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29/09/13 O NÓ DO DEBATE ENTRE OLAVO DE CARVALHO E ALEXANDER DUGIN | Pro Roma Mariana
promariana.wordpress.com/2013/07/19/o-no-do-debate-entre-olavo-de-carvalho-e-alexander-dugin/ 1/9
4 Comentários
O NÓ DO DEBATE ENTRE OLAVO DE CARVALHO E ALEXANDER DUGIN
Publicado por Pro Roma Mariana emjulho 19, 2013
“E’ mais importante o inimigo que o amigo, escolhe-o com cuidado porque tal escolha vai influir nas tuas decisões”,
disse Carl Schmitt, mentor de Alexander Dugin. O inimigo número um de Dugin é o liberalismo, que ele define como
uma forma de darwinismo social no qual os mais ricos sobrevivem e crescem, enquanto o resto da humanidade sofre e
morre física e espiritualmente. Dugin o exprime num debate com o pensador brasileiro Olavo de Carvalho, mas o que
faliu nessa ocasião?
“O liberalismo é o pior mal dos nossos tempos, porque é inevitável; a partir dos anos ’90 é uma imposição que não
escolhemos” segundo Alexander Dugin, jovem professor da Universidade de Moscou, “ídolo na sua pátria; com
conferências repletas; os seus numerosos livros tratam dos mais variados argumentos que vão da cultura pop à
metafísica, da filosofia à teologia, dos negócios estrangeiros à polít ica interna”.
A descrevê-lo é Israel Shamir no seu artigo (vejahttp://www.agerecontra.it/public/pres30/?p=11862#more-11862) .
Dugin… “Fala diversas línguas, é um leitor voraz e tornou popular na Rússia muitos filósofos ocidentais pouco
conhecidos. Se presta a sondar as águas ainda mais fundas do pensamento místico e heterodoxo com uma coragem
desconcertante. É personagem controverso; adorado e odiado ao mesmo tempo, nunca aborrecido. É um estudante
praticante de misticismo, que lembra Mircea Eliade e Guénon, praticante ortodoxo tradicionalista, estudante ousado
das teorias da conspiração a partir dos Templares e do Santo Graal, passando pela Arctogaia de Herman Wirth; é um
mestre teórico na aplicação das teorias de Jean Baudrillard e Guy Debord; mas sobretudo é um lutador infatigável pela
liberdade do homem da tirania liberal americana e até da Maya, virtual realidade pós-moderna, com meios polít icos.
Como Alain Soral e Alain de Benoist, considera obsoleta a dicotomia entre Esquerda e Direita. O que conta é a escolha
entre Conformidade ou Resistência à Nova Ordem Mundial. Dugin é pela Resistência. Para este fim, ele se move como
um cão feroz entre as diversas teorias polít icas. Fé, tradicionalismo, revolução, nacionalismo e comunismo são os
ingredientes de que se serve… O liberalismo, e a liberdade levam a uma destruição social; livram o homem da família,
do estado, da sua identidade sexual e até de sua humanidade. O liberalismo acabará por levar à substituição do
homem pelocyborg geneticamente modificado.”
Dugin propõe-se resolver o problema ontológico profundo da alienação e negação do Ser com as palava de Martin
Heidegger, segundo o qual os antigos gregos confundiam o Ser-em-si (Sein) com a experiência humana do Ser-no-
mundo (Dasein), e esta confusão, no tempo, nos levou ao progresso tecnológico e introduziu o Nada. Isto é o que
queria superar introduzindo o Ser-no-mundo como o mais fantástico ator da história. Para os liberais o individuo é o
mais importante, para os comunistas é a classe social, para os nazistas a raça, para os fascistas o estado, e para Dugin
e o seu Quarto Paradigma é o Ser-no-mundo. Assim o escuro profundo da alienação pode tornar-se luz do Ser, diz
Dugin.
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“Quanto à Rússia, ele vê a sua terra como base possível para a resistência à Nova Ordem Mundial, junto a outros
estados que desafiam a imposição americana. Não crê que a Rússia esteja pronta para o grande desafio, está por
demais evasiva e dividida, mas é do que dispomos por hora. A sua vantagem nuclear poderia defender os primeiros
germens das novas idéias de justiça sumária do xerife do mundo.
