imagens e emoções ali expressos
e registrados, permitindo melhores possibilidades de comtemplação da estética
esportiva”.
58
PINHEIRO (2000) aponta nesta relação de contemplação da estética no
esporte, o aspecto motivacional que leva a sociedade ao êxtase, fazendo com que
seja ainda maior a busca da aparência estética.
Respeitando a Individualidade Biológica
Em termos técnico-operacionais, técnico no sentido da estruturação de um
treinamento físico e operacional no sentido de se tornar possível a obtenção de
resultados satisfatórios, o princípio da Individualidade Biológica é tomado como fator
essencial na elaboração de qualquer preparação física, inclusive àquelas dirigidas
por Personal Trainers.
Como bem diz MONTEIRO (1998, p.27), “Respeitando este princípio, a
definição das potencialidades e deficiências relacionadas à aptidão física se faz
necessária, no sentido de diagnosticar e orientar o treinamento individualizado”.
POLLOCK & WILMORE (1993), apontam ainda que é necessário que seja
esclarecido e compreendido as necessidades pessoais, o histórico, as condições
clínicas e as fisiológicas do estado atual de saúde para prescrever atividades físicas
de forma segura e adequada.
Sendo assim, parece que as atividades de Personal Training tentam
corroborar as palavras supracitadas, por estarem amplamente fundamentadas no
princípio da Individualidade Biológica.
59
Segundo RODRIGO e CONTURSI (1998), no trabalho realizado por um
Personal Trainer deve haver a preocupação com a globalidade do organismo de
cada aluno, proporcionando um treinamento baseado nos princípios científicos do
treinamento esportivo. Embora os autores coloquem esses princípios como
especificidade do Personal Training, cabe aqui lembrar que estes teriam que ser a
base de qualquer programa de atividade física.
Ainda NOVAES e VIANNA (1998,p.5), colocam que “[...] a organização, a
avaliação, a prescrição e a orientação devem ser estruturadas com base em
princípios do treinamento desportivo, da biomecânica e da fisiologia do exercício”.
MONTEIRO (1998,p.15-16) complementa, dizendo que “[...] estruturar e monitorar
um programa de exercícios pode ser um tanto quanto complexo, principalmente em
função da variabilidade de características exibidas pelos praticantes”.
LUXEMBURGO em OLIVEIRA R. (1999), aponta a dificuldade de adaptar
um atleta ao condicionamento ideal, imaginado ainda a dificuldade maior na
adaptação de pessoas comuns ao condicionamento físico sem a finalidade do
esporte profissional. Comenta, ainda, “...sou formado em Educação Física e
reconheço que a universidade é falha na especialização deste profissional [...]”, o
Personal Trainer (id.1999,prefácio).
Aproveitando o ensejo, acrescenta-se que, atualmente, a população está
voltada não mais só para o físico (DANTAS,1998), mas também para o seu bem
estar global, ou seja, o homem está questionando sua forma de se exercitar. Parece
que o homem está mais consciente, exigindo que o atendimento de suas
necessidades seja “[...] de forma globalizante, holística, fisicamente, afetivamente,
sociopsicologicamente. É esta abrangência de objetivos que os exercícios corporais
60
[...] reclamam, no despontar de um novo milênio” (id.1998,p.5). Este autor ainda
indica o Personal Trainer como uma nova tendência homologada por uma parcela
diretamente envolvida com a prática da atividade física, já com capacidade para
julgar se as aulas em academias são, na verdade, “[...] um meio de sociabilização
eficaz e/ou de obtenção de padrões estéticos e de saúde desejáveis” (id.1998,p.5).
Numa abordagem mais acadêmica, verifica-se que a população está
expressando um maior esforço pela conquista da afeição, do exercitar-se de forma
prazerosa e sadia, “[...] em prol de uma auto-estima mais sólida e bem estruturada,
contribuindo assim para a melhoria da qualidade de vida do ser humano” (DANTAS,
1998,p.6).
Diante de toda a complexidade na elaboração de um Personal Training e
lembrando OLIVEIRA R. (1999,p.9) que diz ser “[...] um mercado em busca de um
profissional com formação superior, reciclado e bem informado [... ]”, é necessário
pesquisar os Personal Trainers, verificando-se as características e qualidades que
os diferenciam das demais especialidades da Educação Física, visto que, pelo
sucesso que possuem, podem ser considerados profissionais altamente eficientes,
quando dotados de embasamento teórico-científico, e eficazes, quando partem para
o gerenciamento de seus conhecimentos aliados à experiência, obtendo bons
resultados.
61
CAPÍTULO III
Metodologia
Neste capítulo os procedimentos metodológicos são descritos a partir de
uma seqüência julgada adequada, a saber: (a) Tipo de Estudo; (b) Instrumentos
Utilizados; (c) Amostras; (d) Esquema do Desenvolvimento do Estudo.
Tipo de Estudo
O Tipo de Estudo pode ser caracterizado como Descritivo, devido a
finalidade de “[...] obter informações acerca de condições existentes, com respeito a
variáveis ou condições numa situação” ( FLEGNER e DIAS, 1985,p.56).
Por ser de natureza Descritiva, o estudo pode ser ainda classificado como
uma Investigação (Survey), pois, além de descrever condições atuais, compara
estas condições com critérios predeterminados. Pode-se dizer, também, que através
de um Survey é possível buscar o perfil de uma população alvo (FLEGNER e DIAS,
62
1985).
Assim, o estudo, como pesquisa descritiva tipo Survey, é entendida por
compreender uma investigação das características do Personal Trainer, buscando a
atual posição desse profissional, os conhecimentos pertinentes a trabalhos de
Personal Training, as expectativas dos usuários deste tipo de trabalho e, finalmente,
estabelecer uma relação do Personal Trainer com o Manifesto Mundial da FIEP/2000
de Educação Física.
Amostras
Estabeleceu-se, como critério de seleção, Personal Trainers atuantes,
graduados em Educação Física da Cidade do Rio de Janeiro. Selecionando-se,
também, alunos participantes de programas efetivos de Personal Training da Cidade
do Rio de Janeiro, os quais constituem parte da população/universo estudado.
A amostra foi constituída por 32 (trinta e dois) Personal Trainers e 40
(quarenta) alunos de Personal Training, do sexo masculino e feminino.
Tanto a amostra de Personal Trainers, como a de alunos de Personal
Training, foi desenvolvida atendendo a disponibilidade de profissionais desse campo
de ocupação profissional e de alunos que participam desses programas. Ambos os
grupos demonstraram grande interesse em participar da pesquisa.
63
Instrumentos do Estudo
Foram utilizados dois (2) questionários específicos, sendo um para os
Personal Trainers e outro para os alunos de Personal Training. Observa-se que a
confecção dos instrumentos do presente estudo tomou como referência a pesquisa
apresentada por PINHEIRO (1999), dando continuidade ao trabalho.
O questionário destinado aos Personal Trainers (“Questionário A”) foi
composto por duas partes: a primeira parte para obter informações pessoais do
entrevistado e referentes à sua formação profissional e a segunda parte composta
de sete (7) perguntas a serem respondidas por ordem de classificação numérica,
atribuindo-se valores de um (1) a cinco (5), onde o 1(um) correspondeu ao menor
valor de classificação e o 5 (cinco) o maior valor atribuído, objetivando coletar dados
sobre aspectos específicos relativos a esse perfil profissional.
O questionário destinado aos Alunos de Personal Trainers (“Questionário B”)
foi, também, composto por duas partes: a primeira parte para obter informações
pessoais do entrevistado e a segunda parte para conseguir informações sobre o
perfil desejável do Personal Trainer, com cinco (5) perguntas a serem respondidas
por ordem de classificação numérica, atribuindo-se valores de um (1) a cinco (5),
sendo que 1 (um) corresponde ao menor valor de classificação e 5 (cinco) o maior
valor atribuído.
64
Validação dos Questionários
Os questionários tiveram seus conteúdos validados através de uma análise
detalhada de cinco (5) professores-validadores, considerados notórios na Educação
Física e que tinham conhecimento das atividades de Personal Training.
Os valores e a percepção dos professores-validadores escolhidos, quanto a
coerência, a clareza e a validade das perguntas, formuladas em relação à matéria do
estudo, foram hierarquizados em um formulário anexado ao questionário, intitulado
“Parecer A” e “Parecer B”, de acordo com a amostra destinada, ou seja, Personal
Trainers e Alunos de Personal Training. Nesse formulário anexado, o professor-
validador manifestou o seu parecer escolhendo entre as opções: MANTER,
RETIRAR OU REFORMULAR, para cada pergunta do questionário. Quando a opção
REFORMULAR era escolhida, o professor-validador oferecia a sua sugestão para a
reformulação da pergunta. No caso da opção REFORMULAR ser escolhida três (3)
vezes, a pergunta ou item foi reformulado, seguindo as sugestões apresentadas. Em
alguns casos, houve apenas uma (1) ou duas (2) escolhas da opção REFORMULAR
na pergunta ou item. Entretanto, foram aceitas as modificações sugeridas pelos
professores validadores, por serem sugestões que trariam ainda mais elucidação ao
enunciado da pergunta ou item.
Dessa forma, validou-se os questionários como instrumento do estudo,
possibilitando o desenvolvimento da pesquisa.
65
Esquema de Desenvolvimento do Estudo
A pesquisa pode ser expressa por esquema de desenvolvimento que expõe
os passos seguidos concomitantemente e seqüencialmente, de acordo com as
necessidades que o próprio estudo requeria durante o seu percurso. Para uma
melhor visualização, apresenta-se abaixo este esquema:
Problematização
Introdução
Objetivos do Estudo
Termos Básicos
Justificativa e Relevância
do Estudo
Delimitação do Estudo
Questões a Investigar Revisão de Literatura
Manifesto Mundial de
Educação Física FIEP/2000
Condicionamento Físico e
Saúde
Qualidade de Vida
Estética e Atividade Física Literatura sobre Personal
Training
Individualidade Biológica
Elaboração
dos Questionários
Validação
dos Questionários
Aplicação dos
Questionários:
Profissionais
Alunos
Conclusões
e
Recomendações
Resultados
e
Análises dos Resultados
Metodologia do Estudo
Tipo de Estudo
Instrumentos Utilizados
Amostras
Esquemas de
Desenvolvimento de Estudo
66
O Capítulo I apresentou a Problematização do Estudo, ou seja, o Problema
pelo qual o estudo se originou, com o título: Introduzindo as Questões que Envolvem
o Treinamento Personalizado. Esse tópico buscou fundamentos básicos para o
completo entendimento do problema da pesquisa. Logo a seguir, foram
apresentados:
Os Objetivos do estudo, Geral e Específicos;
Os Termos Básicos, sugerindo conceitos e definições sobre alguns temas
que foram abordados no estudo;
A Justificativa e a Relevância do Estudo, indicando os subsídios que
tornam a pesquisa necessária e relevante;
A Delimitação do Estudo que apresenta o território em que foi aplicado o
instrumento do estudo;
E por fim a apresentação das Questões a serem investigadas no Estudo;
No Capítulo II foi realizado uma Revisão de Literatura, apresentando
conceitos, pensamentos, autores, enfim, os pressupostos teóricos indispensáveis ao
desenvolvimento do estudo. Estes são os assuntos abordados em tópicos, no
desenrolar do segundo capítulo:
A apresentação do Manifesto Mundial de Educação Física FIEP/2000;
Alguns aspectos importantes sobre o Condicionamento Físico e Saúde;
O entendimento de Qualidade de Vida;
Aspectos relacionados à Estética e Atividade física;
Nesse tópico serão abordados alguns subtópicos sobre:
67
A Estética
A Verdade Estética
Motricidade e Corporeidade
A Relação entre Estética e Atividade física.
Comentários sobre a literatura sobre Personal Training; e
E finalmente, uma abordagem sobre a Individualidade Biológica.
No decorrer da pesquisa, ao mesmo tempo que o autor se prendia à Revisão
de Literatura, o Capítulo III foi realizado apresentando o Tipo de Estudo adotado,
cuja metodologia deu rumo à pesquisa. Nesse capítulo, definiu-se os Instrumentos
do Estudo, os Questionários-piloto e a Validação dos mesmos, as Amostras e,
finalmente, foi apresentado o Esquema do Desenvolvimento do Estudo. Os
Capítulos II e III possuíam uma inter-relação entre si, bem como o Capítulo I
interferiu de forma efetiva na execução dos outros dois capítulos.
Após a Elaboração e Validação dos Questionários, prosseguiu-se com a
Aplicação dos mesmos em suas respectivas amostras (Profissionais e Usuários de
Personal Training). Com os questionários respondidos, o autor prosseguiu
apresentando os resultados encontrados, analisando-os posteriormente.
Percebe-se pelo esquema formulado que a partir da problematização relativa
ao Perfil do Personal Trainer na perspectiva da Saúde, Estética e Esporte,
passando-se por uma revisão de literatura do problema com aspectos considerados
essenciais para o estudo, adotando-se uma metodologia julgada adequada para o
tipo de estudo, e depois utilizando-se e aplicando-se questionários validados como
instrumentos em professores e usuários de Personal Training, foi possível chegar-se
às conclusões e recomendações.
68
CAPÍTULO IV
Apresentação e Análise dos Resultados
Levantamento das Informações Obtidas no Questionário “A”
As primeiras informações contempladas pelo escopo do trabalho são em
relação ao Sexo e Idade dos profissionais entrevistados. A dicotomia sexual (Tabela
1) demonstrou que 81,30% dos professores são do sexo masculino, estando em sua
maioria (62,50%) com pelo menos 31 anos (Tabela 2 e Gráfico 1). Isto pode ser um
indício de que o grupo de Personal Trainer é detentor de significativa experiência na
área de atuação, tal suposição é, a priori, fortalecida pela existência de somente
12,50% de indivíduos com idade igual ou inferior a 25 anos.
69
Tabela 1: Distribuição de Sexo – Profissional
Sexo Freqüência Absoluta
Freqüência Relativa
Freqüência Relativa
Acumulada
Feminino 6 18,80 18,80
Masculino 26 81,30 100,00
Total 32 100,00
Tabela 2: Distribuição de Idade – Profissional
Idade Freqüência Absoluta
Freqüência Relativa
Freqüência Relativa
Acumulada
21 > 1 3,10 3,10
22 a 25 3 9,40 12,50
25 a 28 5 15,60 28,10
28 a 31 3 9,40 37,50
31 a 34 6 18,80 56,30
34 < 14 43,80 100,10
Total 32 100,00
Gráfico 1: Distribuição de Idade – Profissional
Com relação à Formação da amostra de profissionais que atuam em
Personal Training (Tabela 1), observa-se que todos são professores de Educação
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
21 > 22 a 25 25 a 28 28 a 31 31 a 34 34 <
%
70
Física, sendo que 87,50% exclusivamente. A investigação sobre Instituição de
origem indica que há um equilíbrio entre Públicas (46,88%) e Privadas (53,12%)
(Tabela 2). Na Tabela 3 constata-se que somente 37,50% dos Personal Trainers
estão graduados há no máximo cinco anos, o que ratifica o indício de experiência
constatado no parágrafo anterior sobre as Características Pessoais destes Personal
Trainers.
Tabela 1: Distribuição de Formação - Profissional
Formação Freqüência Absoluta
Freqüência Relativa
Freqüência Relativa
Acumulada
Educação Física 28 87,50 87,50
Educação Física / Fisioterapia
2 6,30 93,80
Educação Física / Medicina
1 3,10 96,90
Educação Física / Pedagogia
1 3,10 100,00
Total 32 100,00
Tabela 2: Distribuição de instituição de Graduação – Profissional
Instituição Freqüência Absoluta
Freqüência Relativa
Freqüência Relativa
Acumulada
Exército 1 3,10 3,10
FESC 1 3,10 6,30
Outras 1 3,10 9,40
UCB 2 6,30 15,60
UERJ 5 15,60 31,30
UFRJ 6 18,80 50,00
UFRRJ 2 6,30 56,30
UGF 11 34,40 90,60
UNESA 2 6,30 96,90
UNIVERSO 1 3,10 100,00
Total 32 100,00
71
A Formação acadêmica dos profissionais (Tabela 4) pesquisados indica que
somente 18,80% não possuem pós-graduação e 34,40% são detentores de titulação
Lato Sensu. Isto é um indicativo de que entre os profissionais há alguma
preocupação com o conhecimento técnico.
