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w w w . i n f o r c h a n n e l . c o m . b r Edição 15 / Jun 2018 | R$ 15,80 Dado o potencial que oferece, a Inteligência Artificial (IA) ainda tem um longo caminho até que passe a revolucionar e impactar práticas e comportamentos. Infor Channel foi saber sobre esse tema com Mauro Segura, diretor de marketing da IBM Distribuição no Brasil Levantamento da Abradisti aponta otimismo para o setor em todo o País Um novo recomeço Conversamos com Fany Lupion, a gestora interina da Arrow ECS no Brasil O DIGITAL PÓS-IA

O DIGITAL PÓS-IA - inforchannel.com.br · . Edição 15 / Jun 2018 | R$ 15,80. Dado o potencial que . oferece, a Inteligência Artificial (IA) ainda tem um longo caminho até

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Dado o potencial que oferece, a Inteligência Artificial (IA) ainda tem um longo caminho até que passe a revolucionar e impactar práticas e comportamentos. Infor Channel foi saber sobre esse tema com Mauro Segura, diretor de marketing da IBM

Distribuição no Brasil Levantamento da Abradisti aponta otimismo para o setor em todo o País

Um novo recomeçoConversamos com Fany Lupion, a gestora interina da Arrow ECS no Brasil

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3Edição 15 / Junho 2018

Editorial

O futuro é hoje

DiretorCláudio Miranda

Projeto Gráficowww.LPART.com.br

[email protected]

Atendimento ao [email protected]: 11 2272-0942

ImpressãoReferência Gráfica

www.inforchannel.com.br

Infor Channel é uma publicação da Editora Mais Energia.

[email protected]

EditoraFlávia D’Angelo

Editor de ArteGuilherme Gomes

ColaboradoresCristiane Bottini, Marcelo Gimenes Vieira, Patrícia Santana, Perla Rossetti e Roberta Prescott (textos); Alexia Raine (revisão)

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Dado o potencial que oferece, a Inteligência Artificial (IA) ainda tem um longo caminho até que passe a revolucionar e impactar práticas e comportamentos. Infor Channel foi saber sobre esse tema com Mauro Segura, diretor de marketing da IBM

Distribuição no Brasil Levantamento da Abradisti aponta otimismo para o setor em todo o País

Um novo recomeçoConversamos com Fany Lupion, a gestora interina da Arrow ECS no Brasil

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/InforChannelOficial

@inforchannel

@inforchannel

/inforchannelFlávia D’[email protected]

V ocê, caro leitor da Infor Channel,

pode ainda não ter percebido. Mas

a inteligência artificial já nos cerca.

E não só na promessa de automação, com

robôs (humanoides ou não) em desenvolvi-

mento. São os chatbots, os assistentes vir-

tuais, as aplicações inteligentes com recursos

de machine learning. Ela está aí e abre novas

portas, desde que usada com todo o seu po-

tencial. Por enquanto ela está confinada em

áreas isoladas, muitas vezes usadas em pro-

jetos de marketing para aumentar o engaja-

mento e a satisfação com o cliente.

Muito se fala do potencial, mas pouco se

mostra na prática. Para saber mais sobre o

que a IA tem a nos oferecer, fomos conver-

sar com Mauro Segura, diretor de marketing

da IBM Brasil. Uma das vozes mais influen-

tes do universo digital, Mauro tem sob a sua

batuta a estratégia de marketing de uma

das empresas mais inovadoras

da história. Com o Watson, a

IBM alçou de fato o voo rumo a

oferta da inovação.

Para Mauro, a IA é a parceira

ideal para o marketing, porém,

para impactar a empresa como

um todo, a área deve ter um

protagonismo na introdução

da tecnologia. Entre várias outras

coisas - como hobbies, aspirações e

hábitos tecnológicos -, Mauro fala so-

bre os impactos que a inteligência artifi-

cial terá no marketing, nos negócios e no

mercado de trabalho.

Tenha uma boa leitura!

EDITORIAL || POR INFOR CHANNEL

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INFORCHANNEL

INFOR CHANNEL

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PRÊMIO || POR REDAÇÃO

Preferência em jogo

4 Edição 15 / Junho 2018

Em 2018, Infor Channel lança a sua primeira premiação e quem escolhe é o leitor. Participe da votação da segunda fase

Chegamos à metade do caminho. Com mais de 15 mil votos, o prêmio ‘A

Escolha do Leitor’ entra para a segunda fase. Nesta jorna-da, os leitores de Infor Chan-nel elegerão os fornecedores de TI e Telecom favoritos para cada uma das 25 categorias escolhidas pelo time de espe-cialistas de mercado parceiros de Infor Channel.

A votação para o prêmio teve início no site em fevereiro e durou até maio. Vários for-necedores foram incluídos na lista de votação após serem citados pelos leitores.

A categoria com maior par-ticipação foi Proteção e geren-ciamento de energia, acompa-nhada de Conectividade.

Já entre as empresas com mais citações, encontram-se Engetron, APC, Eaton, Stefa-nini, Lenovo e Cisco. Das regi-ões, a maior parte dos votos é proveniente do Sudeste. Par-ticipe e escolha a sua marca preferida. A votação vai até o final de setembro.

As categorias mais votadas1. Proteção e gerenciamento de energia

2. Conectividade

3. Notebook

Serviços e sistemas

1. Engetron

2. APC

3. Eaton

4. Stefanini

5. Lenovo

6. Cisco

As mais votadas até agora

Votos (em %) por região

Sudeste

Nordeste

Norte

Centro-Oeste

Sul15

69

63

7

} empatadas

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CATEGORIA: DESK"l'OP / SERVIDORES

5Edição 15 / Junho 2018

Preferência em jogo

Conheça as três finalistas de cada categoria:

CLOUD PRIVADA1. IBM

2. Hitachi Vantara

3. VMware

IMPRESSORAS MULTIFUNCIONAIS1. Epson

2. HP

3. Xerox

INFRAESTRUTURA CONVERGENTE1. Cisco

2. HPE

3. Dell EMC

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL1. Stefanini

2. Google

3. IBM

NOTEBOOK1. Lenovo

2. Dell

3. Positivo

OUTSOURCING1. Stefanini

2. HP

3. Capgemini

PROJETORES1. Epson

2. Benq

3. Canon

PROTEÇÃO E ARMAZENAMENTO DE DADOS1. Dell EMC

2. IBM

3. Equinix

PROTEÇÃO E GERENCIAMENTO DE ENERGIA1. Engetron

2. APC by Schneider

3. Eaton

REALIDADE AUMENTADA/ REALIDADE VIRTUAL1. Nvidia

2. Intel

3. Qualcomm

SEGURANÇA DE REDE E DADOS1. Kaspersky

2. Avast

3. McAfee

VIRTUALIZAÇÃO1. VMware

2. Veeam Software

3. Hitachi Vantara

SMARTPHONE1. Samsung

2. Apple

3. Motorola

SISTEMAS E SOLUÇÕES DE IOT / IIOT1. Hitachi Vantara

2. IBM

3. Aruba

SERVIÇOS E SISTEMAS1. Stefanini

2. TOTVS

3. SAP

SERVIÇOS E APLICAÇÕES PARA WEB1. Dell EMC

2. IBM

3. Hitachi Vantara

APLICAÇÕES E SOFTWARE CORPORATIVO1. Stefanini

2. T-Systems

3. Sonda IT

AUTOMAÇÃO COMERCIAL1. Epson

2. Bematech

3. Zebra

BUSINESS ANALYTICS1. IBM

2. Qlik

3. Stefanini

BUSINESS INTELIGENCE1. Qlik

2. Stefanini

3. Tableau

CERTIFICAÇÃO DIGITAL1. Certsign

2. Soluti

3. Serasa Experian

DESKTOP / SERVIDORES1. Dell

2. Lenovo

3. Positivo

CONECTIVIDADE1. TP-Link

2. Cisco

3. Aruba

COMUNICAÇÃO UNIFICADA1. Cisco

2. Microsoft

3. Avaya

CLOUD PÚBLICA1. Amazon

2. Google

3. Microsoft

Saiba mais em www.inforchannel.com.br/premio

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2018

CARREIRA || POR ROBERTA PRESCOTT

será como Nadaantes

6 Edição 15 / Junho 2018

Assim como ocorreu na Revolução Industrial, a Era Digital também mudará profundamente carreiras de profissões. Você está preparado?