A Quarta Teoria Polít ica é um bom início para expor as idéias de Dugin aos leitores ocidentais. Afinal, também a recusa
do niilismo ocidental de Heidegger é uma idéia do ocidente. Dugin “delineou uma ideologia para Putin, o qual usou as
suas palavras, livrando-se dos pensamentos que estavam na sua base… examinou cada conceito ou idéia do Este e do
Oeste, mesmo aqueles proibidos e esquecidos, sempre que pudessem favorecer a Resistência. Usou o comunismo,
mas também as idéias derivadas dos grupos mais tradicionalistas e radicais, de modo que nem mesmo Hitler e Mussolini
fossem suficientemente extremos. Uniu teologia, polít ica e metafísica numa única meta-narração. Tudo com um estilo
lúcido e agradável para Israel Shamir.
“A quarta teoria política, publicada por Arktosh, tem o mesmo título de um dos mais recentes e importantes livros
de Dugin, embora seja bem diverso na substância; o título mais adequado seria ‘Dugin Reader’, ou ‘Essential Dugin’.
Foi particularmente pensado para um leitor ocidental de língua inglesa. Elemento importante: posso eu mesmo
testemunhar, escrevendo seja em russo que em inglês, que, sendo culturas polít icas tão diversas não é por nada
simples tornar facilmente compreensível em inglês um testo de filosofia polít ica russa. Deste modo o livro fornece um
bom ponto de partida para conhecer Dugin como filósofo polít ico.
“O título A Quarta Teoria Poltica vai contra três dos mais importantes paradigmas (teorias polít icas) do século passado,
ou seja Liberalismo, Marxismo (incluindo Comunismo e Socialismo) e Fascismo (incluindo o Nacional-socialismo). Numa
luta secular, o liberalismo venceu e derrotou as outras duas (“Fim da História”). A Quarta Teoria (ou melhor,
paradigma) propõe-se superá-lo e enterra-o. O objetivo de Dugin não é o de apresentar uma teoria que substitua as
outras três, mas sim de assentar as bases para a criação e o desenvolvimento de uma nova visão. Esta nova teoria
não se propõe explicar como funciona o mundo, mas quer mudá-lo; quer inspirar uma cruzada contra o liberalismo
ocidental, aquela da segunda guerra mundial contra o nazismo. Em outras palavras, não é tanto uma teoria quanto
una doutrina de luta, uma chamada à reconstrução do nosso mundo.”
Fonte: www.thetruthseeker.co.uk Link:http://www.thetruthseeker.co.uk/?p=73879
da traduzione di Cristina Reymondet Fochira parawww.comedonchisciotte.org
Embora a Quarta Teoria seja etiquetada de arma anti-liberalismo, é possível ver nela um impulso que possa superar os
miseráveis problemas presentes?
Ora, antes de tudo devemos reconhecer aqui as vigorosas «intuições» da alma russa, como foram as de Vladimir
Soloviev, que sabia dever dirigir seu olhar, mais que a Ocidente simplesmente, em especial para Roma.
Lemos, pois, o que Israel Shamir descreve de Dugin sob uma certa luz, visto que não se entende o «pensamento
ocidental» sem referência, no bem e no mal, à Roma, capital da Cristandade, cuja restauração os bons pensadores e o
Olavo, deveriam almejar.
Aqui, porém, o «pensamento ocidental» a restaurar no presente tem por referência no mal, a degenerada
mentalidade da Roma conciliar, uma vez capital da Cristandade, mas hoje ocupada pelos que entendem entregá-la ao
liberalismo mundialista.
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Trata-se justamente daquela «aberração liberal» que nós católicos tentamos enfrentar, volvendo o olhar para os
valores eternos da verdadeira Roma, mas também para a Rússia, da qual a Mãe de Deus pronunciou o nome em
Fátima.
