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Informativo Mensal da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores Regional do Estado de São Paulo Ano XVII - nº. 193 - DEZEMBRO de 2008 Redação: [email protected] - (11) 9182-4815 OBandeirante Jornal (Continua na página 3) por Helio Begliomini Médico urologista Presidente da SOBRAMES-SP Natal: ateus, crentes e ciência Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, no que diz respeito ao universo, ainda não adquiri a certeza absoluta”. Albert Einstein (1879-1955), conhecido por desenvolver a teoria da relatividade, mas ganhou o Prêmio Nobel de Física de 1921 pela correta explicação do efeito fotoelétrico. Dezembro é o mês da celebração do Natal, o nascimento de Jesus Cristo, Aquele que foi um grande marco na história da civilização, dividindo- a em antes e depois de Seu aparecimento. Embora não seja a maior festa da cristandade como sói ser freqüentemente difundida nos mass media, é um mês em que, inequivocamente, no Ocidente, se transpira muita espiritualidade. Embora 97,5% da humanidade seja crente em Deus – um Ser de capacidade infinita; criador, atemporal e todo-poderoso – a pequena parcela dos que se declaram ateus ou agnósticos, por vezes, faz, proporcionalmente, muito mais barulho do que a insignificância numérica que representa. A fé independe do quociente de inteligência, escolaridade, status social, condição de saúde, situação geográfica ou da era de existência do homo sapiens no planeta. O homem não se contenta em reverenciar, a seu modo e de acordo com sua cultura, seu Criador. No imo de sua razão, em perfeita sintonia com seus sentimentos, clama que a vida inerente ao seu ser tem predicados transcendentais, independen- temente do substrato material, perecível ou reciclável dos elementos de seu corpo. Embora não consiga expressar ou mensurar essa sensação nitidamente, ele percebe, ainda que velada e sutilmente, que nasceu para viver eternamente. E o valor intrínseco e inestimável do homem emana de sua sagrada transcendência. O genial filósofo, santo Aurélio Agostinho (354-430 d.C.), bispo de Hipona, alinhava com uma singela, porém densa oração, essa questão em seu livro Confissões I 1: “Senhor, Tu nos fizeste para Ti, e inquieto é o nosso coração enquanto n ã o repousar em Ti”. Tampouco há contradição entre religião e ciência. Ao contrário, há até complementaridade de misteres. Para o insigne Albert Einstein “Deus é a lei e o legislador do universo ”; “ A ciência sem a religião é coxa, a religião sem a ciência é cega”. Aliás, como o próprio Agostinho asseverou que Deus fascina, Einstein, com toda a sua formação e curiosidade científicas, chegou a afirmar: “Quero conhecer os pensamentos de Deus... O resto é detalhe” . E Einstein era tão profundo em sua reflexão que, com relação à existência, assim sintetizou: “duas formas para viver a sua vida: Uma é acreditar que não existe milagre. A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre”. Para aqueles que estudaram anos a fio a ciência de Hipócrates, não há muita dificuldade em compreender, paradoxalmente, a razoabilidade da segunda assertiva deste seu brocardo, pois, são inúmeras as variáveis que harmônica e

O Bandeirante - n.193 - Dezembro de 2008

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Informativo Mensal da Sociedade Brasileira de Médicos EscritoresRegional do Estado de São Paulo

Ano XVII - nº. 193 - DEZEMBRO de 2008

Redação: [email protected] - (11) 9182-4815

OBandeiranteJornal

(Continua na página 3)

por Helio BegliominiMédico urologista Presidente da SOBRAMES-SP

Natal:ateus, crentes e ciência

“Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, no que diz respeito

ao universo, ainda não adquiri a certeza absoluta”.Albert Einstein (1879-1955), conhecido por desenvolver a teoria da

relatividade, mas ganhou o Prêmio Nobel de Física de 1921 pela correta explicaçãodo efeito fotoelétrico.

Dezembro é o mês da celebração do Natal, onascimento de Jesus Cristo, Aquele que foi umgrande marco na história da civilização, dividindo-a em antes e depois de Seu aparecimento. Emboranão seja a maior festa da cristandade como sói serfreqüentemente difundida nos mass media, é um mêsem que, inequivocamente, no Ocidente, se transpiramuita espiritualidade.

Embora 97,5% da humanidade seja crenteem Deus – um Ser de capacidade infinita; criador,atemporal e todo-poderoso – a pequena parcela dosque se declaram ateus ou agnósticos, por vezes, faz,proporcionalmente, muito mais barulho do que ainsignificância numérica que representa.

A fé independe do quociente de inteligência,escolaridade, status social, condição de saúde,situação geográfica ou da era de existência do homosapiens no planeta.

O homem não se contenta em reverenciar, aseu modo e de acordo com sua cultura, seu Criador.No imo de sua razão, em perfeita sintonia com seussentimentos, clama que a vida inerente ao seu sertem predicados transcendentais, independen-temente do substrato material, perecível ou recicláveldos elementos de seu corpo. Embora não consigaexpressar ou mensurar essa sensação nitidamente,ele percebe, ainda que velada e sutilmente, quenasceu para viver eternamente. E o valor intrínsecoe inestimável do homem emana de sua sagradatranscendência.

O genial filósofo, santo Aurélio Agostinho(354-430 d.C.), bispo de Hipona, alinhava com umasingela, porém densa oração, essa questão em seulivro Confissões I 1: “Senhor, Tu nos fizeste paraTi, e inquieto é o nosso coração enquanto nãorepousar em Ti”.

Tampouco há contradição entre religião eciência. Ao contrário, há até complementaridade demisteres. Para o insigne Albert Einstein “Deus é alei e o legislador do universo”; “A ciência sem areligião é coxa, a religião sem a ciência é cega”. Aliás,como o próprio Agostinho asseverou que Deusfascina, Einstein, com toda a sua formação ecuriosidade científicas, chegou a afirmar: “Queroconhecer os pensamentos de Deus... O resto édetalhe”.

E Einstein era tão profundo em sua reflexãoque, com relação à existência, assim sintetizou: “Háduas formas para viver a sua vida: Uma é acreditarque não existe milagre. A outra é acreditar que todasas coisas são um milagre”.