Tabela 3: Distribuição de Tempo de Graduação – Profissional
Tempo Freqüência Absoluta
Freqüência Relativa
Freqüência Relativa
Acumulada
< 1 3 9,40 9,40
< 5 9 28,10 37,50
> 10 13 40,60 78,10
> 12 1 3,10 81,30
> 20 4 12,50 93,80
> 5 2 6,30 100,00
Total 32 100,00
72
Tabela 4: Distribuição da Pós-graduação - Profissional
Pós-graduação Freqüência
Absoluta
Freqüência Relativa
Freqüência Relativa
Acumulada
Extensão / Aperfeiçoamento
1 3,10 3,10
Lato Sensu 11 34,40 37,50
Lato Sensu / Aperfeiçoamento
1 3,10 40,60
Lato Sensu / Extensão
2 6,30 46,90
Lato Sensu / Mestrado / Doutorado / Pós-doutorado / Livre Docência
1 3,10 50,00
Lato Sensu / Mestrado
5 15,60 65,60
Lato Sensu / Atualização / Extensão / Aperfeiçoamento
1 3,10 68,80
Mestrado 4 12,50 81,30
Não cursou 6 18,80 100,00
Total 32 100,00
Pela Tabela 5, pode-se afirmar que o curso de pós-graduação, em geral, foi
realizado em instituição privada (68,00%), há no máximo 1 ano (25,00%), ou entre 2
e 5 anos (21,90%) (Tabela 6). Chama a atenção o fato de que a maioria dos
entrevistados (43,80%) não possui formação específica em Personal Training
(Tabela 7), apesar disto, cerca de 53,10% deles atuam na área há pelos menos um
ano (Tabela 8). Deste percentual, temos que 41,18% estão formados há no máximo
cinco anos (Tabela 9), o que ratifica o indício de que a maioria dos Personal Trainers
são profissionais experientes.
73
Tabela 5: Distribuição de Instituição de Pós-graduação – Profissional
Instituição Freqüência Absoluta
Freqüência Relativa
Freqüência Relativa
Acumulada
IBMR 1 4,00 4,00
UCB 6 24,00 28,00
UERJ 5 20,00 48,00
UFRJ 3 12,00 60,00
UGF 7 28,00 88,00
UGF/UCB 1 4,00 92,00
UNESA 2 8,00 100,00
Total 25 100,00
Tabela 6: Distribuição de Tempo de Término da Pós-graduação – Profissional
Tempo Freqüência Absoluta
Freqüência Relativa
Freqüência Relativa
Acumulada
< 1 8 32,00 32,00
> 10 3 12,00 44,00
2 a 5 7 28,00 72,00
5 a 7 1 4,00 76,00
7 a 10 3 12,00 88,00
Curso 3 12,00 100,00
Total 25 100,00
Tabela 7: Distribuição de Formação em Personal Training – Profissional
Formação Freqüência Absoluta
Freqüência Relativa
Freqüência Relativa
Acumulada
Aperfeiçoamento 3 9,40 9,40
Atual/Aper 2 6,30 15,60
Atualização 2 6,30 21,90
Especialização 3 9,40 31,30
Ext/Atual 1 3,10 34,40
Ext/Atual/Aper 1 3,10 37,50
Extensão 5 15,60 53,10
Extensão/Aper 1 3,10 56,30
Não 14 43,80 100,00
Total 32 100,00
74
Tabela 8: Distribuição do Tempo de Atuação em Personal Training - Profissional
Tempo Freqüência Absoluta
Freqüência Relativa
Freqüência Relativa
Acumulada
> 5 1 3,10 3,10
< 1 5 15,60 18,80
> 5 9 28,10 46,90
1 a 5 17 53,10 100,00
Total 32 100,00
Tabela 9: Cruzamento Tempo de Atuação em Personal Training e
Tempo de Formado – Profissional
Atuação Tempo
< 1 < 5 > 12 > 20 > 5 Total
> 5 1
1 a 5 1 7 2 1 17
< 1 2 2 5
> 5 1 2 1 9
Total 3 9 1 4 2 32
Analisando as respostas dos Personal Trainers entrevistados ao
questionário-instrumento “A” , no tocante à formação acadêmica do Personal Trainer
(Tabela 1 e Gráfico 1) ( Questão 1), a seqüência Valor 5, 4, 3, 2 e 1 foi ocupada
pelas respectivas opções: "Graduação acrescida de Especialização Lato Sensu"
(28,10%), "Graduação acrescida de Especialização Lato Sensu em Personal
Training" (28,10%), "Graduação acrescida de Especialização em nível de Extensão"
(37,50%), “Graduação em Educação Física acrescida de Experiência" (15,60%), e
"Graduação em Educação Física" (37,50%).
Alguns aspectos merecem ser destacados, entre eles os percentuais para
maior e menor valores obtidos pela "Graduação em Educação Física", 31,30% e
37,50% respectivamente, o que demonstra que há um certo equilíbrio entre os
profissionais no que concerne a importância da Graduação em Educação Física
75
frente a Especialização Lato Sensu em Personal Training. Esse empate técnico pode
indicar que, apesar de haver uma tendência à especialização, ainda existe alguma
resistência com relação a isso. A Especialização em Nível de Extensão obteve para
Valor 3, 37,50% das indicações e para Valor 2, 28,10%, o que salienta a relevância
desta especialização frente as demais opções.
Tabela 1: Distribuição das Opções da Questão 1 – Profissional
Opção Valor 1 Valor 2 Valor 3 Valor 4 Valor 5
A1 12 (37,50%) 6 (18,80%) 0 (0,00%) 4 (12,50%) 10 (31,30%)
B1 2 (6,30%) 6 (18,80%) 5 (15,60%) 8 (25,00%) 9 (28,10%)
C1 4 (12,50%) 9 (28,10%) 12 (37,50%) 5 (15,60%) 1 (3,10%)
D1 6 (18,80%) 6 (18,80%) 8 (25,00%) 9 (28,10%) 4 (12,50%)
E1 6 (18,80%) 5 (15,60%) 7 (21,90%) 5 (15,60%) 8 (25,00%)
F1 2 (6,30%) 0 (0,00%) 0 (0,00%) 1 (3,10%) 0 (0,00%)
Total 32 (100,00%)
32 (100,00%)
32 (100,00%)
32 (100,00%)
32 (100,00%)
Gráfico 1: Evolução das Opções da Questão 1 – Profissional
Em relação aos Conhecimentos Necessários (Questão 2) à atuação do
Personal Trainer (Tabela 2 e Gráfico 2), o posicionamento do grupo de profissionais
0
2
4
6
8
10
12
A1 B1 C1 D1 E1 F1
Fre
q.
Ab
solu
ta Valor 1
Valor 2
Valor 3
Valor 4
Valor 5
76
é bastante clara, a "Fisiologia do Exercício" detém prioridade máxima, seguida
respectivamente por "Treinamento Desportivo", "Biomecânica e/ou Cinesiologia",
"Biometria e Avaliação Física" e, por último, "Noções de Nutrição".
Tabela 2: Distribuição das Opções da Questão 2 – Profissional
Opção Valor 1 Valor 2 Valor 3 Valor 4 Valor 5
A2 3 (9,37%) 2 (6,30%) 6 (18,80%) 7 (21,90%) 12 (37,50%)
B2 1 (3,10%) 4 (12,50%) 10 (31,30%) 7 (21,90%) 1 (3,10%)
C2 2 (6,30%) 4 (12,50%) 8 (25,00%) 9 (28,10%) 4 (12,50%)
D2 5 (15,60%) 6 (18,80%) 2 (6,30%) 3 (9,37%) 5 (15,60%)
E2 4 (12,50%) 8 (25,00%) 2 (6,30%) 4 (12,50%) 5 (15,60%)
F2 6 (18,80%) 1 (3,10%) 1 (3,10%) 0 (0,00%) 0 (0,00%)
G2 2 (6,30%) 2 (6,30%) 0 (0,00%) 2 (6,30%) 1 (3,10%)
H2 5 (15,60%) 1 (3,10%) 1 (3,10%) 0 (0,00%) 1 (3,10%)
I2 2 (6,30%) 1 (3,10%) 2 (6,30%) 0 (0,00%) 2 (6,30%)
J2 1 (3,10%) 3 (9,37%) 0 (0,00%) 0 (0,00%) 1 (3,10%)
K2 1 (3,10%) 0 (0,00%) 0 (0,00%) 0 (0,00%) 0 (0,00%)
Total 32 (100,00%)
32 (100,00%)
32 (100,00%)
32 (100,00%)
32 (100,00%)
Gráfico 2: Evolução das Opções da Questão 2 – Profissional
0
2
4
6
8
10
12
A2 B2 C2 D2 E2 F2 G2 H2 I2 J2 K2
Fre
q.
Ab
solu
ta
Valor 1
Valor 2
Valor 3
Valor 4
Valor 5
77
A obtenção dos cinco Conhecimentos de Aplicação Direta (Questão 3) mais
importantes (Tabela 3 e Gráfico 3), segundo os profissionais, também não
apresentou qualquer nebulosidade, perfazendo a seguinte ordenação decrescente:
"Exercícios localizados com o uso da musculação" (59,38%), "Exercícios aeróbios"
(10,62%), "Exercícios de alongamento/flexibilidade" (53,12%), "Exercícios de
relaxamento" (31,30%), e "Exercícios localizados sem o uso da musculação"
(40,62%).
Tabela 3: Distribuição das Opções da Questão 3 – Profissional
Opção Valor 1 Valor 2 Valor 3 Valor 4 Valor 5
A3 2 (6,30%) 4 (12,50%) 2 (6,30%) 4 (12,50%) 19 (59,38%)
B3 4 (12,50%) 2 (6,30%) 6 (18,80%) 13 (40,62%) 7 (21,90%)
C3 1 (3,10%) 7 (21,90%) 17 (53,12%) 4 (12,50%) 1 (3,10%)
D3 10 (31,30%) 6 (18,80%) 3 (9,37%) 10 (31,30%) 4 (12,50%)
E3 10 (31,30%) 13 (40,62%) 3 (9,37%) 1 (3,10%) 0 (0,00%)
F3 5 (15,60%) 0 (0,00%) 1 (3,10%) 0 (0,00%) 1 (3,10%)
Total 32 (100,00%)
32 (100,00%)
32 (100,00%)
32 (100,00%)
32 (100,00%)
Gráfico 3: Evolução das Opções da Questão 3 – Profissional
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
A3 B3 C3 D3 E3 F3
Fre
q.
Ab
solu
ta Valor 1
Valor 2
Valor 3
Valor 4
Valor 5
78
Os Personal Trainers julgam que a "Titulação" seja a característica mais
importante (18,80%) a ser apresentada (Tabela 4 e Gráfico 4)(Questão 4). Em
seguida, para 31,30%, deles encontra-se o "Conhecimento técnico atualizado". A
prioridade mediana foi estabelecida para a "Assiduidade e pontualidade", com
18,80% das indicações. Com igual percentual consta o "Comportamento social e
profissional adequados sob o ponto de vista moral", com Valor 2, e, como de menor
importância, foram apontados, com 15,60% de ocorrências, a "Cultura geral" e
"Capacidade de comunicação com os alunos".
Vale ressaltar que o "Conhecimento técnico atualizado" recebeu 25,00% de
indicações para a máxima importância, logo podemos assegurar que esta é a
principal característica desejável no profissional de Personal Training.
Tabela 4: Distribuição das Opções da Questão 4 – Profissional
Opção Valor 1 Valor 2 Valor 3 Valor 4 Valor 5
A4 4 (12,50%) 1 (3,10%) 4 (12,50%) 4 (12,50%) 2 (6,30%)
B4 5 (15,60%) 3 (9,37%) 0 (0,00%) 1 (3,10%) 0 (0,00%)
C4 4 (12,50%) 3 (9,37%) 6 (18,80%) 1 (3,10%) 2 (6,30%)
D4 3 (9,37%) 4 (12,50%) 2 (6,30%) 10 (31,30%) 8 (25,00%)
E4 3 (9,37%) 4 (12,50%) 5 (15,60%) 5 (15,60%) 3 (9,37%)
F4 5 (15,60%) 3 (9,37%) 5 (15,60%) 2 (6,30%) 2 (6,30%)
G4 1 (3,10%) 4 (12,50%) 1 (3,10%) 3 (9,37%) 2 (6,30%)
H4 3 (9,37%) 1 (3,10%) 1 (3,10%) 4 (12,50%) 6 (18,80%)
I4 1 (3,10%) 3 (9,37%) 5 (15,60%) 1 (3,10%) 3 (9,37%)
J4 3 (9,37%) 6 (18,80%) 3 (9,37%) 1 (3,10%) 4 (12,50%)
Total 32 (100,00%)
32 (100,00%)
32 (100,00%)
32 (100,00%)
32 (100,00%)
79
Gráfico 4: Evolução das Opções da Questão 4 – Profissional
Para a classificação das prioridades do Trabalho de Personal Trainer
(Tabela 5 e Gráfico 5) (Questão 5), os profissionais indicaram que "Direcionar o
trabalho segundo um planejamento" (28,10%), "Ajustar o plano de acordo com as
variações ocorridas ao longo do seu desenvolvimento" (40,62%), "Trabalhar com
equipe multidisciplinar" (28,10%), "Usar instalações agradáveis e materiais
adequados" (37,50%), e "Adaptar os meios de informática ao trabalho" (28,10%) são
respectivamente as opções em ordem descrescente de priorização.
Com relação ao atendimento ao aluno (Tabela 6 e Gráfico 6) (Questão 6), a
relevância decrescente se estabelece por: "Trabalho permanente com estímulos de
motivação" (43,75%), "Atendimento individual durante as aulas" (21,90%), "Estipular
o número máximo de alunos por professor" (40,62%) e "Atendimento
supervisionado" (46,88%).
Salienta-se que, para a terceira posição, o "Atendimento supervisionado"
recebeu 28,10% das indicações, o estabelecimento de um número máximo de
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
A4 B4 C4 D4 E4 F4 G4 H4 I4 J4
Fre
q.
Ab
solu
ta
Valor 1
Valor 2
Valor 3
Valor 4
Valor 5
80
alunos e a motivação permanente receberam 25,00% de indicações cada uma, logo
pode-se concluir que todas as opções apresentadas aos profissionais poderiam
ocupar o Valor 3, havendo portanto novo empate técnico para essa posição.
Tabela 5: Distribuição das Opções da Questão 5 – Profissional
Opção Valor 1 Valor 2 Valor 3 Valor 4 Valor 5
A5 3 (9,37%) 2 (6,30%) 4 (12,50%) 6 (18,80%) 9 (28,10%)
B5 1 (3,10%) 4 (12,50%) 6 (18,80%) 13 (40,62%) 6 (18,80%)
C5 6 (18,80%) 2 (6,30%) 9 (28,10%) 4 (12,50%) 6 (18,80%)
D5 6 (18,80%) 4 (12,50%) 3 (9,37%) 3 (9,37%) 2 (6,30%)
E5 2 (6,30%) 12 (37,50%) 6 (18,80%) 2 (6,30%) 3 (9,37%)
F5 9 (28,10%) 3 (9,37%) 2 (6,30%) 1 (3,10%) 2 (6,30%)
G5 4 (12,50%) 5 (15,60%) 1 (3,10%) 3 (9,37%) 3 (9,37%)
H5 1 (3,10%) 0 (0,00%) 1 (3,10%) 0 (0,00%) 1 (3,10%)
Total 32 (100,00%)
32 (100,00%)
32 (100,00%)
32 (100,00%)
32 (100,00%)
Gráfico 5: Evolução das Opções da Questão 5 – Profissional
0
2
4
6
8
10
12
14
A5 B5 C5 D5 E5 F5 G5 H5
Fre
q.
Ab
solu
ta
Valor 1
Valor 2
Valor 3
Valor 4
Valor 5
81
Tabela 6: Distribuição das Opções da Questão 6 – Profissional
Opção Valor 1 Valor 2 Valor 3 Valor 4
A6 6 (18,80%) 6 (18,80%) 7 (21,90%) 10 (31,30%)
B6 4 (12,50%) 13 (40,62%) 8 (25,00%) 6 (18,80%)
C6 15 (46,88%) 6 (18,80%) 9 (28,10%) 1 (3,10%)
D6 6 (18,80%) 6 (18,80%) 8 (25,00%) 14 (43,75%)
E6 1 (3,10%) 1 (3,10%) 0 (0,00%) 1 (3,10%)
Total 32 (100,00%) 32 (100,00%) 32 (100,00%) 32 (100,00%)
Gráfico 6: Evolução das Opções da Questão 6 – Profissional
Segundo os profissionais, o resultado esperado de um programa de
Personal Training (Tabela 7 e Gráfico 7) (Questão 7), em ordem ascendente de
importância, consiste em promoção da educação para a saúde (21,90%), promoção
de bem estar físico e mental do aluno (15,60%), atendimento das necessidades
identificadas no aluno (25,00%), alcance dos objetivos de cada aluno (21,90%) e
melhoria da qualidade de vida (34,38%).
0
2
4
6
8
10
12
14
16
A6 B6 C6 D6 E6
Fre
q.