De acordo com um estudo enco-mendado pela Dell Technolo-gies ao Institute for the Future

(IFTF, Instituto para o Futuro, em tradução livre), 85% dos trabalhos que vão existir em 2030 ainda não fo-ram inventados. O porcentual parece assustador, mas evidencia como os avanços tecnológicos, como robótica, inteligência artificial (IA), aprendi-zado de máquina, realidades virtual e aumentada e computação em nu-vem, causarão profundas mudanças na sociedade daqui a alguns anos.

Ainda que homens tenham traba-lhado ao lado máquinas por décadas, com o aumento da capacidade de processamento e com o surgimento de novas tecnologias, os impactos na sociedade serão cada vez maio-res. Tome como exemplo a inteli-gência artificial. Convivemos com ela há quase meio século, mas somen-te agora começamos a sentir, mais profundamente, as transformações decorrentes dela. Uma das razões é porque IA está por trás da análise da imensidão de dados coletados e da interpretação dos algoritmos — e hoje vivemos com algoritmos embarcados nas mais diversas aplicações que fa-zem parte do nosso dia a dia. “IA está se tornando o conjunto de tecnologia que vai provocar mudanças signifi-cativas na sociedade como um todo. Não é modismo, é uma tendência inevitável”, adianta Cezar Taurion, sócio da Kick Ventures e presidente do Instituto de Inteligência Artificial Aplicada (i2a2).

Tais mudanças afetam direta-mente as atividades que executa-mos, as profissões e as carreiras. De uma maneira geral, os especialistas concordam que tarefas mais sim-ples, que não requerem capacidade intelectual e que sejam manuais, serão automatizadas. Ou seja, com a máquina substituindo o homem. Por outro lado, e como pontuou o IFTF, diversas profissões do futuro não existem atualmente — e algumas ain-da não fazemos ideia de como serão.

“Profissões que são muito auto-matizáveis vão desaparecer, como motorista de caminhão. Outras serão modificadas, como é o caso dos ad-vogados. Uma parcela do trabalho é simples, como pesquisar leis, analisar contratos e verificar itens, e estas ati-vidades serão robotizadas. Mas isto

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7Edição 15 / Junho 2018

Cezar Taurion, da Kick Ventures

“IA está se tornando o conjunto de tecnologia que vai provocar mudanças significativas na sociedade como um todo. Não é modismo, é uma tendência inevitável

não quer dizer que os robôs vão tirar os trabalhos dos advogados, mas ti-rar deles tarefas que robôs podem fazer”, exemplifica Taurion. O espe-cialista ressalta que é preciso buscar lacunas nas quais os robôs não atu-am. “Já existem filmes, poesias, ro-mances produzidos por máquinas. A máquina faz qualquer coisa, mas não tem sentimento, não tem o lado hu-mano de analisar e tirar conclusões”, detalha Taurion.

Na mesma linha, Arthur Igreja, pro-fessor da FGV, afirma que, depois de vivermos a automação dos trabalhos manuais na revolução Industrial, vive-mos a automatização do setor de ser-viço, ou seja, antes era substituição das funções braçais e agora dos cérebros. “Por exemplo, os operadores de bolsa de valores. São robôs que analisam o mercado, compram e vendem ações; e eles são mais eficientes que traders. É trabalho intelectual, de serviço, mas

que um algoritmo consegue operar em todas as bolsas do mundo”, diz.

Se diversas profissões como as conhecemos hoje vão desaparecer, outras surgirão, porque na tecnolo-gia criam-se novas carreiras. Foi isto também que aconteceu após a Revo-lução Industrial, com cientista de da-dos e designer de smartphones, en-tre tantas outras eram carreiras que ninguém imaginava que existiriam há 10, 20 anos. “Embora alguns teóricos acreditem que novas tecnologias irão substituir empregos, a nossa percep-ção é que esse novo paradigma crie posições, desencadeando futuras oportunidades. É esperado o aumen-to de demanda por um novo perfil de profissionais de TI, por exemplo, focado em treinamento e aperfei-çoamento de inteligência artificial”, aponta Luis Gonçalves, vice-presi-dente sênior e gerente-geral da Dell EMC Brasil Commercial.

Gonçalves ressalta que funções não serão necessariamente extin-tas, mas certamente serão trans-formadas, e que terão na parceria homem-máquina o principal vetor de mudança. “A dependência que os humanos têm da tecnologia se transformará em uma verdadeira parceria, favorecendo habilidades como a criatividade, o entusiasmo e uma mentalidade empreende-dora. Isso se alinhará à capacida-de das máquinas de proporcionar velocidade, automação e bom de-sempenho”, diz, citando como exemplo a adoção de realidade au-mentada por equipes de trabalha-dores da construção civil. “Arquite-tos e engenheiros usando headsets de realidade aumentada para vi-sualizar novas construções, coor-denar esforços com base em uma visão única de desenvolvimento e realizar treinamento remoto dos trabalhadores”, completa.

Pesquisa realizada em 2017 pelo McKinsey Global Institute sobre automatização do trabalho concluiu que aproximadamente 20% de todas as atividades de-sempenhadas hoje em dia poderão ser automatizadas, majoritaria-mente aquelas focadas em coleta de dados, processamento de dados e alta repetitividade física. “Isso acontece, principalmente, porque as tecnologias atuais já superam o desempenho humano nestas atividades. Por outro lado, a auto-matização fará com que o trabalho seja mais focado em atividades que necessitam de um alto grau de habilidades cognitivas, requerendo um alto nível de interação social e emocional, como gerenciamento de pessoas, comunicação ou racio-cínio lógico”, diz Ana Karina Dias, sócia da McKinsey e líder da prática de organização na América Latina.

Dias acredita que a Revolução Di-gital está mudando o foco da força de trabalho e criando oportunidades para homens e mulheres se espe-cializarem em atividades focadas na resolução de problemas e raciocínio lógico; habilidades sociais e emocio-nais, criatividade e desenvolvimento. “Por incrível que pareça, a Revolução Digital e sua consequente automação poderá nos tornar mais humanos que outras gerações”, ressalta.

Arthur Igreja, da FGV

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8 Edição 15 / Junho 2018

Brasil: desafios enquanto naçãoO déficit educacional do Brasil e a educação formal de baixa qualidade colocam o País em posição desfavo-rável no cenário internacional. Cezar Taurion acrescenta que, diferente de países como Estados Unidos, Rússia, China, Inglaterra e França, o Brasil não tem olhado para inteligência ar-tificial como política de estado. “Está completamente fora do radar. Além disto, tirando algumas exceções, a academia ainda está fora da realida-de e sem debater IA. Ainda estamos formando pessoas para a sociedade industrial”, diz.

Para Luis Gonçalves, da Dell EMC Brasil Commercial, torna-se urgente concentrar esforços em novos métodos de aprendizagem. “A capacidade de aprender novas habilidades será incri-velmente útil em uma era de transfor-mação. Saber aprender já tem se mos-trado mais importante do que conhecer uma determinada tarefa”, enfatiza.

