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O papel do GCR - PPCIRA Articulação entre as várias Unidades de Saúde
Helena Ferreira DSPP/GCR - PPCIRA
23 Outubro de 2015
SEMINÁRIO INFEÇÕES ASSOCIADAS AOS CUIDADOS DE SAÚDE
Algarve 441 468 habitantes
Área de 4 996,8 km2
16 concelhos
Uma costa com cerca de 150 Km (praias de águas tépidas e
calmas)
Clima temperado mediterrânico
Paisagens naturais diversificadas (serra, barrocal e litoral)
Património cultural, etnográfico e gastronómico
Fonte dos dados: INE (2014)
Sazonalidade
Rede de Cuidados de Saúde Primários – 3 ACeS (38 Unidades Funcionais
de Saúde) / 92 Lares
19 UCCI – 526 camas
Centro Hospitalar do Algarve (2 Unidades Hospitalares) – 914 camas*
7 Unidades Hospitalares Privadas - 236 camas
1 Centro de Reabilitação – 54 camas
Rede de Estruturas de Saúde
* SICA - Sistema de Informação para a Contratualização
ARS Algarve, IP Departamento de Saúde Pública e
Planeamento
GCL - PPCIRA
Hospitais
ACeS
UCCI
Representante dos Cuidados Hospitalares
Enfª Elena Noriega
Representante dos
C. Saúde Primários (ACeS e DICAD)
Enfª Manuela Almeida
Representante dos Cuidados Continuados
Integrados
Enfª Fernanda Faleiro
Coordenadora
Dr.ª Helena Ferreira
Elos de ligação em cada serviço
hospitalar
Elos de ligação em cada
Unidade de Saúde
Núcleos em cada UCCI
GCR do
PPCIRA
Direção Geral da Saúde (Departamento da Qualidade na Saúde)
Grupo Nacional do PPCIRA
Comissão de Farmácia e
Terapêutica da região
Representante na área dos
antimicrobianos
Dr. Renato dos Santos
Estrutura do PPCIRA
Despacho nº 1543/2013
Grupo de Coordenação Regional - PPCIRA
Reduzir infeções associadas a
cuidados de saúde
Reduzir consumo de
antimicrobianos
Reduzir resistências a antimicrobianos
Reduzir transmissão de resistências a antimicrobianos
• Vigilância epidemiológica: • Das IACS (incidência e prevalência)
• Da resistência aos antimicrobianos
• Investigação e monitorização de surtos
• Normalização de estruturas, procedimentos e práticas clínicas • Reforço da articulação com os GCL • Normas e Orientações Clínicas / Atualização de Manuais de Boas
Práticas • Campanha de Precauções Básicas de Controlo de Infeção • Programa de Apoio à Prescrição Antibiótica
• Formação
DGS - Orientações Programáticas
Estratégias de intervenção
A resistência aos antibióticos
Estamos numa situação crítica, uma quantidade crescente de bactérias já não responde ao tratamento.
A resistência aos antimicrobianos Índice composto de resistência
ESKAPE extraído de ECDC PPS 2011-2012
• Enterococcus faecium
• Staphylococcus aureus
• Klebsiella pneumoniae
• Acinetobacter baumannii
• Pseudomonas aeruginosa
• Enterobacter spp.
Clostridium difficile
Grupo de bactérias que causam a maioria das IACS e “escapam” à ação dos antibióticos:
Estudo de Prevalência de Infeção adquirida nos Hospitais
Inquérito Prevalência
(2012) Taxa (%)
Hospital A 11.57
Hospital B 11.50
Hospital C (2 unidades) 05.71
Portugal 10.60
União Europeia 05.70
Vigilância Epidemiológica das IACS
ECDC - "Point prevalence survey of healthcare-associated infections and antimicrobial use in European acute care hospitals 2011–2012“ DGS - "Relatório de PREVALÊNCIA DE INFEÇÃO ADQUIRIDA NO HOSPITAL E DO USO DE ANTIMICROBIANOS NOS HOSPITAIS PORTUGUESES - INQUÉRITO 2012“ DSPP/GCR-PPCIRA - Relatórios de atividades dos hospitais
Estudos de Prevalência de Infeção
Unidades de Cuidados Continuados Integrados
ENPI
Resultados nacionais 2012
DGS, ppcira - Relatório do Estudo l de Prevalência de Infeção associada aos cuidados de saúde e do uso de antibióticos em UCC, HALT2 2013
ECDC - Surveillance Report. Point Prevalence Survey of healthcare-associated infections and antimicrobial use in European lon-term care facilities. April- May 2013
HALT2 Resultados
nacionais 2013
Taxa de prevalência de
IACS 11,3%
232 UCC 5150 residentes
143 UCC
3034 residentes
Taxa de prevalência
de IACS 8,1%
ENPI
Resultados nacionais 2012
Estudo de Prevalência
ECDC 2013 – HALT2
• (19 países, 1 181 UCC, 77 264
residentes)
Taxa de prevalência 3,4%
HALT2 Resultados
nacionais 2013
232 UCC 5150 residentes
143 UCC
3034 residentes
Taxa de prevalência de
IACS 8,1%
0
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
30.000
35.000
2009 2010 2011 2012 2013 2014
N.º
de
Emb
alag
ens
dis
pen
sad
as
Penicilinas
Cefalosporinas
Associações de penicilinas com inibidores das lactamases beta
Macrólidos
Quinolonas
Evolução Anual do n.º de embalagens de Antibacterianos (principais sub-grupos) nos ACeS do Algarve
Fonte: SIARS/Departamento Saúde Pública e Planeamento
VE do uso de Antibacterianos
Estes números dão que pensar!!!