Abso
luta
Valor 1
Valor 2
Valor 3
Valor 4
82
Tabela 7: Distribuição das Opções da Questão 7 – Profissional
Opção Valor 1 Valor 2 Valor 3 Valor 4 Valor 5
A7 1 (3,10%) 3 (9,37%) 8 (25,00%) 7 (21,90%) 7 (21,90%)
B7 1 (3,10%) 5 (15,60%) 3 (9,37%) 6 (18,80%) 11 (34,38%)
C7 4 (12,50%) 1 (3,10%) 3 (9,37%) 7 (21,90%) 3 (9,37%)
D7 2 (6,30%) 1 (3,10%) 3 (9,37%) 3 (9,37%) 2 (6,30%)
E7 1 (3,10%) 2 (6,30%) 2 (6,30%) 1 (3,10%) 1 (3,10%)
F7 2 (6,30%) 4 (12,50%) 2 (6,30%) 2 (6,30%) 1 (3,10%)
G7 2 (6,30%) 0 (0,00%) 6 (18,80%) 2 (6,30%) 3 (9,37%)
H7 7 (21,90%) 6 (18,80%) 1 (3,10%) 1 (3,10%) 0 (0,00%)
I7 2 (6,30%) 1 (3,10%) 1 (3,10%) 1 (3,10%) 1 (3,10%)
J7 2 (6,30%) 2 (6,30%) 1 (3,10%) 0 (0,00%) 1 (3,10%)
K7 4 (12,50%) 5 (15,60%) 1 (3,10%) 2 (6,30%) 1 (3,10%)
L7 4 (12,50%) 2 (6,30%) 1 (3,10%) 0 (0,00%) 1 (3,10%)
Total 32 (100,00%)
32 (100,00%)
32 (100,00%)
32 (100,00%)
32 (100,00%)
Gráfico 7: Evolução das Opções da Questão 7 – Profissional
0
2
4
6
8
10
12
A7 B7 C7 D7 E7 F7 G7 H7 I7 J7 K7 L7
Fre
q. A
bso
luta
Valor 1
Valor 2
Valor 3
Valor 4
Valor 5
83
Levantamento das Informações Obtidas no Questionário “B”
Antes de discutir-se as expectativas dos usuários de programas de Personal
Training, faz-se necessário apresentarmos sucintamente o perfil dos alunos
estudados, particularmente no que concerne as seguintes variáveis: Sexo, Idade,
Formação Escolar e Profissão, pois estas encontram-se notória e intimamente
relacionadas com questões tais como capacidade de observação; análise crítica;
experiência e exigência de vida; e disponibilidade de tempo e necessidades.
Perfil dos Usuários de Personal Training
A amostra estudada é formada em sua maioria por mulheres (Tabela 1) e
indivíduos com pelo menos 25 anos (77,50%) (Tabela 2 e Gráfico 1). Salientamos,
que na amostra em questão temos 33 (82,50%) (Tabela 3) indivíduos com grau
superior concluído e/ou pós-graduação, o que a priori sugere uma predominância de
algumas profissões. Porém, observamos que tal fato não ocorre (Tabela 4) e que os
25,00% de executivos (Administradores, Empresários e Economista) encontrados
não configuram, por si só, significância estatística, pois o conjunto amostral é muito
heterogêneo para 40 questionários. Soma-se a isto o fato de que, além dos sete
indivíduos exclusivamente estudantes, temos outros sete (Tabela 5) que trabalham e
estudam, o que seguramente modifica a Tabela 4, principalmente quando há um
professor de Educação Física cursando Jornalismo e uma secretária, Fisioterapia.
84
Tabela 1: Distribuição de Sexo - Aluno
Sexo Freqüência Absoluta
Freqüência Relativa
Freqüência Relativa
Acumulada
Feminino 24 60,00 60,00
Masculino 16 40,00 100,00
Total 40 100,00
Tabela 2: Distribuição de Idades - Aluno
Idade Freqüência Absoluta
Freqüência Relativa
Freqüência Relativa
Acumulada
21 > 5 12,50 12,50
22 a 25 4 10,00 22,50
25 a 28 6 15,00 37,50
28 a 31 7 17,50 55,00
31 a 34 7 17,50 72,50
> 34 11 27,50 100,00
Total 40 100,00
Gráfico 1: Distribuição de Idades - Aluno
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
< 21 22 a 25 25 a 28 28 a 31 31 a 34 34 <
%
85
Tabela 3: Distribuição de Formação - Aluno
Formação
Freqüência Absoluta
Freqüência Relativa
Freqüência Relativa
Acumulada
Médio 7 17,50 17,50
Outros 3 7,50 25,00
Superior 30 75,00 100,00
Total 40 100,00
Tabela 4: Distribuição de Profissão – Aluno
Profissão Freqüência Absoluta
Freqüência Relativa
Freqüência Relativa
Acumulada
Estudante 7 17,50 17,50
Administrador 5 12,50 30,00
Advogado 2 5,00 35,00
Aeroviária 1 2,50 37,50
Agente de Turismo
1 2,50 40,00
Analista de Sistema
1 2,50 42,50
Arquiteto 2 5,00 47,50
Atleta 2 5,00 52,50
Atriz 1 2,50 55,00
Bailarina 1 2,50 57,50
Comerciante 1 2,50 60,00
Dona de casa 1 2,50 62,50
Economista 1 2,50 65,00
Empresário 4 10,00 75,00
Engenheiro 2 5,00 80,00
Funcionário Pública
1 2,50 82,50
Industriário 1 2,50 85,00
Médico 1 2,50 87,50
Militar 1 2,50 90,00
Produtor de Arte 1 2,50 92,50
Radialista 1 2,50 95,00
Secretária 1 2,50 97,50
Vendedora 1 2,50 100,00
Total 40 100,00
86
Tabela 5: Distribuição Estudante - Aluno
Estudante Freqüência Absoluta
Freqüência Relativa
Freqüência Relativa
Acumulada
Não 26 65,00 65,00
Sim 14 35,00 100,00
Total 40 100,00
Com base na Tabela 6 e Gráfico 2, podemos afirmar que, para os alunos, o
mais importante para a atuação do Personal Trainer no contexto acadêmico é a
“Graduação acrescida de especialização Lato Sensu em Personal Training” (52,5%),
em segundo lugar aparece a “Graduação acrescida de especialização Lato Sensu”
(40,0%), seguida de “Graduação acrescida de especialização em nível de Extensão”
(35%), “Graduação em Educação Física acrescida de Experiência” (25,0%) e, em
último, a “Graduação em Educação Física” (62,5%).
Merece destaque o fato de que a “Experiência” (veja gráfico 2) do
profissional não dispõe de convergência perante os usuários, pois para 11
pesquisados foi apontada em terceiro lugar e para 10, em segundo, o que
caracteriza um empate técnico. O interessante é que a “Graduação acrescida de
Experiência” não ficou na terceira posição por uma diferença de três pontos em
relação a Graduação acrescida de especialização ao nível de Extensão. Para o
Valor 2, a opção “Graduação em Educação Física acrescida de Experiência”
recebeu 10 indicações contra 13 dadas à “Graduação acrescida de especialização
Lato Sensu” e 12 para a “Graduação acrescida de especialização ao nível de
Extensão”, podendo-se considerar que, comparada à Graduação unicamente, a
experiência é mais importante, porém, no tocante à especialização, a experiência é
menos relevante.
87
Tabela 6: Distribuição das Opções da Questão 1 - Aluno
Opção Valor 1 Valor 2 Valor 3 Valor 4 Valor 5
A1 25 (62,5%) 3 (7,5 %) 1 (2,5%) 1 (2,5%) 10 (25,0%)
B1 0 (0,0%) 13 (32,5%) 9 (22,5%) 16 (40,0%) 3 (7,5%)
C1 8 (20,0%) 12 (30,0%) 14 (35,0%) 5 (12,5) 0 (0,0%)
D1 3 (7,5%) 2 (5,0%) 5 (12,5%) 10 (25,0%) 21 (52,5%)
E1 4 (10,0%) 10 (25,0%) 11 (27,5%) 8 (20,0%) 6 (15,0%)
Total 40 (100,0%) 40 (100,0%) 40 (100,0%) 40 (100,0%) 40 (100,0%)
Gráfico 2: Evolução das Opções da Questão 1 – Aluno
A1-“Graduação em Educação Física”
B1- “Graduação em Educação Física acrescida de Especialização Lato Sensu”
C1 “Graduação em Educação Física acrescida de Especialização em nível de
Extensão”
D1- “Graduação em Educação Física acrescida de Especialização Lato Sensu em
Personal Training”
E1-“Graduação em Educação Física acrescida de Experiência”
0
5
10
15
20
25
A1 B1 C1 D1 E1
Fre
q.
Abso
luta
Valor 1
Valor 2
Valor 3
Valor 4
Valor 5
88
Na Tabela 7 e Gráfico 3 nota-se que o “Conhecimento em campos
específicos da Biologia” é considerado a área de domínio mais importante com
37,5% de concordância entre os usuários, em segundo lugar surge a opção
“Conhecimento na área de avaliação física”, escolhida por 30% dos pesquisados.
Com 22,5%, “Treinamento esportivo” surge em terceiro e em quarto temos
“Conhecimento na área de Nutrição” (17,5%). Para o Valor 1, não há conclusão com
relação a opção apontada pelos usuários, talvez “Conhecimentos na área de
Educação Física” seja a detentora de maiores indícios.
Vale ressaltar que entre a maioria das opções existe uma indefinição muito
grande, com destaque para “Conhecimento na área de Nutrição” com seis (15,0%) e
sete (17,5%) indicações para Valor 2 e 3, respectivamente, e “Conhecimento na área
de Educação Física” com nove (22,5%), oito (20,0%) e oito (20,0%) indicações para
Valor 5, 3 e 1, respectivamente. Podemos afirmar que a opção “Conhecimento
moral-ético” dentre as escolhidas é aquela de menor relevância, pois somente
recebeu três indicações, sendo duas (5,0%) para Valor 1 e uma (2,5%) para Valor 4.
Em última análise temos para esta questão um volume significativo de empates
técnicos, o que sugere indefinição com relação as classificações para os valores 3, 2
e 1.
89
Tabela 7: Distribuição das Opções da Questão 2 - Aluno
Opção Valor 1 Valor 2 Valor 3 Valor 4 Valor 5
A2 3 (7,5%) 5 (12,5%) 6 (15,0%) 4 (10,0%) 15 (37,5%)
B2 6 (15,0%) 4 (10,0%) 4 (10,0%) 6 (15,0%) 2 (5,0%)
C2 1 (2,5%) 8 (20,0%) 4 (10,0%) 12 (30,0%) 9 (22,5%)
D2 5 (12,5%) 9 (22,5%) 9 (22,5%) 3 (7,5%) 2 (5,0%)
E2 3 (7,5%) 7 (17,5%) 6 (15,0%) 1 (2,5%) 0 (0,0%)
F2 5 (12,5%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 2 (5,0%) 0 (0,0%)
G2 8 (20,0%) 5 (12,5%) 8 (20,0%) 5 (12,5%) 9 (22,5%)
H2 2 (5,0%) 0 (0,0%) 3 (7,5%) 3 (7,5%) 1 (2,5%)
I2 2 (5,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 1 (2,5%) 0 (0,0%)
J2 5 (12,5%) 2 (5,0%) 0 (0,0%) 3 (7,5%) 2 (5,0%)
Total 40 (100,0%) 40 (100,0%) 40 (100,0%) 40 (100,0%) 40 (100,0%)
Gráfico 3: Evolução das Opções da Questão 2 – Aluno
Expectativas dos Usuários de Programas de Personal Training
A Tabela 8 e Gráfico 4 apresenta as pontuações obtidas pelas opções
referentes ao que o aluno espera do Personal Trainer (Pergunta 3), neles pode-se
observar que o “Conhecimento técnico atualizado” (45,5%) é, inquestionavelmente, a
0
2
4
6
8
10
12
14
16
A2 B2 C2 D2 E2 F2 G2 H2 I2 J2
Fre
q.
Abso
luta
Valor 1
Valor 2
Valor 3
Valor 4
Valor 5
90
maior expectativa dos usuários, seguida da “Experiência profissional” (27,5%). Nas
posições subseqüentes temos “Seriedade” (17,5%), “Atenção especial” (12,5%) e,
finalmente, “Que o estimule para um estilo de vida ativo” (15,0%).
As duas primeiras posições podem indicar, a priori, uma contradição com
aqueles obtidos na primeira questão, porém é conveniente salientarmos que a
atualização profissional é obtida em cursos de pós-graduação, o que torna os
resultados das duas questões convergentes, pois as opções que apresentaram
maior destaque na primeira questão foram àquelas referentes à especialização (pós-
graduação).
Diante disso, podemos concluir que o usuário de programas de Personal
Training espera que o profissional com quem trabalha seja atualizado, comprometido
com o seu trabalho e que demonstre interesse profissional pelo desempenho do
aluno, o que significa que a relevância deste trabalho não consiste somente na
atividade física, mas igualmente no relacionamento entre professor e aluno.
91
Tabela 8: Distribuição das Opções da Questão 3 - Aluno
Opção Valor 1 Valor 2 Valor 3 Valor 4 Valor 5
A3 0 (0,0%) 1 (2,5%) 0 (0,0%) 1 (2,5%) 2 (5,0%)
B3 4 (10,0%) 5 (12,5%) 4 (10,0%) 7 (17,5%) 2 (5,0%)
C3 2 (5,0%) 2 (5,0%) 3 (7,5%) 0 (0,0%) 0 (0,0%)
D3 2 (5,0%) 1 (2,5%) 1 (2,5%) 1 (2,5%) 2 (5,0%)
E3 2 (5,0%) 1 (2,5%) 1 (2,5%) 1 (2,5%) 0 (0,0%)
F3 5 (12,5%) 4 (10,0%) 5 (12,5%) 7 (17,5%) 5 (12,5%)
G3 3 (7,5%) 5 (12,5%) 7 (17,5%) 1 (2,5%) 1 (2,5%)
H3 3 (7,5%) 4 (10,0%) 2 (5,0%) 2 (5,0%) 1 (2,5%)
I3 2 (5,0%) 4 (10,0%) 5 (12,5%) 6 (15,0%) 18 (45,0%)
J3 0 (0,0%) 1 (2,5%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 1 (2,5%)
K3 6 (15,0%) 5 (12,5%) 7 (17,5%) 11 (27,5%) 5 (12,5%)
L3 6 (15,0%) 5 (12,5%) 2 (5,0%) 2 (5,0%) 2 (5,0%)
M3 3 (7,5%) 2 (5,0%) 0 (0,0%) 1 (2,5%) 0 (0,0%)
N3 1 (2,5%) 0 (0,0%) 2 (5,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%)
O3 1 (2,5%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%)
P3 0 (0,0%) 0 (0,0%) 1 (2,5%) 0 (0,0%) 1 (2,5%)
Total 40 (100,0%) 40 (100,0%) 40 (100,0%) 40 (100,0%) 40 (100,0%)
Gráfico 4: Evolução das Opções da Questão 3 – Aluno
As verdadeiras causas de ingresso dos usuários em programa de Personal
Training (Questão 4) (Tabela 9 e Gráfico 5) são “Estética” (45,0%), “Saúde” (30,0%),
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
A3 B3 C3 D3 E3 F3 G3 H3 I3 J3 K3 L3 M3 N3 O3 P3
Fre
q.
Abso
luta
Valor 1
Valor 2
Valor 3
Valor 4
Valor 5
92
“Qualidade de Vida” (30,0%), “Obter resultados rápidos” (15,0%) e “Bem estar”
(22,5%) para os valores 5, 4, 3, 2 e 1 respectivamente, em geral estas opções
apresentaram-se bem equilibradas em todos os valores, excetuando-se o
dominante, o que é um forte indício de que formam um conjunto bem definido de
aspectos motivacionais para a prática física em programas de Personal Training.
Tabela 9: Distribuição das Opções da Questão 4 - Aluno
Opção Valor 1 Valor 2 Valor 3 Valor 4 Valor 5
A4 0 (0,0%) 1 (2,5%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%)
B4 2 (5,0%) 4 (10,0%) 5 (12,5%) 6 (15,0%) 18 (45,0%)
C4 1 (2,5%) 0 (0,0%) 1 (2,5%) 1 (2,5%) 2 (5,0%)
D4 1 (2,5%) 2 (5,0%) 7 (17,5%) 0 (0,0%) 3 (7,5%)
E4 2 (5,0%) 6 (15,0%) 6 (15,0%) 12 (30,0%) 7 (17,5%)
F4 4 (10,0%) 6 (15,0%) 12 (30,0%) 8 (20,0%) 1 (2,5%)
G4 7 (17,5%) 2 (5,0%) 1 (2,5%) 1 (2,5%) 0 (0,0%)
I4 9 (22,5%) 6 (15,0%) 5 (12,5%) 3 (7,5%) 1 (2,5%)
J4 3 (7,5%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%)
K4 2 (5,0%) 1 (2,5%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%)
L4 2 (5,0%) 4 (10,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%)
O4 0 (0,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 3 (7,5%) 2 (5,0%)
P4 2 (5,0%) 2 (5,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 1 (2,5%)
R4 1 (2,5%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%)
S4 4 (10,0%) 6 (15,0%) 3 (7,5%) 6 (15,0%) 3 (7,5%)
T4 0 (0,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 1 (2,5%)
Total 40 (100,0%) 40 (100,0%) 40 (100,0%) 40 (100,0%) 40 (100,0%)
93
Gráfico 5: Evolução das Opções da Questão 4 – Aluno
Com o apoio da Tabela 10 e do Gráfico 6, temos que, uma vez pertencente
a um programa de Personal Training (Questão 5), os usuários esperam como
resultados mais relevantes do mesmo “Atingir seus objetivos” (32,5%) e “Conseguir
resultados estéticos” (20,0%). Para o Valor 3 não foi encontrada uma definição clara.