Ora, visto que os homens e os povos se governam com o pensamento, é preciso saber o que esta falsa romanidade,
que se tornou acéfala (veja visão profética da terceira parte do «Segredo» de Fátima, mais clara em 1960) consegue
impingir na mentalidade universal para arruinar as defesas do homem espiritual, como Deus o criou.
O que foi senão a falsa liberdade desse desregrado liberalismo introduzido na Religião? Mas Dugin e Olavo de Carvalho
não tiveram esta preocupação nesse debate, como se fosse questão alheia à mentalidade decadente que impera na
hora presente.
Ora “Dugin é pela liberdade, mas recusa o individualismo”. Conceitualmente, submete os direitos individuais a uma
áspera crítica: o liberalismo é a favor de débeis direitos humanos, que são só os direitos de pequenos homens
submetidos aos grandes do poder. A liberdade do homem é liberdade para um só homem, diz. Eis que Dugin propõe
resolver o problema ontológico profundo da alienação e negação do Ser seguindo Martin Heidegger, para superar a
confusão que levou à tecnologia do Nada.
Isto introduzindo o Ser-no-mundo como o mais fantástico ator da história!
Com o “Quarto Paradigma” Dugin quer assim superar o que impede ao homem atingir este ideal mais importante, que
“para os liberais é o indivíduo, para os comunistas é a classe social, para os nazistas a raça, para os fascistas o estado”.
Para ele o verdadeiro bem seria sempre o Ser-no-mundo. Assim, do fundo escuro da alienação poder-se-ia ascender à
luz do Ser.
Como raciocinar catolicamente sobre tal dilema, deixando de lado o existencialismo de Heidegger e as más
experiências históricas das ideologias modernas? Naturalmente voltando à verdadeira liberdade humana, que tem por
referência a Verdade (que nos torna livres em Jo 8, 32).
Pois bem, a primeira verdade é que o mundo e o homem existem segundo uma Ordem precedente o nosso pensar e
querer «Ser-no-mundo». Esse mundo existe como obra de Quem é o único a poder dizer: «Eu sou o que È»; O Ser
supremo que criou esse mundo e o ser humano para um fim do Seu Ser. A história humana segue bem ou mal tal
Fim. Bem ou mal, porque o homem, com a sua consciência livre, é o protagonista desse drama.
O livro do Apocalipse, encerrando a história humana, contem visões e sinais cifrados para cada tempo. Se foram
revelados, é porque servem para fazer entender o que nos parece velado, mas é sujeito de entendimento no curso
de eventos reais.
A queda do homem da esfera sobrenatural ao mundo tecnológico, atraído como está pela tentação de usufruir ao seu
bel prazer das próprias liberdades, é drama profundo da alma humana, uma realidade de todos os tempos, de fundo
religioso.
A questão do «liberalismo» histórico estaria no Apocalipse?
Hoje, para discernir sobre o sentido das presentes quedas «epocais», que determinam o destino humano – de
dimensão deveras apocalíptica – há que voltar a uma sábia interpretação de um passo dramático desse Livro. Trata-se
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de uma notável exegese para os tempos modernos, que indica como causa de horrores morais assoladores do mundo,
o abuso da liberdade, o uso fatal do poder de abrir o poço dos abismos de iniqüidade. Tal exegese refere-se às falsas
liberdades do nosso tempo apocalíptico; é uma interpretação do passado recente e justamente de quem tinha o
poder pontifício das chaves. E o termo «chave» tem um significado muito importante para esclarecer os enigmas da fé
católica, que deve guiar as consciências, pois chave está para um sábio «fechar», enquanto o liberalismo está para um
irresponsável «abrir».