Para aqueles que estudaram anos a fio aciência de Hipócrates, não há muita dificuldade emcompreender, paradoxalmente, a razoabilidade dasegunda assertiva deste seu brocardo, pois, sãoinúmeras as variáveis que harmônica e

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Jornal O Bandeirante

ANO XVII - nº. 193 - Dezembro 2008

Publicação mensal da SOBRAMES-SP -

Sociedade Brasileira de Médicos

Escritores - Regional do Estado de São Paulo

Sede: Rua Alves Guimarães, 251 -CEP 05410-000 - Pinheiros - São Paulo - SPTelefax: (11) 3062-9887 / 3062-3604

Editores: Flerts Nebó e Marcos GimenesSalun.Redatores: Helio Begliomini, MarcosGimenes Salun, Flerts Nebó.Jornalista Responsável: Marcos GimenesSalun - (MTb 20.405 - SP).Revisão: Ligia Terezinha Pezzuto(MTb 17.671 - SP).Redação e Correspondência: Av.Prof.Sylla Mattos, 652 - ap. 12 - Jardim SantaCruz - São Paulo - SP - CEP 04182-010.E-mail: [email protected].: (11) 9182-4815 / 2331-1351

Colaboradores desta edição: MarcosGimenes Salun, Ligia Terezinha Pezzuto,Mercedes Gomes, Lêda Maria Resende deAlmeida, Josef Tock, Denise Máximo LellisGarcia e José Jucovsky

Diretoria - Gestão 2007/2008 - Presidente:

Helio Begliomini; Vice-Presidente:

Josyanne Rita de Arruda Franco; Primeiro-Secretário: Maria do Céu Coutinho Louzã;Segundo-Secretário: Evanir da SilvaCarvalho; Primeiro-Tesoureiro: MarcosGimenes Salun; Segundo-Tesoureiro: LigiaTerezinha Pezzuto; Conselho Fiscal

Efetivos: Flerts Nebó, Arary da Cruz Tiriba,Luiz Jorge Ferreira; Conselho Fiscal

Suplentes: Carlos Augusto Ferreira Galvão;Geovah Paulo da Cruz; Helmut AdolfMataré.

Projeto Gráfico e Diagramação:

Rumo Editorial Produções e EdiçõesLtda. CNPJ.07.268.251/0001-09E-mail: [email protected]

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Ligia PezzutoEspecialista em Língua Portuguesa

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O ser humano é essencial-mente social, além de ser dotadode características únicas que odiferem dos demais seres vivos,fazendo-o interagir com seu meioe com seus semelhantes de ma-neira muito peculiar.

Para manter um nível idealde sociabilidade e para obter dessainteração o melhor para si mesmo,instintivamente o homem estabe-lece metas e objetivos. Alguns denatureza bastante íntima, visamsatisfazer desejos e necessidadespessoais. Outros, comuns àmaioria, visam primordialmente asobrevivência enquanto espécie. Aconvergência de objetivos, sejameles pessoais ou essenciais, é o quetorna possível a convivênciaharmoniosa entre os sereshumanos.

A Sociedade Brasileira deMédicos Escritores é um típicoexemplo dessa convergência.Originada do ideal de seufundador, Dr. Eurico BrancoRibeiro, em 1965, a Sobrames vemdemonstrando, ao longo de suaprofícua existência, sua missão deser um polo catalisador de idéiase ideais.

Baruch Von Espinoza,filósofo holandês que viveu de1632 a 1677 disse que “toda idéiaque é absoluta em nós, ou seja,adequada e perfeita, é verda-deira”. A se deduzir, portanto,que a longevidade de nossasociedade cultural, coisa extre-mamente rara num país como oBrasil, que pouco valoriza ouincentiva a cultura, é conse-qüência da adequação e daperfeição da idéia e dos ideais quea regem e para onde convergemseus associados.

O ano de 2008 foi marcadopor momentos extremamentegratificantes para os membros daregional paulista da Sobrames,que completou, em setembroúltimo, seus primeiros 20 anos dehistória. Todas as conquistas ealegrias vividas só foram possíveisgraças à convivência harmoniosados objetivos pessoais de satis-fação de cada um dos associados,ao respeito às individualidades e,principalmente, ao esforçoconjunto para a consecuçãodesses objetivos.

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Natal: ateus, crentes e ciência

sinergicamente ocorrem a todo instante namanutenção da vida, quer na intimidade de umaúnica célula, num órgão, num sistema isolado ouem todo o seu conjunto, perfazendo um mesmoser que, em cada segundo, se opera num novomilagre da existência.

Daí, forçosamente, pode-se inferir que ahomeostase, termo forjado pelo grande fisiologistafrancês Claude Bernard (1813-1878), no séculoXIX, pai da medicina experimental, que poderiaser definido como as propriedades auto-reguladorasde um sistema ou organismoque permitem manter atravésde centenas ou milhares dereações físico-químicassimultâneas, subseqüentes eininterruptas o estado deequilíbrio de suas variáveisessenciais no meio interno ouem seu meio ambiente, é umoutro nome da taumaturgiade estar vivo, condição essaque se repete a todo instante.

Ou ainda – compalavras próprias – homeos-tase é o milagre da existência que se repeteininterruptamente.

As virtudes que diferenciam os crentes dosateus e agnósticos podem ser assim sumariadas:boa parte dos ateus e agnósticos é maispresunçosa, soberba, atrevida e arrogante, poisse acha mais “iluminada”, privilegiada, evoluída,considerando-se “bright” (brilhantes, aliás, comoos neo-agnósticos e os neo-ateus preferem seautodenominar, embora não queiram secomparar, tal qual os esotéricos), por des-considerar a necessidade de um Ser superior, oumesmo por advogar, com ou sem proselitismo, ainsensatez de se acreditar em Deus.

Já, a maioria dos crentes é mais humilde,solidária, resignada e altruísta frente aos mistériosdos ciclópicos macro e microuniversos, assim comodiante da vida lato sensu e da Sabedoria da criação.Aliás, “criação” é um vocábulo preterido pelos ateuse agnósticos, pois, sem nada de convincente explicarconcernente à Causa primeira, dizem simplesmenteque tudo faz parte de um contínuo estado deexpansão e retração; tudo faz parte de umamutação, de uma evolução...

Do ponto de vista biológico, provavelmenteos crentes tenham maior densidade de neurôniospor milímetro quadrado de cérebro, ou, ao menos,maior número de células neuronais funcionantes

do que os ateus e agnósticos, visto que conseguemconceber pela intuição e/ou dedução através daarticulação da razão – ainda que de forma imperfeitae parcial –, a noção do Todo-Poderoso, uma vez queas evidências a seu favor são muito maiores do queas contrárias.

Por fim, os crentes são mais honestos consigomesmos através de um simples exame deconsciência ou auto-análise, termo este preferidopelos ateus e agnósticos por julgarem que “examede consciência” tenha conotação e influência

religiosas. Na verdade, boa partedos ateus e agnósticos preferenão ter consciência nem de siprópria e nem da alteridade,condições essas que a nivela e aconfronta inexoravelmente comseus semelhantes, cuja quasetotalidade é constituída decrentes.

Que as celebrações desteNatal possam trazer maiorlucidez imediata e trans-cendental aos crédulos e incréus,ligados ou não à causa da ciência,

da cultura e da intelectualidade!Outrossim, por ensejo do término desta

gestão e início de um outro mandato subseqüentena querida Sociedade Brasileira de MédicosEscritores do Estado de São Paulo (Sobrames – SP),na condição de homem de ciência, mas também defé, agradeço a Deus por esses dois anos repletos desaúde, intenso trabalho e de muitas realizaçõesatravés da atual diretoria. Ademais, plagio o Criador– com consciência, mas também com humildade esinceridade – a trimilenar oração de Salomão, filhode David e rei de Israel entre 970 a.C.-931 a.C.: “Dai,pois, (Senhor!) ao vosso servo um coração sábio, capazde julgar o vosso povo e discernir entre o bem e o mal”.(1 Rs 3, 9).