Além disto, é preciso refletir no ce-nário macroeconômico, uma vez que a automatização substitui tarefas exe-cutadas por profissionais menos capa-citados, o que pode levar ao aumento da desigualdade social. Por outro lado, é a própria tecnologia que viabiliza que tarefas sejam executadas por pessoas sem grande expertise. “O motorista do Uber não precisa conhecer a cidade, di-

ferente do taxista de 10, 20 anos atrás”, exemplifica Arthur Igreja, da FGV.

Ainda que os avanços tecnológi-cos contribuam para aumentar a pro-dutividade, Ana Karina Dias, McKin-sey, ressalta que fatores econômicos, como custos de desenvolvimento e implementação, e sociais, como o grau de capacitação da força de traba-lho, afetam o nível de automatização de um determinado país. A pesquisa realizada no fim de 2017 pelo McKin-sey Global Institute acerca da transi-ção na força de trabalho (Jobs Lost, Jobs Gained: Workforce transition) diz que até 2030 o Brasil tenha 15% das atividades desempenhadas auto-matizadas, enquanto que no Japão a taxa é de 30%. “Isto acontece, porque no Japão o alto grau de especialização acarreta em altos custos de mão de obra e a baixa taxa de crescimento econômico justifica o investimento de organizações em novas formas de automatização”, explica.

Para ela, deve-se ter em mente que, apesar das mudanças, as pesso-as ainda serão chave para o aumento de produtividade da força de traba-lho, pois o ganho só virá se máquinas e pessoas trabalharem em conjunto. “Será necessário investir cada vez mais em educação e capacitação da força de trabalho a fim de garantir um grau de expertise e habilidades complementares ao das máquinas”, aponta a sócia da McKinsey.

82%esperam que homens e máquinas trabalhem em conjunto dentro de cinco anos

50%acreditam que vão ganhar tempo com sistemas automatizados 42%

acham que terão mais satisfação com o trabalho no futuro, na medida em que se livram de tarefas

56%dizem que as escolas terão de ensinar como aprender e não o que aprender e preparar os estudantes para profissões que hoje não existem

O que pensam os líderes de negócio Fonte: Pesquisa Institute for the Future (IFTF), da Dell Technologies

Ana Karina Dias, da Mckinsey

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USS 36 bilhões

"Empresas mais Admiradas do Mundo"

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ENTREVISTA || POR REDAÇÃO10 Edição 15 / Junho 2018

Fany Robles Lupion é merecidamente reconhecida pela sua trajetória no mercado

de TI brasileiro. Fundou a CNT Brasil, consagrada distribuidora que foi adquirida em 2014 pela Arrow “chegando para complementar a oferta com seu modelo de high touch e valor agregado”, informou na época o comunicado. Com a aquisição, a executiva ficou na operação por um ano. Depois, foi velejar, viajar e descobrir um novo mundo. Zero de trabalho não existia. Em outubro de 2017, assumiu a gestão da Fundação Julita, ONG que ajuda famílias em situação de vulnerabilidade social, por meio de ações socioeducativas.

Como foi a sua volta para a Arrow?Quando saí, ofereci a minha ajuda mas pensei que seria para coisas pontuais. Ninguém imaginava que eu ia voltar. Pessoalmente, foi um impacto e uma emoção voltar.

Como foi o seu primeiro mês?Comecei mantendo com o faturamento de dezembro, que chegou a representar 30% da receita do ano. Isso não teve a ver com a minha gestão, eram vendas existentes. Por compliance, eles decidiram trocar o ERP e colocaram Oracle, que rodava no mundo inteiro. Antes, era o nosso mainstream desenvolvido por uma empresa brasileira e preparado para tributação brasileira. Com isso, toda a parte financeira passou a ser integrada novamente.

Quais os impactos dessa mudança?Foi feita em janeiro e durou três meses. No começo eu não tirei os pés da empresa. Em janeiro migrou e ainda temos 15% para resolver. Mas é normal essa customização.

Agora, assume a Arrow na posição interina de vice-presidente e gerente geral em um momento de reestruturação da companhia. Com a saída de Ronaldo Miranda, foi preciso reposicionar as operações a partir de um novo planejamento estratégico. Fany optou por expansão de portfólio, troca de ERP e ampliação da equipe de funcionários. Atualmente a distribuidora faz negócios com cerca de dois mil canais, mas o objetivo é aumentar a capilaridade e chegar até 10 mil parceiros. Em entrevista à Infor Channel, Fany fala sobre o novo momento da distribuidora.

E quais foram as primeiras ações que você realizou?Foi preciso fazer uma reestruturação de pessoas. Todo mundo sempre traz o próprio time, e as pessoas que estavam ali não eram aderentes ao modelo da Arrow, que é uma empresa muito bacana e muito séria. É uma empresa de 100 anos e tem muita preocupação com as pessoas e também com compliance. O objetivo era voltar a ser a operação que eles tinham comprado. Me deram carta branca.

“Se performarmos conforme planejado, devemos crescer 25% só com IBM no total do nosso faturamento

Fany Robles Lupion, da Arrow

De volta às origens

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IMFORCHAMMl!L

11Edição 15 / Junho 2018

Você fica no comando da Arrow até quando?Ainda não tem data definida. Estamos em busca de um VP, e eu devo ficar um tempo acompanhando esse VP. É um processo de crivo muito sério para achar esse profissional.

E a estratégia de expansão, como será delineada?O nosso negócio exige um faturamento cada vez maior. Por isso, temos que estar sempre buscando crescer mais. Isso inclui linhas novas, que nem precisamos buscar mais, porque o portfólio é replicado de outros países.

Como a IBM, por exemplo?Sim, a IBM nós distribuímos no mundo. Quando eu saí já existia a pressão de trazê-la para o Brasil. Quando voltei foi possível fechar esse acordo.

E estratégia sobre Internet das Coisas, como está desenhada?Com a entrada da IBM, a estratégia se fortalece porque é calcada na integração das duas Arrows (Enterprise e Electronics). No mundo, a área de componentes da Arrow agora está atuando em conjunto com a área de TI por conta da nova área de IoT, que parte é paga pela divisão de componente e parte paga pela ECS. Antes funcionavam separadas.

O que vocês planejaram?Se performarmos conforme planejado, devemos crescer 25% só com IBM no total do nosso faturamento, ou seja, é altamente relevante. Isso deve acontecer já no primeiro ano de operação. O acordo teve início em março e a intenção é até abril de 2019 fazer esse número, que em valores representa cerca de R$ 30 milhões.

Em que momento está a distribuidora agora?Passado o turbilhão, estamos no momento de reciclagem de talentos. Do total, saíram umas 12 pessoas, muitos líderes. Não é um alto turnover, mas para uma companhia de 160 pessoas, a saída de 12 líderes é impactante. Estamos, então, recontratando, trazendo gente boa de volta e recuperando talentos que havíamos perdido. A Arrow não tem problema de dinheiro e, se fez errado até aqui, não tem problema também. Eles estão me dando muito poder para resolver todas essas questões.

Arrow ECS e Arrow

Electronics passarão a atuar de forma integrada com foco em IoT para oferta ao mercado corporativo e governo

Migração para o sistema de

ERP (Enterprise Resource Planning) da Oracle, que já é usado pela Arrow em outros 40 países e vem trazer mais controle, agilidade e visibilidade de processos

Firmou

importantes parcerias, sendo

a maior delas com a IBM

Tem dois mil canais

e quer chegar a até 10 mil parceiros

No ano passado,

a Arrow ECS registrou aumento de 50% no faturamento

De volta às origens

ARROW 2018

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TENDÊNCIAS || POR FLÁVIA D’ANGELO12

Ilustração de Guilherme Gomes, sobre foto de Paulo Uemura

“A tendência é que a nova geração de consumidores que chega no mercado vai inverter a questão do consumo da mídia, como já está fazendo, e vai ter um consumo de micro influenciadores dirigidos a assuntos específicos.

