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Em nova psicografia, o jornalista Fábio Nasser explicita que na política nacional, as bandeiras estão vazias, levantadas por interesseiros, gatunos e ratos que ocultam suas ações para não serem presos. Para o espírito, a imagem que Castro Alves fez da escravidão no Navio Negreiro, ainda é um retrato fiel no atual materialismo que subjuga as consciências ocupando-as em edificar vaidades e não valores
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GOIÂNIA, TERÇA-FEIRA, 23 DE FEVEREIRO DE 2016WWW.DM.COM.BRDiário da Manhã 5
co, que avisou que no Centro-Oes-te brasileiro, nasceria a civilização que governaria a Terra no terceiro milênio, provendo amor e sendo celeiro para a humanidade. Assim como Jesus, que enunciou mediu-nicamente para o São João Evan-gelista que, quando o mundo pa-recesse virar contra si próprio, é que chegara o momento da gran-de transformação, que se cumpri-ria na mal interpretada escritura apocalíptica que, não prevê o caos, porém uma nova era, habitada por pensamentos regenerados e bons, e os maus, por plena incompati-bilidade, não encontrariam aqui, mais abrigo para seus ideais em-pedernidos. E aí, ceitil por ceitil, es-tará julgado e, o trigo, purificado.
Na nova mensagem, Fábio co-meça solucionando ao seu pai, uma questão que só cabe aos dois decifrar, visto que o espírito o es-clareceu: “Eu sou você antigamen-te e você será o que eu fui um dia! É confuso compreender o que eu quis dizer, mas nós dois sabemos e, é o bastante.” Porém, Batista, con-fidenciou a este que vos fala, que trata-se de questão familiar.
Adiante, o espírito recorda, nostálgico, as múltiplas existên-cias da individualidade ao longo das reencarnações e as várias vi-vências dentro de uma mesma existência. “Pai querido, quantos passos nós já demos para realizar sonhos e desejos! / Não nos cansa-mos até hoje e a luta há de conti-
nuar!” , sentencia Fábio, avisando ao pai, que as batalhas pelo ideal de liberdade precisam seguir fir-mes na nau do Diário da Manhã.
Há espíritos em toda parte. O próprio Chico Xavier -- uma das mais ressoantes antenas medianí-micas que pisaram na Terra --, di-zia que ao arremessar uma bolo-ta de papel no ar, por quase certo que se acertaria a cabeça de um transeunte invisível. E na missi-va, Fábio afirma que sempre está presente ao lado do pai, acompa-nhado de toda a família que já se encontra no plano da erraticida-de, como a Consuelo Nasser, sua mãe, e o tio, Alfredo Nasser. “Vi-sito-o sempre. / Toda a família reunida: eu, minha mãe e, nosso
Nasser”. Este, por sua vez, tem pa-pel maior no Plano Superior, pela sua moralidade consagrada ain-da quando vivo, e Alfredo Nasser, segundo informa Fábio, é “incan-sável, a escrever e a eternizar suas verdades, principalmente junto aos representantes do Poder Cons-tituído.” Ou seja, Batista Custódio, quando escreve, está amparado pela inspiração do amigo Alfredo Nasser que também intercede por ele em outras esferas da vida. E Fá-bio avisa que, todos eles, e o pró-prio pai, estão “fieis aos princípios da igualdade e da coerência.”
A LUTA DA LIBERDADE
O Diário da Manhã criou o ide-ário OpiniãoPública, que dá voz a quem outrora esteve amordaçado, a quem não tem como ser ouvido.
Este quem vos escreve, no iní-cio da implantação do caderno OpiniãoPública, não acreditava que uma ideia como esta pudes-se sobreviver em um País onde o pensamento, que não se submete a vontade dos poderosos, é sufoca-do. Mas eu estava enganado.
Buscando fôlego na honra dos pensadores que articulam suas ideias livremente, o Diário da Ma-nhã -- ao dar espaço para os de honra espancada em praças pú-blicas, aos apedrejados nos erros e servir de pedestal para os con-sagrados no bem --, faz justiça. E Fábio filosofa: “Justiça. Essa toma todo o itinerário do planeta, para passar em cada um, o que deve e pode ser feito pela criatura huma-na que não mais tem a oportuni-dade de gritar e ser ouvida.”