“Desenvolver um estilo de vida ativo” (25,0%) foi apontada como o quarto resultado
mais procurado pelos usuários. A posição de menor valor foi ocupada pela opção
“Promover bem estar físico e mental” (25,0%).
Com relação ao terceiro resultado mais importante, temos um equilíbrio
entre “Atender às suas necessidades” e “Melhorar sua qualidade de vida”, ambas
com cinco (12,5%) indicações. Esse quadro confuso nos leva a concluir que o
terceiro resultado mais almejado pelos usuários de programas de Personal Training
não tem definição. O exposto para a expectativa de resultado pós-ingresso no
Personal Training demonstra a necessidade dos profissionais estarem atentos às
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
A4 B4 C4 D4 E4 F4 G4 I4 J4 K4 L4 O4 P4 R4 S4 T4
Fre
q.
Abso
luta
Valor 1
Valor 2
Valor 3
Valor 4
Valor 5
94
particularidades de cada aluno, buscando favorecer o alcance dos objetivos
individuais.
Tabela 10: Distribuição das Opções da Questão 5 - Aluno
Opção Valor 1 Valor 2 Valor 3 Valor 4 Valor 5
A5 0 (0,0%) 4 (10,0%) 5 (12,5%) 3 (7,5%) 3 (7,5%)
B5 2 (5,0%) 2 (5,0%) 8 (20,0%) 6 (15,0%) 13 (32,5%)
C5 8 (20,0%) 3 (7,5%) 5 (12,5%) 4 (10,0%) 3 (7,5%)
D5 2 (5,0%) 3 (7,5%) 5 (12,5%) 8 (20,0%) 11 (27,5%)
E5 3 (7,5%) 5 (12,5%) 4 (10,0%) 4 (10,0%) 2 (5,0%)
F5 3 (7,5%) 10 (25,0%) 1 (2,5%) 0 (0,0%) 0 (0,0%)
G5 9 (22,5%) 5 (12,5%) 4 (10,0%) 5 (12,5%) 4 (10,0%)
H5 10 (25,0%) 8 (20,0%) 5 (12,5%) 4 (10,0%) 1 (2,5%)
I5 0 (0,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 1 (2,5%)
J5 3 (7,5%) 0 (0,0%) 3 (7,5%) 6 (15,0%) 2 (5,0%)
Total 40 (100,0%) 40 (100,0%) 40 (100,0%) 40 (100,0%) 40 (100,0%)
Gráfico 6: Evolução das Opções da Questão 5 – Aluno
0
2
4
6
8
10
12
14
A5 B5 C5 D5 E5 F5 G5 H5 I5 J5
Fre
q. A
bso
luta
Valor 1
Valor 2
Valor 3
Valor 4
Valor 5
95
Cruzamento de Dados segundo a Idade e Sexo dos Entrevistados
Quando analisamos a variação das respostas à Questão 1 segundo a Idade
dos entrevistados, temos que os indivíduos com pelo menos 25 anos, em geral,
apontam a “Graduação em Educação Física” como a opção de menor relevância no
tocante à formação acadêmica do profissional de Personal Training. Para a opção
merecedora do Valor 2, notamos que somente há convergência nas faixas etárias de
25 a 28, que escolheram a “Graduação acrescida de especialização em nível de
especialização” e 31 a 34, “Graduação acrescida de especialização Lato Sensu”.
Com relação ao Valor 3 não podemos afirmar que há convergência sobre qualquer
opção apresentada em nenhuma faixa etária. Porém, para o Valor 4, temos em
“Graduação acrescida de especialização Lato Sensu” o consenso relativo entre para
as pessoas entre 25 e 28 anos. Foi considerada a mais relevante para os
entrevistados nas faixas de 28 a 31 e > 34 anos, a opção de “Graduação acrescida
de especialização Lato Sensu em Personal Training”.
96
Tabela 11: Cruzamento entre Idade e Questão 1 - Aluno
Valor Opção Idade
21 > 22 a 25
25 a 28
28 a 31
31 a 34
> 34 Total
1 A1 1 2 5 5 5 7 25
C1 1 2 1 1 2 1 8
D1 1 2 3
E1 2 1 1 4
Total 5 4 6 7 7 11 40
2 A1 1 1 1 3
B1 2 2 1 1 5 2 13
C1 4 3 1 4 12
D1 1 1 2
E1 2 2 2 1 3 10
Total 5 4 6 7 7 11 40
3 A1 1 1
B1 1 1 1 3 3 9
C1 3 2 1 2 1 5 14
D1 1 3 1 5
E1 1 1 3 2 2 2 11
Total 5 4 6 7 7 11 40
4 A1 1 1
B1 2 1 4 2 2 5 16
C1 1 1 2 1 5
D1 1 2 1 2 2 2 10
E1 1 1 2 1 3 8
Total 5 4 6 7 7 11 40
5 A1 2 2 1 1 1 3 10
B1 1 1 1 3
D1 3 2 3 5 2 6 21
E1 2 3 1 6
Total 5 4 6 7 7 11 40
A relação entre faixa etária e conhecimentos considerados importantes à
atividade do Personal Trainer (Tabela 12) demonstra que para os indivíduos entre 31
e 34 anos, o mais relevante é o conhecimento de “Biomecânica e/ou Cinesiologia”.
Para o Valor 4, 54,5% dos indivíduos com mais de 34 anos escolheram
“Conhecimento na área de Educação Física”. Nesse mesmo grupo etário e também
97
com 54,5% surge a opção “Conhecimento em campos específicos da Biologia” como
a menos importante dentre o conjunto apresentado. Para este Valor 5, o grupo de
31 a 34 anos escolheu “Conhecimento na área de avaliação física” (57,14%). No
mais, não é possível ter-se qualquer conclusão entre conhecimentos considerados
importantes e faixa etária, o que volta a ocorrer no cruzamento do que o usuário
espera do Personal Trainer e Idade (Tabela 13), a exceção do Valor 3 apontado na
categoria até 21 anos, “Conhecimento técnico atualizado” com 60,0% das
indicações. Ressalta-se que esta opção é tida por 71,23% dos indivíduos entre 31 e
34 anos como a de maior expectativa.
A Tabela 14 demonstra que, para 50,0% das pessoas entre 25 e 28 anos, o
“Bem estar” é citado como a causa de menor importância para ingresso em
programa de Personal Training. Os indivíduos com idades no intervalo de 28 a 31
anos declararam que “Saúde” (57,14%) e “Qualidade de Vida” (71,42%) foram as
causas motivadoras de Valor 2 e 3, respectivamente, para o ingresso, sendo a
“Estética” a mais relevante para 57,14% dos representantes dessa faixa etária e
daqueles entre 31 e 34 anos de idade.
Enquanto participantes de um programa de Personal Training, os usuários
declaram esperarem com Valor 1 “Melhorar a saúde”, 66,67% dos indivíduos entre
25 e 28 anos; Valor 3, “Atingir seus objetivos” para 57,14 % na faixa etária de 31 a
34 anos; e “Atingir seus objetivos” com Valor 5 para 57,14% dos representantes do
grupo entre 28 e 31 anos.
98
Tabela 12: Cruzamento entre Idade e Questão 2 - Aluno
Valor Opção IDADE
21 > 22 a 25
25 a 28
28 a 31
31 a 34
> 34 Total
1 A2 1 2 3
B2 2 4 6
C2 1 1
D2 2 2 1 5
E2 1 2 3
F2 1 1 1 2 5
G2 2 1 3 2 8
H2 2 2
I2 1 1 2
J2 1 1 2 1 5
Total 5 4 6 7 7 11 40
2 A2 1 2 1 1 5
B2 1 1 2 4
C2 1 2 1 1 3 8
D2 1 1 2 1 4 9
E2 1 1 3 2 7
G2 1 1 1 1 1 5
J2 1 1 2
Total 5 4 6 7 7 11 40
3 A2 1 2 2 1 6
B2 1 3 4
C2 1 1 1 1 4
D2 1 1 1 1 2 3 9
E2 1 2 1 1 1 6
G2 1 1 2 1 3 8
H2 2 1 3
Total 5 4 6 7 7 11 40
4 A2 2 2 4
B2 1 2 1 2 6
C2 1 1 3 1 6 12
D2 1 1 1 3
E2 1 1
F2 1 1 2
G2 1 3 1 5
H2 1 1 1 3
I2 1 1
J2 1 2 3
Total 5 4 6 7 7 11 40
99
5 A2 2 2 2 2 1 6 15
B2 1 1 2
C2 2 2 4 1 9
D2 1 1 2
G2 2 1 2 2 2 9
H2 1 1
J2 1 1 2
Total 5 4 6 7 7 11 40
Tabela 13: Cruzamento entre Idade e Questão 3 - Aluno
Valor Opção IDADE
21 > 22 a 25
25 a 28
28 a 31
31 a 34
> 34 Total
1 B3 1 1 1 1 4
C3 1 1 2
D3 1 1 2
E3 1 1 2
F3 1 1 1 1 1 5
G3 1 2 3
H3 1 1 1 3
I3 1 1 2
K3 2 3 1 6
L3 1 2 2 1 6
M3 1 1 1 3
N3 1 1
O3 1 1
Total 5 4 6 7 7 11 40
2 A3 1 1
B3 2 1 2 5
C3 1 1 2
D3 1 1
E3 1 1
F3 1 1 2 4
G3 1 2 2 5
H3 1 1 1 1 4
I3 1 1 2 4
J3 1 1
K3 2 1 2 5
L3 1 1 1 2 5
M3 2 2
Total 5 4 6 7 7 11 40
100
3 B3 1 1 1 1 4
C3 1 1 1 3
D3 1 1
E3 1 1
F3 1 2 1 1 5
G3 1 2 2 2 7
H3 1 1 2
I3 3 1 1 5
K3 2 1 1 3 7
L3 1 1 2
N3 1 1 2
P3 1 1
Total 5 4 6 7 7 11 40
4 A3 1 1
B3 2 2 1 2 7
D3 1 1
E3 1 1
F3 1 1 3 2 7
G3 1 1
H3 1 1 2
I3 1 2 3 6
K3 2 1 3 5 11
L3 1 1 2
M3 1 1
Total 5 4 6 7 7 11 40
5 A3 1 1 2
B3 1 1 2
D3 1 1 2
F3 1 1 3 5
G3 1 1
H3 1 1
I3 2 3 3 5 5 18
J3 1 1
K3 1 1 1 1 1 5
L3 1 1 2
P3 1 1
Total 5 4 6 7 7 11 40
101
Tabela 14: Cruzamento entre Idade e Questão 4 – Aluno
Opção IDADE
21 > 22 a 25
25 a 28
28 a 31
31 a 34
> 34 Total
1 B4 1 1 2
C4 1 1
D4 1 1
E4 1 1 2
F4 1 1 2 4
G4 1 2 1 3 7
I4 1 3 1 2 2 9
J4 2 1 3
K4 2 2
L4 1 1 2
P4 1 1 2
R4 1 1
S4 1 1 1 1 4
Total 5 3 6 7 7 11 40
2 A4 1 1
B4 1 1 2 4
D4 1 1 2
E4 1 1 4 6
F4 3 1 1 1 6
G4 1 1 2
I4 2 1 1 2 6
K4 1 1
L4 2 1 1 4
P4 1 1 2
S4 1 1 1 2 6
Total 5 3 6 7 7 11 40
3 B4 1 2 1 1 5
C4 1 1
D4 1 2 4 7
E4 2 1 1 2 6
F4 1 1 5 2 3 12
G4 1 1
I4 1 2 1 5
S4 1 1 1 3
Total 5 3 6 7 7 11 40
102
4 B4 2 1 1 1 1 6
C4 1 1
E4 1 2 3 3 2 12
F4 3 2 3 8
G4 1 1
I4 1 2 3
O4 1 2 3
S4 1 1 1 1 2 6
Total 5 3 6 7 7 11 40
5 B4 2 1 1 4 4 5 18
C4 1 1 2
D4 2 1 3
E4 2 1 4 7
F4 1 1
I4 1 1
I5 1 1
O4 2 2
P4 1 1
S4 2 1 3
T4 1 1
Total 5 3 6 7 7 11 40
Tabela 15: Cruzamento entre Idade e Questão 5 – Aluno
Valor Opção IDADE
21 > 22 a 25
25 a 28
28 a 31
31 a 34
> 34 Total
1 B5 1 1 2
C5 1 1 2 2 2 8
D5 1 1 2
E5 1 1 1 3
F5 3 3
G5 1 1 4 2 1 9
H5 2 2 3 3 10
J5 1 1 1 3
Total 5 4 6 7 7 11 40
103
2 A5 1 2 1 4
B5 1 1 2
C5 1 1 1 3
D5 2 1 3
E5 2 1 1 1 5
F5 2 2 1 1 2 2 10
G5 1 1 3 5
H5 1 2 2 1 2 8
Total 5 4 6 7 7 11 40
3 A5 1 1 3 5
B5 1 3 4 8
C5 1 2 1 1 5
D5 1 1 1 2 5
E5 2 1 1 4
F5 1 1
G5 1 1 1 1 4
H5 1 1 3 5
J5 1 1 1 3
Total 5 4 6 7 7 11 40
4 A5 1 1 1 3
B5 2 1 3 6
C5 2 1 1 4
D5 1 1 1 2 2 1 8
E5 1 1 2 4
G5 1 1 1 1 1 5
H5 1 1 1 1 4
J5 1 1 1 1 2 6
Total 5 4 6 7 7 11 40
5 A5 1 1 1 3
B5 1 1 3 4 2 2 13
C5 1 1 1 3
D5 2 1 2 2 4 11
E5 1 1 2
G5 1 1 2 4
H5 1 1
I5 1 1
J5 1 1 2
Total 5 4 6 7 7 11 40
104
Pode-se afirmar que em geral as prioridades de homens e mulheres, no
tocante ao programa de Personal Training, não são distintas, apresentando alguns
aspectos de destaque. A formação acadêmica do profissional (Tabela 16) menos
prioritária é a "Graduação em Educação Física", para 50,0% dos homens e 70,83%
das mulheres. Para 50,0% do grupo masculino, a "Graduação acrescida de
Especialização Lato Sensu" é merecedora do Valor 4, sendo que o Lato Sensu em
Personal Training é a melhor adequação para 62,5% dos homens e 45,83% das
mulheres no que se refere à atuação do Personal Trainer.
Com relação aos conhecimentos considerados mais importantes ao
profissional (Tabela 17), não há evidência estatística significativa de alguma
prioridade, segundo a dicotomia sexual.
Quanto às expectativas em relação ao Personal Trainer (Tabela 18), para as
mulheres o "Conhecimento técnico atualizado" foi considerado como de máxima
relevância. Nota-se que a causa que leva homens (50,0%) e mulheres (41,67%) a
ingressarem em um programa de Personal Training (Tabela 19) é principalmente a
"Estética".
Finalmente, a expectativa relacionada aos resultados do programa (Tabela
20) é "Atingir seus objetivos" para 50,0% do grupo masculino e "Conseguir
resultados estéticos" para a maioria do feminino (37,5%). Observa-se que, não
necessariamente, isso reflete uma divergência absoluta, pois o alcance de objetivos
pode significar obter resultados estéticos.