Trata-se aqui do Papa Gregório XVI na sua Encíclica «Mirari vos» (15.8.1832):
“Removidos os limites que contém no caminho da verdade os homens, que pela sua natureza propensa ao mal são
atraídos ao precipício, podemos dizer que em verdade foi aberto o poço do abismo, do qual São João viu sair um tal
fumo que obscureceu o sol, saindo dele incontáveis gafanhotos para devastar a terra. ”
É a menção do Apocalipse (9, 1): “E o quinto anjo tocou a trombeta; E vi um astro cair do céu sobre a Terra. E
foi‑lhe dada a chave do poço do abismo. E abriu o poço do abismo…
Na encíclica Mirari Vos o Papa Gregório XVI acusa: “O delírio do indiferentismo religioso… pelo qual em qualquer
profissão de fé pode a alma conseguir a salvação eterna, conformando‑se ao que é justo e honesto”; “O erro
venenosíssimo de que se deva admitir e garantir a cada um a liberdade de opinar, a liberdade de consciência, diante
da religião…”
Trata‑se do conceito moderno de liberdade religiosa e direitos humanos sancionado pelo Vaticano 2º e apregoado
desde então contra os perigos que os Papas denunciaram: A este ponto o “astro”, estrela caída do Céu é
a autoridade que abriu a Cristandade à idéia de direito à liberdade religiosa. Um falso profeta que abriu a Cidade de
Deus à demolição do mundo liberal, para que o testemunho cristão de fidelidade e penitência fosse eliminado em
favor de uma pastoral baseada na justiça e paz da ONU. Efeito da polít ica inspirada por um iluminismo naturalista e
agnóstico, infestante o mundo para induzir a indiferença e o relativismo ecumenista, verdadeiro atentado contra a Fé,
para cuja preservação, confirmação e unidade no mundo, Jesus conferiu as chaves a Pedro.
De outro modo muitas versões religiosas, mesmo opostas, seriam divinas e Deus havia iludido os crentes! É a blasfêmia
da abertura à variação ecumenista conciliar.
A exegese papal indicava a abissal ruína a que leva o abuso da liberdade em todos os campos, mas o pior seria no
campo da religião, fato denunciado continuamente pelo Magistério da Igreja. No entanto, hoje, o que este
condenava, foi justificado pela “liberdade religiosa” justamente no sentido contrário ao Magistério, e no nome desse
poder pontifical das chaves para frear o mal; do verdadeiro Pontífice, cujo poder das chaves foi instituído para conter
“no caminho da verdade os homens” – mas foi usado para abrir e tirar as barreiras que continham as falsas liberdades
para o mal.
Desse modo o texto sagrado indica quem abre tal abismo usando a chave; não certo os inimigos desprovidos dessa
autoridade, que sempre estavam prontos para fazê-lo, mas nunca tiveram a suprema chave espiritual do poço para
abri-lo.
Quem abre o depósito que preserva as verdades necessárias para a ordem da vida humana na terra para os que vão
abusar da liberdade para negá-las e destruí-las, é alguém que caiu da esfera espiritual e obtêm, quem sabe como, a
chave desse abismo em que os erros, enganos e iniqüidades estava selado pela verdade de Cristo: quem poderia abrir
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esse fatal arsenal contra a verdade e a moral se não alguém em nome de Cristo? Diz Gregório XVI: «Desta
corruptíssima fonte de indiferentismo vem a absurda e errônea sentença, em verdade delírio, que se deve admitir e
garantir para todos uma liberdade de consciência (em foro externo). Tratar-se-ia de uma liberdade feita lei… e aí
temos o «liberalismo global» para dano da Igreja e do Estado.
Daí ser evidente que removidos os selos que contém as bombas contra a verdade, os homens propensos ao mal,
depois de aberto o poço do abismo, este se propaga como gafanhotos incontáveis para devastar a terra. (cf.
Apocalipse).
O que poderia ser mais mortal para a alma que a liberdade do erro?
Atenção, aqui o Papa não aludia a visões própria a filmes de terror, mas tratava de uma questão doutrinal de máxima
gravidade e atualidade para a vida humana, pessoal e social, embora representada simbolicamente. Trata-se da
questão do abuso da liberdade que na sociedade moderna tornou-se pavorosamente real porque apareceram desde
então ideologias letais em nome da mesma liberdade de consciência de alguns para decidir sobre a vida de todos,
como se viu. De fato, a partir de certa data, o uso da liberdade ao invés de ser contido sob a justiça e as chaves da lei
dos princípios cristãos, sempre confirmados pela Sede de Pedro, foi de repente liberado e assumiu um uso invertido
que protege mais o direito de liberdade do criminoso, dos rebeldes, dos transgressores, que do dever da polícia, dos
professores e dos governantes de manter a ordem; havia sido operada uma abertura à liberdade humana de
transgredir às custas de toda a ordem e moralidade das sociedades. Mas como estas dependem de uma ordem
superior, religiosa, compreende-se o símbolo de São João e do Papa invocando a profecia apocalíptica para tempos
finais.
