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candido-badaro
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Mídia e Sociedade Cristã
Enquanto algumas áreas do saber
como a antropologia, sociologia e
filosofia são centenárias, os estudos
sobre as relações da cultura de
massas e a sociedade são recentes,
datado de 1927, nos Estados Unidos.
Uma das razões de se estudar a mídia é o impacto da mesma na sociedade contemporânea, sendo considerada como o 4º poder. A explosão dos meios de comunicação, principalmente do fenômeno chamado televisão, colabora com a disseminação deste termo.
A mídia e o 4º poder
Aldeia global, segundo a teoria de McLuhan, trata-se da
seguinte situação: a partir de meados do século XX, com
a emergência da televisão, o mundo voltou a se tornar
tribal, tornando-se uma enorme aldeia, desta vez, em
escala global. O homem, que inicialmente experimentou
viver em aldeias e adquirir a linguagem, passou por um
novo e brutal processo de destribalização com a invenção
da escrita, voltando ao processo de retribalização
Findo o processo, McLuhan percebeu que voltamos ao
processo de aldeia novamente.
A televisão voltou a nos unir, as barreiras geográficas
desapareceram, as imagens encontraram-se espalhadas (e
espalham-se) de forma avassaladora e instantânea.
Entramos na era em que ler é chato, o ideal é mesmo ver.
Tal fenômeno pode ser analisado através da ânsia de se
assistir uma adaptação de obra literária em detrimento da
leitura da mesma.
Outro teórico interessante de ser analisado aqui é
o professor Antônio Albino Canelas Rubim, da
Universidade Federal da Bahia, que nos explica
o que seria a "Idade Mídia". Segundo ele, assim
como a sociedade já viveu a Idade Média, hoje
vivemos na Idade Mídia.
Os meios de comunicação se transformaram em
poderosas indústrias culturais, para o bem ou para o mal,
das idéias do capitalismo.
É em consequência da mídia que pagamos muito mais
vezes o que vale por uma calça, um relógio ou qualquer
outro produto, só pela marca que eles ostentam.
Cabe ainda aqui, analisar a efemeridade dos fatos na mídia e ainda
o sentido de realidade dentro da mesma, que pode ser encontrado
nas teorias de Baudrillard, que decretou, entre o fim de tantas
coisas, o fim da história.
Segundo ele, os acontecimentos da mídia são artificiais porque são
modulados, montados, editados. Se os acontecimentos são
artificiais e simulados, é possível decretar o fim da história. Alguns
filmes foram selecionados para melhor entendimento destas
teorias.
Há no painel do cinema norte americano uma boa
quantidade de filmes que relatam o poder da mídia
como tema central do enredo, seja de forma mais
visceral, como em Um dia de cão (1975),
passeando por tramas como Fogueira das Vaidades
e chegando aos anos 90 com obras
cinematográficas que elevam ao máximo o tema,
como Mera Coincidência e O 4º poder.
UM DIA DE CÃO• Em agosto de 1972 um assalto em um banco no Brooklyn
chama a atenção da mídia e transforma-se em um show com
uma enorme audiência. Era um roubo que teoricamente
duraria apenas dez minutos, mas após várias horas os
assaltantes estavam ainda cercados com reféns dentro do
banco. Sonny (Al Pacino), o líder dos assaltantes, planejou
conseguir dinheiro para Leon (Chris Sarandon), seu amante
homossexual, fazer uma cirurgia de mudança de sexo.
Enquanto tudo se desenrola a multidão apóia e aplaude as
declarações de Sonny e fica contrária ao comportamento da
polícia.
A Fogueira das Vaidades
Sherman McCoy (Tom Hanks) é um grande corretor de Wall
Street que ganha comissões milionárias e tem a sua vida
modificada bruscamente quando ao ir com Maria Ruskin
(Melanie Griffith), sua amante, para Manhattan, erra o caminho
e vai parar no Bronx. Lá ele atropela um negro, fazendo com que
este fato seja o ponto de partida da sua ruína e também o início
da meteórica ascensão de Peter Fallow (Bruce Willis), um
jornalista desconhecido.
Após ter se envolvido num escândalo sexual dias
antes da eleição, o presidente dos Estados Unidos
parece não ter muita chance de se reeleger. Para
tentar mudar esse quadro, nada melhor do envolver
se numa guerra fictícia num país distante, da qual o
presidente possa sair como herói nacional. O
enredo parece familiar? Acredite, é Mera
Coincidência. O affair entre Clinton e Monica
Lewinsky não foi a inspiração dessa história,
baseada no livro American Hero, de Larry Beinhart
embora a tenha tornado inesperadamente
verossímil. Sátira ao mundo da política e do sbow business, o filme confirma
sarcasticamente tudo de pior que pode ser imaginado sobre manipulação feita
pela mídia e sua influência sobre o público.
Mera Coincidência
Aproximando os fatos mostrados no filme para a
nossa realidade, temos os casos emblemáticos de
Eloá, em 2008, que teve seu sequestro e,
consequentemente, assassinato, exibido de forma
sensacionalista pelas redes de televisão.
Não foi diferente com o caso da menina Isabela Nardoni,
exaustivamente exibido na mídia com a mesma intenção
de uma novela, com direito a capítulos e tudo mais.
O ápice do absurdo foi a entrevista que a mãe da garota
concedeu para o Fantástico, programa de variedades
exibido na rede Globo.
Aparecer na televisão já é sinônimo de fama desde sempre. Como dizia o
famoso ator Raul Cortez, basta colocar silicone que você se torna um
artista. Apareceu no Big Brother Brasil? Já sabe que vai posar nua (nu) e
autografar um monte de revistas. Até que ponto programas como "Big
Brother Brasil", os baianos "Se Liga Bocão" e "Na mira" são retratos da
vida real?
Você consegue acreditar nos quadros exibidos nas tardes da rede
Bandeirantes pelo programa de Márcia Goldsmith?
Os crimes nos desenhos animados
Globo SBT Band Record Manchete Cultura Total
Programação total avaliada (em horas) 166 149 159 160 143 135 912
Desenhos animados exibidos dentro da programação (em horas) 12 36 4 8 5 6 71
Porcentagem de desenhos na programação total 7,23 24,16 2,52 5 3,5 4,44 7,79
Número de crimes ocorridos nos desenhos 259 753 31 164 160 65 1.432
Número de crimes a cada hora de
desenho22 21 8 21 32 11 20
A verdade é editada, selecionada e cortada
para que somente o que interessa apareça..
NEM TUDO É RUIM
1 Tessalonicenses 5. 21-22
Filipenses 4.8
Mas o que é bom?
Romanos 12.20