A verdade sempre vai ao cume para ser contemplada pelos que ainda tateiam à beira da monta-nha e Fábio, então, explicita a rea-lidade do Brasil, ao dizer que, tan-to as religiões, com hinos vazios; tanto as bandeiras ideológicas, amassadas pela corrupção; tanto as lutas políticas, usurpadas; es-
R ibombam as chibatas da vaidade, estraladas nas costas das consciências sujas no egoísmo, man-
chadas de suor decantado gota a gota na dor alheia e aos litros der-ramados de lágrimas esgotadas no relicário do coração humano.
Encarcerado pelos elos da cor-rente do ferro materialista e lança-do às masmorras lúgubres dos ví-cios, o homem moderno continua escravizado. É escravo de si. De seus pensamentos; de seus atos; de suas instituições e; de seus go-vernadores em todas as esferas.
Desta vez, a escravatura tran-saciona-se multicolor. Todos os tons de pele estão sob o pesado gri-lhão do pessimismo. A mulher e homem atuais, assenzalaram-se subjugados ao comércio das vaida-des mundanas. Seja a da aparência estética no rosto, que um dia des-vanece-se na encanescência; seja a da aparência de poder, que um dia tomba-se cabisbaixada ao os-tracismo, que é o espaço reserva-do na História para os assanhados no mundanismo, como a glória é o espaço na História para os humil-des e plantadores de esperanças no peito das multidões.
Vagantes esquecidos de si, es-tamos náufragos ante o oceano das possibilidades, apoiando-nos em pedaços escombrais do navio de nossas mazelas. Aonde a hu-manidade perdeu a bússola que a apontava para o Norte? Aonde, nas noites frias de escuridéu, não pudemos enxergar o caminho das estrelas mapeadas no firma-mento, apontando-nos as desti-nações evangélicas rumo às baías do amor, para atracarmo-nos nos portos de Deus na prática de todas as nossas múltiplas virtudes?
Na viagem da embarcação hu-mana, a linha do céu desce sobre-pondo-se a serpenteação do mar, e muitos confundem a órbita dos olhos ao fitar a lonjura dos hori-zontes. Preferem ocupar-se com a vida que existe no intervalo entre o berço e as catacumbas, olvidan-do os ensinos imortais que atra-vessaram civilizações inteiras e que hoje, mais do que nunca, res-soam como verdades que exigem sua cumprição. Os clarins das pro-fecias tocam no agora, porém, afo-gados no materialismo, as audi-ções estão tampadas de vaidades e não ouvem o clamor dos tempos: “é chegada a undécima hora!”.
Foi preciso que os mortos ficas-sem de pé, voltassem do além e pe-gassem a mão de vários médiuns no século 19, precisamente na dé-cada de 1850, Paris, para ecoar do seio da França para todo o mundo: “Estamos vivos! E vocês virão para cá. Façam o bem, somente o bem, para colher Deus. E se, o mal, co-lherão as dores da própria consci-ência até que os olhos encontrem a secura das lágrimas e o cora-ção ache o agreste dos arrependi-mentos tardios.” E com o avan-ço da filosofia espírita, obtida por pesquisa exaustiva pela razão do cientificista Hippolyte Léon Deni-zard Rivail, que viria a se chamar Allan Kardec, hoje o mundo goza de milhares de templos espiritistas que recebem mensagens dos ditos mortos e que vêm dos céus conso-larem as dores da Terra.
AS VOZES DA ETERNIDADE
Nesse contexto de intercâmbio com a vida espiritual, chegou pelas mãos da sensitiva Divina Barros no último dia 18 de fevereiro, uma nova missiva enviada pelo jorna-lista Fábio Nasser, filho de Batista Custódio, editor-geral deste diário.