105
Tabela 16: Cruzamento entre Sexo e Questão 1 – Aluno
Valor Opção Sexo
Feminino Masculino Total
1 A1 17 8 25
C1 6 2 8
D1 1 2 3
E1 4 4
Total 24 16 40
2 A1 3 3
B1 9 4 13
C1 8 4 12
D1 2 2
E1 5 5 10
Total 24 16 40
3 A1 1 1
B1 5 4 9
C1 7 7 14
D1 3 2 5
E1 8 3 11
Total 24 16 40
4 A1 1 1
B1 8 8 16
C1 3 2 5
D1 8 2 10
E1 5 3 8
Total 24 16 40
5 A1 6 4 10
B1 2 1 3
D1 11 10 21
E1 5 1 6
Total 24 16 40
106
Tabela 17: Cruzamento entre Sexo e Questão 2 – Aluno
Valor Opção Sexo
Feminino Masculino Total
1 A2 1 2 3
B2 3 3 6
C2 1 1
D2 5 5
E2 2 1 3
F2 3 2 5
G2 5 3 8
H2 1 1 2
I2 2 2
J2 2 3 5
Total 24 16 40
2 A2 4 1 5
B2 2 2 4
C2 7 1 8
D2 4 5 9
E2 3 4 7
G2 2 3 5
J2 2 2
Total 24 16 40
3 A2 5 1 6
B2 1 3 4
C2 3 1 4
D2 6 3 9
E2 5 1 6
G2 3 5 8
H2 1 2 3
Total 24 16 40
4 A2 3 1 4
B2 4 2 6
C2 5 7 12
D2 1 2 3
E2 1 1
F2 2 2
G2 4 1 5
H2 3 3
I2 1 1
J2 2 1 3
Total 24 16 40
107
5 A2 9 6 15
B2 1 1 2
C2 5 4 9
D2 1 1 2
G2 6 3 9
H2 1 1
J2 1 1 2
Total 24 16 40
Tabela 18: Cruzamento entre Sexo e Questão 3 – Aluno
Valor Opção Sexo
Feminino Masculino Total
1 B3 1 3 4
C3 1 1 2
D3 1 1 2
E3 1 1 2
F3 3 2 5
G3 3 3
H3 2 1 3
I3 1 1 2
K3 3 3 6
L3 4 2 6
M3 3 3
N3 1 1
O3 1 1
Total 24 16 40
2 A3 1 1
B3 4 1 5
C3 2 2
D3 1 1
E3 1 1
F3 2 2 4
G3 3 2 5
H3 2 2 4
I3 2 2 4
J3 1 1
K3 2 3 5
L3 3 2 5
M3 1 1 2
Total 24 16 40
108
3 B3 2 2 4
C3 2 1 3
D3 1 1
E3 1 1
F3 3 2 5
G3 2 5 7
H3 1 1 2
I3 4 1 5
K3 5 2 7
L3 1 1 2
N3 1 1 2
P3 1 1
Total 24 16 40
4 A3 1 1
B3 6 1 7
D3 1 1
E3 1 1
F3 2 5 7
G3 1 1
H3 2 2
I3 4 2 6
K3 8 3 11
L3 1 1 2
M3 1 1
Total 24 16 40
5 A3 2 2
B3 1 1 2
D3 2 2
F3 4 1 5
G3 1 1
H3 1 1
I3 12 6 18
J3 1 1
K3 2 3 5
L3 2 2
P3 1 1
Total 24 16 40
109
Tabela 19: Cruzamento entre Sexo e Questão 4 – Aluno
Valor Opção Sexo
Feminino Masculino Total
1 B4 1 1 2
C4 1 1
D4 1 1
E4 2 2
F4 3 1 4
G4 4 3 7
I4 3 6 9
J4 2 1 3
K4 2 2
L4 2 2
P4 2 2
R4 1 1
S4 3 1 4
Total 24 16 40
2 A4 1 1
B4 3 1 4
D4 1 1 2
E4 4 2 6
F4 3 3 6
G4 1 1 2
I4 4 2 6
K4 1 1
L4 3 1 4
P4 1 1 2
S4 3 3 6
Total 24 16 40
3 B4 3 2 5
C4 1 1
D4 4 3 7
E4 1 5 6
F4 9 3 12
G4 1 1
I4 4 1 5
S4 1 2 3
Total 24 16 40
110
4 B4 5 1 6
C4 1 1
E4 8 4 12
F4 1 7 8
G4 1 1
I4 2 1 3
O4 2 1 3
S4 5 1 6
Total 24 16 40
5 B4 10 8 18
C4 2 2
D4 2 1 3
E4 4 3 7
F4 1 1
I4 1 1
I5 1 1
O4 2 2
P4 1 1
S4 3 3
T4 1 1
Total 24 16 40
Tabela 20: Cruzamento entre Sexo e Questão 5 – Aluno
Valor Opção Sexo
Feminino Masculino Total
1 B5 2 2
C5 5 3 8
D5 2 2
E5 1 2 3
F5 1 2 3
G5 6 3 9
H5 6 4 10
J5 3 3
Total 24 16 40
111
2 A5 1 3 4
B5 2 2
C5 2 1 3
D5 1 2 3
E5 2 3 5
F5 8 2 10
G5 3 2 5
H5 5 3 8
Total 24 16 40
3 A5 3 2 5
B5 6 2 8
C5 4 1 5
D5 3 2 5
E5 2 2 4
F5 1 1
G5 2 2 4
H5 2 3 5
J5 1 2 3
Total 24 16 40
4 A5 2 1 3
B5 3 3 6
C5 1 3 4
D5 5 3 8
E5 2 2 4
G5 2 3 5
H5 4 4
J5 5 1 6
Total 24 16 40
5 A5 2 1 3
B5 5 8 13
C5 1 2 3
D5 9 2 11
E5 1 1 2
G5 4 4
H5 1 1
I5 1 1
J5 1 1 2
Total 24 16 40
112
Cruzamento de dados entre Entrevistados Estudantes e Não Estudantes
Conforme esperado, temos na Tabela 21 a "Graduação em Educação
Física" considerada por 65,38% dos não estudantes e 57,14% dos estudantes como
de menor importância para atuação do Personal Trainer. Por outro lado, a
"Graduação acrescida de especialização em nível de Extensão" foi apontada como
de relevância média (Valor 3) por 57,14% dos estudantes. Para 64,29% do grupo
estudantil a “Especialização Lato Sensu em Personal Training” é o mais prioritário,
tal opinião encontra ratificação em 46,15% dos profissionais.
O cruzamento entre a classificação de estudantes e a importância de
conhecimentos (Tabela 22) não demonstrou aspectos conclusivos. Fato análogo
ocorreu na expectativa em relação ao Personal Trainer (Tabela 23) e ao programa
que o usuário frequenta (Tabela 24). Porém, na declaração das verdadeiras causas
para ingresso em um programa de Personal Training (Tabela 25), metade dos
profissionais afirmaram que o principal motivo foi a de ordem estética.
Tabela 21: Cruzamento entre Estudante e Questão 1 – Aluno
Valor Opção Estudante
Não Sim Total
1 A1 17 8 25
C1 6 2 8
D1 1 2 3
E1 2 2 4
Total 26 14 40
2 A1 2 1 3
B1 8 5 13
C1 9 3 12
D1 2 2
E1 5 5 10
Total 26 14 40
113
3 A1 1 1
B1 7 2 9
C1 6 8 14
D1 5 5
E1 8 3 11
Total 26 14 40
4 A1 1 1
B1 10 6 16
C1 4 1 5
D1 6 4 10
E1 6 2 8
Total 26 14 40
5 A1 7 3 10
B1 2 1 3
D1 12 9 21
E1 5 1 6
Total 26 14 40
Tabela 22: Cruzamento entre Estudante e Questão 2 – Aluno
Valor Opção Estudante
Não Sim Total
1 A2 2 1 3
B2 6 6
C2 1 1
D2 4 1 5
E2 2 1 3
F2 2 3 5
G2 4 4 8
H2 1 1 2
I2 2 2
J2 3 2 5
Total 26 14 40
2 A2 3 2 5
B2 4 4
C2 6 2 8
D2 5 4 9
E2 4 3 7
G2 2 3 5
J2 2 2
Total 26 14 40
114
3 A2 5 1 6
B2 4 4
C2 1 3 4
D2 5 4 9
E2 6 6
G2 4 4 8
H2 1 2 3
Total 26 14 40
4 A2 2 2 4
B2 2 4 6
C2 10 2 12
D2 1 2 3
E2 1 1
F2 2 2
G2 4 1 5
H2 3 3
I2 1 1
J2 1 2 3
Total 26 14 40
5 A2 9 6 15
B2 2 2
C2 6 3 9
D2 1 1 2
G2 8 1 9
H2 1 1
J2 2 2
Total 26 14 40
115
Tabela 23: Cruzamento entre Estudante e Questão 3 – Aluno
Valor Opção Estudante
Não Sim Total
1 B3 3 1 4
C3 1 1 2
D3 2 2
E3 2 2
F3 2 3 5
G3 2 1 3
H3 2 1 3
I3 2 2
K3 3 3 6
L3 3 3 6
M3 2 1 3
N3 1 1
O3 1 1
Total 26 14 40
2 A3 1 1
B3 5 5
C3 1 1 2
D3 1 1
E3 1 1
F3 3 1 4
G3 2 3 5
H3 2 2 4
I3 3 1 4
J3 1 1
K3 2 3 5
L3 5 5
M3 2 2
Total 26 14 40
116
3 B3 4 4
C3 2 1 3
D3 1 1
E3 1 1
F3 2 3 5
G3 5 2 7
H3 1 1 2
I3 2 3 5
K3 7 7
L3 2 2
N3 2 2
P3 1 1
Total 26 14 40
4 A3 1 1
B3 3 4 7
D3 1 1
E3 1 1
F3 6 1 7
G3 1 1
H3 2 2
I3 6 6
K3 8 3 11
L3 1 1 2
M3 1 1
Total 26 14 40
5 A3 2 2
B3 2 2
D3 2 2
F3 4 1 5
G3 1 1
H3 1 1
I3 12 6 18
J3 1 1
K3 4 1 5
L3 1 1 2
P3 1 1
Total 26 14 40
117
Tabela 24: Cruzamento entre Estudante e Questão 5 – Aluno
Valor Opção Estudante
Não Sim Total
1 B5 2 2
C5 3 5 8
D5 2 2
E5 2 1 3
F5 3 3
G5 7 2 9
H5 8 2 10
J5 3 3
Total 26 14 40
2 A5 2 2 4
B5 1 1 2
C5 3 3
D5 3 3
E5 3 2 5
F5 7 3 10
G5 3 2 5
H5 4 4 8
Total 26 14 40
3 A5 4 1 5
B5 6 2 8
C5 3 2 5
D5 3 2 5
E5 3 1 4
F5 1 1
G5 2 2 4
H5 3 2 5
J5 2 1 3
Total 26 14 40
4 A5 2 1 3
B5 3 3 6
C5 4 4
D5 5 3 8
E5 2 2 4
G5 3 2 5
H5 3 1 4
J5 4 2 6
Total 26 14 40
118
5 A5 1 2 3
B5 9 4 13
C5 2 1 3
D5 8 3 11
E5 1 1 2
G5 3 1 4
H5 1 1
I5 1 1
J5 1 1 2
Total 26 14 40
Tabela 25: Cruzamento entre Estudante e Questão 4 – Aluno
Valor Opção Estudante
Não Sim Total
1 B4 2 2
C4 1 1
D4 1 1
E4 2 2
F4 2 2 4
G4 6 1 7
I4 6 3 9
J4 3 3
K4 2 2
L4 2 2
P4 2 2
R4 1 1
S4 3 1 4
Total 26 14 40
2 A4 1 1
B4 4 4
D4 1 1 2
E4 3 3 6
F4 3 3 6
G4 2 2
I4 3 3 6
K4 1 1
L4 4 4
P4 1 1 2
S4 3 3 6
Total 26 14 40
3 B4 4 1 5
119
C4 1 1
D4 4 3 7
E4 3 3 6
F4 10 2 12
G4 1 1
I4 2 3 5
S4 2 1 3
Total 26 14 40
4 B4 2 4 6
C4 1 1
E4 11 1 12
F4 4 4 8
G4 1 1
I4 2 1 3
O4 2 1 3
S4 5 1 6
Total 26 14 40
5 B4 13 5 18
C4 1 1 2
D4 1 2 3
E4 4 3 7
F4 1 1
I4 1 1
I5 1 1
O4 1 1 2
P4 1 1
S4 3 3
T4 1 1
Total 26 14 40
120
Cruzamento de dados segundo o Grau de Escolaridade
Inicialmente, faz-se necessário salientar que a categoria de Formação
"Outros" será desconsidera para feito de análise por conter apenas três indivíduos, o
que dota qualquer possível análise de tendenciosidade. Assim, nota-se que 66,67%
das pessoas. com grau de escolaridade superior, demonstraram prioridade mínima
para a “Graduação em Educação Física” e 71,43% dos detentores de escolaridade
média têm a especialização em nível de Extensão como de importância mediana à
atuação do Personal Trainer. Entre os distintos grupos de escolaridades existe
convergência ao apontarem a “Especialização Lato Sensu em Personal Training”
como a prioridade máxima, 57,14% das indicações do grupo médio e 50,0% do
superior (Tabela 26).
Na questão 3 "O que espera do Personal Trainer ?" (Tabela 27), destaca-se
o fato de que 71,43% dos portadores de escolaridade média terem a opção
"Conhecimento técnico atualizado" como a mais importante, o que não ocorreu na
mesma proporção com a categoria superior, onde somente 36,67% dos
entrevistados refletiram esta preocupação.
Tal qual ilustrado na Tabela 25, 50,0% dos entrevistados que detêm nível
superior encontraram na estética o suporte motivacional para iniciarem o programa
de Personal Training (Tabela 28). Com relação aos conhecimentos mais importantes
ao Personal Trainer (Tabela 29) e às verdadeiras causas para ingresso em um
programa de Personal Training (Tabela 30), as respectivas distribuições de
freqüências não permitem uma conclusão robusta.
121
Tabela 26: Cruzamento entre Formação e Questão 1 – Aluno
Valor Opção Formação
Médio Outros Superior Total
1 A1 3 2 20 25
C1 2 1 5 8
D1 1 2 3
E1 1 3 4
Total 7 3 30 40
2 A1 3 3
B1 4 9 13
C1 1 11 12
D1 1 1 2
E1 3 1 6 10
Total 7 3 30 40
3 A1 1 1
B1 1 8 9
C1 5 1 8 14
D1 5 5
E1 2 1 8 11
Total 7 3 30 40
4 A1 1 1
B1 3 2 11 16
C1 5 5
D1 3 7 10
E1 1 7 8
Total 7 3 30 40
5 A1 3 1 6 10
B1 3 3
D1 4 2 15 21
E1 6 6
Total 7 3 30 40
122
Tabela 27: Cruzamento entre Formação e Questão 3 – Aluno
Valor Opção Formação
Médio Outros Superior Total
1 B3 1 3 4
C3 1 1 2
D3 1 1 2
E3 2 2
F3 1 4 5
G3 1 1 1 3
H3 3 3
I3 2 2
K3 3 3 6
L3 1 5 6
M3 3 3
N3 1 1
O3 1 1
Total 7 3 30 40
2 A3 1 1
B3 1 4 5
C3 1 1 2
D3 1 1
E3 1 1
F3 1 3 4
G3 5 5
H3 2 2 4
I3 4 4
J3 1 1
K3 1 4 5
L3 3 2 5
M3 2 2
Total 7 3 30 40
123
3 B3 1 3 4
C3 2 1 3
D3 1 1
E3 1 1
F3 1 1 3 5
G3 7 7
H3 2 2
I3 1 4 5
K3 1 6 7
L3 1 1 2
N3 1 1 2
P3 1 1
Total 7 3 30 40
4 A3 1 1
B3 2 5 7
D3 1 1
E3 1 1
F3 2 5 7
G3 1 1
H3 1 1 2
I3 1 5 6
K3 3 8 11
L3 1 1 2
M3 1 1
Total 7 3 30 40
5 A3 2 2
B3 2 2
D3 1 1 2
F3 1 1 3 5
G3 1 1
H3 1 1
I3 5 2 11 18
J3 1 1
K3 5 5
L3 2 2
P3 1 1
Total 7 3 30 40
124
Tabela 28: Cruzamento entre Formação e Questão 5 – Aluno
Valor Opção Formação
Médio Outros Superior Total
1 B5 2 2
C5 2 2 4 8
D5 2 2
E5 3 3
F5 3 3
G5 2 7 9
H5 1 1 8 10
J5 3 3
Total 7 3 30 40
2 A5 4 4
B5 2 2
C5 3 3
D5 1 2 3
E5 2 1 2 5
F5 1 9 10
G5 2 3 5
H5 1 2 5 8
Total 7 3 30 40
3 A5 1 4 5
B5 2 6 8
C5 1 1 3 5
D5 1 4 5
E5 1 3 4
F5 1 1
G5 1 1 2 4
H5 5 5
J5 1 2 3
Total 7 3 30 40
4 A5 1 1 1 3
B5 1 1 4 6
C5 4 4
D5 2 6 8
E5 1 1 2 4
G5 1 4 5
H5 1 3 4
J5 6 6
Total 7 3 30 40
125
5 A5 3 3
B5 2 2 9 13
C5 1 2 3
D5 2 9 11
E5 2 2
G5 1 1 2 4
H5 1 1
I5 1 1
J5 2 2
Total 7 3 30 40
Tabela 29: Cruzamento entre Formação e Questão 2 – Aluno
Valor Opção Formação
Médio Outros Superior Total
1 A2 3 3
B2 3 3 6
C2 1 1
D2 5 5
E2 1 2 3
F2 1 4 5
G2 1 1 6 8
H2 1 1 2
I2 2 2
J2 1 4 5
Total 7 3 30 40
2 A2 2 3 5
B2 4 4
C2 1 7 8
D2 1 8 9
E2 1 1 5 7
G2 2 3 5
J2 1 1 2
Total 7 3 30 40
126
3 A2 1 5 6
B2 4 4
C2 1 3 4
D2 2 1 6 9
E2 6 6
G2 1 1 6 8
H2 3 3
Total 7 3 30 40
4 A2 4 4
B2 1 5 6
C2 3 1 8 12
D2 1 2 3
E2 1 1
F2 2 2
G2 1 4 5
H2 3 3
I2 1 1
J2 1 1 1 3
Total 7 3 30 40
5 A2 3 1 11 15
B2 1 1 2
C2 1 1 7 9
D2 1 1 2
G2 1 1 7 9
H2 1 1
J2 2 2
Total 7 3 30 40
127
Tabela 30: Cruzamento entre Formação e Questão 4 – Aluno
Valor Opção Formação
Médio Outros Superior Total
1 B4 2 2
C4 1 1
D4 1 1
E4 2 2
F4 1 3 4
G4 1 1 5 7
I4 1 1 7 9
J4 2 1 3
K4 1 1 2
L4 2 2
P4 2 2
R4 1 1
S4 1 3 4
Total 7 3 30 40
2 A4 1 1
B4 4 4
D4 1 1 2
E4 1 5 6
F4 1 1 4 6
G4 1 1 2
I4 2 1 3 6
K4 1 1
L4 1 3 4
P4 1 1 2
S4 6 6
Total 7 3 30 40
3 B4 2 1 2 5
C4 1 1
D4 1 6 7
E4 6 6
F4 2 2 8 12
G4 1 1
I4 1 4 5
S4 1 2 3
Total 7 3 30 40
128
4 B4 1 5 6
C4 1 1
E4 3 9 12
F4 2 6 8
G4 1 1
I4 1 2 3
O4 3 3
S4 1 5 6
Total 7 3 30 40
5 B4 3 15 18
C4 1 1 2
D4 1 2 3
E4 3 1 3 7
F4 1 1
I4 1 1
I5 1 1
O4 1 1 2
P4 1 1
S4 3 3
T4 1 1
Total 7 3 30 40
129
CAPÍTULO V
Conclusões e Recomendações
De acordo com os resultados obtidos no estudo, as principais
características pessoais que o Personal Trainer deve possuir, segundo
as amostras investigadas , são: t itulação, conhecimento técnico
atualizado, experiência prof issional, assiduidade e pontualidade,
comportamento social e prof issional sob o ponto de vista moral,
seriedade, cultura geral, atenção especial, capacidade de comunicação
com os alunos, além de ser capaz de estimular seus alunos para um
esti lo de vida ativo.