Aqui é indicado o desencadeamento de toda libertinagem terrena, cuja conseqüência fatal para a alma humana é a
liberdade de conculcar a mesma verdade sobre o culto devido ao Criador para adorar a obra da criatura (cf. Rm 1, 25);
o culto do homem! Não mais guiar a vida pessoal e social com princípios imutáveis, mas com a polít ica, o oportunismo
ou a vertigem da hora, escolhido pelo livre exame como própria verdade!
Eis o que aconteceu depois do Vaticano 2º: o que era condenado pelos Papas como desvio fatal, é justificado por
uma “liberdade religiosa” de perdição, justamente no sentido contrário ao Magistério, mas em nome do poder
pontifício das chaves, que exalta a «dignidade humana» até de danar e perder-se! O poder instituído por Jesus Cristo
para conter “no caminho da verdade os homens, que pela sua natureza propensa ao mal são atraídos ao precipício” –
é agora usado para abrir a toda falsa liberdade; ao liberalismo que cedo ou tarde leva o mundo inteiro ao abismo!
Nisto então encontramos uma pobre convergência destes autores, pela simples razão que não volveram o olhar para a
Roma católica que se tornou Babilônia (I Pd 5, 10)
O que pode ser mais mortal para a alma que a liberdade do erro?
O Papa trata aqui de uma questão doutrinal de extrema gravidade e atualidade, mesmo se representada
simbolicamente. A questão do abuso da liberdade desde então assumiu uma dimensão crucial para a Igreja e para o
mundo, mas depois de uma certa data, ao invés de haver na Sede de Pedro, quem mantivesse a chave da
Autoridade sob controle, quem ocupou essa Sede, usou-a para abrir à máxima liberdade, que é aquela diante de
Deus, a «liberdade religiosa». Portando deve-se concluir que o «obstáculo ao erro», descrito por São Paulo na 2ª
carta aos Tessalonicenses, foi de fato «tirado do meio» (II Ts 2, 7). É também o que mostra a visão da terceira parte
do Segredo de Fátima. Em seguida à morte do Papa católico, houve a elevação a esta Sede do iníquo: o astro, isto é
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o bispo caído do Céu na terra. Um liberal modernista e mação. Foi o máximo mal para todas as gentes da terra, desde
Roma à América, da Rússia à China, etc.!
Conclusão: liberalismo da consciência ou consciência da verdadeira liberdade?
Esta seria a pergunta a fazer a estes dois estudiosos da polít ica, porque Olavo acaba por defender a liberdade
americana, que é no mundo o liberalismo que não só Dugin, mas a verdadeira Tradição condena. Isto se pode
compreender mais a fundo nos termos da importante encíclica papal, aqui citada E diga-se de passagem, ocasião
única em que um papa se refere ao Apocalipse para descrever as tendências mundiais.
Ora a ordem e o bem da sociedade humana dependem do grau de justiça em que se formam as consciências dos
homens e portanto da Verdade que nos revela o fim da mesma vida humana e nos dá os meios para alcançar a
salvação no Ser Eterno.
Isto não é assunto restrito à Religião, mas relativo a toda discussão sobre o governo faz sociedades humanas, como foi
esta que referimos, mas na qual esteve ausente.