Dessa forma, não almejo pessoalmentevanglória e jactância inúteis, insossas, passageiras edesagregadoras, mas, sim, o desejo sincero de ver aSobrames – SP cada vez maior em número de sóciosadimplentes e eficazes; mais unida em torno de seuEstatuto; mais forte em suas metas; mais profícuaem seus empreendimentos; e mais representativa einfluente dentre as entidades culturais paulistas.

São desejos puros e bons. Conto com acolaboração não somente da diretoria, mas tambémde todos os seus diletos membros. E que Deus nosseja favorável!

(Continuação da página 1)

3O Bandeirante - Dezembro de 2008

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O Natal estragado

Bruninho estava que não via ahora de chegar de noite. Bem de noite.Quando todo mundo fosse dormir. Sóassim é que poderia dar certo. Mas nacozinha sua mãe, sua tia, sua irmã etambém a vó Dora preparavam doces,assavam carnes, faziam quitutes. Cadauma com seu afã. “E o fermento, quem éque trouxe?”

Era como se ninguémouvisse naquele burburinho dacasa, mas o fermento aparecia,aparecia a farinha e aparecia umbolo de chocolate, todo vestido demorangos. Mexe que mexe napanela, mexe na vasilha, mexe paratudo quanto é lado. “Alguém podedesligar o forno? O assado já estáno ponto!”

E Bruninho impaciente,não vendo a hora de chegar ahora. De chegar aquela hora bemde noitão mesmo, quando nin-guém mais estivesse acordado nacasa. Aí sim!

IIA árvore já estava montada desde

vários dias atrás. Foi o pai de Bruninhoquem a armou e a encheu de bolinhascoloridas. Tinha anjo, tinha estrela, tinhaum casal de renas, tinha sino e tinha ummonte de enfeite dourado. Cada um maisbonito que o outro. Tinha também opapai-noel, que ficava lá no topo daárvore, gordão daquele jeito, olhandopra todo mundo.

Todos os irmãos de Bruninhoderam palpites sobre onde colocar osenfeites, mas a maioria foi mesmo o paide Bruninho quem colocou. Eram devidro e tinham que ficar em lugar bemalto. Só o pai de Bruninho era quempunha a mão em mimos tão delicados.

Mas tinha um problema nissotudo: a árvore ficou lá um tempão, depoisde pronta, mas sem nenhum presenteembaixo. Tanta coisa bonita enfeitandoa árvore e nenhum presente? Bruninhoachava isso um desaforo. Achava que asárvores de natal já deveriam vir compresentes embaixo.

IIITodos os irmãos de Bruninho

tentaram explicar porque a árvore aindanão tinha presentes embaixo. Só que elenão queria saber de conversa. Como éque pode uma árvore sem presentes?Como é que pode? “Lembra na casa datia Clara? Tava cheia de presentes...”

Explicaram que naquela vez jáera a véspera de Natal e que o papai-noel já havia passado por lá. Por isso jáhavia todos aqueles pacotes. Aí Bruninhopensou assim: será que todos os meusirmãos acreditam mesmo no papai-noel?

Sentou-se no sofá e ficoupensando nisso. Olhava o papai-noel

gordão, lá no topo da árvore, olhava paraa correria dos irmãos pela casa. Sentiaum cheirinho bom de rabanada comcanela em cima. E pensava a que horasiriam botar os presentes ao pé da árvore.

IVMas para aquele Natal ele havia

feito um plano. Quando todo mundofosse dormir naquela véspera de Natalele iria descobrir tudo, tudinho sobrepapai-noel e sobre como os presentesaparecem lá. Até já dormira um pouco àtarde, que era para não ficar com sonona hora “h”.

Ajeitou-se no sofá da sala, nemligando para a correria dos irmãos pelacasa. Azar o deles! Iriam perder o melhorda história.

VEntão aconteceu da casa ficar

silenciosa. Ainda podia sentir o cheirinhobom dos quitutes que vinha da cozinha.Mas sabia que todo mundo tinha idodormir. Levantou do sofá na sala que, deluz, tinha só um pisca-pisca das pequenaslâmpadas da árvore de Natal. Mais nada.Pisando na ponta do pé, para não fazerbarulho, foi em direção à árvore.

VI“Ah! Que droga, viu!” Bruninho

quase acordou todo mundo, reclamandoem voz tão alta assim! É que os presentes

todos já estavam lá, bem debaixo daarvorezinha, toda enfeitada com anjinhos,sinos, estrelas douradas, renas e o papai-noel gordão. Então ele falou de novo emvoz muito alta, quase acordando todomundo: “Papai-noel já passou! Quedroga, viu!”

Mas rapidamente percebeuque não estava assim tãocontrariado por ter perdido omelhor da história. Se o papai-noel já passara, pelo menos ospresentes estavam lá. E se ospresentes já estavam lá, o seutambém já estava. Animou-sebem rapidinho outra vez: “ Vousaber qual é o meu presente!”

VIIAssim pensou e assim

mesmo agiu. Olhou para aquelemontão de pacotes, todos muitobem embrulhados com papelcolorido, um bem diferente dooutro na cor e no tamanho, etodos com fitas coloridas. Estava

com um sorriso até aqui de contente!Certamente um deles era o seu. Mas comodescobrir qual, se nenhum tinha umcartão ou o nome do dono? Papai-noelse esqueceu dos cartões. E agora?“Desembrulhando!” – pensou nova-mente em voz tão alta que quase acordoutodo mundo.

E foi assim que Bruninho tomoua decisão de abrir todos os presentesdaquele Natal, até descobrir qual era oseu.

VIIIAbriu primeiro a caixa grandona,

de papel pintadinho de rosa, com umafita bem larga de cetim. Rasgou o papel eespalhou tudo pelo chão. Era umabicicleta! Aí Bruninho pensou assim: -“Este presente não é o meu, pois já ganheiuma bicicleta no ano passado. Deve serda minha irmã Anacleta, pois a dela sequebrou noutro dia. Deve ser dela” –pensou. E logo que pensou assim, ouviuuma voz lhe dizendo:

“Foi logo abrindo o grande pacotãoe num instante ficou com um carão:

viu que era a bicicletade sua irmã Anacleta.

Aí, Bruninho! Que belo papelão!”

Bruninho olhou assustado paratodos os lados da sala, mas não soubequem lhe falava, nem de onde vinha a

Marcos Gimenes Salun - Jornalista - São Paulo - SP

SUPLEMENTO LITERÁRIO - O Bandeirante - Dezembro de 20084

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5O Bandeirante - Dezembro de 2008 - SUPLEMENTO LITERÁRIO

voz. Esperou por um tempo, vendo asluzinhas pisca-pisca e mais nada. E ospapéis do presente que ele abriu ficaramespalhados pelo chão.

IXDepois de passado o susto, Bru-

ninho achou muito bonito um pacoteverde de papel crepom, fechado com laçoescuro, de outro verde brilhante. Abriu.Começou uma ventania, dessas detemporais, querendo derrubar as coisase assobiando para todos os lados.