Edição 15 / Junho 2018

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13Edição 15 / Junho 2018

Diretor de marketing da IBM Brasil, é uma das vozes mais influente da área no universo digital. Infor Channel conversou com o executivo para saber os impactos da inteligência artificial

Muitas são as questões que per-meiam a massificação da In-teligência Artificial (IA), o que

não quer dizer que essas discussões vão atrasar o seu desenvolvimento e adoção. O fato é que já temos algu-mas iniciativas de IA, ainda com pouca profundidade, dado o potencial que ela oferece. Mas qual será o seu impacto na prática? Infor Channel foi saber sobre esse tema com um dos profissionais mais renomados da área de marketing de uma das mais influentes empresas de tecnologia no Brasil. Mauro Segura, diretor de marketing da IBM, falou so-bre esse novo universo digital e os im-pactos da IA no marketing, nos negó-cios e no mercado de trabalho.

Segura, que nos últimos anos se especializou na implementa-ção das mídias sociais e no uso do marketing analítico nas empresas, avalia que a IA é a maior aliada do marketing, mas ainda não tem todo o seu potencial usado. O im-pacto da IA, no entanto, não deve ser uma coisa traumatizante, ava-lia o executivo. Para ele, a trans-formação nas profissões é algo natural e esse processo já se re-petiu em outras épocas. Em breve, teremos uma explosão de tecno-logias combinadas transforman-do completamente a forma como vivemos. Assim, umas profissões sumirão e outras surgirão.

No Linkedin, Segura fala sobre os mais diversos assuntos, sempre per-meando o universo digital. São mais de 31 mil seguidores e seus posts acumu-lam centenas de likes e comentários. Lí-der nato, Segura é visto como um pro-fissional capaz de envolver seus pares e liderados com o seu conhecimento e estimulá-los a entregar o melhor.

Com formação em marketing, en-genharia e análise de sistemas, Segura é autor e colaborador de vários blogs. Readaptando a sua rotina a um detox digital, ele segue apaixonado por tec-nologia e mídias sociais, porém, investe também nos principais hobbies: é jardi-neiro e cozinheiro nos finais de semana. Leia a seguir a entrevista completa:

Q u e

FUTUROn o s e s p e r a ?

SEGURAM A U R O

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INFORCHANNEL

14 Edição 15 / Junho 2018

Como você vê o impacto da inteligência artificial de maneira geral?Temos hoje uma convergência de tecnologias chegando ao mesmo tempo. Falamos de realidade virtual, aumentada, impressora 3D, inteligência artificial, internet das coisas, big data. Todas essas tecnologias estão ficando maduras e viáveis comercialmente ao mesmo tempo e chegarão mais cedo ainda à nossa mão. Isso deve acontecer já na próxima década ao mesmo tempo. Vamos ter uma explosão de tecnologias combinadas transformando completamente a forma como vivemos. Consequentemente, isso trará demandas incalculáveis por trás.

E na área de marketing?Acho que não existe ainda uma real dimensão por parte dos marqueteiros de como a inteligência artificial vai mudar praticamente todos os segmentos de indústria. Em marketing, a IA começou a despertar há uns dois anos. Porém, vemos uma grande parte dos projetos de inteligência artificial na área de marketing sendo usada no atendimento ao cliente, com chatbot com IA, por exemplo.

E que outro lado pode ser explorado?Tem uma parte da IA que é muito legal que é a parte de eficiência operacional. Ela é usada para a operação, como automatização ou otimização de campanha.

O Brasil está um pouco atrás na adoção de IA?Não, é o mundo em geral. O Brasil está sempre um pouco atrás, mas hoje os tempos não são os mesmos. Se olharmos um Bradesco, um Itaú, eles estão na crista da onda em termos de tecnologia. A comparação é um pouco injusta, eu acho.

Qual é a maneira ideal de envolver o marketing na estratégia de IA nas empresas?Se marketing não tem um protagonismo dentro da empresa, quando você começa a introduzir IA no marketing, a chance de você “O que a gente vê é a transformação contínua

dos empregos e claro que a tecnologia vai roubar empregos, como vem roubando. Como a entrada da tecnologia está mais acentuada vemos uma aceleração das coisas.

UM EVENTO. INFINITAS POSSIBILIDADES.

INGRAM MICRO ENGAGE é o novo ciclo de eventos em formato de roadshow da Ingram Micro Brasil que passará por 8 cidades Brasileiras durante 2018.

Para este ano, queremos muito mais que eventos cheios de palestras, queremos levar mais conteúdo, possibilidades, transformação digital e dos negócios de centenas de parceiros de tecnologia.

Você é nosso convidado mais que especial para ter um dia completo de conteúdos sobre a indústria de TI. Será um dia repleto de informações relevantes, estudos de cases, rodadas de negócios, reuniões 1:1 e muito mais! Confira as datas:

INSCREVA-SE

http://www.ingrammicro.com.br/portal/engage2018/Inscrição Gratuita

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impactar a empresa como um todo é muito pequena porque ela fica ali naquela ponta confinada.

E a maturidade na digitalização das empresas?Quando se fala de introdução de inteligência artificial nas empresas, a implementação e o uso de IA é completamente dependente da sua maturidade de transformação digital. Ou seja, se existe um planejamento de ponta a ponta com objetivos claros de longo prazo para a transformação digital de uma empresa, a entrada da inteligência artificial se dá de uma maneira muito mais forte e transformadora do que em uma companhia que usa a TD para mudar pequenas partes e não ela como um todo.

Qual é sua opinião sobre os influencers?Estamos tendo uma mudança muito importante. As redes sociais colocaram o ser humano como protagonista, deram voz e uma tela. Todas as pesquisas mostram que esses micro influenciadores têm um nível muito bom de engajamento, de interação com o seu público. Eles gostam de compartilhar o conteúdo, gostam de participar de uma rede e ganhar um protagonismo na área que atuam, mas eles não veem aquilo como atividade fim. É diferente dos grandes influenciadores. Eles olham isso como um trabalho, com patrocínios, têm outros objetivos.

E você, o que consome no mundo digital?Eu acompanho canais de marketing e podcasts. São os meus preferidos. Sou fã do Luciano Pires, do Café Brasil; e do Líder Cast, que para mim é o melhor podcast que existe. É um programa de entrevistas em que participam desde um líder super conhecido até prostitutas, e elas dão lições de liderança e empreendedorismo.

Como você vê o futuro das profissões com o advento de tecnologias disruptivas?Sempre vivemos isso durante o século todo. O que está acontecendo agora é que a transformação está acelerada, mais curta. Uma vez eu

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15Edição 15 / Junho 2018

UM EVENTO. INFINITAS POSSIBILIDADES.

INGRAM MICRO ENGAGE é o novo ciclo de eventos em formato de roadshow da Ingram Micro Brasil que passará por 8 cidades Brasileiras durante 2018.

Para este ano, queremos muito mais que eventos cheios de palestras, queremos levar mais conteúdo, possibilidades, transformação digital e dos negócios de centenas de parceiros de tecnologia.