Sim, porque o principal de toda polít ica é garantir a formação desta consciência para o justo uso da sua liberdade para
o bem e a ordem, porque “a ordem consiste na superioridade hierárquica da Fé sobre a razão, da Graça sobre o livre
arbítrio, da Providência divina sobre a liberdade humana, da Igreja sobre o Estado; e, para
dizer tudo de uma vez, na supremacia de Deus sobre o homem. Da restauração destes eternos princípios no âmbito
religioso e na ordem política e social depende a salvação das sociedades humanas. Tais princípios não podem ser
reativados senão por que os conhece, e ninguém os conhece senão a Igreja católica”. (Juan Donoso Cortés)
Parece que evocamos aqui algo de abstrato, nebuloso ou superado? Este è o grande erro presente que não foi
abordado nessa discussão; os princípios relativos ao bem e ao fim da vida humana são perenes e não mudam com as
épocas e as modas. Isto è o que pensam os miseráveis modernistas, que reduziram a Religião a um antro ecumenista.
Já dizia o Papa San Pio X (Notre Charge Apostolique, nº 40):“Não se edificará a sociedade diversamente do modo com
que Deus a edificou; não se edificará a sociedade se a Igreja não puser as suas bases e não dirigir os seus trabalhos;
não é preciso inventar a civilização, nem é preciso pôr a nova sociedade nas nuvens. Esta existiu e existe; é a
civilização cristã, é a sociedade católica. Trata-se só de instaurá-la, restabelecê-la incessantemente sobre as suas bases
naturais e divinas contra os ataques da malsã utopia e da impiedade rebelde.”
Nenhum programa sócio-políico pode ter um mínimo sucesso durável se não pôe em primeiro lugas o restabelecimento
da verdadeira Fé e da sua liberdade dirigida à formação das consciências na «liberdade humana» como foi criada por
Deus para todos, que é o contrário da «liberdade de consciência», da qual alguns ideólogos se servem para impor a
sua «liberdade» de decretar qual seja o novo bem comum: que seria aquele da ideologia por eles elucubrada! Nesta
discussão me pareceu que era contra essa «liberdade individual» que Dugin atacava. Mas não ficou claro.
Em todo o caso ficou claro que enquanto o atual liberalismo ideológico, materialista, mondialista e financeiro
prevalecer, continuarão a dominar «regimes» liberais, mas assassinos, que podem livremente programar até o que seja
o novo «bem» da submissão de povos inteiros em nome da «liberdade». É o futuro com o governo do Anticristo
dominante por causa da grande apostasia. Logo, a única solução è de um retorno das consciências à única verdade do
Supremo Ser criador do mundo para o fim do Seu Bem.
29/09/13 O NÓ DO DEBATE ENTRE OLAVO DE CARVALHO E ALEXANDER DUGIN | Pro Roma Mariana
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A posição de Dugin demonstrou-se mais preocupada com a geral decadência espiritual, que a do grande pensador
católico brasileiro, Olavo de Carvalho, que se demonstrou pragmática e americanista.
O fato é que não devemos temer falar do avanço do devastador reino do Anticristo nas ondas do liberalismo. E Dugin
teve a hombridade de fazê-lo nesta conclusão contra-corrente que segue em inglês.
Against Post-Modern World
Spiritually the globalization is the creation of the Grand Parody, the kingdom of the Antichrist. And the United States
is in centre of its expansion. The American values pretend to be “universal” ones. That it is new form of ideological
aggression against the multiplicity of the cultures and the traditions still existing in the other parts of the world. I am
resolutely against the Western values that are essential Modernist and Post-Modernist ones and promulgated by the
United States by force or by the obtrusion (Afghanistan, Iraq, now Libya, tomorrow Syria and Iran) .
So, all traditionalists should be against this West and the globalization as well as against the imperialist polit ics of
United States. It is the only logical and consequent position.
So the traditionalists and the partisans of the traditional principles and values should oppose the West and defend the
Rest (if the Rest shows the signs of the conservation of the Tradition – partly or entirely).
There can be and there are really men in the West and in the United States of America who don’t agree with the
present state of things and don’t approve the Modernity and Post-Modernity being the defenders of the spiritual
tradition of the Pre-Modern West. They should be with us in our common struggle. They should take part in our
revolt against Modern World and Post-Modern world. And we would fight together against a common enemy.
Unfortunately that is not the case of Mr. Carvalho. He shows himself partly critical of the modern Western civilization,
but partly agrees with it and attacks its enemies. It is a kind of “semi-conformism” so to say.