Filho e pai trocam pensamen-tos de cá pra lá e de lá pra cá, entre preces e mensagens recebidas por diversos médiuns do Brasil, onde Fábio Nasser, auxiliado por Alfre-do Nasser e outros espíritos, que também já enviaram suas men-sagens, como Humberto de Cam-pos, Bezerra de Menezes, Pedro Ludovico Teixeira, François-René de Chateaubriand, Joaquim Teotô-nio Segurado, entre outros, nobres ou anônimos, que seguem na vida espiritual sob a bandeira do Evan-gelho de Jesus.
Bandeira cuja causa é a instau-ração completa do reino de amor sobre a Terra, segundo as inúme-ras profecias, como a de dom Bos-
“Meu velho pai e amigo, a sua bênção.Em suma: o que nos faz admirarmos,
um ao outro, é aquela velha história que eu conheço, como você, esse lado, esse assunto. Eu sou você antigamente e você será o que eu fui um dia!
É confuso compreender o que eu quis dizer, mas nós dois sabemos e, é o bastante.
Pai querido, quantos passos nós já demos para realizar sonhos e desejos!
Não nos cansamos até hoje e a luta há de continuar!
Visito-o sempre.Toda a família reunida: eu, minha mãe e,
nosso Nasser, incansável, a escrever e a eternizar suas verdades, principalmente junto aos representantes do Poder Constituído.
Somos fieis aos princípios da igualdade e da coerência.
Justiça. Essa toma todo o itinerário do planeta, para passar em cada um, o que deve e pode ser feito pela criatura humana que não mais tem a oportunidade de gritar e ser ouvida.
Hinos, bandeiras, lutas, todas vazias e, o sonho de sonhar um mundo melhor, ainda mora onde os ratos e os gatunos aprisionaram essas vontades, para que não sejam levados, como noutros tempos, às praças, às prisões, para lhes fazer calar a vontade de que o Poder seja firme na condução dos homens, mas que os direcione sem a força e o Poder, apenas com AMOR!
Registro aqui, o quanto lutamos e lutamos, através do que tínhamos, para dar às criaturas da Terra, mais confiança e esperança em seus dirigentes, tudo isso através da palavra escrita nas madrugadas,
onde o nosso espírito já se arranchara para não alimentarmos mais as nossas emoções golpeadas pela dura realidade do SER.
Paizão, verdade, o senhor sabe, é um sonho “dantesco” como expressava, no passado, em Navio Negreiro, o nosso amado Castro Alves, deixando que nos aprisionássemos em seus versos que expressavam tudo o que os “senhores” e os “escravos” sentiam.
Até hoje os leio e o retrato é fiel na realidade dura deste momento na Terra.
Mas os sentimentos bons e de liberdade se eternizam nesse Universo que mais não é, a expressão Maior da VIDA e da VERDADE de Jesus!
Meu amor, muito especial nessa oportunidade ímpar em nossas andanças...
Seu filho,Fábio Nasser Custódio dos Santos
Ê A MENSAGEM PSICOGRAFADA
Fac-símile da carta psicografada na noite de 18/02/2016 pela médium Divina Barros, no Centro Espírita Irmã Dulce
O GRILHÃO DAS ALMAS
l Em nova psicografia, o jornalista Fábio Nasser explicita que na política nacional, as bandeiras estão vazias, levantadas por interesseiros, gatunos e ratos que ocultam suas ações para não serem presosl Para o espírito, a imagem que Castro Alves fez da escravidão no Navio Negreiro, ainda é um retrato fiel no atual materialismo que subjuga as consciências ocupando-as em edificar vaidades e não valores
fábio
nasser
tão sendo usadas por ladrões da fé, ratos e gatunos que se entre-cercam para impedir que seus er-ros sejam expostos. É o remane-jar das corrupções de um nos atos do outro. E de, manejo em ma-nejo, a verdade vem vindo à tona em todo lugar. “Hinos, bandei-ras, lutas, todas vazias e, o sonho de sonhar um mundo melhor, ainda mora onde os ratos e os ga-tunos aprisionaram essas vonta-des, para que não sejam levados, como noutros tempos, às praças, às prisões, para lhes fazer calar a vontade de que o Poder seja firme na condução dos homens, mas que os direcione sem a força e o Poder, apenas com AMOR!”, cla-ma o espírito de Fábio para que os governantes governem com a for-ça redentora do mundo: o amor.