Em relação à formação técnica para o desempenho da atividade
do Personal Trainer foi apontado que a Graduação em Educação Física
acrescida de Pós-Graduação em nível de Especial ização e a
Graduação em Educação Física acrescida de Pós-Graduação em nível
de Especialização em Personal Training são fundamentais aos
prof issionais que desejam atuar como Personal Trainers . Da amostra
130
dos usuários, a Graduação em Educação Física acrescida de Pós -
Graduação em nível de Especial ização em Personal Training foi a
opção selecionada como a mais adequada para a formação técnica
necessária ao Personal Trainer .
Vale salientar que a Graduação em Educação Física acrescida de
Experiência também ocupou lugar de destaque nos resultados, assim
como o fato de serem os prof issionais entrevistados, em sua maioria
(63,50%), formados há, no mínimo, cinco anos e, 62,50% deles estarem
com mais de 31 anos. Isso pode ser um indício de que o grupo de
Personal Trainers entrevistados possui signif icat iva experiência na área
de atuação.
Além disso, 34,40% dos entrevistados são detentores de titulação
Lato Sensu . Isso é um indicativo de que, entre os prof issionais desta
área de atuação, há alguma preocupação com o conhecimento técnico.
Apesar de 43,80% não possuírem formação específ ica em Personal
Training, cerca de 53,10% deles atuam na área há pelos menos um
ano, o que ratif ica o indício de que a maioria dos Personal Trainers são
prof issionais experientes.
Diante do exposto, o estudo sugere que para atuar como Personal
Trainer, segundo a percepção dos prof issionais entrevistados, o
prof issional deve ter graduação em Educação Física acrescida de Pós -
Graduação em nível de Especialização. Por outro lado, não f icou clara
a definição quanto ao tipo de especial ização a ser requerid a (Pós-
Graduação em nível de Especialização em Personal Training ou em
131
outra área da Educação Física). Entretanto, para os usuários do
Personal Training a graduação acrescida de Pós-Graduação em nível
de Especialização em Personal Training é indispensável.
Da mesma forma, o estudo assinala outro ponto relevante, qual
seja o fato de que o prof issional para atuar como Personal Trainer deve
ter experiência prof issional. De acordo com a amostra de prof issionais
e usuários entrevistados com suas respectivas respostas, o estudo
sugere que o Personal Trainer deve ter um mínimo de experiência
prof issional e de preferência, comprovada, pois conforme demostrou o
estudo, a amostra composta de prof issionais, em sua maioria (63,50%),
possui mais de 5 anos de formação, estando alguns atuando nesta área
há apenas 1 ano. Dessa forma, f icou explícito que há uma tendência de
absorção, no mercado do Personal Training , de prof issionais com
experiência. Ficou indicado, ainda, que está havendo uma seleção
natural para o preenchimento de espaços prof issionais nesta
especialidade.
Quantos aos conhecimentos técnicos necessários que o Personal
Trainer deve possuir, por consenso entre os Personal Trainers e
usuários de Personal Training, a Fisiologia do Exercício, o Treinamento
Desport ivo e Conhecimentos na área de Avaliação Física, foram
assinaladas como prioritários. Todavia, os usuários também
valorizaram conhecimentos na área de nutrição como ponto importante,
enquanto que os Personal Trainers julgaram a necessidade em
conhecimentos da Biomecânica. Isso talvez possa ser explicado pelo
132
fato de que a maioria dos Personal Trainers trabalharem em parceria
com nutricionistas, sem prescrever indicações quanto à alimentação
dos alunos.
Merece destaque em relação aos Conhecimentos de Aplicaç ão
Direta na área da Educação Física, a preferência dos Exercícios
localizados com o uso da musculação por mais da metade dos
prof issionais entrevistados (59,38%), f icando evidenciados a seguir, a
necessidade de Exercícios aeróbios, Exercícios de
alongamento/f lexibi l idade e Exercícios de relaxamento. Esses
resultados confirmam a revisão de literatura a respeito, no
desenvolvimento da pesquisa, sobre a necessidade dos prof issionais
que atuam como Personal Trainers possuírem alguns conhecimentos
específ icos .
Dentre as prioridades do Trabalho de Personal Trainer , os
prof issionais preconizam que este deve ser direcionado segundo um
planejamento pré-estabelecido, ajustando-se o plano de acordo com as
variações ocorridas ao longo do seu desenvolvimento, além da
participação de equipe mult idiscipl inar. Também há consenso, no
trabalho do Personal Trainer, sobre a uti l ização de instalações
agradáveis e materiais adequados, assim como a adaptação aos meios
de informática como forma de otimizar grande parte das tarefas a
serem realizadas.
Com relação à forma de atendimento do Personal Trainer , mostra-
se preponderante, na pesquisa, a necessidade de se estabelecer um
133
trabalho permanente com estímulos de motivação e a determinação de
um número máximo de alunos por professor.
O estudo apresenta como as verdadeiras causas de ingresso dos
usuários em programa de Personal Training, em ordem descendente:
Estética, Saúde, Qualidade de Vida, Obter resultados rápidos e Bem
estar. Estes valores indicam que a “Estética” vem a ser o motivo maior
pelo qual o usuário de Personal Trainer mais contrata este tipo de
serviço, embora as opções tenham se apresentado bem equilibradas
em todos os valores, excetuando-se o dominante, o que é um forte
indício de que formam um conjunto bem definido de aspectos
motivacionais para a prática em programas de Personal Training.
Por sua vez, os prof issionais entrevistados ressaltam que o
resultado esperado de um programa de Personal Training, em ordem
ascendente de importância, consiste em Promoção da educação para a
saúde, Promoção de bem estar f ísico e mental do aluno, Atendimento
das necessidades identif icadas no aluno, Alcance dos objet ivos de
cada aluno e Melhoria da qualidade de vida. Neste part icular, o estudo
aponta divergências entre as colocações apresentadas pelos Personal
Trainer e usuários.
De acordo com os usuários, o ingresso num p rograma de
Personal Training é, em grande parte, motivado por fatores estét icos
como anteriormente mencionado, não coincidindo com a opinião dos
prof issionais entrevistados, levando-os a não concentrar o seu trabalho
nos reais motivos de ingresso dos usuár ios. Isso não signif ica que os
134
resultados esperados do programa de Personal Training , citados pelos
prof issionais, não estejam de acordo com os preceitos da Educação
Física expressos no Manifesto FIEP/2000.
Pela investigação, constatou-se que não há harmonia de
percepções entre os Personal Trainers e usuários de Personal Training
quanto aos motivos de ingresso nos programas. Desse modo, o estudo
previne quanto à necessidade de uma compatibil ização de objetivos e
expectativas entre usuários e Personal Trainers.
As conseqüências do descompasso apontado chega aos autores
de livros, de acordo com a literatura levantada, o que reforça a
necessidade de uma rediscussão do assunto entre os prof issionais.
Esse conflito se aprofunda quando o estudo aponta que os
usuários, uma vez integrados no programa de Personal Training ,
esperam como resultado “Atingir seus objetivos” (32,5%) e em ordem
de importância, “Conseguir resultados estéticos” (20,0%), “Atender às
suas necessidades”, e “Melhorar sua qualidade de vida”. Esta
preferência pela estética, tendo como base o que foi descrito na
literatura revisada, pode ser um ref lexo das aspirações da sociedade
de romper possíveis condições de imoralidade social, t ipos de carência
éticas e morais circunstanciais que tem levado as pessoas,
inconscientemente, a sentirem o desejo de reconstruir ou renovar
valores ético-morais
Essa insatisfação com a sua condição estética permite que o
homem recorra à própria estét ica em busca de uma perfeição
135
relacionada com o lado bom do seu ser, na sua essência mais pura.
Nessa l inha de pensamento, a valorização da beleza corporal não pode
ser mais considerada, simplesmente, como apenas a expressão da
vaidade humana, mas como um meio inconsciente do despertar da
consciência, do amadurecimento, ou se ja, um meio para a construção
ou reconstrução de valores ét ico-morais. Isso signif ica que surge uma
revolução estét ica, uma revolução no sentido de que as pessoas não
aceitam mais compromisso com o racionalismo, mas buscam realizar -se
segundo a sua própria emoção e natureza. Assim, a busca da beleza,
fenômeno tão presente na vida das pessoas, torna -se um meio pelo
qual os prof issionais de Educação Física podem apoiar -se, de maneira
a ajudar as pessoas a conseguirem a realização plena. Dessa forma,
negligenciar o fator estét ico na elaboração de um programa de
Personal Training signif ica dif icultar o desenvolvimento pessoal,
principalmente onde a estét ica está explicitada nos desejos
relacionados pelo usuário como objet ivo principal.
Assim, conclui-se que os prof issionais devem, inicialmente,
planejar programas adequados e sintonizados com os interesses e
expectativas dos usuários, para depois de uma integração afetiva entre
professor-aluno, possam, gradualmente, introduzir os objetivos e
expectativas de suas convicções pessoais.
Sem dúvida, a diferenciação de um trabalho pert inente do
Personal Trainer pode estar, justamente, na aproximação professor -
136
aluno, proporcionado uma relação menos impessoal e mais afetiva na
prática da atividade física.
A expectat iva de resultado pós-ingresso no programa de Personal
Training demonstra a necessidade dos prof issionais estarem atentos às
particularidades de cada aluno, buscando favorecer o alcance dos
objetivos individuais. A rapidez nos resultados é outra expectativa dos
usuários que os levam a ingressar em programas de Personal Training .
Complementando, o usuário de programas de Personal Training
espera que o prof issional com quem trabalha esteja atualizado,
comprometido com o seu trabalho e que demonstre interesse
prof issional pelo seu desempenho, corroborando a idéia de que a
relevância desse trabalho não consiste somente na at ividade física,
mas também, no relacionamento entre professor e aluno.
Segundo a análise dos resultados, pode-se af irmar que para o
usuário de programas de Personal Training existem sutis diferenças
entre os grupos de escolaridades e faixa etária distintas. No tocante
aos grupos de homens e mulheres, as divergências encontradas não
configuram por si só aspectos signif icat ivos, havendo portanto
necessidade do Personal Trainer manter-se atento à cada realidade
encontrada.
No desenvolvimento da pesquisa, foi ainda possível constatar que
a individualidade biológica e as part icularidades de cada modalidade de
esporte, mesmo nos esportes coletivos, remetem à necessidade de um
treinamento personalizado.
137
Quando o estudo se referenciou no Manifesto Mundial da
Educação Física FIEP/2000, permit iu a possibi l idade de que as
atividades físicas dos programas de Personal Training , se ministradas
com intenções educativas, possam ser caracterizadas como estratégias
de Educação Física, onde o desenvolvimento, nos usuários, de hábitos
motores, atitudes e conhecimentos os conduzam, nesse processo
educativo, a um estilo de vida at ivo.
O Personal Trainer apoiado no princípio da tomada de
consciência pela vivência educativa, pode promover mudanças
benéficas às pessoas, como o hábito salutar da prát ica diária de
exercícios f ísicos, a minimização do lazer passivo, o incentivo a um
esti lo de vida ativo, enfim, a transformação nas pessoas da condição
de usuários para beneficiários, promovendo a atividade física como o
caminho para o desenvolvimento de valores, o incentivo à participação
social responsável, a cidadania, a formação integral e a realização
plena. Nessa perspectiva, o Personal Training como um meio de
Educação Permanente, poderá constituir -se numa das mais completas
formas de elaboração de programas de atividade física.
Finalmente, conclui-se que num período reconhecido como a Era
da Personalização, o Personal Training , se for desenvolvido numa
relação Personal Trainer-aluno harmoniosa, poderá contribuir para que
os seus usuários tenham um crescimento de possibil idades para uma
qualidade de vida desejável, mesmo numa sociedade complexa como a
atual.
138
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http://www.personaltraining.com.br. Acesso em: 19 nov. 1998. RODRIGUES, C.E.C. Personal Training. Rio de Janeiro: Sprint, 1996. RODRIGUES, C.E.C., CONTURSI, E.B. Manual do Personal Trainer. Rio de Janeiro: Sprint, 1998.
145
ROHDEN, H. Filosofia da Arte: A Metafísica da Verdade na Estética da Beleza. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1966. SABA, F. Você é Fitness ou Wellness? Cultural Fit Magazine. n.5, p.6, abr. maio jun. 1998. SANTIN, S. Educação Física: Da Alegria do Lúdico à Opressão do Rendimento, Porto Alegre: Edições EST/ESEF-UFRGS, 1996. SELL, I. Ergonomia e qualidade de vida no trabalho. In: VIII Seminário Sul Brasileiro da Associação Nacional de Medicina do Trabalho. Apostila. Florianópolis, abr. 1994. SHEPHARD, R. J. Custos y beneficios de una sociedad deportiva activa v/s una sociedad sedentaria. In 3º Simposio Internacional de Actualización en Ciencias Aplicadas al Desporte. Maio 1994, Rosário, p.127-135. SILVA, A. E.R. Personal Training: material prático de uso diário. São Paulo: (s.n), 1995. SILVA, E.V. Comunicação Pessoal. Disciplina Pedagogia do Esporte do Mestrado em Educação Física e Desporte da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ, Rio de Janeiro, 2000. TOLFO, S. R. A qualidade de vida no trabalho - caso da CELESC. In: Semana da Pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina. Painel n. 245, 1995. TUBINO, M.G. Metodologia Científica do treinamento desportivo. São Paulo: Ibrasa, 1979. ___________. As dimensões sociais do esporte. Coleção Polêmicas do Nosso Tempo. São Paulo: Cortez: Autores Associados, 1992. ___________. O Esporte no Brasil, do período colonial aos nossos dias. São Paulo: Ibasa, 1996 ___________. A qualidade de vida e a sua complexidade. Mestrado em Ciência da Motricidade Humana da Universidade Castelo Branco - UCB, Rio de Janeiro, 2000. VARGAS, A . L. Desporto: Fenômeno Social, Rio de Janeiro: Sprint, 1995. VIEIRA DE MELLO, M. Desenvolvimento e Cultura. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980. WEINER, J. S. Proposals for international research. Human Adaptability Project. Document 5. London, UK Anthropological Institute, 1964. WERNECK, Vera Rudge. O Eu Educado: Uma Teoria da Educação Fundamentada na Fonomenologia. Rio de Janeiro: Rui Fundo, 1991.