Bruninho levou outro susto! Quevento era esse que vinha dessa caixinha?Nem bem tinha acabado essa pergunta,ouviu a mesma voz que já ouvira no outropresente:

“Abriu outro presente errado.E estava de novo enganado.

Era só um secador,girando a todo vapor.

Você não está muito apavorado?”

Bruninho só então desconfiou queaquele presente era o de sua irmã maisvelha, a Carina, que vivia pedindo umsecador de cabelos novo, só seu. E, denovo, os papéis do presente que ele abriuficaram espalhados pelo chão.

XMas como Bruninho não desistia

de abrir presentes para descobrir qualera o seu, resolveu abrir mais um: erauma caixa branca, tão branca que atébrilhava. Então ele se assustou de umavez. Tirou a tampa e... Era uma caixa cheiade estrelas. Quando Bruninho abriu atampa, aconteceu. Todas as estrelinhaspresas na caixa, quando viram a tampaaberta, escaparam. Foram todas parar noteto, pois estrelas gostam de lugares bemaltos.

Bruninho gritou assim, tão altoque quase acordou todo mundo outravez: “Desce daí todo mundo, que eu nãomandei ninguém subir!”

Mas todas as estrelinhas ficaramlá no teto, brilhando. Ninguém queriadescer. E Bruninho já estava muitopreocupado com seu plano. “Quem é quevai acreditar que o papai-noel é o meupai se eu não explicar isso direitinho? Equando eu disser que todas as estrelasforam parar no teto só porque eudesembrulhei o presente errado, que erade minha irmã, o que é que todo mundovai dizer?”

E ainda por cima aquela coisa detodas as estrelas que escaparam da caixabranca estarem lá no teto. Todas!Nenhuma queria saber de descer. Tinhauma delas, até com um rabão bem grandee luminoso, que pousou bem no alto da

árvore de Natal, por cima do papai-noelgordão. E ficou lá, quietinha, quietinha...

Bruninho estava com a bocaaberta com tudo o que estava acon-tecendo. Só olhava para a árvoreenfeitada pelo seu pai e para os papéisde presentes rasgados que já estavamespalhados pelo chão.

XI“Agora, sim, é que eu sei qual é o

meu presente. Lógico! É o que estáembrulhado de azul!” E foi pensandoassim que Bruninho foi abrindo outropacote. Era de todos o mais cheiroso.Foi rasgando papel, arrancando fita etirando coisa da caixa. Uma caixa debombons. Cereja coberta com chocolate.Ai, que bom! Então ele comeu bombom,comeu bombom, comeu bombom...

E já estava tão estufado de tantocomer bombom quando ouviu, vindosabe-se lá de que lugar da sala, que já eraum brilhar só, de tanta estrela que tinhaescapado do outro presente, uma fraseque o deixou preocupado:

“Eu sabia que não era seuesse doce que você comeu.Se tivesse perguntado,eu teria lhe falado...

Mas agora, o doce derreteu.”

Bruninho tentou fechar a caixabem depressa, pensando que a voz vinhade dentro dela. Mas, cadê a tampa?Perdida no meio de tanto papel depresente colorido, rasgado e jogado nochão.

XIIEntão era assim que funcionava?

A cada presente errado que se abria,vinha aquela voz de recriminação, e aindapor cima fazendo um versinho? Foi aí queBruninho teve uma idéia: “Vou conversarcom essa voz”. E Bruninho quase gritou“Voz estranha, voz estranha, estou atrásdo meu presente. Quer dizer, por favor,onde ele está?”

Esperou um pouco e não ouviunada. Só havia silêncio na sala e aluminosidade de todas as estrelinhasfugidas, pregadas lá no teto.“Vozestranha, voz estranha. Se você nãodisser onde está meu presente, eu voucontinuar abrindo... Olha que eu jáavisei...”

E nada! O papai-noel gordãoestava quietinho no topo da árvore,sorrindo. A única diferença era aquelaestrela rabuda que foi parar quase sobresua cabeça. Bruninho já estava muitoimpaciente e fez seu último aviso: “Vozestranha, voz estranha. Bem que eu lhe

avisei... Vou abrir todos esses presentesaté descobrir o meu!”

E nem bem terminou de dizerisso já foi rasgando o pacotão vermelho,de onde pulou um palhaço que nãoparava de gargalhar. E gargalhava tãoalto, mas tão alto, que certamente iriaacordar todo mundo. “Esse não é o seu”,gritou a voz. Abriu outro pacote. “Essenão é o seu”. E mais outro: “Esse não é oseu”.

XIIIE assim foi por um longo tempo,

que Bruninho nem sabe quanto. Ospapéis de presente iam ficando espa-lhados pela sala enfeitada de estrelas noteto. A voz continuava dizendo “esse nãoé o seu” e o papai-noel gordão já nãoestava mais no alto da árvore de Natal.Lá só havia a estrela rabuda, brilhandomais, muito mais que todas as outras queficaram presas no teto. “Esse não é oseu!”, cuco, “Esse não é o seu!”, cuco...

Bruninho não descobriu omistério do papa-noel e nem achou seupresente naquela grande confusão. Eagora estava tudo estragado. O Natalestava estragado. Todos os presentesabertos, estrelas para todo lado, vozesvindo não sabia de onde, “esse não é oseu!”, e Bruninho achou que tinhaestragado o Natal.

XIV“Bruninho, acorda que o papai-

noel já passou...”

XVNo ar havia um cheirinho bom dos

assados e do bolo de chocolate. Os irmãosde Bruninho já não corriam pela casa.Abriam presentes. Bruninho esfregou osolhos e só então percebeu que dormirano sofá. Olhou para o teto e não viuestrelinhas grudadas. Olhou para o péda árvore de Natal e viu que havia ummonte de presentes ali. Correu os olhospara o topo da árvore e não viu o papai-noel gordão, sorrindo como estava antes.Ali havia apenas uma estrela rabuda,brilhando intensamente.

E foi então que o pai de Bruninho,esticando a mão com um pacote muitobem embrulhado, falou assim: “Toma,Bruninho! Este é que é o seu! FelizNatal!”

Page 6: O Bandeirante - n.193 - Dezembro de 2008

No entardecer calmo e ligeirode estreita amizade inconteste,deparo-me com inesgotável riquezade princípios e valores.

Onde estradas aparecem prazerosas,rumo ao leito de um rio de gargalhadas,gorjeiam passarinhos de afinados silvos,relebrando o parquinho das velhas brincadeiras.

Os trinados, aliados aos gemidosdas gangorras, vai-e-vens e balancinhas,fazem emergir da lembrançadoces sons longínquos e loquazes.

Encantadoras vozes infantis,envolvidas pelo aroma salutarda inocência, recheado devida, sonhos e desejos,nutrem o pensamentocom a aurora de temposmais tranqüilos.

Vem, contornando e colorindo,passo a passo, ocaminho desenhadopelo facho de sol.

Onde inseguranças, medos,ansiedades e incertezastransbordam em lágrimasa refletirem a pureza de umdesejo insatisfeito, desconhecidoe ávido por encontrar respostas.