A resistência aos antibióticos
A prescrição inadequada de antibióticos
As falhas nas medidas de controlo de infeção
Resistência aos de antibióticos
Infeções por Clostridium difficile
A articulação entre instituições
Os MO podem propagar-se nas instituições e através da transferência de doentes entre instituições, se não forem cumpridas medidas para evitar a sua propagação.
De costas voltadas…
Há uma maior risco para os doentes….
A articulação entre instituições
É fundamental que os serviços de saúde pública e as instituições colaborem, partilhem experiências e coordenem esforços
Quando as instituições são alertadas podem melhorar o uso dos antibióticos e reforçar as medidas de controlo de infeção.
Que as instituições recebam alertas sobre infeções resistentes, infeção por Clostridium difficile ou surtos
A articulação entre instituições (Estudo de investigação)
Rachel B. Slayton, PhD1; Damon Toth, PhD2; Bruce Y. Lee, MD3, et al. Vital signs: Estimated Effects of a Coordinated Approach for Action to Reduce Antibiotic-Resistant Infections in Health Care Facilities. Morbidity and Mortality Weekly Report (MMWR), 7 de agosto 2015 / 64(30); 826-831 a mis
Da intervenção habitual realizada em cada instituição, de forma independente (cada uma por si…)
Do reforço da intervenção realizada por cada instituição de forma independente
Da intervenção resultante da articulação/coordenação entre instituições
O que foi realizado:
Com base em dados do CDC e utilizando-se modelos matemáticos compararam-se projeções da prevalência de MES, em 3 cenários distintos, resultantes:
Resultados do estudo de investigação
Morbidity and Mortality Weekly Report (MMWR), 7 de agosto 2015 / 64(30); 826-831
Projeção da prevalência de Enterobactérias resistentes aos carbapenemes, durante um período de 5 anos, de acordo com 3 cenários diferentes – modelo de 10 instituições, EUA
Conclusões do estudo de
investigação
Morbidity and Mortality Weekly Report (MMWR), 7 de agosto 2015 / 64(30); 826-831
A ameaça das infeções por MMR e por Clostridium difficile, não se limita a determinadas áreas ou tipos de instituições;
A situação atual da resistência aos antibióticos, indica que os esforços de prevenção desenvolvidos de forma independente, por cada instituição, têm sido inadequados;
Os esforços são mais efetivos se as instituições de saúde se articularem.
“Microrganismos multirresistentes, ou outros
epidemiologicamente significativos (Clostridium difficile), que
pelas suas características específicas possam ser relevantes, na
transmissão cruzada da infecção, justificando o seu estudo nas
unidades de saúde.”