Você é nosso convidado mais que especial para ter um dia completo de conteúdos sobre a indústria de TI. Será um dia repleto de informações relevantes, estudos de cases, rodadas de negócios, reuniões 1:1 e muito mais! Confira as datas:

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16 Edição 15 / Junho 2018

Banco Original? É possível. Ficamos imaginando que o caminho que trilharemos é ficção científica, mais nada. Imagina você entrando no supermercado, apontando para um produto na prateleira e começando a tirar suas dúvidas com o produto. É possível. É só treinar. Eu fiz aqui com o pão de forma (que apresentou no evento ProXXima).

Qual é a sua relação hoje com as redes sociais?Eu tive uma fase de amor intenso com as redes sociais. Durou bastante. Começou porque eu era gerente de comunicação da IBM, em 2008. Depois de uma tentativa de fazer minha equipe ter blogs, passei eu a ser blogueiro. Minha meta era ser blogueiro por seis meses e depois destruir o blog. Tinha vergonha e não falei para ninguém.

É o Quinta Onda?Sim. Ele durou 7 anos. Em 2010, ele era mais acessado do que o site da IBM Brasil, tinha 20 mil, 30 mil views por dia. Mas criei outros para família e em seis meses eu tinha cinco blogs. Quando deu seis meses, que era meu prazo para fechar o blog, já tinha uns 50 comentários. Ele estava começando a ter seguidores sem eu fazer nenhum esforço para divulgar. Aí, decidi continuar e sou blogueiro até hoje. Em 2016, enterrei o Quinta Onda e transformei em maurosegura.com.br. Ele tem toda a base do Quinta Onda ali e eu sinto vergonha, mas são 10 anos treinando.

Você teria uma assistente pessoal digital em casa?Teria. Não tenho problema com isso. Sinto medo de como eu me tornaria dependente dessa máquina. Como hoje somos dependentes de smartphone. É muito difícil hoje não depender disso.

Qual será o impacto que a tecnologia terá na nossa vida, na sua opinião?A nossa cabeça agora não é mais para guardar coisas e sim integrar, cruzar coisas. É juntar isso com aquilo e perceber o que me faz melhor, qual é a decisão que vou tomar. As decisões serão baseadas nessas informações. Não precisa mais decorar. Para que saber a fórmula da raiz quadrada?

Qual foi a sua série favorita?A última foi O Mecanismo.

Qual você não recomendaria?Mad Men. Eu vi e começou a me incomodar. Perdidos no Espaço é outra que eu vi cheio de entusiasmo e acabei vendo só duas temporadas. O primeiro episódio é muito bom e o segundo perde a mão. É muito realista, não é caricato como era antigamente.

peguei jornais do início do século, de 1900, e as fotografias mostram carros convivendo com carruagens no meio da cidade. Aí houve uma grande comoção pública porque a entrada do automóvel ia fazer desaparecer completamente as profissões como chofer, cocheiros e acabar com fabricantes de carruagens. A maior fabricante da época produzia nos Estados Unidos até 60 mil carruagens por ano.

Você vê, então, um processo mais rápido dessa vez?Vejo pouca gente falando sobre os novos empregos que vão surgir a reboque das novas tecnologias. Surgirá um monte de carreira a reboque de novas tecnologias. O emprego formal aceleradamente vai diminuir e vão aparecer empregos como freelancer.

E como a Inteligência Artificial pode colaborar?A inteligência artificial é a mais transformadora para as profissões porque ela dá um poder de conhecimento sobre as coisas que você não tem hoje. Li recentemente um artigo que dizia que são criados por dia no mundo 8 mil papers sobre o tratamento de câncer. Imagina você, um médico especializado em câncer, impossível consumir tudo isso. Uma IA consegue ler e absorver, e quando o profissional fizer uma consulta, ela consegue ver também nessa base. Então, ela te empodera com mais conhecimento. Não necessariamente ela tira a sua decisão.

O que você acha que pode acontecer de mais disruptivo?Uma vez escutei que cada um vai ter o seu próprio assistente virtual sendo você. Ele vai agir virtualmente e digitalmente como você, fazendo compras, pagando uma conta, e te desonerar dessas atividades. Significa você ter uma segunda pessoa virtual clonando a pessoa física. O Banco Original está implementando uma plataforma que conversa via chatbot. O usuário pode perguntar por exemplo: ‘Quanto eu gastei com o Uber hoje?’, ‘Você pode transferir 100 reais para o João?’. Ele faz isso já. Imagina ter um assistente pessoal que já executa tarefas e interconectar com o sistema do

Se não trabalhasse na IBM, onde acha que trabalharia?Gostaria de trabalhar com alguma coisa ligada ao ser humano. Ou ser professor, ou trabalhar com antropologia, psicologia. Tenho duas tendências.

Como a tecnologia está presente na sua rotina?Eu já fui bem mais tecnológico, sabe? Estou vivendo uma fase de descoberta. Vivi no ano passado uma fase muito importante na minha vida. Triste. Minha mulher teve câncer. De dois anos para cá, passei a impor regras de tecnologia para mim porque eu era um cara conectado 24 horas. Consumo Netflix, Spotify, mas tenho que ser regrado.

O ócio, para você, é criativo?A Regina, minha mulher, diz que eu tenho um problema muito grave com o ócio. Ela diz que eu não consigo ficar parado, que tenho problema de relacionamento com o ócio. Eu não consigo ver televisão, não consigo deitar numa rede e olhar o céu sem fazer nada. Eu tenho que estar lendo um livro, um jornal, aprendendo alguma coisa. Aprendi que eu não consigo revolver esse problema meu.

Que hobbies você tem?Eu sou jardineiro há muitos anos, mais de 10. Só de plantas tropicais pesadas, tipo bromélia gigante, coisas grandes. Não sou muito de colorido, gosto de verde. Passo horas de um domingo, por exemplo, cuidando do jardim, todo sujo. Cozinhar é outra coisa que adoro.

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A jardinagem tem o poder de desligar Mauro do universo digital

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MERCADO || POR PATRICIA SANTANA

A indústria bilionária dos apps18 Edição 15 / Junho 2018

Cada usuário de smartphone no Brasil tem em média mais de 80 aplicativos em seu dispositivo móvel e, com um crescimento nos downloads de aplicativos, as oportunidades para o mercado móvel no Brasil estão ganhando força.

Dados da IDC projetam que, em 2018, devem ser vendidos 5,3 milhões de PCs. Já o Gartner

estima que 1,9 bilhão de smartpho-nes devem chegar aos consumidores neste ano. O crescimento das vendas de dispositivos móveis evolui em uma velocidade maior que os com-putadores, que segue com o merca-do estagnado nos últimos anos. Na esteira da expansão dos celulares existe uma indústria promissora em franco crescimento: a de desenvolvi-mento de aplicativos.

Um levantamento feito pela App Annie, empresa norte-america-na de dados especializada no mer-cado de aplicativos, registra mais de 175 bilhões de aplicativos baixados em 2017. O número é impulsiona-do, principalmente, por mercados emergentes, como o Brasil. No mes-mo ano, o gasto com apps alcançou a marca de US$ 17 bilhões e cresceu 20% em relação ao ano anterior. Em dois anos, o brasileiro aumentou em 20% a quantidade de downloads de aplicativos, e a estimativa é que esta se torne uma das principais nações que gastam com apps nos próximos anos. Atualmente, a Chi-na lidera o mercado mundial tanto em número de downloads quanto em receita dos aplicativos.

Considerando que cada usuário de smartphone no Brasil tem, em média, mais de 80 aplicativos em seu dispositivo móvel, e as empresas no Brasil estão cada vez mais priorizan-do o conteúdo digital, a App Annie está buscando estabelecer parcerias com líderes do setor para ajudá-los a tomar decisões baseadas em da-dos sobre suas estratégias móveis. No Brasil, o trabalho é liderado pelo consultor empresarial Bernardo Gia-cometti, parceiro da empresa Dex Advisors. “Não é só big data. Eles têm informações sobre 14 milhões de aplicativos, o que disponibiliza dados fundamentais para compreen-

der as oportunidades de mercado e a concorrência. Essas informações são importantes para a tomada de deci-sões”, analisa Giacometti.