146
ANEXO I
QUESTIONÁRIO “A”
QUESTIONÁRIO-PILOTO PARA PESQUISA SOBRE
PERSONAL TRAINERS INSTRUÇÕES:
Questionário para ser respondidos por PERSONAL TRAINERS.
Responda atentamente todas as questões.
Definição de termos: Personal Training é a área da Educação Física que o profissional atua e Personal Trainer é o profissional que trabalha com Personal Training. 1º PARTE: Informações pessoais dos entrevistados (marque um X dentro dos parênteses) a) SEXO: ( F ) ( M ) b) IDADE: ( ) 21 ou menos ( ) 22 a 25 ( ) 25 a 28 ( ) 28 a 31 ( ) 31 a 34 ( ) mais de 34 c) FORMAÇÃO: Graduação em Educação Física ( ) Graduação em outro curso ( ) Especifique:________________________________________________ Outros ( ) Especifique:_______________________________________________ d) Em que instituição concluiu a Graduação? ( ) Universidade Castelo Branco – UCB ( ) Universidade Gama Filho – UGF ( ) Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UFRJ
147
( ) Universidade Estadual do Rio de Janeiro – UERJ ( ) Universidade Estácio de Sá – UNESA ( ) Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ ( ) Outras. Especifique:_____________________________________ e) Há quanto tempo concluiu a Graduação? ( ) menos de 1 ano ( ) menos de 5 anos ( ) mais de 5 anos ( ) mais de 10 anos ( ) mais de 20 anos f) PÓS-GRADUAÇÃO ( ) Não cursou. ( ) Pós-Graduação Lato Sensu ( ) Mestrado ( ) Doutorado ( ) Pós-Doutorado ( ) Livre Docência ( ) de Atualização ( ) de Extensão ( ) de Aperfeiçoamento g) Em que instituição concluiu a última Pós-Graduação?
h) Informe se possui formação específica em Personal Training: ( ) Não. ( ) Pós-Graduação Lato Sensu em nível de Especialização ( ) Curso de Extensão ( ) Curso de Atualização ( ) Curso de Aperfeiçoamento Outros ( ) Especifique:________________________________________________ i) Há quanto tempo concluiu a última Pós-Graduação? ( ) menos de 1 ano ( ) 2 a 5 anos ( ) 5 a 7 anos ( ) 7 a 10 anos ( ) mais de 10 anos j) Há quanto tempo atua como Personal Trainer no mercado de trabalho? ( ) menos de 1 ano ( ) 1 a 5 anos ( ) mais de 5 anos
148
2º PARTE: Responda com atenção. 1) EM RELAÇÃO À FORMAÇÃO ACADÊMICA, O QUE VOCÊ JULGA MAIS ADEQUADO PARA UMA ATUAÇÃO COMO PERSONAL TRAINER? Enumere de 1 a 5, segundo a ordem de importância na sua opinião, sendo 1 = menor valor e 5 = maior valor. ( Atenção, escolha apenas as 5 opções mais importantes. As opções que restarem, deixe em branco) ( ) GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA ( 3º grau completo). ( ) GRADUAÇÃO ACRESCIDA DE ESPECIALIZAÇÃO LATO SENSU* ( ) GRADUAÇÃO ACRESCIDA DE ESPECIALIZAÇÃO EM NÍVEL DE
EXTENSÃO** ( ) GRADUAÇÃO ACRESCIDA DE ESPECIALIZAÇÃO LATO SENSU* EM
PERSONAL TRAINING ( ) GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA ACRESCIDO DE EXPERIÊNCIA ( ) NÃO É NECESSÁRIO ESPECIALIZAÇÃO. ( ) OUTROS. ESPECIFIQUE: ________________________________ * LATO SENSU – CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO COM 360 h, NO MÍNIMO. ** EXTENSÃO – CURSO DE ATÉ 100 h. 2) EM RELAÇÃO AOS CONHECIMENTOS NECESSÁRIOS À ATUAÇÃO DO PERSONAL TRAINER, QUAIS OS QUE VOCÊ CONSIDERA MAIS IMPORTANTES? Enumere de 1 a 5, segundo a ordem de importância na sua opinião, sendo 1 = menor valor e 5 = maior valor. ( Atenção, escolha apenas as 5 opções mais importantes. As opções que restarem, deixe em branco) ( )FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO (é através da fisiologia do exercício que podemos saber como funciona a contração muscular no mecanismo do movimento corporal, as adaptações cardiorrespiratórias, as reações químicas que decorrem da interação entre nutrição e atividade física, da bioenergética, enfim tudo o que concerne ao desempenho dos músculos nos exercícios) ( )BIOMECÂNICA E/OU CINESIOLOGIA ( é o estudo das propriedades mecânicas dos músculos e articulações no movimento corporal ) ( )TREINAMENTO ESPORTIVO ( é através da adaptação do estudo dos princípios básicos do treinamento esportivo para pessoas não atletas, que permitirá ao profissional criar seus próprios sistemas de treinamento individualizado) ( )ANATOMIA ( estudo minucioso do corpo humano e suas estruturas ) ( )BIOMETRIA E AVALIAÇÃO FÍSICA ( é um campo do conhecimento que permite ao profissional saber das diferenças individuais, das potencialidades e dos limites de cada um )
149
( )NOCÕES DE NUTRIÇÃO (é fundamental para entender as reações químicas que decorrem da interação entre nutrição e atividade física ) ( )NOÇÕES DE PSICOLOGIA (é importante para que não se separe o corpo físico da mente) ( )PRIMEIROS SOCORROS ( é essencial para os primeiros procedimentos em situações emergenciais) ( )CONHECIMENTO SOBRE SOMATOTIPO (estudo que ajuda na prescrição de exercícios de acordo com o biotipo da pessoa: ectomorfo, mesomorfo e endomorfo) ( ) CONHECIMENTO MORAL-ÉTICO ( )OUTROS. ESPECIFIQUE:_________________________________ 3) NO PERSONAL TRAINING, EM RELAÇÃO AOS CONHECIMENTOS DE APLICAÇÃO DIRETA, O QUE VOCÊ JULGA MAIS IMPORTANTE? Enumere de 1 a 5, segundo a ordem de importância na sua opinião, sendo 1 = menor valor e 5 = maior valor. ( Atenção, escolha apenas as 5 opções mais importantes. As opções que restarem, deixe em branco) ( ) EXERCÍCIOS LOCALIZADOS COM O USO DA MUSCULAÇÃO ( ) EXERCÍCIOS AERÓBIOS ( ) EXERCÍCIOS DE ALONGAMENTO/FLEXIBILIDADE ( ) EXERCÍCIOS LOCALIZADOS SEM O USO DA MUSCULAÇÃO ( ) EXERCÍCIOS DE RELAXAMENTO ( ) OUTROS. ESPECIFIQUE:_________________________________ 4) EM RELAÇÃO ÀS CARACTERÍSTICAS QUE UM PERSONAL TRAINER DEVE APRESENTAR, O QUE VOCÊ JULGA MAIS NECESSÁRIO? Enumere de 1 a 5, segundo a ordem de importância na sua opinião, sendo 1 = menor valor e 5 = maior valor. ( Atenção, escolha apenas as 5 opções mais importantes. As opções que restarem, deixe em branco) ( ) APRESENTAÇÃO PESSOAL ( ) CULTURA GERAL. ( ) ASSIDUIDADE E PONTUALIDADE ( ) CONHECIMENTO TÉCNICO ATUALIZADO. ( ) EXPERIÊNCIA. ( ) CAPACIDADE DE COMUNICAÇÃO COM OS ALUNOS. ( ) CARISMA. ( ) TITULAÇÃO (PÓS-GRADUAÇÃO, MESTRADO, DOUTORADO, ETC). ( ) INOVAÇÃO E CRIATIVIDADE. ( ) COMPORTAMENTO SOCIAL E PROFISSIONAL ADEQUADO SOB O PONTO
DE VISTA MORAL. ( ) OUTROS. ESPECIFIQUE:_________________________________
150
5) EM RELAÇÃO AO TRABALHO DE UM PERSONAL TRAINER, O QUE VOCÊ JULGA MAIS IMPORTANTE? Enumere de 1 a 5, segundo a ordem de importância na sua opinião, sendo 1 = menor valor e 5 = maior valor. ( Atenção, escolha apenas as 5 opções mais importantes. As opções que restarem, deixe em branco) ( ) DIRECIONAR O TRABALHO SEGUINDO UM PLANEJAMENTO ( ) AJUSTAR O PLANO DE ACORDO COM AS VARIAÇÕES OCORRIDAS AO LONGO DO SEU DESENVOLVIMENTO. ( ) TRABALHAR COM EQUIPE MULTIDISCIPLINAR: MÉDICO, NUTRICIONISTA, PSICÓLOGO E FISIOTERAPEUTA. ( ) CRIAR MECANISMOS NECESSÁRIOS DE ESTAR À DISPOSIÇÃO DO SEU ALUNO PARA OS ESCLARECIMENTOS NECESSÁRIOS EM RELAÇÃO AO PROGRAMA, FORA DO HORÁRIO DAS AULAS. ( ) USAR INSTALAÇÕES AGRADÁVEIS E MATERIAIS ADEQUADOS. ( ) ADAPTAR OS MEIOS DE INFORMÁTICA AO TRABALHO ( ) ESTABELECER UM CONTRATO ESCRITO DE DIREITOS E DEVERES ENTRE O PERSONAL TRAINER E O ALUNO. ( ) ESTABELECER UM CONTRATO VERBAL ENTRE O PERSONAL TRAINER E O ALUNO. ( ) OUTROS. ESPECIFIQUE:_________________________________ 6) EM RELAÇÃO À FORMA DE ATENDIMENTO DO PERSONAL TRAINER AO ALUNO, O QUE VOCÊ JULGA MAIS ADEQUADO? Enumere de 1 a 4, segundo a ordem de importância na sua opinião, sendo 1 = menor valor e 4 = maior valor. ( Atenção, escolha apenas as 4 opções mais importantes. As opções que restarem, deixe em branco) ( ) ATENDIMENTO INDIVIDUAL DURANTE AS AULAS. ( ) ESTIPULAR O NÚMERO MÁXIMO DE ALUNOS POR PROFESSOR ( ) ATENDIMENTO SUPERVISIONADO (O ALUNO SEGUE AS ORIENTAÇÕES E O PROGRAMA DO PERSONAL TRAINER, MESMO NÃO TENDO O SEU ACOMPANHAMENTO DURANTE AS SESSÕES DE TREINAMENTO) ( ) TRABALHO PERMANENTE COM ESTÍMULOS DE MOTIVAÇÃO. ( ) OUTROS. ESPECIFIQUE:_________________________________ 7) EM RELAÇÃO AO RESULTADO ESPERADO DO PROGRAMA DE PERSONAL TRAINING, O QUE VOCÊ JULGA MAIS IMPORTANTE? Enumere de 1 a 5, segundo a ordem de importância na sua opinião, sendo 1 = menor valor e 5 = maior valor. ( Atenção, escolha apenas as 5 opções mais importantes. As opções que restarem, deixe em branco) ( ) ATENDER ÀS NECESSIDADES IDENTIFICADAS NO ALUNO. ( ) MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA DO ALUNO. ( ) ATINGIR OS OBJETIVOS DO ALUNO.
151
( ) CONSEGUIR RESULTADOS MAIS RÁPIDOS. ( ) CONSEGUIR RESULTADOS ESTÉTICOS. ( ) MELHORAR A APTIDÃO FÍSICA DO ALUNO. ( ) DESENVOLVER NOS ALUNOS UM ESTILO DE VIDA ATIVO. ( ) PROMOVER UMA EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE. ( ) DESENVOLVER UMA EDUCAÇÃO PARA A OCUPAÇÃO SAUDÁVEL DO TEMPO LIVRE DE LAZER. ( ) PROMOVER O DESENVOLVIMENTO DA CONSCIÊNCIA CORPORAL DO ALUNO. ( ) PROMOVER NO ALUNO BEM ESTAR FÍSICO E MENTAL. ( ) OBTER RESULTADO FINANCEIRO. ( ) OUTROS. ESPECIFIQUE:_________________________________
152
ANEXO II
QUESTIONÁRIO “B”
QUESTIONÁRIO-PILOTO PARA PESQUISA SOBRE
PERSONAL TRAINERS INSTRUÇÕES:
Questionário para ser respondidos por ALUNOS de PERSONAL TRAINERS.
Responda atentamente todas as questões.
Definição de termos: Personal Training é a área da Educação Física que o profissional atua e Personal Trainer é o profissional que trabalha com Personal Training. 1º PARTE: Informações pessoais dos entrevistados ( marque um X dentro dos parênteses ) a) SEXO: ( F ) ( M ) b) IDADE: ( marque um X dentro dos parênteses ) ( ) 21 ou menos ( ) 22 a 25 ( ) 25 a 28 ( ) 28 a 31 ( ) 31 a 34 ( ) mais de 34 c) FORMAÇÃO: ( ) SUPERIOR ( ) 2º GRAU ( ) OUTROS. ESPECIFIQUE:__________________________________________ d) PROFISSÃO: ______________________________________________________ e) É ESTUDANTE?_____________EM QUE LOCAL?________________________ f) BAIRRO ONDE MORA: ______________________________________________
153
2º PARTE: Responda com atenção. 1) EM RELAÇÃO À FORMAÇÃO ACADÊMICA, O QUE VOCÊ JULGA MAIS ADEQUADO PARA UMA ATUAÇÃO DO PERSONAL TRAINER? Enumere de 1 a 5, segundo a ordem de importância na sua opinião, sendo 1 = menor valor e 5 = maior valor. ( Atenção, escolha apenas as 5 opções mais importantes. As opções que restarem, deixe em branco) ( ) GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA ( 3º grau completo). ( ) GRADUAÇÃO ACRESCIDA DE ESPECIALIZAÇÃO LATO SENSU* ( ) GRADUAÇÃO ACRESCIDA DE ESPECIALIZAÇÃO EM NÍVEL DE
EXTENSÃO** ( ) GRADUAÇÃO ACRESCIDA DE ESPECIALIZAÇÃO LATO SENSU* EM
PERSONAL TRAINING ( ) GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA ACRESCIDO DE EXPERIÊNCIA ( ) NÃO É NECESSÁRIO ESPECIALIZAÇÃO. ( ) OUTROS. ESPECIFIQUE: __________________________________________ * LATO SENSU – CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO COM 360 h, NO MÍNIMO. ** EXTENSÃO – CURSO DE ATÉ 100 h. 2) QUAIS OS CONHECIMENTOS MAIS IMPORTANTES QUE O PERSONAL TRAINER DEVE POSSUIR? Enumere de 1 a 5, segundo a ordem de importância na sua opinião, sendo 1 = menor valor e 5 = maior valor. ( Atenção, escolha apenas as 5 opções mais importantes. As opções que restarem, deixe em branco) ( ) CONHECIMENTO EM CAMPOS ESPECÍFICOS DA BIOLOGIA como ANATOMIA-estudo minucioso do corpo humano e suas estruturas; FISIOLOGIA-através da fisiologia do exercício que podemos saber como funciona a contração muscular no mecanismo do movimento corporal, as adaptações cardiorrespiratórias, as reações químicas que decorrem da interação entre nutrição e atividade física, da bioenergética, enfim tudo o que concerne ao desempenho dos músculos nos exercícios; BIOQUÍMICA, entre outros. ( ) BIOMECÂNICA E/OU CINESIOLOGIA (o estudo das propriedades mecânicas dos músculos e articulações no movimento corporal) ( ) CONHECIMENTO NA ÁREA DE AVALIAÇÃO FÍSICA ( é um campo do conhecimento que permite ao profissional saber das diferenças individuais, das potencialidades e dos limites de cada um ) ( ) TREINAMENTO ESPORTIVO (através da adaptação do estudo dos princípios básicos do treinamento esportivo para pessoas não atletas, que permitirá ao profissional criar seus próprios sistemas de treinamento individualizado) ( ) CONHECIMENTO NA ÁREA DE NUTRIÇÃO (é fundamental para entender as reações químicas que decorrem da interação entre nutrição e atividade física ) ( ) CONHECIMENTO NA ÁREA DE PSICOLOGIA (é importante para que não se
154
separe o corpo físico da mente) ( ) CONHECIMENTOS DA ÁREA DA EDUCAÇÃO FÍSICA (exercícios de musculação, exercícios de alongamento/flexibilidade, exercícios aeróbios, entre outros) ( )PRIMEIROS SOCORROS ( essencial para os primeiros procedimentos em situações emergenciais) ( ) CONHECIMENTO MORAL-ÉTICO ( )CONHECIMENTO SOBRE SOMATOTIPO (estudo que ajuda na prescrição de exercícios de acordo com o biotipo da pessoa) ( )OUTROS. ESPECIFIQUE: __________________________________________ 3) O QUE ESPERA DO PERSONAL TRAINER? Enumere de 1 a 5, segundo a ordem de importância na sua opinião, sendo 1 = menor valor e 5 = maior valor. ( Atenção, escolha apenas as 5 opções mais importantes. As opções que restarem, deixe em branco) ( ) EXCLUSIVIDADE ( ) ATENÇÃO ESPECIAL ( ) COMPANHEIRISMO ( ) AMIZADE ( ) CARISMA ( ) RESPONSABILIDADE ( ) SERIEDADE ( ) BOA COMUNICAÇÃO ( ) CONHECIMENTO TÉCNICO ATUALIZADO ( ) CULTURA GERAL ( ) EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL ( ) QUE O ESTIMULE PARA UM ESTILO DE VIDA ATIVO ( ) ASSIDUIDADE E PONTUALIDADE ( ) EXEMPLO DE FORMA FÍSICA ( ) BOA APRESENTAÇÃO PESSOAL ( ) COMPORTAMENTO SOCIAL E PROFISSIONAL ADEQUADO SOB O PONTO
DE VISTA MORAL ( ) OUTROS. ESPECIFIQUE: __________________________________________ 4) QUAIS FORAM AS VERDADEIRAS CAUSAS PARA O SEU INGRESSO NUM PROGRAMA DE PERSONAL TRAINING? Enumere de 1 a 5, segundo a ordem de importância na sua opinião, sendo 1 = menor valor e 5 = maior valor. ( Atenção, escolha apenas as 5 opções mais importantes. As opções que restarem, deixe em branco) ( ) MODA ( ) ESTÉTICA ( ) COMPETIÇÃO ( ) APTIDÃO FÍSICA ( ) SAÚDE
155
( ) QUALIDADE DE VIDA ( ) LONGEVIDADE ( ) PREENCHIMENTO DE TEMPO ( ) BEM ESTAR ( ) ENTRETENIMENTO (LAZER) ( ) ALONGAMENTO ( ) RELAXAMENTO ( ) COMPANHIA ( ) FALTA DE TEMPO PARA IR A ACADEMIA ( ) FRUSTAÇÃO EM OUTRAS ATIVIDADES FÍSICAS ( ) INDICAÇÃO DE AMIGOS ( ) INDICAÇÃO MÉDICA ( ) CURIOSIDADE ( ) OBTER RESULTADOS RÁPIDOS ( ) OUTROS. ESPECIFIQUE: _________________________________________ 5) AGORA QUE VOCÊ JÁ FREQUENTA AS AULAS DE PERSONAL TRAINING, O
QUE ESPERA COMO RESULTADO DO PROGRAMA? Enumere de 1 a 5, segundo a ordem de importância na sua opinião, sendo 1 = menor valor e 5 = maior valor. ( Atenção, escolha apenas as 5 opções mais importantes. As opções que restarem, deixe em branco) ( ) ATENDER ÀS SUAS NECESSIDADES. ( ) ATINGIR SEUS OBJETIVOS. ( ) MELHORAR SUA QUALIDADE DE VIDA. ( ) CONSEGUIR RESULTADOS ESTÉTICOS. ( ) MELHORAR SUA APTIDÃO FÍSICA. ( ) DESENVOLVER UM ESTILO DE VIDA ATIVO. ( ) MELHORAR A SUA SAÚDE. ( ) PROMOVER BEM ESTAR FÍSICO E MENTAL. ( ) PROPICIAR UMA MELHOR OCUPAÇÃO PARA O TEMPO LIVRE DE LAZER. ( ) OBTER RESULTADOS RÁPIDOS ( ) OUTROS. ESPECIFIQUE: _________________________________________
156
ANEXO III
Sr. Validador
O estudo tem como tema O Perfil Do Personal Trainer na Perspectiva de um
Treinamento Físico Orientado para Saúde, Estética e Esporte.
