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36 Abril de 2013 www.briefing.pt Motivação Briefing | Esteve em Portugal para participar na Happy Confe- rence. Qual é o seu conceito de felicidade? Chris McChesney | Penso que há diferentes formas de felici- dade. Temos felicidade com a família e nas relações pessoais, por exemplo, mas considero que um dos ingredientes que tem de estar presente é a realização. Se falar com as pessoas e lhes per- guntar quando é que elas ficam mais satisfeitas profissionalmen- te a resposta tem mais a ver com realizção do que com dinheiro ou benefits. Perguntamos regu- larmente às pessoas qual o mo- mento que elas recordam com mais agrado na sua carreira pro- O líder é determinante “O líder é determinante. É ele que tem de construir a estrutura, dinamizar, organizar um scoreboard , ser o responsável”. Este é um dos princípios que assegura o sucesso das quatro disciplinas da execução que o norte- -americano Chris McChesney, veio explicar a Lisboa, à Happy Conference. fissional e elas falam nos tempos em que alcançaram o sucesso ou uma vitória. Briefing | Quais são as quatro disciplinas da execução? CC | A ideia é ensinar disciplina a uma equipa para atingir os seus objectivos, não se distraindo com o que está à sua volta. Fazer com que os seus trabalhadores este- jam focados no que fazem é um dos grandes desafios das empre- sas. Portanto, a primeira é como conseguir focar as pessoas numa organização. Quando a equipa sabe o que tem de alcançar, surge a segunda disciplina: vantagem. Tem a ver com tudo aquilo que podemos medir e influenciar. Mui - tas vezes é aquilo que a equipa já sabe que tem de fazer mas não está disciplinada para o fazer. Por exemplo, as crianças sabem que têm de fazer os seus trabalhos de casa e de estudarem mas saber realmente fazê-los é uma coisa completamente diferente. A ter- ceira é saber como se motiva as pessoas e tem a ver com a rea- lização de scoreboards. Depois de se definir um um objetivo e a forma como se chega lá, com a terceira disciplina temos de sa- ber como se capta a atenção das pessoas, como elas entram no jogo. A quarta tem a ver com se joga esse jogo – ou sejam evitar as distrações e transmitir objeti- vos bem precisos à equipa. É tão simples mas cada um deles é difícil de atingir por diferentes razões. Briefing | Pode dar um exemplo? CC | Quando é preciso que as equipas se foquem, temos de dizer não a boas ideias e as pessoas não gostam nada de dizer não a boas ideias. Briefing | Como é que “desco- briu” estas quatro disciplinas e como é que se interessou por estas temáticas? CC | Gostava de ter o mérito de as ter descoberto mas foi o resultado de um trabalho de grupo e ninguém pode reivindicar a sua autoria. As primeiras investigações come- çaram em 2001/2002. Avaliámos

O líder é determinante

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O líder é determinante

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36 Abril de 2013 www.briefing.pt

Motivação

briefing | esteve em Portugal para participar na Happy Confe-rence. Qual é o seu conceito de felicidade?Chris mcChesney | Penso que há diferentes formas de felici-dade. Temos felicidade com a família e nas relações pessoais, por exemplo, mas considero que um dos ingredientes que tem de estar presente é a realização. Se falar com as pessoas e lhes per-guntar quando é que elas ficam mais satisfeitas profissionalmen-te a resposta tem mais a ver com realizção do que com dinheiro ou benefits. Perguntamos regu-larmente às pessoas qual o mo-mento que elas recordam com mais agrado na sua carreira pro-

o líder é determinante

“O líder é determinante. É ele que tem de construir a estrutura, dinamizar, organizar um scoreboard , ser o responsável”. Este é um dos princípios que assegura o sucesso das quatro disciplinas da execução que o norte- -americano Chris McChesney, veio explicar a Lisboa, à Happy Conference.

fissional e elas falam nos tempos em que alcançaram o sucesso ou uma vitória.

briefing | Quais são as quatro disciplinas da execução?CC | A ideia é ensinar disciplina a uma equipa para atingir os seus objectivos, não se distraindo com o que está à sua volta. Fazer com que os seus trabalhadores este-jam focados no que fazem é um dos grandes desafios das empre-sas. Portanto, a primeira é como conseguir focar as pessoas numa organização. Quando a equipa sabe o que tem de alcançar, surge a segunda disciplina: vantagem. Tem a ver com tudo aquilo que podemos medir e influenciar. Mui-

tas vezes é aquilo que a equipa já sabe que tem de fazer mas não está disciplinada para o fazer. Por exemplo, as crianças sabem que têm de fazer os seus trabalhos de casa e de estudarem mas saber realmente fazê-los é uma coisa completamente diferente. A ter-ceira é saber como se motiva as pessoas e tem a ver com a rea-lização de scoreboards. Depois de se definir um um objetivo e a forma como se chega lá, com a terceira disciplina temos de sa-ber como se capta a atenção das pessoas, como elas entram no jogo. A quarta tem a ver com se joga esse jogo – ou sejam evitar as distrações e transmitir objeti-vos bem precisos à equipa. É tão

simples mas cada um deles é difícil de atingir por diferentes razões.