De acordo com o executivo, a tecnologia saltou do 2G para o 4G em cinco anos, criando uma relação de dependência com consumidores mobile. “Várias tecnologias vão im-pactar o mercado de aplicativos, mas ao mesmo tempo precisamos tomar cuidado com a saturação da quanti-dade de aplicativos, já que o consu-midor não consegue assimilar muita tecnologia e opções de produtos ao mesmo tempo”, pondera.

Instagram e WhatsApp, por exemplo, são empresas que se tor-naram gigantescas de forma rápida. Essa é uma das características dessa indústria. Qualquer desenvolvedor pode criar uma aplicação e expan-di-la ao mercado global de maneira acelerada e rentável.

Segundo o consultor, os merca-dos potenciais para crescimento de apps estão pautados pelo perfil de usuário e sua necessidade. “O jovem está cada vez mais voltado para a área de jogos e entretenimento. Já o público mais maduro caminha para apps que agilizam a rotina, como aplicativos financeiros, de informa-ções, contas a pagar ou e-commer-ce”, pontua.

O mercado móvel tem mudado ao longo dos anos acompanhando a evolução dos aparelhos e das condi-ções de conexão. Para André Miceli, professor e coordenador do MBA em Marketing Digital da FGV, o mercado de aplicativos vai extrapolar as te-las de dispositivos móveis. “Novos elementos vão fazer parte da nossa vida e criar um potencial mercado gigantesco para o desenvolvimento de aplicativos. Podem ser casas in-teligentes, geração de dados, estu-dados por software de big data e um arsenal de gadgets que extrapolam a tela”, conta.

André Miceli, da FGV

“Novos elementos vão fazer parte da nossa vida e criar um potencial mercado gigantesco para o desenvolvimento de aplicativos

André Miceli, da FGV

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19Edição 15 / Junho 2018

A indústria bilionária dos appsCom isso, segundo o professor,

aplicativos devem atuar com um papel cada vez mais integrador, uma vez que as pessoas terão, cada vez mais, a vida conectada. Para o acadêmico, não está descartada a possibilidade de consolidação dos grandes grupos de apps. “Fundos de investimento estão percebendo que esse é um mercado lucrativo, e a in-tegração é valiosa”, diz.

Entre os setores potenciais, o professor acredita que saúde e edu-cação devem ser os primeiros a vi-venciar um crescimento de aplicati-vos. “A humanidade quer viver mais. Vamos presenciar uma extensão da vida e maior preocupação com a qua-lidade de vida, com os aplicativos exercendo papel integrador. A vida conturbada também exigirá novos modelos de educação. Universida-des devem abrir mais possibilidades para aplicativos, sem abrir mão do networking, um dos seus principais ativos”, explica.

Um protagonismo maior para a indústria bilionária de apps tam-bém tem desafios, e o principal é a segurança das informações. Após o recente caso da violação de informa-ções pessoais de usuários do Face-book para fins eleitorais nos Estados Unidos, entra em vigor, em maio, o Regulamento Geral de Proteção de Dados (General Data Protection Re-gulation - GDPR), conjunto de regras específicas que tratam da proteção de dados pessoais, aplicável em to-das organizações estabelecidas na Europa e que fazem negócios no ter-ritório europeu.

Essa regulamentação deve rever-berar para outros países. Miceli en-xerga um desafio do ponto de vista legal, principalmente envolvendo hackers. A segurança dos dados será a palavra de ordem na indústria de aplicativos, “à medida que a tecno-logia fizer parte de todas as etapas da nossa vida”.

Bernardo Giacometti, da Dex Advisors

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Números e valores

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US$17.000.000.000 de gasto com apps

Fonte: lDC, Gartner, App Annie

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20 Edição 15 / Junho 2018

BotsA integração de chatbots para facilitar e proporcionar uma melhor usabilidade para os aplicativos será uma grande tendência. Isso aliado a uma maior integração com a Inteligência Artificial, fazendo com que os bots aprendam cada vez mais sobre as preferências dos usuários.

Pagamento móvel Hoje as compras on-line são realizadas através de aplicativos móveis, que possuem bancos de internet ou cartões de crédito e débito para fazer pagamentos. Contudo, com a entrada do Apple Pay e do Google Wallet, os usuários estão mudando gradualmente para o m-commerce.

Realidade virtual O mercado de Realidade Aumentada Empresarial será impulsionado principalmente por indústrias como varejo, saúde, engenharia e imóveis. Já as tecnologias de realidade virtual estarão mais focadas em jogos e na esfera de eventos. O sucesso de apps como Pokémon Go inspirou novos negócios em aplicativos, que devem ser impulsionados.

IoTCarros, casas e cidades inteligentes estão ganhando forma. Embora possa demorar mais algum tempo para que a Internet das Coisas se expanda, os aplicativos Watch da Apple já estão e continuarão crescendo. O Google também lançou o Android Things para aumentar a adoção da IoT. Especialistas preveem que a IoT crescerá de US$157,05 bilhões em 2016 para US$661,74 bilhões até 2021, com uma taxa de crescimento anual de 33,3%. Esse crescimento afeta diretamente as tendências dos aplicativos móveis, já que os dispositivos IoT são controlados por smartphones.

Streaming A Era Netflix, Spotify, Airbnb é uma via sem volta. Cada vez mais surgem plataformas e aplicativos que apostam no modelo on demand.

Nuvem Pesquisa da Cisco VNI Global Mobile Forecast (2015-2020) aponta que os aplicativos baseados na nuvem direcionarão 90% do tráfego total de dados móveis em 2019 no mundo. O tráfego móvel na nuvem aumentará em 11 vezes com uma taxa de crescimento anual de 60%.

TendênciasAlém do crescimento do mercado de aplicativos, consultores

apontaram as principais tendências para esse segmento. São elas:

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Os gastos com soluções de IoT crescerão cerca de US$ 773 bi-lhões este ano, 15% a mais que

em 2017, de acordo com a IDC. Em 2020, esse valor deve ultrapassar US$ 1 trilhão, tendo a vertical de manufatura à frente, seguida de transporte e utili-tários. Módulos, sensores, infraestru-tura e segurança se beneficiam dos in-vestimentos, e os serviços e softwares devem crescer mais rápido daqui para frente. Com isso, os parceiros do canal nos Estados Unidos entenderam que são conectores vitais entre os fornece-dores e seus clientes e buscam manei-ras de lucrar com a IoT.

As empresas também estão bus-cando maneiras de explorar o acervo de informações valiosas de análise de dados disponibilizadas por IoT que ofe-reçam ROI e garantam a privacidade do cliente, apontam especialistas. De acordo com Colin Blair, vice-presidente de Big Data, análise e IoT da distribui-dora norte-americana Tech Data, as oportunidades são ilimitadas. “Cerca de 45 pessoas aqui na TD estão preo-cupadas todos os dias com IoT e analy-tics”, diz ele. “Na verdade, a Tech Data adiciona um novo fornecedor de IoT a cada duas semanas”. Blair aponta que a demanda por IoT está fora dos data centers. “As três áreas mais importan-tes, com base nas vendas da Tech Data, são transporte, varejo e indústria”.