Sentindo, sem saber, a adolescênciaexigir a sua vez, duro caminhoenevoado e íngremefaz-se necessário percorrer.

Perguntas a fervilhar o pensamentoangustiam a alma doloridapor tantos desconfortos.

Nos amigos, o apoio necessário,sentimento de saudável euforia,a cada resposta recolhida comentusiasmo, em partilha,muito mais comemorada.

E, assim, de conquistas em conquistas,queda e recomeço, erros e tropeços,segue a vida construída como esforço que adiante se fará presenteem sorrisos, preces e gritos de vitória.

Crescimento

Ligia Terezinha PezzutoJornalista

São Paulo - SP

Apenas um olhar!Um olhar medido no tempo,

uma grande e repentina empatia a provocar a simbiosedo tato, do cheiro, da sonoridade,

do sonho e do amor.Então,

sem que eu soubesse o porquê, projetou-se,num ponto perdido lá no horizonte,

a realidade impossível,contida nas caixinhas de emoções

que se abriram em meu coração.Aí surgiu a mulher emocionada, carente, criança,

absolutamente comovida com o espanto do encantoque teu olhar despertou.

Apenas um singelo olhar…

Apenas um olharMercedes Gomes

Empresária

Luanda - Angola

Mas, isso não foi tudo,pois, ao tomares minhas mãos entre as tuas,o calor que tua pele me transmitiufoi como um renascer para a vida…Ao mesmo tempo que me olhavasfalavas coisas que eu,em êxtase, não entendia.Meus ouvidos sorviam tua fala com emoção…Teu olhar singelo, tuas mãos fortes e firmese tua voz rouquenha e harmoniosarevelaram-me a ternura que existe em teu Ser,Guerreiro da Paz…Se líder fostes entre os homens,em meu coração és para sempreo Presidente!...

SUPLEMENTO LITERÁRIO - O Bandeirante - Dezembro de 20086

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,tam-bém

Não dava para acreditar. Aliás. Dava para acreditar.Não dava era para compreender. Minha avó sempre medisse isso. Fique atenta no que acredita e não compreende,menina, fique atenta. Às vezes penso que escutei pouco aminha avó. Vai ver por isso encontro mais problemas. Quesoluções.

O lugar era adequado. A cafeteria, uma delicadeza.Isso sem falar naquele burburinho. Vozes sussurradas fazemmais efeito que gritadas. Todos ali sussurravam. Dando seuestilo musical nas entonações. Nos pequenos silêncios.Como uma partitura. Numa sequência sem maestro. Mascom cadência. Assim era o ambiente. Uma quase orquestra.De sons. E tons. Até de sotaques. Uma exposição cautelosadas idéias. Em pianíssimo. Em allegretto. Até cabia um allegroma non troppo.

O olhar veio antes. Era um olhar lúdico. O corpotodo veio depois. Mas tinha uma sintonia com o olhar.Deveria ser mesmo um lugar de que gostava. Quefreqüentava. Ou que tentava freqüentar. Com o olhar,percorria os lugares. E buscava o seu. Vago. Uma mesa.Uma cadeira. Um assento. Onde pudesse abrigá-los. Corpoe olhar. E o riso. Ria como se para alguém. Conclui. Deveriaser o alguém interior. Uma daquelas comemorações festivas.Entre ego e superego. Ou entre ego e alter ego. Vai lá saber.

Algo de repente ficou errado. Nesse momento oolhar mudou. Já não era mais lúdico. Era um olharenvelhecido. Ele veio na direção dela. Com ar dedesagrado. Gesticulando para ela. Com desaprovação. Ocorpo em sintonia com o olhar. Desagradável. O dedosubstituiu a fala e apontou faltas. Muitas faltas. Faltava lugar.Faltava tempo. Faltava espaço. Parecia que apenas sobravaespera. Desconforto. E dedos. Ele gesticulava. Elaobservava. Parecia hesitante, mas atenta. Por segundosretirava o olhar dele e olhava o espaço. O ambiente. Eleinsistiu.O olhar dela mudou. Era agora um olhar resignado.

Ele foi à frente. Deu as costas. Ela o seguiu. Iamsair. Fiquei pensando no por que da concessão. Nas milrazões das concessões. Durou pouco meu pensamento. Nãocheguei nem na segunda razão. Até respirei aliviada. Vique ela voltou. Voltou. Quase dei um pulinho da cadeira.Que teria acontecido? E com ela um novo olhar. Olhar dedecisão. Ia ficar. Quase aplaudi. Contive-me. Ele aindaficou por um instante de pé. Diante dela. Reprovou.Apontou. Resmungou. Acatou.

Enquanto ela sentava, ele foi buscar o café. Estavairritado. Expressão de tédio, como ela diria se o estivessevendo. Pensei. Este deverá ser o café mais caro do planeta.Mas ela deve saber o que faz. E se tudo tem um preço, que

seja pago antecipado. Acompanhado de uma parcela deprazer. Procede. E vai ver sempre tem uma forma de evitarjuros.

Era alta. Magra. Elegante. Porte ereto. Gestualdelicado. Fugia ao comum. Tinha cabelos brancos. Nãotingidos. Longos. Presos com uma fivela sofisticada. Umaroupa despojada e adequada. Já sentada, sorriu. Para quemestava em volta. Eu me incluí. Elogiei a decisão. Fez umolhar de surpresa. Não se imaginava observada. Agradeceu.Com singeleza. Com tranqüilidade.

Ele vinha em direção dela. Segurando a bandeja.Tentando equilibrar irritação, aceitação, cobrança futura,café e bolinhos. Não devia ser fácil. A expressão estavainsegura. Desta vez ela o recebeu com um outro olhar. Olharde irreverência.

Sabe-se lá por que perguntei se era escritora. Nemsei de onde tirei essa idéia. Mas perguntei. Ela respondeu.Com serenidade. Com uma voz firme. Não. Sou atriz. Devoter feito uma coletânea de todos os olhares dela. Em mim.Ao mesmo tempo. Pelo jeito com que ela me olhou. Sorri.E parabenizei. Com entusiasmo.

Lembrei-me da minha avó. Agora, sim. Acreditei ecompreendi. E o contrário também vale.

Café prismático

Lêda Maria Resende de AlmeidaMédica pediatra

São Paulo - SP

Somos todos unidos pelo mesmo ideal.

Obreiros do escrever e do versejar.

Brasileiros, verde-amarelo – o amor pela pátria.

Recitamos nossas mensagens nas Pizzas Literárias.

Ano após ano, vinte anos são passados.

Médicos e não médicos, amizades consolidadas.

E o sonho de Flerts Nebó foi realizado

– a árvore cresceu e frutificou.

Saudades dos que se foram e de outros que estão distanciados marcaram a nossa Sobrames.

Sobramesvinte anos

Josef TockMédico oftalmologista

São Paulo - SP

7O Bandeirante - Dezembro de 2008 - SUPLEMENTO LITERÁRIO

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Por uma rima com sol,entendi o que é bemolou nunca teria aprendidoo que vem a ser sustenido.Agora não temo, trepidoe até acredito em cupido.No calor usei cachecol.Combinou com um girassol.Tentei uma rima pra súmula.Fórmula, flâmula, trêmula.Então conheci a plúmulaque é tão planta quanto a ênula.