briefing | Pode dar um exemplo?CC | Quando é preciso que as equipas se foquem, temos de dizer não a boas ideias e as pessoas não gostam nada de dizer não a boas ideias.

briefing | Como é que “desco-briu” estas quatro disciplinas e como é que se interessou por estas temáticas?CC | Gostava de ter o mérito de as ter descoberto mas foi o resultado de um trabalho de grupo e ninguém pode reivindicar a sua autoria. As primeiras investigações come-çaram em 2001/2002. Avaliámos

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500 mil pessoas e centenas de organizações em todo o mundo. Reunimos uma grande quantida-de de informação e chegámos a várias conclusões, tendo depois alcançado as quatro disciplinas que, no início eram diferentes do que são hoje. Passaram por todo um lento processo de me-tamorfose até chegarem ao que são hoje.

briefing | Como é que as qua-tro disciplinas podem ajudar os gestores a melhorarem as competências dos membros das suas equipas e os com-promissos para com a empre-sa? CC | Penso que disse a palavra--chave quando falou em com-promisso. Quando pensam em executar uma estratégia muitas pessoas começam a “visualizar” a melhor forma de “empurrar” a organização para atingir esse objectivo. Mas as quatro disci-plina são sobre “puxar” e não “empurrar”. Os gestores ajudam as pessoas a entrarem no jogo, a realizarem os seus compromis-sos. Na realidade, em vez de lhe chamarmos as quatro disciplinas da execução poderíamos cha-mar-lhes as quatro disciplinas do compromisso.

briefing | são aplicáveis a to-dos os modelos de negócio e sectores?CC | Sim, quer para o sector público quer para o privado. As quatro disciplinas têm mais a ver com o ser humano do que com os modelos de negócio. Se o negócio não tem pessoas, eu não posso ajudar…Chegar à conclusão de que era tudo so-bre pessoas foi um importante marco para nós pois tínhamos começado por pensar que era uma questão de modelo de ne-gócio. As pessoas são tudo e o que é preciso é estudar a forma como as atraímos, como as “pu-xamos” e não como as “empur-ramos”.

briefing | Qual é a sua principal mensagem para os gestores e Ceo portugueses sobre estas quatro disciplinas?CC | Tenho pensado nisso não

apenas em relação a gestores e CEO mas também em relação aos líderes – esta é a primeira vez que estou em Portugal e estou encantado com o país. A prin-cipal mensagem é esta: se você é um líder a coisa mais impor-tante que pode fazer é criar um jogo que possa ser ganho pela sua equipa. Escolhi estas pala-vras com cuidado pois o líder é determinante. É ele que tem de construir a estrutura, dinamizar, organizar um scoreboard, ser o responsável. Mas se as pessoas não sentirem que estão a fazer parte de um jogo que pode ser vencido não o podem executar. Isso também se aplica ao Go-verno pois as empresas também têm de sentir que estão perante um desafio que podem vencer. Se o Governo não criar um jogo que possa ser ganho, as em-presas vão para outro sítio, para onde podem vencer.

briefing | Como é que desen-volveu o seu interesse por estas matérias?CC | O Dr. Steven Covey escre-veu um livro há 23 anos, “The 7 habits of highly effective pe-ople”, e fiquei com uma vonta-de de trabalhar com ele e até trabalhei durante cinco meses de borla, até que, finalmente, me contrataram. É um tema muito interessante e a execu-ção tornou-se particularmente interessante porque repará-mos que algumas companhias eram muito boas a terem ideias e tinham boas estratégias mas desagregavam-se porque nin-guém aderia a elas. Concluímos que se fosse encontrada um so-lução para ajudar as empresas a lidar com este assunto, isso seria um bom negócio.

briefing | Como é que se põe a equipa a sentir que pode ga-nhar o jogo?CC | Quando começámos o nosso trabalho nós ensinámos os consultores da Franklin Co-vey a treinar as equipas mas não resultou muito bem. Mudámos de estratégia e começámos a trabalhar apenas com o líder. É ele que fica com todas as ferra-mentas para ensinar a equipa.

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