Como o estudo supõe a avaliação do campo de atuação do Personal
Trainer, identificando os principais fatores que caracterizam um modelo desejável
deste profissional no renovado contexto da Educação Física, os objetivos desse
estudo são:
Objetivo Geral. Avaliar o campo de atuação do Personal Trainer, identificando os
principais fatores que caracterizam o seu Perfil Profissiográfico e, em função do
obtido, propor pressupostos teóricos que possam adequar a atuação deste
profissional ao renovado conceito de Educação Física estabelecido no Manifesto
Mundial FIEP/2000 de Educação Física.
Objetivos Específicos . Levantar as características pessoais de Personal Trainers;
identificar a formação técnica à atividade do Personal Trainer; levantar as
expectativas dos usuários de programas de Personal Training; e, finalmente analisar
as ações do Personal Trainer em relação ao Manifesto Mundial FIEP/2000 de
Educação Física.
As questões do estudo a serem respondidas são as seguintes: Quais são as
principais características pessoais do Personal Trainer ? Qual a formação técnica
necessária à atividade do Personal Trainer? Quais são as expectativas dos usuários
de Personal Training? E onde o Manifesto Mundial FIEP/2000 de Educação Física
se interrelaciona com o Personal Training?
Neste sentido, as perguntas dos questionárioS-instrumentos a serem
validados tomam como base temas que estão de acordo com os objetivos e as
questões do estudo a serem investigados, tendo-se como amostra os próprios
profissionais atuantes nesta área, bem como os alunos destes profissionais. Com as
informações obtidas dos entrevistados, será possível chegar a conclusões
157
importantes desse segmento da Educação Física, tão carente de investigação
científica.
Assim, pedimos ao Srº. (Srª) que verifique a coerência, a clareza e a validade
das perguntas formuladas do questionários-instrumentos, para obter-se a opinião de
profissionais que atuam como Personal Trainers e de alunos de programas de
Personal Training, em relação às questões do estudo a serem respondidas,
refletindo assim a realidade desse mercado.
Junto ao prováveis questionários-instrumentos, segue uma folha dirigida para
a emissão do seu parecer em relação a cada pergunta. Caso concorde com a
pergunta, marque um X na opção MANTER; caso discorde, marque RETIRAR ou
REFORMULAR, sugerindo a reformulação no espaço abaixo.
Antecipadamente, agradeço o tempo que vai dedicar a este trabalho.
Daisy R.V.Pinheiro
158
ANEXO IV
PARECER A
Parecer do validador em relação ao questionário a ser respondido pelos PERSONAL
TRAINERS
Caso concorde com o item ou pergunta, marque um X em MANTER. Caso discorde marque em RETIRAR ou REFORMULAR, sugerindo a reformulação no espaço abaixo. 1ª PARTE INFORMAÇÃO DOS ENTREVISTADOS. ITEM a : ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR SUGESTÃO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ITEM b : ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR SUGESTÃO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ITEM c : ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR SUGESTÃO: ___________________________________________________________________
159
______________________________________________________________________________________________________________________________________ ITEM d : ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR SUGESTÃO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ITEM e : ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR SUGESTÃO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ITEM f : ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR SUGESTÃO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ITEM g : ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR SUGESTÃO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ITEM h : ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR
160
SUGESTÃO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ITEM i : ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR SUGESTÃO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ITEM j : ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR SUGESTÃO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ITEM l : ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR SUGESTÃO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 2ª PARTE PERGUNTA 1 TEMA: FORMAÇÃO DO PERSONAL TRAINER.. ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR SUGESTÃO: ___________________________________________________________________
161
______________________________________________________________________________________________________________________________________ PERGUNTA 2 TEMA: CONHECIMENTOS NECESSÁRIOS AO PERSONAL TRAINER.. ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR SUGESTÃO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
PERGUNTA 3 TEMA: GRUPOS DE EXERCÍCIOS CONSIDERADOS MAIS EFICAZES. ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR SUGESTÃO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ PERGUNTA 4 TEMA: CARACTERÍSTICAS DO PERSONAL TRAINER.. ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR SUGESTÃO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ PERGUNTA 5 TEMA: ESTILOS DE ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DO PERSONAL TRAINER.. ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR SUGESTÃO: ___________________________________________________________________
162
______________________________________________________________________________________________________________________________________ PERGUNTA 6 TEMA: ESTRATÉGIA OU FORMA DE RELAÇÃO PT- ALUNO. ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR SUGESTÃO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ PERGUNTA 7 TEMA: OBJETIVOS A SEREM ALCANÇADOS NO TRABALHO DE PERSONAL TRAINING. ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR
SUGESTÃO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
163
ANEXO V
PARECER B
Parecer do validador em relação ao questionário a ser respondido pelos ALUNOS de
Personal Trainers.
Caso concorde com o item ou pergunta, marque um X em MANTER. Caso discorde marque em RETIRAR ou REFORMULAR, sugerindo a reformulação no espaço abaixo. 1ª PARTE INFORMAÇÃO DOS ENTREVISTADOS. ITEM a : ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR SUGESTÃO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ITEM b : ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR SUGESTÃO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ITEM c : ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR SUGESTÃO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ITEM d : ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR
164
SUGESTÃO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ITEM e : ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR SUGESTÃO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ITEM f : ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR SUGESTÃO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 2ª PARTE
Caso concorde com o item ou pergunta, marque um X em MANTER. Caso discorde marque em RETIRAR ou REFORMULAR, sugerindo a reformulação no espaço abaixo. PERGUNTA 1 TEMA: OPINIÃO DOS ALUNOS SOBRE A FORMAÇÃO DO PERSONAL TRAINER.. ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR SUGESTÃO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ PERGUNTA 2 TEMA: OPINIÃO DOS ALUNOS SOBRE OS CONHECIMENTOS DO PERSONAL TRAINER. ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR
165
SUGESTÃO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ PERGUNTA 3 TEMA: EXPECTATIVA DOS ALUNOS EM RELAÇÃO AO PERSONAL TRAINER. ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR SUGESTÃO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
PERGUNTA 4 TEMA: MOTIVO (CAUSA) PARA A PROCURA DO PERSONAL TRAINING. ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR SUGESTÃO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ PERGUNTA 5 TEMA: EXPECTATIVA DOS ALUNOS EM RELAÇÃO AO RESULTADO DO PERSONAL TRAINING. ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR SUGESTÃO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
ANEXO VI
ITENS JUIZ ANÁLISE Modificação Sugerida Parecer FinalJ1 MJ2 MJ3 MJ4 MJ5 MJ1 MJ2 M
ITEM B - Tema: IDADE DO ENTREVISTADO J3 M Mantem a pergunta (100%)J4 MJ5 MJ1 MJ2 RF
ITEM C - Tema: FORMAÇÃO DO ENTREVISTADO J3 M Mantem a pergunta (80%)J4 MJ5 MJ1 MJ2 RF
ITEM D - Tema: INSTITUIÇÃO DA FORMAÇÃO J3 M Mantem a pergunta (80%)J4 MJ5 MJ1 MJ2 RF Há quanto tempo concluiu
ITEM E - Tema: CONCLUSÃO DA GRADUAÇÃO J3 M a graduação? Mantem a pergunta (80%)J4 MJ5 MJ1 RFJ2 RF
ITEM F - Tema: PÓS-GRADUAÇÃO J3 M Mantem a pergunta (60%)J4 MJ5 MJ1 RFJ2 RF
ITEM G - Tema: INSTITUIÇÃO DA PÓS GRADUAÇÃO J3 M Mantem a pergunta (60%)J4 MJ5 MJ1 MJ2 M Separar os módulos:
ITEM H - Tema: FORMAÇÃO EM PERSONAL TRAINING J3 M especialização, atualização Mantem a pergunta (100%)J4 M e extensão.J5 MJ1 MJ2 M
ITEM I - Tema: CONCLUSÃO DA FORMAÇÃO EM J3 M Mantem a pergunta (100%)PERSONAL TRAINING J4 M
J5 MJ1 MJ2 M
ITEM J - Tema: TEMPO DE ATUAÇÃO COMO J3 M Mantem a pergunta (100%)PERSONAL TRAINER J4 M
J5 M
PARA ANÁLISE: MANTER - M ; RETIRAR - R ; REFORMULAR - RF
VALIDAÇÃO DO QUESTIONÁRIO A - 1ª PARTE
ITEM A - Tema: SEXO DO ENTREVISTADO Mantem a pergunta (100%)
ANEXO VII
PERGUNTAS JUIZ ANÁLISE Modificação Sugerida Parecer Final
J1 RF
J2 RF
J3 M
J4 M
J5 RF
J1 RF Mudança no valor das
J2 RF opções de enumeração.
PERGUNTA 2 - Tema: CONHECIMENTOS NECESSÁRIOS AO J3 M Acrescentou-se: Reformular a pergunta (60%)
PERSONAL TRAINER J4 M Conhecimentos em Soma-
J5 RF totipo e Moral e Ético.
J1 M
J2 M
PERGUNTA 3 - Tema: GRUPOS DE EXERCÍCIOS CONSIDERADOS J3 M Mantem a pergunta (100%)
MAIS EFICAZES J4 M
J5 M
J1 RF
J2 RF
PERGUNTA 4 - Tema: CARACTERÍSTICAS DO PERSONAL TRAINER J3 M Mantem a pergunta (60%)
J4 M
J5 M
J1 RF
J2 M
PERGUNTA 5 - Tema: ESTILOS DE ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO J3 M Mantem a pergunta (80%)
DO PERSONAL TRAINER J4 M
J5 M
J1 M Ao invés das opções 2 e 3
J2 M colocar: Estipular o número
PERGUNTA 6 - Tema: ESTRATÉGIA OU FORMA DE RELAÇÃO J3 M máximo de alunos por Mantem a pergunta (80%)
PERSONAL TRAINER-ALUNO J4 M professor.
J5 RF
J1 M
J2 RF
PERGUNTA 7 - Tema: OBJETIVOS A SEREM ALCANÇADOS J3 M Mantem a pergunta (80%)
NO TRABALHO DE PERSONAL TRAINING J4 M
J5 M
PARA ANÁLISE: MANTER - M ; RETIRAR - R ; REFORMULAR - RF
VALIDAÇÃO DO QUESTIONÁRIO A - 2ª PARTE
PERGUNTA 1 - Tema: FORMAÇÃO DO PERSONAL TRAINER
Mudança no valor da
enumeração: 1= menor valor e 5=
maior valor. Mudança na ordem
de posição das opções de
resposta.
Reformular a pergunta (60%)
ANEXO VIII
ITEM JUIZ ANÁLISE Modificação Sugerida Parecer Final
J1 R
J2 M
J3 M
J4 M
J5 M
J1 R
J2 M
ITEM B -Tema: IDADE DO ENTEVISTADO J3 M Mantém a pergunta (80%)
J4 M
J5 M
J1 R
J2 M
ITEM C - Tema: FORMAÇÃO DO ENTREVISTADO J3 M Mantém a pergunta (80%)
J4 M
J5 M
J1 R
J2 M
ITEM D - Tema: PROFISSÃO DO ENTREVISTADO J3 M Mantém a pergunta (80%)
J4 M
J5 M
J1 R
J2 M Mudar para:
ITEM E - Tema: ESCOLARIDADE DO ENTREVISTADO J3 M É estudante? Mantém a pergunta (80%)
J4 RF Em que local?
J5 M
J1 R
J2 M
ITEM F - Tema: BAIRRO ONDE RESIDE J3 M Mantém a pergunta (80%)
J4 M
J5 M
PARA ANÁLISE: MANTER - M ; RETIRAR - R ; REFORMULAR - RF
VALIDAÇÃO DO QUESTIONÁRIO B - 1ª PARTE
ITEM A - Tema: SEXO DO ENTREVISTADO Mantém a pergunta (80%)
ANEXO IX
PERGUNTA JUIZ ANÁLISE Modificação Sugerida Parecer Final
J1 RF Mudança no valor
J2 M da enumeração: 1= menor
J3 RF valor e 5 = maior valor.
J4 M
J5 RF
J1 RF Acrescentar:
J2 M Conhecimento moral-ético
PERGUNTA 2 - Tema: CONHECIMENTOS DO PERSONAL TRAINER J3 RF nas opções de respostas. Mantem a pergunta (60%)
J4 M
J5 M
J1 RF
J2 M
PERGUNTA 3 - Tema: EXPECTATIVA DO ALUNO EM RELAÇÃO J3 RF Mantem a pergunta (60%)
AO PERSONAL TRAINER J4 M
J5 M
J1 RF Incluir entre as opções
J2 M de respostas:
PERGUNTA 4 - Tema: MOTIVO (CAUSA) PARA A PROCURA J3 M Obter resultados Mantem a pergunta (60%)
DO TRABALHO DE PERSONAL TRAINING J4 M rápidos.
J5 RF
J1 R Incluir entre as opções
J2 M de respostas:
PERGUNTA 5 - Tema: EXPECTATIVA EM RELAÇÃO AOS J3 R Obter resultados Manter e reformular a pergunta (60%)
RESULTADOS DO PERSONAL TRAINING J4 M rápidos.
J5 RF
PARA ANÁLISE: MANTER - M ; RETIRAR - R ; REFORMULAR - RF
VALIDAÇÃO DO QUESTIONÁRIO B - 2ª PARTE
PERGUNTA 1 - Tema: FORMAÇÃO DO PERSONAL TRAINER Reformular a pergunta (60%)