Rima que reanimaDenise Máximo Lellis GarciaMédica pediatra

São Paulo - SP

IIApós a guerra, com a ajuda divina,o lendário Ulisses se põe a navegarpor ínvios caminhos e mística sina.Atravessa o mar para ao seu lar retornar...

Retido por tempestades nebulosas,por sereias e ciclópicas figuras,superando em lutas milagrosashumanas metafóricas aventuras!

IA homérica “Ilíada” trajetória.Épico poema jônico elaborado.Lírico pináculo de eterna glória.Humano belicoso ânimo endeusado!

O rapto de Helena consumadotransforma-se em lutas renitentes.Gregos e troianos exaltados,empunhando espadas reluzentes!

A “Guerra de Tróia” em narrativadividida em 24 “Cantos” permanecedramatizada em esdrúxula inventiva,traz da tradição oral dialética prece!

Conflito em inóspita adversidadecom estratégica destreza e ousadia.Ao sabor da minerval sagacidade,o famoso “Cavalo de Pau” acontecia!

IIIVenerando o seu amor distante,“Penélope” em diuturna atividadetecia um símbolo fascinante:o histórico mito da fidelidade!

Ulisses vinte anos ausenteconsegue à “Ilha de Ítaca” chegar,eliminando um a um os pretendentesque queriam “Penélope” desposar.

Histórico mitoda felicidade

José JucovskyMédico ginecologista

São Paulo - SP

SUPLEMENTO LITERÁRIO - O Bandeirante - Dezembro de 20088

Meu feio virou medonho,o chato ficou enfadonho.Proponho depois me oponhopra rimar tudo com sonho.E eu, que nem sou de beber,pra usar a palavra tranqüilae fazer rima aparecer,aceito até uma tequila.Ela dá ritmo ao clima,dá um certo balanço que anima.Quem estima o verso acimafaz de tudo por uma rima.

Page 9: O Bandeirante - n.193 - Dezembro de 2008

Diretoria aprova calendário dede atividades para 2009

ROBERTO CAETANO MIRAGLIAADVOGADO - OAB-SP 51.532

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DEZEMBRO DE 2008 - Reunião dediretoria no dia 4; Lançamento dacoletânea “A Pizza Literária - décimafornada” no dia 12, na Casa das Rosas;Pizza Literária no dia 18.

As Pizzas Literárias acontecem na Pizzaria BONDE PAULISTA, na Rua Oscar Freire, 1.597 - Pinheiros - 19h30.As reuniões da diretoria acontecem no Centro de Estudos do Hospital São Camilo - Av. Pompéia - 1.178 - Pompéia - 19h30.

9O Bandeirante - Dezembro de 2008

Em sua última reunião administrativa,a diretoria da Sobrames-SP aprovou ocalendário de atividades para o ano de 2009.As reuniões mensais de diretoria serãorealizadas na primeira quinta-feira de cada mêse as Pizzas Literárias, na terceira quinta-feira.Em caso desses dias recaírem em feriados ouse houver algum impedimento, as dataspoderão ser remanejadas da melhor maneirapossível. Este jornal manterá uma coluna comas informações mensais dessa agenda.

Como destaque especial, em 2009está programada para setembro a realizaçãoda X Jornada Médico-Literária Paulista emconjunto com a V Jornada da SobramesNacional. Em breve as notícias e informaçõessobre esse evento começarão a ser publicadas.

Outras atividades que merecemdestaque são o lançamento da VI AntologiaPaulista durante os encontros programadospara o mês de setembro e a realização dostradicionais prêmios literários “Bernardo deOliveira Martins” para a melhor poesia e

FEVEREIRO DE 2009 - A reunião dediretoria será no dia 5 e a PizzaLiterária, no dia 19.

“Flerts Nebó” para a melhor prosa do ano.Em ambos concorrerão os autores queapresentarem seus textos durante as PizzasLiterárias. A cada três meses, serão realizadostambém os já tradicionais desafios daSuperpizza, nos quais os autores exercitam-se escrevendo sobre temas propostos.

Como pauta básica da segunda gestãoda diretoria, que tomou posse em 18 dedezembro, permanecem algumas metas dagestão anterior, sem data definida paraacontecer, mas contando com o firme apoiode todos. Dentre elas destaca-se a obtençãode uma sede e a conquista de novos associados(veja mais detalhes no relatório anual dadiretoria de 2008, páginas 10 e 11).

Vale lembrar que em todas asatividades programadas haverá contagem depontos para a terceira edição dos prêmiosmotivacionais “Rodolpho Civile” deassiduidade e “Aldo Miletto” de melhordesempenho. Acompanhe a agenda, participee prestigie as atividades de 2009!

Encerra-se em 18 de dezembroa segunda edição dos prêmios deassiduidade e de melhor desempenhodeste ano. Criados pela atual diretoriapara estimular a participação dosassociados nas diversas atividades daSobrames-SP, os certames levam emconta a presença nas Pizzas Literárias,a edição de livros dos associados, aparticipação em antologias, coletânease em Jornadas e Congressos promovidospela entidade, entre outros quesitos.A contagem dos pontos obtidos pelosassociados adimplentes durante o anojá está sendo finalizada.

O anúncio dos vencedores e aentrega dos certificados acontecerána Pizza Literária de 15 de janeiro de2009. A última contagem parcial tinhaa seguinte posição:

“Prêmio Rodolpho Civile” demaior assiduidade (premiará a todos osque obtiverem maior pontuação, em

duas categorias). Na categoria interior,lideram Geovah Paulo da Cruz eRodolpho Civile (ambos com 10 pontos),seguidos por Alcione AlcântaraGonçalves (9 pontos). Na categoriaGrande São Paulo, estão à frente JoséRodrigues Louzã, Marcos GimenesSalun, Maria do Céu Coutinho Louzã,Roberto Antonio Aniche (todos com 10pontos), seguidos de Helio Begliomini,Luiz Jorge Ferreira e Sérgio Perazzo(com 9 pontos).

O “Prêmio Aldo Miletto” demelhor desempenho de 2008 tem aseguinte posição até o momento:Marcos Gimenes Salun lidera com 27pontos, seguido de Helio Begliomini (26pontos); Flerts Nebó (20 pontos); JoséRodrigues Louzã (18 pontos); AlcioneAlcântara Gonçalves e Luiz JorgeFerreira (ambos com 17 pontos). Nesteprêmio apenas o que tiver maior númerode pontos receberá o certificado.

Prêmios de assiduidade e desempenho de 2008 serão entregues em janeiro

Vem aí a X JornadaMédico-Literária

Está prevista para setembro de2009 a realização da X Jornada Médico-Literária Paulista que desta vezacontecerá em conjunto com aV Jornada Nacional da Sobrames,conforme ficou decidido no últimocongresso nacional, realizado emFortaleza, em junho deste ano.