Para o gerente da LogicMonitor, da Califórnia, e veterano da indústria, David Powell, para lucrar em mercados emergentes como IoT é preciso en-tender qual a finalidade do negócio do cliente, especialmente nas verticais de saúde, agricultura e manufatura, que

tendem a ter diferentes provedores em tecnologia e dificuldade de obter e ana-lisar dados de diferentes devices. “Pro-cure lugares para colocar sensores que resolvam problemas do mundo real. Isso significa unir um especialista em tecnologia com outros de negócios para criar novas soluções”, explica Powell.

Além disso, é importante para os parceiros do canal se alinharem à visão dos clientes. “Há 20 anos, os parceiros faziam um ótimo trabalho inovando em nome dos clientes. À medida que a tecnologia se tornou mais complexa, eles não estão tão rápidos em adotar a IA, aprendizado de máquina e a IoT e seguem usando seu legado antigo de negócios”. Powell defende que cabe

aos fabricantes mostrar aos parceiros como monetizar a IoT. “Fornecedo-res devem criar uma visão de futuro para engajar os parceiros em IoT, um negócio real em que a conversa e o diagnóstico de problema vêm antes do uso da tecnologia. Os parceiros devem atuar como consultores e não apenas preencher pedidos sem enten-der a necessidade do cliente”. Por fim, ele recomenda aos parceiros cobrarem menos se quiserem construir uma prá-tica de IoT. “Trabalhe com descontos enquanto constrói experiência e esta-bilidade para criar uma solução e re-produzi-la em outros mercados”.

EtapasDepois da fase de sensorização, a reu-nião dos dados de diferentes devices é o próximo passo em IoT. Segundo Powell, o resultado dessas análises trará novas oportunidades de vendas com clientes. “Vemos pessoas fazen-do dinheiro com a IoT perguntando aos clientes ‘qual é o problema a ser resol-vido’ e descobrindo como a tecnologia pode resolvê-lo para antecipar falhas de máquinas, por exemplo”.

Nesse sentido, Blair comenta que a Tech Data oferece uma semana de consultoria estratégica para saber o que os clientes estão fazendo e anali-sar os dados coletados. Depois, algu-mas semanas são dedicadas ao design e desenvolvimento para uma prova de conceito. Outras partes do produto po-dem incluir a especificação de sensores de prateleira, a criação de APIs, a reco-mendação de dispositivos IoT específi-cos e até a criação de protótipos.

Para monetizar com IoT, cujos gastos crescerão US$ 774 bi este ano, recomendação para parceiros norte-americanos é atuar como consultor e cobrar menos inicialmente para construir portfólio experiente de soluções

Conectores vitais

INTERNACIONAL || POR PERLA ROSSETTI, CORRESPONDENTE DE NOVA YORK22 Edição 15 / Junho 2018

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ESTRATÉGIA || POR FLÁVIA D’ANGELO

a nova era do ouroDados:

Em evento em San Francisco (EUA), Pure Storage anuncia nova família de produtos, novos programas e iniciativas voltadas para o melhor gerenciamento e aproveitamento de dados

A expressão ‘The original gold rush’ criada pelo escritor Mark Twain para definir o pe-

ríodo de rápida industrialização dos Estados Unidos, no início do século 20, pode ser reeditada e usada para definir o papel que os dados terão na próxima etapa dessa evolução. Segundo o CEO da Pure Storage, Charlie Giancarlo, atualmente esta-mos em um momento similar ao pri-meiro boom e, depois de compute e network, storage será o responsável pelo momento disruptivo.

“Mais do que a industrialização nos anos 70, do que a internet nos anos 90 e o mobile e social nos anos 2010, os dados protagonizarão uma das maiores disrupções na vida co-tidiana das pessoas”, afirmou o executivo na abertura do Pure//Ac-celerate 2018, evento realizado pela companhia para clientes e parceiros em San Francisco (EUA). “Atual-mente os dados já estão sendo me-didos em zettabytes”, alerta.

Nesta nova era da tecnologia, diz o executivo, o storage tem um papel central já que permite às pessoas analisarem os dados de maneira cor-reta, possibilitando uma rápida to-mada de decisão. E isso não diz res-peito necessariamente a empresas de tecnologia. Afinal, hoje, qualquer empresa pode ser TI, mesmo que sua atividade fim não seja tecnologia.

Por conta disso, depois de apre-sentar ao mercado uma evolução em storage e forma de tecnologia Flash Array, a Pure Storage lança uma ar-quitetura de Data Center centrada

em dados. Em pesquisa realizada com líderes de negócios, a companhia percebeu que, com o advento da in-teligência artificial e do aprendizado de máquinas, a importância dos da-dos migrou de ativo informal para o core da inovação na empresa. “Não se pode mais ser somente orientado a dados, é preciso que a estratégia os tenha como core”, destaca Giancarlo.

Para acompanhar essa tendência, a companhia lança uma nova gama de produtos, bem como reformula estratégia de marketing e de canal. O novo programa de parceiros passa

a ter dois níveis (Elite e Preferred), além de distribuidor, e conta com novos benefícios e descontos para os parceiros. Outra novidade é a arquite-tura centrada em dados, construída de forma a permitir que a tecnologia fique alinhada a dados e aplicações no momento em que estão rodando. “Uma arquitetura centrada em dados aprimora e simplifica a capacidade de usar dados para inteligência e vanta-gem”, pontua o CEO.

Para ajudar as empresas nesta jornada, a companhia trouxe uma nova família de produtos all flash ar-ray para o chamado Share Accelerate Storage, próxima etapa de evolução do armazenamento de dados. A nova família NVMe FlashArray//X provê rapidez para aplicações de banco de dados, ambientes de virtualização, iniciativas de testes e desenvolvi-mento e aplicações escaladas em web. Isso tudo sem custo adicional.

A companhia também mantém acordos tecnológicos que trouxeram produtos. É o caso da NVIDIA que de-senvolveu o AIRI Mini. Além de per-mitir a inclusão de recursos de inte-ligência artificial, o produto expande a infraestrutura de IA da Pure. Outro destaque da Pure é o lançamento de um pacote de serviços. O Evergreen Storage Service (ES2) oferece a clien-tes a oportunidade de aproveitar o modelo de consumo semelhante à nuvem, desenvolvido pelo FlashAr-ray, para armazenamento no local.

*A jornalista viajou a San Francisco (EUA) a convite da Pure Storage

23Edição 15 / Junho 2018

Novo PPPDepois de conquistar a meta de venda anual de US$ 1 bilhão – o que representa aumento de 41% frente ao ano anterior, a Pure Storage reformula a sua atuação e anuncia uma nova logomar-ca, bem como um novo pro-grama de canal. O objetivo é expandir a sua atuação e ter um ecossistema forte e comprometido de parceiros. O novo Pure Partner Pro-gram terá validade a partir de agosto de 2018, quando os parceiros serão reavalia-dos e comportados em suas respectivas categorias.

No novo modelo, o Pure Partner Program passa a ter duas categorias: Elite e Preferred, categoria de en-trada, e foi desenhado de modo a prover oportunida-de para parceiros de qual-quer tamanho migrarem para o nível superior. Outra mudança importante foi a padronização de descontos e de listas de preços, dando poder aos parceiros para atuar independente nas oportunidades de negócios que venham a levantar. Os distribuidores seguem os mesmos: Westcon-Coms-tor, Adistec e Acorp.

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CANAL || POR CRISTIANE BOTTINI

Novo cenário para distribuição de TI

24 Edição 15 / Junho 2018

Abradisti aposta que renovação da infraestrutura obsoleta de hardware e software será o maior propulsor para o ecossistema atingir crescimento

N em a Copa do Mundo nem as eleições serão empeci-lhos para o crescimento dos

canais de distribuição este ano. Segundo a Associação Brasileira da Distribuição de Tecnologia da Informação (Abradisti), a previsão de faturamento do setor em 2018 é de R$ 12 bi.

