O Parnasianismo

O que é o Parnasianismo? O parnasianismo é uma escola literária ou um movimento

literário essencialmente poético, contemporâneo do Realismo-Naturalismo. Um estilo de época que se desenvolveu na poesia a partir de 1850, na França, como reação contra o Romantismo.

O vocábulo Parnasianismo deriva de parnaso, monte da antiga Grécia, na Fócida, consagrado a Apolo, deus da poesia, e às musas.

Características do Parnasianismo

O Parnasianismo, não é uma arte útil, comprometida, mas procura o ideal da «arte pela arte», uma arte impassível, serena, plástica, mera reprodução da realidade em formas e cores, uma arte onde, mais ou menos claramente, se adivinha o primado do estilo.

Assim, é possível encontrar duas características principais do Parnasianismo em Cesário Verde:

Objetividade dos temas;

Expressão literária exata e correta.

Objetividade dos temas A poesia volta-se para o mundo exterior.

Usa temas objectivos, inspirados na História, na Vida, na Natureza, ficando de lado a efusão sentimental e também afastará do seu conteúdo elementos polémicos e preocupações político-sociais.

Embora esta defesa da objetividade seja uma norma parnasiana, ela é de difícil obediência, pois o autor ao criar uma obra, transmite-lhe sempre algo do seu modo de ser pessoal.

Expressão literária exacta e correcta

A objectividade dos temas deve surgir expressa em formas impecavelmente correctas, nítidas e adequadas, devendo evitar-se quer os adornos exagerados quer os descuidos prosaicos.

Os principaisOs principais autores deste movimento são:

Théophile Gautier (1811-1872)

Leconte de Lisle (1818-1894)

Théodore de Banville(1823-1891)

José Maria de Heredia (1842-1905)

Sully Prudhomme (1839-1907).

Gautier fica famoso ao aplicar a frase “arte pela arte” ao movimento.

Apesar de serem poetas de muito diferentes, todos têm um denominador comum: acreditavam que a arte devia existir por si só, e não por subterfúgios, como o amor, por exemplo.

Influências: Realismo / Naturalismo :

Cesário Verde é considerado um "lírico realista" poeta do quotidiano, um citadino e burguês.

Torna-se realista pois tem

uma visão crítica de sociedade.

Aproxima-se do naturalismo pela pretensão, objetividade e pela fidelidade à “estética do positivismo e do sincero”.