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← O GOLPE DE MESTRE DE SATANÁS CONSISTE EM SEMEAR A DESOBEDIÊNCIA À TRADIÇÃO ATRAVÉS
DA «OBEDIÊNCIA»
VERDADE RELIGIOSA E CIENTÍFICA DE FÁTIMA →
4 Respostas para O NÓ DO DEBATE
ENTRE OLAVO DE CARVALHO E
ALEXANDER DUGIN
Pro Roma Marianajulho 19, 2013 às 11:07
am
—– Original Message —–
From: Alberto Carlos Rosa Ferreira Das Neves
Cabral Neves Cabral
Sent: Friday, July 19, 2013 11:43 AM
Felicitações pelo seu artigo sobre Dugin. Quem sabe se a
Rússia,ou parte dela, ainda regressará a Nosso Senhor
Jesus Cristo. Nossa Senhora de Fátima garantiu que sim.
Mas ignoramos o como e o quando.
Saudações em Jesus e Maria.
Alberto Neves Cabral
Respondo ser de conforto para mim que uma pessoa de
seu valor concorde com a direção que dou a estes artigos.
Penso que seguir o que nos foi dado em Fátima seja justo
e sábio:
O mundo precisa de um grande milagre na ordem
«política»; do Reino de Jesus e de Maria!
Saudações nos Seus Sagrados Corações.
Arai Daniele
Resposta
Lucy V. Dorseyagosto 4, 2013 às 12:49 pm
Durante a construção, Hallet trabalhou sob a
supervisão de James Hoban, que também
estava ocupado trabalhando na construção da
Casa Branca . Apesar dos desejos de Jefferson e do
presidente, Hallet modificou o projeto original de
Thornton referente à fachada oriental e criou um pátio
central que se estende a partir do centro, acompanhando
as alas que abrigariam os dois órgãos legislativos. Hallet foi
demitido por Jefferson em 15 de novembro de 1794 .
George Hadfield foi contratado em 15 de outubro de
1795 como superintendente da construção, mas solicitou
demissão três anos depois, em maio 1798 , devido à
insatisfação com o projeto de Thornton e com a qualidade
do trabalho realizado até então.
Resposta
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Felicia Pachecoagosto 4, 2013 às 5:19 pm
A liberdade é o conjunto de direitos
reconhecidos ao indivíduo, considerado
isoladamente ou em grupo, em face da
autoridade polít ica e perante o Estado; poder que tem o
cidadão de exercer a sua vontade dentro dos limites que
lhe faculta a lei.
Resposta
Orlando X. Payneagosto 8, 2013 às 4:21 am
Em 1953, já no fim de sua vida, Ortega y
Gasset escreveu sobre o Estado:“Em la
evolución del Estado, la legislación se ha hecho
cada vez más fecunda, y en los últimos tiempos se ha
convertido en una ametralladora que dispara leyes sin
cesar. Esto trae consigo que el individuo no pueda
proyectar su vida, y como la función más sustantiva del
individuo es precisamente eso: proyectar su propria vida, la
legislación incontinente le desencaja de sí mismo, le
impede de ser”.Esta é outra bela maneira – profunda – de
dizer que há uma contradição abissal entre o anelo pela
liberdade do homem e a forma como o Estado está
constituído nos tempos atuais. Ortega completa afirmando
o caráter surdo e inexorável das leis. Quero aqui meditar
sobre essa constatação do filósofo. Ele acrescenta: “Por su
propria forma la ley es inexorabelmente inhumana y anti-
natural – buen ejemplo de cómo todo lo social es
humanidad deshumanizada, mineralizada”.Antes, convém
lembrar para que o Estado foi criado. Na origem o Estado
resultou da visão de homens excepcionais que, diante do
perigo, organizaram o Estado para defender a
comunidade. Portanto, é o Estado um instrumento da luta
dos homens contra os perigos externos à comunidade,
sejam estes naturais, sejam (o que é mais freqüente), os
perigos oriundos de populações humanas inimigas.
Resposta