A comissão de trabalhos já estácomposta e vem se empenhando háalgum tempo para definir local de suarealização e alguns dos pontosessenciais para que o evento aconteçada melhor maneira possível.

Algumas decisões já foramtomadas pela comissão organizadora,no entanto a divulgação do evento comdetalhes somente deverá ter início apartir de janeiro.

Desde já recomendamos a todosos que queiram participar desseencontro que preparem seus melhorestextos em prosa e verso para inscriçãonas sessões de temas livres quetradicionalmente são realizadas.

Neste momento, além dasúltimas definições quanto ao local darealização, a comissão organizadora jáestá elaborando um variado programacultural e turístico para que aX Jornada Médico-Literária Paulistarepita o sucesso das últimas edições.

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Relatório da Diretoria da Sobrames – SPBiênio 2007-2008

A fim de se cumprir determinação estatutária, eiso relatório dos dois anos da presente gestão (2007-2008).Os feitos podem ser assim sumariados:

1. Realização de 24 reuniões oficiais da diretoria,acrescidas de outras 3 oficiosas antes da posse.

2. Organização de 24 Pizzas Literárias.

3. Campanha, com sucesso, para redução donúmero de inadimplentes; acolhimento de membros queestavam afastados e admissão de novos sócios.

4. Publicação de 24 edições de O Bandeirantecom oito páginas, sendo 4 delas com doze páginas. Foramrealizadas campanhas para aumento de anunciantes emnosso O Bandeirante, com sucesso crescente. Decidiu-se que só seriam aceitos para publicação trabalhos demembros adimplentes com a entidade. O Bandeirantecomeçou também a ser enviado em quatro cores pelaInternet, desde janeiro de 2007, para um universo deaproximadamente 1.000 pessoas e instituições. OBandeirante, além de contar, há anos, com o trabalhoesmerado de diagramação e de composição do jornalista esócio Marcos Gimenes Salun, passou a contar também,desde o início de 2007, com o serviço de digitação dasócia Maria do Céu Coutinho Louzã e de revisão ortográficada jornalista e sócia Ligia Terezinha Pezzuto. Embora sejado conhecimento de todos, torna-se significativo mencionarque estes serviços, assim como todos os demais realizadospelos diretores da entidade foram e são sem-remuneração.

5. Organização da IX Jornada Médico-Literária Paulista na cidade de Jundiaí de 27 a 30 desetembro de 2007. Houve 4 idas da Comissão Organizadoraa Jundiaí; escolha esmerada de roteiro gastronômico-cultural diverso (não repetitivo) e diário; estabelecimentode concursos em prosa e em verso com seleção de duascomissões julgadoras, respectivamente uma para cadamodalidade literária; confecção de 60 cartazes coloridospublicitários que foram afixados em hospitais, faculdadesde medicina e instituições culturais; diversos contatos eofícios com autoridades e entidades políticas, educacionais,culturais e empresariais; e confecção dos Anais dostrabalhos previamente inscritos que foram entregues aosparticipantes.

6. Edição da VI Antologia Paulista lançada porocasião da IX Jornada Médico-Literária Paulista. Trata-sede um florilégio no qual foram reunidos todos os trabalhospublicados em O Bandeirante nos últimos dois anos.Esse projeto é custoso e foi patrocinado exclusivamentepela Sobrames – SP.

7.Participação no Corredor Cultural Paulis-ta na Fiesp – 8 a 14 de outubro de 2006.

8. Realização de diversos contatos e ofícios para aobtenção de uma sede. Projeto ainda sem resultadosconcretos. Entretanto, desde março de 2008, a atualdiretoria conseguiu um espaço no Centro de Estudos doHospital São Camilo – Pompéia para suas reuniões dediretoria.

9. Realização de 8 (oito) Concursos SuperPizzas(um a cada três meses).

10. Realização de 2 (duas) versões (2007 e 2008)do Prêmio Bernardo de Oliveira Martins, a melhorpoesia do ano.

11. Realização de 2 (duas) versões (2007 e 2008)do Prêmio Flerts Nebó, a melhor prosa do ano.

12. Criação de mais dois prêmios com 2 (duas)versões (2007 e 2008): a) Prêmio Aldo Miletto deMelhor Desempenho na Sobrames – SP.; b) PrêmioRodolpho Civile de Assiduidade – Modalidades:Grande São Paulo e Interior.

13.Confecção de dois banners da Sobrames –SP para as Pizzas Literárias.

14. Adequação dos Estatutos da Sobrames –SP ao novo Código Civil. Convocação de Assembléia GeralExtraordinária que foi realizada em dezembro de 2007 eefetuado o respectivo registro do Estatuto emcartório.

15. Organização de uma Sabatina Literáriarealizada na cidade de Jundiaí, em 26 de abril de 2008.

16. Divulgação e apoio aos membros daSobrames – SP em seus lançamentos literários.

17. Estímulo para que o maior número demembros da Sobrames – SP participasse do XXIICongresso Nacional da Sobrames realizado de 4 a 7de junho de 2008, na cidade de Fortaleza, Ceará. Os 9(nove) representantes paulistas foram: Flerts Nebó,Marcos Gimenes Salun, Maria Imaculada Gomes Gimenes,Aida Lúcia Pullin Dal Sasso Begliomini, Helio Begliomini,Alcione Alcântara Gonçalves, Carlos Augusto FerreiraGalvão, Luiz Jorge Ferreira e Michel Herbert AlvesFlorêncio, que apresentaram cerca de 19 trabalhos em versoe em prosa. Flerts Nebó teve a honra de estar na mesa deabertura do evento ao lado de eminentes figuras, como oex-governador do Estado do Ceará, Lúcio Alcântara. MarcosGimenes Salun secretariou uma mesa-redonda e ganhou o1o lugar no concurso de contos com o trabalho “Ramalhete”.Carlos Augusto Ferreira Galvão e Helio Begliominipresidiram, cada qual, sessões de temas livres em prosa.

O Bandeirante - Dezembro de 200810

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Helio Begliomini conferenciou sobre “Vida e Obra do Dr.Eurico Branco Ribeiro” e foi convidado para presidir aComissão Eleitoral do disputado pleito, único na históriada entidade com duas chapas. Michel Herbert AlvesFlorêncio lançou seu livro O Verbo em Ebulição –Orações, Salmos e Poesias que, a pedido, foiapresentado aos congressistas por Helio Begliomini.Ademais, a Sobrames – SP foi escolhida porunanimidade para sediar e organizar a V JornadaNacional da Sobrames que coincidirá com sua X JornadaMédico-Literária Paulista.

18. Sorteio e doação de livros aos participantesem várias Pizzas Literárias.

19. Racionalização de duas bebidas porpessoa nas Pizzas Literárias. Medida que contribuiu paraequilibrar os déficits das contas das reuniões sociais eaumento, no início de 2008, de apenas R$ 5,00 no valorper capita das Pizzas Literárias – de R$ 25, 00 há anos (!)para R$ 30,00 reais.