Novamente, Fábio relembra ao pai que esses 15 anos em que en-via mensagens psicografadas têm o propósito de dar às pessoas con-fiança e esperança no futuro, e re-pete que sempre está ao lado do pai, em simbiose espiritual, para que ambos se fortaleçam dos golpes da vida. “Registro aqui, o quanto lutamos e lutamos, atra-vés do que tínhamos, para dar às criaturas da Terra, mais confian-ça e esperança em seus dirigen-tes, tudo isso através da palavra escrita nas madrugadas, onde o nosso espírito já se arranchara para não alimentarmos mais as nossas emoções golpeadas pela dura realidade do SER.”
A AVE QUE ARREBENTOU CORRENTES
Avançando sobre a conceitua-ção metafórica da “verdade”, Fá-bio cita a ave condoreira de maior relevância nos céus da história da literatura brasileira: Castro Alves. E compara a narração poética dos tempos do poeta baiano, com a atualidade, afirmando que se ler-mos o Navio Negreiro vamos en-contrar “o retrato fiel na realidade dura deste momento na Terra”.
“Verdade, o senhor sabe, é um sonho ‘dantesco’ como expressa-va, no passado, em Navio Negrei-ro, o nosso amado Castro Alves, deixando que nos aprisionásse-mos em seus versos que expressa-vam tudo o que os ‘senhores’ e os ‘escravos’ sentiam”, relembra.
Eis trechos esparsos da poesia que nasceu das dores da escrava-tura brasileira e foi parar na histó-ria pela pena de Castro Alves. E ob-servem como a carta psicografada do Fábio Nasser, bebeu nas águas oceânicas do Navio Negreiro, para narrar a situação da realidade vi-gente, comparando-a a escravidão daqueles tempos, mas que na me-táfora poética permitida, pelo bom analista literário, ainda se encaixa tão fiel e viva aos parâmetros atuais.
“Era um sonho dantesco... o tom-badilho / Que das luzernas averme-lha o brilho. / Em sangue a se banhar. / Tinir de ferros... estalar de açoite... / Legiões de homens negros como a noite, / Horrendos a dançar...”
[...]Senhor Deus dos desgraçados!Dizei-me vós, Senhor Deus!Se é loucura... se é verdadeTanto horror perante os céus?!Ó mar, por que não apagasCo’a esponja de tuas vagasDe teu manto este borrão?...Astros! noites! tempestades!Rolai das imensidades!Varrei os mares, tufão!
[...]“Existe um povo que a bandei-
ra empresta / P’ra cobrir tanta infâ-mia e cobardia!... / E deixa-a trans-formar-se nessa festa / Em manto impuro de bacante fria!...
Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta, / Que impuden-te na gávea tripudia? / Silêncio. Musa... chora, e chora tanto / Que o pavilhão se lave no teu pranto! ...”
O QUE RESTARÁ“Mas os sentimentos bons e de
liberdade se eternizam nesse Uni-verso que mais não é, a expressão Maior da VIDA e da VERDADE de Jesus!”, tranquiliza a todos, o es-pírito, dizendo que, escatologica-mente, somente a Verdade preva-lecerá e que o Bem e a Liberdade são os principais sentimentos a eternizarem-se no Universo. E que Deus, no fim de todas as contas efetuadas na economia da condu-ta humana, atenderá ao suplício de Castro Alves, que bradou desespe-rado “se é loucura... se é verdade /tanto horror perante os céus?!”
Quando encarnado, Fábio Nasser, de inteligência esgoelada na sede de conhecimento e de arte, decorava, célere, capítulos inteiros de Friedrich Nietzsche e os repetia ao seu pai, como que a
buscar a aprovação carinhosa do seu genitor. Outras vezes, declamava Castro Alves no escritório de Batista Custódio, entoando-se encantado, com a paisagem dos versos do poeta baiano, onde a poesia brasileira encontrou o seu condor das mais belas asas e dos mais altos voos
Arthur da PazEspecial paraDiário da Manhã