PNCI – 2008 - DGS
Microrganismos epidemiologicamente Significativos
Sistema de Notificação de MES, entre as Instituições de saúde da região
Notificação de MES, entre as Instituições de Saúde no Algarve
Implementada desde 2011
Sempre que é identificado um Microrganismo Epidemiologicamente Significativo numa instituição de saúde (hospital ou UCCI)
Notificação por e-mail ao GCR
Comunicação imediata do GCR com o Lar ou com a UCCI
Notificação de MES, entre as Instituições de Saúde no Algarve
• Avaliação da necessidade de apoio
• Reforço das recomendações necessárias
• Deslocação às instituições – reuniões, visitas e avaliação de risco
• Formação
• Colaboração no controlo e prevenção de surtos por MES
Nº de notificações: 261
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
2011 (2.ºsem)
2012 2013 2014 2015 Desc
5
83
57 49
64
3
Notificações ao longo do tempo
< 25
25 - 34
35 - 44
45 - 54
55 - 64
65 - 74
75 - 84
85 - 94
>=95
Desc
0 20 40 60 80
1
0
8
5
15
25
51
77
11
68
Grupo etário
N = 261
Instituição notificadora
0
20
40
60
80
100
120
140
160
CHA Faro CHAPortimão/Lagos
UCCI Lar Desc
145
103
9 1 3
N = 261
Instituição de proveniência
Lar ; 132
UCCI; 30
CHA Faro ; 5
CHA Portimão; 4
Domicilio; 30
Outros Hosp; 5
Desc; 53
CMRS; 2
N = 261
Produto analisado
Liq. Ascitico: 1
Expetoração: 10 Exsudados (vários):
18
Fezes: 97
Líquido Sinovial: 1 Pele: 5 Sangue: 23
Urina: 94
Secreções brônquicas: 5
Desc: 7
N = 261
Microrganismos Epidemiologicamente Significativos (MES) isolados
Acinetobacter: 9 Alcaligenes faecalis: 1
Clostridium difficile: 97
Enterobacter cloacae: 1
Enterococcus faecium: 2 Escherichia coli: 59
Klebsiela oxytoca: 1
Klebsiela pneumoniae: 16
Micobacterium tuberculosis: 2
Pseudomonas aeruginosa: 9
Staphilococcus aureus: 64
N = 261
MES notificados e resistências
Klebsiella pneumoniae
(16)
ESBL (8) Carbapen
emases
6
ESBL + Carbapene
mases 1 Amoxiclina + clavulâmico
1
Staphylococcus aureus
(64)
MRSA
Escherichia coli
(59)
ESBL
Pseudomonas aeruginosa
(9) Multiresis
tentes
(7)
Klebsiella oxytoca 1 ESBL
Enterobacter cloacae
1 Cefalosporina 3ª
geração Ureidopenicilinas
Enterococcus faecium
2 Vancomicina 1
Multiresistente 1
Acinetobacter
(9)
Acinetobacter
baumanii
(8) Multiresis
tentes
(3)
Alcaligenes faecalis
1
Meropenemo Imipenemo Piperacilina
Microrganismos Epidemiologicamente Significativos isolados
Acinetobacter 3%
Alcaligenes faecalis
1%
Clostridium difficile
26%
Enterococcus faecium
1%
Escherichia coli 39%
Klebsiela oxytoca
1%
Klebsiela pneumoniae
4%
Micobacterium tuberculosis
1%
Pseudomonas aeruginosa
1%
Staphilococcus aureus
23%
Lares Acinetobact
er 7%
Clostridium difficile
46%
Escherichia coli 10%
Kl.pneumoniae 3%
Ps.aeruginosa 7%
Staphilococcus aureus
27%
UCCI
Total: 132 Total: 30
Formação aos Lares
A articulação com a Segurança Social 1 ação de formação - Técnicos da Segurança Social 3 ações de formação para os Lares – 49 Lares e 82 formandos Formações nos Lares – pelo GCR e GCL-PPCIRA dos ACeS
Discutir a importância dos MES com impacto na comunidade
Reforçar a importância da prevenção da transmissão de infeção
Dar a conhecer medidas de prevenção e controlo de infeção
Objectivos
O que tem sido realizado
Formação às UCCI (2015) TEMAS UNIDADES E EQUIPAS
PARTICIPANTES (nº) PARTICIPANTES
(nº)
Normas da DGS: MRSA e Clostridium difficile
16 UCCI e 1 ECL
42
Formação de Coordenadores da CPBCI e Observadores do Módulo de Higiene das Mãos
13 UCCI
34
Microbiologia e Terapêutica antimicrobiana (2)
9 UCCI e 4 ECCI
6 UCCI e 5 ECCI
32
19
Reconciliação Terapêutica/Antibioterapia
14 UCCI E 1 ECL
34
Importante para o GCR - PPCIRA
Manter a articulação entre as instituições dos 3 níveis de cuidados para a
notificação de MES, formação de profissionais, troca de experiências
Manter a proximidade com cada nível de cuidados, através de reuniões, visitas às unidades, envolvimento nas atividades
Intensificar a intervenção nos Lares
Elaborar relatórios regionais e divulgá-los
Dinamizar as atividades da DGS e da OMS
Manter a rede de comunicação estreita com os GCL/Núcleos, coordenadores locais da CPBCI, para maior acompanhamento e envio periódico de informação (lista de contactos sempre atualizada)
Agradecemos o empenho e dedicação dos
profissionais das estruturas do
PPCIRA dos hospitais, Cuidados
Continuados Integrados e Cuidados de
Saúde Primários, que tornaram
possível esta articulação e coordenação
entre instituições.
Muito obrigada
Limpeza ou
beleza??
Nada nas mãos,
tudo nos bolsos!!