O artista Gustavo Rosa · Gustavo realizou diversas exposições pelo Brasil e pelo mundo, em cidades como Barcelona, Berlim, Buenos Aires, Lisboa, Los Angeles, Nova York, Miami,

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O artista Gustavo Rosa

Gustavo Machado Rosa nasceu em São

Paulo em 20 de dezembro de 1946 e

faleceu em 12 de novembro de 2013.

Desenhava intuitivamente desde os 3 anos

de idade e sua primeira “arte” foi pegar um

carvão da lareira e rabiscar as paredes

brancas da casa de seus pais. Desde então,

nunca mais largou esse impulso criador.

Não era um bom aluno, já que sua forma

preferencial de se comunicar com o mundo

era o desenho. Na época de escola, fazia

caricaturas de professores e colegas e seu

caderno quase não tinha matérias, apenas

desenhos.

Seu primeiro trabalho foi como estagiário na

revista Cláudia, da Editora Abril. Lá, contou

com a ajuda de pessoas experientes em artes

gráficas e publicidade, o que o ajudaria, anos depois, a mergulhar no mundo das artes

plásticas.

Após um período, e com aproximadamente 18 anos, Gustavo mudou de emprego e

tornou-se diretor de arte na JBS Murad Propaganda.

Em 1968, enviou um quadro para o 1º Festival das Artes Interclubes

de São Paulo e recebeu, como prêmio pelo 1º lugar, uma medalha

de ouro e uma viagem ao exterior. Foi para Londres e, quando

voltou, já estava decidido a viver apenas da arte: largou seu

emprego e investiu em seu sonho.

Nos anos 60 ainda morava com os pais e, uma de suas

inspirações, eram mulheres e crianças que batiam na porta de

casa com latas na cabeça, pedindo água.

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Sua primeira participação em exposições foi em uma coletiva,

em 1964, na FAAP. Para sobreviver

exclusivamente da arte, no início teve que

concentrar sua energia na habilidade do

desenho e fazer retratos. Sentava-se num

banquinho em pontos movimentados e,

em poucos minutos, auferia uma renda

muito bem vinda.

Gustavo nunca estudou arte, mas sempre foi movido pela

curiosidade. Conheceu e se tornou amigo de pintores como

Carlos Scliar, Aldemir Martins e Alfredo Volpi, quem lhe deu

dicas a respeito de técnicas de pintura e preparação de

pigmentos, entre eles a tempera com ovo, marca registrada de

Volpi.

Visitando ateliês, percebeu que cada

artista se fechava em seu mundo e não

tinha disposição para ensinar, então a

alternativa era absorver de cada

profissional que visitava algo que pudesse ser importante para

sua carreira.

Com o passar dos anos conseguiu conquistar seu espaço com o

que realmente era sua criação e assim nasceram as séries Caras,

Banhistas, Animais e tantas outras.

Gustavo tinha uma forma de ver o mundo com maior

descontração e menos sisudez.

Dizia que o seu melhor quadro era sempre o último ou, talvez, o

próximo, pois ali ele estaria inteiro.

Não teve formação acadêmica e

escolhia as combinações de tons ou o

uso de luz e sombra de acordo com

aquilo que sentia.

Dizia que a beleza de uma pintura, quando intensa, valia por si

mesma, sem precisar de conceitos e explicações teóricas.




Gustavo era um observador perspicaz e seus olhos captavam o

belo nas coisas mais simples da vida, fosse um carrinho

ambulante de sorvetes, um animal, ou até mesmo um grupo de

banhistas na praia. Cada uma dessas e outras visões era ponto

de partida para um incrível conjunto de telas sobre o assunto.

Em 2005 inaugurou o Estúdio Gustavo Rosa, na Rua Veneza, em

São Paulo, onde trabalhou e criou nos últimos quase 9 anos de

vida. O espaço foi preservado para visitação pública e

mantém inalterado seu ateliê, sua mesa de trabalho, seus

pincéis, tintas e demais instrumentos utilizados por ele.

Ainda estão lá – dentro de um pratinho de ágata sobre o pano

que limpava os dedos – os carvões que usava para traçar os

primeiros esboços nas telas, assim como os

pingos de tintas no chão no exato local onde pintava. A fim de

resguardar as marcas de sua passagem, o espaço ganhou características museológicas

que o tornam um ambiente vivo de arte e cultura.

Gustavo realizou diversas exposições pelo Brasil e

pelo mundo, em cidades como Barcelona,

Berlim, Buenos Aires, Lisboa, Los Angeles, Nova

York, Miami, Paris, Tel-Aviv e Tóquio.

Sua obra teve como referências artistas como

Aldemir Martins, Aldo Bonadei, Di Cavalcanti,

Milton Dacosta, Volpi, Matisse, Paul Klee e

Picasso, entre outros.

A principal característica de sua obra foi recriar a

realidade de maneira lúdica; as figuras parecem

comportarem-se com ironia, embora não

esbocem nenhum sorriso.

As formas e as cores encarregam-se de compor

imagens em que o cotidiano ganha um viés de

humor.

Gustavo faleceu aos 66 anos de idade, em 12 de

novembro de 2013, vítima de um câncer contra

o qual lutava há 13 anos.




Em 2016, com apoio da equipe do então Estúdio Gustavo Rosa, seu irmão, Roberto Rosa,

se associou a uma das parceiras do artista, Roberta Gabriel, e criou o Instituto Gustavo

Rosa, que tem como objetivo maior resgatar, preservar e divulgar a obra do pintor,

desenhista, gravador, designer e escultor Gustavo Rosa, contribuindo, dessa forma, para

a conservação do patrimônio histórico e artístico brasileiro.

Por meio da disponibilização à sociedade da obra do seu inspirador, visa a desenvolver

ações artísticas e socioculturais junto a crianças e adolescentes, promovendo pela arte o

desenvolvimento da educação, da cultura e da cidadania.



















Monte seu cubo Recorte todo o contorno, passe cola em todas as abas

e dobre todas as linhas pontilhadas.




Faça sua tinta










Quebra-cabeça Pinte, recorte e monte







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