O dado faz parte da 7ª edição da Pesquisa Setorial sobre o Mer-cado de Distribuição de TI no Bra-sil, que teve a participação de 1832 empresas (entre distribuidores, revendas e integradores de todo o País) entre dezembro de 2017 e março deste ano.

Desse universo, que contempla revendas do Brasil inteiro, 87% são sócios ou proprietários, com uma média de 33 anos. Cerca de 76% têm nível superior (completo ou não), apenas 11% são mulheres e 46% possuem de um a três funcionários.

A Associação estima que exis-tem hoje aproximadamente 25 mil revendas em todo o país, sendo 2 mil estruturadas e 300 integrado-res nesse perfil. Quanto aos fabri-cantes, a estimativa é de que são mais de 100 e os distribuidores so-mam mais de 150.

“O mercado de distribuição em geral está otimista este ano, por-que o 1º trimestre foi melhor que o mesmo período de 2017. No ano passado, todas as regiões tiveram crescimento médio de 5% no fa-turamento, exceto o Nordeste que teve só 3,5% e o Sul que esteve aci-ma desse índice, com 6,4%”, revela Ivair Rodrigues, diretor de estudos de mercado da Abradisti.

Número de Lojas das Revendas

34%

3% 2%5%

15%

41%

Sem loja escritório comercial

Sem loja Home Office

Apenas loja virtual

1 loja 2 lojas Mais de 2 lojas

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25Edição 15 / Junho 2018

distribuição de TIO especialista explica que há ex-

celentes oportunidades de negócios nas empresas com mais de 100 fun-cionários, principalmente na renova-ção do parque de TI (hardware) que já está obsoleto e, para a adoção de novas tecnologias, esse investimen-to é imprescindível.

Realizado em parceria com a IT Data, o levantamento aponta oti-mismo em todo o Brasil, com uma previsão de crescimento na casa dos 15%, com exceção do Norte que espera superar os 16% e o Centro--Oeste, que está mais pessimista e estima 12,8%.

Entre as estratégias das reven-das para crescer este ano estão: au-mentar o portfólio de produtos 21%, buscar clientes de maior porte 16%, vendas pela internet 15% e aumen-tar o leque de serviços 12%. “Dife-rente dos anos anteriores, serviços viraram commodities e agora os revendedores precisam se diferen-ciar e uma oportunidade, em curto prazo, e oferecer full outsourcing”, afirma Rodrigues.

Do lado dos distribuidores de TI as expectativas são igualmente excelentes, com um aumento espe-rado de 4% no número de funcioná-rios este ano (comparado a 2107) e atingir faturamento de R$ 12,1 bi-lhões. Valor 7,1% maior do que os R$ 11,3 bi obtidos no ano passado. O que representa uma forte reto-mada, se comparado aos R$ 10,5 bi faturados em 2016.

O estudo da Abradisti contem-plou também empresas para enten-der onde estão as oportunidades de negócios para o ecossistema de ca-

Crescimento do faturamento das Revendas em 2017 em relação a 2016

Previsão de Crescimento para 2018

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Evolução do Faturamento dos Distribuidores de TI (R$ Bilhões)

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nais. Em uma amostra de 1500 empresas com mais de 100 fun-cionários, foi constatado que a previsão é um crescimento de 5% no orçamento de TI em rela-ção ao ano anterior. A má notícia é que 23%, cerca de 1/3, diminui-rão os investimentos.

Na seara de quem vai investir em tecnologia, as oportunidades estão na modernização da infra-estrutura de hardware (porque o parque está desatualizado) 27% e outros 22% na ampliação des-sa infra visando o crescimento do negócio.

Nas micro e pequenas em-presas, a associação conversou com 800 empresários com me-nos de 100 funcionários. “Aqui há ainda mais negócios para o canal, porque 49% disseram que pretendem aumentar o fa-turamento e 38% querem con-tratar funcionários”, ressalta o diretor do estudo.

O executivo explica que TI será um forte aliado na jornada dessas companhias, que repre-sentam 99,3% dos CNPJs no País, com maior concentração nos segmentos de comércio e prestação de serviços.

Assim como as empresas maiores, as PMEs estão com o hardware obsoleto (37% nas mi-croempresas e 27% nas peque-nas), têm softwares e programas ultrapassados (42% nas micros e 36% nas pequenas), os presta-dores de serviços não atendem suas necessidades (45% e 37%, respectivamente) e o maior pro-blema: falta de adoção de novas tecnologias, 70% nas micro e 62% nas pequenas empresas.

Nesse segmento, a pers-pectiva de crescimento no fa-turamento este ano é de 49%, outros 37% acreditam que man-terão o que foi obtido em 2017 e 14% estão pessimistas e apos-tam em redução da receita.

Os índices são igualmente positivos quanto à estimativa na contratação de funcionários, onde 38% pretendem aumentar, 41% manterão e 21% reduzirão o quadro de colaboradores.

Neste início de ano, a Abra-disti anunciou sua nova estra-tégia que agora contempla tam-

bém as revendas, integradores e fabricantes, com expectativa de ter 200 membros dentro de 2 anos. Hoje são 25 distribuidores associados.

“Será uma grande oportu-nidade para as revendas e in-tegradores serem membros da Abradisti porque, por meio da experiência dos demais, vão eco-nomizar um tempo enorme no aprendizado e aprimoramento da gestão do seu negócio. Além de ter um aliado em assuntos que envolvem leis e governos”, explica Mariano Gordinho, dire-tor-executivo da instituição.

A Abradisti oferece aos membros a oportunidade de participar de grupos de traba-lho, entre eles: RH, tributação, software e crédito. Nessa nova fase, criará outros e o primeiro é vendas e marketing. “Por meio de uma parceria que fizemos, os sócios também têm acesso a um portal exclusivo com serviços personalizados de crédito da Boa Vista Bureau”, diz Gordinho.

Qual o potencial transformador do blockchain para nossa sociedade?O blockchain permite uma integração de processos, o que dá agilidade burocrática, previsibilidade e segurança. O dado que está no começo da cadeia é o mesmo que aparece no final. A princípio não precisamos mudar o mundo, mas trazer as informações para o blockchain e mudar os processos. Com a automação consigo tirar o ser humano, que é falível, do meio do processo e ter uma informação mais íntegra.

A tecnologia será utilizada pela primeira vez em uma eleição na Virginia Ocidental (EUA). Como isso acontecerá?Será feito com a urna funcionando em IoT e alimentando o blockchain como camada de auditoria. Dá para contabilizar em tempo real, auditar os votos por comarca, fazer uma pesquisa minuciosa sobre os dados e garantir a privacidade, pois não estou atrelando o número do título ao voto na urna. Talvez nas eleições de 2020, com [o eleitor apresentando] um documento com foto, já seja possível experimentar.

De que forma o blockchain poderia ser aplicado no Brasil? É um caminho natural?Nada garante a segurança da nossa urna. É nossa obrigação trabalhar para aumentar constantemente a segurança, e o blockchain poderia fazer isso. É como se cada candidato tivesse uma carteira, assim como no bitcoin, mas ao invés da moeda teríamos o voto como ativo. E a contabilização poderia ser feita em tempo real com ganho de processo e confiança.

3 perguntas para Nathália Nicoletti

Cofundadora do Grupo A*Star Labs fala como o blockchain pode dar mais segurança à urna eletrônica brasileira. Leia a íntegra em www.inforchannel.com.br

Foto:divulgação

26 Edição 15 / Junho 2018

Mariano Gordinho, da Abradisti

“Por meio de uma parceria que fizemos, os sócios também têm acesso a um portal exclusivo com serviços personalizados de crédito da Boa Vista Bureau

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