20. Representação da Sobrames – SP em 11(onze) eventos patrocinados por outras entidades científicase culturais.

21. Acolhida, na Pizza Literária de agosto, do Dr.Simão Arão Pecher e sua esposa, Nina, representantes daSobrames do Amazonas e reunião no dia 8 de setembrocom o Dr José Maria Chaves, presidente da Sobrames Cearáe organizador do próximo Congresso Nacional daSobrames. Acolhida na reunião de setembro da confreiraMaria de Fátima Calife, da Sobrames pernambucana.

22. Organização do Concurso da Letra doHino da Sobrames – SP (segundo semestre de 2008).Sob pseudônimo e facultado a todos os membrosadimplentes da entidade. Ademais, todos os membrosadimplentes da entidade foram convidados para seremjuízes. Houve 6 (seis) trabalhos inscritos.

23. Organização do I Concurso de Poesias daRede São Camilo de Assistência (segundo semestrede 2008).

24. Organização do Jantar em Comemoraçãodo 20o aniversário da entidade. Foi realizado no dia 26de setembro de 2008 no restaurante Mare D’Itália na RuaJoaquim Floriano, no 211, no bairro do Itaim Bibi. A adesãofoi de R$ 30,00 por pessoa, excetuando-se bebidas.

25. Pesquisa, organização, diagramação e edição,pelos diretores Helio Begliomini e Marcos Gimenes Salun,do livro Sobrames Paulista – Compêndio dos seusVinte Anos de História – 1988-2008 (setembro de2008). Esse projeto foi totalmente custeado por seus autores,isentando a entidade de quaisquer ônus. Esse livro marcoude forma indelével essa efeméride e foi distribuídograciosamente aos sócios da Sobrames – SP, a outros sócios

das demais regionais, assim com a outras entidadesculturais.

26. Realização da coletânea Pizza Literária –décima fornada. Foi lançada no dia 12 de dezembro de2008, na glamourosa Casa das Rosas, na av. Paulista no 37,Paraíso, e custeada pelos seus participantes.

Todas essas realizações – muitíssimo além do quefora planejado executar no início da gestão – deveu-se aum trabalho coletivo, coeso, altruísta e quase anônimo dosmembros da diretoria, apoiados por sócios diletantes àcausa da entidade, aos quais, em nome dela, a diretoriaagradece emocionada.

Helio BegliominiPresidente da Sobrames-SP

Gestão 2007-2008

Participação Paulistana Abrames

A tradicional Semana da Academia Brasileira deMédicos Escritores (Abrames) contou, nos dias 27 e 28 denovembro, com a presença de Nelson Jacintho e sua esposa,Dumara, residentes em Ribeirão Preto, e do presidente daSobrames – SP, Helio Begliomini.

Essa foi a primeira vez que a solenidade foi realizadano belo e confortável salão nobre do Conselho Regional deMedicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj).

Quatro membros da Sobrames paulista forampremiados na sessão solene do dia 28 em várias modalidadesatravés de concursos realizados sob pseudônimo. Ei-los:

Nelson Jacintho recebeu o 2o lugar em trovas com otema “sonho”; 3o lugar em trovas com o tema “azar”; o 4o lugar(menção honrosa) com o conto “A Agenda”; o 5o lugar (mençãohonrosa) com a crônica “Este País que não mais Conhecemos”e o 5o lugar (menção honrosa) com o ensaio “Suicídio”.

Evanil Pires de Campos recebeu o 5o lugar com a poesia“Memórias Póstumas” e o 3o lugar com o ensaio “Machado deAssis”.

Thereza Freire Vieira recebeu o 3o lugar com a crônica“Caça às Rãs”.

Helio Begliomini recebeu o 1o lugar com a poesia“Passagem”; o 4o lugar (menção honrosa) com a crônica “Liçãode Anatomia e Arte” e o 4o lugar (menção honrosa) com o

ensaio “Vieira, um Homem Além do seu Tempo”.

11O Bandeirante - Dezembro de 2008

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Casa das Rosas acolheescritores da Sobrames

Ficha Técnica: 274 páginas (14 x 21 cm.);33 autores; Editora: Rumo EditorialProduções e Edições; ISBN 978-85-60380-09-1; Organizador: Marcos Gimenes Salun;Edição de Capa: Marcos Gimenes Salun;Prefácio: Helio Begliomini; Revisão: LigiaTerezinha Pezzuto; Data e local delançamento: 12.12.2008 – Casa das Rosas –Espaço Cultural Haroldo de Campos dePoesia e Literatura – Avenida Paulista, 37 –Cerqueira César – SP; Tiragem: 1.400exemplares.

Autores participantes: Aída LúciaPullin Dal Sasso Begliomini; AlcioneAlcântara Gonçalves; Alípio AugustoBordalo; Alitta Guimarães Costa Reis;Carlos Augusto Ferreira Galvão; CarlosJosé Benatti; Denise Máximo LellisGarcia; Evandro Guimarães de Sousa;Evanir da Silva Carvalho; FernandoBatigália; Flerts Nebó; Geovah Pauloda Cruz; Guaracy Lourenço da Costa;Helio Begliomini; Hélio José Destro;Jacyra da Costa Funfas; José Jucovsky;José Rodrigues Louzã; Josyanne Ritade Arruda Franco; Lêda Maria Rezendede Almeida; Ligia Terezinha Pezzuto;Luiz Jorge Ferreira; Marcos GimenesSalun; Maria do Céu Coutinho Louzã;Mercedes Gomes; Michel Herbert AlvesFlorêncio; Nelson Jacintho; RobertoAntonio Aniche; Roberto CaetanoMiraglia; Rodolpho Civile; SérgioPerazzo; Walter Whitton Harris; eWilma Lúcia da Silva Moraes.

Aquisições: Para adquirir a obra,entre em contato com qualquer um dosautores, com a Sobrames, através doe-mail ([email protected]) ou coma editora ([email protected]).

Informações: Para maiores detalhessobre a série de coletâneas publicadaspela Sobrames-SP, consulte o livro“Sobrames Paulista - compêndio dosseus vinte anos de história (1988-2008)”, de Helio Begliomini e MarcosGimenes Salun, ou procure o verbete“A Pizza Literária” na enciclopédiavirtual Wikipédia no endereço: http://pt.wikipedia.org, onde você encontrarátambém outras informações sobre aSobrames e seus membros.

Em noite memorável, cerca de 150 pessoas entre autores e convidadosparticiparam do lançamento da coletânea “A Pizza Literária - décima fornada”,realizada no último dia 12 de dezembro na Casa das Rosas, Espaço CulturalHaroldo de Campos, na mais paulista das avenidas de São Paulo.

Um excelente grupo musical animou a festa com MPB da melhor quali-dade enquanto era servido um coquetel e os autores autografavam e distribuíama mais recente obra publicada pela Sobrames-SP (detalhes ao lado). Veja abaixoalguns dos momentos desta festa literária inesquecível.

Mais de 350 exemplares entregues durante o lançamento.

Autógrafos e muita emoção dos escritores participantes.

Cerca de 150 pessoas circularam pelos salões da casa.

Música Popular Brasileira da melhor qualidade animou o público.

Requinte e tradição da Casa das Rosas como palco da festa literária.

O Bandeirante - Dezembro de 200812